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BOAS PRÁTICAS GADO DE LEITE
Mateus de Oliveira Borges
O setor leiteiro é pressionado para produzir leite de qualidade e que não 
ofereça riscos para o consumo humano.
Diante desse desafio, muitos laticínios realizam o sistema de 
bonificação. 
Nesse sistema, os produtores podem ser bonificados sobre parâmetros 
de qualidade do leite, como: 
❏ contagem de células somáticas (CCS), 
❏ contagem padrão em placa (CPP) / contagem bacteriana total,
❏ % de gordura e proteína.
Para atingir os parâmetros ideais de qualidade, é fundamental a 
implantação de um Programa de Melhoria da Qualidade do Leite. 
PROGRAMA DE QUALIDADE DO LEITE
Implementação de boas práticas agropecuárias na fazenda, com pontos importantes que 
vão desde manejo correto de ordenha à gestão dos dados sobre mastite:
PROGRAMA DE QUALIDADE DO LEITE
Para iniciar a ordenha, os ordenhadores chegam 30 minutos antes, a 
fim de preparar o equipamento de ordenha: 
❏ filtro do equipamento de ordenha; 
❏ limpeza e reabastecimento dos frascos de pré e pós -dipping; 
❏ papel-toalha descartável; 
❏ luvas; 
❏ álcool 70º; 
❏ e medicamento intramamário para tratamento de mastite 
clínica. 
O equipamento é ligado → circulação de solução sanitizante clorada 
→ aguarda-se 30 min.
Rotina de ordenha
Manejo de ordenha
Mastite clínica → teste da caneca → teste 
positivo → coleta de amostra individual 
para cultura microbiológica
Mastite subclínica → teste CMT 
INFUSÃO DE MEDICAMENTO INTRAMAMÁRIO
Esgotamento completo do 
quarto a ser tratado
Colocação das luvas 
e higienização.
Realização do pós-dipping 
no teto do quarto a ser 
tratado (agir por 30s).
Secagem do teto com 
papel-toalha descartável.
Desinfecção das 
luvas com álcool 70º.
Desinfecção da ponta do 
teto com algodão 
embebido em álcool 70º.
Aplicação do medicamento 
utilizando a cânula curta da 
bisnaga.
Massageamento do 
teto: da ponta do teto 
em direção ao úbere.
Imersão do teto no produto 
de pós-dipping novamente 
e liberação da vaca.
1. Enxágue do equipamento com água morna (40-45 °C) ou temperatura 
ambiente. 
2. Circulação de solução detergente alcalina clorada em água quente (70-80 °C). 
3. Enxágue do equipamento com água (temperatura 
ambiente). 
4. Circulação de solução detergente ácida (temperatura 
ambiente). A solução deve circular por 5 minutos. 
5. Enxágue do equipamento com água (temperatura 
ambiente). 
LIMPEZA DE EQUIPAMENTO APÓS A ORDENHA
1. Enxágue do tanque de resfriamento com água morna (40–45ºC) ou à temperatura 
ambiente, logo após a retirada do leite, até que a água saia limpa. 
2. Lavagem do tanque de resfriamento (tampa, paredes, pá giratória, fundo e válvula de 
saída) com solução detergente alcalina em água morna (40–45ºC), com escova própria. 
3. Lavagem da parte externa do tanque de resfriamento; 
4. Enxágue completo e bem realizado, para remoção de 
resíduos de detergente. 
5. Lavagem do tanque de resfriamento com solução 
detergente ácida à temperatura ambiente, duas vezes 
por semana, repetindo-se os cuidados e o enxágue após 
o procedimento. 
LIMPEZA DO TANQUE APÓS A COLETA DE LEITE 
❏ Antes de adicionar leite ao tanque → utilizar 
solução sanitizante clorada → aguardar 30 min para 
adicionar o leite.
❏ Inspeção do tanque → temperatura do tanque deve 
atingir 4ºC, em até 3 horas após o término da 
ordenha.
❏ Inspeção do equipamento (semanalmente) → nível 
de vácuo no vacuômetro e situação interna das 
tubulações.
OUTROS CUIDADOS
Coleta de amostra do leite do tanque para contagem padrão 
em placa, contagem de células somáticas e composição
Coleta de amostra individual para CCS e composição
Coleta de amostra individual para cultura microbiológica
Plaqueamento de amostra de leite na fazenda 
Manejo → Fazenda Experimental Professor Hélio Barbosa (FEPHB)
O sistema de pastejo rotacionado agrega diversos benefícios ao negócio, como: 
➔ melhor gestão;
➔ redução das perdas de forragem;
➔ controle sobre a quantidade de forragem disponível;
➔ maiores chances de recuperação da planta forrageira devido ao período de 
descanso; 
➔ pastejo mais uniforme, redução de plantas invasoras e maior estabilidade na 
produção de leite. 
Porém, ao mesmo tempo, exige grande atenção e tratos adequados.
Pastejo Rotacionado
Exemplo: Sistema de pastejo rotacionado de capim-elefante da Fazenda Experimental 
Professor Hélio Barbosa FEPHB, implantando no ano de 1984.
Pastejo Rotacionado
❖ 12 ha de rotacionado, 
❖ 10 ha de área 
pastejável
❖ 5 áreas de descanso, 
equipadas com 
bebedouros. 
❖ média de 6,5 UA/ha
Seca → pastejo pelas novilhas
Outubro → roçada de todos os piquetes → realizar a manutenção dos corredores 
Manutenção da cerca elétrica → conferência da voltagem semanalmente (>3,5 kV) 
Manejo do rotacionado
A– mistura de arames que não 
permite saber em qual direção estão 
se deslocando as cargas; 
B– capim alto encostando na cerca; 
C– restos de arames pendurados na 
cerca; 
D– arame enrolado fazendo a ligação 
entre o polo positivo e o negativo da 
cerca; 
E– esticador oxidado, considerado 
uma fonte de “roubo” de cargas; 
F– poste quebrado. 
Manutenção da cerca elétricaManejo do rotacionado
❖ Após as primeiras chuvas → primeira adubação dos piquetes
❏ doses N e K 
➔ 50 kg a 100 kg de N/ ha; 
➔ 50 kg a 100 kg de K/ha;
❖ A análise de solo é realizada antes do período de uso do rotacionado.
❖ Geralmente são feitas três adubações ao longo do ciclo de uso do pastejo.
❖ Acompanhamento do desempenho dos animais (pesagem dos animais antes, 
durante e após o uso do rotacionado) → ajuste do manejo nutricional e 
rotacionado.
❖ Período de ocupação de cada piquete de 1 dia 
➔ vacas em lactação são o primeiro lote a entrar e permanecer por 12 horas
➔ em seguida é feito o repasse vacas secas por + 12 horas
Manejo do rotacionado
Manejo do rotacionado
1. Pasto baixo 2. Ideal (⋍ 1 metro) 3. Passado
Metodologia desenvolvida pelo grupo de Forragicultura e Alimentos da EV–UFMG
Prioridade de uso → vacas 
lactantes
Pastejo por animais de menor 
exigência por período > 12 h
Escore de entrada 
Manejo do rotacionado
Escore de saída
1. poucas folhas
Não realizar repasse Realizar repasse
Metodologia desenvolvida pelo grupo de Forragicultura e Alimentos da EV–UFMG
2. ideal (⋍ 20% res.) 3. muitas folhas
OBRIGADO PELA ATENÇÃO

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