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ILMO. SENHOR PRESIDENTE, DO DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES, Vanessa Otávia Leandro Fontes Dantas, ensino superior completo, brasileira, casada, autônoma, residente na rua Gilberto Teles de Menezes, nº29, conjunto JK, bairro Jabotiana, portadora do RG: 1.452.023 SSP/SE, CPF: 819.120.055-49, telefone/WhatsApp (079) 99808-8708, e-mail: vanessaleandrofontes@gmail.com, vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Senhoria apresentar: RECURSO ADMINISTRATIVO: Contra o AUTO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO: S036065894 nos termos do Artigo 286 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB pelos fatos e fundamentos que a seguir passa a expor: DOS FATOS: >> O Recorrente recebeu um auto de infração de trânsito pelo qual ele estaria trafegando a uma velocidade de 77 Km/h, considerada incompatível com a velocidade máxima permitida no local. >> A infração foi fundamentada com base no artigo 218, I “b” da Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997 denominada Código de Trânsito Brasileiro – CTB, ou seja, exceder a velocidade permitida para o local em mais de 20% (vinte por cento), recebendo, por isso, a penalidade de multa. >> Entretanto, a autoridade de trânsito, no seu dever de fiscalizar, acabou não cumprindo as formalidades necessárias e indispensáveis para revestir de legalidade o seu poder de polícia, viciando assim, o seu ato administrativo de nulidade absoluta conforme descrição a seguir. >> Isto porque, os motoristas não podem ficar à mercê de serem acusados de cometer infrações, sem que seja seguido e praticado o procedimento instituído para este fim, sob pena de que se cometam diariamente, injustiças legais. DA IRREGULARIDADE DO AUTO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO: >> O ato administrativo necessita de requisitos para a sua formação, quais sejam, competência, finalidade, forma, motivo e objeto. >> Seguindo estes princípios o CONTRAN / SENATRAN editou a resolução nº 01/98, na qual estabelece a obrigatoriedade de adoção do padrão de blocos de informações com referência mínima na definição e confecção dos autos de infração de trânsito. >> Conforme o auto de infração em anexo verifica-se que tais informações não seguem o estabelecido pelo CONTRAN / SENATRAN. >> Inicialmente, o bloco 2 deveria determinar a identificação do veículo infrator de trânsito, especificamente em três campos, informando a UF, a placa e o município; no entanto verifica-se no bloco 2, seis campos com informações desnecessárias e portanto em desconformidade com o legal. >> O bloco 4 deveria conter a identificação do infrator de trânsito, o que visivelmente não se verifica, constando no mesmo outras informações. >> Também, o bloco 5 está em desacordo com a resolução 01/98, eis que consta no local destinado a identificação do local do cometimento da infração um código que não se relaciona com nenhum dado existente na notificação de infração de trânsito, bem como, novamente possui campos em demasia e com informações desencontradas. >> Por derradeiro o bloco 6, onde deveria constar a tipificação da infração constam apenas observações. >> No direito administrativo a regra dos atos da administração pública é que devem sempre observar procedimentos especiais e forma legal para que se expressem validamente. >> O revestimento exteriorizado do ato administrativo constitui requisito vinculado e imprescindível à sua perfeição, caso contrário o ato é nulo. >> A inexistência de forma induz a inexistência do ato administrativo. >> Portanto, como pode ser o administrado compelido a pagar uma multa se a própria administração que tem obrigação de revestir seus atos pelos princípios que orientam o ato administrativo não o faz. DOS PEDIDOS E DOS REQUERIMENTOS: ISTO POSTO, pede e requer: a) Seja acolhido o presente recurso, com base no Lei nº 9503/97, para depois de apreciado e julgado seja considerado totalmente procedente a fim de cancelar o Auto de Infração de Trânsito Nº S036065894 e as penalidades dele decorrentes; b) Caso não julgado o presente recurso no prazo legal, seja-lhe concedido o efeito suspensivo, forte no artigo 285, § 3º do Código de Trânsito Brasileiro – CTB. Temos em que, Pede e Espera Deferimento. Aracaju – SE, 30 de outubro de 2023.