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100 DICAS DE
PROCESSO PENAL
ANA PAULA BLAZUTE
 
 
@PROFANABLAZUTE
Damiana da Rocha Cordeiro 
oabcronogramas@gmail.com
 
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de 
repasse. 
 
1 
 
DICA 01 - JUIZ PODE DECRETAR PRISÃO 
PREVENTIVA DE OFÍCIO? 
NÃO! 
De acordo com o código de processo penal, em seu 
artigo 311, o juiz pode decretar a prisão preventiva em 
qualquer fase da investigação ou do processo penal, a 
requerimento do Ministério Público, do querelante ou 
do assistente, ou por representação da autoridade 
policial. 
DICA 02 - A PRISÃO TEMPORÁRIA PODE SER 
DETERMINADA DE OFÍCIO PELO JUIZ? 
Também NÃO! 
No que tange a prisão temporária, conforme dispõe o 
artigo 2° da lei 7.960/89, esta poderá ser decretada 
pelo juiz apenas na hipótese de representação da 
autoridade policial ou de requerimento do Ministério 
Público. Não pode ser decretada de ofício. 
DICA 03 - EM QUE FASE DO PROCESSO PODE 
HAVER A INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA? 
A interceptação telefônica, de acordo com o artigo 3° 
da lei 12.850/13, poderá ser determinada pelo juiz em 
qualquer fase da persecução penal. 
DICA 04 - O INQUÉRITO POLICIAL É 
INSTRUMENTO ADMINISTRATIVO 
Por esse motivo, o juiz não poderá fundamentar sua 
decisão exclusivamente nos elementos informativos 
colhidos na investigação, ressalvadas as provas 
cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
DICA 05 - DELEGADO NÃO ARQUIVA INQUÉRITO 
POLICIAL! 
O artigo 17 do código de processo penal é claro ao 
afirmar que a autoridade policial não poderá mandar 
arquivar autos de inquérito. Somente o juiz, após 
requerimento do Ministério Público, poderá arquivar o 
inquérito policial. 
DICA 06 - O DEFENSOR TEM DIREITO AO ACESSO 
DO INQUÉRITO POLICIAL 
De acordo com a Súmula Vinculante 14, é direito do 
defensor, no interesse do representado, ter acesso 
amplo aos elementos de provas que, já 
documentados em procedimento investigatório 
realizado por órgão com competência de polícia 
judiciária, digam respeito ao exercício do direito de 
defesa. Nesse sentido, o defensor somente não terá 
acesso aos elementos ainda não devidamente 
documentados. 
DICA 07 - DELEGADO PODE INSTAURAR 
INQUÉRITO POLICIAL DE OFÍCIO? 
DEPENDE! 
A autoridade policial pode instaurar, de ofício, 
inquérito policial, desde que se tratando de crime de 
ação penal pública incondicionada. 
O código de processo penal, em seu artigo 5°, §4 e §5, 
dispõe que o inquérito, nos crimes de ação pública 
condicionada a representação não poderá ser 
iniciado sem ela, e que nos crimes de ação privada, 
somente poderá ser iniciado a requerimento de quem 
tenha qualidade para isso. 
DICA 08 - QUAL A DURAÇÃO DO INQUÉRITO 
POLICIAL? 
SOLTO 
30 DIAS 
PRESO 
10 DIAS 
 
O prazo para conclusão do inquérito policial é de 10 
dias caso o indiciado esteja preso e de 30 dias caso 
esteja solto, conforme dispõe o artigo 10 do código de 
processo penal. 
DICA 09 - REQUERIMENTO DE DILIGÊNCIAS 
DURANTE A FASE DE INVESTIGAÇÕES 
O artigo 14 do código de processo penal dispõe que o 
ofendido e o indiciado poderão requerer qualquer 
diligência durante a fase de investigações, porém 
caberá à autoridade decidir se serão ou não 
realizadas, ou seja, o delegado usará da 
discricionariedade. 
Damiana da Rocha Cordeiro 
oabcronogramas@gmail.com
 
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de 
repasse. 
 
2 
 
DICA 10 - O INQUÉRITO POLICIAL PODE SER 
DESARQUIVADO? 
SIM! 
O inquérito policial poderá ser desarquivado caso 
seja identificado o surgimento de novas provas 
capazes de alterar o contexto das investigações. 
Quem teve o inquérito arquivado não significa que 
foi inocentado. 
O STF entende que, após arquivado o inquérito 
policial, não poderá a ação penal ser iniciada, sem 
que haja novas provas. 
DICA 11 - TRANCAMENTO DO INQUÉRITO 
POLICIAL 
 O STF decidiu que é possível o trancamento do 
inquérito policial por meio de habeas corpus. 
Nesse sentido, não se trata de caso de recurso 
para chefe de polícia, como no caso de despacho 
que indeferir o requerimento de abertura de 
inquérito. Deste sim caberá recurso para o chefe 
de polícia. 
TRANCAMENTO 
Habeas corpus 
INDEFERIMENTO DE 
ABERTURA 
Recurso ao chefe de 
polícia. 
 
DICA 12 – ABERTURA DE INQUÉRITO COM BASE 
EM DENÚNCIA ANÔNIMA 
Após receber denúncia anônima o delegado deverá 
instaurar o inquérito? 
A doutrina e a jurisprudência possuem o entendimento 
de que, na hipótese de denúncia anônima, o 
procedimento correto a ser adotado é a realização da 
VPI (verificação de procedência das informações), 
antes de concluir se instaura ou não o inquérito 
policial. 
 
