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Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DE DIREITO 
DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE 
PARAGOMINAS – PARÁ 
 
 
 
 
 
FRANCISCO SAMPAIO BEZERRA, brasileiro, estado civil, profissão, inscrito 
no CPF sob n.º: XXX.XXX.XXX-XX e RG n.º: XXXXXXX/PA, residente e domiciliado no 
endereço completo, por intermédio de sua advogada, mediante instrumento 
procuratório incluso (doc.1), com endereço profissional declinado ao rodapé, onde 
recebe as correspondências de estilo, vem, respeitosamente à presença de Vossa 
Excelência, com fundamento no vigente Código Civil e demais normas aplicáveis a 
espécie, PROPOR a seguinte: 
 
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER TRANSFERÊNCIA DE VEÍCULO COM 
PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA 
 
em desfavor de MARCELO DA SILVA MINORI, brasileiro, comerciante, 
inscrito no CPF sob n.º: XXX.XXX.XXX-XX e RG n.º: XXXXXXX/PA, residente e 
domiciliado no endereço completo, na Cidade de Castanhal-Pará, e-mail: correio 
eletrônico, telefones: (91) XXXXX-XXXX. 
 
I- PRELIMINARMENTE 
 
a) Da justiça gratuita 
Requer o benefício da Justiça Gratuita, conforme determina o art. 98, § 1º da Lei nº 
13.105/15, tendo em vista que o requerente é profissão e ganha apenas o suficiente para 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028078/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
o seu sustento e o de sua família, não podendo arcar com às custas processuais e 
honorários advocatícios. O fato de estar assistido por advogada contratada justifica-se 
tão somente pela relação de confiança que o assistido tem com esta causídica 
(inteligência do art. 99, § 4º da Lei 13.105/2015 - Novo Código de Processo Civil), que de 
imediato aceitou o encargo em nome da máxima que envolve os profissionais do 
Direito, a manutenção da Justiça, firmando contrato com a cláusula “ad exitum”. 
Destarte requer a concessão da gratuidade de justiça, pois o Requerente não tem 
condições de arcar com às custas do processo, sem prejuízo próprio ou de sua família, 
nos termos do art. 98, § 1º da Lei nº 13.105/15, conforme declaração firmada em anexo. 
 
b) Da audiência de conciliação 
Atendendo o disposto no art. 319, VII do Código de Processo Civil, vem a parte 
autora informar que tem interesse na audiência de conciliação ou mediação. 
 
1. RESUMO DOS FATOS 
 
Na data de 03/11/2015, o Sr. Francisco Sampaio Bezerra, neste ato figurando 
como Autor, efetuou contrato de compra e venda com o Sr. Marcelo da Silva Minori. O 
referido contrato consistia na venda de uma motocicleta, marca e modelo do veículo, e a 
aquisição de um carro, marca e modelo do veículo, com o pagamento da diferença ora 
pactuada. A moto, objeto do mencionado contrato, em que pese ter sido negociada pelo 
Autor, tem como titular/proprietário, o Sr. André Felipe Azevedo Silva, enteado do Sr. 
Francisco, que anuiu com o referido negócio, bem como, assinou e autenticou o DUT da 
motocicleta, acreditando na boa-fé do comprador, ora Requerido, que se comprometeu a 
realizar a transferência de titularidade do veículo (motocicleta) perante o Detran, fato 
que não ocorreu. 
Um ano após a compra e venda, os senhores Francisco e André, foram 
surpreendidos com o recebimento de várias multas, por desrespeitar o limite de 
velocidade, trafegar sem capacete, avançar o sinal vermelho, dentre outras infrações. 
Multas estas, que foram geradas em nome do Sr. André Felipe Azevedo Silva. 
Ao ser questionado a respeito da não transferência de titularidade, conforme 
negociado no ato da firmação do negócio supramencionado, o Requerido informou que 
vendeu a motocicleta logo após a aquisição, não tendo nenhuma justificativa plausível 
para não ter cumprido com o acordado. Cabendo a ele, diante do descumprimento da 
obrigação, a responsabilidade de quitar as multas e proceder com a transferência. 
Mais uma vez, pautados de boa-fé e com a ciência do Requerido, o Autor e seu 
enteado, se dirigem ao posto de atendimento do Detran, localizado na PA-256, bairro 
Uraim, nesta cidade, e comunicam a venda. Bem como, registram o fato em boletim de 
ocorrência, ficando o Sr. Marcelo responsável por contactar o atual proprietário da 
motocicleta para que seja realizada a transferência de titularidade do referido veículo, 
assim como quitado os débitos indevidos - multas. 
Infelizmente, mais uma vez, de forma imotivada e irresponsável, o Requerido 
não cumpriu com o acordado, não procedendo com a troca de titularidade ou quitação 
dos débitos. Diante disso, para tristeza do Autor e seu enteado, houve a inscrição do 
nome do Sr. André Felipe Azevedo Silva na dívida ativa, assim como foi citado no 
processo n.º: XXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX, em tramite perante a Justiça Federal, 
subseção Paragominas. Imputando, injustificadamente, o ônus de R$ 8.500,00 (oito mil e 
quinhentos reais), oriundas da motocicleta, ao enteado do Autor. 
Destarte, a fim de solucionar toda a problemática e ter seu pleito atendido, o 
Autor, procurou este Núcleo de Prática Jurídica, para que juntos, tomemos as medidas 
jurídicas necessárias. 
 
