Logo Passei Direto
Buscar
Material

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

GESTÃO DE 
PROJETOS 
Professora Me. Marcela Gimenes Bera Oshita
Google Play App Store
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; OSHITA, Marcela Gimenes Bera. 
Gestão de Projetos. Marcela Gimenes Bera Oshita. 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2019. Reimpresso em 2024.
280 p.
“Graduação - EaD”.
1. Gestão. 2. Projetos . 3. Cooperativas 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-1665-9
CDD - 22 ed. 658
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria Executiva
Chrystiano Minco�
James Prestes
Tiago Stachon 
Diretoria de Graduação
Kátia Coelho
Diretoria de Pós-graduação 
Bruno do Val Jorge
Diretoria de Permanência 
Leonardo Spaine
Diretoria de Design Educacional
Débora Leite
Head de Curadoria e Inovação
Tania Cristiane Yoshie Fukushima
Gerência de Processos Acadêmicos
Taessa Penha Shiraishi Vieira
Gerência de Curadoria
Carolina Abdalla Normann de Freitas
Gerência de de Contratos e Operações
Jislaine Cristina da Silva
Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais
Daniel Fuverki Hey
Supervisora de Projetos Especiais
Yasminn Talyta Tavares Zagonel
Coordenador de Conteúdo
Silvio Cesar de Castro
Designer Educacional
Kaio Vinicius Cardoso Gomes
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Ilustração Capa
Bruno Pardinho
Editoração
Ana Eliza Martins
Qualidade Textual
Érica Fernanda Ortega
Ilustração
Marta Kakitani
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e profissionalismo, não so-
mente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão in-
tegral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos 
em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional e 
espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos 
de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 
100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: 
nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, 
Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos 
EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e 
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros 
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por 
ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma 
instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos 
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos 
educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades 
de todos. Para continuar relevante, a instituição 
de educação precisa ter pelo menos três virtudes: 
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de 
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam 
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Pró-Reitor de 
Ensino de EAD
Diretoria de Graduação 
e Pós-graduação
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com 
os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica 
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando 
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal 
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o 
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento 
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns 
e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis-
cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe 
de professores e tutores que se encontra disponível para 
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de 
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
CU
RR
ÍC
U
LO
Professora Me. Marcela Gimenes Bera Oshita
Mestrado em Controladoria pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). 
Especialização em Gestão Contábil e Financeira pela Universidade Estadual 
de Maringá. Graduação em Ciências Econômicas e Contábeis também 
pela UEM. Atualmente, doutoranda em Teoria Econômica na UEM. Atua 
como professora no Centro de Ensino Superior Cesumar – UniCesumar, no 
Departamento de Economia da UEM e no Departamento de Administração 
do Instituto Adventista Paranaense.
Currículo Lattes da professora disponível em: <http://lattes.cnpq.
br/7867304750238505>. 
SEJA BEM-VINDO(A)!
Olá, caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à nossa disciplina de Gestão de Projetos. Você 
alguma vez já pensou que gerenciamos projetos o tempo todo durante a nossa vida? 
Sejam eles pessoais como comprar uma casa, um carro e fazer uma faculdade ou pro-
fissionais no desenvolvimento de um novo produto, serviço ou resultados? Pois é, in-
dependente da sua resposta, você pode pensar em um projeto, em todos os contextos, 
que envolve planos pessoais ou profissionais. 
No contexto das organizações do século XXI, os projetos são peças chaves para criar va-
lor para os negócios em um ambiente dinâmico em que há mudanças tecnológicas, res-
trições de tempo e recursos financeiros constantes. Com isso, a profissão do gerente de 
projetos vem crescendo ao longo do tempo, visto que a metodologia de gerenciamento 
de projetos permite que as organizações tomem decisões mais assertivas. Deste modo, 
aprenderemos que gerenciamento de projetos não é uma metodologia pré-definida, 
mas sim um conjunto de práticas e conhecimentos que são adaptados às necessidades 
de cada organização.
Voltando alguns séculos, observe as histórias das grandes navegações em busca de no-
vas rotas de comércio, por Portugal, Espanha e, posteriormente, países Europeus entre 
o século XV e o início do século XVII, exigia grande planejamento, desde a rota e as al-
ternativas delas que em muitos casos eram realizadas sem terem anteriormente feito a 
viagem, o tempo previsto de navegação, a direção a seguir, os equipamentos, alimentos 
e água doce disponíveis para toda a viagem.
Imagine se um dos itens citados falhasse: o insucesso da navegação poderia ser catas-
trófico para tripulação. Agora você é incumbido de gerenciar um projeto, do qual não 
conhece o caminho; pense que você vai desenvolver um produto ou serviço que nunca 
desenvolveu antes. Tudo terá que ser planejado, coletando o maior número de informa-
ções possíveis, com a equipe, com pessoas que conhecem sobre o produto ou serviço. 
Enfim, não iniciamos a carreira de gerente de projetos conhecendo tudo sobre o que 
será desenvolvido, mas sim as técnicas necessárias
para chegar a um resultado final.
Para isso, iniciamos a Unidade I com os conceitos e aspectos iniciais sobre gestão de 
projetos, levantando um breve histórico sobre o tema e apresentando os conceitos e 
definição de projeto. Além disso, você aprenderá sobre os aspectos do gerenciamento 
de projetos e os benefícios no adequado emprego da gestão de projetos, bem como os 
fatores críticos de sucesso e fracasso em projetos.
Na Unidade II, aprenderemos sobre as duas abordagens em gerenciamento de projetos: 
a tradicional e a ágil. Você verá que não há uma superior à outra, mas serão adotadas 
de acordo com as características dos projetos e a maturidade da equipe de desenvolvi-
mento. Entenderemos que as duas metodologias podem ser trabalhadas de forma que 
uma apoie a outra. 
APRESENTAÇÃO
GESTÃO DE PROJETOS 
Na Unidade III, veremos os aspectos da integração do projeto que representa o nú-
cleo da gestão do projeto. Também trabalharemos o gerenciamento do escopo do 
projeto, aprendendo sobre o gerenciamento do objetivo do produto ou projeto. 
Ainda na Unidade III, aprenderemos sobre o gerenciamento do tempo do projeto e 
sua respectiva importância durante todo ciclo de vida dele.
Na Unidade IV, vamos imergir no gerenciamento dos custos do projeto em que 
compete aos recursos necessários para completar as atividades do projeto. Traba-
lharemos também o gerenciamento da qualidade que tem como finalidade garantir 
que toda atividade desenvolvida no projeto esteja em conformidade com o escopo 
do produto e requisitos de aceitação. Além disso, você aprenderá sobre os aspectos 
do gerenciamento dos recursos humanos e físicos do projeto.
Por fim, na Unidade V você conhecerá os aspectos do gerenciamento das comunica-
ções, gerenciamento de riscos, gerenciamento das aquisições e gerenciamento das 
partes interessadas no projeto.
E será esse o objetivo de nossa disciplina: conhecer as sólidas práticas de gestão de 
projetos utilizadas mundialmente, sejam quais forem os caminhos, você terá fer-
ramentas suficientes para atingir o objetivo do projeto. Diante disso, te convido a 
embarcar nesta jornada e, para conseguir atingir a finalidade desta disciplina, utilize 
as referências que se encontram indicadas neste material. Reforço, também, a indi-
cação das leituras complementares, que serão de grande valia.
E, ainda, a partir do seu avanço no conhecimento sobre a área, comece a prática de 
gerenciar projetos, mesmo que seja uma festa de aniversário de um colega, ou até 
a viagem de férias da família, planeje os recursos financeiros e humanos e gerencie 
de forma a reduzir os riscos de algo não sair como o planejado. Isto é, garanta que as 
atividades sejam realizadas dentro do prazo e orçamento, conforme as especifica-
ções necessárias. Bons estudos e muito sucesso na gestão de projetos.
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
09
UNIDADE I
CONCEITOS E ASPECTOS INICIAIS SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
15 Introdução 
16 Histórico e Evolução do Gerenciamento de Projetos 
20 Conceito e Definição de Projeto 
28 Gerenciamento de Projetos 
39 Benefícios com a Utilização da Metodologia de Gestão de Projetos 
41 Fatores Críticos de Sucesso em Projeto 
45 Fatores Críticos de Fracasso em Projetos 
49 Considerações Finais 
55 Referências 
57 Gabarito 
UNIDADE II
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
61 Introdução
62 Abordagem Ágil de Projetos 
81 Abordagem PMBOK: Ciclo de Vida e Grupo de Processos de 
Gerenciamento de Projetos
93 Estruturas Organizacionais 
98 Escritório de Gerenciamento de Projetos 
SUMÁRIO
10
101 Considerações Finais
106 Referências 
108 Gabarito 
UNIDADE III
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE 
CONHECIMENTO I 
111 Introdução 
112 Integração do Projeto 
125 Gerenciamento do Escopo do Projeto 
141 Gerenciamento do Tempo do Projeto 
155 Considerações Finais 
162 Referências 
163 Gabarito 
UNIDADE IV
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
167 Introdução
168 Gerenciamento de Custos 
181 Gerenciamento da Qualidade 
193 Gerenciamento dos Recursos Humanos e Físicos do Projeto 
SUMÁRIO
11
203 Considerações Finais 
210 Referências 
211 Gabarito 
UNIDADE V
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO III
215 Introdução
216 Gerenciamento das Comunicações 
225 Gerenciamento de Riscos 
247 Gerenciamento das Aquisições 
256 Gerenciamento das Partes Interessadas 
268 Considerações Finais 
274 Referências 
275 Gabarito 
276 Conclusão 
U
N
ID
A
D
E I
Professora Me. Marcela Gimenes Bera Oshita
CONCEITOS E ASPECTOS 
INICIAIS SOBRE GESTÃO 
DE PROJETOS
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Instruir o aluno sobre o histórico e evolução do gerenciamento de 
projetos.
 ■ Ensinar ao aluno o conceito e definição de projeto.
 ■ Preparar o acadêmico para o gerenciamento de projetos.
 ■ Orientar o aluno sobre os benefícios percebidos no adequado 
emprego da gestão de projetos.
 ■ Instruir o aluno sobre os fatores críticos de sucesso em projetos.
 ■ Ensinar ao aluno os fatores críticos de fracasso em projetos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Histórico e evolução do gerenciamento de projetos
 ■ Conceito e definição de projeto
 ■ Gerenciamento de projetos
 ■ Benefícios com a utilização da metodologia de gestão de projetos
 ■ Fatores críticos de sucesso em projeto
 ■ Fatores críticos de fracasso em projetos
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), esta unidade dará início ao processo de entendimento sobre 
gestão de projetos, com conceitos e aspectos iniciais sobre gestão de projetos. 
A prática envolve conhecer quais são as técnicas e métodos de gerenciamento 
de projetos que auxiliarão você no decorrer de sua vida pessoal e profissional. 
Veremos que gerenciar projetos é uma atividade fundamental nas empresas, e 
que, além de conhecer as ferramentas e técnicas, é necessário ter habilidades e 
competências para exercer tal função.
Por meio desta proposta, você passará a compreender como a disciplina de 
gestão de projetos evoluiu ao longo do tempo. Logo, veremos como, ao longo do 
ciclo evolutivo, permitiu-se a acumulação de conhecimentos sobre a área de ges-
tão de projetos e a sua importância no contexto atual. Além disso, aprenderá os 
conceitos e definições de projetos, programas e portfólio, bem como a diferença 
de atividades contínuas das empresas. Cabe destacar que passará a compreen-
der o que é gestão de projetos, como ela se desenvolve e principalmente o papel 
e competências essenciais de um gestor de projetos.
Para isso, é necessário conhecer os benefícios que um adequado emprego 
da gestão de projetos traz para as organizações. Isto é, a importância da gestão 
de projetos para os negócios no contexto do século XXI. Dentro desta perspec-
tiva, trabalharemos também os fatores críticos de sucesso e fracasso em projetos.
Imagine que logo você estará gerenciando projetos, portanto, precisará saber 
quais os fatores críticos de sucesso e fracasso em projetos, o que poderá te auxiliar 
ao longo de sua jornada. Você deve estar curioso, pois agora iniciará o aprendi-
zado sobre gerenciamento de projeto, logo, pode ser uma nova área de trabalho.
Agora que já conhecemos o contexto sobre o gerenciamento de projetos, quero 
convidá-lo(a) a continuar em nossa jornada de estudos e nesta unidade propo-
nho a reflexão sobre a importância de gerenciar projetos dentro das organizações.
Introdução
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
15
CONCEITOS E ASPECTOS INICIAIS SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E16
HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO GERENCIAMENTO 
DE PROJETOS
Caro(a) aluno(a), desde o início da civili-
zação os projetos vêm sendo executados, 
bem como o seu gerenciamento que vem 
acompanhando a evolução da humani-
dade.
Logo, como grandes exemplos 
históricos, podemos citar a construção 
das Pirâmides do Egito (entre os anos 
de 2630-2611 a.C), Templo de Salomão 
(1012 a.C), Muralha da China (iniciou-
-se por volta de 220 a.C), Pantheon (27 
a.C a 14 d.C), Coliseum (70 d.C), Torre 
Eiffel (1887), construção do Canal do Panamá 
(1914), Bomba Atômica (1945) e a ida do homem à Lua (1969). Projetos esses 
que exigiram grande organização e tecnologia humana para atingir o resultado 
de um esforço temporário.
Não obstante, o princípio de gerenciamento de projetos surgiu com o cresci-
mento das mudanças tecnológicas e a complexidade de novos negócios a partir 
do século XIX, com a revolução industrial, em que toda estrutura de produção 
fora modificada. Surge, então, a necessidade de gerenciar as organizações de 
forma sistematizada, buscando a eficiência guiada pela otimização de tempos, 
movimentos e recursos.
Assim, Frederick Winslow Taylor, em 1911, introduziu o conceito de tra-
balhador eficiente para aumentar a produtividade e reduzir custos de produção 
nas organizações, ao invés de contratar mais trabalhadores ou aumentar a jor-
nada de trabalho. Dessa forma, demonstrou que o trabalho pode ser analisado 
e aprimorado a partir do foco em pequenas partes para o todo.
Associado a Taylor, o pai do gerenciamento de projetos, o Henry Laurence 
Gantt, em 1919, estudou de forma delineada a ordem das operações no traba-
lho – a partir da construção de navios para marinha durante a I Guerra Mundial 
– e confeccionou o Gráfico de Gantt (também chamado de gráfico de barras 
Histórico e Evolução do Gerenciamento de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
17
ou cronograma). Visando minimizar os problemas como controle de tempo e 
organização das tarefas, este gráfico apresenta um sequência e duração de todas 
as tarefas envolvidas em um projeto, cuja a finalidade é coordenar e controlar 
as operações em qualquer setor em que a atividade esteja sendo desenvolvida 
(BAÍA NETO, 2010).
Entretanto, somente a partir da II Guerra Mundial, devido à complexidade 
das operações militares e à necessidade de um amplo planejamento, que o geren-
ciamento de projetos começa a se sistematizar como um método nos Estados 
Unidos. O Projeto Manhattan, que produziu a bomba atômica, foi um plane-
jado e meticuloso processo de gerenciamento de projetos (GAREL, 2013). Nesta 
perspectiva, os projetos sempre fizeram parte da atividade humana organizada, 
em edifícios erigidos para glorificar os deuses ou garantir defesa por meio de 
guerras de conquista e expedições que exigiam infraestruturas (estradas, pon-
tes, portos, canais, túneis etc.) entre outros. No final da década de 50, por meio, 
dos projetos de engenharia, iniciou-se a utilização de ferramentas, práticas e 
papéis padronizados e o surgimento de um verdadeiro modelo (GAREL, 2013). 
Práticas essas que começaram a ser desenvolvidas pela Associação Americana de 
Engenheiros de Custos (AACE - International), em seguida, com a finalidade de 
prever a duração do projeto e a sequência de atividades, a Dupont Corporation 
arquitetou o Método do Caminho Crítico (CPM).
Ainda no final da década de 50, o Escritório de Projetos Especiais da Marinha 
dos EUA do Departamento de Defesa dos Estados Unidos desenvolveu o PERT 
(Revisão da Avaliação do Programa), ligado a projetos militares relacionados à 
corrida espacial (CODAS, 1987). Assim, o método PERT era utilizado para ana-
lisar as tarefas envolvidas na conclusão de um projeto, especialmente o tempo 
necessário para completar cada tarefa e identificar o tempo mínimo necessário 
para completar o projeto total.
Foi na década de 60 que o gerenciamento de projetos se afastou da sin-
gularidade das experiências individuais e sucessos ocasionais para entrar em 
uma era de racionalização padronizada. A padronização de práticas e ferra-
mentas, na gestão de projetos de engenharia, foi amplamente encorajada por 
grandes empreiteiros que os viam como uma forma de racionalizar seus esfor-
ços (GAREL, 2013).
CONCEITOS E ASPECTOS INICIAIS SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E18
Ainda na década de 60, surge a primeira definição de projeto que sucinta-
mente o departamento de Defesa dos Estados Unidos desenvolveu a Abordagem 
da Estrutura analítica de projetos (EAP), juntamente com a disseminação do 
uso dos diagramas de precedências, como parte do projeto de míssil balístico 
lançado por submarino móvel da Polaris. A EAP é uma estrutura hierárquica 
exaustiva, de entregas e tarefas que precisam ser realizadas para completar um 
projeto (CODAS, 1987).
Em 1969, surge na Pensilvânia o Project Management Institute (PMI): uma 
instituição sem fins lucrativos, lançada para a ciência e a profissão de gerencia-
mento de projetos. Desde então, o PMI tornou-se mais conhecido como o editor 
de “Um guia do corpo de conhecimento de gerenciamento de projetos (PMBOK)” 
considerado uma das ferramentas essenciais na profissão de gerenciamento de 
projetos hoje. O PMI oferece dois níveis de certificação de gerenciamento de pro-
jetos, Certified Associate in Project Management (CAPM) e Project Management 
Professional (PMP).
Em 1986, porém, surge o Scrum um modelo ágil de desenvolvimento de 
software baseado em várias pequenas equipes que trabalham de forma inten-
siva e interdependente. Surge também uma “engenharia simultânea” mais ágil e 
reativa. Indústrias automobilísticas que mudaram suas organizações para desen-
volver projetos mais rapidamente (GAREL, 2013).
Desse modo, tanto a disciplina quanto o título de gerente de projeto sur-
giram apenas no século XX, impulsionados pelo aumento da competitividade 
que levou ao crescimento na complexidade das organizações e produtos, pres-
sões de prazos e mercado, necessidade de motivação de equipe e atendimento 
dos padrões de qualidade.
Em 2008, o PMI realizou uma pesquisa e verificou que cerca de US$ 12 
trilhões são gastos anualmente em projetos, aproximadamente 20% do pro-
duto interno bruto mundial. E esse valor tende a aumentar visto que, com 
a intensificação das inovações tecnológicas, o gerenciamento de projetos é 
cada vez mais aceito e difundido, pois ele proporciona maior agilidade nas 
tomadas de decisão.
Histórico e Evolução do Gerenciamento de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
19
Os maiores desafios enfrentados pelas organizações do século XXI são pra-
zos enxutos, escassez de recursos e a satisfação do cliente por meio da qua-
lidade da entrega do produto ou serviço. 
Em última instância, o papel do gerente de projetos desde a antiguidade conti-
nua a ser a integração de recursos humanos e materiais para atingir os objetivos 
(DO VALLE et al. 2010). Não obstante, problemas encontrados a centenas de 
anos como atrasos e aumento de custos ainda continuam a acontecer nos projetos 
atuais (DO VALLE et al. 2010). Contudo, a limitação de recursos nas organiza-
ções do século XXI exige que as práticas de gerenciamento de projetos sejam bem 
definidas e sistemáticas, com objetivos claramente estabelecidos entre contratante 
e contratado e que sejam atingidos em prazos aceitáveis (para ambas as partes).
Assim, o gerenciamento de projetos no século XXI é um processo altamente 
estruturado. Envolve iniciar, planejar, executar, monitorar, controlar e comple-
tar um plano ou projeto conforme especificado. Não obstante, gerenciar projetos 
exige vasta experiência em estimativa de custos e recursos, aquisição de recursos 
e suprimentos, direção e atribuição de papéis. Além de gerenciamento de tempo 
e comunicação em todos os níveis, organização de equipes e cargas de trabalho, 
relatórios de status para a alta administração, avaliação de risco entre outros.
Nesta perspectiva, a
expansão das empresas em todo o mundo ao longo da his-
tória ajudou a aumentar a necessidade de melhores ferramentas de gerenciamento 
de projetos. No século XXI, com a evolução da tecnologia da informação, surgem as 
ferramentas para realizar funções de gerenciamento de projetos sob a forma de sof-
tware de gerenciamento de projetos baseado na web que permite que as equipes se 
comuniquem em tempo real no escritório ou fora do local, praticamente de qualquer 
lugar do mundo. Diante disso, deixei no final da unidade (no item leitura comple-
mentar) algumas dicas de ferramentas de gerenciamento de projetos. Convido-o a 
escolher alguma dessas ferramentas para conhecer com mais profundidade.
CONCEITOS E ASPECTOS INICIAIS SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E20
CONCEITO E DEFINIÇÃO DE PROJETO
O projeto é um plano, delineamento ou esquema com descrição escrita e deta-
lhada de um empreendimento a ser realizado. O Projeto pode ser definido, 
então, como um esforço temporário – com data prevista para iniciar e terminar 
– empreendido para criar um produto, serviço ou resultado único restringido 
por recursos escassos (humanos, financeiros e materiais), em uma sequência de 
atividades relacionadas (PMI, 2017). 
