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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE PARAGOMINAS – PARÁ FRANCISCO SAMPAIO BEZERRA, brasileiro, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob n.º: XXX.XXX.XXX-XX e RG n.º: XXXXXXX/PA, residente e domiciliado no endereço completo, por intermédio de sua advogada, mediante instrumento procuratório incluso (doc.1), com endereço profissional declinado ao rodapé, onde recebe as correspondências de estilo, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no vigente Código Civil e demais normas aplicáveis a espécie, PROPOR a seguinte: AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER TRANSFERÊNCIA DE VEÍCULO COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA em desfavor de MARCELO DA SILVA MINORI, brasileiro, comerciante, inscrito no CPF sob n.º: XXX.XXX.XXX-XX e RG n.º: XXXXXXX/PA, residente e domiciliado no endereço completo, na Cidade de Castanhal-Pará, e-mail: correio eletrônico, telefones: (91) XXXXX-XXXX. I- PRELIMINARMENTE a) Da justiça gratuita Requer o benefício da Justiça Gratuita, conforme determina o art. 98, § 1º da Lei nº 13.105/15, tendo em vista que o requerente é profissão e ganha apenas o suficiente para https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028078/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 o seu sustento e o de sua família, não podendo arcar com às custas processuais e honorários advocatícios. O fato de estar assistido por advogada contratada justifica-se tão somente pela relação de confiança que o assistido tem com esta causídica (inteligência do art. 99, § 4º da Lei 13.105/2015 - Novo Código de Processo Civil), que de imediato aceitou o encargo em nome da máxima que envolve os profissionais do Direito, a manutenção da Justiça, firmando contrato com a cláusula “ad exitum”. Destarte requer a concessão da gratuidade de justiça, pois o Requerente não tem condições de arcar com às custas do processo, sem prejuízo próprio ou de sua família, nos termos do art. 98, § 1º da Lei nº 13.105/15, conforme declaração firmada em anexo. b) Da audiência de conciliação Atendendo o disposto no art. 319, VII do Código de Processo Civil, vem a parte autora informar que tem interesse na audiência de conciliação ou mediação. 1. RESUMO DOS FATOS Na data de 03/11/2015, o Sr. Francisco Sampaio Bezerra, neste ato figurando como Autor, efetuou contrato de compra e venda com o Sr. Marcelo da Silva Minori. O referido contrato consistia na venda de uma motocicleta, marca e modelo do veículo, e a aquisição de um carro, marca e modelo do veículo, com o pagamento da diferença ora pactuada. A moto, objeto do mencionado contrato, em que pese ter sido negociada pelo Autor, tem como titular/proprietário, o Sr. André Felipe Azevedo Silva, enteado do Sr. Francisco, que anuiu com o referido negócio, bem como, assinou e autenticou o DUT da motocicleta, acreditando na boa-fé do comprador, ora Requerido, que se comprometeu a realizar a transferência de titularidade do veículo (motocicleta) perante o Detran, fato que não ocorreu. Um ano após a compra e venda, os senhores Francisco e André, foram surpreendidos com o recebimento de várias multas, por desrespeitar o limite de velocidade, trafegar sem capacete, avançar o sinal vermelho, dentre outras infrações. Multas estas, que foram geradas em nome do Sr. André Felipe Azevedo Silva. Ao ser questionado a respeito da não transferência de titularidade, conforme negociado no ato da firmação do negócio supramencionado, o Requerido informou que vendeu a motocicleta logo após a aquisição, não tendo nenhuma justificativa plausível para não ter cumprido com o acordado. Cabendo a ele, diante do descumprimento da obrigação, a responsabilidade de quitar as multas e proceder com a transferência. Mais uma vez, pautados de boa-fé e com a ciência do Requerido, o Autor e seu enteado, se dirigem ao posto de atendimento do Detran, localizado na PA-256, bairro Uraim, nesta cidade, e comunicam a venda. Bem como, registram o fato em boletim de ocorrência, ficando o Sr. Marcelo responsável por contactar o atual proprietário da motocicleta para que seja realizada a transferência de titularidade do referido veículo, assim como quitado os débitos indevidos - multas. Infelizmente, mais uma vez, de forma imotivada e irresponsável, o Requerido não cumpriu com o acordado, não procedendo com a troca de titularidade ou quitação dos débitos. Diante disso, para tristeza do Autor e seu enteado, houve a inscrição do nome do Sr. André Felipe Azevedo Silva na dívida ativa, assim como foi citado no processo n.