2. DO DIREITO 
 
Nos termos do art. 123, § 1º do CTB, o comprador possui a obrigação de efetuar a 
transferência do veículo adquirido, junto ao DETRAN, para fins de transferência de 
todas as responsabilidades inerentes à propriedade. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612823/artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612644/par%C3%A1grafo-1-artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97
Assim não agindo, deve recair sobre o Réu o dever de indenizar pelos prejuízos 
causados, especialmente quando oriundos da própria desídia do Réu. 
No caso, o Autor teve multas e o imposto de propriedade veicular direcionado ao 
nome de seu enteado, ou seja, tem-se um dano causado por um ato ilícito, razão pela 
qual imputável a responsabilidade ao Réu por disposição clara do Código Civil: 
 
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, 
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato 
ilícito”. 
 
Cabe destacar que a obrigatoriedade na comunicação da alienação ao DETRAN, 
tem como única função a publicidade formal do novo proprietário ao Órgão Autuador, 
mas não exime o Réu, novo proprietário, das suas obrigações civis assumidas no 
contrato de compra e venda. 
Com esse entendimento do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia já firmou 
seu posicionamento: 
 
DENUNCIAÇÃO DA LIDE. OBRIGAÇÃO DE FAZER. TRANSFERÊNCIA DE 
VEÍCULO. PROCURAÇÃO. OMISSÃO. DÉBITO. INSCRIÇÃO DÍVIDA 
ATIVA. PROTESTO. DANO MORAL. VALOR. 
O mandatário atua para representar os interesses do outorgante, nos limites dos 
poderes que lhe foram conferidos, não havendo se falar em denunciação da lide, 
pois deve responder nos polos da ação os titulares da relação jurídica discutida 
nos autos. 
É do adquirente do veículo a responsabilidade por transferir a titularidade do 
bem no DETRAN e demais órgãos responsáveis, devendo responder pelos 
danos suportados pelo antigo proprietário, se houver negligência no 
cumprimento da obrigação. 
A inscrição em dívida ativa e o protesto do nome do antigo proprietário do 
veículo por ausência de pagamento de impostos gera dano moral, cujo valor 
deve ser fixado com razoabilidade e em quantia suficiente para atingir sua 
função pedagógica e punitiva. 
Apelação, Processo nº 0005985-75.2011.822.0001, Tribunal de Justiça do Estado 
de Rondônia, 1ª Câmara Cível, Relator (a) do Acórdão: Des. Raduan Miguel 
Filho, Data de julgamento: 25/06/2020. 
 
APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR. TRANSFERÊNCIA DE VEÍCULO. 
DANO MORAL. INDENIZAÇÃO. VALOR. MINORAÇÃO. 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028078/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
A concessionária que recebeu o ônus de ser responsável pela transferência do 
veículo e não o faz num prazo de 30 dias, descumprindo o acordado,gera danos 
morais a serem pagos ao adquirente. 
O arbitramento da indenização deve ser feito caso a caso, com bom senso, 
moderação e razoabilidade, atentando-se à proporcionalidade com relação ao 
grau de culpa, extensão e repercussão dos danos, à capacidade econômica, 
características individuais e o conceito social das partes, devendo ser reduzido 
quando não observadas tais diretrizes. 
APELAÇÃO CÍVEL, Processo nº 7002746-81.2015.822.0007, Tribunal de Justiça 
do Estado de Rondônia, 2ª Câmara Cível, Relator (a) do Acórdão: Des. Marcos 
Alaor Diniz Grangeia, Data de julgamento: 10/07/2019. 
 
APELAÇÃO CÍVEL. COMPRA E VENDA DE VEÍCULO. TRANSFERÊNCIA. 
IMPUTAÇÃO DE MULTAS E COBRANÇAS AO ANTIGO PROPRIETÁRIO. 
DANO MORAL CARACTERIZADO. VALOR DA INDENIZAÇÃO. 
SUFICIENTE PARA O EQUILÍBRIO DA REPARAÇÃO. RECURSO NÃO 
PROVIDO. 
O descumprimento de providência relativa à transferência de veículo no órgão 
de trânsito, pelo comprador, após negociação na qual o proprietário outorga 
poderes para tanto, aliado à imputação de multas de trânsito e cobrança de 
taxas, caracteriza o dano moral. 
Mantém-se o valor da condenação se suficiente para o equilíbrio da reparação, 
pune o ofensor e minimiza a ofensa à honra da parte autora, recompondo os 
danos causados. 
Apelação, Processo nº 0023276-54.2012.822.0001, Tribunal de Justiça do Estado 
de Rondônia, 1ª Câmara Cível, Relator (a) do Acórdão: Des. Sansão Saldanha, 
Data de julgamento: 28/08/2019. 
 
Nesse mesmo sentido é a compreensão nos Tribunais: 
 
96726747 - BEM MÓVEL COMPRA E VENDA DE VEÍCULO. OBRIGAÇÃO 
DE FAZER C.C. INDENIZAÇÃO TRANSFERÊNCIA DA 
DOCUMENTAÇÃO JUNTO AO DETRAN E ASSUNÇÃO DOS ENCARGOS 
INCIDENTES SOBRE O VEÍCULO APÓS A COMPRA ART. 123, § 1º E ART. 
134 DO CTB SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA APELAÇÃO RECURSO 
PROVIDO. I- E obrigação do vendedor e do comprador, nos termos dos arts. 
123, § 1º e 134, do CTB, assim como da Lei Estadual nº 6.606/89, a comunicação 
aos órgãos de trânsito e à Fazenda Pública da transação comercial envolvendo 
veículos automotores para que as pendências a partir de então que sobre eles 
recaiam não sejam imputadas ao vendedor; II- Deve o adquirente transferir o 
registro do veículo para seu nome, sob pena de multa diária, assim como 
ressarcir o autor nos valores que desembolsou para a quitação dos tributos; III 
Concorrendo o réu para que o autor figure no CADIN e como réu em executivo 
fiscal por dívida incidente sobre o veículo vendido após a transação comercial, 
caracterizado está o dano imaterial; IV- Atento à culpa recíproca e aos princípios 
da proporcionalidade e razoabilidade, a compensação pelo dano moral é 
arbitrada em R$ 10.000,00. (TJSP; APL 0010116- 69.2011.8.26.0361; Ac. 8247351; 
Mogi das Cruzes; Décima Sétima Câmara Extraordinária de Direito Privado; 
Rel. Des. Paulo Ayrosa; Julg. 03/03/2015; DJESP 11/03/2015); 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612823/artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612644/par%C3%A1grafo-1-artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10611319/artigo-134-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612823/artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612644/par%C3%A1grafo-1-artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10611319/artigo-134-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97
 
Assim, o novo proprietário, além de dever ser obrigado a efetuar a transferência, 
tem responsabilidade direta pelos danos causados ao Autor por decorrência legal, a ser 
arbitrado por esse juízo se assim entender - art. 186 do Código Civil. 
 
