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Prof. Adm. M.Sc. Hugo Alves DOCENTE Prof. M.Sc. Hugo Alves • Graduado em Administração de Empresas. • Especialista em Marketing Empresarial. • MBA Ambiente Organizacional e Saúde do Trabalhador. • MBA em Gestão Hospitalar. • Especialista em ISO 9000. • Especialização em Gestão de Polos Universitários. • MBA em Gestão Jurídica Aduaneira Internacional. • Mestre em Recursos Humanos e Gestão do Conhecimento. LOGÍSTICA E CONTROLE ADUANEIRO PORTUÁRIO LOGÍSTICA Logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas), por meio da organização e seus canais de marketing, a fim de poder maximizar a lucratividade presente e futura a partir da aplicação dos conceitos da economia de custos em relação aos seus pedidos. Mar O mar é um corpo de água salgada de longa extensão. É maior que um lago, sendo que pode ser ligado ao oceano ou não. Entretanto, a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar definiu que a palavra “mar” também pode se referir ao oceano em sua totalidade. No entanto, há o termo mares abertos para designar porções de água salgada que estão ligadas mais amplamente ao oceano, como o Mar do Japão. Há ainda os mares continentais, que se ligam aos oceanos através de passagens estreitas, que portanto são chamadas de "estreitos". Um exemplo é o Estreito de Bering, que conecta o Mar de Chukchi ao Mar de Bering, fazendo uma ligação entre o Oceano Ártico e o Oceano Pacífico. Exemplos de mares abertos Mar do Caribe, ligado diretamente ao Oceano Atlântico; Mar Arábe, que faz ligação com o Oceano Índico; Mar do Sul da China, que fica entre a China e diversos países, como as Filipinas. Exemplos de mares continentais Mar Mediterrâneo, entre o continente europeu, a África e a Ásia; Mar Vermelho, acima do chifre da África, entre o Egito, entre outros países, e a Península Árabe; Mar Negro, ligado ao Mediterrâneo, que por sua vez faz a conexão com o Oceano Atlântico através do Estreito de Gibraltar, entre a África e a Europa. Exemplos de mares fechados Mar Cáspio, na Ásia; Mar Morto, no Oriente Médio. Oceano O oceano é a porção de água que cobre dois terços da superfície terrestre. É o principal componente da Terra, planeta coberto por água em 71% da superfície. Diferentemente dos mares, o oceano é mais profundo, tendo uma média de 3 mil metros de profundidade. O ponto mais profundo está situado na Fossa das Marianas, no Pacífico, em que a profundidade alcança mais de 11 mil metros. Para fins de identificação, o oceano da Terra foi divido em cinco grandes territórios aquáticos. São eles: Oceano Atlântico, Oceano Pacífico, Oceano Índico, Oceano Glacial Ártico, Oceano Glacial Antártico. Oceano Atlântico, entre a América e os continentes da África e Europa; Oceano Pacífico, localizado entre a Ásia e Oceania e o continente americano. É o maior oceano da Terra, sendo que de determinado ponto ao girar um globo terrestre é possível ver uma face do planeta inteiramente coberta por água; Oceano Índico, entre a costa leste do continente africano e estendendo-se até a costa oeste da Austrália, tendo o nome por ser toda a área abaixo da Índia; Oceano Glacial Ártico, que fica no polo norte do planeta e é cercado por vários continentes, tendo ligações diretas com o Oceano Atlântico e Pacífico; Oceano Glacial Antártico, que engloba a área ao redor do continente antártico. ESTUÁRIO Um estuário é uma área ao longo da costa onde um rio se junta ao mar. Os estuários são parcialmente fechados, tendo uma conexão livre com o mar aberto, essa conexão pode ser permanente ou periódica. Nos estuários a água do mar é diluída pela água doce, formando um ambiente salobro. HIDROVIAS CANAL: São mais largos e mais fundos construídos pelo homem para facilitar o fluxo logístico. (Exemplo Canal do Panamá). ESTREITO: São mais rasos e moldados pela força da natureza. (Estreito de Breves). O Transporte Marítimo é uma das modalidades dos transportes aquáticos (ou aquaviários) que ocorrem nos mares e oceanos por meio de embarcações (barcos, navios, caravelas, transatlânticos), sendo muito utilizado para o transporte de pessoas e cargas a curtas e longas distâncias. É o principal tipo de transporte internacional para a comercialização de diversos produtos, onde cerca de 90% das mercadorias são transportadas por vias marítimas. Nesse sentido, vale lembrar que o transporte marítimo é uma das modalidades mais antigas, de forma que foi muito importante desde a Antiguidade para o transporte de pessoas, bem como para o desenvolvimento do comércio. De acordo com o itinerário realizado, o transporte marítimo pode ser: Cabotagem: Também chamado de “Transporte Costeiro”, esse tipo de transporte é doméstico, posto que é realizado somente entre os portos do território nacional. Internacional: Também chamado de “Transporte de Longo Percurso”, o nome já indica que a distância é maior, sendo esse transporte realizado entre portos nacionais e internacionais. O transporte marítimo tem um custo baixo de operação em função da capacidade de carga, e a opção pela navegação de cabotagem é uma boa escolha para se levar cargas cujos pontos de partida e final sejam próximos à costa. OBSERVAÇÃO: A Cabotagem é a navegação entre portos do mesmo país, e se contrapõe à navegação de longo curso, que é realizada entre portos de diferentes países. HIDROVIÁRIO OU AQUAVIÁRIO O transporte hidroviário utiliza os rios e lagos como via de translado. Este modal apresenta um baixo custo de implantação, quando já existe uma via natural, como um rio próprio para navegação. Este custo de implantação aumenta consideravelmente quando há a necessidade de construção de canais, barragens e eclusas para tornar a navegação possível. Este transporte tem um custo de operação que pode variar de acordo com algumas situações, sendo mais baixo em vias naturais (rios) com grande calado, que não sofrem com a sazonalidade ou os períodos de seca. Uma das maiores limitações deste modal é estar limitado ao curso da via natural. ECLUSA MISSÃO DA LOGÍSTICA A missão da logística pode ser definida como a garantia da entrega de um bem ou produto na quantidade certa, na qualidade certa, no local e no tempo certos, para um cliente e um custo determinado. ATIVIDADES PRIMÁRIAS DA LOGÍSTICA As atividades primárias são essenciais para que a logística ocorra e representam a maior parcela do custo total logístico. As atividades primárias estão divididas em: processamento de pedidos, gestão de estoques e gestão de transportes. Processamento de pedidos: Envolve o recebimento, tratamento dos pedidos e transmissão de informações para os demais setores da empresa; Gestão de estoques: é responsável pelo armazenamento dos insumos e produtos acabados. Envolve atividades relacionadas ao controle de compras de insumos, a realização de previsão de vendas, estabelecimento de embalagens adequadas para os produtos, estratégias para armazenagem, manuseio de materiais, entre outros; Gestão de transportes: é responsável por estabelecer estratégias para a movimentação ao longo de toda cadeia logística. É a atividade mais cara, pois é responsável por toda movimentação do produto desde a fase de matéria-prima até a chegada do produto acabado ao consumidor. Envolve atividades relacionadas a decisões sobre as formas de transporte, roteirização, programação da entrega dos produtos, entre outras. ATIVIDADES DE APOIO DA LOGÍSTICA ATIVIDADES DE APOIO Armazenagem A armazenagem está relacionada com a administração do espaço para manter os estoques.Os problemas comuns são a localização e o dimensionamento da área de armazenagem. Manuseio de materiais Tem relação com a armazenagem e também apoia a manutenção de estoques. Diz respeito à movimentação dos produtos no local de armazenagem. Um exemplo é a movimentação do material até o ponto de estocagem, depois até o ponto de despacho. Embalagem de proteção Movimentar os bens sem danificá-los é um dos objetivos da logística. As embalagens de proteção bem projetadas auxiliam na garantia da movimentação sem quebras, além de melhorar a forma de armazenagem e o transporte. Programação de produtos Enquanto a obtenção trata das formas de entrada dos produtos no sistema logístico, a programação dos produtos trata dos fluxos de saída. Ela se refere primeiramente às quantidades que devem ser produzidas e quando devem ser fabricadas. Manutenção da informação Faz a função de manter uma base de dados com informações importantes para o processo logístico. Essas informações são essenciais para o correto planejamento e controle logístico. São informações importantes para este processo: a localização dos clientes, os volumes de vendas, os padrões de entrega e os níveis de estoque. DISTRIBUIÇÃO O QUE É A DISTRIBUIÇÃO ? O processo de distribuição é uma etapa vital da cadeia de suprimentos e envolve todas as atividades relacionadas à transferência até a entrega dos produtos ao consumidor. O processo de distribuição é responsável por elaborar estratégias para armazenagem de produtos, seleção do modal de transporte que proporcione segurança, conservação dos produtos, escolha de veículos adequados, roteirização, entre outros. SELEÇÃO DA MODALIDADE DE TRANSPORTE A seleção da modalidade de transporte, ou modal de transporte, depende essencialmente de dois fatores, que são: a diferença entre o preço de venda do produto na origem e no local de consumo e o custo de transporte entre o centro de produção e o local de consumo do produto. O custo de transporte é formado com base em dois aspectos: a característica da carga transportada e a característica das modalidades de transporte utilizadas. Cada uma dessas duas características possui fatores que influenciam no custo do transporte. CONSIDERAÇÕES AO SE DEFINIR O TIPO DE TRANSPORTE. Características das modalidades de transporte: tempo de viagem; • custo do frete; • condições da malha (infraestrutura); • condições de operação; • mão de obra; • outros. IMPORTANTE DEFINIR: MODAIS A palavra modal deriva de modalidade. Em logística, refere- se às modalidades de transporte, como o transporte rodoviário, aquaviário e aéreo por exemplo. ROTEIRIZAÇÃO O processo de roteirização define as melhores rotas para entrega e coleta dos produtos. Este processo busca o uso eficiente da frota da empresa. SISTEMAS DE OPERAÇÕES DE MODAIS TRANSPORTE UNIMODAL O transporte unimodal ou monomodal é aquele que usa apenas um único meio de transporte para realizar o trajeto. É o formato mais comum, principalmente nos transportes terrestre e marítimo, dada a sua previsibilidade e possibilidade de verificação de responsabilidades. TRANSPORTE MULTIMODAL O Transporte Multimodal é aquele que utiliza duas ou mais modalidades de transporte sob a responsabilidade única de um Operador de Transporte Multimodal – OTM e é regido por um único contrato. TRANSPORTE INTERMODAL O transporte intermodal é caracterizado pela utilização de dois ou mais modais de transporte (marítimo, rodoviário, aéreo e ferroviário) em uma mesma solução logística. Quando utilizada de forma racional, a intermodalidade pode reduzir os custos logísticos. ATENÇÃO PARA A DIFERENÇA No transporte intermodal se realiza a emissão de um documento de transporte para cada modal utilizado, no multimodal é usado apenas um documento, que visa cobrir todo o trajeto da carga desde o ponto de origem até o destino. O QUE É UM DOCUMENTO DE TRANSPORTE ? É um documento de responsabilidade do transportador e tem validade em todo o território nacional. Na prática, estamos falando de um documento que atesta a contratação e a validade do seguro de responsabilidade civil por danos a terceiros causados na operação de transporte rodoviário de cargas. TIPOS DE MODAIS RODOVIÁRIO O transporte rodoviário utiliza as rodovias como meio de transporte. As vantagens deste modal são o serviço porta-a-porta, sem necessidade de carga e descarga na origem ou destino (operação inevitável nos modais ferroviário e marítimo), a frequência e a disponibilidade do serviço e a velocidade. TIPOS DE VEÍCULOS DE CARGAS TERRESTRES CAPACIDADES DE CARGAS PRATICADAS CAMINHÕES MAIS COMUNS QUE CIRCULAM NO BRASIL TOCO: É um caminhão que tem apenas um eixo na carroceria, ou seja, um eixo frontal e outro traseiro de rodagem simples ou dupla. TRUCK: O caminhão que tem o eixo duplo na carroceria, ou seja, dois eixos juntos. O objetivo é poder carregar carga maior e proporcionar melhor desempenho ao veículo. Um dos eixos traseiros deve necessariamente receber a força do motor. TRAÇADO: O caminhão traçado é o caminhão que tem três eixos, sendo um deles dianteiro e dois deles traseiros e com tração. Também chamado 6×4. O nome traçado é dado porque é um veículo de dois eixos de tração nas rodas traseiras. BI-TRUCK: É o nome dado para o caminhão com quatro eixos, sendo os dois eixos dianteiros direcionais. O caminhão é do tipo 8×2 ou 8×4. TIPOS DE CARRETAS FERROVIÁRIO O transporte ferroviário utiliza trens e ferrovias. É considerado um transporte caro de implantação porque além das ferrovias, é necessária a aquisição simultânea das locomotivas e dos vagões. Contudo, apresenta um baixo custo operacional e pequeno consumo de combustível se comparado com o transporte rodoviário. PRATICA DE CARGA FERROVIÁRIA PRATICA DE CARGA FERROVIÁRIA DUTOVIÁRIO Este modal de transporte utiliza tubos para transportar fluidos, como gases e líquidos. Este sistema de transporte apresenta um custo elevado de implantação, mas com baixo custo operacional. Assim como o ferroviário, é um modal de transporte com pouca flexibilidade, pois só consegue transportar os materiais para pontos fixos, que são as estações