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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - CAMPUS MACAÉ INSTITUTO POLITÉCNICO MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO - 2024.1 Gabriel Batista Fernandes – 120016331 Luiz Gustavo Santiago Lima – 123497316 Nicolas Delatorre Fitaroni - 121081347 Rogério Felipe da Costa Carrera- 123413914 CONCRETO - DETERMINAÇÃO DA CONSISTÊNCIA PELO ABATIMENTO DO TRONCO DE CONE / ENSAIO DE COMPRESSÃO DE CORPOS DE PROVA CILÍNDRICOS / DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À TRAÇÃO POR COMPRESSÃO DIAMETRAL DE CORPOS DE PROVA CILÍNDRICOS MACAÉ 2024 Objetivos:...................................................................................................................................3 Materiais:...................................................................................................................................3 Procedimento Experimental :.................................................................................................. 3 Resultados:.................................................................................................................................6 Referências:............................................................................................................................... 7 Objetivos: Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone (Slump test): O ensaio do Slump Test tem como objetivo determinar a consistência do concreto a partir da medida de seu assentamento de acordo com a NBR 16889, a fim de verificar a sua trabalhabilidade. Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos / Determinação da resistência à tração por compressão diametral de corpos de prova cilíndricos: O ensaio tem como objetivo a determinação da resistência à compressão dos corpos de prova em MPa, que verifica se a resistência mínima exigida é alcançada através de uma série de rupturas em prensa hidráulica, de acordo com a NBR 5739/2018. Já o ensaio tem como objetivo a determinação da resistência à tração do concreto através da compressão diametral dos corpos de prova feitos, a fim de verificar se a resistência mínima à tração foi alcançada, de acordo com a NBR 7222/1994. Materiais: 1. Slump test: ● Molde de metal em formato de tronco cônico ● Haste de compactação (16mm de diámetro e 600mm de altura) ● Placa de base; ● Régua metálica; ● Betoneira; ● Areia; ● Brita 1; ● Cimento; ● Água; ● Concha de seção U. 2. Ensaio de resistência à compressão e tração indireta dos corpos de prova cilíndricos: ● Prensa hidráulica; ● Lixadeira; ● Desempenadeira; ● Haste de compactação; ● Molde em metal para os corpos de prova; ● Placas metálicas; ● 2 lâminas de madeira para dimensionamento correto do corpo de prova. Preparação da amostra de concreto: Para a produção do concreto com resistência especificada de 20 MPa, foram utilizadas as seguintes dosagens dos materiais: cimento (9 kg), brita (22,7 kg), areia (16,5 kg) e água (4,5 kg). O procedimento de mistura seguiu a ordem específica de adição dos materiais na betoneira. Inicialmente, foram adicionadas a brita juntamente com metade da água, com o objetivo de "lavar a betoneira" e facilitar a mistura subsequente dos demais componentes. Em seguida, foram adicionados a areia, o cimento e, por último, a segunda metade da água. O processo de mistura durou aproximadamente 4 minutos, o que garantiu a homogeneidade da massa de concreto. Figura 1:Mistura dos insumos na betoneira Procedimento Experimental : 1. Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone (Slump test): Com o concreto preparado, começa o Slump o Test aplicando uma força com os pés na base do molde para que o não vaze pelas laterais, é realizado o preenchimento do molde tronco cônico, situado acima de uma placa de metal, em três camadas (⅓ do molde, ⅔ do molde e com ele completo), compactando cada camada com 25 golpes utilizando uma haste metálica de compactação, distribuídos uniformemente sobre todo o diâmetro. Em seguida, foi feito o rasamento da superfície com a desempenadeira. Antes de retirar os pés, exerce-se a mesma força com as mãos para que o concreto não vaze, o molde é retirado calmamente e é medido o abatimento do concreto, determinado pela diferença entre a altura do molde e a altura do eixo do corpo-de-prova. Figura 2: Aplicação dos 25 golpes para o preenchimento de vazios Figura 3: Retirada do molde cônico Figura 4 e 5:Medição do abatimento do concreto 2. Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos / Determinação da resistência à tração por compressão diametral de corpos de prova cilíndricos: Após a determinação do abatimento do concreto, com o auxílio de uma concha de seção U, preencheu-se os corpos de prova(que foram revestidos internamente por um lubrificante que não reage com o concreto) até a superfície em pequenos intervalos de colocação, adensando o concreto com uma haste metálica entre os intervalos. Por fim, quando o corpo de prova estava com o seu volume completo, foi nivelada à superfície com o auxílio de uma desempenadeira, para que não houvesse irregularidades no corpo de prova. Ao todo foram moldados 12 corpos de prova. Logo depois, os corpos de prova foram deixados em repouso em local seco por cerca de 24 horas (em nosso caso, de um dia para o outro), e então desenformados para o início do processo de cura do concreto. Figura 6:Moldagem dos corpos de prova. O processo de cura foi realizado em uma caixa d’água, de forma que os corpos de prova estivessem totalmente submersos na água, garantindo a cura eficiente do concreto. Figura 7: Processo de cura dos corpos de prova. Com 7 dias, foram retirados 3 corpos de prova para serem rompidos na prensa hidráulica, sendo primeiramente submetidos a um processo de lixamento, para que suas bases tenham a força de compressão uniformemente distribuída. Figura 8: Processo de lixamento dos corpos de prova (7 dias) Suas resistências foram aferidas em 12,80 ton, 13,32 ton e 15,28 ton. Com 14 dias, foram retirados outros 3 corpos de prova, que foram postos na prensa, dessa vez sem a utilização da lixa de corpos de prova, tendo suas resistências aferidas agora em 18,91 ton, 18,58 ton, 16,48 ton, apresentando maior resistência considerando o processo de enrijecimento. No ensaio de resistência à tração, foram utilizados os corpos de prova referentes aos 14 dias, onde 3 foram separados para serem submetidos ao teste de tração indireta. Para a realização desse ensaio, primeiro foi feito o dimensionamento centralizado dos corpos de prova na prensa com o auxílio de uma placa retangular na base e na parte superior do corpo de prova, com a colocação de duas lâminas finas de madeira em cima e em baixo para garantir a estabilidade do mesmo. As resistências obtidas na tração para os corpos de prova de 14 dias foram de 8,67 ton, 7,10 ton e 8,36 ton. Figura 9 e 10: Ensaio de tração indireta (14 dias) Resultados: Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone (Slump test): Após o ensaio, o molde de concreto teve um abatimento de 1 cm comparado ao tronco de cone. Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos: Para aferir a resistência à compressão do concreto considerando os dias de cura e endurecimento, transformou-se os valores em toneladas obtidos na prensa em MPa (Megapascal), passando de toneladas para Quilos (Kg), depois para unidade de força em Newton (N). Após essa conversão, dividiu-se o valor em Newton pela área da base do cilindro do corpo de prova, com o valor de 0,007853m². Com isso, os resultados obtidos para compressão e tração indireta estão descritos na tabela abaixo: 7 dias 14 dias Resistência à compressão 16,30 Mpa 20,99 Mpa 16,97 Mpa 23,67 Mpa 19,46 Mpa 24,09 Mpa Determinação da resistência à tração por compressão diametral de corpos de prova cilíndricos referentes à 14 dias: Para que seja possível a determinação da resistência à tração em MPa, deve-se considerar a expressão da resistência à tração por compressão diametral, dada por: Sendo a força (F) em Newton, o diâmetro (d) e o comprimento do corpo de prova (l) em metros. Considerandoo diâmetro “d” igual à 10cm, e a largura “l” igual à 20cm, temos a resistência à tração dos corpos de prova dada em MPa na tabela abaixo: Corpo de Prova 1 Corpo de Prova 2 Corpo de Prova 3 Resistência à tração indireta 2,70 Mpa 2,22 Mpa 2,61 Mpa O gráfico das resistências à compressão e tração em MPa em cada corpo de prova está apresentado abaixo: Compressão: Gráfico 1: Resistência em MPa de cada corpo de prova comprimido em prensa. Tração: Gráfico 2: Resistência em MPa de cada corpo de prova tracionado em prensa. Sendo a resistência à tração do concreto aproximadamente 10,95% da resistência à compressão, considerando as médias de cada uma. Referências: NBR 7222: Concreto - Determinação da resistência à tração por compressão diametral de corpos de prova cilíndricos. NBR 5739: Concreto - Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos. NBR 16889: Concreto - Ensaio de tração axial direta de corpos de prova cilíndricos moldados. NBR 5738: Concreto - Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova.