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www.iprovida.org.br MATERIAL TEXTUAL IPV Trânsito Atualização para Condutores de Veículo de Transporte de Emergência MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 1 ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA A-TVE Em consonância com a resolução Contran n° 789 de 18/06/2020. Liliam Fernanda Pereira Lopes Paulo César Borges de Oliveira Jr Rio de Janeiro 2022 MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 2 MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 3 CRÉDITOS Instituto Pró-Vida – CNPJ: 16.656.254/0001-00 Projeto IPV trânsito Equipe Executiva Equipe técnica Diretor-Presidente Eduardo Vasconcelos Magalhães Secretária Maria Eduarda Martins Magalhães Tesoureiro Solayne Carolline Martins Magalhães Conselho Deliberativo Douglas dos Santos Monteiro Eduardo Vasconcelos Magalhaes Jr Laudecir de Souza Oliveira Conselho Fiscal Júlio de Souza Oliveira Rita Sonia Martins Costa Milene Maciel de Oliveira Pedagogia Liliam Fernanda Pereira Lopes Médico Jorge Lucena Psicólogo Clarice Nascimento Engenheiro Isaias da Cruz Costa Revisor Ortográfico Patrícia Cunha Fernandes Lima Instrutor Luís Jorge Mendes Da Silva Junior Advogado Rafael Alves De Oliveira Apoio Amanda G. L. Almeida MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 4 FICHA CATALOGRÁFICA Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Índices para catalogo sistemático: 1. Condutores de veículos de transporte de emergência : Formação 371.872 Aline Graziele Benitez – Bibliotecária – CRB-1/3129 Lopes, Liliam Fernanda Pereira IPV trânsito : curso de transporte de emergência [livro eletrônico] : material textual / Liliam Fernanda Pereira Lopes, Paulo César Borges de Oliveira Junior. -- 1. ed. -- Rio de Janeiro : Instituto Pro-Vida, 2022. PDF. Bibliografia. ISBN 978-65-80378-02-9 1. Segurança no trânsito 2. Segurança no trânsito - Manuais, guias, etc. 3. Trânsito – Leis e legislação de trânsito - Brasil 4. Trânsito - Regras de circulação 5. Transporte de emergências - Manuais, guias, etc. I. Oliveira Junior, Paulo César Borges de Oliveira. II. Título. 22-128914 CDD-371.382 MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 7 LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO .........................................................................................................10 Categorias de habilitação e suas relações com os veículos conduzidos .................14 Documentação exigida para condutor e veículo ...........................................................22 Sinalização viária .....................................................................................................................28 Infrações, crimes de trânsito e penalidades .....................................................................36 Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e circulação. ...........................59 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DE TRÂNSITO..................................................................................122 Transporte De Emergência ..................................................................................................122 Legislação Específica ...........................................................................................................122 Responsabilidade do Condutor Do Veículo De Emergência .......................................139 Questionário: Legislação Específica ..................................................................................142 DIREÇÃO DEFENSIVA .................................................................................................................152 Acidente evitável e acidente inevitável ..........................................................................157 Como ultrapassar e ser ultrapassado: a ultrapassagem segundo o código de trânsito brasileiro ....................................................................................................................160 O acidente de difícil identificação da causa .................................................................165 Como evitar acidentes com outros veículos ...................................................................166 Como evitar acidentes com pedestres e outros integrantes do trânsito ..................172 A importância de ver e ser visto.........................................................................................177 A importância do comportamento seguro na condução de veículos .....................181 Comportamento seguro e comportamento de risco ....................................................185 Estado físico e mental do condutor, consequências da ingestão e consumo de bebida alcoólica e substâncias psicoativas ...................................................................197 QUESTIONÁRIO: Direção Defensiva....................................................................................203 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL ..........................................................................................233 Aspectos do comportamento e de segurança no transporte de passageiros .......235 Comportamento Solidário no Trânsito ...............................................................................239 Responsabilidade do Condutor em Relação aos Demais Atores do Processo de Circulação...............................................................................................................................243 Respeito Às Normas Estabelecidas Para Segurança No Trânsito ................................245 Papel dos Agentes de Fiscalização de Trânsito ..............................................................253 MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 6 Atendimento Às Diferenças E Especificidades Dos Usuários........................................255 Características Dos Usuários De Veículos De Emergência...........................................267 Cuidados Especiais E Atenção Que Devem Ser Dispensados Aos Passageiros E Aos Outros Atores Do Trânsito, Na Condução De Veículos De Emergência ....................270 Questionário: Relacionamento Interpessoal ...................................................................282 NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS, RESPEITO AO MEIO AMBIENTE E CONVÍVIO SOCIAL .........................................................................................................................................301 Noções De Primeiros Socorros ............................................................................................301 Sinalizando o Local................................................................................................................304 Acionando Recursos (Bombeiros, Polícia, Ambulância E Outros) ..............................308 Cuidados Com A Vítima.......................................................................................................309 Verificação das Condições Gerais....................................................................................310 Regulamentação Do CONAMA Sobre Poluição Ambiental Causada Por Veículos ...................................................................................................................................................318 Emissão de gases e partículas ............................................................................................321Emissão de Ruídos sonoros ..................................................................................................321 Manutenção Preventiva Do Veículo Para Preservação Do Meio Ambiente ............322 O Indivíduo, O Grupo E A Sociedade ...............................................................................323 Relacionamento Interpessoal .............................................................................................326 O Indivíduo Como Cidadão ................................................................................................329 A responsabilidade civil e criminal do condutor e o CTB.............................................330 Prevenção de incêndio ........................................................................................................334 QUESTIONÁRIO: Primeiros Socorros ....................................................................................348 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................370 MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 7 INTRODUÇÃO O curso de Atualização para Condutores de Veículo de Transporte de Emergência tem como objetivo preparar condutor de trânsito para conduzir ambulâncias e veículos de emergência com segurança. O curso Atualização para Condutores de Veículo de Transporte de Emergência é disciplinado pela resolução 789/20 do CONTRAN (antiga resolução 168/04). O profissional para atuar neste ramo de transporte precisa estar preparado pois transportar vidas exige muita responsabilidade. Para fazer o curso, é necessário que o condutor atenda os seguintes requisitos: ▪ Ser maior de 21 anos. ▪ Estar habilitado em uma das categorias A, B, C, D ou E. ▪ Possuir o curso de Condutores de Veículos de Transporte de Emergência. O curso tem duração de 16 h/a sendo dividido em 4 (quatro) módulos: Legislação de trânsito (03 horas); Direção defensiva (05 horas); Noções de primeiros socorros, meio ambiente e convívio social no trânsito (03 horas); e Relacionamento interpessoal (05 horas). MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 8 Curso Atualização para Condutores de Veículo de Transporte de Emergência MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 9 LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO MÓDULO I MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 10 LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO Neste módulo o aluno terá o aprendizado da Legislação de Trânsito, hoje regido pelo Código Brasileiro de Trânsito (CTB), que é o documento legal que dispõe as determinações que regem o trânsito nacional em todas as suas nuances. Motoristas, pedestres, agentes de trânsito, especialistas da área e até mesmo engenheiros civis de obras urbanas devem ter ciência das normas que o CTB prevê. Isso porque, seu desconhecimento, traz um risco para a prática de alguma transgressão no trânsito, por descuido, negligência ou falta de conhecimento das boas práticas e condutas. Antes de ser criado o CTB, o documento regulamentador do trânsito no Brasil era o Código Nacional de Trânsito (CNT). A alteração ocorreu em 1997, dando lugar às normas descritas no CTB, através da Lei nº 9.503/97, com atualizações para o momento atual. Sua composição é feita 341 artigos que regem a utilização e circulação das vias terrestres de normas de conduta, direitos, regras para a habilitação de condutores, infrações, boas práticas e penalidades aplicadas frente às infrações cometidas no trânsito. Destaque-se, porém, que sua finalidade principal a ser atingida é trazer a SEGURANÇA para todos os participantes do sistema de trânsito, evitando assim acidentes e eventos que causem prejuízo ou impacto para alguém. Segue artigo 1º, traz exatamente qual sua principal funcionalidade e a definição ideal para trânsito, objeto do nosso estudo: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 11 “Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código.” “§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga.” Apesar de ser um documento bem completo, ainda há detalhes e certas informações que poderão ser localizadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), órgão máximo normativo coordenador do Sistema Nacional de Trânsito. As disposições do Contran complementam vários artigos presentes no CTB. A importância deste documento é tão grande, que das 45 horas de aulas teóricas que o candidato a novo condutor habilitado de automóvel precisa cumprir na autoescola, 18 horas são de conteúdo sobre a legislação de trânsito. Para melhor conhecer este documento tão completo, vamos deixar abaixo, um resumo de cada um dos seus 20 capítulos com o resumo das suas finalidades: Capítulo I– Disposições Preliminares: Conceitos bases da lei. Capítulo II– Do Sistema Nacional de Trânsito: composto por duas seções, uma que define e estabelece os objetivos do Sistema Nacional de Trânsito e outra que detalha a sua composição e as competências de seus órgãos. Capítulo III– Das Normas Gerais de Circulação e Conduta: sessão orientadora para o comportamento dos motoristas (por exemplo, como deve ser feita uma manobra). MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 12 Capítulo III-A– Da Condução de Veículos por Motoristas Profissionais: São regras especiais para os motoristas profissionais de transporte coletivo de passageiros ou de cargas. Capítulo IV– Dos Pedestres e Condutores de Veículos Não Motorizados: Normas para os pedestres e ciclistas. Capítulo V– Do Cidadão: direito do cidadão a solicitar melhorias na infraestrutura ou normas de trânsito. Capítulo VI– Da Educação Para o Trânsito: direitos e obrigações aos órgãos de trânsito. Capítulo VII– Da Sinalização de Trânsito: as principais regras sobre placas, equipamentos e pinturas na via são definidas pelo Contran. Capítulo VIII– Da Engenharia de Tráfego, da Operação, da Fiscalização e do Policiamento Ostensivo de Trânsito. A maioria das normas quanto a essas ações são estabelecidas pelo Contran. Capítulo IX– Dos Veículos: dividido em três sessões, versa sobre identificação, tipo e segurança dos veículos, bem como sua identificação. Capítulo X– Dos Veículos em Circulação Internacional: versa sobre a circulação de veículo em território nacional (independentemente de sua origem) e entrada e saída temporária ou definitiva de veículos no país. Capítulo XI– Do Registro de Veículos: Regulamenta e traz os requisitos de registro dos veículos que circulam em território nacional. Capítulo XII– Do Licenciamento: Regulamenta e traz os requisitos do licenciamento dos veículos que circulam em território nacional. Capítulo XIII– Da Condução de Escolares: Regras para os veículos que realizam a condução de crianças e adolescentes escolares. Capítulo especial, com alto foco em normas de segurança. Capítulo XIII-A– Da Condução de Moto-Frete: Ele versa sobre os requisitos para o exercício legal dessa atividade. Capítulo XIV– Da Habilitação: Complementado as resoluções do Contran, dispõe sobre as regras de um condutor habilitado devidamente, desde a MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 13 retirada da habilitação, até a sua renovação, com penalidades para quem estiver comeste registro irregular. Capítulo XV– Das Infrações: Detalhamento nos artigos as infrações de trânsito e suas respectivas penalidades. Capítulo XVI– Das Penalidades: Descrição e detalhamento das multas pecuniária de trânsito. Capítulo XVII– Das Medidas Administrativas: Descrição e detalhamento das medidas administrativas que complementam as penalidades. Capítulo XVIII– Do Processo Administrativo: Regulamenta o processo administrativo para autuação a um infrator, com as regras da lavratura do auto de infração e o julgamento das autuações. Capítulo XIX– Dos Crimes de Trânsito: Traz a diferença entre infração e crime de trânsito, seu detalhamento e elenca as penalidades e os trâmites judiciais. Capítulo XX– Disposições Finais e Transitórias: Versa sobre prazos para resoluções do Contran, direcionamento de receitas de multas e outros detalhes de interesse apenas dos órgãos de trânsito. De posse desse conhecimento, neste módulo será possível entender a fundo as seguintes determinações do CTB, que são: ✓ Categoria de habilitação e relação com veículos conduzidos; ✓ Documentação exigida para condutor e veículo; ✓ Sinalização viária; ✓ Infrações, crimes de trânsito e penalidades; ✓ Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e circulação. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 14 Categorias de habilitação e suas relações com os veículos conduzidos Conceituando, a habilitação de trânsito é a permissão para que um cidadão conduza automóvel de modo regular. Para obtê-la é preciso cumprir carga horária de aulas e prova escrita e prática. O número da habilitação vem descrito na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), que precisa estar regular, para conduzir um veículo no território nacional. Fonte: :: DETRAN-SP :: DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DE SÃO PAULO Os requisitos básicos para se obter a CNH, segundo o código de trânsito são: ❖ Saber ler e escrever; ❖ Ter mais de 18 anos; ❖ Possuir Carteira de Identidade ou outro documento equivalente; ❖ Ser aprovado em todos os testes do processo de habilitação – que conta com exame físico, psicotécnico, prova teórica e prova prática. https://www.detran.sp.gov.br/wps/portal/portaldetran/cidadao/habilitacao/fichaservico/CNH/ MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 15 Após aprovação no processo para obter a habilitação, antes de receber a CNH, o cidadão irá receber a Permissão Para Dirigir (PPD), que é uma carteira provisória, com validade de um ano. Ela tem o objetivo de testar os novos motoristas, referente a sua conduta de trânsito. Se durante este período não houver nenhuma infração ou crime, a CNH definitiva é emitida. Durante o período de teste, do motorista com a PPD, o condutor não pode: ✓ Somar mais de 20 pontos; ✓ Ter reincidência em uma infração média; ✓ Cometer uma infração grave ou gravíssima. Procedimentos necessários para tirar sua primeira habilitação É necessário que você realize uma série de procedimentos, sendo eles: • Avaliação Psicológica; • Exames de Aptidão Física e Mental; • Curso Teórico-Técnico; • Exame Teórico-Técnico; • Curso de Prática de Direção Veicular; • Exame de Prática de Direção Veicular. Avaliação Psicológica e Exames de Aptidão Física e Mental É feito através de profissionais habilitados e autorizados para a realização das avaliações. Esses profissionais serão informados pelo DETRAN de cada estado. Curso Teórico-Técnico Esse curso abrange diferentes assuntos: • Legislação de Trânsito; MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 16 • Direção defensiva para veículos de duas ou mais rodas; • Noções de primeiros socorros; • Noções de proteção e respeito ao meio ambiente e de convívio social no trânsito; • Noções sobre o funcionamento do veículo de duas e quatro rodas. Exame Teórico-Técnico O Exame Teórico-Técnico tem 30 questões e, para ser aprovado, o candidato precisa acertar um mínimo de 70%, ou seja, o equivalente a 21 questões. Exame de Prática de Direção Veicular Após a realização do Curso de Prática de Direção Veicular, o CFC (Centro de Formação de Condutores) realizará o agendamento do seu exame. Somente após passar por todos esses procedimentos, e ser aprovado nos mesmos é que você poderá obter a sua permissão para dirigir e, posteriormente, a sua CNH definitiva. CATEGORIAS DE HABILITAÇÃO Para iniciarmos esse tópico sobre categorias de habilitação, faz-se necessário demonstrar o que diz o Código de Trânsito Brasileiro, sobre o assunto. Mais precisamente em seus Arts.143, 144 e 145: Quem estiver impedido de obter a Carteira Nacional de Habilitação Definitiva (CNH) precisará realizar todo o processo novamente para poder adquirir a mesma. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 17 Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de A a E, obedecida a seguinte gradação: I. Categoria A- condutor de veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral; II. Categoria B- condutor de veículo motorizado, não abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista; III. Categoria C- condutor de veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três mil e quinhentos quilogramas; IV. Categoria D- condutor de veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista; V. Categoria E- condutor de combinação de veículos em que a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou articulada tenha 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de peso bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 (oito) lugares. Art. 144. O trator de roda, o trator de esteira, o trator misto ou o equipamento automotor destinado à movimentação de cargas ou execução de trabalho agrícola, de terraplenagem, de construção ou de pavimentação só podem ser conduzidos na via pública por condutor habilitado nas categorias C, D ou E. Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato deverá preencher os seguintes requisitos: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 18 I. ser maior de vinte e um anos; II. estar habilitado: a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na categoria D; e b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na categoria E; III. não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em infrações médias durante os últimos doze meses; IV. ser aprovado em curso especializado e em curso de treinamento de prática veicular em situação de risco, nos termos da normatização do CONTRAN. Agora que já temos conhecimento da legislação sobre as Categorias de Habilitação, vamos falar um pouco sobre elas. Quando falamos em categorias de Habilitação (CNH) devemos destacar que cada uma possui a sua peculiaridade e, dentro disso, diferem-se principalmente pelo peso do veículo que está sendo conduzido, além de outras especificidades. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 19 Dessa forma, o Detran categoriza as Habilitações da seguinte forma: CATEGORIA A CATEGORIA B CATEGORIA C CATEGORIA D CATEGORIA E Motos Carrosde Passeio Veículos com carga acima de 3,5T Veículos com mais de 8 Passageiros Veículos com unidade acoplada acima de 6T Categoria “A” – Condutor de veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral. EX: Triciclo, moto, motoneta. Categoria “B” – Condutor de veículo motorizado, que não foi incluído pela Categoria “A”, e que o peso bruto total não exceda a 3.500 kg e sua lotação não exceda 8 lugares, excluindo desse total o motorista. Ex: Automóvel, picape, van e SUV. Categoria “C” – Condutor de veículo motorizado utilizado em transporte de carga com peso acima de 3.500Kg. Ex: Van de carga, caminhão, caminhonete. Categoria “D” – Condutor de veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a 8 lugares, excluído o do motorista. Ex: Van de passageiros, ônibus e micro-ônibus. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 20 Categoria “E” – Condutor de combinação de veículos em que a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou articulada tenha 6.000 kg ou mais de peso bruto total, ou cuja lotação exceda a 8 lugares. Ex: Caminhão tracionado (duas carretas), ônibus articulado, automóvel tracionado (trailer). Autorização para Conduzir Ciclomotor (ACC) - Além dessas principais Categorias de Habilitação, ainda temos a Autorização para conduzir Ciclomotor, a ACC. Essa autorização permite a condução de ciclomotor de duas ou três rodas, provido de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda 50 cm³ (3,05 polegadas cúbicas) e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a 50 Km/h. Cabe ressaltar que essa autorização tem exigências menores que para a retirada de uma Habilitação das Categorias A e B e que tem prazo de validade de apenas 12 meses. Nesse momento se faz importante destacar a diferença entre ciclomotor, motoneta, motocicleta, triciclo e quadriciclo para que não restem dúvidas quanto aos mesmos: Ciclomotor: Ciclo motorizado de 2 ou 3 rodas, cuja cilindrada não exceda a 50cm³ de diâmetro e velocidade máxima de 50 km/h. Motoneta: Veículo automotor de 2 rodas conduzido por condutor em posição sentada. Motocicleta: Veículo automotor de 2 rodas conduzido por condutor em posição montada. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 21 Triciclo: Veículo com estrutura mecânica similar às motocicletas, dotado de 3 rodas dispostas simetricamente, com motor de propulsão com cilindrada superior a 50cm³, conduzido por condutor em posição montada ou sentada. Quadriciclo: Veículo automotor com estrutura mecânica similar às motocicletas, possuindo eixo dianteiro e traseiro, dotado de 4 rodas, com massa em ordem de marcha não superior a 400kg - ou 550kg no caso do veículo destinado ao transporte de cargas - e potência máxima não superior a 15kW. MUDANÇA DE CATEGORIA Além do tempo mínimo para a mudança de categoria, é preciso atender requisitos específicos para cada uma, conforme a legislação vigente. Portanto, para mudança de categoria, existem algumas regras que devem ser atentadas e respeitadas. A principal delas – sem ela não tem como realizar nenhum tipo de mudança - é ter uma Habilitação em situação regular. Além disso, também é solicitado um exame toxicológico para que o processo de mudança de Categoria seja aberto. No mais, teremos as seguintes especificidades: • Para habilitação na Categoria C, não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser reincidente em infrações médias, durante os últimos 12 meses. • Para habilitação nas Categorias D e E, não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos últimos 12 meses. • Estar habilitado no mínimo há: o 1 ano na Categoria B (para a categoria C). o 2 anos na Categoria B ou há 1 ano na categoria C (para a categoria D). MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 22 o 1 ano na Categoria C (para a categoria E). o 1 ano na Categoria D, caso a tenha obtido a partir da B (para a categoria E). o Ter 21 anos (para as categorias D e E). • O motorista que obteve a Categoria D a partir da C pode solicitar a E imediatamente. • O motorista que obteve a ACC pode solicitar a categoria A imediatamente. Documentação exigida para condutor e veículo O Art. 232, do código de Trânsito Brasileiro prevê uma infração leve (3 pontos), sob penalidade de multa (R$ 88,38), para quem estiver conduzindo um veículo sem o porte da documentação obrigatória, bem como a retenção do mesmo até a apresentação do documento: “Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório referidos neste Código: Infração - leve; Penalidade - multa; Medida administrativa - retenção do veículo até a apresentação do documento.” De uma maneira geral, existem apenas 2 documentos que são tidos como obrigatórios: O Certificado de Licenciamento Anual (Art. 133) e a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou Permissão para Dirigir (Art. 159, § 1º). MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 23 Portanto, desde a Resolução do Conselho Nacional de Trânsito de nº. 205/06 que não se exige mais o porte dos comprovantes de pagamento do IPVA e do DPVAT. Assim sendo, pode-se verificar que, com o passar dos anos, a legislação vem sendo modificada e, dentre essas modificações, destaca-se a inclusão de soluções tecnológicas que facilitam o dia a dia do motorista e das autoridades. Um bom exemplo disso é o CRLV-e, que é a “junção” do CRV e do CLA no meio digital. E, por isso, em que pese a exigência constante na Resolução n.º 205/06, de que os originais dos mesmos devem ser portados pelo condutor, agora isso pode ser feito de forma digital, através do CRLV-e. Dito isto, vamos agora falar um pouco sobre cada um deles: Documento de habilitação: De acordo com o art. 159 do CTB, a Carteira Nacional de Habilitação, expedida em modelo único e de acordo com as especificações do Conselho Nacional de Trânsito, atendidos os pré-requisitos estabelecidos no Código de Trânsito Brasileiro, conterá fotografia, identificação e CPF do condutor, terá fé pública e equivalerá a documento de identidade em todo o território nacional, sendo obrigatório o seu porte quando o condutor estiver à direção do veículo. Cabe destacar ainda que o condutor deve portar o documento original e válido. Caso contrário, sofrerá as sanções previstas em lei, salvo em caso de dispensa se, quando do momento da fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informatizado para verificar se o condutor está habilitado. Essa MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 24 mudança entrou em vigor em 12 de abril de 2021 com a alteração feita no Art. 159 do CTB, pela Lei nº 14.071/20. “Art. 159 - A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em meio físico e/ou digital, à escolha do condutor, em modelo único e de acordo com as especificações do Contran, atendidos os pré- requisitos estabelecidos neste Código, conterá fotografia, identificação e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do condutor, terá fé pública e equivalerá a documento de identidade em todo o território nacional. (Redação do caput dada pela Lei n. 14.071/20, em vigor a partir de 12ABR21). § 1º É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da Carteira Nacional de Habilitação quando o condutor estiver à direção do veículo. § 1º-A O porte do documento de habilitação será dispensado quando, no momento da fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informatizado para verificar se o condutor está habilitado.(§ 1º-A incluído pela Lei n. 14.071/20, em vigor a partir de 12ABR21)” CNH-e: É a Carteira Nacional de Habilitação de forma eletrônica, que está prevista na Resolução nº 684/17 e que permite aos condutores que utilizem a mesma, através de um aplicativo, que deve ser instalado no telefone móvel, e confere a ela a mesma validade do documento físico (CNH), podendo, portanto, ser apresentado a uma autoridade fiscalizador dessa forma. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 25 Documentação do Veículo – CRV e CRLV: Conforme disposto no Art. 133 do CTB, alterado pela Lei nº 13.281/16, e conforme já dito anteriormente, o porte do mesmo é obrigatório. Senão vejamos: “Art. 133 – É obrigatório o porte do Certificado de Licenciamento Anual. Parágrafo único. O porte será dispensado quando, no momento da fiscalização, for possível ter acesso ao devido sistema informatizado para verificar se o veículo está licenciado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016).” Entretanto, com a inclusão do Parágrafo Único é possível não estar do porte do mesmo se, no momento da fiscalização, for possível ter acesso ao devido sistema informatizado para verificar se o veículo está licenciado. Caso contrário, o não porte do CRV ou CRLV resultará em infração de trânsito do artigo 232 do CTB, sujeita à multa, de natureza leve, e retenção do veículo até apresentação do mesmo. CRLV-e: Desde 08 de maio de 2020, a emissão do licenciamento anual (CRLV) é digital (CRLV-e). E o procedimento para obtenção do mesmo é simples, bastando o pagamento da taxa de licenciamento no sistema bancário. Dessa forma, é importante ressaltar que o CRLV-e só será expedido após a quitação de todos os débitos relativos ao veículo (tributos, encargos, multas de trânsito e ambientais), ficando o DENATRAN responsável por disponibilizar um sistema eletrônico para validação do CRLV-e. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 26 Documentação Complementar Para Casos Especiais Como já dito, apenas a CNH e o CRLV são documentos obrigatórios para condução de um veículo. Entretanto existem exceções a isso, em casos especiais onde o motorista deve apresentar uma documentação complementar, são elas: Aprendizagem de Direção Veicular (LADV) Deve ser apresentada por pessoas que estão aprendendo a dirigir, de acordo com a Resolução 168/04 do CONATRAN. “Art. 8º - Para a Prática de Direção Veicular, o candidato deverá estar acompanhado por um Instrutor de Prática de Direção Veicular e portar a Licença para Aprendizagem de Direção Veicular – LADV expedida pelo órgão ou entidade executivos de trânsito do Estado ou do Distrito Federal… (…) A LADV será expedida mediante a solicitação do candidato ou do CFC ao qual o mesmo esteja vinculado para a formação de prática de direção veicular e somente produzirá os seus efeitos legais quando apresentada no original, acompanhada de um documento de identidade e na Unidade da Federação em que tenha sido expedida.” Comprovação de aprovação em curso especializado Conforme disposto na Resolução 205/06, do CONATRAN, o motorista de transporte coletivos (ônibus escolar, ambulância e outros) portadores da CNH MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 27 de Categoria D ou E, precisam realizar um curso especializado de prática veicular em situações de risco. “Art. 2º - Sempre que for obrigatória a aprovação em curso especializado, o condutor deverá portar sua comprovação até que essa informação seja registrada no RENACH e incluída, em campo específico da CNH, nos termos do § 4º do Art. 33 da Resolução do Contran n.º 168/2004.” Autorização para condução de veículos comerciais de carga Se o motorista não for o proprietário que está conduzindo o mesmo deve apresentar a devida autorização para conduzi-lo que pode ser fornecida pelo seu contratante ou proprietário original do veículo, conforme disposto no Art. 8 da Lei Complementar nº 121/06: “Art. 8º - Todo condutor de veículo comercial de carga deverá portar, quando este não for de sua propriedade, autorização para conduzi-lo fornecida pelo seu proprietário ou arrendatário. § 1º A autorização para conduzir o veículo, de que trata este artigo, é de porte obrigatório e será exigida pela fiscalização de trânsito, podendo relacionar um ou mais condutores para vários veículos, de acordo com as necessidades do serviço e de operação da frota. § 2º A infração pelo descumprimento do que dispõe este artigo será punida com as penalidades previstas no art. 232 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro.” MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 28 Sinalização viária Se formos até o dicionário para buscarmos o significado de sinalização, teremos como significado que é o “conjunto dos sinais (luminosos, visuais, acústicos) utilizados como meio de comunicação”. Já quando nos referimos a palavra viária, a mesma é colocada como um complemento para identificarmos a simbolização exclusiva da utilização em rodovias e áreas de circulação de veículos. Dessa forma, a sinalização viária é o nome dado ao conjunto de símbolos (de vários formatos), que tem a função de organizar o trânsito em todo o mundo. Alguns desses símbolos são comumente utilizados em todos os países. A sinalização viária surgiu como uma forma de melhorar o trânsito viário para as empresas e estruturas que são internacionais, bem como para os turistas que viajavam entre países, durante a Convenção de Viena, em 8 de novembro de 1968. Dito isto, e levando-se em conta que também existem símbolos que são específicos de um país ou uma região, variando de acordo com a legislação local e sua necessidade, vamos falar um pouco mais sobre esse assunto. Tipos de sinalizações viárias Quando falamos em sinalizações viárias, podemos classificá-las em 6 tipos: • sinalização horizontal; • sinalização vertical; • sinalização gestual; • sinalização sonora; • sinalização luminosa; • dispositivos auxiliares. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 29 Dito isto, seguiremos essa aula falando uma pouco sobre cada uma delas e demonstrando, através de imagens, os exemplos de placas, de gestos e outros tipos de sinalizações. Sinalização Horizontal Esse tipo de sinalização utiliza-se de símbolos, legendas, linhas e marcações no pavimento. É a famosa sinalização “do chão” como a faixa de pedestre, as demarcações de espaços de estacionamento, as demarcações das vias, dentre outras. Seu objetivo é organizar o fluxo de carros e pedestres nas vias e rodovias, controlando e orientando a utilização das mesmas. Ela define quem pode ir em qual sentido, onde é possível fazer ultrapassagens, em que situações o pedestre pode atravessar a rua, que via é de mão única e qual não é, por exemplo. A sinalização horizontal é classificada em: • Marcas Longitudinais - separam e ordenam as correntes de tráfego, definindo a parte da pista destinada normalmente à circulação de veículos, a sua divisão em faixas, a separação de fluxos opostos, faixas de uso exclusivo de um tipo de veículo, reversíveis, além de estabelecer as regras de ultrapassagem e transposição. • Marcas Transversais - ordenam os deslocamentos frontais dos veículos e os harmonizam com os deslocamentos de outros veículos e dos pedestres, assim como informam os condutores sobre a necessidade de reduzir a velocidade e indicam travessia de pedestres e posições de parada. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTEDE EMERGÊNCIA 30 • Marcas de Canalização - orientam os fluxos de tráfego em uma via, direcionando a circulação de veículos. Regulamentam as áreas de pavimento não utilizáveis. • Marcas de delimitação e controle de estacionamento e/ou parada - delimitam e propiciam melhor controle das áreas onde é proibido ou regulamentado o estacionamento e a parada de veículos, quando associadas à sinalização vertical de regulamentação. Em casos específicos, têm poder de regulamentação. • Inscrições no pavimento - melhoram a percepção do condutor quanto às condições de operação da via, permitindo-lhe tomar decisões adequadas, em tempo apropriado, para as situações que se lhe apresentarem. Assim sendo, podemos dizer que essa sinalização se faz necessária para estabelecer uma estrutura básica de informações da rua. Sinalização Vertical Assim como a horizontal, a vertical utiliza-se de símbolos e legendas para comunicar-se com os usuários. Elas estão fixadas, através de placas, em postes ao lado das pistas ou suspensas. Suas funções são: • Informar sobre as obrigações, limitações, proibições ou restrições que regulamentam o uso da via; • Advertir sobre os riscos ou mudanças de condições da via, presença de escolas, passagem de pedestres ou travessias urbanas; • Indicar direções, distâncias, serviços e pontos de interesse; MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 31 • Educar. Portanto, podemos dividir as sinalizações viárias verticais em três objetivos básicos: • Regulamentação; • Indicação; e • Advertência. Placas de regulamentação Sua função é de regulamentar determinadas condições de trânsito. Sua estrutura é branca com contorno vermelho e com símbolos em preto. Placas de Indicação Tem como objetivo indicar. Nesse caso, as placas de indicação são utilizadas para informar ou orientar os motoristas. Sua estrutura pode ser azul (com informações de serviço), verde (indicações de destinos e distâncias), marrons (indicações de pontos turísticos) ou pretas (identificação de rodovias). MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 32 As placas de indicação podem ser subdivididas em: • Placas de Identificação: posicionam o condutor ao longo do seu deslocamento ou com relação a distâncias, ou ainda aos locais de destino. • Placas de Orientação de Destino: indicam ao condutor a direção que o mesmo deve seguir para atingir determinados lugares, orientando seu percurso e/ou distâncias. Placas de advertência Para finalizar, temos as placas de aviso, que tem a função de avisar aos motoristas sobre as condições da pista. Sua estrutura é amarela e seus símbolos são pretos. Essas sinalizações devem ser colocadas de maneira que o condutor tenha tempo de identificá-la e de compreender sua mensagem, para que tenha tempo de reagir de forma racional e efetuar a operação que a situação exigir. Exemplos de placas de advertência. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 33 Sinalização Gestual As sinalizações gestuais podem ser realizadas tanto por um agente quanto pelo próprio condutor, como demonstraremos a seguir. • Gestos de Agentes da Autoridade de Trânsito As ordens emanadas por gestos de Agentes da Autoridade de Trânsito prevalecem sobre as regras de circulação e as normas definidas por outros sinais de trânsito. São exemplos: Braço levantado verticalmente, com a palma da mão para a frente. Significado: Ordem de parada obrigatória para todos os veículos. Quando executada em interseções, os veículos que já se encontrem nela não são obrigados a parar. Braços estendidos horizontalmente, com a palma da mão para a frente. Significado: Ordem de parada para todos os veículos que venham de direções que cortem ortogonalmente a direção indicada pelos braços estendidos, qualquer que seja o sentido de seu deslocamento. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 34 Braço estendido horizontalmente, com a palma da mão para a frente, do lado do trânsito a que se destina. Significado: Ordem de parada para todos os veículos que venham de direções que cortem ortogonalmente a direção indicada pelo braço estendido, qualquer que seja o sentido de seu deslocamento. Braço estendido horizontalmente, com a palma da mão para baixo, fazendo movimentos verticais. Significado: Ordem de diminuição da velocidade. • Gestos de Condutores São os sinais que os condutores fazem quando vão executar alguma manobra. Esses gestos são utilizados para auxiliar na fluidez do trânsito, não prevalecendo sobre as normas e regras de circulação. Exemplo: SINALIZAÇÃO SONORA Essa sinalização é realizada pelo agente de trânsito com a função de orientar e auxiliar na fluidez do trânsito e somente devem ser utilizadas juntamente com a sinalização gestual. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 35 SINAIS DO APITO SIGNIFICADO PARA QUE SERVE Um silvo breve Siga Liberar o trânsito no sentido da indicação do agente. Dois silvos breves Pare Para indicar parada obrigatória. Um silvo longo Diminuir a marcha Quando for necessário fazer diminuir a marcha dos veículos. Sinalização Luminosa Se divide em: Sinalização semafórica de regulamentação e de advertência. • Sinalização Semafórica de Regulamentação - Têm a função de efetuar o controle do trânsito, efetuando alternadamente o direito de passagem dos vários fluxos de veículos e/ou pedestres. • Sinalização Semafórica de Advertência - Tem a função de advertir da existência de obstáculos ou de situações perigosas. Compõe-se de uma ou duas luzes de cor amarela, cujo funcionamento é intermitente ou piscando alternado, no caso de duas indicações de cor. Dispositivos Auxiliares São elementos aplicados à via com o intuito de aumentar a percepção da sinalização, reduzir a velocidade, oferecer proteção aos usuários, alertar sobre situações de perigo. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 36 São constituídos de formas e cores diversas, dotados ou não de refletividade. Suas funções são: • incrementar a percepção da sinalização, do alinhamento da via ou de obstáculos à circulação; • reduzir a velocidade praticada; • oferecer proteção aos usuários; • alertar os condutores quanto a situações de perigo potencial ou que requeiram maior atenção. Os Dispositivos Auxiliares são agrupados, de acordo com suas funções, em: • Dispositivos Delimitadores; • Dispositivos de Canalização; • Dispositivos de Sinalização de Alerta; • Alterações nas Características do Pavimento; • Dispositivos de Proteção Contínua; • Dispositivos Luminosos; • Dispositivos de Proteção a Áreas de Pedestres e/ou Ciclistas; • Dispositivos de Uso Temporário. Infrações, crimes de trânsito e penalidades Ao contrário do que muita gente pensa, Infrações de trânsito podem ser consideradas crimes devido à gravidade de algumas delas e, dessa forma, as mesas são julgadas e penalizadas como crimes de trânsito. Agora iremos falar um pouco sobre condutas que são consideradas infrações de trânsito, suas penalidades e sanções administrativas, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro e como algumas delas são consideradas crimes de trânsito MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 37 Penalidades Para entrarmos no ponto sobre as penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro, devemos observar, primeiramente, o que o artigo 256 do CTB: “Art.256 - A autoridade de trânsito, na esfera das competências estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar, às infrações nele previstas, as seguintes penalidades: I. advertência por escrito; II. multa; III. suspensão do direito de dirigir; IV. (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) V. cassação da Carteira Nacional de Habilitação; VI. cassação da Permissão para Dirigir; VII. frequência obrigatória em curso de reciclagem. § 1º A aplicação das penalidades previstas neste Código não elide as punições originárias de ilícitos penais decorrentes de crimes de trânsito, conforme disposições de lei. § 2º (VETADO) § 3º A imposição da penalidade será comunicada aos órgãos ou entidades executivos de trânsito responsáveis pelo licenciamento do veículo e habilitação do condutor.” Sendo assim, temos que as penalidades possíveis para as infrações de trânsito são: Advertência por escrito - Penalidade administrativa de trânsito substitutiva à pena pecuniária, consistente em um registro formal de repreensão de um MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 38 condutor que tenha cometido uma infração de natureza leve ou média pela primeira vez nos últimos doze meses (artigo 267); Multa - Penalidade administrativa de trânsito, de natureza pecuniária, decorrente de um ato classificado como infração de trânsito (artigos 258 e 260); Suspensão do direito de dirigir - Penalidade administrativa de trânsito de retirada temporária da licença concedida pelo Estado para que alguém dirija veículos automotores (artigo 261 e Resolução do CONTRAN n. 723/18); Cassação da carteira de habilitação – Penalidade administrativa de trânsito de retirada definitiva da licença concedida pelo Estado para que alguém dirija veículos automotores (artigo 263 e Resolução do CONTRAN n. 723/18); Cassação da permissão para dirigir - Penalidade administrativa de trânsito de cancelamento do documento de habilitação provisório, em decorrência do cometimento de infração gravíssima ou grave, ou, ainda, reincidência em infração média, no período probatório (artigo 148, §§ 3º e 4º); Frequência obrigatória em curso de reciclagem - Penalidade administrativa de trânsito, caracterizada por um treinamento teórico ao condutor que tenha adotado um comportamento irregular na via pública, demonstrando a necessidade de sua requalificação (artigo 268 e Resolução do CONTRAN n. 789/20). Suspensão do Direito de Dirigir A suspensão do direito de dirigir será aplicada nas seguintes condições: • Toda vez que o condutor atingir, segundo os critérios de pontuação por infração, no período de 12 meses, a seguinte contagem: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 39 o 20 pontos, caso constem 2 ou mais infrações gravíssimas na pontuação; o 30 pontos, caso conste 1 infração gravíssima na pontuação; o 40 pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima na pontuação. Neste caso, o prazo será de 6 meses a 1 ano. Havendo reincidência no intervalo de 12 meses, de 8 meses a 2 anos. • Por transgressões às normas do CTB, cujas infrações prevê em, de forma específica, a penalidade de suspensão do direito de dirigir. Neste caso, os prazos serão: o O prazo definido na própria tipificação; o De 2 meses a 8 meses, se não houver prazo definido; o Havendo reincidência no período de 12 meses, de 8 meses a 18 meses (um ano e meio), se a reincidência não der causa à cassação. O condutor que tenha sido notificado da penalidade de suspensão do direito de dirigir e seja flagrado dirigindo veículo automotor está sujeito à infração do art. 162, II (dirigir com a habilitação cassada ou suspensa). Essa hipótese é O Condutor que utiliza o veículo para o exercício de atividade remunerada, quanto à suspensão por soma de pontos, estará sujeito ao limite de 40 pontos em 12 meses, independentemente da natureza de qualquer infração cometida. Ainda, é facultada a participação em curso preventivo de reciclagem sempre que, no intervalo de 12 meses, atingir 30 pontos, conforme regulamentação do CONTRAN. Concluído o curso de reciclagem, o condutor terá eliminados os pontos, para fins de contagem subsequente. O motorista que realizar o curso não poderá optar por outro no período de 12 meses. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 40 prevista no caso de o condutor não entregar a habilitação ao órgão de trânsito, mesmo assim, a penalidade será considerada vigente para todos os efeitos. Cassação da Carteira de Habilitação A cassação da CNH acontecerá nos seguintes casos: • Quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qualquer veículo. • No caso de reincidências, no prazo de 12 meses, das infrações: o Art. 162, III: Dirigir veículo com a habilitação de categoria diferente da do veículo; o Art. 163: Entregar a direção do veículo à pessoa nas condições do art. 162; o Art. 164: Permitir que pessoa nas condições do art. 162 tome posse do veículo e passe a conduzi-lo; o Art. 165: Dirigir sob a influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência; o Art. 173: Disputar corrida; o Art. 174: Promover, na via, competições, eventos, exibição e demonstração de perícia, ou deles participar, como condutor, sem permissão da autoridade com circunscrição; o Art. 175: Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra perigosa, mediante arrancada, derrapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus. Além dos casos citados, também ocorrerá a cassação da CNH quando o Condutor for condenado por Crime de Trânsito. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 41 Infrações No Código de Trânsito de 1966, a classificação das infrações de trânsito era feita em grupos. Hoje, após a alteração do atual Código de Trânsito Brasileiro, temos o Artigo 258 estabelecendo critérios que variam de infrações leves a gravíssimas. Sendo assim, conforme disposto no Artigo 258 do CTB as infrações são classificadas de acordo com o seu grau de gravidade. Vejamos: Capítulo XVI - DAS PENALIDADES Art. 258 - As infrações punidas com multa classificam-se, de acordo com sua gravidade, em quatro categorias: I. infração de natureza gravíssima, punida com multa de valor correspondente a 180 (cento e oitenta) UFIR; II. infração de natureza grave, punida com multa de valor correspondente a 120 (cento e vinte) UFIR; III. infração de natureza média, punida com multa de valor correspondente a 80 (oitenta) UFIR; IV. infração de natureza leve, punida com multa de valor correspondente a 50 (cinquenta) UFIR. Após o intervalo de 2 anos de cassação da habilitação, poderá ser requerida a reabilitação, sendo necessária a realização de todos os exames necessários à habilitação. IMPORTANTE MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 42 § 1º Os valores das multas serão corrigidos no primeiro dia útil de cada mês pela variação da UFIR ou outro índice legal de correção dos débitos fiscais. § 2º Quando se tratar de multa agravada, o fator multiplicador ou índice adicional específico é o previsto neste Código. § 3º (VETADO) § 4º (VETADO As infrações punidas com multa classificam-se, de acordo com sua gravidade, em quatro categorias: I. infração de natureza gravíssima, punida com multa no valor de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais e quarenta e sete centavos); II. infração de natureza grave, punida com multa no valor de R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três centavos); III. infração de natureza média, punida com multa no valor de R$130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centavos); IV. infração de natureza leve, punida com multa no valor de R$ 88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centavos). § 1º (REVOGADO). § 2º Quando se tratar de multa agravada, o fator multiplicador ou índice adicional específico é o previsto neste Código. § 3º (VETADO). § 4º (VETADO). (Redação do artigo 258 dada pela Lei n. 13.281/16) Dessa forma, as infrações são classificadas de acordo com o seu grau de gravidade, sendo elas: • De natureza leve; • De natureza média; • De natureza grave; • De natureza gravíssima. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 43 Ademais, para cada tipo de infração é gerado um valor de multa que, hoje, são os seguintes: • Leve: R$ 88,38; • Média: R$ 130,16; • Grave: 195,23; • Gravíssima: a partir de R$ 293,47. Natureza da Infração Pontos Valor (em Reais) Gravíssima 7 R$ 293,47 Grave 5 R$ 195,23 Média 4 R$ 130,16 Leve 3 R$ 88,38 Destaca-se aqui o fator multiplicador da multa. Percebam que infrações gravíssimas correspondem a multa de a partir de 293,47. Isto porque esta natureza de infração pode sofrer o fator multiplicador. Dentro disso, temos as seguintes possibilidades para o fator multiplicador: • multa gravíssima vezes 2 – infrações dos artigos 162, III; 163 c/c 162, III; e 164 c/c 162, III; • multa gravíssima vezes 3 – infrações dos artigos 162, I e II; 163 c/c 162, I e II; 164 c/c 162, I e II; 193; e 218, III; • multa gravíssima vezes 5 – infrações dos artigos 176, I a V; 202, I e II; e 203, I a V; • multa gravíssima vezes 10 – infrações dos artigos 165; 165-A; 173; 174; 175; e 191; • multa gravíssima vezes 20 – infração de trânsito do artigo 253-A; • multa gravíssima vezes 60 – infração de trânsito do artigo 253-A (organizador da conduta); MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 44 • multa gravíssima prevista no artigo 246, que pode ser agravada em até cinco vezes, a critério da autoridade de trânsito, conforme o risco à segurança; e • multa imposta à pessoa jurídica, pela não identificação do infrator, nos termos do artigo 257, § 8º do CTB e Resolução CONTRAN n. 710/17 – multiplicada pelo número de infrações iguais cometidas nos últimos doze meses. Dessa forma, a infração do Artigo 165, por exemplo, torna passível de multa de dez vezes o valor da multa gravíssima, correspondendo a uma multa de R$ 2.934,70. Além da suspensão do direito de dirigir. Art. 165 - Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4º do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012). Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012). Todas as infrações de trânsito estão listadas entre os artigos 161 e 225 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 45 No quadro a seguir constam algumas dessas infrações, e as respectivas penalidades e medidas administrativas aplicada Infrações gravíssimas Penalidades Medidas administrativas Dirigir o veículo sem possuir CNH, Permissão para Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor. Multa (três vezes o valor). Retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado. Dirigir o veículo com CNH ou Permissão para Dirigir de categoria diferente da do veículo que estiver conduzindo. Multa (duas vezes o valor). Retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado. Recolhimento do documento de habilitação. Dirigir sob a influência de álcool ou qualquer substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica ou se recusar a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277. Multa (dez vezes o valor). Suspensão do direito de dirigir. O condutor envolvido em acidente com vítima que deixar de: Multa (cinco vezes o valor) Suspensão do direito de dirigir. Recolhimento do documento de habilitação. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 46 1. Prestar ou providenciar socorro, podendo fazê-lo adotar providências no sentido de evitar perigo para o trânsito local; 2. Preservar o local do acidente 3. Adotar providências para a remoção do veículo, quando, determinado por policial ou por agente da autoridade de trânsito 4. Identificar-se ao policial e de lhe prestar informações para B.O. Promover, na via, competição, eventos organizados, exibição e demonstração de perícia em manobra de veículo, ou deles participar, como condutor, sem permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via. Multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo Recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo. Conduzir veículo para o qual seja exigida habilitação nas categorias C, D ou E sem realizar o exame toxicológico previsto no § 2º do art. 148-A do CTB, após 30 (trinta) dias do vencimento do prazo estabelecido. Multa (5 vezes) e suspensão do direito de dirigir por 3 (três) meses, condicionado o levantamento da suspensão à inclusão no RENACH de MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 47 Parágrafo único. Incorre na mesma penalidade o condutor que exerce atividade remunerada ao veículo e não comprova a realização de exame toxicológico periódico exigido pelo § 2º do art. 148-A do CTB por ocasião da renovação do documento de habilitação nas categorias C, D ou E. resultado negativo em novo exame. Infrações graves Penalidades Medidas administrativas Estacionar o veículo afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um metro. Multa Remoção do veículo Estacionar o veículo ao lado de outro veículo em fila dupla. Multa Remoção do veículo Transitar com o farol desregulado ou com o facho de luz alta de forma a perturbar a visão de outro condutor. Multa Retenção do veículo para regularização. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de trinta dias, junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as hipóteses previstas no artigo 123. Multa Retenção do veículo para regularização. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do Multa Retenção do veículo para regularização. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 48 veículo, salvo nos casos devidamente autorizados Infrações médias Penalidades Medidas administrativas Conduzir bicicleta em passeios onde não seja permitida a circulação desta, ou de forma agressiva, em desacordo com o disposto no parágrafo único do art. 59. Multa Remoção da bicicleta, mediante recibo para pagamento da multa. Ter o seu veículo imobilizado na via por falta de combustível. Multa Remoção do veículo Estacionar o veículo junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de água ou tampas de poços de visita de galerias subterrâneas, desde que devidamentesinalizados, conforme especificação do CONTRAN. Multa Remoção do veículo Transitar com o veículo em velocidade inferior à metade da velocidade máxima estabelecida para a via, retardando ou obstruindo o trânsito, a menos que as condições de tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo se estiver na faixa da direita. Multa - Infrações leves Penalidades Medidas administrativas Estacionar o veículo afastado da guia da calçada (meio fio) Multa Remoção do veículo MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 49 de cinquenta centímetros a um metro. Conduzir veículos sem os documentos de porte obrigatório. Multa Retenção do veículo até a apresentação do documento Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança. Multa - Estas penalidades são impostas: • ao condutor; • ao transportador • ao embarcador; • ao proprietário do veículo. Conforme o tipo de infração cometida em observância aos preceitos que couber a cada um, e havendo responsabilidade compartilhada na infração, cada um responde pela falta que lhe for atribuída: Ao proprietário: sempre caberá a responsabilidade pela infração referente à regularização prévia e cumprimento dos requisitos e condições exigidos para o trânsito do veículo em via terrestre, pela conservação do veículo, pela alteração ou não de suas características, pelos componentes ou agregados presentes, pela legalidade da habilitação de seus condutores, dentre outras disposições a se observar. O condutor: será sempre responsável pelas infrações em decorrência de atos praticados na direção do veículo. Quando a identificação do condutor infrator não puder ser feita de forma imediata, o proprietário do veículo terá 15 (quinze) dias para apresentá-lo, após sua identificação e entrega da MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 50 notificação da autuação. Terminado o prazo e essa apresentação não for feita, será ele considerado responsável pela infração cometida pelo condutor. Em tempo, ainda no que diz respeito às infrações quanto à aplicação das multas, cabe dizer que quando não for possível identificar o infrator, o proprietário do veículo ou o condutor principal, terá um prazo de 30 dias – estipulado pelo CONTRAN –, após a notificação da infração para apresentação. Caso isso não ocorra, a responsabilidade da infração cairá sobre o proprietário ou principal condutor do veículo. Crimes de trânsito As condutas que caracterizam os crimes de trânsito estão dispostas no Capítulo XIX, Seção II do CTB. Ademais, aplicam-se as normas gerais do CPP (Código de Processo Penal), bem como a Lei 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais), se o CTB não dispuser sobre as mesmas. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, os crimes de trânsito podem ser punidos da seguinte forma: • Multa; • Suspensão do direito de dirigir; Se a infração for cometida por passageiros de um serviço de transporte rodoviário de longa distância, com uso de ônibus, em linha intermunicipal, interestadual ou internacional, por fretamento e turismo ou de qualquer modalidade, não se aplicará a pontuação ao motorista identificado, salvo situações regulamentadas pelo CONTRAN, como quanto ao uso de cinto de segurança. ATENÇÃO MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 51 • Proibição de obter o direito de dirigir; • Detenção em regime aberto ou semiaberto. Assim sendo, seguem as infrações consideradas Crimes de Trânsito: Artigo 302: Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor, ou seja, matar sem a intenção. A pena é de suspensão ou proibição do direito de dirigir e detenção de 2 a 4 anos. Art. 302 - Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. § 1º. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente: I. não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; II. praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; III. deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente; IV. no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros. § 2º. (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) § 3º Se o agente conduz veículo automotor sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 52 Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibição do direito de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. (§ 3º incluído pela Lei nº 13.546, de 2017) Artigo 303: praticar lesão corporal culposa durante a direção do veículo: pena de suspensão ou proibição do direito de dirigir e detenção de 6 meses a 2 anos. Art. 303 - Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor: Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. § 1º (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014 e renumerado para § 1º pela Lei nº 13.546, de 2017) § 2º A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cinco anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo, se o agente conduz o veículo com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, e se do crime resultar lesão corporal de natureza grave ou gravíssima. (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017) MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 53 Artigo 304: deixar de prestar socorro à vítima imediatamente ou, na impossibilidade por justa causa, deixar de solicitar auxílio às autoridades responsáveis. A pena é de detenção de 6 meses a 1 ano ou multa, se não houver caracterização de crime mais grave. Art. 304 - Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave. Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves. Artigo 305: tentar fugir do local do acidente. Pena de detenção de 6 meses a 1 ano ou multa. Tanto nas situações do artigo 302 quanto do 303, a penalidade pode ser agravada em um terço nas seguintes condutas: não possuir habilitação, praticar o crime na calçada ou faixa de pedestres, deixar de prestar socorro à vítima quando não apresentar risco pessoal ou dirigir durante o exercício da profissão. ATENÇÃO MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 54 Art. 305 - Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Artigo 306: dirigir tendo a capacidade psicomotora alterada devido ao efeito de álcool ou outras substâncias psicoativas que causem dependência. A pena é de suspensão ou proibição do direito de dirigir, multa e detenção de 6 meses a 3 anos. Art. 306 - Conduzir veículo automotor com capacidadepsicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência: Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. § 1º. As condutas previstas no caput serão constatadas por: I. concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou II. sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora. § 2º. A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova. § 3º. O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014) MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 55 § 4º. Poderá ser empregado qualquer aparelho homologado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO - para se determinar o previsto no caput. (§ 4º incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Artigo 307: violar a suspensão ou proibição de dirigir. Detenção de 6 meses a 1 ano, multa e aumento do prazo de suspensão ou proibição do direito de dirigir. Art. 307 - Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta com fundamento neste Código: Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibição. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art. 293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. Artigo 308: participar de “rachas” ou realizar manobras perigosas com o veículo, gerando situação de risco. Pena de detenção de 6 meses a 3 anos, multa e suspensão ou proibição do direito de dirigir. A avaliação que comprova a alteração psicomotora pode ser feita por meio de exame de sangue, o qual deve constatar a concentração mínima de 6 decigramas de álcool por litro de sangue; pelo bafômetro, a partir de 0,3 mg de álcool por ar alveolar, ou através de sinais de alteração psicomotora identificados pelo agente fiscalizador, conforme regulamentado pelo Contran. ATENÇÃO MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 56 Art. 308 - Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada: (Redação dada pela Lei nº 13.546, de 2017) Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. § 1º. Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão corporal de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi- lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo. § 2º. Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014) Artigo 309: dirigir sem a devida permissão ou habilitação ou com a CNH ou PPD cassada, gerando perigo de dano. Pena de detenção de 6 meses a 1 ano ou multa. Art. 309 - Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 57 Artigo 310: entregar a direção do veículo a alguém não habilitado ou com impedimento do direito de dirigir. Pena de detenção de 6 meses a 1 ano ou multa. Art. 310 - Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Artigo 311: Desrespeitar a velocidade permitida nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas. Pena de detenção de 6 meses a 1 ano ou multa. Art. 311 - Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Artigo 312: cometer fraude processual em caso de acidente com vítima. Pena de detenção de 6 meses a 1 ano ou multa. Art. 312 - Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 58 penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando da inovação, o procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere. Art. 312-A - Para os crimes relacionados nos art’s. 302 a 312 deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, esta deverá ser de prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas, em uma das seguintes atividades: I. trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em outras unidades móveis especializadas no atendimento a vítimas de trânsito; II. trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da rede pública que recebem vítimas de acidente de trânsito e politraumatizados; III. trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação de acidentados de trânsito; IV. outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recuperação de vítimas de acidentes de trânsito. (Artigo 312-A incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 312-B - Aos crimes previstos no § 3º do art. 302 e no § 2º do art. 303 deste Código não se aplica o disposto no inciso I do caput do art. 44 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).(Artigo 312-B incluído pela Lei n. 14.071/20, em vigor a partir de 12ABR21). MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 59 Regras gerais de estacionamento, parada, conduta e circulação. As regras gerais de estacionamento, parada, conduta e circulação visam regular a convivência dos usuários das vias terrestres, com o objetivo de facilitar o uso das mesmas para todos. As mesmas devem ser respeitadas para que haja mais segurança e fluidez no trânsito. Porisso, se faz necessário que, antes mesmo do veículo entrar em circulação, sejam observadas e cumpridas as seguintes normas: • Ajustar seu cinto de segurança; • Verificar o uso do cinto de segurança pelos demais ocupantes do veículo; • No caso de conduzir crianças com idade inferior a 10 anos, devem ser transportadas nos bancos traseiros; • Verificar a existência, as condições e o funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório; • Assegurar-se de que há combustível suficiente para o trajeto. • Ademais, conforme disposto no Artigo 89 do CTB, existe uma ordem de prevalência para elas. Vejamos: Art. 89 - A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência: I. as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros sinais; Os homicídios e lesões corporais, provocados por motorista sob o efeito de álcool ou substâncias psicoativas, constituem-se como crime doloso, ou seja, com intenção. O mesmo ocorre se o motorista estiver trafegando com velocidade superior a 50% acima da velocidade máxima permitida ou disputando “rachas”. ATENÇÃO MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 60 II. as indicações do semáforo sobre os demais sinais; III. as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito. Em que pese o artigo 89 colocar as ordens do agente de trânsito em primeiro lugar, é importante atentar para o fato de que somente será lícita a sua atuação, de maneira contrária às regras de trânsito ou aos sinais físicos implantados, quando houver um interesse público a ser preservado. Dessa forma, um usuário da via só poderá ser exigido de cumprir a conduta determinada pelo agente de trânsito quando as circunstâncias exigirem o mesmo para que exista um perfeito ordenamento do tráfego e a preservação da segurança viária. No mais, o Artigo 195 do CTB estabelece a infração de trânsito decorrente da desobediência às ordens do agente de trânsito. Entretanto, observe que a mesma somente se configura se desobediência não acarretar em uma infração de trânsito específica, como é o caso do avanço do sinal de parada obrigatória (representado pelo braço levantado do agente de trânsito, que pode estar acompanhado pelo som de apito – dois silvos breves, conforme Anexo II do CTB), pois, neste caso, a infração será a constante do artigo 208. Seguindo a ordem de precedência do Artigo 89, a segunda apresentada é a da sinalização semafórica, sobre os demais sinais e, por último, vem a prevalência dos sinais sobre as normas de trânsito. Como, por exemplo, a inversão do direito de preferência para quem se encontra fora da rotatória, ao contrário do disposto no artigo 29, inciso III. Dito isto, cabe ressaltar que o CTB tem mais de 40 artigos falando sobre as Normas gerais de circulação e conduta. Algumas delas, inclusive, podem ser aplicadas com o uso do bom senso e da educação. Entretanto, o bom senso MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 61 apenas não é suficiente para o restante das normas. Na sua grande maioria, é necessário um conhecimento de legislações específicas. Classificação das vias Antes de entrarmos, mais especificamente nas regras e normas desta Aula, vamos falar brevemente sobre as vias e suas classificações. As vias são classificadas em rurais e urbanas e, as urbanas, se subdividem em: • Vias de trânsito rápido – não possuem cruzamentos diretos, semáforos, nem travessia de pedestres. • Vias arteriais – são vias de ligação entre as regiões da cidade, que possuem cruzamentos e geralmente são controladas por semáforos. • Vias coletoras – coletam e distribuem o trânsito dentro da cidade, dando acesso às vias de maior porte. Também possuem semáforos. • Vias locais – destinadas apenas ao acesso local ou a áreas restritas. Já as vias rurais se subdividem em: • Estradas: são as vias não pavimentadas. • Rodovias: são as vias pavimentadas. As vias urbanas são as ruas e avenidas situadas na área urbana, caracterizadas principalmente por possuírem edificações. Já as vias rurais, são todas as vias abertas na área rural. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 62 Velocidade máxima das vias Aproveitando que estamos falando das vias e suas classificações, é importante especificarmos as suas velocidades máximas, quando estas não estão sinalizadas. São elas: VIAS URBANAS VELOCIDADE MÁXIMA Trânsito rápido 80 Km/h Arterial 60 Km/h Coletora 40 Km/h Local 30 Km/h VIAS RURAIS: rodovias de pista dupla VELOCIDADE MÁXIMA Automóveis, camionetas e motocicletas 110 Km/h Demais veículos 90 Km/h VIAS RURAIS: rodovias de pista simples VELOCIDADE MÁXIMA Automóveis, camionetas e motocicletas 110 Km/h Demais veículos 90 Km/h VIAS RURAIS: estradas VELOCIDADE MÁXIMA Todos os veículos 60 Km/h MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 63 Regras Gerais para Colocar um Veículo em Circulação O usuário do sistema de trânsito, antes de utilizar a via pública, deve se atentar às seguintes regras gerais: O proprietário e o condutor serão responsabilizados sempre que legalmente possível, individual ou solidariamente, conforme legislação abaixo: Art. 257 - As penalidades serão impostas ao condutor, ao proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador, salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente mencionados neste Código. (...) §2º. Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia regularização e preenchimento das formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas características, componentes, agregados, habilitação legal e compatível de seus condutores, quando esta for exigida, e outras disposições que deva observar. §3º. Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos praticados na direção do veículo. O condutor não pode transitar em velocidade inferior à metade da velocidade permitida da via. Sendo assim, em uma via de trânsito rápido, por exemplo, se não houver sinalização regulamentadora, a velocidade mínima de circulação será de 40 km. ATENÇÃO! MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 64 Art. 26 - Os usuários das vias terrestres devem: I. Abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas; II. Abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando ou abandonando na via objetos ou substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo. Art. 27 - Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor deverá verificar a existência e as boas condições de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, bem como assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar ao local de destino. Art. 28 - O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito. Além do disposto no CTB, cabe ao Condutor também atentar para os seguintes deveres: • Ter, a todo momento, o domínio completo do seu veículo; • Dirigir com a atenção e o cuidado necessário para a segurança do trânsito; • Sempre verificar as condições dos equipamentos de uso obrigatório; • Verificar sempre se há combustível suficiente para o seu trajeto. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 65 Regras de Preferênciade Passagem Utilizamos as regras de preferência todas as vezes que não existirem sinalizações específicas na via, sendo elas: • Quem estiver transitando pela rodovia, quando apenas um fluxo for proveniente de autoestrada; • Quem estiver circulando uma rotatória; • Quem vier pela direita do condutor, nos demais casos. Entretanto, em caso de existência de sinalização, deve-se então atentar para o que está previsto no Art. 29 do CTB: Art. 29 - O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas: I. A circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamente sinalizadas; II. O condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as condições climáticas; III. Quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de local não sinalizado, terá preferência de passagem: a) No caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver circulando por ela; b) No caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela; c) Nos demais casos, o que vier pela direita do condutor; (...) MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 66 Cabe ainda destacar, dentro das regras de preferência, que os veículos destinados a salvamento como: veículos que prestam socorro, veículos de fiscalização de trânsito, viaturas policiais, batedores e os veículos que lhes precedem tem prioridade. Entretanto, deve ser observado que, para poder exercer esse direito de preferência, é preciso que os dispositivos sonoros e luminosos estejam ativos e, ocorrendo isso, deve-se agir da seguinte forma: • Deixar livre a passagem à sua esquerda; • Se for transeunte, aguarde e somente atravesse quando o veículo já tiver passado pelo local em que você se encontra. Regras para Passagem e Ultrapassagem Temos as seguintes definições sobre ultrapassagem e passagem, no CTB: O conceito de ultrapassagem e passagem, anexo I do CTB: Ultrapassagem: movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e retornar à faixa de origem. Passagem: movimento de passagem à frente de outro veículo que se desloca no mesmo sentido, em menor velocidade, mas em faixas distintas da via. Art. 29 - O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas: (...) IV. Quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circulação no mesmo sentido, são as da direita destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte, MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 67 quando não houver faixa especial a eles destinada, e as da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade; V. O trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos, só poderá ocorrer para que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento; VI. Os veículos precedidos de batedores terão prioridade de passagem, respeitadas as demais normas de circulação; VII. Os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente, observadas as seguintes disposições. a) Quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando, se necessário; b) Os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, só atravessando a via quando o veículo já tiver passado pelo local; c) O uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva prestação de serviço de urgência; d) A prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas deste Código; MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 68 VIII. Os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando em atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que devidamente sinalizados, devendo estar identificados na forma estabelecida pelo CONTRAN; IX. A ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização regulamentar e as demais normas estabelecidas neste Código, exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de entrar à esquerda; X. Todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassagem, certificar-se de que: a) Nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para ultrapassá-lo; b) Quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o propósito de ultrapassar um terceiro; c) A faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que sua manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário; XI. Todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá: a) Indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz indicadora de direção do veículo ou por meio de gesto convencional de braço; b) Afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de tal forma que deixe livre uma distância lateral de segurança; c) Retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito de origem, acionando a luz indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto convencional de MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 69 braço, adotando os cuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que ultrapassou; XII. Os veículos que se deslocam sobre trilhos terão preferência de passagem sobre os demais, respeitadas as normas de circulação. §1ºAs normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a e b do inciso X e a e b do inciso XI aplicam-se à transposição de faixas, que pode ser realizada tanto pela faixa da esquerda como pela da direita. §2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste Art., em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres. Art. 30 - Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá: I. Se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar a marcha; II. Se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela na qual está circulando, sem acelerar a marcha. XIII. Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em fila, deverão manter distância suficiente entre si para permitir que veículos que os ultrapassem possam se intercalar na fila com segurança. Art. 31 - O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de transporte coletivo que esteja parado, efetuando MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 70 embarque ou desembarque de passageiros, deverá reduzir a velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o veículo com vistas à segurança dos pedestres. Art. 32 - O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias comduplo sentido de direção e pista única, nos trechos em curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, exceto quando houver sinalização permitindo a ultrapassagem. Art. 33 - Nas interseções e suas proximidades, o condutor não poderá efetuar ultrapassagem. Para finalizar, vamos resumir as principais regras de ultrapassagem: • Ultrapasse sempre pela esquerda e apenas nos trechos permitidos; • Não ultrapassar pelo acostamento; • Se outro veículo o estiver ultrapassando ou tiver sinalizado, dê a preferência; • Certifique-se de que a faixa da esquerda está livre, e de que há espaço suficiente para a • Manobra; • Sinalize sempre com antecedência sua intenção de ultrapassar; • Mantenha sempre distância em relação ao veículo que está ultrapassando; • Sinalize quando for retornar à faixa da direita; • Se Você está sendo ultrapassado, mantenha a mesma velocidade em que se encontrava no momento em que o outro veículo começou a lhe ultrapassar; • Ao ultrapassar um ônibus que esteja parado, reduza a velocidade e preste muita atenção. Passageiros poderão estar desembarcando ou correndo para tomar a condução. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 71 No mais, devemos atentar sempre para as regras de proibição de ultrapassagem, sendo elas: • Sobre pontes ou viadutos; • Em travessias de pedestres; • Nas passagens de nível; • Nos cruzamentos ou em sua proximidade; • Em trechos sinuosos ou em aclives sem visibilidade suficiente; • Nas áreas de perímetro urbano das rodovias. Regras para Manobras à Esquerda, à Direita e Retornos Primeiramente o condutor deve ter conhecimento de que, antes de realizar qualquer manobra, que implique em um deslocamento lateral, o mesmo deve indica-la de forma clara e precisa, com bastante antecedência da realização da mesma. Para isso, deve usar as setas ou gesticular (conforme ensinamos anteriormente). No mais, quando não existir sinalização o motorista deve parar seu veículo no acostamento, à direita, sinalizar a manobra à esquerda, ceder a preferência de passagem aos pedestres, condutores de veículos não motorizados e aos condutores que estejam usando a via nos dois sentidos de circulação e depois efetuar a manobra de conversão. Caso seja necessário realizar uma conversão à esquerda, em uma pista de mão dupla e sem acostamento, o condutor deve aproximar-se do eixo central divisor de faixas, ceder a preferência a pedestres, veículos não motorizados e outros veículos que circulam em sentido contrário e, só então, realizar a manobra com segurança. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 72 Ademais, o condutor, ao realizar a conversão deve estar atento as seguintes regras: • Ao ingressar em uma via, saindo de um lote lindeiro, deve sempre dar a preferência aos veículos e pedestres que transitam nessa via; • A conversão à esquerda e a operação de retorno têm que ser feitas nos locais apropriados e, onde estes não existirem, o condutor deve aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a pista com segurança; • Quando sair da via, pelo lado direito, deve aproximar-se da borda direita da pista e executar sua manobra sem que leve muito tempo para isso; • Quando sair da pista com o lado esquerdo, chegar próximo de seu eixo ou da linha divisória da pista, quando houver, caso se trate de uma pista com circulação nos dois sentidos, ou da borda esquerda, tratando-se de uma pista de um só sentido; • Quando for manobrar, para mudar de direção, deve-se ceder passagem aos pedestres, ciclistas e aos veículos que transitarem em sentido contrário, respeitadas as normas de passagem; • O retorno, nas vias urbanas, deve ser feito no local determinado, seja por meio de sinalização, pela existência de locais apropriados, ou ainda, em outros locais que ofereçam segurança. No mais, o CTB dispõe, em seus artigos 34, 35, 36, 37, 38 e 39, sobre a questão em referência, conforme demonstrado abaixo: Mas atenção, em algumas vias, o local para se aguardar possui sinalização com marcas de canalização viária. Portanto, esteja atento. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 73 Art. 34 - O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade. Art. 35 - Antes de iniciar qualquer manobra que implique um deslocamento lateral, o condutor deverá indicar seu propósito de forma clara e com a devida antecedência, por meio da luz indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto convencional de braço. Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a transposição de faixas, movimentos de conversão à direita, à esquerda e retornos. Art. 36 - O condutor que for ingressar numa via, procedente de um lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência aos veículos e pedestres que por ela estejam transitando. Art. 37 - Nas vias providas de acostamento, a conversão à esquerda e a operação de retorno deverão ser feitas nos locais apropriados e, onde estes não existirem, o condutor deverá aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a pista com segurança. Art. 38 - Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros, o condutor deverá: I. Ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo possível do bordo direito da pista e executar sua manobra no menor espaço possível; MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 74 II. Ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo possível de seu eixo ou da linha divisória da pista, quando houver, caso se trate de uma pista com circulação nos dois sentidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de um só sentido, Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem. Art. 39 - Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos locais para isto determinados, quer por meio de sinalização, quer pela existência de locais apropriados, ou, ainda, em outros locais que ofereçam condições de segurança e fluidez, observadas as características da via, do veículo, das condições meteorológicas e da movimentação de pedestres e ciclistas. Regras de Estacionamento e Paradas Você sabe a diferença entre parar e estacionar? Parar é imobilizar um veículo É imobilizar o veículo pelo tempo necessário ao embarque e desembarque de passageiros. Estacionar É imobilizar o veículo por tempo superior ao necessário para embarque e desembarque de passageiros. Quando falamos em utilização de via pública não estamos nos referindo somente à via de circulação, ele abrange também a utilização das delimitações para estacionamento, paradas e operações de embarque e desembarque. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 75 Dessa forma, as normas gerais devem ser seguidas. Salvo em caso de inexistência de sinalização. Sendo elas: Art. 47 - Quando proibido o estacionamento na via, a parada deverá restringir-se ao tempo indispensável para embarque ou desembarque de passageiros, desde que não interrompa ou perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de pedestres Parágrafo único - A operação de carga ou descarga será regulamentada pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via e é considerada estacionamento.Como pode-se observar, o Art. 47 reforça os conceitos de parada e estacionamento previstos no Anexo I do CTB, deixando claro a principal diferença entre elas, ou seja: a intenção do condutor. Sendo assim, ao contrário do que muita gente pensa, a parada não está relacionada a permanência do condutor no veículo com o motor ligado e sim com o fato do veículo estar parado com a finalidade de efetuar o embarque e desembarque de passageiros, dentro de um curto período de tempo. Mesmo se o motorista estiver na direção com o veículo ligado, se o tempo de permanência no local for maior do que o necessário à subida e descida de passageiros, ele será considerado como um veículo estacionado. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 76 Já o Art. 48 irá tratar das posições do veículo, quando parado, seja para fins de embarque ou desembarque de passageiros (parada), ou por tempo superior ao necessário para esta finalidade (estacionamento). Senão vejamos: Art. 48 - Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à guia da calçada (meio-fio), admitidas as exceções devidamente sinalizadas. § 1º Nas vias providas de acostamento, os veículos parados, estacionados ou em operação de carga ou descarga deverão estar situados fora da pista de rolamento. No mais, cabe lembrar que a regulamentação de vaga destinada à carga e descarga constitui um dos tipos de estacionamento específicos, constante do artigo 2º, inciso IV, da Resolução do Conselho Nacional de Trânsito nº 302/08. Ademais, além da parada e do estacionamento, existem ainda outras duas formas de imobilização do veículo: a imobilização de emergência, e a interrupção de marcha, definida, pelo Anexo I, como “imobilização do veículo para atender circunstância momentânea do trânsito”. Vejamos então as normas do CTB para a proibição de estacionamento e paradas: Proibido Estacionar • Em frente a rebaixamentos de calçada (isto é, por onde entram e saem veículos de garagens e estacionamentos). • Em ponto de ônibus. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 77 • Em áreas de estacionamento exclusivo (por exemplo, para ambulâncias ou táxi). • Nos acostamentos das rodovias. Proibido parar e estacionar • A menos de 5 metros do alinhamento do bordo da via transversal (isto é, da esquina). • Sobre pontes, viadutos e túneis. • Em trechos em curvas ou lombadas. • Em locais de pouca visibilidade. • A mais de 50 centímetros do meio-fio ou bordo da pista. • Em áreas de segurança (isto é, em frente a bancos, fóruns e delegacias). • Sobre a calçada, passeio ou faixa de pedestres. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 78 QUESTIONÁRIO: Legislação De Trânsito 1) Para ser aprovado, no exame teórico-técnico, o candidato deverá realizar uma prova de ____________ com ______ de acerto. a) 30 questões - 30%; b) 30 questões - 70%; c) 20 questões - 30%; d) 20 questões - 70%. 2) O Sistema de Habilitação brasileiro prevê categorias de CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Cada uma se refere a um determinado tipo de veículo. As categorias da Carteira Nacional de Habilitação são previstas no artigo 143, e se relacionam à capacidade de cada veículo. Assinale a alternativa CORRETA, sobre as categorias de Carteira Nacional de Habilitação categoria B e categoria C. A) Categoria B: veículo motorizado, não abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista. Categoria C: veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três mil e quinhentos quilogramas. B) Categoria B - veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três mil e quinhentos quilogramas. Categoria C: veículo motorizado, não abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista. C) Categoria B – veículo motorizado, não abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista. Categoria C: condutor de veículo motorizado utilizado no transporte MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 79 de passageiros, cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista. D) Categoria B: veículo motorizado, abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista. Categoria C: veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos quilogramas. 3) De acordo com a Lei nº 9.503/1997 - Código de Trânsito Brasileiro, analisar a sentença abaixo: O trator de roda, o trator de esteira, o trator misto ou o equipamento automotor destinado à movimentação de cargas ou execução de trabalho agrícola, de terraplenagem, de construção ou de pavimentação, podem ser conduzidos na via pública por condutor habilitado nas categorias C, D ou E (1ª parte). O trator de roda e os equipamentos automotores destinados a executar trabalhos agrícolas poderão ser conduzidos em via pública por condutor habilitado na categoria B (2ª parte). A sentença está: A) Totalmente correta. B) Correta somente em sua 1ª parte. C) Correta somente em sua 2ª parte. D) Totalmente incorreta. 4) De acordo com a Lei nº 9.503/1997 - Código de Trânsito Brasileiro, para habilitar-se nas categorias D e E, ou para conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato deverá preencher, entre outros, o requisito de não ter cometido nenhuma infração gravíssima nos últimos: A) 6 meses. B) 12 meses. C) 18 meses MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 80 D) 24 meses. 5) Analise as afirmativas abaixo, julgue V para verdadeiro e F para falso e em seguida assinale a alternativa CORRETA sobre as categorias de Habilitação de acordo com o CTB. ( ) Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista; ( ) Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá estar habilitado no mínimo há dois anos na categoria B e não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser reincidente em infrações médias, durante os últimos doze meses. ( ) Categoria B - condutor de veículo motorizado, abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista; ( ) São os condutores da categoria B autorizados a conduzir veículo automotor da espécie motor-casa, definida nos termos do Anexo I do CTB, cujo peso não exceda a 6.000 kg (seis mil quilogramas), ou cuja lotação não exceda a 8 (oito) lugares, excluído o do motorista. (Incluído pela Lei nº 12.452, de 2011). A) V – F – F – V. B) V – F – V – V. C) F – F – V – V D) F – V – F – F. 6) Os condutores habilitados nas categorias C, D e E, com a Carteira Nacional de Habilitação com validade de 5 (cinco) anos, deverão fazer o exame toxicológico previsto no artigo 148-A e parágrafo 2º, no prazo de A) 2 (dois) anos e 6 (seis) meses. B) 3 (três) anos e 6 (seis) meses. C) 4 (quatro) anos e 6 (seis) meses. D) 5 (cinco) anos e 6 (seis) meses. MATERIALTEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 81 7) Observe a figura. Para conduzir um veículo articulado, de acordo com a figura, um condutor deverá ter a CNH na categoria mínima: A) “A”. B) “B”. C) “C”. D) “D”. 8) A fim de alcançar habilitação na categoria C, o condutor deverá: A) estar habilitado na categoria B e não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser reincidente em infrações médias, durante os últimos seis meses. B) estar habilitado no mínimo há um ano na categoria B e não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser reincidente em infrações médias, durante os últimos doze meses. C) estar habilitado no mínimo há um ano na categoria B e pode ter cometido infração grave ou gravíssima, durante os últimos doze meses. D) estar habilitado no mínimo há um ano na categoria B e não ter cometido nenhuma infração leve ou média. 9) De acordo com o CTB, o condutor de veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três mil e quinhentos quilogramas, deve ser habilitado na: A) Categoria C. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 82 B) Categoria A. C) Categoria B. D) Categoria D. 10) Segundo o art. 145 do Código de Trânsito Brasileiro, para habilitar-se nas categorias D e E ou para conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato deverá preencher os seguintes requisitos: A) Ser reprovado em curso especializado e em curso de treinamento de prática veicular em situação de risco, nos termos da normatização do CONTRAN. B) Ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em infrações médias durante os últimos doze meses. C) Ser maior de 21 anos. D) No mínimo há um ano na categoria B, ou no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na categoria D. 11) A habilitação para conduzir veículo automotor e elétrico será apurada por meio de exames que deverão ser realizados junto ao órgão ou entidade executivos do Estado ou do Distrito Federal, do domicílio ou residência do candidato, ou na sede estadual ou distrital do próprio órgão. Se tratando de habilitação e seu processo, é CORRETO afirmar que: A) O condutor deve ser penalmente imputável, saber ler e escrever e possuir carteira de habilitação ou equivalente. B) Ao candidato aprovado será conferida Permissão para Dirigir, com validade de cinco anos. C) Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá estar habilitado no mínimo há dois anos na categoria B e não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser reincidente em infrações médias, durante os últimos doze meses. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 83 D) A validade da Carteira Nacional de Habilitação está condicionada ao prazo de vigência do exame de aptidão física e mental. 12) Um condutor para habilitar-se na categoria E deverá estar habilitado obrigatoriamente, no mínimo, há A) dois anos na categoria B. B) três anos na categoria B. C) um ano na categoria A. D) dois anos na categoria A. 13) Como previsto no CTB, existem 5 (cinco)categorias de habilitação e mais a ACC, que é exclusiva para condução de ciclomotor. Dentre as categorias de A a E, existe uma com a seguinte gradação: Condutor de veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três mil e quinhentos quilogramas. Assinale a alternativa que apresenta a categoria desta gradação. A) Categoria B B) Categoria A C) Categoria E D) Categoria C 14) Segundo o Código de trânsito brasileiro, para condução de veículos escolares, o motorista deve ser habilitado na categoria A) A. B) B. C) C. D) D. 15) Considere que um condutor, habilitado na Categoria B, está operando um guindaste, máquina motorizada com peso bruto de 48 000 kg. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 84 Nesse contexto, é correto afirmar que esse condutor A) está atuando de acordo com a legislação vigente, pois não é obrigatório ser habilitado para conduzir a máquina em questão. B) está atuando de acordo com a legislação vigente, por ser habilitado na Categoria B C) não está atuando de acordo com a legislação vigente, visto que, para operar a máquina em questão, deve-se ser habilitado na Categoria A D) não está atuando de acordo com a legislação vigente, visto que, para operar a máquina em questão, deve-se ser habilitado na Categoria C 16) O condutor de veículo destinado à condução de escolares deve satisfaze o seguinte requisito: A) Ser aprovado em curso especializado, nos termos da regulamentação do CONTRAN. B) Ser habilitado na categoria B. C) Ter idade superior a dezoito anos. D) Não ter cometido nenhuma infração grave, ou ser reincidente em infrações médias durante os seis últimos meses. 17) A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao condutor portador de Permissão para Dirigir ao término de A) dezoito meses, desde que ele não tenha cometido nenhuma infração de natureza gravíssima, grave ou média. B) seis meses, desde que ele não tenha cometido nenhuma infração de natureza média ou seja reincidente em infração média por uma única vez. C) doze meses, desde que ele não tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou seja reincidente em infração média. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 85 D) vinte e quatro meses, desde que ele não tenha cometido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou seja reincidente em infração média. 18) Considere: I. Automotor. II. Elétrico. III. De propulsão humana. IV. Particular. V. De aprendizagem. VI. De competição. São classificados quanto à categoria, os veículos que constam APENAS em: A) IV e VI. B) IV e V. C) I e II. D) I, II e III. 19) Os requisitos necessários "dentre outros" para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) são: A) ter concluído o ensino médio B) ter concluído o ensino fundamental C) saber ler e escrever D) estar matriculado no ensino fundamental 20) A validade da permissão para dirigir é de A) seis meses B) dois anos C) um ano D) três meses MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 86 21) Amanda morava no município do Rio de Janeiro e tem como sua propriedade, uma motocicleta. Ela acabou de se mudar para Sergipe. Nesse caso, será obrigatória a expedição de novo(a): A) CNH. B) CRLV. C) CRV. D) RENAVAM. 22) João comprou de presente para seu filho um ciclomotor. Para registrá- lo e licenciá-lo, ele deverá obedecer à regulamentação estabelecida pela legislação: A) municipal. B) estadual. C) federal. D) do DETRAN. 23) Sobre registro de veículos, assinale a assertiva correta. A) Todo veículo automotor, articulado, reboque ou semirreboque, deve ser registrado perante o órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no Município de domicílio ou residência de seu proprietário, na forma da lei, entretanto essa disposição não se aplica aos veículos elétricos. B) Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal somente registrarão veículos oficiais de propriedade da administração direta, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o veículo de uso bélico ou de qualquer um dos poderes, com indicação expressa, por pintura nas portas, do nome, sigla ou logotipo do órgão ou entidade em cujo nome o veículo será registrado. C) Registrado o veículo, expedir-se-á o Certificado de Registro de Veículo (CRV) de acordo com os modelos eespecificações estabelecidos pelo MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 87 CONTRAN, contendo as características e condições de invulnerabilidade à falsificação e à adulteração. D) Será obrigatória a expedição de novo Certificado de Registro de Veículo (CRV) quando for transferida a propriedade do veículo. Nesse caso, o prazo para o proprietário adotar as providências necessárias à efetivação da expedição do novo CRV é de noventa dias, nos demais casos as providências deverão ser imediatas. 24) A expedição obrigatória de um novo Certificado de Registro de Veículo (CRV), segundo o Código de Trânsito Brasileiro, se dará nos seguintes casos: I. o proprietário mudar o Município de domicílio ou residência; II. se for alterada qualquer característica do veículo; III. se houver mudança de categoria; IV. quando o proprietário quitar os débitos de licenciamento, IPVA e seguro obrigatório anualmente. Está(ão) INCORRETA(S) apenas a(s) afirmativa(s) A) II. B) IV. C) I e III. D) II e IV. 25) O proprietário do veículo deve adotar as providências necessárias à efetivação da expedição do novo Certificado de Registro de Veículos (CRV) no prazo de 30 dias sempre que: A) for transferida a propriedade. B) mudar de domicílio ou residência. C) for alterada qualquer característica do veículo. D) houver mudança de categoria. 26) CRV: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 88 A) Documento referente a informações sobre multas e advertências de trânsito. De porte não obrigatório. B) Documento de porte não obrigatório, que deve ser guardado em local seguro, e servirá para transferência de propriedade (em caso de venda do veículo), alterar o endereço do proprietário ou alterar as características do veículo. C) Documento de porte obrigatório, onde constam além das características do veículo, informações sobre o pagamento de IPVA, do Seguro Obrigatório e ano em exercício. D) É o seguro obrigatório que deve se pago anualmente por todos os proprietários de veículos automotores. 27) O condutor de um veículo deve portar, obrigatoriamente, A) CRLV − Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo e o CRV − Certificado de Registro do Veículo, apresentados em cópia autenticada pela repartição de trânsito que o expediu. B) CRLV − Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo, devendo ser apresentado somente o original. C) CRLV − Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo e o CRV − Certificado de Registro do Veículo, apresentados em cópia reprográfica simples. D) CRLV − Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo, podendo ser apresentado no original ou em cópia autenticada pela repartição de trânsito que o expediu. 28) Com relação à obrigatoriedade de expedição de um novo Certificado de Registro para um Veículo (CRV), analise as afirmativas a seguir. I. É necessária a expedição de novo CRV quando for alterada qualquer característica do veículo. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 89 II. No caso de transferência de propriedade do veículo, o prazo para o proprietário adotar as providências necessárias para efetivação de novo CRV é de 45 dias. III. Para a expedição de novo CRV, é exigido o Certificado de Licenciamento Anual do veículo. Está correto o que se afirmar em: A) I, apenas. B) II, apenas. C) III, apenas. D) I e III, apenas. 29) Quanto ao registro de veículos, assinale a afirmativa incorreta. A) A expedição do novo certificado será comunicada ao órgão executivo de trânsito que expediu o anterior e ao RENAVAM. B) Registrado o veículo, expedir-se-á o Certificado de Registro de Veículo (CRV), em meio físico e/ou digital, à escolha do proprietário, de acordo com os modelos e com as especificações estabelecidos pelo Contran. C) Para a expedição do Certificado de Registro de Veículo, o órgão executivo de trânsito consultará o cadastro do RENAVAM e exigirá do proprietário a nota fiscal fornecida pelo fabricante ou revendedor, ou documento equivalente expedido por autoridade competente. D) Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal somente registrarão veículos oficiais de propriedade da administração direta, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de qualquer um dos poderes, com indicação expressa, por pintura nas portas, do nome, sigla ou logotipo do órgão ou entidade em cujo nome o veículo será registrado, inclusive os policiais. 30) A expedição obrigatória de um novo Certificado de Registro de Veículo (CRV), segundo o Código de Trânsito Brasileiro, se dará nos seguintes casos: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 90 I. o proprietário mudar o Município de domicílio ou residência; II. se for alterada qualquer característica do veículo; III. se houver mudança de categoria; IV. quando o proprietário quitar os débitos de licenciamento, IPVA e seguro obrigatório anualmente. Está(ão) INCORRETA(S) apenas a(s) afirmativa(s) A) II B) IV. C) I e III. D) II e IV. 31) Julgue os itens a seguir com base na Lei 9.503/97 que institui o CTB, em seguida assinale a alternativa CORRETA. I. Sempre que necessário, será colocada ao longo da via, sinalização prevista no Código de Trânsito Brasileiro e em legislação complementar, destinada a condutores e pedestres, vedada a utilização de qualquer outra. II. Com autorização do CONTRAN, é permitida a utilização de sinalização não prevista no Código de Trânsito Brasileiro por período preestabelecido. III. O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá retirar ou determinar a imediata retirada de qualquer elemento que prejudique a visibilidade da sinalização viária e a segurança do trânsito, com ônus para quem o tenha retirado. IV. A afixação de publicidade ou de quaisquer legendas ou símbolos ao longo das vias é permitida desde que não prejudique a visibilidade da sinalização viária. A) Somente as afirmativas I e II estão corretas. B) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas. C) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 91 D) Somente as afirmativas I e IV estão corretas. 32) Determinado motorista avistou de longe uma placa vermelha em formato octogonal. Por estar com problema de visão, ele não conseguiu enxergar qual era o símbolo ou palavra que estavam contidos na placa. Nesse caso, é correto afirmar que: A) a placa está indicando “em obras” ou “pare”. B) não se trata de uma placa de “proibido ultrapassar”. C) a placa está indicando “pare” ou “dê a preferência”. D) trata-se de uma placa “proibido parar e estacionar”. 33) As placas de atrativos turísticos indicam aos usuários da via os locais onde eles podem dispor dos atrativos turísticos existentes, orientando sobre sua direção ou identificando esses pontos de interesse. Referente às placas de sinalização de atrativos turísticos, assinale a alternativa correta. A) Possuem formas retangulares, lado maior na horizontal, fundo azul, orla interna branca, orla externa azul e tarja, legendas e setas de cor branca. B) Possuem formas retangulares, fundo branco, orla interna preta, orla externa branca e tarja, legendas e pictograma na cor preta. C) Possuem formas retangulares, lado maior na vertical, fundo azul, orla interna azul, orla externa branca e tarja, legendas e setas de cor branca. D) Possuem formas retangulares, fundo marrom, tarja, legendas e setas de cor branca e pictograma (fundo branco, figura preta). 34) Sobre o Capítulo VII do CTB, “DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO”, assinale a alternativacorreta. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 92 A) Nos imóveis, não é proibido colocar luzes que possam gerar confusão, interferir na visibilidade da sinalização e comprometer a segurança do trânsito. B) É permitido afixar sobre a sinalização de trânsito e respectivos suportes, ou junto a ambos, publicidade que não se relacione com a mensagem da sinalização. C) A afixação de publicidade ao longo das vias não necessita de prévia aprovação do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via. D) O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá retirar ou determinar a imediata retirada de qualquer elemento que prejudique a visibilidade da sinalização viária. 35) A sinalização horizontal permite o melhor aproveitamento do espaço viário disponível, aumentando a segurança e contribuindo para a redução de acidentes. Integrante do Código de Trânsito Brasileiro, ela: A) proíbe a parada de veículos sobre faixa destinada a pedestres e marcas de canalização. B) permite, em situações restritas, a operação de retorno passando sobre a faixa de pedestres. C) permite o trânsito em ciclovias e ciclofaixas e marcas de canalização. D) proíbe a operação de retorno em locais definidos pela sinalização. 36) A sinalização vertical objetiva fornecer informações que permitam aos usuários da via adotar comportamentos adequados para aumentar a segurança, ordenar os fluxos de tráfego e orientar os usuários da via. Tem por finalidade regulamentar as obrigações, limitações, proibições ou restrições que governam seu uso, e é caracterizada por: A) utilizar chapa galvanizada, plástico imunizado ou alumínio anodizado. B) ser implantada no lado esquerdo da via, no sentido do fluxo de tráfego que deve regulamentar. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 93 C) ter uma altura livre entre 2,5 m e 3,0 m a partir da borda inferior em relação ao solo. D) possuir formato circular, com fundo branco, tarja e orla vermelha. 37) Intervenções na via, como serviços de manutenção de redes de água, esgotos e energia elétrica, recapeamentos, poda de árvore, alagamentos, eventos como maratonas, etc., exigem A) adoção de um conjunto de sinais e dispositivos com características visuais próprias em áreas afetadas por intervenções temporárias na via. B) adoção de nova sinalização horizontal, de forma a orientar os novos percursos na via em intervenção. C) revisão de toda sinalização vertical, com previsão de adoção de mensagens de segurança compatíveis com os novos usos da via. D) operação prioritária da via com agentes de trânsito, de forma a orientar os novos fluxos gerados pelas intervenções. 38) A sinalização vertical de advertência tem por finalidade alertar os usuários sobre condições potencialmente perigosas, obstáculos ou restrições existentes na via, indicando a natureza dessas situações à frente, quer sejam permanentes ou eventuais. A forma padrão e a cor do conjunto de sinais de advertência são: A) quadrada; fundo amarelo e orla interna preta. B) retangular; fundo azul, tarja e letras brancas. C) circular; fundo branco, tarja e orla vermelhas. D) retangular; fundo azul, tarja e letras vermelhas. 39) Os sinais de trânsito apresentam informações importantes para os usuários das vias visando transmitir informações, restrições, proibições e prevenções. A respeito da ordem de prevalência da sinalização de trânsito, assinale a alternativa correta. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 94 A) as indicações dos sinais têm prevalência sobre as indicações de semáforo. B) não existe ordem de prevalência. C) as indicações do semáforo têm prevalência sobre as ordens do agente de trânsito. D) as ordens do agente de trânsito têm prevalência sobre as normas de circulação e outros sinais. 40) O painel eletrônico, como o que aparece na imagem abaixo, é considerado como: A) Dispositivo de sinalização auxiliar. B) Sinalização horizontal. C) Sinalização sonora. D) Sinalização vertical. 41) Os Cones de Sinalização são objetos extremamente necessários para a boa sinalização e orientação do tráfego nos locais em que são colocados. Assinale a alternativa CORRETA quanto a utilização do Cone de Sinalização: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 95 A) No isolamento e sinalização de áreas de trabalho, poços de inspeção, entrada de galerias subterrâneas e situações semelhantes. B) Em situações de emergência ou perigo no trânsito, como acidentes ou presença de objetos na via, os cones de sinalização ajudam a organizar o trânsito e alertar os motoristas. C) Na delimitação e isolamento de áreas de trabalho. D) No isolamento das partes energizadas da rede durante a execução de tarefas. 42) Sobre dispositivos de sinalização de trânsito, considere: I. Faixa de travessia de pedestres. II. Marcação de área de conflito. III. Prismas de concreto. IV. Defensas metálicas. V. Tachas. São exemplos de sinalização, respectivamente: A) auxiliar de proteção contínua vertical auxiliar de proteção contínua horizontal vertical B) horizontal horizontal auxiliar de canalização auxiliar de proteção contínua auxiliar delimitado C) auxiliar delimitador auxiliar de canalização auxiliar delimitador vertical horizontal D) auxiliar de canalização auxiliar de proteção contínua vertical auxiliar de canalização auxiliar de canalização 43) O Código Brasileiro de Trânsito (CTB), em seu ANEXO I, define sinalização como “conjunto de sinais de trânsito e dispositivos de segurança colocados nas vias públicas com o objetivo de garantir sua utilização adequada”. O CTB define três categorias de placas de sinalização e cada um desses tipos MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 96 desempenha uma determinada função. Assinale a alternativa CORRETA que traz a função da Sinalização de Indicação. A) Esse tipo de sinalização de trânsito informa, aos cidadãos, as condições e restrições das vias, bem como o que é proibido e o que é obrigatório durante a circulação nas vias indicadas. B) Como a própria definição já indica, essa categoria de sinalização desempenha a função de alertar os motoristas sobre determinadas condições da via. C) Essa categoria de sinalização é aquela que orientam os condutores sobre o trajeto, identificando vias, serviços e destinos. D) Sua função básica é incrementar a visibilidade da sinalização ou de obstáculos à sinalização, alertando os condutores quanto a situações de perigo potencial ou que requeiram maior atenção de forma a tornar mais eficiente e segura a operação da via. 44) Os sinais de trânsito classificam-se em: A) Sinalização Vertical, Sinalização Horizontal e Dispositivos de Sinalização Auxiliar, apenas. B) Sinalização Horizontal, Sinalização Luminosa, Sinais por Gestos e Sinais Sonoros, apenas. C) Sinalização de Obras, Sinalização Luminosa, Sinais por Gestos e Sinalização Horizontal, apenas. D) Sinalização Vertical, Sinalização Horizontal, Dispositivos de Sinalização Auxiliar, Sinalização de Obras, Sinalização Luminosa, Sinais por Gestos e Sinais Sonoros. 45) É correto afirmar que as marcas viárias fazem parte da sinalização do tipo A) vertical. B) horizontal. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 97 C) auxiliar D) semafórica. 46) Joaquim é um agente de autoridade de trânsito e precisa emitir um sinal sonoro com seu apito para que um condutor diminua a marcha. Para tanto Joaquim deve emitir com seu apito: A) um silvo breve. B) um silvo longo. C) dois silvosbreves. D) dois silvos longos. 47) De acordo com o Art. 87 do CTB, os sinais de trânsito classificam-se em: I. verticais; II. horizontais; III. diagonais; IV. dispositivos de sinalização auxiliar; V. luminosos; VI. sonoros; VII. gestos do agente de trânsito e do condutor. Dos itens acima mencionados, apenas um está errado trata-se do item: A) I. B) III. C) IV. D) V . 48) Assinale a alternativa de acordo com a Resolução nº 160/2004 do CONTRAN. A sinalização que tem por finalidade informar aos usuários as condições, proibições, obrigações ou restrições no uso das vias é denominada sinalização de MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 98 A) advertência. B) serviço auxiliar. C) indicação. D) regulamentação. 49) Com base no art. 87. Do CTB, os sinais de trânsito classificam-se em: I. Verticais. II. Horizontais. III. Dispositivos de sinalização auxiliar. IV. Luminosos. V. Sonoros. VI. Gestos do agente de trânsito e do condutor. Estão CORRETAS as afirmativas: A) I, II, III, IV, V e VI. B) Apenas I, II, III, IV e V. C) Apenas II, III, IV e V. D) Apenas, II, IV e V. 50) Para responder à questão, considere a ilustração abaixo. Atente para as seguintes afirmações: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 99 A) Os sinais apontados pelas figuras 1, 4 e 5 são apresentados nas cores vermelha, preta e branca. B) Os sinais indicados pelas figuras 2 e 3 são apresentados nas cores preta e amarela. C) Os sinais indicados pelas figuras 1, 4 e 5 são apresentados nas cores preta e amarela. D) Os sinais indicados pelas figuras 2 e 3 são apresentados nas cores vermelha, preta e branca. E) Os sinais indicados pelas figuras 1, 4 e 5 são apresentados nas cores verde e branco. Está correto o que consta APENAS em A) I e II. B) II e V. C) III e IV. D) I e IV. 51) Os sinais de trânsito classificam-se em: verticais; horizontais; dispositivos de sinalização auxiliar e mais: A) luminosos e semáforos. B) semáforos e gestos do agente de trânsito. C) luminosos, sonoros e gestos do agente de trânsito e do condutor. D) indicativos, luminosos e sonoros. 52) A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência: A) as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros sinais. B) os sinais sonoros sobre as indicações do semáforo. C) as demais normas de trânsito sobre as indicações de sinais. D) os sinais luminosos sobre as ordens do agente de trânsito. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 100 53) Em relação às ordens de prevalência para as diferentes formas de sinalização em uma via, assinale a afirmativa correta. A) As normas gerais de circulação e outros sinais prevalecem sobre as normas do agente de trânsito, e as indicações do semáforo prevalecem sobre os demais sinais. B) As ordens do agente de trânsito prevalecem sobre as normas de circulação e outros sinais, e as indicações dos sinais prevalecem sobre as do semáforo. C) As indicações do semáforo prevalecem sobre os demais sinais e as demais normas de trânsito prevalecem sobre as indicações dos sinais. D) As ordens do agente de trânsito prevalecem sobre as normas de circulação e outros sinais, e as indicações dos sinais prevalecem sobre as demais normas de trânsito. 54) Sobre os sinais sonoros utilizados por agentes de trânsito, analise as afirmativas a seguir e assinale V para a verdadeira e F para a falsa. ( ) Um silvo breve é utilizado para liberar o trânsito em direção/sentido indicado pelo agente. ( ) Dois silvos breves indicam parada obrigatória. ( ) Um silvo longo é empregado quando for necessário fazer diminuir a marcha dos veículos. As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente, A) V – V – V. B) V – F – F. C) F – V –F. D) F – F – V. 55) A figura a seguir apresenta um gesto usual empregado por agentes de trânsito. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 101 Esse gesto indica ordem de A) diminuição de velocidade. B) parada de todos os veículos em todas as direções, qualquer que seja o sentido. C) parada para todos os veículos que venham de direções que cortem ortogonalmente a direção indicada pelos braços estendidos, qualquer que seja o sentido de seu deslocamento. D) parada para todos os veículos que venham na direção indicada pelos braços estendidos, qualquer que seja o sentido de seu deslocamento. 56) Ao transitar por uma rodovia, o condutor de um veículo automotor observa uma placa informando uma faixa adicional a 500 metros. Sobre a placa adicional é correto afirmar que A) é uma placa de informação complementar aos sinais de advertência. B) sua cor deve ser diferente da placa de sinal de advertência. C) tem a forma padrão quadrada, devendo uma das diagonais ficar na posição vertical. D) não deve ser incorporada à placa principal. 57) A ordem de preferência da sinalização de trânsito é regulamentada da seguinte forma: A) as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros sinais. B) as indicações do semáforo sobre as demais normas de trânsito. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 102 C) as indicações dos sinais sobre as ordens do agente de trânsito. D) as normas de circulação sobre os demais sinais. 58) Leia a afirmativa a seguir. ____________________: Tem por finalidade alertar aos usuários da via para condições potencialmente perigosas, indicando sua natureza. Suas mensagens possuem caráter de recomendação. Marque a opção que completa corretamente a lacuna. A) Placas de indicação B) Placas de advertência C) Sinalização horizontal D) Placas educativas 59) Sobre o que prevê o Código de Trânsito Brasileiro acerca das Sinalização de Trânsito, assinale a alternativa INCORRETA. A) Gestos do agente de trânsito e do condutor são classificados como sinais de trânsito. B) Serão aplicadas as sanções previstas no Código de Trânsito, por inobservância à sinalização quando esta for insuficiente ou incorreta. C) Os locais destinados pelo órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via à travessia de pedestres deverão ser sinalizados com faixas pintadas ou demarcadas no leito da via. D) É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito e respectivos suportes, ou junto a ambos, qualquer tipo de publicidade, inscrições, legendas e símbolos que não se relacionem com a mensagem da sinalização. 60) A placa de trânsito apresentada corresponde a um tipo de MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 103 A) sinalização temporária. B) sinalização vertical de regulamentação. C) sinalização vertical de advertência. D) sinalização vertical de indicação. 61) A sinalização horizontal de vias na cor amarela é usada para A) regulamentar ultrapassagem e deslocamento lateral. B) demarcar ciclovias ou ciclofaixas. C) simbolizar as áreas especiais de estacionamento para pessoas portadoras de necessidades especiais. D) separar movimentos veiculares de mesmo sentido. 62) Fábio conduzia seu veículo em direção a uma festa quando foi abordado por agentes de trânsito. Um dos agentes, percebendo que a capacidade psicomotora de Fábio estava comprometida, perguntou a Fábio se ele aceitaria realizar o teste do etilômetro (bafômetro), a fim de verificar se o condutor havia ingerido bebida alcoólica antes de iniciar a condução do veículo. Com base nesse caso hipotético, é correto afirmar que, do ponto de vista administrativo, se configurada a condução do veículo sob os efeitosde álcool, Fábio praticou infração gravíssima, com o valor da multa multiplicado por A) cinco vezes e suspensão do direito de dirigir por seis meses. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 104 B) seis vezes e suspensão do direito de dirigir por doze meses. C) oito vezes e suspensão do direito de dirigir por quinze meses. D) dez vezes e suspensão do direito de dirigir por doze meses. 63) Das infrações de trânsito enumeradas abaixo, são infrações gravíssimas, de acordo com o CTB, as apresentadas nos itens I. dirigir veículo sem possuir Carteira Nacional de Habilitação II. confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não esteja em condições de dirigi-lo com segurança III. utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem ou frenagem, com deslizamento ou arrastamento de pneus IV. deixar o condutor de prestar socorro à vítima de acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade e por seus agentes V. transitar com o veículo na faixa ou pista da esquerda regulamentada como de circulação exclusiva para determinado tipo de veículo A) I, II e III. B) I, II e IV. C) II, III e IV. D) I, II, III e IV. 64) De acordo com a Lei nº 9.503/1997 - Código de Trânsito Brasileiro, atirar do veículo ou abandonar, na via, objetos ou substância constitui infração: A) Leve. B) Média. C) Grave. D) Gravíssima. 65) É considerada pelo CTB infração de trânsito gravíssima: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 105 A) Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança, conforme previsto no art. 65. B) Usar o veículo para arremessar, sobre os pedestres ou veículos, água ou detritos. C) Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade e seus agentes. D) Confiar ou entregar a direção de veículo à pessoa que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não estiver em condições de dirigi-lo com segurança. 66) Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito ou a seus agentes, mediante recibo, os documentos de habilitação, de registro, de licenciamento de veículo e outros exigidos por lei, para averiguação de sua autenticidade, conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é uma infração de trânsito e pode acarretar: A) remoção do veículo. B) retenção do veículo. C) suspensão do direito de dirigir. D) recolhimento do documento de habilitação. 67) Segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), ultrapassar veículos em fila, parados em razão de sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou qualquer outro obstáculo, com exceção dos veículos não motorizados, pode ensejar, além da pontuação inerente a gravidade da infração: A) multa, apenas. B) retenção do veículo. C) remoção do veículo. D) recolhimento do documento de habilitação. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 106 68) De acordo com capítulo XIX do Código de Trânsito Brasileiro, que aborda sobre os crimes de trânsito, analise os itens abaixo: I. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades. II. Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado a entregar à autoridade policial, em quarenta e oito horas, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. III. A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional. Assinale a alternativa CORRETA: A) Está correto apenas o item I. B) Está correto apenas o item II. C) Estão corretos apenas os itens I e III. D) Estão corretos apenas os itens II e III. 69) Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade e seus agentes, é uma infração: A) de natureza média e penalidade de multa. B) de natureza gravíssima, com recolhimento da habilitação. C) de natureza grave, com penalidade de multa, apenas. D) de natureza gravíssima com penalidade de multa, apenas. 70) Nas alternativas abaixo estão descritas infrações de trânsito com a mesma gravidade, as mesmas penalidades e as mesmas medidas administrativas, de acordo com o CTB. Excetua-se desse contexto somente a infração citada na alternativa: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 107 A) Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus. B) Bloquear a via com veículo. C) Falsificar ou adulterar documento de habilitação e de identificação do veículo. D) Conduzir o veículo com qualquer uma das placas de identificação sem condições de legibilidade e visibilidade. 71) A autoridade de trânsito, na esfera das competências estabelecidas no Código de Trânsito Brasileiro e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar penalidades e adotar medidas administrativas às infrações nele previstas. A partir disso, relacione as colunas abaixo. 1. Medida Administrativa 2. Penalidade ( ) Remoção do veículo ( ) Recolhimento da Permissão para Dirigir ( ) Suspensão do direito de dirigir ( ) Realização de teste de dosagem de alcoolemia ( ) Retenção do veículo ( ) Advertência por escrito ( ) Recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação ( ) Multa ( ) Recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual ( ) Frequência obrigatória em curso de reciclagem A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo é: A) 1, 1, 2, 1, 1, 1, 1, 2, 1, 2 B) 2, 1, 2, 1, 2, 1, 2, 2, 2, 1 C) 1, 1, 2, 1, 1, 1, 1, 2, 1, 1 D) 1, 1, 2, 1, 1, 2, 1, 2, 1, 2 MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 108 72) Dirigir veículo sem habilitação configura uma infração: A) Gravíssima. B) Grave. C) Leve. D) Média. 73) Assinale a alternativa que contempla uma infração média no Código de Trânsito Brasileiro. A) deixar o condutor de prestar socorro à vítima de acidente de trânsito quando solicitado pela autoridade e seus agentes B) ter seu veículo imobilizado na via por falta de combustível C) transitar pela contramão de direção em vias com sinalização de regulamentação de sentido único de circulação D) dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança 74) Assinale a alternativa que contempla uma infração leve no Código de Trânsito Brasileiro. A) deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo ou de habilitação do condutor B) usar o veículo para arremessar, sobre os pedestres ou veículos, água ou detritos C) atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias D) deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circulação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente. 75) Transitar com o veículo derramando, combustível ou óleo lubrificante que esteja utilizando, segundo o artigo 231 do CTB é considerado uma infração do tipo: A) Apenas medidas administrativas. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 109 B) Grave. C) Leve. D) Gravíssima. 76) Segundo o artigo 167 do CTB é considerado uma infração Grave: A) O condutor ou passageiro usar o cinto de segurança B) Transitar com o veículo derramando combustível. C) O condutor oupassageiro deixar de usar o cinto de segurança. D) O condutor dirigindo sozinho usar o cinto de segurança. 77) Um motorista trafegava sobre uma rodovia utilizando a pista da esquerda, (rodovia com pista dupla), conduzindo o seu veículo. Por várias vezes, veículos que tinham a intenção de ultrapassar o referido carro deslocavam-se para a direita, a fim de concluir a ultrapassagem. Assim, qual é a penalidade imposta ao condutor desse veículo por deixar de dar passagem pela esquerda, quando solicitado? A) É uma infração de natureza gravíssima. B) É uma infração de natureza grave. C) É uma infração de natureza média. D) É uma infração de natureza leve. 78) Ultrapassar veículos em fila, parados em razão de sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou qualquer outro obstáculo, com exceção dos veículos não motorizados, A) é uma infração gravíssima, com penalidades de multa e apreensão do veículo. B) é uma infração gravíssima, com penalidades de multa e recolhimento da CNH (Carteira Nacional de Habilitação). C) é uma infração grave, com penalidade de multa. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 110 D) é uma infração grave, com penalidades de multa e retenção do veículo. 79) O condutor que é flagrado na condução de seu veículo sem o cinto de segurança é enquadrado no A) Art. 167, do CTB. B) Art. 168, do CTB. C) Art. 169, do CTB. D) Art. 170, do CTB. 80) Deixar de dar passagem às ambulâncias, quando em serviço de urgência e devidamente identificadas por dispositivos regulamentados de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente, é infração prevista no Art. 189, do CTB. Assinale a alternativa correta sobre a gravidade dessa infração. A) Grave B) Leve. C) Média. D) Gravíssima. 81) Sobre a imposição de penalidade de advertência à infração, assinale a alternativa correta. A) Poderá ser concedida à infração de natureza leve ou média, desde que não seja reincidente. B) Poderá ser imposta a qualquer infração, desde que não seja reincidente. C) Poderá ser concedida à infração de natureza leve ou média, mesmo que reincidente. D) Poderá ser concedida somente a infrações de estacionamento. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 111 82) Dirigir sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência é crime de trânsito, conforme Art. 306 do CTB e se enquadra no Art. 165 do CTB. Assinale a alternativa correta sobre a penalidade para essa infração. A) Multa (seis vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses. B) Multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 6 (seis) meses. C) Multa (seis vezes) e suspensão do direito de dirigir por 6 (seis) meses. D) Multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses. 83) Toda infração é passível de uma penalização. Algumas infrações, além da penalidade, podem ter uma consequência administrativa, ou seja, o agente de trânsito deverá adotar “medidas administrativas”, cujo objetivo é impedir que o condutor continue dirigindo em condições irregulares. Nesse contexto, considere as assertivas abaixo, assinalando MA, se Medidas Administrativas, ou P, se Penalidades. ( ) Frequência obrigatória em curso de reciclagem. ( ) Multa. ( ) Recolhimento do documento de habilitação (CNH ou Permissão para Dirigir). ( ) Remoção do veículo. ( ) Suspensão do direito de dirigir. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: A) MA – MA – P – P – MA. B) P – P – MA – MA – P. C) MA – P – MA – P – P. D) P – MA – P – MA – MA. 84) Em relação às infrações de trânsito citadas no Art. 252 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), analise as assertivas abaixo, assinalando I, se for uma Infração, ou P, se for uma atitude Permitida. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 112 ( ) Conduzir o veículo utilizando fones de ouvido conectados à aparelhagem sonora ou de telefone celular. ( ) Dirigir com o braço engessado. ( ) Dirigir usando chinelo. ( ) Transportar crianças entre os braços e pernas do condutor. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: A) I – P – P – P. B) I – I – I – I. C) P – I – P – I. D) P – P – I – P. 85) Em relação aos crimes de trânsito, marque a alternativa CORRETA. A) É legal e moral a fuga do local do acidente para não arcar com a responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atribuída. B) É permitido conduzir veículo automotor com a CNH ou a permissão para dirigir suspensa. C) É crime conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência. D) Não é crime participar, na direção de veículo automotor, de prática de corridas em via pública. 86) Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo em via pública urbana, caracterizada como via coletora, salvo nos casos de impedimento absoluto de sua remoção e em que o veículo esteja devidamente sinalizado, é uma infração A) levíssima. B) leve. C) média. D) grave. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 113 87) Analise a imagem Ela mostra um veículo estacionado na contra mão de direção, o que, de acordo com o artigo 181, inciso XV, do CTB, é uma infração A) gravíssima. B) grave. C) média. D) leve. 88) Assinale a alternativa que contempla uma infração grave. A) Estacionar o veículo ao lado de outro veículo em fila dupla. B) Deixar de dar passagem pela esquerda, quando solicitado. C) Parar o veículo em desacordo com as posições estabelecidas no CTB. D) Parar o veículo na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação de veículos e pedestres. 89) Sobre as penalidades previstas no Capítulo XVI e com base na atual redação do CTB, assinale alternativa correta. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 114 A) A aplicação das penalidades previstas no CTB elide as punições originárias de ilícitos penais decorrentes de crimes de trânsito, conforme disposições de lei. B) A imposição da penalidade será comunicada aos órgãos ou entidades executivos de trânsito responsáveis pelo licenciamento do veículo e habilitação do condutor pela autoridade judiciária. C) As penalidades serão impostas ao condutor, ao proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador, salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente mencionados no Código. D) Aos proprietários e condutores de veículos serão impostas concomitantemente as penalidades de que trata o CTB toda vez que houver responsabilidade solidária em infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo juntos por todas as faltas que lhes forem atribuídas. 90) No que concerne as penalidades elencadas no Código de Transito Brasileiro, a cassação do documento de habilitação dar-se-á, exceto: A) quando suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qualquer veículo. B) quando condenado judicialmente por delito de trânsito. C) quando condenado judicialmente por qualquer crime. D) no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das infrações previstas no inciso III do art. 162 e nos arts. 163, 164, 165, 173, 174 e 175. 91) João recebeu de seus pais um carro ao completar dezoito anos. Após realizar todos os exames exigidos em lei, começa a dirigir regularmente. Alguns meses depois, João comete a infração prevista no artigo 198, ou seja, deixa de dar passagem pela esquerda, quando solicitado. Nesse caso, é correto concluir que JoãoMATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 115 A) não poderá receber a Carteira Nacional de Habilitação por ter cometido uma infração de natureza grave. B) não poderá obter a Carteira Nacional de Habilitação por ter cometido uma infração média. C) ainda poderá obter a CNH, desde que, neste ínterim, não seja reincidente em outra infração média nem cometa uma infração grave ou gravíssima. D) ainda poderá obter a CNH, mas terá que refazer o exame de direção veicular e uma nova prova sobre legislação de trânsito e primeiros socorros. 92)Em conformidade com a Lei nº 9.503/1997 - Código de Trânsito Brasileiro, sobre as normas gerais de circulação e conduta, analisar os itens abaixo: I. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um deslocamento lateral, o condutor deverá indicar seu propósito de forma clara e com a devida antecedência, por meio da luz indicadora de direção de seu veículo ou fazendo gesto convencional de braço. II. Entende-se por deslocamento lateral a transposição de faixas, movimentos de conversão à direita, à esquerda e retornos. A) Os itens I e II estão corretos. B) Somente o item I está correto. C) Somente o item II está correto. D) Os itens I e II estão incorretos. 93) Considerando o texto do Código de Trânsito Brasileiro - CTB, analise as alternativas, abaixo, e assinale a que traz informações incorretas: A) Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bordo MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 116 da pista de rolamento e junto à guia da calçada (meio-fio), admitidas as exceções, devidamente, sinalizadas. B) O estacionamento dos veículos sem abandono do condutor poderá ser feito, somente, nos locais previstos, neste Código ou naqueles regulamentados por sinalização específica. C) Nas vias providas de acostamento, os veículos parados, estacionados ou em operação de carga ou descarga deverão estar situados, na pista de rolamento. D) O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta do veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo sem antes se certificarem de que isso não constitui perigo para eles e para outros usuários da via. 94) De acordo com as NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA alguns critérios quanto a condição do veículo deve ser respeitada. Referente as opções abaixo marquem aquela que NÃO é uma condição adequada segundo as Normas citada acima: A) Veículos com a mecânica revisada e em boas condições. B) Veículos com pequenos amassados na lataria. C) Veículos com espelhos retrovisores revisados e limpos. D) Veículos com cintos de segurança desgastados e cortados. 95) Normas gerais de circulação e conduta definem comportamento dos espaços entre veículos bem como regras idealizadoras de trânsito. Em vias providas de acostamento, a conversão à esquerda A) deverá ser feita em qualquer perímetro da via, fazendo o cálculo de conveniência e oportunidade. B) deverá ser feita mais ao centro, próximo à linha divisora de fluxos, aguardando o momento mais seguro. C) deverá ser feita pelo acostamento, à esquerda da via. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 117 D) deverá ser feita pelo acostamento à direita, aguardando com segurança para efetuar a manobra. 96) Onde não existir sinalização regulamentadora de velocidade, de acordo com o artigo 61 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), tratando-se de via urbana, um condutor não poderá ultrapassar a velocidade máxima de 60 km/h quando estiver trafegando por uma via caracterizada como A) preferencial. B) secundária. C) coletora. D) arterial. 97) O Código de Trânsito Brasileiro estabelece em seu Capítulo III normas gerais de circulação e conduta. No que diz respeito a ultrapassagem de veículo, assinale a alternativa correta. A) todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassagem, certificar- se de que nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para ultrapassá-lo. B) a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita sempre pela direita. C) todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, não havendo necessidade de guardar uma distância lateral de segurança. D) os veículos que se deslocam sobre trilhos não terão preferência de passagem sobre os demais, respeitadas as normas de circulação. 98) A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de sinalização, respeitadas as suas características técnicas e as condições de trânsito. Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima, nas vias urbanas, será de MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 118 A) 60 quilômetros por hora, nas vias arteriais. B) 100 quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido. C) 50 quilômetros por hora, nas vias coletoras. D) 40 quilômetros por hora, nas vias locais. 99) Um motorista estacionou o seu veículo sobre uma ciclofaixa. Por essa conduta, é correto afirmar que o motorista está passível de sofrer qual(is) sanção(ões)? A) Ser multado, com uma infração grave, e ter o veículo removido. B) Ser multado, com uma infração média, e ter o veículo apreendido. C) Ser multado, com uma infração grave, e ter o veículo retido. D) Ser multado, com uma infração média, apenas. 100) As vias abertas à circulação, de acordo com sua utilização, classificam- se em Urbana e Rurais. Sendo assim, assinale a alternativa que contemple um tipo de via classificada como urbana de acordo com artigo 60 do CTB. A) Estrada. B) Rodovia. C) Coletora. D) Marginal. 101) As normas gerais de circulação e conduta estabelecidas no Código de Trânsito Brasileiro visam orientar o comportamento a ser observado no trânsito. Sobre esse tema, é correto afirmar: A) O condutor deverá guardar distância de segurança traseira, lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as condições climáticas. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 119 B) Nas vias providas de acostamento, a conversão à esquerda e a operação de retorno deverão ser feitas nos locais apropriados e, onde estes não existirem, o condutor deverá aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a pista com segurança. C) A ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização regulamentar e as demais normas estabelecidas nesse Código, exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de entrar à direita. D) Quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circulação no mesmo sentido, são as da esquerda destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte quando não houver faixa especial a eles destinada, e as da direita destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 120 GABARITO 01- B 02- A 03- a 04-B 05-A 06-A 07-D 08-B 09-A 10-C 11-D 12-D 13-C 14-D 15-D 16-A 17-C 18-B 19-C 20-C 21-C 22-A 23-C 24-B 25-A 26-B 27-D 28-D 29-D 30-B 31-A 32-B 33-D 34-D 35-A 36-D 37-A 38-A 39-D 40-A 41-B 42-B 43-C 44-B 45-B 46-B 47-B 48-D 49-A 50-C 51-C 52-A 53-D 54-A 55-C 56-A 57-A 58-B 59-B 60-D 61-A 62-D 63-A 64-B 65-D 66-A 67-A 68-C 69-C 70-A 71-D 72-A 73-B 74-A 75-D 76-C 77-C 78-C 79-A 80-D 81-A 82-D 83-B 84-B 85-C 86-B 87-C 88-A 89-C 90-C 91-A 92-C 93-D 94-D 95-D 96-A97-A 98-A 99-C 100-B 101- 102- MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 121 Módulo II LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DE TRÂNSITO MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 122 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DE TRÂNSITO Transporte De Emergência Transportes de emergência são simplesmente os veículos utilizados no policiamento, por bombeiros, ou nas operações de trânsito e as ambulâncias. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, esse tipo de veículo deve obedecer rigorosamente às normas de trânsito do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Antes de entrarmos no item sobre a legislação específica para transportes de emergência, vamos fazer uma breve explicação sobre a diferença entre urgência e emergência. De acordo com a resolução 1451/95, do Conselho Federal de Medicina, define-se urgência como a “ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata”, conforme disposto no seu parágrafo primeiro. Já de acordo com o parágrafo segundo “emergência é a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato." Legislação Específica Os veículos de emergência, bem como a sua condução, estão sujeitos a normas específicas de cada estado e município. Isso se deve ao fato de que essas normas devem se adequar à realidade local. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 123 Além disso, há regras nacionais estabelecidas pela Lei 9.503 de 23 de setembro de 1997, que instituiu o CTB – Código de Trânsito Brasileiro. Neste estudo vamos listar alguns artigos do CTB e resoluções do CONTRAN que tratam diretamente do trabalho do condutor de veículos de emergência, citando apenas os artigos e incisos específicos. Vejamos então o que diz a legislação específica para esse tipo de transporte: Art. 29 – O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas: (..) VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade no trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência, de policiamento ostensivo ou de preservação da ordem pública, observadas as seguintes disposições: a) quando os dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação intermitente estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando, se necessário; b) os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro ou avistarem a luz intermitente, deverão aguardar no passeio e somente atravessar a via quando o veículo já tiver passado pelo local; (..) e) as prerrogativas de livre circulação e de parada serão aplicadas somente quando os veículos estiverem identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação intermitente; MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 124 f) a prerrogativa de livre estacionamento será aplicada somente quando os veículos estiverem identificados por dispositivos regulamentares de iluminação intermitente; § 3º Compete ao Contran regulamentar os dispositivos de alarme sonoro e iluminação intermitente previstos no inciso VII do caput deste artigo. § 4º Em situações especiais, ato da autoridade máxima federal de segurança pública poderá dispor sobre a aplicação das exceções tratadas no inciso VII do caput deste artigo aos veículos oficiais descaracterizados." (NR) VIII – Os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando em atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que devidamente sinalizados, devendo estar identificados na forma estabelecida pelo CONTRAN. Art. 189 – Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentados de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitentes: Infração – gravíssima Penalidade – multa. Art. 190 – Seguir veículo em serviço de urgência, estando este em prioridade de passagem devidamente identificada por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitentes: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 125 Infração – grave Penalidade – multa Art. 222 – Deixar de manter ligado, nas situações de atendimento de emergência, o sistema de iluminação vermelha intermitente dos veículos de polícia, de socorro de incêndio e salvamento, de fiscalização de trânsito e das ambulâncias, ainda que parados: Infração – média Penalidade – multa. Art. 230 – Conduzir o veículo: (...) XIII – Com o equipamento do sistema de iluminação e de sinalização alterados; XXII – Com defeito no sistema de iluminação, sinalização ou lâmpadas queimadas: Infração – média Penalidade – multa. RESOLUÇÃO CONTRAN 268 Art. 1º (...) §3º Entende-se por veículos de emergência aqueles já tipificados no inciso VII do art. 29 do Código de Trânsito Brasileiro, inclusive os de salvamento difuso “destinados a serviços de emergência decorrentes de acidentes ambientais. Art. 2º Considera-se veículo destinado a socorro de salvamento difuso aquele empregado em MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 126 serviço de urgência relativo a acidentes ambientais. Art. 3º Os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, referidos no inciso VIII do art. 29 do Código de Trânsito Brasileiro, identificam-se pela instalação de dispositivo, não removível, de iluminação intermitente ou rotativa, e somente com luz amarelo-âmbar. § 1º Para os efeitos deste artigo, são considerados veículos prestadores de serviço de utilidade pública: I. Os destinados à manutenção e reparo de redes de energia elétrica, de água e esgotos, de gás, combustível canalizado e de comunicações; II. Os que se destinam à conservação, manutenção e sinalização viária, quando a serviço de órgão executivo de trânsito ou executivo rodoviário; III. Os destinados ao socorro mecânico de emergência nas vias abertas à circulação pública; IV. Os veículos especiais destinados ao transporte de valores; V. Os veículos destinados ao serviço de escolta, quando registrados em órgão rodoviário para tal finalidade; VI. Os veículos especiais destinados ao recolhimento de lixo a serviço da Administração Pública. §2º – A instalação do dispositivo referido no "caput" deste artigo dependerá de prévia autorização do órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal onde o veículo estiver registrado, que fará constar no Certificado de Licenciamento Anual, no campo “observações”, código abreviado na forma estabelecida pelo órgão máximo executivo de trânsito da União. Art. 4º Os veículos de que trata o artigo anterior gozarão de livre parada e estacionamento, independentemente de proibições ou restrições estabelecidas na legislação de trânsito ou através de sinalização regulamentar, quando se encontrarem: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 127 I. Em efetiva operação no local de prestação dos serviços a que se destinarem; II. Devidamente identificados pela energização ou acionamentodo dispositivo luminoso e utilizando dispositivo de sinalização auxiliar que permita aos outros usuários da via enxergarem em tempo hábil o veículo prestador de serviço de utilidade pública. Parágrafo único. Fica proibido o acionamento ou energização do dispositivo luminoso durante o deslocamento do veículo, exceto nos casos previstos nos incisos III, V e VI do § 1º do artigo anterior. Art. 5º Pela inobservância dos dispositivos desta Resolução será aplicada a multa prevista nos incisos XII ou XIII do art. 230 do Código de Trânsito Brasileiro. Para entendermos melhor, o CTB concede algumas prerrogativas para a circulação desses veículos em determinadas circunstâncias, como por exemplo, quando estão “em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente”. Estas prerrogativas (ou privilégios) incluem: prioridade no trânsito e gozo de livre circulação, parada e estacionamento. Por conta dessas prerrogativas, esses meios de transporte sofrem certas limitações, razão pela qual, precisam atender a exigências muito mais severas para transitarem do que os veículos tradicionais. Dependendo do peso e da capacidade máxima de lotação do veículo, a categoria de carteira exigida para a sua direção pode variar entre B e D. Por isso, antes de tudo é necessário analisar o modelo do veículo em questão. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 128 Conforme o artigo 143 do Código de Trânsito Brasileiro, exige-se a categoria B para direção de veículo “motorizado, não abrangido pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a três mil e quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares, excluído o do motorista”. Já para conduzir um veículo “motorizado utilizado no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista” o CTB exige do condutor uma carteira da categoria D. Todas estas liberdades permitidas pela lei, obviamente, não são exercidas sem os devidos cuidados em relação à segurança da via, e para tanto, existem duas condições imprescindíveis para que esses veículos se enquadrem neste contexto. A primeira é que se analise a situação de URGÊNCIA, que é diferente “de EMERGÊNCIA”. Quer dizer, os veículos de emergência podem ou não se encontrar em serviço de urgência: o veículo de emergência, circunstancialmente, precisa estar o mais rápido possível em algum lugar, porque alguém está com a sua vida em risco iminente. Esta definição se encontra no artigo 1º, § 2º da Resolução n. 268/08: “Entende- se por prestação de serviço de urgência os deslocamentos realizados pelos veículos de emergência, em circunstâncias que necessitem de brevidade para o atendimento, sem a qual haverá grande prejuízo à incolumidade pública”. Ou seja, o que difere emergência de urgência é que, em caso de emergência, existe ameaça imediata à vida, saúde, propriedade ou meio MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 129 ambiente, ao passo que na urgência, não há perigo imediato ou ameaça à vida, saúde, propriedade ou meio ambiente, mas se não for tratado dentro de um determinado período de tempo, a situação pode se transformar em uma situação de emergência. A segunda exigência é que, dentro desta situação de urgência, o veículo precisa estar com suas devidas identificações para que os demais usuários da via possam reconhecer a condição especial em que ele se encontra – com luz vermelha e alarme sonoro (sirene). Qualificação Emitida pelo Ministério da Saúde, a Portaria Federal de nº 2.048 de 2002, em seu item 1.2.3, discorre sobre os condutores de veículos de urgência e define os requisitos gerais para o profissional exercer a função: “maior de vinte e um anos; disposição pessoal para a atividade; equilíbrio emocional e autocontrole; disposição para cumprir ações orientadas; habilitação profissional como motorista de veículos de transporte de pacientes, de acordo com a legislação em vigor (Código Nacional de Trânsito); capacidade de trabalhar em equipe; disponibilidade para a capacitação discriminada no Capítulo VII do mesmo dispositivo legal que trata dos núcleos de educação em urgências, bem como para a recertificação periódica.” A partir da Resolução de nº 168 de 2004 do CONTRAN, passou-se a exigir do motorista de veículos enquadrados como de emergência, que realize um curso especializado sobre esta categoria de veículo, o qual fica registrado no campo “observações” na Carteira Nacional de Habilitação. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 130 Curso este que deve ter a duração mínima de 50 horas (40 obrigatoriamente presencias). O curso tem validade de 5 anos, ao final dos quais o condutor deverá fazer a sua atualização, seguindo a coincidência do prazo de validação da CNH. No momento da inscrição no curso, o motorista deve ser maior de 21 anos, além de não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima ou ser reincidente em infrações médias durante os últimos 12 (doze) meses. Também não pode estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir, cassação da CNH, pena decorrente de crime de trânsito, bem como não estar impedido judicialmente de exercer seus direitos”, de acordo com o CONTRAN. Cada um desses tipos de veículos demanda conhecimentos específicos distintos. Ambulâncias As ambulâncias, podem ser classificadas como transporte de urgência ou de emergência a depender da sua finalidade. Costumam se dividir em: Ambulâncias de emergência – apropriadas para atender situações graves ou com risco de morte iminente. Ambulâncias de urgência - destinadas a atender situações urgentes, em que a demora pode trazer consequência graves ou até morte. Tripulação Das Ambulâncias (Portaria Federal de nº 2.048 de 2002) É necessário estar atento às normas que especificam a tripulação e os equipamentos mínimos de cada um dos seus tipos. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 131 A Portaria Federal MS 2.048/02 estabelece a tripulação obrigatória para cada espécie de ambulância. Ela classifica as ambulâncias do tipo A até o tipo D no transporte rodoviário, e possui os tipos E e F para embarcações e aeronaves. A classificação de A a D está de acordo com as características da vítima a ser atendida, do nível de gravidade da situação e do momento em que o paciente é atendido, se pré-hospitalar ou após internação. A categoria de ambulância do tipo “B”, é a mais comum, considerada de “suporte básico”, ou seja, trata-se de uma ambulância mais simples que outras categorias. Os profissionais que devem acompanhar os pacientes transportados no interior de cada categoria de ambulância estão definidos no item 5 desta mesma portaria. Os profissionais que desejam atuar como tripulantes dos Serviços de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel devem ser habilitados pelos Núcleos de Educação em Urgências. Isso porque as urgências não se constituem em especialidade médica ou de enfermagem, e a atenção dada a essa área nos cursos de graduação ainda é bastante insuficiente. Bombeiros E Operações De Trânsito Como já afirmado acima pelo CTB, além das ambulâncias, veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito, gozam de prioridades de trânsito tais MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 132 como: livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelhaintermitente. Como já mostrado, para conduzir os veículos de emergência, isto é, veículo operacional, viatura de resgate, caminhão com água e viatura de salvamento, o bombeiro deve ter no mínimo a habilitação categoria C. Se o condutor for um profissional que tenha apenas a categoria do de habilitação B, só poderá dirigir veículos leves e de serviço administrativo. Além da habilitação, o bombeiro deve obrigatoriamente possuir o curso de Condução e Direção de Viaturas em Situação de Emergência, um curso voltado para o treinamento de pessoas que trabalham em situações emergenciais. Nesse curso, ele aprenderá as técnicas preventivas para evitar acidentes no trajeto para o atendimento. Apesar de o bombeiro na situação de atendimento emergencial ter preferência no trânsito, não possui livre condução do veículo. É proibido de ultrapassar sinal vermelho, sinal de pare e precisa andar na velocidade determinada por cada trecho das vias. As sirenes e luzes ligadas, são o sinal para que os outros motoristas deem passagem para que assim o veículo dos bombeiros possa passar. O condutor de veículo de bombeiros não deve, em hipótese alguma, dirigir de modo arbitrário. Ele já possui a preferência por estar em situação emergencial, no socorro de vidas. Todos esses cuidados são necessários para não colocar em risco a vida do motorista, da guarnição e de terceiros e até das vítimas que estão sendo socorridas. Um bombeiro que provoca um acidente, não só ele, como MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 133 também o comandante que estiver fazendo a escala, serão responsabilizados administrativamente, além de serem responsabilizados na esfera civil e criminal. Para adquirir a responsabilidade para conduzir veículos de bombeiros, não basta apenas o curso que dura cerca de 15 dias, com registro do Detran. Atender ocorrências, ter a cautela pelos envolvidos e pelos outros condutores na via é uma imensa responsabilidade. Detalhes como o fluxo do trânsito, e o espaço físico da cidade, como ruas estreitas dificultam bastante a mobilidade do condutor e os demais motoristas a darem preferência para as viaturas. A maior parte das ocorrências que os bombeiros atendem são devido a imprudência dos condutores nas vias e por falha humana. O acidente só acontece quando a prevenção falha. E esse é, inclusive, o lema que o Corpo de Bombeiros segue diariamente. Legislação Para Bombeiros Deslocamento de viaturas administrativas: a viatura administrativa respeita todas as normas de trânsito de acordo com a Lei n.º 9.503 (capítulo III – Das Normas Gerais de Circulação e Conduta), e de acordo com a fluidez do tráfego, obedecendo a normas de trânsito para veículos normais. Exceção: quando uma viatura administrativa for utilizada em situação de emergência no atendimento de ocorrência operacional, ela terá as prerrogativas de uma viatura operacional. Deslocamento de viaturas operacionais em regresso de socorro: a viatura operacional em regresso de socorro respeita todas as normas de trânsito de MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 134 acordo com a Lei n.º 9.503 (capítulo III – Das Normas Gerais de Circulação e Conduta) e de acordo com a fluidez do tráfego, obedecendo a normas de trânsito para veículos normais Deslocamento de viaturas operacionais para atividades de socorro: a viatura operacional em deslocamento para atividades de socorro respeitará a legislação de trânsito (Lei n.º 9.503, capítulo III – Das Normas Gerais de Circulação e Conduta, art. 29, inciso VII) in verbis: “os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente, observadas as seguintes disposições: a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando, se necessário; b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, só atravessando a via quando o veículo já tiver passado pelo local; c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva prestação de serviço de urgência; d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas deste Código; e) os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando em atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que devidamente sinalizados, devendo estar identificados na forma estabelecida pelo CONTRAN; MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 135 f) bem como a velocidade permitida e compatível com as condições de segurança da pista, condições meteorológicas e visibilidade, sinais luminosos e sonoros ligados. Nas rodovias a velocidade máxima será a determinada pelo local em que estiver transitando; g) os alarmes sonoros e luminosos das viaturas somente serão utilizados nos deslocamentos de Código 3.” A autorização legal para as prerrogativas das regras desses veículos no trânsito, está prevista no artigo 29, VII, para que veículos com essas condições especiais obtenham essa espécie de imunidade no trânsito diante das infrações supostamente cometidas. Na verdade, se trata de uma condição prevista dentro do cumprimento da lei para cometimento de infrações de trânsito quando as circunstâncias de fato estiverem presentes diante das circunstâncias de direito. Além da natureza do veículo, a imunidade só será concedida àqueles que também contiverem as seguintes disposições: • Estejam em efetivo serviço de urgência; • Alarme sonoro; • Iluminação vermelha intermitente. Se não houver nenhuma dessas exigências, será decretado auto de infração de acordo com a transgressão que o condutor cometer. Assim, se o condutor de uma ambulância transitar na via pela contramão, sem acionar o sistema de iluminação vermelha intermitente, o agente de trânsito deverá lavrar o auto de infração, mesmo que esteja em situação de emergência. Por outro lado, o código prevê infração para o condutor que deixar de acionar o sistema de iluminação vermelha intermitente mesmo estando em MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 136 situações de emergência. Vale lembrar que, deixar de acionar a sinalização sonora do veículo não é infração de trânsito, mas exclusivamente, a luminosa. “Deixar de manter ligado, nas situações de atendimento de emergência, o sistema de iluminação vermelha intermitente dos veículos de polícia, de socorro de incêndio e salvamento, de fiscalização de trânsito e das ambulâncias, ainda que parados” (artigo 222 do CTB). Se o condutor em emergência, transitar respeitando as regras de circulação e conduta, não acionando o sistema sonoro do veículo não se deve a emitir o AIT (Auto de Infração de Trânsito). No entanto, ao dirigir numa via pela contramão de direção em pista de mão única, automaticamente deve ser emitido o auto, uma vez que esse privilégio só se aplica quando todos os dispositivos luminoso e sonoro estiverem acionados. Se o condutor voltar a transitar regularmente, sem cometer qualquer ato configurado como infração, e deixar de acionar a sinalização luminosa do veículo, o agente de trânsito deverá emitir AIT de natureza média (art. 222 CTB)Viaturas Policiais No âmbito da atividade policial, veículos de emergência, são as viaturas ostensivas, devidamente caracterizadas com o brasão da instituição pública que os administra e equipamento luminoso e sonoro. Esses veículos, geralmente, são utilizados para: patrulhar ostensivamente as vias públicas, conduzir presos para audiências ou recolhê-los para unidades penitenciárias. Também são utilizados na realização de escolta de valores institucionais, na segurança de dignitários, ou na interdição de vias em decorrências de eventos ou desastres. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 137 Há ainda, a possibilidade de se “transformar” um simples veículo velado ou descaracterizado em viatura ostensiva ao se pôr no teto um dispositivo intermitente luminoso, fazer uso de sirene interna e colocar brasões institucionais imantados na lataria, deixando claro e visível para os demais condutores que esse veículo está circulando com prioridade no trânsito sob os demais na via. A direção de viaturas policiais entra na mesma categoria das conduções de emergência, e de acordo com o art. 145, IV, do CTB, para conduzir veículo de emergência é necessário ser aprovado em curso especializado - curso de treinamento de prática veicular em situação de risco - nos termos da normatização do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). No art. 33 do mesmo CONTRAN é disposta a necessidade de realização de Cursos especializados para os condutores já habilitados e que pretendam conduzir veículo de emergência, se enquadrando na hipótese as viaturas policiais. A Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004, do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), estabelece normas e procedimentos para a formação de condutores de veículos automotores, para a realizar os exames e fazer a expedição de documentos de habilitação. Ainda no artigo 33, nos parágrafos §3º e 4º, a mesma norma exige que o curso seja registrado no Registro Nacional de Carteira de Habilitação (RENACH), e que conste em campo específico da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do cursando. Ela esclarece os conteúdos mínimos e a regulamentação dos cursos especializados que devem ser ministrados, assim como, a aprovação MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 138 desses cursos, pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal. O já citado artigo 1º, §3º da Resolução nº. 268, de 15 de fevereiro de 2008, do CONTRAN, estabelece objetivamente: “entende-se por veículos de emergência aqueles já tipificados no inciso VII do art. 29 do Código de Trânsito Brasileiro (...)”, o que se faz concluir serem os veículos de polícia classificados como veículos de emergência. O processo de fiscalização dos condutores de veículos especiais pelos órgãos competentes, deve ocorrer somente após ser estabelecido o termo do prazo, e se caso o mesmo não sofrer prorrogação. Lembrando que a condução de tais veículos cabe somente ao servidor público em geral e ao servidor policial. Porém, dentro do universo de policiais federais, civis, militares, bombeiros e guardas municipais ativos, muitos não possuem a devida capacitação por meio de curso específico para “Condutores de Veículos de Emergência”. Diante disso, questiona-se se o servidor policial, bombeiro, guarda etc., estaria cometendo alguma infração administrativa ou disciplinar, ao conduzir uma viatura oficial sem a devida capacitação, já que a exigência do cumprimento da lei deve ser observada em todas as suas ações. Nesse caso, questiona-se também se há responsabilidade civil objetiva dos órgãos que os administram, É obrigatório realizar um curso especial para a condução de veículos de emergência por parte de Policiais Federais, Rodoviários, Civis, Policiais, Bombeiros, Guardas Municipais, Motoristas de Ambulâncias com a devida anotação junto ao documento oficial de habilitação. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 139 por permitirem que seus subordinados exerçam uma condução irregular desses veículos oficiais. Outra questão para se refletir é: se conduzir um veículo policial sem a devida observância da lei, em tese, configura um ato de improbidade administrativa, de acordo com a definição dos termos do art. 11 da Lei n.º 8.429, de 2 de junho de 1992, pelo fato de “atentar contra os princípios da administração pública por qualquer ação ou omissão que viole os deveres da legalidade”. Os profissionais da segurança pública, gestores públicos e a sociedade em geral, devem observar estes questionamentos como instrumento de reflexão, pois, o direito é uma via de mão dupla, e deve ser observado tanto pelos servidores quanto pela Administração. Pode, ou seja, estar a ocorrer alguma conduta omissiva e comissiva em ambas as partes envolvidas, devendo ambos responderem pelos seus atos, sob pena de ter que arcar com os ônus pelo descumprimento. A sugestão que se dá ao profissional responsável pela condução de veículos de emergência que não possua a respectiva capacitação é que legalize sua condição junto à sua repartição de origem, visando preservar direitos e ser e evitar problemas com a justiça. Responsabilidade do Condutor Do Veículo De Emergência Outra necessidade, como já foi mencionado, é que durante o deslocamento destes veículos, existe uma preocupação contínua com a segurança das rodovias, pois o uso destas prerrogativas da lei para os transportes de emergência não pode estar acima da proteção necessária a todos os que utilizam o espaço público por onde circulam esse tipo de veículo. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 140 Deste modo, a alínea ‘d’ do inciso VII do artigo 29 dispõe ainda que: “a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas deste Código”. Quer dizer, mesmo que haja prerrogativas legais que garantem a prioridade de trânsito e a livre circulação, estacionamento e parada aos condutores de veículos de emergência, eles têm a responsabilidade de garantir a segurança por onde passam, não sendo a eles permitido colocar outros em risco, muito menos se envolver em ocorrências de trânsito. Os condutores de veículos de emergência devem ter cautela ao atravessarem cruzamentos em nível, entroncamento ou bifurcação, assim como as áreas formadas por eles. Nestes casos, os condutores desses veículos precisam reduzir a velocidade veicular, apesar da situação emergencial, dado o fato de que há uma grande movimentação de veículos, pedestres e ciclistas nesses cruzamentos viários. Fora o fato de que existem cruzamentos que não são sinalizados (art. 29, III). Os condutores dos veículos de prestação de serviço de emergência, não podem usar de suas prerrogativas, ou seja, de sua condição privilegiada na direção, (art. 29, VII) e se descuidarem da segurança do trânsito: Art. 26 - Os usuários das vias terrestres devem: I. abster-se de qualquer ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas. A negligência por parte do condutor de veículo de emergência também pode ocasionar acidentes de trânsito. Ele não é isento de eventuais MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 141 responsabilidades que lhe são imputadas. E no caso de ocorrer acidente cometido por esse condutor, o Estado assume a responsabilidade objetiva pelos danos causados por seus agentes. (responsabilidade objetiva, art. 37, parágrafo 6º, da Constituição Federal).Mesmo estando a prestar serviço de emergência, o condutor desse veículo não está isento de responsabilidade: “Acidente de trânsito – Viatura policial – Prioridade de trânsito que não dispensa o dever de cautela – Inteligência do art. 13, IX, do CNT – Responsabilidade civil do Estado – Culpa da Administração alegada – Alegação que não impede o reconhecimento da responsabilidade objetiva – Julgamento extra petita não configurado – Pedido atendido com base no direito aplicável ao fato – Aplicação do princípio jura novit curia – inteligência do art. 37, § 6º, da Constituição Federal”. Assim, podemos identificar que os transportes de emergência demandam um aperfeiçoamento técnico maior do motorista, que deve estar preparado para agir com calma e precisão em situações de maior estresse, razão pela qual ele deve ter uma formação e preparo excelentes. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 142 Questionário: Legislação Específica 1) A Portaria nº 2.048/GM/MS, de 05 de novembro de 2002, que regulamenta tecnicamente as urgências e emergências, define ambulância como um veículo (terrestre, aéreo ou aquaviário) que se destina exclusivamente ao transporte de enfermos. Em relação ao tema, assinale a alternativa correta. a) TIPO B – Ambulância de Transporte: veículo destinado ao transporte em decúbito horizontal de pacientes que não apresentam risco de vida, para remoções simples e de caráter eletivo. b) TIPO A – Ambulância de Resgate: veículo de atendimento de urgências pré-hospitalares de pacientes vítimas de acidentes ou pacientes em locais de difícil acesso, com equipamentos de salvamento (terrestre, aquático e em alturas). c) TIPO E – Aeronave de Transporte Médico: aeronave de asa fixa ou rotativa utilizada para transporte inter-hospitalar de pacientes e aeronave de asa rotativa para ações de resgate, dotada de equipamentos médicos homologados pelo Departamento de Aviação Civil. d) TIPO A – Ambulância de Suporte Avançado: veículo destinado ao atendimento e transporte de pacientes de alto risco em emergências pré-hospitalares e/ou de transporte inter-hospitalar que necessitam de cuidados médicos intensivos. Deve contar com os equipamentos médicos necessários para essa função. 2) No caso de um veículo /ambulância (prestador de serviço de utilidade pública), quando em atendimento na via, ele goza de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que: a) o condutor, antes de efetuar a parada, certificar-se de que nenhum condutor vem, ou que tenha começado uma manobra para ultrapassá-lo. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 143 b) aguarde no passeio, só estacionando quando o condutor observar que a pista está vazia. c) a faixa de trânsito que o condutor vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que sua manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário. d) esteja sinalizado e identificado de acordo com as normas do CONTRAN. 3) De acordo com o Art. 189 do CTB, “Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentados de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitentes, o condutor estará cometendo: a) infração gravíssima; penalidade multa. b) infração grave; penalidade multa [3 (três) vezes]. c) infração grave; penalidade multa. d) infração gravíssima; penalidade multa [2 (duas) vezes]. 4) A condução de veículos de emergência está sujeita a normas específicas elaboradas pelos Estados e Municípios, com a finalidade de disciplinar esse tipo de transporte em relação à realidade local. Além disso, há regras nacionais estabelecidas pelo CTB. Os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência, devem estar identificados por: a) dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente. b) faixas com letras fluorescentes. c) iluminação vermelha intermitente e pintura vermelha. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 144 d) numeração específica de veículo de emergência. 5) Os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam de livre circulação. O uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só poderá ocorrer quando: a) cruzar ruas ou avenidas. b) em efetiva prestação de serviço de urgência. c) ultrapassar veículos na faixa da direita. d) ultrapassar veículos na faixa da esquerda. 6) Ambulância é definida como um veículo que se destina exclusivamente ao transporte de enfermos, sendo de prioridade de trânsito, permitindo-se livre circulação. Ela tem prioridade de passagem na via com os dispositivos de sinalização acionados, assim como nos cruzamentos, com os devidos cuidados de segurança, com: a) faróis altos desligados. b) faróis baixos desligados. c) faróis dianteiros desligados e sirene ligada. d) velocidade reduzida. 