de bombeamento e recalque. No Brasil, a utilização deste modal é bastante utilizada no transporte de combustíveis como, por exemplo, o gasoduto Bolívia- Brasil, que abastece grande parte do território com gás natural proveniente da Bolívia. O QUE SÃO DUTOS ? Dutos são tubulações especialmente desenvolvidas e construídas de acordo com normas internacionais de segurança, para transportar petróleo e seus derivados, álcool, gás e produtos químicos diversos por distâncias especialmente longas, sendo então denominados como oleodutos, gasodutos ou polidutos. TIPOS DE TRANSPORTE DUTOVIÁRIO Subterrâneos: dutos não visíveis, pois estão localizados abaixo da terra. Aparentes: dutos visíveis, encontrados geralmente nas estações de abastecimento. Aéreos: dutos construídos suspensos no ar nos terrenos que apresentam relevo acidentado, bem como para atravessar um rio ou um vale MARÍTIMO O transporte marítimo é muito procurado para longas distâncias, motivo este de ser o modal mais utilizado no comércio internacional. Além dos mares, ele pode utilizar rios e lagos para a navegação, como por exemplo, o famoso Canal do Panamá, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico. Apresenta um baixo custo de operação comparado ao volume de materiais movimentados, mas é limitado às zonas costeiras. Este modal necessita de transporte complementar entre os portos e o destino final da c arga. 1. Proa 2. Bolbo 3. Âncora 4. Casco 5. Hélice6. Polpa 7. Chaminé 8. Ponte 9. Convés HIDROVIÁRIO OU AQUAVIÁRIO O transporte hidroviário como já havíamos conversado utiliza os rios e lagos como via de translado. Este modal apresenta um baixo custo de implantação, quando já existe uma via natural, como um rio próprio para navegação. Este transporte tem um custo de operação que pode variar de acordo com algumas situações, sendo mais baixo em vias naturais (rios) com grande calado, que não sofrem com a sazonalidade ou os períodos de seca. Uma das maiores limitações deste modal é estar limitado ao curso da via natural. TIPOS DE NAVIOS CARGUEIRO CONVENCIONAL: são utilizados no transporte de carga geral, tem os porões divididos de forma a atender a diferentes tipos de carga; GRANELEIRO: visa o transporte de granéis sólidos, geralmente tem baixo custo operacional; TANQUE: destina-se ao transporte de granéis líquidos; GASEIRO: destina-se ao transporte de gases; FULL CONTAINER SHIPOU PORTA-CONTEINER: exclusivo para o transporte de contêineres, que são alocados por meio de encaixes perfeitos; ROLL-ON/ROLL-Off: apropriado para o transporte de veículos, que são embarcados e desembarcados, através de rampas, com os seus próprios movimentos. Pode propiciar a conjugação com o transporte terrestre ao carregar a própria carreta ou contêiner sobre rodas (“boogies”); LASH OU PORTA-BARCAÇAS: projetado para operar em portos congestionados, transporta em seu interior barcaças com capacidade de aproximadamente 400 t ou 600 m3 cada uma, as quais são embarcadas e desembarcadas na periferia do porto; NAVIO HEAVY LIFT O navio Heavy Lift foi especificamente projetado como um semissubmersível destinado ao transporte de cargas extremamente pesadas, como outras embarcações, plataformas de petróleo, estações militares etc. O navio Heavy Lift enche os seus tanques de lastro até atingir a profundidade necessária para o carregamento. Em seguida, com auxílio de rebocadores, a carga a ser transportada é colocada sobre o convés do navio, neste momento submerso. O navio Heavy Lift esvazia os tanques de lastro e a unidade de carga extra-pesada é amarrada à sua estrutura. NAVIO HEAVY LIFT NAVIO FRIGORÍFICO Semelhantes aos navios cargueiros convencionais, são equipados com sistemas de refrigeração e câmaras frigoríficas, possibilitando o carregamento e transporte simultâneo de produtos com diferentes temperaturas. Possuem formas mais afiladas e capacidade de carga bem menor do que os cargueiros convencionais. SEA-BEA: é o mais moderno tipo de navio mercante, pois pode acomodar barcaças e converter-se em graneleiro ou porta-contêiner. AEROVIÁRIO O modal aeroviário é um dos modais menos utilizados devido ao seu alto custo. Apesar de um baixo custo de implantação, o custo de operação deste transporte é muito alto. Este modal apresenta grande flexibilidade, podendo alcançar diferentes pontos com alta velocidade, o que é ideal para o transporte de pequenos volumes com urgência de entrega e de mercadorias de grande valor agregado. LOGÍSTICA INBOUND E OUTBOUND OPERAÇÕES LOGÍSTICAS INBOUND É parte da logística que corresponde ao conjunto de operações associadas ao fluxo de materiais e informações desde a fonte de matérias-primas até sua entrada na fábrica. OPERAÇÕES LOGÍSTICAS OUTBOUND Passado o processo produtivo, os produtos acabados precisam chegar até o consumidor final. INBOUND (Considerações importantes) Frete CIF: Cost, Insuranse and Freight, que querem dizer custo, seguro e frete. Em outras palavras, a responsabilidade do embarcador vai até a entrega das mercadorias em seu destino. Frete FOB, Free On Board, em tradução literal, quer dizer “livre a bordo”. A responsabilidade do embarcador termina quando as mercadorias são despachadas. É o comprador, então, que assume os custos e os riscos do transporte a partir do embarque, já que a responsabilidade do fornecedor acaba quando o produto entra no transporte. OUTBOUND (Considerações importantes) - Valores (combustível) - Devoluções - Reentrega - Seguro - Depreciação NÍVEIS ORGANIZACIONAIS E O SISTEMA DE GESTÃO PORTUÁRIA NÍVEL ESTRATÉGICO O nível estratégico está ligado à alta direção da empresa. A alta direção é responsável por tomar as decisões que envolvem a localização de unidades e armazéns da empresa. Neste nível, é possível decidir se a empresa vai manter um depósito em um determinado estado ou não. Sempre são levados em conta vários fatores como custo de transporte para esse depósito, tempo de entrega, se é mais barato ou rápido entregar direto ao cliente ou ao depósito. NÍVEL TÁTICO Uma vez que a empresa já tem seus depósitos definidos, seu sistema logístico, frota etc., cabe ao nível tático utilizar desses recursos da forma mais eficiente possível. Os custos sempre serão mais baixos se as cargas forem completamente preenchidas, se os armazéns ficarem sempre abastecidos e se os sistemas de pedidos não ficarem ociosos. NÍVEL OPERACIONAL As atividades do nível operacional são as tarefas diárias que são executadas para garantir que os produtos cheguem ao seu destino final. Ou seja, as atividades que fazem os produtos fluírem pelos canais de distribuição até o último cliente. REGULADORES E FISCALIZADORES DE TRANSPORTES ANAC (Aéreo): uma das principais normas do transporte aéreo é o Decreto nº 2.0704/ 1931 que promulga a Convenção de Varsóvia, para a unificação de certas regras relativas ao transporte aéreo internacional ANTAQ (Marítimo): uma das principais normas do transporte marítimo é a Lei nº 9.432/ 1997 que dispõe sobre a ordenação do transporte aquaviário. ANTT (Rodoviário e Ferroviário): uma das principais normas dos transportes rodoviário e ferroviário é o Decreto nº 99.704/1990, que dispõe sobre a execução no Brasil do Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre, entre o Brasil, a Argentina, a Bolívia, o Chile, o Paraguai, o Peru e o Uruguai. TRIBUNAL MARÍTIMO BRASILEIRO O Tribunal Marítimo Administrativo reuniu-se pela primeira vez no dia 20 de fevereiro de 1935 havendo iniciado suas atividades. O colegiado é composto por sete juízes, com as seguintes qualificações previstas em Lei: Um Presidente, Oficial-General do Corpo da Armada da ativa ou na inatividade; Dois Juízes Militares, Capitão de Mar e Guerra ou Capitão de Fragata um do Corpo da Armada e outro do Corpo de Engenheiros e Técnicos Navais, subespecializado em máquinas ou casco; e Quatro Juízes Civis, sendo dois bacharéis em Direito um especializado em Direito Marítimo e o outro em Direito Internacional Público; um especialista em armação de navios e navegação comercial; e um Capitão de Longo Curso da Marinha Mercante. Atribuições do Tribunal Marítimo I - julgar os acidentes e fatos da navegação: a) definindo-lhes a natureza e determinando-lhes as causas, circunstâncias e extensão; b) indicando os responsáveis e aplicando-lhes as penas estabelecidas nesta lei; e c) propondo medidas preventivas e de segurança da navegação. II - manter o registro geral: a) da propriedade naval; b) da hipoteca naval e demais ônus sobre embarcações brasileiras; e c) dos armadores de navios brasileiros. CADE – CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA • Autarquia federal, vinculada ao Ministério da Justiça. • Tem como objetivo zelar pela livre concorrência no mercado. • Responsável por investigar, decidir (em última instância), fomentar e disseminar a livre concorrencial. Funções do CADE: • Preventiva - Analisar e decidir sobre fusões, aquisições de controle, incorporações e demais atos de concentração econômica entre empresas. • Repressiva - Investigar, julgar cartéis e outras condutas nocivas à livre concorrência. •Educacional – Instruir sobre condutas que podem prejudicar à livre concorrência. O QUE É UMA AUTARQUIA ? Autarquia, (do Grego αuταρχία, composto de αuτός (si mesmo) e αρχω (comandar), ou seja, "comandar a si mesmo" ou "auto comandar-se", autarcia, que é um conceito pertinente a vários campos, mas, sempre lidando com a ideia geral de algo que exerce poder sobre si mesmo. De uma forma mais prática podemos considerar como sendo uma entidade pública, com autonomia econômica, técnica e administrativa, embora fiscalizada e tutelada pelo Estado. LEGISLAÇÃO PORTUÁRIA E MARÍTIMA Com a importância do modal marítimo e da operação portuária para o Comércio Internacional, a Marinha Mercante também tem um papel fundamental neste contexto, tanto no que tange aos aspectos operacionais, quanto aos aspectos de segurança. A Marinha Mercante é um aglomerado de organizações, profissionais, navios e outros recursos que operam atividades marítimas, fluviais e lacustres, e é composta por civis que fazem parte da reserva naval, constituindo o ramo civil da marinha. Normalmente, divide-se em alguns subgrupos tais como:. ARMADORES Armador é a empresa proprietária, sócia ou afretadora do navio que por sua conta e risco, equipa, mantém e explora comercialmente a navio mercantil. O armador executa todos os procedimentos necessários para o transporte de cargas entre os portos, além de operar os navios e rotas já existentes no comércio internacional. Marinha Comercial; Marinha da Pesca; Desporto Náutico e Atividades Recreativas; Autoridade marítima; Operações Portuárias; Investigação Marinha MARINHA COMERCIAL A marinha de comércio é responsável, essencialmente, pelo transporte marítimo de pessoas e mercadorias. Em sentido lato, o transporte marítimo inclui, não só o transporte através de mar aberto, mas também através de rios, canais e lagos. MARINHA DA PESCA A atividade pesqueira marítima é compreendida como as ações que envolvem a captura, e a venda do pescado in natura. DESPORTO NÁUTICO E ATIVIDADES RECREATIVAS Abrange as atividades que tem como campo de prática as águas de mares, rios, lagoas e lagos. Sendo assim, pode se incluir nessa categoria esportes como o remo; a vela; o surf; a prancha a vela e sua variante mais recente, o kitesurf; o esqui aquático e o wakeboard; o caiaque e a canoagem. AUTORIDADE MARÍTIMA A Autoridade Marítima Brasileira (AMB), exercida pelo Comandante da Marinha (CM), possui competência para o trato dos assuntos que cabem à Marinha do Brasil (MB) como atribuições subsidiárias. OPERAÇÕES PORTUÁRIAS As operações portuárias são atividades logísticas complexas que tratam de armazenagem, carregamento, administração e gerenciamento de estoque de mercadorias e que necessitam utilizar transporte aquaviário dentro de um porto organizado. INVESTIGAÇÃO MARINHA Processo desenvolvido pelo Departamento de Inquéritos e Investigações de Acidentes de Navegação da Diretoria de Portos e Costas que analisa e coordena as investigações de segurança de acidentes e incidentes marítimos ocorridos com navios de qualquer bandeira nas águas jurisdicionais brasileiras, em conformidade com o Código de Investigação de Acidentes da Organização Marítima Internacional (IMO). O principal objetivo das investigações de segurança é determinar as circunstâncias e as causas do acidente muito grave ou acidente/ incidente considerado relevante com o propósito de prevenir novos acidentes e incidentes marítimos no futuro. ORGANISMOS INTERNACIONAIS IATA (International Air Transport Association): O principal objetivo da IATA é ajudar as companhias aéreas a simplificar processos, reduzir custos, melhorar a eficiência dos serviços e, principalmente, cuidar da segurança da aviação, além de procurar minimizar o impacto do transporte aéreo no meio ambiente. ICS (International Chamber of Shipping): As principais funções da Câmara Internacional de Navegação estão relacionadas com todos os assuntos técnicos, legais, trabalhistas e políticos do transporte marítimo internacional. O objetivo é promover os interesses dos armadores e dos operadores em todos os assuntos relacionados com a política de transporte marítimo e as operações dos navios. moldando o futuro do transporte marítimo IRU (International Road Transport Union): organização que defende os interesses dos operadores rodoviários dos países-membros de forma a assegurar o crescimento econômico e a prosperidade, através da mobilidade sustentável de pessoas e mercadorias por todo o mundo. UIC (International Union of Railways): organização mundial para a cooperação