3. DA REALIZAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA 
 
Quanto ao instituto das obrigações de fazer no Código de Processo Civil esclarece 
que: 
 
Art. 815. Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o executado será 
citado para satisfazê-la no prazo que o juiz lhe designar, se outro não estiver 
determinado no título executivo. 
Art. 816. Se o executado não satisfazer a obrigação no prazo designado, é lícito 
ao exequente, nos próprios autos do processo, requerer a satisfação da obrigação 
à custa do executado ou perdas e danos, hipótese em que se converterá em 
indenização. 
Art. 821. Na obrigação de fazer, quando se convencionar que o executado a 
satisfaça pessoalmente, o exequente poderá requerer ao juiz que lhe assine prazo 
para cumpri-la. 
Parágrafo único. Havendo recusa ou mora do executado, sua obrigação pessoal 
será convertida em perdas e danos, caso em que se observará o procedimento de 
execução convertida em perdas e danos, caso em que se observara o 
procedimento de execução por quantia certa. 
 
No caso em tela, o valor dos impostos é de R$ 8.500,00 referente aos exercícios de 
especificar os anos tendo em vista que já acarreta consequências mais graves ao familiar 
do Requerente, inscrito em dívida ativa, ou ações na esfera cível, em face da atipicidade 
na condução do veículo por parte de terceiro. Conforme extrato emitido em XX de mês 
de XXXX. 
Também não há que se admitir, que se pague por aquilo que não deve, e se 
caso fizer, a única forma de recuperar o valor é por meio de ação de repetição de 
indébito, mais uma ação para abarrotar o judiciário, porém, adotar esta atitude seria 
futuro incerto, pois, as consequências já estão notoriamente gritantes, ferindo o 
princípio da economia processual. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10718759/artigo-186-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028078/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
Conclui-se que o Requerente confiou no Requerido, por força do COSTUME DE 
MERCADO, acreditando que o DUT, assinado e reconhecido em cartório, somado ao 
recibo/contrato de compra e venda bastasse para que o negócio se concluísse conforme 
fora acertado. 
A preocupação do Requerente se dá pelo fato de ser responsabilizado 
solidariamente pelas penalidades impostas pelo artigo 134 do Código de Trânsito 
Brasileiro, se assim deixar o veículo nas mãos do Requerido, in verbis: 
 
Artigo 134. No caso de transferência de propriedade, expirado o prazo previsto 
no § 1º do art. 123 deste Código sem que o novo proprietário tenha tomado as 
providências necessárias à efetivação da expedição do novo Certificado de 
Registro de Veículo, o antigo proprietário deverá encaminhar ao órgão 
executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no prazo de 60 (sessenta) 
dias, cópia autenticada do comprovante de transferência de propriedade, 
devidamente assinado e datado, sob pena de ter que se responsabilizar 
solidariamente pelas penalidades impostas e suas reincidências até a data da 
comunicação. 
Parágrafo único. O comprovante de transferência de propriedade de que trata o 
caput deste artigo poderá ser substituído por documento eletrônico com 
assinatura eletrônica válida, na forma regulamentada pelo Contran. 
 
Ademais, o código de Trânsito Brasileiro, em seu artigo 233, impõe o dever de 
transferência do veículo ao adquirente no prazo de 30 (trinta dias), vejamos o teor da 
norma: 
 
O artigo 123, inciso I, do Código de Trânsito Brasileiro estabelece que “Será 
obrigatória a expedição de novo Certificado de Registro de Veículo quando for transferida 
a propriedade”, sendo previsto, em seu § 1º, o prazo de trinta dias para que o 
novo proprietário adote as providências necessárias à efetivação desta obrigação 
legal. 
 