DICA 13 - FIANÇA 
O DELEGADO poderá arbitrar a fiança, por se tratar de 
crime cuja pena máxima não ultrapassa a 4 anos. Nos 
demais casos, a fiança será requerida ao juiz. 
ATENÇÃO!! O crime, da lei maria da penha, de 
descumprir decisão judicial relacionada a medidas 
protetivas de urgência possui pena de até 2 anos, ou 
seja, em tese o delegado poderia conceder fiança. 
Entretanto, nesse caso, somente o juiz poderá 
concede-la. 
DICA 14 – DENÚNCIA X QUEIXA 
Denúncia e queixa-crime são as peças que dão início a 
uma ação penal. O que as diferencia é a titularidade 
(capacidade de levar o pedido ao Judiciário). 
DENÚNCIA: A denúncia é interposta para os crimes 
que devem ser processados por meio de ação penal 
pública, cuja o titular é o representante do Ministério 
Público. Aqui o promotor de justiça é quem dá início a 
ação penal. 
QUEIXA: A queixa-crime é utilizada para os casos de 
ação penal privada e é apresentada em juízo pelo 
próprio ofendido ou representante legal, por meio de 
um advogado. 
DICA 15 – PRAZO PARA REPRESENTAÇÃO 
O prazo é de 6 meses para queixa ou representação, e 
é contado do dia em que o ofendido ou representante 
legal vier a saber quem é o autor do crime, conforme 
artigo 38. 
DICA 16 - OBRIGAÇÃO DE APRESENTAR QUEIXA 
O ofendido não possui a obrigação de apresentar 
queixa em caso de crime de ação penal privada. A 
ação penal privada é de titularidade do ofendido e 
goza do princípio da oportunidade e conveniência, ou 
seja, cabe à vítima ofertar ou não a ação. Do mesmo 
modo a representação, nos crimes de ação penal 
pública condicionada, não é obrigatória. 
 
Damiana da Rocha Cordeiro 
oabcronogramas@gmail.com
 
Material elaborado pela Professora Ana Paula Blazute. O arquivo é de envio pessoal. Proibido qualquer tipo de 
repasse. 
 
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DICA 17 – PERDÃO; RENÚNCIA; PEREMPÇÃO 
A renúncia, o perdão e a perempção possuem a 
mesma natureza jurídica, qual seja, de causa de 
extinção da punibilidade, ou seja, impedem a 
punição do autor do crime. 
RENÚNCIA: havendo a renúncia ao direito de 
apresentar a queixa crime, o ofendido sequer permite 
que o processo penal se inicie, evitando que o autor 
do crime seja punido. 
PERDÃO: o perdão, por sua vez, constitui 
demonstração de que o ofendido superou o trauma 
causado pelo delito e não mais deseja a punição do 
autor do crime. 
PEREMPÇÃO: em resumo, é o resultado da inércia no 
processo, como por exemplo o caso do querelante que 
deixa de dar andamento ao processo durante 30 dias 
seguidos. 
DICA 18 – O QUE É AÇÃO PENAL SUBSIDIÁRIA DA 
PÚBLICA? 
O Ministério Público, quando for titular da Ação Penal, 
possui prazo, que varia em regra de 5 dias para réu 
preso a 15 dias para réu solto, para propor o 
arquivamento, apresentar denúncia ou requerer 
diligências. 
Caso o Ministério Público fique inerte, ou seja, não 
adote uma das medidas, abre-se a possibilidade para 
que o ofendido, seu representante legal ou seus 
sucessores ingressem com a ação penal privada 
subsidiária da pública. 
 
DICA 19 – INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO 
PÚBLICO NA AÇÃO PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA 
PÚBLICA 
O Ministério Público poderáintervir no processo de 
ação privada subsidiária da pública? 
SIM! 
De acordo com o código de processo penal, em seu 
artigo 29, será admitida ação privada nos crimes de 
ação pública, se esta não for intentada no prazo legal. 
Nesse sentido, poderá o Ministério Público, repudiar a 
queixa, oferecer denúncia substitutiva, aditar, intervir 
no processo, fornecer elementos de provas, interpor 
recurso e até retomar a ação como parte principal. 
DICA 20 – A AUSÊNCIA DO ADVOGADO NO 
FLAGRANTE 
A ausência de advogado durante o auto de prisão em 
flagrante gerará invalidade do procedimento? 
A ausência do advogado não gera nulidade, bastando 
que seja remetida cópia do procedimento para a 
Defensoria Pública quando não houver indicação de 
defensor particular constituído pelo acusado. 
DICA 21 – NOTÍCIA CRIME; QUEIXA CRIME; 
DENÚNCIA. 
 
DICA 22 – SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO 
SUSPEIÇÃO 
Refere-se ao animus 
subjetivo do juiz quanto 
as partes, e geralmente 
são encontradas 
externamente ao 
processo. 
IMPEDIMENTO 
Ocorre quando há vínculos 
objetivos do juiz com o 
processo. 
NOTÍCIA CRIME 
Feita na delegacia ou no 
Ministério Público por 
qualquer pessoa que 
tenha informação sobre 
o crime. 
QUEIXA CRIME 
Petição inicial de uma 
ação penal privada feito 
junto a vara criminal. 
DENÚNCIA 
Petição inicial de uma ação penal pública promovida 
pelo Ministério Público. 
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DICA 23 – CITAÇÃO X INTIMAÇÃO 
CITAÇÃO 
Dar ciência ao réu de que há 
um processo contra ele. 
Chama-se o réu ao 
processo. 
INTIMAÇÃO 
Dar ciência de um ato 
que foi ou será 
praticado. 
 
DICA 24 – LEI MARIA DA PENHA 
Formas de violência da lei maria da penha: 
 Física 
 
 Psicológica 
 
 Sexual 
 
 Patrimonial 
 
 Moral 
 
DICA 25 – CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO 
POLICIAL 
 
Sigiloso: O sigilo é garantido a todos, menos aos 
advogados do caso, que possuem amplo aos 
elementos de prova já documentados nos autos. 
Escrito: O inquérito policial precisa ser redigido em 
língua portuguesa. 
Inquisitivo: não há contraditório nem ampla defesa 
durante seu curso. O suspeito é mero objeto de 
investigação. 
Discricionário: não faz exigência de formalidades, 
podendo ser conduzido pela autoridade policial 
com discricionariedade, ou seja, o delegado aplica 
as diligêcias necessárias de acordo com cada caso 
concreto. 
Oficioso: Nos crimes de ação penal pública 
incondicionada, a autoridade policial deve instaurar 
o inquérito de ofício assim que tomar conhecimento 
do crime. 
Oficial: O inquérito é conduzido por autoridades 
oficiais do Estado. 
Indisponível: refere-se à impossibilidade de 
arquivamento dos autos do inquérito por parte da 
autoridade policial. 
Dispensável: não é obrigatório, pode-se haver 
uma ação penal sem ter necessariamente um 
inquérito. 
 
