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CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia → Imunologia PR1 -Reconhecimento de patógenos e resposta imune inata, - Processamento e apresentação de antígenos, - MHC, - Inflamação, - Receptores e geração de diversidade, - Orgões linfoides. Conceitos gerais: → Doença: Desordem das funções de um ou de mais orgãos. Existem fatores associados ao desenvolvimento dessas desordens, como agente infecciosos, suscetibilidade genética, estilo de vida e fatores ambientais. Existem aspectos que contribuíram para a expectativa de vida: Saneamento básico, antibióticos e vacinas. → Patogenicidade: capacidade do patógeno em causar doença no hospedeiro. → Suscetibilidade: É a vulnerabilidade em adquirir doença. → Virulência: Capacidade do patógeno de causar danos. Por exemplo: Se uma única bactéria é capaz de causar um dano muito alto, então ela é muito virulenta. → Infecção: é a invasão e multiplicação de um patógeno no organismo do hospedeiro. Pode ser sintomática ou assintomática. → Portas de entrada: Locais que os patógenos utilizam para penetrar no organismo. → Barreiras físicas do corpo: Ph, microbiota normal, muco. → Veículos: Tudo que transporta agentes patogênicos. Podem ser vivos ou inanimados. → Transmissão direta: Transmissão de um patógeno sem a necessidade de um veículo → Transmissão indireta: Transmissão de um patógeno com a necessidade de um veículo. → Sistema imunológico:Conjunto de células, tecidos e órgãos que são responsáveis por erradicar patógenos e defender o organismo. Esse sistema atua no: Reparo tecidual, reação à transplantes, combater agentes patogênicos, reação à tumores e inflamações patológicas (doenças auto-imunes e alergias) → Imunidade: Resistência às doenças. Órgãos do sistema imunológico: → Órgãos primários: onde ocorre a diferenciação das células do sistema. Os únicos órgãos são o timo – onde há a diferenciação dos linfócitos T - e a medula óssea – diferenciação das demais células → Órgãos secundários: sua organização anatômica concede a concentração de antígenos, permitindo a ocorrência da resposta imune . Como: baço, apêndice, linfonodos, amígdalas. → Antígeno: molécula, própria ou não, capaz de ser reconhecida pelo sistema imune. Não necessariamente induz uma resposta imune. → Imunógeno: Antígenos capazes de gerar uma resposta imunológica → Epítopo ou determinante antigênico: região específica do antígeno que é reconhecida pelas células da resposta imune adaptativa – linfócitos – ou pelos anticorpos. → Anticorpo ou Imunoglobulinas (Ig): proteínas plasmáticas que se ligam especificamente aos epítopos nos antígenos. São gerados em resposta a uma infecção ou a uma imunização ativa. Tipos de imunidade: → Imunidade ativa: induzida por uma infecção ou uma vacinação . O indivíduo é exposto ao antígeno e responde a fim de erradicar a infecção, nisso, desenvolve resistência a uma infecção tardia pelo mesmo antígeno . → Imunidade passiva: transferência de anticorpos ou de linfócitos a partir de um ser imunizado ativamente . É útil para uma imunidade rápida , mas não induz e nem garante resistência para a infecção. Exemplos: ● Imunidade passiva naturalmente adquirida: passagem de anticorpos via placentária e leite materno. ● Imunidade passiva artificialmente adquirida: soros antitetânico e antirrábico. ● Imunidade ativa naturalmente adquirida: infecção em si. ● Imunidade ativa artificialmente adquirida: vacinação. Ainda dentro de imunidade, temos: → Imunidade inata/ natural/ nativa: primeira defesa contra microrganismos. → Imunidade adaptativa/ específica/ adquirida: se adapta à presença dos microrganismos especificamente. Garantem uma defesa tardia. É subdividida: ● Humoral: É mediada por anticorpos produzidos pelos linfócitos B, microrganismos se estabeleçam nas células hospedeiras por meio da neutralização das toxinas liberadas e dos próprios microrganismos. ● Celular: É mediada por Linfócitos T, que atuam destruindo microorganismos intracelulares por meio da ativação dos fagócitos ou pela destruição da célula infectada. Resposta Imune Adaptativa e suas características: → Especificidade: antígenos diferentes geram respostas específicas para si. → Diversidade: o sistema imune responde a uma variedade grande de antígenos . → Memória: garante uma resposta reforçada em exposições repetidas aos mesmos antígenos. → Expansão clonal: aumento do número de linfócitos específicos para determinado antígeno a partir de um pequeno número. → Especialização: gera respostas ideais para defesa contra diferentes tipos de microrganismos. → Contração e homeostase: permite que o sistema imune responde aos antígenos recém encontrados . → Não reatividade ao próprio: o natural é que o sistema imune não reaja ao próprio organismo . Células do Sistema Imune: Existem linfócitos, células apresentadoras de antígenos e células efetoras. Todas essas linhagens celulares são sintetizadas na medula óssea. O linfócito T matura no Timo e as demais fazem a sua maturação na Medula óssea. → Linfócitos: É a única linhagem celular com receptores específicos em sua superfície. Esses receptores são denominados de CD e ajudam a diferenciar os tipos de linfócitos existentes: ● Linfócito B: Atuam na produção de anticorpos. São protagonistas da resposta HUMORAL. ● Linfócito T: Atuam reconhecendo agentes patogênicos por meio de fragmentos proteicos de antígenos. É protagonista da resposta CELULAR Tipos de linfócitos T: Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia → Linfócitos T auxiliares (CD4) ajudam os linfócitos B a produzir anticorpos e as células fagocitárias a fagocitar os microrganismos . → Linfócitos T citotóxicos (CD8) destroem as células infectadas por microrganismos intracelulares. Atuam induzindo a apoptose! Obs: Células natural killer (NK) são células que também matam células infectadas do hospedeiro, mas não expressam receptores de antígenos distribuídos clonalmente. Quando os linfócitos imaturos reconhecem os antígenos ou sinais desencadeados pelos patógenos, linfócitos específicos para o antígeno se proliferam e se diferenciam em células efetoras e em células de memória. → Células efetoras: Têm a habilidade de produzir moléculas cuja função é eliminar antígenos. As células efetoras da linhagem dos linfócitos B são células que secretam anticorpos, chamadas de plasmócitos. Já as células efetoras T auxiliares produzem citocinas que ativam os linfócitos B, os macrófagos e outros tipos de células. Ainda, as células efetoras T citotóxicas possuem mecanismos para destruir as células do hospedeiro que estão infectadas. → Células de memória: As células de memória sobrevivem por muito tempo na ausência do antígeno. Por esse motivo, a quantidade de células de memória aumenta com idade. Não possuem função efetora a não ser que sejam estimuladas pelo antígeno, sendo induzidas mais rapidamente quando encontram o mesmo antígeno que estimulou seu desenvolvimento. → Células apresentadoras de antígenos: São células responsáveis por captar antígenos e transportá-los até os órgãos imunes secundários e expor aos linfócitos. Essas células são capazes de sintetizar proteínas que ativam os linfócitos T e estimulam sua proliferação. A presença do antígeno também estimula essa proliferação de linfócitos T. Após a proliferação de linfócitos T, ocorre a diferenciação em células efetoras e células de memória. → OBS! Células dendríticas apresentam antígenos que estimulam a diferenciação de linfócitos B nos órgãos secundários. Imunidade inata ou nativa: componentescelulares, humorais e barreira física → É conhecida como a proteção inicial e imediata contra a invasão de microrganismos. A primeira linha de defesa é dada por meio de barreiras epiteliais, células e antibióticos naturais dos epitélios. Já a segunda é formada pelos fagócitos, linfócitos especializados, natural killer (NK) e algumas proteínas plasmáticas – que pertencem ao sistema complemento. Além disso, estimulam as respostas da imunidade adquirida contra os agentes infecciosos. → Componentes: As células que fazem fagocitose dos antígenos e, posteriormente, a degradação deles são as células dendríticas , macrófagos e neutrófilos. Existem, também, as células não fagocitárias NK e as proteínas do sistema