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Memorex Carreiras Policiais – Rodada 01
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 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 2 
 
 
 
Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos 
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua 
aprovação. 
Você está tendo acesso agora à Rodada 01. As outras 05 rodadas serão 
disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo: 
 
Material Data 
Rodada 01 Disponível Imediatamente 
Rodada 02 16/11/2022 
Rodada 03 23/11/2022 
Rodada 04 30/11/2022 
Rodada 05 07/12/2022 
Rodada 06 14/12/2022 
 
 
Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois, 
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no 
resultado final. 
 
Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO. 
 
Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada 
uma das dicas. 
 
Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas 
para: atendimento@pensarconcursos.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 3 
 
 
ÍNDICE 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4 
INFORMÁTICA .................................................................................................................... 17 
RLM ........................................................................................................................................... 23 
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 27 
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 37 
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 47 
DIREITO PROCESSUAL PENAL .................................................................................. 60 
LEGISLAÇÃO PENAL E PROCESSUAL PENAL ..................................................... 69 
DIREITOS HUMANOS ...................................................................................................... 81 
CRIMINOLOGIA ................................................................................................................. 86 
MEDICINA LEGAL .............................................................................................................. 92 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 4 
LÍNGUA PORTUGUESA 
DICA 01 
ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO DO TEXTO E SEU SENTIDO - GÊNERO DO TEXTO - 
TIPOS TEXTUAIS X GÊNEROS TEXTUAIS 
 A tipologia textual é a classificação de um texto de acordo com as informações 
que aparecem nele, considerando suas características internas. 
 Já, os gêneros textuais são a classificação de acordo com a relação entre a 
função do texto na sociedade e as características internas desse texto. 
GÊNEROS TIPOS TEXTUAIS 
Notícia Narrativo, Descritivo 
Receita culinária Injuntivo 
Bula de remédio Injuntivo, Descritivo 
Reportagem Narrativo, Dissertativo 
DICA 02 
TIPO NARRATIVO 
 Na narração, o objetivo do autor é contar um fato, relatar acontecimentos (reais ou 
imaginários). 
 Há a predominância de verbos no pretérito perfeito, mas poderá haver verbos no 
presente, referindo-se ao passado (presente histórico). 
 Há evolução cronológica (antes e depois). 
 Existem duas características que ajudarão você a identificar um tipo narrativo: 
 Evolução cronológica: independentemente se o verbo está no passado ou no 
presente. 
 Intenção do autor: contar uma história! 
DICA 03 
TIPO DESCRITIVO 
 Na descrição há características de uma pessoa, de um objeto, de uma paisagem, 
de uma situação. 
 Há detalhamentos e simultaneidade. 
 Ex.: O amor estava de chambre azul, recostado no sofá cheio de almofadas 
coloridas. 
 Existem duas características que ajudarão você a identificar um tipo descritivo: 
 Simultaneidade: não há antes e depois. 
 Intenção do autor: caracterizar pessoas, objetos, situações... 
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 5 
DICA 04 
TIPO ARGUMENTATIVO 
 Possui o objetivo de persuadir e convencer o leitor a concordar com a tese 
defendida. 
 Ex.: manifestos, abaixo-assinados, artigos de opiniões. 
 A apresentação e defesa da tese são estruturadas por meio de uma introdução, 
desenvolvimento e conclusão. 
DICA 05 
TIPO ARGUMENTATIVO 
 Na introdução: Há a apresentação da tese que será defendida sobre o tema escolhido. 
A tese é apresentada de forma clara e objetiva, estando bem definida. Aqui, não é feita 
argumentação da tese. 
 No desenvolvimento: O autor explora todos os argumentos relacionados a sua tese, 
apresentando os pontos positivos e os pontos negativos do tema. Poderá focar em um 
argumento que queira sustentar. A linguagem precisa ser clara e coerente. Deve haver 
uma sequência lógica. Há o uso de dados estatísticos, fatos comprovados, alusões 
históricas... 
 Na conclusão: Há a retomada da tese inicial, a qual foi defendida pelos argumentos 
apresentados no desenvolvimento. Pode apresentar soluções viáveis ou de propostas de 
intervenção. 
DICA 06 
MODOS VERBAIS - IMPERATIVO E SUBJUNTIVO 
 Imperativo: Indica um pedido, um conselho ou uma ordem. 
 Ex.: Vá para o seu quarto!; Repense melhor! 
 Subjuntivo: Indica uma possibilidade ou uma dúvida. 
 Ex.: Talvez Márcio jante esta noite. 
 Se eu morasse em São Paulo, eu seria feliz. 
DICA 07 
MODO VERBAL DO INDICATIVO 
 Indicativo: O modo indicativo expressa uma certeza ou uma realidade. 
 Ex.: Mônica sempre estuda no quarto. 
 Eu moro em Londrina. 
QUESTÃO. 
No trecho "Educai as crianças e não será preciso punir os homens.” (7° parágrafo), o 
verbo destacado tem o sentido de: 
A) conselho. 
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 6 
B) permissão. 
C) decreto. 
D) dúvida. 
Gabarito: Alternativa A, pois o verbo tem o objetivo de aconselhar e está no modo 
imperativo. 
DICA 08 
INFINITIVO 
 Infinitivo: dormir, correr, amar (ações potenciais). O infinitivo pode ser pessoal ou 
impessoal: 
INFINITIVO PESSOAL INFINITIVO IMPESSOAL 
O infinitivo pessoal é flexionado, varia 
em número e pessoa. 
 
 Ex.: Elas comeram muito churrasco. 
 Ouvi eles cochicharem baixinho. 
O infinitivo impessoal não se refere a 
nenhuma pessoa, apenas manifesta a 
ação e, por vezes, pode ter valor de 
substantivo. 
 
 Ex.: Dormir é a melhor coisa da Vida. 
DICA 09 
GERÚNDIO E PARTICÍPIO 
 Gerúndio: dormindo, correndo, amando (ações em curso). 
 Particípio: dormido, corrido, amado (ações passadas). O particípio pode ser regular ou 
irregular: 
PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR 
 Caracteriza-se pela terminação “ado”e 
“ido”. 
 Ex.: João havia jantado no restaurante. 
Mari tinha sido batizada. 
 Pode exercer o papel de adjetivo. 
 Ex.: Mari adora polentas fritas. 
Todo o presente é aceito com muito amor. 
DICA 10 
ADVÉRBIO 
É palavra invariável que pode se referir a um verbo, a um advérbio ou a um adjetivo. 
Expressa uma circunstância. 
 Ex.: As crianças falavam calmamente (advérbio de modo). 
 
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 7 
QUESTÃO 
Na frase “e torcer para eles sumirem logo”, o termo ‘logo’ funciona como: 
A) advérbio de lugar. 
B) advérbio de tempo. 
C) conjunção conclusiva. 
D) conjunção explicativa. 
Gabarito: Alternativa B, pois “logo” expressa um valor temporal. 
DICA 11 
CIRCUNSTÂNCIAS DO ADVÉRBIO 
 Lugar: Atrás, embaixo, ali, lá, aqui, longe, perto. 
 Tempo: Amanhã, hoje, outrora, breve, cedo, logo, ainda (até agora). 
 Ordem: Primeiramente, depois, ultimamente. 
 Intensidade: Tão, pouco, muito, mais, menos. 
 Modo: Bem, mal, melhor, pior, rapidamente, devagar. 
 Afirmação: Sim, realmente, certamente. 
 Negação: Não, nunca, nem, tampouco. 
 Dúvida: Provavelmente, talvez, possivelmente. 
 Inclusão: Ainda, também, mesmo. 
 Exclusão: Salvo, apenas, senão, só, unicamente. 
 Um exemplo das circunstâncias do advérbio: 
Maria dormiu. 
→ ONDE ela dormiu? (no quarto) → lugar 
→ QUANDO ela dormiu? (ontem) → tempo 
→ COMO ela dormiu? (sentada) → modo 
OBS.: As circunstâncias adverbiais são infinitas. 
OBS.: “Dormir” é VI (verbo intransitivo). Então, tudo o que for adicionado 
após o verbo é apenas um acréscimo de circunstância. 
 
 
 
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 8 
DICA 12 
TEMPOS VERBAIS - TEMPOS DO INDICATIVO 
 Presente: indica um fato atual ou que acontece muito. 
 Ex.: Silvia lê no quarto todos os dias. 
 
 Pretérito Imperfeito: uma ação contínua que acontecia no passado, mas parou de 
ocorrer. 
 Ex.: Ele brincava no pátio todos os dias. 
 
 Pretérito Perfeito: fato no passado que já foi concluído. 
 Ex.: Ele brincou no pátio ontem. 
 
 Pretérito-Mais-Que-Perfeito: fato ocorrido antes de outro fato já terminado. 
 Ex.: Mauro falara de suas profissões. 
 
 Futuro do Presente: uma ação que acontece num tempo após o momento atual. 
 Ex.: Marina comerá massa amanhã. 
 
 Futuro do Pretérito: fato futuro subordinado a um acontecimento anterior. 
 Ex.: Se eu tivesse dinheiro, iria ao teatro. 
DICA 13 
TEMPOS DO SUBJUNTIVO 
 Presente do Subjuntivo: Indica um fato hipotético no presente. 
 Ex.: Minha mãe quer que eu seja arquiteta. 
 
 Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: Fato hipotético no passado. 
 Ex.: Seria melhor se eu esperasse menos de você. 
 
 Futuro do Subjuntivo: Fato que pode acontecer num momento futuro em relação ao 
atual. 
 Ex.: Quando ela vier à loja, levará os vestidos mais ousados. 
 
 
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 9 
DICA 14 
TEMPOS DO SUBJUNTIVO 
Exemplo de tabela da conjugação do verbo “amar” no modo subjuntivo simples: 
PRESENTE IMPERFEITO FUTURO 
que eu ame 
que tu ames 
que ele ame 
que nós amemos 
que vós ameis 
que eles amem 
se eu amasse 
se tu amasses 
se ele amasse 
se nós amássemos 
se vós amásseis 
se eles amassem 
quando eu amar 
quando tu amares 
quando ele amar 
quando nós amarmos 
quando vós amardes 
quando eles amarem 
DICA 15 
MORFOLOGIA : CLASSES DE PALAVRAS - SUBSTANTIVO, ARTIGO E PRONOME 
SUBSTANTIVO 
 Dá nome aos objetos, aos seres, aos lugares, às ações, entre outros. 
 O substantivo pode ser flexionado em número (singular ou plural), em 
gênero (feminino ou masculino) e em grau (diminutivo ou aumentativo). 
 Exemplos: caderno, fadas, cidade. 
ARTIGO 
 Particulariza o sentido do substantivo. 
 Os artigos são: O, A, OS, AS, UM, UNS, UMA, UMAS. 
PRONOME 
 O pronome possui a função de substituir ou de retomar alguma coisa. 
 Exemplos: lhe, cujo. 
DICA 16 
ADVÉRBIO, NUMERAL E CONJUNÇÃO 
ADVÉRBIO 
 Modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. 
 Os advérbios podem ser de: MODO, LUGAR, TEMPO, INTENSIDADE... 
 Exemplos: hoje, ontem, rapidamente, não. 
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 10 
NUMERAL 
 Termo que indica posição, multiplicação, quantidade ou fração. 
 Exemplos: três, terço. 
CONJUNÇÃO 
 A conjunção conecta orações ou palavras de igual valor gramatical, 
criando uma relação entre eles. 
 Exemplos: embora, mas, e. 
 
QUESTÃO. 
“Um homem de 44 anos foi preso na noite desta quinta-feira (16), após tentar furtar 
uma residência, localizada na rua Duque de Caxias entre Rafael Vaz e Silva e 
Guanabara, em Porto Velho. A Polícia Militar foi informada que o criminoso, usando um 
alicate grande, teria cortado o cadeado do portão da residência, porém, o cachorro da 
casa começou a latir e o homem fugiu. Populares seguiram o criminoso, acionaram a 
Polícia Militar, ele recebeu voz de prisão e foi encaminhado para a Central de 
Flagrantes.” (Rondoniagora, 17/09/2021) 
Na frase “o cachorro da casa começou a latir e o homem fugiu”, a conjunção E mostra o 
mesmo valor em: 
a) O ladrão chegou perto da casa e observou o cenário; 
b) O bandido usou o alicate e cortou o cadeado; 
c) A Polícia Militar chegou e o bandido ficou com medo; 
d) O meliante foi preso e encaminhado para a delegacia; 
e) Os assaltos e furtos são comuns nas grandes cidades. 
Gabarito: Alternativa C. 
Comentário: Alternativa correta, pois há uma relação de causa e consequência, assim 
como na frase do enunciado. 
DICA 17 
PREPOSIÇÃO, ADJETIVO, INTERJEIÇÃO E VERBO 
PREPOSIÇÃO 
 Termo que exprime uma relação de regência. 
 As principais preposições são: A, ANTE, ATÉ, APÓS, COM, CONTRA, DE, 
DESDE, EM, ENTRE, PARA, PER, PERANTE, POR, SEM, SOB, SOBRE, TRÁS. 
 
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 11 
ADJETIVO 
 Atribui características aos substantivos. 
 Exemplos: azul, espanhol, inteligente. 
INTERJEIÇÃO 
 Expressa o estado emotivo daquele momento. 
 Exemplos: Eita!, Oh!, Surpresa! 
VERBO 
 Expressa estado, ação e fenômeno da natureza. 
 Exemplos: cuidar, chover, amar, dormir, cantar, torcer. 
DICA 18 
CLASSES GRAMATICAIS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS 
INVARIÁVEIS VARIÁVEIS 
 INTERJEIÇÕES 
 PREPOSIÇÕES 
 CONJUNÇÕES 
 ADVÉRBIOS 
 ADJETIVOS 
 PRONOMES 
 SUBSTANTIVOS 
 NUMERAIS 
 VERBOS 
 ARTIGOS 
 As palavras invariáveis, como o próprio nome diz, NUNCA variam. 
 Ex.: Amanhã, passearemos com os cachorros. → Veja que “amanhã” é um advérbio e 
não importa se a frase estiver no singular ou no plural, a palavra “amanhã” é invariável. 
 As palavras variáveis, como o próprio nome diz, VARIAM. 
 Ex.: “esperto(a)” é um adjetivo e varia. Veja abaixo: 
 Ex.: A menina esperta. 
 As meninas espertas. 
DICA 19 
SUBSTANTIVAÇÃO 
É um processo de formação de novas palavras. Também é chamado de DERIVAÇÃO 
IMPRÓPRIA. 
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 12 
 Veja os exemplos abaixo: 
 O andar de Paulo era estranho. → Veja que “andar” é verbo, mas nessa frase ele se 
transformou em substantivo em decorrência do artigo usado (processo de 
substantivação). 
 Marina disse um não com determinação. → Veja que “não” é um advérbio, mas 
nessa frase ele se transformou em um substantivo. 
 O azul do mar é encantador. → Veja que “azul” é um adjetivo, mas nessa frase ele 
se transformou em um substantivo. 
DICA 20 
ESTRUTURA DAS PALAVRAS: RADICAL E DESINÊNCIA 
A palavra tem seu significado principal no RADICAL. São acrescentados outros 
elementos ao radical. 
 Ex.: VENDER → VENDA → VENDEDOR (RADICAL = VEND) 
A DESINÊNCIA aparece após os radicais. Pode ser desinência verbal ou nominal. 
 Desinência Nominal: indica o número (singular ou plural) e o gênero (feminino ou 
masculino). As desinências de gênero são, portanto, “a” e “o”. Quanto à desinência de 
número, é formada pelo “s” se for plural; se for singular, não existe uma desinência 
própria. 
 Desinência Verbal: indica o modo, a pessoa, o número, bem como o tempo dos 
verbos. 
 Ex.: “NAMORÁVAMOS” 
 Radical = namor 
 Vogal temática = á 
 Desinência modo-temporal = va 
 Desinência número-pessoal = mos 
DICA 21 
PROCESSO E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 
 Palavras Primitivas: não se formam por meio de outras palavras. 
 Ex.: flor; pedra. 
 Palavras Derivadas: formam-se por meio de palavras que já existem. 
 Ex.: floricultura; pedreiro. 
 Palavras Compostas: têm dois ou mais radicais. Geralmente, possuem um 
significado novo, diferente do significado das palavras que a formam. 
 Ex.: planalto. 
 couve-flor. 
 
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 13 
DICA 22 
DERIVAÇÃO 
Derivação prefixal: é a inclusão do prefixo à palavra de origem primitiva. 
 Ex.: Recomeçar. 
Derivação sufixal: é a inclusão do sufixo à palavra de origem primitiva. 
 Ex.: tristeza. 
Derivação regressiva: quando existe um processo de redução na 
palavra primitiva. 
 Ex.: “portuga” é derivação regressiva de “português”. 
Derivação imprópria: alteração semântica na nova palavra. 
Há uma mudança de classe gramatical. 
 Ex.: “alto” é adjetivo, mas pode ser um advérbio. 
→ Mônica fala muito alto. (Nesse caso, “alto” não é um adjetivo, mas um 
advérbio). 
Derivação parassintética/parassíntese: há a inclusão de um prefixo 
e de um sufixo à palavra. 
 Ex.: per + noit + ar = pernoitar 
DICA 23 
FLEXÃO NOMINAL 
 Pontos importantes sobre flexão nominal: 
Substantivos terminados em “ão”: 
1) Apenas é acrescentado o “s” ao final. Ex.: cidadão – cidadãos. 
2) “Ão” → “ães”. Ex.: alemão – alemães. 
3) “Ão” → “ões”. Ex.: doação – doações. 
Substantivos que terminam em “al”, “ol”, “el” e “ul”: 
 Ex.: lençol – lençóis. 
 guarda-sol – guarda-sóis. 
Substantivos terminados em “x”: 
 Ex.: O tórax – os tórax. 
SÃO INVARIÁVEIS! 
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 14 
ATENÇÃO! 
 Pode ser “pegadinha” de prova: 
Aldeão – aldeões, aldeãos e aldeães → (TODAS ESTÃO CORRETAS) 
Guardião – guardiães e guardiões → (TODAS ESTÃO CORRETAS) 
DICA 24 
FLEXÃO VERBAL 
 MODO: 
Modo indicativo – há certeza na fala. 
 Ex.: Eu vou comprar ingressos para o teatro. 
Modo subjuntivo – há hipótese/suposição na fala. 
 Ex.: Se você falasse comigo, seria muito bom. 
Modo imperativo – há uma ordem/pedido. 
 Ex.: Vá tomar banho! 
 TEMPO: 
Passado: 
Pretérito perfeito: Ex.: Eu amei. 
Pretérito imperfeito: Ex.: Eu amava. 
Pretérito mais-que-perfeito: Ex.: Eu amara. 
Presente: Ex.: Eu amo, tu amas, ele ama... 
 FUTURO: 
Futuro do presente: Ex.: Eu amarei. 
Futuro do pretérito: Ex.: Eu amaria. 
 PESSOA: 
1ª pessoa: Eu e nós. 
2ª pessoa: Tu e vós. 
3ª pessoa: Ele e eles. 
 NÚMERO: 
singular e plural. 
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 15 
 VEJA COMO JÁ FOI COBRADO EM PROVA: 
QUESTÃO 
“Sou tudo o que fui, o que sou, o que serei.” 
Assinale a opção em que todas as formas verbais que correspondem, respectivamente, 
às sublinhadas no fragmento acima, estão corretas. 
a) teve / tenho / terei. 
b) fiz / faço / fazerei. 
c) vi / vejo / virei. 
d) houve / hei / haverei. 
e) venho / vim / verei. 
Gabarito: Alternativa D. 
DICA 25 
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS 
 “CONJUNÇÃO” é um tema muito cobrado em prova. 
 Conjunções coordenativas: ligam termos que não têm dependência entre si. As 
conjunções coordenativas podem ser: 
ADVERSATIVA = relação de OPOSIÇÃO 
 Ex.: todavia, porém, entretanto, contudo, mas. 
 MACETE: TOME NO COPO 
TOdavia 
Mas 
Entretanto 
NO entanto 
COntudo 
POrém 
 
 
ADITIVA = relação de SOMA 
 Ex.: mas também, bem como, como também. 
ALTERNATIVA = relação de ALTERNÂNCIA 
 Ex.: seja... seja, quer... quer. 
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 16 
EXPLICATIVA = relação de EXPLICAÇÃO 
 Ex.: porquanto, porque, pois (antes do verbo) 
CONCLUSIVA = relação de CONCLUSÃO 
 Ex.: portanto, logo, pois (após o verbo) 
 