DICA 26 – DESTRUIÇÃO DE DROGAS 
Com prisão em flagrante: 
 
Em 15 dias 
Pelo delegado de polícia na 
presença do Ministério 
Público e da autoridade 
sanitária. 
Sem prisão em 
flagrante: 
 
Em 30 dias 
Contados da data da 
apreensão, guardando-se 
amostra necessária à 
realização do laudo 
definitivo. 
 
DICA 27 – PRISÃO TEMPORÁRIA E PRISÃO 
PREVENTIVA 
Prisão temporária: 
Com prazo de duração de 5 dias, prorrogáveis por 
mais 5. 
Ocorre durante a fase de investigação do inquérito 
policial. 
É utilizada para que a polícia ou o Ministério Público 
colete provas para, depois, pedir a prisão preventiva 
do suspeito em questão. Em geral, ela é decretada 
para assegurar o sucesso de uma determinada 
diligência. 
 
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Prisão preventiva: 
Sem prazo pré-definido. 
Pode ser decretada em qualquer fase da investigação 
policial ou da ação penal, quando houver indícios que 
liguem o suspeito ao delito. 
Em geral é pedida para proteger o inquérito ou 
processo, a ordem pública ou econômica ou a 
aplicação da lei. 
A ideia é que, uma vez encontrado indício do crime, a 
prisão preventiva evite que o réu continue a atuar fora 
da lei. Também serve para evitar que o mesmo 
atrapalhe o andamento do processo, por meio de 
ameaças a testemunhas ou destruição de provas, e 
impossibilite sua fuga, ao garantir que a pena imposta 
pela sentença seja cumprida. 
DICA 28 – INTERNAÇÃO PROVISÓRIA 
Para que haja a configuração dessa necessidade deve-
se tratar de crime praticado com violência ou grave 
ameaça e ser o agente inimputável ou semi-
imputável, além de existir o risco de reiteração, 
conforme dispõe o artigo 319 do código de processo 
penal. 
DICA 29 – PRISÃO DOMICILIAR 
A prisão poderá ser substituída em domiciliar 
quando o agente for: 
 Maior de 80 anos; 
 
 Extremamente debilitado por motivo de doença 
grave; 
 
 Pessoa imprescindível aos cuidados especiais de 
menor de 6 anos de idade ou com deficiência; 
 
 Gestante; 
 
 Mulher com filho de até 12 anos incompletos; 
 
 Homem e único responsável pelos cuidados do 
filho de até 12 anos incompletos; 
 
Perceba que a diferença entre o homem e a mulher é 
que mulher não precisa ser a única responsável pelo 
filho de até 12 anos, já o homem deve ser o único 
responsável. 
 
DICA 30 – MULHER - PRISÃO DOMICILIAR 
A condição para a substituição da prisão pela domiciliar 
é que ela não tenha cometido crime com violência ou 
grave ameaça, e que a vítima não seja seu filho ou 
dependente. 
 
DICA 31 – SUSPENSÃO CONDICIONAL DO 
PROCESSO 
É um benefício no qual é proposto ao acusado 
algumas condições para que ele cumpra, em troca 
extinção da sua punibilidade. O processo ficará 
suspenso enquanto correr o prazo para cumprimento 
das condições impostas. Expirado o prazo sem 
revogação, o Juiz declarará extinta a punibilidade. 
 
DICA 32 – SUSPENSÃO CONDICIONAL DO 
PROCESSO 
No caso de acusado que já foi processado outras 
vezes, caberá o benefício da suspensão 
condicional do processo? 
A lei 9.099/95 autoriza, em se tratando de crime cuja 
pena mínima seja igual ou inferior a 1 ano, a 
propositura da suspensão condicional do processo. 
Porém, o artigo 89 da referida lei é claro ao dispor que 
o Ministério Público poderá propor a suspensão 
condicional do processo, desde que o acusado não 
esteja sendo processado ou não tenha sido 
condenado por outro crime. 
A lei não leva em consideração a existência ou não de 
bons antecedentes ou primariedade, mas sim a 
existência de processos contra o acusado. 
Damiana da Rocha Cordeiro 
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6 
 
 
 
DICA 33 – RETRATAÇÃO AO CRIME DE LESÃO 
CORPORAL NO ÂMBITO DE VIOLÊNCIA 
DOMÉSTICA CONTRA A MULHER 
 
Não é cabível. 
A súmula 542 do STJ dispõe que a ação penal relativa 
ao crime de lesão corporal resultante de violência 
doméstica contra a mulher é pública incondicionada. 
Nesse sentido, o desinteresse da vítima em ver o 
acusado responsabilizado é irrelevante. 
Não caberá retratação. 
 
DICA 34 – ITER CRIMINIS 
 
Cogitação impunível 
Preparação impunível 
 
Execução punível 
Consumação punível 
 
DICA 35 – RECURSO INTERPOSTO POR UM DOS 
RÉUS 
 
Quando um só réu recorre. 
Se refere a decisão de recurso que poderá ser 
estendido a corréu, ou seja, trata-se da existência de 
concurso de agentes. 
Nesse sentido, no caso a decisão de recurso 
interposto por um dos réus, se fundado em motivos 
que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, 
aproveitará aos outros. 
 
 
DICA 36 – RECURSO - AGRAVO A EXECUÇÃO 
Das decisões proferidas pelojuízo da execução 
caberá agravo a execução. 
DICA 37 – RECURSO - EMBARGOS INFRINGENTES 
Só pode ser oposto pela defesa! 
Caso a questão afirme que o Ministério Público 
poderá opor embargos infringentes, estará falsa, pois 
trata-se de recurso que só pode ser oposto pela 
defesa. 
DICA 38 – RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
 
Caberá recurso em sentido estrido, da decisão, 
despacho ou sentença que não receber a denúncia 
ou queixa. 
Não receber é o mesmo que rejeitar. A questão pode 
usar a palavra rejeitar. 
Caberá recurso em sentido estrito da decisão, 
despacho ou sentença que decretar a prescrição ou 
julgar, por outro modo, extinta a punibilidade. 
O RESE admite juízo de retratação. 
DICA 39 – RECURSO – APELAÇÃO 
Caberá apelação das sentenças definitivas, das 
decisões definitivas e das decisões do tribunal do 
júri, conforme dispõe o artigo 593 do código de 
processo penal. 
 