complemento. → Barreiras Físicas: Barreiras epiteliais são capazes de evitar a penetração de inúmeros patógenos, dentre elas temos: → Mecânica: a existência de junções entre as células dificulta a entrada de microrganismos. O fluxo de um líquido também é importante pois impede a estabilização e fixação desses antígenos – também vale ressaltar a importância de cílios para movimentação desse líquido . → Química: o pH de determinado sítio anatômico pode contribuir para impedir a infecção na medida que cria um ambiente desfavorável para a vida do patógeno. Além disso, há proteínas que funcionam como antibióticos naturais , chamados de peptídeos antimicrobianos. → Microbiológica: a microbiota natural pode competir com antígenos por nutrientes ou pode produzir bactericidas. Além disso, fagócitos teciduais - como macrófagos, células dendríticas e mastócitos – ou células circundantes – como NK e neutrófilos. Ainda, há as proteínas do sistema complemento que também atuam na resposta imune inata. → Componentes celulares: 1) Macrófagos Possuem como precursor os monócitos e realizam a diapedese quando algum patógeno ultrapassar a barreira epitelial. O macrófago com receptor tipo Toll (TLR) fagocita o patógeno através do fagossoma que reconhecem padrões moleculares de membrana patogênica. Logo, essa estrutura se liga aos lisossomas, formando o fagolisossoma – que iniciará a destruição do antígeno sem seletividade específica por meio de enzimas do lisossoma e por ativação de espécies reativas de oxigênio. Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia 2) Neutrófilos: Célula de defesa branca (fagócito) circulante, abundante no sangue e recrutado para o local de infecção. É atraído pela produção de quimiocinas. OBS: O pus é composto de neutrófilos mortos. Na doença em que há deficiência de adesão de neutrófilos não há formação de pus. Existem doenças como a Doença Granulomatosa Crônica , em que o neutrófilo não possui enzimas e nem espécies reativas de oxigênio necessárias no processo fagocitário. Assim como a Neutropenia Congênita , em que ao longo do tratamento quimioterápico ou por infecção por dengue, pode haver a não produção de neutrófilos. 3) Células Natural Killer Célula sem especificidade, circulantes com receptores de ativação e inibição. Aos receptores de ativação, ligam-se proteínas de estresse para situações de infecção presentes na membrana de células hospedeiras já infectadas pelos patógenos, ativando as NK a produzir grânulos – chamados de perforinas e granzimas – que induzem a apoptose dessa célula. Aos receptores de inibição, ligam-se às MHC de classe I – são moléculas presentes em células nucleadas saudáveis – para que as NK não ataquem as próprias células do organismo. 4) Mastócitos São células que expressam TLR (Toll Like Receptors) para reconhecer os PAMPs – padrões moleculares associados a patógenos – presentes na superfície do antígeno. Assim, essas células são ativadas, liberando citocinas inflamatórias que estimulam a resposta alérgica e a inflamatória. 5) Proteínas solúveis São proteínas produzidas pelo fígado que circulam no sangue, reconhecendo PAMPs, cercando e se ligando na superfície de patógenos e gerando uma cascata de reações nesse local. Também atuam como opsoninas, favorecendo a fagocitose pelas células fagocitárias – macrófagos, neutrófilos e células dendríticas. Funcionam como quimiotáticos e atraem mais fagócitos, podendo, às vezes, matar diretamente o microrganismo. As proteínas solúveis podem ser do sistema complemento (C1 a C9), anticorpos naturais, colectinas, ficolinas e pentraxinas. → As proteínas do sistema complemento reconhecem os PAMPs, se ligam à superfície do patógeno, são ativadas e geram uma cascata de reação na superfície do patógeno . Por exemplo , a C3 é quebrada em C3-A - que é liberada e funciona como quimioterápico, causando inflamação – e em C3-B - que age como opsonina. A C5 sofre o mesmo tipo de lise . A cascata continua sendo ativada na superfície do patógeno, terminando com C9 que se polimeriza e forma um poro na membrana e, consequentemente, um MAC (complexo de ataque à membrana) – que desestabiliza a estrutura osmótica do patógeno, matando-o. OBS! As proteínas do sistema complemento também agem como opsoninas. → Como exemplo para a pentraxinas, há o PCR (proteína C reativa, é um marcador de resposta inflamatória) que também funciona como opsonina . Vias de ativação do sistema complemento: Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia C3A e a C5A causam inflamação e a C3B e C5B causam opsonização (favorece a fagocitose) Resposta imune Inata e o reconhecimento de patógenos: O sistema imune inato reconhece estruturas que são comuns a diversas classes de microrganismos, visto que seus receptores possuem baixo grau de especificidade. Os componentes desses receptores evoluíram para reconhecer estruturas que são essenciais para a sobrevivência e a virulência dos microrganismos. Os receptores usados pelo sistema imunológico inato para reagir contra os microrganismos e células danificadas são expressos nos fagócitos em diferentes compartimentos celulares onde os microrganismos podem estar localizados. Muitos estão presentes na superfície celular, no retículo endoplasmático (rapidamente recrutados para as vesículas fagossômicas) ou no citosol (sensores dos microrganismos citoplasmáticos). Alguns desses receptores respondem aos produtos de células danificadas e a cristais depositados em células e tecidos. Os receptores para PAMP (padrões moleculares associados à patógenos) e DAMP (padrões moleculares associados a danos) pertencem a várias famílias de proteínas. PAMP e DAMP são moléculas produzidas pelas células humanas danificadas/envelhecidas associadas a qualquer estresse que a célula esteja sujeita, estimulando a imunidade inata. → Receptores tipo TOLL Os TLR, isto é, receptores do tipo toll, são homólogos a uma proteína da Drosophila, chamada Toll, que foi essencial para a proteção das moscas contra as infecções. Muitos TLR (receptor tipo toll) estão na superfície celular, onde reconhecem os produtos dos microrganismos extracelulares, e os outros estão nos fagossomas. Ambos ativam vias de sinalização intracelular, estimulando a produção de citocinas, enzimas e outras proteínas antimicrobianas. Entre os fatores de transcrição ativados pelo TLR estão o NF-Kb – promove a expressão de várias citocinas e moléculas de adesão – e os fatores de resposta ao interferon (IRF – fatores regulatórios de interferon) – estimulam a produção das citocinas antivirais como IFN-1 -, Este resumo não substitui aleitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia havendo a ativação de resposta inflamatória e antiviral. Diferentes receptores reconhecem diferentes componentes dos microrganismos como PAMPS e DAMPS. O TLR-2 reconhece vários lipoglicanos bacterianos; os TLR-3, TLR-7 e TLR-8 reconhecem ácidos nucleicos virais; o TLR-4 reconhece LPS (endotoxina); o TLR-5, reconhece flagelina; e o TLR-9, oligonucleotídios CpG, que são mais abundantes no DNA microbiano. Com a ligação dos receptores tipo Toll a antígenos ativa-se a produção de citocinas, enzimas e outras proteínas com funções antimicrobianas. Entre os mais importantes fatores de transcrição ativados pelos sinais dos TLR estão o NF-κB, que promove a expressão de várias citocinas e moléculas de adesão; e os fatores de resposta ao interferon (IRF – fatores regulatórios de interferon), que estimulam a produção das citocinas antivirais (interferons tipo 1). → Receptores tipo NOD Os NLR, receptores do tipo NOD, são uma grande família de receptores citosólicos que detectam DAMP e PAMP no citoplasma. Todos os NLR compartilham um domínio chamado NOD (domínio de oligomerização nucleotídica). Alguns NLR reconhecem uma ampla variedade de substâncias e utilizam um mecanismo de sinalização especial. Um dos NLR mais bem caracterizados é denominado NLRP-3 (família do receptor tipo NOD, domínio de pirina contendo 3). Esse detecta a presença de produtos microbianos, substâncias que indicam dano e morte celulares (ATP, cristais de ácido úrico derivados de ácidos nucleicos e alterações no íon potássio) e substâncias endógenas em quantidades excessivas. O NOD-2 é específico para peptídeos bacterianos no citosol. Ele ativa