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Função da pele: barreira e proteção, movimentos e forma, 
produção de anexos (glândulas...), regulação da temperatura, 
estoque de nutrientes, imunorregulação, indicador de doenças, 
pigmentação, ação antimicrobiana e até antifúngico, 
percepção sensorial, secreção, excreção e produção de 
vitamina D. 
Classificação etológica das doenças 
- Patologias infecto-contagiosas: doenças parasitárias, 
micoses, piodermas; 
- Enfermidades imunomediadas: alergias, autoimunes; 
- Endocrinopatias; 
- Transtornos da queratinização (troca de pele); 
- Outros: neoplasias, displasias, foliculares... 
Os dois grandes sintomas na abordagem ao paciente 
dermatológico giram em torno do prurido e alopecia. 
Componentes da ficha dermatológica: história da queixa e 
anamnese dirigida (observar credibilidade do proprietário), 
exame clínico geral, exame dermatológico (exame a distância 
do animal completo, exame de pelo como aparência, 
depilação..., exame de pele como elasticidade, espessura, 
lugares alvo, descrição das lesões, diagnósticos diferenciais e 
exames complementares), diagnóstico e tratamento 
 Idade 
Demodicose – predisposição em jovens (coceira secundária à 
possível infecção bacteriana) 
Alergia – Animais mais maduros; 
Doenças hormonais – 6-10 anos; 
Neoplasias – maduros a idoso; 
 Raça 
Seborréia primárias – Cocker Spaniels; 
Hipogonadismo de machos – Chow chow 
Desequilíbrio de hormônios sexuais – Pomerânia 
 Sexo 
Adenomas perianais – machos 
Problemas relacionados a ciclo estral – fêmeas 
 Cor 
Dermatite solar e carcinoma de orelha dos gatos brancos; 
Hemangioma ligado a luz solar, hemangiossarcoma, carcinoma 
– pele branca e fina de cães 
 
 
 
 Mudança de Pelos 
Ocorrem normalmente mudanças sazonais relacionadas a 
temperatura ambiente. 
Fotoperíodo (mais importante): relacionado ao hipotálamo, 
hipófise e pineal, ocorre influencia como gonadais 
Também pode estar relacionado a condições de nutrição, 
genética e saúde 
 Prurido 
Pode ser gerado por doenças específicas ou generalizado 
sem doença evidente, sendo acentuado e bem localizado ou 
mal localizado. 
Os mediadores são a histamina e leucotrienos (mediadores 
inflamatórios), com fatores que influenciam como ansiedade, 
aborrecimento, estresse ou sensações cutâneas (toque, dor, 
calor, frio). 
Exame físico 
Importante boa iluminação. Observação a distância e exame 
completo de toda pele e mucosas visíveis. Procedimentos 
apropriados de diagnóstico realizados no primeiro atendimento 
e antes de qualquer tratamento. 
- Pelo: normal, quebradiço, seco, oleoso, sem brilho, epila 
facilmente; 
- Alopecia: localizada, difusa ou universal; 
- Unhas: alteração de forma, cor e/ou tamanho; 
- Lesões primárias: pápula, nódulo, tumor, vesícula, pústula, 
eritema, petéquia, mácula; 
- Lesões secundárias: descamação, crosta, úlcera, 
escoriação, espessamento, hiperpigmentação, fissura, 
comedo, cicatriz, necrose, edema e colarete; 
- Parasitos: pulga, carrapato, piolho, berne, miíase; 
Deve-se treinar o proprietário sobre o que deve ser 
observado e o que esperar ao longo do tratamento. 
→ São erupções iniciais que se desenvolvem 
espontaneamente como reflexo direto da causa básica. 
Mácula: lesões com bordas delimitadas, que não se elevam do 
plano da pele, diâmetro < 1 cm. Podem ser eritematosas, 
marrons ou escuras. Causas: melanina, despigmentação, 
@
tudopelavet 
eritema, hemorragia focal endócrina, pós-inflamatória, 
hiperpigmentação e vitiligo. 
Púrpura; 
Petéquias < 1 cm 
Equimose > 1 cm 
Pápula x urticária: elevação sólida de no máximo 1 cm de 
diâmetro. Diagnóstico diferencial: foliculite bacteriana, 
demodicose, foliculite fúngica, hipersensibilidade a picada de 
inseto, escabiose, alergia de contato, doença da pele 
autoimune e erupção por droga. 
 
