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nha sido cometido, distrito esse que será previa-
mente estabelecido por lei, e a ser informado da 
natureza e causa da acusação; a ser confrontado 
com as testemunhas de acusação; a ter um pro-
cesso obrigatório para obtenção de testemunhas 
a seu favor e a ter a assistência de um advogado 
para sua defesa.
[...]
Emenda IX (Ratificada em 15 de Dezembro de 
1791)
A enumeração de certos direitos na Constitui-
ção não deverá ser interpretada como negação ou 
coibição de outros direitos inerentes ao povo.
Emenda X (Ratificada em 15 de Dezembro de 
1791)
Os poderes não delegados aos Estados Unidos 
pela Constituição, nem por ela negados aos Esta-
dos, são reservados aos Estados ou ao povo, res-
pectivamente.
EMBAIXADA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. 
A Declaração dos Direitos. Disponível em: https://photos.
state.gov/libraries/adana/30145/publications-other-lang/
PORTUGUESE-CONTINENTAL.pdf. Acesso em: 26 jun. 2020.
A Declaração de Direitos do Homem e 
do Cidadão – 1789
Os representantes do povo francês, reunidos 
em Assembleia Nacional, tendo em vista que a 
ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos di-
reitos do homem são as únicas causas dos males 
públicos e da corrupção dos Governos, resolve-
ram declarar solenemente os direitos naturais, 
inalienáveis e sagrados do homem, a fim de que 
esta declaração, sempre presente em todos os 
membros do corpo social, lhes lembre perma-
nentemente seus direitos e seus deveres [...].
Em razão disto, a Assembleia Nacional reco-
nhece e declara, na presença e sob a égide do 
Ser Supremo, os seguintes direitos do homem e 
do cidadão:
Art.1o  Os homens nascem e são livres e 
iguais em direitos. As distinções sociais só po-
dem fundamentar-se na utilidade comum.
Art. 2o  A finalidade de toda associação po-
lítica é a conservação dos direitos naturais e 
imprescritíveis do homem. Esses direitos são a 
liberdade, a propriedade a segurança e a resis-
tência à opressão.
[...]
Art. 4o A liberdade consiste em poder fazer 
tudo que não prejudique o próximo. Assim, o 
exercício dos direitos naturais de cada homem 
não tem por limites senão aqueles que assegu-
ram aos outros membros da sociedade o gozo 
dos mesmos direitos. Estes limites apenas po-
dem ser determinados pela lei.
[...]
Art. 6o A lei é a expressão da vontade geral. [...] 
Ela deve ser a mesma para todos, seja para prote-
ger, seja para punir. Todos os cidadãos são iguais 
a seus olhos e igualmente admissíveis a todas as 
dignidades, lugares e empregos públicos, segun-
do a sua capacidade e sem outra distinção que 
não seja a das suas virtudes e dos seus talentos.
[...]
Art. 9o Todo acusado é considerado inocen-
te até ser declarado culpado e, se julgar indis-
pensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário 
à guarda da sua pessoa deverá ser severamente 
reprimido pela lei.
Art. 10o  Ninguém pode ser molestado por 
suas opiniões, incluindo opiniões religiosas, 
desde que sua manifestação não perturbe a or-
dem pública estabelecida pela lei.
[...]
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Biblioteca Virtual de Direitos 
Humanos. Disponível em: www.direitoshumanos.usp.br/index.
php/Documentos-anteriores-%C3%A0-cria%C3%A7%C3%A3o-
da-Sociedade-das-Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/
declaracao-de-direitos-do-homem-e-do-cidadao-1789.html. 
Acesso em: 26 jun. 2020.
1. Comparem os documentos acima e discutam as semelhanças e as diferenças que vocês identificaram entre eles. 
2. Considerando a realidade de vocês, elaborem conjuntamente, com a ajuda de ferramentas que permitam editar 
documentos on-line, um texto em formato semelhante aos que acabaram de ler relacionando os direitos e deveres 
dos estudantes da escola em que vocês estudam. 