o fator de transcrição NF-κB, mas não sinaliza através do inflamassoma. OBS: Alguns polimorfismos do gene NOD2 estão associados à doença intestinal inflamatória. → Receptor tipo RIG O RIG é outro receptor intracelular que reconhece DNA viral. → Receptor tipo Lectina Reconhecem carboidrato e são específicos para glicanos fúngicos (receptores de lectinas) e para resíduos de manose terminal (receptores de manose); eles estão envolvidos na fagocitose de fungos e bactérias e em respostas inflamatórias. → Tipo Scavenger Reconhecem PAMPS e ativam fagocitose. OBS! Defeitos em cada um desses receptores causam maior suscetibilidade a patógenos. OBS! Receptores de Reconhecimento de Padrões (PRR): participam do reconhecimento de PAMPs no Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia meio intracelular (citoplasma da célula). Estão em diferentes compartimentos celulares. São dois grupos: receptores tipos NOD e RIG. → Inflamassoma Após o reconhecimento dessas substâncias variadas, o NLRP-3 oligomeriza-se com uma proteína adaptadora e uma forma inativa da enzima caspase-1. A caspase-1 é ativada e gera a IL-1β (interleucina) biologicamente ativa. A IL-1 induz inflamação aguda e causa febre; daí o nome domínio de pirina na proteína NLRP-3 (do grego, pyro = queimar). Esse complexo citosólico de NLRP-3, proteína adaptadora, e a caspase-1 é conhecido como inflamassoma. OBS: Mutações de ganho de função no inflamassoma são a causa de síndromes autoinflamatórias. A gota, uma doença nas articulações, é causada pela deposição de cristais de urato e produção de IL-1β. Em alguns casos de aterosclerose e na diabetes tipo 2 associado à obesidade, a IL-1 produzida no reconhecimento de lipídios pode contribuir para a resistência à insulina. → Resposta inflamatória e iniciação de resposta adaptativa Para falar de resposta inflamatória, devemos falar de citocinas. Em resposta aos patógenos, as células fagocitárias secretam citocinas, que são proteínas ou glicoproteínas secretadas por células da resposta imune, que fazem comunicação celular e possuem efeito de quimiocinas (atraem células). A maioria delas são chamadas, por convecção, de interleucinas (IL). Na imunidade inata, as principais fontes de citocinas são as células dendríticas e os macrófagos ativados. O reconhecimento de componentes microbianos, como o LPS, ou de moléculas virais pelos TLR e outros sensores é um estímulo para a secreção de citocinas. OBS! Na imunidade adquirida, uma fonte muito importante na secreção de citocinas são os linfócitos T auxiliares. → Tipos de ações das citocinas: → Autócrinas: A citocina liberada atua na própria célula que sintetizou. → Parácrinas: A citocina liberada atua numa célula vizinha. → Endócrinas: A citocina liberada cai na corrente sanguínea e atua numa célula distante. → Tipos de citocinas inflamatórias Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia → Resposta Inflamatória: As principais reações do sistema imune inato para eliminar microrganismos são a resposta inflamatória aguda e os mecanismos de defesa antiviral. Bactérias extracelulares e fungos são combatidos pela resposta inflamatória aguda (neutrófilos e monócitos são recrutados pelo sistema complemento). Já a defesa contra bactérias intracelulares é mediada por macrófagos (ativados por TLR e citocinas). A inflamação é uma reação tecidual que rapidamente envia mediadores da defesa do hospedeiro ao local acometido. O processo consiste em recrutamento de células, o vazamento de proteínas plasmáticas por meio dos vasos sanguíneos, ingestão de microrganismos, material morto por fagócitos e destruição dessas substâncias potencialmente prejudiciais. Os sintomas característicos são dor, rubor, tumor, calor e perda de função. De maneira geral: Pamp ou damp → macrofagos, células dendrticias, celulas epiteliais → citocinas inflamatórias (TNF, IL-1 e IL-6) → ativação de células endoteliais. → Recrutamento de fagócitos aos locais de infecção e dano tecidual: Se um patógeno entra no tecido subepitelial, os macrófagos residentes reconhecem e produzem citocinas como TNF e a IL-1, que atuam no endotélio de vênulas. Essas citocinas estimulam as células endoteliais para que expressem moléculas de adesão chamadas de selectinas. Os neutrófilos e os monócitos circulantes expressam carboidratos de superfície que se ligam às selectinas. Os neutrófilos ligam-se ao endotélio, o fluxo de sangue destrói essa ligação e a ligação se forma novamente mais adiante – caracterizando o rolamento dos leucócitos. Os leucócitos expressam outras moléculas de adesão chamadas de integrinas, que estão presentes em um estado de baixa afinidade nos leucócitos não ativados. Macrófagos teciduais produzem quimiocinas, que se ligam na superfície das células endoteliais, sendo apresentadas aos leucócitos que estão rolando pelo endotélio. Essas quimiocinas estimulam o aumento na afinidade das integrinas dos leucócitos pelo endotélio que, devido a ação estimulantes do TNF e da IL-1, começam a expressar os ligantes para as integrinas. A forte interação das integrinas aos seus ligantesinterrompe o rolamento dos leucócitos, os quais começam a migração entre as células endoteliais, através da parede do vaso, seguindo as quimiocinas até o local da infecção. O TNF faz com que os capilares se tornem permeáveis. Sequência de eventos que garantem a migração dos leucócitos para os tecidos inflamados (CAI EM PROVA) 1) rolamento mediado pelas SELECTINAS (células de adesão) 2) Ativação das INTEGRINAS pelas quimiocinas 3) ADESÃO estável mediada pelas INTEGRINAS 4) TRANSMIGRAÇÃO de leucócitos (mesma coisa que diapedese) → Fagocitose e destruição dos microorganismos A membrana dos fagócitos engloba o patógeno e a partícula é internalizada em uma vesícula chamada de fagossoma. Essa vesícula se funde ao lisossoma, formando os fagolisossomas. O fagócito, então, recebe sinais de receptores que ativam enzimas no fagolisossoma. Uma dessas enzima é a oxidase fagocitária, que converte o oxigênio molecular a espécies reativas de oxigênio (ROS), tóxicas aos microrganismos. Além dessa, outra enzima chamada de óxido nítrico sintase induzida (iNOS), que catalisa a conversão da arginina em óxido nítrico (ON), que é microbicida. Fora as proteases lisossômicas, que quebram as proteínas de membrana dos microrganismos. → Defesa antiviral Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia IFN do tipo 1 induzem a resistência a infecção e replicação virais no estado antiviral. Uma fonte importante dessas citocinas é as células dendríticas. Quando IFN-1 é secretado, eles se ligam ao seu receptor em células não infectadas adjacentes. Então, são ativadas vias de sinalização que inibem a replicação viral e destroem genomas virais. A IFN-1 aumenta a capacidade das NK. Além disso, para infecções virais na imunidade inata, predomina a apoptose de células infectadas, eliminando o reservatório da infecção. → Estímulo à resposta imune adquirida A resposta imune inata gera moléculas que emitem sinais, além dos antígenos, que são necessários para ativar os linfócitos T e B imaturos. As células dendríticas aumentam a expressão de moléculas de superfície chamadas de coestimuladores, que se ligam a receptores nas células T imaturas, ativando-as. Essas células dendríticas, juntamente aos macrófagos, secretam citocinas como IL-12, IL-1, e IL-6, que estimulam a diferenciação das células T imaturas. Microrganismos no sangue ativam o sistema complemento que, por sua vez, estimula a ativação das células B e a produção de anticorpos. - Complexo de histocompatibilidade, processamento e apresentação de antígenos São células apresentadoras de antígenos os macrófagos, as células dendríticas e os linfócitos B. Elas são responsáveis por fagocitar, processar e apresentar o antígeno. OBS! As células dendríticas apresentam o antígeno para os linfócitos T imaturos, ativando-os. Enquanto o macrófago e o linfócito B apresentam para os linfócitos T efetores. → COMPLEXO DE HISTOCOMPATIBILIDADE (MHC ou HLA – Antígeno Leucocitário Humano) Há conjunto de genes que codificam proteínas expressas na superfície da célula – essas proteínas, responsáveis pela apresentação de antígenos, são chamadas de MHC. São divididas em duas grandes classes: Classe I e Classe II. Estruturalmente, as