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ESCANDALIZAR 6 0 7 ESCALARTE do metaforicamente no Novo Testamento, da mes ma maneira que o substantivo. É usado 14 vezes em Mateus, oito, cm Marcos, duas, em Lucas, duas, em João; em outros lugares, ocorre em 1 Co 8.13 (duas vezes) e 2 Co 11.29. Está ausente nos manus critos mais autênticos em Rm 14.21. Também é en contrado em Mt 13.57; 15.12; 26.31,33; Mc 6.3; 14.27,29. Notas: Em Tg 2.10; 3.2, (duas vezes), é utiliza do o verbo ptaiõ, “tropeçar”. Veja CAIR, TROPE ÇAR (1). (2) Em At 25.8, é usado o verbo hamartanõ, “pecar”. Veja PECADO. ESCÂNDALO A. Substantivos. 1. skandalon (oKávÒaXóv) originalmente era “o nome da parte de uma armadilha na qual era fixa a isca, por conseguinte, a armadilha ou a própria isca, como em Rm 11.9 ( ‘tropeço’, citado do SI 69.22); em Ap 2.14, o truque de Balaão era antes uma arma dilha para Israel do que uma pedra de tropeço, e em Mt 16.23, o Senhor Jesus percebeu nas palavras de Pedro uma armadilha armada para Ele por Satanás. “No Novo Testamento, skandalon sempre é usa do metaforicamente e na maioria das vezes acerca de qualquer coisa que desperta preconceito, ou tor na-se obstáculo para outros, ou os leva a cair no caminho. Às vezes, o obstáculo é bom em si, e os que tropeçam nele é que são os maus” (extraído de Notes on Galatians, de Hogg e Vine, p. 262). Assim, é usado acerca de: (a) Jesus (Rm 9.33, “pedra de tropeço”; 1 Co 1.23, “escândalo”; 1 Pe 2.8), e a Sua cruz (Gl 5.11); a “mesa” fornecida por Deus para Israel (Rm 11.9, veja CIMA); (b) o que é mau, por exemplo, Mt 13.41, “tudo o que causa escândalo”, literalmente, “todas as pedras de trope ço”; Mt 18.7; Lc 17.1; Rm 14.13, dito de certo uso da liberdade cristã que provoca impedimento aos outros; Rm 16.17, dito do ensino das coisas contrá rias à sã doutrina; 1 Jo 2.10. acerca da ausência de “escândalo” no caso daquele que ama o seu irmão e, assim, permanece na luz. O amor, então, é a melhor proteção contra os infortúnios pronunciados pelo Senhor sobre aqueles que fazem os outros tropeça rem. Veja CAIR, B, Nota O).*! Contraste com a Septuaginta em Os 4.17: “Efraim está entregue aos ídolos; deixa-o”. 2. proskomma (TrpÓCTKoppa), “obstáculo con tra o qual se pode colid ir o pé” (cognato de proskoptõ , “tropeçar” ou “fazer tropeçar”; forma do de pros, “para” ou “contra, e koptõ, “golpe ar”), é traduzido em Rm 14.13,20; 1 Co 8.9, por “escândalo”, acerca do obstáculo espiritual para outros pelo uso egoísta da liberdade (cf. o n° 1 em Rm 14.13, “tropeço”). É usado acerca de Cristo, em Rm 9.32,33; 1 Pe 2.8, “(pedra) de tropeço”.! Contraste com a Septuaginta em Êx 23.33: “Certa mente será (os deuses dos cananeus) uma laço [pe dra de tropeço] para ti”. 3. proskope (TipoaKOTTií), como o n° 2 e formado com a mesma combinação, ocorre em 2 Co 6.3, “es cândalo”, algo que conduz outros ao erro ou ao pe- cado.(J[ Contraste com a Septuaginta em Pv 16.18: “A altivez do espírito precede a queda [ou seja, torna-se pedra de tropeço para si mesmo]”. Notas: ( 1 ) 0 termo paraptoma, “transgressão”, é traduzido em Rm 4.25 por “pecado”; em Rm 5.15 (duas vezes); Rm 5.16-18,20, por “ofensa”. Veja TRANSGRESSÃO. (2) Em 2 Co 11.7,o termo hamartia, “pecado”, é traduzido por “pequei” (veja ARA). Veja PE CADO. B. Adjetivo. aproskopos (dupóctcoiroç), cognato de A, n° 3, com a, elemento de negação, prefixado, é usado: (a) no sentido ativo, “não fazendo tropeçar”; em 1 Co 10.32 (“não deis escândalo”), alude metaforicamen te a “se abster de fazer qualquer coisa que desvie” judeus ou gregos ou a igreja de Deus (ou seja, a igreja local); (b) no sentido passivo, “inocente, sem tro peçar”; At 24.16, “(uma consciência) sem ofensa”; Fp 1.10, “sem escândalo”. O adjetivo é encontrado ocasionalmente nos papiros.*! ESCARLATE kokkinos (oKávbaXoc,) é derivado de kokkos, usado acerca dos “ovos” (os agrupamentos dos ovos de inseto) coletados do ilex coccifera; a cor, porém, é obtida do inseto cochonilha, que se prende às fo lhas e ramos do carvalho conífero; outra espécie é produzida nas folhas do cactusficus. O nome árabe para este inseto é qírmíz, de onde provém a palavra “carmesim”. É usado acerca de: (a) a “lã purpúrea” (Hb 9.19); contraste com relação à purificação de um leproso (Lv 14.4,6, “carmesim”); com a oferta da novilha vermelha (Nm 19.6); (b) a capa “escarla te” que os soldados puseram em Jesus (Mt 27.28); (c) a besta vista na visão simbólica em Ap 17.3; (d) a roupa da mulher conforme foi vista sentada na besta (Ap 17.4); (e) parte da mercadoria de Babilônia (Ap 18.12); (/) figurativamente, a glória da própria ESCARLATE 608 ESCOLHER cidade (Ap 18.16); o neutro é usado nas últimas três instâncias.^ ESCARNECER A. Verbos. 1. empaizõ (épiTaíCco), combinação de paizõ, “brincar como criança” (pais), “brincar, zombar”, prefixado por en, “em”, só é usado nos Evange lhos Sinóticos, e todas as vezes referindo-se ao “escárnio” feito para com Jesus, exceto em Mt 2.16 (aqui no sentido de iludir ou enganar Herodes pelos sábios) e em Lc 14.29, acerca do ridículo lançado sobre alguém depois de pôr a fundação de uma torre e ficar impossibilitado de terminá-la. A palavra é usada: (a) profeticamente pelo Senhor, acerca dos Seus sofrimentos iminentes (Mt 20.19; Mc 10.34, Lc 18.32); (b) sobre os insultos infligi dos sobre Ele pelos homens que o tinham levado do jardim do Getsêmani (Lc 22.63); por Herodes e seus soldados (Lc 23.11); pelos soldados do go vernador (Mt 27.29,31; Mc 15.20; Lc 23.36); pe los sumos sacerdotes (Mt 27.41; Mc 15.31).f 2. mukterizõ (|iuktt]pí£ü.)), derivado de mukter, “nariz” , por conseguinte, “torcer o nariz para, zom bar de, tratar com desprezo”, é usado na voz passi va em Gl 6.7, onde a declaração: “Deus não se deixa escarnecer”, não significa que os homens não o es carneçam (veja Pv 1.30, onde a Septuaginta tem o mesmo verbo); o apóstolo Paulo faz um contraste vivido da diferença essencial entre Deus e o homem. É impossível abusar de Deus, visto que Ele discerne os pensamentos e intentos do coração .