QUESTÃO. 
Na frase “A natureza faz o homem feliz e bom, mas a sociedade o corrompe e torna-o 
miserável”, a conjunção sublinhada pode ser adequadamente substituída por: 
a) no entretanto; 
b) embora; 
c) visto que; 
d) portanto; 
e) contudo. 
Gabarito: Alternativa E, pois, há a ideia de oposição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 17 
INFORMÁTICA 
DICA 26 
COMPONENTES DE UM COMPUTADOR 
A arquitetura básica de computador é formada por Processador, Memória Principal e 
entradas e saídas. Tudo isso conectado através de barramentos. O processador é 
composto pela ULA (Unidade lógica aritmética), pelos registradores e pela UC (Unidade de 
Controle). O processador é responsável pelo processamento dos dados, é ele quem 
coleta e armazena os dados na memória principal. A memória principal realiza o 
armazenamento dos dados. A entrada e saída é responsável pela movimentação dos 
dados para dentro e fora do computador. 
DICA 27 
PRINCIPAIS PERIFÉRICOS 
Os periféricos são utilizados para enviar ou receber dados do computador, 
como por exemplo quando escrevemos no computador, utilizamos o teclado, tipo de 
periférico de entrada. Assim como o mouse também é um periférico de entrada. Outros 
periféricos de entrada são: Scanner, Microfone, caneta óptica etc. 
Os periféricos de saída são aqueles responsáveis por emitir algo do computador, 
como por exemplo o monitor de vídeo. Chama-se o monitor de vídeo de periférico de 
saída temporária, pois caso não haja energia não haverá saída. Outros periféricos de saída 
são: Impressora, Caixa de Som, Fone de ouvido etc. 
DICA 28 
MÍDIAS PARA ARMAZENAMENTO DE DADOS 
São as mídias que armazenam os dados que desejamos ter de maneira 
permanente. 
Exemplos de mídias são: HD (Hard Disk ou Disco Rígido), CD, DVD, Pen drive , HD 
externo, Fita Magnética, cartão de memória etc. 
O pen drive e os cartões de memória utilizam a memória flash. Éum tipo de memória 
mais rápida que a do HD convencional, porém mais lenta que a memória volátil. 
DICA 29 
CONCEITOS GERAIS DE SISTEMAS OPERACIONAIS 
O sistema operacional é o software base do computador. É ele quem acessa 
diretamente o Hardware e faz todo o gerenciamento dos recursos, seja de memória 
volátil, armazenamento e escalonamento de processos. O usuário não acessa 
diretamente nenhum desses hardwares, tudo é feito através do sistema operacional, feito 
através de chamadas de funções. O sistema operacional tem funções que são 
chamadas para realizar determinadas tarefas, como por exemplo abrir um arquivo, 
enviar um arquivo para impressão etc. 
DICA 30 
WINDOWS 10 
É um sistema operacional desenvolvido e mantido pela Microsoft. É um sistema 
proprietário, multisessão (capacidade de operar com várias contas de usuários), 
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 18 
multitarefa (execução de várias tarefas simultâneas). Disponível nas versões Home, Pro, 
Education, Enterprise. 
 Home - Versão mais comum presente em computadores domésticos, conta com a 
possibilidade de login facial ou biometria. 
 Pro - Versão que contém as funcionalidades do Home com dispositivos avançados de 
segurança como BitLocker para criptografia de HD e suporte a ingresso no domínio 
através do Azure Active Directory. 
 Enterprise - Engloba as funcionalidades da versão Pro e inclui outras opções 
avançadas como como o AppLocker. 
 Education - Versão geralmente utilizada para grandes ambientes de ensino, conta com 
as opções da versão enterprise, porém sem algumas opções de configuração de 
atualização. 
DICA 31 
OPÇÕES DE ENCERRAMENTO DO WINDOWS 
O Windows possui algumas opções de encerramento. As opções são acessíveis através do 
menu iniciar, porém também é possível acessá-las utilizando o atalho ALT + F4 na área 
de de trabalho. 
 As opções são: 
 Desligar - Fecha todos os aplicativos e desliga o computador. 
 Reiniciar - Fecha todos os aplicativos, desliga o computador e liga-o novamente. 
 Suspender - O computador permanece ligado, mas com baixo consumo de energia. Os 
aplicativos ficam abertos, assim, quando o computador é ativado, voltará ao ponto em 
que estava. 
 Trocar Usuário - Troca de usuário sem fechar aplicativos. 
 Sair - Fecha todos os aplicativos e faz logoff do usuário. 
DICA 32 
CONCEITO DE PASTAS, DIRETÓRIOS, ARQUIVOS 
Pastas são utilizadas para agrupar itens, é uma forma de organização. Um diretório tem a 
mesma função que uma pasta. 
Um arquivo é um componente que tem conteúdo, que tem informação. Ele pode ser do 
tipo Texto, Dado, Binário, Executável etc. 
No Windows, pastas e arquivos têm permissão de acesso, que é definido no menu de 
contexto na opção propriedades ao clicar com botão direito sobre o item, na aba 
segurança. 
Arquivos têm extensões, elas representam qual o tipo de arquivo e facilitam qual 
programa pode abri-lo. 
 Por exemplo Arquivo1.docx é um arquivo do Word. 
Executavel.exe é um arquivo que será executado pelo Windows. 
 
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 19 
DICA 33 
MOVIMENTAÇÃO DE ARQUIVOS NO EXPLORER, COPIAR, COLAR 
Utiliza-se o Windows Explorer para gerenciar arquivos no Windows. É possível copiar 
(CTRL + C) arquivos e colá-los(CTRL + V) para outras pastas. Também é possível 
mover arquivos e pastas. 
 Caso um arquivo seja copiado para dentro de uma pasta onde já exista um arquivo com 
o mesmo nome, o Windows irá perguntar se deseja: 
 Substituir o arquivo no destino; 
 Ignorar este arquivo; 
 Comparar informações para ambos os arquivos. 
No caso de copiar um arquivo e colar na mesma pasta em que o arquivo foi copiado, será 
feita uma cópia do arquivo e o nome será alterado para “nome do arquivo - Copia” 
É possível copiar arquivos utilizando o botão direito do mouse. Será necessário arrastá-
lo com o botão direito do mouse até a pasta de destino. Terá as seguintes opções: Copiar 
Aqui, Mover para Cá, Criar atalhos aqui. 
DICA 34 
MOVIMENTAÇÃO DE ARQUIVOS NO EXPLORER, MOVER E RECORTAR 
A opção de recortar (CTRL + X) um arquivo se assemelha com a de mover, quando se 
recorta um arquivo, este irá para a área de transferência e quando for colado no 
destino, o arquivo inicial deixará de existir, existindo, agora, somente no destino. 
Porém, faz-se necessário uma ressalva, caso a opção de mover seja a escolhida, isto é, o 
arquivo seja arrastado utilizando-se o botão esquerdo do mouse de um pasta para 
outra, caso o arquivo esteja em outra partição, ele não será excluído e será feita uma 
cópia na partição de destino. Caso o arquivo seja arrastado utilizando o botão direito do 
mouse e a opção Mover para Cá seja escolhida, o arquivo também deixará de existir na 
pasta de origem. 
DICA 35 
MOVIMENTAÇÃO DE ARQUIVOS, EXCLUSÃO 
Para excluir um arquivo, basta selecionar o arquivo e pressionar a tecla delete. Assim, o 
arquivo será enviado para a Lixeira e deste modo pode ser recuperado posteriormente. 
Porém, caso deseje excluir o arquivo definitivamente, pressione em conjunto as teclas 
SHIFT + DEL. Assim, o arquivo não será enviado para a Lixeira. Caso um atalho seja 
deletado, utilizando a tecla DEL ou a combinação SHIFT+ DEL, isto não irá afetar os 
arquivos originais, apenas o atalho será excluído. 
Ao deletar um arquivo de um pendrive ou outra mídia externa, mesmo utilizando apenas a 
tecla DEL, o arquivo não será enviado a Lixeira, será excluído definitivamente. Sendo 
possível somente a sua recuperação com ferramentas especializadas. 
 
 
 
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 20 
DICA 36 
PAINEL DE CONTROLE E TIPOS DE USUÁRIO 
A visualização do painel de controle se dá através de categorias ou de ícones, que 
mostram todos os itens pertencentes ao painel. através de categorias os itens ficam 
agrupados. 
Para desativar ou ativar recursos do Windows ou desinstalar um programa, utiliza-se a 
opção Programas e Recursos da categoria Programas. Para gerenciar o Firewall do 
Windows, ferramentas administrativas, histórico de arquivos, essas opções estão 
disponíveis na categoria Sistema e Segurança. Outras categorias são responsáveis por 
Aparência e Personalização, Relógio e Região, Rede e Internet, Contas de usuário. 
Para que se possa realizar alterações no painel de controle, o usuário deve ser um 
administrador. Além do administrador, o Windows conta com o tipo de conta usuário 
padrão. A diferença é que o usuário padrão não pode fazer alterações no sistema, porém, 
pode instalar programas para o seu usuário. 
DICA 37 
ELEMENTOS DO WINDOWS 
O Windows contém elementos que auxiliam o usuário. 
 Barra de Tarefas - Mostra os programas ativos e permite iniciar novos programas 
fixadas na barra de tarefas; 
 Barra de Ferramentas - Permite iniciar um endereço, um link, atalhos da área de 
trabalho ou arquivos uma pasta específica escolhida pelo usuário. Pode ser habilitada ou 
desabilitada clicando com o botão direito do mouse na barra de tarefas e ir até barra de 
ferramentas. Localizada na parte inferior da tela; 
 Central de Ações - Na central de ações ficam localizadas as notificações do Windows 
relativas ao e-mail, sistema, microsoft store; 
 Menu Iniciar - Contém opções de desligamento, de usuário, lista de programas 
ordenados alfabeticamente, e é possível adicionar atalhos de programas na tela do menu 
iniciar em forma de quadrados e organizá-los em grupos. 
QUESTÃO. 
Com relação a sistemas operacionaise ferramentas de edição de texto e planilhas, 
julgue o item a seguir. 
Programas e arquivos que estejam abertos e em uso no ambiente Windows podem ser 
acessados pelo Painel de controle, que é uma barra horizontal localizada na parte 
inferior da tela. 
Gabarito: Errado. 
DICA 38 
WINDOWS 10 - CORTANA 
O Windows 10 trouxe inúmeros recursos que facilitam nosso dia a dia, sendo um deles a 
Cortana, a qual é a assistente de produtividade pessoal da Microsoft que tem o intuito de 
fazer o usuário economizar tempo e se concentrar no que é mais importante. 
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 21 
Para ativar esse recurso, veja só como se faz: 
1º : Clique no ícone da Cortana na barra de tarefas; 
2º: Clique em configurações: ; 
3º: Após, clique em “Conversar com a Cortana”: 
4º: Depois, em Conversar com a Cortana, alterne a palavra de ativação para 
ativado. 
DICA 39 
CORTANA - DISPONIBILIDADE E FUNCIONALIDADES 
A Cortana está disponível apenas em determinados países/regiões, e alguns de seus 
recursos talvez não estejam disponíveis em todos os lugares, inclusive, sobre isso há uma 
lista das regiões e idiomas nos quais a Cortana está disponível pode ser encontrada no 
próprio site da Microsoft. 
 O recurso da Cortana traz inúmeras funcionalidades ao usuário do Windows, veja 
algumas delas: 
 Gerenciar seu calendário e manter sua agenda atualizada; 
 Participar de uma reunião no Microsoft Teams ou descobrir com quem será a sua 
próxima reunião; 
 Criar e gerenciar listas; 
 Configurar alarmes e lembretes; 
 Localizar dados, definições e informações; 
 Abrir aplicativos no computador. 
DICA 40 
MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PERMISSÕES NO LINUX 
Arquivos ocultos no Linux são identificados através de um ponto no início do arquivo. 
Arquivos e Pastas no Linux têm permissões para saber quem pode ler, executar e 
escrever um arquivo ou pasta. No Linux as permissões são divididas entre Dono, grupo 
e outros. As permissões são representadas da seguinte maneira: R para leitura, X para 
execução e W para escrita. Assim são 9 campos para cada arquivo ou pasta. 
Os três primeiros representam as permissões do dono, os três do meio do grupo e os 
últimos de outros. Um exemplo de um arquivo que pode ser lido, escrito e executado pelo 
dono e pelo grupo, mas não por outros: rwxrwx--- 
 A notação de permissão de um arquivo também pode ser representada por números: 
 Read - 4 
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 22 
 Write - 2 
 Execute - 1 
Assim, para representar nesta notação o exemplo anterior temos, 770. O comando que 
realiza essas alterações é o chmod 
Podemos notar que o valor 7 é o resultado da soma dos três campos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 23 
RLM 
DICA 41 
NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS 
O conjunto dos números naturais é representado pelo símbolo N, esse conjunto 
compreenderá aqueles números que surgem naturalmente da necessidade de contar. 
 Ex.: N= {0,1,2,3,4,5,6...}; 
No conjunto dos números naturais não temos números quebrados, e não têm números 
negativos. É o conjunto mais simples e possui uma quantidade infinita de elementos 
Conjunto dos Inteiros (Z) basta acrescentar os números negativos aos números 
naturais; 
 Ex.: Z= {...-3,-2,-1,0,1,2,3...}; 
Os números racionais Q serão formados pelo conjunto dos números inteiros mais os 
números quebrados, dizemos que um número é racional se ele pode ser representado na 
forma de fração; 
O conjunto dos números inteiros é um subconjunto dos racionais Z ⊂ Q. 
DICA 42 
OPERAÇÕES COM NÚMEROS INTEIROS E PROBLEMAS 
Um total de R$ 4.800,00 será dividido entre Ângela, Beatriz e Cláudio, de modo que 
Beatriz receberá R$ 100,00 a menos que Ângela, e Cláudio receberá R$ 200,00 a mais 
que Beatriz. O valor que receberá Beatriz é de? 
 Ex.: A+B+C=4.800, B=A-100, C=B+200. Com isso montamos o nosso sistema, sendo 
que A, B e C quantidade recebida por Ângela, Beatriz e Claudio, respectivamente. Vamos 
isolar C e jogar na 1º equação. A+B+B+200=4.800, A+2B=4.600 e B=A-100. Logo, 
A+2x(A-100)=4.600 → A+2A-200=4.600 → 3A=4.800 → A=1.600, B=1.500 e 
C=1.700. 
Em um bazar da pechincha, foram vendidas 168 peças a R$ 2,00 cada, 53 peças a R$ 
5,00 cada e roupas de festa a R$ 10,00 cada. Sabendo-se que o valor total arrecadado 
nesse bazar foi de R$ 1.071,00, a quantidade de roupas de festa vendidas foi? 
 Ex.: Vamos retirar as informações do enunciado: 
1) 168 peças a R$ 2,00 cada; 
2) 53 peças a R$ 5,00 cada; 
3) x roupas de festa a R$ 10,00 cada. Logo, O total arrecadado foi R$ 1.071,00. Ora, veja 
que o produto do número de peças pelo preço unitário fornece quanto o bazar arrecadou 
com aquela peça. Para obter o valor total, basta somarmos cada um desses produtos 
→ 168.2+53.5+x.10 = 1.071 → 336+265+10x = 1.71 → 10x = 1.071-601 → 10x = 470 
→x=47 peças de roupas foram vendidas. 
 
 
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 24 
DICA 43 
OPERAÇÕES COM NÚMEROS INTEIROS E PROBLEMAS 
As amigas Flávia, Gilda e Hilda, saíram para fazer um lanche. A 1º tinha 35 reais, a 2º 
tinha 45 reais e a 3º tinha 64 reais. Como Hilda tinha mais dinheiro, ela deu a cada uma 
das amigas alguma quantia de forma que ficassem, as 3, com quantias iguais. Vamos 
calcular a quantidade que Hilda deu a cada uma das amigas? 
 Ex.: Seja F quantidade de Flavia, G de Gilda e H de Hilda. Hilda tem mais grana e vai 
dar um pouquinho dela para suas amigas de modo que as 3 fiquem com a mesma 
quantia. Considere que x seja a quantia que Hilda dá a Gilda e y seja a quantia que Hilda 
dá a Flávia. G=45+x, F=35+y, H=64-x-y. Nesse momento as 3 têm a mesma quantidade: 
64-x-y=45+x=35+y. Ficamos com 2 equações, 2x+y=19 e x-y=-10. Logo x=3 reais e 
y= 13 reais; 
A soma de três números pares, positivos e consecutivos é 330. O maior número dessa 
sequência é o número? 
 Ex.: São 3 números pares, positivos e consecutivos. Vamos considerar que o segundo 
número par dessa sequência seja x. O próximo número par será x+2. O número par 
anterior a ele será x-2. Assim, temos a seguinte sequência de números: x-2, x, x+2. 
Sabemos que a soma deles é 330. Logo, x-2+x+x+2=330. 3x=330. X=110. Portanto, o 
maior número é o 112. 
DICA 44 
OPERAÇÕES COM NÚMEROS INTEIROS E PROBLEMAS 
No ato de pagamento por um produto, um cliente entregou ao caixa uma nota de R$ 50. 
Informado de que o dinheiro entregue não era suficiente, o cliente entregou mais uma 
nota de R$ 50 e recebeu do caixa R$ 27 de troco. O cliente reclamou que ainda faltavam 
R$ 9 de troco e foi imediatamente atendido pelo caixa. Nessa situação, o valor da compra 
foi de quanto? → O cliente entregou R$ 50,00 + R$ 50,00 = R$ 100,00, para o caixa. O 
atendente, apesar de inicialmente ter errado o troco, devolveu R$ 27,00 + R$ 9,00 = R$ 
37,00, logo, valor da compra total foi de R$ 100,00 − R$ 36,00 = R$ 64,00; 
Maria colocou 62 livros em três prateleiras. Na primeira prateleira, ela colocou 19 livros. 
Na segunda prateleira, ela colocou 25. Quantos livros Maria colocou na terceira prateleira? 
→ temos 62 livros distribuídos em 3 prateleiras, na primeira tem 19 livros, na segunda 
tem 25, e na terceira tem x. Quando somarmos as quantidades emcada prateleira, 
devemos obter o total de livros. Logo, 19 + 25 + x = 62 → 44 + x = 62 → x = 62 − 44 
→ x = 18 → Na terceira prateleira tem 18 livros; 
Durante 185 dias úteis, 5 funcionários de uma agência bancária participaram de um 
rodízio. Nesse rodízio, a cada dia, exatamente 4 dos 5 funcionários foram designados para 
trabalhar no setor X, e cada um dos 5 funcionários trabalhou no setor X o mesmo número 
N de dias úteis. O resto de N na divisão por 5 é igual a quanto? → 185 dias úteis são 37 
semanas, contando 5 dias úteis em cada uma delas, como 4 funcionários trabalham por 
dia útil. Dessa forma, cada funcionário trabalha 4 dias na semana no setor X. Assim, como 
são 37 semanas, o total de dias trabalhados será N=37x4=148. Dividindo 148/5=29x5+3, 
logo o Resto é de 3. 
 
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 25 
DICA 45 
MÚLTIPLOS E DIVISORES DE NÚMEROS NATURAIS 
Os múltiplos de um número são obtidos multiplicando o número por um fator. Este fator, 
por sua vez, é também divisor do múltiplo encontrado; 
 Ex.: O número 6 é um múltiplo de 2, pois 2x3=6 e o número 
2 é um divisor de 6, pois 6 2 = 3; 
Quando um número é múltiplo de outro, é o mesmo que dizer que o primeiro é divisível 
pelo último. No nosso exemplo 6 é múltiplo de 2 e, portanto, é divisível por 2, ou seja, 2 é 
divisor de 6; 
Sendo assim, os múltiplos de um número podem ser obtidos multiplicando-o por 1, 2, 3, 
4, 5…. Logo, os múltiplos de um número são infinitos; 
Já os divisores de um número são aqueles cuja divisão tem como resultado um número 
inteiro, ou seja, a divisão é exata. 
DICA 46 
DIVISIBILIDADE - DIVISORES E MÚLTIPLOS 
 Todo número é divisor de si mesmo; 
 O número 1 é divisor de qualquer número. 
 O conjunto dos divisores de um número diferente de zero, é finito no campo dos 
NATURAIS(N). 
 Ex.: Os divisores de 8 são (1, 2, 4, 8), finito. 
 Ser múltiplo de, é o mesmo que dizer: ser divisível por... 
 Ex.: Os múltiplos de 5, incluindo o zero, serão infinitos (0, 5, 10, 15, 20, 25, ....) pois 
de 5 em 5 todos serão divisíveis por 5. 
DICA 47 
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM 
 Se um número é múltiplo do outro, o M.M.C. é o maior número. 
 Ex.: Entre os números 4 e 12 o MMC será 12. 
 O M.M.C de números primos entre si é sempre igual ao produto deles. 
 Ex.: 15 e 13 teremos MMC igual a 15 x 13 = 195 
 O M.M.C de dois números consecutivos é sempre o produto deles. 
 Ex.: 7 e 8 o MMC será 7 x 8 = 56 
 Para obter o MMC de dois ou mais números fatoramos até chegarmos a 1. 
 Ex.: Qual o M.M.C. dos números 12,18 e 30? 
MMC 12, 18, 30 = 
12,18,30 |2 
6,9,15 |2 
3,9,15 |3 
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 26 
1,3,5 |3 
1,1,5 |5 
1,1,1 
Logo, 2x2x3x3x5 = 180 
MMC (12,18,30) = 180 
DICA 48 
MÁXIMO DIVISOR COMUM 
 Se um número é múltiplo do outro, o M.D.C é o menor número. 
 Ex.: Entre 6 e 24 o MDC será o número 6. 
 O M.D.C de números primos entre si é sempre igual a 1. 
 Ex.: 4 e 15 não tem divisor comum, portanto MDC igual a 1. 
DICA 49 
MÁXIMO DIVISOR COMUM 
Identificamos o MDC pela ideia de agrupar, separar, dividir, maior possível e o MMC 
pela ideia do após, encontro após um tempo, algo no futuro. 
 Ex.: Uma abelha rainha dividiu as abelhas de sua colmeia nos seguintes grupos para 
exploração ambiental: um composto de 288 batedoras e outro de 360 engenheiras. Sendo 
você a abelha rainha e sabendo que cada grupo deve ser dividido em equipes constituídas 
de um mesmo e maior número de abelhas possível, então você redistribuiria suas abelhas 
em: 
a) 8 grupos de 81 abelhas. b) 9 grupos de 72 abelhas. 
c) 24 grupos de 27 abelhas. d) 2 grupos de 324 abelhas. 
MDC = 2 x 2 x 2 x 3 x 3 = 72 
Então cada grupo terá 72 abelhas. Para saber a quantidade de grupos basta dividir o 
total de abelhas por 72. Veja: 
288 + 360 = 648 (Total de abelhas) 
648: 72 = 9 
DICA 50 
MÁXIMO DIVISOR COMUM 
Para obter o MDC de dois ou mais números fatoramos sempre por um divisor COMUM 
aos números dados. 
 Ex.: Qual o M.D.C. dos números 12, 18 e 30? 
Explicação passo-a-passo: 
12,18,30 – 2 
6,9,15 – 3 
2,3,5 → não temos mais um divisor comum a esses números, paramos a fatoração 
GAB -2x3 = 6 
 
