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04- Avaliacao Psicopedagogica Volume 4 Avaliacao do Desenho (1)

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1
2
Copyright-2021
por Daliane Oliveira
Todos os direitos em língua portuguesa reservados por: 
Oliveira, Daliane - PsiquEasy
Rio de Janeiro – Bahia - Brasil
 
+55(21) 9.7421-7212
https://www.psiqueasy.com 
Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indicação da fonte.
Autora
Pp. Daliane Oliveira
Edição e Distribuição:
PsiquEasy Software e Materiais
Programação Visual e Artes Gráficas
Felipe Brandão
Direção Geral
Moisés Rocha
Diagramação
Felipe Brandão
Produção Gráfica
Cauã Henrique
3
O desenho infantil pode ser uma forma de revelar o desenvolvimento cognitivo, emocional e 
expressivo da criança, ele tem sido um objeto de estudo abordado por diferentes profissionais, 
tais como, psicólogos, psicopedagogos, sociólogos, psiquiatras, educadores, psicanalistas, entre 
outros especialistas. O mesmo evolui conforme o desenvolvimento da criança. Deste modo, à 
medida que cresce, seu desenho tem mais significado, e consequentemente, mais mensagens do 
consciente e inconsciente.
O desenho é uma entrada para o mundo da imaginação, autoconhecimento e livre expressão. 
É como uma diversão, uma linguagem que a criança usa para se relacionar com o mundo. Os de-
senhos das crianças podem se dizer que são “mágicos”, porque eles são feitos de pura motivação, 
inspiração, sentimento e imaginação, por isso se precisa ter todo o cuidado com a interpretação 
dos desenhos, pois cada detalhe é importante para se descobrir mais e mais. O estudo do desenho 
começa com o papel, onde a criança já é capaz de mostrar o seu estado de ânimo, e até a orienta-
ção em que o desenho é feito é importante, pois até isso mostra um pouco das características da 
criança. Os traços e as formas geométricas no desenho, também são analisados. 
O estudo se estende sobre os temas, que podem ser repetidos, diversificados ou originais, para 
as cores do desenho, cada qual com seu significado, e que podem ser diversificadas ou de apenas 
uma tonalidade, e enfim para os seus componentes, como a casa, o sol, a árvore, etc. Todos esses 
componentes do desenho, dizem um pouco sobre as crianças, por exemplo, o que ela pensa sobre 
determinado assunto, o que ela acha sobre o ambiente em que vive, das pessoas ao seu redor, um 
pouco sobre as suas características, etc., e ao junta-los, podemos enfim compreender melhor a 
criança.
“O ato de desenhar envolve a atividade criadora, é através de 
atividades criadoras que a criança desenvolve sua própria liber-
dade e iniciativa e outros o que permitirá”. (Lowernfeld, 1970).
Apresentação
Daliane Oliveira
Escritora, Assessora e Consultora Psicopedagógica
4
Como o desenho infantil pode contribuir nas Avaliações Psicopedagógicas? - 6
Piaget, Vygotsky e Luquet e suas Teorias sobre o Desenho Infantil - 7
As fases do Desenho na Infância - 9
Quais são e principais características das Fases do Desenho Infantil? - 13
Técnica para identificar Pensamentos e Sentimentos da Criança - 16
Desenho infantil pode revelar inteligência de criança - 17
A Psicopedagogia também consegue interpretar os desenhos das crianças - 19
Interpretações dos desenhos na infância - 20
Significados do Desenho no Papel - 21
Desenhos mostram como a criança vê o mundo - 33
Representações de alguns desenhos infantis - 34
Interpretação do Teste do Desenho da Família - 35
Desenhos coloridos e grandes demonstram uma criança segura - 40
Desenhos que demonstram algum Distúrbio Psicológico - 43
Desenhos que demonstram que a criança é feliz - 49
Protocolos de Observação e Avaliação do Desenho Infantil - 51
Protocolo de Observação e Avaliação do Desenho Infantil - 52
Avaliação Psicopedagógica do Desenho Infantil - 55
Como realizar a Avaliação? - 56
Sumário
5
6
A criança comunica-se com o mundo através do desenho, antes de chegar propriamen-
te ao desenho ela passa pela fase da garatuja com a gradativa evolução do rabisco, assim, 
passa a expressar suas memórias naquilo que desenha. O desenho é um método que 
pode ser aprimorado no desenvolvimento do ensino e aprendizagem, em outras 
palavras os desenhos das crianças desenvolvem a linguagem, a coordenação moto-
ra, memória, socialização do pensamento, criatividade, o desempenho, a au-
toestima, a comunicação e a leitura do mundo.
Estudos afirmam que o cérebro inicia sua capacidade quando somos pequenos e 
quanto mais estímulos nos proporcionam nascem mais neurônios e isto melhora a nossa 
capacidade cognitiva. Outro ponto é o processo biológico que é respondido para o 
cérebro às experiências do meio ambiente que cada um está inserido. Portanto o ato 
de desenhar tem uma ligação íntima à escrita. A criança quando começa a per-
ceber o mundo da escrita fica no estado de deslumbramento e tenta imitar a escrita dos 
adultos, assim inicia por meio do desenho essa fase de iniciação do desenho.
Ao observar o desenho de uma criança, pode-se aprender muito sobre o seu modo de 
pensar e sobre as habilidades que possui. O desenho é um meio de expressão que toda 
criança tem em seu interior, retratando todo o seu crescimento, envolvendo sonhos, 
sentimentos, conflitos, entre outros. Através dos desenhos, os psicopedagogos con-
seguem interagir para ajudar tanto a criança, uma vez que a maneira como ela desenha, 
retrata o que a mesma está vivendo e principalmente o que está sentindo.
O olhar psicopedagógico é fundamental sobre cada símbolo, traço, cor e entre ou-
tros detalhes que a criança está expressando no desenho. Por isso, faz-se necessário que os 
psicopedagogos estejam preparados para investigar as diferenças existentes entre os tipos 
de abordagem no que se diz respeito à avaliação do desenho da criança, gerando assim 
um maior entendimento deste contexto na educação infantil.
As práticas psicopedagógicas devem 
observar o desenho enquanto expressão, 
de uma ferramenta que possibilita a refle-
xão. Dai a importância do desenho infantil, 
instituído por fases, etapas, estágios, 
movimentos, dentro do seu processo de 
desenvolvimento como ser humano. A psico-
pedagogia é muito importante para redire-
cionar novos rumos para crianças, buscando 
meios que possam fazer com que as mesmas 
através dos desenhos, possam demonstrar 
o seu lado emotivo e também seus sonhos. 
Dessa forma, é possível compreender e iden-
tificar através do desenho possíveis causas 
que possam esta bloqueando o processo 
aprendizagem, despertando dificuldades 
que retardam o mesmo.
Como o desenho infantil pode contribuir 
nas Avaliações Psicopedagógicas?
7
Piaget, Vygotsky e Luquet e suas Teorias sobre o 
Desenvolvimento do Desenho Infantil
Piaget foi um dos percursores a estudar o desenvolvimento do 
desenho infantil. Ele acreditava que os conhecimentos são elabo-
rados espontaneamente pela criança, que a aprendizagem se su-
bordina ao desenvolvimento. Segundo ele, o pensamento aparece 
antes da linguagem, o que seria uma das suas formas de expressão. 