‘f Nota: O verbo ekmukterizõ, forma fortalecida do n° 2, “ridicularizar, zombar de”, é usado em Lc 16.14 e 23.35. Veja ZOMBAR (1), ZOMBAR (2)-1 3. chleuazõ (xXeuá£co), “zombar, escarnecer, mofar, caçoar” (derivado de chleue, “chiste”), é dito do ridículo expresso por alguns dos filósofos atenienses diante do testemunho do apóstolo Pau lo em relação à ressurreição dos m ortos (At 17.32).(H 4. diachleuazõ (8iaxXeuá£a>), Ôia e x\evá£u>, forma intensiva do n° 3, “zombar”, quer por gesto ou palavra, é dito daqueles que zombaram do teste munho dado no Dia de Pentecostes (At 2.13; alguns manuscritos têm o n° 3).f B. Substantivos. 1. em pa iktes (e p u a i k t t ) ç), “ zom bador, escarnecedor” (cognato de A, n° 1), é usado em 2 Pe 3.3; Jd 18.f Na Septuaginta, consulte Is 3.4.f 2. empaigmos ( è p r r a i Y p ó ç ) , o ato do empaiktes, ■ “escárnio, zombaria”, é usado em Hb 11.36.1 Na Septuaginta, consulte SI 38.7; Ez 22.4.f 3. empaigmone ( é ^ T ra iY j io v q ) , substantivo abs trato, “escárnio”, é usado em 2 Pe 3.3 (ARA; alguns manuscritos o omitem). Veja também o n° 1, aci- ma.f ESCOLA schole (axoXq) (de onde em português, “esco- j la”) denota primariamente “lazer”, então, “aquilo pelo qual o lazer era empregado, debate, conferên cia”; por conseguinte, por metonímia, “o lugar onde são dadas conferências, escola” (At 19.9).f ESCOLHER A. Verbos. 1. eklegõ (èKkéyu), “escolher, selecionar, ele ger”, significa, na voz média, “escolher para si mes mo”. não implicando necessariamente a rejeição do que não é escolhido, mas “escolher” com as idéias subsidiárias de generosidade, favor ou amor (Mc 13.20; Lc 6.13; 9.35; 10.42; 14.7; Jo 6.70; 13.18; 15.16,19; At 1.2,24; 6.5; 13.17; 15.7,22,25; 1 Co 1.27,28; Ef 1.4; Tg 2.5).f 2. epilegõ (émXéyio), na voz média, significa “escolher”, ou em acréscimo ou em sucessão a ou tro. Tem este significado em At 15.40, acerca da escolha que Paulo fezde Silas. Quanto ao outro significado de epilegõ, “chamar” ou “nomear” (Jo 5.2), veja CHAMAR.f 3. haireõ (aí.peto), “tomar”, é usado na voz mé dia, no sentido de tomar para si mesmo, escolher. Ocorre em 2 Ts 2.13, acerca de uma “escolha” feita por Deus (como se dá na Septuaginta em Dt 7.6,7; 26.18); em Fp 1.22 e Hb 11.25, diz respeito à “es colha” humana. Seu significado especial é selecionar preferivelmente pelo ato de tomar do que por mos trar preferência ou favor.({[ 4. hairetizõ (cupeTÍ£io), cognato do adjetivo ver bal hairetos, “aquilo que pode ser tomado” (veja o n° 3), significa “tomar”, com a implicação de que o que é tomado é elegível ou satisfatório, por conse guinte, “escolher”, por causa desta conveniência (Mt 12.18, que fala do deleite de Deus em Cristo como Seu “escolhido”).! É freqüente na Septua ginta (por exemplo, Gn 30.20; Nm 14.8; SI 25.12; 119.30,173; 132.13,14: Os 4.18; Ag 2.23; Zc 1.17; 2.12; Ml 3.17). 5. cheirotoneõ (xeiporovéio). Veja NOMEAR, n° 11. ESCOLHER 609 ESCÓRIA 6. procheirotoneõ (TTpoxeiporovécü) significa “escolher antes” (At 10.41, onde é usado acerca de uma escofta feita de antemão por D eusj.f Notas: (1) Quanto ao verbo procheirizõ, veja NOMEAR, n° 12. (2) Quanto ao verbo stratologeõ, que ocorre em 2 Tm 2.4, significa alistar-se como soldado. Veja SOLDADO. B. Adjetivo. eklektos (étcXck t ó ç ) , cognato de A, n° 1, signifi ca “escolhido, selecionado, eleito” (por exemplo, Mt22.14; Lc 23.35; Rm 16.13, talvez no sentido de “eminente”; 1 Pe 2.4,9; Ap 17.14). Veja ELEITO. C. Substantivo. ekloge (éKXoyri), cognato de A, n° 1 e B, “esco lha, seleção, eleição”, é traduzido em At 9.15 por “escolhido”, literalmente, “ele é um vaso de escolha para mim”. O termo ocorre em seis outros lugares. Veja ELEITO. ESCONDER A. Verbos. 1. kruptõ (kpútttu)), “cobrir, esconder, ocultar, guar dar segredo” (em português, “críptico”, etc.), é usado: (a) em seu significado físico (por exemplo, Mt 5.14; 13.44; 25.18, alguns manuscritos têm o n° 2 aqui); (b) metaforicamente (por exemplo, Mt 11.25, alguns ma nuscritos têm o n° 2 aqui: Mt 13.35, “[coisas] ocultas; Lc 18.34; 19.42; Jo 19.38). Veja SEGREDO. 2. apokruptõ (ÓTroKpíiTco), “esconder de, ocular, manter segredo” (formado de apo, “de”, e o n° 1), é usado metaforicamente, acerca das verdades “es condidas” dos sábios e inteligentes, e reveladas a criancinhas (Lc 10.21); da sabedoria de Deus (1 Co 2.7); do mistério das insondáveis riquezas de Cris to, reveladas pelo Evangelho (Ef 3.9); do mistério associado com o precedente (Cl 1.26).! 3. enkruptõ (éyKpÚTO)), “esconder em algo” (for mado de en, “em”, e o n° 1), é usado em Mt 13.33, acerca do fermento “escondido” na massa (veja ARA).) 