Assim, o projeto é realizado para cumprir objetivos por meio da produção 
de entregas. Objetivos esses que podem ser desde um produto a ser produzido 
ou serviço a ser realizado, até uma posição estratégica a ser alcançada ou uma 
finalidade a ser atingida (PMI, 2017). Por outro lado, as entregas podem ser um 
produto, serviço ou resultado que deve ser produzido para concluir um processo, 
fase ou projeto (PMI, 2017), destacando que os objetivos do projeto podem pro-
duzir uma ou mais entregas. Por exemplo:
Conceito e Definição de Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
21
 ■ Produto único que pode ser parte de outro item a ser fabricado.
 ■ Serviço único que pode dar suporte para a fabricação e distribuição de 
um produto.
 ■ Resultado único que pode ser compreendido como uma pesquisa que 
dará suporte a um novo produto ou processo que beneficiará a sociedade.
 ■ Uma combinação de produtos, serviços ou resultados que pode resultar 
em um aplicativo de software.
Pense que os projetos estão presentes em todos os lugares ao mesmo tempo, 
isto é, são onipresentes e representam, no contexto habitual empresarial, grande 
parte do trabalho associado à nova tecnologia (WEBSTER JUNIOR; KNUTSON, 
2011; HODGSON et al., 2016). Logo, o desenvolvimento e implementação de 
novas tecnologias geralmente é organizado como um projeto, planejado e con-
trolado por gerentes com metodologias de gerenciamento e muitas vezes sujeito 
a tecnologias auxiliares que monitoram e relatam o progresso em relação a um 
cronograma e um plano (HODGSON et al., 2016).
Do ponto de vista dos negócios, os projetos impulsionam mudança – cria-
ção de algo novo ou diferente – movendo uma organização de um estado a outro 
como uma força motriz. Nesta perspectiva, os projetos são o padrão, mesmo o 
modo universal de organização usado para desenvolver, aprimorar, implemen-
tar ou entregar novas tecnologias por meio de um esforço coletivo limitado no 
tempo (HODGSON et al., 2016).
Como exemplo:
 ■ Desenvolvimento de um novo remédio.
 ■ Construção de um prédio.
 ■ Fusão de organizações.
 ■ Desenvolvimento ou modificação de um software.
 ■ Melhorias de um processo de produção em uma indústria.
 ■ Realização de pesquisas para criação de novos processos organizacio-
nais entre outros.
CONCEITOS E ASPECTOS INICIAIS SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E22
O valor dos negócios em projetos está relacionado a benefícios futuros que 
podem ser tangíveis e intangíveis. São exemplos de benefícios futuros tan-
gíveis: capital acionário; ativos monetários; serviços públicos; ferramentas e 
instalações; e participação no mercado. Já os benefícios futuros intangíveis 
envolve: a reputação; reconhecimento da marca; benefício público; e alinha-
mento estratégico.
Fonte: PMI (2017, p. 5).
Como vimos, os projetos são temporários, o que significa que tem início e tér-
mino definidos, não necessariamente que o projeto tenha curta duração. De 
acordo com PMI (2017), o final do projeto ocorre quando:
 ■ Os objetivos do projeto foram alcançados.
 ■ Os objetivos não serão ou não poderão ser atingidos.
 ■ Os recursos estão esgotados ou não estão mais disponíveis para aloca-
ção ao projeto.
 ■ A necessidade do projeto não existe mais.
 ■ O projeto é finalizado por motivo legal ou por conveniência.
Assim, cada projeto é único, tem início e fim, é focado no cliente e sujeito a res-
trições de prazos, custos e recursos. De acordo com o PMI (2017), o projeto pode 
iniciar com objetivo de cumprir algum requisito legal ou regulatório; atender a 
requisitos das partes interessadas; criar, melhorar ou corrigir produtos ou servi-
ços; e para implementar/ alterar estratégias de negócios ou tecnológicas. Desta 
forma, há fatores tecnológicos, concorrenciais, ambientais, materiais, políticos, 
econômicos e de mercado que levam à criação de projetos.
Conceito e Definição de Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
23
PROJETOS VERSUS ATIVIDADES CONTÍNUAS
Dentro do ambiente empresarial, há uma diferença entre projetos e atividades 
contínuas ou rotineiras nas organizações. Como vimos, o projeto é um processo 
único, com data de início e término, enquanto as atividades rotineiras são pro-
cessos contínuos e permanentes em que há a repetição de tarefas para a produção 
de determinado bem (CARVALHO, 2015). Conforme apresentado no Quadro 1. 
Quadro 1 – Diferenças entre projetos e atividades contínuas
PROJETO ATIVIDADES CONTÍNUAS
1. Único. 1. Repetitivo.
2. Finito e com prazo determinado. 3. Permanente e sem previsão de encer-
ramento.
4. Riscos e incertezas predominantes, 
devendo ser calculados e minimizados.
4. Experiência em realizar as tarefas re-
petidamente, visando a otimização de 
recursos.
5. Sofre grande e constante influência 
de variáveis externas. O projeto, nor-
malmente, está relacionado à inovação, 
em que influências de fora podem re-
fletir no processo de tomada de deci-
são. São exemplos de fatores externos: 
questões econômicas, sociais, legais, 
ambientais, tecnológicas, entre outros.
5. Sofre influência de variáveis inter-
nas. As atividades rotineiras demandam 
maior motivação da equipe, liderança, 
decisões internas de metas estratégicas, 
entre outros.
6. É focado na eficácia. 6. É focada na eficiência e na produtividade.
Fonte: adaptado de Carvalho (2015, p. 26).
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 23 – Quadro 1 – Diferenças entre projetos e atividades contínuas 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem Quadro 1 – Diferenças entre projetos e atividades 
contínuas refere-se a um quadro dividido em 2 partes. A primeira do lado esquerdo se 
refere a “projeto” ilustrando um foguete na parte superior do seu lado esquerdo uma 
lâmpada e do lado direito uma máquina fotográfica. Abaixo da imagem ilustrativa consta 
números de 1,2,4,5 e 6 em ordem decrescente que se refere à: 
1. único; 2. Finito e com prazo determinado; 4. Riscos e incertezas predominantes, 
devendo ser calculados e minimizados; 5. sofre grande e constante influência de variáveis 
externas. O projeto, normalmente este relacionamento a inovação em que influências de 
fora podem refletir no processo de tomada de decisão. São exemplos de fatores externos: 
questões econômicas, sociais, legais, ambientais, tecnológicas, entre outros. 
6. é focado na eficácia. 
A segunda imagem do lado direito se refere “atividades continuas” com a ilustração na 
parte
superior de um homem em uma empresa, com uma roupa toda fechada branca, 
luvas e touca. O mesmo, segura uma caixa em cima de um maquinário. Abaixo da imagem 
ilustrativa consta números de 1,3,4,5 e 6 em ordem decrescente que se refere à: 
1. Repetitivo; 
3. Pertencente e sem previsão de encerramento; 
4. Experiência em realizar as tarefas repetidamente, visando a otimização de recursos; 
5. Sofre influência de variáveis internas. As atividades rotineiras demandam maior 
motivação da equipe, liderança, decisões internas de metas estratégicas, entre outros; 
6. É focada na eficiência e na produtividade. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
CONCEITOS E ASPECTOS INICIAIS SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E24
Carvalho (2015) destaca que os projetos e atividades contínuas podem ter uma 
relação sequencial ou combinada. A sequencial ocorre após o desenvolvimento 
e término do projeto, na aplicação em forma de rotina, repetitiva e contínua. Por 
exemplo, o projeto era desenvolver um novo celular e a sua aplicação contínua 
seria a produção em série do aparelho.
A relação combinada, porém, é utilizada por empresas que organizam sua 
rotina em forma de projetos, isto é, determinando períodos de produção (com 
datas de início e término) e metas específicas a serem atingidas neste período, con-
tudo, sem abrir mão do desenvolvimento de novos produtos (CARVALHO, 2015).
Ao pensar em projeto versus atividades rotineira, quanto aos objetivos, se for 
um projeto, pode-se utilizar recursos adicionais para atender prazos ou especifi-
cações, já nas atividades rotineira a racionalização de recursos deve ser priorizada 
(CARVALHO, 2015). No horizonte temporal, o projeto tem prazo determinado, 
início e fim, que deve ser cumprido, e nas atividades contínuas isto não ocorre, 
já que elas se repetem no tempo (CARVALHO, 2015).
As pessoas envolvidas em projetos podem trabalhar em etapas específicas e ao 
concluírem podem sair do projeto, enquanto nas atividades rotineiras as pessoas 
trabalham de forma contínua nas operações (CARVALHO, 2015). Quanto ao conhe-
cimento prévio do trabalho, o projeto é repleto de incertezas e riscos, entretanto nas 
atividades rotineiras as questões são conhecidas e previsíveis (CARVALHO, 2015). 
O projeto tem uma abrangência muito maior que uma rotina, isto é, durante o pro-
jeto, permite-se a criação de vários produtos a partir de uma fórmula. Contudo, na 
atividade contínua o processo deve contemplar apenas uma (CARVALHO, 2015).
Cabe destacar que, no desenvolvimento do projeto, deve-se focar na eficá-
cia (em atingir o objetivo do projeto com qualidade) mesmo que a eficiência 
seja comprometida, isto é, mesmo que não seja possível fazer as atividades de 
forma otimizada, de forma mais rápida com menos recursos do que o previsto. 
Por sua vez, nas atividades rotineiras, além da eficácia que deve ser considerada 
um padrão estabelecido, deve-se buscar continuamente a eficiência nos proces-
sos, atividades e operações (CARVALHO, 2015).
Assim, o projeto assume um objetivo e é finalizado, enquanto a atividade 
contínua, o objetivo prossegue sem interrupção, cumprem um determinado obje-
tivo, assumem outro e continua o trabalho (LEAL; CASTRO, 2017).
Conceito e Definição de Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
25
PROJETOS, PROGRAMAS E PORTFÓLIOS
O projeto pode ser entendido como um processo único, composto de ativida-
des e operações coordenadas e controladas, com datas de início e fim, elaborado 
progressivamente visando alcançar um objetivo único (CARVALHO, 2015). 
Conforme observado na Figura 1.
PROCESSOS atividades operações
contêm contêm
Figura 1 – Definição de processo
Fonte: Carvalho (2015, p. 4).
Um projeto geralmente é uma atividade única com um conjunto bem definido 
de resultados finais desejados. Pode ser dividido em subtarefas que devem ser 
realizadas para atingir os objetivos do projeto. O projeto é suficientemente 
complexo e as subtarefas requerem uma cuidadosa coordenação e controle 
em termos de tempo, precedência, custo e desempenho. Muitas vezes o pró-
prio projeto deve ser coordenado com outros projetos sendo realizada pela 
mesma organização-mãe (MEREDITH; MANTEL JR., 2009). Nesta perspec-
tiva, a criação de novos projetos, no ambiente organizacional, está relacionada 
à estratégia e depende primeiramente da compreensão exata das diferenças 
entre projetos, programas e portfólios.
Os projetos surgem como viabilizador do planejamento estratégico de uma 
empresa, como instrumentos para que os objetivos estratégicos da organização 
sejam alcançados. Logo, os projetos são iniciados para concretizar os objeti-
vos estratégicos da organização, por meio de oportunidade de negócios. Neste 
contexto, eles são iniciados como resultado de uma ou mais estratégias das orga-
nizações, por exemplo:
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 25 – Figura 1 – Definição de processo 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se Figura 1 – Definição de processo um diagrama 
iniciando com um círculo da esquerda pra direita, representando “processos” em seguida 
duas setas apontando para direita representando “contém” dando sequência a 3 círculos 
menores representando “atividades”, em seguida outras 2 setas apontando pra direita 
representando “contém” finalizando com vários círculos menores que representa 
“operações”. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCEITOS E ASPECTOS INICIAIS SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E26
 ■ Permitir respostas rápidas às mudanças de mercado.
 ■ Possibilitar que a organização tenha ganhos de escala, isto é, produza 
mais com menos recursos.
 ■ Necessidade social.
 ■ Solicitação de cliente.
 ■ Avanço tecnológico.
 ■ Problema existente e entre outros (PMI, 2017).
Além disso, o projeto pode ser desenvolvido também para corrigir um problema 
já existente, que consome recursos da empresa, como o, excesso de devoluções 
de produtos, muito tempo gasto no trânsito da mercadoria ou até mesmo a falta 
de pontualidade nas entregas. Nesta perspectiva, desenvolve um projeto para 
implementar ações de melhorias.
De acordo com o PMI (2017), um projeto pode ser gerenciado de forma 
autônoma ou conjunta, isto é, fora ou dentro de um portfólio ou programa res-
pectivamente. Logo, os gerentes de projetos interagem com um programa ou 
portfólio quando os projetos fazem parte destes. 
Os programas são compostos por um conjunto de projetos individuais, que 
visam alcançar objetivos comuns, logo são gerenciados de forma coordenada 
visando a obtenção de benefícios que não seriam possíveis se fossem gerencia-
dos de forma autônoma. Dentro dos programas, cada projeto tem um gerente e 
uma equipe que é responsável pela entrega (PMI, 2017).
O portfólio, por sua vez, consiste no agrupamento de programas e projetos 
com a finalidade de atender os objetivos estratégicos da organização maximi-
zando a sua eficiência. Conforme apresentado na Figura 2.
Conceito e Definição de Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
27
ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL
Exemplo de portfólio
Recursos compartilhados e partes interessadas
Projeto
1
Projeto
2
Programa
B1
Programa
C
Programa
A
Programa
B
Programa
A
Projeto
3
Projeto
4
Projeto
5
Projeto
6
Projeto
7
Projeto
8
Projeto
9 Operações
Figura 2 – Interface de gerenciamento de portfólios, programa e projetos
Fonte: PMI (2017, p. 544). 
Observe na Figura 2 que vários projetos podem ser necessários para atingir 
um conjunto de metas e objetivos da organização e que eles podem ser agrupa-
dos em programas. Logo, os programas não são projetos de grande porte (PMI, 
2017). Em destaque,
as organizações podem utilizar-se do portfólio para geren-
ciar vários programas e projetos em andamento em um determinado momento, 
permitindo a visualização dos objetivos estratégicos. 
De acordo com o PMI (2017), os portfólios também são gerenciados com 
objetivo de: guiar as decisões de investimento da organização; escolher a combi-
nação ideal de programas e projetos para cumprir com os objetivos estratégicos 
da organização; transparência na tomada de decisão; aumentar as chances de 
alcançar o retorno esperado sobre o investimento; e centralizar o gerenciamento 
do perfil de risco de todos os componentes.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 27 – Figura 2 – Interface de gerenciamento de portfólios, programa e projetos 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 2 – Interface de gerenciamento de 
portfólios, programa e projetos, composta por um diagrama com o título “Estratégia 
organizacional” dando origem a uma seta direcionando pra baixo que se refere a “exemplo 
de portfólio” e abaixo do mesmo dando sequência com uma flecha apontando para cima 
e para baixo dando origem a outros quadrados que se refere a “programa A” que liga por 
uma flecha “projeto 2” “projeto 3” e “recursos compartilhados e partes interessadas” 
“programa B” que liga por uma flecha “programa B1” , “projeto 4”, “projeto 5”, “projeto 
6” e “recursos compartilhados e partes interessadas” e “programa A” que liga por uma 
flecha “ Projeto 7”, “programa C”, “projeto 8”, “projeto 9”, “operações” e “Recursos 
compartilhados e partes interessadas. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
CONCEITOS E ASPECTOS INICIAIS SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E28
O gerenciamento de programas e portfólios difere do gerenciamento de 
projetos em termos de ciclo de vida, atividades, objetivos, foco e benefícios.
(PMI)
GERENCIAMENTO DE PROJETOS
Gerenciamento de projetos consiste em criar um ambiente e condições para 
atender os requisitos de um projeto com a aplicação prática de conhecimentos, 
habilidades, ferramentas e técnicas, por meio da integração dos processos de ini-
ciação, planejamento, execução, monitoramento e controle e encerramento, de 
forma eficaz e eficiente (PMI, 2017). Conforme a Figura 3.
Gerenciamento de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
29
SUCESSO
Melhores
práticasGerenciamento
de Projetos
Aplicado
• Conhecimentos
• Habilidades
• Ferramentas/
técnicas
p/ atender os
objetivos do
projeto
Figura 3 – Gerenciamento de projetos
Fonte: a autora. 
Conforme observado na Figura 3, um gerenciamento eficaz permite aos indi-
víduos e as organizações cumprirem os objetivos do negócio, o que significa: 
satisfazer as expectativas das partes interessadas; ser previsíveis; aumentar a 
chance de sucesso; entregar os produtos certos no momento adequado; oti-
mizar o uso de recursos organizacionais; gerenciar restrições como escopo, 
qualidade, cronograma, custos e recursos; gerenciar melhor as mudanças entre 
outros (PMI, 2017, p. 10).
Em contrapartida, os projetos mal gerenciados ou a ausência de gerencia-
mento de projetos podem resultar em: prazos perdidos; estouros no orçamento; 
má qualidade; retrabalho; expansão descontrolada do projeto; perda de reputa-
ção; partes interessadas insatisfeitas; e incapacidade de alcançar os objetivos do 
projeto (PMI, 2017, p. 10).
De acordo com o PMI (2017), o gerenciamento do projeto eficaz e eficiente 
deve ser considerado uma competência estratégica das organizações o que per-
mite que elas:
 ■ Conectem os resultados do projeto com os objetivos do negócio.
 ■ Concorram com mais eficácia nos mercados.
 ■ Sustentem a organização.
 ■ Respondam rápida e adequadamente ao impacto das mudanças.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 29 – Figura 3 – Gerenciamento de projetos 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a “Figura 3 – Gerenciamento de projetos” Um 
diagrama iniciando com vários círculos pequenos representando “gerenciamento de 
projetos” abaixo escrito “ conhecimentos, habilidades, ferramentas/ técnicas. Em 
sequência duas setas apontando para direita indicando “melhores práticas” e abaixo 
escrito “aplicado” e outras duas setas apontando um círculo grande representando 
“sucesso” e abaixo escrito “P/atender os objetivos do projeto”. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCEITOS E ASPECTOS INICIAIS SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E30
Nesta perspectiva, o gerenciamento de projetos deve possuir um processo formal 
para o estabelecimento de objetivos claros de negócios. Isto é, todos devem com-
partilhar da mesma visão, tornando claro e explícitos os objetivos do projeto. Além 
de possuir fatores mensuráveis de sucesso, devem permitir um direcionamento 
para a visão da organização (DO VALLE et al., 2010). Assim, o gerenciamento 
de projetos:
 ■ É uma tarefa grande que exige dedicação, organização e recursos específicos.
 ■ Não é um processo contínuo, isto é, tem início e fim definidos.
 ■ Aumenta a chance de sucesso do projeto, por meio de ferramentas que 
buscam a redução de risco.
 ■ Utiliza diversas ferramentas que dará suporte para o gerente de projetos 
realizar medições, acompanhar as tarefas e realizar as mudanças.
Assim, os projetos são chaves para criar valor e benefícios nas organizações. 
Para isso, os líderes organizacionais precisam ser capazes de gerenciar orça-
mentos cada vez mais apertados, com prazos mais curtos e recursos mais 
escassos em um ambiente dinâmico em que a tecnologia muda rapidamente 
(PMI, 2017).
Cabe destacar que o cliente ou o patrocinador sempre buscará obter o maior 
benefício possível, com menor preço, de forma rápida e com produto ou serviço 
de qualidade. Por isso, no gerenciamento do projeto, o maior desafio é balancear 
as restrições básicas: qualidade, escopo, tempo e custos, em que qualquer modi-
ficação (em uma restrição) provoca impacto nas demais.
Assim, a restrição tripla é sobre equilibrar cada restrição para chegar a 
uma conclusão bem-sucedida. À medida que o projeto avança, o gerente de 
projeto pode realizar mudanças que pode afetar uma ou mais restrições. Pense 
que se for necessário reduzir o custo, terá de reduzir o escopo. Caso a alte-
ração no projeto exija a redução do prazo, é necessário reduzir o escopo ou 
aumentar o custo e para aumentar o escopo é necessário aumentar o custo ou 
o prazo. Por exemplo, você foi incumbido de gerenciar um projeto de cons-
trução de uma casa:
Gerenciamento de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
31
 ■ Escopo do Projeto – Construir uma casa na serra em Campos do Jordão. 
Isto é, está relacionado como fazer, que parte do planejamento em que 
envolve determinar as tarefas, o tempo, as entregas e os custos. Exemplo: 
como será construída a casa, quais as etapas necessárias para entregar o 
produto casa com suas características. 
 ■ Escopo do Produto – Casa de 4 quartos com suíte, cozinha, 2 salas, sauna, 
piscina, jardim, muro e 4 vagas de garagem. Logo, o escopo do produto, 
são os “ingredientes” ou materiais necessários para colocar aquele item 
em condições de uso com uma determinada qualidade.
 ■ Requisitos Funcionais – Lâmpadas com led, controle de ar condicio-
nado, TV, cortinas e iluminação por aplicativo de celular.
 ■ Requisitos de Qualidade – O piso deve ser de laminado de primeira linha 
cor tabaco, tintas acrílicas para acabamento cor Branco Gesso.
Agora imagine que o patrocinador do projeto corte 30% dos recursos. O que você faria? 
Independente da sua resposta, você terá algumas alternativas, como, por exemplo:
1. Reduzir o escopo do produto: entregar a casa com 4 quartos, mas apenas
1 com suíte, sem jardim e com apenas 2 vagas de garagem.
