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ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS | 249 Texto 2: a) Resposta pessoal. Comentário: O texto discute a proposta de lei estadunidense que prevê re- mover a isenção de crenças pessoais para obri- gar que as famílias vacinem seus filhos. O texto afirma que a vacina MMR é incapaz de fornecer imunidade para as crianças durante o primeiro ano de vida, sem apresentar embasamento cien- tífico. Os argumentos são pautados na opinião do médico Brian Hookder, que depôs na Câmara de Washington durante o processo de debate sobre o projeto de lei. Alguns dados estatísticos são apresentados, mas sem referência à fonte. b) Resposta pessoal. Comentário: O site apresen- ta a tradução de uma notícia retirada da página Children´s Health Defense, que faz parte de um movimento liderado por um advogado chamado Robert F. Kennedy Jr., o qual está envolvido em ações movidas por famílias que relatam efeitos adversos causados pelas vacinas. A página Cole- tividade Evolutiva foi fundada por Fábio Alves em 2017, mas não há informações na página sobre sua formação acadêmica ou experiência profissional. c) O site menciona outros sites internacionais, como Children´s Health Defense. Texto 3: a) Resposta pessoal. Comentário: O texto apresen- ta informações explicando o que são as vacinas e publicações científicas que encorajaram o mo- vimento antivacina, uma vez que correlaciona- vam a vacina ao desenvolvimento do autismo em crianças. Essas publicações foram analisadas por outros cientistas e foram identificadas falhas na metodologia usada. Sabe-se que um importante aspecto das pesquisas em saúde é que os estu- dos devem ser replicáveis nas mesmas condições e chegar a resultados similares, o que aumenta a confiabilidade da pesquisa e a possibilidade de generalização. O texto também explica que subs- tâncias químicas presentes na vacina podem ofe- recer risco à saúde dependendo da quantidade a que o organismo é exposto e que, por isso, o desenvolvimento das vacinas deve seguir padrões de qualidade que minimizem os riscos para a po- pulação. Além disso, o texto apresenta que uma das instituições de pesquisa em autismo declara que não há evidências científicas associadas ao desenvolvimento de autismo e vacinas. Pela leitu- ra do texto, percebe-se que há citações de vários estudos e seus desdobramentos relacionados a sua aceitação pela comunidade científica. Essa forma de construir o texto adiciona argumentos que auxiliam na defesa de um ponto de vista. O texto também faz referência aos autores do tex- to 2, “Coletividade Evolutiva”, como um site que divulga informações sobre estudos relacionados à vacinação e desenvolvimento de autismo. b) Resposta pessoal. Comentário: O texto em questão é republicado da plataforma do Institu- to Brasileiro de Toxicologia, dedicada a conferir informações relacionadas à saúde que são veicu- ladas pela mídia. O autor do texto é um médico, pesquisador, colunista brasileiro e que tem uma página de divulgação científica a respeito de questões de saúde. c) O texto apresenta vários artigos científicos e links que redirecionam às informações dos artigos. Texto 4: a) Resposta pessoal. Comentário: O texto conta a história do surgimento do movimento antivacina e do conflito de interesses em relação a esse as- sunto. O médico que publicou o estudo recebia pagamentos de advogados para contribuir em processos por compensação de danos causados pelas vacinas. Apresenta os argumentos dos gru- pos antivacinas para não vacinarem seus filhos e os impactos desse movimento na saúde pública, como o aumento de número de casos de algu- mas doenças que tinham sido erradicadas em algumas regiões. Além disso, o texto discute ou- tros argumentos contrários aos desses grupos já sustentados por evidências científicas. b) Resposta pessoal. Comentário: A página veicula um texto de uma jornalista e repórter. A página como um todo tem um compromisso em divul- gar informações relacionadas à saúde baseadas em evidências, entrevistas ou depoimentos de especialistas nos assuntos abordados. c) O artigo cita o livro “Recusas de Vacinas: Causas e Consequências” e trechos do depoimento da pre- sidente da Comissão de Revisão de Calendários e Consensos da Sociedade Brasileira de Imunizações. Texto 5: a) Resposta pessoal. Comentário: O texto apresenta os principais acontecimentos desde que o médico britânico Andrew Wakefield publicou um estudo relacionando o autismo à vacina tríplice viral (MMR) que protege contra sarampo, rubéola e caxumba em 1998. A reportagem também aponta outra si- tuação similar relacionada à outra vacina que pro- tege contra doenças bacterianas. Contrapondo esses estudos, foram publicadas novas pesquisas indicando evidências de que o autismo não tinha relação com a vacina e outro fato relacionado ao médico Andrew Wakefield revela um conflito de interesses, tendo em vista que ele fez um pedi- do de patente para uma vacina contra o sarampo que seria concorrente da MMR. O texto também indica consequências da decisão das famílias em não vacinar as crianças; essas consequências têm abrangências individuais e coletivas, pois aumenta o número de pessoas suscetíveis aos agentes infec- ciosos e perde-se o