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@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sê todo em cada coisa. 
Põe quanto és no mínimo que fazes. 
(Fernando Pessoa) 
APOSTILA 
POLÍCIA PENAL 2022 
TEORIA + 500 
QUESTÕES 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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Sumário 
 
Português ................................................................................................................................................... 5 a 34 
Raciocínio Lógico ...................................................................................................................................... 35 a 49 
Informática ............................................................................................................................................... 50 a 66 
História do Acre ........................................................................................................................................ 67 a 72 
Geografia do Acre ..................................................................................................................................... 73 a 76 
Direito Constitucional ................................................................................................................................. 77 a 96 
Lei de Execução Penal ............................................................................................................................. 97 a 121 
Direitos Humanos ................................................................................................................................... 122 a 129 
Direito Penal ........................................................................................................................................... 130 a 154 
Direito Administrativo ............................................................................................................................ 155 a 183 
Legislação Penal Especial ....................................................................................................................... 184 a 199 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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CÉOS PRÉ-CONCURSO 
CONTATO: (68) 99248-0992 
 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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Prof. EMERSON FONTINELE 
1. ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
 
REGRA GERAL CASOS ESPECIAIS 
OXÍTONA DITONGO ABERTO 
PAROXÍTONA HIATO 
PROPAROXÍTONA ACENTO DIFERENCIAL 
MONOSSÍLANOS TÔNICOS 
 
Classificação das palavras quanto à posição do acento 
tônico: 
 
Em relação ao acento tônico, é possível observar que o 
mesmo pode recair na última, na penúltima ou na 
antepenúltima sílaba. 
ca-quí 
es-té-ril 
ló-gi-ca 
 
Estando o acento tônico na última sílaba, a palavra é 
chamada de oxítona; se o acento incide na penúltima 
sílaba, a palavra é paroxítona, se recai na antepenúltima 
sílaba, a palavra é proparoxítona. 
 
Hiatos, ditongos e tritongos: 
A sequência de fonemas vocálicos numa palavra dá-se o 
nome de encontro vocálico. Este pode 
ser hiato, ditongo ou tritongo. 
- Hiato = é a sequência de vogal com vogal em sílabas 
separadas: po-e-ta; sa-ú-de; ca-í-da. 
- Ditongo = é a sequência de vogal com semivogal 
(decrescente) ou semivogal com vogal (crescente) na 
mesma sílaba: vai-da-de; can-tei, ár-duo. 
- Tritongo = é a sequência de semivogal com vogal e outra 
semivogal na mesma sílaba: em-xa-guei; i-guais; a-guou 
Os hiatos e os ditongos são importantes para o estudo da 
acentuação gráfica. 
1.1. REGRAS DE ACENTUAÇÃO 
1.1.1. Monossílabos Tônicos: 
Acentuam-se graficamente os terminados por: 
-a(s) → chá(s), má(s) 
-e(s) → pé(s), vê(s) 
-o(s) → só(s), pôs 
 
Vale lembrar que: 
- Os monossílabos tônicos formados por ditongos abertos 
-éis, -éu, -ói recebem o acento: 
Exemplos: réis, véu, dói. 
No caso dos verbos monossilábicos terminados em “-ê”, 
em que a terceira pessoa do plural termina em “-eem”, 
forma verbal que antes era acentuada, agora, por conta do 
novo acordo ortográfico não leva acento. 
Assim: 
Ele vê - Eles veem 
Ele crê – Eles creem 
Ele lê – Eles leem 
 
No entanto, isso não ocorre com os verbos monossilábicos 
terminados em “-em”, uma vez que a terceira pessoa 
termina em “-êm”, permanecendo acentuada. Logo: 
Ele tem – Eles têm 
Ela vem – Elas vêm 
 
Logo, não se acentuam monossílabos tônicos como: tu, 
nus, quis, noz, vez, par... 
1.1.2. Oxítonas 
Levam acento todas as oxítonas terminadas em “a(s)”, 
“e(s)”, “o(s)” e “em(ens)”, seguidas ou não de “s”. 
cajá – até – jiló – armazém – parabéns 
Sendo assim, não se acentuam oxítonos como: saci(s) , 
tatu(s), talvez, tambor e etc. 
 
1.1.3. Paroxítonas 
Levam acento todas as paroxítonas terminadas em: 
- l: afável, incrível, útil... 
-r: caráter, éter, mártir... 
-n: hífen, próton... 
Obs.: quando grafadas no plural, não recebem acento: 
polens, hifens... 
-x: látex, tórax... 
-os: fórceps, bíceps... 
-ã(s): ímã, órfãs... 
-ão(s): sótão(s), bênção(s)... 
-um(s): fórum, álbum... 
-on(s): elétron, próton... 
-i(s): táxi, júri... 
-u(s): Vênus, ônus... 
-ei(s): pônei, jóquei... 
-ditongo oral (crescente ou decrescente), seguido ou não 
de “s”: história, série, água, mágoa... 
https://www.infoescola.com/portugues/encontros-vocalicos/
https://www.infoescola.com/portugues/hiato/
https://www.infoescola.com/portugues/ditongo/
https://www.infoescola.com/portugues/tritongo/
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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1.1.4. Proparoxítonos 
Todos os proparoxítonos são acentuados, sem exceção: 
médico, álibi, ômega, etc. 
 
 CASOS ESPECIAIS: 
Ditongos Abertos 
Os ditongos éi, éu e ói, sempre que tiverem pronúncia 
aberta em palavras oxítonas (éi e não êi), são acentuados. 
Veja: 
éi (s): anéis, fiéis, papéis 
éu (s): troféu, céus 
ói (s): herói, constrói, caubóis 
 
Obs.: os ditongos abertos ocorridos em 
palavras paroxítonas NÃO são acentuados. 
Exemplos: assembleia, boia, colmeia, Coreia, estreia, 
heroico, ideia, jiboia, joia, paranoia, plateia, etc. 
Atenção: a palavra destróier é acentuada por ser uma 
paroxítona terminada em "r" (e não por possuir ditongo 
aberto "ói"). 
 
Hiatos 
Acentuam-se as letras –i e –u desde sejam a segunda vogal 
tônica de um hiato e estejam sozinhas ou seguidas de –s 
na sílaba: caí (ca-í), país (pa-ís), baú (ba-ú) e etc. 
Quando o –i é seguido de –nh, não recebe acento: rainha, 
bainha, moinho etc. 
O –i e o –u não recebem acento quando aparecem 
repetidos: xiita, juuna e etc 
Hiatos formados por –ee e –oo não devem ser acentuados: 
creem, deem, leem, magoo, enjoo e etc. 
1.2. ACENTO DIFERENCIAL 
 
O acento diferencial foi eliminado na última reforma 
ortográfica, em 2008. Assim, apenas as palavras seguintes 
devem receber acento: 
 
Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do 
indicativo do verbo poder) para diferenciar de Pode (3ª 
pessoa do singular do presente do indicativo desse verbo); 
 
Têm (3ª pessoa do plural do presente do indicativo do 
verbo ter) e seus derivados (contêm, detêm, mantêm etc.) 
para diferenciar do tem (3ª pessoa do singular do presente 
do indicativo desse verbo e seus derivados); 
O verbo pôr para diferenciar da preposição por. 
 
Obs.: Trema 
O sinal de trema (¨) é inteiramente suprimido em palavras 
da língua portuguesa. Deve, no entanto, ser empregado 
em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros: 
mülleriano (de Müller). 
2. MORFOLOGIA: CLASSES GRAMATICAIS 
 
2.1. O que é classe gramatical? 
É a classificação das palavras em grupos de acordo com a 
sua função na língua portuguesa. Elas podem ser variáveis 
e invariáveis, dividindo-se da seguinte forma: 
Palavras variáveis - aquelas que variam em gênero, 
número e grau: substantivo, verbo, adjetivo, pronome, 
artigo e numeral.Palavras invariáveis - as que não variam: preposição, 
conjunção, interjeição e advérbio. 
 
2.1.2. Substantivo 
- Os substantivos são palavras que usamos para nomear os 
seres e as coisas. Possuem classificação e flexionam-se em 
gênero, número e grau. 
- Os substantivos são uma das classes de palavras que 
compõem a gramática da língua portuguesa e 
caracterizam-se por nomear seres animados, como 
pessoas e animais, e inanimados, como objetos, lugares, 
estados, ações, qualidades etc. 
- O termo surgiu a partir do latim “substantivus”, que quer 
dizer “o que há de substancial e real em algo”. Pode-se 
interpretar por meio desse significado que os substantivos 
são partes fundamentais de um texto. Eles podem variar 
em gênero (feminino e masculino), grau (aumentativo e 
diminutivo) e número (plural e singular) e assumem o 
papel de núcleo das funções sintáticas. 
 
2.1.2.1. Substantivo Comum 
Os substantivos comuns são as palavras que designam os 
seres da mesma espécie de forma genérica: 
 
Exemplos: pessoa, gente, país. 
 
2.1.2.2. Substantivo Próprio 
Os substantivos próprios, grafados em letra maiúscula, são 
palavras que particularizam seres, entidades, países, 
cidades, estados da mesma espécie. 
 
Exemplos: Brasil, São Paulo, Maria. 
2.1.2.3. Substantivo Simples 
Os substantivos simples são formados por apenas uma 
palavra. 
Exemplos: casa, carro, camiseta. 
 
2.1.2.4. Substantivo Composto 
Os substantivos compostos são formados por mais de uma 
palavra. 
Exemplos: guarda-chuva, guarda-roupa, beija-flor. 
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/gramatica
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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2.1.2.5. Substantivo Concreto 
Os substantivos concretos designam as palavras reais, 
concretas, sejam elas pessoas, objetos, animais ou 
lugares. 
Exemplos: menina, homem, cachorro. 
 
2.1.2.6. Substantivo Abstrato 
Os substantivos abstratos são aqueles relacionados aos 
sentimentos, estados, qualidades e ações. 
Exemplos: beleza, alegria, bondade. 
 
2.1.2.7. Substantivo Primitivo 
Os substantivos primitivos, como o próprio nome indica, 
são aqueles que não derivam de outras palavras. 
Exemplos: casa, folha, chuva. 
 
2.1.2.8. Substantivo Derivado 
Os substantivos derivados são aquelas palavras que 
derivam de outras. 
Exemplos: casarão (derivado de casa), folhagem (derivado 
de folha), chuvarada (derivado de chuva). 
 
2.1.2.9. Substantivo Coletivo 
Os substantivos coletivos são aqueles que se referem a um 
conjunto de seres. 
Exemplos: flora (conjunto de flores), álbum (conjunto de 
fotos), colmeia (conjunto de abelhas). 
 
2.1.2.10. Gênero dos Substantivos: 
De acordo com o gênero (feminino e masculino) das 
palavras substantivas, elas são classificadas em: 
 
2.1.2.11. Substantivos Biformes: 
apresentam duas formas, ou seja, uma para o masculino e 
outra para o feminino, por exemplo: professor e 
professora; amigo e amiga. 
 
2.1.2.12. Substantivos Uniformes: 
somente um termo especifica os dois gêneros (masculino 
e feminino), sendo classificados em: 
 
2.1.2.12.1. Epicenos: 
Palavra que apresenta somente um gênero e refere-se aos 
animais, por exemplo: foca (macho ou fêmea). 
 
2.1.2.12.2. Sobrecomum: 
Palavra que apresenta somente um gênero e refere-se às 
pessoas, por exemplo: criança (masculino e feminino). 
 
2.1.2.12.3. Comum de dois gêneros: 
Termo que se refere aos dois gêneros (masculino e 
feminino), identificado por meio do artigo que o 
acompanha, por exemplo: "o artista" e "a artista". 
2.1.2.13. Fique Atento! 
Quanto ao gênero, os substantivos de origem grega 
terminados em "ema" e "oma" são masculinos, por 
exemplo: teorema, poema. 
Há os substantivos chamados de "gênero duvidoso ou 
incerto", ou seja, aqueles utilizados para os dois gêneros 
sem alteração do significado, por exemplo: o personagem 
e a personagem. 
Existem alguns substantivos que variando de gênero, 
mudam seu significado, por exemplo: "o cabeça" (líder), "a 
cabeça" (parte do corpo humano). 
 
2.1.2.14. De acordo com o número do substantivo, eles 
são classificados em: 
 
2.1.2.14.1. Singular: 
Palavra que designa uma única coisa, pessoa ou um grupo, 
por exemplo: bola, mulher. 
 
2.1.2.14.2. Plural: 
Palavra que designa várias coisas, pessoas ou grupos, por 
exemplo: bolas, mulheres. 
 
2.1.2.15. SUBSTANTIVAÇÃO 
 
Na substantivação, palavras como adjetivos, numerais, 
verbos ou adjetivos passam a exercer a função de 
substantivos. Para que isso ocorra, a palavra precisa estar 
precedida de um artigo, conforme o exemplo abaixo: 
 
• O olhar dela me fascina inteiramente. 
 
Observe que a palavra “olhar” é um verbo que foi 
substantivado por ter sido precedido do artigo indefinido 
“o”. Veja mais alguns exemplos: 
 
• Era um azul maravilhoso. (Adjetivo substantivado) 
•Os milhões foram roubados do banco. (Numeral 
substantivado) 
• Ele disse um não bem grosseiro. (Advérbio 
substantivado) 
 
2.2. ADJETIVO 
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou 
característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de 
um substantivo. 
 
2.2.1. Os adjetivos podem ser classificados em: 
 
2.2.1.1. Primitivos: 
Radicais que por si mesmos apontam qualidades. 
Ex.: claro, triste, grande, vermelho. 
https://www.todamateria.com.br/substantivo-epiceno/
https://www.todamateria.com.br/substantivo-sobrecomum/
https://www.todamateria.com.br/substantivo-comum-de-dois-generos/
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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2.2.1.2. Derivados: 
São formados a partir de outros radicais. 
Ex.: infeliz, azulado. 
 
2.2.1.3. Simples: 
Apresentam um único radical em sua estrutura. 
Ex.: apavorado, feliz. 
 
2.2.1.4. Compostos: 
Apresentam pelo menos dois radicais em sua estrutura. 
Ex.: ítalo-brasileiro, socioeconômico. 
 
2.2.2. Adjetivos pátrios: 
São os adjetivos referentes a países, estados, regiões, 
cidades ou localidades. 
Ex.: brasileiro, goiano, carioca, acreano, capixaba. 
 
2.2.3. Flexões dos adjetivos 
Os adjetivos apresentam flexões de gênero, número e 
grau. 
 
2.2.3.1. Flexão de gênero 
 
Os adjetivos assumem o gênero do substantivo do qual se 
referem. 
Ex.: Uma mulher formosa – um homem formoso 
Uma professora ativa – um professor ativo 
 
Quanto ao gênero, os adjetivos podem ser uniformes e 
biformes. 
 
Os adjetivos biformes apresentam uma forma para o 
gênero feminino e outra para o masculino. 
As formas do feminino são marcadas pelo acréscimo do 
sufixo –a ao radical: 
Ex.: o homem honesto – a mulher honesta, o produtor 
inglês – a produtora inglesa. 
Os adjetivos uniformes possuem uma única forma para o 
masculino e o feminino: 
Ex.: pássaro frágil – ave frágil, escritor ruim – escritora 
ruim. 
 
2.2.3.2. Flexão de número 
 
Os adjetivos concordam em número com os substantivos 
que modificam, assumem a forma singular e plural. 
Ex.: político corrupto – políticos corruptos, salário digno – 
salários dignos. 
 
Os adjetivos compostos merecem maior atenção na 
formação de plural: 
 
- Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, 
apenas o segundo elemento vai para o plural: 
Ex.: clínica médico-dentária, clínica médico-dentárias. 
- Os adjetivos compostos em que o segundo elemento é 
um substantivo são invariáveis também em número: 
Ex.: recipiente verde-mar - recipientes verde-mar, tinta 
amarelo-canário – tintas amarelo-canário. 
 
2.2.3.3. Flexão de grau 
 
Quando se quer comparar ou intensificar as características 
atribuídas ao substantivo, os adjetivos sofrem variação de 
grau. 
Tem-se o grau comparativo e o grau superlativo. 
 
2.2.4. Grau dos Adjetivos 
 
2.2.4.1. Grau comparativo 
 
Compara-se a mesma característica atribuída a dois ou 
mais seres ou duas ou mais característica a um único ser. 
O grau comparativo pode ser de igualdade, superioridade 
e de inferioridade, são formados por expressões analíticas 
que incluem advérbios e conjunções. 
 
a) Grau comparativo de igualdade: 
Ela é tão exigente quanto justa. 
Ela é tão exigente quanto (ou como) sua mãe. 
 
b) Grau comparativo de superioridade:Seu candidato é mais desonesto (do) que o meu. 
 
c) Grau comparativo de inferioridade: 
Somo menos passivos (do) que eles. 
 
2.2.4.2. Grau superlativo 
 
A característica conferida pelo artigo é intensificada de 
forma relativa ou absoluta. 
 
a) Relativo: a intensificação da característica conferida 
pelo adjetivo é feita em relação a todos os demais seres de 
um conjunto que apresentam uma certa qualidade. Pode 
exprimir superioridade ou inferioridade, e é sempre 
expresso de forma analítica. 
 
Este é o mais interessante dos livros que li. (superioridade) 
 
Ele é o menos egoísta de todos. (inferioridade) 
 
b) Absoluto: indica que determinado ser apresenta 
determinada qualidade em alto grau, transmitindo ideia 
de excesso. Pode assumir forma analítica ou sintética. 
- analítico: é formado com a presença de um advérbio: 
Você é muito crítico. 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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A prova de matemática estava extraordinariamente difícil. 
 
- sintético: é expresso com a participação de sufixos. 
A prova de matemática estava dificílima. 
Este piloto é velocíssimo. 
 
Muitos adjetivos ao receberem um dos sufixos formadores 
dessa forma de superlativo assumem a forma latina. 
Como, por exemplo, os adjetivos terminados em –vel, 
esses assumem a terminação –bilíssimo. 
Agradável: agradabilíssimo; volúvel: volubilíssimo. 
 
2.3. VERBO 
 
Verbos são palavras que indicam ações, estados ou 
fenômenos, situando-os no tempo. 
Quanto à estrutura, os verbos são compostos pelo radical 
(a parte invariável e que normalmente se repete), 
terminação (a parte que é flexionada) e a vogal 
temática (que caracteriza a conjugação). 
ESTUD- AR / ESCREV- ER / PART- IR 
São três as conjugações em língua portuguesa: 
1ª Conjugação: verbos terminados em AR 
2ª Conjugação: verbos terminados em ER 
3ª Conjugação: verbos terminados em IR 
Quanto à morfologia, classificam-se em: 
Regulares: quando flexionam-se de acordo com o 
paradigma da conjugação. 
ESTUDAR – eu estudo, tu estudas, ele estuda, nós 
estudamos... 
 
Irregulares: quando não seguem o paradigma da 
conjugação. 
CABER – eu caibo... MEDIR – eu meço... 
 
Anômalos: quando sofrem modificação também no 
radical. 
IR – eu vou... SER – eu sou... 
 
Defectivos: quando não são conjugados em todas formas. 
FALIR – não possui 1ª, 2ª e 3ª pessoa do pres. do indicativo 
e pres. do subjuntivo. 
Abundantes: quando possuem mais de uma forma de 
conjugação. 
ACENDIDO – ACESO, INCLUÍDO - INCLUSO 
Flexionam-se em número para concordar com o 
sujeito/substantivo que acompanham; 
em pessoa; 
em tempo; 
em modo; 
em voz. 
 
Quanto ao número podem ser: 
- Singular e Plural. 
 
Quanto à pessoa podem ser: 
1ª pessoa – a que fala 
2ª pessoa – com quem se fala 
3ª pessoa – de quem se fala 
Flexionam-se em tempo para indicar o momento em que 
ocorrem os fatos: 
 
O presente é usado para fatos que ocorrem no momento 
em que se fala, para fatos que ocorrem no dia-a-dia, para 
fatos que costumam ocorrer com certa frequência. 
Ele escreve para um jornal local. 
Eu estudo português quase todos os dias. 
 
Usa-se o pretérito perfeito para indicar fatos passados, 
observados depois de concluídos. 
Ele escreveu para um jornal local sobre Aquecimento 
Global. 
Eu estudei francês o ano passado. 
 
Usa-se o pretérito imperfeito para indicar fatos não 
concluídos no momento em que se fala como também 
para falar de fatos que ocorriam com frequência no 
passado. 
Ele estudava todos os dias e ainda escrevia para um jornal 
local. 
 
Usa-se o pretérito mais-que-perfeito para indicar fatos 
passados ocorridos anteriormente a outros fatos 
passados. 
Já escrevera muitos artigos polêmicos, quando ingressou 
no jornal local. 
Usa-se o futuro do presente para falar de fatos ainda não 
ocorridos, mas que ocorrerão depois que se fala. 
Ela estudará muito e será bem sucedida na profissão. 
 
Usa-se o futuro do pretérito para indicar fatos futuros 
que dependem de outros fatos. 
Ela trabalharia menos, se tivesse estudado mais. 
Eu estudaria francês, se tivesse mais tempo. 
O modo verbal indica de que forma o fato pode se realizar: 
Modo Indicativo para fato certo: Eu estudo, Nós 
escreveremos. 
Modo Subjuntivo para fato hipotético, desejo, dúvida: Se 
eles trabalhassem... 
Modo Imperativo para ordem, pedido: Trabalhem com 
afinco. Sejam estudiosos... 
 
https://www.infoescola.com/portugues/vogal-tematica/
https://www.infoescola.com/portugues/vogal-tematica/
https://www.infoescola.com/portugues/morfologia/
https://www.infoescola.com/portugues/verbos-regulares-e-irregulares/
https://www.infoescola.com/portugues/verbos-regulares-e-irregulares/
https://www.infoescola.com/portugues/verbos-anomalos/
https://www.infoescola.com/portugues/verbos-defectivos-2/
https://www.infoescola.com/portugues/verbos-abundantes/
https://www.infoescola.com/portugues/substantivos/
https://www.infoescola.com/portugues/modo-indicativo/
https://www.infoescola.com/portugues/modo-subjuntivo-3/
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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Há ainda três formas nominais: infinitivo, gerúndio 
e particípio. 
 
As vozes verbais indicam se o sujeito pratica ou recebe a 
ação. 
 
Voz ativa, quando o sujeito pratica a ação: O professor 
elogiou o aluno. 
 
Voz passiva, quando o sujeito recebe a ação: O aluno foi 
elogiado pelo professor... 
 
Voz reflexiva, quando o sujeito pratica e recebe a ação: 
Dedicou-se aos estudos. 
 
2.4. ADVÉRBIO 
Advérbios são palavras invariáveis que 
exprimem circunstância (de lugar, de tempo, de modo, 
etc.) e possuem a capacidade de modificar o verbo, 
o adjetivo, ou outros advérbios. 
 
Ex.: 
Eu gosto muito de café. 
Esse chocolate é muito gostoso. 
Nunca mais brigue com sua mãe. 
Os advérbios, além de modificarem o verbo, o adjetivo e o 
próprio advérbio, também podem modificar a oração 
inteira. Nesse caso, o advérbio pode ocorrer em qualquer 
posição. 
 
Ex.: 
Infelizmente, não encontramos nossos amigos na festa. 
Não encontramos nossos amigos na festa, infelizmente 
 
Quando a frase possui mais de um advérbio de modo 
terminados em -mente, apenas o último advérbio recebe 
o sufixo. 
 
Ex.: 
O carrossel girava lenta e suavemente. 
Os advérbios são classificados de acordo com as 
circunstâncias que exprimem. Eles podem ser de 
afirmação, de negação, de modo, de lugar, de dúvida, de 
intensidade, de tempo e interrogativos. 
 
A seguir, uma lista com os principais advérbios de cada 
tipo. 
 
 
Locução adverbial 
Quando duas ou mais palavras 
(geralmente preposição + substantivo ou advérbio) 
formam uma expressão que equivale a um advérbio 
chamamos de locução adverbial. 
 
As principais são: às vezes, às pressas, vez por outra, de 
qualquer modo, de propósito, em breve, à toa, às 
escondidas, à noite, de repente, de súbito. 
 
Exs.: 
Carlos fez o trabalho às pressas. 
Joana errou a letra da música de propósito. 
 
2.5. PRONOME 
Os pronomes representam a classe de palavras que 
substituem ou acompanham os substantivos. 
De acordo com a função que exercem, eles são 
classificados em sete tipos: 
 
A) PRONOMES PESSOAIS são termos que substituem ou 
acompanham o substantivo. Servem para representar os 
nomes dos seres e determinar as pessoas do discurso, que 
são: 
 
1ª pessoa............a que fala 
2ª pessoa............com quem se fala 
3ª pessoa............de quem se fala 
Eu aprecio tua dedicação aos estudos. Será 
que ela aprecia também? 
Os pronomes pessoais classificam-se em retos e oblíquos: 
São pronomes retos, quando atuam como sujeito da 
oração. 
 
 
https://www.infoescola.com/portugues/participio-2/
https://www.infoescola.com/portugues/voz-reflexiva/
https://www.infoescola.com/portugues/verbos/
https://www.infoescola.com/portugues/adjetivos/
https://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
https://www.infoescola.com/portugues/substantivos/
https://www.infoescola.com/portugues/pronomes-pessoais/
https://www.infoescola.com/portugues/substantivos/
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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 Singular Plural Exemplo1ª 
pessoa 
Eu nós Eu estudo todos os dias. 
2ª 
pessoa 
Tu vós Tu também tens estudado? 
3ª 
pessoa 
ele/ela eles/elas 
Será que ela estuda 
também? 
 
São pronomes oblíquos, quando atuam como 
complemento (objeto direto ou indireto). 
Quanto à acentuação, classificam-se em oblíquos átonos 
(acompanham formas verbais) e oblíquos tônicos 
(acompanhados de preposição): 
Pronomes oblíquos átonos: me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, 
os, as, lhes. 
Desejo-te boa sorte... 
Faça-me o favor... 
Em verbos terminados em -r, -s ou -z, elimina-se a 
terminação e os pronomes o(s), a(s) se tornam lo(s), 
la(s).Em verbos terminados em -am, -em, -ão e -õe os 
pronomes se tornam no(s), na(s). 
Pronomes oblíquos tônicos: mim, ti, ele, ela, si, nós, vós, 
eles, elas. 
A mim pouco importa o que dizem... 
 
Os pronomes de tratamento tem a função de pronome 
pessoal e serve para designar as pessoas do discurso. 
 
B) PRONOMES POSSESSIVOS - Indicam posse. Estabelece 
relação da pessoa do discurso com algo que lhe pertence. 
 Singular Plural 
1ª pessoa meu(s), minha(s) nosso(s), nossa(s) 
2ª pessoa teu(s), tua(s) vosso(s), vossa(s) 
3ª pessoa seu(s), sua(s) dele(s), dela(s) 
 
C) PRONOMES DEMONSTRATIVOS – Indicam a posição de 
um ser ou objeto em relação às pessoas do discurso. 
1ª pessoa este(s), esta(s), isto.................se refere a algo 
que está perto da pessoa que fala. 
2ª pessoa esse(s), essa(s), isso................se refere a algo 
que esta perto da pessoa que ouve. 
3ª pessoa aquele(s), aquela(s), aquilo...se refere a algo 
distante de ambos. 
Estes livros e essas apostilas devem ser 
guardadas naquela estante. 
 
Estes - perto de quem fala 
Essas - perto de quem ouve naquela - distante de ambos 
 
D) PRONOMES INDEFINIDOS – São imprecisos, vagos. Se 
referem à 3ª pessoa do discurso. 
 
Podem ser variáveis (se flexionando em gênero e número) 
ou invariáveis. 
 
São formas variáveis: algum(s), alguma(s), 
nenhum(s),nenhuma(s), todo(s), toda(s), muito(s), 
muita(s), pouco(s), pouca(s), tanto(s), tanta(s), certo(s), 
certa(s), vário(s), vária(s), outro(s), outra(s), certo(s), 
certa(s), quanto(s), quanta(s), tal, tais, qual, quais, 
qualquer, quaisquer... 
 
São formas invariáveis: quem, alguém, ninguém, outrem, 
cada, algo, tudo, nada.. 
 
Algumas pessoas estudam diariamente. 
Ninguém estuda diariamente. 
 
F) PRONOMES INTERROGATIVOS – São empregados para 
formular perguntas diretas ou indiretas. Podem ser 
variáveis ou invariáveis. 
 
Variáveis: qual, quais, quanto(s), quanta(s). 
Invariáveis: que, onde, quem... 
 
Quantos de vocês estudam diariamente? Quem de vocês 
estuda diariamente? 
 
G) PRONOMES RELATIVOS – São os que relacionam uma 
oração a um substantivo que representa. Também se 
classificam em variáveis e invariáveis. 
 
Variáveis: o(a) qual, os(as) quais, quanto(s), quanta(s), 
cujo(s), cuja(s). 
 
Invariáveis: que, quem, onde. 
Conseguiu o emprego que tanto queria. 
 
PREDICAÇÃO VERBAL & REGÊNCIA VERBAL & NOMINAL 
 
PREDICAÇÃO VERBAL 
 Verbos de Ligação 
 
Os verbos de ligação ligam o sujeito às suas características 
(predicativo do sujeito). 
Eles exprimem estado, mudança ou continuidade. 
Diferentemente dos verbos intransitivos e os verbos 
transitivos, os verbos de ligação não expressam ações. 
Ex: Estou doente. 
 Continuo resfriada. 
https://www.infoescola.com/portugues/pronome-obliquo/
https://www.infoescola.com/portugues/objeto-direto/
https://www.infoescola.com/portugues/acentuacao-grafica/
https://www.infoescola.com/portugues/pronomes-de-tratamento/
https://www.infoescola.com/portugues/pronome-possessivo/
https://www.infoescola.com/portugues/pronome-demonstrativo/
https://www.infoescola.com/portugues/pronome-indefinido/
https://www.infoescola.com/portugues/pronomes-interrogativos/
https://www.infoescola.com/portugues/pronome-relativo/
 
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Verbos Intransitivos 
Os verbos intransitivos são aqueles verbos 
que expressam sentido completo, sendo capazes de 
constituir predicado sozinhos. 
Ex: Escorreguei. 
 Ela saiu. 
 
Não quer dizer que a oração acabe sempre no verbo 
intransitivo. Ainda que não seja exigido, após o verbo pode 
ser acrescentada mais alguma informação, tal como 
adjunto adverbial ou predicativo do sujeito. 
Ex: Escorreguei ali. 
 Ela saiu desesperada. 
 
Verbos Transitivos 
 
Os verbos transitivos são aqueles que não tem sentido 
sozinhos, por isso, precisam de complementos. 
 
Chama-se transitividade verbal a necessidade que um 
verbo tem de ser completado com algo. Ele precisa 
transitar para o objeto, ou seja, ir em busca de algo que 
complete o seu sentido. 
Ex: Relatei o ocorrido. 
 Gosto de rock. 
 
A) Verbos Transitivos Diretos 
Os verbos transitivos diretos são aqueles 
cujo complemento não exige preposição. 
Ex: Comprei jornais variados. 
 Cantou músicas sertanejas. 
 
B) Verbos Transitivos Indiretos 
Os verbos transitivos diretos e indiretos são aqueles 
cujo complemento exige preposição. 
Ex: Este documentos pertencem ao cliente. 
 Interessou-se pelos discos. 
 
C) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos 
Os verbos transitivos diretos e indiretos são aqueles 
que precisam de dois complementos, um sem e outro com 
preposição. 
Ex: Comprei jornais variados naquela banca. 
 Não existe nada entre nós. 
 
Importante! 
O mesmo verbo pode ser empregado com predicações 
verbais diferentes. 
Por isso, é importante destacar que somente após analisar 
o contexto é possível classificar se o verbo presente na 
oração é intransitivo, transitivo ou de ligação. 
Ex: Ela fala demais. (Verbo Intransitivo) 
Ela fala várias línguas. (Verbo Transitivo) 
 
REGÊNCIA VERBAL & NOMINAL 
 
A REGÊNCIA é o campo da língua portuguesa que estuda 
as relações de concordância entre os verbos (ou nomes) e 
os termos que completam seu sentido. Ou seja, estuda a 
relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou 
um nome) e seus complementos. 
A regência é necessária visto que algumas palavras da 
língua portuguesa (verbo ou nome) não possuem seu 
sentido completo.Observe o exemplo abaixo: 
Muitas crianças têm medo. (medo de quê?) 
Muitas crianças têm medo de fantasmas. 
 
Obs.: perceba que o nome pede complemento antecedido 
de preposição (“de” = preposição e “fantasmas” = 
complemento). 
 
IMPORTANTE: A regência estabelece uma relação entre 
um termo principal (termo regente) e o termo que lhe 
serve de complemento (termo regido) e possui dois 
tipos: REGÊNCIA NOMINAL e REGÊNCIA VERBAL. 
 
 
REGÊNCIA VERBAL 
Regência verbal é a parte da língua que se ocupa da 
relação entre os verbos e os termos que se seguem a eles 
e completam o seu sentido. 
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos 
(direto e indireto) e adjuntos adverbiais são os termos 
regidos. 
Para entender melhor sobre esse assunto e não errar mais, 
confira abaixo alguns exemplos e suas respectivas 
explicações: 
 
 
 
https://www.todamateria.com.br/verbos-intransitivos/
https://www.todamateria.com.br/verbo-transitivo-direto-e-indireto/
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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Nos exemplos acima, morar é um verbo transitivo 
indireto, pois exige a preposição em (morar em algum 
lugar). 
No segundo exemplo, implicar é um verbo transitivo 
direto, pois não exige preposição (implicar algo, e não 
implicar em algo). 
No terceiro exemplo, ir exige a preposição a, o que faz dele 
um verbo transitivo indireto. 
Na forma padrão, a oração “Isso implica em mudança de 
horário” não está correta. 
Vamos ver exemplos de alguns verbos e entender como 
eles são regidos. Alguns, conforme o seu significado, 
podem ter mais do que uma forma de regência. 
 
1. ASSISTIR 
a) com o sentido de ver exige preposição: 
Que tal assistirmos ao filme? 
 
b) com o sentido de dar assistência não exige preposição: 
Sempre assistiu pessoas mais velhas. 
 
c) com o sentido de pertencer exige preposição: 
Assiste aos prejudicados o direito de indenização. 
 
2. CHEGAR 
O verbo chegar é regido pela preposição“a”: 
Chegamos ao local indicado no mapa. 
 
Essa é a forma padrão. No entanto, é comum observarmos 
o uso da preposição “em” nas conversas informais, cujo 
estilo é coloquial: Chegamos no local indicado no mapa. 
3. CUSTAR 
a) com o sentido de ser custoso exige preposição: 
Aquela decisão custou ao filho. 
 
b) com o sentido de valor não exige preposição: 
Aquela casa custou caro. 
 
4. OBEDECER 
O verbo obedecer é transitivo indireto, logo, exige 
preposição: 
Obedeça ao pai! 
 
Na linguagem informal, entretanto, ele é usado como 
verbo transitivo direto: Obedeça o pai! 
 
5. PROCEDER 
a) com o sentido de fundamento é verbo intransitivo: 
Essa sua desconfiança não procede. 
 
b) com o sentido de origem exige preposição: 
Essa sua desconfiança procede de situações passadas. 
 
6. VISAR 
a) com o sentido de objetivo exige preposição: 
Visamos ao sucesso. 
Na variante coloquial, encontramos o verbo sendo 
utilizado sem preposição, ou seja, como verbo transitivo 
direto: Visamos o sucesso. 
 
b) com o sentido de mirar não exige preposição: 
O policial visou o bandido à distância. 
 
7. ESQUECER 
O verbo esquecer é transitivo direto, logo não exige 
preposição: 
Esqueci o meu material. 
 
No entanto, na forma pronominal, deve ser usado com 
preposição: Esqueci-me do meu material. 
 
 
8. QUERER 
a) com o sentido de desejar não exige preposição: 
Quero ficar aqui. 
 
b) com o sentido de estimar exige preposição: 
Queria muito aos seus amigos. 
 
9. ASPIRAR 
a) com o sentido de respirar ou absorver não exige 
preposição: 
Aspirou todo o escritório. 
b) com o sentido de pretender exige preposição: 
Aspirou ao cargo de ministro. 
10. INFORMAR 
O verbo é transitivo direto e indireto, assim ele exige um 
complemento sem e outro com preposição: 
Informei o acontecimento aos professores. 
 
11. IR 
O verbo ir é regido pela preposição “a”: 
Vou à biblioteca. 
 
12. IMPLICAR 
a) com o sentido de consequência, o verbo implicar é 
transitivo direto, logo não exige preposição: 
O seu pedido implicará um novo orçamento. 
 
b) com o sentido de embirrar, é transitivo indireto, logo 
exige preposição: 
Implica com tudo! 
 
13. MORAR 
O verbo morar é regido pela preposição “em”: 
Mora no fim da rua. 
 
 
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14. NAMORAR 
O verbo namorar é transitivo direto, apesar de as pessoas 
o usarem sempre seguido de preposição: 
Namorou Maria durante anos. 
"Namorou com Maria durante anos" não é 
gramaticalmente aceito. 
 
15. PREFERIR 
O verbo preferir é transitivo direto e indireto. Assim: 
Prefiro carne a peixe. 
 
16. SIMPATIZAR 
O verbo simpatizar é transitivo indireto e exige a 
preposição "com": 
Simpatiza com os mais velhinhos. 
 
17. CHAMAR 
a) com o sentido de convocar não exige complemento com 
preposição: 
Chama o Pedro! 
 
b) com o sentido de apelidar exige complementos com e 
sem preposição: 
Chamou ao João de Mauricinho. 
Chamou João de Mauricinho. 
Chamou ao João Mauricinho. 
Chamou João Mauricinho. 
 
18. PAGAR 
a) quando informamos o que pagamos o complemento 
não tem preposição: 
Paga o sorvete? 
b) quando informamos a quem pagamos o complemento 
exige preposição: 
Paga o sorvete ao dono do bar. 
 
REGÊNCIA NOMINAL 
Regência Nominal é a maneira de um nome (substantivo, 
adjetivo e advérbio) relacionar-se com seus 
complementos. 
Em geral, a relação entre o nome e o seu complemento é 
estabelecida por preposição. Portanto, é justamente o 
conhecimento da preposição o que há de mais importante 
na regência nominal. 
 
Confira abaixo alguns exemplos e frases com regência 
nominal 
 
Exemplo de regência de alguns nomes: 
AMOR 
Tenha “amor a” seus livros. 
Meu “amor pelos” animais me conforta. 
Cultivemos o “amor da” família. 
O amor “para com” a Pátria. 
 
ANSIOSO 
Olhos “ansiosos de” novas paisagens. 
Estava “ansioso por” vê-la. 
Estou “ansioso para” ler o livro. 
Exemplos de nomes transitivos e suas respectivas 
preposições: 
 
ACESSÍVEL A 
Exemplo: Isto é acessível a todos. 
 
ACOSTUMADO A, COM 
Exemplos: 
Estou acostumado a comer pouco. 
Estamos acostumados com as novas ferramentas. 
 
AFÁVEL COM, PARA COM 
Exemplos: 
Ele é afável com sua filha. 
O professor tem sido afável para com seus alunos. 
AGRADÁVEL A 
Exemplo: Sou agradável a ti. 
 
ALHEIO A, DE 
Exemplos: 
Ele vive alheio a tudo. 
João está alheio de carinho fraternal. 
 
APTO A, PARA 
Exemplos: 
Estou apto a trabalhar. 
Joana está apta para desenvolver suas funções. 
 
AVERSÃO A, POR 
Exemplos: 
Ele tem aversão a pessoas. 
Paula tem aversão por itens supérfluos. 
 
BENEFÍCIO A 
Exemplo: Pilates é um grande benefício à saúde. 
 
CAPACIDADE DE, PARA 
Exemplos: 
Laura tem excepcional capacidade de comunicação. 
Joaquim tem capacidade para o trabalho. 
 
CAPAZ DE, PARA 
Exemplos: 
Ele é capaz de tudo. 
A empresa é capaz para trabalhar com projetos. 
 
COMPATÍVEL COM 
Exemplo: Seu computador é compatível com este. 
 
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CONTRÁRIO A 
Exemplo: Esse modo de vida é contrário à saúde. 
 
CURIOSO DE, POR 
Exemplos: 
Luís é curioso de tudo. 
Vitória é curiosa por natureza 
 
DESCONTENTE COM 
Exemplo: Estamos descontentes com nosso sistema 
político. 
 
ESSENCIAL PARA 
Exemplo: Esse livro é essencial para aprender matemática. 
 
FANÁTICO POR 
Exemplo: Ele é fanático por histórias em quadrinhos. 
 
IMUNE A, DE 
Exemplos: 
O Brasil não ficou imune à crise econômica. 
Estamos imunes de pagar os impostos. 
 
INOFENSIVO A, PARA 
Exemplos: 
O vírus é inofensivo a seres humanos 
Os danos que sofreu são inofensivos para sua saúde. 
 
JUNTO A, DE 
Exemplos: 
Comprei a casa junto a sua. 
Estava junto de Miguel, quando aconteceu o acidente. 
 
LIVRE DE 
Exemplo: Este sabonete está livre de parabenos. 
SIMPATIA A, POR 
Exemplo: 
José tem simpatia as causas populares. 
Tenho muito simpatia por Ana. 
 
TENDÊNCIA A, PARA 
Viviana tem tendência à mentira. 
As meninas tem tendência para a moda. 
 
UNIÃO COM, DE, ENTRE 
A união com Regina foi fracassada. 
Na reação química, ocorreu uma união de substâncias. 
A união entre eles é muito bonita 
 
ACENTO INDICATIVO DE CRASE 
 
CRASE é a fusão de duas vogais da mesma natureza. No 
português assinalamos a crase com o acento grave (`). 
Observe: 
 Obedecemos ao regulamento. 
 (a + o) 
Não há crase, pois o encontro ocorreu entre duas vogais 
diferentes. Mas: 
 Obedecemos à norma. 
 (a + a) 
Há crase, pois, temos a união de duas vogais iguais: 
 (a + a = à) 
 
1. REGRA GERAL 
Observação: 
Para saber se uma palavra aceita ou não o artigo, basta 
usar o seguinte artifício: 
I. Se pudermos empregar a combinação da antes da 
palavra, é sinal de que ela aceita o artigo 
II. Se pudermos empregar apenas a preposição de, é sinal 
de que não aceita. 
 Ex: Vim da Bahia. (aceita) 
 Vim de Brasília (não aceita) 
 Vim da Itália. (aceita) 
 Vim de Roma. (não aceita) 
 
2. CASOS PROIBIDOS – nunca ocorre crase. 
 
1) Antes de masculino. 
Caminhava a passo lento. 
 (preposição) 
 
2) Antes de verbo. 
Estou disposto a falar. 
 (preposição) 
 
3) Antes de pronomes em geral. 
Eu me referi a esta menina. 
(preposição e pronome demonstrativo) 
 
Eu falei a ela. 
(preposição e pronome pessoal) 
 
4) Antes de pronomes de tratamento. 
Dirijo-me a Vossa Senhoria. 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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(preposição) 
 
Observações: 
1. Há três pronomes de tratamento que aceitam o artigo 
e, obviamente, a crase: 
Senhora, senhorita e dona. 
 
Dirijo-me à senhora. 
2. Haverá crase antes dos pronomes que aceitarem o 
artigo, tais como: mesma, própria... 
Eu me referi à mesma pessoa. 
 
5) Com as expressões formadas de palavras repetidas. 
Venceu de ponta a ponta. 
 (preposição) 
 
Observação: 
É fácil demonstrar que entre expressões desse tipo ocorre 
apenas a preposição: 
Caminhavam passo a passo. 
 (preposição) 
No caso, se ocorresse o artigo, deveria ser oartigo o e 
teríamos o seguinte: Caminhavam passo ao passo – o que 
não ocorre. 
 
6) Antes dos nomes de cidade. 
Cheguei a Curitiba. 
 (preposição) 
 
Observação: 
Se o nome da cidade vier determinado por algum adjunto 
adnominal, ocorrerá a crase. 
Cheguei à Curitiba dos pinheirais. 
 (adjunto adnominal) 
 
7) Quando um a (sem o s de plural) vem antes de um nome 
plural. 
Falei a pessoas estranhas. 
 (preposição) 
 
Observação: 
Se o mesmo a vier seguido de s haverá crase. 
Falei às pessoas estranhas. 
(a + as = preposição + artigo) 
 
3. CASOS OBRIGATÓRIOS – sempre ocorre crase 
 
1) Na indicação pontual do número de horas. 
Às duas horas chegamos. 
(a + as) 
Para comprovar que, nesse caso, ocorre preposição + 
artigo, basta confrontar com uma expressão masculina 
correlata. 
Ao meio-dia chegamos. 
(a + o) 
 
2) Com a expressão à moda de e à maneira de. 
A crase ocorrerá obrigatoriamente mesmo que parte da 
expressão (moda de) venha implícita. 
Escreve à (moda de) Alencar. 
 
3) Nas expressões adverbiais femininas. 
Expressões adverbiais femininas são aquelas que se 
referem a verbos, exprimindo circunstâncias de tempo, de 
lugar, de modo... 
 
Chegaram à noite. 
(expressão adverbial feminina de tempo) 
 
Caminhava às pressas. 
(expressão adverbial feminina de modo) 
 
Ando à procura de meus livros. 
(expressão adverbial feminina de fim) 
 Observações: 
No caso das expressões adverbiais femininas, muitas vezes 
empregamos o acento indicatório de crase (`), sem que 
tenha havido a fusão de dois as. É que a tradição e o uso 
do idioma se impuseram de tal sorte que, ainda quando 
não haja razão suficiente, empregamos o acento de crase 
em tais ocasiões. 
 4. USO FACULTATIVO DA CRASE – “tanto faz” 
Antes de nomes próprios de pessoas femininos e antes de 
pronomes possessivos femininos, pode ou não ocorrer a 
crase. 
Ex: Falei à Maria. 
 (preposição + artigo) 
 
 Falei à sua classe. 
 (preposição + artigo) 
 
 Falei a Maria. 
 (preposição sem artigo) 
 
 Falei a sua classe. 
 (preposição sem artigo) 
 
Note que os nomes próprios de pessoa femininos e os 
pronomes possessivos femininos aceitam ou não o artigo 
antes de si. Por isso mesmo é que pode ocorrer a crase ou 
não. 
 
5. Casos especiais: 
 
1) Crase antes de casa. 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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A palavra casa, no sentido de lar, residência própria da 
pessoa, se não vier determinada por um adjunto 
adnominal não aceita o artigo, portanto não ocorre a 
crase. 
 
Por outro lado, se vier determinada por um adjunto 
adnominal, aceita o artigo e ocorre a crase. Ex: 
Volte a casa cedo. 
(preposição sem artigo) 
 
Volte à casa dos seus pais. 
(preposição sem artigo) 
(adjunto adnominal) 
 
2) Crase antes de terra. 
A palavra terra, no sentido de chão firme, tomada em 
oposição a mar ou ar, se não vier determinada, não aceita 
o artigo e não ocorre a crase. 
Ex: 
Já chegaram a terra. 
(preposição sem artigo) 
 
Se, entretanto, vier determinada, aceita o artigo e ocorre 
a crase. 
Ex: 
Já chegaram à terra dos antepassados. 
(preposição + artigo) 
(adjunto adnominal) 
3) Crase antes dos pronomes relativos. 
Antes dos pronomes relativos quem e cujo não ocorre 
crase. 
Ex: 
Achei a pessoa a quem procuravas. 
Compreendo a situação a cuja gravidade você se referiu. 
 
Antes dos relativos qual ou quais ocorrerá crase se o 
masculino correspondente for ao qual, aos quais. 
Ex: Esta é a festa à qual me referi. 
Este é o filme ao qual me referi. 
Estas são as festas às quais me referi. 
Estes são os filmes aos quais me referi. 
 