internacional entre as companhias ferroviárias associadas e para a promoção do modo de transporte ferroviário. Os fundamentos iniciais foram à padronização e melhoramento das condições nas operações e construção dos caminhos de ferro, tendo em vista especialmente a melhora do tráfego internacional. LEGISLAÇÃO PORTUÁRIA E MARÍTIMA O Brasil possui várias normas portuárias e marítimas, sendo que as de maior relevância são: Lei nº 12.815/2013: conhecida como a “Lei dos Portos”, dispõe sobre a exploração direta e indireta pela União de portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários; Lei nº 7.652/1988: tem por finalidade regular o registro da propriedade marítima, dos direitos reais e demais ônus sobre embarcações e o registro de armador; Continuação ... Lei nº 9.537/1997: dispõe sobre a segurança do tráfego aquaviário em águas sob jurisdição nacional; Além das mencionadas acima, temos ainda o já citado Decreto nº 6.759/2009 (Regulamento Aduaneiro), que também estabelece normas para as operações portuárias e marítimas, e as também já mencionadas Leis nº 9.611/1998 e nº 9.432/1997, que tratam, respectivamente, do transporte multimodal de cargas e da ordenação do transporte aquaviário. ASSISTENTE DE LOGÍSTICA PORTUÁRIA PORTO DE SANTOS - SP O Governo Federal acaba utilizando um critério diferente para classificar os portos em nosso País. Dessa forma, temos que o Porto de Santos, o principal do País, é um complexo marítimo, uma vez que recebe embarcações de linhas oceânicas. E o mesmo pode ser dito do Porto de Manaus, que, apesar de estar às margens de um rio, também é marítimo. Atualmente, há 37 portos públicos, administrados pelo Governo Federal (através das companhias docas, empresas controladas pela Secretaria Nacional de Portos, órgão do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, ou delegados a municípios, estados ou consórcios públicos. A área desses portos é delimitada por ato do Poder Executivo, segundo art. 2º da Lei nº 12.815, a atual Lei dos Portos, de 5 de junho de 2013. PORTO DE MANAUS - AM OPERAÇÕES PORTUÁRIAS As operações portuárias são atividades logísticas complexas que tratam de armazenagem, carregamento, administração e gerenciamento de estoque de mercadorias e que necessitam utilizar transporte aquaviário dentro de um porto organizado. Elas envolvem três questões importantes: • COMPLEXO FÍSICO. • ADMINISTRAÇÃO. • OPERAÇÃO. • COMPLEXO FÍSICO: é referente aos terminais portuários, portos, armazéns, cais e quaisquer máquinas e equipamentos que estiverem envolvidos; PORTO DE BELÉM-PA • ADMINISTRAÇÃO: são as instituições responsáveis por gerenciar os portos; • OPERAÇÃO: são os profissionais encarregados das atividades, como rebocadores, operadores portuários e sindicatos. PROFISSIONAIS ATUANTES OPERADORES PORTUÁRIOS O operador portuário é um profissional qualificado para realizar atividades que auxiliem, gerenciem ou viabilize a movimentação de passageiros e mercadorias, bem como a armazenagemdesta última citada. Como vimos, essas operações são destinadas para transporte aquaviário, o que exige certos conhecimentos específicos. RESPONSABILIDADE. De acordo com a legislação (Lei 12.815/2013), os operadores portuários podem ser responsáveis por danos culposamente causados à infraestrutura, instalações e equipamentos que são da administração do porto e estiverem a seu serviço ou cuidados. Ou seja, é preciso seguir normas e instruções dos comandantes de embarcações ou demais superiores hierárquicos institucionais. SÓ PRA LEMBRAR ... Crime culposo – Crime praticado sem intenção. Crime doloso – Crime praticado com intenção. CARGOS DE NÍVEL INSTITUICIONAL • DIRETOR GERAL ou (SUBDIVISÕES). • ADMINISTRADOR DE ESTOQUE. • ADMINISTRADOR DE OPERAÇÕES DE PÁTIO. • SUPERINTENDENTE REGIONAL (SUBDIVISÕES). CARGOS DE NÍVEL INTERMEDIÁRIO • GERENTE DE OPERAÇÕES. • GERENTE DE ESTOQUE. • GERENTE DE ARMAZENAGEM. • GERENTE DE PÁTIO. • GERENTE OPERACIONAL. CARGOS DE NÍVEL OPERACIONAL • SUPERVISOR OPERACIONAL (CARGO DE LIDERAÇA). • CAPATAZIA (PODE SER CARGO, SETOR OU DEPARTAMENTO). • CONFERENTE. • APOIO DE SOLO. • AUXILIAR DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS (ESTIVA). • BALIZADOR. • DENTRE OUTROS. A Capatazia é composta por atividades como: descarga de embarcações, recebimento, abertura dos volumes para conferência, conferência, manipulação, organização, entrega e carregamento das mercadorias. TIPOS DE PORTOS DO BRASIL TIPOS DE PORTOS DO BRASIL A navegação é um sistema bastante antigo no Brasil para movimentação de cargas, por isso, os portos são muito importantes para a logística universal, especialmente no que diz respeito à exportação e importação de mercadorias. Atualmente, há quatro tipos de portos no Brasil, são eles: Marítimos, Fluviais, Estuários e lacustres. Marítimos: localizados às margens dos oceanos, os portos marítimos foram construídos com foco na movimentação de cargas e passageiros de áreas distantes. Além disso, podem ser caracterizados como Portos Naturais, Portos de Mar Aberto e Portos Abrigados; O porto de Shanghai, atualmente o maior porto do mundo, está localizado na cidade de Shangai, (as margens do mar da china) que além de um porto de águas profundas, também possui um porto fluvial. Há doze anos ocupa o primeiro lugar do ranking de porto de contêineres mais movimentados do mundo (o primeiro lugar era do porto de Cingapura) e sua existência data de 180 anos atrás. Fluviais: também conhecidos como portos hidroviários, são semelhantes aos marítimos, porém ficam localizados às margens de rios; PORTO DE MANAUS Estuários e lacustres: já os portos estuários e os lacustres estão localizados em contato com lagos e mar por meio de canais de navegação. Porto de Itajaí – Santa Catarina Lacustre Adjetivo Relativo a lago: vegetação lacustre. Que vive nas águas ou à margem de um lago: planta lacustre. ... A habitação construída sobre esteios ou colunas, nos tempos pré-históricos, acima da superfície dos lagos ou lagunas. Etimologia (origem da palavra lacustre). O Porto de Oakland, Califórnia, na Costa Oeste dos Estados Unidos (USWC), saída para Oceano Pacífico. O COMÉRCIO EXTERIOR O Comércio Exterior, denominado comumente como Comex, compreende vários termos, regras e normas nacionais para a efetivação de suas operações compostas por atividades de compra e venda internacional. Quando falamos de compra de produtos estrangeiros estamos tratando da importação e quando falamos em vendas de produtos ao exterior, essa é a exportação. COMÉRCIO EXTERIOR continuação ... Nosso comércio exterior está sujeito a instrumentos jurídicos originários da junção dos sistemas mencionados criando normas jurídicas específicas para sua realização, materializadas por meio de nossa Constituição, Leis, Decretos e Instruções Normativas determinadas pelos órgãos da administração pública diretamente relacionados com o comércio exterior. O comércio exterior estabelece a relação entre importadores e exportadores de um determinado país com suas autoridades administrativas com base no ordenamento jurídico desse país e a sujeição aos seus institutos jurídico administrativos. DIREITO CIVIL, EMPRESARIAL E INTERNACIONAL X PROCESSO ADUANEIRO Ordenamento jurídico, é a dimensão hierárquica das normas do direito de um Estado, dotada de unidade, coerência e completude. Em outras palavras é o conjunto de normas jurídicas e regras que regem o Estado. LEX MERCATORIA A LEX MERCATORIA foi um sistema jurídico desenvolvido pelos comerciantes da Europa medieval e que se aplicou aos comerciantes e marinheiros de todos os países do mundo até o século XVII. Não era imposta por uma autoridade central, mas evoluiu a partir do uso e do costume, à medida que os próprios mercadores criavam princípios e regras para regular suas transações. Este conjunto de regras era comum aos comerciantes europeus, com algumas diferenças locais O SISTEMA E A LOGÍSTICA PORTUÁRIOS O SISTEMA E A LOGÍSTICA PORTUÁRIOS O Sistema Portuário no Brasil segue as diretrizes do Governo Federal e conta com 235 instalações, incluindo portos públicos e privados, sendo 37 portos marítimos e 39 fluviais públicos. Isso resulta em uma estrutura robusta e que permite movimentações estratégicas. Esse sistema é categorizado por três questões: de acordo com a sua localização, infraestrutura e função. PORTOS CLASSIFICADOS QUANTO A SUA LOCALIZAÇÃO Essa definição “quanto a sua localização” diz respeito exatamente aos tipos de portos que citamos anteriormente: marítimos, fluviais, estuários e lacustres. No entanto, é preciso saber também sobre o porto seco, que se refere a regiões ligadas por estradas, rodovias, vias férreas ou aéreas. Nesse sentido, o porto seco é um terminal intermodal terrestre, que pode ter um ou mais tipos de transportes. Porto Seco Centro Oeste em Anápolis - GO ADUANA A Aduana corresponde a uma entidade responsável pela realização da vigilância da circulação de mercadorias, ou seja, na entrada de produtos no país ou na saída para o exterior. Além disso, fica encarregada de arrecadar os tributos e taxas provenientes dos procedimentos de importação e exportação. ALFÂNDEGA X ADUANA Os termos aduana e alfândega são usados como sinônimos, mas a aduana abrange a entidade (empresa pública) e todas as atividades relacionadas ao controle de importação e exportação, enquanto a alfândega se refere ao espaço físico onde ocorrem as operações aduaneiras. PORTO SECO Porto seco, ou Estação Aduaneira do Interior (EADI), nada mais é do que uma área alfandegada de uso público localizada em uma zona secundária. Ou seja, fora dos portos principais e próxima de regiões com grande volume de produtos a serem comercializados, tanto para importação de mercadorias como exportação. Toda a administração do porto seco é feita por uma empresa privada, mas o controle aduaneiro é de responsabilidade da Receita Federal do Brasil. Ou seja, ela faz todo o controle de mercadorias desde a sua entrada no país e consequente nacionalização, distribuição, e o processo de embarque para o exterior. Desta forma, os portos secos são uma opção logística para reduzir o fluxo de produtos nos portos e aeroportos brasileiros. OPERAÇÕES EM PORTOS SECOS. Mercadorias importadas, as estações aduaneiras recebem as cargas ainda consolidadas e, após nacionalização, encaminham para despachá-las para uso imediato ou trabalhar como entreposto aduaneiro. Ainda, o porto seco pode armazenar a mercadoria importada no período determinado pelo importado (máximo de três anos). Mercadorias exportadas, o porto seco pode receber e preparar as mercadorias para serem enviadas ao exterior.Isso inclui, por exemplo, etiquetagem e marcação de produtos para atender às exigências do comprador. Além disso, pode-se utilizar a área alfandegada para depósito de cargas e os custos são desembolsados pelo importador no exterior. SERVIÇOS PARA EXPORTAÇÃO (ENVIO PARA FORA ...) • Admissão de mercadorias para serem exportadas, com nota fiscal; • Admissão de contêineres vazios para cargas; • Pesagem de veículos, contêineres e volumes; • Movimentação e armazenagem de mercadoria para unitização de cargas; • Expedição de mercadorias importadas, após desembaraço aduaneiro. SERVIÇOS PARA IMPORTAÇÃO (RECEBIMENTO ...) • Pesagem e contagem de mercadorias; • Pesagem de veículos, contêineres e volumes; • Admissão de mercadorias e bagagens desacompanhadas, sob regime de trânsito aduaneiro, procedentes de portos, aeroportos ou fronteiras; • Atendimento completo à importação através dos regimes aduaneiros especiais; • Movimentação e armazenagem de mercadoria desunitizada ou na mesma unidade de carga em que for transportada; • Expedição das mercadorias para importação, após o desembaraço aduaneiro. PORTO SECO – SUL DE MINAS –VARGINHA. PORTOS CLASSIFICADOS QUANTO A SUA INFRAESTRUTURA e FUNÇÃO. Já neste caso temos os portos quanto a sua infraestrutura, que têm classificação mais simples, já que sua função é definida com base no objetivo e estrutura do carregamento. Dentro dos portos de infra há outros tipos de portos, como: • Portos Comerciais • Portos Industriais • Portos Turísticos • Portos Pesqueiros • Portos Multifuncionais PORTO COMERCIAL: São todos os portos que possuem autorização para atividades de movimentação e comercialização de cargas e comercialização de serviços de transportes de passageiros, geralmente caracterizado pela presença de várias pontos de representação empresarial. PORTO INDUSTRIAL: São portos na maioria das vezes particulares e tem como objetivo principal realizar a movimentação de mercadorias oriundas do setor primário. Porto Vila do Conde – Barcarena - PA PORTO TURÍSTICO: Portos destinados ao atendimento e apoio ás embarcações e clientes do setor turístico. PORTO PESQUEIRO: Portos destinados exclusivamente ao apoio às embarcações que atuam no seguimento de exploração e comercialização da pesca. Terminal Pesqueiro do Ver-o-Peso – Belém – Pa. PORTO MULTIFUNCIONAL: São portos considerados mistos, capazes de atender a todos os segmentos anteriores seja por processos de readaptação ou simplesmente por possuir estruturas fixas. Porto de Manaus - AM PLAYERS DESSE MERCADO Afretadores: são as empresas que necessitam contratar transportes. Normalmente empresas de grande porte, com muitos ativos. Ex.: Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Vale do Rio Doce, Petrobrás. Fretadores: são empresas que tem capacidade de transportes e querem disponibilizá-la mediante compensação financeira. Ex.: Maersk. São os owners dos navios. Shipbrokers: operam como intermediários na negociação entre Afretadores e Fretadores, remunerados em média com uma comissão de 1,25% do valor do contrato. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS A administração de materiais em uma empresa contempla diferentes funções, desde a compra até a organização dos estoques. Ela contempla o fluxo de materiais de fora para dentro da empresa e a sua distribuição interna nas etapas de produção. Alguns dos sistemas utilizados para se administrar os materiais serão estudados logo a seguir. DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS A descrição dos materiais é um método que ajuda na identificação dos materiais. Neste tipo de identificação, procura-se apresentar todas as características que fazem este item ser único. No entanto, um excesso de informação na descrição do item pode deixar um catálogo muito volumoso e cansativo de ler. ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS A especificação é a representação detalhada de um conjunto de requisitos a ser satisfeito por um material. Ela pode também ser empregada em um produto ou processo. A especificação é a identificação dos aspectos mais relevantes do material, que ajuda a classificá-lo de acordo com algum critério de interesse. Segundo Dias (2010), para que a descrição seja feita de maneira adequada, é preciso considerar alguns critérios ou regras que ajudam a tornar o processo preciso e eficiente. São eles: ■ a denominação deve ser sempre no singular, o que possibilita a determinação das quantidades específicas dos produtos; ■ a denominação deve se prender ao material especificamente e não a sua embalagem ou forma; ■ utilizar denominações únicas para materiais de mesma natureza; ■ utilizar abreviaturas padronizadas. Agora que você já conhece alguns tipos de classificação que podem ser usados para os materiais, vamos conhecer um pouco sobre os sistemas de codificação. SISTEMAS DE CODIFICAÇÃO SISTEMAS DE CODIFICAÇÃO Um sistema de codificação serve para estabelecer formas para representar as diversas características dos produtos. Uma vez que esses produtos estão codificados, eles podem ser controlados e operacionalizados. Existem diversos sistemas de codificação de materiais, uns mais utilizados que outros. Acompanhe a seguir alguns exemplos: ■ SISTEMA ALFABÉTICO – utiliza as letras do alfabeto para codificar os materiais; ■ SISTEMA ALFANUMÉRICO – utiliza uma combinação entre letras e números para codificar os materiais; ■ SISTEMA NUMÉRICO – utiliza números para formar os códigos. SISTEMA NUMÉRICO OU DECIMAL O sistema de codificação decimal tem esse nome porque utiliza números em uma escala de 0 (zero) a 9 (nove), que são os algarismos arábicos. Este sistema é um dos mais utilizados, pois tem facilidade em organizar os códigos de forma sequencial e de fácil interpretação. O sistema de codificação decimal normalmente segue o padrão adotado pelo Federal Supply Classification System, que foi elaborado no pós-segunda guerra mundial para o controle dos materiais. Entretanto, as empresas aplicam modificações nesse sistema para adequar as suas necessidades específicas. INDICAÇÕES DE ENDEREÇOS DE PALLETES ENDEREÇAMENTO Atividades relacionadas com a destinação final dos materiais no armazém. O objetivo principal é ajudar na localização dos materiais, atingindo os níveis de serviço desejáveis com o menor custo total. As atividades que se aplicam são: - Classificar o almoxarifado por categoria; - Posicionamento dos materiais nas estantes; - Armazenagem. SUPRIMENTOS SUPRIMENTOS Suprimento é tudo aquilo que abastece uma empresa e auxilia em seu funcionamento. Os suprimentos recebem denominações distintas de acordo com a sua utilização na empresa e podem ser encontrados em forma de matéria-prima, matéria-prima em processo, componentes comprados ou em materiais de consumo. MATÉRIA-PRIMA São elementos a serem transformados em produtos acabados, devendo estar presentes na quantidade certa e com a qualidade estabelecida, no momento da produção, pois, ao longo do processo, serão modificados e unidos a outros materiais, resultando no produto acabado. O quadro a seguir apresenta algumas matérias-primas utilizadas para fabricação de diferentes produtos. MADEIRA ETIQUETADA PARA DESPACHO MADEIRA PALETIZADA PARA DESPACHO MATÉRIA-PRIMA EM PROCESSO Etapa em que o insumo já se encontra na fase de transformação, ou seja, já não contém mais as características da matéria-prima bruta, sendo modificado e/ou unido a outros materiais em busca da criação do produto final. O processamento dos insumos ocorre com auxílio de mão de obra, máquinas e equipamentos COMPONENTES COMPRADOS São materiais/instrumentos necessários para o desenvolvimentodo fluxo logístico, mas que não são produzidos pela empresa, sendo necessário adquirir os componentes externamente. Por exemplo: um supermercado necessita comprar prateleiras ou estantes para expor seus produtos aos clientes. MATERIAIS DE CONSUMO Os materiais de consumo não participam do processo de produção, mas são utilizados como ferramentas de auxílio ao desenvolvimento das atividades da empresa. Temos como exemplo: papel, caneta, computador, carimbo, clipe, grampeador, pasta, armário, cadeira, entre outros. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS MÁQUINAS Máquinas são instrumentos programados, pré- programados ou não programados, utilizados para realizar uma determinada atividade, ou auxiliar de alguma forma neste processo. Máquinas programadas, também chamadas de máquinas automatizadas, são aquelas programadas para executar as atividades sem a intervenção humana. EQUIPAMENTOS Os equipamentos são ferramentas utilizadas para auxiliar na execução das atividades, podendo ser uma máquina, acessórios, aparelhos e ferramentas. Um exemplo prático de equipamentos são os de segurança: Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e Equipamentos de Proteção Individual (EPI). TERCEIRIZAÇÃO LEAD TIME DE SUPRIMENTOS O lead time é o intervalo de tempo calculado entre o pedido e a entrega do produto. Ele é representado em dias corridos e possui denominações distintas para o cliente e para a empresa. Do ponto de vista do cliente, o lead time é iniciado com a realização do pedido e é finalizado quando o produto é entregue. Caso o produto não seja entregue no prazo estipulado, o cliente considera o lead time longo e atraso na entrega do produto. OGMO "OGMO": Órgão Gestor de Mão de Obra. São entidades sem fins lucrativos que atuam na regulamentação dos trabalhadores avulsos do setor portuário. A elas atribui-se caráter administrativo, fiscalizador e profissionalizante. Cabe ao Ogmo administrar o fornecimento da mão de obra do trabalhador portuário e do trabalhador portuário avulso (cf. art. 32 da Lei dos Portos), a maior parte das informações relativas aos recursos humanos dos operadores portuários estão sob a sua gestão. A Lei de Modernização dos Portos (Lei n° 8.630/93), renovada pela Lei 12.815/2013, criou o OGMO para que a entidade procedesse os treinamentos necessários aos trabalhadores avulsos. Assim como passasse a ter exclusividade na escalação deles, que antes da existência do Órgão eram escalados pelos próprios sindicatos. PRESTADOR DE SERVIÇO (OUTSOURCING) A empresa pode utilizar serviços próprios ou terceirizados para execução das atividades. Os serviços próprios são desenvolvidos pela empresa e demanda investimento, já os serviços terceirizados são contratados por outra empresa. A terceirização também é chamada de Outsoursing, ou seja: o processo em que uma empresa contrata o serviço de outra para executar determinada atividade. Encontramos muitas práticas assim na logística, como serviços de movimentação com empilhadeiras, serviço de limpeza, serviços de transporte e até mesmo de armazenagem. É importante ressaltar que a contratação do serviço deve ser feita mediante a necessidade da empresa, tipo de produto comercializado e, principalmente, se tiver maior viabilidade econômica. TIPOS DE TERCEIRIZAÇÃO LOGÍSTICAS OPERAÇÃO INTERNA DA ÁREA DE ARMAZENAGEM – IN HOUSE TIPOS DE TERCEIRIZAÇÃO LOGÍSTICAS OPERAÇÃO EXTERNA DA ÁREA DE ARMAZENAGEM TIPOS DE TERCEIRIZAÇÃO LOGÍSTICAS OPERAÇÃO HÍBRIDA DA ÁREA DE ARMAZENAGEM A TERCEIRIZAÇÃO SÓ É VIÁVEL SE... EFICIENTE EFICAZ VANTAGENS DA TERCEIRIZAÇÃO • Know How (humildade de se auto avaliar). • Tecnologia. • Variação de custo com pessoal em função da sazonalidade. • Regras contratuais (ATENÇÃO). DESVANTAGENS DA TERCEIRIZAÇÃO • Custo. • Perda de controle. (normas e regras) • Contratos fechados sem flexibilidades que você gosta. • Cultura (se adaptar a uma nova realidade de sair do controle e ser controlado). RESPONSABILIDADE QUAL O MOMENTO CERTO PARA TERCEIRIZAR OS SERVIÇOS ? • Perceber que o investimento na melhoria é muito alto. • Não possuir estrutura ou pessoal para executar com excelência. • Não conhecer o mercado ou o serviço. • A concorrência oferecer um serviço muito melhor. TERCEIRIZA QUANDO... FERRAMENTAS DE MOVIMENTAÇÃO a) Veículos industriais: são muito comuns em indústrias e em grandes atacados, podendo ser ou não motorizados. Temos como exemplo de veículo industrial motorizado, a empilhadeira; e não motorizado, o carrinho hidráulico. TRANSPALETEIRA – CAPACIDADE média 3000 kg CAPACIDADE DE CARGA DE 1.600KG E TEM ELEVAÇÃO MÁXIMA DE 4,5M. c) Transportadores contínuos: são equipamentos utilizados para transferência de cargas de um ponto a outro, através de movimentos contínuos. Temos como exemplos as rampas e esteiras industriais. Observe a imagem a seguir. Esteira transportadora. REACH STACKER A Reach Stacker é uma empilhadeira retrátil telescópica de longo alcance utilizada em portos e terminais de carga para o transporte e manuseio de contêineres. b) Equipamentos para elevação e transferência: são utilizados para retirar ou colocar cargas em grandes alturas. Temos como exemplo o guindaste, observe a imagem dele a seguir. RTG O RTG (rubber tyre gantry crane ou guindaste de pórtico sobre pneus) é um pórtico com mais de 30 metros de altura, capaz de passar sobre os pátios de armazenagem e deslocar, por um sistema de cabos de içamento, qualquer contêiner, mesmo que esteja no meio da pilha, sem a necessidade de movimentar ou transportar outras unidades. GUINDASTE EMBARCADO GUINDASTE DE CONTÂINER ATENÇÃO: O operador de guindaste precisa ser habilitado com o curso para motorista de veículo de transporte carga indivisível sempre que o veículo conduzido pelo operador, no caso o guindaste, ultrapasse os pesos e dimensões regulamentares. E em alguns casos se faz necessário a homologação do certificado/curso junto a capitania dos portos responsável pela região onde será operada a máquina. CONTRATOS MARÍTIMOS CONTRATO DE FRETE O contrato de frete garante que tudo o que foi acordado entre as partes seja cumprido. Ele é emitido quando uma transportadora contrata embarcações e deve conter todas as informações e condições do serviço que será prestado. O contrato de frete é um documento criado sempre que uma empresa ou pessoa física opta por realizar o serviço de transporte de uma embarcação ou empresa operadora, este serviço deve ser documentado em um contrato com os dados do contratante e do contratado. O QUE DEVE CONTER EM UM CONTRATO Objeto do contrato de frete: Se refere ao próprio serviço que está sendo contratado. Exclusividade: É nessa etapa que se determina se o contrato de frete será exclusivo. Área de abrangência: Onde está a região de atendimento da prestadora de serviços. Obrigações do tomador no contrato de frete: As obrigações que a empresa que está contratando o serviço deve ter, como o fornecimento dos dados (quando necessários) ou condições para a prestação do serviço e o preço. Obrigações da prestadora: Deve conter todas as obrigações do prestador, como executar o contrato de frete no prazo e nas condições nele indicadas, zelar pelo cumprimento dos deveres e obrigações assumidas com profissionalismo e competência. Carga e descarga: Etapa fundamental do contrato de frete para evitar possíveis problemas. Alguns dos mais comuns são a responsabilidade pela conferência de quantidades e o bom estado das mercadorias, de quem é a mão de obra tanto para a carga quanto a descarga das mercadorias e horários estipulados para a atividade. Seguros: Onde estão inseridas as responsabilidades do seguro da carga.Preço: Cláusula que deve conter o preço acordado pelo serviço diante das condições de entrega. Condição de pagamento: Pode variar de empresa para empresa, mas em sua maioria os pagamentos são feitos em dias fixos no mês. Pagamento por frete: cada frete realizado gera um boleto; Pagamento por lote: alguns fretes são reunidos durante um período para que uma única cobrança seja feita. Liners: Os navios seguem itinerários pré-definidos e os afretadores contratam espaços naquele navio para que transportem suas cargas. Tramp: Normalmente para cargas que ocupam grande espaço no navio, sendo que ele fica dedicado somente à carga a ser transportada. Contratos VCP – Voyage Charter Party: O navio é contratado para uma única viagem, com origem e destino definidos para transportar uma determinada quantidade de carga em data estipulada. Contratos COA – Contract of Affreightment (Contrato de Fretamento) : Quando carregamentos sucessivos e repetidos ocorrem. Semelhante ao VCP, no entanto, são negociadas repetidas viagens durante um certo período de tempo. Contratos TCP – Time Charter Party: Contrato de aluguel, onde o fretador disponibilizará ao afretador a embarcação durante certo período de tempo. Contratos BCP – Bareboat Charter Party: É também um contrato de aluguel, porém,por períodos mais longos do que os contratos TCP, geralmente acima de 7 anos. Locação a “casco nu” TIPOS DE