 
 
 
 
 
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7 
 
DICA 40 - CORREIÇÃO PARCIAL E RECLAMAÇÃO 
CORREIÇÃO PARCIAL 
É o instrumento destinado à 
impugnação de decisões 
judiciais que possam 
importar em inversão 
tumultuária do processo, 
sempre que não houver 
recurso específico em lei. 
Decisões estas que 
representem erros ou 
abusos. 
RECLAMAÇÃO 
É o meio através do qual se 
leva a essas cortes a notícia 
da usurpação de sua 
competência ou 
desobediência a julgado 
seu, cometida por juiz ou 
tribunal inferior. 
É de competência originária 
do STF e STJ. 
DICA 41 – RECURSO - CARTA TESTEMUNHÁVEL 
Será cabível da decisão que denegar o recurso, e da 
decisão que, admitindo o recurso, obsta à sua 
expedição e seguimento para o juízo ad quem. 
DICA 42 - EMBARGOS INFRINGENTES E CARTA 
TESTEMUNHAVEL 
O recurso de embargos infringentes é exclusivo da 
defesa. Tal recurso será admitido quando não for 
unânime a decisão de segunda instância desfavorável 
ao RÉU. 
Porém, a carta testemunhável não cita a mesma 
exclusividade. 
DICA 43 - MBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Caberá embargos de declaração quando NA DECISÃO 
que houver: 
 Obscuridade; 
 
 Ambiguidade; 
 
 Contradição; 
 
 Omissão. 
 
Toda decisão deve ser clara e precisa. Por isso os 
embargos de declaração é importante, visto que sua 
finalidade é dissipar dúvidas e incertezas objetivas 
criadas pela obscuridade e imprecisão da decisão 
judicial, como por exemplo quando a decisão permite 
mais de uma interpretação. Nesse sentido, caberá o 
recurso, para que o juiz deixe claro sobre como a 
decisão deve ser de fato interpretada. 
DICA 44 – CONDENAÇÃO DO RÉU POR CRIME 
DIVERSO DA INICIAL 
No momento de proferir sentença, o juiz competente 
entendeu que a conduta narrada na denúncia e 
provada melhor se adequaria à capitulação jurídica 
diversa daquela que constava na inicial acusatória, ou 
seja, outro tipo de crime se encaixa melhor ao caso. 
Exemplo: o juiz entendeu que na verdade o caso é de 
roubo e não furto. 
O juiz poderá condenar o réu por crime diverso do que 
foi definido na denúncia ou queixa, ainda que, em 
consequência, tenha que aplicar pena mais grave. 
DICA 45 – CONDUTOR SUSPEITO DE CONDUZIR 
VEÍCULO AUTOMOTOR SOB INFLUÊNCIA DE 
ÁLCOOL 
É obrigado a realizar o exame de sangue ou 
bafômetro? 
Segundo entendimento do STF o condutor suspeito de 
conduzir veículo automotor sob influência de álcool não 
pode ser obrigado a realizar tal exame, com 
fundamento no princípio de que ninguém é obrigado a 
produzir provas contra si. 
DICA 46 – DIREITO AO SILÊNCIO 
Segundo entendimento do STF, o direito ao silêncio é o 
direito de não se auto incriminar e é garantido à todas 
as pessoas, sendo ela investigado ou testemunha. 
Fique atento! Tal entendimento diz respeito apenas à 
defesa, não se enquadrando a testemunha de 
acusação. 
 
 
 
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DICA 47 - RELAXAMENTO E REVOGAÇÃO DE 
PRISÃO 
 
RELAXAMENTO 
Prisão ilegal 
REVOGAÇÃO 
Prisão desnecessária 
Prisão ilegal deve ser relaxada e prisão desnecessária 
deve ser revogada. 
Delegado de polícia não pode relaxar prisão, apenas o 
juiz competente. 
DICA 48 – HABEAS CORPUS 
O habeas corpus é remédio constitucional para 
garantir a liberdade de locomoção. 
Nesse sentido, de acordo com a Súmula 693 do STF, 
não cabe habeas corpus contra decisão condenatória 
a pena de multa, ou relativo a processo em curso por 
infração penal a que a pena de multa seja a única 
cominada. 
Não há obrigatoriedade de representação jurídica por 
advogado para apresentação de habeas corpus. O HC 
poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu 
desfavor ou de outrem. 
DICA 49 - MANDADO DE SEGURANÇA 
Trata-se de uma ação constitucional impugnante que 
visa a proteção de direito líquido e certo, não 
amparado por habeas corpus ou habeas data. 
O impetrante é o titular do direito lesado, ou seja, a 
pessoa que sofre o constrangimento. 
DICA 50 - MANDADO DE SEGURANÇA 
Não cabe mandado de segurança contra decisão 
transitada em julgado (Súmula 268 STF) 
Não cabe mandado de segurança contra ato judicial 
passível de recurso ou correição (Súmula 267 STF) 
Não cabe mandado de segurança quando se tratar de 
decisão judicial da qual caiba recurso com efeito 
suspensivo. 
 