Requer que Vossa Excelência oficie o DETRAN/PA e a SEFAZ/PA para 
procederem à transferência do Veículo, Multas e protestos para o nome do Requerido a 
contar da data de assinatura do contrato/recibo de compra e venda para assim 
proceder. 
Neste sentidotemos: 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10611319/artigo-134-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10598694/artigo-233-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612823/artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612794/inciso-i-do-artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97
 
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. INDENIZAÇÃO. VEÍCULO. DEVER 
DE TRANSFERÊNCIA. TITULARIDADE NO DETRAN. DANO MORAL. I. 
Constitui obrigação do comprador a transferência da titularidade do veículo no 
Departamento de Trânsito, Art. 123, inc. I e § 1º, do CTB. momento em que 
assume a responsabilidade pelos encargos sobre ele incidentes. II. A cobrança de 
débitos fiscais relativos a período em que o autor não mais era proprietário do 
veículo gera dano moral. III. A valoração da compensação moral deve observar 
o princípio da razoabilidade, a gravidade e a repercussão dos fatos, a 
intensidade e os efeitos da lesão. A sanção, por sua vez, deve observar a 
finalidade didático-pedagógica, evitar valor excessivo ou ínfimo, e objetivar 
sempre o desestímulo à conduta lesiva. Minorado o valor fixado pela r. 
Sentença. lV. Apelação provida. (TJDF; APC 2013.03.1.035305-2; Ac. 945.737; 
Sexta Turma Cível; Relª Desª Vera Lúcia Andrighi; Julg. 01/06/2016; DJDFTE 
15/06/2016). 
 
APELAÇÃO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. IPVA. Autor que busca a 
transferência dos débitos de IPVA e multa referentes aos veículos descritos na 
inicial para os reais proprietários, com a consequente suspensão dos 
equivalentes protestos em seu nome. Sentença de parcial procedência decretada 
em primeiro grau. Decisório que merece subsistir. Documentos que 
comprovaram, de forma inconteste, a venda de alguns veículos descritos na 
inicial antes da ocorrência do fato gerador dos débitos de IPVA. Tributo de 
natureza real e incide sobre a propriedade do veículo automotor, nos termos do 
art. 155, inciso III, da Constituição Federal. Ademais, houve a informação de 
intenção de gravame no Cadastro do Detran, não havendo que se falar, 
portanto, na aplicação da responsabilidade solidária prevista no art. 134. 
Precedentes. Sentença mantida. Recurso desprovido. (TJSP; APL 1000553- 
59.2015.8.26.0566; Ac. 9497996; São Carlos; Primeira Câmara de Direito Público; 
Rel. Des. Rubens Rihl; Julg. 07/06/2016; DJESP 14/06/2016). 
 
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO DE 
OBRIGAÇÃO DE FAZER. TRANSFERÊNCIA DE VEÍCULO. OBRIGAÇÃO 
DE FAZER. A responsabilidade do vendedor em comunicar a transferência da 
propriedade do veículo não assegura que o comprador permaneça inerte. O 
vendedor tem que fazer a comunicação para os efeitos de isentar-se da 
solidariedade em multas e tributos; e ao comprador cabe providenciar a 
transferência para o seu nome. - Circunstância dos autos em que comprovada a 
compra e venda se impõe reconhecer a obrigação do comprador em regularizar 
a transferência do veículo. RECURSO PROVIDO. (Apelação Cível Nº 
70075460279, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: 
João Moreno Pomar, Julgado em 24/10/2017). 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL. VENDA DE VEÍCULO. TRANSFERÊNCIA 
NÃO REALIZADA. IPVA. DANO MORAL. O comprador possui a obrigação 
de efetuar a transferência do veículo adquirido junto DETRAN ( CTB , art. 123 , 
§ 1º). No caso, o autor teve o imposto de propriedade veicular direcionado ao 
seu nome. A culpa concorrente do vendedor, que poderia ter informado o 
DETRAN, não exclui o direito de ser compensado. A violação do direito da 
personalidade motiva a reparação do dano moral. O dano moral deve ser 
estabelecido com razoabilidade, de modo a servir de lenitivo ao sofrimento da 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612823/artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612794/inciso-i-do-artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10668550/artigo-155-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10668429/inciso-iii-do-artigo-155-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612823/artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612644/par%C3%A1grafo-1-artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
vítima. Devem ser consideradas as circunstâncias expostas nos autos para ser 
arbitrada a indenização. Apelo provido. (Apelação Cível Nº 70074102286, 
Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marcelo Cezar Muller, 
Julgado em 27/07/2017). 
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER – Pretendida transferência administrativa 
de veículo automotor – Há prova nos autos de que necessário admitir 
transferência do veículo junto ao DETRAN-SP, pois declaradamente alienado o 
bem, sem porém, cumprir a exigência do art. 134, do CTB – Conquanto a 
empresa autora seja solidariamente responsável pelas dívidas decorrentes deste 
veículo antes da propositura desta ação em que determinado o seu bloqueio e 
transferência, sob sua responsabilidade civil e criminal, deve-se considerar 
atendido de forma transversa a exigência legal, até para evitar a vinculação 
eterna do bem ao seu ex-proprietário, expondo-o a toda sorte de abuso por 
aquele que adquiriu o bem e não efetuou a regular transferência – Precedentes 
do STJ e desta C. 9ª Câmara de Direito Público do TJSP – Procedência parcial da 
ação mantida – Recursos oficial e voluntários da empresa autora e da Fazenda 
do Estado não providos. (TJ-SP - APL: XXXXX20158260506 SP XXXXX-
02.2015.8.26.0506, Relator: Rebouças de Carvalho, Data de Julgamento: 
11/11/2016, 9ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 11/11/2016). 
 
4. DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA 
 
Segundo o Código de Processo Civil em seu art. 300 “A tutela de urgência será 
concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o 
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”, assim, vejamos. 
Bem explica o art. 497 do Código de Processo Civil/15, que o juiz concederá a 
tutela específica da obrigação nas ações que tenham por objeto o cumprimento de 
obrigação de fazer, verbis: 
 
Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o 
juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará 
providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático 
equivalente. 
Parágrafo único. Para concessão da tutela específica destinada a inibir a prática, 
a reiteração ou a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é irrelevante a 
demonstração da ocorrência de dano ou da existência de culpa ou dolo. 
 
Poderá ainda a obrigação se converter em perdas e danos e sem prejuízo da 
multa, pela prerrogativa ditada pelo art. 499 do Código de Processo Civil. 
De conformidade com o art. 497 do CPC, poderá o juiz conceder a TUTELA 
LIMINARMENTE, direito plenamente atribuível ao caso em tela, ante a robustez das 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10611319/artigo-134-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894057/artigo-300-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28891916/artigo-497-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28891908/artigo-499-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28891916/artigo-497-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
alegações do Autor e da veracidade dos fatos, presentes ainda a verossimilhança das 
alegações e o periculum in mora. 
Poderá ainda o Magistrado determinar várias medidas para obter o resultado 
prático objetivado, ou seja, é medida destinada a conceder meios para o juiz efetivar a 
antecipação da tutela prevista no art. 499 do CPC, tais como busca e apreensão do 
veículo, de vez que o terceiro possa estar conduzindo de forma atípica, com imensa 
possibilidade de causar dano irreparável ao Autor, quiçá compelindo a responder por 
indenização advindas de acidentes automobilísticos, multas e demais ônus 
relacionados ao veículo. 
Levando-se em conta que o Réu possa ter vendido a terceiro desconhecido, não 
transferindo para o seu nome, REQUER a aplicação e determinação de multa diária, no 
caso de uma execução, o juízo já estará garantindo pelos bens, assim, também se faz 
necessária e imperativa a busca e apreensão do veículo para que cesse as reiteradas 
infrações cometidas. 
No presente caso, a obrigação de fazer é de natureza infungível, uma vez que 
somente o Requerido poderá transferir o veículo para o seu nome, aqui 
obrigatoriamente deve-se levar em conta as qualidades específicas do obrigado. 
Necessário seja concedida, a ANTECIPAÇÃO DA TUTELA, para que o RÉU no 
prazo fixado por Vossa Excelência, efetive a TRANSFERÊNCIA DO VEÍCULO, AS 
MULTAS E OS SEUS PONTOS E ENCARGOS CONSEQUENTES, PARA A SUA 
CNH ou a quem ele indicar. 
Além de adimplir os encargos perante o DETRAN/PA em nome do enteado do 
Autor, ou que os transfira para seu nome com data retroativa a data de venda, sob pena 
de sofrer multa diária, com a consequente expedição do componente mandado de busca 
e apreensão do veículo. 
Consoante demonstrado, o Réu não cumpriu com suas obrigações, tendo 
recebido o veículo adquirido, sendo certo que o revendeu prontamente, certamente com 
boa margem de lucro. Como consequência do inadimplemento, necessária se faz a 
aplicação do art. 389 do Código Civil, que assim dispõem: 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28891908/artigo-499-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10706270/artigo-389-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028078/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros 
e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e 
honorários de advogado. 
 
