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SistemaDigestório DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS POR RAFAELA FONTANA DE SOUZA Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com Sumário Introdução Cavidade Oral -Plato Língua Dente Músculos da mastigação Faringe Esôfago Estômago - Unicavitário e Policavitário Intestino - Delgado e Grosso Reto Fígado Pancrêas Exercícios Gabarito Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com O sistema digestório é responsável pelo desdobramento dos alimentos em partículas menores, que possam ser utilizadas para gerar energia, crescimento e renovação celular. Os órgãos que pertencem a esse sistema são capazes de receber alimentos, desdobrá-los química e mecanicamente em componentes moleculares e, então, absorvê-los. Por fim, eles eliminam os resíduos não absorvidos e excretados; O sistema digestório é composto do canal alimentar, que se prolonga desde a boca até o ânus, e inclui glândulas anexas, glândulas salivares, fígado e pâncreas, cujas secreções digestivas penetram o canal alimentar. O canal alimentar pode ser dividido em: Boca e faringe (cavidade oral) Estômago e esôfago Intestino delgado Intestino grosso Canal anal CAVIDADE ORAL As principais funções da cavidade oral são a obtenção e a mastigação dos alimentos. A saliva é secretada no material ingerido para a digestão química. A boca inclui os lábios, a cavidade oral e suas paredes, além das estruturas acessórias situadas em seu interior (língua e dentes) e as que liberam a sua secreção para a cavidade oral (glândulas salivares), a amplitude da abertura da boca varia conforme a espécie, dependendo dos hábitos alimentares. Em animais que utilizam os dentes para capturar presas, grande parte da boca se abre, ja em herbívoros e em roedores, uma pequena abertura é o suficiente; Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com A cavidade oral se divide em vestíbulo e cavidade oral própria; • A cavidade oral própria é o espaço delimitado pelos arcos dentários e limita-se dorsalmente pelo palato duro, ventralmente pela língua, pela mucosa lateral e pela gengiva; •O vestíbulo pode ser subdividido em vestíbulo labial, que consiste no espaço entre os dentes e os lábios, e vestíbulo bucal, que consiste no espaço entre os dentes e as bochechas; Os lábios limitam a abertura da boca e formam partes das margens laterais rostrais do vestíbulo.. Eles são utilizados para preensão de alimento, comunicação e sucção em recém-nascidos. A forma dos lábios é determinada pela dieta e pelos hábitos alimentares. Os lábios são constituídos de pele, uma camada intermediária de músculos (músculo orbicular, músculos incisivos, entre outros) e de mucosa oral, são inervados pelo VII nervo craniano, o nervo facial. A estrutura das bochechas é semelhante à dos lábios. Elas são formadas principalmente pelo músculo bucinador e contêm glândulas salivares adicionais, as quais são agregadas em carnívoros para formar a glândula salivar zigomática; Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com O palato duro ósseo posiciona-se rostral ao palato mole membranoso ele é formado pelos processos palatinos da maxila, pelos ossos incisivos e pela lâmina horizontal do osso palatino. O lado oral do palato duro é coberto por uma mucosa espessa, atravessada por uma série de rugas palatinas. O palato é composto parcialmente de tecido ósseo e de tecido mole, os quais separam as vias digestória e respiratória da cabeça. Ruminantes: As rugas concentram papilas, direcionadas caudalmente para direcionar o alimento para trás, a papila incisiva, uma pequena saliência mediana, localiza-se imediatamente caudal aos dentes incisivos e está cercada em cada lado pelos orifícios dos ductos incisivos, os quais perfuram o palato. Esses ductos se ramificam e se direcionam à cavidade nasal e ao órgão vomeronasal, um canal cego revestido por mucosa olfatória. (O órgão vomeronasal, consiste em um órgão olfativo auxiliar de alguns animais).O pulvino dentário substitui os dentes incisivos superiores das outras espécies domésticas, ele atua como par dos dentes incisivos inferiores durante a ingestão de alimentos, é um tecido denso e intensamente vascularizado sob o epitélio palatino funciona tanto como lâmina própria da mucosa como periósteo do osso, formando uma fixação bem firme. PALATO Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com O palato mole é a parte caudal do palato que exerce importantes funções relacionadas a fonação e a deglutição, na deglutição o palato é empurrado dorsalmente pela língua para fechar a cavidade nasal fazendo com que o bolo alimentar passe para a faringe e posteriormente para o esôfago sem adentrar a cavidade nasal, para a fonação o palato é de grande importância. Nos animais, o órgão vomeronasal encontra-se conectado à cavidade bucal pelo ducto incisivo (com exceção dos equinos). A função desta estrutura é aumentar a sensibilidade de quimiorrecepção nas espécies domésticas e selvagens(feromônios, podem ser detectados, influenciando as funções hormonal e reprodutiva de machos e fêmeas). LÍNGUA No cão, a língua é utilizada para intensificar a perda de calor pelo ato de ofegar É constituída primariamente de músculo esquelético e ocupa a maior parte da cavidade oral própria, estendendo-se para a parte oral da faringe. A língua é responsável pela captação de água, pela preensão do alimento, pela manipulação do alimento dentro da boca e pela deglutição. Ela possui receptores para paladar, temperatura e dor; Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com A língua apresenta um ápice um corpo e uma raiz; O corpo da língua está unido ao assoalho oral por uma prega mucosa, o frênulo lingual. A face dorsal da língua canina é marcada longitudinalmente por um sulco mediano; A Lissa é um cordão fibroso, com uma função essencial, a de permitir que a língua fique em formato de concha e de possibilitar a ingestão de água e alimentos. Em carnívoros, a parte ventral da língua contém um corpo fibroso em forma de bastão, a lissa, que se situa no plano mediano, sob a mucosa ventral. Ela se prolonga desde quase a extremidade da língua até a sua raiz, mas não chega até o osso hioide. A lissa está encapsulada em uma bainha espessa de tecido conjuntivo, a qual apresentai tecido adiposo, músculo estriado e, eventualmente, ilhas de cartilagem. No bovino, a parte caudal da superfície dorsal da língua se eleva para formar uma grande proeminência, definida (toro lingual) por uma fossa lingual transversal, na qual o alimento pode ficar retido. Essa característica anatômica apresenta um grande potencial para infecções, já que o epitélio dentro da fossa pode ser facilmente lesionado por partículas pontiagudas de alimento. Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com papilas mecânicas com: papilas gustatórias com: A mucosa da língua é forte e firmemente aderida à musculatura subjacente nos aspectos dorsal e lateral, mas se torna mais frouxa e menos queratinizada ventralmente. Grande parte de sua superfície é revestida por uma diversidade de papilas, as quais consistem em modificações locais da mucosa da língua; A distribuição, o tamanho, a quantidade e a forma das papilas são características de cada espécie. Com base em suas funções, elas se dividem em papilas mecânicas as quais são que auxiliam na lambida, ao mesmo tempo que protegem as estruturas mais profundas de lesões, e papilas gustatórias, as quais são cobertas por botões gustatórios. As papilas estão agrupadas em: papilas filiformes; papilas cônicas; papilas marginais; papilas fungiformes; Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662- P rotegido por E duzz.com As espículas (papilas filiformes) estão espalhadas amplamente sobre a superfície dorsal da língua dos gatos e na base da língua do bovino, deixando a sua superfície áspera, característica dessas espécies. As papilas marginais estão presentes em carnívoros recém-nascidos e em leitões e auxiliam na sucção. Papilas gustatórias: O epitélio das papilas gustatórias contém botões gustatórios, os quais são sensíveis ao sabor. Os nomes dessas papilas indicam a sua forma: papilas fungiformes, circunvaladas e folhadas. Há poucas glândulas salivares situadas próximas a essas papilas, as quais removem partículas de alimento das papilas, deixando-as disponíveis para a entrada de novo material alimentar na boca. MÚSCULOS DA LÍNGUA A musculatura da língua se divide nos grupos intrínseco e extrínseco, a intrínseca é composta por vários feixes que se dispõem em: fibras longitudinais superficiais e profundas; fibras transversais; fibras perpendiculares; Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com INERVAÇÃO DA LÍNGUA A inervação da língua é complexa e envolve cinco nervos cranianos: O ramo lingual do nervo mandibular (um ramo do nervo trigêmeo), o nervo corda do tímpano, ramo do nervo intermédio facial, o nervo glossofaríngeo, o nervo vago e o nervo hipoglosso. GLANDULAS SALIVARES As glândulas salivares são órgãos pares que secretam saliva por meio dos seus ductos dentro da cavidade oral. A saliva mantém a mucosa da boca úmida e se mistura ao alimento durante a mastigação para lubrificar a passagem do bolo alimentar durante a deglutição e iniciar a digestão química do alimento. As glândulas salivares menores estão presentes na mucosa dos lábios, das bochechas, da língua, do palato e no assoalho sublingual, produzindo uma secreção mucosa. A maior parte da saliva é produzida pelas glândulas salivares maiores, que se situam a uma determinada distância da cavidade oral e secretam por meio de ductos, elas produzem um fluido mais aquoso (seroso), constituído principalmente de água, além de mucina, amilase e sais, principalmente bicarbonato de sódio; Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com A glândula salivar parótida é um órgão pareado, que se situa na união da cabeça com o pescoço, ela situa-se nas proximidades da artéria carótida externa, da veia maxilar e dos ramos dos nervos facial e trigêmeo. A glândula salivar mandibular situa-se próximo ao ângulo da mandíbula e está parcialmente coberta pela glândula salivar parótida. As glândulas salivares sublinguais consistem em duas glândulas, com exceção do equino, em que a glândula sublingual monostomática está ausente. A glândula sublingual monostomática situa-se mais caudalmente e é compacta, com um único ducto de drenagem, a extensa glândula sublingual polistomática situa-se mais rostralmente e abre-se por meio de diversos ductos menores; Glândula salivar zigomática: Presente em carnívoros Glândula salivar molar: Presente somente em gatos. Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com DENTES pesar de os dentes serem estruturas altamente especializadas, modificadas para atender às necessidades individuais das espécies, eles compartilham uma arquitetura básica comum. Cada dente apresenta três componentes: Coroa, Colo e Raiz. A coroa é a porção exposta do dente, a qual se estende do colo, que está embebido pela gengiva. A parte proximal do dente, a raiz, está ancorada pelo alvéolo dentário ósseo dentro da mandíbula ou maxila; • As superfícies dentárias que estão direcionadas para o vestíbulo oral são denominadas face vestibular; • A face vestibular pode ser definida mais precisamente como face labial (voltada para os lábios) e face bucal (voltada para as bochechas). A face lingual está voltada para a cavidade oral própria; Alem disso o dente é constituído de três substâncias mineralizadas: O esmalte, a dentina e o Cemento. A dentina é uma substância amarelo-esbranquiçada que envolve a cavidade pulpar a qual é mais dura do que o osso. Dentro da coroa, a dentina situa-se na superfície interna do esmalte Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com Cemento: Cada dente da maxila superior ou inferior é ancorado na parede do alvéolo pelo cemento e pelo ligamento fibroso periodontal, esses componentes formam uma faixa mineralizada que segura o dente dentro do alvéolo, permitindo movimento limitado quando o dente é exposto à forças mecânicas associadas à mastigação.O cemento não é tão duro como o esmalte, e sua estrutura é muito similar à do osso. A camada de cemento, que inicialmente é fina, gradualmente fica mais espessa com o avançar da idade e quando o novo cemento é produzido. Os dentes dos mamíferos são classificados de rostral para caudal como incisivos, caninos, pré-molares e molares. O número e o arranjo dos diferentes tipos dentários estão descritos por uma fórmula dentária para cada espécie composta pelas abreviações I (incisivos), C (caninos), P (pré-molares) e M (molares), junto ao número de dentes permanentes correspondentes às hemiarcadas superior e inferior. Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com Equino: Os dentes do equino são altamente adaptados para a decomposição mecânica de forragem mais grosseira, os dentes caninos são presente no diastema (espaço interdentário) de equinos machos, próximos do incisivo do canto; Gatos: Os dentes estão reduzidos em número, se comparados com outros mamíferos domésticos, eles são de uso limitado para a estimativa da idade nos gatos; Cachorro: Há uma extrema variação na forma da cabeça e do corpo em raças caninas modernas, isso tem importantes implicações para a dentição e o aparelho mastigatório. O espaço disponível para a inserção dos dentes e a fixação dos músculos mastigatórios em raças braquicefálicas ou de cabeça curta. A inserção dos incisivos nos alvéolos é relativamente frouxa, a raiz dos caninos é massiva, sendo consideravelmente mais longa que a coroa. A sua extremidade caudal estende-se além da raiz do primeiro pré-molar. Os pré- molares aumentam de tamanho de rostral para caudal. Entre 3 e 7 meses de idade, os dentes decíduos são repostos, e os molares erupcionam. Após esse período, a estimativa da idade baseada na dentição fica difícil de ser avaliada. Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com Suíno: A oclusão em suínos é isognática, isto é, a superfície de oclusão do arco dental maxilar repousa sobre o arco dental mandibular quando a boca está fechada. Essa característica particular da dentição em suínos são os dentes caninos, ou presas, que continuam a crescer por toda a vida do animal. Os molares apresentam eminências especializadas, que são adaptadas para a trituração de alimentos. Bovinos: Os incisivos e caninos dos ruminantes são braquiodontes (coroa baixa) e do tipo haplodonte. Os pré-molares e molares são hipsodontes (coroa alta); Os incisivos superiores e os caninos estão ausentes em ruminantes. Eles são substituídos por uma almofada dentária (pulvino dentário). Em animais mais velhos, a coroa dos incisivos pode estar completamente desgastada, com os dentes visíveis consistindo em raízes bem espaçadas na margem alveolar, a língua pode ser segurada facilmente por meio do amplo diastema, para facilitar o exame da boca. ATM A articulação temporomandibular é uma articulação sinovial entre o ramo mandibular e a parte escamosa do osso temporal.Os movimentos principais da articulação temporomandibular são para cima e para baixo, para abrir e fechar a boca. Um grau limitado de trituração lateral e movimentos para a frente e para trás da mandíbula é possível em herbívoros, as variações específicas de cada espécie se baseiam no padrão de mastigação e sofrem influência dos músculos da mastigação. Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662- P rotegido por E duzz.com A articulação intermandibular é a sutura óssea mediana que une os corpos mandibulares direito e esquerdo. Ela toma a forma de uma sinostose no suíno e no equino, porém apresenta uma determinada mobilidade em ruminantes e no cão. MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO Os músculos responsáveis pela mastigação são fortes e exibem variações acentuadas específicas de cada espécie, devido à diferente anatomia de todo o aparelho mastigatório, incluindo os componentes esqueléticos, os dentes e a articulação temporomandibular. Os músculos da mastigação compreendem os músculos que elevam a mandíbula e, desse modo, fecham a boca: • músculo masseter • músculo pterigóideo medial • músculo pterigóideo lateral • músculo temporal Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com M.Masseter: Origina-se na margem ventral do arco zigomático e insere-se na face lateral da mandíbula; •Quando ambos os lados atuam em conjunto, forçam a aproximação da maxila e mandíbula; • Quando atuam de forma isolado, conduzem a mandíbula para o lado que se contrai. Ele é essencial para a trituração dos herbívoros. M. Pterigóides: Passam da base do crânio para a face medial da mandíbula e complementam a ação do masseter. No caso de contração bilateral, eles elevam a mandíbula; na ação unilateral, eles conduzem a mandíbula para o lado do músculo que se contrai. M. Temporal: Trata-se do músculo mais forte da cabeça dos carnívoros. Ele eleva a mandíbula, atuando em conjunto com os outros músculos da mastigação. M. Digástrico: Contribui para os movimentos da mandíbula, principalmente para a abertura da boca. Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com FARINGE A faringe é a cavidade comum através da qual passam o ar e o material ingerido. Ela conecta a cavidade oral ao esôfago e a cavidade nasal à laringe. A faringe pode ser dividida em três partes: • Parte nasal da faringe; • Parte oral da faringe; • Parte laríngea da faringe. ESÔFAGO O esôfago é um tubo que conecta a faringe e o estômago. Em sua origem, o esôfago passa para a esquerda da traqueia, de forma que, na entrada da cavidade torácica, ele se posiciona na face lateral esquerda da traqueia. Dentro da cavidade torácica, o esôfago se localiza dorsalmente à traqueia e percorre o mediastino, prosseguindo para além da bifurcação da traqueia e sobre a base do coração. Ele continua ventral à aorta ascendente, com uma leve inclinação dorsal, e entra na cavidade abdominal através do hiato esofágico do diafragma, acompanhado dos troncos vagais dorsal e ventral. Em seguida, o esôfago cruza sobre a margem dorsal do fígado para se unir ao estômago na cárdia. Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com O esôfago é dividido em partes cervical, torácica e abdominal. Em ruminantes e no equino, o lúmen do esôfago se estreita na entrada da cavidade torácica e no hiato esofágico do diafragma, o que predispõe essas espécies a estrangulamentos nesses pontos, já os carnívoros, no entanto, apresentam tendência a megaesôfago ou dilatação do esôfago antes de sua entrada no abdome. O esôfago apresenta quatro camadas • Mucosa (Parte mais interna, sendo composta por um revestimento epitelial e por uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo, rico em vasos sanguíneos e linfáticos e células musculares lisas, fica em contato direto com o alimento) • Submucosa (Composta por tecido conjuntivo com muitos vasos sanguíneos e linfáticos, além de uma complexa rede de nervos) • Muscular, circular e longitudinal ( • TúnicaAdventícia(Cervical)/Serosa(TorácicaeAbdominal). Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com ESTÔMAGO O estômago se interpõe entre o esôfago e o intestino delgado; Considerando-se a sua forma, eles podem ser divididos em: •Estômago unicavitário (Monogástricos) com apenas um compartimento. •Complexo (Poligástricos) com muitos compartimentos (Ruminantes). O estômago se interpõe entre o esôfago e o intestino delgado, considerando-se a formação histológica, pode se observar a seguinte estrutura: • Unicavitários – Estômago Glândular; • Poligástricos – Porção Glândular e Porção Aglândular. Gatos e cães apresentam estômagos glandulares unicavitários. O equino e o suíno possuem estômago unicavitário composto, sendo que a maioria do estômago é revestida por mucosa glandular e uma pequena parte cranial por mucosa aglandular. Os ruminantes apresentam um estômago complexo e composto, o qual compreende quatro compartimentos, três dos quais (rúmen, retículo, omaso) são revestidos por mucosa aglandular e um (abomaso) é revestido por mucosa glandular. Estômago unicavitário O estômago unicavitário é composto pelas seguintes porções: •parte cárdica (pars cardiaca); •fundo gástrico (fundus ventriculi); •corpo gástrico (corpus ventriculi); •parte pilórica (pars pylorica). A entrada do estômago é denominada cárdia, ao passo que a saída é denominada piloro, e ambas são controladas por esfíncteres, A cárdia, onde o esôfago se une ao estômago, situa-se à direita do plano mediano do abdome; já o piloro, que continua em direção ao duodeno, situa-se mais à esquerda. Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com A curvatura maior (curvatura ventriculi major) é a margem convexa ventral do estômago, que se prolonga desde a cárdia até o piloro, o qual propicia fixação para o omento maior; A curvatura menor é a margem dorsal côncava do estômago, a qual também segue o trajeto da cárdia até o piloro. O corpo é a maior parte média do estômago, a qual se prolonga desde o fundo, à esquerda, até o piloro, à direita, a parte pilórica pode ser dividida em antro pilórico (antrumpyloricum) expandido e canal pilórico (canalis pyloricus) em direção ao duodeno. O corpo é a maior parte média do estômago, a qual se prolonga desde o fundo, à esquerda, até o piloro, à direita. A parte pilórica pode ser dividida em antro pilórico (antrumpyloricum) expandido e canal pilórico (canalis pyloricus) em direção ao duodeno. A arquitetura geral da parede gástrica corresponde à do esôfago. Ela compõe-se das seguintes camadas, desde a mais interna até a mais externa: •Mucosa (tunica mucosa) •Submucosa (tela submucosa) •Muscular (tunica muscularis) •Peritônio (serosa seu lamina visceralis) Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com Região das glândulas cárdicas; É uma faixa estreita ao redor da cárdia na maioria dos animais, exceto no suíno, no qual ela é mais ampla, e no equino, no qual é uma faixa estreita que acompanha a margem pregueada. Região das glândulas pilóricas: são encontradas na mucosa da parte pilórica do estômago, ao passo que as glândulas próprias ou fúndicas são encontradas no fundo e no corpo. Região das glândulas gástricas e células parietais: Elas se diferenciam quanto à natureza da secreção que produzem: as glândulas cárdicas e pilóricas funcionam principalmente para a produção de muco, o qual propicia uma barreira protetora para a mucosa contra o suco gástrico por meio do revestimento da face interna do estômago e do abrandamento da acidez do suco gástrico. São encontrados três tipos diferentes de células na região das glândulas gástricas próprias (fúndicas). As células do colo, localizadas no colo das glândulas, produzem muco e servem como células de reposição para substituir células epiteliais. As células principais produzem pepsinogênio, o precursor de pepsina. As células parietais são a fonte de íons de cloreto e hidrogênio e o fator intrínseco essencial para a reabsorção de vitamina B12 no íleo. O estômago pode ser dividido em três regiões, com base na distribuição de diferentes tipos de glândulas gástricas específicas das espécies; Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com A submucosa compõe-se de uma camada forte, porém fina, de tecido areolar, e é separadada mucosa por uma muscular da mucosa plexiforme, ela contém artérias, veias e nervos gástricos, tecido linfático e fibras colágenas e elásticas. Esta última contribui com a muscular da mucosa na formação de pregas características quando o órgão está vazio, essas pregas têm orientação predominantemente longitudinal e começam a desaparecer quando o estômago se distende. Como a camada muscular do estômago desempenha uma função importante na mistura de alimento com o suco gástrico, transferindo-o para o intestino delgado, a sua estrutura varia em diferentes partes do estômago. Ela consiste essencialmente de duas camadas de músculo liso: • Camada circular interna. •Camada longitudinal externa. A posição do estômago está intimamente relacionada com o desenvolvimento do omento maior (omentum majus) e do omento menor (omentum minus); • Essa situação específica do mesentério permite a conexão do estômago com os órgãos vizinhos. Em princípio, pode-se fazer a distinção entre as seguintes estruturas: •Omento maior (se desenvolve a partir do mesentério dorsal do estômago) •Omento menor (se desenvolve a partir do mesogástrio ventral) Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com Vascularização; Tem origem de três principais ramos da artéria celíaca; Artéria gástrica direita e esquerda, Artéria hepática e Artéria esplênica. As artérias gástricas direita e esquerda acompanham a curvatura menor, a artéria gástrica esquerda é um ramo direto da artéria celíaca e é a maior das artérias que suprem o estômago, o segundo ramo da artéria celíaca é a artéria