º: XXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX, em tramite perante a Justiça Federal, subseção Paragominas. Imputando, injustificadamente, o ônus de R$ 8.500,00 (oito mil e quinhentos reais), oriundas da motocicleta, ao enteado do Autor. Destarte, a fim de solucionar toda a problemática e ter seu pleito atendido, o Autor, procurou este Núcleo de Prática Jurídica, para que juntos, tomemos as medidas jurídicas necessárias. 2. DO DIREITO Nos termos do art. 123, § 1º do CTB, o comprador possui a obrigação de efetuar a transferência do veículo adquirido, junto ao DETRAN, para fins de transferência de todas as responsabilidades inerentes à propriedade. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612823/artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612644/par%C3%A1grafo-1-artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97 Assim não agindo, deve recair sobre o Réu o dever de indenizar pelos prejuízos causados, especialmente quando oriundos da própria desídia do Réu. No caso, o Autor teve multas e o imposto de propriedade veicular direcionado ao nome de seu enteado, ou seja, tem-se um dano causado por um ato ilícito, razão pela qual imputável a responsabilidade ao Réu por disposição clara do Código Civil: “Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Cabe destacar que a obrigatoriedade na comunicação da alienação ao DETRAN, tem como única função a publicidade formal do novo proprietário ao Órgão Autuador, mas não exime o Réu, novo proprietário, das suas obrigações civis assumidas no contrato de compra e venda. Com esse entendimento do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia já firmou seu posicionamento: DENUNCIAÇÃO DA LIDE. OBRIGAÇÃO DE FAZER. TRANSFERÊNCIA DE VEÍCULO. PROCURAÇÃO. OMISSÃO. DÉBITO. INSCRIÇÃO DÍVIDA ATIVA. PROTESTO. DANO MORAL. VALOR. O mandatário atua para representar os interesses do outorgante, nos limites dos poderes que lhe foram conferidos, não havendo se falar em denunciação da lide, pois deve responder nos polos da ação os titulares da relação jurídica discutida nos autos. É do adquirente do veículo a responsabilidade por transferir a titularidade do bem no DETRAN e demais órgãos responsáveis, devendo responder pelos danos suportados pelo antigo proprietário, se houver negligência no cumprimento da obrigação. A inscrição em dívida ativa e o protesto do nome do antigo proprietário do veículo por ausência de pagamento de impostos gera dano moral, cujo valor deve ser fixado com razoabilidade e em quantia suficiente para atingir sua função pedagógica e punitiva. Apelação, Processo nº 0005985-75.2011.822.0001, Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, 1ª Câmara Cível, Relator (a) do Acórdão: Des. Raduan Miguel Filho, Data de julgamento: 25/06/2020. APELAÇÃO CÍVEL. CONSUMIDOR. TRANSFERÊNCIA DE VEÍCULO. DANO MORAL. INDENIZAÇÃO. VALOR. MINORAÇÃO. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028078/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 A concessionária que recebeu o ônus de ser responsável pela transferência do veículo e não o faz num prazo de 30 dias, descumprindo o acordado,gera danos morais a serem pagos ao adquirente. O arbitramento da indenização deve ser feito caso a caso, com bom senso, moderação e razoabilidade, atentando-se à proporcionalidade com relação ao grau de culpa, extensão e repercussão dos danos, à capacidade econômica, características individuais e o conceito social das partes, devendo ser reduzido quando não observadas tais diretrizes. APELAÇÃO CÍVEL, Processo nº 7002746-81.2015.822.0007, Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, 2ª Câmara Cível, Relator (a) do Acórdão: Des. Marcos Alaor Diniz Grangeia, Data de julgamento: 10/07/2019. APELAÇÃO CÍVEL. COMPRA E VENDA DE VEÍCULO. TRANSFERÊNCIA. IMPUTAÇÃO DE MULTAS E COBRANÇAS AO ANTIGO PROPRIETÁRIO. DANO MORAL CARACTERIZADO. VALOR DA INDENIZAÇÃO. SUFICIENTE PARA O EQUILÍBRIO DA REPARAÇÃO. RECURSO NÃO PROVIDO. O descumprimento de providência relativa à transferência de veículo no órgão de trânsito, pelo comprador, após negociação na qual o proprietário outorga poderes para tanto, aliado à imputação de multas de trânsito e cobrança de taxas, caracteriza o dano moral. Mantém-se o valor da condenação se suficiente para o equilíbrio da reparação, pune o ofensor e minimiza a ofensa à honra da parte autora, recompondo os danos causados. Apelação, Processo nº 0023276-54.2012.822.0001, Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, 1ª Câmara Cível, Relator (a) do Acórdão: Des. Sansão Saldanha, Data de julgamento: 28/08/2019. Nesse mesmo sentido é a compreensão nos Tribunais: 96726747 - BEM MÓVEL COMPRA E VENDA DE VEÍCULO. OBRIGAÇÃO DE FAZER C.C. INDENIZAÇÃO