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1 DRC 
DIAGNÓSTICO: 
➔ Suspeita-se de doenças renais crônicas pela elevação da creatinina sérica. O passo inicial é determinar se a 
insuficiência renal é aguda, crônica ou aguda sobreposta à crônica (isto é, na doença aguda que compromete 
ainda mais a função renal em um paciente com DRC.. A causa da insuficiência renal também é determinada. 
Às vezes, determinar a duração da insuficiência renal ajuda a determinar a causa; algumas vezes, é mais fácil 
determinar a causa do que a duração e determinar a causa ajuda a determinar a duração. 
➔ Em geral, o diagnóstico pode ser feito com base em história, exame físico e exames simples de laboratório, 
como exame de urina com avaliação microscópica, eletrólitos, ureia, creatinina, fosfato, cálcio e hemograma. 
➔ Ultrassonografia renal costuma ser útil para ajudar a avaliar a uropatia obstrutiva e a diferenciar lesão renal 
aguda da crônica de doença renal crônicacom base no tamanho do rim. Exceto em certas doenças, os 
pacientes com doença renal crônica têm diminuição do tamanho do rim por atrofia (em geral < 10 cm de 
comprimento), com córtex fino e hiperecoico. A obtenção de um diagnóstico preciso torna-se cada vez mais 
difícil na medida em que o paciente atinge a condição de doença renal em estado terminal. A ferramenta 
para o diagnósticos definitivo é biópsia renal, mas não é recomendada quando a ultrassonografia mostra 
rins fibróticos e pequenos; o alto risco do procedimento supera a baixa resposta diagnóstica. 
CLASSIFICAÇÃO; 
➔ Estágio 1: TFG normal (≥ 90 mL/min/1,73 m2) mais albuminúria persistente ou doença renal 
hereditária ou estrutural conhecida 
➔ Estágio 2: TFG de 60 a 89 mL/min/1,73 m2 
➔ Estágio 3a: 45 a 59 mL/min/1,73 m2 
➔ Estágio 3b: 30 a 44 mL/min/1,73 m2 
➔ Estágio 4: TFG de 15 a 29 mL/min/1,73 m2 
➔ Estágio 5: TFG < 15 mL/min/1,73 m2 
TRATAMENTO: 
➔ As doenças subjacentes e os fatores contribuintes devem ser controlados. Em particular, o controle da 
hiperglicemia nos pacientes com nefropatia diabética e o controle da hipertensão em todos os 
pacientes tornam substancialmente mais lenta a redução do RFG. 
➢ Na hipertensão, algumas diretrizes sugerem uma PA alvo < 140 x 90 mmHg, mas a American Heart 
Association recomenda 130 x 80 mmHg e alguns autores continuam a recomendar cerca de 125 a 130/< 80 
mmHg. Os iinibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) e os bloqueadores do receptor de 
angiotensina (BRAs) diminuem a velocidade de declínio do RFG em pacientes com a maioria das causas de 
doença renal crônica, particularmente naqueles com proteinúria. Evidências cada vez maiores sugerem 
que, em comparação com o uso isolado de um dos medicamentos, o uso combinado de inibidores da ECA e 
ARBs aumenta a incidência de complicações e não desacelera o declínio da função renal, embora o uso 
combinado reduza mais a proteinúria. Inibidores do cotransportador de sódio-glicose-2 (SGLT2) retardam a 
progressão da doença renal crônica proteinúrica em pacientes com ou sem diabetes, embora esses 
medicamentos sejam contraindicados em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 
➢ Não há necessidade de restringir atividades, apesar da fadiga e da lassidão geralmente limitarem a 
capacidade do paciente de realizar exercícios. 
➢ Prurido pode responder à restrição de fosfato na alimentação e a ligantes de fosfato se o fosfato sérico 
está elevado. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/uropatia-obstrutiva/uropatia-obstrutiva
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/exames-e-procedimentos-geniturin%C3%A1rios/bi%C3%B3psia-dos-rins,-bexiga-e-pr%C3%B3stata#v12531214_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/sintomas-de-doen%C3%A7as-genitourin%C3%A1rias/protein%C3%BAria
 
2 DRC 
➔ Nutrição: 
➢ A restrição de proteínas intensa nas doenças renais é controversa. Entretanto, a restrição proteica 
moderada (0,8 g/kg/dia) em pacientes com TFG estimada (TGFe) < 60 mL/min/1,73 m2 sem síndrome 
nefrótica é segura e bem tolerada pela maioria dos pacientes. 
➢ Vários sintomas de uremia diminuem de forma significativa quando o catabolismo proteico e a geração 
de ureia são reduzidos. Além disso, a taxa de progressão da doença renal crônica pode desacelerar. 