4. perikruptõ (TTepiKpÚTüj) significa “esconder colocando algo em volta, ocultar completamente, manter escondido” (formado de peri, “ao redor”, usado intensivamente, e o n° 1), aparccc cm Lc 1.24.11 5. kaluptõ (KaXÚTiTco) significa “cobrir, ocultar”, de forma que nada possa ser visto (por conseguinte, um pouco diferente do n° 1); em 2 Co 4.3, é traduzi do por “encoberto”, continuando adequadamente o assunto de 2 Co 3.13-18; em Tg 5.20, por “cobri rá”. Veja COBRIR. 6. parakaluptõ (TTapaKaXÚTTTüj), literalmente, “cobrir com um véu”, ocorre em Lc 9.45, “que lhes era encoóerfa" Veja EN C O BRÍR.f 7. lonthanõ (XavSávco), “não repararem, cscapar à atenção de, não notar, estar escondido de”, é en contrado em Mc 7.24, acerca de Jesus que não pôde “se esconder”; da mulher com fluxo de sangue (Lc 8.47); dos fatos concernentes a Jesus (At 26.26, onde a sentença “nada disto lhe é oculto” poderia ser traduzida por “nenhuma destas coisas lhe esca pou à atenção”). Veja ESQUECER. SECRETA MENTE. B. Adjetivos. 1. kruptos ( k p u t t t ó ç ) , cognato de A, n° 1, “es condido, oculto, secreto”, é usado em Mt 10.26; Mc 4.22; Lc 8.17; 12.2 (última parte); em 1 Co 4.5; 2 Co 4.2; 1 Pe 3.4. Veja INTERIORMENTE, SE GREDO. 2. apokruphos (áTrÓKpuc^oc;), “escondido longe de” (correspondendo a A, n° 2; cf. em português, “apócrifo”), é encontrado em Mc 4.22; Lc 8.17; Cl 2.3. Veja SEGREGO.l ESCÓRIA 1. perikatharma (irepucáBapixa) denota “escó ria, refugo, lixo” (literalmente, “limpezas”, ou seja, aquilo que é jogado fora na limpeza; derivado de perikalhairõ, “purificar tudo ao redor”, ou seja, completamente, como na Septuaginta em Dt 18.10; Js 5.4.!), É usado uma vez na Septuaginta (Pv 21.18) como preço da expiação; entre os gregos, o termo era aplicado às vítimas sacrificadas para fa zer expiação; também o usavam para se referir a criminosos mantidos à despesa pública para serem lançados no mar, ou, caso contrário, mortos, na deflagração de uma pestilência, etc. O termo é em pregado em 1 Co 4.13 muito neste sentido (não no de vítimas sacrificais), “o lixo deste mundo”, re presentando “os homens mais miseráveis e des prezíveis” (Grimm-Thayer), a escória ou lixo da humanidade.^ 2. rhupos (pÚTTOc;) denota “sujeira, lixo, imundí- cia” (1 Pe 3.21).| Contraste com o termo rhuparia, “sujeira” (veja A, n° 2, no verbete IMUNDÍCIA); o substantivo rhuparos, “vil, desprezível”, que ocor re em Tg 2.2; e no Ap 22.11, nos melhores manus critos (veja B, n° 3, no verbete IMUNDÍCIA);! o verbo rhupoõ, “tornar imundo”, que ocorre em Ap 22.11;! a palavra rhupainõ (veja D, no verbete IMUNDÍCIA). ESCORPIÃO 6 1 0 ESCREVER ESCORPIÃO skorpios (CTKOpmoç), cognato de skorpizõ, “es palhar” (veja ESPALHAR), é um animal pequeno (o maior das várias espécies mede aproximadamente 15 cm de comprimento), como uma lagosta, mas com uma cauda longa em cuja extremidade encon tra-se a picadura venenosa; a dor, a posição da picadura e o efeito são m encionados em Ap 9.3,5,10. A pergunta retórica do Senhor sobre a provisão de um “escorpião” em vez de um ovo (Lc 11.12), é, em primeiro lugar, uma alusão ao forma to de ovo que a criatura assume quando em repou so; em segundo lugar, é indicação da aversão com que é tratado. Em Lc 10.19, a garantia que o Se nhor dá aos discípulos da autoridade que eles rece bem dEle para pisar em serpentes e escorpiões, transmite o pensamento de vitória sobre as forças espiritualmente antagônicas, os poderes das tre vas, como é mostrado por sua referência à “força do inimigo“ e pelo contexto em Lc 10.17,20.1 ESCRAVIDÃO A. Substantivo. douleia (ÔouXeía), cognato de deõ, “amarrar”, significando primariamente a “condição de ser es cravo”, veio a denotar qualquer tipo de escravidão ou servidão, como, por exemplo, da condição da criação (Rm 8.21); da condição caída do próprio homem, o que o faz temer a Deus (Rm 8.15), e o medo da morte (Hb 2.15); da condição imposta pela lei mosaica (Gl 4.24). Veja SERVIR. B. Verbos. 1. douleuõ (ÔouXeúio), “servir como escravo, ser escravo, estar em escravidão”, é usado muitas vezes sem associação com a escravidão (por exemplo, At 20.19; Rm 6.6; 7.6; 12.11; Gl 5.13). Veja SERVIR. 2. douloõ (ÔouXóto), diferente do n° 1 no fato de ser verbo transitivo em vez de intransitivo, significa “fazer escravo de, trazer em escravidão” (At 7.6; 1 Co 9.19); na voz passiva, expressa, “ser levado sob escravidão” (2 Pe 2.19); “ser mantido em escravi dão” (Gl 4.3, literalmente, “estávamos reduzidos à escravidão”); “ser escravo de algo” (Rm 6.18); “ser escravizado a algo” (Tt 2.3, ARA). Assim como o escravo com prado não linha limitações quanto ao tipo ou tempo de serviço, assim a vida do crente deve ser vivida em obediência contínua a Deus. Veja DAR, ESCRAVIZADA, SERVO. 3. doulagõgeõ (SouXaywyeio), “trazer em escra vidão” (formado de A, acima, e agõ, “trazer”), é usado em 1 Co 9.27, concernente ao corpo.f 4. katadauloõ (KaraôouXóoj), “trazer em escra vidão”, ocorre em 2 Co 11.20; Gl 2.4.1 ESCRAVIZADA douloõ (SouXócü), “fazer escravo de”, é traduzi do em Tt 2.3 por “não dadas (a muito vinho)”. Veja ESCRAVIDÃO. ESCRAVO doulos (ÔoOXoç), derivado de deõ, “amarrar”, “es cravo”, sendo originalmente o termo mais baixona escala da escravidão, também veio a significar “aque le que se dá à vontade de outrem” (por exemplo, 1 Co 7.23; Rm 6.17,20), e se tornou a palavra mais comum e geral para indicar “criado”, como em Mt 8.9, sem qualquer idéia de escravidão. Porém, ao se chamar “escravo de Jesus Cristo” (por exemplo, em Rm 1.1), o apóstolo Paulo insinua: (1) que outrora ele tinha sido “escravo” de Satanás; e: (2) que, ten do sido comprado por Cristo, agora ele era escravo voluntário, preso ao Seu novo Senhor. Veja SERVO. O termo feminino doule significa “criada” (Lc 138,48; At 2.18).! paidiske (uaiÔíoKq), “menina jovem e solteira”, também denotava “escrava” ou “criada” (Gl 4.22,23,30,31). Veja MENINA, CRIADA. ESCRAVOS sõma (CTwpa), “corpo”, é encontrado em Ap 18.13 (“escravos”, ARA), uma insinuação do controle in justo sobre as atividades físicas dos “escravos” ; a palavra seguinte, “almas”, representa o ser inteiro. Veja CORPO. ESCREVER A. Verbos. 