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 27 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
DICA 51 
TEORIA DA CONSTITUIÇÃO: CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 
 A Constituição Federal brasileira pode ser classificada da seguinte maneira: 
 Quanto ao conteúdo: Materiais e formais. 
 Quanto à forma: Escritas e não escritas. 
 Quanto ao modo de elaboração: Dogmática e histórica. 
 Quanto a origem: Promulgadas e outorgadas 
 Quanto a estabilidade: Rígidas, super-rígidas, semirrígidas e flexíveis. 
 Quanto a extensão: Analítica e sintética. 
 Vamos utilizar um mnemônico para melhor fixação! 
 A CF/88 é classificada como uma PEDRAF: 
P Promulgada 
E Escrita 
D Dogmática 
R Rígida 
A Analítica 
F Formal 
DICA 52 
CONSTITUIÇÃO - TEORIA DA CONSTITUIÇÃO - CONCEPÇÕES OU SENTIDOS 
 Concepções ou Sentidos de Constituição, são: 
 Sentido sociológico: Segundo Lassale, a Constituição seria a soma dos fatores reais 
de poder dentro de uma sociedade. Uma constituição só seria legítima se representasse o 
efetivo poder social, refletindo as forças sociais que constituem o poder, caso não 
ocorresse, ela seria ilegítima, seria uma mera folha de papel. 
 Sentido político: Para Carl Schmitt a Constituição é uma decisão política 
fundamental do titular do constituinte. E traz as normas de organização do Estado, 
limitação do estado, direitos individuais, normas de conteúdo materialmente 
constitucionais. 
 Sentido jurídico: Para Hans Kelsen a Constituição é fruto da vontade racional do 
homem, e não das leis naturais. É considerada norma jurídica pura, abstraindo-se de 
qualquer consideração de cunho político, social, filosófico. Para o sentido lógico-
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 28 
jurídico Constituição significa norma fundamental hipotética, cuja função é servir de 
fundamento lógico transcendental da validade da Constituição jurídico-positiva, que 
equivale à norma positiva suprema, conjunto de normas que regula a criação de outras 
normas, lei nacional no seu mais alto grau. 
 Sentido lógico-jurídico: norma pressuposta - hipotética fundamental. 
 Sentido jurídico-positivo: norma posta - Constituição escrita que ocupa o todo do 
ordenamento jurídico. 
DICA 53 
CONSTITUIÇÃO - SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO 
 Supremacia Material: É um corolário do objeto clássico das constituições, ou seja, 
das chamadas matérias constitucionais, as quais são os fundamentos do Estado de 
Direito. Por isso, segundo a doutrina, estão acima das leis. A supremacia material é 
um atributo de toda constituição. Não gera consequências jurídicas. 
 Supremacia Formal: É uma característica exclusiva das constituições rígidas. A 
supremacia formal decorre da rigidez (isto é muito importante para o controle de 
constitucionalidade). A rigidez constitucional decorre exatamente da previsão de um 
processo especial e agravado, reservado para alteração das normas constitucionais, 
significantemente distinto do processo comum e simples, previsto para a elaboração e 
alteração das leis complementares e ordinárias. 
A supremacia formal da Constituiçãodecorre da rigidez e da presença de mecanismos de 
controle de Constitucionalidade. Porém, a supremacia material, que é a que decorre de 
uma consciência constitucional. 
 FIXANDO! 
 
 
 
 
DICA 54 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS - PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOAL 
HUMANA 
Esse princípio traduz a ideia do ser humano como alguém irrepetível e único, razão 
pela qual não pode ser tomado como meio para o atingimento dos objetivos do Estado, 
mas como um fim em si mesmo. Do ponto de vista jurídico, o conteúdo da dignidade da 
pessoa se relaciona com os direitos fundamentais. Nesse sentido, somente terá a 
dignidade preservada aquele sujeito que seja titular dos direitos relativos à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, sem qualquer discriminação. 
A dignidade é a base de todos os direitos constitucionais, sejam individuais ou coletivos, 
de participação política ou dos trabalhadores. 
ATENÇÃO! 
O Princípio da dignidade da pessoa humana se aplica a todos os brasileiros, mas 
também aos estrangeiros no País. 
Formal típica de constituições rígidas 
Material típica de constituições flexíveis 
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 29 
DICA 55 
PODER CONSTITUINTE: EVOLUÇÃO DO PODER CONSTITUINTE 
 Versão clássica: Poder Constituinte na modalidade originária é um poder de fato 
(não jurídico), criador de uma nova ordem jurídica por meio da elaboração de uma nova 
constituição. Seu titular é a nação. 
 Versão moderna: Titular é o povo, seu exercício é realizado pelas Assembleias 
Constituintes, incorporando instrumentos de decisão popular como o plebiscito e o 
referendo. 
 Versão contemporânea: Também denominado de patriotismo constitucional, traz 
a ideia de autonomia. O ato fundador da Constituição de um Estado passa a ser tomado 
como um “processo de aprendizado social capaz de se corrigir si mesmo”. 
DICA 56 
TEORIAS DO PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO 
 Teoria jusnaturalista – o poder constituinte é um poder de direito, anterior e 
superior ao direito posto. Tem-se a ideia de um Direito Natural. 
 Teoria positivista – o poder constituinte é um poder de fato, funda a si próprio. 
Trata- se de uma ruptura não jurídica, rompendo cm a lei máxima e se impondo como 
uma força social ou político social. 
 Teoria da natureza híbrida – o poder constituinte é visto a partir de duas 
perspectivas: como ruptura, é um poder de fato, mas na elaboração, é um poder de 
direito. Ocorre, na verdade, uma ruptura jurídico-política que visa romper com a ordem 
anterior e constituir uma nova ordem. 
DICA 57 
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO 
 Características: 
 Inicial; 
 Autônomo; 
 Permanente; 
 Incondicionado; 
 Ilimitado. 
Para a doutrina mais adequada, o Poder Constituinte Originário não pode ser 
compreendido como absoluto, sendo limitado por aspectos espaciais, culturais e pelos 
direitos humanos (direitos suprapositivos). 
DICA 58 
PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR 
 Natureza Jurídica: poder jurídico. 
Por definição é limitado e condicionado pelo Poder Constituinte Originário. 
Reforma é gênero e possui duas espécies: revisão e emenda. 
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 30 
Revisão Constitucional Emenda Constitucional 
Reforma global do texto (art. 3º, ADCT) 
Realizada após 5 anos da promulgação da 
CF/88, em sessão unicameral (Congresso 
Nacional), com quórum de maioria absoluta 
para aprovação das emendas de revisão. 
Ocorreu em 1994, aprovando 6 emendas. 
Alteração do texto da CF/88 (art. 60, CF) 
 Legitimidade: Presidente da 
República; um terço da Câmara dos 
Deputados ou do Senado federal; mais 
da metade das Assembleias Legislativas 
da federação, com votação de maioria 
simples em cada uma delas. 
 Forma: Discutida em cada uma das 
casas do Congresso Nacional, em dois 
turnos com três quintos dos votos dos 
membros. 
 Limites Materiais: não pode ser 
objeto de EC a forma federativa de 
Estado; o voto direito, secreto, universal 
e periódico; a separação dos Poderes e 
os direitos e garantias individuais. 
DICA 59 
PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECORRENTE 
É entendido como consequência da autonomia político-administrativa garantida 
constitucionalmente, é a possibilidade dos Estados-membros de se auto organizarem por 
meio de suas constituições estaduais. 
 Características: derivado, subordinado e condicionado. 
 Limites: princípios constitucionais sensíveis; princípios federais extensíveis; e 
princípios constitucionais estabelecidos (normas de competência e normas de 
preordenação). 
A reforma da Constituição estadual deve respeitar os parâmetros estabelecidos pelo Poder 
Constituinte Originário para a reforma (pontual via emendas) da Constituição federal. 
Não há que se falar em revisão na Constituição Estadual. 
DICA 60 
PODER CONSTITUINTE DIFUSO – MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL 
 Poder constituinte difuso é o poder de fato que atua na etapa da mutação 
constitucional, meio informal de alteração da Constituição. 
 Na mutação constitucional ocorre a alteração do conteúdo, do alcance e do sentido 
das normas constitucionais, mas de modo informal, sem qualquer modificação na 
literalidade do texto da Constituição. 
É chamado de difuso porque não vem formalizado (positivado) no texto das 
Constituições. É um poder de fato porque nascido do fato social, político e econômico. É 
meio informal porque se manifesta por intermédio das mutações constitucionais, 
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modificando o sentido das Constituições, mas sem nenhuma alteração do seu texto 
expresso. 
DICA 61 
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 
A aptidão das normas constitucionais de produzirem efeitos é denominada eficácia 
jurídica, a qual é conferida conforme a classificação das normas segundo a sua 
aplicabilidade. 
1ª Teoria – Americana (século XIX): existem dois tipos de normas: as normas 
constitucionais auto executórias e as normas constitucionais não auto executáveis. 
Crítica: algumas normas constitucionais não seriam dotadas de imperatividade e 
inexistência de análise do papel das normas pragmáticas. 
2ª Teoria – Italiana (século XX): reconhecimento às normas pragmáticas de 
juridicidade, entendendo-as como jurídico constitucionais. 
Doutrina Brasileira: Para José Afonso da Silva todas as normas constitucionais são 
dotadas de aplicabilidade/eficácia. 
DICA 62 
NORMAS DE EFICÁCIA PLENA, CONTIDA E LIMITADA 
 
EFICÁCIA PLENA 
Possui todos os elementos 
para a produção de efeitos 
jurídicos diretos e 
imediatos, ex. art. 1º, 44 e 
46, CF. 
Eficácia: 100% 
 
eficácia plena = 
direta + imediata + integral 
 
EFICÁCIA CONTIDA 
Possui todos os elementos, 
mas seu âmbito de eficácia 
é restringido/contido pelo 
legislador ordinário, ex. art. 
37, I, CF. 
Eficácia: 100% - lei 
 
eficácia contida = 
direta + imediata + não 
integral 
 
EFICÁCIA LIMITADA 
Não possui todos os 
elementos. Necessita da 
atuação do legislador 
ordinário para que produza 
seus efeitos e aumentar seu 
âmbito de eficácia. 
Eficácia: % + lei = 100% 
 
eficácia limitada = 
indireta + mediata + 
reduzida + diferida 
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 32 
DICA 63 
NORMAS DE EFICÁCIA LIMITADA 
As normas de eficácia limitada se subdividemem: 
 Normas de princípio programático: Direcionam a atuação do Estado instituindo 
programas de governo. 
São normas que estabelece os princípios e diretrizes que serão cumpridos pelo Estado 
observando seus fins sociais, estabelecendo programas de ação futura. 
Vinculam programas de governo, sendo dirigidas aos próprios governantes. 
→ STF: normas programáticas, sobretudo de temas relacionados à saúde e educação, 
possuem aplicabilidade direta e imediata, à luz da teoria do mínimo existencial atrelado à 
dignidade da pessoa humana. 
 Normas de princípio institutivo: Ordenam ao legislador a organização ou 
instituição de órgãos, instituições ou regulamentos. 
DICA 64 
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS - FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA 
 A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem 
como fundamentos: 
 Soberania; 
 Cidadania; 
 Dignidade da pessoa humana; 
 Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
 Pluralismo político. 
Fique atento! 
Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos da Constituição Federal. 
 Independência e Harmonia dos Poderes: São Poderes da União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
DICA 65 
OBJETIVOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
 Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: 
 Construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
 Garantir o desenvolvimento nacional; 
 Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais; 
Mnemônico: 
SO-CI-DI-VA-PLU 
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 Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e 
quaisquer outras formas de discriminação. 
Dica: Fique atento aos verbos. Vale dizer, são normas de eficácia limitada 
definidoras de princípios programáticos. 
DICA 66 
PRINCÍPIOS DE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA REPÚBLICA 
FEDERATIVA DO BRASIL 
 A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos 
seguintes princípios: 
 Independência nacional; 
 Prevalência dos direitos humanos; 
 Autodeterminação dos povos; 
 Não-intervenção; (foi cobrado recentemente na prova de Delegado do Paraná de 
2021) 
 Igualdade entre os Estados; 
 Defesa da paz; 
 Solução pacífica dos conflitos; 
 Repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
 Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
 Concessão de asilo político. 
FIQUE ATENTO! 
A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural 
dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-
americana de nações. 
DICA 67 
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
Entendidos como cláusulas pétreas, os direitos e garantias fundamentais são o rol 
de princípios absolutos e relativos positivados para assegurar aos seres humanos o 
estatuto de indivíduos de direito. No ordenamento jurídico brasileiro, estão previstos na 
Constituição Federal e são inerentes à pessoa humana 
Com o primeiro grande marco histórico sobre direitos fundamentais, que foi a Revolução 
Francesa, a Constituição Federal de 1988, desse modo, refletiu o que fora estabelecido na 
Carta de Direitos Humanos de 1948. E trouxe um rol de direitos e garantias considerados 
fundamentais para a manutenção do ordenamento jurídico. Os direitos e garantias 
fundamentais, portanto, são entendidos como este conjunto de preceitos conquistados 
com o avanço das sociedades jurídicas e hoje positivados. Portanto, pode-se dizer que os 
direitos fundamentais decorrem de uma construção histórica. 
 
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 34 
ATENÇÃO! 
 Os Direitos e Garantias Fundamentais são: 
 Irrenunciáveis: Ninguém pode recusá-los, na medida em que são inerentes – 
também são inalienáveis e invioláveis. Isto é, não podem ser vendidos, trocados, 
disponibilizados ou violados, sob o risco de punição do Estado. 
 Imprescritíveis: Não são atingidos pela prescrição e podem ser exigidos a 
qualquer tempo. Do mesmo modo são universais, uma vez que aplicados 
indistintamente a todos os indivíduos. 
DICA 68 
PRINCIPAIS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
 A Constituição Federal nos traz no seu art. 5º: “Todos são iguais perante a lei, 
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros 
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança 
e à propriedade […]. 
Portanto, são direitos fundamentais: 
Direito à vida 
Direito à liberdade 
Direito à igualdade 
Direito à segurança 
Direito à propriedade 
DICA 69 
DIREITO À VIDA 
 O direito à vida compreende a extrauterina e a intrauterina. 
Nota-se que nem o direito à vida é absoluto. No Brasil, em caso de guerra declarada, 
admite-se a pena de morte. O aborto, por sua vez, é permitido em casos 
excepcionais. 
Aborto terapêutico ou necessário: ocorre quando o médico interrompe a gravidez 
quando não há outra forma de salvar a vida da gestante. 
Aborto sentimental ou humanitário: é a interrupção da gravidez praticada por 
médico nos casos de estupro, desde que haja autorização da gestante ou de seu 
representante legal quando a gestante dor menor de 18 anos. 
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 35 
Aborto eugenésico ou eugênico: É aquele realizado para evitar o nascimento de uma 
criança com grave deformidade genética. 
DICA 70 
PRINCÍPIO DA IGUALDADE 
A CF/88 preconiza que todos são iguais perante a lei (caput), bem como homens e 
mulheres são iguais em direitos e obrigações (inciso I). 
 A igualdade tem dupla acepção, MATERIAL e FORMAL: 
 Material: trata-se da igualdade de fato. É o tratar igualmente os iguais e os desiguais 
de forma desigual, na medida de sua desigualdade. É aqui que se encontra o fundamento 
para as ações afirmativas; 
 Formal: é a igualdade perante a lei. É dizer, todos os seres humanos são tratados de 
igual forma, sem levar em consideração suas especificidades. 
DICA 71 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
Segundo o inciso II, do artigo 5º, da CF/88, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de 
fazer alguma coisa senão em virtude de lei. 
A expressão “lei” deve ser interpretada em sentido amplo, de modo que a legalidade 
abranja todas as espécies normativas previstas no artigo 59, da CF/88, decreto autônomo 
(artigo 84, inciso VI, da CF/88), os regimentos internos dos tribunais, as resoluções do 
Tribunal Superior Eleitoral e resoluções do Conselho Nacional de Justiça. 
Por não existir direito fundamental absoluto, a legalidade pode ser afastada nos casos de 
legalidade extraordinária, quais sejam, estado de sítio (artigo 137, CF/88) e estado de 
defesa (artigo 136, CF/88). 
 O princípio da legalidade tem duas acepções, uma diz respeito ao Particular e a 
outra à Administração. O primeiro é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. Já 
o segundo pode fazer somente o que a lei permite. 
DICA 72 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
 O princípio da reserva legal impõe a necessidade que determinadas matérias sejam 
disciplinadas por lei formal, ou seja, aquelas espécies normativas encontradas no artigo 
59, da CF/88. O princípio da legalidade, por sua vez, traduz a necessidade de 
obediência à lei em sentido amplo. 
A expressão “lei” deve ser interpretada em sentido amplo,de modo que a legalidade 
abranja todas as espécies normativas previstas no artigo 59, da CF/88, decreto autônomo 
(artigo 84, inciso VI, da CF/88), os regimentos internos dos tribunais, as resoluções do 
Tribunal Superior Eleitoral e resoluções do Conselho Nacional de Justiça. 
 A reserva legal pode ser classificada em: 
 Absoluta: a norma constitucional necessita de lei formal para sua regulamentação. 
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 Relativa: em que pese a necessidade de lei formal, é possível a edição de espécies 
infralegais para regulamentação da norma constitucional. 
 O Princípio da Irretroatividade das Leis preconiza que a lei penal NÃO retroagirá, 
exceto em benefício do réu. 
DICA 73 
LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO, DE CONSCIÊNCIA E DE 
EXPRESSÃO (INCS. IV, V e IX) 
Segundo o inciso IV, do artigo 5º, é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado 
o anonimato. 
A Vedação do anonimato garante a responsabilização de quem causou danos a 
terceiros ao exercer a livre manifestação do pensamento. 
A livre manifestação de pensamento não é absoluta, sendo proibido qualquer discurso 
de ódio, inclusive a incitação ao racismo. 
DICA 74 
DIREITO DE RESPOSTA 
É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano 
material, moral ou à imagem. 
 Esquematizando: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DICA 75 
ESCUSA DE CONSCIÊNCIA 
O artigo 5º, em seu inciso VIII garante que ninguém terá cerceado seus direitos por 
motivo de crença religiosa, de convicção filosófica ou política. 
 Trata-se de garantia ao direito de liberdade assegurado pela CF/88. 
Contudo, caso o indivíduo se exima de obrigação legal a todos impostas e recusar-se a 
cumprir prestação alternativa fixada em lei, haverá restrição de seus direitos. 
 
 
DIREITO DE 
RESPOSTA 
Aplica-se a pessoas físicas e pessoas 
jurídicas.
É proporcional ao agravo.
Pode ser acumulado com 
indenização por dano material, 
moral ou à imagem.
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 37 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
DICA 76 
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO: PRINCÍPIOS 
SUPREMACIA DO 
INTERESSE 
PÚBLICO 
O interesse público prevalece em detrimento dos 
interesses particular, por exemplo, a desapropriação. 
INDISPONIBILIDADE DO 
INTERESSE PÚBLICO 
Voltado à atuação do administrador, posto que este 
deve exercer suas funções sempre buscando garantir o 
interesse público, não devendo desistir dos feitos ou 
dispor de suas prerrogativas. 
DICA 77 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
A Administração Pública é o conjunto de órgãos e entidades que integram a estrutura 
administrativa do Estado, com o objetivo de efetivar a vontade política para cumprimento 
do interesse público. 
O Governo decide qual política adotar e a máquina pública (Administração Pública) 
executa o rumo adotado. 
 Sentido material/objetivo: é a atividade estatal exercida sob um regime jurídico, 
por 
meio de serviço público, polícia administrativa, fomento à iniciativa privada ou 
intervenção. 
 Sentido formal/subjetivo: são os sujeitos que atuam em nome da Administração 
Pública, se dividindo em Administração Pública Direta (entes da federação) e 
Administração Pública Indireta (órgãos e entidades). 
DICA 78 
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO – DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
O artigo 2º, da CF/88 dispõe, expressamente, sobre a separação de poderes. Trata-se de 
doutrina nascida na obra “Espírito das Leis” de Montesquieu. Segundo preconiza o 
dispositivo em apreço, são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o 
Judiciário, o Executivo e o Legislativo. 
 Administração Direta (Entes Políticos): União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 Administração Indireta (Entes Administrativos): Autarquia, Sociedade de Economia 
Mista, Fundação Pública e Empresa Pública. 
Quanto à criação das entidades da Administração Indireta, a CF/88, nos incisos XIX e XX, 
do artigo 37, dispõe que somente por lei (ordinária) poderá ser criada autarquia e 
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de 
fundação, cabendo à lei complementar, no caso da fundação, definir as áreas de sua 
atuação. 
Nota-se que a lei ordinária cria (direto) a autarquia e autoriza a criação dos demais 
entes administrativos. 
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 38 
DICA 79 
CENTRALIZAÇÃO, DESCONCENTRAÇÃO, CONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO 
Na administração direta, os entes praticam as atividades através de órgãos, de forma 
centralizada, desconcentrada, concentrada e descentralizada. 
 Centralização: Na centralização a pessoa política (União, Estados, DF ou Municípios) 
pratica suas atividades por meio de seus órgãos, realizado diretamente a atividade 
administrativa, sem interferência de outra entidade. 
 Desconcentração: Na desconcentração há uma distribuição interna de competência, 
dentro da mesma pessoa jurídica. 
Há o controle hierárquico, pois os órgãos de menor hierarquia ficam subordinados aos 
seus superiores. 
 Concentração: A concentração ocorre quando um único órgão desempenha todas as 
funções do ente político, sem divisão com órgãos menores. 
 Descentralização: A atividade é prestada por pessoa diversa. O Estado resolve 
repassar a atividade para outra pessoa executar em seu lugar. 
 Ex.: concessão, permissão ou autorização para execução de um serviço público 
para empresas particulares, através de contratos, precedidos de licitação. 
DICA 80 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - DOS ÓRGÃOS - CLASSIFICAÇÃO 
Quanto à posição estatal: cai bastante nas provas! Os órgãos podem ser: 
independentes, autônomos, superiores e subalternos. 
 