TRANSFERÊNCIA DA DOCUMENTAÇÃO JUNTO AO DETRAN E ASSUNÇÃO DOS ENCARGOS INCIDENTES SOBRE O VEÍCULO APÓS A COMPRA ART. 123, § 1º E ART. 134 DO CTB SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA APELAÇÃO RECURSO PROVIDO. I- E obrigação do vendedor e do comprador, nos termos dos arts. 123, § 1º e 134, do CTB, assim como da Lei Estadual nº 6.606/89, a comunicação aos órgãos de trânsito e à Fazenda Pública da transação comercial envolvendo veículos automotores para que as pendências a partir de então que sobre eles recaiam não sejam imputadas ao vendedor; II- Deve o adquirente transferir o registro do veículo para seu nome, sob pena de multa diária, assim como ressarcir o autor nos valores que desembolsou para a quitação dos tributos; III Concorrendo o réu para que o autor figure no CADIN e como réu em executivo fiscal por dívida incidente sobre o veículo vendido após a transação comercial, caracterizado está o dano imaterial; IV- Atento à culpa recíproca e aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, a compensação pelo dano moral é arbitrada em R$ 10.000,00. (TJSP; APL 0010116- 69.2011.8.26.0361; Ac. 8247351; Mogi das Cruzes; Décima Sétima Câmara Extraordinária de Direito Privado; Rel. Des. Paulo Ayrosa; Julg. 03/03/2015; DJESP 11/03/2015); https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612823/artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612644/par%C3%A1grafo-1-artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10611319/artigo-134-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612823/artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612644/par%C3%A1grafo-1-artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10611319/artigo-134-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97 Assim, o novo proprietário, além de dever ser obrigado a efetuar a transferência, tem responsabilidade direta pelos danos causados ao Autor por decorrência legal, a ser arbitrado por esse juízo se assim entender - art. 186 do Código Civil. 3. DA REALIZAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA Quanto ao instituto das obrigações de fazer no Código de Processo Civil esclarece que: Art. 815. Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o executado será citado para satisfazê-la no prazo que o juiz lhe designar, se outro não estiver determinado no título executivo. Art. 816. Se o executado não satisfazer a obrigação no prazo designado, é lícito ao exequente, nos próprios autos do processo, requerer a satisfação da obrigação à custa do executado ou perdas e danos, hipótese em que se converterá em indenização. Art. 821. Na obrigação de fazer, quando se convencionar que o executado a satisfaça pessoalmente, o exequente poderá requerer ao juiz que lhe assine prazo para cumpri-la. Parágrafo único. Havendo recusa ou mora do executado, sua obrigação pessoal será convertida em perdas e danos, caso em que se observará o procedimento de execução convertida em perdas e danos, caso em que se observara o procedimento de execução por quantia certa. No caso em tela, o valor dos impostos é de R$ 8.500,00 referente aos exercícios de especificar os anos tendo em vista que já acarreta consequências mais graves ao familiar do Requerente, inscrito em dívida ativa, ou ações na esfera cível, em face da atipicidade na condução do veículo por parte de terceiro. Conforme extrato emitido em XX de mês de XXXX. Também não há que se admitir, que se pague por aquilo que não deve, e se caso fizer, a única forma de recuperar o valor é por meio de ação de repetição de indébito, mais uma ação para abarrotar o judiciário, porém, adotar esta atitude seria futuro incerto, pois, as consequências já estão notoriamente gritantes, ferindo o princípio da economia processual. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10718759/artigo-186-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028078/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15 Conclui-se que o Requerente confiou no Requerido, por força do COSTUME DE MERCADO, acreditando que o DUT, assinado e reconhecido em cartório, somado ao recibo/contrato de compra e venda bastasse para que o negócio se concluísse conforme fora acertado. A preocupação do Requerente se dá pelo fato de ser responsabilizado solidariamente pelas penalidades impostas pelo artigo 134 do Código de Trânsito Brasileiro, se assim deixar o veículo nas mãos do Requerido, in verbis: Artigo 134. No caso de transferência de propriedade, expirado o prazo previsto no § 1º do art. 123 deste Código sem que o novo proprietário tenha tomado as providências necessárias à efetivação da expedição do novo Certificado de Registro de Veículo, o