1. grciphõ (Ypáòuj) é usado acerca de: (a) “formar letras” numa superfície ou material de escrita (Jo 8.6); em Gl 6.11, o apóstolo Paulo fala de ele ter “escrito” com letras grandes com a própria mão, o que não é improvável que significa que nesse momento ele pe gou a pena do amanuense e finalizou a epístola ele mesmo; isto não é negado pelo fato de que o verbo está no aoristo ou passado definido, literalmente, “eu escrevi”, pois na linguagem grega o escritor de uma carta se colocava ao lado do leitor e falava dela como tendo sido “escrita” no passado; em português, dirí amos “eu estou escrevendo”, tomando nosso ponto de vista do tempo no qual estamos fazendo a ação (cf. Fm 19, esta Epístola é indubitavelmente um hológrafo; veja também At 15.23; Rm 15.15); possi ESCREVER 611 ESCRITURA velmente o apóstolo estava, em Gl 6.11, referindo-se ao ter “escrito” o corpo da epístola, mas a alternativa anterior parece a mais provável; em 2 Ts 3.17, ele diz que a saudação final é escrita por sua própria mão e fala que esse é “o sinal em todas as epístolas”, o que uns entendem como propósito para o futuro em vez de ser um costume (veja, porém, 1 Co 16.21 e Cl 4.18). A ausência do sinal em outras epístolas de Paulo, pode ser explicada diferentemente, sendo que sua autenticidade não é dependente disso; (b) “pôr por escrito, registrar” (por exemplo, Lc 1.63; Jo 19.21,22); é usado acerca da Escritura como autori dade consagrada, “está escrito” (por exemplo, Mc 1.2; Rm 1.17; cf. 2 Co 4.13); (c) “escrever instruções ou dar inform ação” (por exem plo, Rm 10.5, “[Moisés] descreve”; Rm 15.15; 2 Co 7.12); (d) “aquilo que continha um registro ou m ensagem ” (por exemplo, Mc 10.4,5; Jo 19.19; 21.25; At 23.25). 2. epistellõ (èmoTéXXü)) denota “enviar mensa gem por carta, escrever palavra” (stellõ, “enviar” ; em português, “epístola”), ocorre em At 15.20; 21.25 (alguns manuscritos têm o verbo apostellõ, “enviar”); Hb 13.22.1 3. prographõ (■npoypdòcü) denota “escrever an tes”, é usado em Rm 15.4 (nos melhores textos; alguns têm graphõ); Ef 3.3. Veja COLOCAR. 4. engraphõ (èyypd^cü) denota “escrever em” (Lc 10.20; 2 Co 3.2,3).! 5. epigraphõ (èmypácjxi)) é encontrado (forma do de epi, “sobre” , e o n° 1) em Mc 15.26 (“por cima [dele] estava escrita”); figurativamente, no co ração (Hb 8.10; 10.16); nas portas da Jerusalém celestial (Ap 21.12). Veja INSCREVER. Notas: (1) Quanto ao verbo apographõ, usado em Hb 12.23, “inscritos”, veja ALISTAR-SE. (2) Em 2 Co 3.7, ocorre a preposição en, “em”, com o plural dativo de gramma, “letra”, literalmen te, “em letras” . B. Adjetivo. graptos (ypaTTTÓç), derivado de A, n° 1, “escri to”, ocorre em Rm 2 .15.f ESCRIBA gram m ateus (y p a p p a T e ú ç), derivado de gramma, “escrita”, denota “escriba, homem de le tras, professor da lei”; os “escribas” são mencio nados muitas vezes nos Evangelhos Sinóticos, so bretudo com relação aos fariseus, com quem virtu almente formavam um partido (veja Lc 5.21), às vezes também com os principais sacerdotes (por exemplo, Mt 2.4; Mc 8.31; 10.33; 11.18,27; Lc 9.22). Eles são mencionados apenas uma vez no Evangelho de João (Jo 8.3), três vezes em Atos (At 4.5; 6.12; 23.9); em outro lugar, só ocorre em 1 Co 1.20, no singular. Eram considerados natural mente qualificados para ensinar nas sinagogas (Mc 1.22). Eram ambiciosos de honra (por exemplo, Mt 23.5-11), a qual exigiam especialmente dos alu nos, sendo-Ihes prontamente concedida, como tam bém pelo povo em geral. Como Esdras (Ed 7.12), os “escribas” eram encontrados originalmente en tre os sacerdotes e levitas. Sendo os sacerdotes os intérpretes oficiais da lei, há muito tempo os “escribas” se tornaram um grupo independente; embora nunca tivessem detido poder político, tor naram-se líderes do povo. Suas funções concernentes à lei eram ensiná-la, desenvolvê-la e usá-la com relação ao Sinédrio e aos vários tribunais locais. Eles também se ocupa vam com os escritos sagrados históricos e didáti cos. Davam a maior importância aos elementos ascéticos pelos quais a nação era especialmente separada dos gentios. No seu regime, a devoção era reduzida a formalismo externo. Só isso era de valor, o que era governado pelo preceito externo. A vida sob a direção deles se tornou um fardo; eles mesmos buscavam fugir furtivamente dos própri os preceitos (Mt 23.16ss; Lc 11.46); por suas tra dições, a lei, em vez de ser uma ajuda na vida moral e espiritual, tornou-se instrumento para evitar o verdadeiro acesso a Deus (Lc 11.52). Daí as duras denúncias do Senhor contra eles e os fariseus (veja FARISEU). Nota: A palavra grammateus é usada para aludir ao “escrivão” da cidade em Éfeso (At 19.35). ESCRITO gramma (ypáppa), derivado de graphõ, “escre ver”, é encontrado em Jo 5.47. Veja LETRA, n° 1. Notas: (1) Quanto ao termo biblion, “escritu ra”, encontrado em Mt 19.7 (“carta”), veja CON TA, n° 1. (2) Em Jo 19.19, “(estava) escrito” é tradução do particípio perfeito, voz passiva, de graphõ. ESCRITURA 