efeito da imunidade coletiva. Essa reportagem também dá algumas explicações baseadas em depoimentos de famílias que opta- ram por não vacinar os seus filhos que podem ser usadas para responder o item 1 da proposta de 203_288_V6_CIE_NAT_Mortimer_g21Sc_MP.indd 249203_288_V6_CIE_NAT_Mortimer_g21Sc_MP.indd 249 22/10/2020 11:3322/10/2020 11:33 250 reflexão dessa atividade. Os argumentos apresen- tados no texto são baseados nos acontecimentos relacionados ao histórico dessa polêmica em rela- ção às vacinas como causa do autismo, pesquisas e depoimentos de especialistas. b) Resposta pessoal. Comentário: o texto é uma re- portagem da BBC Brasil, empresa relevante no ce- nário jornalístico que conta com uma equipe que faz uma apuração dos fatos. Geralmente, tenta abordar mais de um ponto de vista, deixando transparentes informações sobre os jornalistas que fazem parte da equipe e indicando se os textos são de opinião, de análise ou de conteúdo patrocinado. c) O texto menciona o estudo de Andrew Wakefield de 1998, que foi retratado pela revista Lancet; o estudo do Instituto de Medicina dos EUA de 2004; a tese de doutorado da pediatra Carolina Luisa Alves Barbieri de 2014; o livro “Outra sintonia: a história do autismo” e dados da OMS. A tese de doutorado da pediatra pode ser acessada por meio do link disponível em: https://www.teses. usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-02122014- 164155/publico/CarolinaLuisaAlvesBarbieri.pdf (acesso em: 28 ago. 2020). A retratação publicada pela revista Lancet do artigo de Wakefield está disponível em: https://www.thelancet.com/jour nals/lancet/article/PIIS0140673697110960/fulltext (acesso em: 28 ago. 2020). Texto 6: a) Resposta pessoal. Comentário: o site é da Secreta- ria de Saúde do Rio Grande do Sul e dá orientações sobre como proceder caso seja identificado algum tipo de efeito adverso pós-vacinação. Esses efei- tos podem ou não ter relação com a vacina e ge- ralmente são efeitos de baixa gravidade, mas que devem ser investigados, para garantir a segurança da vacina e da campanha de vacinação. De acor- do com o Sistema de Relato de Efeitos Adversos da Vacina (VAERS), mantido pelo Centro de Con- trole e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, qualquer efeito adverso que ocorra após a vacinação deve ser monitorado e investigado para relacionar o efeito adverso à sua verdadeira causa. Se um efeito adverso é identificado e seguramen- te relacionado ao processo de vacinação, a vacina continua sendo recomendada apenas se for ava- liado que a prevenção da doença por meio dela ainda oferece mais benefícios do que riscos à po- pulação. Nesse caso, o efeito adverso é adicionado às informações da vacina (bula). Caso sejam detec- tados efeitos adversos gravese o risco de a vacina superar o seu benefício como forma de prevenção a uma doença, a vacina será contraindicada. b) Resposta pessoal. Comentário: A página con- tém informações divulgadas por um órgão oficial do governo que tem o compromisso de informar como proceder diante de uma situação relacio- nada ao efeito adverso de vacinas. c) O texto não menciona nenhum estudo, contém orientações sobre como proceder diante de deter- minada situação. Reflexão 1. Resposta pessoal. 2. A tabela mostra a relação entre possíveis expli- cações para o surto de doenças que já foram erradicadas e os textos lidos pelos grupos de estudantes. EXPLICAÇÃO TEXTOS Prefiro não vacinar meu filho, pois vacinas não funcionam. 2 Como vacinas podem causar autismo, prefiro não correr o risco vacinando meu filho. 1, 4, 5 As vacinas são perigosas. Minha avó se vacinou contra a gripe e ficou doente mesmo assim. As vacinas não são necessárias. Houve surto de febre amarela recentemente, não me vacinei e também não adoeci. A alimentação saudável e os cuidados que ofereço ao meu filho são suficientes para ele não pegar sarampo. Observe que nem toda explicação pode es- tar relacionada a informações de um texto. Algumas são pautadas em opiniões pessoais, com base em experiências de vida pontuais (3 e 4) ou modos de vida (5). 3. Resposta pessoal. Comentário: não há embasa- mento científico para corroborar com as explica- ções 1 e 2. Pelo contrário, quanto à explicação 1, as vacinas têm eficácia e um argumento que pode ser usado para confirmar isso é a erradi- cação de doenças ou redução do número de casos de doenças após o surgimento das vacinas. Quanto à explicação 3, no caso da gripe, uma forma de explicar o que aconteceu em relação a uma pessoa vacinada manifestar a doença é pelo fato de a pessoa já ter tido contato com o vírus antes de ter tomado a vacina. Inclusive, recomenda-se que quem estiver apresentando sintomas de gripe não tome a vacina. Quanto à explicação 4, pode-se argumentar que o fato de uma pessoa não ter ficado doente durante um surto indica que ela não teve contato com o organismo patogênico e não se relaciona com a eficácia da vacina. O argumento 5 se baseia na questão do cuidado com os filhos e em sua alimentação saudável. Tais aspectos são impor- tantes, especialmente quando pensamos na viabi- lidade do organismo em produzir células imunes. 203_288_V6_CIE_NAT_Mortimer_g21Sc_MP.indd 250203_288_V6_CIE_NAT_Mortimer_g21Sc_MP.indd 250 22/10/2020 11:3322/10/2020 11:33