antigo proprietário deverá encaminhar ao órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no prazo de 60 (sessenta) dias, cópia autenticada do comprovante de transferência de propriedade, devidamente assinado e datado, sob pena de ter que se responsabilizar solidariamente pelas penalidades impostas e suas reincidências até a data da comunicação. Parágrafo único. O comprovante de transferência de propriedade de que trata o caput deste artigo poderá ser substituído por documento eletrônico com assinatura eletrônica válida, na forma regulamentada pelo Contran. Ademais, o código de Trânsito Brasileiro, em seu artigo 233, impõe o dever de transferência do veículo ao adquirente no prazo de 30 (trinta dias), vejamos o teor da norma: O artigo 123, inciso I, do Código de Trânsito Brasileiro estabelece que “Será obrigatória a expedição de novo Certificado de Registro de Veículo quando for transferida a propriedade”, sendo previsto, em seu § 1º, o prazo de trinta dias para que o novo proprietário adote as providências necessárias à efetivação desta obrigação legal. Requer que Vossa Excelência oficie o DETRAN/PA e a SEFAZ/PA para procederem à transferência do Veículo, Multas e protestos para o nome do Requerido a contar da data de assinatura do contrato/recibo de compra e venda para assim proceder. Neste sentidotemos: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10611319/artigo-134-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10598694/artigo-233-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612823/artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612794/inciso-i-do-artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97 AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. INDENIZAÇÃO. VEÍCULO. DEVER DE TRANSFERÊNCIA. TITULARIDADE NO DETRAN. DANO MORAL. I. Constitui obrigação do comprador a transferência da titularidade do veículo no Departamento de Trânsito, Art. 123, inc. I e § 1º, do CTB. momento em que assume a responsabilidade pelos encargos sobre ele incidentes. II. A cobrança de débitos fiscais relativos a período em que o autor não mais era proprietário do veículo gera dano moral. III. A valoração da compensação moral deve observar o princípio da razoabilidade, a gravidade e a repercussão dos fatos, a intensidade e os efeitos da lesão. A sanção, por sua vez, deve observar a finalidade didático-pedagógica, evitar valor excessivo ou ínfimo, e objetivar sempre o desestímulo à conduta lesiva. Minorado o valor fixado pela r. Sentença. lV. Apelação provida. (TJDF; APC 2013.03.1.035305-2; Ac. 945.737; Sexta Turma Cível; Relª Desª Vera Lúcia Andrighi; Julg. 01/06/2016; DJDFTE 15/06/2016). APELAÇÃO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. IPVA. Autor que busca a transferência dos débitos de IPVA e multa referentes aos veículos descritos na inicial para os reais proprietários, com a consequente suspensão dos equivalentes protestos em seu nome. Sentença de parcial procedência decretada em primeiro grau. Decisório que merece subsistir. Documentos que comprovaram, de forma inconteste, a venda de alguns veículos descritos na inicial antes da ocorrência do fato gerador dos débitos de IPVA. Tributo de natureza real e incide sobre a propriedade do veículo automotor, nos termos do art. 155, inciso III, da Constituição Federal. Ademais, houve a informação de intenção de gravame no Cadastro do Detran, não havendo que se falar, portanto, na aplicação da responsabilidade solidária prevista no art. 134. Precedentes. Sentença mantida. Recurso desprovido. (TJSP; APL 1000553- 59.2015.8.26.0566; Ac. 9497996; São Carlos; Primeira Câmara de Direito Público; Rel. Des. Rubens Rihl; Julg. 07/06/2016; DJESP 14/06/2016). APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. TRANSFERÊNCIA DE VEÍCULO. OBRIGAÇÃO DE FAZER. A responsabilidade do vendedor em comunicar a transferência da propriedade do veículo não assegura que o comprador permaneça inerte. O vendedor tem que fazer a comunicação para os efeitos de isentar-se da solidariedade em multas e tributos; e ao comprador cabe providenciar a transferência para o seu nome. - Circunstância dos autos em que comprovada a compra e venda se impõe reconhecer a obrigação do comprador em regularizar a transferência do veículo. RECURSO PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70075460279, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Moreno Pomar, Julgado em 24/10/2017). RESPONSABILIDADE CIVIL. VENDA DE VEÍCULO. TRANSFERÊNCIA NÃO REALIZADA. IPVA. DANO MORAL. O comprador possui a obrigação de efetuar a transferência do veículo adquirido junto DETRAN ( CTB , art. 123 , § 1º). No caso, o autor teve o