1. graphe (ypacjjq), cognato de graphõ, “escre ver” (em português, “gráfico, gráfica”), denota pri mariamente “desenho, pintura”; então, “escrita, es critura”, dizendo respeito a: (a) as Escrituras do Antigo Testamento: (1) no plural, em referência à totalidade (por exemplo, Mt 21.42; 22.29; Jo 5.39; ESCRITURA 6 1 2 ESCUTAR At 17.11; 18.24; Rm 1.2 [onde “os profetas” in cluem os escritores do Antigo Testamento em ge ral]; Rm 15.4; 16.26 [literalmente, “escritos pro féticos”, expressando o caráter de todas as Escri turas]); (2) no singular, em referência a uma passa gem em particular (por exemplo, Mc 12.10; Lc 4.21; Jo 2.22; 10.35 [embora seja aplicável a toda ela]; Jo 19.24,28,36,37; 20.9; At 1.16; 8.32,35; Rm 4.3; 9.17; 10.11; 11.2; Gl 3.8,22; 4.30; 1 Tm 5.18 [onde a segunda citação é de Lc 10.7, da qual pode-se inferir que o apóstolo Paulo incluiu o Evan gelho de Lucas como “Escritura” semelhantemen te a Deuteronômio, de onde a primeira citação é feita]); em referência à totalidade (por exemplo. Tg 4.5, [uma pergunta retórica distinta da que se segue]); 2 Pe 1.20, “nenhuma profecia da Escritu ra” [uma descrição do todo, com aplicação especi al ao Antigo Testamento no versículo seguinte]); (b) as Escrituras do Antigo Testamento (as que são aceitas pelos judeus como canônicas) e a todas as do Novo Testamento, que seriam aceitas pelos cristãos como autorizadas (2 Tm 3.16); estas últi mas seriam discriminadas das muitas epístolas for jadas e outros “escritos” religiosos produzidos e em circulação já no tempo de Timóteo. Tal dis criminação seria dirigida pelo fato de que “toda Escritura”, caracterizada por inspiração de Deus, seria proveitosa aos propósitos mencionados. É verdade quanto ao cânon completo da Escritura, mas esta não estava completa quando o apóstolo Paulo escreveu a Timóteo. As Escrituras são com freqüência personificadas pelos escritores do Novo Testamento (como tam bém pelos judeus, Jo 7.42): (a ) como a falar com autoridade divina(por exemplo, Jo 19.37; Rm 4.3; 9.17 [onde se diz que a Escritura fala a Faraó, dan do-lhe por Moisés a mensagem de fato enviada an teriormente por Deus]; Tg 4.5 [veja acima]); (b) como possuidora da qualidade consciente de previ são, e o poder ativo de pregar (Gl 3.8, onde a Escri tura mencionada foi escrita há mais de quatro sécu los depois que as palavras foram faladas). A Escri tura, em tal caso, representa seu Autor divino com a insinuação de que permanece perpetuamente ca racterizada como a voz viva de Deus. Esta agência divina é ilustrada novamente em Gl 3.22 (cf. Gl 3.10; Mt 11.13).! 2. gramma (ypáp.p.a), “letra do alfabeto”, é usado acerca das Santas Escrituras em 2 Tm 3.15. Quanto aos vários usos desta palavra, veja LE T R A .! ESCRIVÃO grammateus (ypapixaTeúç), “escritor, escritu- rário, escrivão, escriba”, é usado em At 19.35 acerca de um “escrivão” público, um importante funcioná rio, variegadamente designado, de acordo com ins crições encontradas em cidades greco-asiáticas. Ele era responsável pela forma dos decretos aprovados primeiramente pelo Senado, depois eram enviados para aprovação na assembléia popular, a qual ele muitas vezes presidia. Os decretos, havendo passa do, ele os selava com o selo público na presença de testemunhas. Tal assembléia freqüentemente se reu nia no teatro. A administração romana encarava qualquer assembléia irregular ou indisciplinada como ofensa grave e até capital, por ter a tendência a for talecer entre o povo a consciência de poder e o dese jo de exercê-lo. Nas circunstâncias em Éfeso, o es crivão da cidade temia que ele fosse considerado responsável pelo ajuntam ento irregular. Veja ESCRIBA. ESCUDO thureos (Gupeóq) significava antigamente “pe dra para fechar a entrada de uma caverna” ; então, “escudo”, grande e oblongo, que protege todas as partes do soldado; a palavra é usada metaforica mente acerca da fé (Ef 6.16); o crente deve tomá-lo “sobretudo”, ou seja, “em (en , no original) tudo” (tudo o que há pouco fora mencionado), quer dizer, o que afeta o todo das suas atividades.! ESCURIDÃO A. Adjetivo. meias (piXaç), “preto” (Mt 5.36; Ap 6.5,12), é derivado de uma raiz mal-, que significa “estar sujo, sujar-se”, daí em latim, malus, “ruim”. Veja TINTA. B. Substantivos. 1. gnophos (yvóctxx;), que ocorre em Hb 12.18, “escuridão, obscuridade”, parece ter sido associado com a idéia de tempestade. Está relacionado com o termo skotos, “escuridão, trevas”, nessa passagem e na Septuaginta em Êx 10.22; Dt 4.11; Sf 1.15.! 2. zophos (Cócfjoç), cognato do n° 1, especifica mente “a obscuridade das regiões dos perdidos”, é usado quatro vezes (2 Pe 2.4; 2.17; Jd 6,13, sugerin do um tipo de emanação). Veja NÉVOA, TREVAS.! ESCUTAR 1. akouõ (áKoúco), “ouvir”, é encontrado em Mc 4.3; At 3.22,23; 4.19; 7.2; 13.16; 15.12,13;Tg 2.5. Veja OUVIR, n° 1. ESCUTAR 61 3 ESPADA Nota: Em At 12.13, o verbo hupakouõ, literal mente, “dar atenção a”, com a idéia de quietude ou atenção (formado de hupo, “debaixo de”, e akouõ, “ouvir”), significa “responder uma batida na por ta”, “responder”. Veja OBEDIÊNCIA. 2. epakouõ (èirakoúco) denota “dar atenção a”, e ocorre em 2 Co 6.2. Veja OUVIR, A, n° 4 . | 3. enõtizomai ( è v c o T Í ^ o p a i ) , “dar ouvidos a, ou vir” (de en, “em”, e ous, “ouvido”), é usado em At 2.14, no tratamento de Pedro aos homens de Isra el.! 4. peitharcheõ (TreiGapxéco), “obedecer alguém que está sob autoridade, ser obediente” (formado de peithomai, “ser persuadido”, e arche, “governante”), é traduzido em At 27.21 por “ter-me ouvido”, na lembrança de Paulo aos marinheiros náufragos de que eles deviam ter dado atenção aos seus conse lhos. Veja OBEDIÊNCIA. ESFREGAR psõchõ (4)ojxoj), “esfregar, esfregar em pedaços”, é usado em Lc 6.1 .! ESMERALDA A. Substantivo. smaragdos (crp.