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia – Dermatologia em cães e 
gatos, UFMG 
Placas: maiores que 1 cm de diâmetro 
 
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia – Dermatologia em cães e 
gatos, UFMG 
Pústula: elevação pequena com presença de pus. Neutrófilos 
(infecção bacteriana, fúngica, doença autoimune), eosinófilos 
(distúrbios parasitários, alérgicos), estéreis (pênfigo foliáceo). 
 
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia – Dermatologia em cães e 
gatos, UFMG 
 
 
Vesícula: pequena área circunscrita recoberta com epiderme 
preenchido com líquido claro. Os vesicles são muito frágeis e 
translucente. Causas: doenças imunomediadas. 
 
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia – Dermatologia em cães e 
gatos, UFMG 
Eritema: vermelhidão 
Atrofia de pele: afinamento ou depressão da pele, devido à 
redução do tecido subjacente 
Nódulo: elevação sólida circunscrita com mais de 1cm de 
diâmetro que se estende por camadas mais profundas da 
pele. Pode ser: granuloma estéril, infecção bacteriana ou 
fúngica, neoplasia, calcinose cutânea. 
 
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia – Dermatologia em cães e 
gatos, UFMG 
Tumor: grande massa envolvendo pele ou tecido subcutâneo. 
Patogênese: células inflamatórias e tumorais. Diagnósticos 
diferenciais: granuloma, infecção, lipoma, neoplasias, 
hiperplasias. 
Alopecia: perda parcial ou completa de pelos. Primária: 
displasia, problemas hormonais; Secundária: inflamação e/ou 
infecção, trauma.... 
 
@
tudopelavet 
Descamação ou caspa: acumulo de fragmentos frouxos da 
camada córnea da pele. Patogênese: produção aumentada dos 
queratinócitos (associados frequentemente com as 
anormalidades do processo de queratinização). Diagnóstico 
diferencial: lesões primárias: displasia folicular, seborreia 
idiopática. Lesões secundárias: associada a inflamação crônica 
da pele 
 
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia – Dermatologia em cães e 
gatos, UFMG 
Crostas: aderência de exsudato ressecado, cera, pus, sangue 
ou medicação na superfície da pele. Lesão primaria: seborreia 
idiopática, necrose epidérmica. Lesões secundárias: em uma 
variedade de doenças de pele. 
 
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia – Dermatologia em cães e 
gatos, UFMG 
Hiperpigmentação: aumento de melanina epidermal ou dermal. 
Lesões primárias: em dermatoses endócrinas. Mudanças 
secundárias pós inflamatórias devido a uma variedade de 
doenças cutâneas.: 
 
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia – Dermatologia em cães e 
gatos, UFMG 
Comedões: folículo dilatado preenchido com corneocitos e 
material sebáceo. Patogênese: defeito de queratinização 
primária ou hiperqueratose devido a anormalidades hormonais 
ou inflamação. 
Lesão primária: acne, algumas seborreias idiopáticas, 
síndrome do comendão do Schnauzer, doenças endócrinas. 
Lesão secundária: demodicose, dermatofitose. 
 
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia – Dermatologia em cães e 
gatos, UFMG 
→ Evolução das lesões primárias ou artefatos introduzidos 
pelo paciente/fatores externos. 
Eritema 
Fissura: muito comum no nariz e coxins, ocorre bastante em 
casos de leishmaniose. 
 
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia – Dermatologia em cães e 
gatos, UFMG 
Cicatriz 
Necrose 
Colarete: resto de uma pústula ou de vesícula após o 
rompimento. Causas: infecção bacteriana (mais provável), 
doença imunomediada, reação a picada de inseto ou 
hipersensibilidade de contato. 
 
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia – Dermatologia em cães e 
gatos, UFMG 
@
tudopelavet 
 
Liquenificação: engrossamento da pele, causado por todas as 
doenças crônicas pruriginosas, associada a fricção, infecção, 
malassezia, sarna crônica... 
 