4) Crase com os pronomes demonstrativos: aquele (s), 
aquela (s), aquilo. 
Sempre que o termo antecedente exigir a preposição a e 
vier seguido dos pronomes demonstrativos: aquele, 
aqueles, aquela, aquelas, aquilo, haverá crase. 
Ex: Falei àquele amigo. 
Dirijo-me àquela cidade. 
Aspiro a isto e àquilo. 
Fez referência àquelas situações. 
 
5) Crase depois da preposição até. 
Se a preposição até vier seguida de um nome feminino, 
poderá ou não ocorrer a crase. Isto porque essa 
preposição pode ser empregada sozinha (até) ou em 
locução com a preposição a (até a). 
Ex: Chegou até à muralha. 
(locução prepositiva = até a) 
(artigo = a) 
Chegou até a muralha. 
(preposição sozinha = até) 
(artigo = a) 
 
6) Crase antes do que. 
Em geral, não ocorre crase antes do que. 
Ex: Esta é a cena a que me referi. 
Pode, entretanto, ocorrer antes do que uma crase da 
preposição a com o pronome demonstrativo a 
(equivalente a aquela). 
Para empregar corretamente a crase antes 
do que convém pautar-se pelo seguinte artifício: 
 
I. Se, com antecedente masculino, ocorrer ao que / aos 
que, com o feminino ocorrerá crase; 
Ex: Houve um palpite anterior ao que você deu. 
 ( a + o ) 
 Houve uma sugestão anterior à que você deu. 
 ( a + a ) 
 II. Se, com antecedente masculino, ocorrer a que, no 
feminino não ocorrerá crase. 
Ex: Não gostei do filme a que você se referia. 
 (ocorreu a que, não tem artigo) 
 Não gostei da peça a que você se referia. 
 (ocorreu a que, não tem artigo) 
 
Observação: 
O mesmo fenômeno de crase (preposição a + pronome 
demonstrativo a) que ocorre antes do que, pode ocorrer 
antes do de. 
Ex: 
Meu palpite é igual ao de todos. 
(a + o = preposição + pronome demonstrativo) 
 
Minha opinião é igual à de todos. 
(a + a = preposição + pronome demonstrativo) 
 
7) há / a 
Nas expressões indicativas de tempo, é preciso não 
confundir a grafia do a (preposição) com a grafia 
do há (verbo haver). 
 
Para evitar enganos, basta lembrar que, nas referidas 
expressões: 
a (preposição) indica tempo futuro (a ser transcorrido); 
 
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há (verbo haver) indica tempo passado (já 
transcorrido). Ex: 
Daqui a pouco terminaremos a aula. 
Há pouco recebi o seu recado. 
 
ATENÇÃO: 
Termos 
PREPOSICIONADOS: 
Termos “VIRGULADOS”: 
Objeto Indireto 
Complemento Nominal
 
Agente da Passiva 
 
Adjunto adverbial 
Aposto 
Vocativo 
 
 
I. TERMOS ESSENCIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. SUJEITO 
 
A) Simples 
- É formado por um núcleo, ou seja, um termo principal. 
 
Ex: O empregado da casa vendeu seu carro. (núcleo: 
empregado) 
 Eles estão sempre omitindo a verdade. (núcleo: Eles) 
 
B) Composto 
- É aquele formado por dois ou mais núcleos, por 
exemplo: 
Ex: Ana Maria e Joaquim terminaram o namoro. (núcleos: 
Ana Maria, Joaquim) 
 Livros e cinema são o meu passatempo preferido. 
(núcleos: Livros, cinema) 
 
C) Oculto/Elíptico/Desinencial/Implícito 
- É aquele que está escondido na oração. 
Ex: Gostamos de pular Carnaval. 
 Levou tudo para casa. 
 
D) Indeterminado 
- É aquele que não podemos identificar o agente da ação, 
nem pelo contexto, nem pela terminação verbal do 
enunciado. 
 
- Acontece quando o verbo não se refere a uma pessoa 
determinada. 
- Há duas maneiras de identificá-lo: 
1) Com verbo na 3.ª pessoa do plural 
Quando o verbo está na terceira pessoa do plural e não se 
refere a nenhum substantivo citado anteriormente na 
oração, por exemplo: 
Ex: Disseram que ele foi eleito. 
 Capturaram o fugitivo. 
 
2) com pronome "se" e verbo intransitivo, transitivo 
indireto ou de ligação na 3.ª pessoa do singular (de modo 
que não se consegue identificar quem pratica a ação), por 
exemplo: 
 
Ex: Acorda-se feliz (VI). 
Necessita-se de pessoas jovens (VTI). 
Nem sempre se é justo nesse mundo (VL). 
 
E) Inexistente/Oração sem sujeito 
Nas orações sem sujeito, o sujeito é inexistente uma vez 
que são constituídas por verbos impessoais, ou seja, que 
não admitem agentes da ação, como é o caso de: 
1) verbos que indicam fenômenos da natureza 
(amanheceu, anoiteceu, choveu, nevou, ventou, trovejou, 
etc.). 
2) verbo haver, quando empregado com sentido de existir, 
acontecer e indicando tempopassado. 
3) verbos ser, fazer, haver, estar, ir e passar indicando 
tempo. 
Ex.: Trovejou durante a noite. 
 Há boas palestras no congresso. 
 Está na hora do intervalo. 
 
2. PREDICADO 
 
 
 
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O predicado, formado por um ou mais verbos, é aquilo 
que se declara sobre a ação do sujeito, concordando em 
número e pessoa com ele. 
 
I. TIPOS DE PREDICADO 
De acordo com seu núcleo significativo, os predicados são 
classificados em três tipos: 
 
 Predicado Verbal 
Indica uma ação, sendo constituído por um núcleo, que é 
um verbo nocional (verbo que indica uma ação). Nesse 
caso, não há presença de predicativo do sujeito. 
Ex: Nós caminhamos muito hoje. 
 (núcleo: caminhamos) 
 Cheguei hoje de viagem. 
 (núcleo: cheguei) 
 
 Predicado Nominal 
Indica estado ou qualidade, sendo constituído por 
um verbo de ligação (verbo que indica estado) e 
o predicativo do sujeito (complementa o sujeito 
atribuindo-lhe uma qualidade). 
Há somente um núcleo, caracterizado por um nome 
(substantivo ou adjetivo). 
Ex: Aristides está feliz. (núcleo: feliz) 
 Ele continua atencioso comigo. (núcleo: atencioso) 
 
 Predicado Verbo-Nominal 
Ao mesmo tempo que indica ação do sujeito, esse tipo de 
predicado informa sua qualidade ou estado, sendo 
constituído por dois núcleos: um nome e um verbo. 
Nesse caso, há presença de predicativo do 
sujeito ou predicativo do objeto (complementa o objeto 
direto ou indireto, atribuindo-lhes uma característica). 
 
Ex: Suzana chegou cansada. 
 (núcleos: chegou, cansada) 
Terminaram satisfeitos o trabalho. 
 (núcleos: satisfeitos, trabalho) 
 
Obs: Para identificar um predicado verbo-nominal, o 
verbo que indica ação está expresso na oração. O verbo 
que indica estado ou qualidade, por sua vez, está oculto. 
 
II. TERMOS INTEGRANTES 
A) OBJETO DIRETO 
O objeto direto é o complemento de um verbo transitivo 
direto sem preposição obrigatória. Ele indica o ser para a 
qual se dirige a ação verbal. Pode ser apresentado por 
substantivo, pronome, numeral, palavra ou expressão 
substantivada ou oração substantiva. 
Ex: 
Algumas pessoas tomam vinho. 
Queremos apenas uma vaga. 
B) OBJETO INDIRETO 
O objeto indireto completa a significação de um verbo e 
vem sempre acompanhado de preposição. Pode ser 
representado por substantivo ou palavra substantivada, 
pronome, numeral, expressão substantivada ou oração 
substantiva. 
Ex: 
Amélia acredita em discos voadores. 
Precisamos apenas de uma vaga. 
 
C) COMPLEMENTO NOMINAL 
O complemento nominal é o termo da oração que é ligado 
ao sujeito, predicativo, objetivo direto, o objeto indireto, 
o agente da passiva, o adjunto adverbial, o aposto ou ao 
vocativo. 
O complemento nominal liga-se ao substantivo, adjetivo 
ou advérbio por intermédio de uma preposição. 
Ex: 
A mulher tinha necessidade de medicamentos. 
Esta conduta é prejudicial à saúde. 
Decidiu favoravelmente ao acusado. 
D) AGENTE DA PASSIVA 
O agente da passiva é o complemento preposicionado que 
representa o ser que pratica a ação expressa por um verbo 
na voz passiva. 
Ex: 
A criança foi orientada pelo professor. 
 
Transposição da Voz Passiva para a Voz Ativa 
O agente da passiva é o sujeito na voz ativa. 
O objeto direto da voz ativa passa a sujeito da voz passiva. 
 
III. TERMOS ACESSÓRIOS 
 
Os termos acessórios da oração são aqueles que podem 
ser retirados da frase sem alterar sua estrutura sintática, 
uma vez que não são indispensáveis. O seu uso, contudo, 
poderá ser importante e essencial para a compreensão da 
mensagem transmitida. 
 
https://www.todamateria.com.br/predicativo-do-sujeito/
https://www.todamateria.com.br/verbos-de-ligacao/
https://www.todamateria.com.br/predicativo-do-objeto/
https://www.todamateria.com.br/objeto-direto/
https://www.todamateria.com.br/objeto-indireto/
https://www.todamateria.com.br/complemento-nominal/
https://www.todamateria.com.br/agente-da-passiva/
 
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a) Adjunto adnominal 
 
- Atribui características ao substantivo que acompanham. 
Pode ser representado por um artigo, por um adjetivo, por 
uma locução adjetiva, por um pronome adjetivo e por um 
numeral adjetivo. 
 
Ex: Aquele livro velho é meu. 
 Meu filho tem uma camisa preta. 
 Sete pessoas diferentes ligaram para você hoje. 
 
b) Adjunto adverbial 
 
- É usado para indicar uma circunstância, transmitindo 
uma ideia de tempo, modo, intensidade, lugar, afirmação, 
dúvida,… 
Os adjuntos adverbiais podem no início, no meio ou no fim 
das frases e podem ser ou não separados por vírgulas, 
conforme a posição que ocupam. 
Existem adjuntos adverbiais de afirmação, de negação, de 
causa, de lugar, de tempo, de intensidade, de companhia, 
de dúvida, de concessão, de instrumento, de meio, de 
modo, de condição, de finalidade, de assunto, de direção, 
de exclusão, de frequência, de matéria, de 
conformidade,… 
 
Ex: Amanhã, a funcionária virá ao escritório assinar o 
contrato. 
A mãe abriu, lentamente, a porta do quarto da filha. 
Meu irmão faz natação todos os dias. 
 
c) Aposto 
 
O aposto fornece novas informações sobre um dos termos 
da oração, estando sintaticamente relacionado com ele. O 
aposto desenvolve, explica, enumera, esclarece, detalha, 
especifica esse outro termo da oração. 
Ex: Sempre fui apaixonada por Pedro, o mais simpático de 
todos os meninos. 
 As minhas duas primas, Cátia e Beth, moram no Rio 
de Janeiro. 
 Gostaria de cursar várias faculdades: línguas, 
medicina, advocacia, filosofia e botânica. 
 
d) Vocativo 
 
O vocativo não é um dos termos acessórios da oração. é 
um termo independente que não se relaciona 
sintaticamente com os outros termos da oração. 
Ex: Mariana, venha! 
 Vamos ouvir, minha gente! 
 Você viu o que aconteceu, senhora? 
 
ATENÇÃO! Em regra, o decoreba das conjunções tem sido 
a melhor forma de acertar questões, especialmente na 
banca IBADE. Só tome cuidado com questões das bancas: 
CESPE, FGV e ESAF. Pois, às vezes, o decoreba pode 
prejudicar. 
 
1. ORAÇÕES COORDENADAS 
 
 
 
1. ORAÇÕES COORDENADAS 
 
1.1 Orações Assindéticas 
- São caracterizadas pelo período composto justaposto, ou 
seja, não são ligadas através SEM CONECTIVO (conjunção). 
Ex: Chegamos à praia, nadamos, jogamos, comemos. 
 Insista, persista, não desista. 
 
1.2 Orações Sindéticas 
- São caracterizadas pelo período composto ligadas por 
meio de uma CONJUNÇÃO coordenativa. Nesse caso, as 
orações, dependendo dos conectivos, podem 
ser: Aditivas, Adversativas, Alternativas, Conclusivas e Ex
plicativas. 
 
a) Aditivas: transmitem ideia de soma, adição à oração 
anterior. 
 Conjunções: e, nem, não só, mas também, mas ainda, 
como, assim como, não só...mas também. 
Ex: Eu e meu namorado jantamos fora e fomos ao cinema. 
 Não só foi descortês, como também culpou quem 
estava inocente. 
 
b) Adversativas: transmitem ideia de oposição, 
contrariedade, contraste à oração anterior. 
 Conjunções: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, 
no entanto, não obstante, nada obstante, senão. 
Ex: Eles queriam sair, porém estava chovendo. 
 
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 A seleção jogou bem, contudo ora eliminada. 
 
c) Alternativas: transmitem ideia de escolha, alternância à 
oração anterior. 
 Conjunções: ou, ou… ou; ora…ora; quer…quer; 
seja…seja, nem ... nem. 
Ex: Ora gosta de vestidos, ora gosta de sapatos. 
Faça o que o professor manda ou será expulso da sal. 
 
d) Conclusivas: transmitem ideia de conclusão, 
finalização. 
 Conjunções: logo, portanto, por fim, por conseguinte, 
pois, então, consequentemente, de modo que. 
Exemplo: São adolescentes, logo irão namorar. 
Nós presenciamos o acidente; seremos, pois, chamados 
para depor. 
 
e) Explicativas: transmitem ideia de explicação, 
justificativa. 
 Conjunções: isto é, ou seja, a saber, na verdade, porque, 
que, pois, porquanto. 
Ex: Descemosdo carro porque o trânsito estava parado. 
 Não passei, pois estudei pouco. 
 
2. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
 
As orações subordinadas adverbiais são iniciadas com uma 
conjunção subordinativa (ou locução), isto é, aquelas que 
ligam as frases (principal e a subordinada). São 
classificadas em nove tipos, de acordo com a circunstância 
que exprimem na frase: 
 
 a) Causais: indicam a causa da ação expressa na oração 
principal. 
 Conjunções: porque, visto que, como, uma vez que, 
posto que, etc. 
Ex: A cidade foi alagada porque o rio transbordou. 
 
b) Consecutivas: indicam uma consequência do fato 
referido na oração principal. 
  Conjunções: que (precedido de tal, tão, tanto, 
tamanho), de sorte que, de modo que, etc. 
Ex: A casa custava tão cara que ela desistiu da compra. 
 
c) Condicionais: expressam uma circunstância de 
condição com relação ao predicado da oração principal. 
 Conjunções: se, caso, desde que, contanto que, sem que, 
etc. 
Ex: Deixe um recado se você não me encontrar em casa. 
 
d) Concessivas: indicam um fato contrário ao referido na 
oração principal. 
 Conjunções: embora, a menos que, se bem que, ainda 
que, conquanto que, etc. 
 Ex: Embora tudo tenha sido cuidadosamente planejado, 
ocorreram vários imprevistos. 
 
e) Conformativas: indicam conformidade em relação à 
ação expressa pelo verbo da oração principal. 
 Conjunções: conforme, consoante, como, segundo, etc. 
Ex: Tudo ocorreu como estava previsto. 
 
f) Comparativas: são aquelas que expressam uma 
comparação com um dos termos da oração principal. 
 Conjunções: como, (mais, menos) que, do que, tão 
quanto, etc. 
Ex: Você deve estudar como um obstinado (estuda). 
 
g) Finais: exprimem a intenção, o objetivo do que se 
declara na oração principal. 
 Conjunções: para que, a fim de que, que, porque, etc. 
Ex: Sentei-me na primeira fila, a fim de que pudesse ouvir 
melhor. 
 
h) Temporais: demarca em que tempo ocorreu o processo 
expresso pelo verbo da oração principal. 
 Conjunções: quando, enquanto, logo que, assim que, 
depois que, antes que, desde que, ... 
Ex: Eu me sinto segura assim que fecho a porta da minha 
casa. 
 
i) Proporcionais: expressam uma ideia de 
proporcionalidade relativamente ao fato referido na 
oração principal. 
 Conjunções: à medida que, à proporção que, quanto 
mais...tanto mais, quanto mais...tanto menos, etc. 
 Ex: Quanto menos trabalho, tanto menos vontade tenho 
de trabalhar. 
 
3. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 
- São introduzidas por meio de conjunção integrante: 
QUE, SE. 
 
a) Subjetiva – exerce a função de sujeito do verbo da 
oração principal. 
É necessário que você se apresente ao serviço amanhã. 
Foi anunciado que Pedro é o vencedor do concurso. 
 
b) Predicativa – exerce a função de predicativo do sujeito 
do verbo da oração principal. Aparece sempre depois do 
verbo ser. 
O bom é que ela sempre foi bem comportada. 
A dúvida era se seriam necessários mais ajudantes. 
 
 
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c) Objetiva Direta – exerce a função de objeto direto do 
verbo da oração principal. 
Quero que você seja meu marido. 
Os funcionários não sabiam que era dia de 
despedimentos. 
 
d) Objetiva Indireta – exerce a função de objeto indireto 
do verbo da oração principal, sendo sempre iniciada por 
uma preposição. 
O diretor da empresa necessita de que todos os 
colaboradores estejam presentes na reunião. 
A professora insistiu muito em que os alunos tivessem 
aulas de recuperação. 
 
e) Completiva Nominal – exerce a função de 
complemento nominal, completando o sentido de um 
nome pertencente à oração principal. É sempre iniciada 
por uma preposição. 
Todos temos esperança deque a humanidade pare de 
destruir o planeta. 
Sinto necessidade de que você me deixe descansar um 
pouco. 
 
f) Apositiva – exerce a função de aposto de qualquer 
termo da oração principal. 
Helena apenas desejava uma coisa: que fosse muito feliz 
com sua família. 
Pedi um favor a meus amigos: que esperassem por mim. 
 
4. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
- São introduzidas por pronome relativo: cujo, onde, 
quem, o qual, QUE 
 
a) Explicativa – acrescenta uma informação acessória, 
ampliando ou esclarecendo um detalhe de um conceito 
que já se encontra definido. Aparece sempre separada por 
vírgulas e pode ser retirada da frase sem que haja 
alteração do sentido da mesma. 
O leão, que é um animal selvagem, atacou o domador. 
A professora Ana Luísa, que é a professora mais nova da 
escola, não veio trabalhar hoje. 
 
b) Restritiva – especifica o sentido do nome a que se 
refere, restringindo seu significado a um ser único, 
definido por ele. Não existe marca de pausa, como 
vírgulas, entre este tipo de oração e a oração principal. São 
indispensáveis para a compreensão da frase. 
Ele é um dos poucos diretores que é apreciado por todos 
os funcionários. 
Toda comida que é fresca é mais saborosa. 
 
7. CONCORDÂNCIA VERBAL & NOMINAL 
 
 
I. CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 Regra Geral: 
 
 
 
 Casos Especiais 
 
1. Com as expressões é proibido, é necessário, é bom, é 
preciso e é permitido: 
 
 
 
2. 1 Adjetivo qualificando 2 ou  Substantivos:
 
 
 
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3. Vários adjetivos no singular caracterizando um único 
substantivo: 
O substantivo permanece no singular quando há presença 
de um artigo entre os adjetivos, mas fica no plural quando 
os adjetivos se apresentam sem artigos ou outros 
determinantes. 
Fiquei aprendendo coisas novas com a professora americana 
e afrancesa. 
 
Fiquei aprendendo coisas novas com as professoras americana 
e francesa. 
 
4. Palavra só como adjetivo: 
Tendo o significado de sozinho, a palavra só atua como 
adjetivo, devendo concordar em número com o 
substantivo que caracteriza. 
Meu avô está só. 
Meus avós estão sós. 
 
5. Com as palavras anexo, obrigado, mesmo, próprio, 
incluso e quite: 
As palavras anexo, obrigado, mesmo, próprio, incluso e 
quite devem concordar em gênero e número com o 
substantivo que caracterizam. 
Por favor, leia as informações anexas. 
As próprias professoras resolveram a falta de condições 
das salas de aula. 
Eu e você estamos quites. 
 
6. Com as palavras bastante, caro, barato, muito, pouco, 
longe e meio: 
As palavras bastante, caro, barato, muito, pouco, longe e 
meio, embora invariáveis enquanto advérbios, devem 
concordar em gênero e número com o substantivo que 
caracterizam enquanto adjetivos. 
Há bastantes alunos interessados na palestra. 
Essas compras ficaram muito caras! 
Vou comprar aqueles chinelos baratos. 
Apenas preenchi meia folha de papel com as informações 
necessárias. 
 
7. Com as palavras alerta e menos: 
 
As palavras alerta e menos, embora atuem como 
adjetivos, são advérbios, permanecendo sempre 
invariáveis. 
Os cachorros ouviram barulho e ficaram alerta. 
Assim, há menos confusão! 
 
8. Com as expressões um e outro, uma e outra, num e 
noutro, numa e noutra: 
 
Com as expressões um e outro, uma e outra, num e 
noutro, numa e noutra, o adjetivo deve ser escrito no 
plural, embora ao substantivo permaneça no singular. 
A diretora achou um e outro funcionário cumpridores. 
Você pôs isso numa e noutra gaveta arrumadas? 
 
II. CONCORDÂNCIA VERBAL 
 Regra Geral: 
 
 
 
Ex.: 
- Nós É campeão. 
- EXISTEM, em meio às dificuldades, muitos alunos 
focados. 
 
- Os usuários das redes sociais, na perspectiva da 
modernidade, ESPERA que suas postagens OBTENHA 
repercussão positiva. 
 CASOS ESPECIAIS 
1. Verbo HAVER no sentido de Existir 
2. PARTÍCULA SE 
 
 
 
 
 
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1. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes. 
Neste caso, o verbo vai para o plural e concorda com a 
pessoa, por ordem de prioridade. 
Ex: 
Eu, tu e Cássio só chegaremos ao fim da noite. (eu, 1.ª 
pessoa + tu, 2.ª pessoa + ele, 3.ª pessoa), ou seja, a 1.ª 
pessoa do singular tem prioridade e, no plural, ela equivale 
a nós, ou seja, "nós chegaremos". 
Jair e eu conseguimoscomprar um apartamento (eu, 1.ª 
pessoa + Jair, 3.ª pessoa). Aqui também é a 1.ª pessoa do 
singular que tem prioridade. No plural, ela equivale a nós, 
ou seja, "nós conseguimos". 
 
2. Sujeito seguido por "tudo", "nada", "ninguém", 
"nenhum", "cada um" 
Neste caso, o verbo fica no singular. 
Ex: 
Amélia, Camila, Pedro, ninguém o convenceu de mudar a 
opinião. 
3. Sujeitos ligados por "com" 
Quando semelhante à ligação "e", o verbo vai para o 
plural. 
Ex: 
O ator com seus convidados chegaram às 6 horas. 
Mas, quando "com" representar “em companhia de”, o 
verbo concorda com o antecedente e o segmento "com" é 
grafado entre vírgulas: 
Ex: 
O pintor, com todos os auxiliares, resolveu mudar a data 
da exposição. 
 
4. Sujeitos ligados por "ou" 
Os verbos ligados pela partícula "ou" vão para o plural 
quando a ação verbal estiver se referindo a todos os 
elementos do sujeito: 
Ex: 
Doces ou chocolate desagradam ao menino. 
- Quando a partícula “ou” é utilizada como retificação, o 
verbo concorda com o último elemento. 
Ex: 
A menina ou as meninas esqueceram muitos acessórios. 
- Mas, quando a ação verbal é aplicada a apenas um dos 
elementos, o verbo permanece no singular. 
Ex: 
Laís ou Elisa ganhará mais tempo. 
 
5. Pronome relativo "quem" e "que" 
QUEM  Neste caso, o verbo pode ser conjugado na 
terceira pessoa do singular ou pode concordar com o 
antecedente do pronome "quem". 
Ex: 
Fui eu quem afirmou. 
Fui eu quem afirmei. 
 
QUE  Neste caso, o verbo concorda com o antecedente 
do pronome “que”. 
Ex: 
Fui eu que levou. 
Foste tu que levaste. 
Foi ele que levou. 
 
6. Sujeito coletivo 
Nesta situação, o verbo fica sempre no singular. 
Ex: 
A multidão ultrapassou o limite. 
Por outro lado, se o coletivo estiver especificado, o verbo 
pode ser conjugado no singular ou no plural. 
Ex: 
A multidão de fãs ultrapassou o limite. 
A multidão de fãs ultrapassaram o limite. 
7. Coletivos partitivos 
O verbo pode ser usado no singular ou no plural em 
coletivos partitivos, tais como "a maioria de", "a maior 
parte de", "grande número de". 
Ex: 
Grande número dos presentes se retirou. 
Grande número dos presentes se retiraram. 
 
8. Expressões "mais de", "menos de", "cerca de" 
Nestes casos o verbo concorda com o numeral. 
Ex: 
Mais de uma mulher quis trocar as mercadorias. 
Mais de duas pessoas chegaram antes do horário. 
Nos casos em que “mais de” é repetido indicando 
reciprocidade, o verbo vai para o plural. 
 
Ex: 
Mais de uma professora se abraçaram. 
 
9. Partícula "se" 
No caso em que a palavra "se" é índice de indeterminação 
do sujeito, o verbo deve ser conjugado na 3.ª pessoa do 
singular. 
Ex: 
Confia-se em todos. 
No caso em que a palavra "se" é partícula apassivadora, o 
verbo deve ser conjugado concordando com o sujeito da 
oração. 
Ex: 
Construiu-se uma igreja. 
Construíram-se novas igrejas. 
 
 
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10. Verbos impessoais 
Nestes casos, o verbo sempre é conjugado na 3.ª pessoa 
do singular. 
Ex: 
Havia muitos copos naquela mesa. 
Houve dois meses sem mudanças. 
 
11. Verbos "dar", "soar" e "bater" + hora (s) 
Nestes casos, o verbo sempre concorda com o sujeito. 
Ex: 
Deu uma hora que espero. 
Soaram duas horas. 
 
8. DENOTAÇÃO, CONOTAÇÃO & FIGURAS DE 
LINGUAGEM 
 
DENOTAÇÃO & CONOTAÇÃO 
 
 
 
FIGURAS DE LINGUAGEM 
 
Figuras de Linguagem, também chamadas de figuras de 
estilo, são recursos estilísticos usados para dar maior 
ênfase à comunicação e torná-la mais bonita. 
Dependendo da sua função, elas são classificadas em: 
 
 Figuras de palavras ou semânticas: estão 
associadas ao significado das palavras. 
 Exemplos: metáfora, comparação, metonímia, 
catacrese, sinestesia e perífrase. 
 Figuras de pensamento: trabalham com a 
combinação de ideias e pensamentos. 
 Exemplos: hipérbole, eufemismo, litote, ironia, 
personificação, antítese, paradoxo, gradação e 
apóstrofe. 
 Figuras de sintaxe ou construção: interferem na 
estrutura gramatical da frase. 
 Exemplos: elipse, zeugma, hipérbato, 
polissíndeto, assíndeto, anacoluto, pleonasmo, 
silepse e anáfora. 
 Figuras de som ou harmonia: estão associadas à 
sonoridade das palavras. 
 Exemplos: aliteração, paronomásia, assonância e 
onomatopeia. 
 
FIGURAS DE PALAVRAS 
 
METÁFORA 
- A metáfora representa uma comparação de palavras com 
significados diferentes e cujo termo comparativo fica 
subentendido na frase. 
 
Exemplo: A vida é uma nuvem que voa. (A vida é como 
uma nuvem que voa). 
 
Uso da metáfora em "meu amor é uma caravana de rosas 
vagando num deserto inefável" 
 
COMPARAÇÃO 
- Chamada de comparação explícita, ao contrário da 
metáfora, neste caso são utilizados conectivos de 
comparação (como, assim, tal qual). 
Exemplo: Seus olhos são como jabuticabas. 
 
Uso da comparação por meio do conectivo "como": "o 
amor é como uma flor" e "o amor é como o motor do 
carro" 
 
METONÍMIA 
- A metonímia é a transposição de significados 
considerando parte pelo todo, autor pela obra. 
Exemplo: Costumava ler Shakespeare. (Costumava ler as 
obras de Shakespeare.) 
https://www.todamateria.com.br/metafora/
https://www.todamateria.com.br/figura-de-linguagem-comparacao/
https://www.todamateria.com.br/metonimia/
 
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Uso da metonímia que substitui o vocábulo boi por 
"cabeças de gado" 
 
CATACRESE 
- A catacrese representa o emprego impróprio de uma 
palavra por não existir outra mais específica. 
Exemplo: Embarcou há pouco no avião. 
Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como 
não há um termo específico para o avião, embarcar é o 
utilizado. 
 
O uso da expressão "bala perdida" é utilizada por não ter 
outra mais específica 
 
SINESTESIA 
- A sinestesia acontece pela associação de sensações por 
órgãos de sentidos diferentes. 
Exemplo: Com aquele olhos frios, disse que não gostava 
mais da namorada. 
A frieza está associada ao tato e não à visão. 
 
PERÍFRASE 
- A perífrase, também chamada de antonomásia, é a 
substituição de uma ou mais palavras por outra que a 
identifique. 
Exemplo: O rugido do rei das selvas é ouvido a uma 
distância de 8 quilômetros. (O rugido do leão é ouvido a 
uma distância de 8 quilômetros.) 
 
Na charge acima, a "Terra da Garoa" substitui "cidade de 
São Paulo" 
 
FIGURAS DE PENSAMENTO 
 
HIPÉRBOLE 
- A hipérbole corresponde ao exagero intencional na 
expressão. 
Exemplo: Quase morri de estudar. 
 
 
 
A expressão "morrendo de inveja" é uma hipérbole 
 
EUFEMISMO 
- O eufemismo é utilizado para suavizar o discurso. 
Exemplo: Entregou a alma a Deus. 
Acima, a frase informa a morte de alguém. 
 
Na charge acima, a explicação de fofoqueira é usada para 
suavizar o discurso 
 
IRONIA 
- A ironia é a representação do contrário daquilo que se 
afirma. 
Exemplo: É tão inteligente que não acerta nada. 
 
Nota-se o uso da ironia, uma vez que o personagem está 
zangado com a pessoa e utilizou o termo "inteligente" de 
maneira irônica 
 
 
 
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PERSONIFICAÇÃO 
- A personificação ou prosopopeia é a atribuição de 
qualidades e sentimentos humanos aos seres irracionais. 
Exemplo: O jardim olhava as crianças sem dizer nada. 
 
 
 
A personificação é expressa na última parte do quadrinho 
onde o Zé Lelé afirma que o espelho está olhando ele. 
Assim, utilizou-se uma caraterística dos seres vivos (olhar) 
em um ser inanimado (o espelho). 
ANTÍTESE 
 
- A antítese é o uso de termos que têm sentidos opostos. 
Exemplo: Toda guerra finaliza por onde devia ter 
começado: a paz. 
 
Uso da antítese expressa pelos termos que têm sentidos 
opostos: positivo, negativo; mal, bem; paz e guerra 
PARADOXO 
 
-O paradoxo representa o uso de ideias que têm sentidos 
opostos, não apenas de termos (tal como no caso da 
antítese). 
Exemplo: Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom. 
Como é possível alguém estar cego e ver? 
 
Uso do paradoxo pelas ideias com sentidos opostos 
realçada pelos termos que explicam a "certeza": relativa e 
absoluta. 
 
GRADAÇÃO 
- A gradação é a apresentação de ideias que progridem de 
forma crescente (clímax) ou decrescente (anticlímax). 
Exemplo: Inicialmente calma, depois apenas controlada, 
até o ponto de total nervosismo. 
No exemplo acima, acompanhamos a progressão da 
tranquilidade até o nervosismo. 
 
Na tirinha, o personagem foi explicando de forma 
crescente a ideia 
 
APÓSTROFE 
- A apóstrofe é a interpelação feita com ênfase. 
Exemplo: Ó céus, é preciso chover mais? 
 
Notamos a ênfase na segunda parte da tirinha com o uso 
dos pontos de exclamação e interrogação: "Ai meu Deus!!! 
Ele vai me matar" O que faço!? É o fim!" 
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FIGURAS DE SINTAXE 
 
ELIPSE 
- A elipse é a omissão de uma palavra que se identifica de 
forma fácil. 
Exemplo: Tomara você me entenda. (Tomara que você 
me entenda.) 
 
Na segunda imagem do quadrinho, notamos o uso da 
elipse: "depois (ele começou) a comer sanduíches entre as 
refeições..." 
 
ZEUGMA 
- A zeugma é a omissão de uma palavra pelo fato de ela já 
ter sido usada antes. 
Exemplo: Fiz a introdução, ele a conclusão. (Fiz a 
introdução, ele fez a conclusão.) 
 
A zeugma é utilizada na segunda e terceira parte dos 
quadrinhos: "(você é) um descongestionante nasal para o 
meu nariz"; (você é) um antiácido para meu estômago!" 
 
HIPÉRBATO 
- O hipérbato é a alteração da ordem direta da oração. 
Exemplo: São como uns anjos os seus alunos. (Os seus 
alunos são como uns anjos.) 
 
A ordem direta do nosso hino é "Das margens plácidas do 
Ipiranga ouviram um brado retumbante de um povo 
heroico" 
 
POLISSÍNDETO 
- O polissíndeto é o uso repetido de conectivos. 
Exemplo: As crianças falavam e cantavam e riam felizes. 
 
Uso do polissíndeto pela repetição do conectivo "se for" 
ASSÍNDETO 
- O assíndeto representa a omissão de conectivos, sendo o 
contrário do polissíndeto. 
Exemplo: Não sopra o vento; não gemem as vagas; não 
murmuram os rios. 
 
 
ANACOLUTO 
- O anacoluto é a mudança repentina na estrutura da frase. 
Exemplo: Eu, parece que estou ficando zonzo. (Parece que 
eu estou ficando zonzo.) 
 
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PLEONASMO 
- Pleonasmo é a repetição da palavra ou da ideia contida 
nela para intensificar o significado. 
Exemplo: A mim me parece que isso está errado. (Parece-
me que isto está errado.) 
 
Na tirinha acima, o "saia para fora" é um pleonasmo, uma 
vez que o verbo "sair" já significa "para fora". 
 
SILEPSE 
- A silepse é a concordância com o que se entende e não 
com o que está implícito. Ela é classificada em: silepse de 
gênero, de número e de pessoa. 
 
Exemplos: 
Vivemos na bonita e agitada São Paulo. (silepse de gênero: 
Vivemos na bonita e agitada cidade de São Paulo.) 
A maioria dos clientes ficaram insatisfeitas com o produto. 
(silepse de número: A maioria dos clientes ficou 
insatisfeita com o produto.) 
Todos terminamos os exercícios. (silepse de pessoa: neste 
caso concordância com nós, em vez de eles: Todos 
terminaram os exercícios.) 
 
Uso da silepse de pessoa em "mais da metade da 
população mundial somos crianças" e "as crianças, vamos 
ter o mundo nas mãos". 
 
ANÁFORA 
- A anáfora é a repetição de uma ou mais palavras de 
forma regular. 
Exemplo: Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar. 
Se você “qualquer coisa”, eu estarei aqui sempre para 
você. 
 
Uso da anáfora pela repetição do termo "falta" 
 
FIGURAS DE SOM 
 
ALITERAÇÃO 
- A aliteração é a repetição de sons consonantais. 
Exemplo: O rato roeu a roupa do rei de Roma. 
 
Uso da aliteração em "O rato roeu a roupa do rei de Roma" 
 
PARONOMÁSIA 
- Paronomásia é a repetição de palavras cujos sons são 
parecidos. 
Exemplo: O cavaleiro, muito cavalheiro, conquistou a 
donzela. (cavaleiro = homem que anda a cavalo, cavalheiro 
= homem gentil) 
 
Uso da paronomásia por meio dos termos que possuem 
sons parecidos: "grama" e "grana" 
 
ASSONÂNCIA 
- A assonância é a repetição de sons vocálicos. 
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Exemplo: 
"O que o vago e incógnito desejo de ser eu mesmo de meu 
ser me deu." 
 (Fernando Pessoa) 
 
Na tirinha acima, o uso da assonância é expresso pela 
repetição das vogais "a" em: "massa", "salga", "amassa" 
 
ONOMATOPEIA 
- Onomatopeia é a inserção de palavras no discurso que 
imitam sons. 
Exemplo: Não aguento o tic-tac desse relógio. 
 
No primeiro e último quadrinho temos o uso da 
onomatopeia com "Bum, Bum, Bum" e "Buááá...; 
Buááá...". O primeiro expressa o som do tambor, e o 
segundo, o choro do cebolinha. 
 
PONTUAÇÃO 
SINAIS DE PONTUAÇÃO 
 
Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem 
para a coerência e a coesão de textos, bem como têm a 
função de desempenhar questões de ordem estilística. São 
eles: 
 
PONTO (.) 
VÍRGULA (,) 
PONTO E VÍRGULA (;) 
DOIS PONTOS (:) 
PONTO DE EXCLAMAÇÃO (!) 
PONTO DE INTERROGAÇÃO (?) 
RETICÊNCIAS (...) 
ASPAS (“”) 
PARÊNTESES ( ( ) ) 
TRAVESSÃO (—) 
 
1. PONTO (.) 
O ponto, ou ponto final, é utilizado para terminar a ideia 
ou discurso e indicar o final de um período. O ponto é, 
ainda, utilizado nas abreviações. 
Exemplos: 
Acordei e logo pensei nela e na discussão que tivemos. 
Depois, saí para trabalhar e resolvi ligar e pedir perdão. 
O filme recebeu várias indicações para o óscar. 
Esse acontecimento remonta ao ano 300 a.C., segundo 
afirmam os nossos historiadores. 
Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi 
cancelado. 
 
2. VÍRGULA (,) 
A vírgula indica uma pausa pequena, deixando a voz em 
suspenso à espera da continuação do período. Geralmente 
é usada: 
 
1ª) Nas datas, para separar o nome da localidade. 
 
São Paulo, 25 de agosto de 2017. 
 
2ª) Após os advérbios "sim" ou "não", usados como 
resposta, no início da frase. 
 
– Você gostou do vestido? 
– Sim, eu adorei! 
– Pretende usá-lo hoje? 
– Não, no final de semana. 
 
3ª) Após a saudação em correspondência (social e 
comercial). 
 
Com muito amor, 
Respeitosamente, 
 
4ª) Para separar termos de uma mesma função sintática. 
 
A casa tem três quartos, dois banheiros, três salas e um 
quintal. 
Obs.: a conjunção "e" substitui a vírgula entre o último e 
o penúltimo termo. 
 
5ª) Para destacar elementos intercalados, como: 
 
a) uma conjunção 
Estudamos bastante, logo, merecemos férias! 
 
b) um adjunto adverbial 
Estas crianças, com certeza, serão aprovadas. 
Obs.: a rigor, não é necessário separar por vírgula o 
advérbio e a locução adverbial, principalmente quando de 
pequeno corpo, a não ser que a ênfase o exija. 
 
c) um vocativo 
https://www.todamateria.com.br/onomatopeia/
https://www.todamateria.com.br/uso-do-ponto-final/
https://www.todamateria.com.br/usos-da-virgula-aprenda-os-truques/
 
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Apressemo-nos, Lucas, pois não quero chegar atrasado. 
 
d) um aposto 
Juliana, a aluna destaque, passou no vestibular. 
 
e) Uma expressão explicativa(isto é, a saber, por exemplo, 
ou melhor, ou antes, etc.) 
O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos 
humanos, tem seu princípio em Deus. 
 
6ª) Para separar termos deslocados de sua posição 
normal na frase. 
O documento de identidade, você trouxe? 
 
7ª) Para separar elementos paralelos de um provérbio. 
Tal pai, tal filho. 
8ª) Para destacar os pleonasmos antecipados ao verbo. 
As flores, eu as recebi hoje. 
 
9ª) Para indicar a elipse de um termo. 
Daniel ficou alegre; eu, triste. 
 
10ª) Para isolar elementos repetidos. 
A casa, a casa está destruída. 
Estão todos cansados, cansados de dar dó! 
 
11ª) Para separar orações intercaladas. 
O importante, insistiam os pais, era a segurança da 
escola. 
 
12ª) Para separar orações coordenadas assindéticas. 
O tempo não para no porto, não apita na curva, não 
espera ninguém. 
 
13ª) Para separar orações coordenadas adversativas, 
conclusivas, explicativas e algumas orações alternativas. 
Esforçou-se muito, porém não conseguiu o prêmio. 
Vá devagar, que o caminho é perigoso. 
Estude muito, pois será recompensado. 
As pessoas ora dançavam, ora ouviam música. 
 
ATENÇÃO 
Embora a conjunção "e" seja aditiva, há três casos em que se usa a 
vírgula antes de sua ocorrência: 
 
1) Quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes. 
Exemplo: 
O homem vendeu o carro, e a mulher protestou. 
Neste caso, "O homem" é sujeito de "vendeu", e "A mulher" é sujeito 
de "protestou". 
 
2) Quando a conjunção "e" vier repetida com a finalidade de dar 
ênfase (polissíndeto). 
Exemplo: 
E chora, e ri, e grita, e pula de alegria. 
 
3) Quando a conjunção "e" assumir valores distintos que não 
seja da adição (adversidade, consequência, por exemplo) 
Exemplo: 
Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada. 
 
14ª) Para separar orações subordinadas substantivas e 
adverbiais (quando estiverem antes da oração principal). 
Quem inventou a fofoca, todos queriam descobrir. 
Quando voltei, lembrei que precisava estudar para a 
prova. 
 
15ª) Para isolar as orações subordinadas adjetivas 
explicativas. 
A incrível professora, que ainda estava na 
faculdade, dominava todo o conteúdo. 
3. PONTO E VÍRGULA (;) 
O ponto e vírgula serve para separar várias orações dentro 
de uma mesma frase e para separar uma relação de 
elementos. 
É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já 
que ora representa uma pausa mais longa que a vírgula e 
ora mais breve que o ponto. 
Exemplos: 
Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os 
patrões, que não lucram, reclamam igualmente. 
Joaquim celebrou seu aniversário na praia; não gosta do 
frio e nem das montanhas. 
Os conteúdos da prova são: Geografia; História; 
Português. 
 
4. DOIS PONTOS (:) 
Esse sinal gráfico é utilizado antes de uma explicação, para 
introduzir uma fala ou para iniciar uma enumeração. 
Exemplos: 
Na matemática as quatro operações essenciais são: 
adição, subtração, multiplicação e divisão. 
Joana explicou: — Não devemos pisar na grama do 
parque. 
 
5. PONTO DE EXCLAMAÇÃO (!) 
O ponto de exclamação é utilizado para exclamar. Assim, 
é colocado em frases que denotam sentimentos como 
surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo, espanto. 
Exemplos: 
Que horror! 
Ganhei! 
 
6. PONTO DE INTERROGAÇÃO (?) 
O ponto de interrogação é utilizado para interrogar, 
perguntar. Utiliza-se no final das frases diretas ou 
indiretas-livre. 
Exemplos: 
Quer ir ao cinema comigo? 
Será que ele prefere jornais ou revistas? 
 
 
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https://www.todamateria.com.br/dois-pontos/
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7. RETICÊNCIAS (...) 
As reticências servem para suprimir palavras, textos ou até 
mesmo indicar que o sentido vai muito mais além do que 
está expresso na frase. 
Exemplos: 
Ana gosta de comprar sapatos, bolsas, calças… 
Não sei… Preciso pensar no assunto. 
 
8. ASPAS (" ") 
É utilizado para enfatizar palavras ou expressões, bem 
como é usada para delimitar citações de obras. 
Exemplos: 
Satisfeito com o resultado do vestibular, se sentia o 
“bom”. 
Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme 
que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico 
como saudosa lembrança estas memórias póstumas." 
 
9. PARÊNTESES ( ) 
Os parênteses são utilizados para isolar explicações ou 
acrescentar informação acessória. 
Exemplos: 
O funcionário (o mais mal-humorado que já vi) fez a troca 
dos artigos. 
Cheguei à casa cansada, jantei (um sanduíche e um suco) 
e adormeci no sofá. 
 
10. TRAVESSÃO (—) 
O Travessão é utilizado no início de frases diretas para 
indicar os diálogos do texto bem como para substituir os 
parênteses ou dupla vírgula. 
Exemplos: 
Muito descontrolada, Paula gritou com o marido: — Por 
favor, não faça isso agora pois teremos problemas mais 
tarde. 
Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que 
fizesse assim. 
 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
A colocação pronominal indica a posição dos pronomes 
átonos - me, nos, te, vos, se, o(s), a(s), lhe(s) - em relação 
ao verbo, do que resulta a próclise, a mesóclise e a ênclise. 
Antes de entender como cada um dos casos deve ser 
usado, a primeira regra é: a colocação pronominal é feita 
com base em prioridades. O caso que tem mais prioridade 
é a próclise, e se nenhuma das situações satisfizer o seu 
uso, é utilizada a ênclise. Lembrando que a mesóclise 
somente é utilizada com verbos no futuro do presente e 
no futuro do pretérito 
 
1. PRÓCLISE 
Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo. Isso 
acontece quando a oração contém palavras que atraem o 
pronome: 
1. Palavras que expressam negação tais como “não, 
ninguém, nunca”: 
Não o quero aqui. 
Nunca o vi assim. 
2. Pronomes relativos (que, quem, quando...), indefinidos 
(alguém, ninguém, tudo…) e demonstrativos (este, esse, 
isto…): 
Foi ela que o fez. 
Alguns lhes deram maus conselhos. 
Isso me lembra algo. 
3. Advérbios ou locuções adverbiais: 
Ontem me disseram que havia greve hoje. 
Às vezes nos deixa falando sozinhos. 
4. Palavras que expressam desejo e também orações 
exclamativas: 
Oxalá me dês a boa notícia. 
Deus nos dê forças. 
5. Conjunções subordinativas: 
Embora se sentisse melhor, saiu. 
Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo. 
7. Palavras interrogativas no início das orações: 
Quando te deram a notícia? 
Quem te presenteou? 
 
2. MESÓCLISE 
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo. 
Isso acontece com verbos do futuro do presente ou do 
futuro do pretérito, a não ser que haja palavras que 
atraiam a próclise: 
Orgulhar-me-ei dos meus alunos. (verbo orgulhar no 
futuro do presente: orgulharei) 
Orgulhar-me-ia dos meus alunos. (verbo orgulhar no 
futuro do pretérito: orgulharia) 
 
3. ÊNCLISE 
Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo. Isso 
acontece quando a oração contém palavras que atraem 
esse tipo de colocação pronominal: 
 
1. Verbos no imperativo afirmativo: 
Depois de terminar, chamem-nos. 
Para começar, joguem-lhes a bola! 
2. Verbos no infinitivo impessoal: 
Gostaria de pentear-te a minha maneira. 
O seu maior sonho é casar-se. 
3. Verbos no início das orações: 
Fiz-lhe a pessoa mais feliz do mundo. 
Surpreendi-me com o café da manhã. 
 
 
 
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Colocação pronominal nas locuções verbais 
 
Nos exemplos acima existe apenas um verbo atraindo o 
pronome. 
Agora, vejamos como ocorre a colocação do pronome nas 
locuções verbais. Lembrando que as regras citadas para os 
verbos na forma simples devem ser seguidas. 
 
1. Usa-se a ênclise depois do verbo auxiliar ou depois do 
verbo principal nas locuções verbais em que o verbo 
principal esteja no infinitivo ou no gerúndio: 
Devo-lhe explicar oque se passou. (ênclise depois do 
verbo auxiliar, “devo”) 
Devo explicar-te o que se passou. (ênclise depois do verbo 
principal, “explicar”) 
2. Caso não haja palavra que atraia a próclise, usa-se a 
ênclise depois do verbo auxiliar em que o verbo principal 
esteja no particípio: 
Foi-lhe explicado como deveria agir. (Ênclise depois do 
verbo auxiliar, “foi”, uma vez que o verbo principal 
“explicar” está no particípio, “explicado”) 
Tinha-lhe feito as vontades se não tivesse sido mal criado. 
(Ênclise depois do verbo auxiliar, “tinha”, uma vez que o 
verbo principal “fazer” está no particípio, “feito”). 
 