7) Para conduzir ambulâncias, o candidato deverá comprovar treinamento especializado e passar, periodicamente, por reciclagem em cursos específicos a cada: a) 5 (cinco) anos; b) 1 (um) ano; c) 3 (três) anos; d) 2 (dois) anos. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 145 8) Ambulâncias são veículos prestadores de serviços de utilidade pública. Quando em atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que: a) sinalize com cones indicativos na parte da frente e na de trás do veículo. b) somente a luz de “pisca alerta” permaneça ligada. c) devidamente sinalizados e identificados conforme CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito). d) mantenha alarme sonoro (sirene) ligado apenas quando estiver parado. 9) O condutor que estiver envolvido em acidente com vítima e não adotar providências no sentido de evitar perigo para o trânsito no local, comete infração: a) Gravíssima com pena de multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir, além de medida administrativa, ou seja, o recolhimento do documento de habilitação; b) Grave com pena de multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir, além de medida administrativa, ou seja, o recolhimento do documento de habilitação; c) Infração média com pena de multa; d) Não comete nenhuma infração, pois o condutor não tem obrigação de tomar qualquer providência nessa situação. 10) O Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997), em seu artigo 145 diz que: “Para habilitar-se nas categorias D e E ou para conduzir veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares, de emergência ou de produto perigoso, o candidato deverá preencher vários requisitos”. Um deles é: a) Ser eleitor no município da habilitação. b) Ser maior de dezesseis anos. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 146 c) Ser maior de dezoito anos. d) Ser maior de vinte e um anos. 11) Os primeiros socorros são de muita importância para os condutores de veículos, pois são uma série de condutas que os motoristas devem tomar quando ocorre um acidente de trânsito, são as primeiras providências tomadas às vítimas de um acidente com o intuito de amenizar as possíveis consequências. Geralmenteo atendimento é prestado no próprio local do acidente, devido a isso, é necessário que o condutor tenha noção de primeiros socorros. Acerca do tema é CORRETO afirmar: a) Ao se deparar com uma vítima que foi atropelada, o condutor deve remover a vítima do local e conduzi-la imediatamente ao hospital, não importando verificar a situação dela para que a mesma seja atendida por profissionais; b) No procedimento correto para o atendimento de uma vítima, o condutor deve manter a calma, garantir a segurança da vítima para que não ocorra outros acidentes, deve pedir socorro profissional e, além disso, deverá verificar a situação da vítima e cuidar dela enquanto espera a chegada do socorro profissional; c) O condutor deverá parar para averiguar o estado geral do acidente e da vítima, mas não pode fazer nenhum tipo de procedimento uma vez que não é profissional habilitado para socorrer a vítima; d) D)Ao se deparar com um acidente, o condutor não deve parar para socorrer a vítima, pelo contrário, deverá continuar o seu caminho para não atrapalhar o local do acidente. 12) Assinale abaixo a única alternativa correspondente a uma característica de veículo de transporte de emergência. a) Iluminação vermelha intermitente. b) Blindagem pelicular. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 147 c) Potência superior a 200 (duzentos) cavalos. d) Torque superior a 45 kgfm. 13) Para habilitar‐se nas categorias D e E ou para conduzir veículo de transporte de emergência, o candidato deve preencher o seguinte requisito: a) estar habilitado, no mínimo, há três anos na categoria B. b) curso especializado e de treinamento de prática veicular em situação de risco. c) estar habilitado, no mínimo, há um ano na categoria C para habilitar‐se na categoria D. d) estar habilitado, no mínimo, há dois anos na categoria C para habilitar‐ se na categoria E. 14) Na resolução 168/04 do CONTRAN, são definidos os tópicos a serem abordados nos cursos teóricos e práticos para obtenção da Permissão para Dirigir, da renovação da Carteira Nacional de Habilitação e de reciclagem para motoristas infratores, bem como nos cursos especializados para a formação de condutores de veículos de transporte de passageiros, de transporte de escolares, de transporte de produtos perigosos e de transporte de emergência. Esses tipos de ações podem ser considerados ações de: a) campanhas educativas em escolas. b) psicologia no trânsito. c) esforço legal no trânsito. d) educação para o trânsito. 15) O motorista de uma ambulância de um hospital público, transportando um paciente em situação de emergência médica, envolve-se em acidente de trânsito, causando danos materiais e pessoais a terceiros. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 148 Nesse caso, é correto afirmar que: a) é indevida a indenização pela Administração Pública por haver o seu agente agido em estado de necessidade. b) a Administração Pública responde objetivamente pelos danos que o seu agente, nessa qualidade, causar a terceiros. c) a indenização pelos danos ocorridos será devida pela Administração Pública em caso de culpa de seu agente pelo sinistro. d) havendo culpa concorrente, de ambos os motoristas, a indenização é devida integralmente pela Administração Pública. 16) O transporte e remoção de clientes em atenção às urgências e emergências se destaca por sua especificidade técnica e administrativa. Todo e qualquer deslocamento deve sempre ocorrer com autorização médica, pois este é o responsável em caracterizar o tipo de transporte mais adequado para o paciente. Existem vários tipos de ambulância utilizados na remoção de pacientes, a _______ , é um veículo destinado ao transporte interhospitalar de pacientes com risco de vida conhecido e ao atendimento pré-hospitalar de pacientes com risco de vida desconhecido, não classificado com potencial de necessitar de intervenção médica no local e/ou durante transporte até o serviço de destino. Complete a frase e a seguir assinale a alternativa correta. a) Tipo A-Ambulância de Transporte. b) Tipo B - Ambulância de Suporte Básico. c) Tipo F - Embarcação de Transporte Médico. d) Tipo C - Ambulância de Resgate. 17) Sobre bombeiros e operações de trânsito, todas as afirmações a seguir são verdadeiras, exceto: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 149 a) possuem os privilégios no trânsito, como livre circulação, estacionamento e parada, quando estão em serviço de urgência b) as sirenes e luzes apagadas são o sinal para que os outros motoristas deem passagem para que assim o veículo dos bombeiros possa passar c) seus veículos são classificados como os veículos de emergência destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito d) os condutores de veículos de emergência não podem dirigir de modo arbitrário 18) A respeito de viaturas policiais é correto dizer: a) não pertencem à mesma categoria dos veículos de transporte de emergência b) são usadas para patrulhar ostensivamente as vias privadas, conduzir presos para audiências ou para as suas residências c) não existe no CONTRAN que determine a obrigação de fazer um curso de condutores para veículo de emergência para a polícia d) é possível transformar um carro comum em uma ostensiva viatura de polícia MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 150 GABARITO 1. C 2. D 3. A 4. D 5. B 6. D 7. A 8. C 9. A 10. D 11. B 12. A 13. B 14. D 15. A 16. B 17. B 18. D MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 151 1. DIREÇÃO DEFENSIVA Módulo III DIREÇÃO DEFENSIVA MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 152 DIREÇÃO DEFENSIVA Neste módulo, você verá o conceito de direção defensiva, qual a sua importância e as razões que o fundamentam. Terá noções claras sobre a potencialidade de se provocar um acidente. Irá conhecer o que dizem as regras de trânsito a respeito das ultrapassagens, quais são os cuidados que devem ser tomados na hora de ultrapassar, com forte menção às regras de distanciamento e pontos cegos. Entenderá por que certos acidentes são de difícil identificação de causa e quais são as orientações para evitá-los. Verá as diversas formas de colisão de veículos, quais os fatores que os causam; e quanto a atropelamentos, porque ocorrem com uma frequência tão alarmante? o que o condutor pode fazer para evitá-los. Também são mencionados cuidados que o condutor deve ter com os ciclistas e o que o código de trânsito diz sobre eles. E quais seriam os fatores fundamentais que determinariam que uma colisão fosse evitada? Mostramos ao explicar a importância do comportamento seguro, e como distinguir este do comportamento de risco. E se apesar de todo o conhecimento e preparo adquiridos, um acidente ocorrer saiba como proceder e conheça formas que combatam sequelas emocionais deixadas por eles. Por fim, uma exortação ao bom estado físico e mental que o condutor deve ter, ante as consequências do efeito de álcool e substâncias proibidas no organismo. As pessoas, quando bem instruídas e conscientes, tendem a procurar evitar tudo aquilo que consideram ruim ou perigoso para si, não é verdade? Isso obviamente inclui as questões referentes ao trânsito. E nada mais lógico que fornece essa instrução que irá conscientizar você, te munindo de informações e orientações que te capacitem para prevenir acidentes de trânsito. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTEDE EMERGÊNCIA 153 Somos o 5º país onde o trânsito mais mata no mundo, segundo o IPEA. Só perdemos para países que em sua maioria são super populosos, como China e Índia. E quando sabemos da ocorrência de um acidente e de quais foram as suas causas, ficamos até atônitos de constatar as atitudes simples que os teriam evitado se tivessem sido tomadas. Assim sendo, podemos conceituar a direção defensiva como, o ato provindo da capacidade e da condição de prevenir acidentes. São as ações postas em prática provindas de um conjunto de conhecimentos adquiridos sobre como pode ser possível evitar qualquer tipo de acidente. São orientações que pregam que você pode evitar um acidente, apesar das ações erradas dos outros condutores e das condições adversas que você encontra pelo caminho! Muitas são as causas que motivam e estimulam as pessoas a conhecerem os procedimentos de uma direção defensiva, elas estão em todas as partes e se ouve falar delas a todo momento. As afirmações a seguir, são resultados de pesquisas estatísticas realizadas em vários países do mundo a respeito de acidentes de trânsito. Elas apontam que a falha humana é a causa de mais de 90% dos acidentes de trânsito. Uma porcentagem muito menor dos acidentes é causada por falhas mecânicas e por problemas de infraestrutura das vias. E o que seriam essas falhas humanas, e quais são os fatores que as provocam? Simplesmente os resultados dos desvios de conduta comportamental dos indivíduos na sociedade, tais como: • Alcoolismo: quando o condutor dirige sob o efeito de álcool ou outra substância entorpecente; MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 154 • Imprudência: quando o condutor dirige em velocidade inadequada, geralmente acima do limite permitido no determinado trecho; • Imperícia: quando o condutor é inexperiente ou não conhece o local; • Negligência: quando o condutor comete falha de observação ou falta de atenção a detalhes em seu percurso. Um condutor para ser defensivo, precisa ser capaz de adotar um modo de procedimento preventivo no trânsito, utilizando-se de valores como civilidade e precaução. Ele não deve apenas dirigir. Ele precisa o tempo todo estar pensando em segurança, em como prevenir acidentes, não importando as condições adversas que estejam presentes nem qualquer outro fator externo. O condutor defensivo é sempre uma pessoa consciente de seu dever pessoal e de sua responsabilidade para com a sociedade. É pacífico, humilde e tem autocrítica. As técnicas de direção defensiva para ele aplicar são diversas, e em meio elas, há várias precauções que podem ser adotadas, para evitar que você se envolva em situações de risco, mesmo que você não tenha o menor conhecimento de mecânica. São técnicas que auxiliam a percorrer um trajeto sem cometer infrações de trânsito de nenhuma natureza, nenhum abuso ou negligência que possa converter-se em um acidente. A direção defensiva é, portanto, indispensável no aperfeiçoamento de condutores. É uma forma de praticar a direção de um veículo de forma segura, de modo que reduza ou elimine a possibilidade de se envolver em acidentes de trânsito, mesmo em condições adversas. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 155 A Direção Defensiva e Seus Elementos Básicos Entender o conceito de direção defensiva não é suficiente para colocá-la em prática. Isso porque ela possui alguns princípios básicos que precisam ser seguidos. São elementos essenciais que por si mesmos explicam a necessidade de serem adotados. São eles: conhecimento, atenção, previsão, habilidade e ação. Conhecimento: Este elemento é simplesmente o domínio das informações essenciais para a sua segurança. Essas informações são: • Estar instruído sobre as leis de trânsito; • Possuir conhecimento do veículo que está conduzindo; • Dominar o uso dos equipamentos de transporte; • Reconhecer condições adversas da pista; • Compreender as condições de clima e tempo. Atenção: Este importante elemento implica numa atenção permanente do condutor na via e nas condições da mesma. Ou seja, o condutor tem que estar em estado de alerta constante contra possíveis elementos ou fatos que causem a interferência do percurso. O objeto de atenção muitas vezes está naquilo que o condutor não vê. Ele precisa estar sempre ciente de que pode ter alguém em seu ponto cego. Previsão: Trata-se da capacidade de ver as situações com antecedência, ou seja, de preparar-se antecipadamente para as situações de risco. Por exemplo, saber que é necessário ter atenção redobrada quando há ciclistas na sua frente, mesmo que ainda não tenham percebido o carro. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 156 Habilidade: É a destreza necessária para conduzir o automóvel da forma correta. Desse modo, o condutor é dotado de habilidades fundamentais para guiar e manobrar de forma que garanta sua segurança e a de terceiros. Ação: Este elemento, diz respeito a preparar o condutor para realizar as manobras necessárias de maneira que evite acidentes. Nele também está a capacidade de evitar situações de perigo. Automatismos Um automatismo, é uma ação ou gesto produzido pelo condutor de modo inconsciente. São os chamados reflexos, gestos automáticos ou de “piloto automático” que o cérebro do condutor já se habituou a praticar. O automatismo no trânsito é adquirido por condutores que estão há muito tempo na prática de conduzir veículos. São vários os tipos de automatismos que se encontram nos motoristas. Alguns são positivos, outros não, e dependendo do reflexo pode até causar acidentes. Vejamos quais são os principais: Alguns automatismos positivos: • posicionar o corpo de forma correta; • deixar o veículo em ponto neutro nos semáforos; • dirigir com a cabeça voltada para frente; • engrenar as marchas de forma correta e no momento certo. Automatismos negativos (ou incorretos) • segurar o volante de maneira incorreta, o que causa a falta de domínio da direção; • andar com o pé apoiado no pedal da embreagem; MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 157 • posicionar o corpo de modo incorreto, o que provoca o desequilíbrio e a falta de controle dos comandos; • inclinar a cabeça, sobretudo nas curvas; • não sinalizar ao fazer uma parada ou mudança de direção. Acidente evitável e acidente inevitável Acidentes evitáveis e acidentes inevitáveis, certamente são termos que você já ouviu falar por aí. Afinal, quem presenciou ou soube das causas de um acidente e nunca disse que ele poderia ter sido evitado? O acidente evitável consiste naquele que só aconteceu porque um ou todos os envolvidos deixou de praticar alguma medida de segurança ou agiu de modo incorreto. Já o acidente inevitável é aquele que, em tese, todos os indivíduos tomaram os devidos cuidados, seguindo as devidas medidas de segurança possíveis, mas ainda assim o acidente aconteceu. Se for considerar o fato de que 90% dos acidentes possuem a falha humana como principal causa, se um acidente é sempre consequência de uma combinação de fatores envolvendo falha ou negligência humana, e que falhas e negligências humanas podem ser evitadas, então dificilmente exista algum acidente que não possa ser evitado. Ou seja, um acidente só ocorreu porque alguém foi negligente de alguma forma, ou porque se distraiu, ou dirigiu em alta velocidade, ou atravessou fora da faixa de pedestres, ou deixou de fazer a revisão periódica do veículo, ou estava com pneus carecas, entre tantas outras situações que bem sabemos que causam acidentes. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORESDE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 158 Entre as constatações que fizemos a respeito de direção defensiva, podemos resumir na seguinte definição: Condições Adversas Quando falamos em condições adversas estamos nos referindo a situações que podem acontecer e, com isso, gerar acidentes. Por isso é muito importante que o condutor do veículo esteja sempre muito atento. São a elas: Luz – Uma iluminação, artificial ou natural, de baixa qualidade ou precária afeta, diretamente a visão do condutor. Portanto, precária, tanto natural como artificial, podem afetar a visão. Portanto, uma boa iluminação é fundamental tanto para que o condutor do veículo possa transitar com mais segurança e com totalidade da sua visão bem como possa ser visto pelos outros motoristas. Condições climáticas – Fatores como chuva, vento, neblina, cerração, neve e granizo, além de dificultarem a visibilidade também afetam a segurança do "Acidente evitável" é aquele em que você deixou de fazer tudo o que razoavelmente poderia ter feito para evitá-lo.” Direção Defensiva é o ato de conduzir de modo a evitar acidentes, apesar das ações incorretas (erradas) dos outros e das condições adversas (contrárias), que encontramos nas vias de trânsito. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 159 trajeto a ser percorrido tornando as pistas perigosas e escorregadias, influenciando diretamente na estabilidade dos veículos que fazer o percurso. Via - Curvas, largura da pista, condições da pista e acostamento, tipo de pavimento, buracos, desníveis e falta de sinalização são algumas adversidades próprias da pista. Veículo – Manter a manutenção do veículo é de extrema importância. Dessa forma, o motorista deve sempre estar atento quanto ao desgaste dos pneus do veículo, quanto aos freios, observar se a direção está com folga, se a suspensão não está desalinhada, verificar os espelhos antes de sair, bem como as setas e faróis, dentre outros para evitar que acidentes aconteçam. Condutor – A saúde do motorista é muito importante. Estar em boas condições físicas e mentais é importante para evitar que o condutor se torne um ponto de adversidade no trânsito. O cansaço, o sono, o consumo de bebida alcoólica e os estados emocional e psíquico alterados têm levado a muitos acidentes. Passageiro – Devem evitar ao máximo distrair o condutor do veículo. Caso contrário, pode se tornar uma condição adversa e responsável por um acidente. Estudos comprovam que a grande maioria dos acidentes é causada por falhas humanas. O motorista é considerado uma condição adversa que pode se modificar, mas esse é um trabalho difícil. Afinal, ninguém admite que possa estar favorecendo ocorrências de acidentes. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 160 Carga – Toda carga transportada deve ser acondicionada com cautela e cuidado para evitar que acidentes aconteçam. Como ultrapassar e ser ultrapassado: a ultrapassagem segundo o código de trânsito brasileiro Entre suas as diretrizes, o CTB (Código de Trânsito Brasileiro) versa em seu artigo 29: Art. 29 - O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas: (...) IX: A ultrapassagem deve ser feita pela esquerda, exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de entrar à esquerda. Esta regra, claramente descrita no Código de Trânsito Brasileiro, é o ponto de partida para a orientação de motoristas sobre como devem proceder em ultrapassagens de uma forma que seja segura para ele e para terceiros. No transporte de passageiros, o motorista deve tomar as seguintes precauções: conversar o mínimo necessário, responder a perguntas de passageiros sem desviar a atenção do trânsito, ter cuidado especial no embarque e desembarque e orientar quanto ao uso do cinto de segurança. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 161 São maneiras de proceder que podem ser classificadas em: o que pode ser feito antes de ultrapassar algum veículo e o que precisa ser feito durante a realização desta ultrapassagem. Antes de realizar uma ultrapassagem, como motorista você deverá: Verificar e ter a certeza de que não há nenhum outro condutor atrás também tentando uma ação de ultrapassagem; Se certificar de que o motorista da frente também não esteja tentando efetuar uma ultrapassagem ou se este já iniciou o procedimento; Ter a certeza de que a faixa de trânsito ao lado, usada para ultrapassagens, realmente esteja livre, e se ela está a uma distância suficiente para que todo o procedimento possa ser feito sem colocar nenhuma parte envolvida em risco. Após o cumprimento de todas essas etapas, a ultrapassagem poderá ser realizada. Entretanto, é essencial que se cumpra as seguintes regras durante essa ultrapassagem: Dar o sinal de seta (ou fazer um gesto com o braço para fora do veículo, se necessário): é a primeira coisa que você deve fazer antes de iniciar a manobra, para avisar aos demais motoristas. Garantir espaço: é necessário durante a ultrapassagem manter-se afastado do(s) veículo(s) que você tiver ultrapassando, de modo que haja um espaço de segurança suficiente na lateral. Acionar seta novamente (ou o gesto do braço): após realizar a ultrapassagem, para informar aos demais motoristas que você irá entrar novamente na faixa de trânsito de origem, e só então finalize o procedimento com seu veículo. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 162 Se todos esses cuidados forem tomados corretamente, sua ultrapassagem será feita com segurança e sua viagem poderá seguir tranquila e sem riscos. Cuidados na hora da ultrapassagem Assim como há momentos em que você deseja e pode ultrapassar, há outros momentos em que você será ultrapassado. Desse modo, ao perceber que você sofrerá uma ultrapassagem do veículo de trás, ponha em ação dois cuidados essenciais: 1. Se você estiver na faixa da esquerda, vá, imediatamente para a da direita, mas sem acelerar a marcha; 2. Se você estiver em alguma das outras faixas, mantenha-se nesta em que estiver, e, novamente, não acelere a marcha. Ao dirigir um veículo maior e mais lento, como um caminhão baú, por exemplo, é importante lembrar que você sempre será ultrapassado por veículos menores. Se você estiver em meio a uma fila de veículos lentos, mantenha sempre uma distância razoável entre eles para que os veículos menores possam intercalar a ultrapassagem até a fila ser superada. E qual seria essa distância correta? A distância que proporciona um tempo suficiente para o condutor parar o veículo sem atingir o da frente, mesmo em situações de emergência ou de parada brusca. A ultrapassagem deve ser feita sempre pela esquerda, EXCETO quando o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de entrar à esquerda ATENÇÃO! MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 163 Lembre-se sempre de que é proibida a ultrapassagem de veículos em vias com duplo sentido de direção e em pista única, principalmente em trechos com aclives, curvas ou sem visibilidade suficiente. Tal proibição também vale para pontes, viadutos, travessias de pedestres e passagens de nível. Sobre isso, encontramos normas no CTB em seus artigos 30, 31 e 32 Art. 30 - Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá: I. se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar a marcha; II. se estiver circulando pelasdemais faixas, manter-se naquela na qual está circulando, sem acelerar a marcha. Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em fila, deverão manter distância suficiente entre si para permitir que veículos que os ultrapassem possam se intercalar na fila com segurança. Art. 31 - O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de transporte coletivo que esteja parado, efetuando embarque ou desembarque de passageiros, deverá reduzir a velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou parar o veículo com vistas à segurança dos pedestres. Ao ultrapassar um veículo de transporte coletivo que esteja parado, realizando desembarque ou embarque de passageiros, considere o fluxo de pedestres e reduza sua velocidade, redobrando sua atenção. ATENÇÃO! MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 164 Art. 32 - O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias com duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, exceto quando houver sinalização permitindo a ultrapassagem. As Informações das Faixas sobre Ultrapassagem Ainda a respeito de ultrapassagem, a variedade de formatos de faixas que se encontra ao longo da estrada indica o que pode ser feito e o que é proibido no trecho em que elas estão. (flagrante de ultrapassagem perigosa) Sendo assim, cabe dizer que as faixas de ultrapassagem podem ser brancas ou amarelas, de acordo com a especificidade de cada uma delas. As amarelas são utilizadas na divisão de fluxos opostos. Já as brancas, aparecem em vias de fluxo único. Dito isto vamos ao significado das faixas de ultrapassagem amarelas: Simples contínua: não permite que o condutor ultrapasse e se desloque pelas laterais da via. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 165 Simples tracejada: permite que o condutor ultrapasse e se desloque pelas laterais. Dupla contínua: não permite ultrapassagens ou deslocamentos laterais pelo condutor do veículo. Dupla – parte contínua e parte tracejada: só permite ultrapassagem no sentido da faixa tracejada Quanto as faixas brancas, temos os seguintes significados: Simples contínua: não permite ultrapassagem e transposição de faixa de trânsito pelo condutor do veículo. Simples tracejada: Permite ultrapassagem e transposição de faixa de trânsito Lembre-se sempre que a ultrapassagem, quando é feita com cuidado, torna- se um recurso útil e importante para evitar ficar submetido a veículos lentos e ganhar tempo na viagem. Portanto, pratique a ultrapassagem, mas respeitando todas estas regras aqui presentes. O acidente de difícil identificação da causa Muitos são os acidentes que ocorrem e que não se consegue identificar os fatores que o causaram. Respeite as faixas de sinalização no trânsito, elas são importantíssimas pois orientam o modo como o condutor deve se comportar estando sob a direção do veículo. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 166 As chamadas colisões misteriosas são um exemplo de eventos desta natureza, elas são definidas como acidentes de trânsito que envolvem apenas um veículo, onde seu condutor não consegue se lembrar, ou não sabe exatamente (ou não quer dizer) o que de fato aconteceu, ou então veio a óbito. São casos em que ninguém sabe o que aconteceu, cujo condutor, caso tenha sobrevivido, esteja sem memória ou não admite que tenha cometido algum erro. As causas mais comuns das colisões misteriosas são: falta de atenção, excesso de velocidade, sono, consumo de álcool, rodovias e estradas mal iluminadas, mal tempo e temperatura, consumo de substâncias tóxicas, imprudência de outro motorista, má conservação do veículo, estado físico e mental do motorista, modo de dirigir. (colisão misteriosa Foto: Paulo Pinto) Sabendo que essas são as maiores causas, é possível prevenir e se defender de uma colisão misteriosa. Como evitar acidentes com outros veículos MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 167 As formas de colisão são várias, cada qual com sua gravidade, e a depender do impacto lançado sobre o outro veículo, ou outro elemento com o qual se colide. Conforme está disposto no Código de Trânsito Brasileiro. Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em relação ao bordo da pista, resulta em multa, sendo considerado infração grave. Art. 192 - Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade, as condições climáticas do local da circulação e do veículo: Infração - grave; Penalidade - multa. Quando falamos em colisões podemos destacar como sendo as principais: Colisão com o veículo da frente: é quando um condutor choca o seu veículo com o veículo da frente. Muitas das vezes o condutor tende a afirmar que não foi possível evitar a batida, porque o motorista da frente parou bruscamente, ou então não sinalizou que queria parar. Como evitar: • deve-se antes de tudo e o tempo todo estar atento, observando bem os sinais do motorista que está à sua frente. E olhe sempre também para além do veículo da frente. • mantenha sempre uma razoável distância; • mantenha o para brisa limpo para manter a perfeição da visibilidade. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 168 Colisão com o veículo de trás: um problema que ocorre principalmente devido aos motoristas dirigirem muito próximos uns dos outros. Em uma emergência acaba não havendo tempo necessário para uma reação e a colisão acontece. Como evitar: • planeje o que você vai fazer: não fique indeciso sobre o percurso, sobre o uso de entradas e saídas. Evite deixar confuso o condutor que vem atrás, nunca faça manobras bruscas; • mantenha-se livre dos motoristas colados na traseira de seu veículo: para sua segurança, procure sempre favorecer a ultrapassagem de quem está atrás e manter as distâncias recomendadas; • vá parando aos poucos: Nunca se lembre de frear apenas após o cruzamento onde deveria entrar. Isto obriga os outros a também frearem bruscamente, muitas vezes não sendo possível evitar a colisão. • sinalize as suas ações. Informe com antecedência as atitudes que você irá tomar, para que os condutores de trás também possam planejar suas atitudes. Use a sinalização de forma clara, correta e dentro do tempo preciso. Colisão frente a frente: são causados por vários fatores, e quase todos eles têm a ver com o descumprimento das regras das normas de direção defensiva ou das leis de trânsito. Como evitar: • Esteja muito atento aos cruzamentos; • Tenha atenção redobrada nas curvas; • Evite ultrapassagens perigosas. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 169 Colisão ao ultrapassar: é considerada a principal causa de acidentes graves em vias de sentido duplo. Elas ocorrem devido a falta de avaliação correta do espaço/tempo necessário para uma ultrapassagem. Colisão ao ser ultrapassado: é o acidente onde o veículo que está a fazer a ultrapassagem acerta o carro que ele estava ultrapassando. Geralmente ocorre quando o condutor que aplica a ultrapassagem calcula mal o tempo/distância para o ato e volta à pista repentinamente. Como evitar: A recomendação é sinalizar e reduzir a velocidade para facilitar a ultrapassagem. Colisão nas manobras de marcha-à-ré: ocorre quando o veículocolide com outro, ou em outro objeto ao realizar manobras de marcha-à-ré. Observa-se conforme o artigo 194 do CTB, que é proibido: Art. 194 - Transitar em marcha à ré, salvo na distância necessária a pequenas manobras e de forma a não causar riscos à segurança: Transitar em marcha à ré, salvo na distância necessária a pequenas manobras e de forma a não causar riscos à segurança: Infração - grave; 1/3 (um terço) dos acidentes de trânsito acontecem em cruzamentos. As causas principais são: desconhecimento das regras de circulação naquela via, condutor com pressa em fazer a conversão à esquerda, execução de manobras inesperadas e falta de visibilidade. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 170 Penalidade - multa. Colisão entre veículos de pequeno e grande porte: é um tipo de acidente de trânsito que envolve carros de passeio e caminhões, carretas, ônibus ou veículos articulados. Costuma ser consequência da capacidade de manobra reduzida dos veículos grandes, falhas mecânicas, perda de controle ou tentativas mal sucedidas de ultrapassagem. Atropelamentos: Como Evitá-los Atropelamento consiste no choque de veículos contra pedestres. Apesar de fortes campanhas para prevenção, ele ainda é a segunda maior causa de mortes no trânsito do país, e cerca de 22% de todas as mortes de trânsito do mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Também ocorrem muitos atropelamentos de animais, que muitas vezes levam à perda de controle do veículo e por consequência a um outro acidente de trânsito. Mas por que isso ocorre? Um dos motivos é a falta de manutenção de ruas e estradas e mau planejamento urbano. Prevenção de Atropelamento Não realize manobras de marcha-à-ré em esquinas, evite também usá-las para sair de garagens. E quando for fazê-las, faça em velocidades reduzidas, e certifique-se da presença ou não de crianças, animais ou objetos nas proximidades do veículo. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 171 A palavra atropelamento costuma soar de forma trágica demais e as pessoas não gostam de acreditar que isso seja algo que algum dia vá acontecer com elas. Mas, como o ditado que diz “todo cuidado é pouco”, vejamos agora as orientações mais importantes para prevenção de atropelamento de acordo com os profissionais de trânsito. Vigie as crianças: o comportamento delas é bem distinto do dos adultos. Elas se põem a correr de forma inesperada, são muito curiosas, brincam no meio da rua ou procuram caminhos alternativos quando há algum obstáculo na calçada, como lixeiras, pessoas ou carros estacionados. Por isso elas precisam de atenção especial na prevenção de atropelamentos no trânsito. Além do mais pelo fato de serem pequenas são mais difíceis de serem identificadas. Facilmente podem estar nos pontos cegos. Fique atento à sinalização: placas e semáforos são obviamente importantes para a organização do trânsito e evitar acidentes como atropelamentos e outros. Mas bem sabemos que nem todos a respeitam (ou não estão tão atentos a elas) como você. Ou seja, fique atento à sinalização, porém não se esqueça de prestar atenção na pista à sua frente. Cuidado com animais soltos: os animais de rua, ou soltos da coleira, como cachorros e gatos também podem ser considerados fatores de risco no trânsito, apesar dos atropelamentos de pessoas serem os mais noticiados. Eles também têm comportamento inesperado, e além de sofrerem danos físicos, podem causar outros acidentes devido à perda de controle do veículo pelo condutor. Mantenha os faróis sempre acesos: mesmo já sendo obrigatório dirigir com o farol baixo aceso nas rodovias mesmo durante o dia, a regra MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 172 ainda não se tornou um hábito nas nossas estradas. Mas você já percebeu que os faróis do seu veículo podem servir como sinalizadores para pedestres desatentos e com isso te auxiliar na prevenção de atropelamentos? Foi constatado em um estudo recente que o simples ato de deixar os faróis acesos durante o dia pode reduzir as chances de acidentes em até 32%! Freie ou reduza a velocidade antes de buzinar para o pedestre: apesar da primeira reação do condutor para chamar a atenção de um pedestre seja sempre buzinar, reflexo do estresse produzido pelo trânsito, esta não é uma ação adequada. O pedestre pode estar com fones de ouvido, ou pode estar havendo algum barulho externo confuso que ele nem consiga escutar ou distinguir a buzina. Portanto, em casos assim, procure frear ou reduzir a velocidade. Não custa nada, por mais estressante que a situação seja, e a segurança do trânsito depende bem mais de suas atitudes como condutor do que do comportamento de quem está lá fora. Como evitar acidentes com pedestres e outros integrantes do trânsito Conforme determina a Lei de Trânsito, o pedestre tem preferência e não pode ser ameaçado. Para evitar atropelamentos, aguarde a conclusão da travessia iniciada e trafegue devagar em locais com grande fluxo de pessoas. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 173 Falamos anteriormente sobre os tipos mais comuns de colisões que podem ocorrer entre dois veículos no trânsito e alertamos sobre a forma correta para uma direção segura a fim de que os mesmos possam ser evitados. Iremos abordar outros tipos de acidentes que podem vir a ocorrer como, por exemplo, um acidente com um pedestre ou até mesmo uma colisão ou um atropelamento de um animal. Portanto, vamos falar um pouco de cada caso e o que podemos fazer para evitar que os acidentes ocorram. Colisão com pedestres Como não é possível prever o comportamento dos pedestres, não há maneiras de evitar que pessoas apressadas e imprudentes, portadoras de necessidades especiais ou alcoolizadas cruzem as vias diante de você. A melhor conduta a seguir é sempre estar atento ao pedestre, dar preferência a seu direito de passagem, principalmente nos locais adequados como faixa de pedestres, áreas escolares e áreas de cruzamento. Colisão com animais Ocorre muito em áreas de reserva ambiental, onde os animais silvestres se põem a atravessar as vias. Também é muito frequente nas zonas rurais, pois os animais costumam romper as cercas e invadir a pista sem que o dono perceba a tempo. Colisão com carroças e charretes São os chamados veículos de tração animal, já proibidos em alguns estados e municípios do país e em vias de serem sancionadas leis de proibição em outros. Onde ainda não há proibições eles são bastante encontrados, o que MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 174 exige do condutor paciência e muita atenção. Não muito raros são os acidentes envolvendo carroças e carros no trânsito. Colisão com objetos fixos Em geral, são acidentes que ocorrem por responsabilidade do próprio condutor quando este está cansado, com sono, sob efeito de álcool ou medicamentos, excesso de velocidade, mal estar e violação das leis de trânsito. Neste caso, evitá-los cabe observância às leis de trânsito estabelecidas, bem como às regras de direção defensiva. Colisão com skates e bicicletas A maior parte das pessoas que trafegam pelas vias de bicicletas são crianças, jovens ou pessoas que desconhecem as leis de trânsito. Jovens e crianças também são os que predominantemente brincam de skates e patins. A diferença entre esses objetos e a bicicleta, é que, segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a bicicleta é considerada um veículo, e não um brinquedo. Devido a isso, o órgão estabeleceu normas de comportamento também aociclista. Colisão com motocicletas: As motos e seus similares de duas rodas integram o grupo de veículos de trânsito - juntamente com carros, caminhões e ônibus, e seus condutores precisam por lei seguir toda a sinalização e todas as regras do Código de Trânsito. Porém, nem sempre isso ocorre. Os acidentes causados por imprudência de motociclistas são frequentes. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 175 É comum verificarmos motoristas de motocicletas agindo de forma imprudente, apesar de a legislação proibir veementemente isso. Portanto, toda vez que o motorista identificar uma moto, em seu sentido contrário, ele deve aumentar a sua atenção e seguir os seguintes procedimentos: • Mantenha uma distância segura; • Para ultrapassar uma motocicleta, utilize todos os cuidados das demais ultrapassagens; • Cheque constantemente os retrovisores: ao estacionar ou parar o veículo, cuidado ao abrir as portas; • Cuidado nas conversões à esquerda e à direita, pois há motociclistas que costumam circular nos “pontos cegos”. Regras de Trânsito para ciclistas Como já foi dito, as bicicletas também estão sujeitas às regras de trânsito, e obedecer a essas regras é uma garantia de proteção tanto para o ciclista como para as outras pessoas. O artigo 96 do CTB, descreve, de acordo com a classificação de veículos, quatro os veículos abrangidos por esta regra: bicicleta (veículo de propulsão humana para transporte de passageiros); carro-de-mão (veículo de tração humana para transporte de carga); charrete (veículo de tração animal para transporte de passageiros); e carroça (veículo de tração animal para transporte de carga). Lembrando que a maneira mais efetiva de reduzir lesões na cabeça é com o uso do capacete. Esta única regra pode reduzir o risco de lesões na cabeça em até 85%, inclusive traumatismo craniano. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 176 As pessoas têm cada vez mais optado por utilizar bicicletas devido aos novos projetos de infraestrutura que visam a mobilidade urbana nas grandes cidades, por isso é necessário que elas estejam cientes dessas regras. São obrigações legais que podem resultar em multas para o ciclista, caso haja descumprimento de tais regras básicas. Vejamos: 1. Acessórios exigidos por lei: Os acessórios exigidos por lei são: buzina, espelho e adesivos refletores nas laterais, nos pedais, na frente e atrás. Já o de uso de joelheira, capacete e cotoveleira, apesar de ser recomendado, não é obrigatório. 2. Nunca pedalar sob efeito de álcool: a mesma regra aplicada a motoristas e motociclistas em relação ao álcool, também vale para os ciclistas. Este poderá receber uma multa por pedalar alcoolizado, mesmo que não perca pontos na carteira. 3. É proibido pedalar em calçadas: Ao ser necessário subir em uma calçada, desça da bicicleta para evitar tomar multas. 4. Circulação pelos espaços públicos: Existem vias de diferentes tipos destinadas a ciclistas. Veja-as: ✓ A ciclovia: é a via que separa os ciclistas dos pedestres e do trânsito. Consiste em uma faixa exclusiva, demarcada por micro postes ou barreiras. ✓ A ciclofaixa de lazer: é uma via temporária, que costuma ser ativada aos domingos. São dias em que ela conta com o suporte da companhia de trânsito e sinalização para o lazer das famílias. ✓ A ciclofaixa: é parecida com a ciclovia, mas é separada apenas por faixas de sinalização na pista e cores ao invés de barreiras. ✓ A ciclorrota: esta faz parte de vias que já existem. Recebem uma sinalização específica para funcionar. Os direitos do ciclista: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 177 a) Os veículos automotores precisam dar preferência de passagem aos ciclistas ao realizar uma travessia, assim como aos pedestres. b) Ao ultrapassar um ciclista, o motorista deve reduzir a velocidade do veículo. c) Os condutores de veículos devem respeitar a distância mínima de 1,5 metro das bicicletas. Multa para ciclistas As regras a seguir poderão resultar em multas para os ciclistas se não forem cumpridas: • Não conduzir a bicicleta de forma agressiva. A infração é média, podendo haver remoção da bicicleta. • Não transportar crianças que ainda não tenham condições de cuidar de sua segurança dentro de tais circunstâncias. • Não conduzir passageiros fora do assento ou garupa a eles destinado. • Não circular pelas vias fazendo malabarismo de qualquer nível. • Não transportar cargas incompatíveis com as especificações. • Não tirar nenhuma das mãos do guidão, a não ser quando for necessário indicar manobras. A importância de ver e ser visto Definitivamente, o trânsito não é um lugar para distrair-se. A necessidade de se estar alerta a tudo o que acontece com seu veículo e a tudo o que ocorre na pista é constante. Quanto mais atento você for ao que acontece à sua volta, maiores são as chances de evitar situações onde haja perigo. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 178 Segundo uma publicação do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil), a visão é responsável por 90% das informações necessárias para que você exerça uma direção segura. Trafegar em segurança depende muito da capacidade que você tem de ver o que está à sua volta e também de ser visto pelos outros condutores. E para que essa atenção seja plena e perfeita, é importante fazer organizações como as que serão mostradas a seguir. 1. Ajustar os retrovisores esquerdo, direito e central, e mantê-los sempre em perfeito estado: os retrovisores laterais devem estar posicionados de forma que a lateral do veículo seja vista o mínimo possível - a fim de que você tenha o máximo campo de visão da parte de trás de seu veículo - 90 graus - e reduza a possibilidade de pontos cegos (falta de visibilidade). (Pontos cegos com moto) E falando em pontos cegos, um dos tipos de acidentes mais comuns envolve justamente a dificuldade que um condutor de automóvel tem de visualizar, por exemplo, um motociclista que esteja conduzindo com velocidade e próximo dele, de modo que passa ligeiramente por alguns de seus pontos cegos. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 179 As motocicletas são pequenas e circulam muito próximas dos veículos, entre as faixas da pista, escondem-se facilmente no ponto cego do espelho retrovisor externo. Os motociclistas devem, portanto, ter cuidados especiais. Precisam se manter longe dos veículos, fora dos pontos cegos. Ao cortar um veículo, ele deve ultrapassar os pontos cegos o mais rápido que puder. Já os caminhões e ônibus por serem de grandes dimensões, apresentam amplas áreas de pontos cegos. Os veículos menores devem também manter uma determinada distância deles, evitar estar muito próximo, principalmente de sua lateral direita. Se for possível ver o rosto do caminhoneiro ou condutor de ônibus ao olhar pelo retrovisor do caminhão ou ônibus, significa que ele também vê o seu. 2. Evite os fatores que impedem ou dificultam a visibilidade: vários são os fatores que podem interferir na visibilidade do condutor, tais como: tipo de veículo, luminosidade, cores, horário, películas ou adesivos nos vidros, objetos que tapem o vidro traseiro e condições climáticas. A capacidade do condutor ter uma visão ampla pode ser afetada tanto pela intensidade quanto pela variação desses fatores. (dirigir sob o reflexo do sol) Muitos cuidados são necessários em relação ao reflexo do sol. São várias as situações em que mesmo com quebra sol abaixado, a luz do sol vai direto MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORESDE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 180 para os seus olhos, o que costuma causar breve cegamento, aumentando bastante a probabilidade de acidentes. Nestas situações é importante manter a calma (pois criar pânico aumenta a probabilidade de se acidentar), diminuir a velocidade e proteger seus olhos com um bom par de óculos de sol. Se necessário for, instale um extensor de para-sol e organize sua rotina para sair de carro em horários que você saiba que o brilho do sol não é tão intenso. As zonas de pontos cegos dos automóveis são quatro: frontal, traseira e as duas laterais. Elas podem ser causadas por encostos de cabeça traseiros, limpadores dos vidros traseiros, colunas de sustentação do teto, aerofólio, luz de freios junto ao vidro traseiro, objetos colocados no tampão traseiro e adesivos colados no vidro traseiro. (Pontos cegos para carros) As luzes de indicações também devem ser observadas e cuidadas. Em caso de neblina, por exemplo, é necessário reduzir a velocidade, acender a luz baixa e o farol de neblina. Já o pisca alerta, só deve ser usado quando o veículo estiver parado. O farol alto deve ser usado apenas em situações com pouca iluminação e quando não há outros veículos trafegando pelo local, já que pode reduzir a visibilidade do condutor de outro automóvel. O Uso De Refletores Para Ciclistas E Pedestres MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 181 Como pudemos ver, é mais difícil visualizar pedestres e ciclistas, principalmente à noite. Por isso, usar objetos refletores na bicicleta ou na roupa ajuda a melhorar sua visibilidade. Também é importante que o condutor de veículo sinalize suas intenções para manter a segurança do ciclista. Já aos pedestres é recomendado que evitem cruzar as ruas a partir de locais que dificultem a sua visualização pelo condutor, como postes, outros veículos ou detrás de árvores. De acordo com o inciso VI, artigo 105 do CTB, para as bicicletas, exige espelho retrovisor do lado esquerdo, campainha e sinalização noturna composta de retrorrefletores. Art. 105 - São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN: (...) VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo; A importância do comportamento seguro na condução de veículos Até aqui pudemos ver que são vários os tipos de colisão que existem, e podem acontecer com o seu veículo. Também vimos que os atos infracionais dos demais condutores nas ruas e estradas também variam. Porém, o fator mais comum que foi notado nesses acidentes é que os condutores que os causaram não conseguiram desviar ou parar o seu veículo, a tempo de evitar a colisão. No que se refere à segurança e prevenção de acidentes no trânsito, faz-se necessário conhecer os conceitos de tempo e distância: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 182 • Tempo de reação: é o período que o motorista leva para agir diante de um perigo; • Tempo de frenagem: é o período de tempo gasto entre o acionamento freio até a parada total do veículo; • Tempo de parada: é o período de tempo em que o perigo é visto até a parada total do veículo. • Distância de reação: é a distância que o veículo percorre do momento em que a situação de perigo é vista até o momento da pisada no freio. quer dizer, desde o momento em que o motorista tira o pé do acelerador e coloca no freio. • Distância de frenagem: é a distância que o veículo percorre depois de o condutor pisar no freio até o momento total da parada. • Distância de parada: é a distância que o veículo percorre desde o momento em que o condutor vê o perigo e decide parar, até o momento da total parada do veículo, de modo que fique a uma distância segura do outro veículo, de pedestres ou outros elementos na via. • Distância de seguimento: trata-se da distância que deve ser mantida entre o seu veículo e o veículo da frente, de forma que você possa efetuar uma parada, mesmo em emergência, sem colidir com a traseira do outro veículo. Distância Segura O conceito de distância segura apresenta variáveis de conceito. Para o condutor saber se está a uma distância segura dos outros veículos, depende de fatores como tempo (sol, neblina, neve ou chuva), velocidade utilizada, freio, condições dos pneus, condições da via (descida, curva ou reta), tipo de carga que está conduzindo, sistema de suspensão, peso do seu veículo, da visibilidade e da sua capacidade de reagir rapidamente. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 183 Esses cálculos de distância são feitos através de tabelas e fórmulas. Com elas é possível calcular a distância principalmente nas rodovias, mas como elas variam muito, e dependem de outros fatores que também são variáveis, além do tipo e peso do veículo, o mais prático a se fazer é procurar dentro do bom senso, manter-se sempre o mais longe possível para garantir a sua segurança. Vamos ver aqui, uma fórmula de manter uma distância segura entre os veículos nas rodovias, sem a utilização de cálculos, fórmulas ou tabelas. É o ponto de referência fixo: 1. Observe a estrada à sua frente e escolha um ponto fixo de referência (à margem) como uma árvore, placa, poste, casa, etc. 2. Quando o veículo que está à sua frente passar por este ponto, comece a contar pausadamente: cinquenta e um, cinquenta e dois (mais ou menos dois segundos). 3. Se o seu veículo passar pelo ponto de referência antes de contar (cinquenta e um e cinquenta e dois), deve aumentar a distância, diminuindo a velocidade, para ficar em segurança. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 184 4. Se o seu veículo passar pelo ponto de referência após você ter falado as seis palavras, significa que a sua distância é segura. Isto é uma técnica que ajuda o condutor a manter-se longe o suficiente dos outros veículos em trânsito, e o possibilita fazer manobras de emergência ou paradas bruscas necessárias, sem risco de colidir com nenhum veículo. 5. Cinto de segurança: É obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN. CTB - Art. 65. O cinto de segurança é um dispositivo que, como diz seu próprio nome, visa garantir a segurança de condutores e passageiros em acidentes. Seu uso é obrigatório para todos os ocupantes do veículo, estejam eles trafegando por vias urbanas ou rurais. Aplica-se a todos os tipos de veículos automotores de transporte: automóveis, caminhonetes, camionetas, caminhões, veículos de uso misto e aos veículos de transporte de escolares. Art. 65 - 167 - CTB. São três os tipos de cinto usados atualmente: ✓ Cinto pélvico ou subabdominal - aquele que se prende à cintura ✓ Cinto torácico ou diagonal - aquele que se prende ao peito ✓ Cinto de três pontos - aquele que se prende ao peito e ao quadril ao mesmo tempo O cinto que mais proporciona proteção aos passageiros é o cinto de três pontos. Ele impede que as pessoas tenham seus corpos jogados para fora do MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 185 veículo, ou mesmo contra o painel ou partes contundentes do veículo e sofram muitas vezes lesões físicas graves ou a morte. Comportamento seguro e comportamento de risco Não são poucos os condutores que ainda desrespeitam as leis de trânsito. Constantemente se vê pelas ruas e estradas o não uso do cinto de segurança (principalmente no banco de trás), o mudar de faixa sem sinalizar e o dirigirfalando ao celular. A falta da distância mínima de segurança, as ultrapassagens proibidas e o desrespeito aos limites de velocidade também são comuns. Estas são todas situações consistidas de fatores de risco, onde a probabilidade de que um acidente ocorra é grande e real, e as pessoas contribuem para isso sem se darem conta no dado momento. Isso gera as famosas falhas humanas, e engrossam uma realidade que poderia ser bem diferente. E se as pessoas sabem que isso são atos de imprudência, Desde 1º de janeiro de 1999, conforme a Resolução do CONTRAN, o cinto de segurança é obrigatório a todos os passageiros do veículo. Antes a obrigatoriedade era restrita ao motorista e passageiros da parte da frente dos veículos. A pessoa que não quem não o usar fica sujeita à penalidade prevista no Código. Crianças menores de 10 anos só podem ser transportadas no banco de trás, usando equipamentos obrigatórios de segurança. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 186 porque ainda persistem no erro e assumem um comportamento de risco no trânsito? Entre vários fatores, existem quatro causas que apontam para a dificuldade de mudar esse comportamento nas pessoas. Vejamos: Escolhas erradas: Muitos acidentes de trânsito ocorrem porque os condutores escolhem dirigir de forma imprudente e não porque não sejam incapazes de dirigir bem. São pessoas que não se dispõem a refletir sobre os riscos que provocam e negam que seu comportamento exerça alguma influência na possibilidade de provocarem acidentes. Contudo há situações mais graves, como por exemplo, quando dirigem sob o efeito de álcool ou outras substâncias ilícitas, ou em velocidade acima do permitido, ou usando o celular. As pessoas se esquecem ou não dão muita importância aos perigos e colaboram para que um número muito maior de acidentes aconteça. Fraca percepção do risco: A capacidade de perceber riscos está relacionada diretamente com a capacidade que uma pessoa possa ter de identificar os perigos e reagir aos mesmos. Isso, porém é um processo complexo, que varia com o tempo e é influenciada por vários fatores. E entre esses fatores, estão o nível de conhecimento, de atenção, estado emocional, saúde, entre outros. Assim, há casos onde o risco é real, mas a percepção que cada condutor destas situações possa ter de sua gravidade é distinta. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 187 Autossuficiência excessiva: Aquele condutor que sempre dirigiu de determinada maneira não muito correta, arriscada, para dizer a verdade, e que nunca lhe aconteceu nada, tende a ter uma percepção muito menor dos riscos. O excesso de confiança de pessoas assim colabora para deixar o trânsito bem mais inseguro. Mau exemplo familiar: Existem fatos onde os jovens possuem uma atitude tolerante no que se refere a riscos no trânsito em relação ao comportamento assumido por seus pais ao volante. Uma questão grave e complexa, que comprovam que maus exemplos colaboram para que os erros persistam por gerações. Em tais casos, estimula-se a aplicação de ações educativas para melhorar o respeito às leis de trânsito. Mudar um comportamento é um processo lento que demanda persistência e tempo para se solidificar e enraizar nas pessoas uma cultura de cuidado, com elas mesmas e com o próximo. Um conjunto de fatores e processos psicológicos: Como vimos, o comportamento de risco no trânsito é um fenômeno bastante complexo, que abrange processos psicológicos em conjunto com uma série de fatores. Tem sido objeto de estudo de muitos pesquisadores que têm tentado encontrar uma conclusão definitiva sobre o tema, e com isso diminuir os danos gerados por ele ao âmbito social do trânsito. Mudar um comportamento é, portanto, um desafio multidisciplinar, que se interliga com três elementos: o homem, a via e o veículo. Entre todos, o homem é o elemento mais complexo. Ao mesmo tempo que é ele quem desempenha os diversos papéis (motorista, pedestre, ciclista), é ele MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 188 quem sofre a influência dos fatores internos e externos que muitas das vezes modificam o seu comportamento. Por isso que em torno de 90% dos acidentes de trânsito são de responsabilidade atribuída ao fator humano! Um número chocante que nos induz a concluir que são necessárias aplicações de ações educativas, tanto quanto de melhorias na sinalização, da fiscalização e da punição. O empenho não é somente para baixar as estatísticas de acidentes, mas sobretudo para fazer com que os indivíduos que participam do trânsito exerçam mais plenamente sua cidadania, ou seja, se tornem cidadãos mais conscientes, solidários, reflexivos, críticos e responsáveis. Afinal, assim como diz o Código de Trânsito Brasileiro, o trânsito em condições seguras é não só um direito, mas também dever de todos. Comportamentos: Seguro, Inseguro e de Risco Comportamento, é um ato observável, demonstrado por linguagem corporal, em palavras e em seu produto de trabalho. São dois os tipos de comportamento que se deseja ter no que se refere à prevenção de acidentes e ao papel que os comportamentos desempenham: os obrigatórios e os que são discricionários. As ferramentas que são projetadas para abordar e controlar comportamentos obrigatórios são: as regras, as políticas e os procedimentos. A segurança baseada em comportamento é outra das ferramentas colocadas em prática MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 189 Outras ferramentas como a segurança baseada em comportamento são colocadas em prática para abordar e influenciar comportamentos que orientam a prevenção de lesões. Controlar as ferramentas e exercer influência sobre elas não deve ser prioridade, pois apresentam valores diferentes e misturá-las cria conformidade e problemas culturais. Além do mais, existem certos comportamentos (observáveis) que levam outros a expressar preocupação, intervir ou fornecer feedback positivo. Esses comportamentos se enquadram em três categorias: comportamentos inseguros, comportamentos de risco e comportamentos seguros. Comportamentos Inseguros São atos que podem ser classificados como perigosos, que muitas vezes resultam em acidentes com lesões e podem ser identificados com bom senso e experiência. As ações que chamamos de inseguras, são aquelas que apresentam total probabilidade de darem “errado”, ou seja, um resultado negativo, com alto potencial de gravidade. Para empregar um exemplo, imagine estar dirigindo em alta velocidade e, de repente, decidir fechar os olhos por 30 segundos. É impossível argumentar que não haveria alta probabilidade dessa ação gerar um grave dano ou tragédia. Comportamentos inseguros devem ser interrompidos, desestimulados e proibidos. Comportamentos de Risco MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 190 São condições às quais as pessoas se expõem, conscientemente ou não, aos riscos de se envolverem em algum tipo de acidente. No trânsito, podemos exemplificar um comportamento de risco inconsciente com um motorista que não realiza a manutenção preventiva de seu veículo com frequência. Isso poderá resultar em um acidente de trânsito grave envolvendo o condutor e até mesmo terceiros, como passageiros, pedestres e condutores de outros veículos. O condutor, nesse caso, acaba sendo vítima e fazendo vítimas com sua própria negligência. Existem também ocorrências de comportamento de risco consciente. Um exemplo desse tipo de prática acontece quando um transportador de carga perigosa se recusa a utilizar os EPIs(Equipamentos de Proteção Individual), mesmo já tendo sido alertado – por meio de palestras sobre a importância dos equipamentos para garantir sua própria saúde e segurança, ou por orientação direta da própria empresa para qual trabalha. Outro exemplo, é dirigir mesmo em uma velocidade baixa, enquanto viaja nos pensamentos e mexe na estação de rádio de seu veículo. Um risco que, aliás, é praticado todos os dias por vários motoristas. São comportamentos que preocupam as organizações porque costumam ser difíceis de detectar com bom senso e experiência, sem mais dados e ferramentas sofisticadas para analisá-los. É um comportamento que deve ser identificado, orientado e treinado. Comportamentos Seguros Estes são atos sem a presença de perigos ou com pouco perigo, que quase nunca resultam em danos. É quando se controla todos os riscos conhecidos e se pratica ações que evitam que outros riscos apareçam. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 191 Imagine estar a dirigir com as mãos mantidas no volante, com a cabeça levemente inclinada para frente, atento a tudo o no ambiente e a todas as mudanças que nele ocorrem, e com a atenção totalmente focada na direção. É um tipo de comportamento que deve ser reforçado, incentivado e divulgado. Quanto mais alta for a probabilidade de uma consequência negativa, mais será fácil das pessoas reconhecerem os riscos. Quando o risco potencial é reduzido, as pessoas tendem a ignorar ou deixar de reconhecer o risco referente à tal atividade e continuar a se comportarem de modo inseguro ou arriscado. Costuma acontecer muitas vezes de estarmos realizando tarefas de forma insegura e não nos damos conta até que alguém nos aponte. E as regras devem ser estabelecidas e aplicadas de forma consciente e consistente, de modo que ensine a equilibrar as consequências para que comportamentos inseguros sejam interrompidos ou prevenidos. É essencial que os comportamentos seguros sejam reforçados de forma positiva até que se tornem hábitos e sejam perpetuados. Comportamento pós-acidente Se mesmo diante de todos os conhecimentos adquiridos você provocar ou sofrer um acidente, mantenha-se calmo. Dependendo da gravidade do impacto, paralise o trecho acidentado da via (no caso de ser condutor de transporte de carga perigosa ou indivisível) e chame imediatamente uma MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 192 equipe de socorro. Tente acalmar a vítima, mas evite tocar nela, pois pode agravar as lesões sofridas. Não faça torniquetes se ela estiver com sangramento. Deixe que todo o procedimento de resgate seja feito pelos profissionais de salvamento. O 176 do Código de Trânsito Brasileiro estabelece as providências que devem ser adotadas pelo condutor envolvido em acidente com vítima, sob pena de lhe ser aplicada multa administrativa. Capítulo XV - DAS INFRAÇÕES Art. 176 - Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima: I. de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê- lo; II. de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de evitar perigo para o trânsito no local; III. de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da polícia e da perícia; IV. de adotar providências para remover o veículo do local, quando determinadas por policial ou agente da autoridade de trânsito; V. de identificar-se ao policial e de lhe prestar informações necessárias à confecção do boletim de ocorrência: VI. Infração - gravíssima; Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir; Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação. Impactos MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 193 Os acidentes de trânsito geram impactos na economia, no meio ambiente e na sociedade. Na saúde pública lotam leitos hospitalares, nas empresas provocam faltas no trabalho, no setor jurídico, geram indenizações, sem falar nos gastos materiais particulares dos envolvidos. No Brasil, em média 200 pessoas por dia se afastam do mercado de trabalho por causa de acidentes de trânsito. Após os acidentes, as vítimas muitas vezes são identificadas com estresse pós-traumático, uma questão que é problemática para a saúde pública. De acordo com o último estudo divulgado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, a violência no trânsito tem gerado custos que poderiam ser investidos em outros setores no país. Daria, por exemplo, para construir 22 mil novos hospitais e triplicar o número de escolas que existem no país! Vale destacar que as consequências negativas dos acidentes abrangem problemas psíquicos e sociais, que muitas vezes não são notados de imediato, mas sim depois de um certo tempo acompanhando e observando as vítimas. Traumas Um acidente grave de trânsito pode gerar danos que vão além dos físicos e materiais em uma pessoa, pode gerar traumas. Uma pessoa que tenha sofrido ou testemunhado um acidente de grandes proporções pode apresentar graves sequelas emocionais, como o TEPT(Transtorno de Estresse Pós- Traumático). MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 194 Existem várias formas diferentes de manifestação dos traumas, e cada pessoa lida com eles e reage de forma distinta. Dependendo da pessoa (se ela for mais sensível, por exemplo), poderá sentir uma dificuldade imensa de administrar essas emoções. Por isso existem abordagens específicas para cada indivíduo superar esses traumas. Os traumas possuem uma significação ampla, e podem ocorrer por várias outras razões, como: assaltos, sequestros abuso e violência sexual, e violência extrema, como guerra ou ataques terroristas. Sinais de Trauma Psicológico em Pessoas Acidentadas Como foi dito, os sintomas emocionais após um acidente ou qualquer outro evento traumático variam de uma pessoa para outra. Da mesma forma como ocorre com a maioria das condições de saúde mental, a experiência negativa vivenciada com um acidente é diferente para cada um, e o trauma costuma se manifestar de várias maneiras distintas. Os sintomas comumente apresentados são: ✓ Pesadelos: A pessoa traumatizada costuma reviver o evento traumático através dos sonhos enquanto dorme. Isso ocorre porque o cérebro fica tentando processar o evento, com o objetivo de tentar ajudar o sistema nervoso a se recuperar do choque. Os pesadelos costumam inclusive causar insônia. ✓ Flashbacks: Geralmente são provocados por situações ou lugares que lembram o evento que gerou o trauma. Assim como os pesadelos, são capazes de fazer com que as emoções vivenciadas durante o acontecimento voltem a ocorrer. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 195 ✓ Crises de ansiedade ou pânico: Quando a pessoa passa por situações que a façam lembrar do evento traumático que ocorreu, é comum desencadear crises de ansiedade. Por exemplo, quem sofreu um acidente de carro pode sentir ansiedade ou pânico ao tentar entrar em um veículo novamente, ou ao voltar a passar pelo local do acidente. ✓ Tristeza ou culpa: Quando a experiência traumática com acidente envolveu outras pessoas que acabaram feridas ou mortas, a pessoa pode sentir a dor da culpa. Ela pode inclusive rememorar o evento e começar a imaginar as coisas que ela poderia ter feito ou que poderiam ter sido feitas para evitar o fato ou salvar o outro. Há pessoas que por esse motivo desenvolvem quadros severos de depressão. ✓ Instabilidade emocional: As pessoas traumatizadas podem apresentar uma grande quantidade de emoções diferentes, enquanto estão mergulhadas em um estado geral de torpor. Isso indica a necessidadede pedirem ajuda a profissionais de saúde mental. Estes são apenas alguns sintomas comuns dos traumas emocionais de acidentes. já que cada pessoa reage de forma diferente, o mais importante é a pessoa se autoconhecer. Ao perceber que há algo errado consigo, deve buscar ajuda profissional. Como superar o trauma Existem várias ações que a pessoa que está passando por um trauma pode tomar para superá-lo e retornar à sua vida normal livre destas sensações angustiantes. Veja algumas: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 196 Faça exercícios respiratórios: Às vezes o evento traumático vivido foi tão forte que parece não ser possível um retorno da vida normal. Porém, atividades como exercícios respiratórios e meditação podem ajudar a pessoa a voltar a dormir bem, a se livrar dos flashbacks e a superar a ansiedade. Se você passou por algum trauma, seja ocasionado por acidente ou outro fator, aprenda a respirar profundamente. Isso irá ajudá-lo bastante. Pratique exercícios físicos: Eles proporcionam a liberação de endorfina, que é uma substância química utilizada pelos neurônios na comunicação do sistema nervoso, um hormônio que produz a sensação de bem estar. Além do mais, ele distrai a pessoa de lembranças e pensamentos que trazem as emoções ruins e do mundo em redor. Crie uma rotina saudável: A ocorrência de um acidente, sobretudo se for traumático, é capaz de alterar toda uma rotina de vida. Afastamento do trabalho, período de internação e de recuperação física, podem fazer a pessoa perder a noção do tempo e até desenvolver um quadro depressivo. Para restaurar as energias para seguir em busca de seus objetivos, é importante que ela volte, nem que seja aos poucos, à sua rotina de antes. Isso pode fazer uma grande diferença para o seu bem-estar e ajudá-la a se recuperar do trauma. Cultive hobbies: Boas distrações costumam ser grandes aliadas na superação de traumas. Ao buscar atividades relaxantes como artesanato, pintura, crochê, jardinagem, desenho, violão, entre tantas outras, ajudam a pessoa a se distrair e evitam que ela fique constantemente relembrando os momentos ou revivendo sentimentos relativos ao trauma. Faça terapia para superar o trauma: Para a superação de qualquer tipo de trauma, a terapia geralmente é um excelente meio. A terapia cognitivo-comportamental, por exemplo, é perfeita para trabalhar disfunções causadas por problemas ou acontecimentos específicos, MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 197 como um acidente. O psicólogo é um profissional capacitado a auxiliar a pessoa nesse processo através de uma série de sessões individuais e de tarefas para ela realizar. Estado físico e mental do condutor, consequências da ingestão e consumo de bebida alcoólica e substâncias psicoativas Além de todos os conhecimentos e orientações sobre a legislação do trânsito e direção defensiva, é necessário que o condutor dirija em bom estado de saúde. Qualquer alteração em seu estado físico e mental pode afetar diretamente sua capacidade de dirigir de forma segura. As principais causas destas alterações são: as deficiências visual, motora e auditiva, o uso de álcool e drogas ilícitas ou lícitas, como os medicamentos cujo efeito alteram a capacidade de percepção, condições físicas como o sono, o cansaço a fadiga, as alterações de estado psicológico e fatores comportamentais de risco, como a agressividade, a distração ou a pressa e claro, o estresse, a pessoa estressada sempre é propensa a reagir de forma inadequada às situações de tensão e perigo. Inclusive, o artigo 166 do CTB prevê a punição a quem confiar a responsabilidade de seu veículo a uma pessoa que apresente qualquer uma destas alterações: Capítulo XV - DAS INFRAÇÕES Art. 166 - Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não estiver em condições de dirigi-lo com segurança. Infração - gravíssima; Penalidade - multa. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 198 Adaptações Físicas Quanto às deficiências físicas, estas não impedem o motorista de dirigir, mas o colocam na condição de fazer o uso adequado de acessórios obrigatórios, como adaptações no veículo para dirigir, lentes e próteses corretivas. Desta forma as deficiências físicas podem ser neutralizadas e a pessoa poderá dirigir normalmente. Mas é importante que o condutor busque um treinamento qualificado, em instituições que possuam veículos especialmente equipados ou adaptáveis para essa finalidade. O Uso de Toda a Capacidade Intelectual A habilidade de dirigir ou pilotar um veículo exige do condutor a utilização de todas as categorias de inteligência que compõem a capacidade intelectual. Atualmente essas categorias são classificadas em 8: noção de espaço - coordenação motora - comunicação - raciocínio lógico - autoconhecimento e compreensão - relacionar-se - situar no meio ambiente - e distinção e interpretação dos sons. Quando aprendemos a dirigir corretamente, o cérebro, que é o órgão que exerce todos os comandos, automatiza todos os processos e reações que adquirimos. Quem aprende certo automatiza certo, quem aprende errado, automatiza errado. Eis a explicação do porquê ser tão difícil corrigir maus hábitos de quem aprendeu de forma incorreta! Alterações Mentais MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 199 Os tipos de alteração mental que ocorrem podem ser psicológicos, emocionais ou psíquicos. Os estados emocionais e psicológicos quando são alterados, tendem a afetar a capacidade da pessoa dirigir com segurança. São alterações como depressão, estresse, irritação, raiva, traumas, insegurança ou alterações devido a comoções, etc. Já as alterações psíquicas são doenças como, epilepsia, neuroses, psicoses, etc. Dependendo do grau de manifestação dessas doenças, seus portadores poderão até estar impedidos de dirigir. Há também as alterações artificiais que o homem faz de suas funções, que é quando faz utilização de substâncias químicas que alteram o funcionamento do seu cérebro, sendo o álcool, as drogas e os medicamentos usados com mais frequência (principalmente calmantes, remédios para emagrecer, rebites, antidepressivos e anti alérgicos). Vale lembrar o que versa o Art. 165 do CTB sobre a proibição: Art. 165 - Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4º do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 200 Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012) As práticas populares de banho frio, café amargo, exercícios físicos e chazinhos caseiros para eliminar os efeitos do álcool no organismo não são eficientes, mesmo para aquelas pessoas que se acham resistentes à bebida ou até pensam que “conduzem melhor quando bebem”. Ou seja, não funcionam. A única prática realmente eficaz é esperar passar o efeito do álcool no organismo de forma natural, e isso varia de acordo com o tempodecorrido logo após beber, a altura, o peso, e a quantidade de alimentos que o indivíduo tem no estômago. E quanto ao uso dos medicamentos citados, o melhor que a pessoa pode fazer é evitar dirigir durante o período em que estiver fazendo uso deles (quando tratarem-se de tratamentos médicos). Alguns, como o rebite (estimulante que visa manter o condutor acordado) são grandes armadilhas para o organismo e devem ser eliminados. Consequências Da Ingestão E Consumo De Bebida Alcoólica E Substância Psicoativa Inúmeras campanhas durante todo o ano demonstram e comprovam o quanto é perigoso o consumo de álcool combinado com a direção. Grande parte dos acidentes com vítimas fatais no país envolve um motorista bêbado, ou que tenha consumido uma certa quantia de álcool e isso serve também para o uso de entorpecentes e alucinógenos. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 201 Ingerir bebida alcoólica ou usar drogas, conforme já dito anteriormente, além de reduzir a concentração, afeta a coordenação motora, muda o comportamento e diminui o desempenho, limitando a percepção de situações de perigo e reduzindo a capacidade de ação e reação do motorista. Assim, um motorista que tenha consumido alguma bebida alcoólica, antes de dirigir, automaticamente terá problema com seus reflexos e, consequentemente, estará colocando em risco a sua vida e a vida dos demais usuários da via. condutor em estado de embriaguez, mesmo leve, compromete sua segurança e a dos demais usuários da via. Após a publicação da lei nº 11.705 de 2008, o condutor que apresentar concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência, será penalizado com detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor, conforme art. 306 do CTB. Veja abaixo algumas dicas de como evitar problemas por causa das bebidas: • Não beba antes de dirigir; Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 11.705, de 2008) Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 202 • Se você vai a uma festa e pretende consumir bebidas alcoólicas, procure uma alternativa de transporte: pegue carona, um ônibus ou um táxi; • Não deixe os condutores consumirem bebida alcoólica; • Ao sair da festa não aceite carona de quem consumiu bebidas alcoólicas; • Se você ingeriu alguma bebida alcoólica, o único remédio é o tempo. Não se engane! Café e banho gelado não conseguem eliminar os efeitos do álcool; • Se você gosta de beber, deixe sempre o carro em casa. E lembre-se, ao dirigir após a ingestão de álcool, você não coloca em risco somente a sua vida, mas também a de outras pessoas que estão integrando o trânsito. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 203 QUESTIONÁRIO: Direção Defensiva 1) Fazer sinal de seta, checar o espaço e acionar novamente a seta são procedimentos padrões de: A) Pare e siga B) Realizar ultrapassagem C) Acidente evitável D) Sofrer ultrapassagem 2) A respeito dos tipos de colisões, é correto afirmar que: A) a colisão ao ser ultrapassado ocorre quando o condutor que faz a ultrapassagem não faz a avaliação correta do espaço/tempo. B) os condutores de motocicletas e similares de duas rodas precisam por lei seguir toda a sinalização e todas as regras do CTB. Essa obediência é plena e os acidentes com motos são raros. C) A colisão com pedestres pode ser considerada muito difícil de prevenir devido ao comportamento imprevisível dos pedestres. D) Para evitar uma colisão com ciclistas, é necessário estar atento à presença destes na via, assim como eles também devem estar atentos ao trânsito e obedecer a certas regras presentes no CTB. 3) Em relação à importância de ver e de ser visto no trânsito, uma das medidas que ajuda o condutor a evitar motocicletas em seus pontos cegos é: A) Ajustar os retrovisores esquerdo, direito e central, e mantê-los sempre em perfeito estado B) A intensidade e a variação de luminosidade, pois ajudam a ampliar a visão do condutor. C) Manter películas e adesivos nos vidros, já que não atrapalham a visão dianteira MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 204 D) Usar as luzes de indicações, especialmente o farol alto e a luz baixa, além de reduzir a velocidade 4) Assinale abaixo a única afirmação incorreta em relação a comportamento pós-acidente e a estados físicos e mentais do condutor: A) Insônia, pesadelos e crises de pânico são sinais de traumas em pessoas acidentadas. B) Quando dirigimos, utilizamos todas as habilidades de nossa capacidade intelectual. C) Fazer terapias e tratamentos psicológicos amenizam o trauma, mas não são muito eficazes na eliminação do mesmo. D) O uso de álcool, drogas e medicamentos geram alterações de forma artificial e alteram os comandos de seu cérebro. 5) O efeito de deslizar sobre uma camada fina de água em vias alagadas, que poderá levar um condutor a colidir frontalmente com o veículo em sentido contrário em pista reta e de mão dupla, é denominado, em direção defensiva, como a) força centrífuga. b) aquaplanagem. c) força centrípeta. d) falta de força motriz. 6) Os condutores de veículos devem ficar muito atentos aos seus atos e praticar direção defensiva em toda sua jornada. Assinale a alternativa que melhor define a direção defensiva: A) Forma de dirigir que permite identificar antecipadamente as situações de perigo, e prever o que pode acontecer com você. B) Forma de dirigir sem prever o que pode ocorrer durante a dinâmica de dirigir. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 205 C) Forma de dirigir que coloca em risco a vida dos pedestres. D) Forma de dirigir sem a devida observância das leis e normas de trânsito. 7) Sobre direção defensiva, analisar os itens abaixo: I. O tempo que se ganha utilizando uma velocidade mais elevada compensa os riscos e o estresse. II. É recomendado fazer uma curva movimentando o mínimo possível o volante, evitando movimentos bruscos e oscilações na direção. A) Os itens I e II estão corretos. B) Somente o item I está correto. C) Somente o item II está correto. D) Os itens I e II estão incorretos. 8) Assinale a alternativa que exemplifica corretamente uma condição adversa da via. A) chuva B) neblina C) asfalto esburacado D) má regulagem dos freios 9) A aquaplanagem ocorre pela combinação dos fatores. Marque (V) para as afirmativas Verdadeiras e (F) as Falsas. ( ) Excesso de água na pista. ( ) Redobrar o cuidado em curvas e frenagens. ( ) Alta velocidade. ( ) Manter farol baixo ligado, sempre. ( ) Pneus com profundidade de sulco insuficiente. Assinale a sequência CORRETA. A) V – V – F – V – F. B) F – F – V – F – V. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 206 C) V – F – V – F – V. D) F – V – F – V – F. 10) Com relação à direção defensiva, julgue os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta: I. O condutor defensivo é aquele que não adota um procedimento preventivo. II. O condutor defensivo é aquele que tem uma postura bem agressiva, pensando sempre na segurança própria. III. Direção defensiva é o ato de conduzir de modo a evitar acidentes,apesar das ações incorretas dos outros e das condições adversas. A) Apenas o item I é verdadeiro. B) Apenas o item II é verdadeiro. C) Apenas o item III é verdadeiro. D) Apenas os itens I e II são verdadeiros. 11) A prática da Direção Defensiva não faz com que a Direção Corretiva seja indispensável, pois acidentes, de acordo com o dicionário, são eventos inesperados. Ambas são extremamente necessárias, ainda mais quando se fala de dirigir um caminhão, que é um automóvel de grande porte. Assinale a alternativa que se refere a um exemplo de direção defensiva: A) Acionar os órgãos competentes. B) Sinalizar a via depois do acidente. C) Procurar extintor de incêndio (se necessário). D) Não dirigir com sono ou sob o efeito de remédios que alteram a percepção. 12) A neblina é um exemplo de condição adversa de: A) via. B) carga. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 207 C) veículo. D) tempo. 13) Acerca da direção defensiva é correto afirmar, EXCETO: A) os elementos essenciais para uma boa conduta no trânsito: conhecimento, atenção, previsão, decisão e habilidade. B) o motorista, tendo conhecimento de que está dirigindo com cautela e segurança, deve sempre repreender àquele que por distração quase o envolveu em um acidente. C) os motoristas devem sempre lembrar que não são apenas os veículos que compõem o trânsito, de modo que, os ciclistas e pedestres estão constantemente nos acostamentos e cruzando as ruas. D) a pessoa que dirige um veículo tem que estar com a condição física e psicologicamente bem. 14) Assinale a alternativa correta sobre o tema: “direção defensiva”: A) Uma das estratégias de segurança é dirigir sob efeito de psicoativos. B) Deve se manter uma distância segura dos demais veículos. C) A manutenção preventiva em nada interfere na segurança do veículo. D) Enviar mensagens por aplicativos em nada interfere na segurança do motorista, e dos demais passageiros. 15) O Manual de Direção Defensiva apresenta diversas situações que causam riscos e perigos no trânsito e que precisam ser observadas pelos condutores, permitindo que se possa reconhecer antecipadamente as situações de perigo e prever o que pode acontecer com você, com terceiros, com o seu ou outros veículos. A Penumbra é uma das condições de risco e está relacionada: A) Aos Veículos. B) Ao Ambiente. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 208 C) Aos Condutores. D) Às Vias de Trânsito. 16) Considerando-se a direção defensiva, sobre a ultrapassagem, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: ( ) Para fazer a ultrapassagem, pode-se exceder a velocidade máxima permitida naquele trecho da via. ( ) Nos declives, as velocidades de todos os veículos são maiores. ( ) Ao perceber a tentativa de outros veículos, não dificultar a ultrapassagem, deve-se manter a velocidade do veículo ou, até mesmo, reduzi-la ligeiramente. A) C - E - E. B) C - E - C. C) E - C - C. D) E - C - E. 17) Dentre as afirmações abaixo assinale (C) nas que estão corretas e (E) nas que estão erradas: (__) O condutor que conduz de forma econômica tem como objetivo principal evitar acidentes durante seu percurso. (__) O Código de trânsito diz que, "transitar com o veículo produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis superiores aos fixados pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito)", é uma infração leve e não possui penalidades. (__) As manutenções preventivas são responsáveis pelo aumento da vida útil dos veículos. (__) A colisão com veículo da frente pode se dar por desatenção do condutor que está logo atrás e não respeitar as distâncias mínimas de segurança. Após análise, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA dos itens acima, de cima para baixo: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 209 A) E, E, C, E. B) E, E, C, C. C) C, C, C, C. D) E, C, C, C. 18) Sobre direção defensiva é correto afirmar o seguinte: A) os cuidados devem ser redobrados durante a condução de veículo sob chuva forte porque a distância de frenagem é reduzida, se comparada à pista seca. B) se os pneus estiverem bem calibrados o veículo não corre o risco de aquaplanagem. C) sono e fadiga são considerados condições adversas do condutor. D) suspensão, direção e pneus são itens irrelevantes para a prática da direção defensiva 19) Ainda com relação à direção defensiva, mais precisamente sobre condições adversas, analise os itens a seguir e, ao final, assinale a alternativa correta: I. condutor. II. veículo. III. vias. A) Apenas o item I é verdadeiro. B) Apenas o item II é verdadeiro. C) Apenas o item III é verdadeiro. D) Todas são verdadeiras. 20) Direção defensiva, ou direção segura, é a melhor maneira de dirigir e de se comportar no trânsito, porque ajuda a preservar a vida, a saúde e o meio ambiente. Conforme apostila “Direção Defensiva – Trânsito seguro é um direito de todos”, é preciso aprender os conceitos da direção defensiva MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 210 e usar este conhecimento com eficiência. Dirigir sempre com atenção para poder prever o que fazer com antecedência e tomar as decisões certas para evitar acidentes. A primeira coisa a aprender é que acidente não acontece por acaso, por obra do destino ou por azar. Na grande maioria dos acidentes, o fator humano está presente, ou seja, cabe aos condutores e aos pedestres uma boa dose de responsabilidade. Toda ocorrência trágica, quando previsível, é evitável. Os riscos e os perigos a que estamos sujeitos no trânsito estão relacionados com: I. As vias de trânsito. II. O ambiente. III. O comportamento das pessoas. IV. Os condutores. V. Os veículos. Quais estão corretos? A) Apenas I e V. B) Apenas II e III. C) Apenas II, III e IV. D) I, II, III, IV e V. 21) Para evitar colisões nos cruzamentos é fundamental: A) Respeitar a preferência. B) Olhar primeiro para a direita e avançar. C) Aumentar a velocidade. D) Diminuir a velocidade e buzinar 22) É atitude do condutor defensivo, quando ingerir bebida alcoólica: A) Dirigir redobrando os cuidados. B) Dirigir somente se estiver acompanhado. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 211 C) Tomar banho bem frio ou molhar a cabeça para despertar, antes de começar a dirigir. D) Não dirigir o veículo, pedindo a outro condutor habilitado que realize tal atitude 23) Sobre acidentes de trânsito podemos afirmar que a maioria deles está associada a: A) Falhas mecânicas. B) Deficiência da via. C) Falta de sinalização. D) Falhas humanas. 24) Tempo de reação é aquele que transcorre entre: A) O pisar no freio e a imobilização total do veículo. B) O acionar a embreagem e o freio. C) Ver o perigo e pisar no freio. D) Perceber o perigo e parar. 25) Assinale a alternativa que responda à questão. A chuva é condição adversa do ______, lâmina d’água na pista é condição adversa da ______, possibilitando a ocorrência de hidroplanagem que pode ser aumentada por determinadas condições adversas do ______. A) Veículo; via; condutor. B) Tempo; via; veículo. C) Condutor; máquina; passageiro. D) Veículo; chuva; tempo 26) O condutor que dirige com segurança é aquele que: A) Circula com velocidade adequada às circunstâncias. B) Ultrapassa outro veículo pela direita. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 212 C) Circula em baixa velocidade em qualquer situação. D) Circula sempre pela faixa da direita.27) O acidente que envolve apenas um veículo e que não se conhecem suas possíveis causas chama-se: A) Colisão misteriosa. B) Colisão em uma passagem de nível (via férrea). C) Colisão com animais. D) Atropelamento. 28) Uma das reações defensivas do condutor, ao perceber a iminência de uma colisão frontal, é: A) Encostar ao máximo para a direita da pista. B) Ligar o pisca-alerta. C) Deslocar-se para o acostamento da esquerda. D) Aumentar a velocidade. 29) A atitude correta para o condutor defensivo evitar acidente com pedestre é: A) Ceder o direito de passagem ao pedestre. B) Buzinar, indicando perigo. C) Acender os faróis, quando avistar pedestres na pista. D) Respeitar o pedestre, apenas se o mesmo estiver atravessando na faixa apropriada 30) Na sinalização horizontal, o conjunto de linhas paralelas, de cor branca, que, pelo efeito visual, induzem o condutor a reduzir a velocidade do veículo é definida como A) linhas de desestímulo à redução de velocidade. B) marcas de canalização. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 213 C) faixa paralela. D) linhas de estímulo à redução de velocidade. 31) Julgue as assertivas abaixo acerca do cruzamento das vias pelos pedestres: I. Onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo; II. Para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres ou delimitada por marcas sobre a pista o pedestre deve obedecer às indicações luminosas, caso haja foco de pedestres. III. Onde não houver foco de pedestres, aguardar que o semáforo ou o agente de trânsito interrompa o fluxo de veículos. IV. Nas interseções e em suas proximidades, onde não existam faixas de travessia, os pedestres devem atravessar a via na continuação da calçada. Assinale a alternativa CORRETA: A) Todas as assertivas estão corretas. B) Apenas as assertivas I, II e III estão corretas. C) Todas as assertivas estão erradas. D) Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas. 32) Em diversos manuais básicos de segurança, há orientações sobre como evitar colisões entre veículos. Entre elas, está a concentração da atenção completamente no trânsito e jamais cometer atos que possam desviar a atenção, como utilizar o celular, ingerir bebida alcoólica, entre outros. Nesse sentido, relacione a Coluna 1 à Coluna 2, associando os três principais tipos de colisões às maneiras de evitá-las. Coluna 1 1. Colisão frontal. 2. Colisão lateral. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 214 3. Colisão traseira. Coluna 2 ( ) Comum em vias de pista única, é a que mais resulta em fatalidades, uma vez que a velocidade dos dois veículos é somada no momento do impacto. Para evitá-la, seja responsável e nunca inicie uma manobra de ultrapassagem sem verificar se outro veículo está realizando esta manobra, respeite a faixa contínua e fique atento ao comportamento dos outros condutores que dividem a via com você. A colisão contra objetos parados pode ocorrer por embriaguez e distração, portanto, esteja descansado, não beba e desconecte-se do celular. ( ) Este tipo de colisão ocorre principalmente pelo fato de o condutor não manter uma distância segura em relação ao veículo que segue à sua frente. Portanto, mantenha uma distância segura do veículo à sua frente e não realize nenhuma atividade que possa desviar sua atenção. ( ) São eventos que ocorrem perpendicularmente, ou seja, em cruzamentos e saída de pista, e devem-se principalmente ao desrespeito à sinalização e preferência. Obedeça às placas de PARE e redução de velocidade e esteja atento à preferência dos veículos que trafegam na via perpendicular à sua. Para evitar esse tipo de colisão no mesmo sentido, verifique o retrovisor e utilize os indicadores de direção ao mudar de faixa, comunicando-se corretamente com os outros usuários da via. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: A) 1 – 2 – 3. B) 2 – 1 – 3. C) 1 – 3 – 2. D) 3 – 2 – 1. 33) A colisão de veículo em movimento com um obstáculo fixo (veículo estacionado, poste, árvore, muro, gradil, defensa, guia etc.) é a definição de qual tipo de acidente de trânsito? MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 215 A) Tombamento. B) Choque. C) Atropelamento. D) Colisão. 34) Entre as alternativas, marque aquela em que pneus em bom estado ou novos reduzem drasticamente as chances da ocorrência de acidentes: A) Colisão lateral. B) Pane seca. C) Aquaplanagem. D) Atropelamento. 35) De acordo com o Art. 105 do CTB, são equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN, exceto A) dispositivo de defesa dos ocupantes de um meio de transporte que serve para, em caso de colisão, não permitir a projeção do passageiro para fora do veículo e nem que esta bata a cabeça contra o para- brisas ou outras partes duras do veículo. cinto de segurança. B) sistema de refrigeração de ambientes fechados, fazendo com que estes fiques refrigerados, proporcionando maior conforto aos passageiros. C) luzes com a função de melhorar significativamente a visibilidade do veículo sob iluminação natural, fazendo com que o veículo se torne perceptível durante a rodagem diurna. D) equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo. 36) Para evitar colisão com o veículo da frente, um condutor defensivo deverá trafegar MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 216 A) mantendo a regra dos dois segundos quando estiver conduzindo veículo de até seis metros de comprimento. B) somente em primeira marcha, a 20 km/h nas vias arteriais não sinalizadas. C) quando estiver a 80 km/h, mantendo oito metros de distância do veículo da frente. D) em pista única de mão dupla, somente pela esquerda e próximo ao veículo da frente quando estiver a mais de 40 km/h, e mantendo pelo menos dois metros de distância. 37) Direção Defensiva é a forma de dirigir que permite ao condutor reconhecer antecipadamente as situações de perigo e prever o que pode acontecer com ele, com seus acompanhantes, com o seu veículo e com os outros usuários da via. Assinale abaixo a alternativa CORRETA no que diz respeito à Direção Defensiva: A) Para manter o veículo em condições seguras, deve-se criar o hábito de fazer periodicamente a manutenção corretiva. Ela é fundamental para minimizar o risco de acidentes de trânsito. Uma manutenção feita em dia evita quebras, custos com consertos e, principalmente, acidentes. B) A posição correta ao dirigir evita desgaste físico e contribui para evitar situações de perigo. Deve-se dirigir com os braços e pernas ligeiramente dobrados, segurando o volante com as duas mãos, como os ponteiros do relógio na posição de 9 horas e 15 minutos. Assim, é possível ver melhor o painel, acessar melhor os comandos do veículo e nos veículos com “airbag”, não se impede seu funcionamento. C) A função dos sulcos é permitir o escoamento da água para garantir perfeita aderência ao piso e a segurança, em caso de piso molhado. O pneu deve ter sulcos de, no mínimo, 1,8 milímetros de profundidade. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 217 D) Ao fazer uma curva, sentimos o efeito da força centrípeta, a força que nos “joga” para fora da curva e exige um certo esforço para não deixar o veículo sair da trajetória. Quanto maior a velocidade, mais sentimos essa força. Ela pode chegar ao ponto de tirar o veículo de controle, provocando um capotamento ou a travessia na pista, com colisão com outros veículos ou atropelamento de pedestres e ciclistas. 38) Quandoestiver conduzindo um veículo lembre-se de que você, em outras circunstâncias, é passageiro ou pedestre. Assim, deve-se: A) Ultrapassar veículos parados em fila, que estejam aguardando a abertura do sinal luminoso. B) Ultrapassar outro veículo em pontes e viadutos. C) Dar passagem aos pedestres, apenas quando for passar sobre a calçada para entrar em algum estacionamento. D) Dar passagem aos pedestres que estiverem nas faixas de segurança, onde não existir sinal luminoso. 39) Manter uma distância do veículo da frente é uma: A) Condição segura para que o condutor tenha tempo de reagir e acionar os freios bruscamente, diante de situação de emergência. B) Conduta desnecessária para a segurança no trânsito. C) Condição segura para que o condutor tenha tempo de reagir e acionar os freios diante de situação de emergência. D) Conduta que contraria as normas de direção defensiva. 40) Direção Defensiva leva o condutor a: A) Dirigir indiferentemente quanto aos demais usuários. B) Dirigir com atenção dispersiva. C) Dirigir com educação, segurança e eficiência. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 218 D) Dirigir com atenção fixa. 41) Não são técnicas adequadas para a realização de uma ultrapassagem segura: A) Realizar sinalização e redobrar a atenção. B) Manter distância de segurança, antes de iniciar a manobra. C) Planejar o espaço necessário para a manobra completa. D) Ultrapassar pelo acostamento quando o trânsito estiver muito lento. 42) É correto afirmar que o condutor defensivo geralmente é: A) Um motorista profissional. B) Um motorista corretivo. C) Um especialista em trânsito. D) Um bom cidadão. 43) “Enxergando” o perigo com antecedência, você estará: A) Prevendo a falta de responsabilidade dos pedestres. B) Prevendo a falta de responsabilidade dos outros motoristas. C) Trafegando com margens de segurança. D) Todas a afirmativas estão corretas. 44) A atitude prudente para se livrar de veículos “colados” na retaguarda é: A) Desviar para a esquerda, alertando o outro condutor. B) Aumentar a velocidade em relação ao outro veículo. C) Acender o pisca alerta, fazendo sinal de braço para o outro condutor. D) Encostar para a direita da pista, reduzindo a velocidade se necessário, dando passagem para o veículo. 45) A cegueira momentânea causada pelo excesso de luz provoca: A) Ofuscamento. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 219 B) Catarata. C) Penumbra. D) Nevoeiro. 46) A colisão frontal é considerada a mais perigosa nos ensinamentos de direção defensiva porque: A) As velocidades se somam e o risco de morte aumenta. B) Em baixas velocidades, os danos materiais são muito altos. C) Só acontecem em rodovias federais. D) Os carros envolvidos, se de grande porte, não protegem os ocupantes. 47) A distância percorrida pelo veículo, logo após o condutor perceber efetivamente o perigo e acionar os freios, é denominada: A) Distância de reação. B) Distância de parada. C) Distância de frenagem. D) Distância de percepção. 48) A finalidade da direção defensiva é a condução: A) Em alta velocidade. B) De forma educada e segura. C) De automatismos incorretos. D) Sem interferência do autocontrole. 49) A maioria dos acidentes está associada à condição adversa do condutor. A grande maioria deles é causada por: A) Falhas mecânicas. B) Deficiência da via. C) Falta de sinalização. D) Falhas humanas. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 220 50) A principal causa da colisão frontal em vias retas é: A) Retorno à esquerda. B) Ultrapassagem incorreta. C) Conversão à direita. D) Ausência de sinalização. 51) A prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se darem velocidade: A) Normal. B) Máxima permitida para o local. C) Reduzida e com os devidos cuidados de segurança. D) Todas as afirmativas acima estão corretas. 52) A soma de ações técnicas e atitudes que permitem prever e evitar acidentes, apesar das ações incorretas dos outros condutores, é chamada de: A) Direção correta. B) Direção corretiva. C) Direção defensiva. D) Direção de alto risco. 53) A ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda, observando-se a seguinte regra: A) Ao ser ultrapassado, o condutor deverá aumentar a velocidade do seu veículo. B) Após ultrapassar, o condutor deverá buzinar avisando que completou a ultrapassagem. C) Para ultrapassar, o condutor deverá ligar os faróis altos. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 221 D) Para ultrapassar, o condutor deverá ter certeza de que dispõe de espaço suficiente. 54) A utilização correta do guia da cidade proporciona deslocamentos seguros, economia de tempo e de combustível. Logo, você deve: A) Guardar o guia em casa. B) Decorar o nome de todas as vias da cidade. C) Manter o guia no porta-luvas, utilizando-o de acordo com as instruções nele contidas. D) Manter o guia no porta-malas, junto com as ferramentas. 55) A velocidade que permite ao condutor reagir diante de um obstáculo, um pedestre ou outro veículo é: A) Compatível com as características da via onde está circulando. B) Máxima permitida para a via onde está circulando. C) Máxima de 80 km/h, de acordo com a legislação de trânsito. D) De 30 km/h, em qualquer via. 56) Adequar a velocidade às diferentes características das vias, permite ao condutor dirigir numa velocidade segura. Por isso, você deve: A) Decidir em cada situação qual a velocidade segura, obedecendo o limite estabelecido, observando as suas próprias condições, as de seu veículo e da via. B) Verificar se outros veículos trafegam em velocidade segura e imprimir maior velocidade no seu. C) Confiar na sua habilidade de dirigir, pois dirige há anos. D) Saber que tem um veículo potente e que pode fazer percursos radicais. 57) Ao adequar a velocidade às diferentes condições da via, do veículo, meteorológicas e a intensidade do trânsito, o condutor deve: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 222 A) Transitar sempre abaixo da metade da velocidade máxima estabelecida. B) Verificar se outros veículos trafegam em velocidade segura e imprimir maior velocidade no seu. C) Redobrar a atenção e aumentar a velocidade. D) Decidir em cada situação, qual a velocidade segura, dentro do limite estabelecido. 58) Além de uma boa revisão no veículo, há outros cuidados a serem tomados para uma viagem tranquila e segura. Sobre isso, assinale a alternativa INCORRETA: A) Deve-se ajudar a evitar acidentes facilitando a ultrapassagem. B) Ficar atento aos sinais dos outros condutores. C) Dar seta à esquerda para indicar condição segura para ultrapassagem ao veículo de trás. D) Manter faróis baixos acesos durante o dia é recomendável. 59) Alguns fenômenos naturais reduzem a nossa capacidade visual e podem tornar-se tão extremos que nos impossibilitam ver outros veículos em condições adversas. A que esses fenômenos estão relacionados? A) Luz. B) Tempo. C) Estrada. D) Trânsito. 60) Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor deve, exceto: A) Manter a velocidade. B) Transitar em velocidade reduzida. C) Transitar em velocidade moderada. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 223 D) Dar passagem a pedestres. 61) Ao atravessar uma passagem de nível com uma ferrovia, sem cancela, você deve: A) Reduzir a velocidade e atravessar a via férrea. B) Parar o veículo,olhar para ambos os lados e efetuar o cruzamento com segurança. C) Buzinar antes de atravessar. D) Acender os faróis do veículo. 62) Ao atravessarmos por locais onde haja fumaça devemos: A) Diminuir a velocidade. B) Aumentar a velocidade. C) Fechar os vidros e ligar os faróis altos. D) Fechar os vidros, diminuir a velocidade e ligar os faróis baixos. 63) Ao conduzir o veículo sob chuva de granizo, o condutor deve: A) Aumentar a velocidade para passar rápido pela chuva. B) Parar o veículo em local seguro e aguardar o término da chuva. C) Ligar o pisca-alerta e parar o veículo imediatamente. D) Parar o veículo debaixo de viaduto para evitar avaria na lataria do veículo. 64) Ao passar sobre um ponto de alagamento e perceber que o freio começa a apresentar falhas, o condutor deve: A) Acelerar utilizando somente uma marcha. B) Engrenar a primeira marcha para manter o motor acelerado. C) Manter a velocidade constante até chegar ao destino. D) Reduzir a velocidade, testar o freio e, se necessário, sinalizar, parar e procurar socorro. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 224 65) Ao dirigir em uma rodovia, ocorre uma situação de ventos laterais fortes. Nessa situação, você: A) Fecha as janelas do veículo e continua com a mesma velocidade. B) Abre a janela do veículo e continua com a mesma velocidade. C) Reduz a marcha do veículo adotando uma velocidade compatível coma situação e abre os vidros. D) Mantém a velocidade normal. 66) Ao notar árvores ou vegetação que possam estar encobrindo a sinalização, o condutor deve: A) Redobrar a atenção e reduzir a velocidade para identificar restrições de circulação. B) Efetuar a poda das árvores para identificar a sinalização. C) Solicitar ao agente de trânsito que efetue a poda das árvores. D) Redobrar a atenção, reduzir a velocidade e não se preocupar com a sinalização. 67) Ao cruzar com outro veículo à noite, utilize a luz baixa. Evite a guerra de faróis. Em caso de ofuscamento, desvie sua visão para: A) Faixa central. B) A faixa da direita. C) A faixa da esquerda. D) O painel do veículo. 68) Assinale a definição correta de drogas psicoativas: A) Substâncias que alteram o sistema neuropsicomotor. B) Bebida com alto teor alcoólico. C) Substância que provocam sonolência. D) Bebidas alcoólicas misturadas. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 225 69) Ao perceber falhas na sua atenção, o condutor defensivo deve agir da seguinte forma: A) Beber água e continuar a viagem. B) Parar o veículo e procurar descansar. C) Aumentar a velocidade para chegar rápido. D) Ultrapassar os outros veículos com atenção. 70) Às imprudências cometidas pelo condutor chamamos de ato: A) Consciente. B) Correto. C) Inseguro. D) Seguro. 71) As margens de segurança se alteram dependendo das: A) Condições da via. B) Ações do condutor. C) Condições em que os veículos se encontram. D) Todas as afirmativas acima estão corretas. 72) Assinale a alternativa correta. Frenagem de emergência é: A) Travamento das rodas. B) Redução imediata da velocidade do veículo no menor tempo possível. C) Redução moderada da velocidade do veículo. D) Arrastamento dos pneus, sem deixar marcas no solo. 73) Assinale a alternativa incorreta relacionada ao comportamento do condutor preventivo: A) Procura a melhor posição no banco para alcançar todos comandos. B) Regula retrovisores para ter maior visibilidade. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 226 C) Nas manobras, move a cabeça lateralmente para ter maior visibilidade possível. D) Ele não se preocupa com o ponto cego do retrovisor. 74) Direção defensiva leva o condutor a: A) Dirigir com educação, segurança e eficiência. B) Dirigir indiferentemente quanto aos demais usuários. C) Dirigir com atenção dispersiva. D) Dirigir com atenção fixa. 75) Com relação às técnicas de prevenção da colisão quando em ultrapassagem, é incorreto: A) Estar atento às intenções dos condutores. B) Auxiliar o outro condutor, sinalizando claramente as intenções. C) Ter cuidados especiais com os pontos cegos dos veículos que conduzimos. D) Utilizar a faixa à esquerda da pista, sem atingir a contramão direcional evitando as tentativas de ultrapassagens perigosas realizadas por terceiros. 76) De todos os procedimentos no trânsito, esta é uma manobra a ser evitada, quando possível: A) Marcha à ré. B) Conversão. C) Baliza. D) Ultrapassagem. 77) Dirigindo por uma via urbana, a uma distância de cerca de50 metros de um cruzamento, você percebe a luz amarela do semáforo. Nesta situação você deve: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 227 A) Aumentar a velocidade do seu veículo. B) Manter a atenção, reduzir a marcha do seu veículo e parar. C) Reduzir a velocidade do seu veículo e completar a travessia do cruzamento. D) Buzinar e completar a travessia. 78) É falso afirmar que, para melhor ser notado no trânsito, o condutor deve: A) Ligar o limpador para-brisas frequentemente. B) Acender os faróis ou lanternas externas nos períodos de lusco-fusco. C) Utilizar o pisca-alerta e o triângulo de segurança quando parado nas margens das vias. D) Manter o capô do motor aberto e o triângulo de segurança posicionado atrás, quando este apresentar defeito mecânico. 79) Em uma via onde existir dificuldade de deslocamentos com rapidez, devido ao engarrafamento no trânsito, o condutor deverá: A) Mudar de faixa de rolamento. B) Manter-se calmo. C) Desligar o veículo. D) Buzinar sem parar. 80) Entre outros efeitos, a ingestão de álcool pode provocar no condutor: A) Visão difusa e agilidade. B) Melhor capacidade de raciocínio lógico. C) Diminuição da capacidade de visualização. D) Melhora da capacidade de raciocínio. 81) Em Direção Defensiva, previsão significa: A) saber procedimentos seguros de manutenção do veículo. B) manejar o veículo com desenvoltura. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 228 C) ter domínio técnico sobre o veículo. D) antecipar situações de perigo a fim de evitar acidentes. 82) São elementos básico da direção defensiva: A) educação, habilidade, descaso e dúvida B) conhecimento, atenção, previsão, decisão e habilidade C) funcionalidade, velocidade, conhecimento e atenção D) velocidade, habilidade, egoísmo e força 83) A segurança na direção de um veículo depende: A) Da marca do veículo B) Da categoria da CNH C) Do trânsito D) Do comportamento adequado do condutor 85) Ao tomar um medicamente que causa um efeito de sonolência, você deve: A) Lavar o rosto e tomar um café forte para dirigir B) Transitar por vias de menor movimento C) Deixar de dirigir nesta condição D) Tomar outro medicamento estimulante 86) Em caso de semáforo com problemas, funcionando somente com a luz amarela piscando, o condutor deve: A) manter a velocidade e acionar a buzina sucessivamente para advertir os outros condutores B) manter a velocidade e avançar no cruzamento C) reduzir a velocidade e acionar o farol baixo D) reduzir a velocidade e ultrapassar com cuidado o cruzamento MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 229 87) Os itens do veículo que interferem DIRETAMENTE na segurança no trânsito são: A) direção, freios, pneus e faróis B) extintor de incêndio, amortecedor, filtro de óleo e lanternas C) carburador, silenciador, retrovisores e sinalizadores D) limpador de para-brisa, luzes internas, suspensão e estepe88) Uma das regras fundamentais para fazer a sinalização do acidente é: A) selecionar pessoas vestidas com roupas de cor branca para fazer a sinalização B) não sinalizar com materiais encontrados nas imediações tais com galhos de árvores e latas C) não permitir que curiosos parem na via destinada ao tráfego D) sinalizar o local até a uma distância a 3 metros do acidente 89) A educação para o trânsito é: A) Direito para quem tem 18 anos. B) Para quem é motorista. C) É direito só para quem é alfabetizado. D) É direito de todos e constitui dever prioritário para os componentes do Sistema Nacional de Trânsito. 90) O condutor que estiver circulando pela faixa da esquerda, ao perceber que outro veículo que o segue tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá: A) Deslocar-se para a faixa da direita, acelerando a marcha. B) Não deixar ultrapassar. C) Deslocar para a faixa da direita, sem acelerar a marcha. D) Nenhuma das respostas está correta. 91) O acidente é considerado evitável quando: MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 230 A) Ocorre porque o condutor deixou de fazer tudo que poderia ter feito para evitá-lo. B) O veículo colide, mesmo estando com velocidade reduzida. C) As condições adversas não interferiram. D) O condutor fez tudo que era razoavelmente possível fazer. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 231 GABARITO: 1. B 2. D 3. A 4. C 5. B 6. A 7. C 8. C 9. C 10. C 11. D 12. D 13. B 14. B 15. B 16. C 17. B 18. C 19. D 20. D 21. A 22. D 23. D 24. C 25. B 26. A 27. A 28. A 29. A 30. D 31. A 32. C 33. B 34. C 35. B 36. A 37. B 38. D 39. C 40. C 41. D 42. D 43. D 44. D 45. A 46. A 47. A 48. B 49. D 50. B 51. C 52. C 53. D 54. C 55. A 56. A 57. D 58. C 59. B 60. A 61. B 62. D 63. B 64. D 65. C 66. A 67. B 68. A 69. B 70. C 71. D 72. B 73. D 74. A 75. D 76. A 77. B 78. A 79. B 80. C 81. D 82. B 83. D 84. C 85. D 86. A 87. C 88. D 89. C 90. A MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 232 Módulo IV RELACIONAMENTO INTERPESSOAL MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 233 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL Neste módulo iremos falar sobre o funcionamento da interação entre as pessoas que fazem parte do cotidiano do trânsito, em especial, no que se refere a transportes coletivos, escolares e de emergência. Discorre a respeito dos aspectos do comportamento e de segurança no transporte de passageiros. Apresenta as características do comportamento solidário que um condutor de transporte coletivo deve adotar no trânsito. Fornece orientações sobre as responsabilidades que o condutor deve ter em relação aos demais atores do processo de circulação. Aborda de modo veemente a necessidade de se respeitar as normas estabelecidas para segurança no trânsito. Presta direcionamento sobre o papel dos agentes de fiscalização no trânsito. Mostra e discorre sobre as diferenças e especificidades dos usuários do transporte coletivo de passageiros. Aborda as características dos usuários dos transportes de emergência e suas prerrogativas na legislação do trânsito. Aborda ainda, os cuidados especiais e atenção que devem ser dados aos passageiros e aos outros atores do trânsito ao conduzir veículos de emergência; bem como os aspectos do comportamento e de segurança na condução desses veículos de emergência. Faz abordagens sobre as características das faixas etárias dos usuários mais comuns de transporte coletivo de passageiros e dos transportes escolares. Por fim, apresenta os cuidados especiais e atenção que se deve ter a crianças e jovens em idade escolar e seus responsáveis. O trânsito é o local onde todos os dias se encontram pessoas dos mais diferentes grupos, segmentos e classes da sociedade, daí a importância de se analisar o comportamento dos usuários que dele fazem parte. Mas não é para apenas ficar na análise. Essa convivência diária exige de cada pessoa um empenho em criar um ambiente de qualidade e um comprometimento em cumprir a sua parte. Não apenas exigir isso dos outros. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 234 Relacionar-se socialmente é da natureza do ser humano. Quanto melhores e mais positivas forem as relações criadas nos ambientes, maiores são as chances de que sejam construídas conexões verdadeiras com as pessoas com quem se convive. Para isso, elementos como empatia e respeito são fundamentais. É nisto que consiste a importância dos relacionamentos interpessoais. Relacionamento interpessoal nada mais é que uma ligação ou vínculo entre duas ou mais pessoas dentro de um determinado contexto. E esse contexto em que o indivíduo se insere pode ser de trabalho, escolar, familiar, religioso ou de comunidade. São as pessoas que fazem o trânsito, e falaremos mais adiante dos princípios que são imprescindíveis para a boa convivência social e bom relacionamento no trânsito: dignidade da pessoa humana, igualdade de direitos, mobilização da sociedade e princípio da corresponsabilidade pela vida social. A sociedade está repleta de uso de valores insustentáveis do ponto de vista das necessidades da vida coletiva, da saúde e do direito de todos, como gostar de ser o “mais veloz”, o “mais esperto” e “levar vantagem”. São contradições de valores e princípios que levam a conflitos, e até a acidentes e tragédias. Ao longo deste curso, será mostrado todos os segmentos, passos e atitudes que podem ser tomados rumo a comportamentos que formam uma vida coletiva de qualidade e respeito, com uma necessária tomada de consciência sobre as questões referentes à convivência no trânsito. É a escolha correta dos princípios e dos valores que irá levar a um trânsito mais humano, harmonioso, mais seguro e mais justo. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 235 Aspectos do comportamento e de segurança no transporte de passageiros Em seu dia a dia, a sociedade, sobretudo nas grandes cidades, tem no transporte coletivo um aliado de fundamental importância. As cidades cresceram muito, o que fez aumentar as distâncias entre os locais de trabalho, estudo e lazer. Consequentemente, aumentou-se muito o número de veículos em circulação e a falta de vagas para estacioná-los. Outra consequência do crescimento destas cidades é que também cresceu muito a questão da violência, que faz com que muitos condutores individuais tenham medo das abordagens em semáforos e até de serem vítimas de assaltos. Por essas razões, e também para atender à necessidade da população de baixa renda, o transporte coletivo de passageiros é uma necessidade para milhões de pessoas em todo o país. Desse modo, constata-se a necessidade de que o condutor de transporte de passageiros seja orientado a realizar seu trabalho com qualidade e de forma responsável, a fim de que evite acidentes e preserve a integridade física dos passageiros. Deve também lhes oferecer toda segurança e conforto. O condutor de transporte de passageiros deve ser um profissional consciente de que precisa ter um bom comportamento e ser educado com os diferentes indivíduos que são seus passageiros, de modo a tratá-los com gentileza e conduzindo o veículo sempre com uma postura precisa e segura. A qualidade do atendimento deve ser proporcional ao valor do serviço que os passageiros pagam para obter, e para tanto, quem fornece esse atendimento tem o dever de aperfeiçoar cada vez mais a qualidade dos seus serviços, a fim de que conquiste a preferência dos seus usuários. MATERIALTEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 236 Os quatro maiores princípios para um bom relacionamento no trânsito são os seguintes: Dignidade humana: princípio que parte dos Direitos Humanos e de valores e atitudes que são fundamentais para uma boa convivência social no trânsito, como o respeito mútuo e o repúdio às discriminações de qualquer espécie. O ato de discriminar consiste em considerar que certas características que uma pessoa possui justifica que sejam vedados a ela direitos que as outras pessoas têm. Igualdade de direitos: é o princípio de que todos têm a possibilidade de exercer plenamente sua cidadania e para isso é necessário que haja equidade, ou seja, o ato de garantir a igualdade com base na consideração das diferenças situacionais. É um dos princípios que fundamenta a solidariedade. Participação: princípio fundamentado na mobilização da sociedade a fim de que está se organize na função de solucionar os problemas de trânsito e suas consequências. Corresponsabilidade pela vida social: consiste em gerar atitudes e valorizar comportamentos necessários para tornar o trânsito seguro; é o ato também de mobilizar a sociedade cobrando mudança de comportamento e de exercer a responsabilidade de cobrar dos governantes ações de melhoria de serviços Quando há completa ausência desses princípios em pelo menos uma das partes ocorrem situações como as que veremos a seguir. Situações de Emergência no Ônibus Em situações emergenciais os passageiros necessitam de atenção especial da parte do condutor. Momentos como assaltos, discussões entre passageiros MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 237 ou entre um passageiro e o cobrador, acidente de trânsito etc. podem deixar os usuários assustados e agravar mais a situação. Em momentos de tensão como esses, o melhor a fazer é tentar controlar o problema sem desviar a atenção do trânsito, a fim de transmitir segurança e não permitir que ocorra um tumulto no interior do ônibus. Eventualmente, pode ser que seja necessário parar o veículo até que a situação seja acalmada. Veja como agir nessas situações tensas: 1. Discussões entre passageiros, condutor ou cobrador O condutor do coletivo deve manter o foco da sua atenção no trânsito, não devendo tomar partido de nenhuma das partes envolvidas. ele deve parar o veículo, se necessário for. Ele precisa manter-se calmo e buscar agir com bom senso. Nunca deve reagir a provocações. 2. Pessoas alcoolizadas perturbando a ordem dentro do coletivo Nunca se deve tomar qualquer atitude agressiva contra uma pessoa nesse estado. O condutor não deve reagir à provocação e deve procurar acalmar os demais passageiros. Educadamente ele deve solicitar que essa pessoa desça do veículo. Caso o veículo esteja em terminal de embarque, ele deve informar ao pessoal de tráfego da empresa. Se necessário for, deve procurar a ajuda de autoridades policiais. 3. Assalto dentro do coletivo Quando ocorrer, nunca reagir. Todos os ocupantes do ônibus devem aguardar a chegada da polícia no local. Os passageiros MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 238 devem ser acalmados e transferidos para outro veículo, se possível. A empresa de ônibus deve ser comunicada. (presença policial no ônibus) 4. Acidentes ou problemas com passageiros dentro do coletivo O condutor deve manter sempre a calma e evitar o princípio de pânico entre os passageiros. Equipes de resgate e uma viatura da polícia devem ser chamados o mais rápido possível. Ele também deve avaliar a gravidade da situação e relata o fato à fiscalização, além de providenciar o transporte dos acidentados. Responsabilidade Do Condutor Durante O Transporte Durante o embarque dos passageiros, o condutor deve estar sempre atento. Ele deverá tomar as seguintes precauções para evitar possíveis acidentes: • Reduzir a velocidade ao se aproximar dos pontos de embarque e desembarque, devido a concentração de pessoas que há nesses lugares; MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 239 • Ter cuidado ao embarcar idosos, crianças, gestantes e pessoas com deficiência, pois eles necessitam de auxílio e maior atenção; • Parar o coletivo somente nos locais permitidos, ao lado do meio fio, nunca no meio da pista; • Fechar as portas e sair com o coletivo somente após ter a certeza de que todos já embarcaram; • Obedecer a localização exata do desembarque; • Evitar freadas bruscas para não causar acidentes; • Não abrir a porta do ônibus quando ele ainda estiver em movimento, pois há risco de algum passageiro cair e se machucar; • Efetuar o desembarque sempre pelo lado da calçada; • Ficar sempre atento durante o desembarque de idosos, crianças, gestantes e pessoas com deficiência. Comportamento Solidário no Trânsito Pessoas solidárias, são aquelas que por definição da língua portuguesa, tem interesses e responsabilidades mútuas. Quer dizer, se a pessoa é solidária, significa que não há individualismos, existe o coletivo - menos o “EU” e mais o “NÒS”. Mais do que benéfica, a solidariedade no trânsito é essencial para o bem comum. O trânsito é o maior dos ambientes de interação social existente, onde se encontram pessoas de todos os tipos. Um ambiente onde é fundamental se ter uma conduta correta e um comportamento adequado, a fim de que este seja um ambiente seguro e que não haja nenhuma espécie de violência. Saber o valor da civilidade e cultivar boas maneiras são atributos fundamentais para todas as pessoas. O condutor que é gentil com os passageiros e demais pessoas do trânsito, vê essa postura ser revertida em MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 240 benefícios para ele mesmo ao evitar estresse e tornar o seu trabalho plenamente agradável de se executar. A gentileza quando é posta em prática se transforma em uma corrente do bem, onde cada um faz a sua parte. Um ambiente de trânsito mais educado agrada a todos. (quando o condutor é simpático com os passageiros, a viagem é mais agradável) Um comportamento solidário no trânsito evita confrontos e riscos desnecessários, e todos nós podemos adotar hábitos novos que melhorem a vida de todos através do exercício de boas atitudes. Isto chama-se “dar o exemplo'' de solidariedade e gentileza. Eis alguns exemplos que podemos aplicar no trânsito: Quanto aos condutores: • Ligar a seta antes de virar. Os demais motoristas e pedestres precisam saber para qual lado você vai; MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 241 • Não bloquear a passagem de outros carros em cruzamentos, isso contribui para que o tráfego flua melhor; • Dar carona a pedestres; • Respeitar o ciclista. Não apenas por ser um ato de gentileza, mas por contribuir para diminuir o fluxo de veículos no trânsito: é um carro a menos nas vias; • Estacionar apenas em locais permitidos, deixando livres a faixa de pedestre, as portas de garagem e o acesso a cadeirantes; • Ser educado ao pedir passagem para outro veículo. Atitudes como piscar de forma impaciente ou dirigir muito perto da traseira do carro da frente não ajudam em nada. Se o condutor que está à sua frente não perceber sua aproximação, pisque o farol uma vez e aguarde. Se ele estiver ultrapassando outro veículo, aguarde ele terminar a manobra e indique a sua intenção de ultrapassar; • Não abuse do uso das buzinas. A maior parte dos motoristas se incomodam com elas. Um simples e breve toque já serve para ela exercer sua função de chamar a atenção para um outro motorista ou um pedestre desatento.;• Evite se irritar com outros motoristas. O motorista que te der aquela fechada no trânsito provavelmente faz sem intenção, ou por falta de atenção ou descuido. Não discuta por algo já acontecido onde felizmente não ocorreu nada de mais grave. Quanto aos pedestres • Ajudar idosos e pessoas com deficiência a atravessar a rua. A pessoa se sentirá tão grata com seu gesto como você também sentirá com alguém que fizer algo semelhante por você; • Ter a certeza de que está sendo visto pelas pessoas na rua, principalmente pelos carros, motos e veículos de maiores dimensões. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 242 Eles precisam notar sua presença, evitando que você entre num ponto cego; Todas as pessoas têm necessidades de transitar pelas ruas e estradas, para os mais diversos fins e funções. E esse trânsito de pessoas pelas vias públicas produz um convívio que envolve uma série de fatores que podem gerar situações indesejáveis. Não se relacionar adequadamente com as pessoas no trânsito o torna mais violento e propenso a prejuízos materiais, físicos e emocionais. Diversos são os fatores que contribuem para que muitos motoristas tenham um comportamento inadequado no trânsito, que vão desde a falta de educação até a falta de responsabilidade e noções de deveres como cidadão. A falta de gentileza e de solidariedade figuram como os principais. São ações espontâneas e sutis que carregam dentro de si normas de conduta. Não custam muito para quem as realiza e podem ter um grande valor para quem recebe. Aliás, a própria pessoa que ajuda também pode se beneficiar. Diante do fato da maior causa de acidentes de trânsito (90%) serem por falha humana, e de estes poderem ser evitados, é difícil entender porque eles acontecem. Há uma falta não só de respeito à legislação, mas também da prática dos princípios básicos das relações humanas como a solidariedade, a igualdade de direitos, a dignidade das pessoas, a participação e a corresponsabilidade social. Comportamentos expressam princípios e valores que a sociedade constrói e solidifica. A mudança de comportamento quando é feita em âmbito coletivo, e aplicada com qualidade e respeito, impõe em conjunto uma tomada de consciência de tudo o que seja referente ao convívio social. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 243 A escolha dos princípios e dos valores que irá levar a um trânsito mais justo, seguro e harmonioso. Responsabilidade do Condutor em Relação aos Demais Atores do Processo de Circulação As responsabilidades do condutor de veículo de transporte coletivo no trânsito são muitas. Ele deve ainda respeitar os limites de seu próprio corpo e a capacidade e condições do veículo. A falta de atenção e o desrespeito à distância segura do veículo da frente estão entre os fatores que mais causam acidentes envolvendo ônibus. São acidentes que podem ser evitados com atitudes simples e emprego de direção defensiva. A direção defensiva é uma prática que deve ser adotada e se tornar hábito para condutores de todas as categorias. Afinal, a prioridade de cada condutor deve ser respeitar a vida e reduzir os acidentes nas vias. Além destes, outros cuidados que o condutor de transporte coletivo deve ter é com o recebimento de multas, com danos ao veículo e até envolvimento em acidentes e pagamento de indenizações, fatores que podem comprometer sua reputação como profissional. Respeitar as leis do trânsito e estar o tempo todo atento ao mesmo são requisitos essenciais do profissional que conduz passageiros. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 244 Estas são algumas sugestões de comportamento, que segundo o ICETRAN (Instituto de Certificação e Estudos de Trânsito e Transporte) são importantes para aumentar a segurança do condutor e, dos passageiros: Conduzir de forma prudente e tranquila: consciente de sua responsabilidade ao volante, o condutor de ônibus deve dirigi-lo de forma tranquila, sempre atento à estrada e exigindo o uso dos equipamentos de segurança de todos os passageiros, além dele próprio também utilizá-lo de forma correta. Ele deve ainda saber como proceder ante a situações de perigo, ou situações inesperadas que podem prejudicar o andamento da viagem. Respeitar as regras de trânsito e os regulamentos internos: o condutor precisa conhecer as leis de trânsito, respeitar seus limites humanos e o limite do veículo. De igual modo, deve respeitar os regulamentos internos da empresa para a qual presta serviços, a fim de que se possa evitar danos legais e prejuízos financeiros. Ter um bom preparo físico e emocional: o condutor costuma cumprir percursos longos e demorados ou repetir várias vezes percursos curtos. Isso faz com que ele passe horas ininterruptas no trânsito. Para melhor enfrentamento dessa rotina, ele precisa estar bem em seus aspectos físico e emocional e sempre se dispor a adotar atitudes positivas para evitar desgastes. Portanto, ele precisa respeitar os limites do seu corpo. Jamais deve dirigir sob efeito de álcool, com sono ou enquanto utiliza medicamentos que possam comprometer seu desempenho na direção do veículo. Condutores com problemas pessoais, de saúde, com muito estresse ou cansados, quando não acompanhados de alguma assistência adequada, estão mais propensos a cometerem erros na direção. Respeitar as pessoas e os demais veículos no trânsito: o condutor de ônibus deve zelar pela boa convivência no trânsito da mesma forma MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 245 que deve cuidar de sua saúde física e emocional. Ou seja, não deve se envolver em brigas ou outras confusões que possam aumentar seu nível de estresse ou até causar incidentes mais graves nas estradas. Faça a manutenção periódica do ônibus: fazer verificações periódicas sobre o estado e condições do veículo e zelar por sua manutenção é um dever atribuído ao condutor. Ele também deve recolher o ônibus quando este apresenta algum defeito. Todas estas medidas visam garantir que a viagem seja tranquila e que todos cheguem bem a seu destino: passageiros, pedestres, os demais motoristas e quaisquer outras pessoas que estiverem no caminho. Respeito Às Normas Estabelecidas Para Segurança No Trânsito A violência no trânsito tem se tornado um problema de status epidêmico. Tudo por consequência do comportamento negativo que muitos cidadãos adquirem ao assumir o volante. Por falta de prudência e consciência, transformam volantes em armas. O trabalho de conscientizar os condutores sobre a importância da atitude de cada indivíduo no papel de evitar acidentes é uma tarefa das mais difíceis. Mas é um passo importante e necessário para garantir um trânsito mais seguro. As pessoas precisam assimilar a importância de se respeitar as normas e exercitar o bom senso para só assim ver reduzir o número de acidentes nas ruas e estradas. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 246 (pessoa estressada no trânsito) E entre 2009 e 2016, os acidentes com óbitos ainda deram um salto de 19 para 23,4 por 100 mil habitantes. E reforçando essa realidade, outro levantamento, desta vez feito pela Polícia Rodoviária Federal, mostra que as colisões frontais representaram 29% das vítimas fatais em 2016, vindo na sequência os atropelamentos de pedestres, com 18,2%. Condutores ou caronas de motocicletas foram 17,8% dos mortos, e os ciclistas, 4,1%. Segundo um levantamento feito pelo Instituto Avante Brasil, sobre o ranking dos 10 países mais violentos do mundo no trânsito no ano de 2010, o Brasil erao 4º país do mundo com maior número de mortes no trânsito, ficando atrás somente da China, Índia e Nigéria. De acordo com dados da OMS, o Brasil tem registrado cerca de 47 mil mortes no trânsito por ano, que deixam outras 400 mil pessoas com alguma sequela. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 247 De acordo com o jurista Luiz Flávio Gomes, responsável pela divulgação do estudo de 2010, o Brasil só deixará de ser um país ignorante, corrupto e violento (também no trânsito) quando suas instituições essenciais (Estado/democracia, sistema capitalista, império da lei e do devido processo e a sociedade civil) deixarem de seguir a lógica do capitalismo selvagem, extrativista e concentrador, para se alinhar aos países do capitalismo evoluído e distributivo (Áustria, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Alemanha, Coreia do Sul etc.), que contam em média com 5/6 mortes para cada 100 mil habitantes. O fator humano é responsável pela maioria desses acidentes, e as estatísticas comprovam. Apesar disso, as pessoas tendem mais a culpar problemas como a falta de fiscalização, as condições das vias e até mesmo o veículo. Quando se analisa as causas principais dos acidentes com mortes ocorridos em 2016, constata-se que 30,8% dessas mortes ocorreram por falta de atenção, outras 21,9% deveu-se ao excesso de velocidade. Na sequência, veio o consumo de álcool, com 15,6%. A falta de obediência à sinalização, somou 10%, as ultrapassagens perigosas tiveram 9,3%, e o sono, 6,7% dos acidentes. São inúmeras infrações, causadas por escolhas erradas, feitas por pessoas comuns. E todos esses sinistros (acidentes) teriam sido evitados se o bom senso e o respeito às normas fossem usados de forma inteligente. Trânsito Seguro, Responsabilidade de Todos Para que haja mais responsabilidade no trânsito, é necessário conscientizar o cidadão, a fim de que ele melhore o seu comportamento não somente no papel de condutor de veículos automotores, como também no de pedestre e ciclista. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 248 E tudo deve começar dentro de casa, no exemplo dado às crianças desde pequenas. Se elas são criadas em uma família mais propensa a cometer infrações, provavelmente irão reproduzir esse comportamento quando crescerem. Afinal, as crianças tendem a imitar o comportamento de seus pais e responsáveis. E isso gera um ciclo vicioso que só faz esse problema epidêmico se expandir. (trânsito organizado) A direção defensiva vem a ser um dos melhores caminhos para transformar essa realidade. É necessário analisar as possibilidades, avaliar os riscos e ter atitudes de cidadania e respeito, onde a pessoa pensa em sua segurança e também na do outro. Certamente haverá diminuição do número de desastres ou pelo menos minimização de suas consequências. E tudo é a depender do bom senso e respeito às normas de trânsito vigentes. O CTB (Código de Trânsito Brasileiro) inovou ao inserir os Municípios no Sistema Nacional de Trânsito (SNT) ao constituir a municipalização do trânsito. Ele MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 249 delineia as competências dos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios em seu artigo 24: Capítulo II - DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO Seção I - Disposições Gerais Art. 24 - Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição: I. cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições; II. planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais e promover o desenvolvimento, temporário ou definitivo, da circulação, da segurança e das áreas de proteção de ciclistas; (Redação do inciso II dada pela Lei n. 14.071/20, em vigor a partir de 12ABR21) III. implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os dispositivos e os equipamentos de controle viário; IV. coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os acidentes de trânsito e suas causas; V. estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia ostensiva de trânsito, as diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito; VI. executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres, edificações de uso público e edificações privadas de uso coletivo, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis e as penalidades de advertência por escrito e multa, por infrações de circulação, estacionamento e parada previstas neste Código, no exercício regular do poder de polícia de trânsito, notificando os infratores e MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 250 arrecadando as multas que aplicar, exercendo iguais atribuições no âmbito de edificações privadas de uso coletivo, somente para infrações de uso de vagas reservadas em estacionamentos; (Redação do inciso VI dada pela Lei n. 13.281/16) VII. aplicar as penalidades de advertência por escrito e multa, por infrações de circulação, estacionamento e parada previstas neste Código, notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar; VIII. fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas administrativas cabíveis relativas a infrações por excesso de peso, dimensões e lotação dos veículos, bem como notificar e arrecadar as multas que aplicar; IX. fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, aplicando as penalidades e arrecadando as multas nele previstas; X. implantar, manter e operar sistema de estacionamento rotativo pago nas vias; (…) Por Que Respeitar as Leis de Trânsito é Tão Difícil? Por que será que há tantos condutores que desrespeitam as leis de trânsito como se fossem algo natural, sem a consciência de que isso põe em risco a segurança e a dos outros? Cenas lamentáveis de motoristas desobedecendo as normas que visam garantir a ordem e a segurança de todos são vistas todos os dias pelas ruas e estradas de todo o país. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 251 Pode-se listar várias infrações cometidas a todo momento, principalmente na ausência de agentes de fiscalização: desrespeito a ordem de parada do semáforo, às placas de sinalização, estacionamento em local proibido… O Índice de Percepção do Cumprimento da Lei (IPCLBrasil), desenvolvido, pela primeira vez, pelo Centro de Pesquisa Jurídica Aplicada da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV)A detectou a frequente sensação de impunidade, a facilidade de burlar as normas e o "jeitinho brasileiro", em um estudo realizado entre 2012 e 2013 com 3.300 pessoas em alguns estados do país para avaliar o grau de percepção do brasileiro em relação ao respeito às leis e às ordens de algumas autoridades. É como se as pessoas não percebessem que ao descumprir uma lei elas afetam a outros de modo coletivo, uma ausência de percepção entre o que é público e o que é privado, e não algo de caráter histórico ou cultural. O fato de verem que as leis não são aplicadas a todos faz com que muitos brasileiros não as obedeçam. Eles já se depararam com diversas situações onde a condição financeira e o cargo ocupado, blindam certos indivíduos desse cumprimento. Com isso, muitos que agem de forma correta se perguntam se vale a pena cumprir a lei. Há pessoas que reclamam do valor das multas, principalmente quando estas sofrem reajuste de valor. Uma pessoa que procura agir de forma correta não se preocupa com isso, pois geralmente não terá multas a pagar. Mais de 80% das pessoas no Brasil acreditam que é fácil burlar as leis do país. 79% delas, confessam recorrer ao "jeitinho" brasileiro sempre que possível. Eo pior de tudo, 54% acreditam que há poucas razões para as pessoas obedecerem à lei. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 252 E nesse momento, infratores abrem, por exemplo, o manjado discurso da “indústria da multa”, que versa que mudanças na lei como a que ocorreu em 2016 só possuem o intuito de arrecadar, que os agentes de trânsito deveriam educar e não punir, etc. Ainda que isso fosse verdade, há uma fórmula simples que elimina o problema, que é a educação e o respeito às normas de trânsito. E a função do agente de trânsito é sim fiscalizar e autuar os flagrantes de irregularidades que ele vê sendo praticado, de acordo com a previsão do artigo 280, do Código de Trânsito Brasileiro. Art. 280 - Ocorrendo infração prevista na legislação de trânsito, lavrar-se-á auto de infração, do qual constará: I. tipificação da infração; II. local, data e hora do cometimento da infração; III. caracteres da placa de identificação do veículo, sua marca e espécie, e outros elementos julgados necessários à sua identificação; IV. o prontuário do condutor, sempre que possível; V. identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou agente autuador ou equipamento que comprovar a infração; VI. assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta como notificação do cometimento da infração. § 1º (VETADO) § 2º A infração deverá ser comprovada por declaração da autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por aparelho eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações químicas ou MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 253 qualquer outro meio tecnologicamente disponível, previamente regulamentado pelo CONTRAN. § 3º Não sendo possível a autuação em flagrante, o agente de trânsito relatará o fato à autoridade no próprio auto de infração, informando os dados a respeito do veículo, além dos constantes nos incisos I, II e III, para o procedimento previsto no artigo seguinte. § 4º O agente da autoridade de trânsito competente para lavrar o auto de infração poderá ser servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda, policial militar designado pela autoridade de trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito de sua competência. O artigo 76 do mesmo CTB determina que a educação para o trânsito seja implantada nas escolas, um trabalho que se fosse de fato realizado, com certeza teríamos um trânsito mais humano no futuro. É uma ação que para ser implementada depende de um engajamento político que não ocorre. Assim, a sociedade segue lidando com o inadmissível alto número de acidentes e mortes todos os anos por imprudência e falta de educação dos condutores. Papel dos Agentes de Fiscalização de Trânsito Há pessoas que pensam que a função do agente de trânsito é somente aplicar multas, mas seu papel vai muito além disso. Eles são membros extremamente importantes na fiscalização de trânsito. Os agentes de trânsito são responsáveis por fiscalizar o tráfego de veículos, a fim de que se possa evitar engarrafamentos e acidentes nas vias. Eles também têm a função de orientar os pedestres nas vias urbanas. Eles são, ainda, responsáveis por emitir notificações, manter a ordem e participar de ações educativas que visam a conscientização dos condutores MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 254 e dos pedestres. São o elo de ligação entre a sociedade e o poder público no que se refere a mudanças efetivas no trânsito do país. Estes profissionais também exercem outras responsabilidades implícitas neste cargo, que são: • Promover e fiscalizar a retirada de qualquer elemento que seja obstáculo na visibilidade ou que possa gerar transtornos à sinalização da via, ou ainda, que venha obstruir ou interromper a livre circulação ou comprometer a segurança do trânsito; • Dar suporte em casos de acidentes ou na realização de eventos que necessitem de ordenamento; • Providenciar a sinalização de emergência e/ou medidas de reorientação do trânsito em casos de acidentes, alagamentos e modificações temporárias da circulação; • Fiscalizar e manter o controle operacional dos pontos regulamentares de táxi, mototáxi e transporte coletivo; • Executar um trabalho conjunto com o Departamento de Educação para o Trânsito, na realização de palestras e atividades educativas. Como se Tornar um Agente de Trânsito? Para ingressar na carreira de agente de trânsito, é necessário passar por processos seletivos simplificados ou prestar concurso público, visto que estes profissionais são vinculados a um órgão público. O trabalho dos agentes de trânsito visa garantir que as pessoas respeitem as regras e os regulamentos que constam no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 255 Sendo assim, estes são os requisitos necessários para posse do cargo: Ter nacionalidade brasileira ou gozar das prerrogativas dos Decretos nº 70.391/72 e nº 70.436/72 e da Constituição Federal, artigo 12, parágrafo 1º; Estar em situação regular com a Justiça Eleitoral; Estar em dia com o CPF; Ter idade igual ou superior a 18 anos na data da posse; Ter aptidão física e mental para o exercício do emprego público, comprovada em inspeção de saúde realizada em órgão médico; Possuir diploma de graduação em curso de nível superior, em qualquer área, para o emprego público de Agente de Trânsito; Se o candidato for do sexo masculino, estar em dia com as obrigações do serviço militar. O conteúdo destas avaliações geralmente é composto por disciplinas como: língua portuguesa, atualidades, raciocínio lógico, noções de direito constitucional, noções de direito penal e processual civil, noções de direito administrativo e noções de cidadania. Atendimento Às Diferenças E Especificidades Dos Usuários (Pessoas Portadoras De Necessidades Especiais, Faixas Etárias Diversas, Outras Condições) Incluir pessoas com deficiência, mobilidade reduzida e idosos de modo mais pleno no contexto social tem sido uma ação lenta, mas que tem ganhado força. Tornar viável essa mobilidade é garantir que essas pessoas exerçam o seu direito de se locomover, além de permitir que elas conheçam novos lugares, seja por necessidade, lazer ou turismo. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 256 As empresas de transporte público coletivo atualmente são obrigadas a atender às necessidades especiais desse público, devendo proporcionar acessibilidade no ônibus rodoviário. A Legislação Sobre o Tema O planejamento de fabricar veículos de transporte coletivo para garantir o acesso eficaz aos portadores de deficiência vem sendo desenvolvido na legislação desde 1988. Em 2004, ficou determinado que a partir de dezembro de 2014, todos os veículos de transporte rodoviário coletivo e a infraestrutura de seus serviços deveriam ficar completamente acessíveis, como dita o Decreto nº 5.296/2004, em seu artigo 38, parágrafo terceiro. Porém, infelizmente, isso ainda não se tornou uma realidade. Seção II Da Acessibilidade no Transporte Coletivo Rodoviário Art. 38 - No prazo de vinte e quatro meses, contado da data de publicação das normas técnicas referidas no § 1º, os veículos de transporte coletivo rodoviário para utilização no País serão fabricados acessíveis e estarão disponíveis para integrar a frota operante, de forma a garantir o uso por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. (Redação dada pelo Decreto nº 10.014, de 2019) A Resolução nº 3.871/2012, assegura que passageiros com mobilidade reduzida têm direito à acessibilidade no transporte rodoviário. MATERIALTEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 257 § 1º As normas técnicas para fabricação dos veículos e dos equipamentos de transporte coletivo rodoviário, de forma a torná-los acessíveis, serão elaboradas pelas instituições e entidades que compõem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, e estarão disponíveis no prazo de até doze meses a contar da data da publicação deste Decreto. § 2º A substituição da frota operante atual por veículos acessíveis, a ser feita pelas empresas concessionárias e permissionárias de transporte coletivo rodoviário, dar-se-á de forma gradativa, conforme o prazo previsto nos contratos de concessão e permissão deste serviço. § 3º A frota de veículos de transporte coletivo rodoviário e a infraestrutura dos serviços deste transporte deverão estar totalmente acessíveis no prazo máximo de cento e vinte meses a contar da data de publicação deste Decreto. § 4º Os serviços de transporte coletivo rodoviário urbano devem priorizar o embarque e desembarque dos usuários em nível em, pelo menos, um dos acessos do veículo. § 5º O disposto neste artigo não se aplica aos veículos destinados exclusivamente às empresas de transporte de fretamento e de turismo, observado o disposto no art. 49 da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. (Incluído pelo Decreto nº 10.014, de 2019) No ano de 2015, surgiu a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, ou Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), que novamente definiu a acessibilidade nos meios de transporte coletivo como obrigatória. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 258 No dia 02 de junho do mesmo ano, ficou definido, através da Portaria INMETRO nº 269, que todos os veículos de transporte coletivo fabricados a partir de 01 de julho de 2018 deveriam ter plataformas elevatórias circulares como meios de embarque e desembarque para passageiros com deficiência ou mobilidade mais limitada. A Lei 13.146, que foi editada em 6 de julho de 2015, também é chamada de Lei Brasileira de Inclusão (LBI). Trata-se de um conjunto de normas que visam assegurar e promover o exercício dos direitos e liberdades fundamentais por pessoas com deficiência, em igualdade de condições com não-deficientes, visando à sua inclusão social e a cidadania. O objetivo é beneficiar mais de 45 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência, de acordo com os dados do IBGE. Os Direitos das Pessoas Com Mobilidade Reduzida A lei discrimina que essas pessoas têm direito a tratamento prioritário e especial, tanto na rodoviária, quanto no decorrer do transporte, e que este deve assegurar a elas a mesma segurança e conforto dos demais passageiros, sem taxa adicional no valor das passagens. Além disso, para garantir a acessibilidade, os ônibus rodoviários devem estar equipados com a tecnologia adequada. As características dos ônibus acessíveis A acessibilidade é um direito dos passageiros com deficiência ou mobilidade reduzida que necessitam usar o transporte rodoviário. É garantida pela Resolução nº 3.871/2012, estabelecida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 259 Para atender essa demanda, que aumenta no país devido, dentre outros fatores, às sequelas causadas por um crescente número de acidentes, sobretudo de trânsito, as empresas de viação têm investido bastante em equipamentos especiais adequados, a fim de também atender aos requisitos da lei. Para o transporte, 10% dos assentos de todos os ônibus de linhas regulares são destinados às pessoas com necessidades especiais e podem ser reservados com até 6 horas de antecedência. Os acessórios de tecnologia assistiva (muletas, andadores e cadeira de rodas) devem ser transportados de forma segura e sem cobrança de taxas extras. A resolução ainda permite que as pessoas com deficiência visual viajem com o seu cão-guia sem cobrança de taxas extras. Além do mais, pessoas com necessidades especiais que comprovem baixa renda possuem direito de viajar gratuitamente. Os terminais rodoviários também devem ser acessíveis, oferecendo atendimento preferencial. Devem conter rampas, elevadores e dispositivos táteis, sonoros e visuais, além de oferecer serviços de auxílio para embarque e MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 260 desembarque. Uma estrutura que permita um deslocamento pleno e seguro desses passageiros. Os beneficiários da acessibilidade Por senso comum, quando se fala em acessibilidade, os indivíduos mais lembrados são os deficientes físicos. Porém, não são apenas eles que se enquadram nesse contexto. Também são beneficiários os deficientes visuais, as pessoas idosas, as mulheres grávidas e as pessoas obesas. A Importância da Acessibilidade no Ônibus Rodoviário A acessibilidade no ônibus rodoviário proporciona maior independência às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Um exemplo de mobilidade reduzida são as pessoas da terceira idade, que geralmente precisam de barras de apoio para se locomover. O ônibus também deve ter rampa, pois os idosos costumam ter dificuldades em subir degraus, mesmo que poucos. A altura do piso na porta de entrada deve ser acessível a todos. As rampas e as barras de apoio são um excelente auxílio também para os deficientes visuais. Os ônibus devem oferecer opções satisfatórias de acessibilidade às mulheres grávidas. Elas sofrem limitações de mobilidade durante o período gestacional e precisam de conforto e cuidados. Compreende-se que uma empresa de transporte não consiga realizar todas essas transformações de um dia para o outro, mas é importante que se MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 261 trabalhe em alternativas para tornar a acessibilidade em ônibus uma realidade. Sobre isso já se criou soluções como destinar as poltronas da frente a pessoas idosas, grávidas e deficientes. Entretanto, nem sempre os passageiros respeitam esse direito. Muitos ainda não têm consciência de que esses privilégios precisam ser respeitados, e caso haja alguma infração, um profissional da empresa pode fazer um alerta. É importante que essas adaptações necessárias não demorem a ser feitas, pois algumas ações improvisadas podem ser constrangedoras para o passageiro, como por exemplo, um cadeirante ser carregado para poder ter acesso ao interior do ônibus. Antes de viajar, convém que o portador de necessidade especial ou de restrição de mobilidade verifique como é feito o atendimento à pessoa com deficiência ou com algum tipo de limitação de mobilidade em cada empresa de viação. Deve consultar também, sobre a necessidade de informar a data da viagem com antecedência. O importante é que a acessibilidade ao ônibus seja efetivamente garantida. De acordo com uma pesquisa encomendada pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), cujo objetivo era revelar o hábito de deslocamento dos brasileiros através dos meios de transporte e por faixa etária, os principais motivos pelos quais eles preferem o transporte coletivo por ônibus são: a economia (27%), a praticidade (19%) e a necessidade 16%). MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 262 A pesquisa também mostra que o ônibus é o meio de transporte mais utilizado por todas as faixas etárias, nas principais capitais brasileiras. O segundo veículo mais utilizado é o carro particular, seguido do metrô. Na região sudeste, 50,7% das pessoas usam algum transporte público. Omenor índice está no Nordeste: 37,5%, segundo dados do IPEA. E segundo dados de um levantamento sobre transporte público encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), um em cada quatro brasileiros utiliza-se do ônibus para as atividades do cotidiano, como ir ao trabalho ou à escola. Ou seja, diariamente, um quarto dos brasileiros (25%) vai de ônibus para o trabalho ou para a escola. Porém, a faixa etária que mais o utiliza, sobretudo a categoria das circulares e interurbanos, são as pessoas ativas no mercado de trabalho, com idades entre 18 e 42 anos. Destes, 28% geralmente são mulheres, contra 19% de homens. Do total de brasileiros que usam ônibus, 22% gastam mais de duas horas no trânsito para chegar ao destino e 51% costumam levar até uma hora. Há que se considerar que a malha viária para transportes em comparação com as demais é incomparavelmente mais extensa e disponível, sendo em muitas das regiões, a única opção de transporte. Ainda assim é insuficiente em algumas áreas, tanto em quantidade quanto em qualidade de serviço. Conforme o artigo 738, do Código Civil (Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002), no que se refere ao transporte de pessoas: “A pessoa transportada deve sujeitar-se às normas estabelecidas pelo transportador, constantes no bilhete ou afixadas à vista dos usuários, abstendo-se de quaisquer atos que causem incômodo ou prejuízo aos MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 263 passageiros, danifiquem o veículo, ou danifiquem ou impeçam a execução normal do serviço.” TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA Os veículos de emergência são aqueles destinados ao policiamento, ao uso por bombeiros e as ambulâncias. São veículos que também devem respeitar as normas e regras de trânsito dispostas no Código de Trânsito Brasileiro. São instituídos pelos poderes públicos para determinados fins, como patrulhas policiais, socorro de incêndio, salvamento, fiscalização de trânsito e transporte de enfermos em estado grave. O condutor precisa ter recebido o treinamento especializado, o que já está previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB – Lei 9.503/1997). Em seu capítulo III, o Código de Trânsito Brasileiro, estabelece regras de trânsito para os próprios veículos de emergência e para os demais usuários das vias terrestres. São regras especiais para a circulação de veículos de “emergência”, e estão estabelecidas no artigo 29, inciso VII, do Código de Trânsito Brasileiro, e Resolução do Conselho Nacional de Trânsito n. 268/08, e abrange os seguintes veículos: I. destinados a socorro de incêndio e salvamento (Corpo de Bombeiros) e os de salvamento difuso destinados a serviço de emergência decorrentes de acidentes ambientais - os veículos da Defesa Civil (incluído pelo artigo 1º, § 3º, da Resolução n. 268/08); II. os de Polícia (em sentido estrito, são as viaturas de órgãos de Segurança pública, estabelecidos nos incisos do artigo 144 da Constituição Federal: Polícia Federal, Polícia Ferroviária Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícias Civis e Polícias Militares; em sentido amplo, são os veículos operacionais destinados à proteção das cidades, ou seja, serviço de MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 264 polícia, o que engloba também as viaturas das Guardas Municipais, destinadas à proteção dos bens, serviços e instalações dos municípios, conforme § 8º do artigo 144 da CF); III. os de fiscalização e operação de trânsito; IV. as ambulâncias (independentemente de pertencerem à Administração pública ou à iniciativa privada) Compreende-se, portanto, que os veículos de emergência têm prerrogativas (prioridade) de trânsito no que se refere a movimentação e imobilização de veículos sobre os demais usuários - pedestres, ciclistas e condutores de veículos que não sejam de emergência. Podem ter livre circulação, estacionamento e parada quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente. Ou seja, os motoristas de veículos que não são de emergência devem acionar o pisca-pisca - luz que indica mudança de direção, e mudarem de faixa de trânsito, no caso devem ir para a faixa da direita. Isso permite que o veículo de emergência continue a seguir pela faixa da esquerda, que é destinada aos veículos que trafegam com velocidade próxima da regulamentada pelo sinal (placa R-19) de regulamentação “velocidade máxima permitida”. Quando estiverem com os seus dispositivos sonoro e luminoso acionados de forma simultânea, os demais veículos devem ceder passagem pela esquerda. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 265 O condutor mesmo na urgência precisa agir de forma responsável. A negligência por parte do motorista prestador de emergência pode ocasionar acidente de trânsito. Mesmo em estado de necessidade (prestação de serviço de emergência), não há isenção de responsabilidade do condutor de veículo de emergência: “Acidente de trânsito – Viatura policial – Prioridade de trânsito que não dispensa o dever de cautela – Inteligência do art. 13, IX, do CNT – Responsabilidade civil do Estado – Culpa da Administração alegada – Alegação que não impede o reconhecimento da responsabilidade objetiva – Julgamento extra petita não configurado – Pedido atendido com base no direito aplicável ao fato – inteligência do artigo 37, § 6°, da Constituição Federal”. Importante mencionar que o CNT (Código Nacional de Trânsito) não existe mais, sendo vigente o CTB (Código de Trânsito Brasileiro). Contudo, o art. 13, IX, do CNT corresponde ao art. 29, VIII, do CTB. Os condutores desses veículos de emergência, não podem usar de suas prerrogativas (art. 29, VII) e agirem de forma irresponsável, sem se importarem com a segurança do trânsito. No caso de acidente cometido por condutor de veículo de transporte de emergência, o Estado é objetivamente responsável (responsabilidade objetiva, art. 37, parágrafo 6°, da CF), pelos danos que seus agentes venham a causar aos particulares. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 266 As orientações a seguir correspondem à legislação relacionada aos veículos de serviço de emergência, e tem como objetivo proporcionar agilidade com segurança e eficiência. Os equipamentos e acessórios do veículo sistema luminoso e alarme, por exemplo, devem ser sempre verificados com checagem de seu funcionamento e qualidade sendo feitas periodicamente. O condutor deve sempre seguir as normas da legislação do CTB e manter sua documentação legalizada, obedecendo aos devidos requisitos. Conforme o PLC 82/2017, esses requisitos são: • Além de precisar ter mais de 21 anos, certificado de conclusão de nível médio e Carteira Nacional de Habilitação da categoria D ou E, o condutor de veículos de operações de emergência deve passar por treinamentos especializados e fazer reciclagem de alguns cursos pelo menos a cada 5 anos. • Nunca deve deixar a validação de sua CNH vencer. Deve renová-la sempre antes do prazo de vencimento. Ao manter os documentos sempre atualizados, o condutor ou empresa (proprietária dos veículos) evita prejuízos financeiros causados por multas. • O condutor precisa zelar pela boa conservação do veículo, a fim de garantir seu bom funcionamento no exercício do trabalho e a boa qualidade do atendimento prestado, além de garantir mais segurança às pessoas no trânsito durante o trajeto. • Os condutores de ambulâncias devem cuidar para que os equipamentos de saúde estejam sempre bem cuidados, para que ao chegar algum paciente de emergência funcionem perfeitamente. Se for encaminhadopara revisões frequentes, a empresa não terá problemas com danos e mau funcionamento. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 267 • Também é essencial a verificação periódica dos elementos mecânicos do veículo (pneus, óleo, motor e principalmente freios. • Seguir trajetos planejados é sempre mais rápido. Como é um trabalho que exige velocidade, se o caminho até o ponto de socorro puder ser encurtado será muito bom. É até por isso que a legislação concede exceções. Assim sendo, em caso de rotas planejadas, é necessário que você as siga corretamente, pois elas são mais rápidas. • Caso ainda não haja, uma boa opção para planejar rotas é um roteirizador. É uma ferramenta que prioriza caminhos mais curtos até o destino, visando agilidade. • A cada operação realizada, o condutor de veículo de emergência deve ter em mente que seu compromisso é contribuir para salvar vidas ou para o zelo da segurança da população (no caso de policiais). Ter responsabilidade nestas situações é imprescindível. • Por fim, o condutor do veículo de emergência deve sempre se lembrar de que sua função é muito mais do que uma simples profissão, é um compromisso com a sociedade, com a saúde e com a segurança. Características Dos Usuários De Veículos De Emergência Uma situação de emergência demanda saber lidar com a situação e, principalmente, capacidade de saber lidar com mudanças repentinas, devido ao estado emocional do usuário. Além disso esses usuários geralmente estão desorientados e desamparados. Por isso, esse tipo de usuário está sempre muito vulnerável. Dessa forma, os usuários do veículo de emergência estarão sempre em busca de confiança e segurança e isso demanda um conhecimento específico dos MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 268 agentes envolvidos na emergência como saber ouvir e demonstrar segurança com o que está fazendo para que o cidadão saiba que está sendo socorrido de forma correta e segura e, por isso, a relação interpessoal é tão importante nos profissionais que prestam esse tipo de serviço. Todas as reclamações dos pacientes, referentes ao atendimento realizado pelo veículo de emergência, devem ser registradas para que se evite reincidência e, será através dessas reclamações que o controle de qualidade será feito, bem como as falhas serão identificadas. No mais, quando falamos especificamente sobre as características dos usuários de veículos de emergência podemos classifica-los por tipos de personalidades: Desconfiado: Como é de conhecimento, uma pessoa desconfiada não tem confiança no outro e, por isso, tende a achar que somente ele é capaz de realizar alguma atividade, no caso, que somente ele tem conhecimento do que aconteceu e o atendimento não está sendo feito de forma correta. Além disso, tem tendência a ter uma visão pessimista da vida, o que acaba acarretando numa postura negativa diante da situação. Assim sendo, esse tipo de usuário deve ser atendido com compreensão, evitando-se comentários negativos e sendo bem imparcial. Comunicação também é fundamental para esse tipo de personalidade. Lembre-se sempre de reforçar a esse tipo de usuário que o mesmo está sendo atendido por pessoas qualificadas para aquele tipo de atendimento emergencial. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 269 Extrovertido: Ao contrário da personalidade anterior, o extrovertido costuma ser bastante positivo e tenta, a todo momento, melhorar o ambiente onde se encontra com afetividade. Além disso tem uma autoestima bastante elevada e é um ótimo agregador. Com esse tipo de usuário o atendimento deve ser feito atentando para o fato dessa personalidade gostar de chamar atenção e se destacar e por isso, o agente deve sempre ajuda-lo a se centrar e a focar no que está ocorrendo para que as informações sejam transmitidas corretamente. Solitário: É aquele usuário que, como a classificação mesmo já diz, gosta de ficar sozinho, recuado, reservado, em uma comunicação interna com ele mesmo. Dessa forma o seu atendimento deve ser feito com bastante atenção ao que ele deseja, devido a sua dificuldade de externar as coisas e precisa sempre ser estimulado para que a comunicação ocorra de forma correta. Portanto é importante frisar o quanto a sua interação é fundamental para ajudar no trabalho que está sendo realizado. Tímido: A diferença dele para o perfil do solitário está na questão de que, esse usuário, tem extrema dificuldade de para se expor e sente muita vergonha. Seu receio de ser criticado é muito grande, além de se sentir sempre incapaz, passando a impressão de ser uma pessoa inferior a outra. Por isso, o primeiro passo é entender esse perfil e compreender suas atitudes baseado nisso. É muito importante que esse usuário seja incentivado a MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 270 expressar o que sente e que sinta reciprocidade e empatia do agente que o atende. Sempre estimule-o demonstrando que a sua comunicação está sendo fundamental para o atendimento. Cuidados Especiais E Atenção Que Devem Ser Dispensados Aos Passageiros E Aos Outros Atores Do Trânsito, Na Condução De Veículos De Emergência Cuidados Especiais Aos Demais Atores do Trânsito Muitos são os cuidados que devem ser aplicados no trânsito a fim de melhorá- lo como um todo. A teoria das autoescolas, a prática diante do volante, o ato de pilotar uma moto, bicicleta ou qualquer outro veículo, são grandes fontes de informação e conhecimento. Como muitos não conhecem essas práticas, vê-se a importância da divulgação desse conhecimento, pois quanto maior ele for, mais condições as pessoas terão de prover sua segurança e proteção. A segurança no trânsito é uma área que ainda exige muita evolução. O número de acidentes que ocorrem pelas ruas e estradas do país todos os dias comprovam isso. Segundo a Confederação Nacional de Transporte (CNT), em 2019 o Brasil teve 55.756 acidentes com vítimas em rodovias federais. Para cada 100 acidentes com vítimas, houve uma média de 10 mortes. Portanto, entende-se que há uma grande necessidade de se ter cuidados no trânsito para que se possa mudar essa realidade. A garantia de um trânsito mais seguro se constrói com responsabilidade e atenção, tanto da parte dos condutores de veículos quanto dos pedestres e ciclistas. São cuidados que se deve ter, estando ou não atrás do volante. Se ambos se respeitarem haverá boa convivência e o fim dos acidentes. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 271 Cuidados Que o Condutor Deve Tomar O condutor deve ser gentil e dar ao pedestre a preferência para que ele utilize as vias. Isso inclui, principalmente, crianças e pessoas com deficiência física ou dificuldade de locomoção, como os idosos. Ele precisa ser atento e tentar prever a reação do pedestre, reduzindo a velocidade. É importante que o condutor de veículos se lembre que, na condição de pedestre, ele também se sente vítima da intolerância de outros condutores. É necessário ter muita atenção com pedestres alcoolizados. Muitos dos atropelamentos têm eles como vítimas. Mesmo que quem dirige não tenha culpa, um atropelamento é sempre um acontecimento trágico pelo qual ninguém quer passar. Cuidados Especiais Ao Conduzir Veículos De Emergência Os cuidados necessários para dirigir veículos em serviço de emergência estão nas seguintes disposições observadas no artigo 29, inciso VII do CTB: a) quando os dispositivos (alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente) estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos, todos oscondutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando, se necessário; b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, só atravessando a via quando o veículo já tiver passado pelo local; c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva prestação de serviço de urgência; MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 272 d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas deste Código”. Vejamos agora os tipos de veículos de emergência a forma como funcionam em si e sua postura adequada no trânsito: Transporte de Paciente Hospitalar (Ambulância) Trata-se da transferência do paciente de um local para as dependências de um hospital, ou de um hospital para outro, usando maca ou cadeira de rodas. É um transporte que deve ser realizado com muito cuidado, pois a movimentação errada ou mal feita pode provocar ou agravar lesões. Mas, ao mesmo tempo, os profissionais precisam garantir eficiência à operação, com velocidade e excelência. A ação deve ser feita de modo preciso e seguro, com observação constante ao paciente. O paciente, dependendo do tipo de ambulância, será transportado com uma tripulação específica de acordo com a exigência da lei e o tipo de viatura. Estas recomendações mínimas exigíveis estão todas padronizadas na norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (NBR 14561) para veículos de atendimento a emergências médicas e resgate. Para que o transporte seja realizado de forma segura, deve-se checar os seguintes detalhes da operação antes da saída do veículo: • Se a equipe envolvida no transporte é experiente ou previamente treinada; MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 273 • Se a ambulância que será utilizada no transporte está de acordo com as necessidades do paciente; • Os socorristas devem estar detalhadamente a par da doença base do paciente e das condições associadas a esta; • Se os equipamentos e o material estão disponíveis e completos na unidade de transporte; • Se os riscos e benefícios de realizar o transporte do paciente foram avaliados; • Se o tempo, as condições e a distância do transporte viabilizam que ele seja realizado; • Se qualquer possibilidade de complicação do quadro do paciente durante o trajeto foi avaliada. Existem dois tipos principais de movimentação de pacientes: o pré-hospitalar e o inter-hospitalar. Enquanto o transporte pré-hospitalar faz o trabalho de remover a vítima do local do acidente ou emergência da forma mais rápida possível até o pronto- socorro, transporte inter-hospitalar, realiza a transferência de pacientes entre unidades de serviços hospitalares de urgência e emergência. A responsabilidade pela remoção e transferência de pacientes entre hospitais é do médico. É ele que faz a solicitação do transporte do paciente. Durante todo o período que durar a movimentação para o novo hospital, o médico que indicou a transferência deve prestar toda a assistência. A lei de transporte intra-hospitalar exige a presença de uma tripulação específica de acordo com o tipo de viatura. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 274 O transporte desses pacientes deve ser feito por condutores maiores de 21 anos, que possuam ao menos diploma de nível médio e habilitação para condução de veículos nas categorias D ou E, e preferencialmente treinados em direção defensiva. Devem ser profissionais com responsabilidade e comprometidos com o respeito à vida não somente dos pacientes que transportam como também de todos em seu entorno. Como Deve Ser a Condução dos Veículos de Bombeiros Para conduzir um veículo operacional, caminhão com água, viatura de salvamento ou viatura de resgate, o bombeiro precisa ter no mínimo a habilitação categoria C. O profissional que tiver apenas a categoria B, só poderá dirigir os veículos leves de serviço administrativo. Ele também obrigatoriamente deve ter o curso de Condução e Direção de Viaturas em Situação de Emergência, direcionado para o treinamento de pessoas que trabalham em situações emergenciais, onde ele obterá conhecimento das técnicas preventivas para evitar a colisão. Em situações de atendimento emergencial, o veículo de bombeiros, assim como ambulâncias e viaturas policiais na mesma condição, detém a preferência no trânsito. Porém, não possui livre condução do veículo: não pode ultrapassar sinal vermelho, precisa respeitar o sinal de pare e andar na velocidade estipulada para cada via. Ou seja, ele também precisa respeitar as leis de trânsito. A sirene e luzes ligadas, sinalizam para que os outros motoristas possam dar passagem, e o veículo de bombeiros só poderá passar após isso ocorrer. O bombeiro não deve dirigir de forma arbitrária em hipótese alguma. Ele possui preferência somente nos momentos em que está em situação emergencial, MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 275 no socorro de vidas. Esses cuidados são necessários para que não se coloque em risco a vida da guarnição, de terceiros, do motorista e até das vítimas que estão sendo socorridas. Nos momentos de emergência, os condutores devem, na medida do possível, abrir passagem para a viatura, mesmo que o espaço físico da cidade muitas das vezes não seja favorável. Como Deve Ser a Condução das Viaturas Policiais Assim como os bombeiros, os policiais civis, federais e militares possuem as mesmas prerrogativas no trânsito quando estão em função de emergência. Esta especificação está presente no artigo 29, inciso VII, da Lei n.º 9.503/1997 do CTB. Também consta no “1°. TACSP, 2ª Câm. Especial, Ap. 440.243-5, j. 05.07.1990, RT 658/127, que afirma que: “Os carros da polícia, além da prioridade de trânsito, gozam de livre circulação e estacionamento, quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos de alarme sonoro e de luz vermelha intermitente (CNT, art. 13, IX). Ou seja, a lei confere tais vantagens a esses veículos, desde que estejam em serviço de urgência e identificados pelos dispositivos de alarme sonoro e iluminação. São vantagens que garantem a cessão do espaço nas vias para que o serviço emergencial seja concretizado de forma eficaz. Por esse motivo, os veículos poderão trafegar nesses casos sem a necessidade de obedecer estritamente a todas as regras comuns previstas na legislação Se um bombeiro provocar um acidente, ele e o comandante que fez a escala serão responsabilizados e irão responder administrativa, civil e criminalmente. MATERIAL TEXTUAL | ATUALIZAÇÃO PARA CONDUTORES DE VEÍCULO DE TRANSPORTE DE EMERGÊNCIA 276 de trânsito, como por exemplo, a velocidade máxima permitida, o estacionamento ou parada em locais proibidos, a ultrapassagem em trechos proibidos, a invasão ao semáforo vermelho, etc. Pois tratam-se de regras que se não forem violadas, inviabilizam por completo um trabalho como o de perseguição de suspeitos de crime, ou de detentos fugitivos, por exemplo. Além da condição destes veículos precisarem estar em serviço de urgência, estas prerrogativas só podem ser exercidas quando o veículo estiver devidamente identificado por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente. Inclusive, no art. 222 da Lei n.º 9.503/97, vem tipificado como infração de trânsito de natureza média, o ato de deixar de manter ligado o sistema de iluminação vermelha intermitente dos veículos de polícia, nas situações