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ESCANDALIZAR 6 0 7 ESCALARTE
do metaforicamente no Novo Testamento, da mes­
ma maneira que o substantivo. É usado 14 vezes em 
Mateus, oito, cm Marcos, duas, em Lucas, duas, 
em João; em outros lugares, ocorre em 1 Co 8.13 
(duas vezes) e 2 Co 11.29. Está ausente nos manus­
critos mais autênticos em Rm 14.21. Também é en­
contrado em Mt 13.57; 15.12; 26.31,33; Mc 6.3;
14.27,29.
Notas: Em Tg 2.10; 3.2, (duas vezes), é utiliza­
do o verbo ptaiõ, “tropeçar”. Veja CAIR, TROPE­
ÇAR (1).
(2) Em At 25.8, é usado o verbo hamartanõ, 
“pecar”. Veja PECADO.
ESCÂNDALO
A. Substantivos.
1. skandalon (oKávÒaXóv) originalmente era “o 
nome da parte de uma armadilha na qual era fixa a 
isca, por conseguinte, a armadilha ou a própria isca, 
como em Rm 11.9 ( ‘tropeço’, citado do SI 69.22); 
em Ap 2.14, o truque de Balaão era antes uma arma­
dilha para Israel do que uma pedra de tropeço, e em 
Mt 16.23, o Senhor Jesus percebeu nas palavras de 
Pedro uma armadilha armada para Ele por Satanás.
“No Novo Testamento, skandalon sempre é usa­
do metaforicamente e na maioria das vezes acerca 
de qualquer coisa que desperta preconceito, ou tor­
na-se obstáculo para outros, ou os leva a cair no 
caminho. Às vezes, o obstáculo é bom em si, e os 
que tropeçam nele é que são os maus” (extraído de 
Notes on Galatians, de Hogg e Vine, p. 262).
Assim, é usado acerca de: (a) Jesus (Rm 9.33, 
“pedra de tropeço”; 1 Co 1.23, “escândalo”; 1 Pe
2.8), e a Sua cruz (Gl 5.11); a “mesa” fornecida por 
Deus para Israel (Rm 11.9, veja CIMA); (b) o que é 
mau, por exemplo, Mt 13.41, “tudo o que causa 
escândalo”, literalmente, “todas as pedras de trope­
ço”; Mt 18.7; Lc 17.1; Rm 14.13, dito de certo uso 
da liberdade cristã que provoca impedimento aos 
outros; Rm 16.17, dito do ensino das coisas contrá­
rias à sã doutrina; 1 Jo 2.10. acerca da ausência de 
“escândalo” no caso daquele que ama o seu irmão e, 
assim, permanece na luz. O amor, então, é a melhor 
proteção contra os infortúnios pronunciados pelo 
Senhor sobre aqueles que fazem os outros tropeça­
rem. Veja CAIR, B, Nota O).*! Contraste com a 
Septuaginta em Os 4.17: “Efraim está entregue aos 
ídolos; deixa-o”.
2. proskomma (TrpÓCTKoppa), “obstáculo con­
tra o qual se pode colid ir o pé” (cognato de 
proskoptõ , “tropeçar” ou “fazer tropeçar”; forma­
do de pros, “para” ou “contra, e koptõ, “golpe­
ar”), é traduzido em Rm 14.13,20; 1 Co 8.9, por 
“escândalo”, acerca do obstáculo espiritual para 
outros pelo uso egoísta da liberdade (cf. o n° 1 em 
Rm 14.13, “tropeço”). É usado acerca de Cristo, 
em Rm 9.32,33; 1 Pe 2.8, “(pedra) de tropeço”.! 
Contraste com a Septuaginta em Êx 23.33: “Certa­
mente será (os deuses dos cananeus) uma laço [pe­
dra de tropeço] para ti”.
3. proskope (TipoaKOTTií), como o n° 2 e formado 
com a mesma combinação, ocorre em 2 Co 6.3, “es­
cândalo”, algo que conduz outros ao erro ou ao pe- 
cado.(J[ Contraste com a Septuaginta em Pv 16.18: 
“A altivez do espírito precede a queda [ou seja, 
torna-se pedra de tropeço para si mesmo]”.
Notas: ( 1 ) 0 termo paraptoma, “transgressão”, 
é traduzido em Rm 4.25 por “pecado”; em Rm 5.15 
(duas vezes); Rm 5.16-18,20, por “ofensa”. Veja 
TRANSGRESSÃO.
(2) Em 2 Co 11.7,o termo hamartia, “pecado”, 
é traduzido por “pequei” (veja ARA). Veja PE­
CADO.
B. Adjetivo.
aproskopos (dupóctcoiroç), cognato de A, n° 3, 
com a, elemento de negação, prefixado, é usado: (a) 
no sentido ativo, “não fazendo tropeçar”; em 1 Co
10.32 (“não deis escândalo”), alude metaforicamen­
te a “se abster de fazer qualquer coisa que desvie” 
judeus ou gregos ou a igreja de Deus (ou seja, a igreja 
local); (b) no sentido passivo, “inocente, sem tro­
peçar”; At 24.16, “(uma consciência) sem ofensa”; 
Fp 1.10, “sem escândalo”. O adjetivo é encontrado 
ocasionalmente nos papiros.*!
ESCARLATE
kokkinos (oKávbaXoc,) é derivado de kokkos, 
usado acerca dos “ovos” (os agrupamentos dos ovos 
de inseto) coletados do ilex coccifera; a cor, porém, 
é obtida do inseto cochonilha, que se prende às fo­
lhas e ramos do carvalho conífero; outra espécie é 
produzida nas folhas do cactusficus. O nome árabe 
para este inseto é qírmíz, de onde provém a palavra 
“carmesim”. É usado acerca de: (a) a “lã purpúrea” 
(Hb 9.19); contraste com relação à purificação de 
um leproso (Lv 14.4,6, “carmesim”); com a oferta 
da novilha vermelha (Nm 19.6); (b) a capa “escarla­
te” que os soldados puseram em Jesus (Mt 27.28);
(c) a besta vista na visão simbólica em Ap 17.3; (d) 
a roupa da mulher conforme foi vista sentada na 
besta (Ap 17.4); (e) parte da mercadoria de Babilônia 
(Ap 18.12); (/) figurativamente, a glória da própria
ESCARLATE 608 ESCOLHER
cidade (Ap 18.16); o neutro é usado nas últimas 
três instâncias.^
ESCARNECER
A. Verbos.
1. empaizõ (épiTaíCco), combinação de paizõ, 
“brincar como criança” (pais), “brincar, zombar”, 
prefixado por en, “em”, só é usado nos Evange­
lhos Sinóticos, e todas as vezes referindo-se ao 
“escárnio” feito para com Jesus, exceto em Mt
2.16 (aqui no sentido de iludir ou enganar Herodes 
pelos sábios) e em Lc 14.29, acerca do ridículo 
lançado sobre alguém depois de pôr a fundação de 
uma torre e ficar impossibilitado de terminá-la. A 
palavra é usada: (a) profeticamente pelo Senhor, 
acerca dos Seus sofrimentos iminentes (Mt 20.19; 
Mc 10.34, Lc 18.32); (b) sobre os insultos infligi­
dos sobre Ele pelos homens que o tinham levado 
do jardim do Getsêmani (Lc 22.63); por Herodes e 
seus soldados (Lc 23.11); pelos soldados do go­
vernador (Mt 27.29,31; Mc 15.20; Lc 23.36); pe­
los sumos sacerdotes (Mt 27.41; Mc 15.31).f
2. mukterizõ (|iuktt]pí£ü.)), derivado de mukter, 
“nariz” , por conseguinte, “torcer o nariz para, zom­
bar de, tratar com desprezo”, é usado na voz passi­
va em Gl 6.7, onde a declaração: “Deus não se deixa 
escarnecer”, não significa que os homens não o es­
carneçam (veja Pv 1.30, onde a Septuaginta tem o 
mesmo verbo); o apóstolo Paulo faz um contraste 
vivido da diferença essencial entre Deus e o homem. 