 
 
 
 
DICA 81 
ÓRGÃOS INDEPENDENTES 
Os órgãos independentes são os originários da Constituição de 1988 e 
representativos dos poderes do Estado, de modo que não possuem qualquer 
subordinação hierárquica ou funcional. 
Também são chamados de órgãos primários do Estado, pois exercem as funções 
outorgadas diretamente pela Constituição Federal. 
 Ex.: Chefias do Executivo - Presidência da República. 
DICA 82 
ÓRGÃOS AUTÔNOMOS 
 Os órgãos autônomos são aqueles que estão na cúpula da administração. 
- Independentes 
- Autônomos 
- Superiores 
- Subalternos 
 
Os órgãos podem ser: 
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Encontram-se localizados imediatamente abaixo dos órgãos independentes e estão 
diretamente subordinados aos seus chefes. 
Tem ampla autonomia administrativa e financeira. 
Exercem funções de planejamento, supervisão, coordenação e controle das atividades que 
estão dentro de sua esfera de competência. 
 Ex.: Ministérios e secretarias de Estado. 
DICA 83 
ÓRGÃOS SUPERIORES 
Os órgãos superiores possuem poder de direção, controle, decisão e comando de 
assuntos relacionados com a sua competência específica. 
Estão sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia mais elevada. 
Não gozam de autonomia administrativa nem financeira. 
Sua atuação funcional se restringe ao planejamento e soluções técnicas dentro da sua 
área de competência. 
Exemplo: Gabinetes, Divisões, Coordenadorias e Departamentos. 
DICA 84 
ÓRGÃOS SUBALTERNOS 
Os órgãos subalternos são todos aqueles subordinados a órgãos mais elevados,com 
reduzido poder de decisão e predominância de atribuições de execução. 
São destinados à realização de serviços de rotina, tarefas de formalização de atos, 
cumprimento de decisões, dentre outras atribuições. 
 Ex.: Delegacia 
DICA 85 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - DOS ÓRGÃOS - CLASSIFICAÇÃO 
 Quanto à posição estatal, os órgãos podem ser: simples ou compostos. 
 
 
 
 Simples: constituídos por apenas um centro de competência 
 Compostos: em sua estrutura, reúnem outros órgãos menores, com função idêntica ou 
funções auxiliares. 
 
 
 
 
 Quanto à posição estatal, os órgãos 
podem ser: 
- Simples 
- Compostos 
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 40 
DICA 86 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS 
 Os órgãos não possuem: 
 
 
 
 
 Personalidade jurídica: Quem terá capacidade jurídica para responder pelos atos 
praticados pelos órgãos será a pessoa jurídica que realizou a desconcentração. 
 Patrimônio próprio: Todo o patrimônio utilizado pelo órgão é da pessoa jurídica a 
qual ele pertence. 
 Capacidade processual: Como regra, os órgãos não possuem capacidade processual, 
de modo que não podem figurar em qualquer dos polos (autor/réu) de uma demanda 
processual. No entanto, os órgãos independentes e os autônomos têm capacidade 
processual para tutelar as suas prerrogativas institucionais. 
DICA 87 
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 
A administração indireta é composta por pessoas jurídicas, com personalidade 
jurídica: 
 Autarquias; 
 Fundações; 
 Empresas Públicas; 
 Sociedades de Economia Mista; 
As pessoas jurídicas que se enquadram na administração indireta necessitam de lei para 
sua existência. 
 Autarquia – criada por lei – A publicação de lei cria a autarquia. 
A autarquia possuí personalidade jurídica de direito público. 
 Empresa Pública ( Ex: Caixa Federal) e Sociedade de Economia Mista ( Ex: 
Banco do Brasil) são autorizadas por lei, necessitando do registro de seu ato 
constitutivo nos órgãos responsáveis para que ganhem vida. 
EP / SEM – Possuem personalidade jurídica de direito privado. 
 Fundação Pública: são autorizadas por lei e lei complementar deverá definir suas 
áreas de atuação. 
 Fundação: personalidade jurídica pode ser de direito público ou de direito privado. 
Se público é criada por lei como a autarquia; Se privado, é autorizada por lei como 
EP/SEM, devendo ser registrada para ganhar vida. 
- Personalidade jurídica 
- Patrimônio próprio 
- Capacidade processual 
 Órgãos não possuem 
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 41 
DICA 88 
DIFERENÇAS: EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA 
DIFERENÇAS 
Empresa Pública Sociedade de Economia Mista 
Pessoas jurídicas de direito privado. Pessoas jurídicas de direito privado. 
Criadas mediante autorização legal Criadas mediante autorização legal 
Capital exclusivamente público Capital público e privado (o poder 
público detém a maioria do capital 
votante). 
Prestação de serviço público ou exploração 
de atividade econômica. 
Prestação de serviço público ou 
exploração de atividade econômica. 
Qualquer forma de organização empresarial Sob a forma de sociedade anônima 
Foro Federal (apenas empresa pública 
federal) 
Foro comum 
DICA 89 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA 
AUTARQUIA 
 Características da autarquia: 
 Natureza: pessoa jurídica de direito público 
 Atividade: Típica de Estado 
 Regime de pessoal: Presidente (cargo em comissão) / Demais servidores (Cargo 
efetivo) 
 Bens: impenhoráveis, imprescritíveis e inalienáveis. 
 Imunidade tributária: não paga impostos sobre o patrimônio, bens e serviços 
 Prescrição: dívidas e direitos prescrevem em 5 anos 
 Se sujeita a lei de licitações. 
 
 
 
 
 
 
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 42 
DICA 90 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS 
FUNDAÇÕES 
 Veja a tabela abaixo: 
Características das fundações: 
NATUREZA: 
Direito público - Lei cria 
Direito privado - Lei autoriza 
Atividades de caráter social, isto é, não exclusivas do Estado 
REGIME PESSOAL: 
Direito público - servidores estatutários 
Direito privado – CLT. 
DICA 91 
PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS 
 Estão previstos no caput do artigo 37, são eles: 
 L egalidade 
 I impessoalidade 
 M oralidade “L I M P E” 
 P ublicidade 
 E ficiência 
Esses princípios balizam a atuação de toda Administração Pública, seja Direta (União, 
Estados, Distrito Federal e Munícipios) ou Indireta (autarquia, fundação pública, 
sociedade de economia mista e empresa pública) dos três Poderes (Judiciário, Executivo e 
Legislativo). 
DICA 92 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
Trata-se de expoente máximo do Estado Democrático de Direito. Traduz a submissão do 
Poder Público à lei. 
 O princípio da legalidade possui dupla acepção, uma que diz respeito à Administração 
Pública e outra aos particulares, vejamos: 
 Particulares: é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. 
 Administração pública: pode fazer apenas o que a lei determina (ato vinculado) ou 
autoriza (ato discricionário). 
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 43 
 FIQUE ATENTO! 
Em que pese ser o expoente máximo do Estado Democrático de Direito, o princípio da 
legalidade, excepcionalmente, pode ser relativizado, permitindo que o Poder Público ladeie 
às disposições legais. Nos casos de decretação do estado de defesa e de sítio; e de 
edição de medida provisória, o Chefe do Poder Executivo detém maior liberdade de 
atuação. 
DICA 93 
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE 
É conhecido também como princípio da isonomia e princípio da finalidade. 
 Possui 03 acepções, vejamos: 
 Finalidade: a finalidade precípua da Administração Pública é buscar satisfazer o 
interesse público. Caso o ato seja praticado com finalidade distinta a essa, restará NULO 
por desvio de finalidade. 
Em sentido amplo, o princípio da impessoalidade busca o atendimento do interesse 
público. Já em sentido estrito, visa atender a finalidade específica prevista em lei 
para o ato administrativo. 
 Vedação à promoção pessoal: não é permitido ao agente público se valer de 
realizações da Administração Público como se fossem próprias. Assim, é vedado, por 
exemplo, constar símbolo de partido político em obra pública. Trata-se de proibição 
expressamente prevista no parágrafo 1º, do artigo 37, da CF/88. 
Art. 37, § 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos 
órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, 
dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem 
promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
 Isonomia: a Administração Pública deve se relacionar com os particulares de forma 
imparcial. 
DICA 94 
PRINCÍPIO DA MORALIDADE 
Impõe aos agentes públicos o dever de atuar de forma honesta. Sua atuação dever 
pautar-se pelos princípios da boa-fé e probidade. 
A ação popular, prevista no artigo 5º, inciso LXXIII, é instrumento de controle da 
moralidade administrativa. 
Caso o agente público não atue com a probidade prevista, o parágrafo 4º, do artigo 37, 
prevê que os atos de improbidade acarretarão em suspensão dos direitos políticos; 
perda da função pública;indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário. 
DICA 95 
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
Trata-se do dever de transparência na atuação pública. 
 
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 44 
 Possui dupla acepção: 
 Requisito de eficácia dos atos administrativos; 
 Transparência da atuação administrativa, de forma a possibilitar o controle pelos 
administrados. 
O princípio da publicidade não é absoluto, encontra limites no direito à inviolabilidade da 
intimidade e da vida privada; e as informações indispensáveis à segurança do 
Estado e da Sociedade. 
DICA 96 
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA 
Foi introduzido na CF/88 a partir da EC nº. 19/98. Com o advento da emenda citada, 
passou-se do modelo de administração burocrática para o de administração gerencial. 
O agente público deve conjugar a busca da melhoria da qualidade dos serviços públicos 
com a racionalidade dos gastos públicos. 
 Princípio da economicidade: em síntese, ordena que seja feita avaliação do custo e 
benefício dos gastos públicos. 
DICA 97 
AGENTES PÚBLICOS 
Agente público: todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem 
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra 
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na 
administração pública direta ou indireta; 
 
 
 
 
 
DICA 98 
AGENTES PÚBLICOS - ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO 
 Os agentes públicos se classificam em: 
 Agentes políticos: titulares dos cargos estruturais à organização política do 
Estado. São agentes políticos: Chefes dos Poderes executivos, Senadores, Deputados, 
Vereadores, membros da Magistratura e do Ministério Público. 
 Servidores públicos: 
→ Em sentido amplo: pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades 
da Administração Indireta, com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos 
cofres públicos. 
Todo aquele que exerce, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por 
eleição, designação, contratação ou qualquer 
outra forma de investidura ou vínculo, mandato, 
cargo, emprego ou função na administração 
pública. 
Agentes públicos 
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 45 
→ Estatutários ou servidor público em sentido estrito: titulares de cargo público 
efetivo e em comissão, com regime jurídico estatutário, integrantes da Administração 
Direta, autarquias e fundações públicas com personalidade jurídica de Direito Público. 
→ Empregados públicos: regidos pela CLT, não ocupam cargo público e não 
possuem estabilidade, mas submetem-se às normas constitucionais referentes a 
requisitos do cargo, investidura, acumulação, vencimentos entre outros. Enquadram-se no 
regime geral da previdência tais como comissionados e temporários. Com exceção das 
funções de direção e de confiança das pessoas jurídicas da Administração Indireta, os 
empregados públicos são admitidos mediante concurso público ou processo seletivo; 
→ Temporários: exercem função sem vinculação a cargo ou emprego público e são 
submetidos a regime jurídico especial a ser disciplinado em lei de cada unidade da 
federação. 
→ Militares: pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas (Exército, 
Marinha e Aeronáutica), e às Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares 
dos Estados, Distrito Federal e Territórios, com vínculo estatutário sujeito a regime 
jurídico próprio, mediante remuneração paga pelo Governo. 
→ Particulares em colaboração com o poder público: exercem função pública, 
entretanto, não deixam de ser particulares. São os requisitados, que exercem munus 
público e são os recrutados para o serviço militar obrigatório; os jurados e os que 
trabalham nos cartórios eleitorais; os concessionários e os permissionários de serviços 
públicos; 
DICA 99 
AGENTES PÚBLICOS - ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO 
 Uma segunda classificação pode ser encontrada, embora menos usual: 
 Agentes administrativos: aqueles que estão sujeitos a uma hierarquia constitucional, 
independente de a administração pública ser direta ou indireta. Os servidores públicos e 
empregados públicos em geral são exemplos de agentes administrativos; 
 Agentes delegados: recebem um encargo estatal com a finalidade de prestação de 
prestação de determinado serviço. Como exemplo de agentes delegados temos os 
leiloeiros e os concessionários; 
Agentes honoríficos: aqueles requisitados para temporariamente desempenharem 
uma função pública. Os mesários e os jurados são exemplos desse tipo de agente; 
 Agentes credenciados: são os que recebem a incumbência da administração para 
representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade específica, mediante 
remuneração do poder público credenciante. São exemplos de agentes credenciados os 
professores substitutos e os médicos credenciados. 
DICA 100 
AGENTES PÚBLICOS: PROVIMENTO X INVESTIDURA 
 Provimento: é o ato pelo qual se atribui um titular ao cargo público. 
O provimento do cargo público se dá, originariamente, com a NOMEAÇÃO, contudo, pode 
se dar de forma derivada; 
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 46 
 No geral, são formas de provimento vigentes: 
 Nomeação; 
 Promoção; 
 Readaptação; 
 Reversão; 
 Aproveitamento; 
 Reintegração; 
 Recondução; 
 Investidura: ato unilateral da Administração decorrente da POSSE, pela toma o 
servidor já nomeado, lugar ou assento na Administração, ocupando efetivamente o cargo; 
 ESQUEMATIZANDO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROVIMENTO: NOMEAÇÃO 
 
INVESTIDURA: POSSE 
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 47 
DIREITO PENAL 
DICA 101 
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL: PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
 Nullum crimen sine praevia lege (não há crime sem lei anterior que o defina) 
 Não há: 
 Crime sem lei anterior que o defina; 
 Pena sem prévia cominação legal. 
A elaboração de normas incriminadoras é função exclusiva da lei; 
 Divisão do princípio da legalidade: reserva legal + anterioridade da lei penal. 
DICA 102 
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL 
 Somente lei em sentido estrito (formal) pode: 
 Definir condutas criminosas; e 
 Estabelecer sanções penais (penas e medidas de segurança). 
 FIQUE ATENTO! 
 Não podem estabelecer condutas criminosas nem sanções: 
 Medidas Provisórias (MP); 
 Decretos; 
 Demais diplomas legislativos. 
 CUIDADO! 
 MP em matéria penal: pode, se favorável ao réu (STF). 
 Ex.: descriminalização de condutas. 
DICA 103 
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DA LEI PENAL 
 A lei deve ser anterior a prática do crime; 
 Culmina no princípio da irretroatividade da lei penal gravosa. 
FIQUE ATENTO! 
 Lei penal não retroage para prejudicar; 
 Lei penal retroage para beneficiar. 
 
 
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 48 
DICA 104 
PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA 
 O Direito Penal só deve ser aplicado quando estritamente necessário, de modo que 
a sua intervenção fica condicionada ao fracasso das demais esferas de controle (caráter 
subsidiário), observando somente os casos de relevante lesão ou perigo de lesão ao bem 
jurídico tutelado(caráter fragmentário). 
 
DICA 105 
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE 
 Nilo Batista explica que o princípio da lesividade/ofensividade apresenta quatro 
funções: 
 
 "proibir a incriminação de uma atitude interna”: As ideias e convicções, os 
desejos, aspirações e sentimentos dos homens não podem constituir o fundamento de um 
tipo penal. Dessa forma, evidencia-se, mais uma vez, a radical separação entre direito e 
moral que deve nortear o direito penal, ao impedir que o sujeito seja punido por 
pensamentos e ideias, daí a exigência da exterioridade da ação para que haja uma 
reprovação penal. 
 "proibir a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio 
autor", impedindo a punição e a criminalização de atos preparatórios. 
 "proibir a incriminação de simples estados existenciais", norteando o direito 
penal do fato e eliminando-se a possibilidade da criação de um direito penal do autor. 
 por fim, o princípio da lesividade tem por objetivo afastar a "incriminação de 
condutas desviadas que não afetem qualquer bem jurídico". 
 
Princípio da intervenção 
mínima
Subsidiariedade
Intervenção do DP fica 
condicionada ao fracasso 
das demais esferas de 
controle
Fragmentariedade
Apenas tutela os bens 
jurídicos mais relevantes
Princípio da 
lesividade
1) "proibir a incriminação de uma atitude interna”
2) "proibir a incriminação de uma conduta que não 
exceda o âmbito do próprio autor"
3) "proibir a incriminação de simples estados 
existenciais"
4) afastar a "incriminação de condutas desviadas 
que não afetem qualquer bem jurídico"
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 49 
DICA 106 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU BAGATELA 
O direito penal não deve se ocupar de condutas insignificantes, incapazes de lesar ou pelo 
menos colocar em perigo bem jurídico protegido pela lei penal. 
 Requisitos do princípio da insignificância: 
 mínima ofensividade da conduta do agente; 
 nenhuma periculosidade social da ação; 
 reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; 
 inexpressividade da lesão jurídica provocada. 
Memorize! 
INFRAÇÃO BAGATELAR PRÓPRIA 
P. DA INSIGNIFICÂNCIA 
INFRAÇÃO BAGATELAR IMPRÓPRIA 
P. DA IRRELEVÂNCIA PENAL DO FATO 
 
A situação já nasce atípica. O fato é atípico 
por atipicidade material 
A situação nasce penalmente relevante. O 
fato é típico do ponto de vista formal e 
material. Em virtude de circunstâncias 
envolvendo o fato e o seu autor, constata-
se que a pena se tornou desnecessária. 
 
O agente não deveria nem mesmo ser 
processado já que o fato é atípico 
O agente tem que ser processado (a ação 
penal deve ser iniciada) e somente após a 
análise das peculiaridades do caso 
concreto, o juiz poderia reconhecer a 
desnecessidade da pena. 
Não tem previsão legal no direito brasileiro Está previsto no artigo 59 do CP. 
DICA 107 
LEI PENAL NO TEMPO 
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar 
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória. 
 Abolitio criminis: descriminalização da conduta – não necessariamente legaliza a 
conduta. Ex.: adultério. 
 Efeito penal da sentença condenatória. 
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 50 
 
FIQUE ATENTO! 
A abolitio criminis não cessa os efeitos extrapenais: art. 91, 91-A e 92 do CP - reparação 
de dano, perda do mandato, perda do poder familiar, etc. 
DICA 108 
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL 
Art. 2º, Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, 
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória 
transitada em julgado. 
 Desdobramento do princípio da legalidade; 
 Cláusula pétrea, uma vez que também está previsto no art. 5º da CF/88; 
 Se houver o trânsito em julgado quem aplica a lei nova é o juízo da execução. 
 STF/STJ: 
não é possível combinação de leis. Analisa-se a nova lei no todo, pois senão o juiz 
estaria aplicando uma terceira lei que resultaria na junção de duas leis, atuando como 
legislador positivo. 
 
 SÚMULA 611-STF: 
Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das execuções a 
aplicação de lei mais benigna. 
 
SÚMULA 471-STJ: 
Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da 
Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de 
Execução Penal) para a progressão de regime prisional. 
 
 SÚMULA 501-STJ: 
É cabível a aplicação retroativa da Lei n. 11.343/2006, desde que o resultado da 
incidência das suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do que o advindo 
da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo vedada a combinação de leis. 
Efeito da sentença 
penal condenatória
Principal Execução da pena
Secundário
Reincidência, 
antecedentes 
criminais, etc
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 51 
DICA 109 
LEI EXCEPCIONAL E LEI TEMPORÁRIA 
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração 
ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante 
sua vigência. 
→ Lei temporária: prazo determinado para sua vigência. Ex.: Lei Geral da Copa. 
→ Lei excepcional: vigora enquanto perdurarem as situações de instabilidade 
institucional. 
 Características: auto revogabilidade, ultratividade (aplica a lei mesmo depois da lei não 
estiver mais em vigor) 
 Leis intermitentes são as leis temporárias ou excepcionais. 
FIQUE ATENTO! 
Segundo Rogério Greco, extra-atividade é gênero do qual seriam espécies a ultra-
atividade e a retroatividade. 
→ Ultratividade: ocorre quando a lei, mesmo depois de revogada, continua a regular os 
fatos ocorridos durante a sua vigência. 
→ Retroatividade: possibilidade conferida à lei penal de retroagir no tempo, a fim de 
regular os fatos ocorridos anteriormente à sua entrada em vigor. 
Memorize! 
 