ápay8oç) é uma pedra trans parente de cor verde clara, que ocupa o primeiro lugar na segunda fileira do peitoral do sumo sa cerdote (Êx 28.18). Tiro a importava da Síria (Ez / 27.16). E um dos fundam entos da Jerusalém celestial (Ap 21.19). O nome era aplicado a ou tras pedras de característica semelhante, como o carbúnculo.! B. Adjetivo. smaragdinos (apapdySivoç), “esmeralda de acordo com a natureza comum”, descritivo do cír culo do arco-íris que aparecia acima do trono em Ap ✓ 4.3. E usado nos papiros para denotar esmeralda v e r d e . ! ESMOLA eleêmosunê (eXeqp.oaúuq), relacionado com eleêmõn, “misericordioso”, significa: (a) “miseri córdia, piedade, particularmente em dar esmolas” (Mt 6.1,2,4; At 10.2; 24.17); (b) o próprio ato de caridade, as “esmolas” — o efeito pela causa (Lc 11.41; 12.33; At 3.2,3,10; 9.36; 10.2,4,31-‘H Nota: Em Mt 6.1, traduzindo dikaiosune, de acor do com os textos mais autênticos, temos “justiça” (ARA). A. Substantivo. diastem a (Ô id aT ^ p a), “ intervalo, espaço” (cognato de B), é usado acerca de tempo em At 5.7.! B. Verbo. diistemi ( 8 i í a T r | | i i ) , “pôr à parte, separar” (for mado de dia, “separadamente”, e histemi, “fazer estar”), veja A, é encontrado em Lc 22.59 (“tendo passado”); em At 27.28, com brachu, “um pouco”, é traduzido por “passando um pouco mais adian te”. Veja REPARTIR (2). Notas: (1) Em At 15.33; Ap 2.21, ocorre o ter mo chronos, “tempo”. (2) Em At 19.8,10; 19.34, a preposição epi, “para” ou “durante” (acerca de tempo), é traduzida por “por espaço de”. (3) Em At 5.34, o termo brachu (o neutro de brachus, “pequeno”), usado adverbialmente, é tra duzido por “por um pouco” . (4) Em Gl 2.1, a preposição dia, “através de”, é traduzida por “depois, passados”, acentuando a duração do período mencionado (“depois”, sozi nho, representaria a preposição meta). (5) Em Tg 5.17, não há palavra no original repre sentando o termo “por”. (6) Em Ap 14.20, a preposição apo, “para longe de”, é traduzida por “pelo espaço de” . (7) Em Ap 17.10, o termo oligon, “um pouco”, é traduzido por “um pouco de tempo”. ESPADA 1. machaira (paxcupa), “espada pequena” ou “punhal” (diferente do n° 2), ocorre, por exem plo, em Mt 26.47,51,52 (e passagens paralelas); Lc 21.24; 22.38 (possivelmente, “facas”, segun do Field, em Notes on Translation o f the New Testament); Hb 4.12 (veja AGUDO); m etaforica mente e por metonímia: (a) para a violência co mum ou d issensões que destroem a paz (Mt 10.34); (b ) como instrumento de um magistrado ou ju iz (por exemplo, Rm 13.4); (c) acerca da Palavra de Deus, “a espada do Espírito”, que son da a consciência, subjugando os impulsos do pe cado (Ef 6.17). 2. rhomphaia (pop<f>ctía), palavra de origem um pouco duvidosa, denotava “arma da Trácia de tamanho grande” , quer espada ou lança, não se sabe, mas normalmente mais comprida que o n° 1, ocorre: (a ) literalmente (Ap 6.8); (b) m etaforica mente, como instrumento de: angústia (Lc 2.35); ESPA ÇO ESPADA 614 ESPERANÇA julgamento (Ap 1.16; 2.12,16; 19.15,21), prova velmente figurativo das declarações judiciais do Senhor.^ ESPALHAR A. Verbos. 1. skorpizõ (aKop7TÍ£tü), “dispersar, espalhar”, é usado em Mt 12.30; Lc 11.23; Jo 10.12; 16.32; 2 Co 9.9. Veja DISPERSAR. n° 2.1 2. diaskorpizõ (ÔLaaKop7n£tü), “espalhar por toda parte”, é usado em Mt 25.24,26; 26.31; Mc 14.27; Lc 1.51; Jo 11.52; At 5.37. Veja DISPER SAR, n° 3. 3. diaspeirõ (òiacnreipa)), “espalhar por toda parte” (formado de dia, “ao longo de”, e speirõ, “semear semente”), é usado em At 8.1,4; 11.19, acerca de todos da igreja em Jerusalém que foram “dispersos” mediante perseguição; a palavra é, em geral, sugestiva dos efeitos do “espalhamento” na semeadura da semente espiritual da Palavra de vida. Veja DISPERSAR, n°4.f 4. rhiptõ (pÍTTTto), “lançar, atirar, arremessar, ser lançado para baixo, prostrar”, é usado em Mt 9.36. acerca das pessoas que estavam “desgarradas” como ovelhas sem pastor. Veja ARROJAR. LANÇAR, n° 2 . 5. likmaõ (XiK[iáo), “joeirar” (derivado de likmos, “pá de joeira”), é encontrado em Mt 21.44 (“redu zido a pó”) e Lc 20.18 (“feitoem pó”). Veja MOER. Nota.% 6. diahiõ (ÔiaXúw), “dissolver”, é traduzido em At 5.36 por “dispersos” . Veja DISPERSAR, n° 1.! B. Substantivo. dicisporci (Ôiacmopá), “dispersão”, é traduzido em Tg 1.1 por “dispersas” ; em 1 Pe 1.1, por “dispersos”. Veja DISPERSAR, B. ESPANCADOR plektes (TrXriKTqç), “agressor, golpeador, brigão, rixento” (cognato de plessõ, “golpear, bater, ferir”), ocorre em 1 Tm 3.3; Tt 1.7.! ESPECIARIA 1. arõma (apojpa), “especiaria, tempero, aroma, fragrância”, ocorre em Mc 16.1; Lc 23.56; 24.1; Jo 19.40.! O termo consta em um papiro numa lista de itens paia sacrifício. 