Vygotsky foi um pensador importante em sua época, e foi um 
pioneiro no conceito de que o desenvolvimento intelectual das 
crianças, ocorre por causa das interações sociais e condições de 
vida.
Ele explica que a imaginação ou fantasia, se mistura com materiais tomados da expe-
riência vivida da pessoa, ele alega a principal lei à qual se subordina a função imaginativa. 
Quanto mais contato com a experiência humana, mais será a disposição da imaginação, 
fazendo-se assim uma base sólida para que a criança, venha desenvolver plenamente sua 
capacidade criadora. Vygotsky diz: A fantasia não está contraposta à memória, mas se 
apoia nela e dispõe de seus dados em novas e novas combinações (1988).
Piaget
Vygotsky
8
Luquet se dedicou ao estudo do desenho da criança, no que se 
refere a sua evolução cognitiva. Em seu estudo buscou entender 
como a criança desenha, em sua concepção ele, acredita que o de-
senho da criança: Não mantém as mesmas características do prin-
cípio ao fim. Portanto convém fazer sobressair o caráter distintivo 
das suas fases sucessivas. (Luquet, 1969).
Luquet aindadiz: O desenho infantil, enquanto manifestação da atividade da criança 
permite penetrar na sua psicologia e, portanto, determinar em que ponto ela se parece ou 
não com a do adulto. (Luquet, 1972). Isso porque, a criança ao fazer um desenho inspi-
ra-se não apenas em modelos em que estão em sua frente, mas sim, na imagem que tem 
em seu interior, no momento em que desenha. Sendo assim, o desenho é uma forma de 
representação, que pode revelar o conteúdo da imagem mental da criança.
Já que do início ao fim o desenho infantil é “essencialmente realista”, cada uma 
dessas fases será caracterizada por uma espécie determinada de realismo.
Quanto ao desenvolvimento do desenho, Luquet destaca que os estágios não são rí-
gidos, porque em cada fase pode se prolongar enquanto a outra está começando. Entre 
essas passagens de fase existe uma renúncia de alguns elementos, e uma reconstrução dos 
conhecimentos que foram adquiridos, que depende das interações da criança.
Luquet
9
Garatuja: Faz parte da fase sensório motora da criança, que ocorre entre zero a dois 
anos, e da parte da pré-operacional, que acontece aos dois anos até aos sete anos de idade. 
A criança demonstra extremo prazer em desenhar, e a figura humana nos desenhos ainda 
é inexistente, há somente os rabiscos.
Pré-Esquematismo: Esta fase faz parte da segunda metade da fase pré-operatória, 
que se segue até os sete anos, quando ocorre a descoberta da relação entre o desenho, 
pensamento e a realidade.
Esquematismo: Esta é a fase das operações concretas, que ocorre dos setes a dez 
anos. Dentro dos esquemas representativos, a criança começa a construir as formas. É 
nesta fase em que surgem as grandes conquistas, a criança já se tem um conceito definiti-
vo quanto a figura humana, no entanto podem surgir alguns desvios do esquema, como o 
exagero ou a omissão.
Realismo: Normalmente surge no final das operações concretas, as formas geomé-
tricas começam a aparecer com mais formalismo, e já se sabe distinguir com maior cons-
ciência do sexo, e a criança já começa uma autocrítica.
Pseudo Naturalismo: Faz parte da fase das operações abstratas, que ocorre aos dez 
anos em diante. É o fim da arte espontânea, se inicia a investigação de sua própria perso-
nalidade, transferindo para o papel suas inquietações e angústias.
Vegetativo motor: Por volta dos 18 meses, o traçado é mais ou menos arredondado, 
conexo ou alongado e o lápis não sai da folha formando turbilhões.
Representativo: Entre dois e 3 anos, caracteriza-se pelo aparecimento de formas iso-
ladas, a criança passa do traço continuo para o traço descontinuo, pode haver comentário 
verbal do desenho.
Comunicativo: começa entre 3 e 4 anos, se traduz por uma vontade de escrever e de 
comunicar-se com outros. Traçado em forma de dentes de serra, que procura reproduzir 
a escrita dos adultos.
As fases do Desenho na Infância
Marthe Berson distingue três fases do rabisco:
As fases do desenho segundo Piaget são:
10
Simbólica: É a fase dos bonecos que representam as pessoas. Nessa fase Vygotsky a 
descreve como, o momento em que as crianças desenham os objetos chamados de “me-
mória”, sem a preocupação da fidelidade ao desenho feito. As crianças nesta fase repre-
sentam de uma forma simbólica, objetos muitos distantes do aspecto real e verdadeiro.
Simbólico Formalista: É nesta fase que se percebe maior elaboração das formas e 
traços do desenho infantil. Esse período a criança, começa a sentir a necessidade de não 
se limitar apenas a enumeração dos aspectos concretos do objeto que representa, em bus-
ca de estabelecer um maior número de relações, entre o todo representado e suas partes. 
Os desenhos ainda se permanecem simbólicos, mas já pode identificar um início de uma 
representação mais próxima da realidade.
Formalista Veraz: Nessa fase, os desenhos da criança são fiéis ao aspecto observável 
dos objetos que são representados, onde assim, acaba os aspectos simbólicos.
Formalista Plástica: Fase onde se obser-
va uma passagem para um novo modo de se 
desenhar, porque como um desenvolvimen-
to viso-motor mais acentuado, a criança caba 
utilizando técnicas projetivas mais realistas. O 
desenho deixa de ser uma atividade, com um 
fim de si mesmo e se torna um trabalho cria-
dor, mas tem uma diminuição no ritmo em 
que os desenhos são feitos.
Realismo Fortuito: Fase em que se subdivide em desenhos voluntários e involuntá-
rios, onde a criança no desenho faz linhas sem se preocupar com imagens, porque ainda 
não se tem a consciência de que as linhas também podem representar alguns objetos.
Realismo Fracassado ou Incapacidade Sintética: Fase quando a criança começa 
a descobrir as formas e objetos, e procura desenha-la. Essa fase acontece entre os três e 
quatro anos da criança, nos desenhos eles estão justapostos, em vez de se estar em um 
todo. Ao que acha mais importante, dá um destaque maior, fazendo exageros ou omitindo 
algumas partes.
Realismo Intelectual: Esta fase acontece entre os dez e doze anos da criança, onde 
se caracteriza o fato da criança desenhar objetos, e não aquilo em que vê, mas sim aquilo 
que sabe. Por isso a criança usa processos variados, como descontinuidade, rebatimento, 
transparência, planificação e a mudança dos pontos de vista.
Realismo Visual: Fase ocorrente aos 12 anos, que é marcada pela descoberta da 
criança da perspectiva e a submissão as suas leis. A criança abandona as estratégias uti-
lizadas anteriormente, e a transparência se dá lugar à opacidade, onde a criança desenha 
apenas os elementos que são visíveis, e o rebatimento e as mudanças dos pontos de vista 
se coordenam.
Marthe Berson distingue três fases do rabisco:
A sequência do desenvolvimento para Luquet,
são as fases:
11
Realismo fortuito: representação do objeto como totalidade, divide-se em:
Desenho involuntário: prazer de desenhar de forma aleatória com repetição de 
movimentos.
Desenho voluntário: a criança interpreta o desenho pela semelhança entre os traços 
e o objeto. Interpreta o desenho de formas diferentes.