de classe I possuem apresentam uma cadeia alfa polimórfica e as de classe II, cadeias alta e beta polimórficas. Já com relação às células que as possuem: apenas células nucleadas possuem MHC de classe I – logo, as hemácias não possuem – enquanto, as MHC de classe II só estão presentes na membrana das APCs (células Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia apresentadoras de antígeno como macrófagos, células dendríticas e linfócitos B). OBS! As APCs, como são nucleadas, possuem tanto MHC de classe I quanto de classe II. MHC de classe I tem uma cadeia polifórmica, tem estrutura tridimensional com peptídeo na ponta e está presente em todas nucleadas. MHC de classe II são duas cadeias, uma alfa e uma beta. Essas cadeias são extremamente polifórmicas (diversas formas), ou seja, tem genes diferentes para diferentes formas e cada forma vai se ligar a uma proteína diferente. A classe II estão presente nas células apresentadoras de antígeno. O MHC é poligênico (mais de 2 genes expressam a mesma característica), polimórfico (um único gene possui alelos diferentes, garantindo variação genética) e possuem sua expressão codominante (seus genes são expressos em conjunto). A vantagem é aumentar a diversidade dessas proteínas para poder, consequentemente, para apresentar antígenos diferentes. Logo, a desvantagem é o aumento das chances de rejeição nos transplantes. OBS! As moléculas de MHC só se ligam a peptídeos. Tipos do MHC: 3 tipos de MHC de classe I (HLA-A, HLA-B e HLA-C) 3 tipos de MHC de classe II (HLA-DR, HLA-DP e HLA-DQ). O máximo que uma célula (APC) de uma pessoa pode ter é 12 tipos de MHC diferentes, visto que pode receber, no máximo, 6 tipos da mãe e 6 tipos do pai – sem contar as possíveis recombinações. → VIAS DO PROCESSAMENTO E APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS VIA DE CLASSE I Uma célula nucleada é infectada. As proteínas do antígeno são degradadas por um complexo protéico chamado de proteassoma, lançando peptídeos no citoplasma. Esses peptídeos são transportados para dentro do retículo endoplasmático pelo TAP (complexo enzimático responsável por esse transporte), onde está sendo formado a molécula de MHC de classe I. Lá, o peptídeo se une a molécula e esse complexo é deslocado para a superfície da célula para poder apresentar aos linfócitos T citotóxicos, estimulando a apoptose da célula infectada. VIA DE CLASSE II A APC faz fagocitose do antígeno que sofre processamento no fagolisossoma, sendo degradado. A molécula de MHC, formada no retículo endoplasmático, se une ao fagolisossoma. Nesse momento, os peptídeos do antígeno se ligam a molécula de MHC de classe II, emergindo na superfície da célula para ser apresentada para o linfócito T auxiliar. OBS: Caso a APC que tenha apresentado o antígeno for um macrófago ou um linfócito B, as células que reconhecerão a molécula serão os linfócitos T auxiliares efetores. Caso for uma célula dendrítica, o antígeno será reconhecido por um linfócito T auxiliar imaturo. → APRESENTAÇÃO CRUZADA Quando uma célula dendrítica, que não está contaminada visto que faz fagocitose, ativa a via de classe I. Isso é feito pela exocitose do antígeno do fagolisossoma, lançando-o no citoplasma. A partir desse momento, segue a via de classe I, até a exposição do antígeno pela molécula de MHC aos linfócitos T citotóxicos imaturos. Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia No caso das células dendríticas, há a ativação de linfócitos T auxiliares imaturos pela via de classe II e de linfócitos T citotóxicos imaturos pela via de classe I. → Reconhecimento antigênico dos linfócitos B e T - TCR e BCR Os linfócitos B e T são células que pertencem ao sistema imune adquirido e cada uma terámecanismos diferentes para reconhecer o antígeno no corpo. Os linfócitos B, por ser uma APC, não precisa ser ativada por outra célula – por meio da MHC - quando entra em contato com o antígeno. Seu próprio receptor para reconhecimento de antígenos é chamado de BCR, reconhecendo lipídeos, carboidratos, ácidos nucléicos, substâncias simples e proteínas. Já os linfócitos T, sejam eles imaturos ou não, precisam ser ativados pelas APC – células dendríticas, macrófagos e linfócitos B -, logo, dependem da molécula de MHC das APC. O receptor que irá reconhecer o antígeno ou o epítoco está presente na sua membrana e é chamado de TCR, sendo que apenas reconhecem peptídeos. Existem moléculas que ficam na membrana desses linfócitos e auxiliam a transdução do sinal, pois possuem prolongamentos em suas cadeias estruturais que são maiores que as do próprio receptor dessa célula. As moléculas Ig beta e Ig alfa estão presentes nos linfócitos B – fazem parte do complexo BCR - e CD3 e cadeia zeta, nos linfócitos T – fazem parte do complexo TCR. Nos linfócitos B, a transdução do sinal quer sinalizar ao núcleo para iniciar a síntese de anticorpos e nos linfócitos T, a transdução quer interferir na expressão gênica para estimular a transcrição de RNAm que possua a característica de produzir citocinas ao ser traduzido nos ribossomos. → Estrutura dos anticorpos A estrutura do anticorpo é semelhante às moléculas do BCR. Há, basicamente, duas regiões na molécula de anticorpo: a região Fab – responsável pela especificidade do antígeno a que ele vai se ligar (= sítio de ligação ao antígeno) e a região Fc – responsável pela diferenciação do tipo de classe a qual o anticorpo pertence e, consequentemente, sua função efetora. OBS: A extremidade da porção Fab do anticorpo é variável, determinando qual antígeno ele vai se ligar. Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia A primeira Ig a ser produzida numa infecçao é a igM. Em seguida, passa-se a produzir mais igG, pq a igG tem mais afinidade e mais funções de combate ao patógeno do que o IgM. Afinidade do anticorpo é diferente de especificidade. A afinidade diz respeito a força de tensão entre o anticorpo e o antígeno. TCR nao reconhece um antígeno solúvel. So reconhece peptideos ligados ao sistema mhc. O linfocito T tambem tem ptns acessórias, que são chamados de CD3 e cadeia zeta que são responsáveis para fazer a transdução de sinal. Um defeito nessas moléculas acessórias a gente não consegue levar a informação para o núcleo da célula, ou seja, não tem a ativação da célula (não se transforma em célula efetora) o TCB reconhece lipídios, carboidratos, ac nucleicos A molécula de imunoglobulina tem formato de Y. composta por duas cadeias pesadas e duas cadeias leves. Existem 5 tipos de anticorpos IgA, IgG, IgM, IgD, igE. O antígeno vai se ligar na ponta do Y, que é chamada de região variável. Existe, ainda uma região Porção FAB → Porção onde o antígeno se liga As regiões variáveis estão presentes na porção fab regiões hipervariáveis: complementar à estrutura do antígeno - Tecidos Linfóides, maturação e desenvolvimento do linfócito T e linfócito B - 17/04/2020 - Microsoft Teams Órgãos linfóides primários: Local de origem e/ou maturação dos linfócitos: - Medula óssea - Timo - Fígado fetal (somente durante a vida intra uterina) - Existem precursores Mieloides, que vão dar origem a neutrófilos, eosinófilos, ou seja, células da imunidade inata. - Existem precursores linfóides, que vão dar origem aos linfócitos. Quanto à produção e amadurecimento dos linfócitos, podemos dizer que no caso da célula B, acontece na medula óssea (bone marrow). No caso da célula T a produção acontece na medula óssea e o amadurecimento no timo. Órgãos linfóides secundários: Local de encontro dos linfócitos com o antígeno: - Linfonodos - Baço - Tecidos Linfóides associados às mucosas Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia São tecidos onde os linfócitos se encontram com antígenos estranhos carreados pelas células dendríticas e geram uma resposta imune. No baço, em particular, há o encontro com antígenos circulantes no sangue devido a hemocaterese – remoção de hemácias velhas. Os linfonodos constituem em pequenas estruturas que por expansão clonal dos linfócitos B e T em situações de infecção ficam inchados. É nessas estruturas que circula a linfa, a qual é um filtrado do líquido intersticial. Os tecidos linfóides associados às mucosas estão presentes nas placas de Peyer (órgão linfóide secundário) e intestino. No timo, estrutura do