ARMAZÉNS Agora vamos tratar dos diversos modos de armazenar os materiais. A atividade de armazenagem pode ser realizada em diversos tipos de áreas, dentre as quais citamos as principais, que são: a) Armazém; b) Pátio; c) Galpão; d) Silos; e) Tanques; f) Esferas. PÁTIO O pátio é uma área para armazenamento e movimentação de cargas onde existem vias para circulação interna possibilitando movimentação de produtos, podendo ter acesso ferroviário, correias, dutovias e guindastes para transportar e movimentar as cargas entre suas áreas de armazenamento em terra e os terminais marítimos localizados nos píeres. PÁTIO ARMAZÉM Armazém é um espaço físico em que se depositam matérias-primas, produtos semi ou acabados à espera da transferência ao ciclo seguinte da cadeia de suprimento. Os armazéns agem como reguladores do fluxo de mercadorias entre a disponibilidade (oferta) e a necessidade (procura) de fabricantes, comerciantes e consumidores. ARMAZÉM GALPÃO Espaço com piso concretado e coberto, utilizado para diversas finalidades como armazenamento de cargas e produtos que necessitam ser protegidos das intempéries. O projeto de um galpão pode ser em estrutura de madeira, metálica, concreto (moldado no local ou pré-moldado), alvenaria ou outros materiais. Na cobertura, podem ser utilizadas telhas fibro- cimento, aço, alumínio, lonas, lajes de concreto etc. GALPÃO DE ARMAZENAGEM SILOS DE ARMAZENAGEM Os silos são estruturas para a armazenagem de produtos agrícolas. Neles, a produção pode ser depositada em seu estado natural, sem a utilização de sacos. Essas construções têm como objetivo, principalmente, a comercialização da colheita. SILOS DE ARMAZENAGEM TANQUE DE ARMAZENAGEM Um tanque de armazenamento ou de armazenagem também designado por reservatório é um recipiente destinado a armazenar fluidos à pressão atmosférica e a pressões superiores à atmosférica. TANQUES DE ARMAZENAGEM ESFERA DE ARMAZENAGEM A principal aplicação de esferas no país é para armazenar GLP (Gás Liquefeito de Petróleo). Elas o conservam a temperatura ambiente e, para mantê-lo liquefeito, ele é armazenado a uma pressão aproximada de 1,8 Mpa. O Fck do concreto é a sua resistência característica à compressão, e a unidade de medida usada para definir os seus valores é o Mega Pascal, abreviado para MPa. ... O MPa é a unidade de medida usada para exprimir os valores do FCK. ESFERAS DE ARMAZENAGEM CENTRAL DE DESTRIBUIÇÃO (CD) Um centro de distribuição, também conhecido como C.D, é uma unidade construída com a finalidade de abrigar materiais oriundos das indústrias para despachá-los a outras unidades, filiais ou clientes, como por exemplo, os varejistas. De acordo com o entendimento da ASLOG - Associação Brasileira de Logística, centro de distribuição é uma unidade de armazém que tem por objetivo manter um “pulmão” de mercadorias na distribuição física. A implantação de C.D’s na cadeia de abastecimento surge da necessidade de se obter um estoque intermediário para distribuir produtos com mais eficiência, flexibilidade e dinâmica. CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DE SANTA CRUZ - RJ Centro de distribuição da AMAZON – Nordeste do Brasil MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS A movimentação de material possui duas amplas categorias: MOVIMENTAÇÃO DE CARGA GERAL: toda mercadoria, de maneira geral embalada, mas que pode vir sem embalagem, solta, num determinado estágio industrial e que necessita de arrumação (estivagem) para ser transportada; MOVIMENTAÇÃO DE CARGA GRANEL: refere-se à carga homogênea não embalada, por exemplo, líquido ou grãos. CARGAS NATUREZA DA CARGA TRANSPORTADA Na identificação da natureza (tipo) da carga que será transportada devemos observar os seguintes aspectos: a) Perecibilidade; b) Fragilidade; c) Periculosidade; d) Compatibilidade; e) Dimensões; f) Pesos considerados especiais. CARGA GERAL A carga geral é a carga embarcada, com marca de identificação e contagem de unidades, podendo ser solta ou unitizada. a) SOLTAS: são itens avulsos, embarcados separadamente em embrulhos, pacotes, sacas, fardos, caixas, tambores, entre outros. Este tipo de carga, em termos de economia de escala, gera pouca redução de custo para o veículo transportador, devido à existência de perda de tempo no carregamento, na manipulação e, por fim, no descarregamento provocado pela grande quantidade de volumes, mas o índice de risco é alto. b) UNITIZADAS: é o agrupamento de vários itens em unidades de transporte tipo pallet, contêineres etc. CARGA HEAVY-LIFT (CARGA PESADA) A carga heavy-lift é formada por cargas pesadas e indivisíveis, como equipamentos e unidades fabris completas. Este tipo de transporte pode ser realizado pelo modal aquaviário (mar ou rio), rodoviário (estradas) ou aéreo (aeronaves). CARGA A GRANEL: A carga a granel pode ser sólida, como minério de ferro, ou líquida, como combustíveis. Esse tipo de carga possui característica seca ou líquida, podendo ser embarcada e transportada sem acondicionamento devido, sem uma contagem de unidades (a exemplo de minérios, trigo, petróleo, farelos e grãos, entre outros) e sem marca de identificação. CARGA NEO-GRANEL: A carga Neo-Granel é uma nova forma de comercialização constituída por um conjunto de conglomerados homogêneos de mercadorias, de carga geral, sem acondicionamento específico, cujo volume ou quantidade possibilita o transporte em lotes, em um único embarque, como veículos. CARGA PERIGOSA: A carga perigosa é aquela que, devido a sua natureza, pode ocasionar dano a outras cargas, assim como variados acidentes, e também danos aos meios de transporte ou, ainda, gerar riscos para as pessoas e o meio ambiente. A Organização Marítima Consultiva Internacional (IMCO) classifica as cargas perigosas, segundo as seguintes classes: – classe 1: explosivos; – classe 2: gases; – classe 3: líquidos inflamáveis; – classe 4: sólidos inflamáveis; – classe 5: substâncias oxidantes; – classe 6: substâncias infecciosas; – classe 7: substâncias radioativas; – classe 8: corrosivos; – classe 9: variedades de substâncias perigosas. CARGA FRIGORIFICADA A carga frigorificada tanto pode ser uma carga sólida (carne, sorvete, queijo etc) ou umacarga líquida (produtos alimentícios, produto perigoso etc). Ela necessita ser refrigerada ou congelada para conservar as qualidades essenciais do produto durante o transporte (exemplos: frutas frescas, pescados, carnes etc.). RECEBIMENTO E ACONDICIONAMENTO DE ALIMENTOS CUIDADOS COM RECEBIMENTO DE ALIMENTOS CHECAGEM PRIMÁRIA. - Checagem de vestimentas. - Checagem de equipamentos. - Checagem de espaço de deslocamento. - Checagem de ambiente de acondicionamento. - Checagem de condições do ambiente (temperatura). CHECAGEM SECUNDÁRIA - Veículo adequado. - Veículo possui termómetros para aferição de temperatura. - Entregadores estão com trajes adequados. - Veículos não podem realizar processos de unitização (apenas alimentos). - Confronto de informações da nota fiscal com a carga recebida. EQUIPAMENTOS IMPORTANTES DEFINIÇÕES DE CRITÉRIOS DE RECEBIMENTO Os critério de aceite ou recusa no recebimento de materiais devem estar sempre muito bem claros pois ao receber um produto, material ou insumo danificado ou com avarias, em algumas situações fica impossível comprovar onde tal falha possa ter ocorrido e geralmente o último responsável pelo processo de movimentação é quem ficará com a responsabilidade. • Embalagem amassada • Embalagem rasgada • Produto descongelado • Produto com aspecto estragado • Produto com aparecia de consumo • .... PRIORIDADES DE RECEBIMENTO • Resfriado • Congelado • Secos OBS: Tudo deve ser registrado em planilhas de recebimento para eventuais fiscalizações pois, na ocorrência de sinistros, o primeiro documento solicitado sempre será a planilha de recebimento e registro de estoque. UNITIZAÇÃO DE CARGAS UNITIZAÇÃO DAS CARGAS Esta técnica consiste no acondicionamento e arrumação de diversas mercadorias ou mercadorias do mesmo tipo, em um só volume, formando assim uma carga padronizada. Seu objetivo principal é facilitar a movimentação das mercadorias com a redução do trabalho manual e ampliação dos meios mecânicos. Segundo Moura (1951, p.146): A unitização de cargas consiste na combinação de uma quantidade de materiais acondicionados em uma única unidade maior, com o objetivo de se efetuar a movimentação total desta plataforma de embarque, do expedidor até a de recebimento. (MOURA, 1951, p.146). PALETIZAÇÃO A paletização é bastante utilizada em fábricas e armazéns, nos quais a movimentação e o acondicionamento de cargas ocorrem de forma bastante dinâmica. Para tanto, são utilizadas estruturadas denominadas paletes. TAMANHOS DE PALETTS UTILIZADOS NAS EMPRESAS BRASILEIRAS Ao todo, as empresas brasileiras utilizam principalmente quatro tamanhos de paletes diferentes para transporte interno, armazenamento de mercadorias e outras tarefas. Veja os principais tamanhos de pallets usados no país: • 800 x 1000mm; • 1000 x 1200mm; • 1050 x 1250mm; • 1140 x 1140mm. A ISO sanciona seis dimensões de paletes, detalhadas na norma ISO 6780: paletes planas para manuseio intercontinental de materiais – principais dimensões e tolerâncias. Os seis tamanhos de paletes sancionados pela ISO são mostrados abaixo e são aceitos e usados pelas empresas brasileiras: • 1016 x 1219mm, usado principalmente na América do Norte • 1000 x 1200mm, usado principalmente na Europa, Ásia e similares aos usados na América do Norte • 1165 x 1165mm, usado principalmente na Austrália e raramente encontrado em outros lugares • 1067 x 1067mm, usado principalmente na América do Norte, Europa e Ásia • 1100 x 1100mm, usado principalmente na Ásia • 800 x 1200mm, usado principalmente na Europa UNITIZADORES PRINCIPAIS TIPOS DE PALLETS PALLETS DESCARTÁVEIS, OU ONEWAY Os pallets descartáveis, ou oneway, são bastante utilizados na indústria, apresentando baixo peso e menor custo, sendo confeccionados em pinus e projetados de acordo com as peças que serão movimentadas. O pallet descartável não é utilizado uma segunda vez. PALLETS COMUNS Os paletes comuns são fabricados de acordo com as dimensões definidas pelo cliente, possuem maior resistência e capacidade de carga e apresentam melhor relação custo x benefício para a armazenagem. Podem ser utilizados mais de uma vez, chegando a durar até 10 anos quando ou se bem preservados. PALLET GMA O Pallet GMA, abreviação para Grocery Manufactures Association (Associação de Fabricantes de Alimentos), é todavia, o padrão mais utilizado na América do norte. Desenvolvido pela associação de mesmo nome, tinham como objetivo principal, facilitar o transporte de bens alimentícios, de modo que estivessem acessíveis em todo os EUA. Hoje, mais de 30% dos pallets produzidos no país seguem o padrão. Devido sua importância, o padrão é reconhecido pela ISO como um dos seis padrões mundiais. PALLET PBR O palete PBR foi introduzido então no mercado na década de 1990 através da Abras – Associação Brasileira de Supermercados e por entidades que fazem parte do Comitê Permanente de Paletização (CPP), tendo a assessoria do IPT-USP (Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo). O palete PBR foi aprovado depois de vários anos de testes e ensaios, tornando-se o modelo ideal para a movimentação e a armazenagem de mercadorias no Brasil. Com a padronização da medida, com 1 metro por 1,20, e da estrutura de construção, tornou-se então um produto economicamente viável para a manutenção de estoques de paletes para venda futura. Medidas Pallet PBR PALLET PLÁSTICO PBR DUPLA FACE O palete de plástico PBR dupla face é outrossim uma alternativa na armazenagem para o palete de madeira. PALLETS CP3 E CP2 Foram projetados especificamente para uso na indústria química de toda a Europa. Cada um dos pallets CP possui então uma medida padrão, porém no Brasil, das medidas dos CP, as mais usadas são o pallet CP3, com medida padrão de 1140 x 1140mm e o CP2, com medida padrão de 800 x 1200mm. PALLET DUAS ENTRADAS São utilizados para aquelas mercadorias que necessitam de maior resistência. São também recomendados para uso em prateleiras (porta-pallets), pelo fato de que as mercadorias que ficam suspensas nesses pallets, aliás, precisam mais resistência por questões de segurança. O inconveniente dos pallets duas entradas, é a possibilidade das empilhadeiras poderem entrar apenas por dois lados. PALLET QUATRO ENTRADAS Pallets quatro entradas, conforme o próprio nome já diz, possuem quatro entradas para empilhadeiras ou carros paleteros. São confeccionados primordialmente com tábuas superiores que de igual forma aos pallets duas entradas, podem ser vazados ou face superior fechada (assoalhados). PALLET EUROPEU É mais utilizado em países europeus. PALLET AUSTRALIANO A Austrália tem seu próprio padrão de pallet, suas dimensões foram então desenvolvidas para encaixar perfeitamente no tamanho de um container, utilizado nas ferrovias Australianas. Esse padrão foi definido pela Australian Standard (AS) e são amplamente utilizados no país. CAIXA PALLET PLÁSTICA A caixa pallet de plástico pode ser empilhada sem prejuízos ou danos ao seu formato, afinal, sua estrutura é compatível com caixas e tampas de outras marcas, permitindo um encaixe perfeito, é resistente a impactos, raios UV e suporta temperaturas negativas. https://www.sbpallet.com.br/caixa-pallet-plastico/ CAIXA PALLET MOBIL A caixa pallet mobil tem base reforçada em aço e é produzida através de um processo que consiste na aplicação de nitrogênio juntamente com a matéria-prima (polietileno ou polietileno de alta densidade), garantindo aspecto aerado, leve, estruturado