Incapacidade sintética: desenho de objetos diferenciados pelo ponto de vista da 
criança. Desenha objetos e pessoas de forma fragmentada.
Realismo intelectual: desenha além do que vê no objeto, compreendendo-o em fa-
ses momentâneas.
Realismo visual: é um aprimoramento do desenho da fase do Realismo Intelectual, 
pois a criança tem uma intenção realista do objeto agregada de elementos visíveis e invi-
síveis, pois constrói sua representação de acordo com o que sabe, de acordo com o que vê.
Merleau-Ponty (1990): estabelece as seguintes fases 
para o desenho infantil
Garatuja, dividida em três etapas:
• Garatuja desordenada: traços inconscientes e prazerosos.
• Garatuja ordenada: descoberta da relação entre traço e gesto. Explora o dese-
nho quanto ao tamanho dos traços, às cores e começa a controlar os traçados e fechar as 
figuras.
• Garatuja nomeada: inicia a forma da figura humana, a distribuição do traço e pas-
sa a significar o seu desenho.
Pré-esquemática: apresenta formas reconhecíveis, representa o que sabe do objeto, 
inicia um processo mental ordenado.
Esquemática: começa a organizar seus desenhos, evolui a representação da figura 
humana.
Lowenfeld (1977) divide as fases do desenho em três:
12
13
Os desenhos infantis se desenvolvem de acordo com o desenvolvimento da criança. Por 
isso, algumas fases são estabelecidas para nomear o processo dessas expressões artísticas. 
O desenho infantil tem algumas classificações. Conheça algumas dessas fases.
Essa fase se inicia com aproximadamente 2 anos de idade. A criança ain-
da não tem maturidade para entender o que está desenhando e nem sempre 
possui algum significado. Ela não controla seus movimentos.
Quais são e principais características das 
Fases do Desenho Infantil?
1: Rabiscos Desordenados
14
Essa fase se inicia com aproximadamente 3 anos de idade. Os rabiscos co-
meçam a ser um pouco mais ordenados e a coordenação melhora um pouco. 
Até mesmo para segurar um lápis ela possuimais firmeza. Mas ainda sem 
nomear as formas.
Nessa fase, a criança já sabe o que quer desenhar, mesmo que não seja tão 
fácil identificar através de seus rabiscos. Ela já sabe nomear os desenhos e os 
elabora de acordo com o que realmente querem desenhar.
2: Rabiscos Ordenados
3: Realismo falhado
15
Nessa fase, as crianças geralmente têm de 4 a 7 anos. Os desenhos passam 
a ser mais conhecidos. As crianças dessa fase têm o hábito de desenhar a fa-
mília ou até a si mesmo.
Nessa fase, a criança busca ser mais o mais fiel possível à realidade. Isso 
acontece geralmente dos 8 aos 12 anos e passa a surgir uma terceira dimen-
são no desenho. A sua coordenação melhora e consequentemente a sua capa-
cidade de desenhar. Além disso, os desenhos passam a ser mais organizados 
e as cores aparecem. Alguns, de acordo com a realidade, outros não. Isso vai 
de acordo com cada criança.
4: Estágio Pré-Esquemático
5: Fase do Realismo
16
As nuances do trabalho podem ajudar no significado de desenho infantil em 
Psicopedagogia. Linhas acima comentamos a respeito da estrutura básica da projeção das 
crianças nos desenhos. Embora não sejam coisas concretas, pois cada criança é única, 
serve de guia para trabalhar os pequenos.
Por exemplo, crianças que fazem desenhos com marcação firme na folha estão agressi-
vas, com muita energia ou angustiadas. É possível deduzir que a força que ela usa vem de 
algum estresse enfrentado em seu cotidiano. Se for o caso, desenvolver a atividade com ela 
pode dar algumas respostas se a sessão for bem conduzida.
Crianças retraídas, por exemplo, tendem a fazer desenhos menores. Talvez pode se sen-
tir acuada, de modo que não consiga se expressar além dos pequenos traços. Nisso, deve 
encontrar um modo de fazê-la se expressar de maneira confortável e entender por qual 
motivo não consegue fazer emissões espontâneas.
Técnica para identificar Pensamentos e 
Sentimentos da Criança
17
Segundo um estudo da universidade britânica King’s College, a complexidade dos de-
senhos de uma criança de 4 anos pode ser um indicativo dos níveis de inteligência que ela 
atingirá no futuro.
Pesquisadores da universidade estudaram 7.752 pares de gêmeos por dez anos. A pri-
meira etapa da investigação foi quando as crianças tinham 4 anos de idade. Os profis-
sionais envolvidos na avaliação solicitaram que os pequenos gêmeos desenhassem uma 
criança. Os estudiosos analisaram a complexidade dos desenhos infantis. Também sub-
meteram os pequenos desenhistas a testes de inteligência.
Uma década depois (2014), em uma segunda etapa da pesquisa, aquelas crianças.
Agora adolescentes de 14 anos – passaram novamente pelos mesmos testes.
E foi constatada uma relação moderada entre “o antes” e “o depois”, ou seja, as crianças 
de 4 anos que haviam apresentado maior nível de inteligência mantiveram esse padrão até 
a adolescência.
Os estudiosos também afirmam não ser a capacidade de desenhar bem na infância um 
fator determinante de inteligência futura.
Partindo do pressuposto que toda criança é naturalmente criativa. É fácil concluir que a 
simples possibilidade de desenhar é um estímulo positivo para o desenvolvimento de sua 
personalidade e inteligência. Os traços de personalidade emitidos através dos traços no 
desenho infantil são importantes. Tão importantes que são usados em áreas como educa-
ção e psicologia.
Entenda a importância do desenho infantil
Desenho infantil pode revelar 
inteligência de criança
18
Enquanto desenha a criança se expressa e aprende. O desenho na educação infan-
til é uma das principais atividades cognitivas e é apresentado aos pequenos como uma 
brincadeira. É uma atividade divertida que colabora para a visão, organização do pensa-
mento, coordenação motora e vários outros aspectos que vão contribuir também para a 
alfabetização.
• Tempo
• Noções de espaço
• Quantidade
• Sequência
• Linguagem oral e escrita
Desenhar é essencial para o processo de aprendizagem 
de uma criança
Desenhar ajuda a aprender sobre uma infinidade de 
coisas, a seguir você confere alguma delas
19
A habilidade de se expressar por desenhos é uma forma de comunicação exclusiva dos 
seres humanos. Por isso é tão respeitada. Por meio de avaliação psicopedagógica é possí-
vel perceber detalhes. Detalhes que nem sempre são observados ao visualizar o desenho 
de uma criança. Por exemplo, que crianças que costumam desenhar tudo pequeno são 
retraídas. Além disso, tímidas, reprimidas e não têm o hábito de chamar atenção. Já as 
que desenham tudo grande são mais livres e extrovertidas. Seja num desenho da família, 
da escola ou que mostre até aonde sua imaginação alcança, a criança precisa que pais, 
acrescentando-se que professores e qualquer outra pessoa valorize suas criações.
É indispensável levar em conta que para o pequeno artista não existe nada feio ou er-
rado. Senão entender um desenho infantil peça que a criança explique. Ela vai lhe contar 
uma história muito interessante e ainda estará exercitando sua linguagem oral.