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 
 
A compreensão e a interpretação de texto dependem do 
contexto de produção, além do conhecimento de mundo 
e dos conhecimentos linguísticos e literários do(a) 
leitor(a). 
 
Interpretação de texto é explicar um texto. Para isso, é 
necessário que, antes, o(a) leitor(a) o tenha 
compreendido. Nesse percurso, entre o processo 
inconsciente de compreensão e a ação consciente de 
interpretação da obra, ele(a) vai depender do 
conhecimento de mundo, além dos conhecimentos 
linguísticos e/ ou literários para encontrar o(s) sentido(s) 
do texto e o explicar. 
 
Resumo sobre interpretação de texto 
Interpretação de texto é o ato de explicar um texto após a 
sua compreensão. 
A compreensão e a interpretação dependem, 
principalmente, do contexto. 
Há diferenças na interpretação de um texto literário e de 
um texto não literário. 
A interpretação de texto no Enem exige do(a) 
candidato(a), além de conhecimento de mundo, 
conhecimentos linguísticos e literários. 
A compreensão é um processo inconsciente; já a 
interpretação, um processo consciente. 
 
O QUE É INTERPRETAÇÃO DE TEXTO? 
 
Interpretar um texto significa não só o compreender, mas 
também perceber suas nuances, seus detalhes implícitos. 
Portanto, o(a) leitor(a) precisa entender o contexto de 
produção desse texto. 
 
Além disso, outros conhecimentos são úteis nesse 
processo, como: tipologia textual, gêneros textuais, 
funções de linguagem e, se o texto for literário, noções de 
estilos de época e figuras de linguagem também são de 
grande utilidade. Afinal, interpretar um texto é buscar 
não só seu(s) sentido(s), mas também seu(s) objetivo(s). 
COMO FAZER A INTERPRETAÇÃO DE TEXTO? 
Para interpretar eficazmente um texto, é preciso 
considerar os objetivos de seu autor (emissor ou 
enunciador). No entanto, isso não pode ser feito por meio 
de suposições, pois estão no texto todos os elementos 
necessários para a sua compreensão e interpretação. É o 
texto que nos diz qual é a intenção comunicativa de seu 
autor. 
A interpretação é um processo racional de análise do 
texto. Isso significa que qualquer afirmação que o(a) 
leitor(a) fizer sobre o que leu deve ser passível de 
comprovação a partir de elementos textuais. Se o(a) 
leitor(a) não consegue comprovar sua leitura por meio de 
argumentos sustentados pelo texto lido, sua interpretação 
é uma invenção. 
É claro que existem textos plurissignificativos, que, 
portanto, permitem mais de uma leitura. Porém, elas 
também necessitam de comprovação. Então, o(a) leitor(a) 
precisa analisar, criticar e fazer perguntas ao texto, para 
buscar elementos que comprovem a sua interpretação. O 
bom leitor e a boa leitora não são ingênuos, são críticos e, 
portanto, questionadores: 
 
Dicas para uma boa interpretação de texto 
. 
1. Observar se o texto é literário ou não literário 
A primeira pergunta que você deve fazer antes de ler um 
texto é se ele é literário ou não literário. Isso porque as 
características de um texto artístico são diferentes das de 
um texto funcional. 
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/portugues/o-que-e-um-texto.htm
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/tipos-textuais.htm
https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/figuras-linguagem.htm
 
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Você não pode ler um texto literário da mesma forma que 
lê uma notícia de jornal ou um artigo científico. Então, 
entenda a diferença entre um texto literário e não 
literário. 
 
2. Crie hipóteses antes da leitura 
Antes de começar uma leitura mais detalhada do texto, 
busque criar hipóteses sobre o conteúdo que você vai ler. 
Assim, você inicia a leitura mais preparado(a), pois já sabe 
mais ou menos o assunto do texto. Nessa sua pré-leitura, 
busque saber: 
Quem é o autor ou enunciador do texto?: conhecer o 
estilo autoral é um conhecimento prévio relevante para o 
entendimento do(a) leitor(a). 
O que sugere o título do texto?: muitas vezes, o título se 
refere à temática principal. 
Qual o tipo de texto?: textos narrativos, descritivos, 
expositivos e argumentativos possuem características 
diferentes; e o desconhecimento delas pode ser um 
dificultador da leitura. 
Qual o gênero textual?: entrevista, notícia, conto etc. 
também apresentam características próprias; e, assim 
como no tipo textual, o desconhecimento do gênero do 
texto pode limitar o entendimento do(a) leitor(a). 
Por que você quer ler o texto?: o objetivo do(a) leitor(a) 
também influencia na leitura; afinal, você não pode ler um 
poema com os mesmos olhos que lê uma bula de remédio. 
Qual o contexto de produção?: situar o texto é essencial 
para entendê-lo melhor; pois ele pode ser atual ou escrito 
em um contexto político, social e cultural diferente do 
tempo da leitura, o que pode influenciar na linguagem e 
na temática da obra. 
 
3. Ler apenas um livro não faz de você um(a) leitor(a) 
competente 
A prática da leitura aprimora a sua compreensão textual, 
além de permitir que você acumule um repertório, que vai 
possibilitar o entendimento de vários outros textos, de 
tipos e gêneros diversos. 
 
4. O conhecimento de mundo que auxilia a leitura não 
está restrito aos livros 
Você acumula informações ao ler e ao assistir a 
(tele)jornais, ao ampliar seu gosto musical e, também, 
cinematográfico, e quando você busca saber mais sobre 
outras artes. 
 
5. Amplie seus conhecimentos linguísticos e seu 
vocabulário 
Você não precisa saber, por exemplo, que a palavra “cujo” 
é um pronome, mas se desconhecer a sua função, seu 
entendimento textual vai ficar comprometido. 
 
6. Durante a leitura, faça marcações em seu texto. 
Sublinhe as informações mais relevantes, circule partes 
que não compreendeu para retomá-las mais tarde e anote 
suas dúvidas ou descobertas, pois os textos têm a 
capacidade de gerar questionamentos e fazer revelações. 
 
7. Não queira entender completamente um texto com 
apenas uma leitura. 
É preciso ler mais de uma vez para chegar ao 
entendimento e encontrar, enfim, o(s) sentido(s) e o(s) 
objetivo(s) do texto. 
 
ANOTAÇÕES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/generos-textuais.htm
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 LÓGICA PROPOSICIONAL 
Sentença ou proposição é um conjunto de palavras ou 
símbolos que exprimem uma ideia. 
Na lógica, estudamos as sentenças declarativas, sentenças 
as 
quais podemos atribuir o valor lógico verdadeiro ou falso. 
São elas as sentenças declarativas do tipo: 
1) A matemática é uma ciência exata 
2) Todo político é corrupto. 
3) dois mais dois é igual a três 
4) 5>3 
 
Não são proposições lógica as sentenças: 
1) interrogativas ( quem é você ? ) , 
2) exclamativas ( felicidades ! parabéns ! ) 
3) imperativa ( ordem ) ( vá embora, não fume. ). 
4) Sentenças sem verbo ( o carro de João ) 
5) Um poema “ subi na árvore para ver meu amor passar, 
meu amor não passou ...eu desci” 
6) Sentenças matemáticas abertas como as equações 
2x + 3 = 15 e as inequações - x + 4 <12 . 
7) Sentenças paradoxais ( essa sentença é falsa ). 
Observeque 
nesse caso não temos como atribuir o valor V ou F 
8) Sentenças paradoxais 
Exemplo:“Esta frase é uma mentira”ou“ Só sei que nada 
sei”. 
 
 
 
 
 
Uma proposição pode ser do tipo simples ou composta. 
 
ProposiçãoSimples: “Margarida gosta de rosas” 
Proposição Composta: “Se amanhã não chover então 
irei ao teatro”. 
 
As proposições compostas utilizam os conectivos 
lógicos. 
 Valor lógico de uma proposição 
 
O valor lógico de uma proposição é Verdadeiro ou 
Falso. 
 
Exemplo: a proposição simples Florianópolis é capital 
de Santa Catarina tem valor lógico verdadeiro. 
 
A proposição 5 + 3 > 10 tem valor lógico falso. 
 
Princípios adotados como regras fundamentais do 
pensamento, na Lógica: 
 
1) Princípio da não contradição - uma proposição não 
pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo. 
 
2) Princípio do terceiro excluído - toda proposição ou 
é verdadeira ou é falsa, isto é, verifica-se sempre um 
destes casos e nunca um terceiro. 
 
3) Princípio da identidade – se uma proposição é 
verdadeira, então ela é, verdadeira, vale dizer, todo 
objeto é idêntico a si mesmo. 
 
 Exercício resolvido 
 
Verifique quais das sentenças abaixo representa uma 
proposição e em caso afirmativo atribua um valor 
lógico: 
 
a) Quando você vai fazer a prova? (Não é proposição) 
b) É proibido pisar na grama. (Não é proposição) 
c) 2 + 5 = 8 (Sim) – valor lógico Falso 
d) 5x - 2 > 8 (Não é proposição) 
e) 4.6 + 1 > 20 (Sim) – valor lógico Verdadeiro 
f) 4x + 4 = 20 (Não é proposição) 
g) “A frase dentro destas aspas é uma mentira.” (Não 
é proposição). 
 
 VARIÁVEIS PROPOSICIONAIS 
 
São letras latinas minúsculas ou maiúsculas utilizadas 
para indicar as proposições. 
 
Exemplos: 
P: A lua é quadrada. 
Q: A neve é branca. 
 
 MODIFICADOR LÓGICO (NEGAÇÃO) 
 
Uma proposição pode ser formada a partir de outra, 
pelo uso do modificador “não”. 
 
 
NÃO SÃO 
PREPOSIÇÕES 
 
 
INTERROGATIVAS EXCLAMATIVAS IMPERATIVAS VAGO OU 
 SENTIMENTOS 
OU OPINIÃO 
 
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Ao acrescentarmos o não em uma proposição, obtemos a 
sua negação. Indicando uma proposição por p, sua 
negação será representada por ~p ou ¬p. Quando uma 
proposição é do tipo simples construímos a sua negação 
apenas negando o seu verbo. 
 
Exemplos: 
p: 40 é um número composto. 
~p: 40 não é um número composto. 
q: Brasília é a capital do Brasil 
~q Brasília não é a capital do Brasil 
 
Para obter a negação de uma sentença podemos utilizar 
o modificador “não” ou “não é verdade que” ou é “falso 
que” ou “não é o caso que”. 
 
Exemplo: 
O Avaí é o melhor time de Santa Catarina, 
sua negação pode ser: 
a) O Avaí não é o melhor time de Santa Catarina. 
b) Não é verdade que o Avaí é o melhor time de Santa 
Catarina. 
c) É falso que o Avaí é o melhor time de Santa Catarina. 
 
Se uma proposição é verdadeira, sua negação será 
falsa. Se uma proposição é falsa, sua negação será 
verdadeira. 
 
Exemplo: 
p: O estado de Santa Catarina é banhado pelo oceano 
Atlântico é uma proposição verdadeira. 
~p: O estado de Santa Catarina não é banhado pelo 
oceano Atlântico é uma proposição falsa. 
 
Importante: a negação de uma negação será sempre uma 
afirmação. 
 
Simbolicamente teremos: ~(~p) = p 
 
Exemplo: 
Dizer que “não é verdade que hoje não é domingo” é o 
mesmo que dizer que” hoje é domingo”. 
 
 CASOS PARTICULARES DE NEGAÇÃO 
 
Proposições do tipo nenhum, nenhuma ou ninguém 
 
Nenhum Algum 
Nenhuma Alguma 
Ninguém Alguém 
 
Exemplos: 
P: Nenhum voto foi anulado. 
~P: Algum voto foi anulado. 
Q: Nenhuma prova foi encontrada no local do crime 
~Q: Alguma prova foi encontrada no local do crime. 
R: Ninguém gosta de mim. 
~R: Alguém gosta de mim. 
 
Importante: algum = existe = pelo menos um 
 
Exemplos 
A: Nenhum homem é fiel sua negação é: 
~A: Algum homem é fiel ou 
Existe homem fiel ou 
Pelo menos um homem é fiel 
 
2) Proposição do tipo “todo” ou “toda” ou “todos” ou 
“todas” 
 
Todo(a) Algum(a).........não... 
Todos(as) Alguns(mas). ..não.. 
 
Observe que nesse caso temos que negar o verbo. 
Exemplo. 
Todos os animais são mamíferos.” é: 
“Algum animal não é mamífero 
“Existe animal que não é mamífero” ou 
“Pelo menos um animal não é mamífero” 
 
 OBSERVAÇÕES: 
 
Observe as sentenças abaixo: 
1) O termo nem antes do termo todo significa que 
temos que negar a frase. 
 
Exemplo: 
A: nem todo livro é instrutivo 
~A: algum livro não é instrutivo. 
 
2) Negação de sentenças matemáticas 
a) 3 + 5 = 8 é 3 + 5 ≠ 8 
b) x > 3 é x ≤3 
c) x < 3 é x ≥ 3 
 
Exemplo 
A negação da proposição: 
“Todo número x é tal que 
x + 1 > 2”, é a proposição: “Existe um número x tal que 
x + 1 ≤2”. 
 
3) A negação da proposição “algum gato é pardo” pode 
ser: 
a) nenhum gato é pardo. 
 b) todo gato não é pardo. 
 
 
 
nenhum algum 
nenhuma alguma 
Ninguém alguém 
 
 
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 PROPOSIÇÕES COMPOSTAS 
 
Como vimos anteriormente, as proposições podem ser do 
tipo simples ou composta. As compostas são formadas 
por duas ou mais proposições simples interligadas por um 
“conectivo”. 
 
São eles: 
 
Proposição Forma Símbolo 
D i s j u n ç ã o n ã o 
exclusive 
Ou V 
Disjunção exclusiva Ou .... ou V 
Conjunção E ^ 
Condicional Se...então → 
Bicondicional Se e somente se ↔ 
 
 
Disjunção não exclusiva - Exemplo: gosto de frutas ou 
carne. 
Disjunção exclusivas - Exemplo: ou caso ou compro uma 
bicicleta. 
Conjunção - Exemplo: vou trabalhar e voltar para casa. 
Condicional - Exemplo: Se beber, não dirija. Bicondicional 
- Exemplo: vou viajar se e somente se receber meu 
salário. 
 
 Exercício resolvido: 
 
1) Escreva as sentenças abaixo utilizando os conectivos 
adequados: 
a) A vida é bela ou a felicidade existe. 
b) Ou encontro um trabalho ou vou estudar. 
c) A lua é quadrada e a neve é branca. 
d) Se eu ganhar na loteria então vou viajar. 
e) Caso com você se e somente se for aprovado no 
concurso. 
f) Se Ana é bonita ou rica, então Ana é feliz. 
 
Solução 
a) R: p V q 
b) R: p V q 
c) R: p ^ q 
d) R: p → q 
e) R: p ↔ q 
f) R: (p V q) → r 
 
 
 TABELA VERDADE 
 
Para determinar o valor (verdade) das proposições 
compostas, conhecidos as proposições simples que as 
compõem, usaremos tabela verdade. 
O número de linhas de uma tabela verdade é dada por 
2 n onde n representa o número de proposições simples. 
 
Exemplos: 
 
Se temos uma proposição simples do tipo Melissa é 
teimosa teremos então uma única proposição (n=1). 
Assim a tabela verdade terá 21 = 2 linhas. 
 
Sendo p e q proposições, a tabela verdade têm-se: 22 = 
4 linhas 
Sendo p, q e r proposições, a tabela verdade têm-se: 23 
= 8 linhas 
 
Exemplos: considerando uma proposição simples P 
teremos uma coluna e duas linhas. 
 
P 
V 
F 
 
Considerando duas proposições P e Q 
 
P Q 
V V 
V F 
F V 
F F 
 
A seguir veremos a construção da tabela verdade para 
cada um dos cincos conectivos lógicos e a aplicação nas 
soluções dos exercícios. 
 
1) Disjunção não exclusiva: (ou) 
 
P Q P V Q 
V V V 
V F V 
F V V 
F F F 
 
“Basta uma das proposições simples ser verdadeira para 
que a proposição composta seja verdadeira”. 
 
2) Disjunção exclusiva: (ou ....ou...) 
 
P Q P V Q 
V V F 
V F V 
F V V 
F F F 
 
 
 
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“Apenas uma das proposições deve ser verdadeira, 
nunca ambas simultaneamente”. 
 
3) Conjunção: (e) 
 
P Q P ̂ Q 
V V V 
V F F 
F V F 
F F F 
 
“Ambas devem ser verdadeiras para que a proposição 
seja verdadeira”. 
 
4) Condicional: (se então) 
 
P Q P → Q 
V V V 
V F F 
F V V 
F F V 
 
“Será falsa quando a primeira for verdadeira e a 
segunda for falsa; nos demais casos será verdadeira”. 
Macete: ‘Vera Fischer é Feia’ é uma frase falsa. 
 
Importante: a proposição p é chamada de condição 
suficiente e q é chamada de condição necessária. 
 
Esse conectivo é mais frequente em questões e, 
portanto, deve ser analisado em detalhes. 
As seguintes expressões podem se empregar como 
equivalentes de “Se A, então B”: 
 
1) Se A, B. . 
2) B, se A. 
3) Quando A, B. 
4) A implica B. 
5) Todo A é B 
6) A é condição suficiente para B. 
7) B é condição necessária para A. 
8) A somente se B. 
 
Exemplo: Dada acondicional “Se chove, então fico 
molhado”, são expressões equivalentes: 
 
1) Se chove, fico molhado. 
2) Fico molhado, se chove. 
3) Quando chove, fico molhado. 
4) Chover implica ficar molhado. 
5) Toda vez que chove, fico molhado 
6) Chover é condição suficiente para fico molhado. 
7) Ficar molhado é condição necessária para chover. 
8) Chove somente se fico molhado. 
5) Bicondicional: se e somente se 
 
P Q P ↔ Q 
V V V 
V F F 
F V F 
F F V 
 
“As proposições devem ter o mesmo valor lógico para 
ser verdadeira”. 
 
Importante: p é uma condição necessária e suficiente 
para q e q é uma condição necessária e suficiente para 
p. 
 
Uma proposição Bi condicional “A se e somente se B” 
equivale à proposição composta: 
“se A então B e se B então A”, ou seja, 
“A ↔ B “é a mesma coisa que “ (A →B) e (B →A)” 
 
Podem-se empregar também como equivalentes de 
“A se e somente se B” as seguintes expressões: 
1) A se e só se B. 
2) Se A então B e se B então A. 
3) A implica B e B implica A. 
4) Todo A é B e todo B é A. 
5) A somente se B e B somente se A. 
6) A é condição suficiente e necessária para B. 
7) B é condição suficiente e necessária para A. 
 
 EQUIVALÊNCIA LÓGICA 
 
Dizemos que duas proposições são logicamente 
equivalentes ou simplesmente equivalentes quando 
satisfazem às duas condições seguintes: 
 
1o – são compostas pelas mesmas proposições 
simples; 2o – têm tabelas-verdade idênticas. 
Uma consequência prática da equivalência lógica é que 
ao trocar uma dada proposição por qualquer outra que 
lhe seja equivalente, estamos apenas mudando 
amaneira de dizê-la. 
A equivalência lógica entre duas proposições, A e B, 
pode ser representada simbolicamente como: A ↔ B 
(lê-se: A é equivalente a B). 
 
Observe que as proposições equivalentes querem 
“passar a mesma mensagem”, porém com palavras 
diferentes. São proposições de mesmos valores lógicos. 
 
Exemplo: verifique se a proposição A: (p V q) → r é 
equivalente a proposição B: (p → r) V s. 
 
 
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Solução: observe que a proposição A apresenta uma 
proposição r que não existe em B; isso já é suficiente 
para dizermos que A e B não são equivalentes. 
 
Com a finalidade de acelerar a solução dos exercícios 
devemos gravar os principais casos de equivalências 
lógicas cobrados pelas bancas examinadoras. São eles: 
 
 CONDICIONAL: existem duas proposições 
equivalentes 
a ela. 
a) P → Q= ~Q →~P (chamada de contrapositiva) 
b) P → Q= ~P V Q (chamamos de “bastardinha”) 
 
Exemplo: considere a proposição “se beber então não 
fume”. 
Podemos criar outras duas proposições equivalentes a 
ela: 
1) contrapositiva: “se for dirigir não beba” 
2) bastardinha: “não beba ou não dirija”. 
 
 DISJUNÇÃO NÃO EXCLUSIVA: existem duas 
proposições equivalentes a ela. 
a) P V Q = ~P → Q 
b) P V Q = ~Q → P 
 
Exemplo: considere a proposição “gosto de fruta ou de 
doce”. 
Podemos criar outras duas proposições equivalentes a 
ela: 
 
1) Se não gosto de fruta então gosto de doce 
2) Se não gosto de doce então gosto de fruta. 
 
 Exercício resolvido: 
 
Uma proposição X é dita logicamente equivalente a uma 
outra, Y, quando ocorrer que elas tenham sempre o 
mesmo valor lógico, ou seja, sempre que uma das duas 
é verdadeira a outra também é verdadeira e sempre que 
uma das duas é falsa a outra também é falsa. Com base 
nesta definição assinale a única proposição abaixo que 
não é equivalente da proposição “Se A então B”: 
 
a) Todo A é B. 
b) A é condição suficiente para B. 
c) Se B então A. 
d) Se não B então não A. 
e) B é condição necessária para A. 
 
Resposta: C 
 
 NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES COMPOSTAS 
 
Um problema de grande importância para a lógica é o 
da identificação de proposições equivalentes à negação 
de uma proposição dada. 
Negar uma proposição simples é uma tarefa que não 
oferece grandes obstáculos. Entretanto podem surgir 
algumas dificuldades quando procuramos identificar a 
negação de uma proposição composta. 
 
Como vimos anteriormente, a negação de uma 
proposição deve ter sempre valor lógico oposto ao da 
proposição dada. Deste modo, sempre que uma 
proposição A for verdadeira, a sua negação ~A deve ser 
falsa e sempre que A for falsa, ~A deve ser verdadeira. 
Em outras palavras a negação de uma proposição deve 
ser contraditória com a proposição dada. 
É comum nos exercícios falar em “equivalente lógica 
negativa”, isso tem o mesmo significado de negação. 
 
Ao se pedir uma proposição “equivalente lógica 
negativa” é mesmo que dizer “encontre a negação” da 
proposição. 
 
A seguir veremos os casos principais de negação de 
proposições compostas. É fundamental a memorização 
dessas regras para se acertar os problemas de negação, 
muito frequentes nas provas de raciocínio lógico. 
 
 
 Negação das proposições compostas 
 
~ (A V B) ~A ̂ ~B 
~ (A ̂ B) ~A v ~B 
~(A →B) A ̂ ~B 
~(A VB) A ↔ B 
~(A ↔B) A V B 
 
Observe os exemplos abaixo: 
A: Ela estudou muito ou teve sorte na prova. 
~A:Ela não estudou muito e não teve sorte na prova. 
 
B: O tempo será frio e chuvoso. 
~B: O tempo não será frio ou não será chuvoso. C: Se o 
tempo está chuvoso então está frio. 
~C: O tempo está chuvoso e não está frio. 
 
 Leis de Morgan 
1) ~(~A v ~ B) = A ^ B 
2) 2) ~(~A ^ ~ B ) = A V B 
 
 Exercício resolvido 
 
Sejam as proposições p:João é inteligente e q:Paulo joga 
tênis. Então ~ (~p v q) em linguagem corrente, é: 
 
 
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a) João é inteligente ou Paulo não joga tênis. 
b) João é inteligente e Paulo não joga tênis. 
c) João não é inteligente e Paulo não joga tênis. 
d) João não é inteligente ou Paulo joga tênis. 
e) João é inteligente ou Paulo joga tênis. 
 
Solução: ~ (~p v q ) = p ^ ~q 
João é inteligente e Paulo não joga tênis. 
 
(Alternativa b) 
 
 PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS – DIAGRAMAS LÓGICO 
 
Em algumas situações, símbolos matemáticos são 
usados para facilitar a compreensão e o estudo de 
temas mais teóricos, inclusive de outras áreas, como a 
Lógica Matemática. Os diagramas de Venn são 
ferramentas utilizadas para facilitar o estudo de 
sentenças lógicas argumentativas. Veja os exemplos: 
 
1) Proposição do tipo “Todo A é B“. 
Exemplo: todo mamífero é um animal. 
 
Podemos ter 2 possibilidades de representação em 
forma de diagramas. 
Todo elemento de A é elemento de B ou seja A B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Proposição do tipo “Algum A é B“. 
Exemplo: algum número par é primo. 
Essa proposição nos leva a pensar em 4 
p o s s i b i l i d a d e s de representação (diagramas) 
Pelo menos um elemento de A é elemento de B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os elementos de A estão em B ou seja A, B. 
 
 
 
 
Pode ocorrer ao contrário. Ou seja, todo B está em A ou 
seja BA. 
 
 
 
 
 
 
 
E pode ocorrer de ambos serem iguais (A = B). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Proposição do tipo “Algum A não é B“. 
Exemplo: algum pesquisador não é professor. 
Podemos ter 3 possibilidades de representação. 
Existe elemento de A que não faz parte de B. 
 
 
Quando dizemos algum não podemos deixar de 
pensar na possibilidade de serem todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4) Proposição do tipo “Nenhum A é B“. 
Exemplo: nenhum número par é impar 
Esta proposição afirma que A e B são dois conjuntos 
disjuntos (intersecção vazia). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO 
 
Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de 
proposições iniciais redunda em uma outra proposição 
final, que será consequência das primeiras. 
Dito de outra forma, argumento é a relação que associa 
um conjunto de proposições P1, P2,. Pn, chamadas 
premissas do argumento, a uma proposição C, chamada 
de conclusão do argumento. No lugar dos termos 
premissa e conclusão podem ser também usados os 
correspondentes hipótese e tese, respectivamente. 
 
Vejamos alguns exemplos de argumentos: Exemplo 
1) P1: Todos os cearenses são humoristas. 
 P2: Todos os humoristas gostam de música. 
 C: Todosos cearenses gostam de música. 
2) P1: Todos os cientistas são loucos. 
 P2: Martiniano é louco. 
 C: Martiniano é um cientista. 
 
Existem argumentos com apenas uma premissa e uma 
conclusão. Veja o exemplo: 
Todos os peixes precisam de água. Logo, este peixe 
também precisa de água. 
Premissa: Todos os peixes precisam de água. 
Conclusão: este peixe também precisa de água. 
 
Importante dizer que nem sempre a conclusão é a 
última proposição. 
Observe o exemplo: 
Hoje vai chover, pois há nuvens no céu, e sempre chove 
quando há nuvens no céu. 
Organizando o argumento teríamos: 
P1: há nuvens no céu. 
P2: sempre chove quando há nuvens no céu. 
C:hoje vai chover. 
 
Da mesma forma nada impede que a conclusão seja 
colocada entre duas premissas. Veja o seguinte 
argumento; 
Como faltou a mais da metade das aulas, Roberto 
reprovou por faltas, pois tem frequência inferior a 50%. 
 
Organizando o argumento teríamos: 
 
P1: Roberto faltou a mais da metade das aulas 
P2: Roberto tem frequência inferior a 50%. 
C: Roberto reprovou por faltas. 
 
 FORMAS DE REPRESENTAÇÃO DO ARGUMENTO 
 
1ª forma: Premissa 1.Premissa 2 | Conclusão 
2ª forma: Premissa 1 
Premissa 2 ________ 
 
 Conclusão 
O tipo de argumento ilustrado nos exemplos anteriores 
é chamado silogismo. 
Silogismo é o argumento formado por duas premissas 
e a conclusão. 
 
 TIPOS DE ARGUMENTO: DEDUTIVO E INDUTIVO 
 
 Dedutivo 
Argumento dedutivo é aquele que parte de proposições 
cada vez mais universais para proposições particulares, 
proporcionando o que chamamos de demonstração, 
pois que sua inferência (a conclusão é extraída das 
premissas) é a inclusão de um termo menos extenso em 
outro de maior extensão. De forma mais prática partindo 
do genérico concluímos o particular. 
 
 
GERAL PARTICULAR 
 
 
 
 
 
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 Dedutivo 
Os seguintes exemplos podem elucidar melhor: 
Exemplo 1: 
Todo homem é mortal. João é homem 
Logo, João é mortal. 
 
Observe que no primeiro exemplo o argumento parte de 
uma premissa universal para uma conclusão com 
proposição particular (porque a segunda premissa é 
também particular. 
 
Exemplo 2: 
Todo brasileiro é mortal 
Todo paulista é brasileiro. Logo, todo paulista é mortal. 
No segundo argumento, todas as premissas, bem como a 
conclusão, são universais. No entanto, em ambos ocorrem 
a inferência, pois que os termos dados (mortal, homem e 
João – primeiro argumento, mortal, brasileiro e paulista – 
segundo argumento) possuem uma relação de extensão 
entre si que vai do maior termo (geral), passando pelo 
médio (através do qual há mediação) e chegando, por fim, 
ao termo menor (particular). 
 Indutivo 
O segundo tipo de argumento é o indutivo. Este parte de 
proposições particulares ou com termos relativamente 
menores do que os que estão na conclusão, e chega a 
termos mais universais ou mais extensos. Veja os 
exemplos abaixo: 
 
PARTICULAR GERAL 
 
Exemplo 1: 
O ferro conduz eletricidade. O ouro conduz eletricidade. 
O chumbo conduz eletricidade. 
A prata conduz eletricidade. 
Logo, todo metal conduz eletricidade. 
Exemplo 2: 
Todo cão é mortal. 
Todo gato é mortal. 
Todo peixe é mortal. Todo pássaro é mortal. 
Logo, todo animal é mortal. 
Portanto, são duas as formas de se fazer argumentos: 
por dedução ou por indução. Cada uma é aplicada 
segundo as necessidades da investigação e a natureza do 
problema suscitado pela razão humana. 
 ARGUMENTO VÁLIDO 
Dizemos que um argumento é válido (ou ainda legítimo 
ou bem construído), quando a sua conclusão é uma 
consequência obrigatória do seu conjunto de premissas. 
Veremos em alguns exemplos adiante que as premissas 
e a própria conclusão poderão ser visivelmente falsas (e 
até absurdas!), e o argumento, ainda assim, será 
considerado válido. Isto pode ocorrer porque, na Lógica, 
o estudo dos argumentos não leva em conta a verdade 
ou a falsidade das premissas que compõem o 
argumento, mas tão somente a validade deste. 
 
A validade de um argumento não tem nada a ver com o 
fato das premissas e a conclusão serem falsas ou 
verdadeiras (no mundo real). 
 
Exemplo: Considere o argumento: 
P1: Todos os homens são pássaros. 
P2: Nenhum pássaro é animal. 
C: Portanto, nenhum homem é animal. 
 
O argumento está perfeitamente bem construído, 
sendo, portanto, é um argumento válido, muito embora 
a veracidade das premissas e da conclusão sejam 
totalmente questionáveis. 
Repetindo: o que vale é a construção, e não o seu 
conteúdo! Se a construção está perfeita, então o 
argumento é válido, independentemente do conteúdo 
das premissas ou da conclusão! 
 
Como saber que um determinado argumento é mesmo 
válido? 
 
Uma forma simples e eficaz de comprovar a validade de 
um argumento é utilizando-se de diagramas de 
conjuntos. Trata-se de um método muito útil e que será 
usado com frequência em questões que pedem a 
verificação da validade de um argumento qualquer. 
Vejamos como funciona, usando esse exemplo abaixo: 
P1: “todos os homens são pássaros” 
P2: “Nenhum pássaro é animal”. 
C: “Nenhum homem é animal”. 
 
 
 
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Quando se afirma, na premissa P1, que “todos os homens 
são pássaros”, poderemos representar essa frase da 
seguinte maneira: 
 
 
 
 
Observem que todos os elementos do conjunto menor 
(homens) estão incluídos, ou seja, pertencem ao 
conjunto maior (dos pássaros). E será sempre essa a 
representação gráfica da frase “Todo A é B”. 
 
Dois conjuntos, um dentro do outro, estando o 
conjunto menor a representar o grupo de quem se 
segue à palavra todo. 
 
Façamos a representação gráfica da segunda premissa. 
Temos, agora, a seguinte frase: “Nenhum pássaro é 
animal”. 
 
Observemos que a palavra chave desta sentença é 
nenhum. E a ideia que ela exprime é de uma total 
dissociação entre os dois conjuntos. Vejamos como fica 
sua representação gráfica: 
 
 Pássaro Animal 
Será sempre assim a representação gráfica de uma 
sentença “Nenhum A é B”: dois conjuntos separados, sem 
nenhum ponto em comum. 
Tomemos agora as representações gráficas das duas 
premissas vistas acima e as analisemos em conjunto. 
Teremos: 
 
Agora, comparemos a conclusão do nosso argumento – 
Nenhum homem é animal – com o desenho das 
premissas acima. E aí? Será que podemos dizer que esta 
conclusão é uma consequência necessária das 
premissas? Claro que sim! Observemos que o conjunto 
dos homens está totalmente separado (total 
dissociação!) do conjunto dos animais. 
 
Resultado: este é um argumento válido! 
 ARGUMENTO INVÁLIDO 
Dizemos que um argumento é inválido – também 
denominado ilegítimo, mal construído, falacioso ou 
sofisma – quando a verdade das premissas não é 
suficiente para garantir a verdade da conclusão. 
Entenderemos melhor com um Exemplo. 
 Exemplo: 
P1: Todas as crianças gostam de 
chocolate. P2: Melissa não é 
criança. 
C: Portanto, Melissa não gosta de chocolate. 
Veremos a seguir que este é um argumento inválido, 
falacioso, mal construído, pois as premissas não 
garantem (não obrigam) a verdade da conclusão. 
Melissa pode gostar de chocolate mesmo que não seja 
criança, pois a primeira premissa não afirmou que 
somente as crianças gostam de chocolate. 
Da mesma forma que utilizamos diagramas de conjuntos 
para provar a validade do argumento anterior, 
provaremos, utilizando-nos do mesmo artifício, que o 
argumento em análise é inválido. Vamos lá: 
Comecemos pela primeira premissa: “Todas as crianças 
gostam de chocolate”. Já aprendemos como se 
representa graficamente esse tipo de estrutura. 
Teremos: 
 Chocolate 
 Criança 
Analisemos agora o que diz a segunda premissa: 
“Melissa não é criança”. O que temos que fazer aqui é 
pegar o diagrama acima (da primeira premissa) e neleindicar onde poderá estar localizada a Melissa, 
obedecendo ao que consta nesta segunda premissa. 
Vemos facilmente que a Melissa só não poderá estar 
dentro do conjunto das crianças. É a única restrição que 
faz a segunda premissa! Isto posto, concluímos que a 
Melissa poderá estar em dois lugares distintos do 
diagrama: 
 
1º) Fora do conjunto maior; 
2º) Dentro do conjunto maior (sem tocar o conjunto 
das crianças). 
 
Pássaros 
Homens 
 
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Vejamos: 
 
 
 
 
Olhando para o desenho acima observamos que pode 
ser que ela goste de chocolate, mas também pode ser 
que não goste (caso esteja fora do retângulo grande). 
Assim, temos então um argumento considerado 
inválido uma vez que as premissas não nos permitem 
chegar à conclusão nenhuma. 
O argumento é inválido, pois as premissas não 
garantiram a veracidade da conclusão! 
Importante observar que a validade de um argumento 
não tem nenhuma relação com a veracidade das 
premissas e conclusão no mundo real e sim com a forma 
como ele está construído. 
Podemos ter premissas e conclusão falsas (no mundo 
real) e mesmo assim o argumento ser válido. Observe o 
exemplo: 
P1: Todo peixe tem asa. (Falso) 
P2: Todo o cão é peixe. (Falso) 
C: Todo o cão tem asa. (Falso) 
 
Veja a representação gráfica das premissas: 
 
 
 
 
Pelo diagrama concluímos que todo cão tem asa que 
exatamente a conclusão apresentada pelo argumento. 
Dessa forma a conclusão está de acordo com as 
premissas tornando o argumento válido. Observe que a 
validade do argumento não tem nada a ver com o fato 
das proposições serem absurdas (falsas) quando 
pensamos no mundo real. O que vale mesmo é o fato de 
o argumento estar bem construído. 
 
 
 RESUMO 
 
São consideradas proposições lógicas apenas as 
sentenças declarativas (ou afirmativas). 
Exemplo: O edital do concurso foi publicado. 
 
Não são consideradas proposições as sentenças do tipo: 
 
a) interrogativa: Qual é o seu nome? 
b) exclamativas: Parabéns! Sucesso! 
c) imperativas: Não fume! Não corra! Faça a prova! 
d) sentenças aberta: x + 2 = 5 ; 2x – 2 > 4; ele é 
competente 
e) orações sem verbos: linda mulher, livro interessante 
 
 Tipos de Proposições 
Simples: Pedro é funcionário público. 
Composta: Pedro é funcionário público ou 
comissionado. 
 
As proposições compostas apresentam os conectivos 
lógicos. 
 
 
 
 
Importante: o símbolo ~ ou ¬ representa a negação da 
sentença. 
Se a proposição P for verdadeira ~P será falsa. 
 
 TABELA VERDADE 
Nº de colunas = nº de proposições simples = n 
Nº de linhas = 2n 
Exemplo: a proposição (A V B) →C tem três proposições 
e, portanto, a tabela verdade terá 23 = 8 linhas. 
 
 Tabela verdade dos 5 conectivos lógicos 
A B ~A ~B A^B AVB AVB A→B ↔ 
V V F F V V F V V 
V F F V F V V F F 
F V V F F V V V F 
F F V V F F F V V 
 
 
 
 
Exemplo: Se existe justiça então ela deve ser para 
todos. 
P: condição suficiente (existe justiça) 
Q: condição necessária (ela deve ser para todos). 
Conectivo condicional (Se... então...) 
Forma lógica A → B (A implica B) 
 
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Alguns exemplos:”Quando chove levo o guarda-chuva” 
pode ser interpretada como “ se chove então levo o 
guarda-chuva”. 
“Não vou trabalhar, se houver greve” pode ser 
interpretada como “se houver greve então não vou 
trabalhar”. 
 
 EQUIVALÊNCIA LÔGICA 
1. CONDICIONAL 
(A→B) = ~A v B (“Bastardinha”) 
 (A→B) = ~B → ~A (Contrapositiva) 
 
Exemplo: “se existe inflação então os salários são 
corrigidos” 
 
São consideradas proposições equivalentes: 
 
Contrapositiva: “Se os salários não são corrigidos então a 
inflação não existe” 
Bastardinha: “Não existe inflação ou os salários são 
corrigidos. 
 
2. DISJUNÇÃO NÃO EXCLUSIVA 
(AvB) = ~A→B 
Exemplo: “existe inflação ou os salários são corrigidos” é 
equivalente a: “se não existe inflação então os salários são 
corrigidos”. 
 
 NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES 
1. Proposições Simples 
P: Denize é engenheira ambiental 
~P: Denize não é engenheira ambiental 
~P: não é verdade que Denize é engenheira ambiental 
~P: é falso que Denize é engenheira ambiental 
 
 
 Casos particulares 
 
P: Nenhum professor é rico. 
~P: Algum professor é rico. Q: Todo homem é fiel. 
~Q: Algum homem não é fiel. 
 
O termo ‘algum’ tem o mesmo significado que existe ou 
pelo menos um. 
 
2. Proposição Composta 
 
 
 
 
 
Exemplos de negação de proposições compostas 
a) Negação da conjunção (e) 
Afirmação: A Justiça tarda e não falha. 
Negação: a Justiça não tarda ou falha. 
b) Negação da disjunção não exclusiva (ou) 
Afirmação: Kaká vai à praia ou estuda. 
Negação: Kaká não vai à praia e não estuda. 
c) Negação da disjunção exclusiva (ou...ou...) 
Afirmação: Ou Melissa brinca ou Leo joga. 
Negação: Melissa brinca se e somente se Leo joga. 
d) Negação da condicional ( se ...então ...) 
Afirmação: Se beber não dirija. 
Negação: Beba e dirija 
e) Negação da bicondicional (se e somente se) 
Afirmação: Trabalho se e somente se você ajudar. 
Negação: Trabalho e você não ajuda ou você ajuda e 
não trabalho. 
 
 OPERAÇÕES COM CONJUNTOS 
 
Quando falamos de operação lembramos logo de 
adição, subtração, divisão, multiplicação entre números. 
É possível também operar conjuntos. 
 
Essas operações recebem nomes diferentes, como: 
união de conjuntos, intersecção de conjuntos, diferença 
de conjunto e conjunto complementar. 
 
Todas essas operações são representadas por símbolos 
diferentes. 
 
Veja a representação de cada uma delas: 
 
 União de conjuntos (U) 
 
~ (A V B) ~A ̂ ~B 
~ (A ̂ B) ~A v ~B 
~(A →B) A ̂ ~B 
~(A V B) A ↔ B 
~(A ↔B) A V B 
 
Formas de se escrever uma proposição condicional 
1) Se A, B 2) Quando A, B 3) Caso A, B 
4) A é condição suficiente para B 
5) A é condição necessária para B 
6) A, se B 7) Todo A é B 
8) A implica em B 9) A somente se B 
 
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Dados dois conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {6, 7}, a união 
deles seria pegar todos os elementos de A e de B e unir 
em apenas um conjunto (sem repetir os elementos 
comuns). O conjunto que irá representar essa união 
ficará assim: {1,2,3,4,5,6,7}. 
 
A representação da união de conjuntos é feita pelo 
símbolo U. Então A U B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}. 
 
Intersecção de conjuntos (∩) 
 
Quando queremos a intersecção de dois conjuntos é o 
mesmo que dizer que queremos os elementos que eles 
têm em comum. Dados dois conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5, 
6} e B = {5, 6, 7}, a intersecção é representada pelo 
símbolo ∩, então A ∩ B = {5, 6}, pois 5 e 6 são os 
elementos que pertencem a ambos. 
Se dois conjuntos não têm nenhum elemento comum, a 
intersecção deles será um conjunto vazio. 
 
Dentro da intersecção de conjuntos há algumas 
propriedades: 
1) A intersecção de um conjunto por ele mesmo é o 
próprio conjunto: A ∩ A = A 
2) A propriedade comutatividade na intersecção de dois 
conjuntos é: A ∩ B = B ∩ A. 
3) A propriedade associativa na intersecção de 
conjuntos é:A 
∩ (B ∩ C) = (A ∩ B) ∩ C 
 
 Fórmula da União 
 
Existe uma fórmula que relaciona o número de 
elementos da união, da intersecção e dos conjuntos 
individuais. A fórmula é dada por: 
n (A U B) = n (A) + n (B) – n (A ∩B) 
 
Exemplo: Calcule o número de elementos da união dos 
conjuntos A e B a partir dos seguintes dados: n(A) =10, 
n(B) = 7, n(A∩B) =5. 
 
Solução: substituiremos os dados na fórmula da união. 
Teremos: 
n(AUB) = n(A) + n(B) – n(A∩B) = 10 + 7 - 5 = 12 
 
Diferença entre conjunto. 
 
Dados o conjunto A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e o conjunto B = {5, 
6, 7}, a diferença desses conjuntos é representada por 
outro conjunto, chamado de conjunto diferença. 
Então os elementos de A – B serão os elementos do 
conjunto A menos os elementos que pertencerem ao 
conjunto B. Portanto A – B = {0, 1, 2, 3, 4}. 
 
Observe que na operaçãoA – B o resultado é formado 
por elementos exclusivos de A. 
{0, 1, 2, 3, 4, 5} - {5, 6, 7}, = { 0,1,2,3,4} 
 
Se queremos B – A , teremos no resultado os elementos 
exclusivos de B. 
{5, 6, 7} - {0, 1, 2, 3, 4, 5} = { 6, 7} 
 
Conjunto complementar 
Conjunto complementar está relacionado com a 
diferença de conjunto.Para que exista o conjunto 
complementar é necessário que um conjunto esteja 
contido em outro. Caso contrário não é possível existir a 
operação de complementar. Observe: 
Se A = {2, 3, 5, 6, 8} e B = {6,8} então B está contido em 
A. 
 
Assim definimos como complementar de B o conjunto B’ 
ou B ̅ tal que: B’ = B ̅ = A – B = {2, 3, 5}. 
 
Importante: 
Se A = {1,2,3,4} e B = { 1,2,7} então B não está contido em 
A logo não existe o complementar de B em relação a A. 
 
Simbologia 
 
 SIMBOLOGIA DOS CONJUNTOS 
 
Símbolos: 
 
 
∈ : pertence ∃ : existe 
∉ : não pertence ∄ : não existe 
⊂ : está contido ∀ : para todo (ou qualquer que seja) 
 
 
 
 
 
 
 
 
⊄ : não está contido ∅ : conjunto vazio 
> : contém N : conjunto dos números naturais 
⊅ : não contém Z : conjunto dos números inteiros 
⁄⥿ : tal que Q : conjunto dos números racionais 
⟹ : implica que Q'=I : conjunto dos números irracionais 
- : se, e somente se R : conjunto dos números reais 
 
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 Símbolos de pertinência 
 
Para relacionar elementos com conjuntos devemos utilizar 
os símbolos de pertence ou não pertence. 
Por exemplo, considerando o conjunto {1,2,3,4} dizemos 
que 1 pertence ao conjunto A (1 ∈ A) e 5 não pertence ao 
conjunto A (5 ∈ A). 
 
Para relacionar dois conjuntos entre sí devemos usar 
outros símbolos está contido ⊂, não está contido ⊄ ou 
contém ⊃. 
 
Por exemplo o conjunto A = {2,4} está contido no conjunto 
B 
= {1,2,3,4} então dizemos que 
A ⊂ B. 
Por outro lado, o conjunto A = {2,4} não está contido em B 
= 
{1,2,3} ou seja A ⊄ B. 
 
Importante: 
1- Quando um conjunto A está contido em um conjunto 
B dizemos que A é subconjunto de B. 
2- O conjunto vazio ∅ é subconjunto de qualquer 
conjunto ou seja ⊂ está contido em qualquer outro 
conjunto. 
3- A quantidade de subconjuntos de um conjunto é dada 
pela expressão 2n onde n é o número de elementos do 
conjunto considerado. 
 
Por exemplo, se A = {2,3,4} então A tem n = 3 elementos. 
O número de subconjunto de A será sub(A) = 23 = 8 
subconjuntos. 
 
São eles: {2}, {3}, {4}, {2,3}, {2,4}, {3,4}, {2,3,4} e ∅ 
 
 Exercícios resolvidos 
 
1) Faça o diagrama dos conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {2, 
3, 4, 5, 6}. 
Solução. Observando que há elementos que pertencem 
a ambos, temos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Com base no exercício anterior, enumere os 
conjuntos: 
L = A U B 
M = A ∩ B 
N = A – B 
O = B – A 
 
Solução. Aplicando as definições das operações temos: a) 
L = {1, 2, 3, 4, 5, 6} 
b) M = {2, 3} 
c) N = {1} 
d) O = {4, 5, 6} 
 
3) Uma pesquisa realizada com 100 pessoas em uma 
pizzaria, revelou que destas, 70 gostam de pizzas 
salgadas, 20 gostam de pizzas salgadas e doces. 
Quantas foram as pessoas que responderam que 
gostam apenas de pizzas doces? 
Solução. Representando a situação na forma de 
diagrama, retira-se a interseção de cada conjunto e 
conclui-se que há 30 pessoas gostando apenas de pizza 
doce. 
 