Obs: Há entendimento do STJ definindo o juiz de 
primeira instância como competente para julgar 
mandado de segurança contra ato de promotor de 
justiça. 
DICA 51 – PRAZO DE RESPOSTA DA DENÚNCIA 
OU QUEIXA 
 
No rito comum ordinário, oferecida a denúncia ou 
queixa, caso não seja rejeitada, o juiz ordenará a 
citação do acusado para responder, por escrito, no 
prazo de 10 dias. 
Já com relação aos crimes próprios praticados por 
funcionários públicos, dispõe que o procedimento 
seguirá de forma especial, sendo o prazo, para 
responder a denúncia ou queixa, de 15 dias (artigo 514 
CPP) 
DICA 52 – REPRODUÇÃO SIMULADA DOS FATOS 
Desde que não contrarie a moralidade ou a ordem 
pública, a autoridade policial poderá proceder à 
reprodução simulada dos fatos, para verificar a 
possibilidade de a infração ter sido praticada de 
determinado modo. 
Além disso, o acusado também possui o direito de não 
produzir provas contra si, e por este motivo não pode 
ser obrigado a participar. 
DICA 53 – AÇÃO PENAL 
Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será 
promovida por denúncia do Ministério Público, mas 
dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do 
Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido 
ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
Obs: No caso de morte do ofendido ou quando 
declarado ausente por decisão judicial, o direito de 
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representação passará ao cônjuge, ascendente, 
descendente ou irmão (CADI). 
DICA 54 - APLICAÇAO DA lei 9.099/95 NO 
ESTATUTO DO IDOSO 
Não beneficia o acusado, somente o idoso. Só aplica 
as regras procedimentais. 
O STF entende que nos crimes do estatuto do idoso 
somente será possível a aplicação da lei 9.099/95 no 
que tange ao procedimento, que beneficiará o idoso, 
haja vista a celeridade processual. 
Por isso, o autor do crime não seria beneficiado com a 
possibilidade que a lei traz de eventual conciliação. 
DICA 55 - APLICAÇAO DA lei 9.099/95 AOS CRIMES 
DE VIOÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA MULHER 
A lei 11.340/06, em seu artigo 41, veda expressamente 
a aplicação da lei 9.099/95 aos crimes praticados com 
violência doméstica e familiar contra a mulher, 
independentemente da pena prevista. 
Sendo assim, de acordo com alei, não é possível a 
aplicação da suspensão condicional do processo 
nestes crimes. 
DICA 56 - APLICAÇAO DA lei 9.099/95 NAS 
INFRAÇÕES PENAIS ELEITORAIS 
 
Segundo entendimento do STJ, é possível a aplicação 
dos institutos despenalizadores para as infrações 
penais eleitorais cuja pena não seja superior a 2 
anos, SALVO para os crimes que contam com um 
sistema punitivo especial. 
 
DICA 57 – EMENDATIO LIBELLI ANTES DA 
SENTENÇA 
Emendatio libelli poderá ser feita antes da 
sentença? 
Em regra, o momento adequado para a “Emendatio 
libelli” é na sentença, porém, a jurisprudência autoriza, 
excepcionalmente, que seja feita antes, como no caso 
da desclassificação para fixação da competência. 
É admissível juízo desclassificatório prévio, quando 
houver erro de direito, ou seja, quando a qualificação 
jurídica do crime imputado repercute na definição da 
competência. 
DICA 58 – HORÁRIO DE CUMPRIMENTO DE 
MANDADO E DE FLAGRANTE 
A execução da captura em flagrante deve ser feita a 
qualquer momento. 
Já com relação ao cumprimento de mandado de 
busca e apreensão domiciliar, a lei de abuso de 
autoridade dispõe que o horário permitido é entre 5h e 
21h. 
DICA 59 – COMPETÊNCIA – ESTELIONATO 
Nos crimes previstos no Art. 171 do Código Penal, a 
partir de junho de 2021, quando praticados mediante 
depósito, mediante emissão de cheques sem 
suficiente provisão de fundos em poder do sacado 
ou com o pagamento frustrado ou mediante 
transferência de valores, a competência será definida 
da seguinte forma: 
 
No caso de vítima única a competência será definida 
pelo local do domicílio da vítima. 
Havendo mais de uma vítima a competência será 
firmada pela prevenção. 
 
DICA 60 – RECUSA DO INDICIADO 
A recusa do indiciado não poderá gerar, por si só, o 
seu indiciamento, apesar de poder caracterizar crime 
de desobediência, conforme o Código Penal, em seu 
artigo 330. 
 
 
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DICA 61 – PROVAS – COMPORTAMENTO DO 
ACUSADO 
As provas que exijam comportamento passivo do 
investigado poderão ser produzidas sem sua 
concordância? 
SIM! 
Exemplo: Suspeito que deve ficar ao lado de outros 
para que seja feito o reconhecimento pessoal. 
Não confundir com o fato de ninguém ser obrigado a 
produzir provas contra si. Neste caso o agente não 
pode ser obrigado a produzir a prova, por tratar-se de 
um comportamento ativo. 
Em se tratando de prova não invasiva, mesmo que o 
agente não concorde com sua produção, esta poderá 
ser realizada, desde que não implique em sua 
colaboração ativa. Ele somente não poderá ser 
obrigado a produzir contra si provas de caráter invasivo 
das quais exija sua colaboração ativa. 
DICA 62 – ALTERAÇÃO DE CENA DO CRIME 
Alterar cena do crime configura fraude processual? 
SIM! 
Alterar cena do crime configura fraude processual. 
Somente não se configurará caso a alteração seja 
realizada de forma culposa, ou seja, sem intenção de 
induzir a erro juiz ou perito. 
DICA 63 – BUSCA E APREENSÃO 
Pode haver busca e apreensão em lugar distinto do 
que foi ordenado no mandado? 
NÃO! 
De acordo com o STF não é possível busca e 
apreensão em outro endereço que não esteja 
especificado no mandado. 
O artigo 243 do código de processo penal dispõe que o 
mandado deverá conter a indicação da casa em que 
será realizada a diligência. Esta indicação deverá ser 
respeitada. 
DICA 64 – BUSCA E APREENSÃO 
Havendo mandado expedido pelo juiz autorizando a 
busca, a falta do morador não impedirá sua 
concretização. Em caso de desobediência será 
arrombada a porta e a entrada forçada. 
DICA 65 – PRAZO DA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA 
Conforme dispõe o §4° do artigo 310 do código de 
processo penal, a não realização de audiência de 
custódia, dentro do prazo de 24 horas, sem motivação 
idônea ensejará a ilegalidade da prisão, a ser 
relaxada pelo juiz. 
Toda pessoa que sofra prisão, de qualquer 
modalidade, qualquer que tenha sido a motivação ou 
a natureza do fato criminoso, mesmo que se trate de 
crime hediondo, deve ser obrigatoriamente 
apresentada em audiência de custódia. 
DICA 66 - DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO 
O prazo para representação é de 6 meses contados do 
conhecimento da autoria do fato. 
Decadência: perda do direito dessa representação. 
 