 Ex.: Ultratividade: Leis Excepcionais ou Temporárias. Aplica-se a legislação do tempo 
do cometer do fato delitivo, mesmo que não mais vigente. 
Leis penais
Ativas 
Aplicação da lei a 
fatos ocorridos 
durante sua vigência
Extra-ativas (extra-
atividade)
Aplicação da lei fora do 
seu período de vigência
Retroatividade: retroage no 
tempo para alcançar fatos 
ocorridos antes de sua 
entrada em vigor. 
Ultra-atividade: quando a lei 
penal, depois de revogada, 
avança no tempo de modo a 
continuar a regular os fatos 
ocorridos durante a vigência. 
Ex.: Leis excepcionais, 
temporárias, crimes 
continuados.
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 52 
 Ex.: Ultratividade: Crimes Continuados (quando vários crimes são praticados em 
continuidade delitiva – art. 71 do CP) ou permanentes (aquele que o momento 
consumativa se prolonga no tempo – sequestro). 
DICA 110 
TEMPO E LUGAR DO CRIME 
 O TEMPO do crime será considerado no momento de sua ação ou omissão (teoria da 
atividade); 
 O LUGAR do crime será considerado no momento da ação ou da omissão ou o lugar 
onde o resultado aconteceu ou deveria ter acontecido (teoria da ubiquidade); 
L Lugar 
U Ubiquidade 
T Tempo 
A Atividade 
 Não se aplica a teoria da ubiquidade: 
 CPP: teoria do resultado (art. 70). Aplicado nas hipóteses de crimes plurilocais. 
Abrangem lugares distintos, mastodos dentro do mesmo país. 
 Crimes conexos: crimes conexos são crimes que estão relacionados entre si. Não 
aceitam a ubiquidade uma vez que não constituem unidade jurídica. 
 Crimes plurilocais: teoria do resultado 
 Infrações penais de menor potencial ofensivo (juizado especial): teoria da 
atividade 
 Crimes falimentares: local da decretação da falência. 
 Atos infracionais: teoria da atividade 
 Crimes contra a vida: teoria da atividade - deve preponderar a teoria da atividade, 
devido à dificuldade em se realizar o júri. 
DICA 111 
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO 
Em regra, a lei penal brasileira se aplica aos fatos praticados no território nacional; 
 Excepcionalmente, pode se aplicar a fatos praticados fora do país, são os casos de 
extraterritorialidade; 
 A extraterritorialidade pode ser incondicionada, quando a lei brasileira de aplica em 
qualquer hipótese, até mesmo se o agente já tiver sido condenado ou absolvido no 
exterior, ou condicionada quando depender de alguns requisitos; 
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 53 
 As aeronaves ou embarcações do GOVERNO brasileiro são consideradas extensão 
do BRASIL, ou seja, se aplica o princípio da territorialidade. 
DICA 112 
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA 
 Crime contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 
 Princípio de proteção / real / da defesa: aplica-se a lei penal brasileira aos crimes 
praticados no exterior quando o bem jurídico violado for brasileiro. O que importa nesse 
caso é a função pública exercida pelo Presidente. 
 Crime contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, 
de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia 
ou fundação instituída pelo Poder Público; 
 Princípio de proteção / real / da defesa 
 Crime contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 
 Princípio de proteção / real / da defesa 
 Crime de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; 
 Princípio da Justiça Universal ou cosmopolita 
 
DICA 113 
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA 
Crimes ocorridos fora do Brasil e que o Brasil irá pretender aplicar a sua lei penal 
brasileira desde que estejam implementadas algumas condições previstas no art. 7º, II do 
CP. 
Extraterritorialidade 
incondicionada
Crimes contra a vida 
ou a liberdade do PR 
P. de proteção / real 
/ da defesa
Crimes contra ao 
patrimônio ou a fé 
pública da adm 
direta e indireta
P. de proteção / real 
/ da defesa
Crimes contra a adm 
pública - por quem 
está a seu serviço 
P. de proteção / real 
/ da defesa
Crimes de genocídio, 
quando o agente for 
brasileiro ou 
domiciliado no Brasil 
P. da Justiça 
Universal ou 
cosmopolita
O agente é punido segundo 
a lei brasileira, ainda que 
absolvido ou condenado no 
estrangeiro. 
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 54 
 Crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir: 
 Princípio da justiça universal / cosmopolita / jurisdição mundial. 
Crimes praticados por brasileiro: 
 Princípio da nacionalidade ativa: é importante a aplicação da lei, pois o brasileiro nato 
não pode ser extraditado. 
Crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de 
propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados: 
 Quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. 
 Princípio da bandeira / pavilhão / representação / subsidiário / substituição. 
 
DICA 114 
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA: CONDIÇÕES CUMULATIVAS 
 Nos casos de extraterritorialidade condicionada, a aplicação da lei brasileira depende do 
concurso das seguintes condições (cumulativas): 
 Entrar o agente no território nacional; 
 Ser o fato punível também no país em que foi praticado; 
 Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 
 Não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; 
 Não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta 
a punibilidade, segundo a lei mais favorável. 
 
 
Extraterritorialidade 
condicionada
Crimes que, por 
tratado ou 
convenção, o Brasil 
se obrigou a reprimir 
P. justiça universal / 
cosmopolita / 
jurisdição mundial
Crimes praticados 
por brasileiro
P. Princípio da 
nacionalidade ativa: 
Crimes praticados em 
aeronaves ou 
embarcações 
brasileiras, mercantes 
ou de propriedade 
privada, quando em 
território estrangeiro e 
aí não sejam julgados
P. da bandeira / 
pavilhão / 
representação / 
subsidiário / 
substituição 
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 55 
DICA 115 
EXTRATERRITORIALIDADE 
 MNÊMONICO – “PAG A BET” 
INCONDICIONADA 
P Presidente 
A Administração 
G Genocídio 
CONDICIONADA 
B Brasileiro 
E Embarcação ou Aeronave privada 
T Tratado ou Convenção 
DICA 116 
PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO 
 A pena cumprida no estrangeiro influencia na condenação brasileira pelo mesmo crime 
da seguinte forma: 
 Quando as penas são diversas, atenua a pena imposta no Brasil; 
 Quando são idênticas nela é computada; 
DICA 117 
EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA 
 A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as 
mesmas consequências, pode ser homologada (STJ) no Brasil para: 
 Obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis → 
Depende de requerimento da parte interessada 
 Sujeitá-lo a medida de segurança → Não pode homologar a sentença estrangeira para 
imposição de pena. 
MS: inimputabilidade por doença mental: internação ou tratamento ambulatorial. 
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 56 
 Depende de tratado de extradição com o país que emanou a sentença ou requisição do 
Ministro da Justiça. 
DICA 118 
CONTAGEM DE PRAZO 
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses 
e os anos pelo calendário comum. 
 Prazo penal: dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Prazos de prescrição e 
decadência (apenas naquelas situações em que há a necessidade de atuação do ofendido 
para tomar a iniciativa da ação penal). 
 Prazo processual: exclui o primeiro dia da contagem e começa a contagem a partir do 
primeiro dia útil subsequente. Porém, a contagem do prazo no CPP é em dias corridos, 
diferente do CPC. 
DICA 119 
FRAÇÕES NÃO COMPUTÁVEIS DA PENA 
Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, 
as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. 
 Não importa o horário em que o sujeito foi preso, ali será o primeiro dia. 
 Vale para qualquer prazo penal, como, por exemplo, na prescrição. 
 Às vezes essas regras se aplicam a questões processuais penais, como, por exemplo, o 
prazo para o Delegado concluir o inquérito policial. Assim, quando o investigado estiver 
preso a contagem observa os prazos do direito penal (pois envolve a privação da liberdade 
do sujeito), ao passo que quando estiver solto a contagem observa o prazo do direito 
processual. 
DICA 120 
ANALOGIA 
Analogia é uma integração normativa, ou seja, possui como pré-requisito uma lacuna 
legislativa, de modo que para preencher essa lacuna utiliza-se um casoparadigma para a 
solução do caso concreto. 
 Em matéria penal, a analogia pode ser dividida em: 
 in bonam partem (beneficia o réu) - pode ser aplicada no direito penal 
 in malam partem (prejudica o réu) - não pode ser aplicada no direito penal. 
FIQUE ATENTO! Analogia é diferente de interpretação analógica. 
A interpretação analógica, como o próprio nome diz, ocorre quando o intérprete está 
interpretando um texto legal. 
 Ex.: a interpretação dada ao motivo torpe previsto no art. 121, §2º, inciso I, do Código 
Penal. 
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 57 
DICA 121 
CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS 
O conflito aparente de normas ocorre quando duas ou mais leis mostram-se 
aparentemente aplicáveis ao caso. 
Assim, para evitar o bis in idem (dupla punição pelo mesmo fato), existem três critérios 
para a solução desses conflitos. 
 Especialidade: Lei especial prevalece sobre a lei geral. 
 Subsidiariedade: Lei primária deve prevalecer sobre a lei subsidiária 
 Consunção / absorção: Crime mais grave, por ser mais amplo, absorve o menos 
greve. Ex.: Para matar alguém uma pessoa fere o seu desafeto. No entanto, responderá 
apenas por homicídio e não por lesão corporal. 
DICA 122 
CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS 
 Sistematizando: 
 
CRIME CONTRAVENÇÃO 
PENA MÁXIMA 40 anos 5 anos 
PENA reclusão ou detenção prisão simples 
MULTA 
NÃO PODE ser aplicada 
isoladamente 
PODE ser aplicada 
isoladamente 
TENTATIVA Cabe NÃO cabe 
AÇÃO PENAL 
Todas APENAS pública 
incondicionada 
INFRAÇÕES 
PENAIS
CRIMES
RECLUSÃO
DETENÇÃO
CONTRAVENÇÕES 
("crime anão")
PRISÃO SIMPLES
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 58 
DICA 123 
CRIME - CONTRAVENÇÃO 
 Crime: 
 Infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou detenção; 
 Previsto no código penal e legislação extravagante; 
 Penal de multa não pode ser aplicada isoladamente; 
 É possível a tentativa; 
 Todos os tipos de ação penal. 
 Contravenção: 
 Infração penal a que a lei comina pena de prisão simples; 
 Lei das Contravenções Penais (Dec-Lei nº 3.688/41); 
 Penal de multa pode ser aplicada isoladamente; 
 Não cabe tentativa; 
 Somente ação penal pública incondicionada. 
DICA 124 
 
TEORIA GERAL DO CRIME 
 Conceito tripartido de crime: 
 O conceito de crime adotado no Brasil é dividido em três elementos: 
 Fato típico; 
 Ilicitude ou antijuridicidade; 
 Culpabilidade; 
A teoria adotada é a finalista, pois a conduta do agente deve ser dirigida a um fim (DOLO 
ou CULPA). 
ATENÇÃO! 
 A punibilidade não integra o conceito de crime, pois é apenas pressuposto para 
aplicação da pena. 
DICA 125 
FATO TÍPICO 
 
 O fato típico é composto por: 
 Conduta: ação ou omissão (dolosa ou culposa); 
 Resultado: jurídico ou naturalístico; 
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 59 
 Nexo de causalidade: relação de causa + consequência entre ação/omissão e 
resultado; 
 Tipicidade (adequação formal e material à lei). 
C CONDUTA 
R 
RESULTADO 
E 
N NEXO CAUSAL 
T 
TIPICIDADE 
I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 60 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
DICA 126 
PRINCÍPIOS GERAIS E CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PENAL - 
COMUNICAÇÃO DA PRISÃO 
De acordo com o art. 5º, inciso LXII, da Constituição de 1988 [...] "a prisão de qualquer 
pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada". 
O referido inciso define que a prisão deverá ser publicizada, no sentido de se tornar 
pública ao juiz competente e à família do preso, ou à pessoa por ele indicada. 
Trata-se de um direito de extrema relevância para o Estado Democrático de Direito. 
DICA 127 
PRINCÍPIOS GERAIS E CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PENAL - DIREITO AO 
SILÊNCIO 
Segundo o artigo 5º, inciso LXIII, da Constituição de 1988 [...] "o preso será informado de 
seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a 
assistência da família e de advogado". 
Verifica-se que o referido dispositivo constitucional consagra o direito fundamental ao 
silêncio, uma das implicações do princípio nemo tenetur detegere, segundo o qual 
ninguém será obrigado a produzir provas contra si, modalidade da autodefesa 
passiva. 
DICA 128 
PRINCÍPIOS GERAIS E CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PENAL - 
IDENTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS PELA PRISÃO 
Um dos direitos constitucionais garantidos ao preso, considerado inclusive uma garantia 
fundamental, é o de ter a identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu 
interrogatório policial. 
 Veja só, na íntegra: 
Artigo 5º, inciso LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por 
sua prisão ou por seu interrogatório policial; 
Assim, quando da sua prisão, é seu direito saber quem o prendeu ou quem o interrogou e, 
inclusive, a não observância desse direito no primeiro caso, pode ensejar ao 
relaxamento da prisão, ao passo que no segundo, na nulidade do procedimento. 
 Resumindo: 
Fui preso? Tenho direito de ser informado sobre quem me prendeu ou interrogou. 
DICA 129 
LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO 
O Código de Processo Penal adota a Teoria da Territorialidade, ou seja, as disposições 
do CPP aplicam-se nos limites do território nacional. 
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 61 
 Contudo, o mencionado princípio comporta exceções: 
 Imunidade Diplomática: Chefes de governo estrangeiro ou de Estado estrangeiro, 
suas famílias e membros das comitivas, embaixadores e suas famílias, funcionários 
estrangeiros do corpo diplomático e suas famílias, assim como funcionários de 
organizações internacionais em serviço (ONU, OEA, etc.) – possuem a prerrogativa de 
responder no seu país de origem pelo delito praticado no Brasil (Convenção de Viena 
sobre Relações Diplomáticas). 
 Quando as autoridades acima praticam infrações penais no território brasileiro, NÃO 
se aplicam as regras do CPP. Será aplicada a lei do país de origem da autoridade. 
Tal imunidade NÃO É EXTENSIVA aos empregados particulares dos agentes 
diplomáticos. 
Cônsul: só goza de imunidade em relação aos crimes funcionais. 
 Prerrogativas Constitucionais do Presidente da República e de outras 
autoridades, em relação aos crimes de responsabilidade: Compete ao Senado 
Federal (Art. 52, incisos I e II, CF). 
 Processo e Competência da Justiça Militar: processar e julgar os crimes militares 
definidos em lei, conforme o Código de Processo Penal Militar 
 Crimes Eleitorais: A competência criminal da Justiça Eleitoral é fixada em razão da 
matéria, cabendo o processo e o julgamento dos crimes eleitorais. 
DICA 130 
LEI PROCESSUAL NO TEMPO 
A lei processual penal aplica-se imediatamente. Não é analisado se o conteúdo da lei 
processual penal é mais benéfico ou não para o réu. 
Art. 2º, CPP – Princípio Tempus Regit Actum: “A lei processual penal aplicar-se-á 
desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior”. 
 Normas unicamente processuais: cuidam de procedimentos,atos processuais, 
técnicas do processo – a elas se aplica o art. 2º, CPP. 
 Normas processuais materiais ou mistas: abrigam conteúdo de natureza penal 
(crime, pena, medida de segurança, efeitos da condenação e do direito de punir do 
Estado) e processual penal. Neste caso, em razão do conteúdo de natureza penal, 
aplica-se a legislação mais benéfica para o réu. 
DICA 131 
DO INQUÉRITO POLICIAL - CONCEITO DO INQUÉRITO POLICIAL 
 Conceito: O inquérito consiste num conjunto de diligências visando elucidar os fatos, 
as fontes de prova. Além disso, possui caráter preparatório, pois através dele a polícia 
investigativa possibilita que o titular da ação penal (ex.: Ministério Público) possa 
ingressar com a Ação Penal. 
 Natureza do inquérito: O inquérito policial possui a natureza de um procedimento 
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 62 
administrativo, preparatório, presidido pela autoridade policial (delegado de polícia). 
NÃO é um processo ou procedimento judicial! 
 Condução do inquérito: Vejam o art. 2º §1º da Lei 12.830/2013, que prevê que cabe 
ao delegado de polícia a condução do inquérito policial, o que reforça a sua natureza 
administrativa, e não jurisdicional. 
DICA 132 
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL 
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL 
Procedimento ESCRITO 
(art. 9º, CPP) 
As peças do inquérito devem ser reduzidas a escrito. 
Procedimento 
DISPENSÁVEL (art. 39, 
§5, CPP) 
O inquérito é dispensável à propositura da Ação Penal. O 
MP dispensará o inquérito se com a representação forem 
oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação 
penal. 
Procedimento 
INDISPONÍVEL 
(art. 17, CPP) 
 Uma vez instaurado, a autoridade policial NÃO pode 
mandar arquivar os autos do inquérito policial. 
 O delegado pode até concluir que o fato apurado não é 
crime, mas não pode arquivar o inquérito. 
Quem o faz é o Ministério Público, titular da ação penal, 
observando o procedimento do art. 28 do CPP. 
Procedimento SIGILOSO 
(art. 20) 
 A autoridade deve assegurar o SIGILO no inquérito, 
necessário à elucidação do fato. 
 Imaginem se cair no conhecimento popular que um 
determinado chefe do tráfico está sendo objeto de uma 
interceptação telefônica. A medida ficaria sem efeito, 
correto? É por isso que o inquérito é um procedimento 
SIGILOSO. 
DICA 133 
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO INQUISITIVO 
No inquérito policial há concentração de poder em autoridade única. Logo, há o 
afastamento do contraditório e da ampla defesa. (NESTOR TÁVORA) 
 FIQUE ATENTO! 
A título de conhecimento, ressalte-se que é possível que o inquérito tenha contraditório e 
ampla defesa. Havendo desejo político, é possível a regulação de inquéritos com 
contraditório e ampla defesa, a exemplo do inquérito para a expulsão do estrangeiro 
regulado na Lei de Migração (Art. 58, Lei 13.445/2017). 
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 63 
DICA 134 
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO DISCRICIONÁRIO 
O Delegado preside a investigação da forma que entender mais estratégico, adequando o 
Inquérito Policial a realidade do crime apurado. 
 TOME NOTA! 
Os arts. 6º e 7º do CPP, de forma não exaustiva, apontam diligências que podem ou 
devem ser cumpridas, para melhor aparelhar o Inquérito Policial. 
As diligências requeridas pela vítima ou pelo suspeito podem ser negadas, salvo o 
exame de corpo de delito quando a infração deixar vestígios (arts. 14, 158 e 184 do CPP). 
DICA 135 
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO SIGILOSO 
Cabe ao delegado de polícia velar pelo sigilo em favor da eficiência da investigação (art. 
20, CPP). 
 Princípio da presunção de inocência: Informações do Inquérito Policial não serão 
apontadas na certidão de antecedentes criminais. 
DICA 136 
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO ESCRITO 
Prevalece a forma documental, sendo que os atos orais serão reduzidos a termo (art. 
9º, CPP). 
O delegado deve rubricar todas as laudas do Inquérito Policial. 
As novas ferramentas tecnológicas podem ser empregadas na documentação, o que 
envolve captação de som e imagem, assim como a estenotipia (técnica de resumo de 
palavras por símbolos). 
DICA 137 
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO INDISPONÍVEL 
O delegado NUNCA poderá arquivar o inquérito policial. 
Toda investigação iniciada deve ser concluída e encaminhada a autoridade competente. 
 Memorize! 
 
 
 
DICA 138 
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL: PROCEDIMENTO DISPENSÁVEL 
A deflagração do processo independe da prévia elaboração do Inquérito Policial 
(posição majoritária) 
 FIQUE ATENTO (a)! Inquérito indispensável (posição minoritária). 
Delegado 
JAMAIS poderá arquivar o inquérito 
policial 
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Para Henrique Hoffmann, em posição minoritária, o inquérito é indispensável para a 
deflagração do processo; afinal, é possível que o inquérito seja a fonte de fornecimento de 
justa causa para o ajuizamento da ação penal. 
DICA 139 
CONTRADITÓRIO DURANTE O INQUÉRITO POLICIAL 
O contraditório é um dos princípios bases do processo penal, expressamente 
consagrado na Constituição Federal. Contudo, o inquérito policial é um procedimento 
sigiloso. Então, como fazer para conciliar essas duas previsões? 
Regra geral, não há contraditório pleno no âmbito do inquérito policial. Trata-se de um 
procedimento de característica inquisitorial, em que o contraditório e a estrutura dialética, 
típica da ampla defesa e dos processos judiciais, não é observada. 
A forma que a jurisprudência encontrou de compatibilizar isso é permitindo ao advogado o 
amplo acesso aos elementos de prova que já tiverem sido documentadas no inquérito 
policial. As diligências ainda em curso não serão permitidas o acesso ao advogado. 
É isso o que quer dizer a: 
SÚMULA VINCULANTE n. 14 
“é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos 
de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão 
com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”. 
DICA 140 
INQUÉRITO POLICIAL CONTRA POLICIAIS PELO USO DAS FORÇAS LETAIS 
 Inovação importante trazida pelo Pacote Anticrime! 
Em regra geral, não se observa o contraditório pleno e efetivo no inquérito policial, dada a 
sua estrutura inquisitorial e sigilosa. Mas os advogados possuem acesso às diligências que 
já tiverem sido documentadas, conforme súmula vinculante n. 14. 
Uma novidade trazida pelo Pacote Anticrime e que de certa forma excepciona essa 
restrição ao contraditório no âmbito do inquérito policial está prevista no art. 14-A do CPP. 
No caso em que os policiais forem investigados por algum fato relacionado ao uso da 
força letal (ex.: arma de fogo), praticados no exercício profissional. O policial investigado 
deverá ser citado sobre a instauração do inquérito, podendo constituir defensor no 
prazo de 48 horas, contados do recebimento da citação. 
Se o prazo de 48 horas acabar sem que o policial tenha constituído advogado, deverá ser 
intimado a instituição a que estava vinculado na época dos fatos para que, no 
prazo de 48 horas, indique algum defensor para a representação do investigado. 
A previsão de citação do investigado acerca da instauração do inquérito é uma novidade, e 
que só existe nos crimes em que os policiaisforem investigados pelo uso das forças letais. 
É uma novidade que de certa forma “fortalece” o contraditório, mesmo em sede de 
investigação criminal! 
 
