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MARIA LAURA R BARROS – MED 108 DIAGNOSTICO POR IMAGEM 1 Lesões hipotransparentes ocupação dos espaços pulmonares, principalmente alvéolos e parênquima pulmonar, por outro material diferente de ar Lesões hipotransparentes / opacidade pulmonar – processos que ocasionam diminuição anormal na transparência de todo ou de parte do pulmão • Atelectasia; • Consolidação; • Doença intersticial; • Nódulos e massas; • Derrame pleural. ANATOMIA FUNCIONAL DO PULMÃO • final de cada bronquíolo terminal termos os alvéolos • o conjunto de alvéolos formam os ácinos • o conjunto de ácinos formam o lóbulo pulmonar secundário • Alvéolos: estruturas localizadas no final dos bronquíolos, responsáveis pela troca gasosa. São “sacos de ar”. • Interstício: tecido de suporte do parênquima pulmonar, composto por tecido conjuntivo, artérias, veias, linfáticos. MARIA LAURA R BARROS – MED 108 DIAGNOSTICO POR IMAGEM 2 ATELECTASIA Corresponde ao colapso de uma parte do pulmão devido a diminuição da quantidade de ar nos alvéolos, resultando em perda de volume e aumento da densidade. Pode ser total, lobar, segmentar ou subsegmentar. SINAIS RADIOLÓGICOS • Aumento da densidade na região atelectasia. • Deslocamento das fissuras em direção a área da atelectasia. • Elevação do hemidiafragma ipsilateral. • +/- Hiperinsuflação compensatória do pulmão não afetado • +/- Deslocamento de estruturas mediastinais. ATELECTASIA DO LÓBULO SUPERIOR DIREITO deslocamento cefálico e medial da pequena fissura e elevação do diafragma ipsilateral MARIA LAURA R BARROS – MED 108 DIAGNOSTICO POR IMAGEM 3 ATELECTASIA DO LÓBULO INFERIOR DIREITO deslocamento da grande fissura É colabamento do pulmão, os alvéolos estão colabados e não há entrada de ar SINAL DO “S” DE GOLDEN • atelectasia do lóbulo superior direito • massa expandindo o hilo pulmonar • o contorno da massa faz um S ao contrário • fissura abaulada Quando se há uma grande atelectasia, todas as estruturas mediastinais e a traqueia puxam para o lado acometido MARIA LAURA R BARROS – MED 108 DIAGNOSTICO POR IMAGEM 4 DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 1. PNEUMECTOMIA • pessoa que tirou o pulmão • pulmão funcionante hiperinsuflado • estruturas mediastinais e traqueia desviada para o lado sem pulmão 2. HIPOPLASIA PULMONAR • pessoa nasce com pulmão, mas muito pequeno e sem função • pulmão funcionante hiperinsuflado • estruturas mediastinais e traqueia desviada para o lado sem pulmão 3. AGENESIA • pessoa que nasceu sem pulmão • pulmão funcionante hiperinsuflado • estruturas mediastinais e traqueia desviada para o lado sem pulmão MARIA LAURA R BARROS – MED 108 DIAGNOSTICO POR IMAGEM 5 CONSOLIDAÇÃO É o resultado da substituição de ar nos alvéolos por algum conteúdo líquido (transudados, pus, sangue, células ou outras substâncias) infeccioso ou não. A doença geralmente começa dentro dos alvéolos e se espalha de um alvéolo para o outro. ACHADOS RADIOLÓGICOS Opacidade homogênea mal definida que obscurece os vasos pulmonares Sinal da silhueta – perda de interface de pulmão / tecido mole – o pulmão está tão branco que perdemos a silhueta do coração NÃO DA PARA VER A BORDA CARDIACA MARIA LAURA R BARROS – MED 108 DIAGNOSTICO POR IMAGEM 6 Broncograma aéreo – Brônquio ainda cheio de ar e com uma visão melhor dele Não há perda de volume e não há desvio de estruturas PNEUMONIA LOBAR é causada pela disseminação interalveolar de exsudatos por meio dos poros de Kohn e canais de Lambert. BRONQUIO APARECE POIS AINDA TEM AR DENTRO DELE LINHAS PRETAS MARIA LAURA R BARROS – MED 108 DIAGNOSTICO POR IMAGEM 7 BRONCOPNEUMONIA se dissemina pelas vias aéreas (árvore brônquica) e o aspecto é mais difuso e multifocal que na pneumonia lobar. – Difusa BRONCOPNEUMONIA PNEUMONIA LOBAR MARIA LAURA R BARROS – MED 108 DIAGNOSTICO POR IMAGEM 8 DOENÇA INTERSTICIAL Em um Raio-X de tórax, pode ser muito difícil determinar se há doença pulmonar intersticial e com qual tipo de padrão estamos lidando. Ocorre devido espessamento dos septos interlobulares – linhas muito evidentes O padrão mais comum é reticular. “parece uma rede” DIAGNOSTICO PARA SITUAÇÕES DE DOENÇA INTERSTICIAL • Edema – insuficiência cardíaca descompensada • pneumonia intersticial – mycoplasma • linfangite carcinomatosa • fibrose pulmonar • medicamentoso INSUFICIÊNCIA CARDICA CONGESTIVA O edema pulmonar é definido como um acúmulo anormal de líquido nos compartimentos extravasculares do pulmão. Sinais vistos no raio x • Aumento da silhueta cardíaca • Edema intersticial pulmonar - linhas septais e espessamento dos septos interlobares • Edema alveolar pulmonar: consolidações • Derrame pleural Linhas B de Kerley – linhas na periferia MARIA LAURA R BARROS – MED 108 DIAGNOSTICO POR IMAGEM 9 MARIA LAURA R BARROS – MED 108 DIAGNOSTICO POR IMAGEM 10 NÓDULOS OU MASSAS O nódulo pulmonar é definido como uma opacidade pulmonar intraparenquimatosa, bem circunscrita, com menos de 3 cm de diâmetro, não associada à atelectasia ou adenopatia. Opacidades nodulares maiores que 3 cm são consideradas massas pulmonares Sempre correlacionar com história clínica Devem ser mais bem avaliados por TC: • Calcificação - chance alta e ser benigno. • Tamanho – quanto maior, maior a malignidade • Crescimento – crescimento rápido indica malignidade • Forma - regular ou irregular • Margem • Realce pelo contraste Novo exame em 6 meses. Avaliação do nódulo deve ser pela TC. Nódulos até 3cm Massas acima de 3cm. MARIA LAURA R BARROS – MED 108 DIAGNOSTICO POR IMAGEM 11 POSSIBILIDADES DE NÓDULOS ÚNICOS - Granulomas – residual – lesão cicatricial calcificada POSSIBILIDADES DE MÚLTIPLOS NÓDULOS - Infecção, neoplasia, embolia séptica. DERRAME PLEURAL Caracteriza-se pelo acúmulo anormal de líquido entre as pleuras parietal e visceral. É necessário cerca de 200-300 ml de fluido para se tornar visível em um RX SINAIS RADIOLÓGICOS Obliteração do seio costofrênico e do seio cardiofrênico; Sinal do menisco ou Parábola de Damoiseau; Espessamento das fissuras horizontal e/ou oblíquas; Derrames de grande volume ocasionam desvio do mediastino para o lado contralateral MARIA LAURA R BARROS – MED 108 DIAGNOSTICO POR IMAGEM 12 DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA TUMOR DE PAREDE TORÁCICA TUMOR PLEURAL MARIA LAURA R BARROS – MED 108 DIAGNOSTICO POR IMAGEM 13