2. amõmon (dpcüp.ov), “amomo”, provavelmen te palavra de origem semítica, uma planta aromática proveniente da índia, é traduzido em Ap 18.13 por “cardamomo”.! ESPELHO esoptron (éaoTTTpov), “espelho”, é usado acer ca de qualquer superfície suficientemente lisa e re gular para refletir os raios de luz uniformemente, e, assim, produzir imagens de objetos que estão, de fato, em frente dela, mas que parece aos olhos esta rem atrás. Parece que os “espelhos” nos tempos bíblicos eram de metal; daí, o uso do termo mais geral “espelho”; em 1 Co 13.12, o conhecimento espiritual nesta vida é representado metaforicamente como uma imagem vagamente percebida num “es pelho”; em Tg 1.23, a “lei perfeita da liberdade” é figurativamente comparada a um “espelho”; o ou vinte que não obedece é como uma pessoa que, ten do se olhado no “espelho”, depois que se volta, se esquece da imagem refletida; aquele que obedece é como alguém que se contempla no “espelho” e de pois retém na alma a imagem do que ele deve ser.f Nota: Quanto ao verbo katoptrizõ, “refletir como um espelho” (uns consideram que este verbo signi fique “vendo num espelho”), que aparece em 2 Co 3.18, veja CONTEMPLAR, n° 12. ESPERANÇA A. Substantivo. elpis (cXttl ç), no Novo Testamento, “expectati va favorável e confiante” (contraste na Septuaginta em Is 28.19, “uma má esperança”). Tem a ver com o que não se vê e o futuro (Rm 8.24,25). “Esperança” descreve: (a) a antecipação feliz do que é bom — o significado mais freqüente (por exemplo, Tt 1.2; 1 Pe 1.21); (b) a base sobre a qual a “esperança” é fundamentada (At 16.19; Cl 1.27, “Cristo em vós, esperança da glória”); (c) o objeto no qual a “espe rança” é estabelecida (por exemplo, 1 Tm 1.1). Várias frases são usadas com a palavra “espe rança”, nas Epístolas e discursos de Paulo: (1) At 23.6, “a esperança e ressurreição dos mortos” ; esta tem sido considerada como hendíadis (uma coisa por meio de duas), ou seja, a “esperança” da ressur reição; mas a partícula kai, “e”, é explicativa e defi ne a “esperança”, quer dizer, a ressurreição; (2) At 26.6,7, “a esperança da promessa [isto é, o cumpri mento da promessa] [...] feita a nossos pais”; (3) Gl 5.5, “a esperança da justiça”; ou seja. a conformida de completa do crente à vontade de Deus, na vinda de Jesus: (4) Cl 1.23, “a esperança do evangelho”, ou seja, a “esperança” do cumprimento de todas as promessas apresentadas no Evangelho (cf. Cl 1.5); (5) Rm 5.2, “a esperança da glória de Deus”, ou seja, como em Tt 2.13, “a bem-aventurada esperan ESPERANÇA 615 ESPERAR ça e o aparecimento da glória do grande Deus e nos so Senhor Jesus Cristo” (cf. Cl 1.27); (6) 1 Ts 5.8. “a esperança da salvação”, ou seja, do arrebatamen- to dos crentes, a suceder no início da parousia de Jesus; (7)E f 1.18, “aesperançada [...] vocação [de Deus]”, ou seja, o prospecto diante daqueles que respondem ao chamado de Deus no Evangelho; (8) Ef 4.4, “a esperança da vossa vocação”, o mesmo comentário que o número anterior, mas considerado do ponto de vista daquele que é chamado; (9) Tt 1.2 e 3.7, “a esperança da vida eterna”, ou seja, a plena manifestação e realização da vida que já é da pos sessão do crente: (10) At 28.20, “a esperança de Israel”, ou seja, a expectativa da vinda do Messias. Veja Notes on Galatians, de Hogg e Vine, pp. 248. 249. Em Ef 1.18; 2.12 e 4.4. a palavra“esperança” está no caso acusativo. O uso, no caso acusativo e no caso sujeito ou nominativo, da palavra precisa ser distinguido; em Rm 15.4, por exemplo, o uso está no caso sujeito ou nominativo. No Novo Testamento, três adjetivos são descri tivos da “esperança”: “boa” (2 Ts 2.16); “bem-aven turada” (Tt 2.13); “viva” (1 Pe 1.3). A estas espe ranças. poder-se-ia acrescentar Hb 7.19, “uma me lhor esperança”, ou seja, adicional aos mandamen tos que foram anulados (Hb 7.18), uma esperança centrada num novo sacerdócio. Em Rm 15.13, fala que Deus é “o Deus de espe rança”, ou seja, Ele é o autor, não o sujeito, da espe rança. A “esperança” é um fator na salvação (Rm 8.24); encontra sua expressão na resistência sob a provação, que é o efeito da espera pela vinda de Jesus (1 Ts 1.3); é a “âncora da alma”, permanecen do firme em meio às tormentas desta vida (Hb 6.18,19); é um poder depurador: “Qualquer que nele [Jesus] tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro” (1 Jo 3.3, uma das men ções do apóstolo João da “esperança”). A expressão “completa certeza da esperança” (Hb 6.11), expressa a completitude de sua atividade na alma; cf. “inteira certeza de fé” (Hb 10.22), e “plenitude da inteligência” (Cl 2.2). B. Verbos. 1. elpizõ (èXirí^co), “esperar”, ocorre, por exem plo, em Jo 5.45 (“Moisés, em quem vós esperais”); 2 Co 1.10 (“Em quem esperamos que também nos livrará ainda”); 1 Tm 4.10; 5.5; 6.17. Veja também, por exemplo, Mt 12.21; Lc 24.21; Rm 15.12,24. O verbo é usado com três preposições: (1) eis, “em”, ocorre em Jo 5.45: “Moisés, em quem vós esperais”; o significado é realmente “em” como em 1 Pe 3.5: “Que esperavam em Deus”; assim, é dito que a “esperança” deve ser dirigida e centrada na pessoa; (2) epi, “em”, aparece em Rm 15.12: “Na quele [...] os gentios esperarão”; 1 Tm 4.10; 5.5 (nos melhores manuscritos); 1 Tm 6.17; a preposi ção expressa a base na qual a “esperança” se encon tra; (3) en, “em”, ocorre em 1 Co 15.19: “Espera mos em Cristo”, mais literalmente, “somos os que esperamos em Cristo”, a preposição revela que Cris to não é somente a base sobre quem a “esperança” é colocada, mas é a esfera e o elemento em quem a “esperança” é posta. A forma do verbo (o particí- pio perfeito com o verbo ser, literalmente, “estamos tendo esperança”) ressalta o caráter daqueles que “esperam” mais que a ação; a “esperança” os carac teriza, mostrando que tipo de pessoas eles são. Veja CONFIAR. 