Prévia do material em texto
Cinética química A cinética química é uma área da Química que busca estudar e compreender a velocidade das reações químicas.Conhecer e controlar a velocidade de uma reação química é essencial no trabalho do químico. A cinética química é uma subárea da Química que estuda a velocidade das reações químicas, bem como mecanismos para seu controle. É por meio do estudo da cinética que se desenvolvem modelos matemáticos para entender a velocidade de consumo de um reagente ou de geração de um produto em uma reação química. O estudo da cinética química permite que saibamos os fatores capazes de alterar a velocidade de uma reação química, seja para torná-la mais rápida ou então mais lenta. A compreensão desse campo é essencial para o desenvolvimento de diversas áreas industriais, como a farmacêutica, a de petróleo e gás, a automotiva, entre outras. Resumo sobre cinética química ● A cinética química é uma área da Físico-Química que estuda a velocidade dos processos químicos, bem como mecanismos de controle para tal. ● A velocidade de uma reação química tem relação com a quantidade de reagente consumido ou de produto gerado em um determinado intervalo de tempo. ● É comum estabelecer modelos de estudo de velocidade por meio da velocidade inicial de consumo de reagente. ● A cinética química busca, por meio da teoria das colisões, explicar as condições necessárias para a ocorrência de uma reação química. ● Entre os mecanismos de controle para a velocidade de uma reação química estão os fatores capazes de alterar a velocidade da reação química: a concentração, a temperatura, a superfície de contato e o catalisador. ● Catalisadores são substâncias químicas que diminuem a energia de ativação da reação química ao estabelecer uma nova rota reacional no meio. Ao fim, não são consumidos, já que são regenerados. ● A cinética química é importante para campos diversos, como para a indústria farmacêutica. O que é cinética química? Cinética química é a área da Química, mais especificamente da Físico-Química, que se preocupa em estudar e compreender a velocidade com que as reações químicas ocorrem e suas formas de controle. https://brasilescola.uol.com.br/quimica/ https://brasilescola.uol.com.br/quimica/fisico-quimica.htm https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/quimica/o-que-e-uma-reacao-quimica.htm O que a cinética química estuda? A cinética química estuda a velocidade com que se desenvolve uma reação química, bem como os fatores capazes de controlar a progressão de uma reação, seja para retardá-la, seja para acelerá-la. Essa área da Físico-Química existe porque a Termodinâmica, apesar de ser muito importante para os sistemas químicos, não possui apenas a capacidade de determinar se um processo químico é espontâneo ou não. Alguns processos, mesmo sendo termodinamicamente favoráveis (ou seja, espontâneos), praticamente não ocorrem, como é o caso da decomposição do benzeno em carbono e hidrogênio, por exemplo. Isso tudo porque a Termodinâmica não estuda ou prevê os detalhes da progressão de um processo químico, algo que é competência da área de cinética química. Velocidade das reações químicas Em geral, a velocidade é definida como a variação de uma propriedade dentro de um intervalo de tempo. Na Física, por exemplo, mede-se velocidade quando se afere a variação da posição de um corpo, ou seja, qual a distância percorrida dentro de um intervalo de tempo. Em Química, de forma distinta, a velocidade de uma reação química avalia a variação da concentração de um participante, seja reagente ou produto, dentro de um intervalo de tempo. → Velocidade média da reação química É bem verdade que a velocidade de consumo de um reagente (R) ou de geração de produto (P) muda com o tempo, e, por isso, é interessante que se trabalhe com a velocidade média da reação química (Vm),. Perceba que a velocidade média para o reagente possui um sinal negativo antes. Isso porque como o reagente é consumido, a