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Aluna: Vaníria de Fátima Mendes de Lima 
Matricula: 2020104060017 
 
Escrever a Estruturação da Aula do Vídeo em Tópicos. Portanto, somente do vídeo da 
Aula 11, tá!? É como se fosse um sumário, um índice dos assuntos, temas, temáticas 
abordadas 
 
Tema: TV PUC-Rio: Uberização do trabalho e o proletário da era digital 
 
“O mundo do trabalho mudou radicalmente nos últimos 40 anos, em parte por causa das 
tecnologias de informação. A exigência por um trabalhador altamente qualificado convive com 
a exploração de mão-de-obra barata. Veja na entrevista com o sociólogo Ricardo Antunes.” 
 
 
“Assim, de um lado deve existir a disponibilidade perpétua para o labor, facilitada pela 
expansão do trabalho on-line e dos “aplicativos”, que tornam invisíveis as grandes corporações 
globais que comandam o mundo financeiro e dos negócios. De outro, expande-se a praga da 
precariedade total, que surrupia ainda mais os direitos vigentes. Se essa lógica não for 
radicalmente confrontada e obstada, os novos proletários dos serviços se encontrarão entre 
uma realidade triste e outra trágica: oscilarão entre o desemprego completo e, na melhor das 
hipóteses, a disponibilidade para tentar obter o privilégio da servidão.” (“O Privilégio da 
Servidão: Novo Proletariado de Serviços na era Digital”, p.39) 
 
o sociólogo esquadrinha a “nova morfologia do trabalho” buscando compreender as relações de 
trabalho da classe trabalhadora (ampliada) na atualidade. Seu debate remete ao filósofo austro-
francês André Gorz e os debates sobre o fim do trabalho, “moda” – ou delírio eurocêntrico? – 
que nunca pareceu adequada aos países da periferia do capital. Ao contrário de uma suposta 
retração do trabalho – logo a invalidade das teorias que pensam suas “leis” e centralidade 
social -, o capital avança na atualidade ampliando seus mecanismos de funcionamento e 
incorporando novas formas de geração de trabalho excedente. Terceirização, informalidade, 
pejotização, teletrabalho (home-office), freelancer, “zero hour contract”, uberização… O capital 
na era informacional-digital espraia sua apropriação de mais-valor em diversas modalidades, 
marcadas pela precarização e intermitência do trabalho, pela mediação das TICs (empresas 
que usam a tecnologia de informação, como as via aplicativo), uma engenhosa forma de 
escravidão digital em pleno século XXI.Antunes lembra ainda que o debate sobre a classe 
média é complexo e se define na tradição marxista por uma posição “relacional”. A ideologia 
pode querer convencer que somos “colaboradores”, “franquiados”, “autônomos”, mas nada 
mais distante das modalidades de trabalho intelectual que particulariza as classes médias do 
que os trabalhos desempenhados nos setores de serviços como call-centers, indústria de 
softwares e TICs, hotelaria, shopping centers, hipermercados, redes de fast-food, grande 
comércio, etc. Aqui a tendência de assalariamento, proletarização e mercadorização aproximam 
e conformam o que seria o “novo proletariado de serviços na era digital”. 
 
Afeto e indiferença. Solidariedade e violência. Tais momentos se constroem na trama 
pessoal e profissional em conexão com as condições gerais de vida, relembrando a 
profunda ligação entre o trabalho e nossos modos de vida. Mas no mundo do capital há 
tendências e contradições irresolutas. A balança pende e lembra-nos que a precariedade 
do trabalho também é a precariedade da vida e das relações interpessoais. A violência 
entre pai e filho vem ao primeiro plano. Já não há possibilidade de carinho entre o casal. 
ATIVIDADE 11 
Disciplina: Informática Aplica ao Ensino 
Professora: Solonildo Almeida da Silva 
 
Apesar de responsável, Liza desmorona quando a crise da família se acirra, lembrando 
que se trata de uma criança e não é dali que virá as respostas e resoluções. Mas se há 
exaltação, não há histeria. O sentimento de “fazer o que deve ser feito” vigora. Só é 
possível parar de correr se alguém o substituir – ouve Ricky quando pede alguns dias de 
folga. Todos são substituíveis, e na “era digital” somos responsabilizados se não 
encontramos um substituto para movimentar o capital. 
E por isso, o realismo “cru” sem redenção de “Você não estava aqui” é antes de tudo 
sobre como o trabalho precário também é a precarização – e alienação – da vida. É sobre 
isso que o filme fala quando uma cliente de Abbie compartilha suas antigas fotos e pede 
para que sua cuidadora mostre as que trouxe. Por um instante a senhora reflete se não 
está fazendo algo errado e pergunta se tudo bem para Abbie. Cliente e trabalhador já não 
sabem quais são as regras ou como negociar a relação de trabalho – assim como as de 
afeto – regras presentes nos termos de contrato que não as pertence. A terceirização faz-
se na vida. 
 Mas se em terras brasileiras esse retorno não é possível, uma vez que não houve Estado 
social – e não confundamos isso com a pouca cidadania das políticas sociais progressivas 
– Loach não deixa de estar falando sobre o que Antunes define como a classe-que-vive-
do-trabalho. Um realismo cru sobre o penoso e alienante mundo do trabalho em dias de 
privilégio da servidão.

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