mediastino anterior, na qual cada um dos dois lobos é dividido em lóbulos há linfócitos imaturos (timócitos) no córtex dos lóbulos e que se maturam ao longo da migração para a medula dos lóbulos. A distribuição diferente de células no córtex demonstra a eliminação por não geração de receptor de antígenos. → Anatomia geral dos órgãos linfóides periféricos → Anatomia do Timo - Mediastino anterior - Possui dois lobos - Cada lobo é dividido em múltiplos lóbulos e cada lóbulo é dividido em córtex e medula - Corpúsculos de Hassal → Desenvolvimento dos linfócitos O desenvolvimento dos linfócitos a partir de células-tronco da medula óssea envolve progenitores hematopoiéticos para a linhagem celular B e T. O processo consiste na proliferação das células progenitoras, o rearranjo e a expressão de genes de receptores antigênicos, e eventos de seleção para identificar e expandir as células que expressam os receptores antigênicos potencialmente úteis. Alguns fatores são essenciais para a maturação, tais como: → A ativação de vários fatores de transcrição específicos da linhagem e maior acessibilidade dos genes de Ig e TCR para a posterior recombinação genética; → A proliferação dos linfócitos em desenvolvimento (expansão clonal) para garantir um número adequado de células disponíveis para expressar receptores funcionais e mature em linfócitos competentes. A interleucina-7 (IL-7) consiste no fator de crescimento que estimula a proliferação expansiva de linfócitos antes de expressarem receptores de antígenos e após a montagem de um receptor de pré-antígeno. → Os pontos de verificação para que somente as células com receptores antigênicos intactos e funcionais sejam selecionadas para sobreviver e proliferar. Em casos de falha, haverá morte por apoptose. Células T imaturas são selecionadas para reconhecer as moléculas de MHC próprias no timo. Para a maturação dos linfócitos é necessário então que existam pontos de controle para evitar erro na formação de linfócitos funcionais. Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia - 1º ponto de controle: A maturação de linfócitos se inicia a partir da expressão de uma cadeia de receptores de pré-antígenos por células pró-B/T (cada linhagem tem sua expressão característica), caso essa expressão seja errada há morte programada dessas células (apoptose). - 2º ponto de controle: Após o 1º ponto de controle, as células pré-B/T precisam expressar receptores completos. Dessa forma, há um teste com antígenos próprios do indivíduo – se reconhece significa que tem erro esofre apoptose. - 3º ponto de controle: Por último é testado o grau de reconhecimento do antígeno. Caso o grau seja forte demais a célula também é descartada para que se evite o reconhecimento de antígenos próprios, mas ainda assim reconhece fortemente o antígeno patogênico. Quando o linfócito sobrevive aos três pontos de controle, ou seja, se houver seleção positiva, ele vira então uma célula B ou T efetora/madura. Além disso, a recombinação de antígenos gera diversidade de receptores, os quais são mais específicos para cada antígeno. As proteínas RAG 1 e RAG 2 ativam a recombinação de antígenos pela codificação de BCR → Linfócito B No caso do linfócito B, a maturação pode ocorrer tanto mais cedo no fígado fetal – linfócitos B1 – quanto mais tardiamente na medula óssea – linfócito B (B2). A maioria das células B maduras é chamada de células B foliculares (encontradas em linfonodos e folículos do baço). As células da zona marginal B, que são encontradas nas margens dos folículos do baço, desenvolvem-se a partir dos mesmos progenitores das células B foliculares. As células progenitoras da linhagem B proliferam, dando origem a um grande número de precursores de linfócitos B, chamados de células pró-B. Estas células logo começam a rearranjar genes de Ig, inicialmente no locus de cadeia pesada. A cadeia μ e a cadeia leve sub-rogada (cadeias mais leves) associam-se e formam o complexo receptor da célula pré-B (pré-BCR). O pré-BCR montado fornece sinais que promovem a sobrevivência e a proliferação das células da linhagem B. Nesse momento ocorre o primeiro ponto de controle do desenvolvimento das células B, onde todas as células pré-B que expressam corretamente os genes funcionais (cadeia pesada μ funcional) são selecionadas e expandidas. O linfócito B que expressa IgM é uma célula imatura B. Em seguida, a maturação pode ocorrer na medula óssea ou após a célula deixar a medula óssea e entrar no baço. A capacidade de o linfócito B responder a antígenos desenvolve-se juntamente com a coexpressão de IgM e IgD, mas a razão pela qual ambas as classes de receptor são necessárias não é conhecida. A célula IgM+IgD+ é a célula B madura, capaz de responder aos antígenos nos tecidos linfoides periféricos. Há ainda um mecanismo de edição de receptor, que consiste numa segunda chance de correção de um receptor que reconhece antígeno próprio. Se uma célula imatura B liga-se um antígeno multivalente (próprio) na medula óssea com elevada afinidade, pode submeter-se a uma recombinação gênica, alterando a especificidade do receptor de antígenos → Linfócito T Antes da maturação, consiste em um timócito, ou seja, não apresenta TCR, nem CD4+ ou CD8+ (duplo negativo). Cerca de 95% dos timócitos são eliminados ao longo do processo de maturação, o qual é realizado no sentido córtex-medula no timo. Essas células se expandem em número principalmente sob a influência da IL-7 produzida no timo A recombinação do gene TCR β é o ponto principal para a formação do complexo pré-TCR de células pré-T. Se a cadeia TCR completa não é produzida em uma célula pró-T, esta célula morre. As células sobreviventes expressam TCR completo e ambos os correceptores CD4 e CD8, e essas células são chamadas de células T duplo-positivas. Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia Dessa forma, a definição da tipagem do linfócito T vai depender do tipo de MHC que entra em contato. Caso entre em contato com MHC de classe I, perde a molécula CD4+ e se torna um linfócito TCD8+ efetor (citotóxico). Caso entre em contato com MHC de classe II, perde a molécula CD8+ e se torna um linfócito TCD4+ efetor (helper/auxiliar). Essas células T que emergem (seleção positiva) após essa etapa são células T único-positivas. Se não ocorre reconhecimento de peptídeos carreados pelos MHC’s a célula sofre apoptose em vista da falha na seleção positiva. As células T imaturas duplo-positivas cujos receptores reconhecem fortemente o complexo peptídeo-MHC no timo passam por apoptose. Esse é o processo de seleção negativa, e serve para eliminar os linfócitos T que poderiam reagir de maneira perigosa contra proteínas próprias que estão presentes no timo. Ao longo do processo, os timócitos são apresentados a antígenos próprios das células do epitélio e medula tímica, nos pontos de controle. OBS: As células epiteliais da medula tímica estimulam o reconhecimento forte por receptores para antígenos patogênicos da periferia, através da expressão do gene AIRE. Esse gene permite, então, a apresentação de proteínas extra-tímicas (de diversos órgãos periféricos) às células do timo e, havendo reconhecimento forte a célula, esta é eliminada antes de chegar à periferia. Na deficiência do gene, linfócitos T autorreativos não sofrerão apoptose e o paciente passa a sofrer com doenças auto-imunes. → Imunidade mediada por linfócitos T, reconhecimento de antígenos e coestimulação - Via Teams (Cópia do VH) O principal papel dos linfócitos T é na imunidade mediada por células (CMI), que fornece defesa contra várias infecções causadas por microrganismos intracelulares. Os microrganismos geralmente são englobados por fagócitos na imunidade inata, mas alguns desses seres desenvolveram uma resistência às atividades microbicidas dos fagócitos. Alguns desses microrganismos fagocitados podem penetrar no citosol das células infectadas e multiplicar-se, utilizando os nutrientes das células infectadas. Além da CMI, os linfócitos T atuam na defesa contra microrganismos que se reproduzem fora das células. A especificidade das células T varia de acordo com os peptídeos exibidos pelas moléculas de MHC. → Etapas das respostas de células T Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia Os linfócitos T virgens