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BEM VINDOS AO NOVO SEMESTRE QUERIDOS(A) VOCÊ FISIOTERAPIA ORTOPÉDICA FUNCIONAL 2024.1 Estágios da resposta inflamatória Lesões musculoesqueléticas: representam 18% de todas as consultas de atenção primária à saúde. Faz parte do nosso cotidiano como fisioterapeutas atender pacientes com lesão musculoesquelética e dor associada, o que gera grande incapacidade a esses indivíduos. Lesões musculoesqueléticas resultantes da execução de tarefas repetitivas e/ou forçadas podem ocorrer devido a excesso de alongamento, compressão, atrito e isquemia. Embora o resultado da inflamação seja a substituição ou reparação dos tecidos lesionados (músculos, tendões, ligamentos) por tecido saudável e regenerado, nem sempre isso acontece, acarretando inflamação crônica ou sistêmica, fibrose e até ruptura tecidual. Aspectos básicos do comportamento das estruturas musculotendíneas nas lesões Fase inflamatória: começa imediatamente após a lesão e pode durar aproximadamente 7 dias, lembrando que as fases se sobrepõem. Vasos sanguíneos são danificados, por isso vasoconstrição imediata é seguida por vasodilatação, ocasionando aumento do fluxo sanguíneo na área. A permeabilidade dos vasos sanguíneos aumenta, as plaquetas se ligam ao colágeno e liberam fosfolipídios para estimular o mecanismo de coagulação. A fibrina e a fibronectina formam ligações cruzadas com o colágeno para construir uma rede de fibrina. Isso resulta em uma estrutura temporária e frágil, que contém a hemorragia local e é a única fonte de resistência à tração da ferida durante essa primeira fase. Aspectos básicos do comportamento das estruturas musculotendíneas nas lesões Fase proliferativa: À medida que o tecido necrótico vai sendo removido, ocorre um acúmulo de fibroblastos, miofibroblastos e células endoteliais. A migração e proliferação dessas células são estimuladas pela presença de fatores de crescimento produzidos a partir de plaquetas e macrófagos. Os fibroblastos começam a sintetizar a matriz extracelular, e novos capilares se formam. A combinação dos novos capilares com fibroblastos e miofibroblastos é chamada de tecido de granulação. Eventos de destruição e construção de tecidos ocorrendo ao mesmo tempo, a resistência à tração tecidual está em seu nível mais baixo e é facilmente suscetível a danos se for aplicada força excessiva durante esse estágio. Aspectos básicos do comportamento das estruturas musculotendíneas nas lesões Fase de maturação ou remodelamento: tem maior duração, podendo se estender por um ano ou mais após a lesão. Durante esse período, o número de fibroblastos, miofibroblastos, macrófagos e capilares diminui. A quantidade de líquido dentro da cicatriz é reduzida, ele fica mais branco à medida que o colágeno se torna mais denso e a vascularização diminui. Conforme estresse vai sendo aplicado ao colágeno nessa fase, suas fibras tornam-se mais organizadas e a resistência da cicatriz aumenta. Fase final de cicatrização, o novo tecido é remodelado até que uma estrutura forte e permanente seja formada, ou seja, ocorre restauração da área à sua estrutura anterior (regeneração) ou substituição por uma cicatriz (reparo). Aspectos básicos do comportamento das estruturas musculotendíneas nas lesões Recursos terapêuticos: É comum na prática clínica que nós utilizemos diversos recursos para auxiliar o processo de cicatrização tecidual, preparar uma área para o exercício subsequente ou otimizar os efeitos do exercício na reabilitação. Os principais objetivos da fisioterapia no tratamento das condições musculoesqueléticas são reduzir a dor, manter ou recuperar a amplitude de movimento (ADM) articular e maximizar a função e a qualidade de vida sem efeitos adversos, permitindo, assim, que as pessoas lidem melhor com seus problemas de saúde crônicos. Analgesia é importante porque o alívio da dor tende a resultar em melhora espontânea da função e, consequentemente, da qualidade de vida do paciente. Aspectos básicos do comportamento das estruturas musculotendíneas nas lesões RECURSOS TERAPÊUTICOS Fisiopatologia das tendinopatias: A lesão tendinosa é dividida em três estágios: Tendinopatia reativa: ocorre proliferação não inflamatória de células da matriz, espessamento tendíneo sem alterações no colágeno e nas estruturas neurovasculares. Desorganização tendínea: ocorre tentativa de cicatrização, porém com maior desarranjo da matriz. Tendinopatia degenerativa: caracterizado por progressão das alterações da matriz, surgimento de áreas necróticas