 
 
 
 
 
4) No dia 17 de Maio próximo passado, houve uma 
campanha de doação de sangue em uma Universidade. 
Sabemos que o sangue das pessoas pode ser 
classificado em quatro tipos quanto a antígenos. Uma 
pesquisa feita com um grupo de 100 alunos da 
Universidade constatou que 42 deles têm o antígeno A, 
36 têm o antígeno B e 12 o antígeno AB. Sendo assim, 
podemos afirmar que o número de alunos cujo sangue 
tem o antígeno O é: 
 
a) 20 alunos 
b) 26 alunos 
c) 34 alunos 
d) 35 alunos 
e) 36 alunos 
 
Solução 
 
A = 42 → quantidade de alunos cujo sangue possui o 
antígeno A. 
 
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B = 36 → quantidade de alunos cujo sangue possui o 
antígeno B. 
 
A n B = 12 → quantidade de alunos cujo sangue possui o 
antígeno AB. 
 
 
 
 
 
 
Precisamos determinar o total de alunos que possuem os 
antígenos A e B. Aplicando a fórmula: 
 
n(A u B) = n(A) + n(B) – n(A n B) n(A u B) = 42 + 36 – 12 
n(A u B) = 66 
 
Para saber a quantidade de alunos cujo sangue tem o 
antígeno O teremos que subtrair 66, que representa a 
quantidade de alunos que tem sangue com o antígeno A 
ou B, de 100, que é o total de alunos. 
 
n(O) = 100 – 66 
n(O) = 34 
 
Então, 34 alunos tem em seu sangue o antígeno O. A 
resposta correta é a letra c. 
 
5) Dados os conjuntos A = { 1,2,3,4,5 } e B = { 2,4 }, 
determine o conjunto complementar de B em relação a 
A. 
 
Solução 
O conjunto B está contido em A (B С A ) , assim definimos 
a operação complementar de B em relação a A como 
sendo A – B. 
Assim teremos B‘= B ̅ = {,2,3,4,5 } –{ 2,4 } = {1,3,5} 
 
6) Considere os conjuntos A = { 1, 2, {2}, 3, ∅} e B = {1,3} 
complete as lacunas usando os símbolos adequados: 
 
a) 3___A 
b) 1___B 
c) ∅___A 
d) 4___A 
e) B___A 
f) {1,4}__A 
g) ∅___B 
 
Solução: 
 
a) O valor 3 é elemento de A então dizemos que 3 ∈ A. 
b) O valor 1 é elemento de B então dizemos que 1 ∈ B. 
c) O valor ∅ é elemento de A então dizemos que ∅ ∈ A. 
d) O valor 4 não é elemento de A então dizemos que 4 ∈ 
A. 
e) O conjunto B está contido em A então dizemos que B 
⊂ A. 
f) O conjunto {1,4} não está contido em A então dizemos 
que {1,4} ⊄ A. 
g) ∅ é subconjunto de B então dizemos que ∅ ⊂ B. 
 
7) Considere o conjunto A = {1, 2, {3}} e assinale a 
alternativa que contém um sub conjunto de A. 
a) {3} 
b) {1, 3} 
c) {2, 3} 
d) {4, {3}} 
e) {{3}} 
Solução 
O elemento 3 não existe no conjunto A assim ele não 
pode fazer parte dos subconjuntos de A. Assim 
eliminamos as alternativas a, b e c. 
Não existe o elemento 4 no conjunto A então também 
eliminamos a alternativa d. 
 
A alternativa “E” traz o subconjunto de A formado pelo 
elemento {3}. 
 
{3}. Alternativa correta. 
 
8) Leia as afirmações a seguir: 
 
I. Os números Naturais são aqueles inteiros não positivos 
mais o zero. 
II. Os números Irracionais são aqueles que 
representam dízimas periódicas. 
III. Os números Reais representam a união dos 
números Racionais com os Irracionais. 
Assinale a alternativa correta: 
 
a) Somente a assertiva II está correta. 
b) Somente a assertiva III está correta. 
c) Somente a assertiva I está correta. 
d) Somente as assertivas II e III estão corretas. 
 
Solução: 
 
 
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I. Falsa – São os positivos. 
II. Falsa – as dízimas periódicas são números 
provenientes de uma fração ou seja número racional. 
III. Correto – Os Reais é a união dos irracionais com os 
racionais. 
 
Alternativa correta letra b. 
 
9) Considerando que A U B={1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,8}, A ∩ B={4, 
5} e A – B={1, 2, 3}, determine o conjunto B. 
 
Solução: 
 
Resolveremos o exercício com o auxílio dos Diagramas de 
Venn. Observe: 
A U B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} 
A ∩ B = {4, 5} (região central) 
A – B = {1, 2, 3} 
 
O conjunto B é formado pelos seguintes elementos {4, 5, 
6, 7, 8}. 
 
U = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}, A = {1, 2}, B = {2, 3, 4}, 
C = {4, 5} determine (U – A) ∩ (B U C). Solução 
U = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}A = {1, 2}B = {2, 3, 4} 
C = {4, 5} 
 
Resolvendo os parênteses 
 
(U – A) = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6} – {1, 2} = {0, 3, 4, 5, 6} 
(B U C) = {2, 3, 4} U {4, 5} = {2, 3, 4, 5} 
(U – A) ∩ (B U C) = {0, 3, 4, 5, 6} ∩ {2, 3, 4, 5} 
 
Resposta: (U – A) ∩ (B U C) = {3, 4, 5} 
ANOTAÇÕES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INFORMÁTICA 
A Internet é basicamenteum vasto conjunto de redes de 
computadores diferentes que utilizam um padrão comum 
de comunicação e oferece um determinado conjunto de 
serviços. 
 
 
 
 Word Wide Web (WWW) – A Web é uma aplicação 
que é executada na Internet – trata-se de uma série de 
páginas que podem ser acessadas por meio de um 
navegador web. 
 
 Internet das Coisas (IoT) – Um conceito referente à 
interconexão digital de objetos físicos cotidianos entre si 
e com usuários por meio de sensores ou softwares 
capazes de transmitir dados pela internet. 
 
A Intranet é uma rede de computadores privada que 
assenta sobre a suíte de protocolos da internet, porém 
de uso exclusivo de um determinado local, como, por 
exemplo, a rede de uma empresa, que só pode ser 
acessada pelos seus utilizadores ou colaboradores 
internos. Utiliza de tecnologias, padrões e serviços 
comuns à internet. 
 
 
A Extranet é uma rede privada de computadores que 
funciona como uma extensão da Intranet, permitindo o 
acesso restrito a usuários externos de uma organização 
via internet, em geral são parceiros, fornecedores e 
clientes. Também utiliza as mesmas tecnologias e 
padrões da internet. 
 
Rede de computadores é um conjunto de terminais, 
equipamentos, meios de transmissão e comutação que 
interligados possibilitam a prestação de serviços, tem 
como objetivo o compartilhamento de recursos, 
deixando equipamentos, programas e principalmente 
dados ao alcance de múltiplos usuários. 
 
 Classificação das Redes 
 
 Personal Area Network - PAN - Rede de 
computadores pessoal (celular, tables, fones, 
notebooks) que se extende em poucos metros. 
 Local Area Network – LAN – Rede de computadores 
de lares, escritórios, prédios. 
 Metropolitan Area Network – MAN – Rede de 
comutadores entre uma cidade, conecta lojas matriz a 
filiais, por exemplo. Outro exemplo é o Floresta Digital 
no ACRE. 
 Wide Area Network – WAN – Rede de computadores 
que conecta cidades, países e até continentes. 
Quando se trata de comunicação sem fio (wireless) as 
siglas são acrescentadas da letra W, como no caso de 
WPAN, WLAN, WMAN e WWAN. 
 
 Tipos de Conexão 
 
TECNOLOGIA DE 
ACESSO 
DESCRIÇÃO 
DIAL-UP 
Conexão discada através de um 
modem e uma linha de telefonia 
fixa. Era a maneira mais popular 
de acesso da década de 90, hoje 
encontra-se em desuso. Taxas de 
até 56Kbps. Ocupava o telefone 
ADSL 
Conexão de banda larga 
oferecida por empresas de 
telefonia fixa. ADSL é a sigla para 
Asymmetric Digital Subscriber 
Line ou Linha de Assinante Digital 
Assimétrica 
HFC 
Conexão híbrida de banda larga 
via cabos de concessionárias de 
TV a Cabo. Hibrida porque 
começa com fibra optica e 
termina com cabo coaxial na 
residência. 
FIBRA OPTICA 
Conexão direta via fibra óptica 
(feixes de luz até a residência do 
contratante do serviço de 
internet. Altas Velocidades. 
PRINCIPAIS SERVIÇOS DESCRIÇÃO 
WORD WIDE WEB 
(WWW) 
Serviço de visualização de 
páginas web organizadas em 
sites. Podem ser acessadas via 
navegador – é o serviço mais 
utilizado na Internet. Em geral, 
esse serviço utiliza protocolos 
como HTTP e HTTPS 
CORREIO ELETRÔNICO 
Serviço de envio e recebimento 
de e-mails. Utiliza tipicamente 
um modo assíncrono de 
comunicação que permite a troca 
de mensagens dentro de uma 
organização. Utiliza protocolos 
como POP3, IMAP e SMTP. 
ACESSO REMOTO 
Permite aos usuários se 
conectarem com outros 
computadores. Pode ser feito de 
forma segura, com autenticação 
e criptografia de dados, se 
necessário.Protocolos como SSH 
e TELNET 
TRANSFERÊNCIA DE 
ARQUIVOS 
Torna arquivos disponíveis para 
outros usuários por meio de 
downloads e uploads. Em geral, 
esse serviço utiliza protocolos 
como FTP e P2P. 
 
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PLC 
Trata-se da tecnologia que 
permite o acesso à internet 
banda larga via rede elétrica. PLC 
é a sigla para Power Line 
Communication. 
RADIODIFUSÃO 
Tecnologia que permite o acesso 
à internet banda larga via 
radiofrequência. As ondas de 
rádio são omnidirecionais, isto é, 
elas se propagam em todas as 
direções. 
SATÉLITE 
Uma rede via satélite é uma 
combinação de nós que 
fornecem comunicação de um 
ponto a outro na Terra. Nesse 
contexto, um nó pode ser um 
satélite, uma estação terrestre 
ou o terminal/telefone de um 
usuário final 
TELEFONIA MÓVEL 
Comunicação entre duas 
unidades móveis, denominadas 
Estações Móveis; ou entre uma 
unidade móvel e outra fixa, 
normalmente chamada Unidade 
Terrestre. 
 
 Internet Protocol – IP 
 O IP é um endereço dado a qualquer dispositivo em 
uma rede, é a identidade desse dispositivo quando 
conectado a uma rede. Atualmente temos duas versões 
em uso IPv4 (versão 4) e IPv6 (versão 6). 
 
 TCP/IP x UDP/IP 
São protocolos utilizados para o transporte de pacotes 
na rede. 
 
 
 
 
Em resumo, o TCP tem uma entrega confiável enquando 
o UDP tem a entrega rápida. 
 
 Correio Eletrônico 
 
É o serviço que permite compor, enviar e receber 
mensagens eletrônicas pela internet (e-mail). É possível 
o envio também de arquivos como fotos, musicas, 
documentos e ate mesmo programas por e-mail, basta 
procurar o botão “anexar”. 
 
 Cliente de e-mail – é uma aplicação instalada em uma 
maquina local que permite envia/receber e-mails (Ex 
Mozila Thunderbird, Microsoft Outlook); 
 Servidor de e-mail – é um computador especializado 
que recebe e-mails de um cliente de e-mail ou webmail, 
e os envia para o servidor de e-mail de destino; 
 Provedor de e-mail – é a empresa que hospeda e 
disponibiliza serviços de e-mail para outras empresas ou 
usuários finais. (Ex Gmail, Outlook, Yahoo, UOL); 
 Webmail – é uma aplicação hospedada em um 
servidor remoto que permite enviar/receber e-mails (Ex 
Gmail.com, Outlook.com, Yahoo.com, Uol.com) o 
webmail é acessado utilizando um navegador de 
internet. 
 
 Protocolos do Correio eletrônico 
 
 
 
 Navegadores 
 
Também chamados de browsers, é um programa que 
obtém informações de outras partes da web e as exibe 
em seu computador ou dispositivo móvel. As 
informações são transferidas usando o Protocolo de 
Transferência de Hipertexto (HTTP), que define como 
textos, imagens e vídeos são transmitidos na web. Essas 
informações precisam ser compartilhadas e exibidas 
num formato consistente, para que as pessoas que usam 
qualquer navegador, em qualquer lugar do mundo, 
possam ver as informações. 
Veja abaixo alguns exemplos de navegadores como o 
Google Chrome, Mozila Firefox, Internet Explorer, Opera 
e Safari, mas não se limitando a estes. 
 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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Protocolos mais usados e suas respectivas portas de 
acesso. 
 
PROTOCOLO PORTA DESCRIÇÃO 
FTP 21 Transferência de 
arquivos 
HTTP E HTTPS 80 e 443 Web browser 
SSH e TELNET 22 e 23 Acesso remoto 
SMTP 25 Envio de e-mail 
POP3 110 Recebimento de 
e-mail 
IMAP 143 Recebimento de 
e-mail 
 
 Ferramentas de Busca 
 
Como exemplo temos o Google como ferramenta de 
busca. 
 
É possível buscar qualquer coisa no google, desde um 
site, uma foto, um texto, uma figura, um vídeo, entre 
outros. Na imagem acima observe dois botões PESQUISA 
GOOGLE E ESTOU COM SORTE. 
 
A primeiro nada mais é do que a busca padrão, o 
segundo botão tenta direcionar para a página que ele 
acha mais relevante na pesquisa, geralmente, são 
páginas oficiais ou aquelas que aparecem em primeiro 
lugar na lista de resultados quando você utiliza o 
buscador. 
 
Operadores de busca auxiliam o usuário para uma busca 
mais especifica de um termo, como na imagem abaixo. 
 
 
 
 Backup 
 
É uma cópia de segurança, a qual deve ser armazenada 
em um dispositivo diferente daquele de onde os dados 
foram copiados. 
 
 
 Tipos de Backup 
 
TIPO QUAIS DADOS COPIADOS? 
BACKUP COMPLETO Todos os dados 
BACKUP INCREMENTAL 
Apenas arquivos novos ou 
modificados 
BACKUP DIFERENCIAL 
Todos os arquivos desde o 
ultimo backup completo. 
 
A diferença entre backup incremental para o diferencial 
é queno diferencial ele compara os dados do ultimo 
backup completo enquanto que no incremental ele 
compara no ultimo backup feito (podendo ser 
comparado com o backup incremental anterior). 
 
 Noções de Firewall e Aplicativos para Segurança 
 
Firewall são dispositivos, em forma de software e/ou de 
hardware, que possuem a função de regular o tráfego de 
dados entre redes distintas, impedindo a transmissão 
e/ou a recepção de acessos nocivos ou não autorizados 
de uma rede para outra. Ele controla, analisa, registra, 
policia, monitora, regula e filtra o tráfego ou 
movimentação da entrada/saída de dados, detectando 
ameaças e bloqueando o acesso que não esteja em 
conformidade com a política de segurança da 
organização. 
 
O Firewall atua de 02 modos, permissivo e restritivo. No 
primeiro modo, permissivo, todas as transmissões de 
dados que não estejam expressamente proibidas são 
permitidas. No modo restritivo o firewall impede as 
transmissões de dados que não sejam expressamente 
permitidas. 
 
Antimalware procura detectar e, então, anular ou 
remover os códigos maliciosos de um computador 
(antivírus, antispayware, etc). Podem ser localmente 
instalados no computador ou executados sob demanda 
por intermédio do navegador Web. Também podem ser 
online, quando enviados para serem executados em 
servidores remotos, por um ou mais programas. 
 
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 Antispayware é um tipo de software projetado para 
detectar e remover programas de spyware indesejados. 
 
 Spyware é um tipo de malware instalado em um 
computador sem o conhecimento do usuário para 
coletar informações sobre ele. Isso pode representar um 
risco de segurança para o usuário, além de degradar o 
desempenho do sistema, absorvendo o poder de 
processamento, instalando software adicional ou 
redirecionando a atividade do navegador dos usuários. 
 
 Antispam já vêm integrados à maioria dos programas 
de e-mails e permite separar os desejados dos 
indesejados – os famosos spams. A maioria dos filtros 
passa por um período inicial de treinamento, no qual o 
usuário seleciona manualmente as mensagens 
consideradas spam e, com base nas classificações, o filtro 
vai "aprendendo" a distinguir as mensagens. Ao detectá-
las, essas ferramentas alertam para que ele tome as 
atitudes adequadas para si. 
 
 Pragas Virtuais 
 
Códigos maliciosos (Malwares, do inglês Malicious 
Softwares) são programas especificamente 
desenvolvidos para executar ações danosas e atividades 
maliciosas em um computador. 
 
Formas comuns de infecção são acessos a páginas 
maliciosas, utilizando navegadores vulneráveis ou pela 
ação direta de atacantes que, após invadirem o 
computador, incluem arquivos contendo códigos 
maliciosos; execução de arquivos previamente 
infectados, obtidos em anexos de mensagens 
eletrônicas, via mídias removíveis, em páginas web ou de 
outros computadores. 
 
 Vírus são programa ou parte de um programa, 
normalmente malicioso, que se propaga infectando, 
inserindo cópias de si mesmo, anexando-se ou 
hospedando-se em arquivos ou programas existentes na 
máquina. 
 
 Worm é um programa capaz de se replicar 
automaticamente, enviando cópias de si mesmo, 
explorando automaticamente vulnerabilidades no pc. 
 
 BOT programa que dispõe de mecanismos de 
comunicação com o invasor que permitem que ele seja 
controlado remotamente. Possui processo de infecção e 
propagação similar ao do Worm. 
 
 Trojan programa que age utilizando o princípio do 
Cavalo de Troia, em um arquivo é enviado se fazendo 
passar por um aplicativo útil, como um “presente de 
grego”, mas que na verdade possui funcionalidades 
maliciosas escondidas. 
 
 Ramsonware código malicioso que torna inacessíveis 
os dados armazenados em um equipamento, geralmente 
utilizando criptografia, e que exige pagamento de um 
resgate. 
 
 Backdoor programa que permite o retorno de um 
invasor a um computador comprometido, por meio da 
inclusão de serviços criados ou modificados para este 
fim. 
 
 Rootkit Conjunto de programas e técnicas que permite 
esconder e assegurar a presença de um invasor ou de 
outro código malicioso em um computador 
comprometido. 
 
 Spyware Software espião, capaz de violar a privacidade 
das informações de usuários, coletando dados da 
máquina ou da rede e disponibilizando-as a terceiros. 
 
 Segurança da Informação 
 
Proteção de informações e de sistemas de informações 
contra acesso, uso, divulgação, interrupção, modificação 
ou destruição não autorizados. 
 
Possui 03 princípios fundamentais (CID), que são os 
pilares da segurança da informação. 
 Confidencialidade 
 Integridade 
 Disponibilidade 
Se um ou mais desses princípios forem violados, significa 
que ocorreu um incidente de segurança da informação. 
 
Os controles de segurança da informação possuem 02 
níveis, físico (barreiras que limitam/impedem o acesso 
físico à informação e/ou instalações onde ficam) e lógico 
(através de senhas, firewalls, controle de acesso, 
biometria) que limitem/impeçam que as informações 
protegidas sejam acessadas. 
 
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Os três princípios fundamentais: 
 Confidencialidade é a capacidade de um sistema de 
não permitir que informações estejam disponíveis ou 
sejam reveladas a entidades não autorizadas. 
 Integridade é a capacidade de garantir que a 
informação manipulada está correta, fidedigna e que 
não foi corrompida. 
 Disponibilidade é a propriedade de uma informação 
estar acessível e utilizável sob demanda por uma 
entidade autorizada. 
 
Adicionalmente aos princípios fundamentais, temos a 
Autenticidade e a Irretratabilidade. 
 
 Autenticidade é a propriedade que trata da garantia de 
que o emissor de uma mensagem é de fato quem alega 
ser. A autenticidade busca garantir que a pessoa que está 
requisitando acesso a alguma informação é realmente 
quem ela diz ser. 
 Irretratabilidade também chamada de Irrefutabilidade 
ou Não-repúdio, o princípio da irretratabilidade trata da 
capacidade de garantir que o emissor da mensagem ou 
participante de um processo não negue posteriormente 
a sua autoria. 
 
Autenticidade + Integridade = Irretratabilidade 
 
Assinatura Digital método matemático de autenticação 
de informação digital tipicamente tratado como 
substituto à assinatura física, já que elimina a 
necessidade de ter uma versão em papel do documento 
que necessita ser assinado. Por meio de um Algoritmo de 
Hash, é possível garantir a integridade dos dados. 
 
Certificado Digital é um documento eletrônico assinado 
digitalmente por uma terceira parte confiável – chamada 
Autoridade Certificadora – e que cumpre a função de 
associar uma entidade (pessoa, processo, servidor) a um 
par de chaves criptográficas com o intuito de tornar as 
comunicações mais confiáveis e auferindo maior 
confiabilidade na autenticidade. Ele é capaz de garantir 
a autenticidade, integridade e não-repúdio, e até 
confidencialidade. 
 
 Sistema Operacional Windows 
 
É um sistema operacional proprietário, criado por Bill 
Gates fundador da Microsoft. 
 
É um sistema baseado no conceito de janelas, por isso o 
nome que traduzido para o português significa “Janelas”. 
 
Foi criado para uso em computadores pessoais, incluindo 
computadores domésticos e empresariais, laptops, PCs. 
O Windows 7 começou a ser vendido para usuários no 
dia 22 de outubro de 2009, menos de 3 anos depois do 
lançamento de seu predecessor, Windows Vista. 
 
Pouco mais de três anos depois, o seu sucessor, 
Windows 8, foi lançado em 26 de outubro de 2012. 
 
E o Windows 10 em 29 de julho de 2015. 
 
 Gerenciamento de Arquivos e Pastas 
 
Existem diferentes tipos de arquivos: imagens, músicas, 
vídeos, textos, planilhas, bancos de dados, programas, 
enfim... qualquer informação manipulada pela máquina 
– quando salva – torna-se um arquivo. 
 
Os arquivos são representados por nomes (é 
recomendável que seja um nome sugestivo) e umaextensão, separados por um ponto (Ex: diego.jpg). 
 
Uma pasta é um local para guardar arquivos, dando 
origem a uma hierarquia organizada como uma árvore, 
chamada árvore de diretórios. 
 
Cada arquivo dentro da hierarquia de diretórios pode ser 
especificado fornecendo-se o caminho a partir do topo 
da hierarquia, conhecido como diretório raiz. 
 
 Word 2016 
 
O Microsoft Office Word 2016 é um processador de texto 
produzido pela Microsoft. Foi criado por Richard Brodie 
para computadores IBM PC com o sistema operacional 
DOS em 1983. Mais tarde, foram criadas versões para o 
Apple Macintosh (1984), SCO UNIX e Microsoft Windows 
(1989). Faz parte do rol de aplicativos Microsoft Office. 
 
O Microsoft Word 2016 trabalha com o consagrado 
formato de arquivo.docx, que utiliza a tecnologia XML. O 
formato.doc não foi extinto do Word 2016, mas o.docx é 
o formato padrão. 
 
Quando salvamos um documento no formato.docx, ele 
ficará mais leve (ocupará menos espaço), aceitará uma 
maior quantidade de formatações, além de ser 
totalmente compatível com a web, e a capacidade de 
recuperação, em caso de corrompimento, chega a ser 
70% maior que o formato .doc. 
 
O formato.pdf também se destaca no Word 2016, com a 
vantagem de que agora é possível abrir e editar PDF. Nas 
edições anteriores, era possível apenas criar (exportar). 
 
 
 
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 Formatos de arquivos suportados pelo Word 2016: 
 
• .docx: formato xml; 
• .doc: formato da versão 2003 e anteriores; 
• .docm: formato que contém macro (vba); 
• .dot: formato de modelo (carta, currículo etc.) de 
documento da versão 2003 e anteriores; 
• .dotx: formato de modelo (carta, currículo etc.) com o 
padrão xml; 
• .odt: formato de arquivo do LibreOffice Writer; 
• .rtf: formato de arquivos do WordPad; 
• .xml: formato de arquivos para a web; 
• .html: formato de arquivos para a web; 
• .pdf: arquivos portáteis. 
 
 
 
 Barra de tarefas do Word: 
 
1. Guia Arquivo: ao clicar sobre ela, serão exibidas 
opções, como Informações, Novo, Abrir, Salvar, Salvar 
como, Imprimir etc. Portanto, clique sobre ele e visualize 
essas opções. 
 Informações: contém opções como proteger o 
Documento, Inspecionar o Documento, Gerir 
Documentos e informações relacionadas ao 
proprietário do documento e suas propriedades. 
 Novo: Abrir um novo documento ou um modelo 
(.dotx) pré-formatado. 
 Abrir: opções para abrir documentos já salvos 
tanto no computador como no sistema de 
armazenamento em nuvem da Microsoft, o 
OneDrive. Além disso, exibe um histórico dos 
últimos arquivos abertos. 
 Salvar/Salvar como: na primeira vez em que se vai 
salvar um documento, as duas opções levam ao 
mesmo lugar. Apenas a partir da segunda vez em 
diante é que o Salvar apenas atualiza o documento 
e o Salvar como exibe a janela abaixo, que 
apresenta os locais onde serão armazenados os 
arquivos. São opções tanto locais quanto na nuvem 
(OneDrive). 
 Imprimir: opções de impressão do documento em 
edição, desde a opção da impressora até as páginas 
desejadas. O usuário tanto pode imprimir páginas 
sequenciais quanto páginas alternadas. Exemplo: 
“2-6”: o uso do hífen irá imprimir todas as páginas 
de 2 até a 6. “2,6”: o uso da vírgula irá imprimir 
apenas a página 2 e 6. 
 Compartilhar: opções para compartilhar, enviar 
por e-mail, apresentar o documento on-line ou até 
mesmo criar um blog na internet. 
 Exportar: opções para a exportação do arquivo no 
formato PDF, XPS (formato similar ao PDF, porém 
desenvolvido pela Microsoft) ou em outros 
formatos disponíveis, como o.odt, do LibreOffice. 
 Conta: informações sobre a ativação do produto, 
usuário da conta e configurações sobre temas e 
plano de fundo utilizado na estética do Word 2016. 
 
2. Guia página inicial: possui funções de formatação de 
um texto, formatos de fonte, tamanhos, efeitos, 
alinhamentos, estilos etc. 
 
 Grupo Área de Transferência: oferece um recurso 
para que possamos manter mais de um item na área 
de transferência, com limite de até 24 itens. 
 
 
 
 
 
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 Colar: cola um item (pode ser uma letra, palavra, 
imagem) copiado ou recortado. Atalho CTRL + V. 
 A partir da seta, localizada abaixo do 
respectivo botão, é possível acessar, entre 
outras opções, a função colar especial, que 
permite, por exemplo, colocar um texto, 
retirando todas as formatações. Atalho 
ALT+CTRL+V. 
 
 
 
 
 
 
 Recortar: recorta um item (pode ser uma letra, 
palavra, imagem), armazenando-o temporariamente na 
Área de Transferência para, em seguida, ser colado no 
local desejado. Atalho CTRL + X. 
 
 Copiar: copia o item selecionado (cria uma cópia na 
Área de Transferência). Atalho CTRL+C. 
 
 Pincel de Formatação: esse recurso (principalmente o 
ícone) cai em vários concursos. Ele permite copiar a 
formatação de um item e aplicar em outro. Atalho 
CTRL+SHIFT+C / CTRL+SHIFT+V. 
 
 
3. Grupo fonte: 
 
 
 
 
 
 Fonte: permite que você selecione uma fonte, ou 
seja, um tipo de letra a ser exibido em seu texto. Em cada 
texto, pode haver mais de um tipo de fonte diferente. 
 
 
 Tamanho da fonte: é o tamanho da letra do texto. 
Permite que você escolha entre diferentes tamanhos de 
fonte na lista ou que digite um tamanho manualmente. 
 
 
 
 Negrito: aplica o formato negrito (escuro) ao 
texto selecionado. Se o cursor estiver sobre uma palavra, 
ela ficará toda em negrito. Se a seleção ou a palavra já 
estiver em negrito, a formatação será removida. 
 
 Itálico: aplica o formato itálico (deitado) ao 
texto selecionado. Se o cursor estiver sobre uma palavra, 
ela ficará toda em itálico. Se a seleção ou palavra já 
estiver em itálico, a formatação será removida. 
 Sublinhado: sublinha, ou seja, insere ou remove 
uma linha embaixo do texto selecionado. Se o cursor não 
está em uma palavra, o novo texto que você inserir será 
sublinhado. 
 Tachado: risca uma linha, uma palavra ou apenas 
uma letra no texto selecionado ou, se o cursor somente 
estiver sobre uma palavra, esta palavra ficará riscada. 
 Subscrito: coloca a palavra abaixo das demais. 
 Sobrescrito: coloca a palavra acima das demais. 
 Cor do realce do texto: aplica um destaque 
colorido sobre a palavra, assim como um marca-texto. 
 Cor da fonte: permite alterar a cor da letra. 
 
4. Grupo parágrafo: 
 
 
 
 
 Marcadores: permite criar uma lista com 
diferentes marcadores. Depois que um marcador for 
inserido, toda vez que for pressionado Enter, será 
colocado um marcador no próximo parágrafo. Caso o 
usuário não deseje mais nenhum marcador, basta 
pressionar Enter novamente ou clicar no respectivo 
ícone. 
 Numeração: permite criar uma lista numerada. 
Depois que uma numeração for inserida, toda vez que 
for pressionado Enter, será colocado um número no 
próximo parágrafo. Caso o usuário não deseje mais 
continuar a sequência, basta pressionar Enter 
novamente ou clicar no respectivo ícone. 
 
 Lista de vários itens: permite criar uma lista 
numerada em níveis. Depois que uma numeração for 
inserida, toda vez que for pressionado Enter, será 
colocado um número no próximo parágrafo. Para criar 
um subnível, é preciso pressionar TAB. Caso o usuário 
não deseje mais continuar a sequência, basta pressionar 
Enter (se foi inserido um subnível 1.1, ao teclar Enter a 
primeira vez, ele volta um nível, ou seja, vai aparecer 1 
e, se pressionada novamente a tecla Enter, sem que nada 
tenha sido escrito, a lista será desfeita) ou clicar no 
respectivo ícone. 
 
 diminui o recuo do parágrafo em relação à 
margem esquerda. 
 
 
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 aumenta o recuo do parágrafo em relação à 
margem esquerda. 
 
 organiza a seleção atual em ordem alfabética 
ou numérica. 
 
 mostra marcas de parágrafos e outros símbolos 
de formatação ocultos. Observe as marcas que serão 
exibidas ao ativar o recurso: 
 
 alinha o conteúdo com a margemesquerda. 
 
 centraliza seu conteúdo na página. 
 
 alinha o conteúdo à margem direita. 
 
 distribui o texto uniformemente entre as 
margens esquerda e direita. 
 
 escolhe o espaçamento entre as linhas do 
texto ou entre parágrafos. 
 
 aplica uma cor de fundo no parágrafo onde o 
cursor está posicionado. 
 
 permite aplicar ou retirar bordas no trecho 
selecionado. 
 
5. Grupo estilo: 
Possui vários estilos predefinidos que permitem salvar 
configurações relativas ao tamanho e cor da fonte e 
espaçamento entre linhas do parágrafo. É possível alterar 
os estilos existentes ou mesmo criar novos. 
 
6. Grupo edição: ao clicar nesse 
ícone, é aberta a janela lateral, 
denominada navegação, na qual é possível localizar uma 
palavra ou trecho dentro do texto. Atalho: CTRL+L 
 
pesquisa no documento a palavra ou 
parte do texto que você quer mudar 
e a substitui por outra de seu desejo. Atalho: CTRL+U. 
 
seleciona o texto ou objetos no 
documento. 
 
7. Guia inserir: esta guia permite inserir imagens, 
símbolos, cabeçalhos, tabelas, gráficos, número de 
página e algumas novidades, como a de Inserir Vídeo 
Online. 
 
 Adiciona uma folha inicial em seu 
documento, parecida com uma capa. 
 
 Adiciona uma página em branco em qualquer lugar de 
seu documento. 
 
 Uma seção divide um documento em partes 
determinadas pelo usuário para que sejam aplicados 
diferentes estilos de formatação em 
cada uma ou para facilitar a 
numeração das páginas dentro dela. 
 
 Permite inserir uma tabela, uma 
planilha do Excel, desenhar uma tabela, 
tabelas rápidas ou converter o texto em 
tabela e vice-versa. 
 
8. Grupo ilustrações: 
 
permite inserir uma imagem no computador, 
na rede ou em uma memória removível. 
 
 
permite inserir imagens da web (Clip-Art do 
Office.com, do site de buscas Bing ou do 
OneDrive). 
 
permite inserir formas geométricas, por 
exemplo, setas, linhas retas etc. 
 
 
 
 
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Permite ao usuário inserir várias formas. 
É possível representar visualmente suas 
ideias e estruturas. Esse recurso tem sido amplamente 
explorado nos concursos atualmente. 
 
Permite inserir um gráfico. Os dados são 
importados do Excel. Assim que o 
usuário clica nesse ícone, o Excel é aberto e nele você irá 
inserir os dados do gráfico. Quando esse processo for 
concluído, o Excel é fechado. 
 
Com essa ferramenta, o usuário pode 
capturar um “pedaço” da tela 
aleatoriamente. 
 
 
9. Grupo cabeçalho e 
rodapé: é possível inserir 
cabeçalhos, rodapés e 
números de páginas 
diferentes no mesmo 
documento criando-se 
seções diferentes, por meio da guia Layout de Página. 
 
10. Grupo links: 
 
exibe a caixa de diálogo Inserir Hiperlink 
(abaixo), atalho CTRL+K, em que é possível 
criar um link (atalho) para outro ponto do mesmo 
documento (mas, nesse caso, o usuário tem antes que 
criar um indicador para esse local 
usando este ícone: ), outro arquivo 
(documento do Word, apresentação do 
PowerPoint, vídeos etc.) ou, ainda, para uma página da 
internet. 
 
11. Guia de design: a partir dessa guia, é possível 
escolher temas, estilos de formatação, marca-d’água, 
cor da página etc. 
 
 Ferramentas de design: formatação do 
documento (design), plano de fundo da página, 
marca-d’água, espaçamento de parágrafos, bordas da 
página etc. Tente ir pelo raciocínio de que a maioria 
das ferramentas presentes nessa guia irá alterar a 
estética/embelezamento DE TODO O TEXTO, e não 
somente de uma parte isolada. 
 
12. Guia layout: esta guia permitirá que o usuário faça 
manipulações em sua página, tais como configurar as 
margens, orientação da página (retrato ou paisagem), o 
tamanho da página, as colunas e muitas outras opções 
de configurações. 
 
 Alterações estruturais de um documento no todo: 
página (orientação, tamanho...), espaçamento dos 
parágrafos, colunas, quebras etc. Enquanto vimos que 
a guia Design segue a ideia da estética de todo o 
documento, a guia Layout segue a ideia da estrutura. 
 
13. Guia configurar página: 
 
 Margens: clicar na aba layout da página e, em 
margens, no menu que irá aparecer, temos alguns 
tamanhos predefinidos, como margens superior, 
esquerda, inferior e direita. Podemos clicar em algumas 
dessas margens predefinidas ou podemos criar uma 
personalizada. 
 
 
 
 Orientação: neste botão, iremos configurar a página 
a ser trabalhada, isto é, se ela ficará em pé, como retrato, 
ou deitada, no sentido horizontal. 
 
 
 
 
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 Tamanho: escolhe o tamanho da folha 
a ser utilizada. 
 
 
 
 Colunas: com esta opção, o usuário, após selecionar 
o texto, pode dividi-lo em várias colunas. 
 
 
 
 
 Hifenização: é o recurso em que o Word separa as 
palavras corretamente. Ao 
digitar, se a palavra for 
comprida, automaticamente 
ele separa. Selecionar o texto, 
clicar em hifenização e 
automático. 
 
 
 Números de linhas: mostra os números das linhas, 
fazendo referência a linhas 
específicas no documento, 
com rapidez e facilidade, 
usando números de linhas nas 
margens. 
 
 
 Quebras: adiciona uma quebra no local atual para o 
texto continuar novamente na página, seção ou coluna 
seguinte. 
14. Guia de referências: permite inserir nota de rodapé, 
sumário, legendas, índices, citações etc. 
 
 Sumário: permite adicionar um sumário ao texto. 
Após adicionar o sumário, clique em “Adicionar Texto” 
para adicionar entradas à tabela. 
 
 Inserir Nota de Rodapé: serve para adicionar notas 
de rodapé ao documento. Essas notas são numeradas 
automaticamente conforme são inseridas e, da mesma 
forma, são renumeradas automaticamente conforme 
forem movimentadas no texto. As notas de rodapé são 
inseridas no rodapé do documento. Atalho: Alt+Ctrl+F. 
 
 Inserir Nota de Fim: serve para adicionar notas de fim 
ao documento. As notas de fim são inseridas no fim do 
documento. Atalho: Alt+Ctrl+D. 
 
 Próxima Nota de Rodapé: navega até a próxima nota 
de rodapé do documento, permitindo que se navegue 
entre elas. Rola o documento para mostrar o local onde 
as notas de rodapé ou as notas de fim estão localizadas. 
 
 Inserir Citação: citar um livro, artigo de jornal ou 
outro periódico como fonte das informações do 
documento. Escolha uma opção da lista de fontes que 
você criou ou especifique informações sobre uma nova 
fonte. O Word formatará a citação de acordo com o 
estilo selecionado. 
 
 Gerenciar Fontes Bibliográficas: com esta opção, 
você gerencia as fontes citadas em seu documento, 
editando, removendo e procurando por novas. 
 
 Bibliografia: adicionar uma bibliografia que lista 
todas as fontes citadas no documento. 
 
 Inserir Legenda: para adicionar uma legenda a uma 
imagem. Uma legenda é uma linha de texto exibida 
abaixo de um objeto ou imagem, para descrevê-la. 
 
 Inserir Índice de Ilustrações: um índice de ilustrações 
inclui inserir uma lista com todas as ilustrações, tabelas 
ou equações do documento. 
 
 Referência Cruzada: referir-se a itens, como títulos, 
ilustrações e tabelas, inserindo uma referência cruzada 
como “Consulte a Tabela 2” ou “Vá para a página 12”. As 
referências cruzadas serão atualizadas automaticamente 
se o conteúdo for movido para outro local. Por padrão, 
elas são inseridas como hiperlinks. 
 
 Marcar Entrada: inclui o texto selecionado no índice. 
Atalho: Alt+Shift+X. 
 
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 Inserir Índice: inserir um índice no documento. Um 
índice é uma lista de palavras-chave encontradas no 
documento, podendo ser entradas de capítulos, títulos e 
subtítulos, por exemplo, juntamente com os números 
das páginas em que aparecem. 
 
 Atualizar Índice: atualizar o índice após modificações 
no documento, de modo que todas as entradas indiquem 
os números das páginas corretamente. 
 
15. Guia correspondências: cria e configura envelopes, 
etiquetas e mala direta. Ferramentas apenas para a 
criação de mala direta (cartas/e--mail), etiquetas e 
envelopes. 
 
 Iniciar uma mala direta: para criar uma carta-modelo 
a ser impressa ou enviada várias vezes por e-mail, 
remetendo cada cópia a um destinatário diferente. 
 
 Realçar Campos de Mesclagem: realçar os campos 
inseridos no documento. Este recurso facilita a 
identificação da parte da carta-modelo que será 
substituída pelas informações da lista de destinatários 
escolhida. 
 
 Bloco de Endereço: adicionar um endereço à carta. 
Você especifica a informação e o local e o Word 
substituirá essas informações pelos endereços reais da 
lista de destinatários depois que a mala direta for 
concluída. 
 
 Linha de Saudação: adicionar uma linha de saudação, 
como “Prezado(a)”, ao documento. 
 
 Inserir Campo de Mesclagem: adicionar qualquer 
campo da lista de destinatários ao documento, como 
“Sobrenome”, “Nome da Empresa” etc. Após concluir a 
mala direta, o Word substituirá esses campos pelas 
informações reais da lista de destinatários. 
 
 Regras: especificar regras para a mala direta. 
 
 Coincidir Campos: este recurso informa ao Word o 
significado dos vários campos da lista de destinatários. 
Por exemplo, você pode indicar que o campo 
personalizado “Residencial” equivale ao campo interno 
normal “Telefone Residencial”. 
 
 Atualizar Etiquetas: ao criar etiquetas, é possível 
atualizar todas as etiquetas do documento para usar as 
informações da lista de destinatários. 
 
 Visualizar Resultados: substitui os campos de 
mesclagem no documento pelos dados reais da lista de 
destinatários, sendo possível visualizar sua aparência. 
 
 Localizar Destinatário: localizar e visualizar um 
registro específico na lista de destinatários. 
 
 Verificação Automática de Erros: permite verificar se 
há erros após a conclusão da mala direta. 
 
 Concluir e Mesclar: permite concluir a mala direta. 
 
16. Guia de revisão de texto: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ortografia e Gramática: para verificar a ortografia e 
a gramática no documento. Atalho: F7. 
 
 Dicionário de Sinônimos: para sugerir palavras com 
significado semelhante ao da palavra selecionada. 
Atalho: Shift+F7. 
 
 Contagem de Palavras: conta o número de palavras, 
caracteres, parágrafos e linhas no documento. É possível 
visualizar a contagem de palavras também na barra de 
Status do Word. 
 
 Traduzir: permite traduzir 
palavras ou parágrafos em um 
idioma diferente usando 
dicionários bilíngues ou tradução 
automática. 
 
 Idioma: permite definir o 
idioma para revisão do texto. 
 
 Novo Comentário: permite adicionar um novo 
comentário sobre a seleção. Também é possível excluir 
um comentário e, ainda, navegar por eles. 
 
 Controlar Alterações: controla todas as alterações 
feitas no documento, incluindo inserções, exclusões e 
alterações de formatação. Além disso, é possível 
escolher a forma de mostrar as marcações, o tipo de 
marcação a ser exibida no documento e mostrar as 
revisões em uma janela separada. 
 
 
 
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 Aceitar para aceitar as alterações do documento, 
aceitar e passar para a próxima ou ainda aceitar todas as 
alterações do documento. 
 
 Rejeitar para rejeitar as alterações do documento, 
rejeitar e passar para a próxima ou ainda rejeitar todas 
as alterações do documento. 
 
 Comparar: para comparar ou combinar várias versões 
do documento. 
 
 Bloquear Autores ou Restringir como pessoas editam 
ou formatam partes específicas do documento. 
 
17. Guia exibir: por meio desta guia, podemos alterar e 
personalizar como exibir o documento. 
 
 Modo de Leitura: maximiza o espaço de visualização 
do documento a fim de proporcionar melhor leitura em 
tela. 
 
 Layout de Impressão: exibe o documento do modo 
como ficará na página impressa. 
 
 Layout da Web: exibe o documento do modo como 
ficaria em uma página da web. 
 
 Estrutura de Tópicos: exibe o documento como uma 
estrutura de tópicos. 
 
 Rascunho: exibe o documento como um rascunho 
para uma edição rápida. Não exibe figuras e cabeçalho e 
rodapé, por exemplo. 
 
 O único modo de exibição no qual aparece a 
régua vertical é o Layout de Impressão. Nos 
demais, a régua vertical não é exibida. 
 
 Mostrar: Permite configurar para 
exibir Régua, Linhas de Grade e 
Painel de Navegação. 
 
 
 Zoom: Neste grupo, é 
possível configurar o Zoom do 
documento, além de 
visualização de uma ou duas 
páginas do documento na tela. 
Além disso, é possível também alterar o zoom do 
documento para que a largura da página corresponda à 
largura da janela. 
 
 
 
 Janela: Este grupo corresponde ao antigo menu 
Janela. Nele, é possível abrir uma nova janela do 
documento, organizar as janelas dos documentos 
abertos, dividir a janela do documento atual em duas 
partes, exibir documentos lado a lado, sincronizar a 
rolagem de dois documentos de forma que rolem juntos 
na tela, redefinir a posição da janela dos documentos 
que estão sendo comparados lado a lado, de modo que 
dividam a tela igualmente, e alternar entre as janelas dos 
documentos abertos. 
 
 Macros: Permite gravar uma macro ou exibir macros. 
As macros gravam sequências de ações para que possam 
ser usadas em outros documentos, facilitando o 
trabalho. As macros podem conter vírus, pois são áreas 
executáveis nos documentos do Office, por isso, quando 
você baixar um arquivo do Office da internet, é 
necessário desabilitar as macros, para a segurança dos 
seus dados. Os vírus que atacam documentos do Office 
são chamados vírus de macro. Atalho: Alt+F8. 
 
 Principais Teclas de Atalhos 
 
 
 EXCEL 2016 
 
O Microsoft Excel 2016 é um programa de planilha 
eletrônica de cálculos, em que as informações são 
digitadas em pequenos retângulos chamados de células ou 
referências. As células são cruzamentos de linhas verticais 
e linhas horizontais, ou seja, o ponto de encontro entre as 
colunas e as linhas. É um programa que faz parte do 
Microsoft Office. 
 
 
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 Barra de ferramentas de acesso rápido: a barra de 
ferramentas de acesso rápido é a pequena área na parte 
superior direita da Faixa de Opções. Ela contém os itens 
que você usa com frequência: salvar, desfazer e repetir. 
Você pode adicionar seus comandos favoritos a ela para 
que estejam disponíveis, não importando em que guia 
você esteja. 
 
 Botão Salvar (Ctrl+B): permite salvar a 
pasta em edição. 
 
 Botão Desfazer (Ctrl+Z): permite desfazer 
a última ação executada. 
 
 Botão Refazer (Ctrl+Y): permite refazer o 
que foi desfeito. 
 
 Botão Personalizar Barra de Ferramentas de Acesso 
Rápido: você pode personalizar essa barra. Clicando 
nesse botão (flecha para baixo), aparece um 
menu contendo outros comandos que 
podem ser incluídos. 
 
 (CTRL + O): esse comando permite a abertura de um 
novo documento ou um modelo (.xltx) pré-formatado. 
 
 (CTRL+A): abre um documento existente e que já foi 
salvo anteriormente. 
 
 Conhecendo as Fórmulas e Funções do Excel 2016 
 
Funções de uma planilha são comandos mais compactos 
e rápidos para executar fórmulas. Com elas, é possível 
fazer operações complexas com uma única fórmula. As 
funções são agrupadas em categorias para facilitar a sua 
localização. 
 
 funções financeiras: para calcular juros, rendimento 
de aplicações, depreciação de ativos etc.; 
 funções matemáticas e trigonométricas: permite 
calcular raiz quadrada, fatorial, seno, tangente etc.; 
 funções estatísticas: para calcular a média de valores, 
valores máximos e mínimos de uma lista, desvio padrão, 
distribuições etc.; 
 funções lógicas: possibilitam comparar células e 
apresentar valores que não podem ser calculados com 
fórmulas tradicionais. 
 
Para introduzir uma função, o mais prático, enquanto 
não se familiariza com essa funcionalidade, é selecionar 
a Guia Fórmulas. Selecione a célula em que pretende 
inserir a fórmula e depois escolha o comando Inserir 
Função. 
 
 Utilizando Fórmulas para Calcular 
 
Uma fórmulaé uma equação que analisa e faz cálculos 
com dados em uma planilha. As fórmulas no Excel 
sempre são iniciadas pelo sinal de igual (=), seguido dos 
valores a serem calculados e dos operadores de cálculo. 
 
Além de servir valores diretamente dentro de uma 
fórmula, você também pode utilizar referências de célula 
que contêm os valores desejados para realizar um 
cálculo. Dessa forma, o resultado do cálculo será 
atualizado automaticamente quando o valor de uma das 
células que fazem parte da fórmula for alterado. 
 
Uma fórmula também pode conter qualquer um dos 
seguintes itens: funções, referências, operadores e 
constantes. As funções, que são fórmulas pré-
desenvolvidas, serão estudadas posteriormente. Então, 
em se tratando dos outros elementos que uma fórmula 
pode conter, veremos a explicação de cada um. 
 
 
 
 
 
 
 Referências: Uma referência identifica uma célula ou 
um intervalo de células em uma planilha e informa ao 
Microsoft Excel onde procurar os valores ou dados a 
serem usados em uma fórmula. Com referências, você 
pode usar dados contidos em partes diferentes de uma 
planilha em uma fórmula ou usar o valor de uma célula 
em várias fórmulas. Você também pode se referir a 
células de outras planilhas na mesma pasta de trabalho 
e a outras pastas de trabalho. 
 
 Operadores: um sinal ou símbolo que especifica o 
tipo de cálculo a ser executado dentro de uma 
expressão. Existem operadores aritméticos, de 
comparação, lógicos, concatenação e de referência. 
 
 
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Se digitarmos ‘9, o Excel irá converter o 9 de numérico 
para texto. Se digitarmos =”a1+b2”, ele retornará a1+b2. 
E se digitarmos =9&2, ele retornará 92 em valor textual. 
O símbolo “&” tem a função de concatenar (juntar) 
valores e transformá-los em um valor de texto. 
 
Como resolver uma fórmula composta (fórmula com 
mais de um operador)? Siga a tabela abaixo: 
 
 
Exemplo: =A1+b5*C6^A6 
1º – Exponenciação (^) 
2º – Multiplicação (*) 
3º – Soma (+) 
 
 Constantes: um valor que não é calculado e que, 
portanto, não é alterado. Uma expressão ou um valor 
resultante de uma expressão não é considerado uma 
constante. 
 
 Criando uma fórmula simples: 
 
Para demonstrar na prática a criação de uma fórmula 
simples de soma, tomaremos por base a seguinte tabela: 
 
 
 
 
 
 
 
Em seguida, vamos posicionar a célula em que queremos 
que o resultado saia e vamos digitar o sinal de igualdade. 
Depois, vamos incluir a referência da primeira célula. 
Depois o operador matemático. Em seguida inclua 
também a referência da segunda célula, e por fim click 
na tecla enter e o resultado surgirá. 
 
 
 
 
 
 
 Funções são fórmulas predefinidas que efetuam 
cálculos usando valores específicos, denominados 
argumentos, em uma determinada ordem ou estrutura. 
As funções podem ser usadas para executar cálculos 
simples ou complexos. Uma Função funciona como um 
operador dentro de uma fórmula, semelhante à adição, 
subtração etc. Porém, as funções são capazes de realizar 
cálculos mais complexos e de maneira mais simples. As 
funções são compostas por duas partes básicas e 
começam com um sinal de igual (=), seguido do nome da 
função, um parêntese de abertura, os argumentos da 
função separados por vírgulas e um parêntese de 
fechamento. 
 
 
NOME DA FUNÇÃO: todas as funções que o Excel 
permite usar em suas células têm um nome exclusivo. 
Para obter uma lista das funções disponíveis, clique em 
uma célula e pressione SHIFT+F3. 
PONTUAÇÃO: o sinal de “;” (ponto e vírgula) é 
interpretado como união (E). Exemplo: =SOMA(A1;A6). 
O Excel irá somar o valor de A1 E o valor de A6. O sinal 
de “:” (dois-pontos) é interpretado como intervalo (ATÉ). 
Exemplo: =SOMA (A1:A6). O Excel irá somar os valores 
de A1 ATÉ o valor de A6. O espaço em branco no meio de 
dois intervalos será interpretado como uma 
INTERSEÇÃO. Exemplo: =SOMA (A1:A6 A4:A5). O Excel 
irá somar apenas as células que se repetem (se cruzam) 
nos dois intervalos. A4 e A5. 
 PRINCIPAIS FUNÇÕES EXCEL: 
 Soma; 
 Média; 
 Máximo e Mínimo; 
 Maior e Menor; 
 Se; 
 Somase; 
 Cont.se; 
 Cont.valores; e 
 Procv. 
 
 Soma: esta função soma valores, sendo possível 
adicionar valores individuais, valores de células ou, até 
mesmo, intervalo de valores. 
 
Exemplos: 
 =SOMA(A2:A10): Irá realizar a adição de todos os 
valores no intervalo de A2 até A10. O sinal de “:” 
(dois pontos) indica ao Excel que o usuário está se 
referindo a um intervalo. 
 
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 =SOMA(A2;A10): Irá somar, por outro lado, apenas os 
valores das células A2 e A10, uma vez que “;” (ponto e 
vírgula) não indica um intervalo, mas valores isolados. 
 =SOMA(A2:A10;2): Adiciona 2 à soma dos valores 
presentes no intervalo A2 a A10. 
 
 Média: A função “MÉDIA” retorna a média aritmética 
entre 2 ou mais valores. Não confunda, entretanto, a 
função “=média ()” com a função “=med()”, uma vez que 
esta última fornece a mediana (pegadinha rotineira nos 
concursos). 
Exemplos: 
 =MÉDIA(A2:A10): Retornará a média destes 9 
números no intervalo A2 a A10. 
 =MÉDIA(A2;A10): Fará a média aritmética entre as 2 
células: A2 e A10. 
 Máximo e mínimo: a lógica desta função é 
semelhante à das funções anteriores. Todavia, neste 
caso, irá retornar o maior ou menor valor dentro de um 
intervalo, ou entre valores especificados pelo usuário 
(utilizando o ponto e vírgula). 
 
Exemplos: 
 =MÁXIMO(A2:A10): Maior valor dentro deste 
intervalo. 
 =MÍNIMO(A2;A10): Menor valor das 2 células (A2 
ou A10). 
 =MÁXIMO(A2:A10;A15;50): Maior valor 
comparando o número 50, com a célula A15 e o 
intervalo A2:A10. 
 Maior e menor: a função “MÁXIMO” retornará o 
maior valor entre todos, enquanto que a função 
“MAIOR” exige que o usuário informe, adicionalmente, o 
ranking do “maior” que ele deseja. Isto é, se é o segundo 
maior, terceiro maior, e assim sucessivamente. 
 
Exemplos: 
 =MAIOR(A2:A10;1): informa o maior número no 
intervalo de A2 a A10; 
 =MAIOR(A2:A10; 2): informa segundo maior 
número no intervalo de A2 a A10; 
 =MENOR(A2:A10;5): retorna o quinto menor valor 
dentro do intervalo 
 Repare, que esta função não permite a inserção 
de valores isoladamente (como nos exemplos 
anteriores), mas sim de um intervalo. 
 
 Função “SE”: permite que o programador faça um ou 
mais testes lógicos, de forma que o software retorne um 
valor, caso este teste seja verdadeiro, ou outro valor, 
caso contrário. 
 
A sintaxe desta função é: =se(teste lógico; [valor 
verdadeiro]; [valor falso]) 
 =SE(A2>0;1;2): Irá verificar se o conteúdo da célula A2 
é maior que zero. Se sim, retornará o valor 1, caso 
contrário, 2. 
 =SE(A2>10;1;2): Irá verificar se o conteúdo da célula A2 
é maior que 10. Se sim, retornará o valor 1, caso 
contrário, 2. 
 Função “SE” dentro de outra função “SE” 
Existe ainda a opção de intercalar uma função “SE” 
dentro de outra, no objetivo de fazer análises mais 
complexas, e isto abre um leque imenso de 
possibilidades. 
Como nada é mais esclarecedor que um exemplo prático, 
imagine que um professor queira dar notas A, B ou C para 
os alunos. Sendo que a nota “A” será para aqueles com 
média acima de 7, a nota “B” para aqueles com média 
entre 4 e 7, e abaixo de 4, nota “C”. 
O primeiro passo é verificar se a média do aluno é maior 
ou menor que 7, certo?! Se for maior ou igual a 7, nota 
A. Caso seja menor, deve-se, adicionalmente, observar 
se a média é maior ou menor que 4. Dessa maneira 
teremos todas as possibilidades analisadas. 
Dado que a nota do aluno esteja na célula A2, veja como 
a função seria escrita: 
 =SE(A2>=7;”A”;SE(A2>=4;”B”;”C”)) 
 
Primeiro o programa irá verificar se a média é maior ou 
igual a 7. Em caso afirmativo, irá retornar “A” e sair da 
função. Fim. 
 
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Apenas na hipótese de a média ser menor que 7, o 
programa irá verificar a parte FALSA da função, isto é 
“ SE(A2>=4;”B”;”C”)”. 
Desse modo, se a linha de comando chegar a este ponto, 
significa que a média do aluno JÁ É menor que 7, devendo, 
para finalizar, apenas verificar se é maior que 4 ou não. 
Caso afirmativo, o programa retornará a nota “B”, caso 
contrário “C”. 
 Função SOMASE: Realizará a soma do conteúdo das 
células, desde que alguma condição seja obedecida. 
Exemplo: 
=SOMASE(A1:A5; “>3”) somará todos valores maiores 
que 3, no intervalo A1:A5. Como apenas 4 e 5 são 
maiores que 3, o resultado será 9. 
 Função Cont.SE: Esta função retornará a quantidade 
de células em um intervalo que obedeça determinada 
condição. 
 
 
No exemplo acima, a função 
=CONT.SE(A1:A5;”LARANJA”) irá contar quantas vezes a 
palavras “laranja” se repete no intervalo de A1 a A5. 
 Função CONT.VALORES: diferentemente da função 
cont.se, CONT.VALORES não requer uma condição, mas 
apenas um intervalo. Fornecido o intervalo, a função 
retornará, como resultado, a quantidade de células não 
vazias. 
 
 Função PROCV: fará a busca de um valor em uma 
coluna e, ao encontrá-lo, retornará o conteúdo de outra 
coluna, pertencente à mesma linha. 
Veja a sintaxe: =PROCV(Valor_procurado, matriz_tabela, 
num_indice_coluna) 
 
 =PROCV(“Leandro”;A1:B5;2): Irá buscar pela palavra 
“Leandro” sempre pela primeira coluna da matriz 
fornecida e, em seguida, retornará o valor da segunda 
coluna da matriz, pertencente à mesma linha. 
 
 PROCV(“Leandro”; A2:C5;3) Irá buscar pela palavra 
“Leandro” sempre pela primeira coluna da matriz 
fornecida e, em seguida, retornará o valor da terceira 
coluna da matriz, pertencente à mesma linha, ou seja, 
“motorista”. 
 PRINCIPAIS TECLAS DE ATALHOS DO EXCEL 
 
 
 
 Tecla ALT. ALT + LETRA irá ativar a exibição das 
teclas de atalho das guias e ferramentas. 
Observe quando o ALT é pressionado. 
 
 
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 Sistema Operacional Linux 
 
Um Sistema Operacional criado por Linus Torvald, a 
partir de uma coleção de software construído sobre o 
Kernel (núcleo) do Linux. Cada distribuição possui 
recursos que a tornam única. 
 
Algumas distribuições são projetadas para uso geral, 
enquanto outras são projetadas para um caso de uso 
muito específico, como um firewall ou um servidor da 
Web. 
 
Ao contrário de um software proprietário, ele é um 
software livre, cujo código-fonte está aberto e 
disponível sob a Licença GPL (General Public License) 
para que o usuário possa ter acesso ao código-fonte com 
o intuito de utilizá-lo executá-lo, estudá-lo, modificá-lo e 
distribuí-lo livremente de acordo com os termos da 
licença. 
 
É multitarefa, isto é, o sistema pode executar mais de 
uma aplicação ao mesmo tempo. 
 
É multiusuário, isto é, um mesmo computador pode ter 
várias contas de usuário. 
 
Seu usuário administrador recebe o nome de root. 
 
 Sistema de Arquivos: 
 
 EXT2; 
 EXT3 
 EXT4; *Mais usado. 
 REISERFS; 
 
 Estrutura de Arquivos: 
 
DIRETÓRIO DESCRIÇÃO 
/ É o diretório raiz 
/bin (arquivos binários) onde os programas 
iniciados de forma autonoma. 
/boot Arquivos para inicialização do sistema 
/etc Todos os arquivos de configuração do 
sistema e programas 
/home Arquivos pessoais e de configuração de 
um usuário 
 
 
 
 
 
 Comandos mais utilizados: 
 
 
 
 Principais Distribuições: 
 
 
 
 
ANOTAÇÕES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comando Descrição 
ls Exibe o conteúdo do diretório atual. 
cd Permite a mudança de um diretório para outro. 
rm Remove arquivos ou diretórios. 
cp Comando usado para copiar arquivos. 
mkdir Comando usado para criar diretórios (pastas). 
pwd 
Comando usado para mostrar o caminho do 
diretório atual. 
Cat Usado para unir, criar e exibir arquivos. 
Mv Usado para mover arquivos 
Find 
Usado para procurar arquivos/diretórios no 
disco através de parâmetros como tamanho, data 
de modificação. 
 
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PRIMEIROS HABITANTES 
Povos Pré-Colombianos 
Aqueles que viviam na América antes da chegada de 
Cristóvão Colombo. Este termo é usado para se referir 
aos povos nativos da América Hispânica e da América 
Anglo-saxônica. 
Destacavam-se: os olmecas, os toltecas, os teotihuacanos, 
os zapotecas, os mixtecas, os astecas e os maias) e 
dos Andes (os incas, moches, chibchas, cañaris). 
 
Índios da Amazônia 
Segundo os estudos realizados por linguistas, na Amazônia 
existia cerca de 718 línguas faladas entre os 6 grandes 
troncos-linguisticos indígenas. Os grandes troncos 
linguísticos que habitavam a Amazônia em 1616 eram: 
Tupi, Aruaque, Karibi, Tukano, Pano e Jê. 
 
Índios do acre 
Três são os troncos linguísticos que formam a população 
indígena no Acre. São eles: Panos, Aruaques e Katukinas. 
Os principais grupos indígenas existentes no Acre são: 
Kaxinawás, Yawanawás, Oyanawás, Jaminawás, Nukuinus, 
Araras Kaxararis, Kulinas, Kampas, Katukinas, Machineris, 
Xinanes. 
 
Curiosidade: As “correrias” contra os indíos. 
 
As correrias eram perseguições armadas aos povos 
indígenas que acompanharam a abertura e a instalação 
dos seringais no Acre proporcionadas fundamentalmente 
por seringalistas, no final do século XIX e início do século. 
 
FORMAÇÃO ECONÔMICA DO ACRE 
 
Primeiro Ciclo da Borracha 
O Primeiro Ciclo da Borracha na Amazônia aconteceu no 
final do século XIX e no início do século XX. Teve o seu 
apogeu entre 1879 e 1912, após o 
surgimento do automóvel, quando 
a indústria automobilística 
potencializou o uso da borracha. 
Obtida a partir do látex da 
seringueira, árvore originária da 
Amazônia. 
 
A borracha vinha do látex e o látex era obtido da 
seringueira, um produto exclusivo da Amazônia brasileira. 
No final do século XIX, Manaus se tornou o centro de 
comercialização desse produto para o Mundo. O látex era 
obtido em áreas distantes e trazido para Manaus de onde 
saia para a Europa e para os Estados Unidos. 
Nessa época o Brasil proibiu a saída de mudas de 
seringueiras do país, para ter a exclusividade do produto 
por mais tempo. Os ingleses 
levaram vários navios com 
contrabando de mudas para o 
sudeste da Ásia. Essas mudas 
foram plantadas na região da 
Indochina, nos atuais 
territórios do Vietnam, Laos e 
Malásia, onde a seringueira 
obteve excelentes resultados. 
 
 
O látex do Sudeste da Ásia inundou o Mundo de borracha 
e o preço caiu, pondo fim ao Ciclo da Borracha brasileiro, 
diminuindo a riqueza da Amazônia. 
 
A Migração Nordestina 
À proporção que subia no mercado o preço da borracha, 
crescia a demanda e aumentava a corrida para 
a Amazônia. Os seringais multiplicavam-se, assim, 
pelos vales do Acre, do Purus e, mais a oeste, 
do Tarauacá: em um ano (1873-
1874), na bacia do Purus, a 
população subiu de cerca de mil 
para quatro mil habitantes. Por 
outro lado, o governo imperial, já 
sensível às ofertas decorrentes da 
procura da borracha, considerou 
brasileiro todo o vale do Purus. 
 
Também na segunda metade do século XIX registraram-se 
perturbações no equilíbrio demográfico e geoeconômico 
do império, com o surto cafeeiro no Sul canalizando os 
recursos financeiros e de mão de obra, em detrimento 
do Nordeste. O empobrecimento crescente dessa região 
impulsionou ondas migratórias em direção aos estados 
do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. O movimento 
de populações tornou-se 
particularmente ativo durante a 
seca prolongada no interior 
nordestino, de 1877 a 1880, 
expulsando centenas de 
nordestinos, que rumaram para 
os seringais em busca de trabalho. 
 
O avanço da migração nordestina processou-se até as 
margens do Juruá] e acelerou a ocupação das terras que 
mais tarde a Bolívia reclamaria. Os grandes leitos fluviais e 
a rede de seus tributários eram então intensamente 
trafegados por flotilhas de embarcações do mais variado 
porte, transportando colonos, mercadorias e material de 
abastecimento para os núcleos mais afastados. 
HISTÓRIA DO ACRE 
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Toltecas
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Os governos do Amazonas e do Pará logo instituíram as 
chamadas casas aviadoras, que financiavam vários tipos 
de operações, garantiam créditos e promoviam o 
incentivo comercial nos seringais 
Curiosidade: As “Gaiolas”. 
 
Eram embarcações mais 
utilizadas pelos nordestinos 
que migravam para as regiões 
acreanas. Possuíam um 
acabamento tosco, onde o 
conforto era mínimo, e os passageiros dormiam 
em redes no convés, o que, segundo a tradição oral, deu 
origem ao nome, pois as redes balançam de um lado para 
o outro, tal como o balanço dos pássaros nas gaiolas. 
 
O segundo ciclo da borracha 
O período da Batalha da Borracha, alguns também 
chamam este período de Segundo Ciclo da Borracha, no 
período de 1942 a 1945 no 
contexto da Segunda Guerra 
Mundial, quando a Amazônia 
teve novamente, embora por 
pouco tempo, um aumento 
na procura e produção 
da borracha financiado pelos 
Estados Unidos 
 
Quando as forças japonesas dominaram militarmente 
o Pacífico Sul nos primeiros meses de 1942 e invadiram 
também a Malásia, o controle dos seringais passou a estar 
nas mãos dos nipônicos, o que culminou na queda de 97% 
da produção da borracha asiática. 
 
Na ânsia de uma solução para esse impasse e, também 
para suprir a borracha necessária para o material bélico 
dos Forças Aliadas, em maio de 1941 o governo brasileiro 
fez acordos com o governo dos Estados Unidos, chamados 
de Acordos de Washington, que desencadeou uma 
operação em larga escala de extração de látex na 
Amazônia - operação que ficou conhecida como a Batalha 
da Borracha. 
 
Como os seringais estavam abandonados e mais de 35 mil 
trabalhadores permaneciam na região, o grande desafio 
de Getúlio Vargas, então presidente do Brasil, era 
aumentar a produção anual de látex de 18 mil para 45 mil 
toneladas, como previa o acordo. Para isso seria 
necessária a força braçal de 100 mil homens. 
 
 
O alistamento compulsório em 1943 era feito pelo Serviço 
Especial de Mobilização de Trabalhadores para a 
Amazônia (SEMTA), com sede 
no nordeste, em Fortaleza, 
criado pelo então Estado 
Novo. A escolha do nordeste 
como sede deveu-se 
essencialmente como resposta 
a uma seca devastadora na 
região e à crise sem 
precedentes que os 
camponeses da região 
enfrentavam. 
 
Milhares de trabalhadores de várias regiões do Brasil 
foram compulsoriamente levados à escravidão por 
dívida e à morte por doenças para as quais não possuíam 
imunidade. 
Só do nordeste foram para a Amazônia 54 mil 
trabalhadores, sendo 30 mil deles apenas do Ceará. Esses 
novos seringueiros receberam a alcunha de Soldados da 
Borracha, numa alusão clara de que o papel do seringueiro 
em suprir as fábricas nos EUA com borracha era tão 
importante quanto o de combater o regime nazista com 
armas. 
Cerca de 30 mil seringueiros morreram abandonados na 
Amazônia, depois de terem exaurido suas forças extraindo 
o ouro branco. Morriam de malária, febre 
amarela, hepatite e atacados por animais 
como onças, serpentes e escorpiões. 
 
A REVOLUÇÃO ACREANA 
 
A ocupação das terras bolivianas pelos seringueiros 
brasileiros. 
 
Em 1890, um oficial boliviano, José Manuel Pando, alertou 
seu governo para o fato de que na bacia 
hidrográfica do Juruá havia mais de 300 seringais, com a 
ocupação dos brasileiros implantando-se cada vez mais 
rapidamente em solo da Bolívia.[22] 
 
A penetração brasileira avançara 
em profundidade para oeste do 
meridiano de 64º até além do de 
72º, numa extensão de mais de 
mil quilômetros, muito embora já 
estivessem fixadas as fronteiras 
acima da confluência do Beni-
Mamoré, segundo o tratado de 
1867. 
 
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Em 1895, criou-se uma comissão para o ajuste da divisa. O 
representante brasileiro, Gregório Taumaturgo de 
Azevedo, demitiu-se após verificar que a ratificação do 
tratado de 1867 iria prejudicar os seringueiros ali 
estabelecidos. 
 
Em 1899, os bolivianos estabeleceram um posto 
administrativo em Puerto Alonso, cobrando impostos e 
lançando taxas aduaneiras sobre as atividades dos 
brasileiros. No ano seguinte, o Brasil aceitou a soberania 
da Bolívia na zona, quando reconheceu oficialmente os 
antigos limites na confluência Beni-Mamoré. Os 
seringueiros, alheios às tramitações diplomáticas, 
julgaram lesados seus interesses e iniciaram movimentos 
de rebeldia, ocorrendo duas sérias contestações 
 
Em abril de 1899, um advogado cearense, José Carvalho, 
liderou uma ação armada, que culminou na expulsão das 
autoridades bolivianas. 
 
Logo depois a Bolívia iniciou negociações com um truste 
anglo-americano, o Bolivian Syndicate, a fim de promover, 
com poderes excepcionais (cobranças de impostos, força 
armada), a incorporaçãopolítica e econômica do Acre a 
seu território. 
 
O Estado Independente do Acre 
O governador do Amazonas, José Cardoso Ramalho 
Júnior, informado do ajuste por um funcionário 
do consulado 
boliviano em Belém, o 
espanhol Luis Gálvez 
Rodríguez de Arias, enviou-o à 
frente de contingentes 
militares para ocupar Puerto 
Alonso. 
 
 
Gálvez proclamou ali a República do Acre, tornando-se seu 
presidente com o apoio dos seringalistas. O Novo Estado 
tinha o objetivo de afastar o domínio boliviano para depois 
pedir anexação ao Brasil. 
 
Em março de 1900, devido protestos da Bolívia, o 
presidente Campos Sales extinguiu a efêmera república 
(oito meses após a criação). Luis Gálvez teve que rendeu-
se e retirou-se para a Europa. 
 
Reinstalaram-se os bolivianos na região, mas sofreram em 
seguida o ataque de outra expedição que se constituíra 
em Manaus, com a ajuda do novo governador Silvério 
Néri, que também se opunha, nos bastidores, ao domínio 
da Bolívia sobre o Acre, de onde provinham, em forma 
de impostos, grandes quantias para o tesouro estadual. 
Em dezembro de 1900, composta de moços intelectuais, 
da boêmia de Manaus, a "Expedição dos Poetas" 
desbaratou-se após rápido combate em frente a Puerto 
Alonso. 
 
Plácido de Castro e as revoltas armadas 
Comerciantes e proprietários no Rio Acre resolveram 
entregar a chefia de nova insurreição a um ex-aluno 
da Escola Militar de Porto Alegre, José Plácido de 
Castro, gaúcho de São Gabriel, que, à frente de um corpo 
improvisado de seringueiros, iniciou operações na vila 
de Xapuri, no alto Acre, e aí prendeu as autoridades 
bolivianas (agosto de 1902). 
 
 
 
Depois de combates esparsos e bem-sucedidos, Plácido de 
Castro assediou Puerto Alonso, logrando a capitulação 
final das forças bolivianas (fevereiro de 1903). 
 
A luta começou em 6 de agosto de 1902, na cidade 
de Xapuri, sendo finalizada em 24 de janeiro de 1903, 
quando foi tomada Rio Branco (então transformada 
em Porto Acre). 
 
Plácido de Castro tinha como principal motivação o fato de 
haver a Bolívia arrendado o território do Acre a um 
sindicato estrangeiro (chartered company), semelhante 
aos que operavam na Ásia e na África. O Bolivian 
Syndicate, constituído por capitais ingleses e americanos, 
iria empossar-se na administração do Acre, dispondo de 
forças policiais e frota armada. 
 
Representantes dessa companhia chegaram à vila de 
Antimari (Rio Acre), abaixo de Puerto Alonso, mas 
desistiram da missão porque os revolucionários 
dominavam todo o rio, faltando pouco para o fim da 
resistência boliviana. 
 
 
 
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Aclamado governador do Estado Independente do Acre, 
Plácido de Castro organizou um governo em Puerto 
Alonso. Daí por diante a questão passou à esfera 
diplomática. 
 
A intervenção diplomática 
Daí por diante a questão passou à esfera diplomática. 
O Barão do Rio Branco assumira o Ministério do Exterior e 
seu primeiro ato foi afastar 
o Bolivian Syndicate. Os 
banqueiros responsáveis pelo 
negócio aceitaram em Nova 
York a proposta do Brasil: dez 
mil libras esterlinas como preço 
da desistência do contrato 
(fevereiro de 1903). 
 
Em novembro de 1903, Rio Branco e o plenipotenciário 
Assis Brasil assinaram com os representantes 
da Bolívia o Tratado de Petrópolis, pelo qual 
o Brasil adquiriu o Acre por compra (dois milhões de libras 
esterlinas, ou 36 268 contos e 870 mil-réis em moeda e 
câmbio da época), e cedeu uma pequena faixa do então 
território do Mato Grosso denominada Triângulo do 
Abunã,[38] com aproximadamente 2 300 km². 
 
Em consequência, dissolveu-se o Estado Independente, 
passando o Acre Meridional e o Acre Setentrional a 
constituírem o território brasileiro do Acre, organizado, 
segundo os termos da lei n° 1.181, de 25 de fevereiro de 
1904, e do decreto 5 188, de 7 de abril de 1904, em três 
departamentos administrativos: o do Alto Acre, o do Alto 
Purus e o do Alto Juruá, chefiados por prefeitos da livre 
escolha e nomeação do presidente da república. 
 
Solucionada a parte da Bolívia, um outro caso tinha de ser 
resolvido com o Peru. O governo de Lima, alegando validez 
de títulos coloniais, reivindicava todo o território do Acre 
e mais uma extensa área do estado do Amazonas. 
 
O governo de Lima, alegando validez de títulos coloniais, 
reivindicava todo o território do Acre e mais uma extensa 
área do estado do Amazonas.[39] Delegações 
administrativas e militares desse país tentaram 
estabelecer-se no Alto Purus (1900, 1901 e 1903) e no Alto 
Juruá (1898 e 1902). 
 
Os brasileiros, com seus próprios recursos, forçaram os 
peruanos a abandonar o Alto Purus (setembro de 
1903). Rio Branco, para evitar novos conflitos, sugeriu 
um modus vivendi para a neutralização de áreas no Alto 
Purus e no Alto Juruá e o estabelecimento de uma 
administração conjunta (julho de 1904). 
Isso não impediu um conflito armado entre peruanos e um 
destacamento do exército brasileiro em serviço no recém-
criado departamento do Alto Juruá. A luta findou com a 
retirada das forças peruanas. 
 
À luz dos títulos brasileiros e dos estudos das comissões 
mistas que pesquisaram as zonas do Alto Purus e do Alto 
Juruá, Rio Branco propôs ao governo do Peru o acerto de 
limites firmado a 8 de setembro de 1909. Com esse ato 
completou-se a integração político-jurídica do território 
na comunidade brasileira. 
 
A EXPANSÃO DA PECUÁRIA NO ACRE 
 
O governo militar pós 64 e a política de ocupação da 
Amazônia 
O presidente do Brasil, João Goulart, que havia assumido 
a Presidência em 1961, devido a 
renúnciade Jânio Quadros, não 
conseguiu chegar ao fim do seu 
mandato, devido ao contragolpe dos 
militares ocorrido em 31 de março 
de 1964. 
 
Com os militares ocupando a Presidência de República, a 
economia brasileira foi aberta à países ricos, garantindo 
assim a presença de empresas estrangeiras nas terras 
nacionais. 
 
Para a Amazônia, o Plano consistia que esta fosse 
explorada por grandes empresas multinacionais, 
substituindo os velhos e falidos seringais, por grandes 
empresas agropecuárias internacionais. 
 
Os órgãos criados pelos militares para a ocupação da 
Amazônia 
Com viés estatizante, o governo militar à 
época, criou vários órgãos para a 
execução de planos que facilitassem a 
entrada de empresários na região 
amazônica. 
 
Assim foram criados entres outros: 
SUDAM: Superintendência do desenvolvimento da 
Amazônia; 
BASA: Banco da Amazônia S.A; 
SUFRAMA: Superintendência da Zona Franca de Manaus/ 
INCRA: Instituto Nacional de Colonização e Reforma 
Agrária; dentre outros. 
 
O governo Vanderley Dantas e o incentivo a pecuária no 
Acre 
 
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Entre 1971 a 1974 o então 
governador, Francisco 
Vanderley Dantas, abriu as 
portas do Acre aos empresários 
do centro sul do Brasil que 
compraram terras baratas 
vendidas pelos seringalistas 
falidos. 
 
Dantas oferecia também incentivos estaduais utilizando-
se do dinheiro do extinto BANACRE para financiar a criação 
de gado colocando a disposição do fazendeiros os serviços 
dos setores do governo estadual, para a elaboração de 
projetos agropecuários. 
 
Investiu pesado em propaganda de rádio e televisão, 
dentro e fora do Estado do Acre para atrair fazendeiros. 
“Produzir no Acre, Investir no Acre, Exportar pelo pacífico” 
era o slogan de propaganda utilizado por Dantas para o 
convencimento de empresários dispostos a aplicar seu 
dinheiro na região acreana. 
 
O Acre tornou-se o paraíso dos 
fazendeiros e inferno para para 
índios e seringueiros, pois suas 
terras passaram e ser invadidas 
por pessoas que eles não 
conheciam, vindo de vários 
lugares do país, que passaram a se 
chamados de “paulistas”. 
 
Os seringueiros e índios que 
moravam nessas regiões, 
afetados pela expansão 
agropecuária mudaram-se 
para outros lugares. Os que 
ficaram tornaram-se “peões” 
dos próprios fazendeiros para 
poderem sobreviver. Os 
seringueiros expulsos foram para as cidades formando 
populosos barros. 
 
Apesar da falta de incentivo, a produção de borracha 
nunca foi extinta, e ainda hoje continua direta ou 
indiretamente constituindo parte da renda de muitos 
extrativistas que vivem no meio das florestas acreanas. 
 
O MOVIMENTO AUTONOMISTA NO ACRE 
Acre Território 
Logo após a anexação do Acre ao Brasil, os acreanos 
esperavam pela sua elevação a Estado o mais rápido 
possível, uma vez que, nessa época (Auge do Ciclo da 
Borracha), o Acre representava 1/3 do PIB brasileiro. 
Porém isso não aconteceu. 
 
 
Atendendo às disposições jurídicas do Tratado de 
Petrópolis, o presidente Rodrigues Alves sancionou a lei 
que criava o Território do Acre (1904) - o primeiro do país 
- dividindo o Território em três departamentos: o do Alto 
Acre, o do Alto Purus e o do Alto Juruá, este último 
desmembrado para formar o do Alto Tarauacá em 1912. A 
administração departamental exercia-se, até 1921, por 
prefeitos designados pelo Presidente da República. 
A revolta nos Departamentos 
Essa subjugação causou intensas revoltas da população. 
Foi o caso da revolta de Cruzeiro do Sul, em 1910, que 
depôs o Prefeito Departamental 
do Alto Juruá e proclamou criado 
o Estado do Acre (a chamada 
Revolta do Alto Juruá). Cem dias 
depois, entretanto, as tropas 
federais atacaram os revoltosos 
e restabeleceram a 'ordem' e a 
tutela. 
Em 1913, um movimento de revolta ocorreria no Purus, 
em Sena Madureira, por motivos muito semelhantes ao do 
Alto Juruá. Em 1918, seria a vez da luta autonomista 
chegar ao vale do Acre, em Rio Branco, que protestou 
intensamente contra a manutenção daquela situação de 
subjugação ao governo federal. Porém ambas as revoltas 
foram igualmente sufocadas à força pelo governo 
brasileiro. 
A elevação do Acre a categoria de Estado 
Impulso mesmo o movimento 
autonomista só voltaria a ter 
em meados da década de 50, 
quando o PSD, do ex-
governador José Guiomard 
dos Santos, resolveu assumir 
essa bandeira e elaborar um 
projeto de lei que 
transformava o Acre em 
Estado. 
 
 
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Esse projeto causou grande movimentação política em 
todo o Acre e chegou ao Congresso Nacional em 1957, 
provocando uma intensa disputa política entre o PTB de 
Oscar Passos e o PSD de Guiomard Santos, tendo o 
primeiro se posicionado contra a lei de transformação do 
Acre em Estado. 
Depois de muitas disputas no Congresso Nacional, 
finalmente em 1962, durante a fase parlamentarista do 
governo João Goulart, foi assinada a lei 4.070, de autoria 
do então deputado Guiomard Santos. 
 
Por uma ironia política, o Presidente João Goulart era do 
PTB, o partido que, a nível nacional, se colocava contra o 
tal projeto. Ainda assim, o projeto foi aprovado e passou a 
vigorar a partir do dia 15 de junho de 1962. 
O PTB, todavia, não foi de todo derrotado. Nas primeiras 
eleições livres e diretas realizadas na história do Acre, o 
PTB foi o grande vencedor, fazendo o primeiro governador 
constitucional do Acre, o Professor José Augusto de 
Araújo, além de todas as prefeituras municipais acreanas. 
ANOTAÇÕES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GEOGRAFIA DO ACRE 
 
ASPECTOS GERAIS 
O Estado o Acre está situado na Região Norte, no extremo 
oeste do Brasil, sua capital é Rio Branco e quem nasce no 
estado é chamado acriano ou acreano. Sua área 
compreende 164.123,738 km² e ocupa, entre os demais 
estados da federação, o 16º lugar em área territorial. 
O Estado faz fronteira com o estado do Amazonas ao 
norte e em seu extremo ocidental – em uma estreita faixa 
da fronteira, limita-se com Rondônia. Em sua porção 
noroeste, faz também fronteiras internacionais com 
o Peru e a Bolívia. É no Acre que se encontra o ponto mais 
ocidental do Brasil, a nascente do rio Moa. 
REGIÕES GEOGRÁFICAS: 
 INTERMEDIÁRIAS E IMEDIATAS DO ACRE 
O Acre é composto por 22 municípios, que estão 
distribuídos em cinco regiões geográficas imediatas, que 
por sua vez estão agrupadas em duas regiões geográficas 
intermediárias, segundo a divisão do Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (IBGE) vigente desde 2017. 
 
A primeira seçãoaborda as regiões geográficas 
intermediárias e suas respectivas regiões imediatas 
integrantes, enquanto que a segunda trata das regiões 
geográficas imediatas e seus respectivos municípios, 
divididas por regiões intermediárias e ordenadas pela 
codificação do IBGE. 
As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas 
em 2017, com a atualização da divisão regional do Brasil, 
e correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, 
que estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões 
geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as 
microrregiões. 
Na divisão vigente até 2017, os municípios do estado 
estavam distribuídos em cinco microrregiões e duas 
mesorregiões, segundo o IBGE. 
Essa configuração deve ser utilizada para fins de 
planejamento e estimativas. 
 
Regiões Geográficas Intermediárias 
Rio Branco e Cruzeiro do Sul. 
 
Regiões Geográficas Imediatas 
Rio Branco, Brasileia e Sena Madureira 
Cruzeiro do Sul e Taraucá. 
 
MUNICÍPIOS DA REGIÃO DE RIO BRANCO: Acrelândia, 
Bujari, Capixaba, Plácido de Castro, Porto Acre, Rio Branco, 
Senador Guiomard. 
MUNICÍPIOS DA REGIÃO DE BRASILEIA: Assis Brasil, 
Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri. 
MUNICÍPIOS DA REGIÃO DE SENA MADUREIRA: Monoel 
Urbano, Santa Rosa do Purus e Sena Madureira. 
MUNICÍPIOS DA REGIÃO DE CRUZEIRO DO SUL: Cruzeiro 
do Sul, Mâncio Lima, Marechal Thaumartugo, Porto 
Walter e Rodrigues. 
MUNICÍPIOS DA REGIÃO DE TARAUCÁ: Taraucá, Jordão e 
Feijó. 
 
VEGETAÇÃO 
 
Em razão do grande volume de chuvas e da farta rede 
fluvial, a vegetação do Acre é exuberante. É revestido por 
densa floresta equatorial de terra firme. 
 
É significativamente rica em seringueiras, o que lhe 
garante o primeiro lugar do país em produção de 
borracha. As árvores nativas da vegetação do Acre são 
responsáveis pela subsistência de grande parte dos povos 
da floresta: coletores, camponeses, seringueiros e 
população ribeirinha. 
 
A floresta amazônica é a maior floresta do planeta, apesar 
do desmatamento chegar a quase 20%. Por ser um bioma 
muito extenso, 60% da floresta está em território 
brasileiro, mas abrange 9 países da América do Sul (As 
Guianas - Rep. Da Guiana, Suriname e Guiana Francesa-, 
Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. O nono é o 
Brasil) e dentro do território nacional cobre 9 estados 
(Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Amapá, Pará, Mato 
Grosso, Tocantins e Maranhão). 
 
A porção da floresta amazônica em território nacional 
denomina-se “Amazônia Legal”. 
 
Características da floresta amazônica: 
 
Latifoliada: Que possui plantas com folhas grandes e 
largas. 
Perenófila: Sempre verde e abundante 
Densa: Mata muito fechada, com muitas variedades e de 
difícil penetração. 
https://www.infoescola.com/geografia/regiao-norte/
https://www.infoescola.com/amazonas/
https://www.infoescola.com/rondonia/
https://www.infoescola.com/bolivia/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acre
https://pt.wikipedia.org/wiki/Munic%C3%ADpio_(Brasil)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%B5es_geogr%C3%A1ficas_intermedi%C3%A1rias_e_imediatas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Brasileiro_de_Geografia_e_Estat%C3%ADstica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Brasileiro_de_Geografia_e_Estat%C3%ADstica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mesorregi%C3%B5es_e_microrregi%C3%B5es_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_mesorregi%C3%B5es_e_microrregi%C3%B5es_do_Acre
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_mesorregi%C3%B5es_e_microrregi%C3%B5es_do_Acre
https://www.infoescola.com/geografia/vegetacao-do-acre/
https://www.infoescola.com/biomas/florestas-equatoriais/
https://www.infoescola.com/historia/camponeses/
 
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Ombrófila: Sombria. As copas das árvores maiores fazem 
com que o interior da floresta receba pouca luz. 
Higrófila: Plantas adaptadas a alta pluviosidade 
(quantidade de chuvas). 
Heterogênea: Possui enorme diversidade. É considerada 
Megadiversa. 
 
 
POPULAÇÃO 
 
A população acriana estimada, segundo o IBGE em 2021 
era 906.876 pessoas distribuídas em 22 municípios. Como 
os demais estados da região, o Acre conta com uma das 
menores densidades demográficas do país, cerca de 4,47 
hab/km². 
HISTÓRICO E OCUPAÇÃO 
 
Quando ainda território da Bolívia, a área que hoje é o 
estado do Acre recebeu uma intensa leva de imigrantes 
nordestinos, especialmente cearenses, que fugiam da 
grave seca ocorrida em 1877. A presença de 
características nordestinas, nos costumes e na cultura 
ainda é marcante no Acre. 
 
Durante muitas décadas, o que hoje é uma unidade da 
federação brasileira, foi objeto de disputa com a Bolívia. 
Apenas em 1903, com a assinatura do Tratado de 
Petrópolis, que o território acreano passa definitivamente 
para a administração e posse brasileiras. No entanto, o 
Acre só se tornou um dos 26 estados da federação em 
1962. 
ECONOMIA 
 
Embora tenha havido nos últimos anos uma diversificação 
nas atividades econômicas do Acre, o extrativismo vegetal 
ainda é responsável por uma significativa parte das 
exportações do estado. 
Embora há anos em decadência, a borracha obtida a partir 
do látex das árvores amazônicas da seringueira, que 
experimentou seu auge no início do século XX, é um dos 
produtos do extrativismo que garantem sustento há 
muitas famílias acrianas. Além da borracha, a extração da 
castanha-do-brasil, também conhecida como castanha-
do-pará é importante para a geração de renda. 
A madeira é o produto que o Acre mais exporta, isso se 
deve ao o estado ser predominado pela floresta 
Amazônica. Exportação de madeira cresce 21,5% em um 
ano no Acre. E só no ano de 2019 mais de 31% de todos 
os produtos exportados pelo estado foram de madeira, o 
que gerou mais de USS 10 milhões 
Desenvolvimento Sustentável 
Um dos mais importantes conceitos contemporâneos é o 
de desenvolvimento sustentável. Em poucas palavras seria 
garantir o direito de exploração dos recursos naturais às 
gerações futuras: Desenvolvimento econômico, com o uso 
racional dos recursos, de modo a permitir às gerações 
futuras a fazer o mesmo. Pressupõe o uso racional e 
equilibrado da natureza, bem como também 
desenvolvimento social, como saneamento básico, acesso 
a atendimento de saúde e à educação. A sustentabilidade 
amazônica pressupõe a preservação da floresta, 
manutenção da soberania nacional e o desenvolvimento 
social. 
Os temas ligados ao meio ambiente são discutidos há 
relativamente pouco tempo, depois da década de 70. É um 
tema de grande interesse regional, nacional e até mesmo 
global. A preservação do meio ambiente é uma 
preocupação que aos poucos se consolida no Brasil. 
Podemos perceber isso na preocupação com o 
licenciamento ambiental de usinas que estão sendo 
construídas na Amazônia. Tanto hidrelétricas quanto 
termelétricas. 
RELEVO 
O território acriano é quase todo recoberto por formações 
de planície, que raramente alcançam 300 metros de 
altitude. A planície amazônica alcança a porção sul do 
estado e as altitudes muito baixas fazem com que alguns 
autores classifiquem essa formação como uma depressão 
relativa. 
Nas terras mais ao sul do estado, o relevo permanece 
plano, no entanto as altitudes são um pouco mais 
elevadas. Os terrenos acrianos são formados 
essencialmente por rochas sedimentares, com 
predominância de arenitos. 
 
https://www.infoescola.com/clima/seca/
https://www.infoescola.com/historia/tratado-de-petropolis/
https://www.infoescola.com/historia/tratado-de-petropolis/
https://www.infoescola.com/quimica/latex/
https://www.infoescola.com/plantas/seringueira/
https://www.infoescola.com/geografia/planicie-amazonica/
https://www.infoescola.com/geologia/rochas-sedimentares/
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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O relevo do Acre é predominantemente baixo, antigo e 
profundamente desgastado. As terras baixas do acre são 
predominantemente depressões e planícies. 
A principal depressão é a Amazônica, onde está o rio Acre, 
Planície Amazônica e Planalto rebaixado da Amazônia 
ocidental (oeste), ondeestá o ponto mais alto do estado, 
a Serra do Divisor, com 609 m, perto da fronteira como o 
Peru. A região é um parque: O parque nacional da serra 
do Divisor. Este é considerado o ponto mais ocidental do 
Brasil. 
 
 
CLIMA 
 
O clima característico do Acre é o equatorial, que 
apresenta durante todo o ano altas temperaturas e 
elevada umidade. Os moradores locais classificam 
as estações do ano em verão e inverno. Os meses 
chuvosos, de setembro a maio correspondem ao inverno, 
que ao contrário do que poderíamos imaginar, ainda 
possui altas temperaturas. O verão, nos meses de junho, 
julho e agosto é o verão, a estação mais seca, embora 
ocasionalmente ainda ocorram chuvas. 
O clima apresenta baixa amplitude térmica – ou seja, as 
temperaturas variam pouco entre a mínima e a máxima. O 
estado tem um dos mais altos índices pluviométricos – 
volume de chuvas – do país, que ultrapassam os 2.100 
milímetros anuais. 
No inverno atua na Amazônia a MPA (massa polar 
atlântica) provocando a friagem 
A Massa Polar atlântica atua durante o inverno e no Acre 
(e na Amazônia em geral) provoca o fenômeno da friagem: 
por poucos dias há uma queda acentuada da temperatura, 
que em alguns locais pode cair à 10 em algumas 
localidades. 
HIDROGRAFIA 
 
Os rios acreanos, possuem grande importância para a 
navegação, transporte de mercadorias e pessoas e 
para a fixação das populações ribeirinhas. 
Os principais rios do Acre são: Uma pequena parte do Rio 
Negro, Rio Moa, Breu, Tarauacá, Envira, Alto Purus, Purus, 
Iaco, Acre, Tejo, Rio Abunã e Rio Juruá. 
GEOGLIFOS 
Geoglifo é uma grande figura feita no chão (geralmente 
com mais de quatro metros de extensão), em morros ou 
regiões planas. Sua construção pode se dar pela disposição 
organizada de sedimentos (como pedras, cascalho ou 
terra), criando um desenho em relevo positivo, ou pela 
retirada de sedimentos superficiais de modo a expor uma 
rocha subjacente, criando um relevo negativo. Em ambos 
os casos a formação da imagem se dá pelo fato de que a 
região trabalhada se destacará do solo natural do local, 
formando o desenho. 
Os grandes geoglifos são melhor visualizados do alto, por 
exemplo, se os vemos dos alto de um morro, de 
um balão, avião ou helicóptero. Alguns desses desenhos 
não podem ser vistos por completo do solo. 
Entre os mais famosos geoglifos negativos estão as Linhas 
de Nazca, no Peru. 
 
 
 
Os geoglifos do Acre são um conjunto de geoglifos antigos 
localizados no estado brasileiro do Acre. 
Chamados de "tatuagens da terra" por alguns grupos 
indígenas da região, essas estruturas de terra escavada 
foram registradas pela primeira vez na década de 1970, 
quando o pesquisador Ondemar Dias encontrou oito 
dessas estruturas na terra do Acre enquanto executava 
suas atividades para o Programa Nacional de Pesquisas 
Arqueológicas da Bacia Amazônica (Pronapaba). 
Em 2018, um desses geoglifos acreanos, com 
aproximadamente 2500 anos de idade, foi tombado 
pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico 
Nacional (IPHAN). O conjunto dos geoglifos do Acre está 
atualmente na Lista Indicativa a Patrimônio Mundial como 
um candidato pelo Brasil 
 
https://www.infoescola.com/geografia/estacoes-do-ano/
https://www.infoescola.com/clima/inverno/
https://www.infoescola.com/clima/amplitude-termica/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Morro
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bal%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Avi%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Helic%C3%B3ptero
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linhas_e_Ge%C3%B3glifos_de_Nasca_e_das_Pampas_de_Jumana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linhas_e_Ge%C3%B3glifos_de_Nasca_e_das_Pampas_de_Jumana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Peru
https://pt.wikipedia.org/wiki/Geoglifo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acre
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ondemar_Dias&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Programa_Nacional_de_Pesquisas_Arqueol%C3%B3gicas_da_Bacia_Amaz%C3%B4nica&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Programa_Nacional_de_Pesquisas_Arqueol%C3%B3gicas_da_Bacia_Amaz%C3%B4nica&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_do_Patrim%C3%B4nio_Hist%C3%B3rico_e_Art%C3%ADstico_Nacional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_do_Patrim%C3%B4nio_Hist%C3%B3rico_e_Art%C3%ADstico_Nacional
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Lista_Indicativa_a_Patrim%C3%B4nio_Mundial&action=edit&redlink=1
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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Foram encontrados geoglifos na região sudoeste da 
Amazônia Ocidental, estando a maioria localizada no 
estado do Acre, em áreas de interflúvios, nascentes 
de igarapés e várzeas, principalmente entre os 
rios Acre e Iquiri. 
São mais de 410 geoglifos no estado espalhados por cerca 
de 300 sítios arqueológicos. 
 