imposto de propriedade veicular direcionado ao seu nome. A culpa concorrente do vendedor, que poderia ter informado o DETRAN, não exclui o direito de ser compensado. A violação do direito da personalidade motiva a reparação do dano moral. O dano moral deve ser estabelecido com razoabilidade, de modo a servir de lenitivo ao sofrimento da https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612823/artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612794/inciso-i-do-artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10668550/artigo-155-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10668429/inciso-iii-do-artigo-155-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612823/artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612644/par%C3%A1grafo-1-artigo-123-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997 vítima. Devem ser consideradas as circunstâncias expostas nos autos para ser arbitrada a indenização. Apelo provido. (Apelação Cível Nº 70074102286, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marcelo Cezar Muller, Julgado em 27/07/2017). AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER – Pretendida transferência administrativa de veículo automotor – Há prova nos autos de que necessário admitir transferência do veículo junto ao DETRAN-SP, pois declaradamente alienado o bem, sem porém, cumprir a exigência do art. 134, do CTB – Conquanto a empresa autora seja solidariamente responsável pelas dívidas decorrentes deste veículo antes da propositura desta ação em que determinado o seu bloqueio e transferência, sob sua responsabilidade civil e criminal, deve-se considerar atendido de forma transversa a exigência legal, até para evitar a vinculação eterna do bem ao seu ex-proprietário, expondo-o a toda sorte de abuso por aquele que adquiriu o bem e não efetuou a regular transferência – Precedentes do STJ e desta C. 9ª Câmara de Direito Público do TJSP – Procedência parcial da ação mantida – Recursos oficial e voluntários da empresa autora e da Fazenda do Estado não providos. (TJ-SP - APL: XXXXX20158260506 SP XXXXX- 02.2015.8.26.0506, Relator: Rebouças de Carvalho, Data de Julgamento: 11/11/2016, 9ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 11/11/2016). 4. DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA Segundo o Código de Processo Civil em seu art. 300 “A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”, assim, vejamos. Bem explica o art. 497 do Código de Processo Civil/15, que o juiz concederá a tutela específica da obrigação nas ações que tenham por objeto o cumprimento de obrigação de fazer, verbis: Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente. Parágrafo único. Para concessão da tutela específica destinada a inibir a prática, a reiteração ou a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é irrelevante a demonstração da ocorrência de dano ou da existência de culpa ou dolo. Poderá ainda a obrigação se converter em perdas e danos e sem prejuízo da multa, pela prerrogativa ditada pelo art. 499 do Código de Processo Civil. De conformidade com o art. 497 do CPC, poderá o juiz conceder a TUTELA LIMINARMENTE, direito plenamente atribuível ao caso em tela, ante a robustez das https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10611319/artigo-134-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91797/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894057/artigo-300-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28891916/artigo-497-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28891908/artigo-499-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28891916/artigo-497-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15 alegações do Autor e da veracidade dos fatos, presentes ainda a verossimilhança das alegações e o periculum in mora. Poderá ainda o Magistrado determinar várias medidas para obter o resultado prático objetivado, ou seja, é medida destinada a conceder meios para o juiz efetivar a antecipação da tutela prevista no art. 499 do CPC, tais como busca e apreensão do veículo, de vez que o terceiro possa estar conduzindo de forma atípica, com imensa possibilidade de causar dano irreparável ao Autor, quiçá compelindo a responder por indenização advindas de acidentes automobilísticos, multas e demais ônus relacionados ao veículo. Levando-se em conta que o Réu possa ter vendido a terceiro desconhecido, não transferindo para o seu nome, REQUER a aplicação e determinação de multa diária, no caso de uma execução, o juízo já estará garantindo pelos bens, assim, também se faz necessária e imperativa a busca e apreensão do veículo para que cesse as reiteradas infrações