Prescrição: perda do direito de punir do Estado, e 
cada crime possui seu prazo de acordo com pena 
prevista. 
DICA 67 - PAPEL DO JUIZ NO ACORDO DE NÃO 
PERSECUÇÃO PENAL 
Homologar o acordo e declarar a extinção da 
punibilidade do fato, após seu integral cumprimento 
O acordo de não persecução penal será formalizado 
pelo Ministério Público e sua homologação é 
realizada pelo juiz, bem como a decretação da extinção 
de punibilidade após seu cumprimento integral. 
O juiz poderá recusar homologação à proposta se a 
considerar inadequada, insuficiente ou abusiva. 
Após recusada a homologação, o juiz devolverá os 
autos ao Ministério Público para a análise da 
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necessidade de complementação das investigações ou 
o oferecimento da denúncia. 
DICA 68 - CITAÇÃO 
Réu não encontrado: será citado por edital, com o 
prazo de 15 dias. 
Réu se escondeu para não ser citado: será citado 
por hora certa. 
A contrafé poderá ser entregue apenas ao citando, 
não a terceiros. O processo seguirá normalmente, e, se 
após a citação por hora certa o acusado não 
comparecer, será nomeado defensor público para 
que dê andamento. 
Caso exista mais de um endereço nos autos do 
inquérito policial, deverá ser esgotado o outro meio de 
localização antes da citação por edital. 
DICA 69 – CITAÇÃO POR APP DE MENSAGENS 
De acordo com o informativo 688 do STJ, é possível a 
utilização de WhatsApp para a citação de acusado, 
desde que sejam adotadas medidas suficientes para 
atestar a autenticidade do número telefônico, bem 
como a identidade do indivíduo destinatário do ato 
processual. 
 
DICA 70 - INTIMAÇÃO DA SENTENÇA 
Réu e defensor não encontrados: intimação mediante 
edital. 
Réu preso: a intimação da sentença será feita ao réu, 
pessoalmente. 
Réu solto encontrado, assistido pela Defensoria 
Pública ou Advogado dativo: a intimação deverá ser 
feita pessoalmente. 
Réu solto não encontrado: a intimação será feita ao 
defensor constituído ou nomeado. 
 
DICA 71 – CONFISSÃO NO TRÁFICO DE DROGAS - 
STJ 
Súmula 630/STJ - A incidência da atenuante da 
confissão espontânea no crime de tráfico ilícito de 
entorpecentes exige o reconhecimento da traficância 
pelo acusado, não bastando a mera admissão da 
posse ou propriedade para uso próprio. 
Confessou o tráfico ganha um benefício. 
DICA 72 - BENEFÍCIO DA COLABORAÇÃO 
PREMIADA 
Segundo entendimento do STJ, já tendo sido 
realizada a colaboração premiada com o MP, não é 
cabível o benefício da delação premiada (unilateral), 
uma vez que seria aplicada duas vezes causas de 
redução de pena sobre o mesmo fato. 
O acusado ou o indiciado terá a pena reduzida quando 
colaborar na identificação dos coautores ou partícipes 
e na recuperação do produto do crime, seja ela total ou 
parcial. 
A colaboração premiada é meio de obtenção de 
provas, não prova. 
O delegado de polícia, nos autos do inquérito policial, 
também poderá propor. Neste caso deverá haver a 
manifestação do Ministério Público. 
IMPORTANTE!! O STF considera como condição de 
eficácia a manifestação do Ministério Público. 
 
DICA 73 – CAUSAS MODIFICADORAS DE 
COMPETÊNCIA DO JECRIM 
Além de casos de Conexão e Continência e de 
impossibilidade de citação pessoal do acusado, 
quando se tratar da complexidade de causa ou a 
circunstâncias do casonão permitirem a 
formulação da denúncia, a competência será 
modificada. 
 
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DICA 74 - COMPETENCIA PARA JULGAR 
DEPUTADOS 
Em regra, os deputados estaduais serão submetidos 
a julgamento perante o Tribunal de Justiça. Isso 
ocorre pelo fato da designação dessa competência 
estar sob poder da Constituição de cada Estado, ou 
seja, cada ente da Federação deverá estabelecer a 
competência para julgamento dos deputados 
estaduais. 
Em se tratando de deputados federais, a CF 
estabelece que caberá ao STF julgá-los. 
IMPORTANTE!! Tribunais Superiores entendem que o 
foro por prerrogativa de função só se aplica aos crimes 
praticados em razão do cargo. 
Se o crime praticado pelo deputado não possuir 
relação com suas funções, deverá ser julgado no juízo 
de primeiro grau. 
DICA 75 - ASTREINTE 
Astreinte nada mais é do que uma multa cominatória 
que possui caráter coercitivo, cuja finalidade é 
pressionar o devedor a realizar a obrigação a ele 
imposta. Não há óbice à sua imposição pelo 
magistrado. 
Possui total aplicação no processo penal e é possível 
a sua fixação em desfavor até mesmo de terceiros, 
não participantes do processo, pela demora ou não 
cumprimento de ordem emanada do Juízo Criminal. 
 