2. Aumentar o tempo de entrega da casa, que antes era de 6 meses para 12 
meses. Reduzindo assim o custo com pessoal.
3. Manter o escopo e substituir os itens que impactarão na qualidade, como 
trocar o laminado de primeira linha por um de segunda ou terceira linha, 
substituir a tinta por uma inferior entre outros.
Nesta perspectiva, todos os projetos têm um orçamento finito; o cliente está dis-
posto a gastar uma certa quantia de dinheiro para a entrega de um novo produto 
ou serviço. Imagine o exemplo da casa se você reduzir o custo do projeto, terá 
que reduzir seu escopo ou aumentar seu tempo.
Com relação ao tempo, os projetos têm uma data limite para entrega. Quando 
você reduz o tempo do projeto, você terá que aumentar seu custo ou reduzir 
seu escopo. Cabe destacar também que muitos projetos falham na restrição do 
escopo do projeto, porque este projeto não está totalmente definido ou compre-
endido desde o início. 
CONCEITOS E ASPECTOS INICIAIS SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E32
Pense ainda no exemplo da casa, se você aumenta o escopo de um projeto, 
terá que aumentar seu custo ou tempo. Perceba que se você for o gerente deste 
projeto precisará reequilibrar o projeto para atender novas restrições e proporcio-
nar sucesso ao cliente. Logo, um gerente de projeto precisa pesar uma restrição 
contra outra para alcançar o melhor resultado.
Por isso, no gerenciamento do projeto os três fatores mais importantes são o 
tempo, o custo e o escopo. Estes formam os vértices com qualidade como tema 
central, pois será sempre afetada pela variação desses três elementos. 
Escopo
Qualidade
Tempo Custos Figura 4 - A restrição tripla
Fonte: a autora. 
Isto é, a restrição tripla possui quatro elementos principais:
 ■ Os projetos devem estar dentro do custo.
 ■ Os projetos devem estar dentro do escopo.
 ■ Os projetos devem ser entregues a tempo.
 ■ Os projetos devem atender aos requisitos de qualidade do cliente.
Assim, o escopo, tempo, qualidade e custos são determinantes para o sucesso do 
projeto, visto que, se houver atrasos nele, isso vai impactar em aumento de cus-
tos. Se houver aumento de custos, isso pode interferir no escopo e/ou objetivo 
do projeto. Ainda, a qualidade é um fator determinante para o aceite do pro-
jeto, pelos patrocinadores.
Vale ressaltar que metodologia de gerenciamento de projetos não se restringe 
apenas à tripla restrição, mas por dez áreas de conhecimento, que se constitui-
rão em detalhes e serão parte deste livro:
https://escritoriodeprojetos.com.br/restricao-tripla
https://escritoriodeprojetos.com.br/restricao-tripla
https://escritoriodeprojetos.com.br/restricao-tripla
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 32 – Figura 4 - A restrição tripla 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se á “Figura 4 - A restrição tripla” Representada por 
um triangulo repartido em 4 partes. A 1 na parte superior representando “escopo”, a 
segunda na parte central representando “Qualidade”, a terceira do lado esquerdo 
representando “tempo” e a quarta do lado direito representando “custos”. FIM 
DESCRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gerenciamento de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
33
Gerenciamento 
da Integração
Gerenciamento 
de Escopo
Gerenciamento 
de Custos
Gerenciamento 
de Qualidade
Gerenciamento 
das Aquisições
Gerenciamento 
de Recursos
Gerenciamento 
das
Comunicações
Gerenciamento 
de Risco
Gerenciamento 
de Cronograma
Gerenciamento 
das Partes
inclui processos necessários, para identi�car, de�nir, 
combinar e coordenar os processos e atividades de 
gerenciamento de projeto, nos grupos de processos 
de gerenciamento de projetos.
inclui processos para que o projeto contemple o 
trabalho necessário para �nalizar o projeto.
inclui processos de estimativas, planejamento do 
orçamento e controle de custos, de forma que o 
projeto termine dentro do orçamento planejado.
 inclui processos para assegurar a política de 
qualidade determinada no início do projeto, com o 
objetivo de atender as expectativas das partes 
interessadas.
inclui processos para adquirir, produtos ou serviços 
externos a empresa.
inclui processos para identi�car, adquirir e gerenciar 
os recursos necessários para o projeto.
inclui processos de coleta, armazenamento e 
distribuição de informações de forma apropriada aos 
interessados no projeto.
inclui processos de identi�cação, planejamento de 
resposta ao risco e monitoramento do risco em 
projetos.
inclui processos necessários para o término do 
projeto no tempo planejado
Inclui processos para identi�car pessoas, ou organ-
izações que serão impactadas pelo projeto e 
desenvolver estratégias de gerenciamento para o 
engajamento destas partes interessadas.
Fonte: PMI (2017).
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 33 – Sem legendas 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a um quadro dividido em duas colunas da 
esquerda para direita. A primeira se refere à: 
Gerenciamento da integração” destacado em negrito - inclui processos necessários, para 
identificar, definir, combinar e coordenar os processos e atividades de gerenciamento de 
projeto, nos grupos de processos de gerenciamento de projetos. 
“Gerenciamento de Escopo” destacado em negrito - inclui processos para que o projeto 
contemple o trabalho necessário para finalizar o projeto. 
“Gerenciamento de custos” destacado em negrito - inclui processos de estimativas, 
planejamento do orçamento e controle de custos, de forma que o projeto termine dentro 
do orçamento planejado. 
“Gerenciamento de qualidade” destacado em negrito - inclui processos para assegurar a 
política de qualidade determinada no início do projeto, com o objetivo de atender as 
expectativas das partes interessadas. 
“Gerenciamento das Aquisições” destacado em negrito - inclui processos para adquirir, 
produtos ou serviços externos a empresa. 
“Gerenciamento de Recursos” destacado em negrito - inclui processos para identificar, 
adquirir e gerenciar os recursos necessários para o projeto. 
“Gerenciamento das Comunicações” destacado em negrito - inclui processos de coleta, 
armazenamento e distribuição de informações de forma apropriada aos interessados no 
projeto. 
“Gerenciamento de Risco” destacado em negrito - inclui processos de identificação, 
planejamento de resposta ao risco e monitoramento do risco em projetos. 
“Gerenciamento de Cronograma” destacado em negrito - inclui processos necessários para 
o término do projeto no tempo planejado 
“Gerenciamento das Partes” destacado em negrito - Inclui processos para identificar 
pessoas, ou organizações que serão impactadas pelo projeto e desenvolver estratégias de 
gerenciamento para o engajamento destas partes interessadas. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
CONCEITOS E ASPECTOS INICIAIS SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E34
O PAPEL E COMPETÊNCIAS PESSOAIS DO GERENTE DE PROJETOS
O gerente de projetos precisa fazer as coisas acontecerem e para isso é necessário 
o conhecimento de técnicas e competências multidisciplinares. Nesta perspec-
tiva, o gerente de projeto tem um papel de dirigir, supervisionar e controlar o 
projeto do início ao fim. De acordo com o PMI (2017), o gerente de projetos 
deve ter os seguintes atributos:
 ■ Conhecimentos sobre as melhores práticas de gerenciamento de proje-
tos, o ambiente de negócios, aspectos técnicos e informações necessárias 
para administrar o projeto com eficácia.
 ■ Habilidades para liderar a equipe do projeto com eficácia, coordenando 
o trabalho e colaborando com as partes interessadas, bem como solucio-
nar problemas e tomar decisões.
 ■ Capacidade para desenvolver e gerenciar o escopo, cronogramas, orça-
mentos, riscos, planos, apresentações e relatórios.
 ■ Personalidade, atitude, ética e liderança.
Percebe-se que não é função do gerente de projetos realizar o trabalho do projeto, 
pois a atividade de gerenciar o projeto é suficiente. Assim, um gerente de projeto deve:
 ■ Definir o que será feito, reduzindo o projeto a um conjunto de tarefas 
menores e gerenciáveis, buscar recursos, definir quem executará as tarefas.
 ■ Aprender a ser flexível e se adaptar e gerenciar as mudanças.
 ■ Perseguir o objetivo do projeto, motivar a equipe de desenvolvimento e 
terminar dentro do prazo.
 ■ Identificar e mitigar os riscos do projeto.
 ■ Gerenciar a comunicação de forma que todas as partes interessadas do 
projeto tenha acesso à informação do progresso do projeto.
De acordo com o PMI (2017), para obter sucesso, os gerentes de projetos pre-
cisam se concentrar nas habilidades chaves, como: gerenciamento de projetos 
técnico, liderança e gerenciamento estratégico e de negócios, isto é, ao triângulo 
de talentos (Figura 5).
Gerenciamento de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
35
Ger
en
cia
m
en
to
de
 P
ro
je
to
s T
éc
ni
co
Liderança
Gerenciamento
estratégico e de negócio
Figura 5 – Triângulos de Talentos do PMI
Fonte: adaptada de PMI (2017, p. 57).
O gerenciamento de projetos técnicos envolve o conhecimento, habilidades 
específicas de gerenciamento de projetos, programas e portfólios. Isto é, aspec-
tos técnicos relativos à execução da sua função. A liderança está relacionada ao 
conhecimento, habilidade e comportamentos necessários para ajudar a orga-
nização a atingir suas metas de negócios, por meio da orientação, motivação e 
direção da equipe. Por fim, o gerenciamento estratégico e de negócios exige o 
conhecimento e expertise no setor e na organização, de forma a fornecer um 
melhor resultado do negócio (PMI, 2017).
O PMI (2017) salienta que apesar do triângulo de talentos ser fundamental 
para o gerenciamento de projetos é insuficiente em um mercado cada vez mais 
competitivo e complexo, e que as organizações procuram cada vez mais habili-
dades adicionais de liderança e inteligência de negócios.
Não obstante, “[...] a palavra gerenciamento está mais associada a orientar a 
outra pessoa a ir de um ponto a outro usando um conjunto conhecido de com-
portamentos esperados” (PMI, 2017, p. 64). 
Em contrapartida, a liderança envolve trabalhar com outros para guiá-los de 
um ponto a outro por meio de discussão ou debate. Neste sentido, a liderança 
e o gerenciamento devem ser empregados de forma conjunta para alcançar o 
sucesso do projeto. O grande desafio é a habilidade de encontrar o equilíbrio 
certo perante cada situação (PMI, 2017). Assim, o gerente de projetos exibe dife-
rentes papéis (Figura 6).
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 35 – Figura 5 – Triângulos de Talentos do PMI 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A Imagem Figura 5 – Triângulos de Talentos do PMI refere-se a um 
triangulo destacado por 3 cores. A parte mais clara representando “gerenciamento de 
projetos técnicos” Azul escuro representando “gerenciamento estratégico e de negócio e 
o azul mais claro representando “liderança”. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCEITOS E ASPECTOS INICIAIS SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E36
Gerente de
Projetos
Administrador
de interfaces
Administrador
de tecnologias
Administrador
de pessoas
Organizador
Planejador
Implementador
Formulador
de métodos
Figura 6 - Papéis do gerente de projetos
Fonte: adaptada de Leal e Castro (2017, p. 30).
Com relação à Figura 6, o gerente de projetos deve atuar como um planejador, 
assegurando a preparação do produto com a qualidade esperada dentro do orça-
mento aprovado e de acordo com as expectativas das partes interessadas. Por 
outro lado, como organizador o gerente de projetos deve prever e utilizar méto-
dos para a execução do projeto de forma ordenada (LEAL; CASTRO, 2017). 
O gerente de projetos tem o papel de administrar pessoas, isto é, lidar com 
o aspecto comportamental delas. Para isso, deverá entender de liderança, pois 
trabalhará com uma equipe que precisará gerenciá-la de forma a atender os obje-
tivos do projeto. Como administrador de interfaces, precisará prover soluções 
organizacionais coletivas e ao mesmo tempo atender as necessidades dos envol-
vidos no projeto de forma que se mantenham motivados para execução de suas 
tarefas (LEAL; CASTRO, 2017).
Ainda, conforme Figura 6, o gerente de projetos tem a responsabilidade 
de administrar tecnologias, ser implementador e formulador de métodos. 
Administrar tecnologias compreende em tarefas atividades e tomadas de decisões 
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 36 – Figura 6 - Papéis do gerente de projetos 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem da Figura 6 - Papéis do gerente de projetos refere-se a um 
diagrama circular. Contém um Circulo na parte central que se refere a “gerente de 
projetos” expandindo para outros 7 círculos que são representados por: “administrador de 
interfaces, administrador de tecnologias, implementador, formulador de métodos, 
planejador, organizador, administrador de pessoas. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gerenciamento de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
37
que envolvem domínio técnico. Como implementador o gerente de projetos tem 
a função de fazer o projeto acontecer, implementando ações para que o que foi 
planejado seja executado. Por fim, o gerente de projetos deve estabelecer meto-
dologias e processos para que o projeto seja executado com êxito.
Quadro 2 – Comparação entre Gerenciamento e Liderança de Equipe
Gerenciamento Liderança
Direta usando poder posicional Guiar, influenciar e colaborar usando 
poder relacional
Manter Desenvolver
Administrar Inovar
Foco em sistemas e estrutura Foco em relacionamentos com pessoas
Apoiar-se em controle Inspirar confiança
Foco em metas de curto prazo Foco em visão de longo alcance
Perguntar como e quando Perguntar o que e por que
Foco nos resultados Foco no horizonte
Aceita o status quo Questiona o status quo
Age corretamente Faz o que é necessário fazer
Foco em questões operacionais e solu-
ção de problemas
Foco em visão, alinhamento, motivação 
e inspiração
Fonte: adaptado de PMI (2017, p. 64).
A forma como a liderança e gerenciamento são empregados demonstra o estilo 
de liderança de um gerente de projetos, logo, o método escolhido pelo gerente 
de projetos revela a diferença no comportamento, na autopercepção e função 
de projeto (PMI, 2017).
No geral, as habilidades esperadas de um gerente de projetos é a liderança, 
construção de equipes, a capacidade de motivação, de comunicação e de influen-
ciar pessoas, negociação, organização entre outras. Ainda, o gerente de projetos 
precisa exibir forte capacidade de apresentação de ideias e argumentos, ou seja, 
saber produzir e apresentar informações garante que o trabalho não seja ava-
liado de modo inferior.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 37 – Quadro 2 – Comparação entre Gerenciamento e Liderança de Equipe 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem “Quadro 2 – Comparação entre Gerenciamento e Liderança 
de Equipe” representa um quadro com duas colunas, da esquerda para direita: 
Gerenciamento – Liderança 
Direta usando poder posicional - Guiar, influenciar e colaborar usando poder relacional 
Manter – Desenvolver 
Administrar – Inovar 
Foco em sistemas e estrutura - Foco em relacionamentos com pessoas 
Apoiar-se em controle - Inspirar confiança 
Foco em metas de curto prazo - Foco em visão de longo alcance 
Perguntar como e quando - Perguntar o que e por que 
Foco nos resultados - Foco no horizonte 
Aceita o status quo - Questiona o status quo
Age corretamente - Faz o que é necessário fazer 
Foco em questões operacionais e solução de problemas - Foco em visão, alinhamento, 
motivação e inspiração. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
CONCEITOS E ASPECTOS INICIAIS SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E38
Portanto, em um ambiente dinâmico, os gerentes de projetos de alto nível 
devem ter capacidade de apresentar ideias, motivar a equipe, resolver problemas, 
gerenciar os riscos e apresentar resultados. Ressalta-se que o gerente de projeto 
tem como atividade categórica a organização e também conhecer as suas urgên-
cias e prioridades. As deficiências em qualquer uma dessas áreas pode levar à 
falha do projeto.
Nessa perspectiva, o sucesso do gerente do projeto ocorre quando os objetivos 
do projeto tiverem sido alcançados, bem como a satisfação das partes interessa-
das, das quais o gerente de projetos deve atender as necessidades, expectativas e 
preocupações a fim de satisfazê-las (PMI, 2017). “[...] Para ter sucesso, o gerente 
do projeto deve adaptar a abordagem do projeto, o ciclo de vida e os processos 
de gerenciamento de projetos para cumprir os requisitos de projeto e produto” 
(PMI, 2017, p. 64).
Como iniciar a carreira de gerente de projetos
Para os iniciantes, é recomendável que busquem um estágio ou uma po-
sição “júnior” na área. Visto que as organizações normalmente procuram 
pessoas com experiência em pelo menos 2 anos em projetos. Para ser um 
gerente de projetos de carteirinha é importante realizar um exame de cer-
tificação. O PMI oferece um programa completo com oito tipos de certifi-
cações para profissionais de projetos de todos os níveis de escolaridade e 
de qualificação. Vamos destacar aqui o CAPM (Certified Associate in Project 
Management) e o PMP (Project Management Professional) em gerencia-
mento de projetos. Para quem está iniciando a profissão ou estudantes o 
ideal é a certificação CAPM do PMI que exige 23 horas de educação formal 
ou 1500 horas de trabalho em uma ou mais equipes de projeto. Já se você 
conseguir comprovar que está atuando na área há no mínimo 3 anos, a cer-
tificação PMP é o caminho.
Fonte: Sotille ([2018], on-line)1. 
Benefícios com a Utilização da Metodologia de Gestão de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
39
BENEFÍCIOS COM A UTILIZAÇÃO DA METODOLOGIA 
DE GESTÃO DE PROJETOS
O gerenciamento de projetos deve ser visto como uma ferramenta que ajuda 
as organizações a executar projetos designados de forma eficaz e eficiente 
(AZZOPARDI, 2006). Ao empregar as boas práticas de gerenciamento do pro-
jeto, a organização poderá obter resultados efetivos, como redução de custos e 
de prazos de desenvolvimento de novos produtos. Além disso, permitirá um: 
aumento do tempo de vida dos produtos, maior controle sobre o andamento 
do projeto, aumento de clientes, bem como de sua satisfação, potencializando, 
assim, as chances de sucesso do projeto.
 ■ Firmino (2005) destaca os benefícios para as organizações que utilizam 
as melhores práticas são:
 ■ Reduz o aparecimento de “surpresas”, devido ao processo de documen-
tação e compartilhamento de lições aprendidas.
 ■ Permite o desenvolvimento de diferenciais competitivos e novas técnicas 
com alto valor agregado.
CONCEITOS E ASPECTOS INICIAIS SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E40
 ■ Antecipa as situações indesejáveis que poderão ser encontradas, devido às 
ações preventivas e corretivas tomadas antes que essas situações se con-
solidem como problemas.
 ■ Adapta rapidamente o trabalho ao cliente.
 ■ Rápida tomada de decisões, pois as informações estão estruturadas e 
disponibilizadas.
 ■ Documenta as estimativas para futuros projetos.
 ■ Compartilhamento de conhecimento organizacional para toda a instituição.
Pense que mesmo aplicando a metodologia de gerenciamento de projetos de 
forma disciplinada, você não eliminará todos os riscos, problemas e surpresas, 
mas terá processos e procedimentos padrão que te ajudarão a lidar com eles e 
ajudar a evitar o seguinte:
 ■ Atrasos no projeto, aumento no orçamento e não atender às expectati-
vas do cliente.
 ■ O gerenciamento de projetos não agregando valor à organização, sendo 
visto como um desperdício de tempo e dinheiro.
 ■ Projetos bem-sucedidos, alcançados por meio de horas extraordinárias 
dedicadas, estresse constante entre outros.
 ■ Eventos e riscos internos e externos que afetam o projeto, mas que não 
foram identificados no início.
Nesta perspectiva, as empresas que adotam as melhores práticas estão mais habi-
litadas ao sucesso no mercado. Contudo, o uso desta ferramenta não garante o 
sucesso automático do projeto (AZZOPARDI, 2006), pois não podemos esquecer 
que o nível de benefícios obtidos pelas instituições com a utilização do gerencia-
mento de projetos está relacionado com ao amadurecimento em relação às boas 
práticas, bem como aos conceitos que ela traz. 
Fatores Críticos de Sucesso em Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
41
FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO EM PROJETO
Um projeto bem sucedido é aquele que produziu todas as entregas planejadas 
dentro do cronograma e orçamento aprovado, bem como de acordo com todas 
as especificações funcionais de performance e de qualidade. Ainda alcançou suas 
metas, objetivos e propósitos, atingindo também todas as expectativas das par-
tes interessadas (DO VALLE et al., 2010, p. 57).
Para Baccarini (1999), o sucesso no gerenciamento do projeto é o atendi-
mento dos prazos e dos custos, satisfação das necessidades das partes interessadas 
e a qualidade no processo de gerenciamento do projeto. Baccarini (1999) ainda 
diferencia o sucesso do projeto com o do produto e que este último depende do 
atendimento das metas organizacionais, isto é, dos objetivos do projeto, da satis-
fação do cliente e/ou usuário e da satisfação dos envolvidos no projeto. 
O autor destaca que o sucesso do gerenciamento do projeto pode influenciar 
no sucesso do produto, ressaltando que é improvável que possa prevenir falhas 
no produto. Assim, o sucesso no gerenciamento de projetos está subordinado 
ao sucesso do produto. Logo, os critérios de sucesso de gerenciamento de pro-
jetos de tempo, custo e desempenho são dependentes do sucesso dos objetivos 
do projeto (BACCARINI, 1999).
CONCEITOS E ASPECTOS INICIAIS SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E42
Contudo, a implantação de gerenciamento do projeto nas organizações é uma 
tarefa árdua em que o sucesso do projeto depende de alguns fatores críticos, como:
Apoio da alta
administração
Gerenciamento 
das expectativas 
das partes
interessadas
Alcance 
dos objetivos 
para qual ele foi 
empreendido
 
Apoio da 
metodologia de 
gerenciamento 
de projetos
Compreender o 
contexto e a 
cultura 
organizacio-
nal
De acordo com Borba (2015, on-line)2, o apoio da alta administração é o mais impor-
tante para o projeto, pois sem isso não há um patrocinador, não haverá recursos 
físicos e humanos necessários à execução do projeto. O autor destaca que o pro-
jeto deve atingir os objetivos geradores dos benefícios previstos para a organização. 