variação da concentração é negativa, e como não se admitem valores negativos para a velocidade, deve-se incluir o sinal para correção. Dentro de uma reação química, contudo, os reagentes e produtos são consumidos ou gerados mediante uma proporção estequiométrica. Por exemplo, na reação de síntese da amônia:N2 + 3 H2 ⇌ 2 NH3 → Lei da velocidade Uma das principais formas de estudo da tendência da velocidade de uma reação química é por meio das velocidades iniciais. Isso porque no início de uma reação https://brasilescola.uol.com.br/quimica/velocidade-das-reacoes-quimicas.htm https://brasilescola.uol.com.br/quimica/velocidade-das-reacoes-quimicas.htm https://brasilescola.uol.com.br/quimica/benzeno.htm https://brasilescola.uol.com.br/quimica/carbono.htm https://brasilescola.uol.com.br/quimica/hidrogenio.htm https://brasilescola.uol.com.br/fisica/ https://brasilescola.uol.com.br/quimica/amonia-nh3.htm química, a concentração dos produtos é igual a zero. Dessa forma, pode-se excluir a interferência dos produtos na velocidade da reação, simplificando o entendimento e os cálculos. Observe, a seguir, uma reação hipotética: AB → A + B Experimentalmente, sabe-se que quanto maior a concentração inicial do reagente, maior a velocidade de consumo deste. Assim, pode-se dizer que Velocidade inicial de consumo de AB∝ [AB]inicial O símbolo∝ significa “proporcional a”. Para retirar a proporcionalidade e transformar essa leitura em uma igualdade, usa-se uma constante de proporcionalidade, conhecida como constante de velocidade, representada pela letra k: Velocidade inicial de consumo de AB = k ∙ [AB] A constante k é exclusiva de cada reação, ou seja, ela varia de acordo com o processo químico estudado. Em um mesmo processo químico, o valor de k só se altera com a mudança da temperatura em que a reação química ocorre. Perceba que a variação da concentração de AB em função da velocidade inicial de consumo é uma equação de primeiro grau, ou seja, uma relação linear. Porém, para alguns processos químicos, essa relação pode ser qualquer uma — como, por exemplo, quadrática, cúbica ou simplesmente sem relação. Ou seja, a velocidade de consumo é constante e só depende do valor de k. Então, de modo geral, uma lei de velocidade para um processo químico com n reagentes (R) pode ser escrita como: Velocidade = k ∙ [R1]a ∙ [R2]b ∙ ... ∙ [Rn]n Os expoentes são conhecidos como “ordem” e podem ser qualquer número inteiro positivo, além do 0 — ou seja, 0, 1, 2, 3 e assim sucessivamente —, não necessariamente diferentes um do outro, podendo ser iguais também. As ordens de cada reagente são determinadas experimentalmente, mediante a avaliação das velocidades em situações diversas. Contudo, em dois casos é possível determinar o valor dessas ordens de maneira direta: quando a reação ocorre em uma única etapa (chamada de reação elementar) ou quando a etapa lenta da reação química é conhecida. Nesses casos, a ordem é numericamente igual aos coeficientes estequiométricos da equação química. Teoria das colisões A teoria das colisões é um modelo para descrever como ocorrem reações químicas em nível molecular. Segundo essa teoria, as reações químicas só podem ocorrer se https://brasilescola.uol.com.br/matematica/equacao-do-1-grau.htm https://brasilescola.uol.com.br/quimica/lei-velocidade-das-reacoes-quimicas.htm https://brasilescola.uol.com.br/quimica/energia-cinetica-teoria-colisao.htm as partículas dos reagentes se encontrarem, colidindo entre si. É interessante pensar que as partículas podem ser consideradas como bolas de bilhar. Contudo, nem toda colisão necessariamente implica uma reação química. Para que esta seja efetiva, dois fatores devem ser considerados: a geometria das colisões e também a energia cinética das colisões. A geometria de uma colisão diz respeito à orientação das colisões, ou seja, se as moléculas se chocarão no ângulo correto. Imagine a seguinte reação: H2 + I2 → 2 HI https://brasilescola.uol.com.br/fisica/energia-cinetica.htm