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia – Dermatologia em cães e 
gatos, UFMG 
Erosão: escavação da pele limitada à epiderme e que não 
ultrapassa a junção derme-epiderme. 
 
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia – Dermatologia em cães e 
gatos, UFMG 
Úlcera: cavitação de tamanho e forma irregulares que 
estende-se pela derme. 
 
Fonte: Cadernos Técnicosde Veterinária e Zootecnia – Dermatologia em cães e 
gatos, UFMG 
Escoriação: abrasão da pele, usualmente de origem superficial 
e traumática. 
 
Fonte: Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia – Dermatologia em cães e 
gatos, UFMG 
Dermatite das dobras cutâneas (intertrigo) 
Quando o animal possui dobras no corpo, susceptível ao 
acúmulo de umidade, um ambiente favorável à proliferação 
bacteriana. Fatores que deprimem o sistema imune também 
são importantes, predispondo ao desenvolvimento da doença. 
Lábios grandes, dobras faciais, dobras vulva (causas: 
assaduras por urina, cistite ou vaginite), caudas espiraladas, 
animais obesos.... 
Características: odor, eritema, seborreia e pode ocorrer 
prurido. O diagnóstico diferencial gira em torno de: 
piodermatite superficial, demodicose, dermatofitose e 
malassezíase. 
O diagnóstico gira em torno do histórico, achados e exclusões, 
citologia e urinálise, se for o caso. 
Dermatite piotraumática, dermatite úmida, eczema úmida 
Secundária a automutilação (prurido) 
Causas: parasitas, hipersensibilidade, doença do saco anal, 
otite externa, foliculite, trauma, dermatite de contato. 
Sinais: eritema, alopecia, transudato, erosão e dor. O 
diganóstico diferencial gira em torno de: demodicose, 
dermatofitose, piodermatite superficial. 
Diagnóstico: histórico, achados e exclusões, citologia 
(inflamação, bactérias). 
Impetigo (Dermatite pustular superficial) 
Baixa de imunidade causa demasiada proliferação das 
bactérias da pele, causando pústula e colaretes 
principalmente na parte ventral do abdômen. Predisposição 
em filhotes. 
Possíveis causas: endoparasitas, ectoparasitas, dieta 
inadequada, ambiente sujo... Sinais: pápulas, pústulas, 
colaretes, crostas na região inguinal ou axilar. Sem dor e 
prurido. 
Diagnóstico diferencial: demodicose, piodermatite superficial, 
picada de inseto, estágio inicial de sarna. Diagnóstico: histórico, 
achados e exclusões, citologia... 
 