reconhecem antígenos nos órgãos linfoides periféricos, o que estimula a sua proliferação e diferenciação em células efetoras e de memória, e as células efetoras são ativadas pelos antígenos em tecidos ou órgãos linfoides periféricos. As etapas de respostas dos linfócitos T virgens na CMI resultam na proliferação de células T antígeno-específicas e na conversão de células T virgens em células efetoras ou células de memória. Uma das primeiras respostas é a secreção de citocinas, que estimulam a expansão clonal de células T. Alguns linfócitos ativados sofrem um processo de diferenciação, que resulta na conversão de células T virgens em células T efetoras pela apresentação de peptídeos do antígeno por moléculas de MHC na superfície de APC’s, as quais entram na circulação e migram para qualquer local de infecção para erradicá-la. Algumas das progênies das células T que proliferaram em resposta ao antígeno se desenvolvem em células T de memória, com vida longa, funcionalmente inativas e circulam prontas para responder com rapidez a repetidas exposições ao mesmo microrganismo. → Reconhecimento do antígeno Para que as respostas das células T se iniciem, é preciso que vários receptores dessas células reconheçam os ligantes situados nas APC. Reconhecimento de peptídeos associados ao MHC: O receptor das células T para antígenos (TCR) e o correceptor CD4 ou o CD8 reconhecem o complexo formado por antígenos peptídicos e moléculas do MHC nas APC. O reconhecimento produz o 1º sinal para a ativação das células T. Ao mesmo tempo que o TCR está reconhecendo o complexo peptídeo-MHC, a CD4 reconhece a molécula do MHC classe IIe a CD8 reconhece a molécula classe I. Os sinais bioquímicos que levam à ativação das células T são desencadeados por um conjunto de proteínas que se liga ao TCR e também pelo co receptor CD4 ou CD8. O TCR é, então, associado não covalentemente com um complexo de moléculas de sinalização de transmembrana, incluindo três proteínas CD3 e uma proteína chamada cadeia ζ. Há também as proteínas B7 na superfície de APC’s, reconhecidas por um receptor chamado CD28, na superfície de células T que realiza juntamente à CD4 e CD8 a transdução do sinal sem complexo TCR. Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia Papel das moléculas de adesão na ativação das células T: As moléculas de adesão localizadas na superfície das células T reconhecem seus ligantes na superfície das APC e estabilizam a ligação das células T com as APC para que o limiar de sinalização necessário seja alcançado. Isso acontece como modo compensatório à baixa afinidade aos complexos peptídeo-MHC pelos TCR. A presença de moléculas de adesão configura o 2º sinal para a ativação de células T. Essas moléculas de adesão na superfície das células T são geralmente moléculas denominadas integrinas, tal como a LFA-1 associada a função dos leucócitos, cujo ligante na APC é a molécula ICAM-1. Papel da coestimulação na ativação das células T: O reconhecimento de coestimuladores presentes na superfície das APC aumenta a afinidade da LFA-1. As integrinas também controlam posteriormente a migração de células T efetoras e leucócitos da circulação aos locais de infecção. A coestimulação assegura que os linfócitos T virgens não sejam ativados por substâncias danosas ou por antígenos próprios, pois, só os microrganismos estimulam a expressão dos co estimuladores B7 na superfície das APC. Outras moléculas que participam das repostas das células T consiste no ligante CD40L, presente na superfície das células T ativas e na CD40, localizada na superfície das APC. As moléculas intensificam de modo indireto a ativação das células T. Há as moléculas chamadas de adjuvantes, que induzem a expressão de coestimuladores na APC e estimulam as APC a secretar citocinas como a IL-12, que ativam as células T. A maioria dos adjuvantes é composta de produtos microbianos ou de substâncias que imitam os microrganismos. Estas se ligam a receptores como os do tipo Toll. Assim, os adjuvantes enganam o sistema imunológico como na resposta aos antígenos proteicos purificados em uma vacina. Receptores inibitórios das células T: Os protótipos dos receptores inibitórios são CTLA-4, os quais, reconhecem B7 e B7 nas APC, no lugar das moléculas CD28; e PD-1, que reconhece ligantes diferentes. Estímulo para a ativação de células T CD8+: A ativação das células T CD8+ é estimulada pelo reconhecimento dos peptídeos associados ao MHC classe I e requer coestimulação e/ou células T auxiliares. A célula TCD8+ também requer que antígenos citoplasmáticos de uma célula sejam apresentados de maneira cruzada pelas células dendríticas. As células T CD4+ podem produzir citocinas ou moléculas de membrana que auxiliam na ativação das células T CD8+. Em pacientes HIV positivos, a morte de células T CD4+, impede a ativação total de células T CD8+. → Vias Bioquímicas da ativação Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia Ao reconhecer os antígenos e os coestimuladores, as células T expressam proteínas envolvidas na proliferação, na diferenciação e nas funções efetoras das células. As vias bioquímicas que ligam o reconhecimento de um antígeno às respostas das células T consistem na ativação de enzimas, no recrutamento de proteínas adaptadoras e na produção de fatores de transcrição ativos. A região de contato entre a APC e a célula T é chamada de sinapse imunológica. Muitas moléculas efetoras e citocinas podem ser secretadas através dessa região. Proteínas de sinalização da transmembrana associadas ao TCR, incluindo o CD3 e cadeias ζ, contêm fatores de ativação de imunorreceptores via tirosina (ITAM), essenciais para a sinalização. → Respostas funcionais das células T aos antígenos e à co estimulação - Secreção de citocinas e expressão de receptores de citocinas: Em resposta ao antígeno e coestimuladores, as células T CD4+, secretam citocinas. A ativação aumenta a capacidade das células T de responder a IL-2, por meio da expressão do receptor de alta afinidade para a IL-2. A IL-2 também é essencial para a manutenção de células T reguladoras para controlar as respostas imunes). - Expansão clonal: Os linfócitos T ativados pelos antígenos e a coestimulação começam a proliferar dentro de 1 ou 2 dias, resultando na expansão dos clones específicos para o antígeno. Essa expansão fornece rapidamente uma grande população de linfócitos antígeno-específicos da qual podem ser geradas células efetoras para combater a infecção. A magnitude da expansão clonal é notável, principalmente em relação às células T CD8+. Consiste no 3º sinal da ativação das células T. - Diferenciação em células T efetoras: Uma parte das células T que sofreram expansão clonal diferencia-se em células efetoras cuja função é erradicar as infecções. Esse processo de diferenciação resulta de alterações na expressão de genes (ativação de genes que codificam citocinas para células T CD4+, ou de genes que codificam proteínas citolíticas para CTL CD8+). OBS: A função dos CTL é destruir as células que produzem antígenos microbianos citoplasmáticos. Células efetoras da linhagem auxiliar CD4+ funcionam para ativar fagócitos e linfócitos B. Estão em subgrupos denominados Th1, Th2 e Th17. Algumas das células T CD4+ helper migram para os folículos linfoides nos órgãos linfoides, onde permanecem para ajudar as células B. - Desenvolvimento da memória nos linfócitos T: Uma parte dos linfócitos T ativados por antígenos diferencia-se em células T de memória de vida longa. As células de memória sobrevivem mesmo após a infecção ter sido erradicada. Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia As células de memória precisam de sinais enviados por certas citocinas, como a IL-7. Não se sabe os fatores que determinam se os linfócitos irão se diferenciar em células efetoras ou de memória. Um subgrupo de células T de memória, chamadas de células de memória central, povoa os tecidos linfoides e são responsáveis pela rápida expansão clonal na reexposição ao antígeno. As células de memória efetoras, localizam-se na mucosa e em outros tecidos periféricos e medeiam as funções efetoras rápidas. → Migração dos linfócitos T na CMI Células T imaturas devem migrar entre sangue e órgãos linfoides secundários. Após serem ativadas devem migrar preferencialmente para p local de infecção para matar microrganismos. Essa migração é controlada pelas selectinas, integrinas e quimiocinas (com expressão seletiva de moléculas de adesão). → Mecanismos efetores da imunidade celular (Que Darwin abençoe o VH, o chico bento da med estácio) As respostas imunes mediadas por células começam pela ativação de células T virgens que proliferam e se diferenciam em células efetoras. Essas células T efetoras eliminam os microrganismos associados a células,com frequência agindo em cooperação com macrófagos e com outros leucócitos. - Reações imunológicas mediadas por linfócitos T As diferentes classes de células T diferem quanto à localização celular dos microrganismos por elas reconhecidos e à natureza das reações por elas evocadas. As células T auxiliares CD4+ reconhecem antígenos de microrganismos em vesículas fagocitárias e secretam citocinas que recrutam outros leucócitos para fagocitar microrganismos. As células T citotóxicas CD8+ (CTL) reconhecem antígenos de microrganismos que estão presentes no citosol e matam qualquer célula infectada contendo proteínas microbianas no citosol ou no núcleo, eliminando os reservatórios celulares de infecção. As células T virgens são estimuladas por antígenos microbianos apresentadas pelas APC’s nos linfonodos e no baço, dando origem a células T efetoras. As células T efetoras diferenciadas, conforme sinais gerados pelos PAMPS dos antígenos, migram então para o local da infecção. Nesses locais, os fagócitos que ingeriram os microrganismos apresentam fragmentos peptídicos de proteínas microbianas ligados a moléculas MHC classe II na superfície celular para reconhecimento pelas células T efetoras CD4+. Os antígenos peptídicos derivados de microrganismos vivendo no citosol de células infectadas são apresentados por moléculas MHC classe I para o reconhecimento por células T efetoras CD8+. Os linfócitos T CD4+ se diferenciam conforme o padrão de citocina que produzem. Há três principais subgrupos de linfócitos T CD4+, o Th1, o Th2 e o Th17. Cada um deles têm uma função específica contra antígenos variados. O linfócito Th1 é definido pela produção da citocina IFN-gama. O linfócito Th2 é definido pela produção de IL-4, IL-5 e IL-13. O linfócito Th17 é definido pela produção de IL-17 e IL-22. - Linfócito Th1 Para iniciar a diferenciação em células Th1, as APC’s que fagocitaram microrganismos intracelulares se apresentam para a célula T CD4+ virgem, na presença de IL-12. O Th1 produz IFN-γ e ativa classicamente macrófagos M1 (via humoral), aumentando a morte microbiana, e estimula a troca de isotipo de IgM para IgG. Sua função está relacionada à defesa contra microrganismos intracelulares e se faz presente em danos nos tecidos acometidos por infecções crônicas e em algumas doenças autoimunes. A produção de IFN-γ estimula no macrófago a fusão do lisossomo com o fagossomo, o aumento da produção de espécies reativas de oxigênio e da atividade de proteases, o aumento da expressão de Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia coestimuladores na membrana dos macrófagos e o aumento da secreção de citocinas como TNF, IL-1, IL- 12 e quimiocinas. - Linfócito Th2 Para iniciar a diferenciação em células Th2, as APC’s que fagocitaram helmintos e parasitas se apresentam para uma célula T CD4+ virgem, na presença de IL-4. Esse Th2 em resposta produz IL-4, IL-5 e IL-13, que provocam diferentes respostas. A produção de IL-4 faz com que o linfócito B troque de isotipo de IgM para IgE, anticorpo importante que age em conjunto com o eosinófilo, o qual é maturado por IL-5. Enquanto isso, a IL-4 e a IL-13 atuam no intestino induzindo secreção de muco e aumentando o peristaltismo, que ajudam a expelir o helminto, e ativam a via alternativa de macrófagos M2 que reparam o tecido danificado a partir da produção de TNF-β. Além disso, o eosinófilo reconhece a IgE ligada ao helminto e libera grânulos, ajudando a digeri-lo. A resposta TH2 está presente nas respostas alérgicas. Isso acontece pela alta produção de IgE, que acaba se ligando aos mastócitos. Quando há a exposição à IL-4, há a sensibilização do Th2 com liberação de histamina. OBS: O equilíbrio entre a ativação de células TH1 e TH2 determina a resolução das infecções intracelulares. Com a alta ativação Th2, há aumento da produção de IL-4, IL-10 e IL-13 que inibem a atividade microbicida de macrófagos. Nesse caso, se houver uma infecção por um patógeno intracelular, vai ocorrer uma multiplicação maior desse patógeno. O que define o padrão de resposta da pessoa ao patógeno não é o patógeno e sim a genética do indivíduo que pode estar contaminado. - Linfócitos Th17 Para iniciar a diferenciação em células TH17, as APC’s que fagocitaram microrganismos extracelulares se apresentam para uma célula T CD4+ virgem, na presença de TGF-β, IL-6 e IL-23. Com isso, a TH17 irá produzir IL-17, que ativará neutrófilos, monócitos e células teciduais, permitindo o processo de inflamação, e IL-22, que atuará sobre as células teciduais para aumentar sua função de barreira tecidual, atuando na produção de peptídeos antimicrobianos (defensinas e as catelicidinas) Existem 3 tipos de linfócitos T (HELPER): Th1, Th2 e Th17 Agora entramos em linfócitos TCD8, O CITOTÓXICO. - Ativação de T CD8+ Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia O linfócito T CD8+ tem como papel principal a ação citotóxica. Sofre diferenciação pela célula dendrítica no linfonodo, tornando-se células citotóxicas (CTL). Ela atuará em células próprias infectadas por patógenos intracelulares, principalmente vírus. O T CD8+ reconhece peptídeos dos patógenos que são apresentados pelas MHC I das células infectadas e produz citotoxinas, como a perforina e a granzima. A primeira produz poros na membrana da célula, permitindo que a segunda entre e ative a apoptose. Esse mecanismo acontece também com macrófagos infectados, promovendo a eliminação dessas células não mais funcionais. → Imunidade Humoral: Anticorpos Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia Funções efetoras dos anticorpos funções dos Anticorpos Ig IgG é o único que atravessa barreira placentária. Por exemplo, se um recém nascido tem IgM, significa q ele foi contaminado e não que ele adquiriu pela mãe. - Neutralização de microrganismos Cadeia gama - IgG - Citotoxicidade mediada por células dependentes de anticorpos (ACC) → Imunidade mediada por linfócitos B, reconhecimento de antígenos e produção de anticorpos (Essa aqui eu vou deixar pro santo, pq eu to de saco cheio kkkkkkkk) → Mecanismos efetores da imunidade humoral (Transcrito da débora cerqueira, todo mérito pra essa mulher maravilhosa) O anticorpo é uma glicoproteína em formato de “y” que reage ao antígeno, com uma porção Fab (fração de ligação com antígeno) e uma porção Fc (fração constante que expressa a cadeia de proteína que vai determinar o isotipo de anticorpo e sua função). Os tipos de cadeia Fc te relação direta com o tipo de anticorpo que determinam e sua função. A troca de isotipo de cadeia pesada e a maturação da afinidade aumentamas funções protetoras dos anticorpos. Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia OBS: Na IgA a cadeia Fc que a determina é a alfa e na IgB é a cadeia delta. Essas glicoproteínas agem por todo o corpo e nos lúmens dos órgãos da mucosa. Os anticorpos são produzidos após a estimulação dos linfócitos B pelos antígenos nos órgãos linfoides periféricos (linfonodos, baço e tecidos linfóides mucosos) e nos locais teciduais da inflamação. → Imunidade adquirida Humoral (Esquema bom demais) A imunidade adquirida humoral diz respeito a anticorpos, portanto. Os anticorpos podem ser transferidos pelo soro materno por imunização passiva (mãe para o feto), ou podem ser produzidos ativamente através do estímulo por doenças infecciosas, autoimunes e alérgicas ou pelo estímulo das vacinas. OBS: Só IgG ultrapassa a placenta. Crianças prematuras são ainda mais deficientes de um sistema imune eficiente, isto porque a passagem de anticorpos da mãe para o filho acontece no último trimestre de gestação. OBS2: Há casos de crianças que nascem incapazes de produzir imunoglobulinas pelos linfócitos B, o que causa infecções por repetição já que não consegue ativar passivamente o sistema complemento, por exemplo. Crianças imunodeficientes recebem anticorpos de cerca de 5.000 doadores humanos (imunoglobulina humana). Os anticorpos protetores são produzidos durante a resposta primária a um microrganismo e em maiores quantidades durante respostas secundárias. A produção de anticorpos se inicia durante a primeira semana após infecção ou vacinação. Os plasmócitos que migram para a medula óssea continuam a produzir anticorpos por meses ou anos. Se o microrganismo tentar infectar novamente o hospedeiro, os anticorpos secretados anteriormente fornecem proteção imediata A resposta da imunidade adquirida humoral pode ser do tipo monoclonal, com produção de anticorpos para um único alvo (só existe artificialmente na imunoterapia); ou policlonal, quando há apresentação de vários antígenos e diferenciação funcional de linfócitos. → Relembrando… ou aprendendo de vez? kkkkkk A célula dendrítica através do reconhecimento de PAMPs engloba o antígeno o fagocitando Dentro do fagolisossoma há o processamento do antígeno e apresentação do peptídeo do antígeno ao MHC de classe II em formação. O MHC de classe II emerge à membrana e apresenta o peptídeo para os linfócitos T CD4 virgens (TH0). A interação entre essas células através do MHC de classe II e TCR representa o 1º sinal para ativação de linfócitos T. Enquanto isso, as moléculas B7 e CD28 estabelecem uma maior afinidade na ligação (e estabilidade para a ativação), configurando o 2º sinal. A célula dendrítica, estimulada pelo reconhecimento de PAMPs secreta IL-12, citocina que estimula a secreção de IL-2 pelo linfócito T CD4. A IL-2 estimula a própria célula TH0 a sofrer expansão clonal, diferenciação em TH1 e produção de IFN-γ (3º sinal). Já os linfócitos B virgens… Há inicialmente a presença de IgM, a qual representa a presença de receptor BCR na superfície da célula B se ligando à porção Fab do anticorpo. A célula B também é uma APC e, portanto, fagocita o antígeno, o processa e expressa MHC de classe II que apresenta peptídeos do antígeno para o linfócito T CD4. O reconhecimento do antígeno estimula o início de uma expansão clonal. A produção de IgM por Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia reconhecimento direto do antígeno pelo BCR indica a ativação independente de T. A apresentação do antígeno pelo MHC de classe II da célula B para o linfócito T tem como característica essencial a presença da interação entre CD40 (linfócito B) e CD40L (linfócito T), e em segundo plano a ligação CD28 com B7 e a ligação MHC de classe II e TCR. Após a interação, há liberação de IFN-γ e superexpressão de CD40L pelo linfócito T. O linfócito B ativado sob ação desses fatores sofre mais expansão clonal, troca de isotipo de IgM para IgG, maturação de afinidade e produção de células B de memória. OBS: A Síndrome de Hiper-IgM (não troca de isotipo) resulta da mutação na molécula CD40, impedindo a ativação completa do linfócito B e a troca de isotipo, expansão clonal, maturação de afinidade e produção de células B de memória. → Troca de isotipo Dependendo da maturação dos linfócitos T CD4 em TH1 (IFN- γ: troca de isotipo para IgG), TH2 (IL-4: troca de isotipo para IgE) ou TH17 (TGF-β: troca de isotipo para IgA) terão diferentes estímulos à troca de isotipo das porções Fc. A ativação independente de T leva à produção de IgM apenas. → Funções efetoras dos Anticorpos Dependendo do isotipo do anticorpo haverá diferentes reações às infecções presentes, seja pela neutralização de microrganismos e de toxinas, opsonização e fagocitose de microrganismos ou citotoxicidade celular dependente de anticorpo. Além disso, pode haver ativação do complemento e consequente opsonização (C3-B e C5-B), inflamação (C3-A e C5-A) e lise de microrganismos pelo MAC. De modo geral, as funções efetoras vão se distribuir da seguinte forma: Ativação do sistema complemento (via clássica): por IgG e IgM. Opsonização: por IgG. Neutralização de microrganismos e toxinas: por IgG e IgA. Inibição por retroalimentação da ativação da célula B: IgG. Defesa contra helmintos: IgE. Algumas características especiais consistem na capacidade de ligação a fagócitos por IgG e IgM, IgG atravessar a barreira placentária, ligação a mastócitos e basófilos por IgE e imunidade de mucosas por IgA → Opsonização e fagocitose complemento e gerar a lise de microrganismos pela ação do complexo MAC. A IgG é um anticorpo que atua como opsonina e facilita a ligação do antígeno com o fagócito. Quando diversas moléculas de anticorpos se ligam a um microrganismo, forma-se um conjunto de regiões Fc que se projetam além da superfície microbiana. No caso do isotipo IgG, suas regiões Fc se ligam a um receptor de alta afinidade para cadeias pesadas γ, chamado de FcγRI (CD64), que se expressa nos fagócitos. Ocorre então fagocitose do microrganismo opsonizado e formação do fagolisossoma. Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia A fagocitose mediada por anticorpos é o principal mecanismo de defesa contra as bactérias encapsuladas. A célula natural killer, diferentemente dos fagócitos tem receptor FCγRIII (para a Fc da IgG). Logo, há ativação dos seus mecanismos de indução da morte celular pela liberação de perforinas (perfuram a superfície do patógeno) e granzimas (proteínas que destroem a célula) na superfície do patógeno. Esse mecanismo é denominado de citotoxicidade celular dependente de anticorpo (ADCC) e é responsável pelo posterior encerramento da produção de anticorpos pela inibição da retroalimentação de célula B, para redução da inflamação. O linfócito B também tem um receptor denominado FcγRIIB também inibe a ativação de macrófagos e células dendríticas (e, consequentemente, produção excessiva de IgG) e tem uma função anti-inflamatória. → Neutralização de MO e toxinas Os anticorpos IgG e IgA são capazes de ligar, bloquear ou neutralizar a infectividade dos microrganismos e as interações dastoxinas microbianas com as células hospedeiras. A maioria dos microrganismos utiliza as moléculas de seu envelope ou das paredes celulares para se ligar e penetrar nas células do hospedeiro. Os anticorpos podem ligar-se a essas moléculas da superfície, impedindo assim a infecção microbiana. Além disso, neutralizam os microrganismos durante sua passagem de célula para célula, limitam a disseminação da infecção e impedem a ligação das toxinas nas células do hospedeiro. → Defesa contra helmintos Os anticorpos de IgE ativam reações mediadas por mastócitos e eosinófilos, que proporcionam defesa contra parasitas helmínticos e estão envolvidos em doenças alérgicas. A maioria dos helmintos é grande demais para ser fagocitada e se apresentam resistentes a muitas das substâncias microbicidas produzidas por neutrófilos e macrófagos. O anticorpo IgE pode ligar-se aos helmintos e promover a ligação de eosinófilos via receptores de alta afinidade Fc para a IgE, chamados de FcεRI, expressos nos eosinófilos e mastócitos. A IL-5 também ativa a ação de eosinófilos. → Imunidade de mucosa A IgA é produzida nos tecidos linfoides mucosos e é ativamente transportada através dos epitélios, ligando- se a e neutralizando os microrganismos que entram nos lúmens dos órgãos mucosos. Produção de TGF-β pela célula TH17 em altos níveis nos tecidos linfoides associados à mucosa, leva à troca de isotipo de IgM para IgA pela célula B. → Imunidade Neonatal Os anticorpos maternos (IgG) são ativamente transportados através da placenta para o feto e através do epitélio intestinal dos recém-nascidos, protegendo os bebês contra infecções. Os recém-nascidos adquirem anticorpos maternos Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais. CARLOS AUGUSTO PARENTE - M2. 2020.1 - Imunologia por meio de um receptor Fc neonatal (FcRn). Os anticorpos IgG da mãe duram até cerca de 9 meses. Após o parto, os recém-nascidos ingerem anticorpos maternos no colostro e no leite (IgA e IgG). Matéria da PR2: Imunidade celular (ativação e funções efetoras de células T). Imunidade humoral (ativação de linfócitos B e funções efetoras de anticorpos). Este resumo não substitui a leitura do conteúdo indicada para o assunto e pode conter erros. As imagens aqui utilizadas não são de minha autoria e, por isso, não autorizo o repasse desse resumo ou a sua publicação em plataformas digitais.