 
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 65 
DICA 141 
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL 
Não deixe de fazer a redação literal do art. 155 do CPP!! 
FORÇA PROBATÓRIA DO INQUÉRITO POLICIAL (ARTIGO 155, CPP) 
ELEMENTOS DE 
INFORMAÇÃO 
São colhidos no inquérito policial, 
sem a observância do 
contraditório. 
Sozinhas, NÃO podem 
embasar a condenação. 
PROVAS 
São aquelas produzidas sob o 
contraditório judicial, durante a 
instrução criminal. 
São elas que servem para 
embasar a condenação. 
ELEMENTOS 
MIGRATÓRIOS 
São elementos que, embora 
colhidos durante o inquérito 
policial, podem servir para 
embasar a condenação. 
São eles: 
provas cautelares; 
provas não repetíveis; 
provas antecipadas. 
Somente será considerado prova no âmbito do processo penal aquela submetida ao 
contraditório judicial, ou seja, aquela colhida durante a instrução processual penal (fase 
processual), em que seja dada oportunidade para a parte acusada se manifestar 
previamente, participando ativamente da sua colheita. 
No âmbito do inquérito policial, isso não ocorre. O Inquérito Policial é um 
procedimento sigiloso, em que NÃO se observa o contraditório prévio. A parte 
investigada não participa das investigações, não participa da colheita da prova. 
Quando o juiz for analisar se condena ou não o acusado, ele deverá observar as provas 
produzidas em contraditório judicial. Ele não poderá, como regra, fundamentar a sua 
condenação exclusivamente nos elementos informativos colhidos durante a investigação. 
Na verdade, esses elementos colhidos pela entidade responsável, durante o inquérito 
policial, tecnicamente sequer são chamados de provas, mas sim elementos de 
informação. Isso porque tais elementos não se prestam como provas, mas sim como 
elemento para que o Ministério Público faça a acusação, bem como para direcionar os 
rumos da instrução criminal, na fase processual. 
Mas, existem algumas exceções, isso porque muitas vezes os elementos de informação 
colhidos na delegacia não poderão ser repetidos durante a instrução criminal, seja 
porque às vezes os vestígios desaparecem, ou ainda porque a testemunha que prestou o 
depoimento morreu, etc. 
É por isso que a lei ressalva as provas cautelares, não repetíveis e as antecipadas. 
Essas provas cautelares, não repetíveis e antecipadas são chamadas de elementos 
migratórios. Recebem esse nome porque, embora colhidas durante o inquérito policial, 
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elas podem, sozinhas, embasar a condenação do juiz. 
Prova irrepetível, por exemplo, é aquela que simplesmente desapareceu, como a 
constatação da embriaguez, a constatação dos hematomas de uma mulher agredida, etc. 
Já Prova cautelar são aquelas pautadas pela necessidade e urgência, como o caso de 
uma interceptação telefônica. Não há como o juiz repetir essa prova, concordam? 
DICA 142 
DURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL 
 IMPORTANTE!!!! 
A duração do inquérito variará de acordo com o réu estar preso ou não. Além disso, há 
uma regra específica na Lei de Drogas que é importante vocês saberem! 
 DURAÇÃO DO INQUÉRITO PARA RÉU PRESO: 
Primeiramente, em se tratando de réu preso, o CPP prevê o prazo de 10 dias, contados 
do dia em que se executar a ordem de prisão. 
Porém, o Pacote Anticrime passou a prever a possibilidade de o juiz prorrogar o 
inquérito em se tratando de réu preso, por uma única vez, por mais 15 dias. Se, após 
essa prorrogação, ainda não houver concluído as investigações, a prisão deverá ser 
imediatamente relaxada. 
Portanto, para RÉU PRESO = 10 dias, prorrogáveis por mais 15 dias. 
 DURAÇÃO DO INQUÉRITO PARA RÉU SOLTO: 
Além disso, em se tratando de réu solto, a duração do inquérito é de 30 dias, podendo 
haver sucessivas prorrogações na hipótese de o caso ser de difícil elucidação (na prática, 
quase todo inquérito com réu solto extrapola esse prazo). 
 DURAÇÃO DO INQUÉRITO NA LEI DE DROGAS: 
Há uma outra regra específica na Lei de Drogas que é importante você memorize. 
Em se tratando de inquérito para apurar os crimes previstos na lei de drogas 
(exemplo: tráfico de entorpecentes), a duração do inquérito é de 30 dias para o réu 
preso, e de 90 dias para o réu solto, podendo, em ambos os casos, ser duplicados pelo 
juiz (ver artigo 51 da Lei de Drogas). 
PRAZO DE 
CONCLUSÃO 
RÉU PRESO RÉU SOLTO 
Regra do CPP Prazo de 10 dias, contados da data em que 
se executar a ordem de prisão (art. 10, CPP) 
 O pacote anticrime passou a prever a 
possibilidade de prorrogação, por uma 
única vez, por mais 15 dias. (art. 3º-B, CPP) 
 Prazo de 30 dias, 
podendo ser 
prorrogado. 
Lei de Drogas 30 dias (podendo ser duplicado) 90 dias 
(podendo ser 
duplicado) 
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 67 
ATENÇÃO! 
Para complementar os estudos, vale a leitura do art. 155 do CPP!! 
Para complementar as informações dessa dica, façam a leitura literal de três 
artigos: 
 artigo 10 do CPP; 
 art. 3º-B, §2º, do CPP; 
 art. 51 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). 
DICA 143 
FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL 
INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL (ART. 5º, CPP) 
Espécie de crimes 
Possibilidade de 
instaurar 
Observação 
Nos crimes de ação 
penal pública 
INCONDICIONADA 
 
Ver artigo 5º, CPP 
De ofício, pelo delegado A peça inaugural do inquérito será 
uma portaria. 
Mediante requerimento 
do ofendido 
Se o requerimento de instauração 
for indeferido, cabe recurso ao 
Chefe de Polícia. 
Por requisição da 
autoridade judiciária e do 
Ministério Público 
Prevalece que a autoridade 
judiciária requisitar a instauração 
de inquérito policial ofende o 
Sistema Acusatório. 
Notícia de qualquer 
pessoa do povo 
É o que chamamos de delatio 
criminis. Na prática, exercida 
através do B.O. 
DICA 144 
NOTITIA CRIMINIS, DELATIO CRIMINIS E DENÚNCIA ANÔNIMA 
 Notitia criminis: é o conhecimento, por parte da autoridade policial, acerca de um 
crime. A partir dela, o delegado dá início à investigação, apurando a sua verdadeira 
ocorrência bem como descobrindo a sua autoria. Pode ser espontâneo (ex: delegado ao 
andar na rua vê a prática de um crime) ou provocado (ex.: B.O., requisição do MP, etc) 
 Delatio criminis: é uma espécie de notitia criminis. Quando qualquer pessoa do 
povo (e não a vítima/ofendido) comunica um fato criminoso à autoridade policial. 
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 68 
 Denúncia anônima: esse ponto é importante. A denúncia anônima é um importante 
instrumento no combate à criminalidade. Porém, a CF veda expressamente o anonimato 
(art. 5º, inciso IV). 
É por isso que, diante de uma denúncia anônima, a autoridade policial não pode, de 
pronto, instaurar um inquérito policial. 
Pelo contrário, deverá verificar a procedência e a veracidade das informações veiculadas 
pela denúncia anônima, através de um procedimento chamado de Verificação da 
Procedência das Informações (VPI), previsto no art. 5º, §3º do CPP. 
Portanto, a denúncia anônima, por si só, NÃO serve para fundamentar a instauração de 
inquérito policial. Mas, a partir dela, pode a polícia realizar diligênciaspreliminares para 
apurar a veracidade das informações obtidas anonimamente e, a partir disso, instaurar o 
inquérito. 
DICA 145 
REQUISIÇÕES DE INFORMAÇÕES (ARTS. 13-A E 13-B) 
REQUISIÇÕES DOS ARTS. 13-A E 13-B 
 
REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES 
(art. 13-A) 
1. Possibilidade do MP e delegado requisitar 
dados e informações cadastrais de órgãos 
públicos ou empresas privadas. 
2. INDEPENDE de autorização judicial 
1) Sequestro e cárcere privado; 2) Redução à 
condição análoga à de escravo; 3) Tráfico de 
pessoas; 4) Extorsão; 5) Extorsão mediante 
sequestro; 6) Envio de criança ao exterior. 
Qual o prazo para atendimento? 24 horas. 
 
 
 
 
REQUISIÇÃO DE MEIOS 
TÉCNICOS ADEQUADOS 
(ART. 13-B) 
 
 
 
REQUISIÇÃO DE MEIOS 
TÉCNICOS ADEQUADOS 
(ART. 13-B) 
1. Possibilidade do MP e delegado requisitar 
meios técnicos necessários que permitam a 
localização da vítima às empresas de 
telecomunicação. 
2. PRECISA de autorização judicial, mas se o 
juiz não se manifestar em 12 horas, a 
autoridade pode requisitar diretamente, com 
imediata comunicação ao juiz. 
3. Previsto apenas para o crime de tráfico de 
pessoas 
4. Prazo máximo da diligência: 30 dias, 
renovável por igual período 
5. Nesses casos, o inquérito policial deve ser 
instaurado em 72 horas, contado do registro da 
ocorrência. 
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 69 
LEGISLAÇÃO PENAL E PROCESSUAL PENAL 
DICA 146 
LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA - CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA 
A Lei de Organização Criminosa, Lei nº 12.850/2013, veio para regulamentar as condições 
já existentes na Convenção de Palermo. 
Um dos pontos mais importantes dessa lei é a definição de organização criminosa: 
Esta caracteriza-se pela união de quatro ou mais indivíduos, organizados de maneira 
estruturada, para aferir vantagens, por meio de infrações penais, cujas penas máximas 
ultrapassam quatro anos, OU que tenham caráter transnacional. 
Os requisitos para a constituição de uma organização criminosa são: 
Organização de quatro ou mais pessoas; 
Caráter de permanência ou estabilidade; 
Estruturação e divisão de tarefas; 
Ter como fim obter alguma vantagem econômica ou moral; 
Prática de infrações (crime ou contravenção) com pena máxima superior a quatro 
anos; 
Prática de infrações de caráter transnacional (qualquer pena). 
 CUIDADO! 
 Só será organização criminosa a reunião de no mínimo quatro pessoas; 
 A reunião dessas pessoas não pode ser eventual, é necessário que haja estabilidade; 
 A organização deve ser, como o nome diz, minimamente organizada, ou seja, com uma 
estrutura e divisão de tarefas entre os seus membros; 
 DICA 147 
APLICAÇÃO DA LEI 
 A Lei de Organização Criminosa se aplica também a outras duas hipóteses: 
 Infrações previstas em tratado ou convenção internacional quando a ação ou o 
resultado acontecerem no estrangeiro; 
 Organizações terroristas. 
Isso significa que os mecanismos da lei, meios de obtenção de prova, dentre outros 
podem ser utilizados tanto no combate à organização criminosa, como em delitos de 
caráter transnacional previstos em tratados internacionais e às organizações terroristas. 
 DICA 148 
APLICAÇÃO DA LEI 
NÃO CONFUNDA! Observamos também que o crime de organização criminosa é 
diferente do crime de associação criminosa. 
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 70 
Definida pelo Art. 288 do Código Penal, a associação criminosa se dá quando três ou 
mais indivíduos se associam para cometer crimes cuja pena seja de até três anos. 
 MEMORIZE! 
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA 
Código Penal Lei nº 12.850/2013 
3 ou mais indivíduos 4 ou mais indivíduos 
Prática de crimes 
Prática de infrações com pena máxima 
superior a 4 anos ou de caráter 
transnacional 
Pena: reclusão de 1 a 3 anos Pena: reclusão de 3 a 8 anos 
 DICA 149 
FIGURA PRINCIPAL E FIGURA EQUIPARADA 
 Será punido pelas penas da lei aquele que, em relação à Organização Criminosa: 
 Promover; 
 Constituir; 
 Financiar; 
 Integrar. 
 OBS.: ainda que o agente integre a organização por interposta pessoa (ou seja, não 
integre pessoalmente, mas tenha um “representante” seu será considerado parte); 
 Figura equiparada: responderá pelas mesmas penas aquele que impede ou 
embaraça a investigação que envolva a organização criminosa. 
 DICA 150 
CAUSAS DE AUMENTO 
A Lei dispõe algumas hipóteses em pena será aumentada. 
 FIQUE ATENTO (a)! 
Emprego de arma de fogo Aumenta de 1/2 
Participação de criança ou adolescente 
Aumenta de 1/6 a 2/3 
Concurso de funcionário público 
Produto com destino ao exterior 
Conexão com outras Organizações 
criminosas 
Transnacionalidade 
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 71 
DICA 151 
AGRAVANTE 
 Importante não confundir as hipóteses de causas de aumento (ou majorantes) 
com a agravante trazida pela lei. Embora ambas os institutos aumentem de a pena de 
alguma forma, elas não se confundem; 
 As causas de aumento (ou majorantes) são aplicadas na terceira fase da dosimetria 
da pena e estão em forma de fração; 
 As agravantes são aplicadas na segunda fase da dosimetria da pena; 
 A lei de organização criminosa diz que a pena será agravada para aquele que: 
 Exerce o comando, individual ou coletivo, ainda que não pratique pessoalmente atos 
de execução. 
 DICA 152 
FUNCIONÁRIO PÚBLICO 
A participação do funcionário público na organização criminosa, fazendo uso das 
facilidades do cargo, é causa de aumento de 1/6 a 2/3. 
 Além disso, ao funcionário público pode-se aplicar: 
 Afastamento cautelar: se houver indícios suficientes, poderá o juiz determinar seu 
afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, 
quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual. 
 Perda do cargo: com a condenação com trânsito em julgado acarretará ao 
funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e a interdição 
para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 anos subsequentes ao 
cumprimento da pena. 
 MUITO CUIDADO: o prazo não é a contar do crime ou da sentença, mas do final do 
cumprimento da pena! 
 DICA 153 
POLICIAL 
 Havendo indícios de participação de policial nos crimes da Lei de Organização 
Criminosa: 
 Inquérito policial será instaurado pela corregedoria; 
 Que comunicará o Ministério Público; 
 Que designará membro para acompanhar a investigação até a sua conclusão. 
 DICA 154 
CUMPRIMENTO DA PENA 
 Atenção redobrada! Inovação do pacote anticrime! 
 A pena se iniciará em estabelecimento de segurança máxima: 
 No caso das lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas 
à disposição; 
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 72 
 PROGRESSÃO DE REGIME OU LIVRAMENTO CONDICIONAL: 
 O condenado por integrar organização criminosa ou por crime praticado por meio de 
organização criminosa; 
 NÃO poderá progredir de regime de cumprimento de pena ou obter livramento 
condicional ou outros benefícios prisionais; 
 Se houver elementos probatórios que indiquem a manutenção do vínculo 
associativo. 
 DICA 155 
MEIOS DE OBTENÇÃO DE PROVA 
 A Lei de Organização Criminosa prevê vários meios de obtenção de prova com vistasa auxiliar na investigação. São eles: 
 colaboração premiada; 
 captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos; 
 ação controlada; 
 acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes 
de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais; 
 interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas; 
 afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal; 
 infiltração, por policiais, em atividade de investigação; 
 cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais; 
 MNEMÔNICO: 2A 3C 2I 
A Acesso a dados 
A Afastamento de sigilo 
C Colaboração premiada 
C Captação ambiental 
C Cooperação entre instituições 
I Interceptação telefônica 
I Infiltração de agentes 
 
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 73 
DICA 156 
COLABORAÇÃO PREMIADA 
COLABORAÇÃO Identificação dos coautores e das infrações praticadas 
Revelação da estrutura hierárquica e das tarefas da ORCRIM 
Prevenção de infrações praticadas pela ORCRIM 
Recuperação total ou PARCIAL do produto ou proveito 
Localização de vítima com integridade física preservada 
REQUISITOS Personalidade do colaborador 
Natureza, circunstâncias, gravidade e repercussão social do 
fato 
Eficácia da colaboração 
PRÊMIOS Redução da pena em 2/3 
Perdão Judicial 
Substituição da pena por restritiva de direitos 
Não oferecimento da denúncia (apenas se o colaborador não 
for o líder da organização e tiver sido o primeiro a colaborar 
Redução da pena até a metade ou progressão de regime 
(colaboração após a sentença) 
DICA 157 
COLABORAÇÃO PREMIADA 
ATENÇÃO! 
 Na colaboração premiada o JUIZ não é parte, cabendo a ele apenas a 
homologação após a verificação somente dos seguintes critérios: 
→ Regularidade; 
→ Legalidade; 
→ Adequação dos resultados; 
→ Adequação dos benefícios. 
→ Voluntariedade. 
 
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 74 
DICA 158 
AÇÃO CONTROLADA 
Consiste a ação controlada em retardar (atrasar) a intervenção policial ou 
administrativa, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a 
medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção 
de informações. 
 A ação controlada é o atraso na atuação policial de modo que mais provas possam ser 
coletadas; 
 Não exige autorização judicial! 
 Mas exige comunicação prévia ao juiz; 
 O juiz estabelecerá os limites da ação e comunicará sigilosamente o ministério 
público; 
 Os autos da ação controlada serão sigilosos, só tendo acesso o juiz, o ministério 
público e o delegado de polícia. 
DICA 159 
INFILTRAÇÃO DE AGENTES 
É a infiltração de agentes policiais disfarçados no seio da organização criminosa a fim de 
obter provas. 
 Será requerida pelo Ministério Público ou representada pelo Delegado de Polícia; 
 Só será admitida se não houver outra forma de obter as provas (meio subsidiário); 
 Prazo: até 6 meses, podendo ser renovadas quantas vezes forem necessárias; 
DICA 160 
INFILTRAÇÃO VIRTUAL DE AGENTES 
 Infiltração virtual de agentes policiais na internet; 
 Quando demonstrada sua necessidade; 
 Devem ser indicados o alcance das tarefas dos policiais, os nomes ou apelidos das 
pessoas investigadas; 
 Quando possível, devem ser informados os dados de conexão ou cadastrais que 
permitam a identificação dessas pessoas. 
 Prazo: até 6 meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que o total não 
exceda a 720 dias; 
INFILTRAÇÃO PRAZO RENOVAÇÃO 
Presencial 6 meses Sem limite 
Virtual 6 meses Até 720 dias 
 