 
@
tudopelavet 
Piodermatite superficial (foliculite bacteriana superficial) 
Ocorre infecção no folículo piloso e epiderme adjacente. Pode 
se apresentar de forma focal, multifocal ou generalizada. 
Sinais: pápulas, pústulas, escamas, crostas, colaretes, 
eritema, alopecia, prurido variável. 
Diagnóstico baseado na citologia, histopatologia e cultura. 
Diagnóstico: demodicose, dermatofitose, pênfigo foliáceo... 
- Piodermatite do queixo 
- Piodermatite bacteriana 
Piodermatite profunda 
Infecção superficial ou folicular que progride provocando 
furunculose e celulite. Pode ser focal, multifocal ou 
generalizada. 
Os sinais são: pápulas, pústulas, celulite, manchas, alopecia, 
bolhas hemorrágicas, erosões, úlceras, crostas, exsudação 
serossanguinolenta a purulenta, prurido e dor, 
linfadenomegalia. Chegando a ter septicemia: febre, anorexia 
e depressão. 
Diagnóstico diferencial: demodicose, micose, micobacteriose, 
neoplasia e dermatite auto-imune... Diagnóstico: diferencial, 
citologia, histopatologia e cultura. 
Abcesso subcutâneo por mordedura 
Inoculação de bactérias orais além das próprias bactérias da 
pele. Sinais: edema, dor, ferimento perfurante com crostas, 
secreção purulenta, febre, anorexia, depressão 
linfadenomegalia. 
Uma ferida por mordedura não deve ser suturada por 
completo. 
Dermatofitose 
Zoonose! Infecção dos pelos por fungos ceratinofílicos 
(microsporum, trichophyton). É comum em filhotes, 
imunodeficientes e gatos com pelos longos. 
Pode ser localizada, multifocal ou generalizada. Apresenta 
pouco prurido, grave quando há infecção secundária. 
Caracterizada por áreas circulares de alopecia, irregular ou 
difusa, com descamação. 
Sinais: pelos remanescentes curtos ou quebrados, eritema, 
pápulas, crostas, seborréia, paroníqua ou onivodistrofia, 
dermatite, exsudação, nódulos na derme e alopecia. Foliculite 
facial ou piodermatite nasal. 
Diferencial: cães: demodicose, piodermatite, neoplasia, 
dermatite acral por lambedra. Gatos: dermatite bacteriana, 
alopecia psicogênica, alérgica e parasitária 
Diagnóstico: lâmpada de Wood – Microsporum, Microscopia: 
pelos ou escamas em hidróxido de potássio – hifas ou 
artrosporos, histopatologia e cultura de fungos (Microsporum 
ou Trichophyton) 
Gatos necessitam associar o protocolo com tratamento 
sistêmico, o mesmo é feito com cães que não respondem ao 
proposto inicial tópico. 
Deve-se tratar todos os animais que convivem juntos, 
incluindo os que são apenas portadores, assim como realizar 
a desinfecção do ambiente. 
Malassezia 
Malassezia pachydermatis 
É natural da pele, provocando problemas quando consegue se 
proliferar sem controle. Mais comum no conduto auditivo 
externo, perianal, perioral e dobras cutâneas úmidas. 
A dermatite é causada por hipersensibilidade ao fungo ou 
proliferação exagerada. 
Está associada a atopia, alergia alimentar, endocrinopatia, 
seborreia, antibioticoterapia prolongada (acaba com a simbiose 
e competitividade, fazendo com que o fungo se prolifere 
demasiadamente) .... 
Sintomas: Cães: prurido moderado a intenso, odor, alopecia, 
escoriação, eritema, seborreia, paroníquea, otite. Em casos 
crônicos: liquinificação e hiperpigmentação. Gatos: otite, acne 
crônica no queixo, alopecia, eritema, seborreia... 
O diagnóstico é baseado no diferencial (outras causas de 
prurido), citologia, histopatologia, cultura. 
Esporotricose (micose subcutânea) 
Sporothix schenkii: fungo saprófita cosmopolita. 
Inoculação traumática de vegetais ou matéria orgânica 
contaminada. Muito comum em felinos pelo hábito de cavar 
buracos e afiar suas garras em troncos de árvores. 
 