É impossível abusar de Deus, visto que Ele discerne 
os pensamentos e intentos do coração .‘f
Nota: O verbo ekmukterizõ, forma fortalecida 
do n° 2, “ridicularizar, zombar de”, é usado em Lc
16.14 e 23.35. Veja ZOMBAR (1), ZOMBAR
(2)-1
3. chleuazõ (xXeuá£co), “zombar, escarnecer, 
mofar, caçoar” (derivado de chleue, “chiste”), é 
dito do ridículo expresso por alguns dos filósofos 
atenienses diante do testemunho do apóstolo Pau­
lo em relação à ressurreição dos m ortos (At 
17.32).(H
4. diachleuazõ (8iaxXeuá£a>), Ôia e x\evá£u>, 
forma intensiva do n° 3, “zombar”, quer por gesto 
ou palavra, é dito daqueles que zombaram do teste­
munho dado no Dia de Pentecostes (At 2.13; alguns 
manuscritos têm o n° 3).f
B. Substantivos.
1. em pa iktes (e p u a i k t t ) ç), “ zom bador, 
escarnecedor” (cognato de A, n° 1), é usado em 2 Pe 
3.3; Jd 18.f Na Septuaginta, consulte Is 3.4.f
2. empaigmos ( è p r r a i Y p ó ç ) , o ato do empaiktes, ■ 
“escárnio, zombaria”, é usado em Hb 11.36.1 Na 
Septuaginta, consulte SI 38.7; Ez 22.4.f
3. empaigmone ( é ^ T ra iY j io v q ) , substantivo abs­
trato, “escárnio”, é usado em 2 Pe 3.3 (ARA; alguns 
manuscritos o omitem). Veja também o n° 1, aci- 
ma.f
ESCOLA
schole (axoXq) (de onde em português, “esco- j 
la”) denota primariamente “lazer”, então, “aquilo 
pelo qual o lazer era empregado, debate, conferên­
cia”; por conseguinte, por metonímia, “o lugar onde 
são dadas conferências, escola” (At 19.9).f
ESCOLHER
A. Verbos.
1. eklegõ (èKkéyu), “escolher, selecionar, ele­
ger”, significa, na voz média, “escolher para si mes­
mo”. não implicando necessariamente a rejeição do 
que não é escolhido, mas “escolher” com as idéias 
subsidiárias de generosidade, favor ou amor (Mc 
13.20; Lc 6.13; 9.35; 10.42; 14.7; Jo 6.70; 13.18; 
15.16,19; At 1.2,24; 6.5; 13.17; 15.7,22,25; 1 Co 
1.27,28; Ef 1.4; Tg 2.5).f
2. epilegõ (émXéyio), na voz média, significa 
“escolher”, ou em acréscimo ou em sucessão a ou­
tro. Tem este significado em At 15.40, acerca da 
escolha que Paulo fezde Silas. Quanto ao outro 
significado de epilegõ, “chamar” ou “nomear” (Jo
5.2), veja CHAMAR.f
3. haireõ (aí.peto), “tomar”, é usado na voz mé­
dia, no sentido de tomar para si mesmo, escolher. 
Ocorre em 2 Ts 2.13, acerca de uma “escolha” feita 
por Deus (como se dá na Septuaginta em Dt 7.6,7;
26.18); em Fp 1.22 e Hb 11.25, diz respeito à “es­
colha” humana. Seu significado especial é selecionar 
preferivelmente pelo ato de tomar do que por mos­
trar preferência ou favor.({[
4. hairetizõ (cupeTÍ£io), cognato do adjetivo ver­
bal hairetos, “aquilo que pode ser tomado” (veja o 
n° 3), significa “tomar”, com a implicação de que o 
que é tomado é elegível ou satisfatório, por conse­
guinte, “escolher”, por causa desta conveniência 
(Mt 12.18, que fala do deleite de Deus em Cristo 
como Seu “escolhido”).! É freqüente na Septua­
ginta (por exemplo, Gn 30.20; Nm 14.8; SI 25.12; 
119.30,173; 132.13,14: Os 4.18; Ag 2.23; Zc 1.17; 
2.12; Ml 3.17).
5. cheirotoneõ (xeiporovéio). Veja NOMEAR, 
n° 11.
ESCOLHER 609 ESCÓRIA
6. procheirotoneõ (TTpoxeiporovécü) significa 
“escolher antes” (At 10.41, onde é usado acerca de
uma escofta feita de antemão por D eusj.f
Notas: (1) Quanto ao verbo procheirizõ, veja 
NOMEAR, n° 12.
(2) Quanto ao verbo stratologeõ, que ocorre em 
2 Tm 2.4, significa alistar-se como soldado. Veja 
SOLDADO.
B. Adjetivo.
eklektos (étcXck t ó ç ) , cognato de A, n° 1, signifi­
ca “escolhido, selecionado, eleito” (por exemplo, 
Mt22.14; Lc 23.35; Rm 16.13, talvez no sentido de 
“eminente”; 1 Pe 2.4,9; Ap 17.14). Veja ELEITO.
C. Substantivo.
ekloge (éKXoyri), cognato de A, n° 1 e B, “esco­
lha, seleção, eleição”, é traduzido em At 9.15 por 
“escolhido”, literalmente, “ele é um vaso de escolha 
para mim”. O termo ocorre em seis outros lugares. 
Veja ELEITO.
ESCONDER
A. Verbos.
1. kruptõ (kpútttu)), “cobrir, esconder, ocultar, guar­
dar segredo” (em português, “críptico”, etc.), é usado:
(a) em seu significado físico (por exemplo, Mt 5.14;
13.44; 25.18, alguns manuscritos têm o n° 2 aqui); (b) 
metaforicamente (por exemplo, Mt 11.25, alguns ma­
nuscritos têm o n° 2 aqui: Mt 13.35, “[coisas] ocultas; 
Lc 18.34; 19.42; Jo 19.38). Veja SEGREDO.
2. apokruptõ (ÓTroKpíiTco), “esconder de, ocular, 
manter segredo” (formado de apo, “de”, e o n° 1), é 
usado metaforicamente, acerca das verdades “es­
condidas” dos sábios e inteligentes, e reveladas a 
criancinhas (Lc 10.21); da sabedoria de Deus (1 Co
2.7); do mistério das insondáveis riquezas de Cris­
to, reveladas pelo Evangelho (Ef 3.9); do mistério 
associado com o precedente (Cl 1.26).!
3. enkruptõ (éyKpÚTO)), “esconder em algo” (for­
mado de en, “em”, e o n° 1), é usado em Mt 13.33, 
acerca do fermento “escondido” na massa (veja
ARA).)