NÃO ESCREVA NO LIVRO
Veja as respostas e orientações no Manual do Professor.
Conversa
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V6_CIE_HUM_Claudio_g21Sa_Cap4_122a157.indd 125V6_CIE_HUM_Claudio_g21Sa_Cap4_122a157.indd 125 24/09/2020 11:0124/09/2020 11:01
Os desdobramentos das revoluções burguesas 
dos séculos XVII ao XVIII, destacadamente a da 
Inglaterra de 1689 e a da França de 1789, impul-
sionaram a adoção de leis de direitos por muitos 
países no século XIX. Eram as ideias e os aconte-
cimentos contra o Antigo Regime, uma sociedade 
baseada na posse de determinados privilégios 
e poderes, fomentando a luta por direitos funda-
mentais das liberdades individuais, como os di-
reitos civis e políticos. Esses direitos são também 
conhecidos como direitos de primeira geração, 
segundo denominação criada em 1979 pelo jurista 
tcheco-francês Karel Vasak (1929-2015). Vasak 
tomou como referência os lemas da Revolução 
Francesa liberté, égalité et fraternité (liberdade, 
igualdade e fraternidade), formando três gerações 
de direitos. Como veremos, a Declaração Universal 
de 1948 tornou esses direitos indivisíveis.
Os direitos da primeira geração firmaram os 
marcos jurídicos básicos que garantiriam aos go-
vernados as defesas contra o absolutismo, o que 
exigiria novas atuações para superar a ordem so-
cial fundada na perspectiva de sujeitos que pas-
sariam de súditos a cidadãos, com base na ideia 
de liberdade.
Os desdobramentos da Revolução Industrial e 
as lutas trabalhistas por melhores condições de 
vida resultaram no reconhecimento de direitos 
econômicos, sociais e culturais conhecidos como 
direitos de segunda geração. Predominante no 
contexto histórico dos séculos XIX e XX, a noção 
sobre esses direitos estava atrelada aos ideais 
de igualdade, visando superar o âmbito nacional 
para alcançar o mundial. Buscando condições 
dignas para todas as pessoas, tais direitos econô-
micos e sociais foram incluídos nas Constituições 
de vários países e nas convenções internacionais, 
como a Carta das Nações Unidas de 1945 e subse-
quentes, em que os países-membros da ONU, que 
na ocasião eram apenas cinquenta, assumiam o 
compromisso de respeitar as liberdades funda-
mentais e os direitos socioeconômicos.
Nas últimas décadas do século XX, ganha-
ram impulso os direitos coletivos de diferentes 
povos e comunidades. São direitos centrados na 
fraternidade e na igualdade universais, suprana-
cionais, tidos como direitos de terceira geração, 
como o direito de ter acesso a bens culturais, o 
direito de grupos sociais vulneráveis contarem 
com a proteção dos órgãos públicos, ou, no caso 
dos povos originários, o direito de desfrutar de 
um meio ambiente saudável. Os direitos de mi-
grantes, refugiados e povos originários, assim 
como o direito à democracia, à informação e ao 
pluralismo, são considerados por muitos como 
direitos de quarta geração, misturando-se com 
a geração anterior.
Como vimos, a construção dos Direitos Huma-
nos foi produto de uma longa história ocorrida 
predominantemente nos países da Europa e em 
outros países ocidentais. Após a formação da ONU 
e a publicação da Declaração Universal dos Direi-
tos Humanos, em 1948, a proposta era a de que 
Na organização das guardas nacionais em luta contra os 
invasores absolutistas contrários à Revolução, em 1790, 
Robespierre defendia em seus discursos, entre tantas outras, 
as palavras “liberdade, igualdade, fraternidade”. Como outros 
lemas revolucionários, esse também acabou caindo em 
desuso nos anos seguintes à Revolução Francesa. Contudo, 
ressurgiu nas jornadas revolucionárias no final dos anos 1840 
e foi inscrito na Constituição francesa como fundamento da 
República criada na Revolução de 1848.
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