A Psicopedagogia também consegue 
interpretar os desenhos das crianças
20
21
Quando a criança vai desenhar no papel, pode nos dizer qual o seu estado de ânimos. Se 
ela começa a fazer um desenho, mas não gosta dele ela risca, e começa outro com o mesmo 
papel, revela que a criança tem certa agressividade. Pode acontecer também que a criança 
apenas limpe o seu desenho, mostra que ela é disposta a recomeçar, o que deu errado sem 
problemas.
Algumas crianças preferem desenhar em silêncio, o que indica que ela está concentra-
da. Outra cantarolam, o que significa que ela está querendo animar o ambiente, e também 
é um pequeno modo de se chamar atenção.
Quando a criança desenha personagens além de elementos que pertencem ao céu (lua, 
sol, pássaros, etc.), no canto superior da folha, representa a curiosidade da criança, a bus-
ca por coisas novas, a imaginação. A parte inferior, mostra a necessidade materiais e até 
físicas, em que uma criança pode ter.
O desenho ao centro significa, que a criança está situada em tudo ao seu redor, no 
momento atual, e assim essa criança se sente segura. Ao lado esquerdo que os seus pensa-
mentos estão no passado, a criança não pensa no futuro, ao contrario da que desenha do 
lado direito, onde tem esperanças ao seu futuro.
Mais que um passatempo, o desenho infantil revela os sentimentos da criança, como 
é o convívio com a família e pessoas próximas, e até mesmo com pessoas das quais ela 
prefere manter distanciamento. o desenho infantil é feito com continuidade nos traços e 
na proporcionalidade razoável, isso demonstra uma rotina dentro da normalidade que ela 
necessita. Outro detalhe que não passa despercebido é o fato de a criança sempre dese-
nhar em tamanho maior a pessoa mais importante para ela. No desenho, os bonecos que 
a criança deixa mais perto dela são os membros da família pelos quais sente mais afeto.
São os mais importantes para ela. Se ela demora a começar desenhar alguém, deixa 
essa pessoa longe de si ou apaga essa imagem e refaz, pode existir algum conflito.
Significados do Desenho no Papel
22
Nem sempre é fácil ter significado de desenhos na Psicologia de modo acessível. Isso 
porque algumas crianças conseguem trabalhar uma variedade grande de temas. Dessa 
forma, a avaliação precisa ser feita com os elementos usados, tais como:
• Cores;
• Posicionamentos;
• Traços;
• Formas Geométricas;
• Temas;
• Tamanhos, entre outros.
Esses pequenos costumam ser bem influenciáveis pelo ambiente e pelas pessoas ao 
redor. É comum que tenham humor estável e transmitam de maneira frequente o seu 
humor aos desenhos. Contudo, isso não tem ver com o seu lado afetivo ou social, sendo 
apenas uma parte do seu temperamento.
Complexidade em algumas interpretações
23
Os traços do desenho feito de forma falha ou apagada mostram indícios de uma criança 
com insegurança e impulsividade. Já as que fazem traços contínuos mostram um lado dó-
cil e mais confortável, bem como uma harmonia quando o traço não é cortadopor outro. 
A criança busca a paz e respeita o ambiente.
O traço contrário do continuo é o manchado. A criança começa a desenhar com entu-
siasmo, mas logo o perde, e então o começa de novo, o que significa que o seu desenho não 
estava indo para a direção em que ela desejava, o que significa também que há uma certa 
instabilidade, entre o que deseja, o que pode e o que já se possui.
• É preciso observar a posição do desenho e as correspondências naturais dela:
• Desenhos no topo mostram imaginação, inteligência e curiosidade.
• Desenhos na parte de baixo mostram necessidades materiais e físicas.
• Já desenhos na esquerda mostram o passado.
• Enquanto na direita é ligado ao futuro e o meio representa o presente
Traços
Posicionamento
24
O círculo como pode ser interpretado de uma forma positiva, ou negativa, o que será 
determinado pelo contexto e evolução do desenho. O seu aspecto positivo pode ser revela-
do, pela energia e força do seu traço. Traços amplos e grossos, mostram uma certa pregui-
ça ou falta de motivação, na criança ao fazer o desenho. Um desenho com vários círculos, 
pode ser entendido que a criança, prefere coisas das quais ela já conhece.
O quadrado simboliza a solidão, o poder de decisão e a determinação, mas pode tam-
bém significar um comportamento, ou uma atitude rebelde por uma influência exterior. O 
quadrado é encontrado nos desenhos de crianças, que se tem uma grande necessidade de 
fazer movimentos, ou seja, de queimar energia. As vezes pode se dizer que crianças assim, 
precisam de um mais de delicadeza, é uma criança com um forte caráter, que não muda 
de opinião com facilidade, sua força é o espirito de competição, e seu lado ruim, é a falta 
de compaixão.
O triângulo representa o conhecimento, a criança que desenha o triângulo com seu 
vértice para cima, costuma ser uma criança mais sensível, criativa e intuitiva do que as 
outras, é uma criança que sempre está ansiosa para mais conhecimento. O desenho em 
que o seu vértice está para baixo, indica uma natureza mais física e material, sendo assim, 
a criança procura novos conhecimentos, mas algo relacionado mais com o físico, do que o 
espiritual, esses conhecimentos iram ajudá-la a melhorar a sua comodidade, ou a adquirir 
coisas novas.
Os desenhos com formas grandes mostram certa segurança, enquanto os de formas pe-
quenas parecem ser feitas por crianças que normalmente precisam de pouco espaço para 
se expressar. Podem também sugerir uma criança reflexiva, ou com falta de confiança.
As Formas Geométricas
Dimensões do desenho 
25
Às vezes as crianças desenham aleatoriamente, mas muitas vezes escolhem um tema, 
como por exemplo, uma criança que decide desenhar sua família, o ambiente a sua volta, 
um lugar que ache legal e bonito, etc., e a esses temas se deve prestar bastante atenção.
Temas do Desenho
Algumas vezes as crianças fazem desenhos repetitivos, aqueles desenhos em quem o 
mesmo tema, é sempre feito no desenho seguinte. Nesses casos pode haver uma mensa-
gem nas entre linhas, mas o mais importante é se assegurar de que, os pais ou professores 
da criança, tenham feito uma supervalorização do desenho feito anterior, porque a criança 
não vai esquecer tão fácil o que sua obra causou.
Esse fato pode desencadear um problema, em que a criança começa a acreditar que 
sua mãe, pai, etc., só a quer pelo fato do desenho feito, e que ficou muito bom, e assim vai 
repetir em seus desenhos o mesmo tema, só com algumas mudanças.
Se os desenhos repetidos não forem causados por meio dos elogios, podem ser bastante 
reveladores, como uma experiência em que a criança foi feliz, ela procura reproduzir as 
emoções em que foi experimentada. Mas também o fato do desenho ser repetitivo, pode 
ser porque a criança através dele, que nos mostrar o que está incomodando a ela.
Temas Repetidos
26
Algumas crianças tem uma diversidade de temas tão grandes, que acaba se tornando 
difícil realizar uma boa análise, se não se consegue estabelecer uma relação entre os te-
mas, pode se analisar o desenho com maior profundidade pelas as cores abordas, a orien-
tação espacial, pelos traços e tamanho do desenho.