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 75 
DICA 161 
DIREITOS DO AGENTE INFILTRADO 
 São direitos do agente: 
 Recusar ou fazer cessar a atuação infiltrada (pode parar quando quiser); 
 Ter sua identidade alterada, bem como usufruir das medidas de proteção a 
testemunhas; 
 Ter seu nome, sua qualificação, sua imagem, sua voz e demais informações pessoais 
preservadas durante a investigação e o processo criminal, salvo se houver decisão 
judicial em contrário; 
 Não ter sua identidade revelada, nem ser fotografado ou filmado pelos meios de 
comunicação, sem sua prévia autorização por escrito. 
 CRIMES PRATICADOS PELO AGENTE INFILTRADO 
 Pode acontecer do agente, durante o período de infiltração, ser obrigado a participar de 
algum fato criminoso para que seu disfarce não seja descoberto; 
 Esse fato não será punível quando inexigível conduta diversa, desde que sua 
atuação seja proporcional e voltada à finalidade da investigação, pois os excessos serão 
punidos. 
DICA 162 
ACESSO A DADOS CADASTRAIS 
O delegado de polícia e o ministério público terão acesso, independentemente de 
autorização judicial. 
Aos dados cadastrais do investigado que informem exclusivamente a qualificação 
pessoal, a filiação e o endereço. 
Mantidos pela justiça eleitoral, empresas telefônicas, instituições financeiras, provedores 
de internet e administradoras de cartão de crédito. 
As empresas de transporte possibilitarão, pelo prazo de 5 anos, acesso direto e 
permanente do juiz, do ministério público ou do delegado de polícia aos bancos de 
dados de reservas e registro de viagens. 
As concessionárias de telefonia fixa ou móvel manterão, pelo prazo de 5 (cinco) anos, à 
disposição do juiz, do ministério público ou do delegado, registros de identificação dos 
números dos terminais de origem e de destino das ligações telefônicas internacionais, 
interurbanas e locais. 
DICA 163 
LICITAÇÃO 
Havendo necessidade justificada de manter sigilo sobre a capacidade 
investigatória, poderá ser dispensada licitação para: 
 Contratação de serviços técnicos especializados; 
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 76 
 Aquisição ou locação de equipamentos destinados à polícia judiciária para o 
rastreamento e obtenção de provas; 
DICA 164 
INVESTIGAÇÃO E INSTRUÇÃO CRIMINAL 
 Prazo para encerramento da instrução criminal: 
 120 dias para o réu preso. 
 Prorrogáveis por até período igual. 
 Por decisão fundamentada na complexidade da causa ou na procrastinação do réu. 
 Sigilo das investigações: 
 Poderá ser decretado pela autoridade judicial competente. 
 Para garantia da celeridade e da eficácia das diligências investigatórias. 
 Assegurando-se ao defensor amplo acesso aos elementos de prova que digam 
respeito ao exercício do direito de defesa, devidamente precedido de autorização 
judicial, ressalvados os referentes às diligências em andamento. 
DICA 165 
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA 
A CF prevê, no art. 5º, inciso XII, que é inviolável o sigilo das comunicações telegráficas, 
de dados e das comunicações telefônicas, salvo, neste último caso, por ordem judicial 
para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. 
 Autorização Judicial: Pela Constituição, para a quebra do sigilo das comunicações 
telefônicas é indispensável a autorização judicial. No plano infraconstitucional, a 
regulamentação dessa quebra de sigilo das comunicações telefônicas foi regulamentada 
pela Lei 9296/96. 
 Conceito: interceptação telefônica significa captar a comunicação telefônica de outra 
pessoa, passando a descobrir o conteúdo da comunicação. 
DICA 166 
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA: TERMINOLOGIAS 
 Háalgumas terminologias e distinções relevantes para a sua prova, veja abaixo: 
Interceptação 
telefônica 
É a captação da comunicação telefônica alheia por um terceiro, 
sem o conhecimento de nenhum dos comunicadores. 
Escuta 
telefônica 
É a captação da comunicação por um terceiro, com o 
conhecimento de um dos comunicadores e desconhecimento 
do outro. 
Gravação 
telefônica 
clandestina 
É uma autogravação. Ou seja, a gravação por um dos 
comunicadores, normalmente feita sem o conhecimento do 
outro comunicador. 
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 77 
Comunicação 
ambiental 
Refere-se às comunicações realizadas diretamente num ambiente, 
como numa sala, num carro etc. Normalmente realizado por cabos 
de fibra óticas. 
Escuta 
ambiental 
É a captação de uma comunicação no ambiente feita por terceiro 
com o consentimento de um dos comunicadores. 
Gravação 
ambiental 
É a captação da comunicação no ambiente feita por um dos 
comunicadores. 
DICA 166 
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA 
 ESSA É IMPORTANTE! 
Lei 9.296/96 regulamenta tanto os requisitos, hipóteses de cabimento e o procedimento 
das interceptações telefônicas. 
Há alguns requisitos à decretação judicial da interceptação telefônica. Nesse sentido, o 
art. 2º da Lei 9296/96 é IMPORTANTÍSSIMA, sendo imprescindível a sua leitura. 
Primeiramente, só pode haver decretação da interceptação telefônica se houver indícios 
razoáveis de autoria ou participação em infração penal. 
Além disso, mencione-se o caráter RESIDUAL da interceptação telefônica. Ela só pode ser 
decretada quando os fatos NÃO puderem ser provados por outros meios. 
Por fim, mencione-se que o crime investigado deve ser punido com PENA DE RECLUSÃO. 
Se a pena do crime investigado for de DETENÇÃO, NÃO será admitida a quebra do sigilo 
das comunicações telefônicas!!! 
 
 
 PRAZO: a interceptação telefônica pode ser decretada pelo juiz, em decisão 
fundamentada, pelo prazo de 15 DIAS, renovável por igual tempo UMA VEZ, 
comprovada a indispensabilidade da prova. 
NÃO será admitida 
interceptação telefônica
(art. 2º, Lei 9.296/96)
1) NÃO houver indícios razoáveis da 
autoria ou participação em infração 
penal
2) a prova puder ser feita 
por outros meios 
disponíveis
3) o fato investigado 
constituir infração punida, 
no máximo, com pena de 
DETENÇÃO
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 78 
DICA 167 
CAPTAÇÃO AMBIENTAL 
 ESSA É IMPORTANTE! VAI CAIR!!!!!! 
A captação ambiental é a quebra do sigilo da comunicação realizada num ambiente, 
e NÃO através de meios telefônicos, como na interceptação telefônica. 
 Ex.: num reality show da televisão, quando uma das participantes se infiltra e se 
esconde no ambiente para ouvir a conversa dos demais, está havendo captação 
ambiental das comunicações. No meio policial isso é um pouco mais “sofisticado”, já 
que muitas vezes há recursos tecnológicos à disposição da polícia para interceptar a 
comunicação dos investigados. 
Essa captação ambiental foi regulamentada pelo PACOTE ANTICRIME, que incluiu o art. 
8º-A na Lei de Interceptações Telefônicas (lei 9296/96). 
 Segundo esse artigo, a captação ambiental pode ser determinada em sede de 
investigação ou instrução penal, dependendo de autorização judicial após 
requerimento do MP ou da autoridade policial, e desde que observados os seguintes 
requisitos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PRAZO: A captação ambiental NÃO pode exceder o prazo de 15 dias, renovável 
por iguais períodos através de nova decisão judicial, desde que comprovada a 
indispensabilidade do meio de prova, e quando presente atividade criminal permanente, 
habitual ou continuada. 
 CUIDADO: 
Na interceptação telefônica, só pode prorrogar o prazo de 15 dias uma vez. Na 
captação ambiental, pela lei, pode prorrogar tal prazo por sucessivos períodos. 
O requerimento do MP ou da autoridade policial deve descrever detalhadamente o 
local e a forma de instalação do dispositivo de captação ambiental. 
A instalação do dispositivo de captação ambiental pode ser realizada por meio de 
operação policial disfarçada, se necessário, ou ainda no período noturno, vedado na 
casa (art. 8º-A, §2º). 
A gravação ambiental (captação feita por um dos interlocutores sem o prévio 
conhecimento do outro), sem o prévio conhecimento da autoridade policial ou do MP pode 
ser utilizada em MATÉRIA DE DEFESA, quando demonstrada a integridade da gravação 
CAPTAÇÃO 
AMBIENTAL
(art. 8º-Aº, Lei 
9.296/96)
1) A prova NÃO puder ser feita por 
outros meios disponíveis e igualmente 
eficazes
2) Elementos probatórios razoáveis de 
autoria ou participação
3) Infrações penais com pena 
máxima superior a 4 ANOS, ou 
em infrações penais conexas.
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 79 
(§4º). Isso nos remete a uma observação feita nas rodadas anteriores, que diz respeito à 
possibilidade de utilização da prova ilícita em favor do réu. 
DICA 168 
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA E CAPITAÇÃO AMBIENTAL 
 Abaixo, um quadro-resumo das principais distinções entre interceptação telefônica e 
captação ambiental. NÃO CONFUNDAM. Isso vai estar na sua prova! 
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA CAPTAÇÃO AMBIENTAL 
É a captação da comunicação telefônica 
de terceiros. 
É a captação da comunicação realizada no 
ambiente, e NÃO por meios telefônicos. 
Só pode ser decretado para infrações 
penais punidas com RECLUSÃO. NÃO 
pode para crimes punidos com 
DETENÇÃO. 
Só pode para infrações penais punidas com 
pena máxima superior a 4 anos, ou em 
infrações penais conexas. 
Não poderá exceder o prazo de 15 dias, 
renovável por igual tempo uma vez 
comprovada a indispensabilidade do meio 
de prova (art. 5º). 
 OBS.: O art. 5º da Lei nº 9.296/1996 
estabelece o prazo de 15 dias para a 
interceptação, que poderá ser renovado, 
não havendo qualquer limitação na lei ou 
na jurisprudência acerca da quantidade 
de prorrogações, que poderão ser 
deferidas se ainda presentes os 
pressupostos de admissibilidade. Assim 
sendo, fundamentadas as decisões de 
prorrogação, não há falar em excesso de 
prazo ou qualquer nulidade." 
Pode ser decretada pelo prazo de 15 dias, 
prorrogáveis por iguais períodos. 
DICA 169 
LEI MARIA DA PENHA - LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA 
DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER) 
 Conforme podemos extrair da leitura do art. 5º, configura violência doméstica e 
familiar contra a mulher qualquer AÇÃO OU OMISSÃO baseada no gênero que lhe cause 
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial, 
praticada em qualquer dos cenários: 
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio 
permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente 
agregadas; 
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 80 
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos 
que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por 
vontade expressa; 
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha 
convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. 
 
ATENÇÃO!! 
QUESTÃO, 2020: 
No que se refere ao atendimento policial a grupos vulneráveis, julgue o item a seguir: 
A violênciadoméstica e familiar pode ser caracterizada tanto por ação quanto 
por omissão. 
Gabarito: CERTO. 
Comentário: CERTO É A RESPOSTA! BASTAVA TER CONHECIMENTO DA LETRA DE LEI 
ART. 5º CAPUT DA LEI 11.340, CITADA ACIMA. 
DICA 170 
LEI 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR 
CONTRA A MULHER) 
ATENÇÃO: 
Súmula 600 do STJ: “Para configuração da violência doméstica e familiar prevista no 
artigo 5º da lei 11.340/2006, lei Maria da Penha, NÃO se exige a coabitação entre 
autor e vítima”. 
 NÃO se exige coabitação entre autor e vítima para configurar a violência doméstica e 
familiar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 81 
DIREITOS HUMANOS 
DICA 171 
TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS 
Relacionado a garantia ao mínimo existencial da pessoa humana, para garantir a 
solidariedade, igualdade, fraternidade, liberdade e a dignidade. 
 Ligado ao Direito Internacional Público. 
A Constituição Federal de 1988 foi a primeira constituição que estabeleceu, de forma 
objetiva, a prevalência dos Direitos Humanos como preceito fundamental. 
DICA 172 
NOÇÕES DE DIREITOS HUMANOS - ANTECEDENTES 
A primeira declaração de Direitos Humanos da história foi o Cilindro de Ciro. 
CILINDRO DE CIRO – PEÇA DE ARGILA COM AFIRMAÇÕES. 
 Ex.: o direito de cada pessoa escolher a própria religião, além de estabelecer a 
igualdade racial; 
Ciro, o grande, em 539 a.C, libertou os escravos de uma cidade da Babilônia para que eles 
pudessem voltar para suas casas, pois a ideia inicial de direito só poderia ser conquistada 
com fundamento no pertencimento a um grupo (clã, povo, família); 
Nesse sentido, rapidamente a ideia de direitos humanos difundiu-se pela Índia, Grécia e 
Roma. 
DICA 173 
ANTECEDENTES 
 Documentos que merecem destaque na busca e efetivação dos Direitos Humanos: 
1215 - A Magna Carta: limitava os poderes do monarca na Inglaterra; 
Muitos consideram como o primeiro documento sobre os direitos humanos. 
1628 - A Petição de Direito: ou “petition of rights”. Aprovada pelo parlamento inglês e 
visava limitar os poderes do rei; 
1776 - A Declaração de Direitos do Bom Povo da Virgínia: demonstrou grande 
preocupação com o governo democrático e a soberania popular, além de reconhecer 
direitos inerentes à condição humana; 
1789 - A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: sofreu forte influência da 
Revolução Francesa de 1789. Trata-se de uma declaração generalizante, ou seja, não 
falava apenas dos franceses, mas sim de toda a humanidade. 
1948 – Declaração Universal dos Direitos Humanos (veremos mais adiante). 
 
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 82 
DICA 174 
CONCEITO DE DIREITOS HUMANOS 
 Inicialmente, temos que saber que existem 3 vertentes de proteção da pessoa 
humana: 
 Direitos Humanos: versa sobre a situação geral da pessoa; 
 Direito Humanitário: versa sobre a proteção do ser humano em tempo de guerra; 
 Direito dos Refugiados: versa sobre a garantia de asilo quando recluso de seu país. 
 Conceito: bem resumidamente, trata-se de um conjunto de direitos indispensáveis à 
concretização da dignidade humana. 
 Titularidade: toda e qualquer pessoa é titular de Direitos Humanos, apenas pelo fato 
de existir, não se admitindo qualquer forma de discriminação ou distinção entre elas. 
DICA 175 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS 
 
DICA 176 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS 
 Historicidade: Os direitos humanos foram/estão sendo conquistados com o passar do 
tempo, com base nas lutas – muitas vezes árduas - de um processo histórico. 
Com base nesse entendimento, pode-se afirmar que não seriam direitos naturais, mas sim 
fruto de conquistas históricas; 
Historicidade 
Universalidade
Indivisibilidade 
Não exaustividade 
Relatividade 
Imprescritibilidade 
Inalienabilidade 
Indisponibilidade 
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O conceito de historicidade é expansivo, ou seja, o que se busca é a ampliação da 
proteção à pessoa, visando sempre reconhecer novos direitos; 
“Efeito Cliquet” ou vedação ao retrocesso. Significa que os direitos já conquistados e 
reconhecidos na ordem jurídica não podem ser suprimidos, mas apenas ampliados. 
DICA 177 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS 
 Universalidade: O conceito pode ser dividido em duas partes: 
 Inexistência de discriminações entre as pessoas, pois os direitos humanos são 
inerentes a todas elas; 
 Não há limites territoriais para o reconhecimento e efetividade dos direitos humanos 
(transnacionalidade), uma vez que a proteção da dignidade humana ultrapassa os limites 
territoriais. 
DICA 178 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS 
 Indivisibilidade: 
Todas as pessoas possuem a mesma proteção jurídica, pois essa é essencial para se ter 
uma vida digna; 
Não há hierarquia entre os direitos humanos. 
Como os direitos humanos tratam-se de um conjunto de direitos, eles não podem ser 
analisados de maneira isolada, mas sim de modo sistemático. Em outras palavras: não se 
pode garantir um direito em detrimento de outro. 
DICA 179 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS 
 Não Exaustividade: 
A concepção de direitos humanos é aberta, uma vez que há a possibilidade de expansão 
deles para a garantia de uma vida digna; 
Dessa forma não há exaurabilidade, ou seja, até o rol previsto na Constituição e tratados 
são meramente exemplificativos, o seu conteúdo é e sempre será mais amplo. 
Pode aparecer na prova como: “inexaurabilidade” – e estará correto, uma vez que os 
direitos humanos têm possibilidade de expansão. 
DICA 180 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS 
 Relatividade: 
 Nenhum direito é absoluto, até mesmo os direitos humanos podem sofrer 
limitações de acordo do caso concreto; 
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 No entanto, a relatividade é usada com muita cautela, dentro dos parâmetros 
expressos e implícitos da Constituição e deve atender ao critério da proporcionalidade; 
 Imprescritibilidade: 
 Os direitos humanos não se perdem pelo decurso do tempo. 
DICA 181 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS - 
 Inalienabilidade: Os direitos humanos não possuem “preço”, estão fora do comércio, 
não há possibilidade de se atribuir valor pecuniário ao próprio direito. 
 Indisponibilidade: Não é permitido ao titular do direito humano abrir mão de sua 
condição humana visando dispor da proteção à sua dignidade. 
DICA 182 
GERAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS 
 Primeira Geração: Envolvem os direitos de Liberdade. 
 Marco: Revoluções Liberais do Século XVIII na Europa e Estados Unidos. 
 O papel do Estado na defesa dos direitos humanos de primeira geração é passivo 
(prestações negativas). 
 Ex.: Direito à liberdade, intimidade, segurança, propriedade, igualdade perante a lei. 
DICA 183 
GERAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS 
 Segunda Geração: Envolvem os direitos de Igualdade. 
 Marco: Frutos das chamadas lutas sociais na Europa e Américas, sendo seus marcos a 
Constituição Mexicana, a Alemã de Weimar. 
 O papel do Estado na defesa dos direitos humanos de segunda geração é ativo 
(prestações positivas). 
 Ex.: Direito à saúde, educação, previdência social, habitação, entre outros. 
DICA 184 
GERAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS 
 Terceira Geração:Envolvem os direitos de Fraternidade. 
 Marco: Pós Segunda Guerra Mundial. 
 De titularidade da comunidade. 
 Ex.: Direito ao desenvolvimento, a autodeterminação, direito ao meio ambiente 
equilibrado. 
 
 
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 85 
DICA 185 
GERAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS 
OBS: Os concursos têm cobrado a classificação das gerações com base no 
entendimento de Paulo Bonavides, que considera mais duas gerações, a saber: 
 Direitos de Quarta Geração: resultante da globalização dos direitos humanos, 
corresponde ao direito ao pluralismo, bioética e limites à manipulação genética. 
 Direitos de Quinta Geração: contemplam o direito à paz em toda a humanidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 86 
CRIMINOLOGIA 
DICA 186 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 
A criminologia não está prevista em lei, pois ela é uma ciência concreta e real. 
 No que diz respeito à Criminologia: 
 A criminologia é uma ciência interdisciplinar e empírica; 
 A criminologia abrange o estudo do crime, do delinquente, da vítima e dos 
mecanismos de controle social; 
 A criminologia é fundamental para produzir informações concretas e reais para a 
política criminal; 
 A criminologia mede estatística, sociologia e psicologia criminal; 
 Seu objeto é o crime enquanto fato. 
 A Criminologia, por exemplo, estuda sobre o furto, o agente que furta, a vítima deste 
crime e também como a sociedade se comporta. 
 Quanto ao conceito de delito/crime para a Criminologia, deve haver: 
 Incidência massiva na população; 
 Incidência aflitiva (causar dor a angústia) do fato praticado; 
 E ocorrer com certa regularidade. 
DICA 187 
DIFERENÇAS ENTRE CRIMINOLOGIA X DIREITO PENAL X POLÍTICA CRIMINAL 
Agora, vejamos as diferenças da Criminologia em relação ao Direito Penal e à Política 
Criminal. 
DIREITO PENAL: 
O Direito Penal é uma ciência jurídica e normativa; 
Com o objetivo de proteger os bens jurídicos, o Direito Penal atua definindo quais 
condutas são infrações penais e quais são as suas penas; 
Seu objeto é o crime enquanto norma; 
Em relação ao conceito de crime, este é um fato típico, ilícito e culpável; 
Ao contrário da Criminologia, por exemplo, o Direito Penal vai definir o crime de 
furto com a sua pena respectiva. 
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POLÍTICA CRIMINAL: 
A Política Criminal é conceituada como sendo a “ponte” entre a Criminologia e o 
Direito Penal; 
Trabalha formas de controle social da criminalidade, além de estratégias; 
Seu objeto é o crime enquanto valor; 
A Política Criminal, por sua vez, estuda meios de reduzir o furto. 
DICA 188 
A PALAVRA “CRIMINOLOGIA” 
A palavra “criminologia” significa “estudo do crime”. Desse modo, o conceito mais 
moderno e amplo de criminologia é que ela é uma ciência empírica e interdisciplinar, 
a qual estuda o crime, o criminoso, a vítima e o controle social, como já visto. Importante 
mencionar que o artigo 59 do Código Penal dispõe sobre o comportamento da vítima, ou 
seja, esse artigo traz em sua essência uma ideia criminológica (que é estudo da 
criminologia). 
 TOME NOTA! 
A palavra Criminologia foi utilizada pela 1ª vez no ano de 1883, por Paul Topinard, e 
aplicada internacionalmente por Raffaele Garófalo, em sua obra "Criminologia", de 
1885. 
DICA 189 
OBJETOS DA CRIMINOLOGIA: CRIME, CRIMINOSO, VÍTIMA E CONTROLE SOCIAL 
 Uma síntese acerca dos objetos da criminologia, os quais serão tratados 
posteriormente: 
 Crime: Segundo a criminologia, crime é problema social e comunitário entendido, 
explicado e descrito. O Direito Penal é que dá soluções ao problema da criminalidade. 
Ainda, a criminologia entende que é uma obrigação conjunta do Estado e da 
comunidade a busca pela diminuição do crime. 
 Criminoso: a figura do criminoso pode mudar dependendo da escola criminológica. 
Para a Escola Clássica, o criminoso é um pecador. Para a Escola Positiva, o criminoso já 
nasce criminoso. Para a Escola Correcionalista, ele é um ser inferior. Para o Marxismo, ele 
é uma vítima do capitalismo. Um conceito mais atual, dispõe que o criminoso é aquele que 
descumpre regras preestabelecidas devido a fatos internos e externos. 
 Vítima: a pessoa que sofre as consequências de um ato, de um fato ou também 
de um acidente. O direito conceitua que vitima é o indivíduo que sofre ofensa, bem como 
ameaça de um bem juridicamente tutelado. 
 Controle social: conjunto de estratégias e sanções para conter o crime. 
 