4. perikruptõ (TTepiKpÚTüj) significa “esconder 
colocando algo em volta, ocultar completamente, 
manter escondido” (formado de peri, “ao redor”, 
usado intensivamente, e o n° 1), aparccc cm Lc 1.24.11
5. kaluptõ (KaXÚTiTco) significa “cobrir, ocultar”, 
de forma que nada possa ser visto (por conseguinte, 
um pouco diferente do n° 1); em 2 Co 4.3, é traduzi­
do por “encoberto”, continuando adequadamente o 
assunto de 2 Co 3.13-18; em Tg 5.20, por “cobri­
rá”. Veja COBRIR.
6. parakaluptõ (TTapaKaXÚTTTüj), literalmente, 
“cobrir com um véu”, ocorre em Lc 9.45, “que lhes 
era encoóerfa" Veja EN C O BRÍR.f
7. lonthanõ (XavSávco), “não repararem, cscapar 
à atenção de, não notar, estar escondido de”, é en­
contrado em Mc 7.24, acerca de Jesus que não pôde 
“se esconder”; da mulher com fluxo de sangue (Lc 
8.47); dos fatos concernentes a Jesus (At 26.26, 
onde a sentença “nada disto lhe é oculto” poderia 
ser traduzida por “nenhuma destas coisas lhe esca­
pou à atenção”). Veja ESQUECER. SECRETA­
MENTE.
B. Adjetivos.
1. kruptos ( k p u t t t ó ç ) , cognato de A, n° 1, “es­
condido, oculto, secreto”, é usado em Mt 10.26; 
Mc 4.22; Lc 8.17; 12.2 (última parte); em 1 Co 4.5; 
2 Co 4.2; 1 Pe 3.4. Veja INTERIORMENTE, SE­
GREDO.
2. apokruphos (áTrÓKpuc^oc;), “escondido longe 
de” (correspondendo a A, n° 2; cf. em português, 
“apócrifo”), é encontrado em Mc 4.22; Lc 8.17; Cl
2.3. Veja SEGREGO.l
ESCÓRIA
1. perikatharma (irepucáBapixa) denota “escó­
ria, refugo, lixo” (literalmente, “limpezas”, ou seja, 
aquilo que é jogado fora na limpeza; derivado de 
perikalhairõ, “purificar tudo ao redor”, ou seja, 
completamente, como na Septuaginta em Dt 18.10; 
Js 5.4.!), É usado uma vez na Septuaginta (Pv
21.18) como preço da expiação; entre os gregos, o 
termo era aplicado às vítimas sacrificadas para fa­
zer expiação; também o usavam para se referir a 
criminosos mantidos à despesa pública para serem 
lançados no mar, ou, caso contrário, mortos, na 
deflagração de uma pestilência, etc. O termo é em­
pregado em 1 Co 4.13 muito neste sentido (não no 
de vítimas sacrificais), “o lixo deste mundo”, re­
presentando “os homens mais miseráveis e des­
prezíveis” (Grimm-Thayer), a escória ou lixo da 
humanidade.^
2. rhupos (pÚTTOc;) denota “sujeira, lixo, imundí- 
cia” (1 Pe 3.21).| Contraste com o termo rhuparia, 
“sujeira” (veja A, n° 2, no verbete IMUNDÍCIA); o 
substantivo rhuparos, “vil, desprezível”, que ocor­
re em Tg 2.2; e no Ap 22.11, nos melhores manus­
critos (veja B, n° 3, no verbete IMUNDÍCIA);! o 
verbo rhupoõ, “tornar imundo”, que ocorre em Ap 
22.11;! a palavra rhupainõ (veja D, no verbete 
IMUNDÍCIA).
ESCORPIÃO 6 1 0 ESCREVER
ESCORPIÃO
skorpios (CTKOpmoç), cognato de skorpizõ, “es­
palhar” (veja ESPALHAR), é um animal pequeno 
(o maior das várias espécies mede aproximadamente 
15 cm de comprimento), como uma lagosta, mas 
com uma cauda longa em cuja extremidade encon­
tra-se a picadura venenosa; a dor, a posição da 
picadura e o efeito são m encionados em Ap
9.3,5,10. A pergunta retórica do Senhor sobre a 
provisão de um “escorpião” em vez de um ovo (Lc
11.12), é, em primeiro lugar, uma alusão ao forma­
to de ovo que a criatura assume quando em repou­
so; em segundo lugar, é indicação da aversão com 
que é tratado. Em Lc 10.19, a garantia que o Se­
nhor dá aos discípulos da autoridade que eles rece­
bem dEle para pisar em serpentes e escorpiões, 
transmite o pensamento de vitória sobre as forças 
espiritualmente antagônicas, os poderes das tre­
vas, como é mostrado por sua referência à “força 
do inimigo“ e pelo contexto em Lc 10.17,20.1
ESCRAVIDÃO
A. Substantivo.
douleia (ÔouXeía), cognato de deõ, “amarrar”, 
significando primariamente a “condição de ser es­
cravo”, veio a denotar qualquer tipo de escravidão 
ou servidão, como, por exemplo, da condição da 
criação (Rm 8.21); da condição caída do próprio 
homem, o que o faz temer a Deus (Rm 8.15), e o 
medo da morte (Hb 2.15); da condição imposta pela 
lei mosaica (Gl 4.24). Veja SERVIR.
B. Verbos.
1. douleuõ (ÔouXeúio), “servir como escravo, ser 
escravo, estar em escravidão”, é usado muitas vezes 
sem associação com a escravidão (por exemplo, At 
20.19; Rm 6.6; 7.6; 12.11; Gl 5.13). Veja SERVIR.
2. douloõ (ÔouXóto), diferente do n° 1 no fato de 
ser verbo transitivo em vez de intransitivo, significa 
“fazer escravo de, trazer em escravidão” (At 7.6; 1 
Co 9.19); na voz passiva, expressa, “ser levado sob 
escravidão” (2 Pe 2.19); “ser mantido em escravi­
dão” (Gl 4.3, literalmente, “estávamos reduzidos à 
escravidão”); “ser escravo de algo” (Rm 6.18); “ser 
escravizado a algo” (Tt 2.3, ARA). Assim como o 
escravo com prado não linha limitações quanto ao 
tipo ou tempo de serviço, assim a vida do crente 
deve ser vivida em obediência contínua a Deus. Veja 
DAR, ESCRAVIZADA, SERVO.
3. doulagõgeõ (SouXaywyeio), “trazer em escra­
vidão” (formado de A, acima, e agõ, “trazer”), é 
usado em 1 Co 9.27, concernente ao corpo.f
4. katadauloõ (KaraôouXóoj), “trazer em escra­
vidão”, ocorre em 2 Co 11.20; Gl 2.4.1
ESCRAVIZADA
douloõ (SouXócü), “fazer escravo de”, é traduzi­
do em Tt 2.3 por “não dadas (a muito vinho)”. Veja 
ESCRAVIDÃO.
ESCRAVO
doulos (ÔoOXoç), derivado de deõ, “amarrar”, “es­
cravo”, sendo originalmente o termo mais baixona 
escala da escravidão, também veio a significar “aque­
le que se dá à vontade de outrem” (por exemplo, 1 
Co 7.23; Rm 6.17,20), e se tornou a palavra mais 
comum e geral para indicar “criado”, como em Mt 
8.9, sem qualquer idéia de escravidão. Porém, ao se 
chamar “escravo de Jesus Cristo” (por exemplo, em 
Rm 1.1), o apóstolo Paulo insinua: (1) que outrora 
ele tinha sido “escravo” de Satanás; e: (2) que, ten­
do sido comprado por Cristo, agora ele era escravo 
voluntário, preso ao Seu novo Senhor. Veja SERVO.