Na maioria das vezes, crianças que fazem seus desenhos com temas diferentes uns dos 
outros, é bem fácil ser influenciada pelas pessoas, e pelo o ambiente. A criança passa para 
o desenho seus sentimentos, como o medo, alegria, etc. Essas crianças geralmente tem o 
humor instável, mas não é algo que não se adapte ao social ou afetivo, mas é mais sensível, 
o que faz parte do seu temperamento.
Pode ser considerado um desenho original, quando a criança desenha algo em que não 
estamos costumados a ver, e assim a criança provavelmente vai explicar a sua arte, com 
alguma brincadeira.
Alguns pais ficam, muitas vezes pensando se os filhos, não vão ter problemas social-
mente no futuro, por não se integrar na realidade, mas a sua originalidade não é algo com 
o que se preocupar. A originalidade indica uma capacidade da criança, de tomar suas 
próprias opiniões.
Algumas crianças usam sua originalidade no desenho, não para expressar as suas di-
ferenças, mas sim para mudar alguma coisa em que não a agrada, por isso é sempre bom 
vigiar e definir esse tipo de circunstância.
Diversidades de Temas
Originalidade
27
O significado das cores tem duas interpretações, uma positiva e outra negativa, que vai 
ser determinada também pelo estilo do desenho. Mas ao que diz respeito das interpreta-
ções, não está ao todo se referindo no efeito estético ou decorativo, o que interessa mesmo 
é a mensagem do consciente, ou do inconsciente no desenho.
O Vermelho: O vermelho representa o san-
gue, a vida e o ardor. A criança que prefere o 
vermelho no desenho, pode se dizer, que é uma 
criança enérgica, e que possui um espirito um 
pouco desportivo, ou que está vivendo algum 
tipo de agressividade. O vermelho acompanhado 
do preto, pode mostrar que a criança que aparen-
temente não é agressiva, em um outro momento, 
a angustia e a ansiedade podem se manifestar de 
uma maneira explosiva.
O Amarelo: Essa cor representa o conheci-
mento, alegria de viver e a curiosidade. A criança 
que a utiliza com frequência, é mais expressiva em 
relação às outras, ela é de uma natureza otimis-
ta, ambiciosa, extrovertida e generosa. Quando 
o amarelo está muito excessivo no desenho, se 
está diante de uma criança que sem ser hiperati-
va, gosta de planificar o seu tempo com uma sufi-
ciente antecipação. É uma criança exigente com 
ela mesma, e com os outros, o que pode se tornar 
um pouco esgotante para aqueles ao seu redor.
O Azul: O azul simboliza a paz, tranquilidade 
e a harmonia. A criança que utiliza muito essa 
cor, pode se dizer que ela é introvertida, e que 
quer andar pelo próprio ritmo, uma criança em 
que não se deve forçar, e nem a fazer mudar os 
seus hábitos. A criança que utiliza o azul, tam-
bém pode nos fazer compreender que ela está em 
um meio desanimado, e que está querendo paz, a 
energia que a cor passa é tranquila e suave, sendo 
uma cor, em que se não deve usar com crianças 
muito imperativas, por se tratar do oposto das 
suas necessidades.
Significado das Cores
28
O Verde: Composto do amarelo e azul, o ver-
de é uma representante da natureza. A criança 
tem preferência do verde em seu desenho, mos-
tra uma certa maturidade, ao aprender as coisas 
que foram explicadas, a criança experimenta em 
si mesma. Essa criança tem uma natureza sensí-
vel e bem intuitiva, ela sabe quando escondem 
fatos dela, uma criança onde a sua imaginação 
compensa a sua iniciativa, tem constante energia 
física. Mas se nos seus desenhos ela utilizar mal 
o verde, ela se sente ou acredita superior aos ou-
tros, e assim seu forte eco pode ofende-los.
O Laranja: Uma mistura do vermelho e ama-
relo, o laranja representa uma certa necessidade 
de contato social. A criança que prefere o laranja 
em seus desenhos, tem certa inclinação pela novi-
dade, e coisas que acontecem de um modo rápido. 
A criança é impaciente, gosta de jogos em grupos,mas os não muito dos jogos em que se exige mais 
concentração e um sentido de observação, tem 
um espírito de equipe e de competência. Sabe se 
adaptar a qualquer ambiente novo, e sua lingua-
gem e gestos são rápidos e precipitados.
O Rosa: O rosa é uma cor formada pelo ver-
melho e branco. A criança que o utiliza procura 
ternura e suavidade, quer ter um contato apenas 
com coisas fáceis e agradáveis. Essa criança é 
adaptável e assim se torna fácil ter um contato com 
ela, mas ele tem uma vulnerabilidade em situa-
ções, que não são muito agradáveis. Antigamente 
o rosa era relacionado com o feminino. A criança 
que usa o rosa, mostra que gosta de ser criança, e 
que deseja permanecer nessa fase o tempo que for 
possível, o que pode trazer dificuldades em acei-
tar responsabilidades.
O Preto: O preto geralmente é interpretado 
como uma coisa ruim, mas na realidade a cor pre-
ta significa o inconsciente, aquilo em que não ve-
mos. A criança que usa o preto, transmite que tem 
confiança em si mesma, é uma criança que tem 
facilidade em se adaptar a situações imprevistas. 
O preto também pode passar uma mensagem am-
bígua, ou até nefasta, o que nesse caso a criança, 
estaria dissimulando os seus pensamentos, guar-
dando alguns segredos próprios, como uma for-
ma de autoproteção. Quando o preto é usado com 
o azul, a criança pode ser depressiva e se sentir 
derrotada.
29
Os desenhos de uma cor só, demonstra preguiça ou falta de motivação, que talvez tenha 
sido causado por alguém, que tenha obrigado a criança a sentar e desenhar, para ter tran-
quilidade e não a incomode. Os desenhos com apenas uma cor, transmite uma mensagem 
clara. Esse tipo de interpretação não há equivoco, é como se a criança não quisesse escon-
der nada, ela quer ser descoberta e compreendida. A criança em seu desenho capricha nos 
outros elementos, como os traços e formas. Mas é bom lembrar que na primeira fase, é 
normal a criança usar apenas uma cor no seu desenho, mas posteriormente, vai aparecer 
o desejo de acrescentar mais cores, e um valor ao tema.
A Casa: A casa é uma das coisas mais desenhadas pelas crianças, e na hora de avaliar 
o desenho, deve se levar em conta a sua orientação, tamanho, pressão, cores, etc. O tama-
nho da casa também é sempre importante, se a casa for muito grande revela que a criança, 
está em uma fase mais emotiva que racional. A casa muito pequena revela que a criança, 
está em um estado anímico mais introspectivo, onde talvez ela estará delineando algumas 
perguntas.
Outro componente que se deve avaliar é a porta, por exemplo, uma porta pequena 
mostrar que a criança, tem uma certa dificuldade em convidar as pessoas para sua casa, é 
uma criança seletiva para amigos, e não gosta que lhe fazem muitas perguntas. Enquanto 
a criança que desenha a porta grande, gosta de receber pessoas em casa, é uma criança em 
que a vida é sempre uma festa.
O Desenho de Apenas uma Cor
Componentes do Desenho
30
Figuras Humanas: Na maioria das vezes a figura humana, representa a própria 
criança, ou as pessoas ao seu redor, e os traços que mais se deve observar são o rosto, os 
braços e os pés.