hepática, a qual irriga o fígado e forma as artérias gástricas direita e gastroepiploica direita em direção ao estômago. O estômago é inervado por fibras parassimpáticas dos troncos vagais e por fibras simpáticas que atingem o órgão com as artérias. A parte vagal estimula a secreção gástrica. Estômago Policavitario O estômago dos ruminantes domésticos é composto por quatro câmaras: Rúmen, retículo, omaso, abomaso. O rúmen, o retículo e o omaso costumam ser referidos coletivamente como proventrículos (proventriculus), os quais possuem uma mucosa aglandular e são responsáveis pela destruição enzimática dos carboidratos complexos, sobretudo a celulose, a qual constitui uma grande parte da dieta regular de ruminantes, e pela produção de ácidos graxos de cadeia curta (propionato, butirato e acetato), com o auxílio de micróbios. O abomaso, possui uma mucosa glandular e é comparável ao estômago unicavitário dos outros mamíferos domésticos; Todas as quatro câmaras se derivam de uma construção gástrica fusiforme durante o desenvolvimento embrionário sem a contribuição do esôfago. Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com saco ventral; saco dorsal (saccus dorsalis); saco cranial ou átrio do rúmen; saco cego caudodorsal (saccus caecus caudodorsalis); saco cego caudoventral (saccus caecus caudoventralis). O rúmen se parece com um saco grande e comprimido lateralmente, o qual preenche quase a totalidade da metade esquerda do abdome e cruza a linha média para a metade direita com a sua parte caudoventral; Ele se prolonga cranialmente a partir do diafragma até caudalmente a entrada pélvica cranial, ele possui uma face parietal (facies parietalis), adjacente ao diafragma e às paredes abdominais laterais esquerda e ventral, e uma face visceral, contra o fígado, os intestinos, o omaso e o abomaso, essas faces se encontram na curvatura dorsal, em oposição ao teto da cavidade abdominal, e na curvatura em direção ao assoalho da cavidade abdominal. O rúmen é dividido em várias partes por inflexões das paredes, os pilares do rúmen (pilae ruminis), os quais se projetam para o lúmen. As partes do rúmen são: Rúmen Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com O retículo está intimamente relacionado com o rúmen no que se refere à estrutura e à função, e muitos autores preferem descrevê-lo como compartimento ruminorreticular; O bovino não é seletivo quanto à sua alimentação e costuma ingerir corpos estranhos, como pregos ou pedaços de arame, juntamente ao pasto. Devido aoseu peso, esses corpos apresentam a tendência de acúmulo dentro do retículo e podem atravessar a parede reticular, devido às contrações reticulares. Entre assequelas mais comuns, estão pericardite purulenta após a perfuração do diafragma ou abscessos no fígado e outros tecidos vizinhos. A mucosa reticular é aglandular, possui um padrão distinto de favo de mel formado por cristas, essas cristas e os assoalhos celulares entre elas apresentam papilas curtas. O músculo liso da parede ruminorreticular se dispõe em duas camadas, uma camada externa mais fina e outra interna mais espessa, cujas fibras se orientam em um ângulo quase perpendicular umas às outras. A sequência regular das contrações ruminorreticulares mistura e redistribui o conteúdo do estômago e desempenha uma função importante na regurgitação do alimento para remastigação. Retículo Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com A mucosa reticular é aglandular e possui um revestimento semelhante ao da mucosa do rúmen. Ela apresenta um padrão de cristas em formato de favo de mel, com papilas curtas nas cristas e assoalhos celulares entre elas. O músculo liso na parede ruminorreticular tem duas camadas: uma externa fina e outra interna espessa, com fibras orientadas quase perpendicularmente umas às outras. As contrações regulares da parede ruminorreticular são responsáveis por misturar e redistribuir o conteúdo do estômago, desempenhando um papel crucial na regurgitação do alimento para remastigação. Omaso No bovino, o omaso tem formato de esfera achatada bilateralmente, enquanto no caprino e ovino tem formato de feijão. Ele se conecta ao retículo através do óstio reticulomasal e ao abomaso pelo óstio omasoabomasal oval. O óstio omasoabomasal é cercado por duas pregas mucosas de cada lado, que provavelmente ajudam a fechar a abertura e prevenir o refluxo do abomaso para o omaso. Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com Abomaso O abomaso, correspondente ao estômago unicavitário de outros mamíferos, possui divisões semelhantes a fundo, corpo e piloro. Suas curvaturas são dorsal e ventral, com revestimento de mucosa glandular que inclui glândulas gástricas e pilóricas. Durante a amamentação, o bovino produz renina para digerir o leite. Pregas espirais aumentam a superfície da mucosa e as camadas muscular externa e circular interna que compõem sua musculatura. A ruminação é a regurgitação repetida e remastigação dos alimentos, típica dos ruminantes. O processo consiste no retorno do bolo alimentar do rumen para boca, onde é remastigado, na presença de maior quantidade de saliva, e posteriormente redeglutido, ela depende de contrações cíclicas do rúmen e do retículo, as quais conduzem o alimento até o esfíncter cárdico, que relaxa também ciclicamente e força passagem para o esôfago, no qual movimentos antiperistálticos levam o alimento regurgitado até a boca. Ruminação Ruminação O suco gástrico é constituído principalmente por água, sais minerais, ácido clorídrico e pepsina (enzima). Os ruminantes são mamíferos, necessitando no início da vida, do leite materno. O leite para ser digerido precisa sofrer a ação de enzimas contidas no suco gástrico produzido pelo abomaso que, ao nascimento, é o compartimento mais desenvolvido; Sulco gástrico Sulco gástrico Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com INTESTINO O intestino delgado é dividido em três partes: O intestino grosso é dividido em: O intestino é a porção final do canal alimentar, começando no piloro e terminando no ânus. Ele se subdivide em intestino delgado, do piloro ao ceco, e intestino grosso, do ceco ao ânus. Apesar da nomenclatura, nem sempre há uma diferença clara de diâmetro