DICA 76 - PRISÃO PREVENTIVA 
Não pode ser utilizada como cumprimento 
antecipado da pena! 
A prisão cautelar, como no caso da prisão preventiva, 
deve ser decretada de forma excepcional, não 
podendo ser utilizada com cumprimento antecipado da 
pena. 
Nesse sentido, sua utilização será viável quando for 
identificado riscos de que certas situações 
comprometam a atuação jurisdicional, a eficácia e 
utilidade do julgado. 
O juiz deverá revisar a necessidade da manutenção da 
prisão preventiva a cada 90 dias, de ofício, sob pena 
de tornar a prisão ilegal. 
IMPORTANTE! A inobservância do prazo não 
implicará na revogação automática da prisão 
preventiva. 
DICA 77 - PROVAS COLHIDAS OU AUTORIZADAS 
POR JUÍZO APARENTEMENTE COMPETENTE 
As provas colhidas ou autorizadas por juízo 
aparentemente competente à época da autorização ou 
produção podem ser ratificadas, mesmo que venha 
aquele a ser incompetente, ante a publicação do 
processo investigativo da teoria do juízo aparente. 
DICA 78 - SERENDIPIDADE 
A serendipidade é a descoberta fortuita de delitos 
que não são objetos de investigação. 
Durante a investigação, conduzida em 1ª instância, de 
crimes praticados por pessoas sem foro privativo, 
caso surja indício de delito cometido por agente que 
possui foro privilegiado, o juiz DEVERÁ PARALISAR 
os atos de investigação e remeter todo o procedimento 
para o tribunal ao qual toca o foro por prerrogativa de 
função. 
Não cabe ao juiz decidir sobre a separação dos 
procedimentos. 
Chegando os autos ao referido tribunal, compete a 
este decidir se deverá haver o desmembramento ou se 
irá julgar todos os suspeitos, incluindo as pessoas que 
não têm foro privativo. 
DICA 79 – SERENDIPIDADE DE 1° E 2° GRAU 
Na serendipidade de 1° grau há conexão ou 
continência com o fato que está sendo apurado, por 
isso os autos devem ser remetetidos ao tribunal 
superior, para que este faça a cisão, se for o caso. 
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Na serendipidade de 2° grau trata-se de descoberta 
de fortuita de crime que não tem conexão com o que 
está sendo apurado, por isso não há necessidade de 
que seja remetido em sua integralidade à competência 
originária. 
DICA 80 - ALCANCE DA CONSTRIÇÃO DE BENS 
(MEDIDAS ASSECURATÓRIAS PENAIS) 
Pode alcançar réus, investigados, pessoas 
jurídicas e familiares não denunciados. 
De acordo com entendimento do STJ, a 
indisponibilidade de bens pode atingir também bens 
de origem ilícita, bens adquiridos antes mesmo do 
crime e bens da pessoa jurídica ou mesmo de um 
familiar não denunciado, desde que haja indícios de 
que houve confusão patrimonial. 
DICA 81 – MEDIDA CAUTELAR DE ALIENAÇÃO 
ANTECIPADA 
O proprietário dos bens não possui direito líquido e 
certo à manutenção dos bens até o trânsito em 
julgado, ainda que nomeado como depositário fiel. 
O juiz determinará a alienação antecipada para 
preservação do valor dos bens sempre que estiverem 
sujeitos a qualquer grau de deterioração ou 
depreciação, ou quando houver dificuldade para sua 
manutenção. 
O produto da alienação ficará depositado em conta 
vinculada ao juízo até a decisão final do processo. 
DICA 82 - INGRESSO AO DOMICÍLIO 
São necessárias fundadas razões de que um delito 
está sendo cometido, para assim justificar a entrada na 
residência do agente, ou, ainda, a autorização para que 
os policiais entrem no domicílio. 
Sobre a comprovação dessa autorização, com 
prova da voluntariedade do consentimento: 
De acordo com entendimento do STJ, o ônus de 
comprovar a higidez dessa autorização, com prova da 
voluntariedade do consentimento, recai sobre o 
estado acusador. A prova da legalidade e da 
voluntariedade do consentimento para o ingresso na 
residência do suspeito incumbe, em caso de dúvida, ao 
Estado, e deve ser feita com declaração assinada 
pela pessoa que autorizou o ingresso domiciliar, 
indicando-se, sempre que possível, testemunhas do 
ato. 
DICA 83 - RETRATAÇÃO DO CRIME DE AMEAÇA 
NO ÂMBITO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
Trata-se de crime cuja a ação penal é pública 
condicionada a representação. 
Nesse sentido, será admitida a renúncia à 
representação perante o juiz, em audiência 
especialmente designada com tal finalidade, antes do 
recebimento da denúncia e ouvido o Ministério 
Público. 
DICA 84 - LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA 
12.850/13 
O retardamento da intervenção policial ou 
administrativa será previamente comunicado ao juiz 
competente que, se for o caso, estabelecerá os seus 
limites e comunicará ao Ministério Público. 
DICA 85 - LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA 
12.850/13 
A infiltração de agentes de polícia em tarefas de 
investigação, representada pelo delegado de polícia ou 
requerida pelo Ministério Público, após manifestação 
técnica do delegado de polícia quando solicitada no 
curso de inquérito policial, será precedida de 
circunstanciada, motivada e sigilosa autorização 
judicial, que estabelecerá seus limites. 
Na hipótese de representação do delegado de polícia, 
o juiz competente, antes de decidir, ouvirá o Ministério 
Público. 
DICA 86 - LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA 
12.850/13 
O juiz não participará das negociações realizadas 
entre as partes para a formalização do acordo de 
colaboração. 
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Esta ocorrerá entre o delegado de polícia, o 
investigado e o defensor, com a manifestação do 
Ministério Público, ou, conforme o caso, entre o 
Ministério Público e o investigado ou acusado e seu 
defensor. 
DICA 87 - LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA 
12.850/13 
o sigilo da investigação poderá ser decretado pela 
autoridade judicial competente, para garantia da 
celeridade e da eficácia das diligências investigatórias, 
assegurando-se ao defensor, no interesse do 
representado, amplo acesso aos elementos de prova 
que digam respeito ao exercício do direito de defesa, 
devidamente precedido de autorização judicial, 
ressalvados os referentes às diligências em 
andamento. 
DICA 88 - LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA 
12.850/13 
Os crimes devem possuir pena máxima SUPERIOR a 4 
anos ou ser de caráter transnacional. 
DICA 89 - LEI DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA 
12.850/13 
Configura crime a conduta do colaboradorque: 
Revelar a identidade, fotografar ou filmar o 
colaborador, sem sua prévia autorização por escrito; 
Imputar falsamente, sob pretexto de colaboração com 
a Justiça, a prática de infração penal a pessoa que 
sabe ser inocente, ou revelar informações sobre a 
estrutura de organização criminosa que sabe 
inverídicas; 
Descumprir determinação de sigilo das investigações 
que envolvam a ação controlada e a infiltração de 
agentes; 
Recusar ou omitir dados cadastrais, registros, 
documentos e informações requisitadas pelo juiz, 
Ministério Público ou delegado de polícia, no curso de 
investigação ou do processo; 
 Na mesma pena incorre quem, de forma indevida, se 
apossa, propala, divulga ou faz uso dos dados 
cadastrais de que trata esta Lei. 
DICA 90 - INFILTRAÇÃO NO CRIME ORGANIZADO 
Será admitida a infiltração, a requerimento do 
Ministério Público ou a representação do delegado 
de polícia. 
O agente que não guardar, em sua atuação, a devida 
proporcionalidade com a finalidade da investigação, 
responderá pelos excessos praticados. 
DICA 91 - INFILTRAÇÃO NO CRIME ORGANIZADO 
Havendo indícios seguros de que o agente infiltrado 
sofre risco iminente, a operação será sustada 
mediante requisição do Ministério Público ou pelo 
delegado de polícia, dando-se imediata ciência ao 
Ministério Público e à autoridade judicial. 
DICA 92 - INFILTRAÇÃO NO CRIME ORGANIZADO 
A ausência de caráter transnacional da infração não 
afasta a aplicação da Lei de Crime Organizado. 
DICA 93 - INFILTRAÇÃO NO CRIME ORGANIZADO 
A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) 
meses, sem prejuízo de eventuais renovações, desde 
que comprovada sua necessidade. 
DICA 94 - LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS 
CRIMINAIS - 9.099/1995 
De acordo com a lei 9.099/95, da decisão de rejeição 
da denúncia ou queixa e da sentença caberá 
apelação. É o que diz o artigo 82. 
É diferente do processo penal comum, que em caso 
de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença 
caberá recurso em sentido estrido. 
Se a questão perguntar qual recurso cabe da decisão 
de rejeição da denúncia ou queixa e da sentença, 
identifique se está se referindo ao código de 
processo penal comum ou à lei dos juizados 
especiais. 
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DICA 95 - INFRAÇÕES DE MENOR POTENCIAL 
OFENSIVO 
São aquelas cuja pena máxima não seja superior a 2 
anos. 
Não é requisito expresso a ausência de violência ou 
grave ameaça. Ocorre que, em regra, os crimes que 
contém violência ou grave ameaça, possuem pena 
máxima superiores a dois anos. 
DICA 96 – JUSTIÇA FEDERAL 
 Súmula 122 do STJ: “compete à Justiça 
Federal o processo e julgamento unificado dos 
crimes conexos de competência federal e 
estadual, não se aplicando a regra do art. 78, 
II, a, do Código de Processo Penal". 
 Compete à justiça FEDERAL processar e julgar 
o crime de redução à condição análoga à de 
escravo (art. 149 do CP). 
DICA 97 – OAB COMO ASSISTENTE DE DEFESA 
A OAB pode atuar como assistente de defesa 
quando o acusado for nela inscrito? 
NÃO! 
A Ordem dos Advogados do Brasil não tem 
legitimidade para atuar como assistente de defesa 
de advogado réu em ação penal. 
Isso porque, no processo penal, a assistência é 
apenas da acusação, não existindo a figura do 
assistente de defesa. 
DICA 98 - DEFENSORIA PÚBLICA COMO 
ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO 
O Superior Tribunal de Justiça entende que é possível 
a atuação da Defensoria Pública como assistente de 
acusação mesmo não havendo norma local que 
regulamente ou autorize tal atuação 
Não existe empecilho a que a Defensoria Pública 
represente, concomitantemente, através de Defensores 
distintos, vítimas de um delito, habilitadas no feito como 
assistentes de acusação, e réus no mesmo processo, 
pois tal atuação não configura conflito de interesses a 
atuação do Ministério Público no mesmo feito como 
parte e custos legis, podendo oferecer opiniões 
divergentes sobre a mesma causa. 
DICA 99 – USO DE ALGEMAS 
Só se usa algemas se você for PRF. 
Em casos de: 
 Perigo 
 
