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CONCEITUAÇÃO COGNITIVA Uma conceituação cognitiva dá o enquadramento para compreender o paciente. Para dar início ao processo de formulação de um caso. A conceituação cognitiva fornece a estrutura para o entendimento de um paciente pelo terapeuta. Qual o diagnóstico do paciente? Quais seus problemas atuais? Como esses problemas se desenvolveram? Que pensamentos e crenças disfuncionais estão associados ao problema? Quais as reações emocionais, fisiológicas e comportamentais? “Como o paciente vê a si mesmo, os outros, seu mundo pessoal e o seu futuro?” “Quais são as crenças subjacentes do paciente (incluindo atitudes, expectativas e regras) e pensamentos?” “Como o paciente está enfrentando suas cognições disfuncionais?” “Que estressores (precipitantes) contribuíram para o desenvolvimento dos seus problemas psicológicos atuais ou interferem na resolução desses problemas?” Hipóteses A conceituação cognitiva fornece a estrutura para o entendimento de um paciente pelo terapeuta. Qual o diagnóstico do paciente? Quais seus problemas atuais? Como esses problemas se desenvolveram? Que pensamentos e crenças disfuncionais estão associados ao problema? Quais as reações emocionais, fisiológicas e comportamentais? “Se relevante, que experiências anteriores podem ter contribuído para os problemas atuais do paciente? Que significado o paciente extraiu dessas experiências e que crenças se originaram delas ou foram fortalecidas por essas experiências?” “Se relevante, que mecanismos cognitivos, afetivos e comportamentais (adaptativos ou desadaptativos) o paciente desenvolveu para enfrentar essas crenças disfuncionais?” Hipóteses 4 O terapeuta começa a construir uma conceituação cognitiva durante seu primeiro contato com um paciente. A conceituação já começa no primeiro contato com o paciente e é aprimorada a cada contato posterior. Você levanta hipóteses sobre o paciente com base não somente na formulação cognitiva do caso, mas também nos dados específicos que o paciente lhe apresenta. Você confirma, rejeita ou modifica suas hipóteses à medida que o paciente apresenta novos dados. A conceituação, portanto, é variável. O MODELO COGNITIVO A terapia cognitivo-comportamental está baseada no modelo cognitivo, o qual parte da hipótese de que as emoções, os comportamentos e a fisiologia de uma pessoa são influenciados pelas percepções que ela tem dos eventos. Situação/evento ↓ Pensamentos automáticos ↓ Reação (emocional, comportamental, fisiológica Não é a situação em si que determina o que a pessoa sente, mas como ela INTERPRETA uma situação. O MODELO COGNITIVO O modo como as pessoas se sentem está associado ao modo como elas interpretam e pensam sobre uma situação. Imagine, por exemplo, uma situação em que várias pessoas estão lendo um texto básico sobre terapia cognitivo-comportamental. Elas têm respostas emocionais e comportamentais bem diferentes à mesma situação, com base no que está se passando em suas mentes enquanto leem. A situação em si não determina diretamente como elas se sentem ou o que fazem; a sua resposta emocional é mediada pela percepção da situação. Os terapeutas cognitivo-comportamentais estão particularmente interessados no nível de pensamento que pode operar simultaneamente com um pensamento mais óbvio, de nível mais superficial. Começando na infância, as pessoas desenvolvem determinadas crenças sobre si mesmas, outras pessoas e seus mundos. CRENÇAS As suas crenças mais centrais, ou crenças nucleares, são compreensões duradouras tão fundamentais e profundas que frequentemente não são articuladas nem para si mesmo. As crenças nucleares são o nível mais fundamental da crença; elas são globais, rígidas e supergeneralizadas. CRENÇAS A tendência é de focalizar seletivamente informações que confirmem a crença central, desconsiderando informações que são contrárias. Desse modo, ele mantém a crença mesmo que ela seja imprecisa e disfuncional. CRENÇAS Modelo de processamento de informação As crenças nucleares influenciam o desenvolvimento de uma classe intermediária de crenças, que são as atitudes, as regras e os pressupostos (frequentemente não articulados). O Leitor E, por exemplo, tinha as seguintes crenças intermediárias: Atitudes, Regras e Suposições Atitude: “É terrível falhar.” Regra: “Desistir se um desafio parece muito grande.” Pressupostos: “Se eu tentar fazer alguma coisa difícil, vou falhar. Se eu evitar fazer, ficarei bem.” A trajetória usual do tratamento, na terapia cognitiva, envolve uma ênfase inicial sobre pensamentos automáticos, as cognições mais próximas à percepção consciente. O terapeuta ensina o paciente a identificar, avaliar e modificar seus pensamentos, a fim de produzir alívio de sintomas. Atitudes, Regras e Suposições O terapeuta ensina o paciente a identificar essas cognições que estão mais próximas da consciência e a ter distanciamento delas ao aprender que: Só porque ele acredita em uma determinada coisa não significa necessariamente que ela seja verdade. Mudar seu pensamento, para que seja mais útil e baseado na realidade, ajuda-o a se sentir melhor e a progredir em direção aos seus objetivos. Pensamentos automáticos Crenças intermediárias (atitudes, regras e suposições) Crenças centrais As crenças disfuncionais que estão por trás dos pensamentos disfuncionais tornam-se foco do tratamento. A modificação profunda de crenças mais fundamentais torna os pacientes menos propensos a apresentar recaída no futuro. Atitudes, Regras e Suposições Relacionamento do comportamento com os pensamentos automáticos Crença Central Crença Intermediária Situação Pensamento Automático Reação: Emocional Comportamental Fisiológica Em uma situação específica, as crenças subjacentes influenciam a percepção da pessoa, que é expressa pelos pensamentos automáticos em situações específicas. Esses pensamentos, por sua vez, influenciam a reação emocional, comportamental e fisiológica. Crença nuclear: “Eu sou incompetente.” ↓ Crenças intermediárias Atitude: “É terrível falhar.” Regra: “Eu devo desistir se um desafio parecer muito grande.” Pressupostos: “Se eu tentar fazer alguma coisa difícil, vou falhar. Se eu evitar fazer, vou ficar bem.” ↓ Situação: Leitura de um novo texto ↓ Pensamentos automáticos: “Isto é muito difícil. Eu sou tão burro. Eu nunca vou entender isso. Eu nunca vou me sair bem como terapeuta.” ↓ Reação Emocional: Desânimo Fisiológica: Peso no corpo Comportamental: Evita as tarefas e, em vez disso, vai assistir à televisão. Crenças centrais inarticuladas influenciam a percepção da situação. O terapeuta deve aprender a conceituar as dificuldades cognitivos, do paciente em afim de determinar termos como proceder na terapia (metas, técnicas) Relacionamento do comportamento com os pensamentos automáticos Uma conceituação cognitiva correta auxilia em determinar quais as principais caminhos e como percorrer. As hipóteses levantadas são confirmadas e desconfirmadas à medida que novos dados são apresentados. Relacionamento do comportamento com os pensamentos automáticos image1.jpg image2.jpg image3.png image4.png image5.gif image6.jpeg image7.png image8.jpg image9.png image10.jpg image11.jpg image12.jpg image13.jpg image14.png image15.png image16.jpg image17.jpg image18.png image19.png image20.png image21.png image22.jpg image31.png image23.png image24.png image25.png image26.png image27.png image28.png image29.png image30.png image32.png image33.jpg image34.jpg