entre essas partes.Duodeno, jejuno e íleo; Ceco, colo e reto. O comprimento total do intestino varia entre espécies, raças e indivíduos. A medição do comprimento intestinal em animais vivos é difícil. Após a morte e a cessação das contrações, o intestino se alonga. Devido à adaptação a diferentes dietas, o trato intestinal dos carnívoros é curto, enquanto herbívoros têm intestinos longos, geralmente, o intestino é cerca de cinco vezes o tamanho corporal em carnívoros, dez vezes em equinos e 20 a 25 vezes em ruminantes. Mucosa; Submucosa; Camada muscular; Peritônio; O intestino, assim como as outras partes do canal alimentar, é composto de várias camadas (desde a mais interna até a mais externa); Estrutura da parede intestinal Estrutura da parede intestinal Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com No intestino delgado, a superfície da mucosa aumenta consideravelmente com a presença de incontáveis vilosidades intestinais, elas são em forma de dedos formam um grupo compacto, que confere à face do lúmen do intestino delgado a sua aparência aveludada característica. O aumento da área superficial resultante é essencial para a função de absorção dessa parte do trato gastrointestinal. A mucosa do intestino grosso não apresenta vilosidades intestinais, as glândulas intestinais são mais alongadas, retas e ricas em células caliciformes, as quais produzem o muco necessário para garantir uma passagem suave do conteúdo intestinal. A sua função mais importante é a reabsorção de água, o que explica a desidratação do conteúdo fecal. No equino, entretanto, vários mecanismos de absorção se localizam no intestino grosso. Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com O tecido linfático da parede intestinal é a primeira linha de defesa contra microrganismos, os quais podem ganhar acesso ao corpo a partir dos intestinos. Ele está presente na forma de linfócitos espalhados pela mucosa; A submucosa consiste em tecido conjuntivo frouxo, onde se encontram vasos sanguíneos menores, linfáticos, folículos linfáticos e plexos nervosos. Além das glândulas intestinais da mucosa, as glândulas duodenais tubulares são encontradas na submucosa da parte proximal do intestino delgado. Os plexos nervosos submucosos, também conhecidos coletivamente como plexos de Meissner, suprem as glândulas, as fibras de músculo liso e as paredes dos vasos. A túnica muscular consiste em uma camada longitudinal externa relativamente fina e uma camada circular interna mais espessa. No ânus, a camada circular é modificada para formar o esfíncter anal interno; No equino e no suíno, a camada muscular externa se concentra principalmente em uma série de faixas, chamadas de tênias. O encurtamento dessas tênias resulta na formação de saculações lineares, denominadas haustros. A camada serosa do intestino provém da parte visceral do peritônio. Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com artéria jejunal; artéria ileocólica; artéria cólica média; O intestino recebe nervos tanto simpáticos quanto parassimpáticos. O sistema nervoso do intestino compreende um sistema complexo de gânglios intramurais, os quais formam plexos nas diferentes camadas da parede intestinal. A submucosa contém o plexo de Meissner, e outro plexo se situa entre as duas camadas da túnica muscular, o plexo de Auerbach. Os dois plexos estão conectados aos gânglios pré-vertebrais da cavidade abdominal por uma fina rede subserosa de fibras nervosas. Esses plexos sofrem o controle dos sistemas parassimpático e simpático, mas são independentes e responsáveis pela atividade muscular e secretora aparentemente espontânea do intestino. A vascularização para os intestinos é provida principalmente pelas artérias mesentéricas craniais e caudais. Embora os detalhes da ramificação variem de uma espécie para outra e até mesmo entre indivíduos, a artéria mesentérica cranial se divide em três ramos principais: Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com Duodeno Jejuno Íleo O intestino delgado tem como funções principais a digestão e a absorção. A digestão é a quebra enzimática do material em partículas absorvíveis. O pâncreas secreta enzimas e a bile emulsiona gordura para a digestão. O epitélio mucoso contém células colunares que absorvem, produzem muco e regulam funções como a secreção pancreática. O intestino delgado possui nódulos linfáticos, incluindo as placas de Peyer. Ele começa no piloro e termina na junção cecocólica e é dividido em três partes: Intestino DelgadoIntestino Delgado Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com O duodeno é a parte proximal do intestino delgado, estendendo-se da parte pilórica do estômago ao jejuno. A extremidade caudal do duodeno nos animais é caracterizada pela margem cranial da prega duodenocólica O jejuno é a parte mais extensa do intestino delgado entre o duodeno e o íleo. A distinção entre jejuno e íleo é arbitrária, sendo que o íleo é definido como a parte terminal do intestino delgado à qual se fixa a prega ileocecal. O íleo é uma parte terminal bastante curta do intestino delgado. A distinção entre jejuno e íleo é definida pelo término no óstio ileal, cuja localização exata varia de acordo com a espécie. A forte camada muscular deixa o íleo mais firme que o jejuno, e a mucosa é rica em tecido linfoide, o qual se agrega para formar as placas de Peyer. Essa camada muscular bem desenvolvida é responsável pelo transporte unidirecional do material ingerido até o ceco. No equino, a disfunção da inervação do íleo leva a uma contração permanente de sua cobertura muscular, o que pode resultar em impactação, com consequente cólica; Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com Intestino GrossoIntestino Grosso Ceco Colo, dividido em colo ascendente, colo transverso e colo descendente Reto O intestino grosso tem como função reabsorver água e sais minerais dos alimentos, ele pode ser dividido nas seguintes partes em todos os mamíferos domésticos; O ceco costuma ser descrito como a primeira parte do intestino grosso. Trata-se de um tubo cego, que está demarcado do colo para a entrada do íleo. Ele se comunica com o íleo pelo óstio ileal. O apêndice vermiforme , é ausente nos mamíferos