Para que os objetivos sejam alcançados, devem ser criadas formas de medição de 
tempo, custo, qualidade, segurança, entre outros (BORBA, 2015, on-line)2.
As expectativas que partes interessadas possuem, com a execução do projeto, 
devem ser atendidas ou superadas por meio da aplicação do conhecimento, habi-
lidades, ferramentas e técnicas às atividades componentes do projeto (BORBA, 
2015, on-line)2. Na maioria das vezes, um projeto pode ser
considerado um 
sucesso de execução se atender os critérios de tempo, custo, eficácia e satisfa-
ção do cliente (BORBA, 2015, on-line)2. Cabe destacar que os processos não 
desenvolvem projetos, mas sim pessoas incumbidas de atividades que se forem 
gerenciadas de forma adequada culminará no atendimento objetivo do projeto. 
Como as pessoas que realizam o projeto, é necessário que o gerente do projeto 
tenha capacidade de se comunicar, liderar, motivar e, acima de tudo, se envol-
ver com pessoas é fundamental para o sucesso de um projeto.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 42 – Sem legendas 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a 5 quadrados. Dois superiores, um central e dois 
inferiores. Os dois superiores representam “apoio de alta administração” e 
“gerenciamento das expectativas das partes interessadas”. O quadrado central representa 
“alcance dos objetivos para qual ele foi empreendido”. E os dois quadrados inferiores que 
representam “apoio da metodologia de gerenciamento de projetos” e “compreender o 
contexto e a cultura organizacional”. FIM DESCRIÇÃO. 
 
Fatores Críticos de Sucesso em Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
43
Borba (2015, on-line)2 destaca que a adequação de recursos de projeto pode 
ser alcançada por meio da metodologia de boas práticas de gerenciamento de 
projetos objetivando o nivelamento dos recursos alocados. Além disso, para te 
auxiliar no processo de planejamento do projeto é importante compreender con-
texto organizacional. Não obstante, entender a cultura organizacional te auxiliará 
no processo de execução das atividades do projeto.
Uma parte interessada, interna ou externa, pode afetar ou ser afetada, posi-
tiva ou negativamente, por decisões, atividade ou resultado de um projeto.
As partes interessadas internas são patrocinador, gerente de recursos; escri-
tório de projetos; comitê de portfólio, gerente do programa e de outros pro-
jetos; membros da equipe que está executando o projeto. Por outro lado, 
as partes interessadas externas são: clientes e usuários finais; fornecedores; 
acionistas; agentes reguladores; concorrentes.
Fonte: adaptado de PMI (2017).
Assim, o gerenciamento de projetos é o gerenciamento de pessoas, gerencia-
mento de tecnologia, gerenciamento de negócios, gerenciamento de riscos e 
gerenciamento de expectativas. É um ato de malabarismo, com muitas bolas no 
ar ao mesmo tempo (WIEGERS, 2006). Diante disso, o autor destaca que para 
ter um projeto bem-sucedido é importante:
 ■ Definir critérios de sucesso do projeto: identifique as partes interessadas e 
seus interesses, alinhe suas expectativas e defina objetivos. Motive a equipe, 
o cliente e atenda os padrões da indústria ou regulamentos governamentais.
 ■ Definir critérios de lançamento do produto: já no início do projeto, 
decida de forma realista qual o critério que indicará se o produto está 
pronto para o seu lançamento. 
 ■ Negociar compromissos viáveis: só faça um compromisso que você sabe 
que pode manter. A negociação é necessária sempre que houver uma 
lacuna entre o cronograma ou a funcionalidade.
CONCEITOS E ASPECTOS INICIAIS SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E44
 ■ Escrever um plano e descompactar as tarefas: escrever o plano de geren-
ciamento de projeto fará com que analise o que será necessário para 
resolver o problema, o que reduzirá o número de surpresas mais tarde 
no projeto.
 ■ Planejar o retrabalho: pense que quase todas as atividades de controle 
de qualidade, como testes e avaliações de pares, encontram defeitos ou 
outras oportunidades de melhoria. 
 ■ Gerenciar os riscos do projeto: se você não identifica e controla os ris-
cos do projeto, eles o controlarão. Um risco é um problema potencial que 
pode afetar o sucesso do seu projeto.
 ■ Reservar algum tempo do cronograma do seu projeto: as atividades do 
projeto devem incluir a criação de mudanças de processo, por isso não 
aloque 100% do tempo disponível de seus membros da equipe para tare-
fas de projeto.
 ■ Não agendar pessoas multitarefa por mais de 80% do tempo: a mul-
titarefa excessiva introduz ineficiências no processo de comunicação e 
pensamento que reduzem a produtividade individual.
 ■ Investir no aprendizado e criar tempo de treinamento no cronograma: 
crie treinamentos e subtraia isso do tempo disponível para que eles tra-
balhem nas tarefas do projeto.
 ■ Planejar reservas de contingência: os projetos nunca vão exatamente 
como planejado. O gerente de projeto prudente incorpora orçamento 
e agendamento de contingências (também conhecido como reserva de 
gerenciamento) no final das principais fases para acomodar o imprevisto.
 ■ Acompanhar o status do projeto abertamente e honestamente: crie um 
clima no qual os membros da equipe considerem que é seguro para eles 
reportarem o status do projeto com precisão.
 ■ Realizar retrospectivas do projeto: durante essa revisão, identifique as 
coisas que foram bem. Procure também coisas que não foram tão boas e 
pense em eventos que o surpreenderam, pois estes podem ser fatores de 
risco para os quais você deve estar atento no próximo projeto.
Fatores Críticos de Fracasso em Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
45
Assim, perceba que sucesso no gerenciamento de projetos está subordinado ao 
sucesso do produto, o que implica em atingir os objetivos do projeto, bem como 
das partes interessadas. Entretanto, vimos que a implantação de gerenciamento 
do projeto nas organizações é uma tarefa árdua em que o sucesso do projeto 
depende de alguns fatores críticos e habilidades do gerente do projeto.
O melhor projeto é aquele que atende o cliente, os objetivos organizacio-
nais, os requisitos legais, é viável economicamente, que apresenta um me-
nor risco e/ou um maior conhecimento técnico.
FATORES CRÍTICOS DE FRACASSO EM PROJETOS
O atributo mais importante de um projeto é que ele deve ser suficientemente 
importante para justificar a criação de uma unidade organizacional especial 
fora da estrutura de rotina da organização. Se o resto da organização perceber, 
ou mesmo suspeitar, que isso não é realmente importante, o projeto geralmente 
está condenado a falhar (MEREDITH; MANTEL JR., 2009). 
CONCEITOS E ASPECTOS INICIAIS SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E46
Assim, os projetos fracassam quando os objetivos não são alcançados no 
prazo e os custos sobem além dos limites aceitáveis, ou os níveis de qualidade 
estipulados ficam comprometidos (KEELLING, 2006). O autor destaca que essas 
áreas de fracasso podem ocorrer durante os processos de iniciação, planejamento, 
execução e controle e encerramento do projeto.
De acordo com Keelling (2006), na fase de iniciação o fracasso pode vir por 
meio dos patrocinadores e proprietários do projeto que:
 ■ Fracassam em dedicar tempo e estudo suficiente no estudo de viabili-
dade do projeto.
 ■ Pesquisa de avaliação de riscos inadequada na fase de viabilidade.
 ■ Fracasso em garantir a cooperação de todos os interessados no projeto, 
por exemplo: acordos entre órgãos públicos ou indivíduos visto que, no 
decorrer dele, pode ocorrer oposições e entraves ao projeto. 
 ■ Falta de respaldo administrativos ou capacidades inadequadas nos está-
gios iniciais do projeto.
Na fase de planejamento, Keelling (2006) destaca que o fracasso acontece por 
causa do: 
 ■ Propósito inválido do projeto, colocando-o em função de publicidade ou 
ganhos pessoais.
 ■ Falta de capacidade de planejamento, com objetivos mal definidos e ati-
vidades planejadas de forma inadequada.
 ■ Estrutura administrativa imprópria, delegação de autoridade mal definida.
 ■ Fracasso
em considerar possíveis impedimentos e falha em analisar ris-
cos e planos de contingências.
 ■ Fracasso em realizar o orçamento de forma equivocada, fora da realidade 
ou especificar de forma incorreta a qualidade.
 ■ Negociação deficiente de contrato.
Fatores Críticos de Fracasso em Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
47
Keelling (2006) ressalta que durante a execução/implementação do projeto o 
fracasso pode vir por:
 ■ Má seleção de especialistas, líderes e gerentes.
 ■ Estilos impróprios de liderança.
 ■ Monitoração e controle inadequados pelos gerentes e líderes de equipe.
 ■ Coordenação frágil da atividade e a incapacidade de alcançar a coopera-
ção das pessoas envolvidas no projeto.
 ■ Deficiência na provisão de recursos ou equipamentos e materiais.
 ■ Materiais e equipamentos com especificação técnica inferiores.
 ■ Fracassos na comunicação e nos relatórios de acompanhamento.
 ■ Relutância em tomar medidas corretivas e fracasso em realizar previsões 
regulares e caso necessário refazer o projeto.
Por fim, na fase de conclusão, segundo Keelling (2006), a falha advém do:
 ■ Fracasso em concluir dentro do prazo.
 ■ Fracasso em alcançar os padrões de qualidade adequados e exigidos no 
início do projeto.
 ■ Entregas inadequadas às atividades propostas.
 ■ Avaliação e acompanhamento inadequados do projeto.
 ■ Falta de sustentação para os objetivos do projeto.
Vimos que muitas coisas podem dar errado no gerenciamento de projetos. 
Quaisquer barreiras, riscos e problemas podem afetar todas as fases e processos 
de gerenciamento de projetos. Além disso, o autor salienta que há outros itens 
que podem levar ao fracasso do projeto como: a comunicação pobre, o desacordo, 
os mal-entendidos, o clima inclemente, as greves, os conflitos de personalidade, 
a má administração e os objetivos mal definidos. Do Valle et al. (2010, p. 57) des-
taca que os erros mais comuns no gerenciamento de projeto são:
CONCEITOS E ASPECTOS INICIAIS SOBRE GESTÃO DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E48
 ■ Falta de entendimento do alinhamento do projeto com a organização e 
de gerenciamento das expectativas das partes interessadas.
 ■ Falta de acordo das partes interessadas em relação a fatores de sucesso 
do projeto.
 ■ Falta de um cronograma realista, em que fatores como quantidade de tra-
balho, dependências obrigatórias, estimativas de custos e nivelamento de 
recursos tenham sido previstos.
 ■ Falta de definição e comunicação sobre as responsabilidades da equipe 
do projeto e de aceitação formal do cronograma do projeto.
 ■ Falta de recursos humanos capacitados e disponíveis para trabalhar no 
projeto e de definição de requerimentos e escopo do projeto.
 ■ Inadequação do gerenciamento e liderança do projeto.
Assim, a falta de planejamento de recursos humanos, materiais, cronograma, 
falha na comunicação, no orçamento, alinhamento das partes interessadas com 
os objetivos do projeto, entre outros, são fatores determinantes para o fracasso 
dos projetos.
Desta forma, ao aprendermos, nesta unidade, alguns conceitos iniciais sobre 
gestão de projetos, percebemos que gerenciar projetos envolve conhecimentos 
e habilidades que vão desde a capacidade de planejamento e organização do 
gerente de projetos, até a liderança e motivação da equipe, bem como gerenciar 
a tripla restrição e atender as expectativas do clientes e de todos os envolvi-
dos no projeto.
Considerações Finais
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
49
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta unidade deu início ao processo de entendimento sobre gestão de projetos, 
com conceitos e aspectos iniciais sobre o tema. Você passou a compreender como 
a disciplina de gestão de projetos evoluiu ao longo do tempo e ainda como no 
longo ciclo evolutivo permitiu-se a acumulação de conhecimentos ao longo da 
história sobre a área de gestão de projetos e a sua importância no contexto atual.
Vimos que a prática envolve conhecer quais são as técnicas e métodos de 
gerenciamento de projetos, conhecimentos esses que poderão te auxiliar no 
decorrer de sua jornada seja pessoal e profissional. Aprendemos que gerenciar 
projetos é uma atividade fundamental nas organizações, e que para o gerente de 
projetos, além de conhecer as ferramentas e técnicas, é importante ter ou desen-
volver habilidades e competências para exercer tal função.
Além disso, aprendemos os conceitos e definições de projetos, programas e 
portfólio, bem como a diferença de atividades contínuas das empresas. Passamos 
a compreender o que é gestão de projetos, como ela se desenvolve e principal-
mente o papel e competências essenciais de um gestor de projetos.
Neste contexto, conhecemos os benefícios que um adequado emprego da 
gestão de projetos traz para as organizações, isto é, a importância da gestão de 
projetos para os negócios no contexto do século XXI, o que poderá obter resul-
tados efetivos, como redução de custos e de prazos de desenvolvimento de novos 
produtos. Dentro desta perspectiva, apresentei também os fatores críticos de 
sucesso e fracasso em projetos.
Agora pense que logo estará gerenciando projetos e entender os fatores críti-
cos de sucesso e fracasso em projetos, o que poderá te auxiliar durante o processo 
de gerenciamento. Por isso, reforço aqui a importância de buscar aprofundar na 
metodologia e conhecer casos de sucesso e fracasso em projeto, o que auxiliará 
você a não cometer os mesmos erros.
50 
1. Os projetos podem ser gerenciados de forma autônoma ou conjunta e fun-
cionam como um instrumento para atingir os objetivos estratégicos de uma 
organização, por exemplo, aumento de produtividade, de poder de mercado, 
solicitação de um cliente entre outros. Assinale a alternativa correta.
a) Os portfólios são compostos por um conjunto de projetos individuais.
b) Os programas são compostos por um conjunto de portfólios.
c) Os portfólios são compostos por projetos e programas.
d) Os projetos são compostos por programas.
e) Os projetos são compostos por portfólio.
2. No gerenciamento de projeto, há três áreas essenciais para o desenvolvimento 
de produtos e serviços de qualidade. O fato é que essas áreas são denominadas 
de restrição tripla: tempo, custo e escopo. Considerando que essa restrição é uti-
lizada para resumir o gerenciamento de projetos, a seguir analise as afirmações:
I. Os projetos devem estar dentro do custo, do tempo e do escopo.
II. Um aumento de custo pode impactar no escopo do projeto.
III. Se houver atrasos, isso vai impactar no aumento dos custos.
IV. Alterações no escopo podem influenciar no custo e no tempo. 
É correto o que se afirma em:
a) I.
b) I e II.
c) III e IV.
d) II, III e IV.
e) I, II, III e IV.
51 
3. Os gerentes de projetos têm função de atingir o sucesso do projeto e gerenciá-
-lo, de forma que assumem a responsabilidade de fazer as coisas acontecerem, 
o que exige competências pessoais, administrativas e técnicas. Considerando 
as competências do gerente de projetos, analise as afirmações:
I. O gerente de projetos deve ser proativo e realizar as tarefas e atividades do 
projeto quando necessário.
II. O gerente de projeto deve comunicar-se com as partes interessadas do projeto.
III. O gerente de projeto deve aprender a se adaptar a mudanças.
IV. O gerente de projeto deve definir os objetivos e motivar a equipe.
É correto o que se afirma em:
a) I.
b) I e II.
c) III e IV.
d) II, III e IV.
e) I, II, III e IV.
4. Definimos projeto como um esforço temporário empreendido para criar um 
produto, serviço ou resultado único restringido por recursos escassos em uma 
sequência de atividades relacionadas. Diante disso, quando um projeto termina?
5. O projeto é um plano de intenção de fazer algo
no futuro. Se pararmos para 
pensar, os projetos estão presente o tempo todo na nossa vida. Se pensarmos 
pelo ponto de vista dos negócios os projetos impulsionam mudanças nas em-
presas. Diante disso, descreva 5 (cinco) exemplos de projetos destacados no 
nosso material de estudo.
52 
Ferramentas utilizadas no gerenciamento de projetos
Com a tecnologia da informação, fica muito fácil, buscar ferramentas para gerenciar pro-
jetos, facilitando a comunicação, bem como a visualização das etapas do projeto por 
toda equipe. Diante disso, eu me propus a colocar aqui, algumas ferramentas nacionais 
e estrangeiras para que possam te auxiliar no momento de gerenciar projetos. Cabe 
destacar que não indicarei uma ferramenta como melhor que a outra, visto que tudo 
vai depender do projeto que vai desenvolver, bem como das necessidades dele. Segue 
abaixo algumas ferramentas utilizadas no gerenciamento de projetos:
• Microsoft Project: o MS Project é um software que auxilia no planejamento, 
programação e execução de projetos. Este software, muito utilizado na criação e 
gestão de cronograma, tem também excelentes recursos para controlar escopo, 
custos, recursos, além de exibir gráficos e relatórios dos projetos.
• WBS Schedule Pro: é um software que permite integração com o MS Project, 
muito utilizado para criar e visualizar a Estrutura Análitica do Projeto (EAP) e exi-
be de forma estruturada as entregas do projeto, podendo organizá-las em fases, 
tarefas e subtarefas.
• JIRA: é uma plataforma web da Atlassian para gerenciamento ágil de projetos. 
Esta plataforma permite criar um site colaborativo para cada projetos.
• Trello: é um organizador online de tarefas e atende todo tipo de projeto que 
permite trabalhar colaborativamente com os membros da equipe e ainda oferece 
um aplicativo para celular. Também é baseado em práticas ágeis de gerenciamen-
to de projetos (em especial no Kanban). O Trello oferece um grande mural, onde 
as listas de tarefas são exibidas e permite que você adicione as tarefas (cards) do 
projeto e, conforme as tarefas são realizadas, você as move de uma lista para a 
outra (drag-and-drop), até chegar à sua lista de “Feito”.
• Basecamp: é uma plataforma web de gerenciamento de projetos que oferece 
aplicativo para celular e conta com recursos de lista de tarefas, compartilhamen-
to de arquivos.
• Project Builder: é um Software brasileiro de gerenciamento de projetos, basea-
do nas práticas do PMI, e tem recursos para facilitar o gerenciamento de progra-
mas e portfólios, gestão da equipe, além de relatórios para tomada de decisão 
durante a gestão de projetos.
• Runrun: esta ferramenta facilita na gestão de tarefas e equipe, permitindo criar 
tarefas e gerir a atuação de sua equipe.
• Zoho Projects: funciona como um módulo de gestão da comunicação que per-
mite que o gerente de projetos tenha um controle maior sobre projeto. Pode ser 
integrado com o Google Apps, possui aplicativo para Iphone e Android.
53 
• Pivolttracker: pode ser utilizado na gestão ágil de projetos de desenvolvimento 
de softwares.
• Scrum Half: pode ser utilizado na gestão ágil de projetos de desenvolvimento de 
softwares e foi desenvolvido utilizando o conceito da metodologia Scrum.
• Artia: permite a gestão de projetos com foco em colaboração online, com um 
módulo de gestão de jobs.
• Podio: é uma plataforma colaborativa que auxilia muito na gestão de projetos, 
como no compartilhamento de tarefas, arquivos e dar feedback às tarefas e projetos.
• Smartsheet: essa ferramenta é ideal para gerenciar tarefas e cronogramas on-li-
ne possui recursos muito semelhantes ao project, possui aplicativos para Iphone 
e Android.
• Freedcamp: é ideal para pequenas empresas, pois é uma ferramenta com muitas 
funcionalidades e escalável.
• Gantt Project: oferece todos recursos necessários para gerenciar um projeto, 
mas é considerada um pouco complexa por parte dos utilizadores.
• Asana: projetada pelo fundador do Facebook, a sua utilização e interação é mui-
to semelhante às de uma rede social.
• MeisterTask: permite ter todos os recursos do projeto disponíveis a todos os 
momentos, pois pode ser utilizado no celular. Essa ferramenta se integra perfei-
tamente com o MindMeister, o aplicativo online de mapeamento mental que lhe 
permite realizar brainstorms com outras pessoas em tempo real e criar planos 
visuais de projetos.
Caro(a) aluno(a), cabe a você escolher se irá ou não utilizar softwares para gerenciar pro-
jetos, tudo vai depender do tamanho, características ou necessidades que terá.
Fonte: a autora. 
MATERIAL COMPLEMENTAR
Um Guia do Conjunto de Conhecimentos de Gerenciamento de 
Projetos (Guia PMBOK)
Project Management Institute (PMI)
Editora: Project Management Institute
Sinopse: um Guia do Conjunto de Conhecimentos de Gerenciamento de 
Projetos (Guia PMBOK) é a publicação principal do PMI e é um recurso 
fundamental para o gerenciamento efetivo de projetos em qualquer setor. 
O Guia PMBOK é desenvolvido por profissionais ativos e especialistas em 
assuntos e, depois, revisado pela comunidade de gerenciamento de projetos 
antes de ser lançado, para garantir que ele sempre reflita o estado atual da profissão.
55
REFERÊNCIAS
AZZOPARDI, S. The evolution of project management. Retrieved January, v. 28, p. 
2010, 2006.
BACCARINI, D. The logical framework method for defining project success. Project 
management journal, v. 30, n. 4, p. 25-32, 1999.