Carboidratos e gordura suficientes são fornecidos para que se alcancem as necessidades energéticas e 
evitar a cetose. Pacientes para os quais se prescreveu < 0,8 g/kg/dia, devem ser monitorados por um 
nutricionista. 
➢ Utilizar um multivitamínico contendo vitaminas hidrossolúveis. A administração de vitaminas A e E é 
desnecessária. As vitaminas D2 (ergocalciferol) ou D3 (colecalciferol) não são administradas de rotina, mas 
são utilizadas de acordo com os níveis séricos da 25-OH vitamina D e do PTH. 
➢ Deve-se tratar dislipidemia. A modificação alimentar pode ser útil para hipertrigliceridemia. Estatinas são 
eficazes para a hipercolesterolemia. Derivados do ácido fíbrico (clofibrato, genfibrozila) podem aumentar o 
risco de rabdomiólise na insuficiência renal, em especial se associados à estatina, ao passo que o ezetimibe 
(que reduz a absorção do colesterol) parece relativamente seguro na doença renal crônica. O objetivo da 
correção da hipercolesterolemia é reduzir o risco de doença cardiovascular, que aumenta em pacientes 
com doença renal crônica 
➔ Doenças Minerais e ósseas: 
➢ Restrição fosfato de 0,8 a 1 g/dia na alimentação normalmente é suficiente para normalizar o nível sérico 
de fosfato nos pacientes com TFGe < 60 mL/min/1,73 m2. Ligantes de fosfato intestinais adicionais (com ou 
sem cálcio) podem ser necessários para o controle adequado da hiperfosfatemia, que foi associada a maior 
risco cardiovascular. Ligantes não contendo cálcio são preferidos em pacientes com hipercalcemia, suspeita 
de doença óssea adinâmica ou evidências de calcificação vascular nas imagens. Se ligantes contendo cálcio 
são prescritos, então as fontes totais alimentares e farmacológicas de cálcio não devem exceder 2000 
mg/dia nos pacientes com TFGe < 60 mL/min/1,73 m2. 
➢ Deve-se tratar a deficiência de vitamina D com colecalciferol (vitamina D3) ou ergocalciferol (vitamina D2) 
para alcançar um nível sérico de 25-OH vitamina D de aproximadamente 30 a 50 ng/mL, desde que não 
haja hiperfosfatemia ou hipercalcemia. 
➔ Líquidos e Eletrólitos: 
➢ Restrição de ingestão de água só é necessária quando a concentração sérica de sódio for < 135 mmol/L 
ou em caso de insuficiência cardíaca ou edema grave. 
➢ Recomenda-se restrição de sódio de < 2 g/dia para pacientes com doença renal crônica com TFGe < 60 
mL/m/1,73 m2 que têm hipertensão, sobrecarga de volume ou proteinúria. 
➢ Individualiza-se a restrição de potássio com base no nível sérico, TFGe, hábitos alimentares e uso de 
medicamentos que aumentam os níveis de potássio (p. ex., ECA, bloqueadores dos receptores da 
angiotensina II ou diuréticos poupadores de potássio). Normalmente, a restrição de potássio não é 
necessária com TFGe > 30 mL/min/1,73 m2. Tratamento da hiperpotassemia leve a moderada (5,1 a 6 
mmol/L) implica restrição alimentar (incluindo evitar substitutos do sal), correção da acidose metabólica e 
uso de diuréticos redutores de potássio e trocadores de cátions gastrointestinais. Hiperpotassemia 
grave (> 6 mmol/L) justifica o tratamento urgente. 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7as-glomerulares/vis%C3%A3o-geral-da-s%C3%ADndrome-nefr%C3%B3tica
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7as-glomerulares/vis%C3%A3o-geral-da-s%C3%ADndrome-nefr%C3%B3tica
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-lip%C3%ADdicos/dislipidemia
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/les%C3%A3o-renal-aguda/rabdomi%C3%B3lise
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-eletrol%C3%ADticos/hipercalcemiahttps://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-nutricionais/defici%C3%AAncia,-depend%C3%AAncia-e-toxicidade-das-vitaminas/defici%C3%AAncia-e-depend%C3%AAncia-de-vitamina-d
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/hipertens%C3%A3o/hipertens%C3%A3o
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/metabolismo-de-l%C3%ADquidos/sobrecarga-de-volume
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/sintomas-de-doen%C3%A7as-genitourin%C3%A1rias/protein%C3%BAria
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-eletrol%C3%ADticos/hiperpotassemia
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-eletrol%C3%ADticos/hiperpotassemia#v8375758_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-eletrol%C3%ADticos/hiperpotassemia#v8375758_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/les%C3%A3o-renal-aguda/les%C3%A3o-renal-aguda#v1054015_pt

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