REFERÊNCIAS DE TURISMO E DE LAZER 
 
Gameleira 
Novo Mercado Velho 
Palácio de Rio Branco 
Biblioteca Pública 
Praça da Revolução Acreana 
Passarela Joaquim Macedo 
Parque da Maternidade 
Parque do Tucumã 
Parque São Francisco 
Parque Chico Mendes 
Parque Capitão Ciríaco 
Horto Florestal 
Mercado do Bosque 
Sítio Histórico Quixadá 
 
Casa de Chico Mendes 
Seringal Cachoeira 
Trilha Chico Mendes 
Catedral Nossa Senhora da Glória 
 
Rio Croa 
Parque Chandless 
Geoglifos 
Serra do Divisor 
Viagem ao Peru e Bolívia 
Festival Yawa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Interfl%C3%BAvio&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Igarap%C3%A9
https://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%A1rzea
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Acre
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Iquiri
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
 
PRELIMINARMENTE: 
Precisamos estabelecer distinção entre princípios 
fundamentais e fundamentos: 
Princípios fundamentais = artigos 1º ao 4º; 
Fundamentos = só artigo 1º 
Ou seja, os ‘fundamentos” são espécies do gênero 
“princípios fundamentais”. 
ARTIGO 1º - FUNDAMENTOSFUNDAMENTOS DA RFB 
 
 
 
VAMOS METODIZAR O CAPUT DO ARTIGO 1º PARA 
ENCONTRAR NELE ALGUNS PRINCÍPIOS 
FUNDAMENTAIS? 
 
 
 
 
 
OBS.: É UMA CLÁUSULA PÉTREA. 
 
 
 
Prof. Marcos Lima 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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Democracia semidireta/participativa: acontece por 
meio de representação de políticos em mandatos, mas 
também pode contar com a participação da população 
em certos momentos. O Brasil é adepto desse tipo de 
sistema democrático. 
 
Indireta = por meio dos políticos eleitos. 
Direta = por meio de plebiscito, referendo e iniciativa 
popular (artigo 14, CF). 
Plebiscito: Em regra, o plebiscito é convocado pelo 
legislativo (se nacional: no mínimo 1/3 de assinaturas 
de deputados ou senadores). Mas, a CF/88 prevê casos 
nos quais este é obrigatório, como no que tange a 
separação ou fusão de território. 
Referendo: Para ser proposto, faz-se necessária a 
assinatura de no mínimo 1/3 de deputados ou 
senadores. 
Iniciativa popular: Na esfera federal, a iniciativa pode 
ser exercida por meio de Projeto de Lei enviado à 
Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um 
por cento do eleitorado nacional, distribuído por pelo 
menos cinco unidades da federação e com não menos 
de três décimos por cento dos eleitores de cada uma 
delas. Em termos práticos, para que o projeto chegue 
até o Congresso, é necessário obter cerca de 1,5 milhão 
de assinaturas. 
Para a propositura nos municípios, a Constituição 
estabelece subscrição mínima de cinco por cento do 
eleitorado da cidade. Já no âmbito estadual e distrital, 
os requisitos para a apresentação de Projetos de Lei são 
formalizados pela Constituição de cada Estado e pela 
Lei Orgânica do DF. 
 
 
ARTIGO 2º - SEPARAÇÃO DOS PODERES 
 
 
 
Um fator importante é que, idêntico à forma de 
estado federativa (FEFE), a separação dos poderes 
também é uma cláusula pétrea (art. 60, §4º, CF88), 
não podendo haver proposta de emenda tendentea 
abolir essa separação. Veja, qualquer manifestação 
que diminua (tende a abolir) a separação dos poderes 
não merece prosperar, por força constitucional. 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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ARTIGO 3º - OBJETIVOS FUNDAMENTAIS 
 
 
ARTIGO 4º - RELAÇÕES INTERNACIONAIS 
 
 
 
 
Gerações ou dimensões: 
1ª – Tem como titular o indivíduo, 
 são ligados ao valor de LIBERDADE (Revolução 
Francesa de 1789). Liberdade. Também é referente aos 
DIREITOS CIVIS e POLÍTICOS. 
 Direitos civis e políticos = 1ª GERAÇÃO. 
2º - Direitos ligados igualdade material entre todos. São 
direitos econômicos e sociais. 
 Direitos econômicos e sociais = 2ª GERAÇÃO. 
3º - São ligados à fraternidade e igualdade (também da 
Revolução Francesa de 1789). São direitos ao 
progresso, desenvolvimento, meio ambiente, 
autodeterminação dos povos, propriedade e 
comunicação. São os ditos direitos transindividuais, 
que protegem o gênero humano. 
 DIREITOS TRANSINDIVIDUAIS 
(AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS, 
PROGRESSO E MEIO AMBIENTE) = 3ª 
GERAÇÃO. 
4º - Direitos a democracia, informação e pluralismo 
(Paulo Bonavides); manipulação genética (Norberto 
Bobbio. 
 DEMOCRACIA, INFORMAÇÃO, PLURALISMO, 
MANIPULAÇÃO GENÉTICA = 4ª GERAÇÃO. 
5º - Direto à Paz (Paulo Bonavides) e Realidade Virtual. 
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS - DIREITOS E 
DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS) 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e 
à propriedade, nos termos seguintes: 
 
I – homens e mulheres são iguais em direitos e 
obrigações, nos termos desta Constituição 
(IGUALDADE ENTRE GÊNEROS); 
II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei (PRINCÍPIO DA 
LEGALIDADE. VERIFICAR DIFERENÇA ENTRE 
PARTICULARES E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA); 
 Particular pode fazer tudo, desde que não 
existe lei que o obrigue a fazer ou deixar algo. 
 Administração pública só pode fazer o que está 
autorizado em lei, ou seja, todo o andamento 
público deve estar regulado pela lei. 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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III – ninguém será submetido a tortura nem a 
tratamento desumano ou degradante (LEI 9455/97 – 
LEI DA TORTURA); 
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo 
vedado o anonimato; 
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao 
agravo, além da indenização por dano material, moral 
ou à imagem; 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, 
sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos 
e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de 
culto e a suas liturgias; 
VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação de 
assistência religiosa nas entidades civis e militares de 
internação coletiva. 
VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de 
crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, 
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a 
todos imposta e recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei; 
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, 
artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença; 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra 
e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de 
sua violação; 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela 
podendo penetrar sem consentimento do morador, 
salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial. IMPORTANTE; 
DESTE MODO, SÓ SE PODE ENTRAR EM UMA CASA: 
 Consentimento do morador (dia e noite); 
 Flagrante delito (dia e noite); 
 Desastre (dia e noite); 
 Prestar socorro (dia e noite) e 
 Determinação judicial, somente durante o dia. 
 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, salvo, no último caso 
(ORAÇÃO 2 – DE DADOS E COMUNICAÇÕES 
TELEFÔNICAS), por ordem judicial, nas hipóteses e na 
forma que a lei estabelecer para fins de investigação 
criminal ou instrução processual penal - IMPORTANTE; 
 Correspondência = sem ordem judicial; 
 Telegráfica = sem ordem judicial; 
 Dados = com ordem judicial; 
 Telefônica = com ordem judicial. 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou 
profissão, atendidas as qualificações profissionais que 
a lei estabelecer (NORMA DE EFICÁCIA CONTIDA) 
 OAB/CRO/CAU/CRC. 
 As qualificações exigidas têm que estar 
previstas em lei e não somente no edital); 
 Trabalho lícito. 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e 
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao 
exercício profissional; 
 Lei de acesso à informação. 
XV - é livre a locomoção no território nacional em 
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos 
da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus 
bens (BRASIL É UM PAÍS DE FRONTEIRA ABERTA); 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, 
em locais abertos ao público, independentemente de 
autorização, desde que não frustrem outra reunião 
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo 
apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; 
 Direito coletivo. Direito de reunião. 
 Não é mais necessário aviso prévio para 
reunião pública – STF RE 806339. 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, 
vedada a de caráter paramilitar; 
 DIREITO COLETIVO. DIREITO DE ASSOCIAÇÃO. 
 NÃO PODE PARAMILITAR, COM 
CARACTERISTICAS MILITARES. 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de 
cooperativas independem de autorização, sendo 
vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente 
dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por 
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o 
trânsito em julgado; 
DISSOLUÇÃO 
DECISÃO JUDICIAL COM 
TRÂNSITO EM JULGADO 
SUSPENSÃO DECISÃO JUDICIAL APENAS 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a 
permanecer associado; 
 
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XXI - as entidades associativas, quando expressamente 
autorizadas, têm legitimidade para representar seus 
filiados judicial ou extrajudicialmente; 
XXII - é garantido o direito de propriedade (CÓDIGO 
CIVIL – DIREITO REAL DE PROPRIEDADE); 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para 
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, 
ou por interesse social, mediante justa e prévia 
indenização em dinheiro, ressalvados os casos 
previstos nesta Constituição; 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade 
competente poderá usar de propriedade particular, 
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se 
houver dano; 
 Direito administrativo – princípio da 
supremacia do interesse público sobre o 
particular - fato do príncipe; 
 
XXVI - a PEQUENA PROPRIEDADE RURAL, assim 
definida em lei, desde que trabalhada pela família, não 
será objeto de penhora para pagamento de débitos 
decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei 
sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de 
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, 
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
 Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. 
 Após 70 anos será uma obra de domínio 
público. 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras 
coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, 
inclusive nas atividades desportivas; 
 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento 
econômico das obras que criarem ou de que 
participarem aos criadores, aos intérpretes e às 
respectivas representações sindicais e associativas;XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos 
industriais privilégio temporário para sua utilização, 
bem como proteção às criações industriais, à 
propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a 
outros signos distintivos, tendo em vista o interesse 
social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do 
País; 
 Lei de Patentes e Invenções - Lei nº 9.279, de 
14 de maio de 1996 - Regula direitos e 
obrigações relativos à propriedade industrial. 
DIREITO A INVENÇÕES E PATENTES. 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no 
País será regulada pela lei brasileira em benefício do 
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes 
seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; 
 DE CUJUS = morto, falecido, que bateu as 
botas, que foi para o além... 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa 
do consumidor; 
 Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 
(institui o Código de Defesa do Consumidor). 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de 
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no 
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas 
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da 
sociedade e do Estado; 
 Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 – Lei 
de Acesso à Informação. 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente 
do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa 
de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, 
para defesa de direitos e esclarecimento de situações 
de interesse pessoal; 
 Pode ou não ter taxas. O que não pode é 
cessar tais direitos (petição e certidão). 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
 Princípio inafastabilidade de jurisdição. Lei não 
pode cercear o postulado jurisdicional em 
qualquer matéria, mesmo meramente 
administrativa. 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato 
jurídico perfeito e a coisa julgada; 
 Os conceitos de tais estão na Lei de Introdução 
ao Direito Brasileiro – LINDB. 
 
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XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
 Tribunal de exceção = tribunal pós fato. 
 O Tribunal de Exceção trata-se daquele em que 
os julgadores são escolhidos de modo 
arbitrário, sem obediência às regras objetivas 
de competência e, ainda, após a ocorrência do 
fato a ser analisado. 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a 
organização que lhe der a lei, assegurados: 
 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem 
pena sem prévia cominação legal; - IMPORTANTE. 
 Princípio da legalidade, anterioridade e 
cominação legal em penas. 
 Artigo 1º, CP. 
 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o 
réu; 
 Lei penal não retroage, salvo para beneficiar o 
réu 
 Lei processual penal se aplica desde logo e não 
retroage, nem para beneficiar o réu. 
 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória 
dos direitos e liberdades fundamentais; 
 Lei 7.716/89, alterada pela Lei 9.459/97: define 
os crimes resultantes de discriminação ou 
preconceito por raça, cor, etnia, religião ou 
procedência nacional; 
 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável 
e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos 
da lei; 
 
 XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e 
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , 
o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o 
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por 
eles respondendo os mandantes, os executores e os 
que, podendo evitá-los, se omitirem; 
 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a 
ação de grupos armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o Estado Democrático; 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, 
podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação 
do perdimento de bens ser, nos termos da lei, 
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até 
o limite do valor do patrimônio transferido; 
 Princípio da pessoalidade, da 
intranscendência ou da personalidade da 
pena. 
 Veja, somente a pena não passa da pessoa do 
condenado, os danos civis sim. 
 Não confundir com o princípio da 
individualização da pena. 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e 
adotará, entre outras, as seguintes: 
 Princípio da individualização da pena - garante 
que as penas dos infratores não sejam 
igualadas, mesmo que tenham praticado 
crimes idênticos. 
XLVII – IMPORTANTE. Não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos 
termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
XLVIII – IMPORTANTE. A pena será cumprida em 
estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza 
do delito, a idade e o sexo do apenado; 
XLIX - IMPORTANTE. É assegurado aos presos o 
respeito à integridade física e moral; 
L - IMPORTANTE. Às presidiárias serão asseguradas 
condições para que possam permanecer com seus 
filhos durante o período de amamentação; 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o 
naturalizado, em caso de crime comum, praticado 
antes da naturalização, ou de comprovado 
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins, na forma da lei; 
 
 
 
EXTRADIÇÃO 
Nato: nunca 
Naturalizado 
• Crime comum – praticado 
antes da naturalização 
• Tráfico de drogas – a qualquer 
tempo 
Estrangeiro não será 
extraditado por crime político 
ou de opinião. 
 
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LII - não será concedida extradição de estrangeiro por 
crime político ou de opinião; 
STF, 2005 - Não se estende ao autor de atos 
delituosos de natureza terrorista, considerado 
o frontal repúdio que a ordem constitucional 
brasileira dispensa ao terrorismo e ao 
terrorista. 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão 
pela autoridade competente; 
 Princípio do juiz natural (CPP) e vedação ao 
juízo de exceção. 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus 
bens sem o devido processo legal; 
LV - Aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os 
meios e recursos a ela inerentes; 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas 
por meios ilícitos; 
 Teoria dos frutos da árvore envenenada 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito 
em julgado de sentença penal condenatória; 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a 
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em 
lei; 
 Lei nº 12.037, de 1º de outubro de 2009. 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação 
pública, se esta não for intentada no prazo legal; 
 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos 
processuais quando a defesa da intimidade ou o 
interesse social o exigirem; 
 Segredo de justiça. 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou 
por ordem escrita e fundamentada de autoridade 
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão 
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se 
encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele 
indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os 
quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a 
assistência da família e de advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos 
responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório 
policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela 
autoridade judiciária; 
 Pacto de São José da Costa Rica – audiência de 
custódia. 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, 
quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou 
sem fiança; 
LXVII – não haverá prisão civil pordívida, salvo a do 
responsável pelo inadimplemento voluntário e 
inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário 
infiel; 
SV25: É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que 
seja a modalidade de depósito. 
STF: o art. 7º, item 7, da CADH teria ingressado no sistema ju- 
rídico nacional com status supralegal, inferior à CF/1988, mas 
superior à legislação interna, a qual não mais produziria qual- 
quer efeito naquilo que conflitasse com a sua disposição de ve- 
dar a prisão civil do depositário infiel. EFICÁCIA PARALISANTE
 
 
 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e 
gratuita aos que comprovarem insuficiência de 
recursos; 
 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro 
judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo 
fixado na sentença; 
 
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente 
pobres, na forma da lei: 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
 
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas 
corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos 
necessários ao exercício da cidadania. 
 
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, 
são assegurados a razoável duração do processo e os 
meios que garantam a celeridade de sua tramitação. 
 
 
NOVIDADE!!!!! 
 
LXXIX – É assegurado, nos termos da lei, o direito à 
proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios 
digitais. EMENDA CONSTITUCIONAL 115/2022 
 
 
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata. 
 
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta 
Constituição não excluem outros decorrentes do 
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos 
tratados internacionais em que a República Federativa 
do Brasil seja parte. 
 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre 
direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa 
do Congresso Nacional, em dois turnos, por três 
quintos dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais. 
 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal 
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. 
 
DIREITOS SOCIAIS 
 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o 
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta Constituição. 
Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de 
vulnerabilidade social terá direito a uma renda básica 
familiar, garantida pelo poder público em programa 
permanente de transferência de renda, cujas normas e 
requisitos de acesso serão determinados em lei, 
observada a legislação fiscal e orçamentária (Incluído 
pela EC114/21) 
 EC26/2000 – MORADIA; 
 EC 64/2010 – ALIMENTAÇÃO; 
 EC 90/2015 – TRANSPORTE; 
 EC 114/2021 – RENDA BÁSICA 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua 
condição social: 
 
I - relação de emprego protegida contra despedida 
arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei 
complementar, que preverá indenização 
compensatória, dentre outros direitos; 
 
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego 
involuntário; 
 
III - fundo de garantia do tempo de serviço; 
 
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente 
unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais 
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, 
educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e 
previdência social, com reajustes periódicos que lhe 
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua 
vinculação para qualquer fim; 
 
V - piso salarial proporcional à extensão e à 
complexidade do trabalho; 
 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em 
convenção ou acordo coletivo; 
 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para 
os que percebem remuneração variável; 
 
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração 
integral ou no valor da aposentadoria; 
 
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do 
diurno; 
 
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo 
crime sua retenção dolosa; 
 <- NOVIDADE 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc114.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc114.htm#art1
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada 
da remuneração, e, excepcionalmente, participação na 
gestão da empresa, conforme definido em lei; 
 
XII - salário-família pago em razão do dependente do 
trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 
 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito 
horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada 
a compensação de horários e a redução da jornada, 
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado 
em turnos ininterruptos de revezamento, salvo 
negociação coletiva; 
 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente 
aos domingos; 
 
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, 
no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; 
 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo 
menos, um terço a mais do que o salário normal; 
 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e 
do salário, com a duração de cento e vinte dias; 
 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, 
mediante incentivos específicos, nos termos da lei; 
 
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, 
sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; 
 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por 
meio de normas de saúde, higiene e segurança; 
 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades 
penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; 
 
XXIV - aposentadoria; 
 
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes 
desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em 
creches e pré-escolas; 
 
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos 
coletivos de trabalho; 
 
XXVII - proteção em face da automação, na forma da 
lei; 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo 
do empregador, sem excluir a indenização a que este 
está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das 
relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco 
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o 
limite de dois anos após a extinção do contrato de 
trabalho; 
 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício 
de funções e de critério de admissão por motivo de 
sexo, idade, cor ou estado civil; 
 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante 
a salário e critérios de admissão do trabalhador 
portador de deficiência; 
 
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, 
técnico e intelectual ou entre os respectivos; 
 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou 
insalubre a menores de dezoito e de qualquer 
trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na 
condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; 
 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com 
vínculo empregatício permanente e o avulso. 
 
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos 
trabalhadores domésticos os direitos previstos nos 
incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, 
XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as 
condições estabelecidas em lei e observada a 
simplificação do cumprimento das obrigações 
tributárias, principais e acessórias, decorrentes da 
relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos 
nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua 
integração à previdência social. 
 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, 
observado o seguinte: 
 
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a 
fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão 
competente,vedadas ao Poder Público a interferência 
e a intervenção na organização sindical; 
 
II - é vedada a criação de mais de uma organização 
sindical, em qualquer grau, representativa de categoria 
profissional ou econômica, na mesma base territorial, 
que será definida pelos trabalhadores ou 
empregadores interessados, não podendo ser inferior à 
área de um Município; 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses 
coletivos ou individuais da categoria, inclusive em 
questões judiciais ou administrativas; 
 
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se 
tratando de categoria profissional, será descontada em 
folha, para custeio do sistema confederativo da 
representação sindical respectiva, independentemente 
da contribuição prevista em lei; 
 
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se 
filiado a sindicato; 
 
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas 
negociações coletivas de trabalho; 
 
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser 
votado nas organizações sindicais; 
 
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a 
partir do registro da candidatura a cargo de direção ou 
representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, 
até um ano após o final do mandato, salvo se cometer 
falta grave nos termos da lei. 
 
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se 
à organização de sindicatos rurais e de colônias de 
pescadores, atendidas as condições que a lei 
estabelecer. 
 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo 
aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de 
exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio 
dele defender. 
 
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e 
disporá sobre o atendimento das necessidades 
inadiáveis da comunidade. 
 
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às 
penas da lei. 
 
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores 
e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos 
em que seus interesses profissionais ou 
previdenciários sejam objeto de discussão e 
deliberação. 
 
Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos 
empregados, é assegurada a eleição de um 
representante destes com a finalidade exclusiva de 
promover-lhes o entendimento direto com os 
empregadores. 
 
DIREITOS DE NACIONALIDADE 
 
Art. 12. São brasileiros: 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda 
que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam 
a serviço de seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe 
brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço 
da República Federativa do Brasil; 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de 
mãe brasileira, desde que sejam registrados em 
repartição brasileira competente ou venham a residir 
na República Federativa do Brasil e optem, em 
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, 
pela nacionalidade brasileira; 
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade 
brasileira, exigidas aos originários de países de língua 
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto 
e idoneidade moral; 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, 
residentes na República Federativa do Brasil há mais de 
quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, 
desde que requeiram a nacionalidade brasileira. 
 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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§ 1º Aos portugueses com residência permanente no 
País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, 
serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, 
salvo os casos previstos nesta Constituição. 
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre 
brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos 
previstos nesta Constituição. 
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas; 
VII - de Ministro de Estado da Defesa. 
 
MP3.COM 
 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do 
brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença 
judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse 
nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela 
lei estrangeira; 
b) de imposição de naturalização, pela norma 
estrangeira, ao brasileiro residente em estado 
estrangeiro, como condição para permanência em seu 
território ou para o exercício de direitos civis; 
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da 
República Federativa do Brasil. 
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a 
bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. 
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
poderão ter símbolos próprios. 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
 
Os Direitos políticos são aqueles que permitem que o 
povo participe do processo e direcione o rumo da 
nação. 
No Brasil adotamos o regime de Democracia 
semidireta (participativa), pois tanto o povo exerce o 
poder diretamente em alguns casos (ex: referendo) 
como através de seus representantes eleitos. 
Os direitos políticos costumam ser classificados da 
seguinte forma: 
 Direitos políticos positivos: normas 
relacionados a participação ativa dos cidadãos 
na política. Ex: Plebiscito. 
 Direitos políticos negativos: normas 
que limitam a participação do indivíduo na 
vida política. Ex: Inelegibilidades, perda e 
suspensão dos direitos políticos. 
Direitos políticos positivos 
Iniciemos pelos Direitos políticos positivos. De cara já 
podemos perceber que a Constituição diferenciou os 
conceitos de Sufrágio e voto. 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio 
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual 
para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I – plebiscito; 
II – referendo; 
III – iniciativa popular. 
Conforme a doutrina majoritária, podemos dizer que: 
Sufrágio é um direito público e subjetiva, ou seja, 
o direito de participar do pleito eleitoral enquanto 
o voto é o instrumento para exercer o sufrágio. 
O artigo também nos diz que a soberania popular será 
exercida pelo sufrágio e voto mediante a plebiscito, 
referendo e iniciativa popular, assim vamos defini-los, 
conforme a Lei 9.709/98 em seu artigo 2. 
Plebiscito: convocado com anterioridade a ato 
legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo 
voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido 
submetido. 
Referendo: convocado com posterioridade a ato 
legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a 
respectiva ratificação ou rejeição. 
Já a iniciativa popular é poder que o povo possui de 
levar uma proposta de lei para o poder legislativo. 
 
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As regras para a iniciativa popular foram estipuladas na 
própria Constituição. De forma esquematizada 
vejamos. 
Iniciativa popular: 
Federal (Art. 62, § 2º): apresentação à Câmara dos 
Deputados de pelo menos 1% do eleitorado nacional, 
contendo pelo menos 5 estados e ao menos 0,3% dos 
eleitores de cada um deles. 
Estadual (Art. 27, § 4º): a lei estadual disporá sobre a 
iniciativa 
Municipal (Art. 29, XIII): mínimo 5% do eleitorado 
deste. 
Capacidade eleitoral ativa: 
A capacidade eleitoral ativa significa se tornar eleitor 
(alistabilidade) e votar. Podemos separar em três 
grupos de pessoas quanto a obrigatoriedade de 
alistabilidade e voto (§1º). 
 Obrigatório: 
I – “Adultos”: Maiores de 18 anos 
 Facultativos: 
II, a) – os analfabetos; 
II, b) – “Idosos”: os maiores de 70 anos; 
II, c) – “Adolescentes”: os maiores de 16 e menores de 
18 anos. 
 Vedados: 
§2º – Estrangeiro; os conscritos durante o período do 
serviço militar obrigatório 
Capacidade eleitoral passiva: 
A capacidade eleitoral passiva nada mais é que o direito 
a ser votado e se eleger a um cargo público.Assim, 
vejamos então requisitos cumulativos para se tornar 
elegível. 
Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma 
da lei: 
I – a nacionalidade brasileira; 
II – o pleno exercício dos direitos políticos; 
III – o alistamento eleitoral*; 
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V – a filiação partidária; 
VI – a idade mínima de: 
a) 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da 
República e Senador; 
b) 30 anos para Governador e Vice-Governador de 
Estado e do Distrito Federal; 
c) 21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual 
ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) 18 anos para Vereador. 
*Assim, podemos dizer que a capacidade eleitoral 
passiva (Ex.: ser votado) pressuponha a ativa (Ex.: 
poder votar), mas o oposto não é verdade. 
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
Direitos Políticos Negativos 
Havíamos dito que os Direitos Políticos Negativos eram 
normas que limitam a participação do indivíduo na vida 
política. São divididas em inexigibilidades (§5º a 10º) e 
nas perdas e suspensão dos direitos políticos. 
Reeleição 
Trata-se de uma regra bem tranquila de entender, pois 
os chefes do executivo (legislativo podem se reeleger 
sem limitação) poderão ser reeleitos uma única vez, em 
outras palavras, só poderão cumprir dois mandatos 
consecutivos. 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de 
Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os 
houver sucedido, ou substituído no curso dos 
mandatos poderão ser reeleitos para 
um único período subsequente. 
Que fique claro que essa regra não impede que os 
chefes do executivo cumpram mais de dois 
mandatos, desde que não sejam consecutivos. 
Exemplo: Geraldo Alckmin foi governador de São Paulo 
por quatro mandatos (2001-2003; 2003-2006; 2011-
2015; 2015-2018). 
Desincompatibilização 
 
O chefe do executivo deve se desvincular do cargo 6 
meses antes para concorrer em outros cargos (veja que 
a regra não vale para reeleição). 
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da 
República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos 
mandatos até 6 meses antes do pleito. 
 
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Como exemplo, João Dória, hoje governador de São 
Paulo, teve que sair do cargo de prefeito de SP para que 
se candidatar ao cargo de Governador. 
Inelegibilidade reflexa 
 
Denomina-se inelegibilidade reflexa, pois a regra não 
atinge o chefe do executivo, mas sim seus parentes ou 
cônjuge. 
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do 
titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou 
afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente 
da República, de Governador de Estado ou Território, do 
Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja 
substituído dentro dos seis meses anteriores ao 
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e 
candidato à reeleição. 
Temos aqui uma inelegibilidade reflexa, pois essa regra 
vale apenas no território de jurisdição do chefe do 
executivo, assim a esposa de um prefeito poderia se 
candidatar a vaga de deputada federal tranquilamente, 
por exemplo, mas não poderia como vereadora na 
cidade do mandato do marido. A regra tem por objetivo 
impedir que se utilize a máquina pública para 
candidaturas pessoais. 
Voltando ao nosso exemplo, caso a esposa já fosse 
vereadora e posteriormente o marido venha a vencer a 
eleição como prefeito, ela poderá continuar a se 
reeleger normalmente, conforme a exceção do 
parágrafo “salvo se já titular de mandato eletivo e 
candidato à reeleição.” 
Eleição do militar 
Os militares alistáveis são elegíveis (os conscritos não 
entram nessa regra), se contar com menos de 10 anos 
de serviço será afastado definitivamente da 
corporação, se contar com mais de 10 anos só irá para 
inatividade caso eleito. 
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as 
seguintes condições: 
I – se contar menos de 10 anos de serviço, deverá 
afastar-se da atividade; 
 
II – se contar mais de 10 anos de serviço, será 
agregado pela autoridade superior e, se 
eleito, passará automaticamente, no ato da 
diplomação, para a inatividade. 
Perda e Suspensão dos direitos políticos 
O artigo 15 apresenta as hipóteses de perda (por prazo 
indeterminado) e suspensão (prazo determinado) dos 
direitos políticos, importante frisar que é vedada a 
cassação (de forma definitiva). 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos 
políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos 
casos de: 
Perda: 
I – Cancelamento da naturalização por sentença 
transitada em julgado; 
IV – Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou 
prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII*; 
Suspensão: 
II – Incapacidade civil absoluta; 
III – Condenação criminal transitada em 
julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
V – Improbidade administrativa, nos termos art. 37, § 
4º. 
DO PODER EXECUTIVO 
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente 
da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. 
 
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente 
da República realizar-se-á, simultaneamente, no 
primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e 
no último domingo de outubro, em segundo turno, se 
houver, do ano anterior ao do término do mandato 
presidencial vigente. 
§ 1º A eleição do Presidente da República importará a 
do Vice-Presidente com ele registrado. 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato 
que, registrado por partido político, obtiver a maioria 
absoluta de votos, não computados os em branco e os 
nulos. 
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na 
primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte 
dias após a proclamação do resultado, concorrendo os 
dois candidatos mais votados e considerando-se eleito 
aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. 
 De acordo com a Constituição Federal e com 
a Lei das Eleições, SÃO VÁLIDOS somente os votos 
nominais e os de legenda. Votos nominais e de 
legenda: os primeiros são os votos dados a 
candidatos regularmente registrados. Já os de 
legenda são os lançados diretamente à legenda 
partidária (partido ou coligação). 
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer 
morte, desistência ou impedimento legal de candidato, 
convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior 
votação. 
§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, 
remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato 
com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. 
Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República 
tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, 
prestando o compromisso de manter, defender e 
cumprir a Constituição, observar as leis, promover o 
bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a 
integridade e a independência do Brasil. 
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada 
para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo 
motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, 
este será declarado vago. 
Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de 
impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-
Presidente. 
Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além 
de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei 
complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por 
ele convocado para missões especiais. 
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do 
Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, 
serão sucessivamente chamados ao exercício da 
Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o 
do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. 
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-
Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias 
depois de aberta a última vaga. 
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do 
período presidencial, a eleição para ambos os cargos 
será feita trinta dias depois da última vaga, pelo 
Congresso Nacional, na forma da lei. 
 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão 
completar o período de seus antecessores. 
Art. 82. O mandato do Presidente da República é de 4 
(quatro) anos e terá início em 5 de janeiro do ano 
seguinte ao de sua eleição. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 111, de 2021) NOVIDADE 
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República 
NÃO PODERÃO, sem licença do Congresso Nacional, 
ausentar-se do País por período superior a quinze dias, 
sob pena de perda do cargo. 
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA 
 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da 
República: 
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; 
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a 
direção superior da administração federal; 
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos 
previstos nesta Constituição; 
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem 
como expedir decretos e regulamentos para sua fiel 
execução; 
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; 
VI - dispor, mediante decreto, sobre: 
a) organização e funcionamento da administração 
federal, quando não implicar aumento de despesa nem 
criação ou extinção de órgãos públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando 
vagos; 
VII - manter relações com Estados estrangeiros e 
acreditar seus representantes diplomáticos; 
VIII - celebrar tratados, convenções e atos 
internacionais, sujeitos a referendo do Congresso 
Nacional; 
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; 
X - decretar e executar a intervenção federal; 
XI - remeter mensagem e plano de governo ao 
Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão 
legislativa, expondo a situação do País e solicitando as 
providências que julgar necessárias; 
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, 
se necessário, dos órgãos instituídos em lei; 
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, 
nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-
los para os cargos que lhes são privativos; 
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os 
Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais 
Superiores, os Governadores de Territórios, o 
Procurador-Geral da República, o presidente e os 
diretores do banco central e outros servidores, quando 
determinado em lei; 
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os 
Ministros do Tribunal de Contas da União; 
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta 
Constituição, e o Advogado-Geral da União; 
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos 
termos do art. 89, VII; 
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o 
Conselho de Defesa Nacional; 
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, 
autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado 
por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões 
legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total 
ou parcialmente, a mobilização nacional; 
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do 
Congresso Nacional; 
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; 
XXII - permitir, nos casos previstos em lei 
complementar, que forças estrangeiras transitem pelo 
território nacional ou nele permaneçam 
temporariamente; 
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, 
o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as 
propostas de orçamento previstos nesta Constituição; 
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, 
dentro de sessenta dias após a abertura da sessão 
legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; 
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na 
forma da lei; 
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos 
termos do art. 62; 
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta 
Constituição. 
XXVIII - propor ao Congresso Nacional a decretação do 
estado de calamidade pública de âmbito nacional 
previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 
167-G desta Constituição. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 109, de 2021) <- NOVIDADE 
Parágrafo único. O Presidente da República poderá 
delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e 
XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao 
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral 
da União, que observarão os limites traçados nas 
respectivas delegações. 
DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA 
Art. 85. São CRIMES DE RESPONSABILIDADE os atos do 
Presidente da República que atentem contra a 
Constituição Federal e, especialmente, contra: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc111.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc111.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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I - a existência da União; 
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder 
Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes 
constitucionais das unidades da Federação; 
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e 
sociais; 
IV - a segurança interna do País; 
V - a probidade na administração; 
VI - a lei orçamentária; 
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. 
 
 
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei 
especial, que estabelecerá as normas de processo e 
julgamento. 
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da 
República, por dois terços da Câmara dos Deputados, 
será ele submetido a julgamento perante o Supremo 
Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou 
perante o Senado Federal, nos crimes de 
responsabilidade. 
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: 
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia 
ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal; 
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração 
do processo pelo Senado Federal. 
§ 2º Se, decorrido o PRAZO DE CENTO E OITENTA DIAS, 
o julgamento não estiver concluído, cessará o 
afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular 
prosseguimento do processo. 
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, 
nas infrações comuns, o Presidente da República não 
estará sujeito a prisão. 
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu 
mandato, não pode ser responsabilizado por atos 
estranhos ao exercício de suas funções. 
 
 
 
 
DOS MINISTROS DE ESTADO 
Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre 
brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício 
dos direitos políticos. 
Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além 
de outras atribuições estabelecidas nesta Constituição 
e na lei: 
I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos 
órgãos e entidades da administração federal na área de 
sua competência e referendar os atos e decretos 
assinados pelo Presidente da República; 
II - expedir instruções para a execução das leis, decretos 
e regulamentos; 
III - apresentar ao Presidente da República relatório 
anual de sua gestão no Ministério; 
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe 
forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da 
República. 
Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de 
Ministérios e órgãos da administração pública. 
DO CONSELHO DA REPÚBLICA 
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de 
consulta do Presidente da República, e dele participam: 
I - o Vice-Presidente da República; 
II - o Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - o Presidente do Senado Federal; 
IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos 
Deputados; 
V - os líderes da maioria e da minoria no Senado 
Federal; 
VI - o Ministro da Justiça; 
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta 
e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo 
Presidente da República, dois eleitos pelo Senado 
Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, 
todos com mandato detrês anos, vedada a 
recondução. 
 
 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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Art. 90. Compete ao CONSELHO DA REPÚBLICA 
pronunciar-se sobre: 
I - intervenção federal, estado de defesa e estado de 
sítio; 
II - as questões relevantes para a estabilidade das 
instituições democráticas. 
§ 1º O Presidente da República poderá convocar 
Ministro de Estado para participar da reunião do 
Conselho, quando constar da pauta questão 
relacionada com o respectivo Ministério. 
§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do 
Conselho da República. 
DO CONSELHO DE DEFESA NACIONAL 
Art. 91. O CONSELHO DE DEFESA NACIONAL é órgão de 
consulta do Presidente da República nos assuntos 
relacionados com a soberania nacional e a defesa do 
Estado democrático, e dele participam como membros 
natos: 
I - o Vice-Presidente da República; 
II - o Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - o Presidente do Senado Federal; 
IV - o Ministro da Justiça; 
V - o Ministro de Estado da Defesa; 
VI - o Ministro das Relações Exteriores; 
VII - o Ministro do Planejamento. 
VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica. 
§ 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional: 
I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de 
celebração da paz, nos termos desta Constituição; 
II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do 
estado de sítio e da intervenção federal; 
III - propor os critérios e condições de utilização de 
áreas indispensáveis à segurança do território nacional 
e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa 
de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a 
exploração dos recursos naturais de qualquer tipo; 
IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento 
de iniciativas necessárias a garantir a independência 
nacional e a defesa do Estado democrático. 
§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do 
Conselho de Defesa Nacional. 
DO ESTADO DE DEFESA 
Art. 136. O Presidente da República PODE, ouvidos o 
Conselho da República e o Conselho de Defesa 
Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou 
prontamente restabelecer, em locais restritos e 
determinados, a ordem pública ou a paz social 
ameaçadas por grave e iminente instabilidade 
institucional ou atingidas por calamidades de grandes 
proporções na natureza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa 
determinará o tempo de sua duração, especificará as 
áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e 
limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, 
dentre as seguintes: 
I - RESTRIÇÕES AOS DIREITOS DE: 
 
 
 
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações; 
 
b) sigilo de correspondência; 
 
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; 
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços 
públicos, na hipótese de calamidade pública, 
respondendo a União pelos danos e custos 
decorrentes. 
§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não será 
superior a trinta dias, podendo ser prorrogado uma 
vez, por igual período, se persistirem as razões que 
justificaram a sua decretação. 
§ 3º Na vigência do estado de defesa: 
I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo 
executor da medida, será por este comunicada 
imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se 
não for legal, facultado ao preso requerer exame de 
corpo de delito à autoridade policial; 
II - a comunicação será acompanhada de declaração, 
pela autoridade, do estado físico e mental do detido no 
momento de sua autuação; 
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa não 
poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada 
pelo Poder Judiciário; 
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. 
§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, 
o Presidente da República, dentro de vinte e quatro 
horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao 
Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta. 
§ 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será 
convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco 
dias. 
§ 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro 
de dez dias contados de seu recebimento, devendo 
continuar funcionando enquanto vigorar o estado de 
defesa. 
§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado 
de defesa. 
DO ESTADO DE SÍTIO 
Art. 137. O Presidente da República PODE, ouvidos o 
Conselho da República e o Conselho de Defesa 
Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização 
para decretar o estado de sítio nos casos de: 
 
I - comoção grave de repercussão nacional ou 
ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de 
medida tomada durante o estado de defesa; 
II - declaração de estado de guerra ou resposta a 
agressão armada estrangeira. 
 
 
 
 
 
 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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Parágrafo único. O Presidente da República, ao 
solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou 
sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do 
pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por 
maioria absoluta. 
Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua 
duração, as normas necessárias a sua execução e as 
garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, 
depois de publicado, o Presidente da República 
designará o executor das medidas específicas e as 
áreas abrangidas. 
§ 1º O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não 
poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem 
prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do 
inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que 
perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira. 
 
§ 2º Solicitada autorização para decretar o estado de 
sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do 
Senado Federal, de imediato, convocará 
extraordinariamente o Congresso Nacional para se 
reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato. 
§ 3º O Congresso Nacional permanecerá em 
funcionamento até o término das medidas coercitivas. 
Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com 
fundamento no art. 137, I, só PODERÃO ser tomadas 
contra as pessoas as seguintes medidas: 
I - obrigação de permanência em localidade 
determinada; 
 
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou 
condenados por crimes comuns; 
 
III - restrições relativas à inviolabilidade da 
correspondência, ao sigilo das comunicações, à 
prestação de informações e à liberdade de imprensa, 
radiodifusão e televisão, na forma da lei; 
 
IV - suspensão da liberdade de reunião; 
 
V - busca e apreensão em domicílio; 
 
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos; 
 
VII - requisição de bens. 
Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso 
III a difusão de pronunciamentos de parlamentares 
efetuados em suas Casas Legislativas, desde que 
liberada pela respectiva Mesa. 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os 
líderes partidários, designará Comissão composta de 
cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a 
execução das medidas referentes ao estado de defesa 
e ao estado de sítio. 
Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o estado de 
sítio, cessarão também seus efeitos, sem prejuízo da 
responsabilidade pelos ilícitos cometidos por seus 
executores ou agentes. 
Parágrafo único. Logo que cesse o estado de defesa ou 
o estado de sítio, as medidas aplicadas em sua vigência 
serão relatadas pelo Presidente da República, em 
mensagem ao Congresso Nacional, com especificação e 
justificação das providências adotadas, com relação 
nominal dos atingidos e indicação das restrições 
aplicadas. 
 LÁ VEM O NOSSO SONHO! 
SEGURANÇA PÚBLICA 
 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito 
e responsabilidade de todos, é exercida para a 
preservação da ordem pública e da incolumidade das 
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militarese corpos de bombeiros militares. 
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. 
(Redação dada pela EC nº 104, de 2019) 
 
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§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão 
permanente, organizado e mantido pela União e 
estruturado em carreira, destina-se a: 
I - apurar infrações penais contra a ordem política e 
social ou em detrimento de bens, serviços e interesses 
da União ou de suas entidades autárquicas e empresas 
públicas, assim como outras infrações cuja prática 
tenha repercussão interestadual ou internacional e 
exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; 
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes 
e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem 
prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos 
nas respectivas áreas de competência; 
III - exercer as funções de polícia marítima, 
aeroportuária e de fronteiras; 
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia 
judiciária da União. 
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, 
organizado e mantido pela União e estruturado em 
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento 
ostensivo das rodovias federais. 
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, 
organizado e mantido pela União e estruturado em 
carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento 
ostensivo das ferrovias federais. (Redação dada pela EC 
nº 19, de 1998) 
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia 
de carreira, incumbem, ressalvada a competência da 
União, as funções de polícia judiciária e a apuração de 
infrações penais, exceto as militares. 
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a 
preservação da ordem pública; aos corpos de 
bombeiros militares, além das atribuições definidas em 
lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil. 
§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão 
administrador do sistema penal da unidade federativa 
a que pertencem, cabe a segurança dos 
estabelecimentos penais. (Redação dada pela EC nº 
104, de 2019) 
§ 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros 
militares, forças auxiliares e reserva do Exército 
subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as 
polícias penais estaduais e distrital, aos Governadores 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. 
§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento 
dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de 
maneira a garantir a eficiência de suas atividades. 
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas 
municipais destinadas à proteção de seus bens, 
serviços e instalações, conforme dispuser a lei. 
§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes 
dos órgãos relacionados neste artigo será fixada na 
forma do § 4º do art. 39. (Incluído pela EC nº 19, de 
1998) 
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação 
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do 
seu patrimônio nas vias públicas: 
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização 
de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, 
que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade 
urbana eficiente; e (EC nº 82, de 2014) 
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades 
executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em 
Carreira, na forma da lei. (EC nº 82, de 2014) 
Obs. 1: mesmo sendo tratados no artigo 144 da CF, as 
guardas municipais e os detrans/denatrans 
(segurança viária) não são órgãos da segurança 
pública. 
 
Obs. 2: a Constituição não fala na Força Nacional de 
Segurança Pública, embora ela seja bastante utilizada 
atualmente. Acontece é que ela é fruto da chamada 
cooperação federativa, sendo que os servidores 
recebem treinamento do Ministério da Justiça, 
capacitando-se para atuação conjunta entre 
integrantes das polícias federais e dos órgãos de 
segurança pública. Então, na verdade, a Força Nacional 
não tem pessoal próprio, reunindo representantes das 
polícias. A mobilização da tropa depende de solicitação 
expressa do governador de estado, do DF ou ainda de 
ministro de Estado. 
 
Obs. 3: ao militar são proibidas a sindicalização e a 
greve. Veja, então, que a própria Constituição negou o 
direito de greve aos integrantes das Forças Armadas e 
das auxiliares (PM e CBM). Ocorre que o STF foi além, 
dizendo que os servidores que atuam na segurança 
pública não podem exercer o direito de greve. 
 
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TÍTULO I 
Do Objeto e da Aplicação da Lei de Execução Penal 
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as 
disposições de sentença ou decisão criminal e 
proporcionar condições para a harmônica integração 
social do condenado e do internado. 
Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça 
ordinária, em todo o Território Nacional, será exercida, no 
processo de execução, na conformidade desta Lei e do 
Código de Processo Penal. 
Parágrafo único. ESTA LEI APLICAR-SE-Á igualmente ao 
preso provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral ou 
Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à 
jurisdição ordinária. 
Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados 
todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei. 
Parágrafo único. Não haverá qualquer distinção de 
natureza racial, social, religiosa ou política. 
Art. 4º O Estado deverá recorrer à cooperação da 
comunidade nas atividades de execução da pena e da 
medida de segurança. 
 
TÍTULO II - Do Condenado e do Internado 
CAPÍTULO I - Da Classificação 
Art. 5º Os condenados serão CLASSIFICADOS, segundo os 
seus antecedentes e personalidade, para orientar a 
individualização da execução penal. 
 
Art. 6o A classificação será feita por Comissão Técnica de 
Classificação que elaborará o programa individualizador 
da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou 
preso provisório. 
 
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em 
cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e 
composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 
(um) psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente 
social, quando se tratar de condenado à pena privativa de 
liberdade. 
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará 
junto ao Juízo da Execução e será integrada por fiscais do 
serviço social. 
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de 
liberdade, em regime fechado, será submetido a exame 
criminológico para a obtenção dos elementos necessários 
a uma adequada classificação e com vistas à 
individualização da execução. 
 
STF – EXAME CRIMINOLÓGICO NÃO É OBRIGATÓRIO 
PARA A PROGRESSÃO DE REGIME, MAS SE O JUIZ 
RESOLVER REALIZÁ-LO, FARÁ MOTIVADAMENTE. 
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá 
ser submetido o condenado ao cumprimento da pena 
privativa de liberdade em regime semiaberto. 
Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de dados 
reveladores da personalidade, observando a ética 
profissional e tendo sempre presentes peças ou 
informações do processo, poderá: 
I - entrevistar pessoas; 
II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos 
privados, dados e informações a respeito do condenado; 
III - realizar outras diligências e exames necessários. 
 
Art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado com 
violência grave contra a pessoa, bem como por crime 
contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime 
sexual contra vulnerável, será submetido, 
obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, 
mediante extração de DNA (ácido desoxirribonucleico), 
por técnica adequada e indolor, por ocasião do ingresso 
no estabelecimento prisional. 
 
ATENÇÃO: sendo uma obrigação, não pode o condenado 
se recusar a se submeter ao exame, sob pena de cometer 
falta grave. 
 