domésticos. Seguindo a nomenclatura adotada para a anatomia humana, o colo do intestino divide-se em três segmentos: Colo ascendente. Colo transverso Colo descendente No equino o colo consiste em um grande colo ascendente, disposto em duas alças em forma de ferradura, situadas uma em cima da outra, um colo transverso curto e um longo colo descendente. CECO COLO Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com colo ventral direito flexura esternal colo ventral esquerdo flexura pélvica colo dorsal esquerdo flexura diafragmática dorsal colo dorsal direito O colo ascendente pode ser subdividido em quatro segmentos paralelos, conectados por três flexuras com a seguinte ordem proximodistal: O colo transverso é curto e passa da direita para a esquerda. Ele se caracteriza por duas tênias e se afunila rapidamente até alcançar o diâmetro do colo descendente. O colo descendente é semelhante ao jejuno quanto ao seu diâmetro e mede cerca de 2 a 4 metros, nele há duas faixas, a tênia antimesentérica e a tênia mesentérica. Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com O colo é dividido em três partes: ascendente, transversa e descendente. O colo ascendente é o mais longo e tem uma disposição em espiral. Após deixar o ceco, ele forma uma alça em forma de "S" chamada ansa proximalis coli. Esta alça tem dois segmentos, o primeiro é convexo para cima e o segundo é convexo para baixo. Em seguida, o colo ascendente se estreita e se vira para baixo para formar uma espiral dupla chamada ansa spiralis. Esta espiral está emcontato com o lado esquerdo do mesentério. No bovino, há dois giros centrípetos seguidos por dois giros centrífugos, enquanto no ovino são três giros centrípetos e quatro giros centrífugos no caprino. Nos pequenos ruminantes, os giros centrífugos têm a aparência de um colar de pérolas e dão às fezes dessas espécies um aspecto característico. No entanto, a espiral se parece com um disco plano no bovino e com um cone baixo nos pequenos ruminantes. Após a última alça centrífuga, o colo ascendente continua em uma alça distal. Esta alça inicialmente se move em direção à pelve e depois se afasta para se unir ao colo transverso. O colo transverso cruza a linha média cranial até a raiz do mesentério e continua caudalmente como colo descendente. Este segmento costuma estar envolvido em tecido adiposo e se funde às partes adjacentes do intestino. Antes de se unir ao reto na abertura pélvica cranial, ele assume a forma de um "S", formando o colo sigmoide, que tem mobilidade suficiente para permitir movimentos consideráveis para o examinador durante a palpação retal. Colo dos ruminantes Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com RetoReto Ao entrar na pelve, o colo descendente se torna o reto, o qual passa caudalmente como a parte mais dorsal das vísceras pélvicas. O canal anal é curto e constitui a parte terminal do canal alimentar, o qual se abre para o exterior pelo ânus. O ânus é controlado pelos esfíncteres anais externo e interno. O esfíncter interno é constituído por músculo liso e é uma modificação da camada circular da cobertura muscular do reto. Já o esfíncter externo é um músculo estriado que emerge das vértebras caudais. Na altura do ânus, o epitélio intestinal colunar é substituído pelo epitélio cutâneo estratificado da pele. FÍGADO O fígado é a maior glândula do corpo e tem função tanto exócrina quanto endócrina. O seu produto exócrino, a bile, é armazenado e concentrado na vesícula biliar antes de ser eliminado no duodeno, porém a vesícula biliar não é essencial e está ausente em diversas espécies, inclusive no equino. A bile é responsável por emulsificar os componentes gordurosos antes da absorção.As substâncias endócrinas do fígado são liberadas na corrente sanguínea e contribuem para o metabolismo de gorduras, carboidratos e proteínas.O fígado funciona como um depósito de glicogênio e, em animais jovens, como um órgão hematopoiético. Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com Cerca de 2% do peso corporal em gatos. Aproximadamente 3-4% do peso corporal em cães. Entre 2-3% do peso corporal em suínos. Cerca de 1-1,5% do peso corporal em herbívoros. O peso do fígado varia amplamente entre diferentes espécies e até mesmo entre indivíduos da mesma espécie, dependendo do peso corporal e da idade. Em média, o fígado representa: Durante o desenvolvimento, o fígado é mais pesado no embrião, ocupando a maior parte da cavidade abdominal. Em animais jovens, ele é relativamente maior do que em adultos devido à sua função na produção de sangue. No entanto, em animais idosos, o fígado tende a mostrar atrofia. O fígado está localizado na parte torácica do abdome, logo abaixo do diafragma. A maior parte dele se encontra à direita do plano mediano. Em ruminantes, o desenvolvimento do rúmen desloca todo o fígado para a metade direita do abdome. O fígado tem uma face convexa em direção ao diafragma e uma face côncava voltada para os outros órgãos. Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com Lobo hepático esquerdo. Lobo hepático direito. Lobo caudado. Lobo quadrado; Na maioria das espécies, o fígado é dividido basicamente em quatro lobos principais por fissuras que se projetam para dentro do órgão desde o bordo ventral: Nos carnívoros, o fígado possui quatro lobos e quatro sublobos, bem como dois processos: ambos os lobos hepáticos esquerdo e direito são subdivididos em lobos medial e lateral, e o lobo caudado é subdivido no processo caudado e no processo papilar, já no suíno assemelha-se ao do cão, mas não apresenta processo papilar. No equino, o lobo esquerdo se subdivide apenas nos lobos medial e lateral, ao passo que o lobo direito permanece sem divisão. O lobo caudado possui um processo caudado, mas não um processo papilar. O fígado dos ruminantes não apresenta fissuras, consistindo em um lobo hepático direito e outro esquerdo, um lobo quadrado e um lobo com processo caudado e papilar, cujas margens são delimitadas pelas linhas virtuais desenhadas a partir dos pontos de referência anatômicos. Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com Fígado de um cão Fígado de um suíno Fígado de um bovino Fígado de um equino Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com Vascularizacão do fígado O fígado é amplamente vascularizado por meio da artéria hepática (roporciona o suprimento nutricional do fígado) e da veia porta. Ambos os vasos se ramificam ao longo dos septos fibrosos juntamente aos tributários do ducto hepático. As artérias hepáticas vascularizam a estrutura do fígado, a cápsula, o sistema intra-hepático de ductos biliares, as paredes dos vasos sanguíneos e os nervos antes de, finalmente, desembocarem, juntamente aos ramos da veia porta, nos sinusoides hepáticos. Desse modo, as células parenquimais são banhadas por sangue misto da artéria hepática e da veia porta, de forma que elas, na verdade, recebem nutrientes de ambas. Inervacao do fígado O fígado é inervado por nervos simpáticos e parassimpáticos. Ele recebe fibras aferentes e eferentes. Os linfáticos do fígado drenam para os linfonodos portais, os quais se localizam, próximos à porta hepática. Estrutura do fígado A face livre do fígado é quase completamente revestida por peritônio, que forma a sua camada serosa, e é fusionada com a cápsula fibrosa subjacente que envolve todo o órgão. Lóbulos hepáticos; São particularmente acentuados no fígado suíno, mas também são facilmente visíveis em carnívoros, nos quais aparecem como áreas hexagonais de cerca de 1 mm de diâmetro. Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com Ductos biliares A bile é produzida pelos hepatócitos e liberada nos canalículos biliares, também denominados capilares biliares. Esses capilares se unem para formar os ductos interlobares, que se unem para formar os ductos lobares; Os ductos biliares extra-hepáticos consistem nos ductos hepáticos do fígado, do ducto cístico para a vesícula biliar e do ducto biliar para o duodeno. Vesícula biliar A vesícula biliar em forma de saco encontra-se em uma fossa na face visceral do fígado, próximo à porta hepática. A sua função é armazenar bile e a liberar no duodeno quando necessário. A vesícula biliar está ausente em equinos. PÂNCREAS Corpo do pâncreas. Lobo direito do pâncreas Lobo esquerdo do pâncreas; O pâncreas tem funcionamento exócrino e endócrino. O seu produto exócrino, o suco pancreático, é transportado até o duodeno por um ou mais ductos, dependendo da espécie. O pâncreas contém três enzimas: uma para a redução de proteínas, uma para carboidratos e uma para gorduras. A parte endócrina do pâncreas produz insulina, glucagon, ele situa-se na parte dorsal da cavidade abdominal e está intimamente relacionado com a parte proximal do duodeno. Ele pode ser dividido em três segmentos: Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com Devido à origem dupla da glândula a partir de primórdios dorsal e ventral, algumas espécies apresentam dois ductos pancreáticos. Um ducto pancreático normalmente drena a parte da glândula que emerge do primórdio ventral e se abre no duodeno, junto ou próximo ao ducto biliar da papila duodenal maior. Um ducto acessório emerge da parte do pâncreas formada pelo primórdio dorsale se abre na face oposto do duodeno, na papila duodenal menor. A vascularização do pâncreas é provida pelas artérias celíaca e mesentérica cranial. O lobo direito do pâncreas é vascularizado a partir da artéria pancreatoduodenal cranial, um ramo da artéria hepática. O lobo esquerdo e o corpo são vascularizados pela artéria esplênica e pela artéria pancreatoduodenal caudal, um ramo da artéria mesentérica cranial. As veias são satélites para as artérias e acabam desembocando na veia porta. Inervação: O pâncreas é suprido por nervos parassimpáticos e simpáticos. Os linfáticos do pâncreas drenam nos linfonodos pancreatoduodenais. Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com Exercícios 1- Qual função da língua? 2-Qual função da saliva? 3-Qual começo e final do estômago? 4-Qual a denominação dos dentes? 5-Quais os órgãos do sistema digestório? 6-Quais os estômagos dos ruminantes? 7-Qual estrutura do estômago? 8-Cite a função do esôfago: 9-Quais são as três partes principais do colo? a) Ascendente, transversa e descendente b) Superior, média e inferior c) Cranial, caudal e medial d) Proximal, distal e intermediária 10-O que forma a alça proximal do colo em forma de "S"? a) O colo ascendente b) O colo transverso c) O ceco d) O colo descendente 11-Qual é a principal função do fígado nos animais? a) Produção de insulina b) Filtração do sangue c) Produção de enzimas digestivas d) Metabolismo e detoxificação 12-Qual é a função do pâncreas relacionada à digestão? a) Produção de bile b) Produção de insulina c) Produção de enzimas digestivas d) Absorção de nutrientes 13-Qual é o papel da bile no processo digestivo? a) Emulsificação de gorduras b) Quebra de proteínas c) Ativação de enzimas no estômago d) Regulação do pH no intestino delgado Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com 1- Captações de alimentos, ajuda na formação do bolo alimentar, paladar e termorregulação. 2-Ajuda na formação do bolo alimentar, lubrifica a boca, neutralizar pH, início da digestão. 3-Esfíncter, cardia na entrada do estômago (evita o refluxo) e piloro na saída do estômago para o intestino. 4- Incisivo, caninos, pré molares e molares. 5- Boca, dente, língua, faringe, esofago, estômago, intestino delgado e grosso, reto. 6- Omaso, abomaso, reticulo e rumem 7- Cardia, corpo, fundo, curvatura maior, curvatura menor, canal piloro. 8- Conecta a faringe até o estômago, 4 camadas (muscular, serosa, mucosa e submucosa). Na região cervical ele passa a esquerda da traqueia, continuando na região torácica dorsapmente a traqueia e o coração até passar pelo hiato esofagico do diafragma e se conectando a cárdia do estômago. 9- A 10- A 11- D 12- C 13- A Gabarito Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com König, Horst, E. e Hans-Georg Liebich. Anatomia dos Animais Domésticos: Texto e Atlas Colorido. Dukes, Fisiologia dos animais domésticos / editor William O. Reece, editores associados Howard H. Erickson, Jesse P. Goff, Etsuro E. Uemura; revisão técnica Luís Carlos Reis, André de Souza Mecawi. – 13. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. Referências Licenciado para - N athália V ieira M oreira - 12624852662 - P rotegido por E duzz.com