Os olhos que no desenho são grandes e redondos, mostra que a criança é curiosa, mas 
em alguns casos isso pode significar medo. Os olhos pequenos dizem que a criança, prefe-
re não ver o que está acontecendo ao seu redor.
A falta da boca revela que a criança prefere ficar calada, o que vai mostrar o motivo, 
vai ser o restante do desenho. Uma boca acentuada pela abertura e pela cor, mostra que a 
criança fala tudo o que pensa. Se no desenho a figura estiver sem mão, indica que a crian-
ça se sente incapaz de dominar a situação em que vive. Se não tiver pés, ela busca uma 
estabilidade.
Quando a criança desenha os braços para cima, significa que ela quer ser ouvida. Se os 
braços são caídos e pregados ao corpo, pode ser que a criança está passando por um mo-
mento, em que não quer contato social, ao contrário dos braços na horizontal e abertos, 
que significam uma certa necessidade de interagir.
31
O Sol: O sol se for desenhado do lado es-
querdo do papel, pode ser a representação da 
influência da mãe na vida da criança. Quanto 
mais forte for os seus raios, há mais perigo de 
que a mãe queira impor a sua vontade em con-
trolar tudo.
O sol desenhado à direita do papel, mostra a 
percepção da criança com o pai. Os raios mui-
to radiantes, pode indicar uma certa violência 
verbal ou física por parte do pai, mas o sol sem 
raios, mostra uma perda do entusiasmo.
Quando o sol estiver no centro do papel, 
ele representa a própria criança, e nesse caso, 
a criança quer ser independente, e acredita 
também, que tem uma responsabilidade pela 
sua mãe e seu pai.
A Lua: O desenho da lua está ligado com 
a doçura, adaptação e intuição. A criança que 
desenha uma lua crescente no centro do papel, 
é uma excessivamente sonhadora. Geralmente 
quando a criança desenha uma lua totalmente 
redonda, se está diante de uma criança que é 
agradável, e que detesta ser vigiada.
As Nuvens: A criança que desenha nu-
vens, é sensível ao ambiente paterno ou social, 
a criança mostra que é consciente de que sua 
vida, contem momentos bons e ruins. A cor uti-
lizada que vai possibilitar a sua interpretação.
32
As Flores: A criança que desenha flores quer 
agradar, mas se fizer de maneira repetitiva, pode de-
monstrar que precisa de certa segurança, e talvez o 
seu ego precisa ser um pouco alimentado.
O Arco-Íris: O arco-íris simboliza a paz, harmonia, e representa a proteção. Se a 
criança o sempre desenha, mostra que sofreu tormentas no passado, e que sem dúvida 
não quer voltar a vivê-las.
A Árvore: A análise do desenho se divide em três 
partes: a base e raízes, altura e espessura, e os ramos 
e folhagem. A base do tronco se refere a energia física 
da criança, e ao seu tipo de estabilidade que lhe traz 
o meio-ambiente.
Se o tronco for mais amplo, mais firme estará a 
criança, o que será mais fácil para ela se carregar de 
energia. A criança que desenha o tronco com a base 
mais estreita, e não pressiona muito o lápis, é uma 
criança de saúde frágil.
A altura e espessura do tronco indica, a atitu-
de e comportamento da criança, ela se assemelha ao 
tronco da árvore que desenha, transporta a sua per-
cepção, e nos indica o local que está socialmente.
Os ramos e as folhas mostram a imaginação e a 
criatividade da criança. O desenho em que a árvore 
não tem folhas e poucos galhos, pode ser que a crian-
ça esteja triste ou talvez sem motivação. Quando a fo-
lhagem é abundante, indica que a criança tem muitas 
ideias e projetos.
33
A interpretação das pinturas não pode ser feita exclusivamente por meio do desenho 
pronto. Outros aspectos são até mais importantes que o desenho em si. A postura da 
criança ao desenhar, se está tranquila ou parece incomodada, e até como ela reage depois, 
se recusando a pintar ou riscando o trabalho feito. “Mas não tem como falar, por exemplo, 
que o desenho de uma flor representa algo especificamente”.
Nem sempre o que a criança desenha reflete o que está sentindo ou vivenciando. Se 
uma criança desenha um acidente, ou alguém machucado, pode ser apenas algo que ela 
viu em algum noticiário. Desenhar a família unida quando os pais estão se separando re-
presenta um desejo que ela tem, e não o que está acontecendo de verdade.
No entanto, alguns detalhes nos desenhos merecem mais atenção. Desenhar a si mes-
mo com um "x" na boca, ou desenhar a família e se desenhar fora do padrão - pais e irmãos 
grandes e ela pequena, por exemplo, ou com olhos fechados enquanto os outros estão de 
olhos abertos - esses sinais podem apontar problemas emocionais dos pequenos. O me-
lhor é sempre pedir que a própria criança explique seu desenho, porque desenhou aquilo, 
o que estava sentindo. 
Desenhos incolores também podem apontar sinais de depressão, já que normalmente 
as crianças gostam de usar muitas cores. “Às vezes, a gente pede para falar sobre sua famí-
lia, e ela fala que está tudo bem, masno desenho aparece alguma coisa diferente”. Casos 
de abusos também aparecem nos desenhos, como quando os pequenos desenham órgãos 
sexuais. Elas fazem isso porque não entendem muito bem o que se passa. “A criança dese-
nha o que acontece com ela e não consegue expressar verbalmente”.
Perguntar para a criança o que ela quis dizer com o desenho é essencial para compreen-
dê-lo de forma correta e entender o que o pequeno quer dizer com seus riscos em uma 
folha de papel. “A folha representa o espaço vital, como você ocupa seu espaço, como se vê 
e como se relaciona com o mundo fora de você também”.
Por Jéssica Fogaça - Psicóloga Infantil
Desenhos mostram como
a criança vê o mundo
Reação e escolhas
Reação e escolhas
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35
O teste do desenho da família é um dos mais conhecidos testes de afetividade infantil. 
Ele avalia a maneira como a criança ou adolescente percebe as relações de seu entor-
no imediato. É uma forma simples de avaliar a qualidade dos vínculos, da comunicação 
e do modo como as crianças constroem sua realidade a partir de seus relacionamentos 
familiares.
Este teste de avaliação já possui mais de seis décadas. Criado pelo psiquiatra Miles Porot 
em 1951, é um dos instrumentos mais comuns para avaliar a personalidade em crianças 
dos 5 até os 16 anos. Assim, embora haja atualmente alguns profissionais que ainda des-
confiam da confiabilidade das técnicas de projeção, como o teste da árvore ou o teste do 
desenho da família, pode-se dizer que sua validade está amplamente comprovada.
Este teste é usado em conjunto com outros recursos mais padronizados, testes e entre-
vistas que, juntos, podem nos oferecer informações suficientes para fornecer diagnósticos 
mais precisos. Estamos sem dúvida diante de uma proposta clínica muito interessante. 
Um recurso que vem melhorando ano após ano e que nos apresenta um mecanismo tão 
simples quanto rápido para compreender melhor os sentimentos, as relações familiares e 
o nível de maturidade afetiva das crianças.