O termo feminino doule significa “criada” (Lc 
138,48; At 2.18).!
paidiske (uaiÔíoKq), “menina jovem e solteira”, 
também denotava “escrava” ou “criada” (Gl 
4.22,23,30,31). Veja MENINA, CRIADA.
ESCRAVOS
sõma (CTwpa), “corpo”, é encontrado em Ap 18.13 
(“escravos”, ARA), uma insinuação do controle in­
justo sobre as atividades físicas dos “escravos” ; a 
palavra seguinte, “almas”, representa o ser inteiro. 
Veja CORPO.
ESCREVER
A. Verbos.
1. grciphõ (Ypáòuj) é usado acerca de: (a) “formar 
letras” numa superfície ou material de escrita (Jo 8.6); 
em Gl 6.11, o apóstolo Paulo fala de ele ter “escrito” 
com letras grandes com a própria mão, o que não é 
improvável que significa que nesse momento ele pe­
gou a pena do amanuense e finalizou a epístola ele 
mesmo; isto não é negado pelo fato de que o verbo 
está no aoristo ou passado definido, literalmente, “eu 
escrevi”, pois na linguagem grega o escritor de uma 
carta se colocava ao lado do leitor e falava dela como 
tendo sido “escrita” no passado; em português, dirí­
amos “eu estou escrevendo”, tomando nosso ponto 
de vista do tempo no qual estamos fazendo a ação 
(cf. Fm 19, esta Epístola é indubitavelmente um 
hológrafo; veja também At 15.23; Rm 15.15); possi­
ESCREVER 611 ESCRITURA
velmente o apóstolo estava, em Gl 6.11, referindo-se 
ao ter “escrito” o corpo da epístola, mas a alternativa 
anterior parece a mais provável; em 2 Ts 3.17, ele diz 
que a saudação final é escrita por sua própria mão e 
fala que esse é “o sinal em todas as epístolas”, o que 
uns entendem como propósito para o futuro em vez 
de ser um costume (veja, porém, 1 Co 16.21 e Cl
4.18). A ausência do sinal em outras epístolas de 
Paulo, pode ser explicada diferentemente, sendo que 
sua autenticidade não é dependente disso; (b) “pôr 
por escrito, registrar” (por exemplo, Lc 1.63; Jo
19.21,22); é usado acerca da Escritura como autori­
dade consagrada, “está escrito” (por exemplo, Mc 
1.2; Rm 1.17; cf. 2 Co 4.13); (c) “escrever instruções 
ou dar inform ação” (por exem plo, Rm 10.5, 
“[Moisés] descreve”; Rm 15.15; 2 Co 7.12); (d) 
“aquilo que continha um registro ou m ensagem ” (por 
exemplo, Mc 10.4,5; Jo 19.19; 21.25; At 23.25).
2. epistellõ (èmoTéXXü)) denota “enviar mensa­
gem por carta, escrever palavra” (stellõ, “enviar” ; 
em português, “epístola”), ocorre em At 15.20;
21.25 (alguns manuscritos têm o verbo apostellõ, 
“enviar”); Hb 13.22.1
3. prographõ (■npoypdòcü) denota “escrever an­
tes”, é usado em Rm 15.4 (nos melhores textos; 
alguns têm graphõ); Ef 3.3. Veja COLOCAR.
4. engraphõ (èyypd^cü) denota “escrever em” 
(Lc 10.20; 2 Co 3.2,3).!
5. epigraphõ (èmypácjxi)) é encontrado (forma­
do de epi, “sobre” , e o n° 1) em Mc 15.26 (“por 
cima [dele] estava escrita”); figurativamente, no co­
ração (Hb 8.10; 10.16); nas portas da Jerusalém 
celestial (Ap 21.12). Veja INSCREVER.
Notas: (1) Quanto ao verbo apographõ, usado 
em Hb 12.23, “inscritos”, veja ALISTAR-SE.
(2) Em 2 Co 3.7, ocorre a preposição en, “em”, 
com o plural dativo de gramma, “letra”, literalmen­
te, “em letras” .
B. Adjetivo.
graptos (ypaTTTÓç), derivado de A, n° 1, “escri­
to”, ocorre em Rm 2 .15.f
ESCRIBA
gram m ateus (y p a p p a T e ú ç), derivado de 
gramma, “escrita”, denota “escriba, homem de le­
tras, professor da lei”; os “escribas” são mencio­
nados muitas vezes nos Evangelhos Sinóticos, so­
bretudo com relação aos fariseus, com quem virtu­
almente formavam um partido (veja Lc 5.21), às 
vezes também com os principais sacerdotes (por 
exemplo, Mt 2.4; Mc 8.31; 10.33; 11.18,27; Lc
9.22). Eles são mencionados apenas uma vez no 
Evangelho de João (Jo 8.3), três vezes em Atos 
(At 4.5; 6.12; 23.9); em outro lugar, só ocorre em
1 Co 1.20, no singular. Eram considerados natural­
mente qualificados para ensinar nas sinagogas (Mc
1.22). Eram ambiciosos de honra (por exemplo, 
Mt 23.5-11), a qual exigiam especialmente dos alu­
nos, sendo-Ihes prontamente concedida, como tam­
bém pelo povo em geral. Como Esdras (Ed 7.12), 
os “escribas” eram encontrados originalmente en­
tre os sacerdotes e levitas. Sendo os sacerdotes os 
intérpretes oficiais da lei, há muito tempo os 
“escribas” se tornaram um grupo independente; 
embora nunca tivessem detido poder político, tor­
naram-se líderes do povo.
Suas funções concernentes à lei eram ensiná-la, 
desenvolvê-la e usá-la com relação ao Sinédrio e 
aos vários tribunais locais. Eles também se ocupa­
vam com os escritos sagrados históricos e didáti­
cos. Davam a maior importância aos elementos 
ascéticos pelos quais a nação era especialmente 
separada dos gentios. No seu regime, a devoção 
era reduzida a formalismo externo. Só isso era de 
valor, o que era governado pelo preceito externo. 
A vida sob a direção deles se tornou um fardo; eles 
mesmos buscavam fugir furtivamente dos própri­
os preceitos (Mt 23.16ss; Lc 11.46); por suas tra­
dições, a lei, em vez de ser uma ajuda na vida moral 
e espiritual, tornou-se instrumento para evitar o 
verdadeiro acesso a Deus (Lc 11.52). Daí as duras 
denúncias do Senhor contra eles e os fariseus (veja 
FARISEU).
Nota: A palavra grammateus é usada para aludir 
ao “escrivão” da cidade em Éfeso (At 19.35).
ESCRITO
gramma (ypáppa), derivado de graphõ, “escre­
ver”, é encontrado em Jo 5.47. Veja LETRA, n° 1.
Notas: (1) Quanto ao termo biblion, “escritu­
ra”, encontrado em Mt 19.7 (“carta”), veja CON­
TA, n° 1.
(2) Em Jo 19.19, “(estava) escrito” é tradução 
do particípio perfeito, voz passiva, de graphõ.