@
tudopelavet 
É uma zoonose. Sempre usar luvas na manipulação. 
Sintomas: Cão: nódulos indolores, sem prurido podendo ulcerar 
(exsudato e crostas), Gatos: feridas que não cicatrizam, 
abcessos, celulite, nódulos crostosos, ulceras, exsudação 
purulenta e necrose. 
Diagnóstico: citologia, histopatologia, imunofluorescência e 
cultura. 
Criptococose 
Criptococcus neoformans: fungo saprófita cosmopolita, 
presente nas fezes de pombos contaminados. 
A inalação faz com que o fungo se encaminhe para cavidade 
nasal, seios paranasais, pulmões, pele, olhos, SNC... 
Sinais 
Gatos: espirros, catarro, secreção nasal, edema ou massa 
nasal subcutânea, linfadenomegalia, além de pápulas e nódulos 
que podem ulcerar na pele; 
Cães: sistema respiratório, ulceras, SNC ou ocular; 
Diagnóstico: citologia, histopatologia, sorologia, cultura fúngica... 
 Tipo I (Imediata – anafilática): 
IgE. Existe uma predileção genética à essa hipersensibilidade, 
onde há produção de anticorpos reagínicos. Ocorre uma 
reação muito rápida, ex: urticária, angioedema, anafilaxia, 
atopia, hipersensibilidade alimentar e a picada de pulga e 
algumas reações por drogas. 
- Reações de hipersensibilidade imediata de fase tardia 
Dependentes de mastócitos (infiltrados de neutrófilos e 
eosinófilos), ocorro 4-8 horas após o desafio e persistem até 
24h. 
 Tipo II (Citotoxica) 
IgM e IgG, destruição de células do próprio animal, ligação de 
anticorpos com antígenos, provocando citotoxicidade ou 
citólise. Ex: pênfigo, penfigóide e algumas erupções por 
drogas. Vai persistir enquanto tiver contato com o agente, 
evoluindo até casos graves de necrose. 
 Tipo III (Imunocomplexos) 
Presença de imunocomplexos (antígeno-anticorpo) nas 
paredes dos vasos sanguíneos, o que atrai neutrófilos que 
liberam enzimas proteolíticas e hidrolíticas que provocam 
lesão tecidual. No início pode ocorrer hipersensibilidade com 
liberação de histamina. 
Ex: lúpus eritematoso sistêmico, vasculite leucocitoclásica, 
algumas erupções por drogas e hipersensibilidade bacteriana. 
Tipo IV (mediada por células, tardia) 
Não há atuação de anticorpo. O antígeno se liga à célula 
apresentadora de antígeno (CAA), que digere o antígeno e o 
apresenta processado às células T. Com isso, há a produção 
de linfócitos T sensibilizados, que liberam linfocinas que 
causam lesão tecidual. 
Ex: hipersensibilidade de contato,hipersensibilidade à picada 
de pulga e algumas erupções a drogas. 
As reações de hipersensibilidade dos tipos I, II e III são 
imediatas, mediadas por anticorpos. Há uma curta demora, de 
minutos até algumas horas para que as lesões fiquem 
aparentes. 
A reação do tipo IV é tardia, não-mediada por anticorpos e 
demora 24-72 horas para que as lesões possam ser vistas. 
Urticária e angioedema 
Causas: pressão, luz solar, calor, exercícios, estresse, 
anormalidades genéticas e várias drogas (aspirina, ampicilina, 
tetraciclina, vit K, amitraz, doxorubicina, agentes de 
contraste, anti-soro, bacterinas, vacinas, narcóticos, aditivos 
laimentares), alimentos, picada e mordida de insetos, extratos 
alérgicos, transfusão de sangue, parasitas intestinais, 
infecções, estro, atopia, fatores psicogênicos. 
Caso agudo 
Placas com prurido (urticária), tumefações edematosas 
(angiodema), eritema sem alopecia, dispneia: faringe, laringe e 
nariz, choque anafilático, hipotermia. 
Atopia 
Doença genética. Sensibilização à antígenos ambientais via 
percutânea ou inalação, mediada por anticorpos. É classificada 
como reação de hipersensibilidade tipo I, a sensibilização 
ocorre durante os primeiros 4 meses de vida, já a idade dos 
sinais varia de 3 meses a 7 anos. 
Doenças parasitárias, infecções virais ou até mesmo vacinas 
vivas modificadas e flutuações hormonais podem aumentar a 
produção de IgE para os alérgenos ambientais. 
@
tudopelavet 
Pode-se, também, gerar piodermatite bacteriana e infecção 
por Malassezia secundária. 75% dos cães atópitos 
apresentam hipersensibilidade a picada de pulga. 
Sinais clínicos: 
- Prurido (face, patas, extremidades distais, cotovelo e 
ventre/ generalizado em 40% dos animais); 
- Sem lesão visível ou com máculas ligeiramente eritematosas; 
- Lesões por autotraumatismo, piodermite bacteriana 
secundária (foliculite, furunculose) e doença de pele 
seborréica secundária; 