BAÍA NETO, J. C. Estudo de procedimento para criação de modelo avaliativo e de 
controle amparado no PMI e no método PALLAS: um estudo de caso. 197f. Dis-
sertação (mestrado) Tecnologias aplicáveis à Bioenergia - Faculdade de Tecnologia 
e Ciências. Salvador, 2010.
CARVALHO, F. C. A. Gestão de projetos. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 
2015.
CODAS, M. M. B. Gerência de projetos: uma reflexão histórica. Revista de Adminis-
tração de Empresas, v. 27, n. 1, p. 33-37, 1987.
DO VALLE, A. B. et al. Fundamentos do gerenciamento de projetos. 2 ed. Rio de 
Janeiro: Editora FGV, 2010.
FIRMINO, L. Princípios de Gerência de Projetos. MBA Executivo em Gerenciamen-
to de Projetos. Fundação Getúlio Vargas. Rio de Janeiro, 2005.
GAREL, G. A history of project management models: From pre-models to the stan-
dard models. International Journal Of Project Management, v. 31, n. 5, p. 663-
669. Jul, 2013.
HODGSON, D. E. et al. The Politics of Projects in Technology‐Intensive Work. New 
Technology, Work and Employment, v. 31, n. 1, p. 1-3, 2016.
KEELLING, R. Gestão de projetos: uma abordagem global. São Paulo: Saraiva, 2006.
LEAL, L. C. G.; CASTRO, S. C. Conceitos de projetos de viabilidade. Maringá: UniCe-
sumar, 2017. 
MEREDITH, J. R.; MANTEL JR., S. J. Project management: a managerial approach. 
John Wiley & Sons, 2009.
PMI (Project Management Institute). Um Guia do Conjunto de conhecimentos de 
Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK). 6. ed. Newtown Square, 2017.
WEBSTER, JR. F. M., KNUTSON, J. What Is Project Management? Project Management 
Concepts and Methodologies. In: DINSMORE, P. C.; CABANIS-BREWIN, J. (Ed.). The 
AMA handbook of project management. AMACOM Div American Mgmt Assn, 
2011.
WIEGERS, K. 21 Project Management Success Tips. In: REIFER, D. J. Software Mana-
gement. 20. ed. John Wiley & Sons, 2006.
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS ON-LINE
1 Em: <http://www.pmtech.com.br/artigos/Iniciando%20Carreira%20em%20
GP%20-%20Mauro%20Sotille.pdf>. Acesso em: 30 jul. 2018.
2 Em: <http://heitorborbasolucoes.com.br/fatores-criticos-de-sucesso-de-um-pro-
jeto/> Acesso em: 30 jul. 2018.
57
GABARITO
1. C.
2. E.
3. D. 
4. Resposta: 
• Os objetivos do projeto foram alcançados.
• Os objetivos não serão ou não poderão ser atingidos.
• Os recursos estão esgotados ou não estão mais disponíveis para alocação ao 
projeto.
• A necessidade do projeto não existe mais.
• O projeto é finalizado por motivo legal ou por conveniência.
5. Resposta: 
• Desenvolvimento de um novo remédio.
• Construção de um prédio.
• Fusão de organizações.
• Desenvolvimento ou modificação de um software.
• Melhorias de um processo de produção em uma indústria.
• Realização de pesquisas para criação de novos processos organizacionais en-
tre outros.
ANOTAÇÕES
U
N
ID
A
D
E II
Professora Me. Marcela Gimenes Bera Oshita
ABORDAGENS, ESTRUTURAS 
E CICLO DE VIDA 
DE PROJETOS
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Ensinar aos alunos os conceitos e ferramentas ágeis de gestão de 
projetos.
 ■ Instruir os alunos sobre a abordagem PMBOK em relação ao ciclo de 
vida e grupo de processos de gerenciamento de projetos.
 ■ Orientar os alunos sobre os tipos de estruturas organizacionais.
 ■ Ensinar os alunos sobre o escritório de gerenciamento de projetos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Abordagem ágil de projetos
 ■ Abordagem PMBOK: ciclo de vida e grupo de processos de 
gerenciamento de projetos
 ■ Estruturas organizacionais
 ■ Escritório de gerenciamento de projetos
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), nesta unidade entenderemos que há duas abordagens em 
gerenciamento de projetos: a tradicional e a ágil. Aprenderemos que não há uma 
melhor do que a outra, mas sim cada uma se encaixa melhor de acordo com 
as características dos projetos e a maturidade da equipe de desenvolvimento, 
e ainda que as duas metodologias podem andar lado a lado, de forma que uma 
apoie a outra. Ainda, para projetos em que a abordagem ágil é a mais indicada, 
você verá que há uma grande diversidade de métodos ágeis que podem ser uti-
lizados e poderá decidir qual utilizar.
Esta unidade apresentará ferramentas que te auxiliarão no processo de orga-
nização das ideias, bem como de seleção após a análise das “melhores”, ou seja, 
as que se encaixam no objetivo estratégico, e dentro da disponibilidade de recur-
sos da empresa naquele dado momento. Aprenderemos, assim, como utilizar o 
mapa mental e o de modelo de negócios para organizar as ideias de projetos, de 
acordo com os critérios estabelecidos pela empresa. 
Veremos que, após a seleção do projeto a ser desenvolvido, inicia-se o ciclo 
de vida do projeto e os processos de gerenciamento de projeto que envolve ini-
ciação, planejamento, execução, monitoramento e controle e encerramento, que 
culminarão em documentos que são importantes para atingir objetivo do pro-
jeto. Aprenderemos, também, que a configuração organizacional é fundamental 
para o alcance dos objetivos de negócios.
Por fim, passaremos a entender a importância de um escritório de gerencia-
mento de projetos dentro do ambiente organizacional. Ele é responsável por dar 
suporte aos gerentes de projetos, fomentar a comunicação entre os times de pro-
jetos e padronizar e centralizar as boas práticas de gerenciamento de projetos.
Agora que entendeu o contexto da nossa unidade, convido você ao aprofun-
damento do assunto tratado acessando os links disponíveis no texto, bem como 
as referências citadas.
Introdução
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
61
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E62
ABORDAGEM ÁGIL DE PROJETOS
Veremos, neste tópico, que o gerenciamento de projetos tradicionais pode ser 
pouco eficaz para projetos de software, uma vez que assume que os eventos 
que afetam o projeto são previsíveis e com muita documentação, seguindo 
um fluxo de um nível alto para um nível baixo, sendo necessário que uma fase 
ou grupo de processos termine antes que outro possa ser iniciado de forma 
orquestrada para que as fases do projeto sejam cumpridas dentro do planejado. 
Além disso, antes de realizar a mudança é necessário aprovação, por meio de 
um comitê que vai avaliar, e, uma vez confirmada, os processos de planeja-
mento devem ser refeitos.
Em contrapartida, nos projetos de software os requisitos são evasivos, volá-
teis e sujeitos a alterações, pois normalmente parte do pressuposto que o cliente 
não tem toda clareza do produto ou serviço no momento da contratação e con-
forme o projeto avança a clareza vai surgindo e as alterações sendo realizadas, 
isto é, os requisitos estão sujeitos a frequentes alterações durante o ciclo de desen-
volvimento do produto.
Abordagem Ágil de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
63
Assim, surge a necessidade de uma abordagem alternativa, mais flexível, 
que permite modificações imediatas do produto, conforme os requisitos apare-
cem e se tornam necessários, nasce então o Agile Project Management (APM), 
que emergiu no setor de tecnologia da informação, principalmente a partir do 
Manifesto Ágil para o desenvolvimento de software, em 2001, criado de forma 
colaborativa por 17 profissionais (CRUZ, 2015).
Uma das bases das abordagens ágeis em projetos é não desperdiçar tempo 
e recursos, pois o método ágil é um processo altamente iterativo e incremen-
tal, no qual os desenvolvedores e as partes interessadas do projeto trabalham 
ativamente em conjunto para entender o domínio, identificar o que precisa ser 
construído e priorizar a funcionalidade (HASS, 2007). De acordo com Cruz 
(2015), o Manifesto traz seus quatro valores, que sustentam e que também for-
mam a base das principais práticas ágeis, que são:
 ■ Pessoas e interações entre elas é mais importante do que processos e ferra-
mentas: os processos e as ferramentas são necessários, porém não devem 
substituir as interações humanas. Ainda, os processos e ferramentas pre-
cisam ser, sempre que possível, simplificados e minimizados para que não 
interfiram nas interações humanas e para que sirvam de apoio ao desen-
volvimento de produtos.
 ■ Software funcionando é mais importante do que documentação abran-
gente: um software funcionando e realizando exatamente o que o seu 
cliente solicitou será sempre uma verdade absoluta. Entretanto, uma docu-
mentação mínima necessária também é importante e possui seu valor.
 ■ Colaboração com o cliente é mais importante do que negociação de contratos: 
colaborar com o cliente significa trazê-lo o mais próximo do projeto, torná-
-lo parte do Time de Desenvolvimento, envolvê-lo nas questões de sucesso, 
de riscos e de fracassos. Cabe destacar que, para ambos os lados, negociar 
contratos com foco em cláusulas punitivas não é positivo, por isso a orien-
tação é para que o foco seja a colaboração e não a negociação de contratos.
 ■ Respostas rápidas a mudanças é mais importante do que seguir um plano: 
atender a uma mudança e responder a ela no tempo certo, com a rapidez 
adequada e na direção certa, é um benefício para qualquer projeto e pode 
ser o que vai definir o sucesso e fracasso de um projeto.
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E64
Princípios por trás do Manifesto Ágil
1. A maior prioridade é satisfazer o cliente por meio da entrega antecipada 
e contínua.
2. Os processos ágeis se adequam rapidamente à mudança.
3. Entregar o software de trabalho com frequência, com o prazo mais curto.
4. Empresas e desenvolvedores devem trabalhar juntos diariamente ao lon-
go do projeto.
5. Construa projetos em torno de indivíduos motivados.
6. O método mais eficiente e eficaz de transmitir informações para um time 
de desenvolvimento é a conversa cara a cara.
7. O software funcional é a principal medida de progresso.
8. Os processos ágeis promovem o desenvolvimento sustentável.
9. A contínua atenção à excelência técnica e ao bom design aumenta a 
agilidade.
10. Simplicidade é essencial, reduza o trabalho que não precisou ser feito.
12. As melhores arquiteturas, requisitos e projetos emergem de equipes au-
to-organizadas.
13. Em intervalos regulares, para o time se tornar mais efetivo, ajuste seu 
comportamento
de acordo.
Fonte: adaptado de Agile manifesto ([2018], on-line)1. 
O Gerente de Projeto precisa considerar suas forças pessoais, pois a aplicação 
de métodos ágeis requer mais liderança e menos gerenciamento real. Com uma 
maior ênfase na equipe (que inclui os clientes do projeto), tomando decisões com 
base nas informações fornecidas pela equipe, as contribuições do Gerenciador de 
Projeto estão mais focadas em “Remoção de barreiras”, olhando para a frente no 
cronograma do projeto e antecipando e abordando as ações que podem impedir 
o progresso da equipe do projeto (WEBSTER JR.; KNUTSON, 2011).
Abordagem Ágil de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
65
Assim, a abordagem Ágil consiste em muitos ciclos de planejamento e desen-
volvimento iterativos rápidos, permitindo que uma equipe de projetos avalie 
constantemente o produto em evolução e obtenha parecer imediato dos clientes/
usuários ou partes interessadas (HASS, 2007). A autora destaca que esta aborda-
gem permite que a equipe aprenda e melhore o produto ou serviço, bem como 
seus métodos de trabalho, de cada ciclo sucessivo. 
A metodologia ágil é totalmente adaptável e aplicável a projetos de qualquer 
natureza. Não existe uma resposta exata para qual metodologia é a melhor. Tudo 
depende da maturidade da organização e da equipe do Projeto. Os métodos ágeis 
normalmente são usados quando: o valor do projeto é claro; o cliente participa 
ativamente ao longo do projeto; o cliente, os designers e os desenvolvedores estão 
co-localizados; o desenvolvimento incremental de recursos é possível; e a docu-
mentação visual é aceitável (HASS, 2007). 
Diante disso, percebe-se que um dos pilares da agilidade é a comunicação 
e a transparência entre as partes interessadas do projeto. Composta por equi-
pes enxutas, multidisciplinares e atuam de forma autogerida. Os métodos ágeis 
quando aplicados exigem que cada colaborador seja um gerente responsável 
pelas próprias ações a ele delegadas. Tornando-se capaz de aumentar o valor do 
produto assumindo decisões de como fazer o trabalho.
As práticas ágeis podem reduzir os riscos em projetos?
ABORDAGEM ÁGIL, PRINCIPAIS APLICAÇÕES
Há uma grande diversidade de métodos ágeis que podem ser utilizados. Entre os 
mais conhecidos, podemos citar o Scrum, a família Crystal, o FDD (Feature Driven 
Development), o DSDM (Dynamic System Development Method), XP (Extreme 
Programming), AUP (Agile Unified Process) e o Lean Software Development.
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E66
Scrum
Entre as diversas metodologias ágeis, o Scrum, para gerenciamento de projetos, 
é a mais difundida. O Scrum, um framework dentro do qual pessoas podem 
tratar de problemas complexos e adaptativos, pode ser utilizado também para o 
planejamento, gerenciamento e desenvolvimento de qualquer produto, princi-
palmente por ser um framework iterativo e incremental (CRUZ, 2015).
A principal ideia do Scrum é controlar processos empíricos, por meio de 
três pilares que emprega uma abordagem iterativa e incremental para otimi-
zar a previsibilidade e o controle de riscos: transparência, inspeção e adaptação.
A transparência garante que os aspectos do processo que afetam o resultado 
sejam visíveis e conhecidos aos que controlam o resultado, para que todos com-
partilharem um mesmo entendimento (CRUZ, 2015). Por exemplo: quando uma 
etapa estiver descrita como finalizada, todos os integrantes devem saber o que 
significa etapa finalizada (SCHWABER; SUTHERLAND, 2013).
A inspeção é parte da auto-organização do Time, logo os processos devem 
ser totalmente inspecionados com uma frequência suficiente para que as varia-
ções possam ser detectadas, considerando que o processo pode ser modificado 
pelo próprio ato de inspecionar. Contudo, a inspeção não deve ser tão frequente 
a ponto de atrapalhar a própria execução (CRUZ, 2015).
A adaptação seria o ajuste a ser realizado rapidamente, caso durante 
a inspeção for verificada uma variação fora dos limites aceitáveis em um 
ou mais aspectos do processo, e que o produto resultante será inaceitável 
(CRUZ, 2015). Para isso, o Scrum possui quatro eventos formais: a reunião 
de planejamento da Sprint; reunião diária; reunião de revisão da Sprint; e a 
retrospectiva da Sprint.
Na Reunião de Planejamento (Sprint Planning), realizada pelo Scrum 
Master com no máximo oito horas, é que se define com toda equipe o trabalho 
a ser realizado para a Sprint de um mês de duração. Nesta reunião, define-se 
“o que será feito” e “como”. Normalmente, estas reuniões são diárias e duram 
entre 15 a 20 minutos e sempre no mesmo local e horário, para que a equipe 
de desenvolvimento possa se organizar e criar um plano até a próxima reu-
nião do dia seguinte. 
Abordagem Ágil de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
67
De acordo com Cruz (2015), o foco das perguntas é um alinhamento do 
que foi e do que será realizado, e o que poderá agregar valor aos trabalhos dos 
outros membros. 
A Revisão da Sprint é a revisão do Product Owner, ou do cliente, em todos os 
itens concluídos pelo Time. Esta cerimônia é um evento de quatro horas, em que 
será possível conferir e avaliar o que foi considerado pronto, levando em conta 
o que está sendo entregue versus o que deveria ter sido entregue (SCHWABER; 
SUTHERLAND, 2013).
A Retrospectiva da Sprint, uma reunião de 3 horas, é uma oportunidade 
para o Time Scrum voltar no tempo inspecionar a si próprio e criar um plano 
para melhorias a serem aplicadas na próxima Sprint de um mês (SCHWABER; 
SUTHERLAND, 2013). Esta é a reunião que mais influencia e provoca a melho-
ria contínua nos projetos e no Time (CRUZ, 2015).
Cabe destacar, que “[...] o framework Scrum consiste nos times do Scrum 
associados a papéis, eventos, artefatos e regras. Cada componente dentro do fra-
mework serve a um propósito específico e é essencial para o uso e sucesso do 
Scrum” (SCHWABER; SUTHERLAND, 2013, p. 3). O Time Scrum é composto 
pelo Product Owner (dono do projeto), o Time de Desenvolvimento e o Scrum 
Master (responsável pela aplicação do Scrum).
Cruz (2015) destaca que o ciclo de vida de um projeto Scrum tem sua estru-
tura, seu sequenciamento e seu ritmo ditados pelas Sprints com início, conteúdo, 
execução e fim. Os Projetos podem possuir fases, e estas podem ser divididas por 
Sprints ou por um conjunto delas. Conforme observado na Figura 1.
Reunião
diária
a cada
24 horas
Sprint
duração entre 2 e 4 semanas
Planejamento
da Sprint Execução
da Sprint
Reunião de
Revisão
Reunião da
Retrospectiva
Backlog
do Produto
Backlog
da Sprint
Produto
Pronto
Figura 1 - Ciclo de vida da Scrum
Fonte: Cruz (2015, p. 96).
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 67 – Figura 1 - Ciclo de vida da Scrum 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 1 - Ciclo de vida da Scrum. É composta 
por um fluxograma do Ciclo. Da esquerda para direita: Backlog do produto - ciclo (sprint 
duração entre 2 e 4 semanas): Planejamento da Sprint - Backlog da Sprint - Execução da 
Sprint - Reunião de Revisão - Reunião da Retrospectiva - Reunião diária - a cada 24 horas - 
Produto pronto. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E68
Cabe destacar que o Backlog é uma lista de todas as características, funções, tec-
nologias, melhorias e correções que constituem o produto a ser entregue. Assim, 
o Backlog do produto: é o que será trabalhado ao longo do projeto e o Backlog da 
Sprint é somente a parte do backlog considerada “preparada” e selecionada para 
ser trabalhada na versão
da Sprint (CRUZ, 2015). Ainda, ao analisar a Figura 1, 
verifica-se que o ciclo de vida Scrum permite a execução de um projeto em ite-
rações menores, em um modelo sequencial e repetitivo, gerando incrementos 
do produto até o encerramento completo do projeto (CRUZ, 2015).
Embora o Scrum possa ser aplicado em qualquer projeto, seus resultados 
positivos são com facilidade alcançados em projetos de natureza tecnoló-
gica e com equipes enxutas, compostas geralmente por três a sete pessoas. 
Um fator relevante é que o Scrum não possui referências para o gerencia-
mento de áreas como custos ou aquisições, tampouco para etapas como 
iniciação ou encerramento de projetos, pois ele é aplicado de forma dire-
cionada e focado apenas na etapa de execução rápida dos projetos. Para 
que os projetos sejam bem executados e tenham bons resultados, uma das 
regras é que o time seja auto-organizável e multidisciplinar: se o Time não 
for experiente o suficiente para se auto-organizar com eficiência e eficácia 
ou se não receber mentoria ou coaching externos, a complexidade da sua 
aplicação e do seu gerenciamento poderá ser aumentada em muitas vezes, 
inviabilizando os objetivos do projeto ou comprometendo a confiabilidade 
do uso do próprio Scrum. 
Fonte: adaptado de Cruz (2015).
Abordagem Ágil de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
69
Família Crystal
Você verá que muitos valores, princípios e práticas do Crystal se aproximam do 
Scrum e robustecem a aplicação da agilidade em projetos de desenvolvimento 
de software (CRUZ, 2015). Desenvolvido por Alister Cokburn, um dos ideali-
zadores do movimento de Desenvolvimento Ágil de Softwares, no ano de 2000. 
A Família Crystal é voltada para a gestão de pessoas, com foco na interação, 
comunidade, habilidades, talentos e comunicações, assim acreditando que estes 
princípios são os que têm efeito no desempenho.
Os membros da equipe têm conjunto diferente de talentos e habilidades, ou 
seja, a exclusividade de processos sobre medida para as equipes. Logo, é muito 
sensível aos fatores humanos, focando nas habilidades e talentos das pessoas. O 
método tem como característica se ajustar a cada projeto de acordo com a sua 
complexidade, adotando um conjunto de processos para cada situação a partir 
da análise de três fatores:
1. A carga de comunicação que é de acordo com o número de pessoas na 
equipe.
2. A criticidade do sistema está relacionada com os riscos que um sistema 
pode causar, quanto mais crítico for o projeto, maior a carga de processos.
3. A prioridade do projeto se dá pela importância do projeto para organi-
zação e suas pessoas, quanto mais prioritário for o projeto maior atenção 
é dada a ele (CRUZ, 2015).
A família Crystal é conhecida por ser pouco definida e por variar de acordo com 
o projeto. Diante disso, utilizam-se cores (Figura 2) para indicar a complexidade 
(ou “dureza”) da metodologia que deve ser aplicada (Cruz, 2015).
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E70
Tempo do Projeto
Fu
nc
io
na
lid
ad
es
 e
 c
ar
ac
te
rís
tic
as
 d
o 
Pr
oj
et
o Incremento n
Comunicação
Planejamento
Modelagem
Construção
Implantação
Incremento 2
Comunicação
Planejamento
Modelagem
Construção
Implantação
Incremento 1
Comunicação
Planejamento
Modelagem
Construção
Implantação
Entrega n
Entrega 2
Entrega 1 - núcleo do
produto
Criticidade do Sistema
Vida (L)
Dinheiro
Essencial (E)
Dinheiro (D)
Conforto (C)
Número de Pessoas
L6 L20 L40 L60
L6 L20 L40 L60
L6 L20 L40 L60
L6 L20 L40 L60
Claro Amare. Laran. Verm.