ESCRITURA
1. graphe (ypacjjq), cognato de graphõ, “escre­
ver” (em português, “gráfico, gráfica”), denota pri­
mariamente “desenho, pintura”; então, “escrita, es­
critura”, dizendo respeito a: (a) as Escrituras do 
Antigo Testamento: (1) no plural, em referência à 
totalidade (por exemplo, Mt 21.42; 22.29; Jo 5.39;
ESCRITURA 6 1 2 ESCUTAR
At 17.11; 18.24; Rm 1.2 [onde “os profetas” in­
cluem os escritores do Antigo Testamento em ge­
ral]; Rm 15.4; 16.26 [literalmente, “escritos pro­
féticos”, expressando o caráter de todas as Escri­
turas]); (2) no singular, em referência a uma passa­
gem em particular (por exemplo, Mc 12.10; Lc 
4.21; Jo 2.22; 10.35 [embora seja aplicável a toda 
ela]; Jo 19.24,28,36,37; 20.9; At 1.16; 8.32,35; 
Rm 4.3; 9.17; 10.11; 11.2; Gl 3.8,22; 4.30; 1 Tm 
5.18 [onde a segunda citação é de Lc 10.7, da qual 
pode-se inferir que o apóstolo Paulo incluiu o Evan­
gelho de Lucas como “Escritura” semelhantemen­
te a Deuteronômio, de onde a primeira citação é 
feita]); em referência à totalidade (por exemplo. 
Tg 4.5, [uma pergunta retórica distinta da que se 
segue]); 2 Pe 1.20, “nenhuma profecia da Escritu­
ra” [uma descrição do todo, com aplicação especi­
al ao Antigo Testamento no versículo seguinte]);
(b) as Escrituras do Antigo Testamento (as que 
são aceitas pelos judeus como canônicas) e a todas 
as do Novo Testamento, que seriam aceitas pelos 
cristãos como autorizadas (2 Tm 3.16); estas últi­
mas seriam discriminadas das muitas epístolas for­
jadas e outros “escritos” religiosos produzidos e 
em circulação já no tempo de Timóteo. Tal dis­
criminação seria dirigida pelo fato de que “toda 
Escritura”, caracterizada por inspiração de Deus, 
seria proveitosa aos propósitos mencionados. É 
verdade quanto ao cânon completo da Escritura, 
mas esta não estava completa quando o apóstolo 
Paulo escreveu a Timóteo.
As Escrituras são com freqüência personificadas 
pelos escritores do Novo Testamento (como tam­
bém pelos judeus, Jo 7.42): (a ) como a falar com 
autoridade divina(por exemplo, Jo 19.37; Rm 4.3;
9.17 [onde se diz que a Escritura fala a Faraó, dan­
do-lhe por Moisés a mensagem de fato enviada an­
teriormente por Deus]; Tg 4.5 [veja acima]); (b) 
como possuidora da qualidade consciente de previ­
são, e o poder ativo de pregar (Gl 3.8, onde a Escri­
tura mencionada foi escrita há mais de quatro sécu­
los depois que as palavras foram faladas). A Escri­
tura, em tal caso, representa seu Autor divino com 
a insinuação de que permanece perpetuamente ca­
racterizada como a voz viva de Deus. Esta agência 
divina é ilustrada novamente em Gl 3.22 (cf. Gl 
3.10; Mt 11.13).!
2. gramma (ypáp.p.a), “letra do alfabeto”, é 
usado acerca das Santas Escrituras em 2 Tm 3.15. 
Quanto aos vários usos desta palavra, veja LE­
T R A .!
ESCRIVÃO
grammateus (ypapixaTeúç), “escritor, escritu- 
rário, escrivão, escriba”, é usado em At 19.35 acerca 
de um “escrivão” público, um importante funcioná­
rio, variegadamente designado, de acordo com ins­
crições encontradas em cidades greco-asiáticas. Ele 
era responsável pela forma dos decretos aprovados 
primeiramente pelo Senado, depois eram enviados 
para aprovação na assembléia popular, a qual ele 
muitas vezes presidia. Os decretos, havendo passa­
do, ele os selava com o selo público na presença de 
testemunhas. Tal assembléia freqüentemente se reu­
nia no teatro. A administração romana encarava 
qualquer assembléia irregular ou indisciplinada como 
ofensa grave e até capital, por ter a tendência a for­
talecer entre o povo a consciência de poder e o dese­
jo de exercê-lo. Nas circunstâncias em Éfeso, o es­
crivão da cidade temia que ele fosse considerado 
responsável pelo ajuntam ento irregular. Veja 
ESCRIBA.
ESCUDO
thureos (Gupeóq) significava antigamente “pe­
dra para fechar a entrada de uma caverna” ; então, 
“escudo”, grande e oblongo, que protege todas as 
partes do soldado; a palavra é usada metaforica­
mente acerca da fé (Ef 6.16); o crente deve tomá-lo 
“sobretudo”, ou seja, “em (en , no original) tudo” 
(tudo o que há pouco fora mencionado), quer dizer,
o que afeta o todo das suas atividades.!
ESCURIDÃO
A. Adjetivo.
meias (piXaç), “preto” (Mt 5.36; Ap 6.5,12), é 
derivado de uma raiz mal-, que significa “estar sujo, 
sujar-se”, daí em latim, malus, “ruim”. Veja TINTA.
B. Substantivos.
1. gnophos (yvóctxx;), que ocorre em Hb 12.18, 
“escuridão, obscuridade”, parece ter sido associado 
com a idéia de tempestade. Está relacionado com o 
termo skotos, “escuridão, trevas”, nessa passagem 
e na Septuaginta em Êx 10.22; Dt 4.11; Sf 1.15.!
2. zophos (Cócfjoç), cognato do n° 1, especifica­
mente “a obscuridade das regiões dos perdidos”, é 
usado quatro vezes (2 Pe 2.4; 2.17; Jd 6,13, sugerin­
do um tipo de emanação). Veja NÉVOA, TREVAS.!
ESCUTAR
1. akouõ (áKoúco), “ouvir”, é encontrado em Mc 
4.3; At 3.22,23; 4.19; 7.2; 13.16; 15.12,13;Tg 2.5. 
Veja OUVIR, n° 1.
ESCUTAR 61 3 ESPADA
Nota: Em At 12.13, o verbo hupakouõ, literal­
mente, “dar atenção a”, com a idéia de quietude ou 
atenção (formado de hupo, “debaixo de”, e akouõ, 
“ouvir”), significa “responder uma batida na por­
ta”, “responder”. Veja OBEDIÊNCIA.
2. epakouõ (èirakoúco) denota “dar atenção a”, e 
ocorre em 2 Co 6.2. Veja OUVIR, A, n° 4 . |
3. enõtizomai ( è v c o T Í ^ o p a i ) , “dar ouvidos a, ou­
vir” (de en, “em”, e ous, “ouvido”), é usado em At
2.14, no tratamento de Pedro aos homens de Isra­
el.!
4. peitharcheõ (TreiGapxéco), “obedecer alguém 
que está sob autoridade, ser obediente” (formado de 
peithomai, “ser persuadido”, e arche, “governante”), 
é traduzido em At 27.21 por “ter-me ouvido”, na 
lembrança de Paulo aos marinheiros náufragos de 
que eles deviam ter dado atenção aos seus conse­
lhos. Veja OBEDIÊNCIA.
ESFREGAR
psõchõ (4)ojxoj), “esfregar, esfregar em pedaços”, 
é usado em Lc 6.1 .!
ESMERALDA
A. Substantivo.
smaragdos (crp.ápay8oç) é uma pedra trans­
parente de cor verde clara, que ocupa o primeiro 
lugar na segunda fileira do peitoral do sumo sa­
cerdote (Êx 28.18). Tiro a importava da Síria (Ez
/
27.16). E um dos fundam entos da Jerusalém 
celestial (Ap 21.19). O nome era aplicado a ou­
tras pedras de característica semelhante, como o 
carbúnculo.!
B. Adjetivo.
smaragdinos (apapdySivoç), “esmeralda de 
acordo com a natureza comum”, descritivo do cír­
culo do arco-íris que aparecia acima do trono em Ap
✓
4.3. E usado nos papiros para denotar esmeralda 
v e r d e . !
ESMOLA
eleêmosunê (eXeqp.oaúuq), relacionado com 
eleêmõn, “misericordioso”, significa: (a) “miseri­
córdia, piedade, particularmente em dar esmolas” 
(Mt 6.1,2,4; At 10.2; 24.17); (b) o próprio ato de 
caridade, as “esmolas” — o efeito pela causa (Lc
11.41; 12.33; At 3.2,3,10; 9.36; 10.2,4,31-‘H
Nota: Em Mt 6.1, traduzindo dikaiosune, de acor­
do com os textos mais autênticos, temos “justiça” 
(ARA).
A. Substantivo.
diastem a (Ô id aT ^ p a), “ intervalo, espaço” 
(cognato de B), é usado acerca de tempo em At
5.7.!
B. Verbo.
diistemi ( 8 i í a T r | | i i ) , “pôr à parte, separar” (for­
mado de dia, “separadamente”, e histemi, “fazer 
estar”), veja A, é encontrado em Lc 22.59 (“tendo 
passado”); em At 27.28, com brachu, “um pouco”, 
é traduzido por “passando um pouco mais adian­
te”. Veja REPARTIR (2).
Notas: (1) Em At 15.33; Ap 2.21, ocorre o ter­
mo chronos, “tempo”.
(2) Em At 19.8,10; 19.34, a preposição epi, 
“para” ou “durante” (acerca de tempo), é traduzida 
por “por espaço de”.
(3) Em At 5.34, o termo brachu (o neutro de 
brachus, “pequeno”), usado adverbialmente, é tra­
duzido por “por um pouco” .
(4) Em Gl 2.1, a preposição dia, “através de”, é 
traduzida por “depois, passados”, acentuando a 
duração do período mencionado (“depois”, sozi­
nho, representaria a preposição meta).
(5) Em Tg 5.17, não há palavra no original repre­
sentando o termo “por”.
(6) Em Ap 14.20, a preposição apo, “para longe 
de”, é traduzida por “pelo espaço de” .
(7) Em Ap 17.10, o termo oligon, “um pouco”, é 
traduzido por “um pouco de tempo”.
ESPADA
1. machaira (paxcupa), “espada pequena” ou 
“punhal” (diferente do n° 2), ocorre, por exem­
plo, em Mt 26.47,51,52 (e passagens paralelas); 
Lc 21.24; 22.38 (possivelmente, “facas”, segun­
do Field, em Notes on Translation o f the New 
Testament); Hb 4.12 (veja AGUDO); m etaforica­
mente e por metonímia: (a) para a violência co­
mum ou d issensões que destroem a paz (Mt 
10.34); (b ) como instrumento de um magistrado 
ou ju iz (por exemplo, Rm 13.4); (c) acerca da 
Palavra de Deus, “a espada do Espírito”, que son­
da a consciência, subjugando os impulsos do pe­
cado (Ef 6.17).
2. rhomphaia (pop<f>ctía), palavra de origem 
um pouco duvidosa, denotava “arma da Trácia de 
tamanho grande” , quer espada ou lança, não se 
sabe, mas normalmente mais comprida que o n° 1, 
ocorre: (a ) literalmente (Ap 6.8); (b) m etaforica­
mente, como instrumento de: angústia (Lc 2.35);
ESPA ÇO
ESPADA 614 ESPERANÇA
julgamento (Ap 1.16; 2.12,16; 19.15,21), prova­
velmente figurativo das declarações judiciais do 
Senhor.^
ESPALHAR
A. Verbos.
1. skorpizõ (aKop7TÍ£tü), “dispersar, espalhar”, 
é usado em Mt 12.30; Lc 11.23; Jo 10.12; 16.32; 2 
Co 9.9. Veja DISPERSAR. n° 2.1
2. diaskorpizõ (ÔLaaKop7n£tü), “espalhar por 
toda parte”, é usado em Mt 25.24,26; 26.31; Mc 
14.27; Lc 1.51; Jo 11.52; At 5.37. Veja DISPER­
SAR, n° 3.
3. diaspeirõ (òiacnreipa)), “espalhar por toda 
parte” (formado de dia, “ao longo de”, e speirõ, 
“semear semente”), é usado em At 8.1,4; 11.19, 
acerca de todos da igreja em Jerusalém que foram 
“dispersos” mediante perseguição; a palavra é, em 
geral, sugestiva dos efeitos do “espalhamento” na 
semeadura da semente espiritual da Palavra de vida. 
Veja DISPERSAR, n°4.f
4. rhiptõ (pÍTTTto), “lançar, atirar, arremessar, ser 
lançado para baixo, prostrar”, é usado em Mt 9.36. 
acerca das pessoas que estavam “desgarradas” como 
ovelhas sem pastor. Veja ARROJAR. LANÇAR, n°
2 .
5. likmaõ (XiK[iáo), “joeirar” (derivado de likmos, 
“pá de joeira”), é encontrado em Mt 21.44 (“redu­
zido a pó”) e Lc 20.18 (“feitoem pó”). Veja MOER. 
Nota.%
6. diahiõ (ÔiaXúw), “dissolver”, é traduzido em 
At 5.36 por “dispersos” . Veja DISPERSAR, n° 1.!
B. Substantivo.
dicisporci (Ôiacmopá), “dispersão”, é traduzido 
em Tg 1.1 por “dispersas” ; em 1 Pe 1.1, por 
“dispersos”. Veja DISPERSAR, B.
ESPANCADOR
plektes (TrXriKTqç), “agressor, golpeador, brigão, 
rixento” (cognato de plessõ, “golpear, bater, ferir”), 
ocorre em 1 Tm 3.3; Tt 1.7.!
ESPECIARIA
1. arõma (apojpa), “especiaria, tempero, aroma, 
fragrância”, ocorre em Mc 16.1; Lc 23.56; 24.1; Jo 
19.40.! O termo consta em um papiro numa lista de 
itens paia sacrifício.
2. amõmon (dpcüp.ov), “amomo”, provavelmen­
te palavra de origem semítica, uma planta aromática 
proveniente da índia, é traduzido em Ap 18.13 por 
“cardamomo”.!