e, consequentemente, de áreas acelulares e redução de colágeno. Há pouca chance de reversibilidade dessa fase e grande possibilidade de ruptura tendínea. Aspectos básicos do comportamento das estruturas musculotendíneas nas lesões Sobre a resposta inflamatória, quando inicia e até quando vai esta fase? Interatividade Começa imediatamente após a lesão e pode durar aproximadamente 7 dias. Resposta Tendinopatias do manguito rotador: O desequilíbrio muscular (principalmente fraqueza dos músculos supraespinhal ou subescapular) e a tensão capsular promovem translação excessiva e superior da cabeça do úmero em direção ao acrômio e, consequentemente, aumento da pressão no manguito. Isso promove compressão da articulação glenoumeral durante o movimento ativo do ombro e predispõe à lesão do manguito rotador. Sinais e sintomas: dor, fraqueza ou uma combinação desses sintomas. Avaliação: A palpação, inspeção, testes podem provocar dor principalmente na tuberosidade maior, inserção do supraespinhal e articulação acromioclavicular. Reabilitação: Terapia manual, exercícios e recursos eletrotermofototerápicos. Ombro MANGUITO ROTADOR - ANATOMIA Osteoartrite (OA) da articulação glenoumeral: A osteoartrite (OA) é a doença mais comum que afeta articulações. É causada por degradação da cartilagem articular, que pode acontecer por falha na regulação entre degradação e reparo da cartilagem ou por causa das forças físicas. Sinais e Sintomas: diminuição da ADM ativa e passiva do ombro, principalmente rotação externa. Avaliação: A palpação, inspeção, testes podem provocar dor principalmente na tuberosidade maior, inserção do supraespinhal, articulação acromioclavicular e glenoumeral. Reabilitação: Terapia manual, exercícios e recursos eletrotermofototerápicos, quando o grau de degeneração é muito amplo opta-se pela protetização. Ombro EXAMES DE IMAGEM Capsulite Adesiva: Sinovite multirregional consistente com inflamação, vascularização focal e angiogênese sinovial (aumento do crescimento capilar). Incidência e prevalência: afeta 2% a 5,3% da população em geral, já a capsulite adesiva secundária, relacionada à diabetes mellitus e a doenças da tireoide, afeta 4,3% a 38%. Etiologia e fatores de risco: níveis elevados de citocinas no sangue como causadores ou resultantes de uma intensa e prolongada resposta inflamatória/fibrótica que afeta a sinóvia e o complexo capsuloligamentar. (Diabetes, Mulheres, entre 40 e 65 anos) Sinais e sintomas: caracterizada por déficit de ADM passiva em vários planos, particularmente rotação externa com o braço ao lado do corpo e em diferentes graus de abdução do ombro. Reabilitação: Os objetivos do tratamento fisioterapêutico a curto prazo são reduzir significativamente a dor, melhorar a função e alcançar níveis altos de satisfação do paciente. Não é necessário atingir ADM completa para que o tratamento seja considerado bem-sucedido. Ombro ANATOMIA – CAPSULITE ADESIVA Quais são os sinais e sintomas da Tendinopatia do Manquito Rotador? Interatividade Dor, fraqueza ou uma combinação desses sintomas. Resposta Epicondilite lateral: Afeta os tendões extensores, principalmente a origem do extensor radial curto do carpo (ERCC) no epicôndilo lateral. Incidência e prevalência: incidência anual varia de 1% a 3% e é vista principalmente em adultos entre as idades de 20 e 50 anos. Etiologia e fatores de risco: pode ser causada por trauma direto ou atividades repetitivas, incluindo levantamento inapropriadode objetos pesados. Diagnóstico: Principalmente clínico. Sinais e sintomas: é dor referida na porção central do epicôndilo lateral, podendo irradiar para o antebraço durante atividade. Reabilitação: promover cicatrização dos tecidos, controle da dor, melhora do condicionamento neuromuscular e educação do paciente. Cotovelo EPICONDILITE LATERAL – COTOVELO DO TENISTA Epicondilite medial: envolve os flexores e pronadores, mais comumente as origens do pronador redondo e do flexor radial do carpo. Sinais e sintomas: dor pode ser provocada durante a pronação resistida do antebraço e flexão resistida do punho. Reabilitação: inclui repouso relativo, prevenção de atividades agravantes, medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais, brace, fisioterapia e injeções locais de corticosteroides, semelhantes ao tratamento conservador do cotovelo de tenista. Cotovelo EPICONDILITE MEDIAL – COTOVELO DO GOLFISTA ATÉ A PRÓXIMA! image8.jpeg image9.png image10.png image11.png image12.jpeg image13.png image14.png image15.jpeg image16.png image17.png image18.jpeg