Como visto, está evidente a probabilidade do direito do Requerente, que possui 
cristalino direito à concessão da tutela antecipatória inaudita altera parte, em face da 
robustez de suas alegações, baseado em imensa legislação específica, além da proteção 
Constitucional, sem ter de sujeitar-se aos abusos e constrangimentos, perpetrado pela 
parte adversa, pois, não honra com o pagamento do tributo deste advindo, vindo seu 
familiar ser citado pela justiça a inserir dados do processo em curso em nome do Sr. 
André Felipe, a fim de especificar ato. e colocando o nome do enteado do Requerente no 
rol de maus pagadores, obstando-o de adquirir financiamentos, parcelamentos etc. 
E quanto ao perigo de dano ou ao resultado útil do processo, sem dúvida há risco 
de sérios danos a serem causados ao Autor se não concedida a presente medida. Não 
resta meio suasório para que se proceda ao acertamento da relação jurídica entre as 
partes, SENDO A VIA JUDICIAL ÚNICA FORMA DE PROCEDER A 
TRANSFERÊNCIA NECESSÁRIA COM A FINALIDADE DE AJUSTAR O PACTO À 
LEGALIDADE. 
Enquanto isso, o Autor e seu enteado ficam à mercê de sofrer com a perda de sua 
CNH, SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR, eventual ação de reparação de dano 
decorrida de acidente de veículo, execução de dívida ativa por parte do Estado, sem 
falar na esfera criminal, pois ante a provável maneira atípica que o Réu ou terceiro 
vem pilotando, colocando, inclusive, em risco os transeuntes por onde passa, podendo 
até acabar em atropelamento. Sem dúvida, são fatos iminentes de acontecerem. 
Não pode a Autor ser coagido ao pagamento daquilo que sabidamente não deve, 
e penalizado por aquilo que não cometeu, sob pena de, sendo confirmado o direito em 
efetivar-se a transferência do veículo somente na sentença final, ter de perseguir em 
demorada ação de repetição de indébito o valor injustamente pago, com incerteza de 
recebimento do valor respectivo. 
Mas, com a concessão da presente medida, todos estes transtornos e riscos podem 
ser evitados, visto que o Autor e seu enteado poderão adquirir empréstimos bancários, 
não sofrer execuções fiscais, ações civis, etc. 
E, como autoriza o art. 300 do CPC, ao Juiz é possível conceder um ou mais 
efeitos da prestação jurisdicional perseguida no limiar da ação ou no curso da mesma, 
de modo evitar-se a ocorrência de dano irreparável ou de difícil reparação, vendo na 
espécie logo presentes não só o aperfeiçoamento desse requisito, como os demais 
previstos na norma em alinho. 
Há, por isso, que dar vida aos preceitos constitucionais de respeito à 
tranquilidade, honra e dignidade do Autor, até porque toda a lesão ou ameaça de lesão 
a direito não pode ser excluída da apreciação do Poder Judiciário (inc. XXXV, art. 5º), 
sem embargo de que: 
 
É importante ressaltar que exigências constitucionais não podem ficar 
submetidas à previsão (ou não) das vias processuais adrede concedida para a 
defesa dos direitos em causa. Não se interpreta a Constituição processualmente. 
Pelo contrário, interpretam-se as contingências processuais à luz das exigências 
da Constituição”. (CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELO, in Controle 
Judicial do Atos Administrativos, RPD 65/27). 
 
Neste caso em tela, o Autor sente-se inteiramente prejudicado pela lesão ou 
ameaça de lesão a direito e, por isso, vai se utilizar do instrumento judiciário para que se 
possa alcançar a uma solução na lide em epígrafe. 
 
4.1. Da reversibilidade da medida 
Incontestável, ainda, a absoluta reversibilidade da medida que se pede. Acaso no 
decorrer da lide se mostrem relevantes motivos jurídicos em contraposição aos agora 
apresentados, a questão poderá ser revista ou modificada segundo entendimento do 
juiz, que nesse caso deverá balizar-se com a exata noção desse requisito. 
A reversibilidade diz com os fatos decorrentes do cumprimento da decisão, e não 
com a decisão em si mesma. Esta, a decisão, é sempre reversível, ainda que sejam 
irreversíveis as consequências fáticas decorrentes de seu cumprimento. À 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894057/artigo-300-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
reversibilidade jurídica (revogabilidade da decisão) deve sempre corresponder o retorno 
fático ao status quo ante. 
No caso em tela, os fatos resultantes da concessão da presente medida são 
facilmente reversíveis, na hipótese (improvável) de improcedência do feito, pois, o 
Requerido nada perderá nem pagará e o veículo oportunamente apreendido ficará à 
disposição do juízo. 
 
5. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
 
Considerando a Justiça e sensatez que caracterizam as respeitáveis decisões deste 
Juízo, diante de todo o exposto, e mais o que seu notório conhecimento certamente 
suprirá, respeitosamenterequer: 
 
a) A gratuidade judiciária prevista na Lei nº 1060/50, conforme já exposto; 
b) Seja expedido o competente mandado, determinando que o Requerido efetive a 
transferência do veículo, transferência das multas e seus respectivos ponto para a CNH 
do RÉU ou a quem ele indicar, e transferência da dívida deste, advinda para o seu 
nome, no prazo estipulado por esse juízo, observando as penas diárias que também 
deverão ser arbitradas; 
c) Após efetivada a medida liminarmente de acordo com o art. 294 e 311, I e IV do CPC, 
a expedição de ofícios ao DETRAN do Estado do Pará, bem como a SEFAZ-PA, para que 
se abstenham de informar qualquer débito em nome do Requerente ou de seu enteado, 
Sr. ANDRÉ FELIPE AZEVEDO SILVA, referente ao veículo acima descrito; 
c) E caso o Requerido não efetuar a transferência no prazo fixado que Vossa Excelência 
determine a transferência de Ofício; 
d) A citação do Requerido para tomar conhecimento da presente para, querendo, no 
prazo legal contestá-la, sob as penas dos arts. 246, I; 247e 248 do CPC; 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109499/lei-de-assist%C3%AAncia-judici%C3%A1ria-lei-1060-50
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894086/artigo-294-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893917/artigo-311-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893911/inciso-i-do-artigo-311-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893903/inciso-iv-do-artigo-311-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894531/artigo-246-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894526/inciso-i-do-artigo-246-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894487/artigo-248-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15
e) A procedência total da presente, com julgamento antecipado da lide, ou ao final 
confirmado a liminar concedida, com a condenação do RÉU o pagamento das custas 
processuais, dos honorários sucumbenciais em 20% e demais cominações legais. 
f) Na hipótese de descumprimento da obrigação de fazer, seja fixada multa diária no 
valor de 1% (um por cento) do valor da causa. 
g) Requer-se provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitido, 
incluindo, produção de provas documental, testemunhal, depoimento pessoal, sob pena 
de confissão caso o réu não compareça, ou, comparecendo, se negue a depor (art. 385, § 
1º, do Código de Processo Civil). 
h) Nos termos do art. art. 319, VII do Código de Processo Civil, o Requerente desde já 
manifesta, pela natureza do litígio, interesse em Autocomposição. 
i) R$ 10.000,00 (dez mil reais) a títulos de danos morais. 
 
6. DO VALOR DA CAUSA 
 
Atribuir-se-á causa o valor de R$ 18.500,00 (dezoito mil e quinhentos reais); 
 
Precedidos de cordiais saudações, 
 
Nestes termos, 
Roga-se por deferimento. 
 
Paragominas, XX de mês de XXXX. 
 
 
 
NAYARA GONZAGA 
OAB/XX N.º XX.XXX 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28892909/artigo-385-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28892907/par%C3%A1grafo-1-artigo-385-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28892907/par%C3%A1grafo-1-artigo-385-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15

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