- Lesões: alopecia, pigmentação salivar, pápulas, pústulas, 
pápulas crostosas, hiperpigmentação e liquinificação; 
- Placas liquineficadas, crostas ou gordura está associada a 
piodermite bacteriana secundária ou dermatite por 
Malassezia. 
Otite externa e conjuntivite ocorre em 50% dos animais 
atópicos. As piodermites bacterianas, dermatite acral por 
lambedura pode ocorrer em 68% dos casos. Seborréia em 
12%. 
Sinais não-cutâneos envolvem: rinite, asma, catarata, 
distúrbios urinários e gastrintestinais e hipersensibilidade 
anormal (ciclos estrais irregulares, baixa taxa de concepção e 
pseudoprenhez). 
O diagnóstico é demorado, deve-se avaliar a história, exame 
físico, descarte de outras doenças e então o diagnóstico 
definitivo é feito através de teste intradérmico ou sorológico. 
Os alérgenos importantes para cães são: ácaros de poeira 
doméstica, poeira doméstica, resíduos humanos, penas, paina, 
bolores, sementes, pólen, gramíneas e árvores. 
A lista de diagnóstico diferencial é enorme e envolve: 
hipersensibilidade a picada de pulga, alergia alimentar, 
escabiose, hipersensibilidade a insetos, dermatite de contato, 
hipersensibilidade a parasitas intestinais, foliculite bacteriana, 
dermatite por Malassezia... 
Critérios de Favrot 
1- três anos de idade; 
2- cão domiciliado; 
3- melhora com glicocorticoides; 
4- prurido primário; 
5- extremidades distais dos membros torácicos; 
6- condutos auditivos; 
7- pinas não afetadas; 
8- região dorsolombar não afetada. 
Se 5 desses itens obtiverem resposta positiva, há 90% de 
chance de ser atopia. 
Hipersensibilidade alimentar 
Terceira hipersensibilidade mais comum após a pulga e a 
atopia em alguns lugares, mesmo que ocupe o segundo lugar 
em possibilidade de diagnóstico sempre, devido à maior 
“facilidade” de tratamento. 
Mais comum: carne bovina, produtos lácteos, frango, trigo, 
ovos, milho e soja. 
Queixa principal: prurido (responde mal aos corticoides) com 
ampla variedade de lesões com predileção pelas orelhas, 
membros distais, axilas e virilha. 
Secundário: otite externa, seborreia, piodermite bacteriana. 
Diagnóstico: dieta hipoalergênica por 10-13 semanas (carneiro, 
peixe branco, atum enlatado em água, coelho, peru, arroz e 
batatas). 
Hipersensibilidade Parasitária 
Picada de pulga (DAPP) alergia mais comum no cão, 
principalmente 3-5 anos Dermatite pruriginosa papular. 
Prurido causa: alopecia, liquinificação, crostas e 
hiperpigmentação. 
Áreas mais acometidas: lombossacra dorsal, coxas 
caudomediais, abdome ventral e flanco. Pode ocorrer infecção 
bacteriana secundária. 
OBS: caso esteja ocorrendo otite, considerar atopia e alergia 
alimentar. 
Diagnóstico diferencial: atopia, hipersensibilidade alimentar, 
outras ectoparasitoses, piodermatite, dermatofitose e 
malassezia. 
Pode se apresentar de forma aguda ou crônica. 
Causas 
- Fatores predisponentes: conformação do ouvido, umidade, 
produção excessiva de cerumen e irritação; 
- Fatores primários: parasitas, corpos estranhos, 
hipersensibilidade, alterações de queratinização, endócrino, 
doença imunomediada/autoimune, pólipos, neoplasias; 
@
tudopelavet 
- Fatores secundários: infecção bacteriana, Malassezia, 
doença crônica, otite média, tratamento 
exagerado/inadequado/com subdoses. 
 
Fonte: http://clinipet.com/Artigo/listar/otites 
Sinais 
- Otite externa 
Prurido, dor, esfregação de orelha e cabeça, balanças de 
cabeça (orelha afetada sempre baixa), secreção, odor, 
eritema, edema, erosão, úlceras, alopecia, escoriação, 
crostas. Casos crônicos: hiperqueratose, hiperpigmentação, 
liquinificação, estreitamento (fibrose e ossificação). 
- Otite média 
Otite externa > 2 meses, orelha caída, incapacidade de 
movimentar a orelha ou lábios, sialorréia, diminuição ou 
ausência de reflexo palpebral. 
- Otite interna 
Balançar a cabeça, nistagmo, ataxia. 
Diagnóstico: histórico e sintomas, otoscopia, exame com lupa, 
citologia, cultura, radiografia e histopatologia. 
Avaliar sempre o ouvido sem sintomatologia antes. 
Um dos grandes erros no tratamento da otite é não fazer a 
citologia do ouvido, a bactéria mais comum de ser encontrada 
é o Staphylococcus (cocos), mas podem ser encontrados 
bastonetes, normalmente pseudômonas, uma bactéria 
extremamente resistente ao tratamento tópico. 
@
tudopelavet

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