Figura 2 – Nível de complexidade do projeto
Fonte: Jubileu (2016, on-line)2. 
De acordo com Cruz (2015), quanto mais escura a cor, maior é a sua complexidade 
e maior será o peso dos métodos. A escolha da cor, isto é, o tipo de metodologia 
se dá pela análise da quantidade de pessoas dentro da equipe versus a criticidade 
do projeto. Por exemplo, a cor:
 ■ Crystal Clear é uma metodologia leve, para equipes de duas a oito pes-
soas, podendo ser eficiente com até doze em casos especiais.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 70 – Figura 2 – Nível de complexidade do projeto 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 2 – Nível de complexidade do projeto. É 
composta por duas imagens: a primeira, de um gráfico e, a segunda, abaixo, de uma tabela. 
O gráfico tem eixo vertical de Funcionalidades e características do projeto e eixo horizontal 
de Tempo de Projeto. No centro, 3 fluxogramas sequenciais: Incremento 1, Incremento 2 
e Incremento n, que vão da esquerda para direita e de baixo (Incremento 1) para cima 
(Incremento n). Incremento 1: Comunicação - Planejamento - Modelagem - Cnstrução - 
Implanetação - Entrega 1: núcleo do produto; Incremento 2: Comunicação, Planejamento, 
Modelagem, Construção, Implantação - Entrega 2; Incremento n: Comunicação - 
Planejamento; Modelagem; Construção; Implantação; Entrega n. 
Abaixo, temos a tabela em gráfico, com eixo vertical de Criticidade do Sistema e eixo 
horizontal de Número de pessoas. A tabela tem 5 colunas referente a: Vida (L), Dinheiro 
Essencial (E), Dinheiro (D), Conforto ©; 
Vida (L) - L6, L20, L40, L60; 
Dinheiro Essencial (E) - L6, L20, L40, L60; 
Dinheiro (D) - L6, L20, L40, L60; 
Conforto (C ) - L6 - L20 - L40 - L60. 
Claro - Amarelo - Laranja - Vermelho. 
FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
Abordagem Ágil de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
71
 ■ Crystal Yellow funciona bem para equipes por volta de dez a vinte membros.
 ■ Crystal Orange e a variante Orange Web é mais apropriado para equipes 
de vinte a cinquenta integrantes.
 ■ Crystal Red para equipes de cinquenta a cem membros (CRUZ, 2015).
FDD (Feature Driven Development)
O Feature Driven Development (FDD), criado em 1997 para um banco em 
Singapura, é uma Metodologia interativa e incremental de gerenciamento e 
desenvolvimento de software. Cabe destacar que algumas práticas podem não 
se encaixar muito bem no Times Scrum, tais como a propriedade individual e as 
equipes por funcionalidade, pois o Scrum busca times generalistas e essa última 
prática objetiva a especialização das equipes (CRUZ, 2015).
Por outro lado, outras práticas do FDD se encaixam muito bem no Times 
Scrum, e exige que a equipe se torne ainda mais eficiente no desenvolvimento de 
software. Isso porque a FDD possui práticas como transparência do progresso, o 
gerenciamento de configurações, as inspeções de qualidades, as integrações fre-
quentes e a modelagem com base no negócio (CRUZ, 2015).
O FDD “[...] é uma metodologia ágil que tem como foco principal a mode-
lagem, utilizada como artefato de planejamento e medição das funcionalidades 
que agregam valor ao cliente” (CRUZ, 2015, p. 337). Isto é realizado por meio 
de quatro processos principais (Figura 3):
1. Desenvolver um protótipo de produto: análise de requisitos, orientado 
por objetos e outras técnicas.
2. Elaborar uma lista de funcionalidades: decomposição funcional do 
domínio, em áreas de negócio, atividades de negócio e funcionalidades.
3. Planejar cada uma das funcionalidades: planejamento, ordenação e esti-
mativa das atividades da equipe e complexidade do produto.
4. Desenvolver e entregar cada funcionalidade: definição de padrões e 
esqueletos de código e preparar o produto de entrega funcional.
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E72
Fases de desenvolvimento por produto visando as funcionalidades
Produto Funcionalidades Planejamentos Entregas
• Desenvolver um 
protótipo do 
produto
• Elaborar uma lista 
de funcionalidades 
que irão construir o 
produto
• Planejar
cada uma 
das funcionalidades
• Desenvolver cada 
funcionalidade
• Entregar cada 
funcionalidade
Fases de desenvolvimento
por funcionalidade (F)
Figura 3 – Processos principais da FDD
Fonte: Cruz (2015, p. 337).
Para o desenvolvimento orientado à funcionalidade, sugere-se a aplicação de 
oito práticas que vão auxiliar a realizar os quatro processos principais da FDD 
de forma eficiente (CRUZ, 2015): 
1. Equipes modelam com base no negócio: não há divisão entre a equipe 
de negócio e a equipe de desenvolvimento. Logo, toda equipe trabalha 
em conjunto no atendimento do negócio do cliente, bem como nas suas 
expectativas, focando na resolução do problema.
2. Desenvolvimento por funcionalidades: foco no desenvolvimento de 
entregas em intervalos curtos de tempo, com inspeções e feedback fre-
quentes, além da identificação e mitigação de riscos e o tratamento rápido 
de problemas e mudanças.
3. Propriedade individual: todo código escrito é de apenas um “dono”. A 
ideia é que a própria pessoa mexa no código que construiu, permitindo 
com isso maior rapidez na implementação de códigos associados, com-
plementares ou de correção.
4. Equipes trabalham por funcionalidade: equipes são montadas para tra-
balharem em uma determinada funcionalidade e podem ser organizadas 
por temas. Por exemplo: 
 ■ A equipe A é responsável pela funcionalidade de clientes, e todos os 
códigos associados são de propriedade da A. 
 ■ A equipe B trabalha com a funcionalidade de produtos, sendo a 
“dona” de todos os códigos associados (CRUZ, 2015, p. 339).
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 72 – Figura 3 – Processos principais da FDD 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem “Figura 3 – Processos principais da FDD” refere-se á um 
quadro dividido em 4 partes. A primeira “produto que se refere a: desenvolver um 
protótipo do produto. A segunda “funcionalidades, que se r. efere a: Elaborar uma lista de 
funcionalidades que irão construir o produto. A terceira “Planejamentos” que se refere a: 
Planejar cada uma das funcionalidades. A quarta “entregas” que se refere a: Desenvolver 
cada funcionalidade e entregar cada funcionalidade. Logo abaixo do quarto quadro, abre-
se um colchete que diz “Frases de desenvolvimento por funcionalidades”. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abordagem Ágil de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
73
5. Inspeções de qualidade: o objetivo é de prevenir problemas ou erros e 
antecipar possíveis entregas com má qualidade.
6. Integrações e builds frequentes: as funcionalidades finalizadas devem 
ser integradas às existentes com a possibilidade de serem apresentadas 
ao cliente, permitindo assim a verificação de erros e gerando uma ver-
são atual do sistema. 
7. Gerenciamento de configuração: o gerenciamento de configuração 
proporciona segurança para os desenvolvedores, gestores e cliente. Isso 
porque, com o gerenciamento de configuração, tem-se a documentação 
sobre tudo o que foi realizado, permitindo históricos completos de tudo 
que aconteceu no ciclo de vida de desenvolvimento de um software.
8. Transparência do progresso: tem como finalidade deixar todos a par do 
que está acontecendo com o projeto, isto é, permitir que todos conhe-
çam o progresso e os resultados do projeto sempre que for necessário. 
Apresentando avanços, realizações ou até problemas e um projeto sem-
pre que solicitado ou necessário.
DSDM (Dynamic System Development Method)
A metodologia DSDM também pode ser aplicada de forma complementar com 
o Scrum no desenvolvimento de sistemas. O DSDM foi criado na Inglaterra, na 
década de 90, por uma organização sem fins lucrativos que reuniu membros de 
várias organizações. O DSDM é uma metodologia de desenvolvimento de sof-
tware originalmente baseada em “Desenvolvimento Rápido de Aplicação” (RAD), 
que tem como finalidade entregar softwares no tempo e orçamento “aperta-
dos”, por meio do controle e ajuste de requisitos ao longo do desenvolvimento 
(TEIXEIRA et al., 2005, on-line).
As quatro fases do DSDM (estudo de viabilidade, modelo funcional, Design 
e construção e implementação) são antecedidas pelo pré-projeto e sucedidas pelo 
pós-projeto, conforme a Figura 4.
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E74
PRÉ-
PROJETO
PÓS-
PROJETO
ESTUDO DE
VIABILIDADE/
NEGÓCIO
IMPLEMENTAÇÃO
MODELO
FUNCIONAL
DESIGN E
CONSTRUÇÃO
ITERATIVO E
INCREMENTAL
ITERATIVO E
INCREMENTAL
ITERATIVO E
INCREMENTAL
Figura 4 – Processo DSDM
Fonte: Cruz (2015, p. 348).
No processo DSDM, o Pré-projeto tem como finalidade decidir se o projeto será 
ou não implementado, analisando questões orçamentárias e um plano de estudo 
de viabilidade. Por sua vez, o Pós-Projeto visa a manutenção do sistema desen-
volvido, por meio da realização de tarefas de alteração no sistema no mesmo 
formato aplicado para o desenvolvimento (CRUZ, 2015).
O Estudo de viabilidade busca verificar se o DSDM é a solução mais apro-
priada, avaliando quais processos serão afetados e quais são as necessidades 
de informação para definição do escopo desenvolvimento (CRUZ, 2015). O 
Modelo funcional, de forma básica e resumida, monta uma lista de itens priori-
zados, que são documentados em formato de protótipo. O Design e construção 
é a fase em que todos os requisitos são detalhados, tendo como objetivo desen-
volver o sistema, testando-o inteiramente e obtendo um sistema pronto. Por fim, 
a Implementação se refere à transição do sistema do ambiente de desenvolvi-
mento para o de produção (CRUZ, 2015).
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 74 – Figura 4 – Processo DSDM 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem “Figura 4 – Processo DSDM” refere-se a um fluxograma. 
Iniciando com um quadrado representando “pré -projeto” uma seta direcionando para 
direita dando origem a outro retangulo representando “estudo de viabilidade/negócio. 
Dando origem a outra seta direcionando para baixo sentido outro retangulo representando 
“modelo funcional”, dentro do mesmo outras setas apontadas uma para outra formando 
um circulo representando “iterativo e incremental”. Dando sequência em outra seta 
direcionando para baixo indicando outro retangulo representando “design e construção, 
apontando outra seta para cima voltado ao retangulo “ modelo funcional”, dentro do 
mesmo outras setas apontadas uma para outra formando um circulo representando 
“iterativo e incremental. Outra seta apontando para cima direcionando a outro retangulo 
representando “implementação” dentro do mesmo outras setas apontadas uma para 
outra formando um circulo representando “iterativo e incremental , neste mesmo 
retangulo indicando uma seta lateral apontando para o retangulo “modelo funcional” E 
uma seta apontando a cima em um retangulo representando “pós projeto” e “estudo de 
viabilidade/ negócio”. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
Abordagem Ágil de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
75
XP (Extreme Programming)
O XP, criado por Kent Beck no final da década de 90 nos Estados Unidos, é uma 
abordagem amplamente utilizada no mundo para o desenvolvimento de software 
com qualidade, período curto de tempo, reduzindo os custos e transtornos cau-
sados aos envolvidos no projeto. O XP também pode complementar o Scrum, 
fornecendo princípios e práticas que podem torná-lo ainda mais eficiente. De 
acordo com Foggetti (2014, p. 85-86), os valores do XP são:
 ■ Comunicação: entre os integrantes da equipe e cliente.
 ■ Simplicidade: arquitetura simples é mais fácil de ser implementada.
 ■ Coragem: a equipe deve estar comprometida.
 ■ Feedback: antecipar o feedback evita retrabalho.
 ■ Respeito: o respeito com a equipe é fundamental para execução de 
um bom trabalho.
Cada membro da equipe XP assume responsabilidades
conforme a sua especiali-
dade. O método XP preza por qualidades técnicas e de negócio para desenvolver 
o software em questão (FOGGETTI, 2014). Nesta perspectiva, o cliente é tido 
como aquele que conhece as regras do negócio e, por isso, deve ser mantido no 
ambiente de desenvolvimento com os programadores, para resolver dúvidas e 
dar feedback do que já foi construído (FOGGETTI, 2014).
Ainda, o autor destaca que os papéis do Coach e do Tracker são funda-
mentais para garantir a qualidade das entregas. O primeiro garante a aplicação 
da metodologia e avisa se algo não está de acordo. O segundo fica responsável 
pela coleta e divulgação das informações atualizadas diariamente sobre o anda-
mento dos projetos. Assim, a programação extrema baseia-se em 14 princípios 
(FOGGETTI, 2014):
1. Humanidade – a produção depende dos programadores.
2. Economia – prioridades que agregam o máximo de valor no menor 
tempo possível.
3. Melhoria – melhoria constante, por meio de soluções simples.
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E76
4. Benefício mútuo – desenvolver atividades como testes e refatorações.
5. Semelhanças – utilizar estruturas padrões.
6. Diversidade – a equipe deve possuir habilidades variadas.
7. Passos pequenos – entregas pequenas para garantir a qualidade.
8. Reflexão – a equipe deve refletir sobre o trabalho.
9. Fluxo – a qualidade do trabalho deve ser linear, isto é, sem ociosidade 
ou sobrecarga.
10. Oportunidade – equipe disposta a melhorar e aprender.
11. Redundância – testar bastante reduz erros.
12. Falha – aprendendo com erros.
13. Qualidade – pode-se negociar o tempo e escopo, nunca a qualidade.
14. Aceitação das responsabilidades – não há responsabilidades impostas.
De acordo com Foggetti (2014), um projeto XP se inicia com o entendimento das 
características do produto a ser desenvolvido, que acontece por fases. Inicialmente 
o cliente expõe a sua necessidade iniciando a fase de exploração em que serão 
discutidas soluções possíveis, realizando também pesquisas e experimentações 
para verificar a melhor solução a ser adotada. Na sequência, inicia-se a fase do 
planejamento, que ocorre de forma interativa e incremental com a escrita dos 
cartões, priorização e estimativas. E, por fim, chega na fase de releases e itera-
ções – release é uma versão do software que entra em produção e a iteração é 
um ciclo em que algumas funcionalidades são desenvolvidas e entregues para o 
cliente (FOGGETTI, 2014).
Cabe destacar que, ao acrescentar novas funcionalidades constantemente, 
exige que o código seja simples. Para isso é necessário a realização de testes auto-
matizados e refatorações, em que são necessárias a padronização do código, 
programação em pares e propriedade coletiva (FOGGETTI, 2014).
Abordagem Ágil de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
77
AUP (Agile Unified Process)
Uma abordagem simplificada, o Agile Unified Process (AUP), ou processo uni-
ficado ágil (UP – Unified Process), é um processo para o desenvolvimento de 
software com base no IBM Rational Unified Process – RUP. O ciclo de vida AUP 
é composto por iniciação, elaboração, construção e transição, de forma sequen-
cial, iterativo e disponibiliza versões incrementais ao longo do tempo, conforme 
visão geral que pode ser observada na Figura 5.
Marco fase
Iniciação
Objetivos Ciclo
de Vida
(LCO)
Marco fase
Elaboração
Arquitetura
Ciclo de Vida
(LCA)
Marco fase
Construção
Capacidade
Operacional
Inicial (IOC)
Marco fase
Transição
Lançamento
de Produto
(PR)
Iniciação
Modelo
Implementação
Teste
Implantação
Gerenciamento
de con�guração
Gerenciamento
de projetos
Ambiente
I1 E1 T1 ... T2...CnC1 ... C2 ...
Elaboração Construção Transição
Fases
Iterações
D
is
ci
pl
in
as
Figura 5 – Ciclo de vida AUP
Fonte: Cruz (2015, p. 351).
A fase de iniciação tem como finalidade identificar o escopo de um projeto e a 
possível arquitetura de um projeto que, se for aprovado, passa para a fase de ela-
boração, a qual é responsável por construir um protótipo do sistema para verificar 
se a equipe consegue desenvolvê-lo de forma a atender os requisitos das partes 
interessadas (CRUZ, 2015).
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 77 – Figura 5 – Ciclo de vida AUP 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 5 – Ciclo de vida AUP. É composta por 
uma tabela que tem a coluna vertical de Disciplinas (Modelo, Implementação, Teste, 
Implantação, Gerenciamento de configuração, Gerenciamento de projetos, Ambiente) e a 
coluna horizontal de Fases (Iniciação, Elaboração, Construção, Transição). 
Modelo - a referência linear inicia em Iniciação, atinge o ápice na Elaboração, decaindo na 
Construção e finalizando em Transição; 
Implementação - a referência linear é mínima em Iniciação, cresce em Elaboração, atinge 
o ápice em Construção e decai em Transição. 
Teste - a referência linear é mínima em Iniciação, cresce pouco em Elaboração e 
Construção, atingindo o ápice no Marco fase Construção Capacidade operacional Inicial - 
IOC e decaindo novamente no final de Transição; 
Implantação - a referência linear é mínima nas 3 primeiras fases e cresce atingindo o ápice 
em Transição; 
Gerenciamento de configuração - a referência linear gradativamente cresce a partir da 
Iniciação, atingindo o ápice em Construção e decaindo ao final da Transição; 
Gerenciamento de projetos - a referência linear permanece estável, em nível baixo, em 
todas as 4 fases, atingindo o ápice em Elaboração; 
Ambiente - a referência linear atinge o ápice já na Iniciação e depois decai no restante das 
fases. 
Abaixo da tabela temos a legenda: l1 - E1 - C1…C2… …Cn - T1 … T2; 
Iterações: 
Marco fase Iniciação Objetivos Ciclo de Vida (LCO): entre iniciação e elaboração; 
Marco fase Elaboração Arquitetura Ciclo de Vida (LCA): entre elaboração e construção; 
Marco fase Construção Capacidade Operacional Inicial (IOC): entre construção e transição; 
Marco fase Transição Lançamento de Produto (PR): limite de transição. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E78
Na fase de construção, por sua vez, escreve-se os códigos do sistema de forma 
incremental atendendo os requisitos e expectativas das partes interessadas. Isto 
é, a priorização e entendimento dos requisitos são o suficiente para transformá-
-los em funcionalidades, realizar a modelagem e codificação, bem como os testes 
do sistema construído (CRUZ, 2015). Por fim, a fase de transição é responsável 
por validar e implantar o sistema no ambiente de produção. Logo, esta fase se 
concentra em entregar o sistema pronto e funcional (CRUZ, 2015).
Cruz (2015) destaca que o AUP pode ser utilizado como complemento do 
framework Scrum, sugerindo otimizadas documentações RUP, bem como eta-
pas de testes bem definidas, além do gerenciamento de configuração, projetos e 
ambientes preparados para o Time trabalhar.
[...] os marcos de verificação das fases do AUP podem deixar a inspeção 
do Scrum mais robusta, proporcionando mais artefatos e documentos 
de entrada para as cerimônias de adaptação e promovendo iterações 
futuras melhoradas e otimizadas (CRUZ, 2015, p. 362). 
Isto porque cada uma das fases do AUP tem no final um marco que sinaliza que 
a equipe finalizou a fase com êxito. Assim, a AUP possui 4 marcos (CRUZ, 2015):
O primeiro marco se refere aos objetivos do Ciclo de Vida (LCO – Life Cycle 
Objectives), pois, na fase de iniciação, as partes interessadas devem concordar 
a respeito dos seguintes pontos:
 ■ Escopo. 
 ■ O conjunto de requisitos levantado corretamente. 
 ■ Plano adequado, incluindo as estimativas iniciais de custo e cronograma. 
 ■ Aceitação dos riscos identificados e estratégias de resposta
aos riscos.
 ■ Aceitação do processo AUP. 
 ■ Viabilidade do projeto em todas as perspectivas. 
 ■ Plano de projeto adequado para a próxima fase de elaboração.
 ■ Adequação do projeto ao portfólio e à estratégia organizacional da empresa.
Abordagem Ágil de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
79
O segundo marco é a arquitetura do Ciclo de Vida (LCA – Life Cycle Architecture), 
pois, na fase de elaboração, as partes interessadas devem concordar a respeito 
dos seguintes pontos: 
 ■ O projeto tem visão estabilizada e realista. 
 ■ A arquitetura é estável o suficiente para satisfazer os requisitos.
 ■ Aceitação dos riscos com as estratégias de resposta.
 ■ Viabilidade do projeto em todas as perspectivas. 
 ■ Plano de projeto adequado para a próxima fase de construção.
 ■ Arquitetura do sistema está em conformidade com a realidade da arqui-
tetura empresarial.
O terceiro marco se refere à Capacidade Operacional Inicial (IOC – Initial 
Operating Capacity), pois, na fase de construção, as partes interessadas devem 
concordar a respeito dos seguintes pontos: 
 ■ O sistema e a sua documentação de apoio são aceitáveis do ponto de vista 
de estabilidade e maturidade para que o sistema seja implantado.
 ■ Os stakeholders estão preparados e prontos para a implantação do sistema. 
 ■ Assiduidade da aceitação dos riscos. 
 ■ As despesas decorrentes do projeto estão de acordo com o custos e cro-
nogramas planejados. 
 ■ Plano de projeto está adequado para a próxima fase de construção. Os 
trabalhos estão de acordo com as normas empresariais.