Interpretação do Teste do Desenho da Família
36
Como já podemos adivinhar, o desenho é e continuará sendo aquele cenário simbólico 
em que a criança reflete uma boa quantidade de informação. Os desenhos e os jogos são 
dois recursos ideais para o psicodiagnóstico infantil. Portanto, o teste do desenho familiar 
é estabelecido como um recurso ideal para todo profissional da educação e saúde da men-
te. Os objetivos que você irá alcançar com este instrumento são os seguintes:
• Conhecer as dificuldades de adaptação da criança ou adolescente em seu ambiente 
familiar.
• Fortalecer a qualidade dos laços afetivos.
• Saber como eles veem e como sentem as relações familiares.
• Identificar possíveis conflitos com alguns membros da família.
• Avaliar o amadurecimento emocional e psicológico da criança ou adolescente.
• Avaliar o estilo de comunicação familiar.
• Descobrir o que o preocupa em seu ambiente familiar.
Por outro lado, você deve se lembrar de que o mais importante deste teste é o aspecto 
emocional. Com isso, não procuramos apenas um desenho. O profissional deverá promo-
ver um diálogo confortável e fluido com a criança enquanto esta desenha. Traço a traço, 
linha por linha, a criança deve ir abrindo seus sentimentos, emoções e preocupações en-
quanto mergulha em seu próprio desenho.
Qual é o objetivo do teste do desenho da família?
37
O teste do desenho da família é aplicado da seguinte forma:
• São oferecidos para a criança uma folha e lápis de cor.
• O ambiente deve ser confortável e proporcionar à criança uma proximidade e confian-
ça adequadas.
• Em seguida, a criança ou adolescente é instruído a desenhar sua família.
• A criança será avisada de que não vamos atribuir uma nota. A ideia é que desenhe 
relaxada, e inclusive que aproveite o momento.
• Mais tarde, e à medida que a criança vá dando forma aos personagens, o profissional 
pode começar a fazer perguntas.
• Assim, uma maneira de obter mais informações no teste é introduzindo as seguintes 
perguntas: Quem é esse/a? O que ele/a faz? Você se dá bem com ele/a? Quem é mais feliz? 
Quem é menos feliz?
Por outro lado, é importante que o profissional anote a ordem em que a criança cria os 
diferentes elementos do desenho. Será indicada também a presença de borrões, rasu-
ras, dúvidas ao desenhar, retrocessos.
Como o teste do desenho da família é administrado?
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O teste do desenho da família foi criado em seus primórdios sob uma abordagem psi-
canalítica. Por essa razão, durante alguns anos a análise foi realizada por meio de uma 
dinâmica edípica ou a partir dos estágios de desenvolvimento psicossexual estabelecidas 
por Freud. Atualmente a interpretação é mais padronizada. O conjunto de estatísticas é 
usado, mas a situação pessoal de cada criança ou adolescente também é avaliada.
Tamanho e lugar. Os desenhos grandes denotam segurança. Por outro lado, as pe-
quenas figuras representadas em um canto da folha mostram medos e inseguranças.
Curvas e linhas retas. Os desenhos com ângulos e curvas mostram dinamismo e 
maturidade. Por outro lado, aqueles em que apenas aparecem linhas, poucas formas e/
ou figuras muito estereotipadas e pobres muitas vezes mostram imaturidade ou inibição.
Ordem e distância. Um aspecto que deve ser avaliado é a ordem em que cada uma 
das figuras foi desenhada. Então, geralmente é mais comum, por exemplo, que comecem 
com o desenho da mãe, ou no seu caso, com aquela pessoa com maior união afetiva. Por 
outro lado, outro detalhe a ser avaliado é a distância que a criança estabelece entre alguns 
personagens e outros.
Como o teste é avaliado?
Aqui estão algumas diretrizes para a avaliação do teste 
de desenho familiar
39
Omissão de certas figuras. Um fato comum é que há crianças que não se desenham 
nesse núcleo familiar. É um fato a ser avaliado e levado em conta. Da mesma forma, a 
omissão de um dos pais ou irmãos pode ser o reflexo da rejeição dos mesmos.
Para concluir. Lembre-se de que o teste do desenho da família não é usado como o úni-
co recurso para oferecer um diagnóstico. Adicionado a entrevistas e outros testes padro-
nizados, ele nos oferecerá informações suficientes para sermos mais precisos e concretos 
na avaliação.
Este instrumento, como qualquer outro teste de projeção, constitui uma porta dire-
ta para o mundo emocional, onde o desenho é sempre nosso melhor canal. Trata-se de 
um cenário em que nos sentimos livres para refletir medos, preocupações ou problemas 
subjacentes.
Fonte: https://amenteemaravilhosa.com.br/
40
Casas com muitos detalhes (janelas, enfeites, portas, chaminé) indicam um lar afetivo 
e feliz. A expressão também vem das cores, se alegres ou não.
Desenhos coloridos e grandes demonstram
uma criança segura
Detalhes
41
A criança até os 2 anos faz somente alguns traços e atribui significado a eles , são as ga-
ratujas. Nesta fase a criança experimenta, por exemplo, desenhar nas paredes ou no chão 
e se interessa pelo efeito de diferentes materiais e formas de manipulá-los, como pressio-
nar o giz ou lápis com força e fazer pontinhos.
A partir dos 3 anos surgem as figuras de pessoas , cabeça grande com braços e pernas 
saindo dela e vão evoluindo com a presença do corpo , membros e rosto mais definidos.
Desenho x Idade
42
Caso a criança não consiga realizar este tipo de desenho até os 4 anos , ela deverá passar 
em avaliação neurológica , devido ao atraso psicomotor.
A partir dos 5 anos surgem as casas , carros , árvores e outras figuras geométricas . O 
desenho atinge o ápice dos 7 aos 10 anos. Após esta fase , sem treino e estímulo, ocorre 
uma estagnação , sendo a escrita a via preferencial para expressar seus sentimentos.
43
Ou em casos de abuso sexual, aonde surgem figuras com genitália. Veja 11 desenhos 
impactantes de crianças indefesas que indicam que elas sofreram abuso sexual:
Este desenho é o retrato de um pai na visão do Fernando, um menino que foi abusado 
desde muito pequeno. Na visão do menino o pai era como um demônio alcoolizado e vi-
ciadoem jogos caça-níqueis.
Como o desenho é uma forma de expressão da criança, em casos de alguns distúrbios 
psicológicos, este tipo de material pode auxiliar, é muito. Alguns casos são mais claros, 
como na violência:
Nomes são fictícios para preservação das identidades.
Desenhos que demonstram algum
Distúrbio Psicológico
Desenho 1:
44
Este é o desenho do Andreu, um menino de 8 anos que foi abusado desde os seus 4 
anos pelo padrasto. No desenho ele se retrata em pânico diante do abusador. Segundo o 
psicólogo um fator marcante no desenho são os botões da camisa e o zíper da calça, no 
autorretrato a criança destaca os dois detalhes das roupas que eram o alvo do abusador.
Elena, de 6 anos faz um relato comovente. Ela desenhou a mãe e a avó em tamanhos 
bem grandes. Segundo o psicólogo, este detalhe mostra que a menina se sente protegida e 
segura ao lado das duas. Enquanto o pai ela desenha em tamanho bem menor abusando 
dela (canto esquerdo da folha).
Desenho 2:
Desenho 3:
45
Victor, de 7 anos mostra como era brigado pelo pai a fazer sexo oral.