Prof. Marcos Lima 
 
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§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias 
mínimas de proteção de dados genéticos, observando as 
melhorespráticas da genética forense. 
§ 2o A autoridade policial, federal ou estadual, poderá 
requerer ao juiz competente, no caso de inquérito 
instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação 
de perfil genético. 
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o 
acesso aos seus dados constantes nos bancos de perfis 
genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de 
custódia que gerou esse dado, de maneira que possa ser 
contraditado pela defesa. 
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste 
artigo que não tiver sido submetido à identificação do 
perfil genético por ocasião do ingresso no 
estabelecimento prisional DEVERÁ ser submetido ao 
procedimento durante o cumprimento da pena. 
§ 5º A amostra biológica coletada só poderá ser utilizada 
para o ÚNICO E EXCLUSIVO FIM de permitir a identificação 
pelo perfil genético, não estando autorizadas as práticas 
de fenotipagem genética ou de busca familiar. 
§ 6º Uma vez identificado o perfil genético, a amostra 
biológica recolhida nos termos do caput deste artigo 
deverá ser correta e imediatamente descartada, de 
maneira a impedir a sua utilização para qualquer outro 
fim. 
§ 7º A COLETA da amostra biológica e a elaboração do 
respectivo laudo serão REALIZADAS POR PERITO OFICIAL. 
§ 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em 
submeter-se ao procedimento de identificação do perfil 
genético. 
CAPÍTULO II - Da Assistência 
SEÇÃO I - Disposições Gerais 
Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do 
Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno 
à convivência em sociedade. 
 
Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso. 
 
Art. 11. A assistência será: 
I - material; 
II - à saúde; 
III -jurídica; 
IV - educacional; 
V - social; 
VI - religiosa. 
SEÇÃO II - Da Assistência Material 
Art. 12. A assistência material ao preso e ao internado 
consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e 
instalações higiênicas. 
Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e 
serviços que atendam aos presos nas suas necessidades 
pessoais, além de locais destinados à venda de produtos e 
objetos permitidos e não fornecidos pela Administração. 
SEÇÃO III - Da Assistência à Saúde 
Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de 
caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento 
médico, farmacêutico e odontológico. 
§ 1º (Vetado). 
§ 2º Quando o estabelecimento penal não estiver 
aparelhado para prover a assistência médica necessária, 
esta será prestada em outro local, mediante autorização 
da direção do estabelecimento. 
§ 3o Será assegurado acompanhamento médico à mulher, 
principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao 
recém-nascido 
SEÇÃO IV - Da Assistência Jurídica 
Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos presos e aos 
internados sem recursos financeiros para constituir 
advogado. 
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de 
assistência jurídica, integral e gratuita, pela Defensoria 
Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais. 
§ 1o As Unidades da Federação deverão prestar auxílio 
estrutural, pessoal e material à Defensoria Pública, no 
exercício de suas funções, dentro e fora dos 
estabelecimentos penais. 
§ 2o Em todos os estabelecimentos penais, haverá local 
apropriado destinado ao atendimento pelo Defensor 
Público. 
§ 3o Fora dos estabelecimentos penais, serão 
implementados Núcleos Especializados da Defensoria 
Pública para a prestação de assistência jurídica integral e 
gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e 
seus familiares, sem recursos financeiros para constituir 
advogado. 
 
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SEÇÃO V - Da Assistência Educacional 
Art. 17. A assistência educacional compreenderá a 
instrução escolar e a formação profissional do preso e do 
internado. 
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-
se no sistema escolar da Unidade Federativa. 
Art. 18-A. O ensino médio, regular ou supletivo, com 
formação geral ou educação profissional de nível médio, 
será implantado nos presídios, em obediência ao preceito 
constitucional de sua universalização. 
§ 1o O ensino ministrado aos presos e presas integrar-se-á 
ao sistema estadual e municipal de ensino e será mantido, 
administrativa e financeiramente, com o apoio da União, 
não só com os recursos destinados à educação, mas pelo 
sistema estadual de justiça ou administração 
penitenciária. 
§ 2o Os sistemas de ensino oferecerão aos presos e às 
presas cursos supletivos de educação de jovens e adultos. 
§ 3o A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal 
incluirão em seus programas de educação à distância e de 
utilização de novas tecnologias de ensino, o atendimento 
aos presos e às presas. 
Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de 
iniciação ou de aperfeiçoamento técnico. 
Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino 
profissional adequado à sua condição. 
Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de 
convênio com entidades públicas ou particulares, que 
instalem escolas ou ofereçam cursos especializados. 
Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á 
cada estabelecimento de uma biblioteca, para uso de 
todas as categorias de reclusos, provida de livros 
instrutivos, recreativos e didáticos. 
Art. 21-A. O CENSO PENITENCIÁRIO deverá apurar: 
I - o nível de escolaridade dos presos e das presas; 
II - a existência de cursos nos níveis fundamental e médio 
e o número de presos e presas atendidos; 
III - a implementação de cursos profissionais em nível de 
iniciação ou aperfeiçoamento técnico e o número de 
presos e presas atendidos; 
IV - a existência de bibliotecas e as condições de seu 
acervo; 
V - outros dados relevantes para o aprimoramento 
educacional de presos e presas. 
SEÇÃO VI - Da Assistência Social 
 
Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o 
preso e o internado e prepará-los para o retorno à 
liberdade. 
Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social: 
I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames; 
II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os 
problemas e as dificuldades enfrentadas pelo assistido; 
III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e 
das saídas temporárias; 
IV - promover, no estabelecimento, pelos meios 
disponíveis, a recreação; 
V - promover a orientação do assistido, na fase final do 
cumprimento da pena, e do liberando, de modo a facilitar 
o seu retorno à liberdade; 
VI - providenciar a obtenção de documentos, dos 
benefícios da Previdência Social e do seguro por acidente 
no trabalho; 
VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do 
preso, do internado e da vítima. 
 
SEÇÃO VII - Da Assistência Religiosa 
Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, 
será prestada aos presos e aos internados, permitindo-se-
lhes a participação nos serviços organizados no 
estabelecimento penal, bem como a posse de livros de 
instrução religiosa. 
§ 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os 
cultos religiosos. 
§ 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a 
participar de atividade religiosa. 
SEÇÃO VIII - Da Assistência ao Egresso 
Art. 25. A assistência ao egresso consiste: 
I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em 
liberdade; 
II - na concessão, se necessário, de alojamento e 
alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo 
de 2 (dois) meses. 
Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá 
ser prorrogado uma única vez, comprovado, por 
declaração do assistente social, o empenho na obtenção 
de emprego. 
 
 
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Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei: 
I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar 
da saída do estabelecimento; 
II - o liberado condicional, durante o período de prova. 
Art. 27.O serviço de assistência social colaborará com o 
egressopara a obtenção de trabalho. 
CAPÍTULO III - Do Trabalho 
SEÇÃO I - Disposições Gerais 
Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e 
condição de dignidade humana, terá FINALIDADE 
educativa e produtiva. 
§ 1º Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho 
as precauções relativas à segurança e à higiene. 
§ 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da 
Consolidação das Leis do Trabalho. 
Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante 
prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três quartos) 
do salário mínimo. 
§ 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá 
atender: 
a) à indenização dos danos causados pelo crime, desde 
que determinados judicialmente e não reparados por 
outros meios; 
b) à assistência à família; 
c) a pequenas despesas pessoais; 
d) ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas 
com a manutenção do condenado, em proporção a ser 
fixada e sem prejuízo da destinação prevista nas letras 
anteriores. 
§ 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada 
a parte restante para constituição do pecúlio, em 
Caderneta de Poupança, que será entregue ao condenado 
quando posto em liberdade. 
Art. 30. As tarefas executadas como prestação de serviço 
à comunidade não serão remuneradas. 
SEÇÃO II - Do Trabalho Interno 
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está 
obrigado ao trabalho na 
medida de suas aptidões e 
capacidade. 
 
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é 
obrigatório e só poderá ser executado no interior do 
estabelecimento. 
Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em 
conta a habilitação, a condição pessoal e as necessidades 
futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas 
pelo mercado. 
§ 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o 
artesanato sem expressão econômica, salvo nas regiões de 
turismo. 
§ 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar 
ocupação adequada à sua idade. 
§ 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão 
atividades apropriadas ao seu estado. 
Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 
(seis) nem superior a 8 (oito) horas, com descanso nos 
domingos e feriados. 
Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de 
trabalho aos presos designados para os serviços de 
conservação e manutenção do estabelecimento penal. 
Art. 34. O trabalho poderá ser gerenciado por fundação, 
ou empresa pública, com autonomia administrativa, e terá 
por objetivo a formação profissional do condenado. 
§ 1o. Nessa hipótese, incumbirá à entidade gerenciadora 
promover e supervisionar a produção, com critérios e 
métodos empresariais, encarregar-se de sua 
comercialização, bem como suportar despesas, inclusive 
pagamento de remuneração adequada. 
 
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§ 2o Os governos federal, estadual e municipal poderão 
celebrar convênio com a iniciativa privada, para 
implantação de oficinas de trabalho referentes a setores 
de apoio dos presídios. 
Art. 35. Os órgãos da Administração Direta ou Indireta da 
União, Estados, Territórios, Distrito Federal e dos 
Municípios adquirirão, com dispensa de concorrência 
pública, os bens ou produtos do trabalho prisional, sempre 
que não for possível ou recomendável realizar-se a venda 
a particulares. 
Parágrafo único. Todas as importâncias arrecadadas com 
as vendas reverterão em favor da fundação ou empresa 
pública a que alude o artigo anterior ou, na sua falta, do 
estabelecimento penal. 
SEÇÃO III - Do Trabalho Externo 
Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos 
em regime fechado somente em serviço ou obras públicas 
realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, 
ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas 
contra a fuga e em favor da disciplina. 
§ 1º O limite máximo do número de presos será de 10% 
(dez por cento) do total de empregados na obra. 
§ 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à 
empresa empreiteira a remuneração desse trabalho. 
§ 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende 
do consentimento expresso do preso. 
Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada 
pela direção do estabelecimento, dependerá de aptidão, 
disciplina e responsabilidade, além do cumprimento 
mínimo de 1/6 (um sexto) da pena. 
Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho 
externo ao preso que vier a praticar fato definido como 
crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento 
contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo. 
CAPÍTULO IV - Dos Deveres, dos Direitos e da Disciplina 
SEÇÃO I - Dos Deveres 
Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais 
inerentes ao seu estado, submeter-se às normas de 
execução da pena. 
Art. 39. Constituem DEVERES do condenado: 
I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da 
sentença; 
II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa 
com quem deva relacionar-se; 
III - urbanidade e respeito no trato com os demais 
condenados; 
IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou 
coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina; 
V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens 
recebidas; 
VI - submissão à sanção disciplinar imposta; 
VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores; 
VIII - indenização ao Estado, quando possível, das 
despesas realizadas com a sua manutenção, mediante 
desconto proporcional da remuneração do trabalho; 
IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento; 
X - conservação dos objetos de uso pessoal. 
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que 
couber, o disposto neste artigo. 
SEÇÃO II - Dos Direitos 
Art. 40. Impõe-se a todas as autoridades o respeito à 
integridade física e moral dos condenados e provisórios. 
 
Art. 41. Constituem DIREITOS do preso: 
I - alimentação suficiente e vestuário; 
II - atribuição de trabalho e sua remuneração; 
III - Previdência Social; 
IV - constituição de pecúlio; 
V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o 
trabalho, o descanso e a recreação; 
VI - exercício das atividades profissionais, intelectuais, 
artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis 
com a execução da pena; 
VII - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, 
social e religiosa; 
VIII - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; 
IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado; 
X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e 
amigos em dias determinados; 
XI - chamamento nominal; 
XII - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências 
da individualização da pena; 
XIII - audiência especial com o diretor do estabelecimento; 
XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em 
defesa de direito; 
XV - contato com o mundo exterior por meio de 
correspondência escrita, da leitura e de outros meios de 
informação que não comprometam a moral e os bons 
costumes. 
XVI – atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, 
sob pena da responsabilidade da autoridade judiciária 
competente. 
 
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Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e 
XV PODERÃO SER SUSPENSOS OU RESTRINGIDOS 
mediante ato motivado do diretor do estabelecimento. 
Art. 42. Aplica-se ao preso provisório e ao submetido à 
medida de segurança, no que couber, o disposto nesta 
Seção. 
Art. 43. É garantida a liberdade de contratar médico de 
confiança pessoal do internado ou do submetido a 
tratamento ambulatorial, por seus familiares ou 
dependentes, a fim de orientar e acompanhar o 
tratamento. 
Parágrafo único. As divergências entre o médico oficial e o 
particular serão resolvidas pelo Juiz da execução. 
SEÇÃO III - Da Disciplina 
SUBSEÇÃO I - Disposições Gerais 
Art. 44. A disciplina consiste na colaboração com a ordem, 
na obediência às determinações das autoridades e seus 
agentes e no desempenho do trabalho. 
Parágrafo único. Estão sujeitos à disciplina o condenado à 
pena privativa de liberdade ou restritiva dedireitos e o 
preso provisório. 
Art. 45. Não haverá falta nem sanção disciplinar sem 
expressa e anterior previsão legal ou regulamentar. 
§ 1º As sanções não poderão colocar em perigo a 
integridade física e moral do condenado. 
§ 2º É vedado o emprego de cela escura. 
§ 3º São vedadas as sanções coletivas. 
Art. 46. O condenado ou denunciado, no início da 
execução da pena ou da prisão, será cientificado das 
normas disciplinares. 
Art. 47. O poder disciplinar, na execução da pena privativa 
de liberdade, será exercido pela autoridade administrativa 
conforme as disposições regulamentares. 
Art. 48. Na execução das penas restritivas de direitos, o 
poder disciplinar será exercido pela autoridade 
administrativa a que estiver sujeito o condenado. 
Parágrafo único. Nas faltas graves, a autoridade 
representará ao Juiz da execução para os fins dos artigos 
118, inciso I, 125, 127, 181, §§ 1º, letra d, e 2º desta Lei. 
Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, 
médias e graves. A legislação local especificará as leves e 
médias, bem assim as respectivas sanções. 
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção 
correspondente à falta consumada. IMPORTANTE 
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa 
de liberdade que: 
I - incitar ou participar de movimento para subverter a 
ordem ou a disciplina; 
II - fugir; 
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender 
a integridade física de outrem; 
IV - provocar acidente de trabalho; 
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; 
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do 
artigo 39, desta Lei. 
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho 
telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação 
com outros presos ou com o ambiente externo. 
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de 
identificação do perfil genético. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que 
couber, ao preso provisório. 
Art. 51. Comete falta grave o condenado à pena restritiva 
de direitos que: 
I - descumprir, injustificadamente, a restrição imposta; 
II - retardar, injustificadamente, o cumprimento da 
obrigação imposta; 
III - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do 
artigo 39, desta Lei. 
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso 
constitui falta grave e, quando ocasionar subversão da 
ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, 
ou condenado, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da 
sanção penal, ao REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO, 
com as seguintes características: IMPORTANTE 
I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de 
repetição da sanção por nova falta grave de mesma 
espécie; 
II - recolhimento em cela individual; 
III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem 
realizadas em instalações equipadas para impedir o 
contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da 
 
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família ou, no caso de terceiro, autorizado judicialmente, 
com duração de 2 (duas) horas; 
IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas 
diárias para banho de sol, em grupos de até 4 (quatro) 
presos, desde que não haja contato com presos do mesmo 
grupo criminoso; 
V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com 
seu defensor, em instalações equipadas para impedir o 
contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa 
autorização judicial em contrário; 
VI - fiscalização do conteúdo da correspondência; 
VII - participação em audiências judiciais 
preferencialmente por videoconferência, garantindo-se a 
participação do defensor no mesmo ambiente do preso. 
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será 
aplicado aos presos provisórios ou condenados, nacionais 
ou estrangeiros: IMPORTANTE 
I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança 
do estabelecimento penal ou da sociedade; 
II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de 
envolvimento ou participação, a qualquer título, em 
organização criminosa, associação criminosa ou milícia 
privada, independentemente da prática de falta grave. 
§ 2º (Revogado). 
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em 
organização criminosa, associação criminosa ou milícia 
privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou 
mais Estados da Federação, o regime disciplinar 
diferenciado será obrigatoriamente cumprido em 
estabelecimento prisional federal. 
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime 
disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado 
sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo 
indícios de que o preso: 
I - continua apresentando alto risco para a ordem e a 
segurança do estabelecimento penal de origem ou da 
sociedade; 
II - mantém os vínculos com organização criminosa, 
associação criminosa ou milícia privada, considerados 
também o perfil criminal e a função desempenhada por 
ele no grupo criminoso, a operação duradoura do grupo, a 
superveniência de novos processos criminais e os 
resultados do tratamento penitenciário. 
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime 
disciplinar diferenciado deverá contar com alta segurança 
interna e externa, principalmente no que diz respeito à 
necessidade de se evitar contato do preso com membros 
de sua organização criminosa, associação criminosa ou 
milícia privada, ou de grupos rivais. 
§ 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo 
será gravada em sistema de áudio ou de áudio e vídeo e, 
com autorização judicial, fiscalizada por agente 
penitenciário. 
§ 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime disciplinar 
diferenciado, o preso que não receber a visita de que trata 
o inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio 
agendamento, ter contato telefônico, que será gravado, 
com uma pessoa da família, 2 (duas) vezes por mês e por 
10 (dez) minutos. 
SUBSEÇÃO III - Das Sanções e das Recompensas 
Art. 53. Constituem sanções disciplinares: 
I - advertência verbal; 
II - repreensão; 
III - suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, PÚ); 
IV - isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos 
estabelecimentos que possuam alojamento coletivo, 
observado o disposto no artigo 88 desta Lei. 
V - inclusão no regime disciplinar diferenciado. 
Art. 54. As sanções dos incisos I a IV do art. 53 serão 
aplicadas por ato motivado do diretor do estabelecimento 
e a do inciso V, por prévio e fundamentado despacho do 
juiz competente. IMPORTANTE 
§ 1o A autorização para a inclusão do preso em regime 
disciplinar dependerá de requerimento circunstanciado 
elaborado pelo diretor do estabelecimento ou outra 
autoridade administrativa. 
§ 2o A decisão judicial sobre inclusão de preso em regime 
disciplinar será precedida de manifestação do MP e da 
defesa e prolatada no prazo máximo de quinze dias. 
Art. 55. As recompensas têm em vista o bom 
comportamento reconhecido em favor do condenado, de 
sua colaboração com a disciplina e de sua dedicação ao 
trabalho. 
 
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Art. 56. São recompensas: 
I - o elogio; 
II - a concessão de regalias. 
Parágrafo único. A legislação local e os regulamentos 
estabelecerão a natureza e a forma de concessão de 
regalias. 
SUBSEÇÃO IV - Da Aplicação das Sanções 
Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão 
em conta a natureza, os motivos, as circunstâncias e as 
consequências do fato, bem como a pessoa do faltoso e 
seu tempo de prisão. 
Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções 
previstas nos incisos III a V do art. 53 desta Lei. #DEPEN21 
Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos 
não poderão exceder a trinta dias, ressalvada a hipótese 
do regime disciplinar diferenciado. VEJA: 30 DIAS 
Parágrafo único. O isolamento será sempre comunicado 
ao Juiz da execução. 
SUBSEÇÃO V - Do Procedimento Disciplinar 
Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instauradoo procedimento para sua apuração, conforme 
regulamento, assegurado o direito de defesa. 
Parágrafo único. A decisão será motivada. 
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o 
isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez 
dias. A inclusão do preso no regime disciplinar 
diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação 
do fato, dependerá de despacho do juiz competente. 
Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão 
preventiva no regime disciplinar diferenciado será 
computado no período de cumprimento da sanção 
disciplinar. 
TÍTULO III - Dos Órgãos da Execução Penal 
CAPÍTULO I - Disposições Gerais 
Art. 61. São órgãos da execução penal: 
I - o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária; 
II - o Juízo da Execução; 
III - o Ministério Público; 
IV - o Conselho Penitenciário; 
V - os Departamentos Penitenciários; 
VI - o Patronato; 
VII - o Conselho da Comunidade. 
VIII - a Defensoria Pública. 
 
CAPÍTULO II - Do Conselho Nacional de Política Criminal 
e Penitenciária 
Art. 62. O Conselho Nacional de Política Criminal e 
Penitenciária, com sede na Capital da República, é 
subordinado ao Ministério da Justiça. 
Art. 63. O Conselho Nacional de Política Criminal e 
Penitenciária será integrado por 13 (treze) membros 
designados através de ato do Ministério da Justiça, dentre 
professores e profissionais da área do Direito Penal, 
Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem 
como por representantes da comunidade e dos 
Ministérios da área social. 
Parágrafo único. O mandato dos membros do Conselho 
terá duração de 2 (dois) anos, renovado 1/3 (um terço) em 
cada ano. 
Art. 64. Ao Conselho Nacional de Política Criminal e 
Penitenciária, no exercício de suas atividades, em âmbito 
federal ou estadual, incumbe: 
I - propor diretrizes da política criminal quanto à 
prevenção do delito, administração da Justiça Criminal e 
execução das penas e das medidas de segurança; 
II - contribuir na elaboração de planos nacionais de 
desenvolvimento, sugerindo as metas e prioridades da 
política criminal e penitenciária; 
III - promover a avaliação periódica do sistema criminal 
para a sua adequação às necessidades do País; 
IV - estimular e promover a pesquisa criminológica; 
V - elaborar programa nacional penitenciário de formação 
e aperfeiçoamento do servidor; 
VI - estabelecer regras sobre a arquitetura e construção de 
estabelecimentos penais e casas de albergados; 
VII - estabelecer os critérios para a elaboração da 
estatística criminal; 
VIII - inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais, 
bem assim informar-se, mediante relatórios do Conselho 
Penitenciário, requisições, visitas ou outros meios, acerca 
do desenvolvimento da execução penal nos Estados, 
Territórios e Distrito Federal, propondo às autoridades 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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dela incumbida as medidas necessárias ao seu 
aprimoramento; 
IX - representar ao Juiz da execução ou à autoridade 
administrativa para instauração de sindicância ou 
procedimento administrativo, em caso de violação das 
normas referentes à execução penal; 
X - representar à autoridade competente para a 
interdição, no todo ou em parte, de estabelecimento 
penal. 
CAPÍTULO III - Do Juízo da Execução 
Art. 65. A execução penal competirá ao Juiz indicado na lei 
local de organização judiciária e, na sua ausência, ao da 
sentença. 
Art. 66. Compete ao Juiz da execução: 
I - aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer 
modo favorecer o condenado; 
II - declarar extinta a punibilidade; 
III - decidir sobre: 
a) soma ou unificação de penas; 
b) progressão ou regressão nos regimes; 
c) detração e remição da pena; 
d) suspensão condicional da pena; 
e) livramento condicional; 
f) incidentes da execução. 
IV - autorizar saídas temporárias; 
V - determinar: 
a) a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos 
e fiscalizar sua execução; 
b) a conversão da pena restritiva de direitos e de multa em 
privativa de liberdade; 
c) a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva 
de direitos; 
d) a aplicação da medida de segurança, bem como a 
substituição da pena por medida de segurança; 
e) a revogação da medida de segurança; 
f) a desinternação e o restabelecimento da situação 
anterior; 
g) o cumprimento de pena ou medida de segurança em 
outra comarca; 
h) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º, 
do artigo 86, desta Lei. 
VI - zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida 
de segurança; 
VII - inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos 
penais, tomando providências para o adequado 
funcionamento e promovendo, quando for o caso, a 
apuração de responsabilidade; 
VIII - interditar, no todo ou em parte, estabelecimento 
penal que estiver funcionando em condições inadequadas 
ou com infringência aos dispositivos desta Lei; 
IX - compor e instalar o Conselho da Comunidade. 
X – emitir anualmente atestado de pena a cumprir. 
CAPÍTULO IV - Do Ministério Público 
Art. 67. O Ministério Público fiscalizará a execução da pena 
e da medida de segurança, oficiando no processo 
executivo e nos incidentes da execução. 
Art. 68. Incumbe, ainda, ao Ministério Público: 
I - fiscalizar a regularidade formal das guias de 
recolhimento e de internamento; 
II - requerer: 
a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento 
do processo executivo; 
b) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de 
execução; 
c) a aplicação de medida de segurança, bem como a 
substituição da pena por medida de segurança; 
d) a revogação da medida de segurança; 
e) a conversão de penas, a progressão ou regressão nos 
regimes e a revogação da suspensão condicional da pena 
e do livramento condicional; 
f) a internação, a desinternação e o restabelecimento da 
situação anterior. 
III - interpor recursos de decisões proferidas pela 
autoridade judiciária, durante a execução. 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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Parágrafo único. O órgão do Ministério Público visitará 
mensalmente os estabelecimentos penais, registrando a 
sua presença em livro próprio. 
CAPÍTULO V - Do Conselho Penitenciário 
Art. 69. O Conselho Penitenciário é órgão consultivo e 
fiscalizador da execução da pena. 
§ 1º O Conselho será integrado por membros nomeados 
pelo Governador do Estado, do Distrito Federal e dos 
Territórios, dentre professores e profissionais da área do 
Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências 
correlatas, bem como por representantes da comunidade. 
A legislação federal e estadual regulará o seu 
funcionamento. 
§ 2º O mandato dos membros do Conselho Penitenciário 
terá a duração de 4 (quatro) anos. 
Art. 70. Incumbe ao Conselho Penitenciário: 
I - emitir parecer sobre indulto e comutação de pena, 
excetuada a hipótese de pedido de indulto com base no 
estado de saúde do preso; 
II - inspecionar os estabelecimentos e serviços penais; 
III - apresentar, no 1º (primeiro) trimestre de cada ano, ao 
Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, 
relatório dos trabalhos efetuados no exercício anterior; 
IV - supervisionar os patronatos, bem como a assistência 
aos egressos. 
CAPÍTULO VI - Dos Departamentos Penitenciários 
SEÇÃO I - Do Departamento Penitenciário Nacional 
Art. 71. O Departamento Penitenciário Nacional, 
subordinado ao Ministério da Justiça, é órgão executivo da 
Política Penitenciária Nacional e de apoio administrativo e 
financeiro do Conselho Nacional de Política Criminal e 
Penitenciária. 
Art. 72. São atribuições do Departamento Penitenciário 
Nacional: 
I - acompanhar a fiel aplicação das normas de execução 
penal em todo o Território Nacional; 
II - inspecionar e fiscalizar periodicamente os 
estabelecimentos e serviços penais; 
III - assistir tecnicamente as Unidades Federativas na 
implementação dos princípios e regras estabelecidos 
nesta Lei; 
IV - colaborar com as Unidades Federativas mediante 
convênios, na implantação de estabelecimentose serviços 
penais; 
V - colaborar com as Unidades Federativas para a 
realização de cursos de formação de pessoal penitenciário 
e de ensino profissionalizante do condenado e do 
internado. 
VI – estabelecer, mediante convênios com as unidades 
federativas, o cadastro nacional das vagas existentes em 
estabelecimentos locais destinadas ao cumprimento de 
penas privativas de liberdade aplicadas pela justiça de 
outra unidade federativa, em especial para presos sujeitos 
a regime disciplinar. 
VII - acompanhar a execução da pena das mulheres 
beneficiadas pela progressão especial de que trata o § 3º 
do art. 112 desta Lei, monitorando sua integração social e 
a ocorrência de reincidência, específica ou não, mediante 
a realização de avaliações periódicas e de estatísticas 
criminais. 
§ 1º Incumbem também ao Departamento a coordenação 
e supervisão dos estabelecimentos penais e de 
internamento federais. 
§ 2º Os resultados obtidos por meio do monitoramento e 
das avaliações periódicas previstas no inciso VII 
do caput deste artigo serão utilizados para, em função da 
efetividade da progressão especial para a ressocialização 
das mulheres de que trata o § 3º do art. 112 desta Lei, 
avaliar eventual desnecessidade do regime fechado de 
cumprimento de pena para essas mulheres nos casos de 
crimes cometidos sem violência ou grave ameaça. 
SEÇÃO II - Do Departamento Penitenciário Local 
Art. 73. A legislação local poderá criar Departamento 
Penitenciário ou órgão similar, com as atribuições que 
estabelecer. 
Art. 74. O Departamento Penitenciário local, ou órgão 
similar, tem por finalidade supervisionar e coordenar os 
estabelecimentos penais da Unidade da Federação a que 
pertencer. 
Parágrafo único. Os órgãos referidos no caput deste artigo 
realizarão o acompanhamento de que trata o inciso VII 
do caput do art. 72 e encaminharão ao DEPEN os resultados. 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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SEÇÃO III - Direção e Pessoal dos Estabelecimentos 
Penais 
Art. 75. O ocupante do cargo de diretor de 
estabelecimento deverá satisfazer os seguintes requisitos: 
I - ser portador de diploma de nível superior de Direito, ou 
Psicologia, ou Ciências Sociais, ou Pedagogia, ou Serviços 
Sociais; 
II - possuir experiência administrativa na área; 
III - ter idoneidade moral e reconhecida aptidão para o 
desempenho da função. 
Parágrafo único. O diretor deverá residir no 
estabelecimento, ou nas proximidades, e dedicará tempo 
integral à sua função. 
Art. 76. O Quadro do Pessoal Penitenciário será 
organizado em diferentes categorias funcionais, segundo 
as necessidades do serviço, com especificação de 
atribuições relativas às funções de direção, chefia e 
assessoramento do estabelecimento e às demais funções. 
Art. 77. A escolha do pessoal administrativo, 
especializado, de instrução técnica e de vigilância 
atenderá a vocação, preparação profissional e 
antecedentes pessoais do candidato. 
§ 1° O ingresso do pessoal penitenciário, bem como a 
progressão ou a ascensão funcional dependerão de cursos 
específicos de formação, procedendo-se à reciclagem 
periódica dos servidores em exercício. 
§ 2º No estabelecimento para mulheres somente se 
permitirá o trabalho de pessoal do sexo feminino, salvo 
quando se tratar de pessoal técnico especializado. 
CAPÍTULO VII - Do Patronato 
Art. 78. O Patronato público ou particular destina-se a 
prestar assistência aos albergados e aos egressos (artigo 
26). 
Art. 79. Incumbe também ao Patronato: 
I - orientar os condenados à pena restritiva de direitos; 
II - fiscalizar o cumprimento das penas de prestação de 
serviço à comunidade e de limitação de fim de semana; 
III - colaborar na fiscalização do cumprimento das 
condições da suspensão e do livramento condicional. 
CAPÍTULO VIII - Do Conselho da Comunidade 
Art. 80. Haverá, em cada comarca, um Conselho da 
Comunidade composto, no mínimo, por 1 (um) 
representante de associação comercial ou industrial, 1 
(um) advogado indicado pela Seção da Ordem dos 
Advogados do Brasil, 1 (um) Defensor Público indicado 
pelo Defensor Público Geral e 1 (um) assistente social 
escolhido pela Delegacia Seccional do Conselho Nacional 
de Assistentes Sociais. 
Parágrafo único. Na falta da representação prevista neste 
artigo, ficará a critério do Juiz da execução a escolha dos 
integrantes do Conselho. 
Art. 81. Incumbe ao Conselho da Comunidade: 
I - visitar, pelo menos mensalmente, os estabelecimentos 
penais existentes na comarca; 
II - entrevistar presos; 
III - apresentar relatórios mensais ao Juiz da execução e ao 
Conselho Penitenciário; 
IV - diligenciar a obtenção de recursos materiais e 
humanos para melhor assistência ao preso ou internado, 
em harmonia com a direção do estabelecimento. 
CAPÍTULO IX - DA DEFENSORIA PÚBLICA 
Art. 81-A. A Defensoria Pública velará pela regular 
execução da pena e da medida de segurança, oficiando, no 
processo executivo e nos incidentes da execução, para a 
defesa dos necessitados em todos os graus e instâncias, de 
forma individual e coletiva. 
Art. 81-B. Incumbe, ainda, à Defensoria Pública: 
I - requerer: 
a) todas as providências necessárias ao desenvolvimento 
do processo executivo; 
b) a aplicação aos casos julgados de lei posterior que de 
qualquer modo favorecer o condenado; 
c) a declaração de extinção da punibilidade; 
d) a unificação de penas; 
e) a detração e remição da pena; 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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f) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de 
execução; 
g) a aplicação de medida de segurança e sua revogação, 
bem como a substituição da pena por medida de 
segurança; 
h) a conversão de penas, a progressão nos regimes, a 
suspensão condicional da pena, o livramento condicional, 
a comutação de pena e o indulto; 
i) a autorização de saídas temporárias; 
j) a internação, a desinternação e o restabelecimento da 
situação anterior; 
k) o cumprimento de pena ou medida de segurança em 
outra comarca; 
l) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1o do 
art. 86 desta Lei; 
II - requerer a emissão anual do atestado de pena a 
cumprir; 
III - interpor recursos de decisões proferidas pela 
autoridade judiciária ou administrativa durante a 
execução; 
IV - representar ao Juiz da execução ou à autoridade 
administrativa para instauração de sindicância ou 
procedimento administrativo em caso de violação das 
normas referentes à execução penal; 
V - visitar os estabelecimentos penais, tomando 
providências para o adequado funcionamento, e requerer, 
quando for o caso, a apuração de responsabilidade; 
VI - requerer à autoridade competente a interdição, no 
todo ou em parte, de estabelecimento penal. 
Parágrafo único. O órgão da Defensoria Pública visitará 
periodicamente os estabelecimentos penais, registrando a 
sua presença em livro próprio. 
TÍTULO IV - Dos Estabelecimentos Penais 
CAPÍTULO I-Disposições Gerais 
Art. 82. Os estabelecimentos penais destinam-se ao 
condenado, ao submetido à medida de segurança, ao 
preso provisório e ao egresso. 
§ 1° A mulher e o maior de sessenta anos, separadamente, 
serão recolhidos a estabelecimento próprio e adequado à 
sua condição pessoal. 
§ 2º - O mesmo conjunto arquitetônico poderá abrigar 
estabelecimentos de destinação diversa desde que 
devidamente isolados. 
Art. 83. O estabelecimento penal, conforme a sua 
natureza, deverá contar em suas dependências com áreas 
e serviços destinados a dar assistência, educação, 
trabalho, recreação e prática esportiva. 
§ 1º Haverá instalação destinada a estágio de estudantes 
universitários. 
§ 2o Os estabelecimentos penais destinados a mulheres 
serão dotados de berçário, onde as condenadas possam 
cuidar de seus filhos, inclusive amamentá-los, no mínimo, 
até 6 (seis) meses de idade. 
§ 3o Os estabelecimentos de que trata o § 2o deste artigo 
deverão possuir, exclusivamente, agentes do sexo 
feminino na segurança de suas dependências internas. 
§ 4oSerão instaladas salas de aulas destinadas a cursos do 
ensino básico e profissionalizante. 
§ 5o Haverá instalação destinada à Defensoria Pública. 
Art. 83-A. Poderão ser objeto de execução indireta as 
atividades materiais acessórias, instrumentais ou 
complementares desenvolvidas em estabelecimentos 
penais, e notadamente: 
I - serviços de conservação, limpeza, informática, 
copeiragem, portaria, recepção, reprografia, 
telecomunicações, lavanderia e manutenção de prédios, 
instalações e equipamentos internos e externos; 
II - serviços relacionados à execução de trabalho pelo 
preso. 
§ 1o A execução indireta será realizada sob supervisão e 
fiscalização do poder público. 
§ 2o Os serviços relacionados neste artigo poderão 
compreender o fornecimento de materiais, 
equipamentos, máquinas e profissionais. 
Art. 83-B. São indelegáveis as funções de direção, chefia 
e coordenação no âmbito do sistema penal, bem como 
todas as atividades que exijam o exercício do poder de 
polícia, e notadamente: 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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I - classificação de condenados; 
II - aplicação de sanções disciplinares; 
III - controle de rebeliões; 
IV - transporte de presos para órgãos do Poder Judiciário, 
hospitais e outros locais externos aos estabelecimentos 
penais. 
Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado 
por sentença transitada em julgado. 
§ 1o Os presos provisórios ficarão separados de acordo 
com os seguintes critérios: 
I - acusados pela prática de crimes hediondos ou 
equiparados; 
II - acusados pela prática de crimes cometidos com 
violência ou grave ameaça à pessoa; 
III - acusados pela prática de outros crimes ou 
contravenções diversos dos apontados nos incisos I e II. 
§ 2° O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da 
Administração da Justiça Criminal ficará em dependência 
separada. 
§ 3o Os presos condenados ficarão separados de acordo 
com os seguintes critérios: 
I - condenados pela prática de crimes hediondos ou 
equiparados; 
II - reincidentes condenados pela prática de crimes 
cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; 
III - primários condenados pela prática de crimes 
cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa; 
IV - demais condenados pela prática de outros crimes ou 
contravenções em situação diversa das previstas nos 
incisos I, II e III. 
§ 4o O preso que tiver sua integridade física, moral ou 
psicológica ameaçada pela convivência com os demais 
presos ficará segregado em local próprio. 
Art. 85. O estabelecimento penal deverá ter lotação 
compatível com a sua estrutura e finalidade. 
Parágrafo único. O Conselho Nacional de Política Criminal 
e Penitenciária determinará o limite máximo de 
capacidade do estabelecimento, atendendo a sua 
natureza e peculiaridades. 
Art. 86. As penas privativas de liberdade aplicadas pela 
Justiça de uma Unidade Federativa podem ser executadas 
em outra unidade, em estabelecimento local ou da 
União. 
§ 1o A União Federal poderá construir estabelecimento 
penal em local distante da condenação para recolher os 
condenados, quando a medida se justifique no interesse 
da segurança pública ou do próprio condenado. 
§ 2° Conforme a natureza do estabelecimento, nele 
poderão trabalhar os liberados ou egressos que se 
dediquem a obras públicas ou ao aproveitamento de 
terras ociosas. 
§ 3o Caberá ao juiz competente, a requerimento da 
autoridade administrativa definir o estabelecimento 
prisional adequado para abrigar o preso provisório ou 
condenado, em atenção ao regime e aos requisitos 
estabelecidos. 
CAPÍTULO II-Da Penitenciária 
Art. 87. A penitenciária destina-se ao condenado à pena 
de reclusão, em regime fechado. 
Parágrafo único. A União Federal, os Estados, o Distrito 
Federal e os Territórios poderão construir Penitenciárias 
destinadas, exclusivamente, aos presos provisórios e 
condenados que estejam em regime fechado, sujeitos ao 
regime disciplinar diferenciado, nos termos do art. 52 
desta Lei. 
Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que 
conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório. 
Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular: 
a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores 
de aeração, insolação e condicionamento térmico 
adequado à existência humana; 
b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados). 
Art. 89. Além dos requisitos referidos no art. 88, a 
penitenciária de mulheres será dotada de seção para 
gestante e parturiente e de creche para abrigar crianças 
maiores de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com 
a finalidade de assistir a criança desamparada cuja 
responsável estiver presa. 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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Parágrafo único. São requisitos básicos da seção e da 
creche referidas neste artigo: 
I – atendimento por pessoal qualificado, de acordo com as 
diretrizes adotadas pela legislação educacional e em 
unidades autônomas; e 
II – horário de funcionamento que garanta a melhor 
assistência à criança e à sua responsável. 
Art. 90. A penitenciária de homens será construída, em 
local afastado do centro urbano, à distância que não 
restrinja a visitação. 
CAPÍTULO III- Da Colônia Agrícola, Industrial ou Similar 
Art. 91. A Colônia Agrícola, Industrial ou Similar destina-se 
ao cumprimento da pena em regime semiaberto. 
Art. 92. O condenado poderá ser alojado em 
compartimento coletivo, observados os requisitos da letra 
a, do parágrafo único, do artigo 88, desta Lei. 
Parágrafo único. São também requisitos básicos das 
dependências coletivas: 
a) a seleção adequada dos presos; 
b) o limite de capacidade máxima que atenda os objetivos 
de individualização da pena. 
CAPÍTULO IV - Da Casa do Albergado 
Art. 93. A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento 
de pena privativa de liberdade, em regime aberto, e da 
pena de limitação de fim de semana. 
Art. 94. O prédio deverá situar-se em centro urbano, 
separado dos demais estabelecimentos, e caracterizar-se 
pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga. 
Art. 95. Em cada região haverá, pelo menos, uma Casa do 
Albergado, a qual deverá conter, além dos aposentos para 
acomodar os presos, local adequado para cursos e 
palestras. 
Parágrafo único. O estabelecimento terá instalações para 
os serviços de fiscalização e orientação dos condenados. 
CAPÍTULO V - Do Centro de Observação 
Art. 96. No Centro de Observação realizar-se-ão os exames 
gerais e o criminológico, cujos resultados serão 
encaminhados à Comissão Técnica de Classificação. 
Parágrafo único. No Centro poderão ser realizadas 
pesquisas criminológicas. 
Art. 97. O Centro de Observação será instalado em 
unidade autônoma ou em anexo a estabelecimento penal. 
Art. 98. Os exames poderão ser realizados pela Comissão 
Técnica de Classificação, na falta do Centro de 
Observação. 
CAPÍTULO VI-Hospital de Custódia e Trat. Psiquiátrico 
Art. 99. O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico 
destina-se aos inimputáveis e semi-imputáveis referidos 
no artigo 26 e seu parágrafo único do Código Penal. 
Parágrafo único. Aplica-se ao hospital, no que couber, o 
disposto no parágrafo único, do artigo 88, desta Lei. 
Art. 100. O exame psiquiátrico e os demais exames 
necessários ao tratamento são obrigatórios para todos os 
internados. 
Art. 101. O tratamento ambulatorial, previsto no artigo 97, 
segunda parte, do Código Penal, será realizado no Hospital 
de Custódia e Tratamento Psiquiátrico ou em outro local 
com dependência médica adequada. 
CAPÍTULO VII - Da Cadeia Pública 
Art. 102. A cadeia pública destina-se ao recolhimento de 
presos provisórios. 
Art. 103. Cada comarca terá, pelo menos 1 (uma) cadeia 
pública a fim de resguardar o interesse da Administração 
da Justiça Criminal e a permanência do preso em local 
próximo ao seu meio social e familiar. 
Art. 104. O estabelecimento de que trata este Capítulo 
será instalado próximo de centro urbano, observando-se 
naconstrução as exigências mínimas referidas no artigo 88 
e seu parágrafo único desta Lei. 
Art. 105. Transitando em julgado a sentença que aplicar 
pena privativa de liberdade, se o réu estiver ou vier a ser 
preso, o Juiz ordenará a expedição de guia de 
recolhimento para a execução. 
Art. 106. A guia de recolhimento, extraída pelo escrivão, 
que a rubricará em todas as folhas e a assinará com o Juiz, 
será remetida à autoridade administrativa incumbida da 
execução e conterá: 
 
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I - o nome do condenado; 
II - a sua qualificação civil e o número do registro geral no 
órgão oficial de identificação; 
III - o inteiro teor da denúncia e da sentença condenatória, 
bem como certidão do trânsito em julgado; 
IV - a informação sobre os antecedentes e o grau de 
instrução; 
V - a data da terminação da pena; 
VI - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao 
adequado tratamento penitenciário. 
§ 1º Ao Ministério Público se dará ciência da guia de 
recolhimento. 
§ 2º A guia de recolhimento será retificada sempre que 
sobrevier modificação quanto ao início da execução ou ao 
tempo de duração da pena. 
§ 3° Se o condenado, ao tempo do fato, era funcionário da 
Administração da Justiça Criminal, far-se-á, na guia, 
menção dessa circunstância, para fins do disposto no § 2°, 
do artigo 84, desta Lei. 
Art. 107. Ninguém será recolhido, para cumprimento de 
pena privativa de liberdade, sem a guia expedida pela 
autoridade judiciária. 
§ 1° A autoridade administrativa incumbida da execução 
passará recibo da guia de recolhimento para juntá-la aos 
autos do processo, e dará ciência dos seus termos ao 
condenado. 
§ 2º As guias de recolhimento serão registradas em livro 
especial, segundo a ordem cronológica do recebimento, e 
anexadas ao prontuário do condenado, aditando-se, no 
curso da execução, o cálculo das remições e de outras 
retificações posteriores. 
Art. 108. O condenado a quem sobrevier doença mental 
será internado em Hospital de Custódia e Tratamento 
Psiquiátrico. 
Art. 109. Cumprida ou extinta a pena, o condenado será 
posto em liberdade, mediante alvará do Juiz, se por outro 
motivo não estiver preso. 
 
 
 
SEÇÃO II - Dos Regimes 
Art. 110. O Juiz, na sentença, estabelecerá o regime no 
qual o condenado iniciará o cumprimento da pena 
privativa de liberdade, observado o disposto no artigo 33 
e seus parágrafos do Código Penal. 
Art. 111. Quando houver condenação por mais de um 
crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a 
determinação do regime de cumprimento será feita pelo 
resultado da soma ou unificação das penas, observada, 
quando for o caso, a detração ou remição. 
Parágrafo único. Sobrevindo condenação no curso da 
execução, somar-se-á a pena ao restante da que está 
sendo cumprida, para determinação do regime. 
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em 
forma progressiva com a transferência para regime menos 
rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver 
cumprido ao menos: MUITO IMPORTANTE! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for 
primário e o crime tiver sido cometido sem violência à 
pessoa ou grave ameaça; 
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for 
reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou 
grave ameaça; 
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado 
for primário e o crime tiver sido cometido com violência à 
pessoa ou grave ameaça; 
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for 
reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou 
grave ameaça; 
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for 
condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, 
se for primário; 
 
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VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for: 
a) condenado pela prática de crime hediondo ou 
equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado 
o livramento condicional; 
b) condenado por exercer o comando, individual ou 
coletivo, de organização criminosa estruturada para a 
prática de crime hediondo ou equiparado; ou 
c) condenado pela prática do crime de constituição de 
milícia privada; 
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for 
reincidente na prática de crime hediondo ou 
equiparado; 
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for 
reincidente em crime hediondo ou equiparado com 
resultado morte, vedado o livramento condicional. 
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à 
progressão de regime se ostentar boa conduta carcerária, 
comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas 
as normas que vedam a progressão. 
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de 
regime será sempre motivada e precedida de 
manifestação do Ministério Público e do defensor, 
procedimento que também será adotado na concessão de 
livramento condicional, indulto e comutação de penas, 
respeitados os prazos previstos nas normas vigentes. 
§ 3º No caso de mulher gestante ou que for mãe ou 
responsável por crianças ou pessoas com deficiência, os 
REQUISITOS PARA PROGRESSÃO DE REGIME SÃO, 
CUMULATIVAMENTE: 
I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça 
a pessoa; 
II - não ter cometido o crime contra seu filho ou 
dependente; 
III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no 
regime anterior; 
IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, 
comprovado pelo diretor do estabelecimento; 
V - não ter integrado organização criminosa. 
§ 4º O cometimento de novo crime doloso ou falta grave 
implicará a revogação do benefício do § 3º deste artigo. 
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os 
fins deste artigo, o crime de tráfico de drogas previsto no § 
4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. 
§ 6º O cometimento de falta grave durante a execução da 
pena privativa de liberdade interrompe o prazo para a 
obtenção da progressão no regime de cumprimento da 
pena, caso em que o reinício da contagem do requisito 
objetivo terá como base a pena remanescente. 
§ 7º O bom comportamento é readquirido após 1 (um) ano 
da ocorrência do fato, ou antes, após o cumprimento do 
requisito temporal exigível para a obtenção do direito. 
Art. 113. O ingresso do condenado em regime aberto 
supõe a aceitação de seu programa e das condições 
impostas pelo Juiz. 
Art. 114. Somente poderá ingressar no regime aberto o 
condenado que: 
I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de 
fazê-lo imediatamente; 
II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado 
dos exames a que foi submetido, fundados indícios de que 
irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de 
responsabilidade, ao novo regime. 
Parágrafo único. Poderão ser dispensadas do trabalho as 
pessoas referidas no artigo 117 desta Lei. 
Art. 115. O Juiz poderá estabelecer condições especiais 
para a concessão de regime aberto, sem prejuízo das 
seguintes condições gerais e obrigatórias: 
I - permanecer no local que for designado, durante o 
repouso e nos dias de folga; 
II - sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados; 
III - não se ausentar da cidade onde reside, sem 
autorização judicial; 
IV - comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas 
atividades, quando for determinado. 
Art. 116. O Juiz poderá modificar as condições 
estabelecidas, de ofício, a requerimento do Ministério 
Público, da autoridade administrativa ou do condenado, 
desde que as circunstâncias assim o recomendem. 
Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do 
beneficiário de regime aberto em residência particular 
quando se tratar de: 
I - condenado maior de 70 (setenta) anos; 
II - condenado acometido de doença grave; 
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou 
mental; 
IV - condenada gestante. 
 