Por fim, o quarto e último marco é o Lançamento do Produto (PR – Product 
Release), pois, na fase de transição, deve ter as seguintes concordâncias por parte 
dos interessados no projeto: 
 ■ As partes interessadas satisfeitas e aceitam o sistema. 
 ■ Os responsáveis pela operação do sistema estão satisfeitos com os proce-
dimentos e as documentações. 
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E80
 ■ Os responsáveis pelo suporte ao sistema estão satisfeitos com os proce-
dimentos e as documentações.
 ■ As despesas decorrentes do projeto estão conforme as estimativas para 
custos e cronogramas futuros.
Cabe destacar, também, que AUP se difere do Scrum por ter fases e discipli-
nas bem definidas (modelo, implementação, teste, implantação, gerenciamento 
de configuração, gerenciamento de projetos em ambiente). Cada disciplina é 
composta por um conjunto de atividades sugeridas para aplicação durante as 
iterações (CRUZ, 2015).
Lean Software Development
O pensamento Lean iniciou-se na Toyota por Fiji Toyoda e Taiichi Ohno entre 
1945 e 1975. Apenas na década de 90 passou a ser disseminado e reconhecido 
internacionalmente por ser uma filosofia que tem por objetivo a redução do des-
perdício de forma gradual e flexibilidade de produção dentro das organizações. A 
partir do ano 2003, uniu-se os princípios de fabricação enxuta com práticas ágeis.
De acordo com Jeff Sutherland, fundador do método ágil Scrum, os méto-
dos ágeis são aplicações do pensamento Lean para software (GOMES, 2017, 
on-line)3. Todavia, o Lean vai além do desenvolvimento ágil, oferecendo uma 
perspectiva mais abrangente que permite resultados ainda melhores (GOMES, 
2017, on-line)3. Desta forma, o desenvolvimento de software Lean se concen-
trou nessas áreas:
1. Crie o que é certo: compreenda a visão de interesse do cliente e forneça 
valor real a eles. Uma equipe de produtos focada na resolução de proble-
mas reais de clientes integrará continuamente o conhecimento de diversos 
membros da equipe, para garantir que a perspectiva do cliente seja ver-
dadeiramente compreendida e efetivamente abordada. 
2. Crie-o rapidamente: um foco na eficiência do fluxo é o ingrediente secreto 
do desenvolvimento de software enxuto. Logo, reduza drasticamente o 
tempo de entrega da solução do cliente para a entrega.
3. Crie a coisa certa: garanta qualidade e velocidade com testes, integração 
e implantação automatizados. O código de implantação com frequência 
Abordagem PMBOK: Ciclo de Vida e Grupo de Processos de Gerenciamento de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
81
em pequenos lotes é a melhor maneira de reduzir o risco e aumentar a 
estabilidade de bases de código complexas grandes.
4. Aprenda com o feedback: evolua o design do produto com base em fee-
dback de ponta a ponta precoce e frequente.
Assim, os princípios Lean Software Development estão relacionados à eliminação 
de desperdícios de atividades que não agregam valor para o cliente, por exem-
plo, repetições de atividades ou de ciclos de correção e funcionalidades extras 
de um software em que o cliente nem vai utilizar. Desenvolver certo desde a pri-
meira vez também é um princípio muito importante, evitando assim retrabalhos.
A metodologia lean incentiva a criação de conhecimento, por meio de cons-
trução diária de feedbacks. Além do respeito às pessoas, é importante entregar 
rápido e otimizar o fluxo de valores dentro do ambiente empresarial.
ABORDAGEM PMBOK: CICLO DE VIDA E GRUPO DE 
PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS
Neste tópico, serão abordados os conceitos de gerenciamento de projetos sob a 
perspectiva do PMBOK um guia adotado em todo mundo. Este guia apresenta 
uma versão mais tradicional de gestão de projetos. Contudo, na última versão 
tratou alguns aspectos voltados para abordagens ágeis de projetos. 
CICLO DE VIDA DO PROJETO
O ciclo de vida do projeto é definido pelo PMI (2017, p. 547) como “[...] a série 
de fases pelas quais um projeto passa, do seu início à sua conclusão”. A fase do 
projeto é representada por um conjunto de atividades ordenadas de forma lógica, 
compostas por: início do projeto; organização, preparação e execução do traba-
lho; e conclusão do projeto, conforme apresentado na Figura 6.
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E82
Ciclo de vida do projeto
Fases genéricas
Início
do projeto
Organização
e preparação
Execução
do trabalho
Terminar
o projeto
Figura 6 – Representação genérica de um ciclo de vida do projeto
Fonte: PMI (2017, p. 548).
Cabe destacar que a fase de um projeto termina na conclusão de uma ou mais 
entregas (PMI, 2017). Logo, as fases têm prazos definidos, com um ponto de iní-
cio e fim ou controle (que se refere à checagem ou revisão de uma fase em que 
os documentos do projeto são reexaminados para verificar se o projeto deve ou 
não ser alterado) (PMI, 2017).
Perceba que o nome da Figura 6 é Representação genérica de um ciclo de 
vida do projeto. Logo, o ciclo de vida de um projeto comumente está relacionado 
ao tipo de produto, serviço ou resultado que o projeto irá produzir. Isto é, para 
cada tipo de projeto teremos um ciclo de vida diferente, pois o conjunto de fases 
e nomes delas depende da necessidade de controle da organização, por exemplo:
 ■ As fases do ciclo de vida da construção de uma casa envolvem a terrapla-
nagem e preparação do terreno, alicerces ou fundações, construção da 
estrutura (paredes, telhado), instalação da infraestrutura (cabos de ener-
gia, encanamento) e acabamento.
 ■ Um projeto de desenvolvimento de software que tem como fases o levanta-
mento de requisitos, a análise, modelagem, codificação, testes e implantação.
De acordo com o PMI (2017), o ciclo de vida do projeto deve ser flexível para 
lidar com fatores incluídos no projeto, na medida em que informações mais 
detalhadas são disponibilizadas, o que permite uma evolução do projeto. Logo, 
essa capacidade de evoluir e se adaptar depende do ambiente que está sendo 
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS
PÁGINA 82 – Figura 6 – Representação genérica de um ciclo de vida do projeto 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 6 – Representação genérica de um ciclo 
de vida do projeto. É composta por um fluxograma de Ciclo de vida do projeto, da esquerda 
para direita: Início do projeto - Organização e preparação - Execução do trabalho - Terminar 
o projeto (fases genéricas). FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abordagem PMBOK: Ciclo de Vida e Grupo de Processos de Gerenciamento de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
83
desenvolvido o projeto. Há ambientes em que ocorrem alto grau de mudanças 
e incertezas como, por exemplo, no desenvolvimento de softwares em que pode 
ocorrer variação de interpretação entre cliente e programador.
Como no ciclo de vida de um projeto há uma ou mais fases associadas ao 
desenvolvimento do produto, podemos chamá-las de ciclo de vida de desenvol-
vimento que podem ser preditivos (orientado para um plano), adaptativo (ágil), 
iterativos e incrementais (PMI, 2017). Conforme apresentado na Figura 7.
Requisitos são de�nidos 
previamente, antes do 
início do desenvolvimento 
Requisitos podem ser 
elaborados em intervalos 
periódicos durante a entrega
Requisitos são elaborados 
com frequência durante a 
entrega
Mudanças são restritas 
tanto quanto possível 
Mudanças são incorporadas 
periodicamente
Mudanças são incorpora-
das em tempo real durante 
a entrega
Partes interessadas chave 
são envolvidas em marcos 
especí�cos 
Partes interessadas chave são 
envolvidas regularmente 
Partes interessadas chave 
são envolvidas constante-
mente 
Riscos e custos são controla-
dos pelo planejamento 
detalhado dos aspectos mais 
importantes
Riscos e custos são controla-
dos pela elaboração 
progressiva dos planos com 
novas informações
Riscos e custos são 
controlados na medida em 
que surgem requisitos e 
restrições 
Entrega planos para a entrega 
�nal. Em seguida, entregar 
apenas um único produto 
�nal, no �m do projeto 
Entregas podem ser 
divididas em subconjuntos 
de todo o produto
Entregas acontecem com 
frequência de acordo com os 
subconjuntos avaliados pelo 
cliente de todo o produto 
Preditivo Iterativa Incremental Ágil
Figura 7 – Sequência contínua dos ciclos de vida do projeto
Fonte: PMI (2017, p. 666).
Conforme observado na Figura 7, os ciclos preditivos são caracterizados pelo 
planejamento detalhado durante as fases iniciais do projeto. Pense que alguns 
projetos são possíveis de planejar detalhadamente como será sua execução, pois 
não são desenvolvidos em ambiente de muitas incertezas e não cabe alterações 
constantes pelas partes interessadas, pois o envolvimento delas é planejado. Nesta 
perspectiva, os projetos que têm essas características o planejamento detalhado 
inicialmente pode reduzir o risco e o custo. E à medida que o projeto progride, 
os processos de monitoramento e controle focam nas mudanças limitantes que 
podem impactar na tripla restrição: escopo, tempo e custo.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 83 – Figura 7 – Sequência contínua dos ciclos de vida do projeto 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem “Figura 7 – Sequência contínua dos ciclos de vida do 
projeto” refere-se. E a um quadro com 3 colunas e cada coluna com 5 divisões. Acima das 
colunas uma flecha apontando para direita e esquerda. Da esquerda “preditivo” que fica 
alinhada a primeira coluna, “iterativa e incremental” que ficam alinhadas na segunda 
coluna e “ágil” que fica alinhada a terceira coluna. 
Na primeira fileira coluna da esquerda para direita se refere a: 
Requisitos são definidos previamente, antes do início do desenvolvimento - Requisitos 
podem ser elaborados em intervalos periódicos durante a entrega - Requisitos são 
elaborados com frequência durante a entrega. 
Na segunda fileira coluna da esquerda para direita se refere à: 
Entrega planos para a entrega final. Em seguida, entregar apenas um único produto final, 
no fim do projeto - Entregas podem ser divididas em subconjuntos de todo o produto - 
Entregas acontecem com frequência de acordo com os subconjuntos avaliados pelo cliente 
de todo o produto. 
Na terceira fileira coluna da esquerda para direita se refere à: 
Mudanças são restritas tanto quanto possível - Mudanças são incorporadas 
periodicamente - Mudanças são incorporadas em tempo real durante a entrega. 
Na quarta fileira coluna da esquerda para a direita se refere à: 
Partes interessadas chave são envolvidas em marcos específicos - Partes interessadas 
chave são envolvidas regularmente - Partes interessadas chave são envolvidas 
constantemente. 
Na quinta fileira coluna da esquerda pra direita se refere à: 
Riscos e custos são controlados pelo planejamento detalhado dos aspectos mais 
importantes - Riscos e custos são controlados pela elaboração progressiva dos planos com 
novas informações - Riscos e custos são controlados na medida em que surgem requisitos 
e restrições. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E84
Também está apresentado na Figura 7 o ciclo de vida ágil, que são carac-
terizados pela elaboração progressiva dos requisitos do projeto, com base em 
planejamentos curtos e iterativos. Isto permite que os riscos e custos sejam redu-
zidos pela elaboração progressiva de planos iniciais. E como as partes interessadas 
interagem com o projeto e fornecem feedback constantes, isso permite reagir 
de forma rápida a mudanças, o que resulta em melhor qualidade (PMI, 2017).
Ainda na Figura 7, temos os iterativos e incrementais chamados também de 
métodos híbridos, são projetos que tendem a se alinhar mais com o lado predi-
tivo ou ágil. Isto vai depender de como são tratados os custos e os riscos, bem 
como a natureza do envolvimento das partes interessadas (PMI, 2017).
GRUPO DE PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS
Os grupos de processos de gerenciamento de projetos incluem processos de: 
iniciação; planejamento; execução; monitoramento e controle; e encerramento. 
Assim, “[...] um grupo de gerenciamento de projetos é um agrupamento de pro-
cessos lógicos de gerenciamento de projetos para atingir objetivos específicos do 
projeto” (PMI, 2017, p. 28). 
Os grupos de processo de iniciação são processos realizados para definir as 
necessidades e objetivos do projeto (de construção da casa) ou uma nova fase (a 
fundação) de um projeto existente, incluindo as razões e motivos de sua realiza-
ção, bem como as premissas e as restrições e a previsão de recursos para a análise 
e investimentos no negócio. Esse processo resulta em um documento denomi-
nado de termo de abertura do projeto (PMI, 2017).
Os grupos de processo de planejamento são processos realizados para 
planejar todo o desenvolvimento do projeto ou fase, que deve ser realizado de 
forma contínua e progressiva a fim de garantir que todo processo de execução 
ocorra da melhor forma possível. Para isso, é necessário coletar informações, 
determinar custos, cronograma com a definição de responsabilidades e pra-
zos a serem cumpridos.
Os grupos de processo de execução são os processos realizados para con-
cluir os trabalhos definidos no plano de gerenciamento do projeto, isto é, a 
Abordagem PMBOK: Ciclo de Vida e Grupo de Processos de Gerenciamento de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
85
materialização de todo empreendimento, o que envolve a coordenação dos tra-
balhos e dos recursos. Assim, é neste processo que se constroem os entregáveis 
do projeto como controle de custos, qualidade, escopo, riscos entre outros.
Os grupos de processo de monitoramento e controle são “[...] processos 
exigidos para acompanhar, analisar e controlar o progresso
e desempenho do 
projeto, identificar quaisquer áreas nas quais serão necessárias mudanças no 
plano e iniciar as mudanças correspondentes” (PMI, 2017, p. 28). Assim, garan-
timos que a execução do projeto está dentro do que foi planejado, por meio de 
auditorias, de reporte da evolução do projeto às partes interessadas, reuniões 
frequentes com a equipe do projeto e o gerenciamento de problemas potenciais, 
existente na fase de execução do projeto.
Os grupos de processos de encerramento são “[...] processos realizados para 
concluir ou fechar totalmente um projeto, fase ou contrato” (PMI, 2017, p. 28). O 
encerramento do projeto formaliza o aceite dos resultados obtidos com o cliente; acon-
tece o encerramento oficial dos contratos e a desmobilização da equipe, registro das 
lições aprendidas que tendem a contribuir para futuros projetos (DO VALLE, 2010).
Esses cinco grupos de processos são necessários para qualquer projeto indepen-
dente da área de aplicação, diferentemente do ciclo de vida, que definimos as fases 
genericamente (início do projeto; organização, preparação e execução do trabalho; e 
conclusão do projeto) em que o nome depende da área e da necessidade do projeto.
Os grupos de processos de gerenciamento de projetos não são fases do pro-
jeto. Entretanto, cada grupo de processos ocorrem em projeto durante a sequência 
contínua do ciclo de vida do projeto. Por exemplo: na construção de uma casa, 
tem a etapa de alicerces ou fundações e nesta fase é necessário, definir o que 
será feito (processo de iniciação), em seguida como será feito por meio do pla-
nejamento, posteriormente, tem-se o processo de execução, monitoramento e 
controle dessa execução e o encerramento da fase de fundações.
Isto é realizar os processos de gerenciamento de projeto que envolve inicia-
ção, planejamento, execução, monitoramento e controle e encerramento. Preste 
atenção que em todas as fases de construção de uma casa esses processos são 
necessários. Processos esses que culminam em documentos que são importantes 
para atingir o objetivo do projeto. Assim, está apresentada na Figura 8 a inter-re-
lação de avaliação de necessidades de documentos críticos do projeto.
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E86
Ciclo de vida do projeto
Fases genéricas
Início
do projeto
Organização
e preparação
Trabalho anterior
ao projeto
Execução
do trabalho
Linha do tempo
Revisão
de fase
Conclusão
do projeto
Avaliação de
necessidades
Business
case
Plano de
gerenciamento
de benefícios
Tempo de
abertura
do projeto
Plano de
gerenciamento
do projeto
Figura 8 - Inter-relação de avaliação de necessidades de documentos críticos do projeto
Fonte: PMI (2017, p. 29).
Observe na Figura 8 que, antes do ciclo de vida do projeto, existem documen-
tos críticos que precisam ser desenvolvidos para identificar uma oportunidade 
de um novo produto, serviço ou processo a ser desenvolvido pela organiza-
ção. A partir disto, é desenvolvido um Business case (plano de negócios) para 
verificar a viabilidade do projeto e, em seguida, o plano de gerenciamento de 
benefícios. Cabe destacar que, somente após esses processos, inicia-se o ciclo 
de vida do projeto.
Trabalho anterior ao projeto: Concepção do projeto
Ao desenvolver um projeto, não podemos esquecer da importância do processo 
de alinhamento da estratégia da empresa, já que as empresas normalmente se 
deparam com inúmeros projetos e comumente não conseguem realizá-los todos 
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 86 – Figura 8 - Inter-relação de avaliação de necessidades de documentos 
críticos do projeto 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 8 - Inter-relação de avaliação de 
necessidades de documentos críticos do projeto. É composta por um fluxograma de tabela 
acerca do Ciclo de vida do Projeto, da esquerda para direita; 
Trabalho anterior ao projeto (avaliação de necessidades - business case - plano de 
gerenciamento de benefícios; 
Início do projeto (tempo de abertura do projeto); 
Organização e preparação (plano de gerenciamento do projeto); 
Execução do trabalho - linha do tempo - revisão de fase; 
Conclusão do projeto; 
As fases genéricas são: Início do projeto, organização e preparação, execução do trabalho 
e conclusão do projeto. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abordagem PMBOK: Ciclo de Vida e Grupo de Processos de Gerenciamento de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
87
de uma só vez. Para isso, utiliza-se ferramentas que auxiliarão escolher o melhor 
projeto, ou seja, aquele que melhor atende os requisitos na empresa no momento. 
No entanto, como descobrir?
Para isso, você poderá analisar as ideias e verificar quais se encaixam nos 
objetivos organizacionais da empresa. Em seguida, você pode analisar o valor 
necessário para o investimento daquela ideia, verificando se a empresa tem con-
dições de desenvolver aquele projeto nas proporções exigidas naquele momento. 
Ainda, é necessário avaliar se o mercado vai absorver o produto ou serviço e o 
tempo que demorará para retornar o investimento.
Esse tipo de informação é mais genérico, pois, neste momento, a empresa 
tem diversas ideias e precisa priorizar as que têm um maior potencial para ser 
desenvolvida e, na sequência, realizar um estudo mais a fundo, por meio de um 
plano de negócios. Como custa “caro” desenvolver um plano de negócios para 
cada ideia, é necessário selecionar as que mais se adequam, naquele momento, à 
empresa e desenvolvê-las, assim, de forma mais detalhada. Diante disso, existem 
várias metodologias que te auxiliarão na organização de ideias e na seleção dos 
projetos. Para organização das ideias, recomendo a utilização do mapa mental e/
ou Business Model Canvas (Mapa de Modelo de Negócios) (2015, on-line, p. 8)4.
Mapa mental
O mapa mental é uma espécie de diagrama, que tem função de organizar infor-
mação, desenvolvido e sistematizado na década de 70 pelo psicólogo inglês Tony 
Buzan, com intuito de ajudar as pessoas a liberar o potencial do cérebro. Para 
iniciar o mapa, é necessário definir um tema central ou palavra-chave que deli-
bere o assunto a ser tratado. Este tema é desenhado em uma página em branco 
e entorno dele são irradiadas representações de ideias por imagens, palavras e 
partes de palavras relacionados ao conceito central. A partir disto, basta tra-
balhar as ideias organizadoras, adicionando traços que levem a outra palavra 
importante para o desenvolvimento do tema central, como se fosse um sumá-
rio de um livro em que os subtítulos dão a ideia dos assuntos que irão compor 
o desenvolvimento do tema proposto (KEIDANN, 2013).
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E88
Assim, uma informação central que vai trazendo outras de forma a organizar 
os pensamentos e serve para compreender e solucionar problemas, memorizar 
informações, aprender algo, roteirizar livros, organizar e apresentar palestras, 
desenvolver brainstorming e para auxiliar a gestão estratégica da empresa. De 
forma que organiza e expressa pensamentos de forma lógica e visual podendo 
expressar a ideia com clareza.
Cabe destacar ainda que, na gestão estratégica da empresa, pode auxiliar na 
identificação de oportunidades, mapeamento de mercado, análise de tendência, 
análise de evolução tecnológica, demandas do consumidor, análise de compe-
tição, análise de perfil de clientes. Nesta perspectiva, novas ideias podem surgir 
e o desenho do mapa mental delas pode se transformar em um sumário de um 
plano de negócios, isto é, que dará a ideia do que será desenvolvido.
Time
Plano
de
Negócios
Figura 9 – Mapa mental de um plano de negócios
Fonte: a autora. 
Perceba que na Figura 9 os galhos (marketing, estratégias,
produtos, ideia, time 
e lucro) são palavras chaves relacionadas com o tema central proposto e, a partir 
deles, desenvolve-se galhos mais detalhados, como, por exemplo, no marketing 
pode-se descrever as principais estratégias que serão realizadas e, no time, as 
principais pessoas que farão parte do desenvolvimento.
Mapa de Modelo de Negócios
O Mapa de modelo de negócios foi desenvolvido pelo consultor suíço Alexander 
Osterwalder na sua tese de doutorado, em 2004, com objetivo de incentivar a 
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 88 – Figura 9 – Mapa mental de um plano de negócios 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 9 – Mapa mental de um plano de 
negócios. É composta por um mapa mental de Plano de negócios centralizado, ligando-se 
a Lucro, Ideia, Marketing, Produto, Estratégias, Time. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abordagem PMBOK: Ciclo de Vida e Grupo de Processos de Gerenciamento de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
89
inovação e criação colaborativa. O modelo de negócios é um diagrama que é facil-
mente compreendido, pois permite que todo o negócio seja visualizado em uma 
única página, permitindo, assim, que você visualize o “encaixe estratégico” que existe 
entre diferentes áreas. Documentos textuais não permitem esse tipo de análise. O 
que significa que não é necessário escrever um documento longo para explicar o 
seu negócio (BUSINESS, 2015, on-line)4. Conforme apresentado na Figura 10.
