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De acordo com a Diretoria de Ecossistemas do IBAMA (2010), o Brasil é considerado um país megadiverso, detendo de 15 a 20% do número total de espécies do planeta, além de altas taxas de endemismo. Parte desta riqueza  está inserida em unidades de conservação de proteção integral, que representam a mais eficiente ferramenta para a conservação deste patrimônio.
A manutenção das características naturais dessas áreas é essencial para garantir a viabilidade das populações e comunidades naturais a longo prazo.
Para tanto, é necessária a geração de conhecimentos científicos que subsidiem as ações de manejo da biodiversidade, uso público e proteção das unidades de conservação, promovendo a manutenção da biodiversidade.
Atualmente, as pesquisas realizadas em unidades de conservação atendem basicamente a demandas externas, muitas vezes refletindo linhas de pesquisa que não possuem  aplicabilidade imediata ao manejo da unidade. Talvez esse seja o grande problema das Universidades ou Institutos de Pesquisas espalhados  pelo país. 
Pesquisa para quem? Atendendo a quem?
Particularmente gostamos de pesquisas que o mundo julga ser simples, porém, plenamente aplicável.
Devido a esse problema de aplicabilidade é que a própria Diretoria de Ecossistemas do IBAMA está implementando (colocando em prática) um Programa de Gestão do Conhecimento, visando demandar pesquisas diretamente aplicadas ao manejo das unidades de conservação. O resultado das pesquisas subsidiará continuamente o planejamento das atividades realizadas  nessas áreas protegidas.
É interessante que quem for trabalhar com unidades de conservação ou manejo da biodiversidade tenha em mente algumas políticas básicas tais como: servir como política de aproximação da pesquisa à tomada de decisões para  conservação; promover a geração de conhecimento aplicado ao manejo da biodiversidade; replicar soluções de manejo; e, incrementar a qualidade de  gestão das unidades de conservação.
Dessa forma, podemos dizer que a conservação da diversidade biológica tornou-se uma preocupação global. Apesar de não haver consenso quanto ao tamanho e ao significado da extinção atual, a Biodiversidade é considerada essencial.
Há dois tipos principais de opções de conservação: conservação in-situ e conservação ex-situ.
A in-situ é geralmente vista como uma estratégia de conservação elementar, entretanto, sua implementação é, às vezes, impossível. Por exemplo, a destruição de habitats de espécies raras ou ameaçadas de extinção, algumas  vezes, requer um esforço de conservação ex-situ.
Além disso, a conservação ex-situ pode dar uma solução reserva para projetos de conservação in-situ. Alguns acham que ambos os tipos são necessários para assegurar uma preservação apropriada.
Um exemplo de esforço de conservação in-situ é a construção de áreas de proteção. Um exemplo de conservação ex-situ, ao contrário, seria a plantação de germoplasma em bancos de sementes. Tais esforços permitem a preservação  de grandes populações de plantas com o mínimo de erosão genética.
A ameaça da diversidade biológica estava entre os tópicos mais importantes discutidos na Conferência Mundial da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, na esperança de ver a fundação da Global Conservation Trust para  ajudar a manter as coleções de plantas.
Para refletir - Segundo Wilson (1997) , é fundamental que se atentem alguns aspectos tais como: “A causa básica da decomposição da diversidade orgânica não  é a exploração ou a maldade humana, mas a destruição de habitats, que resulta da expansão das populações humanas e de suas atividades. Muitos desses organismos, menos atraentes ou espetaculares, que o Homo sapiens está destruindo, são mais importantes para o futuro da humanidade do que a maioria das espécies sabidamente em perigo de extinção. As pessoas precisam mais de plantas e insetos do que precisam de leopardos  e baleias (sem com isso menosprezar o valor dos dois últimos). Outros organismos supriram a humanidade com a base da civilização em forma de plantações, animais domésticos, uma grande variedade de produtos industriais e muitos remédios importantes. Não obstante, a razão antropocêntrica mais importante para se preservar a diversidade é o papel que os  micro-organismos, as plantas e os animais desempenham no fornecimento de serviços livres ao ecossistema, sem os quais a sociedade, em sua forma atual, não poderia durar. A perda de populações geneticamente distintas  dentro de espécies é, no momento, pelo menos tão importante quanto o problema da perda de toda a espécie. Uma vez que a espécie seja reduzida a um resto, sua capacidade de beneficiar a humanidade diminui bastante,  e sua extinção total, em um futuro próximo, torna-se muito mais provável. No momento em que se reconhece que um organismo está em perigo de extinção, geralmente, já é tarde demais para salvá-lo.”
Um aspecto que deve ser levado em conta ao se trabalhar com áreas de elevada Biodiversidade, é o de que quando se altera significativamente um ecossistema, o custo econômico decorrente desta alteração pode ser muito  elevado, e o custo ambiental pode ser irreparável.
O uso de métodos adequados para a compatibilização da sustentabilidade das comunidades humanas, conservação da Biodiversidade e consequente melhoria da qualidade de vida, exige o estabelecimento de estratégias amplas que envolvam análises de fatores climáticos, edáficos, socioeconômico -culturais e bióticos.
O Brasil, em função de suas dimensões continentais, detém uma enorme Biodiversidade, incluindo-se neste contexto a variabilidade cultural e paisagística. 
Entretanto, apesar destes fatores, é considerado um país em desenvolvimento, caracterizando a sub-valoração que se dá aos seres vivos.
Paradoxalmente, é um dos locais que mais cobiça apresenta, justamente em virtude do grande potencial que estes mesmos elementos apresentam.
É inegável que a Biodiversidade tem um valor intrínseco real e, por isso, é fundamental que sejam tomadas medidas no sentido de se preservarem estes recursos. O valor de um grupo de organismos é intrínseco, e não se pode  aguardar ter um efetivo conhecimento de seu uso, a fim de valorá-lo.
Garay e Dias (2001) relatam que com referência à utilização da biodiversidade, devem-se destacar aspectos relacionados com as causas e formas de suas perdas.

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