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o Previsto na CF/88, Art. 5º, § 35: a Lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de lesão ao direito – em nenhuma hipótese o Poder Judiciário vai poder se esquivar de julgar algo (garantia, princípio de Acesso à Justiça). o Fundamenta o direito de ação: direito que todos têm de ingressar em juízo. o O non-liquete também se relaciona, pois, o juiz não pode se abster de julgar, e também está relacionado com a inevitabilidade e imperatividade – mesmo que seja para o juiz te dar uma negativa. Necessidade de esgotamento das vias administrativas: existem alguns casos que a Lei e a jurisprudência condicionam o ingresso em juízo ao esgotamento das vias administrativas. Ex.: Há quem eu posso solicitar minha aposentadoria? Peço ao INSS, previdência social. E se ao invés de procurar o INSS, eu procuro o judiciário? Se firmou um entendimento que, para eu possa procurar o judiciário, eu tenho que esgotar as vias administrativas. *É como se fosse a última opção a ser procurada. Alguns autores entendem que isso é uma violação ao direito de Acesso à Justiça, de inevitabilidade e imperatividade. Por outro lado, tem pessoas que entendem que a Jurisdição não é absoluto, portanto, pode sim ser procurada. Princípio do juiz natural o Art. 5º, § 37 – proibições aos tribunais de exceção (proibir a irregularidade de juízes); o Juiz natural é o juiz devido. o Foi escolhido de acordo com critérios objetivos, impessoais e preestabelecidos. o Regras de competências: regras objetivas – não são relativas às partes do processo. Regras que servem a todos. o Preestabelecidos: todos conhecem as regras antes de entrar em juízo. o Distribuição do processo: competência das varas cíveis – distribuição por sorteio. Uma das formas de concretizar o princípio do juiz natural (garantido que vai ser distribuído da forma mais objetiva possível). o Juiz apto a julgar o caso, por isso a pessoa não pode escolher o juiz, só, por exemplo, o advogado. o O princípio do juiz natural colabora para a imparcialidade. o Proibição de tribunais post facto ou ad personam – juízos criados depois do fato ocorrido ou em razão da pessoa envolvida no processo. o Tribunal de Nuremberg: cria um tribunal para julgar algo que já aconteceu – imparcialidade comprometida. Ou escolher um juiz especificamente para julgar o caso (ad personam) Princípio do duplo grau o Não é expresso claramente pelo ordenamento. Como sei que ele adotou, portanto? O legislador fez a opção de você entrar com recurso, organizando o sistema em cúpulas. o Ex.: STF – julga questões relativas a CF. STJ – Leis Federais; TJ – Leis estaduais. o O que justifica? Necessidade de controlar a atividade dos juízes de base; o O juiz só é “superior” hierarquicamente se for para mudar uma decisão, recursal. o Se eu não tivesse como entrar com recurso, os juízes teriam “superpoderes”, poderiam dizer em última instancia o direito. o Por isso as cúpulas e em colegiado (julgam em conjunto). o Controle dos juízes inferiores e a necessidade de uniformização jurisprudencial. AULA 23.10.15 COMPETÊNCIA Quantidade de jurisdição ou medida de jurisdição (Liebman), uma vez fixada a competência do órgão, essa competência não se modifica. Perpetuatio iurisdictionis, Art. 87 (CPC); Distribuição: Art. 251 e 252, CPC; Critérios de fixação Objetivo