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 88 
 De acordo com a criminologia, o controle social dos crimes ocorre por meio de dois 
tipos de controle: 
 Controle Informal (socialização da pessoa desde a sua infância) e o; 
 Controle Formal (exercido por órgãos como: Ministério Público e polícias) 
DICA 190 
TEORIAS SOCIOLÓGICAS DA CRIMINALIDADE 
Em decorrência do surgimento das teorias sociológicas da criminalidade, ocorreu uma 
divisão conforme o modo que os sociólogos encaram a composição da sociedade: 
consensual ou conflitual. Portanto, grandes correntes e com visões distintas surgiram, 
dando origem às: Teorias do Consenso e Teorias do Conflito. 
 Teorias do Consenso: Podem ser chamadas também de Teorias de Integração e 
Teorias de Cunho Funcionalista. De acordo com estas teorias, a finalidade da 
sociedade se atinge no momento em que há um consenso entre os membros de 
uma comunidade e o perfeito funcionamento de suas instituições, de modo que as pessoas 
aceitam as regras que estão vigendo e compartilham estas regras sociais. 
Estas teorias possuem pensamento conservador, uma vez que de acordo com elas a 
sociedade possui uma estrutura estável, a qual é sustentada no consenso entre seus 
membros. 
São exemplos de Teorias do Consenso: 
Escola de chicago (e outras teorias decorrentes dela); 
Teoria da anomia; 
Teoria da anomia; 
Teoria da associação diferencial; 
Teoria da subcultura deliquente. 
DICA 191 
TEORIAS SOCIOLÓGICAS DA CRIMINALIDADE 
 Teorias do Conflito: 
 Podem ser chamadas também de Teorias de cunho Argumentativo; 
 De acordo com essas teorias os objetivos da sociedade são impostos por uma classe 
que dominante sobre uma classe dominada; 
 Tais objetivos mudam conforme o tempo; 
 Portanto, as teorias do conflito possuem uma política progressista; 
 Ainda, de acordo com elas, a ordem social possui fundamento na força e na coerção, 
não sendo levada em consideração a voluntariedade de cada pessoa; 
 Há a dominação por alguns e a sujeição de outros indivíduos, os quais são 
dominados. 
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 São exemplos de Teorias do Conflito: 
 Teoria do labelling approach; 
 Teoria crítica. 
DICA 192 
TEORIAS DO CONSENSO: ESCOLA DE CHICAGO 
 Escola de Chicago: A Escola de Chicago surgiu nos Estados Unidos e obteve o seu 
marco no ano de 1925, com a publicação da obra: “The City: Suggestions for 
Investigation of Human Behavior in the Urban Environment”, do autor Robert Park. 
Esta escola investiga como o espaço urbanopode ter uma influência no que tange ao 
desenvolvimento da criminalidade. 
Foi em decorrência da Revolução Industrial nos Estados Unidos que os centros 
urbanos cresceram e por consequência disso, também cresceu a criminalidade. Em 
Chicago, regiões periféricas começaram a ficar muito violentas. 
A conclusão foi que o crescimento dos centros urbanos gerava um aumento da 
criminalidade. Quando esta escola surgiu, houve grande migração e formação das 
grandes metrópoles. Devido a isso, surgiram os “guetos” e as “gangues” se proliferaram 
cada vez mais. 
Para a Escola de Chicago, a desorganização social, os conflitos culturais, as migrações, a 
industrialização, entre outros, são fatores que influenciam a produção de crimes. 
Importante destacar algumas teorias que surgiram a partir da Escola de Chicago: Teoria 
das Janelas Quebradas; Teoria Espacial e Teoria da Tolerância Zero. 
DICA 193 
ESCOLA DE CHICAGO: TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS 
 Teoria das Janelas Quebradas: Esta Teoria surgiu nos Estados Unidos e foi 
apresentada a partir do resultado de estudos dos crimonólogos James Q. Wilson e 
George Kelling, ambos norte-americanos. O estudo “A Polícia e a Segurança da 
Comunidade” possuía relação com o crime e a desordem. 
Os criminólogos utilizaram uma metáfora, qual seja, a da janela quebrada, a fim de 
apresentarem o que pensavam acerca do crime. 
Em suma, o argumento utilizado por eles foi o seguinte: se fosse quebrada a janela de 
uma fábrica e esta não fosse consertada logo em seguida, todos os indivíduos que 
passassem por ali, pensariam que naquele local o policiamento não é eficaz (por não 
haver punição do responsável pelo dano). Desse modo, outros indivíduos que por ali 
passassem, jogariam pedras para danificarem as outras janelas da fábrica. E, assim, essas 
pessoas passariam a ocupar o local e destruí-lo, causando desordem naquela comunidade. 
Portanto, a Teoria das Janelas Quebradas aduz que os delitos pequenos devem ser 
reparados de imediato a fim de que se evite um crescimento de crimes mais severos 
por deixar transparecer que não existe autoridade sobre os bens. 
 
 
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DICA 194 
ESCOLA DE CHICAGO: TEORIA ESPACIAL 
 Teoria Espacial: 
 De acordo com esta teoria, a urbanização, o nível social, bem como a segregação são 
fatores que estão conectados de forma direta ao crime; 
 Oscar Newman, em sua obra “Defensible Space”, defende um modelo de residência 
e moradia que impeça ao máximo o cometimento do delito; 
 Dependendo da arquitetura, esta pode favorecer a prática de crimes. Quando é de 
fácil acesso ou quando é possível visualizar seu interior facilmente, esse tipo de 
arquitetura propicia o cometimento de delitos; 
 Esta teoria atingiu seu ápice em 1940; 
 Como exemplo de uma arquitetura que propicia a prática de delitos, pode-se citar a 
cidade de Medelin que nas décadas de 80 e 90 foi “tomada” pelo crime. 
 Após grandes transformações arquitetônicas na cidade, a criminalidade diminuiu. 
DICA 195 
ESCOLA DE CHICAGO: TEORIA TOLERÂNCIA ZERO 
 Teoria da Tolerância Zero: 
Importante salientar que a Teoria da Tolerância Zero se diferencia da Teoria das 
Janelas Quebradas, uma vez que naquela a polícia atua de forma mais agressiva diante 
dos pequenos delitos e há um aumento da vigilância; 
A autoridade policial atua de forma mais eficaz com o objetivo de diminuir a 
criminalidade (infrações pequenas ou não); 
Esta teoria foi colocada em prática nas décadas de 80 e 90, na cidade de Nova Iorque; 
Foi fundada por Willian Bratton, o qual se baseou na Teoria das Janelas Quebradas; 
Após a implementação desta teoria, a criminalidade diminuiu muito, uma vez que a 
polícia de Nova Iorque estava sendo rígida em relação às pequenas infrações, como até 
mesmo urinar na rua (indivíduo era preso); 
Antes da implementação desta teoria, a cidade de Nova Iorque possuía alguns problemas 
existentes nos metrôs da cidade: os passageiros pulavam as catracas, pois não queriam 
pagar a passagem; a desordem e a criminalidade. Por isso veio a ideia da implementação 
desta teoria. 
DICA BÔNUS 
TEORIA DA ANOMIA 
 “Anomia” significa “ausência de lei”. Esta teoria foi implementada por Robert King 
Merton, em razão dos estudos de Émile Durkhein. Ela defende: a normalidade do 
delito e a funcionalidade do crime. 
A Teoria da Anomia é uma teoria do consenso, mas possui predicados Marxistas. 
Segundo Robert, em uma sociedade há valores dominantes (que a maioria elege como 
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ideais para uma convivência harmoniosa) e para uma sociedade ser civilizada e ser 
pacífica, deverá haver metas culturais e meios institucionalizados para alcança-las. 
 Exemplos de metas culturais: educação, qualidade de vida, riqueza, bom emprego... 
a maioria da sociedade elege essas metas como ideais. 
 Exemplos de meios institucionalizados: estudos, trabalhos, bons relacionamentos e 
etc. 
Segundo Robert, uma anomia, ou seja, um Estado sem lei/sem regras é o insucesso de se 
alcançar as metas culturais pelos meios institucionalizados. Então, quando o indivíduo 
viola os valores comuns daquela sociedade, seu comportamento é criminoso. Uma 
sociedade sem regras e sem limites é uma sociedade doente. O termo “anomia” significa 
que algo na sociedade não está harmônico. Há uma crise moral da sociedade. 
Segundo Robert, crime é um comportamento capaz de violar o consciente coletivo 
(causa lesões aos valores da sociedade), e pena é um instrumento de defesa para 
preservar a sociedade. 
 Robert divide a sociedade em 5 camadas: 
Conformidade: indivíduos que aceitam as metas culturais e os meios 
institucionalizados. 
 Inovação: aceitam as metas culturais e não aceitam os meios institucionalizados. 
 Ritualismo: não aceitam as metas culturais, mas aceitam os meios institucionalizados. 
 Evasão: renunciam as metas culturais e os meios institucionalizados. 
 Ex.: Cracolândia. 
 Rebelião: não aceitam as metas culturais, nem os meios institucionalizados. 
 Ex.: rebeldes sem causa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 92 
MEDICINA LEGAL 
DICA 196 
PERÍCIA E PERITOS 
Medicina Legal é a aplicação dos conhecimentos médicos-biológicos na elaboração e 
na execução das leis que deles carecem, é a arte de pôr os conceitos médicos a 
serviço da Administração da Justiça; 
É também o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados a servir ao 
Direito, cooperando na elaboração, auxiliando na interpretação e colaborando na execução 
dos dispositivos legais, no seu campo de ação de medicina aplicada, ou seja, a medicina 
legal faz a interface entre medicina e o direito; 
O objeto da medicina legal é a perícia médica; 
Peritos são pessoas qualificadas ou experientes em certos assuntos, a quem se 
incumbe a tarefa de esclarecer um fato de interesse da justiça, quando solicitada. 
Os peritos podem ser solicitados para atuarem na fase pré-processual, ou seja, inquérito 
policial, e na fase processual. 
O Perito médico-legista goza de autonomia técnica, científica e funcional no seu mister 
pericial. 
DICA 197 
PERÍCIA E PERITOS 
 O exame de corpo de delito deverá ser realizado por perito oficial portador de 
curso superior. Assim, perito oficial, o qual tem autonomia, é aquele que pertence aos 
quadros do Estado, aquele concursado. 
Exame de corpo de delito direto é feito sobre vestígiosda infração existentes; 
Exame de corpo de delito indireto é prova testemunhal feito no desaparecimento dos 
vestígios ou não quando não existentes; 
O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora, mesmo 
feriados. Já em relação ao exame interno do cadáver (necropsia ou autópsia), o qual 
deverá ser feito no mínimo 6 horas após a morte; 
A Perícia pode ser considerada uma diligência na qual se busca encontrar a 
veracidade através da análise dos vestígios deixados por uma infração; 
Para se realizar a perícia é necessário que o delito praticado tenha deixado vestígios, 
como determina o art. 158, do Código de Processo Penal, quando dispõe que o exame é 
indispensável, não sendo suprido nem mesmo pela confissão do acusado, haja vista 
que o mesmo poderá confessar algo que não fez para beneficiar outro que tenha praticado 
o ato criminoso; 
A Perícia médica visa colaborar com a investigação, ou seja, busca oferecer provas 
objetivas para uma investigação. Produzir prova com observância do Princípio da 
Objetividade (lembrando que esse princípio é o mais importante e o que rege a Medicina 
Legal), e o Princípio da Imparcialidade (VISUM ET REPERTUM) – visto e referido (ver e 
reportar). 
 
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DICA 198 
PERÍCIA E PERITOS 
Entende-se por perícia complexa aquela que abrange mais de uma área de 
conhecimento especializado, daí pode ser designado mais de um perito oficial para 
atuar. 
As perícias podem ser divididas em 4 grupos: 
exame médico-legal, feito em pessoas vivas; 
exame de necroscopia, feito sobre cadáveres; 
exame de exumação, feito em cadáver já sepultado; 
exames laboratoriais; 
Com isso o papel do perito, uma vez sendo regido pelos princípios da objetividade e 
imparcialidade é o de apenas observar os sinais existentes e reportar, sem emitir 
quaisquer julgamentos de valor; 
Concluímos que não cabe ao Perito médico legal determinar a causa jurídica da 
morte, cabe a este apenas visualizar, descrever com objetividade e reportar para o 
Magistrado os elementos vistos; 
 Para os diferentes tipos de exames de corpo de delito (perícias) existem duas classes 
de peritos oficiais: 
 Perito médico legista é o responsável pela realização das seguintes perícias: 
necroscópicas, exumações, lesões corporais, exame clínico de embriaguez, 
conjunção carnal, atentado violento ao pudor, etc. 
 Perito criminal é o responsável pela realização das seguintes perícias: local de crime 
contra a pessoa, local de incêndio, local de explosão, local de desmoronamento, local de 
acidente de trabalho, local de acidente de trânsito, local de danos à propriedade, local de 
arrombamento, papiloscópicos, grafotécnicos, contábeis, balística, toxicológicos, 
biológicos, avaliações, etc. 
DICA 199 
PERÍCIA E PERITOS 
Segundo o art. 280, do CPP, é extensivo aos peritos, no que lhes for aplicável, o disposto 
sobre suspeição dos juízes; 
O Perito Médico Legista possui os mesmos impedimentos e suspeições que os juízes 
no âmbito criminal; 
 Está disposto no art. 254, do CPP, que o juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, 
poderá ser recusado por qualquer das partes: 
 Se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; 
Logo, o perito deve se declarar suspeito caso seja amigo íntimo/irmão do acusado pelo 
crime; 
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 Se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo 
por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia; 
Deve ser declarado suspeito se for esposa/o, filho, pai ou mãe; 
 Se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, 
inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por 
qualquer das partes; 
Deve ser declarado suspeito se for parente até 3º grau; 
 Se tiver aconselhado qualquer das partes; 
 Se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; 
 Se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo; 
De acordo com o constante no art. 160, parágrafo único, o laudo pericial deve ser 
concluído no prazo de 10 dias, e pode ser prorrogável a pedido do perito; 
DICA 200 
DOCUMENTOS MÉDICOS LEGAIS 
 Os Documentos Criminalísticos e/ou Médico-Legais constam todas as informações de 
conteúdo médico ou não, e que tenham interesse judicial, possuem características 
específicas, tais como: 
 São emitidos por peritos habilitados; 
 Decorrem de exames médicos; 
 São apresentados geralmente por escrito; 
 Objetivam o esclarecimento de questão judicial; 
Os Documentos Médicos Legais classificam-se em: atestados, notificações compulsórias, 
relatórios médico-legais (autos e laudos), pareceres (técnico ou do legista) e depoimentos 
orais. 
Atestado é a declaração escrita de determinado fato médico e suas possíveis 
consequências, ou seja, resume de forma objetiva, o resultado da avaliação realizada de 
um paciente, o teor de sua doença ou sanidade; 
Os Atestados são divididos em Atestados de Oficio, Administrativo e Judicial; 
 Atestado de oficio é aquele fornecido por médico em atividade privada, em situação 
menos formal, o Administrativo é aquele que vai desempenhar uma finalidade junto a 
repartição pública e o Judicial é expedido por solicitação do Juiz, integrando autos de 
processo judiciário; 
DICA 201 
DOCUMENTOS MÉDICOS LEGAIS 
 Notificações Compulsórias são as comunicações que devem ser expedidas às 
autoridades competentes por razões sociais ou sanitárias. Casos de epidemias 
obrigam notificações obrigatórias como Dengue, Hanseníase, Sida, Tuberculose entre 
outras. Essas notificações incluem doenças profissionais e do trabalho, como também o 
acidente de trabalho via CAT. 
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 Parecer é o documento médico-legal, de natureza subjetiva, que expressa a opinião, 
mesmo que fundamentada, de um profissional. Podem ser meramente oficiosos, 
particulares e encomendados pelas partes para reforçar uma tese e, por isto, devem ser 
analisados com cautela e raramente se sobrepõem aos exames oficiais; 
 Ex.: Em alguns casos é solicitada a opinião de um reconhecido técnico em alguma área 
pericial, que irá opinar sobre o que foi demonstrado nas provas ou do que foi lavrado nos 
laudos e o documento médico legal usado é o Parecer médico legal; 
O Parecer é formado por 4 partes: 
Preâmbulo em que consta a qualificação do médico consultado; 
Exposição que transcreve os quesitos e o objeto da consulta; 
Discussão que é a parte mais importante do parecer, em que os fatos apresentados 
serão analisados em minúcias; 
Conclusões em que o modo de ver do parecerista dá as respostas aos quesitos 
formulados; 
O parecer técnico tem uma abrangência mais restrita que o laudo, pois este é um relatório 
médico-legal e é mais minucioso; 
DICA 202 
DOCUMENTOS MÉDICOS LEGAIS 
Depoimentos Orais são depoimentos dados pelos legistas perante autoridade 
policial ou judicial e objetiva o esclarecimento de uma questão médica específica e de 
interesse judicial; 
O Relatório médico-legal é a descrição mais minuciosa de uma perícia médica 
a fim de responder à solicitação da autoridade policial ou judiciária frente a um 
inquérito policial; 
O Relatório médico-legal é a descrição mais minuciosa de uma perícia médica. 
Os Relatórios médico-legais são classificados em Auto e em Laudo. 
Auto é um relatório ditadoao escrivão ou ao escrevente na presença do delegado 
ou de um juiz. É elaborado por peritos “Ad hoc” e assinado pelos peritos nomeados, 
pelo escrivão e pelo delegado. 
Laudo é elaborado pelo próprio médico e é o mais comum dos relatórios médico-
legais, ou seja, tem muita clareza, fidelidade, totalidade e ilustrações. 
Logo, a diferença entre Laudo e Auto médico-legal é que o primeiro é escrito pelo 
próprio legista e o segundo é ditado a um escrivão perante testemunhas. 
 
 
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DICA 203 
QUESITOS OFICIAIS 
É importante que o relatório médico-legal apresente os quesitos respondidos pelo perito, 
pois a resposta aos quesitos é condição obrigatória do perito, imposta pelo art. 160 do 
código de processo penal. 
 Os quesitos apresentados para o juízo criminal se apresentam de dois tipos: os oficias 
e os complementares ou suplementares. 
Os quesitos complementares podem ser formulados pelo Ministério Público, pelo 
assistente de acusação, pelo acusado, pelo querelante e pelo ofendido, com a intenção de 
esclarecer dados do crime no inquérito ou até mesmo no processo judicial. 
Já os quesitos oficiais são instituídos por lei Estadual. 
Para responder aos quesitos, o profissional deve observar alguns critérios estabelecidos 
para que as respostas sejam proferidas no sentido de evitar ao máximo dúvidas quanto à 
questão suscitada. 
Monossilábica: Sim ou Não nos casos em que somente caibam respostas mo-
nossilábicas; 
 Ex.: Houve a Morte? 
Justificada: os quesitos que necessitam de justificativa devem vir precedidos da 
observação “(resposta justificada)”. 
Especificada: são casos de quesitos que envolvam várias perguntas e perguntas 
complexas, devendo o perito especificar qual item refere-se a resposta. 
Evasivas: quando do exame não se extrai uma resposta conclusiva, o perito utiliza o 
termo “sem elementos”, uma vez que não se pode negar ou afirmar o conteúdo do 
quesito. 
Prejudicadas: quando a resposta ao quesito se apresenta impossível ou pôr a 
afirmação ser falsa ou porque a pergunta não se aplica. 
DICA 204 
PERÍCIAS MÉDICAS 
O termo “Perícia” quer dizer habilidade, experiência, daí entende-se que perícia é a 
atividade técnica realizada no sentido de verificar situações, buscando esclarecer um fato 
de interesse legal. 
A atividade pericial será sempre executada por especialista técnico ou doutor em 
determinado assunto. 
A Perícia médico-legal interessa quando o fato é de relevância legal e diz respeito à saúde 
ou à vida, realizada por peritos oficiais, portadores de diploma de curso superior. 
As perícias médico-legais podem ser realizadas em seres humanos vivos, mortos 
(necroscópico), cadáver já enterrado (exumação), laboratoriais, animais presentes na 
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cena do crime, em objetos e também sobre documentos ou quaisquer outros elementos 
que se refiram ou que guardem relação com a efetividade do exame, além disso, podem 
ocorrer sobre o fato a analisar (peritia percipiend) ou sobre uma perícia já realizada 
(perícia deducendi). 
Podemos afirmar que a Perícia Médica busca a definição do nexo de causalidade, 
principalmente, entre a doença e a morte, a lesão e a morte, a doença ou sequela e a 
incapacidade ou invalidez física e/ou mental, o acidente e a lesão, e a doença e a 
atividade laboral. 
Assim, o exame pericial deve ser obrigatoriamente pautado em normas técnicas, 
científicas e jurídicas, uma vez que seu objetivo maior é auxiliar a Justiça e esclarecer 
fatos obscuros para o julgador. 
DICA 205 
ÉTICA MÉDICA E PERICIAL 
A medicina legal deixou de ser uma disciplina acessória, para se tornar uma disciplina de 
pleno direito, que requer treino adequado, experiência e capacidade para auxiliar o resto 
da profissão médica dentro da sua área especializada, daí podemos afirmar, que a 
medicina legal é a “medicina ao serviço das ciências jurídicas e sociais”. 
Se a determinação de um facto médico-legal leva à formulação de uma verdade que será 
utilizada na aplicação da justiça, então o exercício forense levanta necessariamente 
questões éticas fundamentais para os seus profissionais. 
Estes profissionais terão de possuir um nível elevado de moralidade profissional, o que 
implica serem autocríticos e estarem conscientes da sua própria responsabilidade 
quando aceitam exercer está atividade, bem como, em manter o controlo quando 
confrontados com várias pressões, ameaças e mesmo insultos. 
Terão de ter presente que a integridade moral, a liberdade pessoal, o tipo e duração do 
castigo do acusado, bem como o sustento da respectiva família, dependem da veracidade 
do seu testemunho. 
Um médico não poderá considerar-se apto a realizar perícias simplesmente por ser 
médico. Nenhum médico, embora eminente, está apto a ser perito pelo simples facto de 
ser médico, uma vez que a medicina legal requer conhecimentos próprios e trata de 
assuntos exclusivamente seus. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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