cometidas. No presente caso, a obrigação de fazer é de natureza infungível, uma vez que somente o Requerido poderá transferir o veículo para o seu nome, aqui obrigatoriamente deve-se levar em conta as qualidades específicas do obrigado. Necessário seja concedida, a ANTECIPAÇÃO DA TUTELA, para que o RÉU no prazo fixado por Vossa Excelência, efetive a TRANSFERÊNCIA DO VEÍCULO, AS MULTAS E OS SEUS PONTOS E ENCARGOS CONSEQUENTES, PARA A SUA CNH ou a quem ele indicar. Além de adimplir os encargos perante o DETRAN/PA em nome do enteado do Autor, ou que os transfira para seu nome com data retroativa a data de venda, sob pena de sofrer multa diária, com a consequente expedição do componente mandado de busca e apreensão do veículo. Consoante demonstrado, o Réu não cumpriu com suas obrigações, tendo recebido o veículo adquirido, sendo certo que o revendeu prontamente, certamente com boa margem de lucro. Como consequência do inadimplemento, necessária se faz a aplicação do art. 389 do Código Civil, que assim dispõem: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28891908/artigo-499-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10706270/artigo-389-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028078/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. Como visto, está evidente a probabilidade do direito do Requerente, que possui cristalino direito à concessão da tutela antecipatória inaudita altera parte, em face da robustez de suas alegações, baseado em imensa legislação específica, além da proteção Constitucional, sem ter de sujeitar-se aos abusos e constrangimentos, perpetrado pela parte adversa, pois, não honra com o pagamento do tributo deste advindo, vindo seu familiar ser citado pela justiça a inserir dados do processo em curso em nome do Sr. André Felipe, a fim de especificar ato. e colocando o nome do enteado do Requerente no rol de maus pagadores, obstando-o de adquirir financiamentos, parcelamentos etc. E quanto ao perigo de dano ou ao resultado útil do processo, sem dúvida há risco de sérios danos a serem causados ao Autor se não concedida a presente medida. Não resta meio suasório para que se proceda ao acertamento da relação jurídica entre as partes, SENDO A VIA JUDICIAL ÚNICA FORMA DE PROCEDER A TRANSFERÊNCIA NECESSÁRIA COM A FINALIDADE DE AJUSTAR O PACTO À LEGALIDADE. Enquanto isso, o Autor e seu enteado ficam à mercê de sofrer com a perda de sua CNH, SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR, eventual ação de reparação de dano decorrida de acidente de veículo, execução de dívida ativa por parte do Estado, sem falar na esfera criminal, pois ante a provável maneira atípica que o Réu ou terceiro vem pilotando, colocando, inclusive, em risco os transeuntes por onde passa, podendo até acabar em atropelamento. Sem dúvida, são fatos iminentes de acontecerem. Não pode a Autor ser coagido ao pagamento daquilo que sabidamente não deve, e penalizado por aquilo que não cometeu, sob pena de, sendo confirmado o direito em efetivar-se a transferência do veículo somente na sentença final, ter de perseguir em demorada ação de repetição de indébito o valor injustamente pago, com incerteza de recebimento do valor respectivo. Mas, com a concessão da presente medida, todos estes transtornos e riscos podem ser evitados, visto que o Autor e seu enteado poderão adquirir empréstimos bancários, não sofrer execuções fiscais, ações civis, etc. E, como autoriza o art. 300 do CPC, ao Juiz é possível conceder um ou mais efeitos da prestação jurisdicional perseguida no limiar da ação ou no curso da mesma, de modo evitar-se a ocorrência de dano irreparável ou de difícil reparação, vendo na espécie logo presentes não só o aperfeiçoamento desse requisito, como os demais previstos na norma em alinho. Há, por isso, que dar vida aos preceitos constitucionais de respeito à tranquilidade, honra e dignidade do Autor, até porque toda a lesão ou ameaça de lesão a direito não pode ser excluída da apreciação do Poder Judiciário (inc. XXXV, art. 5º), sem embargo de que: É importante ressaltar que exigências constitucionais não podem ficar submetidas à previsão (ou não) das vias processuais adrede concedida para a defesa dos direitos em causa. Não se interpreta a Constituição processualmente. Pelo contrário, interpretam-se as contingências processuais à luz das exigências da Constituição”. (CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELO, in Controle Judicial do Atos Administrativos, RPD 65/27). Neste caso em tela, o Autor sente-se inteiramente prejudicado pela lesão ou ameaça de lesão a direito e, por isso, vai se utilizar do instrumento judiciário para que se possa alcançar a uma solução na lide em epígrafe. 