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Pincel Atômico - 02/07/2024 11:00:34 1/4 BIANCA PERINA MASSARO Exercício Caminho do Conhecimento - Etapa 6 (18568) Atividade finalizada em 01/05/2024 16:41:11 (1976756 / 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: PRÁTICA PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR: HISTÓRIA DO BRASIL REPUBLICANO [1036750] - Avaliação com 8 questões, com o peso total de 3,33 pontos [capítulos - 3] Turma: Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em História - Grupo: FPD-JANEIRO/2024 - SGegu0A020224 [114140] Aluno(a): 91568168 - BIANCA PERINA MASSARO - Respondeu 5 questões corretas, obtendo um total de 2,08 pontos como nota [363434_2166 12] Questão 001 (MACK - 2007). [...] A pergunta “Quem é você?” recebia invariavelmente a resposta: “Sou gente do coronel Fulano”. Essa maneira de redarguir dava imediatamente a quem ouvia as coordenadas necessárias para conhecer o lugar socioeconômico do interlocutor, além de sua posição política. Maria I. P. de Queiroz - História Geral da Civilização Brasileira O fenômeno sociopolítico, a que se alude no fragmento acima e que alcançou seu maior vigor nas primeiras décadas do Brasil republicano, pode ser entendido como a expressão do poder político dos empresários industriais, que, embora formassem uma classe numericamente pequena, experimentavam desde o Império um significativo crescimento de sua importância econômica. o resultado da militarização das instituições políticas brasileiras em virtude de a liderança do movimento republicano ter sido exercida por militares, como Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. uma reação dos líderes políticos nos Estados à instituição do voto secreto pela Constituição de 1891, inovação que reduziu drasticamente o poder dos grandes proprietários rurais. X uma forma de clientelismo em que chefes políticos locais (geralmente proprietários rurais), dominando grupos de eleitores e lançando mão sistematicamente da fraude eleitoral, sustentavam o poder das oligarquias no plano estadual e, indiretamente, no federal. a consequência da ascensão social — por meio das escolas militares — de membros das classes médias urbanas, formando uma oficialidade coesa de tenentes, capitães, majores e coronéis. [363435_2158 92] Questão 002 (Enem 2011) “Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo jornais, nem revistas, nas quais se limita a ver as figuras, o trabalhador rural, a não ser em casos esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. No plano político, ele luta com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos de cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa organização econômica rural.” (LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1976 (adaptado)) O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social: estagnada, com uma relativa harmonia entre as classes. ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão mantido pelo exército e polícia. tradicional, com a manutenção da escravidão nos engenhos como forma produtiva típica. igualitária, com um nível satisfatório de distribuição da renda. Pincel Atômico - 02/07/2024 11:00:34 2/4 X agrária, marcada pela concentração da terra e do poder político local e regional. [363434_2158 89] Questão 003 (UERJ) A chamada República dos Governadores, que caracterizou a Primeira República no Brasil, tinha por objetivo a manutenção da estrutura agroexportadora. Um dos mecanismos utilizados, naquela época, para preservar a oligarquia predominantemente cafeeira foi: o estabelecimento da Lei de Terras. a adoção de uma política abolicionista. X a instituição da Guarda Nacional. a revalidação do Poder Moderador. a utilização do voto aberto. [363434_2166 11] Questão 004 A chamada política do “café-com-leite”, existente na República Velha, pode ser caracterizada como a aliança entre o Estado de São Paulo e os estados do Nordeste, em que o primeiro escolhia o presidente da República enquanto o vice deveria ser nordestino. a reação monarquista através do incentivo aos produtores rurais. a aliança entre Getúlio Vargas e os cafeicultores do Estado de São Paulo. a exportação de café do Paraná e de Minas Gerais, aliada à exportação de leite por parte do Rio Grande do Sul. X os Estados de São Paulo e Minas Gerais a fim de controlar a política em nível nacional, revezando-se na Presidência da República. [363435_2158 91] Questão 005 (Enem 2014) O problema central a ser resolvido pelo Novo Regime era a organização de outro pacto de poder que pudesse substituir o arranjo imperial com grau suficiente de estabilidade. O próprio presidente Campos Sales resumiu claramente seu objetivo: “É de lá, dos estados, que se governa a República, por cima das multidões que tumultuam agitadas nas ruas da capital da União. A política dos estados é a política nacional”. CARVALHO, J. M. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987 (adaptado). Nessa citação, o presidente do Brasil no período expressa uma estratégia política no sentido de: conferir maior autonomia às prefeituras ampliar a influência da capital no cenário nacional governar com a adesão popular. democratizar o poder do governo central. X atrair o apoio das oligarquias regionais. Pincel Atômico - 02/07/2024 11:00:34 3/4 [363434_2166 04] Questão 006 A federação de 1891 abriu as portas do paraíso para o coronel. [...] Surgiu o coronelismo como sistema [...]. O coronel municipal apoiava o coronel estadual que apoiava o coronel nacional, também chamado de presidente da República, que apoiava o coronel estadual, que apoiava o coronel municipal. [...] Aumentou também o dá-cá-toma-lá entre coronéis e governo. As nomeações de funcionários se faziam sob consulta aos chefes locais. Surgiram o “juiz nosso” e o “delegado nosso”, para aplicar a lei contra os inimigos e proteger os amigos. O clientelismo, isto é, a troca de favores com o uso de bens públicos, sobretudo empregos, tornou-se a moeda de troca do coronelismo. [...] O coronelismo, como sistema nacional de poder, acabou em 1930, mais precisamente [...] em 1937. CARVALHO, José Murilo de. Metamorfoses do coronel. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 6 maio 2001. Adaptado. De acordo com o texto acima, ainda há clientelismo e coronéis no Brasil, mas o coronelismo, como sistema político nacional, já deixou de existir há décadas. Ele surgiu na Primeira República e não sobreviveu à Era Vargas. Com base na definição apresentada no texto acima, que mecanismo político, presente na “federação de 1891” e extinto em 1937, era responsável por articular os três níveis de governo do país num sistema coronelista? Voto censitário. X Clientelismo. Política do café com leite. Economia agroexportadora. Eleição dos governadores estaduais. [363434_2158 88] Questão 007 (FUVEST) Em um balanço sobre a Primeira República no Brasil, Júlio de Mesquita Filho escreveu: “... A POLÍTICA SE ORIENTA NÃO MAIS PELA VONTADE POPULAR LIVREMENTE MANIFESTA, MAS PELOS CAPRICHOS DE UM NÚMERO LIMITADO DE INDIVÍDUOS SOB CUJA PROTEÇÃO SE ACOLHEM TODOS QUANTOS PRETENDEM UM LUGAR NAS ASSEMBLÉIAS ESTADUAIS E FEDERAIS”. (A CRISE NACIONAL, 1925.) De acordo com o texto, o autor: defende a supremacia política do sul do país. X critica o poder oligárquico. defende o regime parlamentarista. critica a autonomia excessiva do poder legislativo. propõe limites ao federalismo. Pincel Atômico - 02/07/2024 11:00:34 4/4 [363436_2158 93] Questão 008 (Enem 2006) No princípio do século XVII, era bem insignificante e quase miserável a Vila de São Paulo. João de Laet davalhe 200 habitantes, entre portugueses e mestiços, em 100 casas; a Câmara, em 1606, informava que eram 190 os moradores, dos quais 65 andavam homiziados*. *Homiziados: escondidos da justiça Nelson WerneckSodré. Formação histórica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1964 Na época da invasão holandesa, Olinda era a capital e a cidade mais rica de Pernambuco. Cerca de 10% da população, calculada em aproximadamente 2.000 pessoas, dedicavam-se ao comercio, com o qual muita gente fazia fortuna. Cronistas da época afirmavam que os habitantes ricos de Olinda viviam no maior luxo. Hildegard Féist. Pequena história do Brasil holandês. São Paulo: Moderna, 1998 (com adaptações). Os textos acima retratam, respectivamente, São Paulo e Olinda no início do século XVII, quando Olinda era maior e mais rica. São Paulo e, atualmente, a maior metrópole brasileira e uma das maiores do planeta. Essa mudança deveu-se, essencialmente, ao seguinte fator econômico: Desenvolvimento sucessivo da economia mineradora, cafeicultora e industrial no Sudeste. Destruição do sistema produtivo de algodão em Pernambuco quando da ocupação holandesa. X Maior desenvolvimento do cultivo da cana-de-açúcar no planalto de Piratininga do que na Zona da Mata Nordestina. Avanço da construção naval em São Paulo, favorecido pelo comércio dessa cidade com as Índias. Atraso no desenvolvimento econômico da região de Olinda e Recife, associado à escravidão, inexistente em São Paulo.