e resistente. https://www.sbpallet.com.br/caixa-pallet-mobil/ https://www.sbpallet.com.br/caixa-pallet-mobil/ https://www.sbpallet.com.br/caixa-pallet-mobil/https://www.sbpallet.com.br/caixa-pallet-mobil/ https://www.sbpallet.com.br/caixa-pallet-mobil/ A caixa GLT é utilizada no armazenamento de materiais com as mais diversas dimensões. O produto oferece alta capacidade de peso, é dobrável e fácil de manipular. Além disso, pode ser utilizado em estantes porta-pallets, tendo abertura lateral para facilitar o acesso. https://www.sbpallet.com.br/caixa-glt/ CAIXA PALLET ou PALLET MANGA PRÉ-LINGAGEM É uma forma de unitização que utiliza diversos cabos de aço ou cintas para unir cargas e realizar um movimento único. Neste método de unitização, a carga é condicionada em redes especiais de nylon ou cabos, de forma a proporcionar fácil manuseio por guindastes, permitindo o aumento da velocidade de carregamento e descarregamento. ENFARDAMENTO Este método é utilizado para o recolhimento e armazenamento de materiais a granel, podendo ser utilizadas ferramentas manuais ou mesmo máquinas denominadas enfardadeiras. Por exemplo: o armazenamento do feno em fardos requer menos mão de obra, evita em grande parte as perdas de folhas de forragens frágeis, como as leguminosas e reduz a necessidade de espaço para armazenagem entre metade até um quarto do que seria necessário para forragem não enfardada. SÍMBOLOS DE SEGURANÇA NAS EMBALAGENS Os símbolos nas embalagens ajudam a garantir que as mercadorias cheguem ao seu destino intactas e prontas para uso. Mas, para isso, é importante conhecer, compreender e saber interpretar as imagens corretamente. Isso permite que transportadoras, motoristas e funcionários de armazéns entendam as necessidades específicas de cada mercadoria, desde sua fragilidade até requisitos de armazenamento e manuseio, independentemente da língua materna. INFORMAÇÕES DE PROTEÇÃO GHS (GLOBAL HEALTH SECURITY) O GHS é um sistema internacional que padroniza a classificação e rotulagem de produtos químicos com o objetivo de melhorar a proteção da saúde humana e do meio ambiente durante o manuseio, transporte e uso dessas substâncias. O GHS ou Sistema GHS (Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos) é feito de forma a unificar avisos mundiais de segurança nos produtos. ATENÇÃO. Figuras que requerem bastante atenção por parte da gerencia/supervisão e demais membros da equipe operacional. A taça com líquido alerta que a caixa não pode ser agitada, caso contrário o conteúdo pode derramar. Este símbolo do gancho com um X informa que a caixa não pode ser erguida com gancho e nem perfurada. A corrente informa que a caixa precisa ou pode ser içada. Neste caso, é feita uma amarração estratégica e o posicionamento das correntes na caixa indicam os pontos onde ela deve ser içada com segurança. O termômetro informa as temperaturas mínima e máxima à qual a caixa pode ficar exposta, sem riscos de danificar a mercadoria. O desenho composto por uma bússola e um ímã indica que o material contido na caixa é magnetizante. Um sol com raios ondulados incidindo sobre a caixa coberta por um telhadinho indica que o conteúdo ada caixa precisa estar protegido de qualquer fonte de calor. Quando o desenho traz um sol raiando, significa que o conteúdo da caixa deve estar protegido de qualquer fonte de luz, até mesmo as artificiais. Este símbolo que parece um alvo serve para indicar o centro de gravidade da caixa, que nem sempre é o meio. E uma forma de manter a mercadoria em equilíbrio e evitar avarias. Não pisar. Não cortar. Não rolar a embalagem. Usar palete. Símbolo geralmente acompanhado de uma frase ou palavra explicativa, demonstrando que a carga requer um cuidado especial. TIPOS DE EMBALAGENS IMPORTÂNCIA DA EMBALAGEM NA VIDA DE UM PRODUTO Apesar da proteção dos produtos ser a função principal de uma embalagem, ela também exerce outros papéis, como: • Acomodar os produtos adequadamente; • Fornecer informações a respeito dos itens; • Gerar apelo para o consumidor. EMBALAGENS DE PROTEÇÃO As embalagens de proteção são aquelas usadas para preencher espaços vazios e evitar que o conteúdo transportado se desloque. Elas também servem como amortecimento, em caso de impacto. Nos produtos delicados, as embalagens de proteção são essenciais, para garantir que os itens cheguem em perfeitas condições ao destino. Nos demais, as embalagens de proteção evitam que os produtos se amassem ou sejam arranhados. Dentre os produtos mais usados estão: Flocos de proteção; Papel; Saquinhos com ar; Resíduos de isopor. IMPORTÂNCIA DA EMBALAGEM NA LOGÍSTICA NO ARMAZENAMENTO As embalagens ajudam no estoque e movimentação dos produtos no armazém, protegendo-os de avarias que podem ocorrer internamente. É importante observar a capacidade e a possibilidade de empilhamento. NA MOVIMENTAÇÃO E MANUSEIO Embalagens precisam ser resistentes e oferecer fácil manuseio para otimizar a movimentação nas várias etapas do processo logístico. NO TRANSPORTE No transporte, a embalagem deve ser pensada de forma a aproveitar o espaço dentro do veículo da melhor forma, além de proteger os produtos durante o percurso. PRIMÁRIAS Trata-se das embalagens que têm contato direto com o item e o protege diretamente. É o caso do plástico que envolve um shampoo. SECUNDÁRIAS Elas armazenam embalagens primárias e pode, ou não, ser utilizada para realizar o transporte. É o caso da caixa de papelão que envolve uma cartela de remédios. TERCIÁRIAS Agrupam embalagens secundárias e já têm o papel de acondicionar os produtos para o transporte. Uma caixa grande contendo um lote com várias caixas de sachês de chá é um exemplo. QUATERNÁRIAS Acondicionam um grande número de unidades e facilitam bastante a movimentação e o transporte. O palete é uma excelente opção. QUINTO NÍVEL Geralmente são voltadas para o transporte em longas distâncias, como é o caso de contêineres utilizados em remessas internacionais. CONTAINERS 95% de carga transportada no mundo são movimentadas por navios com auxílio de containers. 20 Milhões de Containers se movem pelo mundo a cada minuto em operações logísticas. De 2 a 5 mil Containers caiem no mar dos navios que os transportam e muitas vezes se perdem em funções de tempestades com ondas muito altas e fortes. O Navio HMM Algeciras, com capacidade para 24.000 TEUs (contêineres de 20'), é o maior navio porta- contêineres do mundo atualmente. A medida adotada para indicar a capacidade é conhecida pela sigla TEU, que em inglês quer dizer Twenty feet Equivalent Unit (em português: unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) Standard Container - 20' Peso Máximo 24.000 Kg Tara 2.080 Kg Carga 21.920 kg Standard Container - 40' Peso Máximo 30.480 Kg Tara 3.550 Kg Carga 26.930 Kg VANTAGENS DESSE TIPO DE TRANSPORTE Segurança Esse sistema é um dos mais seguros para transporte uma vez que o container é feito de material resistente e fabricado especialmente para movimentar cargas com inviolabilidade. Versatilidade Os containers podem ser utilizados para todos os tipos de cargas, desde industrializados, roupas, cargas perigosas até produtos a granel. AINDA SOBRE AS VANTAGENS ... Integridade da carga A resistência do container evita prejuízos com manuseio dos produtos, diminuindo as perdas no transporte. Benefícios fiscais Como são considerados um equipamento do veículo transportador, os contêineres possuem vantagens fiscais exclusivas que ajudam a empresa a economizar com tributos. OVAÇÃO DO CONTÊINER A ovação de container, também conhecida como estufagem, é o acondicionamento de uma mercadoria de forma especial no container,com otimização máxima dos espaços. Assim, a mercadoria é transportada para o exterior com a maior segurança e eficiência possível. DRY BOX O contêiner básico intermodal com portas no final ideal para cargas gerais (alimentos, roupas, móveis, produtos químicos) que não necessitam de controle de meio ambiente durante o trajeto. DRY BOX VENTILADO Equipado com portas ventiladas nos finais ou laterais para transportar cargas que requerem proteção contra sudação como cacau e café, por exemplo.. Neste modelo é possível optar por versões com ventilação de ar elétrica. DRY HIGH CUBE Com 9,5” de altura, este tipo é ideal para cargas com alto volume e baixo peso. ISOLANTES Ideal para cargas que não podem sofrer mudanças bruscas de temperatura. Podem conter ventilação e sistema de aquecimento, dependendo da necessidade. REFRIGERADOS Possui sistema de refrigeração embutido para transportar alimentos e produtos que precisam de controle de temperatura. OPEN TOP Ideal para cargas pesadas ou itens com dimensões desajeitadas onde não seja possível realizar o descarregamento da carga através das portas laterais finas. Geralmente este tipo de container é coberto com tecido ou painéis de metal removíveis. OPEN SIDE Este container possui três paredes e uma lateral aberta para ser utilizado com baias internas para transporte de animais ou cargas com volume maior. FLAT TRACK Este compartimento possui apenas o painel frontal e traseiro e é ideal para o transporte de produtos cuja dimensão seja maior que a porta do box. PLATAFORMA Esse tipo de container possui apenas o piso e costuma ser utilizado para transportes especiais de veículos e cargas com grandes volumes e dimensões. TANK/ISO TANK Compartimento especial para transporte de líquidos e gases ou cargas com alto grau de periculosidade. BULK Modelo com abertura no painel frontal para despejo de carga pela ação da gravidade. Ideal para o transporte de cargas a granel. CONTAINER HABITÁVEL OU MODULAR O Container Habitável é uma estrutura temporária construída para convívio humano. Em função disso, pode ser utilizado em obras, eventos ou demais estruturas rápidas e necessárias a operação em portos a partir de escritórios temporários. A instalação ocorre por meio do Sistema Modular, ou seja, de acordo com a necessidade de cada cliente. Ele pode se transformar em banheiro, chuveiro, alojamento, refeitório, guarita, escritório, camarim, bilheteria e até escola! CROSS DOCKING O CROSS DOCKING NA LOGÍSTICA Algumas mercadorias são recebidas e redirecionadas sem uma armazenagem prévia. Tudo isto faz diminuir o tempo do material em trânsito e o Throughput time (tempo de processamento) tem tendência a ser diminuído. Esta atividade de distribuir as mercadorias sem passar pelo processo de armazenagem é denominada de Cross Docking. Esse termo é utilizado dentro dos processos logísticos, especificamente quando da distribuição de produtos com elevado índices de giro e de perecibilidade, em que estes não são estocados, apenas cruzam o armazém indo direto aos pontos de venda sem passar pelo processo de estocagem. O CROSS DOCKING NA LOGÍSTICA Na prática, as operações de Cross Docking exigem algumas etapas, onde os materiais são classificados, consolidados e armazenados por pouco tempo ou não armazenados. Após essas etapas os produtos estarão prontos para sua distribuição. O Cross Docking é usado para diminuir o armazenamento, aumentando o fluxo entre o fornecedor e o fabricante. PICKING PICKING Picking ou Order Picking é o processo de separação e preparação dos pedidos, para que eles cheguem corretamente até o consumidor. Nesse cenário, o picking, feito de forma eficiente, aparece como um diferencial competitivo forte para a empresa. PICKING DISCRETO Esse procedimento é mais simples e, por conta disso, oferece uma vantagem na segurança do processo. Assim, cada operador é responsável por atender um pedido por vez, realizando o acolhimento de um produto. Dessa forma, o picking discreto reduz a probabilidade de erros por ter um único responsável e por haver apenas um documento para cada ordem de separação da mercadoria. No entanto, o processo é mais lento e, consequentemente, pode ser menos produtivo. PICKING POR ZONA Nesse método de organização, os campos de armazenagem são divididos por zona ou seção. Cada trabalhador é associado a uma seção, sendo responsável por recolher os artigos do pedido de sua área de atuação. Portanto, se o pedido estiver completo, será despachado, caso não esteja, segue para o próximo setor até o fechamento final. Essa estratégia possui a vantagem de que o operador conhece bem as mercadorias e a localização, no entanto, exige muita atenção no processo de coleta para que não haja falta de produtos. PICKING POR LOTE Essa forma de trabalho é mais produtiva do que as anteriores, pois diminui as locações. Uma vez que o separador espera o acúmulo no volume das encomendas para iniciar a coleta. Então, ao recolher certo item, é indispensável remover a quantidade necessária para suprir todas as solicitações que inclua esse produto e, em seguida, distribuir. Caso a diferença de mercadoria no estoque for baixa, ocorrerá o aumento de produtividade. Contudo, a perspectiva de erros torna-se maior. PICKING POR ONDA Na modalidade de picking por onda, cada trabalhador é responsável pelo recolhimento de um produto. Há o agendamento de um determinado número de requisições por turno. Assim, esse cronograma é realizado a partir da necessidade de entrega, respeitando o prazo estabelecido com o consumidor final. Esse método é inviável quando o prazo de entrega é curto, pois não é possível esperar a chegada de um número considerável de pedidos para agrupar e fazer uma onda de picking. PICK BY LIGHT Solução em preparação e separação de pedidos com comando de ação por lâmpadas. PICK BY VOYCE Solução em preparação e separação de pedidos com comando de ação por voz. ADMINISTRAÇÃO ADUANEIRA ADUANA X IMIGRAÇÃO Alfândega é uma autoridade ou agência em um país responsável