2. proelpizõ (TrpoeXTrí£w), “esperar antes” (for mado de pro, “antes de”, e o n° 1), é encontrado em Ef 1.12.1 3. apelpizõ (àTreX-rrí£u>), literalmente, “esperar de” (formado de apo, e o n° 1). Veja DESESPERAR. ESPERAR 1. ekdechomai (èKõéxo|i.ai) (quando a este ver bo, veja EXPECTAÇÃO, n° 1), é traduzido pelo verbo “esperar” em Jo 5.3; At 17.16; 1 Co 11.33. 2. apekdechomai (áTTÇKÔéxopaL), “esperar ou esperar ansiosamente”, é usado em Rm 8.19,23,25; 1 Co 1.7; Gl 5.5; Fp 3.20; Hb 9.28 (aqui “esperam” representa os crentes em geral, não uma seção de les); 1 Pe 3.20 (nos melhores textos; alguns têm o n° 1). Veja AGUARDAR, Nota (l).fl 3. prosdechomai (TTpoCTÔexopai), “olhar por, esperar” com vistas à recepção favorável, é encon trado em Mc 15.43; Lc 2.25; 12.36; 23.51. Veja AGUARDAR. n° 2. 4. prosdokaõ (TTpoaÔOKáw), “esperar”, é usado em Lc 1.21; 8.40; At 10.24; 27.33. Veja AGUAR DAR. n° 1. 5. anamenõ (ávdpevw), “esperar por” (formado de ana, “para cima”, usado intensivamente, e menõ, “ficar”), é usado em 1 Ts 1.10, acerca de “esperar” do céu o Filho de Deus; com isso, a palavra transmi te a sugestão de “esperar” com paciência e expecta tiva confiante.^ 6. perimenõ (Trepi|iévüj), “esperar um evento”, é usado em At 1.4, acerca de “esperar” pelo Espíri to Santo, “a promessa do Pai” .! Na Septuaginta, consulte Gn 49.18.! ESPERAR 6 1 6 ESPINHO 7. proskartereõ ( n p o a ic a p T e p e i o ) , “continuar firmemente”, é. encontrado em Mc 3.9 (“tivessem [sempre] pronto”) e At 10.7 (“estavaa [seu] servi ço”). Veja CONTINUAR, n° 9 (na Septuaginta, con sulte Nm 13.211). 8. paredreuõ (irapeSpeúto), “sentar-se constan temente ao lado de” (formado de para, “ao lado de”, e hedra, “assento”), é usado nos melhores textos em 1 Co 9.13, “de contínuo estão junto (ao altar)”. Na Septuaginta, consulte Pv 1.21; 8.3.1 Notas: (1) Em 2Ts 3.5, ocorre o termo hupomone, “paciência”. Veja PACIÊNCIA. (2) Quanto à forma verbal enganam, em Ef 4.14, veja INDUZIR. (3) Quanto ao termo ciladas, em At 20.3,19; 23.30, veja CILADA. ESPETÁCULO theatron (GéaTpov), cognato de theaomai, “ver”, denota; (a) “teatro” — também usado como lugar de reunião (At 19.29,31); (b) “show, espetáculo”, usa do metaforicamente em 1 Co 4.9. Veja TEATRO.1 ESPIA A. Substantivos. 1. enkathetos (èyKdGeToç), adjetivo que denota “subornado para esperar em emboscada” (formado de en, “em”, e kathiemi, “enviar para baixo”), é usa do como substantivo em Lc 20.20.1 Na Septuagin ta, consulte Jó 19.12; 31.9.1 2. kataskopos (KardcncoTroç) denota “espia” (for mado de kata, “paia baixo”, com o significado de “de perto”, e skopeõ, “ver”), ocorre em Hb 11.31.1 B. Verbo. kataskopeõ (KaTaaKOTTg to), “ver de perto” (cognato de A, n° 2), “espiar para fora, procurar para fora, dar busca a” com vistas a subverter, é usado em Gl 2.4 (“espiar”).! Na Septuaginta, con sulte 2 Sm 10.3; 1 Cr 19.3.1 ESPIGA (1) 1. sitos ( c t l t o ç ) , “trigo”; no plural, “grão”, ocor re em Mc 4.28 (“grão cheio”). É traduzido por “tri go” em Mt 3.12; 13.25,29,30; Lc 3.17; 12.18 (al guns manuscritos têm genenata, “frutos, novida des”); Lc 16.7; 22.31; Jo 12.24; At 27.38; 1 Co 15.37; Ap 6.6; 18.13.1 2. sition ( c t l t i o v ) , “trigo, grão”, diminutivo do n° 1, é encontrado em At 7.12.1 3. sporimos (orrópipoç), literalmente, “semea do ou próprio para semear” (speirõ, “semear, lan çar semente”), denota, no plural, “campos semea dos, campos de grão, trigal” (Mt 12.1; Mc 2.23; Lc 6.1). Contraste com os termos spora (1 Pe 1.23),! e sporos, “semente”).! 4. stachus (ardxuç) significa “espiga de grãos” (Mt 12.1; Mc 2.23; 4.38; Lc 6.1). Contraste com o nome Estáquis que ocorre em Rm 16.9-1 Notas: ( 1 ) 0 verbo aloaõ, “debulhar, trilhar, malhar”, derivado de alõn, “eira”, ocorre em 1 Co 9.9,10 e 1 Tm 5.18. Contraste com DEBULHAR, PIS AR.1 (2) O termo kokkos, “grão” (seu significando regular), é traduzido em Jo 12.24 por “grão de tri go”. Veja GRÃO. ESPIGA (2) stachus (ardxuç) é encontrado em Mt 12.1; Mc 2.23; 4.28 (duas vezes); Lc 6.1. A primeira parte da palavra é derivada da raiz st a-, encontrada em par tes do verbo histemi, “fazer estar”. É usado como nome próprio em Rm 16.9 (“Estáquis”)-! ESPINHO A. Substantivos. 1. akantha (aKavGa), “roseira brava, sarça, espi nho” (derivado de ake, “ponto”), sempre é usado no plural no Novo Testamento (Mt 7.16 e passa gem paralela em Lc 6.44; Mt 13.7, duas vezes; Mt 13.22 e textos paralelos em Marcos e Lucas); em Mt 27.29 e Jo 19.2, alude à coroa de “espinhos” que colocaram na cabeça de Jesus (veja também B) numa imitação zombeteira das guirlandas usadas pelos imperadores. Eram os efeitos da maldição di vina sobre a terra (Gn 3.18; cf. Is 15.13). Os “espi nhos” da coroa que os soldados entrelaçaram são identificados com os espinhos do Zizyphus spina Christi, de cerca de seis metros de altura ou mais, que orlam o rio Jordão e são abundantes na Palesti na; os ramos são flexíveis. Contudo, outra espécie, a planta árabe qundaul, da qual se entrelaçam coro as e se vendem em Jerusalém como representativas da coroa de Cristo, é provavelmente a espécie aludi da aqui. Os ramos são facilmente tecidos e adapta dos à tortura pretendida. A palavra akantha tam bém ocorre em Hb 6.8. 2. skolops (okóXoiJ;) denotava originalmente “qualquer coisa pontuda”, por exemplo, “estaca”; no vernáculo helenístico, “espinho” (o mesmo se dá na Septuaginta. em Nm 33.55; Ez 28.2; Os 2.6), ocorre em 2 Co 12.7, acerca do “espinho na carne” do apóstolo Paulo; sua linguagem indica que o “es