 Resistência e 
 
 Fuga 
É ilegal o uso de algemas em mulheres presas 
grávidas durante os atos médico-hospitalares 
preparatórios para a realização do parto e durante o 
trabalho de parto, bem como em mulheres durante o 
período de puerpério imediato. 
DICA 100 - PROVAS NÃO REPETÍVEIS, 
ANTECIPADAS E CAUTELARES 
PROVAS NÃO REPITÍVEIS: 
São aquelas que não têm como serem novamente 
coletadas, pois ocorrerá o desaparecimento da fonte 
probatória. 
Exemplo: exame de corpo de delito. 
Não necessita de autorização judicial. 
PROVAS CAUTELARES: 
São aquelas em que ocorre risco de 
desaparecimento do objeto da prova em razão do 
decurso do tempo, movidas por necessidade e 
urgência. 
Se não forem produzidas naquele momento não haverá 
outra oportunidade idêntica, se esvaindo a prova. 
Exemplo: Busca e apreensão; Interceptação 
telefônica. 
Precisa de autorização judicial. 
 
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PROVAS ANTECIPADAS: 
São aquelas produzidas em momento processual 
distinto daquele legalmente previsto ou até mesmo 
pré-processualmente, em virtude de situação de 
urgência e relevância. 
Exemplo: testemunha que por enfermidade ou por 
velhice, inspirar receio de que ao tempo da instrução 
criminal já não exista. 
Precisa de autorização judicial. 
 
EXTRA 
 Súmula 546-STJ: A competência para 
processar e julgar o crime de uso de 
documento falso é firmada em razão da 
entidade ou órgão ao qual foi apresentado o 
documento público, não importando a 
qualificação do órgão expedidor. 
 O Habeas corpus não constitui via própria para 
impugnar Decreto de governador de Estado 
sobre adoção de medidas acerca da 
apresentação do comprovante de vacinação 
contra a COVID-19 para que as pessoas 
possam circular e permanecer em locais 
públicos e privados. STJ. 2ª Turma. RDC no 
HC 700.487-RS, Rel. Min. Francisco Falcão, 
julgado em 22/02/2022 (Info 726). 
 
 
 
 
 
Damiana da Rocha Cordeiro 
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