por controlar o fluxo de mercadorias, incluindo animais, itens pessoais e perigosos , dentro e fora de um país. Enquanto a Imigração cuida da entrada de pessoas a alfândega cuida da entrada de mercadorias. IMIGRAÇÃO ADUANA Aduana O objetivo da aduana ou alfândega é controlar a entrada e saída de mercadorias para o exterior ou dele provenientes, realizando todos os procedimentos aplicáveis e em harmonia com a política de comércio exterior determinada por seu governo. O que é fiscalizado? ZONA ALFANDEGADA Área alfandegada é todo e qualquer local autorizado pela Receita Federal do Brasil (RFB) no qual seja possível o armazenamento ou pelo qual transitem mercadoria, veículos e pessoas com origem do ou destino ao exterior. ADMINISTRAÇÃO ADUANEIRA No mundo inteiro, as alfândegas estão, de modo geral, inseridas na administração tributária, mas separadas das repartições fiscais de rendas internas. No Brasil, por razões geográficas e administrativas, isso não é totalmente possível, nem conveniente. A escassez de recursos humanos, a extensão das fronteiras e do litoral, entre outros fatores, obrigam o aproveitamento integral das repartições disponíveis, de modo que haja uma interpenetração de atribuições. Atualmente, a Portaria 284 de 27 de julho de 2021 que aprovou o mais recente Regimento Interno da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia confirmando a responsabilidade da administração aduaneiro no Brasil à Coordenação Geral de Administração Aduaneira (COANA).MEDIADORES Intervenientes Públicos • Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil. • Banco Central. • Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia. RESPONSABILIDADE. • Execução da fiscalização aduaneira, • Combate às fraudes aduaneiras; • Realização da avaliação e do controle aduaneiro; • Infraestrutura aduaneira; • Assuntos tarifários e de comércio exterior; • Controle estatístico. • Dentre outras atividades. A Portaria 284, de 27 de julho de 20202, apresenta as competências da Coordenação Geral de Administração Aduaneira (COANA) e suas atribuições descritas nos Artigos 147 ao 159, conforme segue: Gerenciar as atividades relativas ao controle aduaneiro e em especial: I. à execução da fiscalização aduaneira, inclusive o combate às fraudes aduaneiras; II. à realização da programação, da avaliação e do controle das atividades fiscais aduaneiras; III. à infraestrutura aduaneira e ao alfandegamento de locais e recintos; IV. à habilitação e ao monitoramento de intervenientes no comércio exterior; V. aos assuntos tarifários e de comércio exterior; VI. à coordenação e divulgação das atividades relacionadas ao desenvolvimento e à implementação dos manuais aduaneiros, em sua área de competência; VII. às estatísticas, em sua área de competência. Sob a responsabilidade da COANA, estão ainda as seguintes coordenações, divisões e respectivas responsabilidades: À Coordenação Operacional Aduaneira (Copad) compete gerenciar as atividades relativas: I. ao controle das operações de importação, exportação e internação; II. ao controle de carga, de veículos e de trânsito aduaneiro; III. ao controle de regimes aduaneiros especiais; IV. ao controle de bens de viajantes; e V. ao controle de remessas expressas e postais internacionais. Sob a COPAD, as seguintes divisões: À Divisão de Despacho de Importação (Diimp) compete gerir as atividades relativas ao controle das operações de importação e internação, inclusive o respectivo controle de carga e o trânsito aduaneiro de importação. À Divisão de Despacho de Exportação (Diexp) compete gerir as atividades relativas ao controle das operações de exportação, inclusive o respectivo controle de carga, ao trânsito aduaneiro de exportação e ao controle de regimes aduaneiros especiais. À Divisão de Controles Aduaneiros Especiais (Dicae) compete gerir as atividades relativas ao controle aduaneiro de bens de viajantes, exceto bagagem desacompanhada, e de remessas expressas e postais internacionais. Ainda sob a COANA: À Coordenação de Controle de Intervenientes no Comércio Exterior (Coint) compete gerenciar as atividades relativas: I - à fiscalização aduaneira, inclusive ao combate às fraudes aduaneiras; II - à malha aduaneira; III - à promoção da conformidade tributária e aduaneira; IV - aos intervenientes no comércio exterior e a seu monitoramento, exceto de Operadores Econômicos Autorizados; e V - ao controle do cumprimento dos requisitos técnicos e operacionais de alfandegamento de locais e recintos, inclusive quanto ao acompanhamento técnico de contratos, convênios e credenciamentos associados aos processos aduaneiros e ao controle físico do fluxo de acesso de veículos, mercadorias e pessoas nos locais e recintos. Sob a COINT: À Divisão de Fiscalização Aduaneira (Difia) compete gerir as atividades relativas: I - à fiscalização aduaneira, inclusive ao combate às fraudes aduaneiras; II - à malha aduaneira; e III - à promoção da conformidade tributária e aduaneira. À Divisão de Gestão de Intervenientes no Comércio Exterior (Digin) compete gerir as atividades relativas: I - à autorização e ao monitoramento de intervenientes no comércio exterior, exceto de Operadores Econômicos Autorizados; e II - ao controle do cumprimento dos requisitos técnicos e operacionais de alfandegamento de locais e recintos inclusive quanto ao acompanhamento técnico de contratos, convênios e credenciamentos associados aos processos aduaneiros e ao controle físico do fluxo de acesso de veículos, mercadorias e pessoas nos locais e recintos. Além das coordenações, estão também sob a responsabilidade da COANA: • Ao Centro Nacional de Operadores Econômicos Autorizados (CeOEA) compete coordenar as atividades relativas ao Programa Brasileiro de Operador Econômico Autorizado (Programa OEA). • À Gerência de Monitoramento de Acordos de Reconhecimento Mútuo (Gearm) compete gerir as atividades relativas à integração do Programa OEA com as demais administrações aduaneiras e órgãos públicos. • À Gerência de Monitoramento de Habilitações de OEA (GHOEA) compete, com relação aos Operadores Econômicos Autorizados, gerir e executar as atividades relativas à certificação, ao monitoramento e à concessão de benefícios. • À Gerência de Acompanhamento de Conformidade de OEA (GCOEA) compete gerir e executar as atividades relativas à divulgação e à comunicação interna e externa do Programa OEA. • À Seção de Assessoramento Técnico Aduaneiro (Saata) da Coana compete prestar assessoramento técnico e administrativo ao Coordenador-Geral de Administração Aduaneira, inclusive em processos administrativos e judiciais. DESPACHO ADUANEIRO E DESEMBARAÇO ADUANEIRO DESPACHO ADUANEIRO E DESEMBARAÇO ADUANEIRO O Despacho Aduaneiro é o procedimento administrativo necessário para a devida liberação de mercadorias provenientes ou destinadas ao exterior. O procedimento aduaneiro está descrito no Regulamento Aduaneiro Brasileiro, regulamentado pelo Decreto nº 6.759 de 5 de fevereiro de 20093. O Despacho Aduaneiro é o trabalho do despachante. Ou seja, é todo o trâmite burocrático de conferência dos produtos e mercadorias. Um processo de conferência física e documental. Já o Desembaraço Aduaneiro consiste na liberação de uma mercadoria pela alfândega para que esta possa entrar ou sair do país. REQUISITOS DE CARGAS A natureza e característica dos produtos determinam a configuração da unidade de carga e até o modo de transporte que deve ser utilizado, bem como os sistemas de armazenamento e manuseio. Vale a pena fazer uma distinção entre: Carga geral em unidades soltas (carga contêinerizada); Carga a granel; Carga de grandes dimensões; Carga de temperatura controlada; Mercadorias perigosas; Carga rolante, composta de plataformas que podem ser roladas sobre rodas. TERRITÓRIO ADUANEIRO Local onde será exercido o direito aduaneiro. Fiscalização da entrada e saída de mercadorias, pessoas, veículos e animais em cada país. Abrange as zonas primárias e secundárias. É o local onde se assegura o controle de entrada e saída de mercadorias etc. em conformidade com as normas aduaneiras, bem como o pagamento das tarifas correspondentes. ZONA PRIMÁRIA Ponto de passagem obrigatório por onde todas as mercadorias e veículos devem entrar e sair do país. Contam com controle aduaneiro permanente e ostensivo e compreende: • Portos Alfandegados (Pátios, Armazéns); • Aeroportos Alfandegados (Pátios, Armazéns); • Pontos de Fronteira Alfandegados (Pátios, Armazéns). ZONA SECUNDÁRIA Restante do território aduaneiro incluindo áreas terrestres, águas territoriais e espaço aéreo. A operação aduaneira é realizada em recintos alfandegados, depósitos, entrepostos e terminais. ZONA DE VIGILÂNCIA ADUANEIRA Área estabelecida na orla marítima ou faixa de fronteira sujeitas às exigências aduaneiras. Recintos Alfandegados Locais declarados pela SRF sob controle aduaneiro onde todas as mercadorias se sujeitam às normas aduaneiras. Estão nas zonas primárias e zonas secundárias: Zona primária: pátios, armazéns, terminais; Zona secundária: entrepostos, depósitos, terminais, dependências de remessas postais. ESTAÇÕESADUANEIRAS Podem ser: De fronteira quando situada em zona primária; Interior quando situada em zona secundária. Portos Secos ou Estações Aduaneiras do Interior – EADI Terminais alfandegados de uso público pertencentes a empresas privadas permissionárias que contam com permissão de Funcionamento pela SRF por meio de processo licitatório. A permissionária assume como depositário da mercadoria e nele podem ser realizados todos os procedimentos aduaneiros do comércio exterior. A concessão ou permissão para a prestação de serviços em porto seco será formalizada por contrato celebrado entre a União, representada pela SRRF jurisdicionante e a licitante vencedora. TERMINAL RETROPORTUÁRIO ALFANDEGADO (TRA) Mesma situação que um Porto Seco, situada no perímetro de 5 km dos limites de zona primária. Aplicável para embarques em contêiner, reboque ou semirreboque. Instruções normativas relativas: http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action? visao=anotado&idAto=13448 http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=13448 http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=13448 http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=13448 INCOTERMS Termos Comerciais Internacionais (INCOTERMS): Os INCOTERMS consiste uma terminologia comercial universal que foi publicada pela primeira vez em 1936, pela Câmara de Comércio Internacional (CCI) para esclarecer as obrigações de ambas às partes na venda e compra. Os INCOTERMS foram revisados sete vezes até o momento, sendo a edição 2020 a mais atual: INCONTERMS Os Incoterms (International Commercial Terms / Termos Internacionais de Comércio) servem para definir, dentro da estrutura de um contrato de compra e venda internacional, os direitos e obrigações recíprocos do exportador e do importador, estabelecendo um conjunto padronizado de definições e determinando regras a serem aplicadas aos contratos. EXW – Ex Works – Na origem. Ao se fechar um contrato do tipo EXW, o vendedor somente tem que disponibilizar a mercadoria no local e data marcada. A partir daí, o comprador deve providenciar o transporte da mercadoria e arcar com todos os riscos de transporte. FCA – Free Carrier – Livre no Transportador O Incoterm FCA (Free Carrier) faz com que o vendedor disponibiliza a mercadoria em sua sede ou transporte até o local indicado pelo importador. No Incoterm FCA, o vendedor também é responsável por realizar todo o desembaraço aduaneiro. FAS – Free Alongside Ship – Livre Ao Lado Do Navio. No FAS, o vendedor cumpre sua obrigação de entrega quando a carga for colocada ao lado da embarcação designada pelo comprador, no cais ou numa embarcação, no porto de embarque indicado. FOB – Free On Board – Livre A Bordo. O frete FOB vem da sigla em inglês de Free on board, que significa “livre a bordo”, quando traduzido literalmente. Nesse tipo de frete, toda a responsabilidade pelo transporte da mercadoria é do cliente, incluindo os riscos e os custos. CFR – Cost And Freight – Custo e Frete O exportador deve entregar a mercadoria no porto de destino escolhido pelo importador. As despesas de transporte ficam, portanto, a cargo do exportador. O importador deve arcar com as despesas de seguro e de desembarque da mercadoria. CIF – Cost Insurance And Freight – Custo, Seguro e Frete. O valor pela segurança do produto é embutido no seu custo. Assim, é repassado ao cliente junto com as outras despesas do frete e geralmente ele nem fica sabendo do que se trata. É o caso da venda em e- commerce, na qual o comprador paga uma taxa única de frete com o CIF já incluso. CPT – Carriage Paid To – Transporte Pago Até (local de destino nomeado). O vendedor paga o frete até o local do destino indicado; o comprador assume o ônus dos riscos por perdas e danos, a partir do momento em que a transportadora assume a custódia das mercadorias. CIP – Carriage And Insurance Paid To – Transporte e Seguro Pagos Até (local de destino nomeado). Esse contrato define a responsabilidade do vendedor em transportar e assegurar a mercadoria até um ponto nomeado, transferindo depois essa responsabilidade para o comprador. DPU – Delivered At Place Unloaded – Entregue No Local Desembarcado (local de destino nomeado). A sigla DPU significa “Delivered At Place Unloaded” ou, em português, “Entregue No Local Desembarcado”. O “Entregue no Local Desembarcado” significa que o vendedor entrega a mercadoria – e transfere o risco – ao comprador. DAP – Delivered At Place – Entregue no Local (local de destino nomeado). Significa que as