No vídeo abaixo você acompanha um documentário que mostra todos esses casos e 
também um debate sobre o assunto.
David, de 8 anos foi abusado sexualmente e destacou em seu desenho os olhos verme-
lhos do estuprador e seu órgão genital. O menino ainda escreveu as palavras chulas que o 
agressor dizia enquanto abusava dele.
Desenho 4:
Desenho 5:
46
Isabel, de 8 anos foi abusada sexualmente pelo pai, ela desenhou o que ocorreu durante 
o momento do abuso. Colocada sobre uma cadeira para ser abusada enquanto seu irmão 
mais novo assistia tudo junto à porta.
Marina, uma menina de 5 anos, era abusada pelo pai sendo obrigada a assistir a filmes 
pornográficos. No desenho ela retrata um trecho de um dos filmes que foi obrigada a 
assistir.
Desenho 6:
Desenho 7:
47
Ester, de 9 anos desenhou a posição que era obrigada a ficar durante os momentos de 
abusos feitos pelo pai.
Toni, de 6 anos desenhou o abusador como um monstro dando destaque ao seu órgão 
sexual.
Desenho 8:
Desenho 9:
48
Andrea, de 10 anos representou em seu desenho os momentos do abuso em que era 
obrigada a tocar o abusador e ser tocada por ele.
As vezes o abuso identificado não é sexual, mas não deixa de ser abuso e deixar marcas 
também, veja o caso dessa pequena.
Fonte: https://www.fasdapsicanalise.com.br/
Desenho 10:
Desenho 11:
49
Desenho 2:
Desenho 1:
Desenho da criança de sua vida familiar feliz em um dia ensolarado.
Desenhos que demonstram que a criança é feliz 
50
Desenho 3:
Desenho 4:
51
52
Protocolo de Observação e Avaliação do Desenho Infantil
Critérios de Observação e Avaliação:
1 - Como são as cores que o aprendente/paciente utiliza em seu desenho? Ou ela não 
pinta os desenhos que faz?
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____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
2 - Como são as dimensões/tamanhos do desenho?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
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____________________________________________________________
3 - Descreva como é a pressão na folha ao desenhar?
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__________________________________________
__________________________________________
Nome: ________________________________________________________
Data de nascimento: ____ /____ /_______
Estuda?: Sim( ) Não( )
Instituição: ____________________________________________________
Nomes dos responsáveis: ___________________________________________
Solicitante da Avaliação: ___________________________________________
Motivo da Avaliação: ______________________________________________
____________________________________________________________
Sexo: _________
Idade: ________
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4 - Como são os traços?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
6 - Em qual fase do desenho o aprendente/paciente se encontra:
a. ( ) Garatuja
b. ( ) Pré-esquematismo
c. ( ) Esquematismo
d. ( ) Realismo
e. ( ) Pseudo naturalismo
f. ( ) Outro, descrever: ___________________________________________
____________________________________________________________
5 - Observe a posição do desenho e as correspondências naturais, como são?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
7 - O aprendente/paciente apresenta desenhos repetidos? Descreva quais e quantas vezes:
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
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8 - O aprendente/paciente fez algum desenho que se enquadre nos modelos apresentados 
nesse material. Exemplo: O desenho apresentado pelo aprendente/paciente se enquadra 
nos exemplos apresentados sobre Abuso Sexual.
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____________________________________________________________
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Observações Relevantes:
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____________________________________________________________
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____________________________________________________________
____________________________________________________________
_______________________________________
_____________________, ____ de ____________ de ________.
Assinatura do Profissional
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É necessário observar todos os critérios apresentados no decorrer desse material. 
Embora não sejam coisas concretas, pois cada criança é única, serve de guia para traba-
lhar com os aprendentes/pacientes.
Por exemplo, crianças que fazem desenhos com marcação firme na folha estão agressi-
vas, com muita energia ou angustiadas. É possível deduzir que a força que ela usa vem de 
algum estresse enfrentado em seu cotidiano. Se for o caso, desenvolver a atividade com ela 
pode dar algumas respostas se a sessão for bem conduzida.
Crianças retraídas, por exemplo, tendem a fazer desenhos menores. Talvez pode se sen-
tir acuada, de modo que não consiga se expressar além dos pequenos traços. Nisso, deve 
encontrar um modo de fazê-la se expressar de maneira confortável e entender por qual 
motivo não consegue fazer emissões espontâneas.
Desenhos repetidos, por exemplo, há alguns fatores para a criança persistir em dese-
nhar o mesmo cenário.Por exemplo, pode se sentir satisfeita com os elogios recebidos e 
investir no mesmo desenho com poucas alterações. Por outro lado, isso pode indicar um 
cenário em que ela foi impactada de maneira emocional.
No segundo caso, ela tenta reproduzir as emoções que sentiu para reviver aquele mo-
mento. Ainda assim, o desenho repetido também mostra que há algo na cabeça dela que 
pode incomodar em algum nível.
Como realizar a Avaliação?
57
Esses são alguns exemplos de como avaliar o desenho do seu aprendente/paciente, no 
entanto, é muito importante sempre perguntar para o mesmo o que significa. Fazer con-
sigmas como: 
• O que é? 
• Por que desenhou isso? 
• Por que não pintou? 
• Por que utilizou essas cores? 
• Por que as pessoas estão desse tamanho? 
• O que você sente quando vê esse desenho? 
Enfim, mesmo tendo critérios de observação e avaliação é fundamental que o apren-
dente/paciente explique o desenho que fez e o motivo de ter o feito daquela forma. Em 
caso do aprendente apresentar desenhos muito confusos e difíceis de avaliar será 
necessário encaminhá-lo para um psicólogo realizar outras avaliações e observa-
ções para específicas. O psicopedagogo nesse caso em especial deverá apenas realizar 
uma sondagem inicial para verificar se existe algo incomum no comportamento 
do aprendente/paciente através do desenho, visto que o mesmo é uma ferramenta que 
deve ser utilizada pelo mesmo com intuito de identificar se existe algo no emocio-
nal ou comportamental que possa esta bloqueando ou retardando seu pro-
cesso de aprendizagem.
Pp. Daliane Oliveira
58
BÉRDARD, NICOLE. Como interpretar os desenhos das crianças. 1.ed. São Paulo: Isis, 
2013.
DERDYK, EDITH. Formas de pensar o desenho: O desenvolvimento do grafismo infan-
til. São Paulo: Scipione, 1993.
DERDYK, EDITH. O desenho da figura humana. São Paulo: Scipione, 1993.
FERREIRA, S. Imaginação e linguagem no desenho da criança. Campinas: Papirus, 
2001.
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.
PILLAR, A. D. P. Desenho e construção de conhecimento na criança. Porto Alegre: Artes 
Médicas, 1986.
SALVADOR, A. Conhecer a criança através do desenho. Porto: Porto Editora, 1999.
MOREIRA, ANGÉLICA ALBANO. O espaço do desenho: a educação. 13.ed. São Paulo: 
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LUQUET. G. H. Arte infantil. Lisboa: Companhia Editora do Minho, 1969.
PIAGET, J. Seis estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1969.
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terpretar-o-que-o-seu-filho-esta-tentando-dizer/
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https://www.psicanaliseclinica.com/interpretacao-de-desenhos-infantis/
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