ESPELHO
esoptron (éaoTTTpov), “espelho”, é usado acer­
ca de qualquer superfície suficientemente lisa e re­
gular para refletir os raios de luz uniformemente, e, 
assim, produzir imagens de objetos que estão, de 
fato, em frente dela, mas que parece aos olhos esta­
rem atrás. Parece que os “espelhos” nos tempos 
bíblicos eram de metal; daí, o uso do termo mais 
geral “espelho”; em 1 Co 13.12, o conhecimento 
espiritual nesta vida é representado metaforicamente 
como uma imagem vagamente percebida num “es­
pelho”; em Tg 1.23, a “lei perfeita da liberdade” é 
figurativamente comparada a um “espelho”; o ou­
vinte que não obedece é como uma pessoa que, ten­
do se olhado no “espelho”, depois que se volta, se 
esquece da imagem refletida; aquele que obedece é 
como alguém que se contempla no “espelho” e de­
pois retém na alma a imagem do que ele deve ser.f
Nota: Quanto ao verbo katoptrizõ, “refletir como 
um espelho” (uns consideram que este verbo signi­
fique “vendo num espelho”), que aparece em 2 Co
3.18, veja CONTEMPLAR, n° 12.
ESPERANÇA
A. Substantivo.
elpis (cXttl ç), no Novo Testamento, “expectati­
va favorável e confiante” (contraste na Septuaginta 
em Is 28.19, “uma má esperança”). Tem a ver com o 
que não se vê e o futuro (Rm 8.24,25). “Esperança” 
descreve: (a) a antecipação feliz do que é bom — o 
significado mais freqüente (por exemplo, Tt 1.2; 1 
Pe 1.21); (b) a base sobre a qual a “esperança” é 
fundamentada (At 16.19; Cl 1.27, “Cristo em vós, 
esperança da glória”); (c) o objeto no qual a “espe­
rança” é estabelecida (por exemplo, 1 Tm 1.1).
Várias frases são usadas com a palavra “espe­
rança”, nas Epístolas e discursos de Paulo: (1) At 
23.6, “a esperança e ressurreição dos mortos” ; esta 
tem sido considerada como hendíadis (uma coisa 
por meio de duas), ou seja, a “esperança” da ressur­
reição; mas a partícula kai, “e”, é explicativa e defi­
ne a “esperança”, quer dizer, a ressurreição; (2) At
26.6,7, “a esperança da promessa [isto é, o cumpri­
mento da promessa] [...] feita a nossos pais”; (3) Gl
5.5, “a esperança da justiça”; ou seja. a conformida­
de completa do crente à vontade de Deus, na vinda 
de Jesus: (4) Cl 1.23, “a esperança do evangelho”, 
ou seja, a “esperança” do cumprimento de todas as 
promessas apresentadas no Evangelho (cf. Cl 1.5);
(5) Rm 5.2, “a esperança da glória de Deus”, ou 
seja, como em Tt 2.13, “a bem-aventurada esperan­
ESPERANÇA 615 ESPERAR
ça e o aparecimento da glória do grande Deus e nos­
so Senhor Jesus Cristo” (cf. Cl 1.27); (6) 1 Ts 5.8. 
“a esperança da salvação”, ou seja, do arrebatamen- 
to dos crentes, a suceder no início da parousia de 
Jesus; (7)E f 1.18, “aesperançada [...] vocação [de 
Deus]”, ou seja, o prospecto diante daqueles que 
respondem ao chamado de Deus no Evangelho; (8) 
Ef 4.4, “a esperança da vossa vocação”, o mesmo 
comentário que o número anterior, mas considerado 
do ponto de vista daquele que é chamado; (9) Tt 1.2 
e 3.7, “a esperança da vida eterna”, ou seja, a plena 
manifestação e realização da vida que já é da pos­
sessão do crente: (10) At 28.20, “a esperança de 
Israel”, ou seja, a expectativa da vinda do Messias. 
Veja Notes on Galatians, de Hogg e Vine, pp. 248. 
249.
Em Ef 1.18; 2.12 e 4.4. a palavra“esperança” 
está no caso acusativo. O uso, no caso acusativo e 
no caso sujeito ou nominativo, da palavra precisa 
ser distinguido; em Rm 15.4, por exemplo, o uso 
está no caso sujeito ou nominativo.
No Novo Testamento, três adjetivos são descri­
tivos da “esperança”: “boa” (2 Ts 2.16); “bem-aven­
turada” (Tt 2.13); “viva” (1 Pe 1.3). A estas espe­
ranças. poder-se-ia acrescentar Hb 7.19, “uma me­
lhor esperança”, ou seja, adicional aos mandamen­
tos que foram anulados (Hb 7.18), uma esperança 
centrada num novo sacerdócio.
Em Rm 15.13, fala que Deus é “o Deus de espe­
rança”, ou seja, Ele é o autor, não o sujeito, da espe­
rança. A “esperança” é um fator na salvação (Rm
8.24); encontra sua expressão na resistência sob a 
provação, que é o efeito da espera pela vinda de 
Jesus (1 Ts 1.3); é a “âncora da alma”, permanecen­
do firme em meio às tormentas desta vida (Hb
6.18,19); é um poder depurador: “Qualquer que nele 
[Jesus] tem esta esperança purifica-se a si mesmo, 
como também ele é puro” (1 Jo 3.3, uma das men­
ções do apóstolo João da “esperança”).
A expressão “completa certeza da esperança” 
(Hb 6.11), expressa a completitude de sua atividade 
na alma; cf. “inteira certeza de fé” (Hb 10.22), e 
“plenitude da inteligência” (Cl 2.2).
B. Verbos.
1. elpizõ (èXirí^co), “esperar”, ocorre, por exem­
plo, em Jo 5.45 (“Moisés, em quem vós esperais”);
2 Co 1.10 (“Em quem esperamos que também nos 
livrará ainda”); 1 Tm 4.10; 5.5; 6.17. Veja também, 
por exemplo, Mt 12.21; Lc 24.21; Rm 15.12,24.
O verbo é usado com três preposições: (1) eis, 
“em”, ocorre em Jo 5.45: “Moisés, em quem vós
esperais”; o significado é realmente “em” como em
1 Pe 3.5: “Que esperavam em Deus”; assim, é dito 
que a “esperança” deve ser dirigida e centrada na 
pessoa; (2) epi, “em”, aparece em Rm 15.12: “Na­
quele [...] os gentios esperarão”; 1 Tm 4.10; 5.5 
(nos melhores manuscritos); 1 Tm 6.17; a preposi­
ção expressa a base na qual a “esperança” se encon­
tra; (3) en, “em”, ocorre em 1 Co 15.19: “Espera­
mos em Cristo”, mais literalmente, “somos os que 
esperamos em Cristo”, a preposição revela que Cris­
to não é somente a base sobre quem a “esperança” é 
colocada, mas é a esfera e o elemento em quem a 
“esperança” é posta. A forma do verbo (o particí- 
pio perfeito com o verbo ser, literalmente, “estamos 
tendo esperança”) ressalta o caráter daqueles que 
“esperam” mais que a ação; a “esperança” os carac­
teriza, mostrando que tipo de pessoas eles são. Veja 
CONFIAR.
2. proelpizõ (TrpoeXTrí£w), “esperar antes” (for­
mado de pro, “antes de”, e o n° 1), é encontrado em 
Ef 1.12.1
3. apelpizõ (àTreX-rrí£u>), literalmente, “esperar 
de” (formado de apo, e o n° 1). Veja DESESPERAR.
ESPERAR
1. ekdechomai (èKõéxo|i.ai) (quando a este ver­
bo, veja EXPECTAÇÃO, n° 1), é traduzido pelo 
verbo “esperar” em Jo 5.3; At 17.16; 1 Co 11.33.
2. apekdechomai (áTTÇKÔéxopaL), “esperar ou 
esperar ansiosamente”, é usado em Rm 8.19,23,25;
1 Co 1.7; Gl 5.5; Fp 3.20; Hb 9.28 (aqui “esperam” 
representa os crentes em geral, não uma seção de­
les); 1 Pe 3.20 (nos melhores textos; alguns têm o n° 
1). Veja AGUARDAR, Nota (l).fl
3. prosdechomai (TTpoCTÔexopai), “olhar por, 
esperar” com vistas à recepção favorável, é encon­
trado em Mc 15.43; Lc 2.25; 12.36; 23.51. Veja 
AGUARDAR. n° 2.
4. prosdokaõ (TTpoaÔOKáw), “esperar”, é usado 
em Lc 1.21; 8.40; At 10.24; 27.33. Veja AGUAR­
DAR. n° 1.
5. anamenõ (ávdpevw), “esperar por” (formado 
de ana, “para cima”, usado intensivamente, e menõ, 
“ficar”), é usado em 1 Ts 1.10, acerca de “esperar” 
do céu o Filho de Deus; com isso, a palavra transmi­
te a sugestão de “esperar” com paciência e expecta­
tiva confiante.^
6. perimenõ (Trepi|iévüj), “esperar um evento”, 
é usado em At 1.4, acerca de “esperar” pelo Espíri­
to Santo, “a promessa do Pai” .! Na Septuaginta, 
consulte Gn 49.18.!
ESPERAR 6 1 6 ESPINHO
7. proskartereõ ( n p o a ic a p T e p e i o ) , “continuar 
firmemente”, é. encontrado em Mc 3.9 (“tivessem 
[sempre] pronto”) e At 10.7 (“estavaa [seu] servi­
ço”). Veja CONTINUAR, n° 9 (na Septuaginta, con­
sulte Nm 13.211).
8. paredreuõ (irapeSpeúto), “sentar-se constan­
temente ao lado de” (formado de para, “ao lado de”, 
e hedra, “assento”), é usado nos melhores textos 
em 1 Co 9.13, “de contínuo estão junto (ao altar)”. 
Na Septuaginta, consulte Pv 1.21; 8.3.1
Notas: (1) Em 2Ts 3.5, ocorre o termo hupomone, 
“paciência”. Veja PACIÊNCIA.
(2) Quanto à forma verbal enganam, em Ef 4.14, 
veja INDUZIR.
(3) Quanto ao termo ciladas, em At 20.3,19; 
23.30, veja CILADA.
ESPETÁCULO
theatron (GéaTpov), cognato de theaomai, “ver”, 
denota; (a) “teatro” — também usado como lugar de 
reunião (At 19.29,31); (b) “show, espetáculo”, usa­
do metaforicamente em 1 Co 4.9. Veja TEATRO.1
ESPIA
A. Substantivos.
1. enkathetos (èyKdGeToç), adjetivo que denota 
“subornado para esperar em emboscada” (formado 
de en, “em”, e kathiemi, “enviar para baixo”), é usa­
do como substantivo em Lc 20.20.1 Na Septuagin­
ta, consulte Jó 19.12; 31.9.1
2. kataskopos (KardcncoTroç) denota “espia” (for­
mado de kata, “paia baixo”, com o significado de 
“de perto”, e skopeõ, “ver”), ocorre em Hb 11.31.1
B. Verbo.
kataskopeõ (KaTaaKOTTg to), “ver de perto” 
(cognato de A, n° 2), “espiar para fora, procurar 
para fora, dar busca a” com vistas a subverter, é 
usado em Gl 2.4 (“espiar”).! Na Septuaginta, con­
sulte 2 Sm 10.3; 1 Cr 19.3.1
ESPIGA (1)
1. sitos ( c t l t o ç ) , “trigo”; no plural, “grão”, ocor­
re em Mc 4.28 (“grão cheio”). É traduzido por “tri­
go” em Mt 3.12; 13.25,29,30; Lc 3.17; 12.18 (al­
guns manuscritos têm genenata, “frutos, novida­
des”); Lc 16.7; 22.31; Jo 12.24; At 27.38; 1 Co 
15.37; Ap 6.6; 18.13.1
2. sition ( c t l t i o v ) , “trigo, grão”, diminutivo do n°
1, é encontrado em At 7.12.1
3. sporimos (orrópipoç), literalmente, “semea­
do ou próprio para semear” (speirõ, “semear, lan­
çar semente”), denota, no plural, “campos semea­
dos, campos de grão, trigal” (Mt 12.1; Mc 2.23; Lc
6.1). Contraste com os termos spora (1 Pe 1.23),! 
e sporos, “semente”).!
4. stachus (ardxuç) significa “espiga de grãos” 
(Mt 12.1; Mc 2.23; 4.38; Lc 6.1). Contraste com o 
nome Estáquis que ocorre em Rm 16.9-1
Notas: ( 1 ) 0 verbo aloaõ, “debulhar, trilhar, 
malhar”, derivado de alõn, “eira”, ocorre em 1 Co 
9.9,10 e 1 Tm 5.18. Contraste com DEBULHAR, 
PIS AR.1
(2) O termo kokkos, “grão” (seu significando 
regular), é traduzido em Jo 12.24 por “grão de tri­
go”. Veja GRÃO.
ESPIGA (2)
stachus (ardxuç) é encontrado em Mt 12.1; Mc 
2.23; 4.28 (duas vezes); Lc 6.1. A primeira parte da 
palavra é derivada da raiz st a-, encontrada em par­
tes do verbo histemi, “fazer estar”. É usado como 
nome próprio em Rm 16.9 (“Estáquis”)-!
ESPINHO
A. Substantivos.
1. akantha (aKavGa), “roseira brava, sarça, espi­
nho” (derivado de ake, “ponto”), sempre é usado 
no plural no Novo Testamento (Mt 7.16 e passa­
gem paralela em Lc 6.44; Mt 13.7, duas vezes; Mt 
13.22 e textos paralelos em Marcos e Lucas); em 
Mt 27.29 e Jo 19.2, alude à coroa de “espinhos” 
que colocaram na cabeça de Jesus (veja também B) 
numa imitação zombeteira das guirlandas usadas 
pelos imperadores. Eram os efeitos da maldição di­
vina sobre a terra (Gn 3.18; cf. Is 15.13). Os “espi­
nhos” da coroa que os soldados entrelaçaram são 
identificados com os espinhos do Zizyphus spina 
Christi, de cerca de seis metros de altura ou mais, 
que orlam o rio Jordão e são abundantes na Palesti­
na; os ramos são flexíveis. Contudo, outra espécie, 
a planta árabe qundaul, da qual se entrelaçam coro­
as e se vendem em Jerusalém como representativas 
da coroa de Cristo, é provavelmente a espécie aludi­
da aqui. Os ramos são facilmente tecidos e adapta­
dos à tortura pretendida. A palavra akantha tam­
bém ocorre em Hb 6.8.
2. skolops (okóXoiJ;) denotava originalmente 
“qualquer coisa pontuda”, por exemplo, “estaca”; 
no vernáculo helenístico, “espinho” (o mesmo se dá 
na Septuaginta. em Nm 33.55; Ez 28.2; Os 2.6), 
ocorre em 2 Co 12.7, acerca do “espinho na carne” 
do apóstolo Paulo; sua linguagem indica que o “es­

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