mercadorias são consideradas entregues quando são colocadas à disposição do comprador no destino no meio de transporte de chegada, sem serem descarregadas. DDP – Delivered Duty Paid – Entregue com Direitos Pagos O vendedor assume acima de tudo todas as responsabilidades e riscos do transporte, desde a origem até o endereço de destino estipulado pelo comprador. TRANSPORTE INTERNACIONAL AÉREO O transporte aéreo cargueiro constitui um dos possíveis serviços oferecidos pelas empresas aéreas. Dentre os serviços realizados, distinguem-se: os mistos: caracterizados por operações de transporte de passageiros e carga; e os cargueiros: com voos dedicados exclusivamente ao transporte de carga. As vantagens associadas ao transporte aéreo de carga fazem com que esse tipo de transporte tenha um maior valor percebido por seus usuários em comparação aos modais terrestre, marítimo e ferroviário. Como pontos fortes da utilização do modal aéreo, tem-se: a rapidez do transporte (especialmente para longas distâncias como as intercontinentais), a segurança e ainda o baixo risco de perda ou danificação da mercadoria transportada. IATA – International Air Transport Association – Associação de Transporte Aéreo Internacional, que regula o transporte aéreo, e ao qual as empresas e os agentes de carga são filiados. Fundada em 1919 na França com o surgimento do transporte aéreo, é uma associação que reúne empresas de todo o mundo, tanto aéreas quanto agentes de carga. Suas funções básicas são: Os agentes de carga, credenciados pela IATA, fazem a intermediação entre as companhias aéreas e os usuários, prestando informações sobre voos, fretes e disponibilidade de espaços nas aeronaves. Sua receita provém de comissões sobre o frete aéreo; taxas de expediente; prestação de serviços de consolidação e desconsolidação; entrega e coleta entre outros. Sendo assim: No Campo Internacional: Existe basicamente a IATA – International Air Transport Association – Associação de Transporte Aéreo Internacional; No Âmbito Nacional: A aviação é regulada pelo Governo Federal através de três órgãos: - Ministério da Infraestrutura; - Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC; - INFRAERO – Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária. O transporte aéreo de carga é sempre documentado através do Conhecimento Aéreo (AWB – Airway Bill) que é o documento mais importante do transporte. Os tipos de AWB existentes são: AWB (Airway Bill): Conhecimento Aéreo que cobre uma determinada mercadoria, embarcada individualmente numa aeronave, sendo emitido diretamente pela empresa aérea para o exportador. MAWB (Master Airway Bill): É o conhecimento emitido pela companhia aérea, para cargas consolidadas, para o agente de carga. Representa a totalidade da carga recebida pelo agente e entregue para o embarque, e que permanece com ele, não chegando aos embarcadores (Master = Mãe, neste caso). HAWB (House Airway Bill): É o conhecimento emitido pelo agente de carga, relativo a uma cargaque tenha sido objeto de uma consolidação. Normalmente são emitidos vários destes conhecimentos para cada Master. A soma dos HAWB será igual ao MAWB (House = Filhote, neste caso). INCOTERMS Os INCOTERMS mais utilizados quando a operação é realizada através de transporte aéreo são: FCA: Free Carrier - Nesse termo o exportador completa suas obrigações quando entrega a mercadoria, desembaraçada para exportação, aos cuidados do transportador internacional indicado pelo comprador, no local designado do país de origem. EXW - Ex Works - Nesse termo, o exportador encerra sua participação no negócio quando acondiciona a mercadoria na embalagem de transporte e a disponibiliza, no prazo estabelecido, no seu próprio estabelecimento. Desse modo cabe ao importador estrangeiro adotar todas as providências para retirada da mercadoria do estabelecimento do exportador, transporte interno e embarque para o exterior, até o destino final. RODOVIÁRIO O Brasil, em virtude de sua situação geográfica, mantém historicamente acordos de transporte internacional terrestre, principalmente rodoviário, com quase todos os países da América do Sul. A evolução dos transportes internacionais terrestres se faz através de negociações conjuntas periódicas visando atender as crescentes necessidades das partes, pela incorporação dos avanços tecnológicos e operacionais, pelo maior grau de segurança e pela maior agilidade dos procedimentos aduaneiros e imigratórios. O cálculo do frete rodoviário internacional normalmente segue a seguinte composição: Frete peso: real físico ou cubado. Despacho: considera a distância do transporte. Frete valor: considera o valor da carga. GRIS: taxa de gerenciamento de risco. TRT: taxa de restrição ao tráfego. Pedágio. Agendamento da coleta. Seguro: Ad-valorem. O peso cubado indica o espaço que é realmente ocupado pela carga dentro do veículo. O Ad Valorem, também conhecido como Frete Valor, é um percentual cobrado para arcar com os custos dos riscos relacionados a segurança do veículo e, principalmente, da carga. Com isso, os gastos decorrentes do pagamento do seguro de carga, acidentes e eventuais avarias podem ser ressarcidos. Procedimentos A prestação de serviço de transporte rodoviário internacional de carga depende de prévia habilitação junto à ANTT. Para operar nesse modal, as empresas nacionais de transporte rodoviário internacional de cargas entre os países da América do Sul necessita de Licença Originária e de autorização de viagem de caráter ocasional. Já as empresas estrangeiras necessitam de uma Licença Complementar. MDF – e MDF-e, ou Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais é um documento emitido e armazenado eletronicamente, para vincular documentos fiscais transportados na carga, como o NF-e (Nota Fiscal Eletrônica) e o CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico). Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais, conhecido como MDFe, um documento obrigatório requisitado pela Secretaria da Fazenda e Planejamento (SEFAZ) a fim de facilitar a fiscalização do transporte de cargas em território nacional. MDF – e É um documento obrigatório em todos os transportes interestaduais e intermunicipais, de uma forma prática, consiste em uma lista com todos os demais documentos que viabiliza a movimentação da carga. NOTA FISCAL ELETRÔNICA A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é um documento gerado digitalmente pela empresa que está realizando a transação comercial, por exemplo, a venda de um produto. - EMITIDA PELO EMBARCADOR. DOCUMENTO AUXILIAR DE NOTA FISCAL ELETRÔNICA - DANFE Versão impressa da NF –e. VEJAMOS ALGUNS EXEMPLOS A SEGUIR: CONHECIMENTO DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS - CTRC CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ELETRÔNICO - CTE DOCUMENTO AUXILIAR DE CONHECIMENTO DE TRANSPORTE RESPONSABILIDADE CIVIL DO TRANSPORTADOR RODOVIÁRIO DE CARGAS O “Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário”. O seguro RCTR C também costuma ser chamado de RC ou Seguro Acidentes. Como o último termo sugere, ele trata de responsabilidades por danos causados a terceiros relacionados a acidentes no transporte de carga. RESPONSABILIDADE CIVIL FACULTATIVA DO TRANSPORTADOR RODOVIÁRIO POR DESAPARECIMENTO DE CARGA, O RCF – DC A Responsabilidade Civil Facultativa do Transportador Rodoviário por Desaparecimento de Carga, o RCF – DC também é de responsabilidade das transportadoras, porém não é obrigatório. Sua contratação depende da aquisição do seguro RCTR – C. CÓDIGO IDENTIFICADOR DE OPERAÇÃO DE TRANSPORTE CIOT O CIOT é um código numérico obtido por meio do cadastramento da operação de transporte no sistema da ANTT. Sua função é regulamentar o pagamento do valor do frete referente à prestação dos serviços de transporte rodoviário de carga. ROMANEIO OU PACKLIST O romaneio de carga ou packlist é um documento que descreve as características das mercadorias que estão no carregamento, facilitando sua identificação e localização entre os outros produtos que estão no lote. INCOTERMS Os INCOTERMS mais utilizados quando a operação é realizada através de transporte rodoviário são: CPT - Carriage Paid To - Transporte Pago Até: O vendedor paga o frete até o local docdestino indicado; o comprador assume o ônus dos riscos por perdas e danos, a partir do momento em que a transportadora assume a custódia das mercadorias. CIP - Carriage and Insurance Paid to - Transporte e Seguro Pagos até. O frete é pago pelo vendedor até o destino convencionado; as responsabilidades são as mesmas indicadas no CPT, acrescidas do pagamento de seguro até o destino; os riscos e danos passam para a responsabilidade do comprador no momento em que o transportador assume a custódia das mercadorias. DAF - Delivered At Frontier - Entregue na Fronteira. A entrega da mercadoria é feita em um ponto antes da fronteira alfandegária com o país limítrofe desembaraçada para exportação, porém não desembaraçada para importação; a partir desse ponto a responsabilidade por despesas, perdas e danos é do comprador FERROVIÁRIO Esta modalidade de transporte é pouco utilizada pelos exportadores e importadores brasileiros. Entretanto, o Brasil celebrou convênios bilaterais de transporte ferroviário com a Argentina, a Bolívia e o Uruguai. Nas operações com esses países, é conveniente, portanto, considerar os custos desse tipo de transporte. Um dos pontos da baixa utilização desse transporte no Brasil justifica-se pelo fato de que o transporte ferroviário não é tão ágil e não possui tantas vias de acesso quanto o rodoviário. O frete ferroviário é baseado em dois fatores: Quilometragem percorrida: distância entre as estações de embarque e desembarque; Peso da mercadoria. * Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) INCOTERMS Assim como no transporte rodoviário, os INCOTERMS mais utilizados quando a operação é realizada através de transporte ferroviário são: CPT - Carriage Paid To - Transporte Pago Até: O vendedor paga o frete até o local do destino indicado; o comprador assume o ônus dos riscos por perdas e danos, a partir do momento em que a transportadora assume a custódia das mercadorias. CIP - Carriage and Insurance Paid to - Transporte e Seguro Pagos até. O frete é pago pelo vendedor até o destino convencionado; as responsabilidades são as mesmas indicadas no CPT, acrescidas do pagamento de seguro até o destino; os riscos e danos passam para a responsabilidade do comprador no momento em que o transportador assume a custódia das mercadorias. DAF - Delivered At Frontier - Entregue na Fonteira. A entrega da mercadoria é feita em um ponto antes da fronteira alfandegáriacom o país limítrofe desembaraçada para exportação, porém não desembaraçada para importação; a partir desse ponto a responsabilidade por despesas, perdas e danos é do comprador. FRETE/SEGURO/ DEMURRAGE Seguro: é uma apólice que cobre riscos a que as cargas estão expostas durante o seu transporte, como acidentes, furtos, roubos e outros possíveis danos decorrentes das atividades de carga e descarga. Frete: é o preço que se paga pelo uso ou pela locação de embarcação ou qualquer outro meio de transporte pertencente a outro. Esse preço depende do tipo de carga, do modo de transporte, do peso e do volume da carga e da distância a ser percorrida até o ponto de entrega da carga. Demurrage é o tempo de estadia do contêiner no terminal de chegada, no destino do transporte da mercadoria, por prazo maior do que o acordado, antes da retirada do contêiner para desova da mercadoria pelo cliente. As cotações de frete marítimo podem ser: Por um valor global (LUMPSUM), o que significa que nenhum adicional será acrescido ao valor do frete. Esta é a maneira usual das cotações de frete para cargas soltas. Por um valor que representa o frete básico. Outros valores serão acrescidos em face de determinadas características da carga, da navegação, dos portos, etc. O cálculo do frete segue basicamente a seguinte composição: Taxa do frete marítimo: será calculado de acordo com o peso ou a metragem cúbica da carga; Taxas de locais de origem: de acordo com o local de embarque podem existir as taxas de: carga solta, movimentação em área alfandegada, transbordo, documentação e a armazenagem no porto; Taxas locais de destino: de acordo com o local de desembarque podem existir as taxas de: liberação junto ao embarcador, desconsolidação e a capatazias. FALTAS E AVARIAS De acordo com o Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 6.759/2009), considera-se: 1. Avaria: qualquer prejuízo que sofrer a mercadoria ou o seu envoltório; 2. Extravio: toda e qualquer falta de mercadoria, ressalvados os casos de erro inequívoco ou comprovado de expedição; 3. Acréscimo: qualquer excesso de volume ou de mercadoria, em relação à quantidade registrada em manifesto ou em declaração de efeito equivalente. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA MANFRE, Mauricio. Manual de Gestão do Comércio Internacional: Fundamentos, Estratégia & Ações. Brasília: Clube de Autores, 2009. PEREIRA, Cláudio Augusto Gonçalves. Artigo Processo Administrativo e Recursos no Despacho Aduaneiro. IUSCOMEX, 2012. SEGRE, German. Manual Prático de Comércio Exterior. São Paulo: Atlas, 2018. LUDOVICO, Nelson; RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrosio; FIGUEIREDO, Isabel Bernardo Dias de; MENEZES, Eduardo da Silva. Gestão de Logística Internacional. Rio de Janeiro: FGV, 2014. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: acessibilidade a edifcações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2015. ATÉ PRÓXIMA PESSOAL BOA SEMANA A TODOS !