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Art. 118. A execução da pena privativade liberdade ficará 
sujeita à FORMA REGRESSIVA, com a transferência para 
qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o 
condenado: 
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; 
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, 
somada ao restante da pena em execução, torne incabível 
o regime (artigo 111). 
§ 1° O condenado será transferido do regime aberto se, 
além das hipóteses referidas nos incisos anteriores, 
frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a 
multa cumulativamente imposta. 
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, 
deverá ser ouvido previamente o condenado. 
Art. 119. A legislação local poderá estabelecer normas 
complementares para o cumprimento da pena privativa 
de liberdade em regime aberto (artigo 36, § 1º, do CP). 
SEÇÃO III - Das Autorizações de Saída 
SUBSEÇÃO I - Da Permissão de Saída 
Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime 
fechado ou semiaberto e os presos provisórios poderão 
obter permissão para sair do estabelecimento, mediante 
escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos: 
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, 
ascendente, descendente ou irmão; 
II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do 
artigo 14). 
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo 
diretor do estabelecimento onde se encontra o preso. 
Art. 121. A permanência do preso fora do estabelecimento 
terá a duração necessária à finalidade da saída. 
SUBSEÇÃO II - Da Saída Temporária 
Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime 
semiaberto poderão obter autorização para saída 
temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos 
seguintes casos: 
I - visita à família; 
II - frequência a curso supletivo profissionalizante, bem 
como de instrução do 2º grau ou superior, na Comarca do 
Juízo da Execução; 
III - participação em atividades que concorram para o 
retorno ao convívio social. 
§ 1º A ausência de vigilância direta não impede a utilização 
de equipamento de monitoração eletrônica pelo 
condenado, quando assim determinar o juiz da execução. 
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere 
o caput deste artigo o condenado que cumpre pena por 
praticar crime hediondo com resultado morte. 
Art. 123. A autorização será concedida por ato motivado 
do Juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a 
administração penitenciária e dependerá da satisfação 
dos seguintes requisitos: 
I - comportamento adequado; 
II - cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena, se o 
condenado for primário, e 1/4 (um quarto), se reincidente; 
III - compatibilidade do benefício com os objetivos da 
pena. 
Art. 124. A autorização será concedida por prazo não 
superior a 7 (sete) dias, podendo ser renovada por mais 4 
(quatro) vezes durante o ano. 
§ 1o Ao conceder a saída temporária, o juiz imporá ao 
beneficiário as seguintes condições, entre outras que 
entender compatíveis com as circunstâncias do caso e a 
situação pessoal do condenado: 
I - fornecimento do endereço onde reside a família a ser 
visitada ou onde poderá ser encontrado durante o gozo do 
benefício; 
II - recolhimento à residência visitada, no período noturno; 
III - proibição de frequentar bares, casas noturnas e 
estabelecimentos congêneres. 
§ 2o Quando se tratar de frequência a curso 
profissionalizante, de instrução de ensino médio ou 
superior, o tempo de saída será o necessário para o 
cumprimento das atividades discentes. 
§ 3o Nos demais casos, as autorizações de saída somente 
poderão ser concedidas com prazo mínimo de 45 
(quarenta e cinco) dias de intervalo entre uma e outra. 
 
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Art. 125. O benefício será automaticamente revogado 
quando o condenado praticar fato definido como crime 
doloso, for punido por falta grave, desatender as 
condições impostas na autorização ou revelar baixo grau 
de aproveitamento do curso. 
Parágrafo único. A recuperação do direito à saída 
temporária dependerá da absolvição no processo penal, 
do cancelamento da punição disciplinar ou da 
demonstração do merecimento do condenado. 
SEÇÃO IV - Da Remição 
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime 
fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por 
estudo, parte do tempo de execução da pena. 
§ 1o A contagem de tempo referida no caput será feita à 
razão de: 
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência 
escolar - atividade de ensino fundamental, médio, 
inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda de 
requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 
(três) dias; 
II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho. 
§ 2o As atividades de estudo a que se refere o § 1o deste 
artigo poderão ser desenvolvidas de forma presencial ou 
por metodologia de ensino a distância e deverão ser 
certificadas pelas autoridades educacionais competentes 
dos cursos frequentados. 
§ 3o Para fins de cumulação dos casos de remição, as 
horas diárias de trabalho e de estudo serão definidas de 
forma a se compatibilizarem. 
§ 4o O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir 
no trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com 
a remição. 
§ 5o O tempo a remir em função das horas de estudo será 
acrescido de 1/3 (um terço) no caso de conclusão do 
ensino fundamental, médio ou superior durante o 
cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão 
competente do sistema de educação. IMPORTANTE 
§ 6o O condenado que cumpre pena em regime aberto ou 
semiaberto e o que usufrui liberdade condicional poderão remir, 
pela frequência a curso de ensino regular ou de educação 
profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período 
de prova, observado o disposto no inciso I do § 1o deste artigo. 
§ 7o O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de 
prisão cautelar. 
 § 8o A remição será declarada pelo juiz da execução, 
ouvidos o Ministério Público e a defesa. 
Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 
1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no 
art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da 
infração disciplinar. 
Art. 128. O tempo remido será computado como pena 
cumprida, para todos os efeitos. 
Art. 129. A autoridade administrativa encaminhará 
mensalmente ao juízo da execução cópia do registro de 
todos os condenados que estejam trabalhando ou 
estudando, com informação dos dias de trabalho ou das 
horas de frequência escolar ou de atividades de ensino de 
cada um deles. 
§ 1o O condenado autorizado a estudar fora do 
estabelecimento penal deverá comprovar mensalmente, 
por meio de declaração da respectiva unidade de ensino, 
a frequência e o aproveitamento escolar. 
§ 2o Ao condenado dar-se-á a relação de seus dias 
remidos. 
Art. 130. Constitui o crime do artigo 299 do Código Penal 
declarar ou atestar falsamente prestação de serviço para 
fim de instruir pedido de remição. 
SEÇÃO V - Do Livramento Condicional 
Art. 131. O livramento condicional poderá ser concedido 
pelo Juiz da execução, presentes os requisitos do artigo 83, 
incisos e parágrafo único, do Código Penal, ouvidos o 
Ministério Público e Conselho Penitenciário. 
Art. 132. Deferido o pedido, o Juiz especificará as 
condições a que fica subordinado o livramento. 
§ 1º Serão sempre impostas ao liberado condicional as 
obrigações seguintes: 
a) obter ocupação lícita, dentro de prazo razoável se for 
apto para o trabalho; 
b) comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação; 
c) não mudar do território da comarca do Juízo da 
execução, sem prévia autorização deste. 
 
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§ 2° Poderão ainda ser impostas ao liberado condicional, 
entre outras obrigações, as seguintes: 
a) não mudar de residência sem comunicação ao Juiz e à 
autoridade incumbida da observação cautelar e de 
proteção; 
b) recolher-se à habitação em hora fixada; 
c) não freqüentar determinados lugares. 
d) (VETADO) 
Art.133. Se for permitido ao liberado residir fora da 
comarca do Juízo da execução, remeter-se-á cópia da 
sentença do livramento ao Juízo do lugar para onde ele se 
houver transferido e à autoridade incumbida da 
observação cautelar e de proteção. 
Art. 134. O liberado será advertido da obrigação de 
apresentar-se imediatamente às autoridades referidas no 
artigo anterior. 
Art. 135. Reformada a sentença denegatória do 
livramento, os autos baixarão ao Juízo da execução, para 
as providências cabíveis. 
Art. 136. Concedido o benefício, será expedida a carta de 
livramento com a cópia integral da sentença em 2 (duas) 
vias, remetendo-se uma à autoridade administrativa 
incumbida da execução e outra ao Conselho Penitenciário. 
Art. 137. A cerimônia do livramento condicional será 
realizada solenemente no dia marcado pelo Presidente do 
Conselho Penitenciário, no estabelecimento onde está 
sendo cumprida a pena, observando-se o seguinte: 
I - a sentença será lida ao liberando, na presença dos 
demais condenados, pelo Presidente do Conselho 
Penitenciário ou membro por ele designado, ou, na falta, 
pelo Juiz; 
II - a autoridade administrativa chamará a atenção do 
liberando para as condições impostas na sentença de 
livramento; 
III - o liberando declarará se aceita as condições. 
§ 1º De tudo em livro próprio, será lavrado termo subscrito 
por quem presidir a cerimônia e pelo liberando, ou alguém 
a seu rogo, se não souber ou não puder escrever. 
§ 2º Cópia desse termo deverá ser remetida ao Juiz da 
execução. 
Art. 138. Ao sair o liberado do estabelecimento penal, ser-
lhe-á entregue, além do saldo de seu pecúlio e do que lhe 
pertencer, uma caderneta, que exibirá à autoridade 
judiciária ou administrativa, sempre que lhe for exigida. 
§ 1º A caderneta conterá: 
a) a identificação do liberado; 
b) o texto impresso do presente Capítulo; 
c) as condições impostas. 
§ 2º Na falta de caderneta, será entregue ao liberado um 
salvo-conduto, em que constem as condições do 
livramento, podendo substituir-se a ficha de identificação 
ou o seu retrato pela descrição dos sinais que possam 
identificá-lo. SALVO-CONDUTO 
§ 3º Na caderneta e no salvo-conduto deverá haver espaço 
para consignar-se o cumprimento das condições referidas 
no artigo 132 desta Lei. 
Art. 139. A observação cautelar e a proteção realizadas 
por serviço social penitenciário, Patronato ou Conselho da 
Comunidade terão a finalidade de: 
I - fazer observar o cumprimento das condições 
especificadas na sentença concessiva do benefício; 
II - proteger o beneficiário, orientando-o na execução de 
suas obrigações e auxiliando-o na obtenção de atividade 
laborativa. 
Parágrafo único. A entidade encarregada da observação 
cautelar e da proteção do liberado apresentará relatório 
ao Conselho Penitenciário, para efeito da representação 
prevista nos artigos 143 e 144 desta Lei. 
Art. 140. A revogação do livramento condicional dar-se-á 
nas hipóteses previstas nos artigos 86 e 87 do Código 
Penal. 
Parágrafo único. Mantido o livramento condicional, na 
hipótese da revogação facultativa, o Juiz deverá advertir o 
liberado ou agravar as condições. 
Art. 141. Se a revogação for motivada por infração penal 
anterior à vigência do livramento, computar-se-á como 
tempo de cumprimento da pena o período de prova, 
sendo permitida, para a concessão de novo livramento, a 
soma do tempo das 2 (duas) penas. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Msg/VEP-310-10.htm
 
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Art. 142. No caso de revogação por outro motivo, não se 
computará na pena o tempo em que esteve solto o 
liberado, e tampouco se concederá, em relação à mesma 
pena, novo livramento. 
Art. 143. A revogação será decretada a requerimento do 
Ministério Público, mediante representação do Conselho 
Penitenciário, ou, de ofício, pelo Juiz, ouvido o liberado. 
Art. 144. O Juiz, de ofício, a requerimento do Ministério 
Público, da Defensoria Pública ou mediante representação 
do Conselho Penitenciário, e ouvido o liberado, poderá 
modificar as condições especificadas na sentença, 
devendo o respectivo ato decisório ser lido ao liberado por 
uma das autoridades ou funcionários indicados no inciso I 
do caput do art. 137 desta Lei, observado o disposto nos 
incisos II e III e §§ 1o e 2o do mesmo artigo. 
Art. 145. Praticada pelo liberado outra infração penal, o 
Juiz poderá ordenar a sua prisão, ouvidos o Conselho 
Penitenciário e o Ministério Público, suspendendo o curso 
do livramento condicional, cuja revogação, entretanto, 
ficará dependendo da decisão final. 
Art. 146. O Juiz, de ofício, a requerimento do interessado, 
do Ministério Público ou mediante representação do 
Conselho Penitenciário, julgará extinta a pena privativa de 
liberdade, se expirar o prazo do livramento sem 
revogação. 
Seção VI - Da Monitoração Eletrônica 
Art. 146-A. (VETADO). 
Art. 146-B. O juiz poderá definir a fiscalização por meio da 
monitoração eletrônica quando: 
I - (VETADO); 
II - autorizar a saída temporária no regime semiaberto; 
III - (VETADO); 
IV - determinar a prisão domiciliar; 
V - (VETADO); 
Parágrafo único. (VETADO). 
Art. 146-C. O condenado será instruído acerca dos 
cuidados que deverá adotar com o equipamento 
eletrônico e dos seguintes deveres: 
I - receber visitas do servidor responsável pela 
monitoração eletrônica, responder aos seus contatos e 
cumprir suas orientações; 
II - abster-se de remover, de violar, de modificar, de 
danificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração 
eletrônica ou de permitir que outrem o faça; 
III - (VETADO); 
Parágrafo único. A violação comprovada dos deveres 
previstos neste artigo poderá acarretar, a critério do juiz 
da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa: 
I - a regressão do regime; 
II - a revogação da autorização de saída temporária; 
III - (VETADO); 
IV - (VETADO); 
V - (VETADO); 
VI - a revogação da prisão domiciliar; 
VII - advertência, por escrito, para todos os casos em que 
o juiz da execução decida não aplicar alguma das medidas 
previstas nos incisos de I a VI deste parágrafo. 
 
Art. 146-D. A monitoração eletrônica poderá ser 
revogada: 
I - quando se tornar desnecessária ou inadequada; 
II - se o acusado ou condenado violar os deveres a que 
estiver sujeito durante a sua vigência ou cometer falta 
grave. 
Art. 147. Transitada em julgado a sentença que aplicou a 
pena restritiva de direitos, o Juiz da execução, de ofício ou 
a requerimento do Ministério Público, promoverá a 
execução, podendo, para tanto, requisitar, quando 
necessário, a colaboração de entidades públicas ou 
solicitá-la a particulares. 
Art. 148. Em qualquer fase da execução, poderá o Juiz, 
motivadamente, alterar, a forma de cumprimento das 
penas de prestação de serviços à comunidade e de 
limitação de fim de semana, ajustando-as às condições 
pessoais do condenado e às características do 
estabelecimento, da entidade ou do programa 
comunitário ou estatal. 
 
SEÇÃO II - Da Prestação de Serviços à Comunidade 
Art. 149. Caberá ao Juiz da execução: 
I - designar a entidade ou programa comunitário ou 
estatal, devidamente credenciado ou convencionado, 
junto ao qual o condenado deverá trabalhar 
gratuitamente, de acordo com as suas aptidões; 
II - determinar a intimação do condenado, cientificando-o 
da entidade, dias e horário em que deverá cumprir a pena; 
III - alterar a forma de execução, a fim de ajustá-la às 
modificações ocorridas na jornada de trabalho. 
 
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§ 1º o trabalho terá a duração de 8 (oito) horas semanais 
e será realizado aos sábados, domingos e feriados, ou em 
dias úteis, de modo a não prejudicar a jornada normal de 
trabalho, nos horários estabelecidos pelo Juiz. 
§ 2º A execução terá início a partir da data do primeiro 
comparecimento. 
Art. 150. A entidade beneficiada com a prestação de 
serviços encaminhará mensalmente,ao Juiz da execução, 
relatório circunstanciado das atividades do condenado, 
bem como, a qualquer tempo, comunicação sobre 
ausência ou falta disciplinar. 
SEÇÃO III - Da Limitação de Fim de Semana 
Art. 151. Caberá ao Juiz da execução determinar a 
intimação do condenado, cientificando-o do local, dias e 
horário em que deverá cumprir a pena. 
Parágrafo único. A execução terá início a partir da data do 
primeiro comparecimento. 
Art. 152. Poderão ser ministrados ao condenado, durante 
o tempo de permanência, cursos e palestras, ou atribuídas 
atividades educativas. 
Parágrafo único. Nos casos de violência doméstica contra 
a mulher, o juiz poderá determinar o comparecimento 
obrigatório do agressor a programas de recuperação e 
reeducação. 
Art. 153. O estabelecimento designado encaminhará, 
mensalmente, ao Juiz da execução, relatório, bem assim 
comunicará, a qualquer tempo, a ausência ou falta 
disciplinar do condenado. 
SEÇÃO IV - Da Interdição Temporária de Direitos 
Art. 154. Caberá ao Juiz da execução comunicar à 
autoridade competente a pena aplicada, determinada a 
intimação do condenado. 
§ 1º Na hipótese de pena de interdição do artigo 47, inciso 
I, do Código Penal, a autoridade deverá, em 24 (vinte e 
quatro) horas, contadas do recebimento do ofício, baixar 
ato, a partir do qual a execução terá seu início. 
§ 2º Nas hipóteses do artigo 47, incisos II e III, do Código 
Penal, o Juízo da execução determinará a apreensão dos 
documentos, que autorizam o exercício do direito 
interditado. 
Art. 155. A autoridade deverá comunicar imediatamente 
ao Juiz da execução o descumprimento da pena. 
Parágrafo único. A comunicação prevista neste artigo 
poderá ser feita por qualquer prejudicado. 
CAPÍTULO III - Da Suspensão Condicional 
Art. 156. O Juiz poderá suspender, pelo período de 2 (dois) 
a 4 (quatro) anos, a execução da pena privativa de 
liberdade, não superior a 2 (dois) anos, na forma prevista 
nos artigos 77 a 82 do Código Penal. 
Art. 157. O Juiz ou Tribunal, na sentença que aplicar pena 
privativa de liberdade, na situação determinada no artigo 
anterior, deverá pronunciar-se, motivadamente, sobre a 
suspensão condicional, quer a conceda, quer a denegue. 
Art. 158. Concedida a suspensão, o Juiz especificará as 
condições a que fica sujeito o condenado, pelo prazo 
fixado, começando este a correr da audiência prevista no 
artigo 160 desta Lei. 
§ 1° As condições serão adequadas ao fato e à situação 
pessoal do condenado, devendo ser incluída entre as 
mesmas a de prestar serviços à comunidade, ou limitação 
de fim de semana, salvo hipótese do artigo 78, § 2º, do 
Código Penal. 
§ 2º O Juiz poderá, a qualquer tempo, de ofício, a 
requerimento do Ministério Público ou mediante proposta 
do Conselho Penitenciário, modificar as condições e regras 
estabelecidas na sentença, ouvido o condenado. 
§ 3º A fiscalização do cumprimento das condições, 
reguladas nos Estados, Territórios e Distrito Federal por 
normas supletivas, será atribuída a serviço social 
penitenciário, Patronato, Conselho da Comunidade ou 
instituição beneficiada com a prestação de serviços, 
inspecionados pelo Conselho Penitenciário, pelo 
Ministério Público, ou ambos, devendo o Juiz da execução 
suprir, por ato, a falta das normas supletivas. 
§ 4º O beneficiário, ao comparecer periodicamente à 
entidade fiscalizadora, para comprovar a observância das 
condições a que está sujeito, comunicará, também, a sua 
ocupação e os salários ou proventos de que vive. 
§ 5º A entidade fiscalizadora deverá comunicar 
imediatamente ao órgão de inspeção, para os fins legais, 
qualquer fato capaz de acarretar a revogação do benefício, 
a prorrogação do prazo ou a modificação das condições. 
 
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§ 6º Se for permitido ao beneficiário mudar-se, será feita 
comunicação ao Juiz e à entidade fiscalizadora do local da 
nova residência, aos quais o primeiro deverá apresentar-
se imediatamente. 
Art. 159. Quando a suspensão condicional da pena for 
concedida por Tribunal, a este caberá estabelecer as 
condições do benefício. 
§ 1º De igual modo proceder-se-á quando o Tribunal 
modificar as condições estabelecidas na sentença 
recorrida. 
§ 2º O Tribunal, ao conceder a suspensão condicional da 
pena, poderá, todavia, conferir ao Juízo da execução a 
incumbência de estabelecer as condições do benefício, e, 
em qualquer caso, a de realizar a audiência admonitória. 
Art. 160. Transitada em julgado a sentença condenatória, 
o Juiz a lerá ao condenado, em audiência, advertindo-o das 
consequências de nova infração penal e do 
descumprimento das condições impostas. 
Art. 161. Se, intimado pessoalmente ou por edital com 
prazo de 20 (vinte) dias, o réu não comparecer 
injustificadamente à audiência admonitória, a suspensão 
ficará sem efeito e será executada imediatamente a pena. 
Art. 162. A revogação da suspensão condicional da pena e 
a prorrogação do período de prova dar-se-ão na forma do 
artigo 81 e respectivos parágrafos do Código Penal. 
Art. 163. A sentença condenatória será registrada, com a 
nota de suspensão em livro especial do Juízo a que couber 
a execução da pena. 
§ 1º Revogada a suspensão ou extinta a pena, será o fato 
averbado à margem do registro. 
§ 2º O registro e a averbação serão sigilosos, salvo para 
efeito de informações requisitadas por órgão judiciário ou 
pelo Ministério Público, para instruir processo penal. 
CAPÍTULO IV - Da Pena de Multa 
Art. 164. Extraída certidão da sentença condenatória com 
trânsito em julgado, que valerá como título executivo 
judicial, o Ministério Público requererá, em autos 
apartados, a citação do condenado para, no prazo de 10 
dias, pagar o valor da multa ou nomear bens à penhora. 
§ 1º Decorrido o prazo sem o pagamento da multa, ou o 
depósito da respectiva importância, proceder-se-á à 
penhora de bens que bastem para garantir a execução. 
§ 2º A nomeação de bens à penhora e a posterior 
execução seguirão o que dispuser a lei processual civil. 
Art. 165. Se a penhora recair em bem imóvel, os autos 
apartados serão remetidos ao Juízo Cível para 
prosseguimento. 
Art. 166. Recaindo a penhora em outros bens, dar-se-á 
prosseguimento nos termos do § 2º do artigo 164, desta 
Lei. 
Art. 167. A execução da pena de multa será suspensa 
quando sobrevier ao condenado doença mental (artigo 52 
do Código Penal). 
Art. 168. O Juiz poderá determinar que a cobrança da 
multa se efetue mediante desconto no vencimento ou 
salário do condenado, nas hipóteses do artigo 50, § 1º, do 
Código Penal, observando-se o seguinte: 
I - o limite máximo do desconto mensal será o da quarta 
parte da remuneração e o mínimo o de um décimo; 
II - o desconto será feito mediante ordem do Juiz a quem 
de direito; 
III - o responsável pelo desconto será intimado a recolher 
mensalmente, até o dia fixado pelo Juiz, a importância 
determinada. 
Art. 169. Até o término do prazo a que se refere o artigo 
164 desta Lei, poderá o condenado requerer ao Juiz o 
pagamento da multa em prestações mensais, iguais e 
sucessivas. 
§ 1° O Juiz, antes de decidir, poderá determinar diligências 
para verificar a real situação econômica do condenado e, 
ouvido o Ministério Público, fixará o número de 
prestações. 
§ 2º Se o condenado for impontual ou se melhorar de 
situação econômica, o Juiz, de ofício ou a requerimento do 
Ministério Público, revogará o benefício executando-se a 
multa, na forma prevista neste Capítulo, ou prosseguindo-
se na execução já iniciada. 
Art. 170. Quando a pena de multa for aplicada 
cumulativamente com pena privativa da liberdade, 
enquanto esta estiver sendo executada, poderá aquela ser 
cobrada mediante desconto na remuneração do 
condenado (artigo 168). 
 
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§ 1º Se o condenado cumprir a pena privativa de liberdade 
ou obtiver livramento condicional, sem haver resgatado a 
multa, far-se-á a cobrança nos termos deste Capítulo.§ 2º Aplicar-se-á o disposto no parágrafo anterior aos 
casos em que for concedida a suspensão condicional da 
pena. 
TÍTULO VI - Da Execução das Medidas de Segurança 
CAPÍTULO I - Disposições Gerais 
Art. 171. Transitada em julgado a sentença que aplicar 
medida de segurança, será ordenada a expedição de guia 
para a execução. 
Art. 172. Ninguém será internado em Hospital de Custódia 
e Tratamento Psiquiátrico, ou submetido a tratamento 
ambulatorial, para cumprimento de medida de segurança, 
sem a guia expedida pela autoridade judiciária. 
Art. 173. A guia de internamento ou de tratamento 
ambulatorial, extraída pelo escrivão, que a rubricará em 
todas as folhas e a subscreverá com o Juiz, será remetida 
à autoridade administrativa da execução e conterá: 
I - a qualificação do agente e o número do registro geral 
do órgão oficial de identificação; 
II - o inteiro teor da denúncia e da sentença que tiver 
aplicado a medida de segurança, bem como a certidão do 
trânsito em julgado; 
III - a data em que terminará o prazo mínimo de 
internação, ou do tratamento ambulatorial; 
IV - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao 
adequado tratamento ou internamento. 
§ 1° Ao Ministério Público será dada ciência da guia de 
recolhimento e de sujeição a tratamento. 
§ 2° A guia será retificada sempre que sobrevier 
modificações quanto ao prazo de execução. 
Art. 174. Aplicar-se-á, na execução da medida de 
segurança, naquilo que couber, o disposto nos artigos 8° e 
9° desta Lei. 
CAPÍTULO II - Da Cessação da Periculosidade 
Art. 175. A cessação da periculosidade será averiguada no 
fim do prazo mínimo de duração da medida de segurança, 
pelo exame das condições pessoais do agente, 
observando-se o seguinte: 
I - a autoridade administrativa, até 1 (um) mês antes de 
expirar o prazo de duração mínima da medida, remeterá 
ao Juiz minucioso relatório que o habilite a resolver sobre 
a revogação ou permanência da medida; 
II - o relatório será instruído com o laudo psiquiátrico; 
III - juntado aos autos o relatório ou realizadas as 
diligências, serão ouvidos, sucessivamente, o Ministério 
Público e o curador ou defensor, no prazo de 3 (três) dias 
para cada um; 
IV - o Juiz nomeará curador ou defensor para o agente que 
não o tiver; 
V - o Juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das 
partes, poderá determinar novas diligências, ainda que 
expirado o prazo de duração mínima da medida de 
segurança; 
VI - ouvidas as partes ou realizadas as diligências a que se 
refere o inciso anterior, o Juiz proferirá a sua decisão, no 
prazo de 5 (cinco) dias. 
Art. 176. Em qualquer tempo, ainda no decorrer do prazo 
mínimo de duração da medida de segurança, poderá o Juiz 
da execução, diante de requerimento fundamentado do 
Ministério Público ou do interessado, seu procurador ou 
defensor, ordenar o exame para que se verifique a 
cessação da periculosidade, procedendo-se nos termos do 
artigo anterior. 
Art. 177. Nos exames sucessivos para verificar-se a 
cessação da periculosidade, observar-se-á, no que lhes for 
aplicável, o disposto no artigo anterior. 
Art. 178. Nas hipóteses de desinternação ou de liberação 
(artigo 97, § 3º, do Código Penal), aplicar-se-á o disposto 
nos artigos 132 e 133 desta Lei. 
Art. 179. Transitada em julgado a sentença, o Juiz expedirá 
ordem para a desinternação ou a liberação. 
TÍTULO VII - Dos Incidentes de Execução 
CAPÍTULO I - Das Conversões 
Art. 180. A pena privativa de liberdade, não superior a 2 
(dois) anos, poderá ser convertida em restritiva de 
direitos, desde que: 
I - o condenado a esteja cumprindo em regime aberto; 
II - tenha sido cumprido pelo menos 1/4 (um quarto) da 
pena; 
 
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III - os antecedentes e a personalidade do condenado 
indiquem ser a conversão recomendável. 
Art. 181. A pena restritiva de direitos será convertida em 
privativa de liberdade nas hipóteses e na forma do artigo 
45 e seus incisos do Código Penal. 
§ 1º A pena de prestação de serviços à comunidade será 
convertida quando o condenado: 
a) não for encontrado por estar em lugar incerto e não 
sabido, ou desatender a intimação por edital; 
b) não comparecer, injustificadamente, à entidade ou 
programa em que deva prestar serviço; 
c) recusar-se, injustificadamente, a prestar o serviço que 
lhe foi imposto; 
d) praticar falta grave; 
e) sofrer condenação por outro crime à pena privativa de 
liberdade, cuja execução não tenha sido suspensa. 
§ 2º A pena de limitação de fim de semana será convertida 
quando o condenado não comparecer ao estabelecimento 
designado para o cumprimento da pena, recusar-se a 
exercer a atividade determinada pelo Juiz ou se ocorrer 
qualquer das hipóteses das letras "a", "d" e "e" do 
parágrafo anterior. 
§ 3º A pena de interdição temporária de direitos será 
convertida quando o condenado exercer, 
injustificadamente, o direito interditado ou se ocorrer 
qualquer das hipóteses das letras "a" e "e", do § 1º, deste 
artigo. 
Art. 182. REVOGADO 
Art. 183. Quando, no curso da execução da pena privativa 
de liberdade, sobrevier doença mental ou perturbação da 
saúde mental, o Juiz, de ofício, a requerimento do 
Ministério Público, da Defensoria Pública ou da autoridade 
administrativa, poderá determinar a substituição da pena 
por medida de segurança. (Redação dada pela Lei nº 
12.313, de 2010). 
Art. 184. O tratamento ambulatorial poderá ser 
convertido em internação se o agente revelar 
incompatibilidade com a medida. 
Parágrafo único. Nesta hipótese, o prazo mínimo de 
internação será de 1 (um) ano. 
CAPÍTULO II - Do Excesso ou Desvio 
Art. 185. Haverá excesso ou desvio de execução sempre 
que algum ato for praticado além dos limites fixados na 
sentença, em normas legais ou regulamentares. 
Art. 186. Podem suscitar o incidente de excesso ou desvio 
de execução: 
I - o Ministério Público; 
II - o Conselho Penitenciário; 
III - o sentenciado; 
IV - qualquer dos demais órgãos da execução penal. 
 
CAPÍTULO III - Da Anistia e do Indulto 
Art. 187. Concedida a anistia, o Juiz, de ofício, a 
requerimento do interessado ou do Ministério Público, 
por proposta da autoridade administrativa ou do Conselho 
Penitenciário, declarará extinta a punibilidade. 
Art. 188. O indulto individual poderá ser provocado por 
petição do condenado, por iniciativa do MP, do Conselho 
Penitenciário, ou da autoridade administrativa. 
Art. 189. A petição do indulto, acompanhada dos 
documentos que a instruírem, será entregue ao Conselho 
Penitenciário, para a elaboração de parecer e posterior 
encaminhamento ao Ministério da Justiça. 
Art. 190. O Conselho Penitenciário, à vista dos autos do 
processo e do prontuário, promoverá as diligências que 
entender necessárias e fará, em relatório, a narração do 
ilícito penal e dos fundamentos da sentença condenatória, 
a exposição dos antecedentes do condenado e do 
procedimento deste depois da prisão, emitindo seu 
parecer sobre o mérito do pedido e esclarecendo qualquer 
formalidade ou circunstâncias omitidas na petição. 
Art. 191. Processada no Ministério da Justiça com 
documentos e o relatório do Conselho Penitenciário, a 
petição será submetida a despacho do Presidente da 
República, a quem serão presentes os autos do processo 
ou a certidão de qualquer de suas peças, se ele o 
determinar. 
Art. 192. Concedido o indulto e anexada aos autos cópia 
do decreto, o Juiz declarará extinta a pena ou ajustará a 
execução aos termos do decreto, no caso de comutação. 
Art. 193. Se o sentenciado for beneficiado por indulto 
coletivo, o Juiz, de ofício, a requerimento do interessado, 
do Ministério Público, ou por iniciativa do Conselho 
Penitenciário ou da autoridade administrativa, 
providenciará de acordo com o disposto no art. anterior. 
 
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TÍTULO VIII - Do Procedimento Judicial 
Art. 194. O procedimento correspondente às situações 
previstas nesta Lei será judicial, desenvolvendo-se peranteo Juízo da execução. 
Art. 195. O procedimento judicial iniciar-se-á de ofício, a 
requerimento do Ministério Público, do interessado, de 
quem o represente, de seu cônjuge, parente ou 
descendente, mediante proposta do Conselho 
Penitenciário, ou, ainda, da autoridade administrativa. 
Art. 196. A portaria ou petição será autuada ouvindo-se, 
em 3 (três) dias, o condenado e o Ministério Público, 
quando não figurem como requerentes da medida. 
§ 1º Sendo desnecessária a produção de prova, o Juiz 
decidirá de plano, em igual prazo. 
§ 2º Entendendo indispensável a realização de prova 
pericial ou oral, o Juiz a ordenará, decidindo após a 
produção daquela ou na audiência designada. 
Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso 
de agravo, sem efeito suspensivo. 
TÍTULO IX - Das Disposições Finais e Transitórias 
Art. 198. É defesa ao integrante dos órgãos da execução 
penal, e ao servidor, a divulgação de ocorrência que 
perturbe a segurança e a disciplina dos estabelecimentos, 
bem como exponha o preso à inconveniente notoriedade, 
durante o cumprimento da pena. 
Art. 199. O emprego de algemas será disciplinado por 
decreto federal. 
Art. 200. O condenado por crime político não está 
obrigado ao trabalho. 
Art. 201. Na falta de estabelecimento adequado, o 
cumprimento da prisão civil e da prisão administrativa se 
efetivará em seção especial da Cadeia Pública. 
Art. 202. Cumprida ou extinta a pena, não constarão da 
folha corrida, atestados ou certidões fornecidas por 
autoridade policial ou por auxiliares da Justiça, qualquer 
notícia ou referência à condenação, salvo para instruir 
processo pela prática de nova infração penal ou outros 
casos expressos em lei. 
Art. 203. No prazo de 6 (seis) meses, a contar da 
publicação desta Lei, serão editadas as normas 
complementares ou regulamentares, necessárias à 
eficácia dos dispositivos não autoaplicáveis. 
§ 1º Dentro do mesmo prazo deverão as Unidades 
Federativas, em convênio com o Ministério da Justiça, 
projetar a adaptação, construção e equipamento de 
estabelecimentos e serviços penais previstos nesta Lei. 
§ 2º Também, no mesmo prazo, deverá ser providenciada 
a aquisição ou desapropriação de prédios para instalação 
de casas de albergados. 
§ 3º O prazo a que se refere o caput deste artigo poderá 
ser ampliado, por ato do Conselho Nacional de Política 
Criminal e Penitenciária, mediante justificada solicitação, 
instruída com os projetos de reforma ou de construção de 
estabelecimentos. 
§ 4º O descumprimento injustificado dos deveres 
estabelecidos para as Unidades Federativas implicará na 
suspensão de qualquer ajuda financeira a elas destinada 
pela União, para atender às despesas de execução das 
penas e medidas de segurança. 
Art. 204. Esta Lei entra em vigor concomitantemente com 
a lei de reforma da Parte Geral do Código Penal, revogadas 
as disposições em contrário, especialmente a Lei nº 3.274, 
de 2 de outubro de 1957. 
Anotações: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCEITO E TERMINOLOGIA 
A matéria Direitos Humanos pode ser conceituada como o 
conjunto de direitos inerentes à dignidade da pessoa 
humana, por meio da limitação do arbítrio do Estado e do 
estabelecimento da igualdade como o aspecto central 
das relações sociais. 
A definição consagrada na doutrina atualmente é a de 
Antônio Peres Luño, segundo o qual os direitos humanos 
constituem “um conjunto de faculdades e instituições que, 
em cada momento histórico, concretizam as exigências de 
dignidade, liberdade e igualdade humanas, as quais 
devem ser reconhecidas positivamente pelos 
ordenamentos jurídicos em nível nacional e 
internacional”. 
A essência do conceito de Direitos Humanos centra-se na 
proteção aos direitos mais importantes das pessoas, 
notadamente, a dignidade. 
IDEIA CENTRAL DOS DIREITOS HUMANOS = PROVER 
MEIOS E INSTRUMENTOS JURÍDICOS PARA A DEFESA DA 
DIGNIDADE DAS PESSOAS 
Assegurar a dignidade de um ser humano é respeitá-lo e 
tratá-lo de forma igualitária, independentemente de 
quaisquer condições sociais, culturais ou econômicas. 
Quanto à terminologia, a expressão que se disseminou é a 
de “direitos humanos”, contudo, várias são as expressões 
que podem ser consideradas sinônimas, por exemplo: 
“direitos fundamentais”, “liberdades públicas”, “direitos 
da pessoa humana”, “direitos do homem”, “direitos da 
pessoa”, “direitos individuais”, “direitos fundamentais da 
pessoa humana”, “direitos públicos subjetivos”. 
Três considerações são importantes. 
1 - Os doutrinadores afirmam que a expressão Direitos 
Humanos é pleonástica, pois o termo “direitos” pressupõe 
o ser humano. Não é possível conceber direitos de um 
carro, direito de um animal etc. Somente o ser humano 
pode ser sujeito de direitos, um carro ou animal poderão, 
por outro lado, ser objetos de direito. Portanto, falar em 
“Direitos Humanos” é falar a mesma coisa duas vezes. Isso 
é pleonasmo. 
2 - Para evitar confusões, devemos distinguir Direitos 
Humanos de Direitos Fundamentais. 
Apenas para nos situarmos, vejamos a definição de Ingo 
Wolfgang Sarlet, doutrinador consagrado no tema: “Os 
direitos fundamentais, ao menos de forma geral, podem 
ser considerados concretizações das exigências do 
princípio da dignidade da pessoa humana”. 
Como vocês podem perceber, os conceitos são 
praticamente idênticos. Assim, a distinção não reside no 
conteúdo de tais direitos, mas no plano de positivação. 
Melhor explicando: 
 Direitos Humanos se referem aos 
direitos universalmente aceitos na 
ordem internacional; e 
 Direitos Fundamentais constituem o 
conjunto de direitos positivados na 
ordem interna de determinado Estado. 
Como na CF88, por exemplo. 
3 - Fala-se, ainda, em centralidade dos Direitos Humanos, 
no sentido de que a disciplina é importante em razão da 
matéria que tutela. Não é possível se pensar em um Estado 
Democrático de Direito, como é o Brasil, sem criar uma 
série de direitos e garantias para tutelar a dignidade da 
pessoa. Portanto, dizemos que os direitos humanos são 
matéria central, tendo em vista que são imprescindíveis 
para que a ordenamento jurídico afirme direitos das 
pessoas e limite a atuação estatal contra arbitrariedades. 
CARACTERÍSTICAS 
 
Prof. Marcos Lima 
 
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GERAÇÕES 
Os direitos fundamentais, são normas jurídicas 
intimamente ligadas a ideia da dignidade da pessoa 
humana e limitação do poder, positivadas no plano 
constitucional de determinado Estado democrático de 
direito que, por sua importância axiológica, fundamentam 
e legitimam todo o ordenamento jurídico. 
A ideia de direitos fundamentais foi desenvolvida pelo 
estudioso Karel Vasak, o qual embasou sua teoria nos 
ideaisda Revolução francesa 
– liberté égalité et fraternité (Liberdade, igualdade e 
fraternidade.) 
Segundo o estudioso, há no ordenamento jurídico 3 
gerações de direitos que regulam a vida em sociedade e a 
criação das normas que regem o atual sistema normativo. 
1ª Geração 
Os direitos fundamentais de 1ª dimensão começam a 
nascer com as revoluções burguesas e com a crise das 
monarquias absolutistas. Surgem do conflito entre a 
burguesia e as monarquias. 
Os Direitos Fundamentais de 1º Dimensão dizem respeito 
ao direito à liberdade, propriedade, direitos políticos, 
igualdade forma e garantias processuais. 
 
 
2ª Geração 
O Estado ausente mostrou um fator gerador de 
desigualdade, e notou-se que ele deveria intervir em 
algumas relações, formando, dessa maneira, o Estado de 
bem-estar social (Welfare state), ou seja, um Estado que 
não é ausente, mas sim prestador serviços e garantidor de 
deveres à população. 
Os Direitos Fundamentais de 2º Dimensão dizem respeito 
aos direitos trabalhistas, à igualdade material e aos 
direitos econômicos e sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3ª Geração 
Surgem ao final da 2ª Guerra Mundial, são direitos 
transindividuais inerentes a todos os seres humanos.Os Direitos Fundamentais de 3º Dimensão dizem respeito 
ao direito ao desenvolvimento; direitos ao meio ambiente 
saudável; direito a propriedade do patrimônio cultural da 
humanidade; direito a comunicação global. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4ª Geração 
Há ainda especulações sobre a existência de uma quarta 
geração de direitos fundamentais em decorrência da 
globalização. Para Paulo Bonavides, “tratam-se dos 
direitos introduzidos pela globalização política, 
relacionados à democracia, à informação e ao pluralismo. 
” Já Norberto Bobbio aduz a engenharia genética ser de 4ª 
Geração. 
5ª Geração 
Contrapondo Karel Vasak, Paulo Bonavides aduz que a 
paz necessita de maio visibilidade, ocasião em que estaria 
na 5ª geração. Há também uma manifestação doutrinária 
de que a realidade virtual seria de 5ª geração. 
https://direito.legal/direito-publico/resumo-de-caracteristicas-dos-direitos-fundamentais/
 
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ESTRUTURA NORMATIVA 
Os direitos humanos apresentam uma característica 
marcante: possuem estrutura normativa aberta. 
E que o seria uma estrutura normativa aberta? Estudamos 
em Direito Constitucional que as normas jurídicas 
compreendem regras e princípios. 
As REGRAS são enunciados jurídicos tradicionais, que 
preveem uma situação fática e, se essa ocorrer, haverá 
uma consequência jurídica. Por exemplo, se alguém violar 
o direito à imagem de outrem (fato), ficará responsável 
pela reparação por eventuais danos materiais e morais 
causados à pessoa cujas imagens foram divulgadas 
indevidamente (consequência jurídica). 
Os PRINCÍPIOS, por sua vez, segundo ensinamentos de 
Robert Alexy, são denominados de “mandados de 
otimização”, porque constituem espécie de normas que 
deverão ser observadas na maior medida do possível. 
Parece difícil, mas não é! Prevê art. 5º, LXXVIII, da CF, que 
a todos será assegurada a razoável duração do processo. 
Esse é um princípio! Não há aqui definição de até quanto 
tempo será considerado como duração razoável para, se 
ultrapassado esse prazo, aplicar a consequência jurídica 
diretamente. Não é possível dizer, de antemão, se um, 
cinco ou 10 anos é um prazo razoável. Por se tratar de 
princípio, deve-se procurar, na melhor forma possível, 
fazer com que o processo se desenvolva de forma rápida 
e satisfatória às partes. 
Por conta disso, um processo trabalhista, que comumente 
envolve direito de caráter alimentar, deve tramitar mais 
rápido (mais célere) quando comparado a um processo-
crime, por exemplo. É importante resolvê-lo rapidamente, 
para que o empregado tenha acesso aos créditos 
decorrentes em razão da natureza alimentícia. No 
processo penal, para uma completa defesa do réu, é 
necessário que o processo seja burocrático, atentando-se 
a diversos detalhes que tornam o procedimento mais 
demorado. 
É importante decidir com cuidado, para evitar injustiça, 
porque uma condenação infundada é muito prejudicial. 
Não há, portanto, como definir um prazo, a priori, no qual 
o processo seja considerado tempestivo. Assim, fala-se em 
mandado de otimização, uma vez que princípio da 
celeridade deve ser observado na medida do possível e de 
acordo com as circunstâncias específicas. 
As regras, por sua vez, são aplicadas a partir da técnica da 
subsunção, ou seja, se ocorrer a situação de fato haverá a 
incidência da consequência jurídica prevista. 
Ou a regra aplica-se àquela situação ou não se aplica 
(técnica do “tudo ou nada”). 
Para os princípios, ao contrário, a aplicação pressupõe o 
uso da técnica de ponderação de interesses, pois a 
depender da situação fática assegura-se com maior, ou 
menor, amplitude o princípio (técnica do “mais ou 
menos”). Retornando ao exemplo, para o processo do 
trabalho, o decurso de 2 anos poderá implicar violação ao 
princípio da celeridade; para o processo crime o decurso 
de 5 anos não implicará, necessariamente, violação do 
mesmo princípio. 
 REGRAS: mandamentos de 
determinação; aplicação por 
subsunção; técnica do tudo ou nada. 
 PRINCÍPIOS: mandamentos de 
otimização; aplicado por ponderação; 
técnica do mais ou menos. 
E qual a importância disso tudo para os Direitos Humanos? 
A estrutura normativa dos Direitos Humanos é formada 
principalmente por um conjunto de princípios. 
Numa situação prática, você pode se defrontar com 
trabalho em condições tão degradantes e precárias que, 
embora não configurem escravidão no próprio sentido da 
palavra, permitirão afirmar que aquela situação se 
assemelha à condição análoga de escravo, de acordo com 
os princípios e regras envolvidos. 
São situações em que há tentativa de se mascarar a 
realidade dos fatos, impondo-se ao empregado jornadas 
extenuantes, cobrança de valores exorbitantes a título de 
moradia e ou de instrumentos para o trabalho, entre 
outros abusos. 
Além disso, em termos normativos, devemos frisar que 
tanto as regras como os princípios são considerados 
espécie de normas, logo, possuem normatividade. Hoje 
não é mais aceita a ideia clássica de que os princípios 
constituem tão somente instrumentos interpretativos e 
orientadores da aplicação 
ESTRUTURA NORMATIVA DOS DIREITOS HUMANOS = 
POSSUEM NORMATIVIDADE ABERTA, COM MAIOR 
INCIDÊNCIA DE PRINCÍPIOS DO QUE DE REGRAS. Exemplo: 
dignidade da pessoa humana, democracia, razoabilidade-
proporcionalidade. 
 
@PRE_CEOS / @MARCOSLIMA.TEN 
 
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DESTAQUE 
Dignidade da pessoa humana 
A DIGNIDADE deve ser considerada como valor base de 
todo e qualquer ordenamento jurídico. Pauta-se na ideia 
de uma conduta justa, moral e democrática, de modo que 
a pessoa é colocada no centro das regras jurídicas. 
Justamente devido a sua importância, a dignidade é 
colocada como base fundamental do direito interno de 
qualquer Estado ou mesmo internacional. 
Não é possível estabelecer um conceito único de 
dignidade. Para fins de prova, devemos ter em mente que 
a dignidade constitui um valor ético, por intermédio do 
qual a pessoa é considerada sujeito de direitos e 
obrigações, que devem ser assegurados para garantir a 
personalidade, os quais são garantidos pela simples 
existência. 
Nesse contexto, veja o conceito de André de Carvalho 
Ramos: “Assim, a dignidade humana consiste na qualidade 
intrínseca e distintiva de cada ser humano, que o protege 
contra todo tratamento degradante e discriminação 
odiosa, bem como assegura condições materiais mínimas 
de sobrevivência. Consiste em atributo que todo indivíduo 
possui, inerente à sua condição humana, não importando 
qualquer outra condição referente à nacionalidade, opção 
política, orientação sexual, credo etc.” Com base no 
conceito acima, é possível identificar dois elementos que 
caracterizam a dignidade da pessoa humana: 
1º  elemento negativo: vedação à imposição de 
tratamento discriminatório, ofensivo ou degradante; e 
2º  elemento positivo: busca por condições mínimas de 
sobrevivência, da qual decorre a ideia de mínimo 
existencial. Para encerrar esse tópico vamos abordar os 
“usos possíveis” do termo “dignidade humana”. Trata-se 
de uma análise pautada no pensamento de André de 
Carvalho Ramos, mas que possui relevância porque é 
construída a partir da jurisprudência do STF. 
 
DIREITOS HUMANOS E A CF88 
Veja, praticamente toda a constituição é voltada aos 
interesses dos Direitos Humanos, justamente pelo fato de 
ter sido um documento criado para romper com o regime 
militar e iniciar o estado democrático de direito. No 
entanto, elencaremos os pontos mais aparentes de 
expressão dos Direitos Humanos na CF88, senão vejamos: 
-Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela 
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito 
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e 
tem como FUNDAMENTOS: 
I - a soberania; 
II - a cidadania 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
 
Parágrafo único. Todo

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