4.1. Da reversibilidade da medida Incontestável, ainda, a absoluta reversibilidade da medida que se pede. Acaso no decorrer da lide se mostrem relevantes motivos jurídicos em contraposição aos agora apresentados, a questão poderá ser revista ou modificada segundo entendimento do juiz, que nesse caso deverá balizar-se com a exata noção desse requisito. A reversibilidade diz com os fatos decorrentes do cumprimento da decisão, e não com a decisão em si mesma. Esta, a decisão, é sempre reversível, ainda que sejam irreversíveis as consequências fáticas decorrentes de seu cumprimento. À https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894057/artigo-300-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128510890/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 reversibilidade jurídica (revogabilidade da decisão) deve sempre corresponder o retorno fático ao status quo ante. No caso em tela, os fatos resultantes da concessão da presente medida são facilmente reversíveis, na hipótese (improvável) de improcedência do feito, pois, o Requerido nada perderá nem pagará e o veículo oportunamente apreendido ficará à disposição do juízo. 5. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS Considerando a Justiça e sensatez que caracterizam as respeitáveis decisões deste Juízo, diante de todo o exposto, e mais o que seu notório conhecimento certamente suprirá, respeitosamenterequer: a) A gratuidade judiciária prevista na Lei nº 1060/50, conforme já exposto; b) Seja expedido o competente mandado, determinando que o Requerido efetive a transferência do veículo, transferência das multas e seus respectivos ponto para a CNH do RÉU ou a quem ele indicar, e transferência da dívida deste, advinda para o seu nome, no prazo estipulado por esse juízo, observando as penas diárias que também deverão ser arbitradas; c) Após efetivada a medida liminarmente de acordo com o art. 294 e 311, I e IV do CPC, a expedição de ofícios ao DETRAN do Estado do Pará, bem como a SEFAZ-PA, para que se abstenham de informar qualquer débito em nome do Requerente ou de seu enteado, Sr. ANDRÉ FELIPE AZEVEDO SILVA, referente ao veículo acima descrito; c) E caso o Requerido não efetuar a transferência no prazo fixado que Vossa Excelência determine a transferência de Ofício; d) A citação do Requerido para tomar conhecimento da presente para, querendo, no prazo legal contestá-la, sob as penas dos arts. 246, I; 247e 248 do CPC; https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109499/lei-de-assist%C3%AAncia-judici%C3%A1ria-lei-1060-50 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894086/artigo-294-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893917/artigo-311-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893911/inciso-i-do-artigo-311-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28893903/inciso-iv-do-artigo-311-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894531/artigo-246-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894526/inciso-i-do-artigo-246-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28894487/artigo-248-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15 e) A procedência total da presente, com julgamento antecipado da lide, ou ao final confirmado a liminar concedida, com a condenação do RÉU o pagamento das custas processuais, dos honorários sucumbenciais em 20% e demais cominações legais. f) Na hipótese de descumprimento da obrigação de fazer, seja fixada multa diária no valor de 1% (um por cento) do valor da causa. g) Requer-se provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitido, incluindo, produção de provas documental, testemunhal, depoimento pessoal, sob pena de confissão caso o réu não compareça, ou, comparecendo, se negue a depor (art. 385, § 1º, do Código de Processo Civil). h) Nos termos do art. art. 319, VII do Código de Processo Civil, o Requerente desde já manifesta, pela natureza do litígio, interesse em Autocomposição. i) R$ 10.000,00 (dez mil reais) a títulos de danos morais. 6. DO VALOR DA CAUSA Atribuir-se-á causa o valor de R$ 18.500,00 (dezoito mil e quinhentos reais); Precedidos de cordiais saudações, Nestes termos, Roga-se por deferimento. Paragominas, XX de mês de XXXX. NAYARA GONZAGA OAB/XX N.º XX.XXX https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28892909/artigo-385-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28892907/par%C3%A1grafo-1-artigo-385-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28892907/par%C3%A1grafo-1-artigo-385-da-lei-n-13105-de-16-de-marco-de-2015 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174788361/lei-13105-15