Parcerias-
chave
Atividades-
chave
Recursos-
chave
Estrutura de custos Fontes de Receita
Canais
Oferta
de valor
Relacio-
namento
Segmentos
de clientes
Produtoras e
Distribuidoras
Ciné�los
Pessoas que
gostam de
comodidade
Aluguel ilimitado
de �lmes, sem sair
de casa, nem
multas, nem
custos adicionais
Logística
Desenvolvi-
mento e
manutenção
Per�l Online
Recomenda-
ções
Assinatura
mensal
Desenvolvi-
mento e
Manutenção
da Plataforma
Logística
Aquisição e
Reposição de
DVDs
DVDs
Plataforma
DVDs
Plataforma
Figura 10 - Modelo de negócios da Netflix
Fonte: Business… (2015, p. 51, on-line)4.
Se você analisar a Figura 10, verificará nove quadros: segmentos de clientes, 
relacionamento, canais, fontes de receita, oferta de valor, atividades-chave, recur-
sos-chave, estrutura de custos e parcerias-chave. Esses quadros te auxiliarão na 
organização das ideias de negócios de forma sucinta, o que permitirá a apresen-
tação da ideia sem a necessidade de a pessoa ler todo um longo e extenso plano 
de negócios.
Observe que a direita tem um quadro denominado de segmento de clientes: 
ali você irá colocar a fatia do mercado que quer atingir com o projeto. Assim, o 
segundo passo é a oferta de valor que você entregará para seu cliente, ou seja, 
o benefício que ele terá ao adquirir seu produto ou serviço, em outras palavras 
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 89 – Figura 10 - Modelo de negócios da Netflix 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 10 - Modelo de negócios da Netflix. É 
composta por um quadro com 9 segmentos: 
1. Parcerias-chave: produtos e distribuidoras; 
2. Atividades-chave: desenvolvimento e manutenção; logística; 
3. Recursos-chave: plataforma, DVDs; 
4. Oferta de valor: aluguel ilimitado de filmes, sem sair de casa, nem multas, nem custos 
adicionais; 
5. Relacionamento: recomendações; perfil online; 
6. Canais: plataforma; DVDs; 
7. Segmento de clientes: cinéfilos; pessoas que gostam de comodidade; 
8. Estrutura de custos: desenvolvimento e manutenção da plataforma; logística; aquisição 
e reposição de DVDs; 
9. Fontes de Receita: assinatura mensal. 
FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E90
a inovação do seu negócio. Em terceiro lugar vem os canais, que podem ser de 
comunicação, vendas e distribuição. Assim, você terá que pensar na comunica-
ção com o cliente, como seu produto será distribuído e onde o cliente encontrará 
o seu produto ou serviço.
Ainda na Figura 10, há o quadro de relacionamento. Nesta perspectiva, você 
tem que desenvolver uma estratégia de fidelização com o cliente. Deve pensar 
também no fluxo de receitas, ou seja, como cobrará pelo produto e/ou serviço. 
Outro fator importante é listar os recursos-chave para que o seu negócio funcione, 
se o seu negócio é transporte de cargas, o seu recurso-chave será os caminhões 
e a equipe que transporta.
Diante disso, a atividade-chave será as atividades necessárias que você deve 
fazer para manter os seus recursos-chave. No modelo de negócios, também tem 
a opção de listar as parcerias-chave para que o negócio funcione, bem como a 
estrutura de custos necessários.
Após desenvolver a ideia, por meio de um e/ou mais modelos de negócios, é 
hora de selecionar a melhor ideia, ou seja, a que se aproxima mais das estraté-
gias da empresa, visto que o projeto deve atender aos objetivos estratégicos da 
organização, visão e missão, para assim aprofundar na realização do plano de 
negócios. Para isso, você pode utilizar entre outras a ferramenta de seis sigmas. 
Após a seleção, inicia-se o processo de aprofundamento da ideia, por meio de 
um plano de negócios (ou business case), que é um instrumento para traçar 
um retrato do mercado, do produto, bem como das atitudes do empreendedor.
Fonte: a autora.
Plano de Negócios e de gerenciamento de benefícios
De acordo com o PMI (2017, p. 30) o plano de negócios é 
[...] um estudo documentado de viabilidade econômica, usado para de-
terminar a validade dos benefícios de um componente selecionado que 
não tenha definição suficiente e que seja usado como uma base para 
autorização de novas atividades de gerenciamento de projetos.
Abordagem PMBOK: Ciclo de Vida e Grupo de Processos de Gerenciamento de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
91
Ainda, o plano de negócios lista os objetivos e as razões para iniciar um projeto, 
servindo como documento base para todo o ciclo de vida do projeto.
Assim, o plano de negócios irá ajudar a colocar sua ideia de forma deta-
lhada no papel. Vai também te sinalizar a necessidade de buscar informações 
mais detalhadas sobre o ramo do projeto, bem como o produto, serviço e resul-
tado que irá oferecer a seus clientes ou a empresa.
Ao fazer um plano de negócios, você precisará realizar uma análise detalhada 
do mercado de atuação, bem como dos seus clientes, concorrentes e fornecedo-
res, realizando uma análise dos pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades 
do negócio. Este documento ajudará a responder à pergunta: “vale a pena abrir, 
manter ou ampliar o meu negócio?”. Você irá identificar realizando o plano de 
negócios que essa não é uma tarefa fácil, pois vai exigir persistência, comprome-
timento, muito trabalho duro, pesquisa e criatividade (SEBRAE, 2013).
Ainda, na última parte vai se deparar com o levantamento do orçamento 
do projeto, em que precisará desenvolver uma planilha de vendas, visto que só 
é possível realizar esta parte após o estudo de mercado. Depois de identificar a 
quantidade a ser vendida, será a hora de levantar os custos do projeto, bem como 
projetar os fluxos de caixa líquidos a fim de realizar a viabilidade do projeto.
Nesta perspectiva, antes de iniciar um projeto normalmente é desenvolvido 
o plano de negócios, em que terá o objetivo do projeto, o investimento neces-
sário e critérios financeiros e qualitativos para o sucesso do projeto. O plano de 
negócios, também chamado de business case, fornece a viabilidade do projeto 
e serve como base para medir o sucesso e o progresso do projeto ao longo de 
seu ciclo de vida.
Além do plano de negócios, existe também o plano de gerenciamento de 
benefícios em que ambos são desenvolvidos
antes que o projeto seja iniciado. 
Assim, um plano de gerenciamento de benefícios descreve como e quando os 
benefícios do projeto serão entregues, bem como são medidos (PMI, 2017). 
Conforme apresentado na Figura 11:
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E92
PGB - Plano de Gerenciamento de Benefícios do Projeto
Projeto: [Apelido do Projeto] - [PITCH do Projeto]
1. Benefícios-alvo
Descrever o valor de negócio tangível e intangível a ser obtido
com a implementação do produto serviço ou restulado.
2. Alinhamento Estratégico
Descrever como os benefícios do projeto apoiam e se alinham
com as estratégias de negócios da organização.
3. Cronograma para a Realização dos Benefícios
Descrever os benefícios por fase: curto prazo, longo prazo e
contínuos.
4. Proprietário dos Benefícios
Descrever a pessoa ou o grupo responsável, que monitora, registra e
reporta os benefícios realizados ao longo do cronograma
estabelecido no plano.
5. Indicadores
As medições diretas e indiretas usadas para mostrar os benefícios
realizados.
6. Premissas
Descrever as premissas do projeto.
7. Riscos
Os riscos associados para alcançar os benefícios desejados.
Figura 11 – Plano de Gerenciamento de Benefícios do projeto
Fonte: adaptada de Easybok (2017, on-line)5.
O plano de negócios e o de gerenciamento de benefícios são documentos ini-
ciais, mas que são referenciados após a conclusão do projeto com objetivo de 
comparar o êxito do projeto com seus objetivos e critérios de sucessos com-
postos nestes documentos. Logo, são denominados documentos de negócios 
que podem ser utilizados como entrada para os processos de gerenciamento 
de projetos, por exemplo para desenvolver o termo de abertura do projeto 
(PMI, 2017).
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 92 – Figura 11 – Plano de Gerenciamento de Benefícios do projeto 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 11 – Plano de Gerenciamento de 
Benefícios do projeto. É composto por um quadro de PGB - Plano de Gerenciamento de 
Benefício do Projeto e suas características; 
Projeto: [Apelido do Projeto] - [PITCH do Projeto]; 
1. Benefícios-alvo: Descrever o valor de negócio tangível e intangível a ser obtido com a 
implementação do produto serviço ou resultado; 
2. Alinhamento estratégico: Descrever como os benefícios do projeto apoiam e se alinham 
com as estratégias de negócios da organização; 
3. Cronograma para a Realização dos Benefícios: Descrever os benefícios por fase: curto 
prazo, longo prazo e contínuos; 
4. Proprietário dos Benefícios: Descrever a pessoa ou o grupo responsável, que monitora, 
registra e reporta os benefícios realizados ao longo do cronograma estabelecido no plano; 
5. Indicadores: As medições diretas e indiretas usadas para mostrar os benefícios 
realizados; 
6. Premissas: Descrever as premissas do projeto; 
7. Riscos: Os riscos associados para alcançar os benefícios desejados. 
 FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
Estruturas Organizacionais
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
93
Assim, o plano de negócios é um estudo de viabilidade econômica para deter-
minar a validade dos benefícios de um componente sem definição suficiente, 
utilizado como base para autorização das atividades de gerenciamento de pro-
jetos. O plano de gerenciamento de benefícios é a explicação documentada com 
a definição dos processos de criar, maximizar e sustentar os benefícios que são 
proporcionados por um projeto, complementando, assim, o plano de negócios 
e o termo de abertura do projeto (PMI, 2017).
ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS
Uma empresa, se bem-sucedida, tende a crescer, adicionando recursos e pes-
soas, desenvolvendo uma estrutura de organização (MEREDITH; MANTEL 
JR, 2009). As organizações precisam de um sistema de funcionamento orga-
nizado para cumprirem suas funções de forma eficaz. Logo, a configuração 
organizacional é fundamental para o alcance dos objetivos de negócios (DO 
VALLE et al., 2010).
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E94
Os autores destacam que a estrutura organizacional possibilita a diferencia-
ção e estruturação das atividades, por meio do seu agrupamento, por afinidade 
em diretorias, departamentos, divisões entre outros, que espelham a forma da 
empresa em cumprir suas tarefas. Isto é, os mecanismos de autoridade e decisão 
diferenciados em importância e autonomia por meio do seu posicionamento em 
níveis hierárquicos. Neste sentido, há alguns tipos de estruturas organizacionais 
e vamos citar aqui três tipos: a funcional, a projetizada e a matricial.
ESTRUTURA FUNCIONAL
Na estrutura funcional, cada empregado possui um superior bem definido e está 
restrito em áreas especializadas (área financeira, área de vendas etc.). Assim, o 
gerente de projetos tem pouca ou nenhuma autoridade sobre a disponibilidade de 
recursos e o projeto, pois quem controla o orçamento do projeto é o gerente funcio-
nal. Diante disso, o gerente de projetos e a equipe administrativa do gerenciamento 
de projetos trabalham em tempo parcial nele, conforme apresentado na Figura 12.
Executivo-
chefe
Coordenação
do projeto
Gerente
funcional
Equipe
Equipe
Equipe
Gerente
funcional
Equipe
Equipe
Equipe
Gerente
funcional
Equipe
Equipe
Equipe
(As caixas cinzas representam equipes envolvidas em atividades do projeto.)
Figura 12 - Estrutura Funcional
Fonte: César ([2018], on-line)6. 
As vantagens das Estruturas Funcionais são: a flexibilidade da inserção de recursos 
humanos durante o projeto; a inserção temporária de especialistas em determi-
nado assunto ou um mesmo departamento, utilizados em diferentes projetos; os 
departamentos podem ser facilmente reunidos para compartilhar conhecimentos 
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 94 – Figura 12 - Estrutura Funcional 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 12 - Estrutura Funcional. É composta por 
um fluxograma que é dividido em 3 partes, que segue a partir de Executivo-chefe: 
À esquerda, Gerente funcional - Equipe - Equipe (envolvida em atividades do projeto) - 
Equipe; 
Ao centro, Gerente funcional - Equipe - Equipe (envolvida em atividades do projeto) - 
Equipe (envolvida em atividades do projeto); 
À direita, Gerente funcional - Equipe - Equipe – Equipe (envolvida em atividades do 
projeto). 
Os gerentes funcionais estão indicando a coordenação do projeto. 
 FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estruturas Organizacionais
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
95
e experiências, sendo a base para a continuidade do conhecimento tecnológico, 
o que proporciona um caminho natural para o crescimento dos indivíduos cuja 
especialidade está na área funcional (MEREDITH; MANTEL JR, 2009).
Entretanto, os autores destacam que a principal desvantagem deste arranjo é 
que o cliente não é o foco da atividade e preocupação. Assim, o cliente não é o foco 
do gerenciamento do projeto e as respostas às necessidades deles são lentas; com 
isso o departamento funcional tende a ser orientado para as suas atividades parti-
culares que não seja o projeto; existe uma tendência para suboptimizar o projeto; 
nenhum funcionário tem responsabilidade total pelo projeto e não há um traba-
lho de motivação com as pessoas alocadas nele. Esse arranjo organizacional não 
facilita uma abordagem holística do projeto (MEREDITH; MANTEL JR, 2009).
 ESTRUTURA PROJETIZADA
A estrutura projetizada focaliza seus trabalhos nos projetos, e os gerentes de pro-
jetos possuem grande independência e com alta a quase total autoridade sobre 
a disponibilidade de recursos. Logo, quem controla o orçamento do projeto é o 
gerente do projeto.
Neste tipo de estrutura, a maior parte dos recursos da orga-
nização está envolvida no projeto. Diante disso, o gerente de projetos e a equipe 
administrativa do gerenciamento de projetos trabalham em tempo integral nele, 
conforme apresentado na Figura 13.
Executivo-
chefe
Coordenação
do projeto
Gerente
funcional
Equipe
Equipe
Equipe
Gerente
funcional
Equipe
Equipe
Equipe
Gerente
funcional
Equipe
Equipe
Equipe
(As caixas cinzas representam equipes envolvidas em atividades do projeto.)
Figura 13 – Estrutura Projetizada
Fonte: César ([2018], on-line)6. 
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 95 – Figura 13 – Estrutura Projetizada 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem é refere-se a Figura 13 – Estrutura Projetizada. É composta 
por um fluxograma que é dividido em 3 partes, que segue a partir de Executivo-chefe: 
À esquerda, Gerente funcional - Equipe - Equipe - Equipe; 
Ao centro, Gerente funcional - Equipe - Equipe - Equipe; 
À direita, Gerente funcional - Equipe - Equipe - Equipe; 
A primeira coluna, à esquerda, está marcada como coordenação do projeto. Todas as 
equipes estão envolvidas em atividades do projeto. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E96
Ao observar a Figura 13, perceba que o gerente de projetos mantém a autoridade 
completa sobre um projeto. Nesta perspectiva, o projeto é separado do resto do 
sistema e torna-se uma unidade autônoma com a sua própria equipe técnica, 
sua própria administração, ligada à empresa pelas tênues vertentes de relató-
rios periódicos de progresso e supervisão (MEREDITH; MANTEL JR, 2009).
A estrutura projetizada tem como vantagens: autoridade de linha completa 
sobre o projeto; todos os membros do projeto encontram-se sob a responsabili-
dade do gerente do projeto; fácil comunicação em comparação com a estrutura 
funcional; há um alto nível de comprometimento com o projeto; as estruturas 
projetizadas são simples e flexíveis e de fácil compreensão e implantação e tende 
a apoiar uma abordagem holística do projeto (MEREDITH; MANTEL JR, 2009).
Em contrapartida, suas desvantagens são: quando a organização assume 
diversos projetos pode ocasionar duplicidade de trabalho; os indivíduos com 
conhecimentos críticos, isto é, os especialistas sobre determinados assuntos 
tendem a serem alocados aos projetos de acordo com sua disponibilidade e não 
quando eles são necessários para o projeto; existe uma incerteza com o que irá 
acontecer com a equipe do projeto quando este terminar; no caso de projetos 
de alta tecnologia, o gerente de projetos precisa do trabalho dos especialistas 
constantemente e o fato deles “pertencerem” aos setores funcionais é um grande 
problema; neste tipo de estrutura há uma certa inconsistência na forma pela qual 
as políticas e procedimentos internos da empresa são cumpridos por causa da 
alta prioridade com os projetos gera uma concorrência com os setores funcio-
nais (MEREDITH; MANTEL JR, 2009).
ESTRUTURA MATRICIAL
A estrutura matricial foi desenvolvida na tentativa de juntar algumas das vantagens 
da organização projetizada com algumas das características desejáveis da organi-
zação funcional evitando assim algumas desvantagens de ambas (MEREDITH; 
MANTEL JR, 2009). Assim, as estruturas matriciais ficam entre as Funcionais e 
as Projetizadas. Isto é, aproveitam os benefícios de ambas e podem ser dos tipos: 
Matricial Fraca; Matricial Balanceada; e Matricial Forte (Quadro 1).
Estruturas Organizacionais
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
97
Quadro 1 – Estrutura Matricial
ESTRUTURA/
CARACTERÍSTICA
ESTRUTURA MATRICIAL
FRACA BALANCEADA FORTE
Autoridade do gerente 
de projeto Limitada Baixa a mode-
rada Moderada alta
Disponibilidade de 
recursos Limitada Baixa a mode-
rada Moderada alta
Controle do orçamento Gerente funcional Misto Gerente de 
projeto
Função do gerente de 
projetos Tempo parcial Tempo integral Tempo integral
Equipe administrativa de 
projetos Tempo parcial Tempo parcial Tempo integral
Fonte: adaptado de PMI (2017). 
Conforme observado no Quadro, a matriz “forte” se assemelha mais com orga-
nização projetizada, em que o gerente de projetos não é membro de uma área 
funcional. A matriz “funcional” ou “fraca” se assemelha à forma funcional de 
organização, em que a função do gerente de projetos é realizada pelos membros 
da equipe, dirigida por um coordenador ou facilitador. Finalmente, a matriz 
“balanceada” está entre as outras duas, na qual há uma efetivação do gerente do 
projeto, que é um membro da equipe (MEREDITH; MANTEL JR., 2009).
Nesta perspectiva, os autores destacam que a abordagem da matriz tem suas 
próprias vantagens e desvantagens únicas. Os pontos fortes são:
 ■ A estrutura matricial é flexível.
 ■ As respostas aos clientes são rápidas.
 ■ Existe o papel do gerente de projetos, isto é, um responsável pelo projeto.
 ■ O projeto pode utilizar toda a capacidade técnica da empresa.
 ■ Há menor incerteza sobre o que ocorrerá com os indivíduos com o tér-
mino do projeto.
 ■ O projeto possui representantes das unidades administrativas da empresa, 
pois, normalmente, existem vários projetos simultâneos nas empresas.
 ■ Permite uma maior otimização dos recursos organizacionais.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 97 – Quadro 1 – Estrutura Matricial 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem “Quadro 1 – Estrutura Matricial” se refere a um quadro 
com 4 colunas. Sendo “estrutura características” na primeira coluna e “estrutura 
matriarcal” com 3 subdivisões sendo elas: Fraca, balanceada e forte. 
Abaixo da esquerda para direita refere-se á: 
Autoridade do gerente de projeto – Limitada - Baixa a moderada - Moderada alta. 
Disponibilidade de recursos – Limitada - Baixa a moderada - Moderada alta. 
Controle do orçamento - Gerente funcional – Misto - Gerente de projeto. 
Função do gerente de projetos - Tempo parcial - Tempo integral - Tempo integral. 
Equipe administrativa de projetos - Tempo parcial - Tempo parcial - Tempo integral. 
FIM DESCRIÇÃO. 
 
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E98
As vantagens decorrentes da estrutura da matriz são potentes, mas as desvan-
tagens são também sérias. Todas as seguintes desvantagens envolvem conflito 
entre o funcional e gerentes de projetos na maior parte das vezes (MEREDITH; 
MANTEL JR., 2009):
 ■ Podem existir dúvidas sobre quem é responsável, isto é, a equipe está 
sujeita a dupla subordinação.
 ■ Na estrutura matricial forte, pode ocorrer atrasos na conclusão do projeto.
 ■ O gerente de projetos deve ter maior habilidade para negociar com os 
gerentes funcionais.
 ■ Pode haver competição entre os diferentes gerentes pelos recursos técnicos 
disponíveis na empresa o que pode ocorrer uma priorização inadequada 
e diminuir o pleno aproveitamento da equipe.
ESCRITÓRIO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS
Com o crescente papel dos projetos nas organizações e o movimento em dire-
ção à “gestão por projetos”, surgiu a necessidade de uma entidade organizacional 
para ajudar a gerenciar essas mudanças rápidas nas formas de fazer o trabalho. 
Este é o papel do escritório de Gerenciamento de Projetos. 
Escritório de Gerenciamento de Projetos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
99
De acordo com o PMI (2017, p. 48):
[...] um escritório de gerenciamento de projetos (EGP) é uma estrutura 
organizacional que padroniza os processos de governança relacionados 
a projetos e facilita o compartilhamento de recursos, metodologia, fer-
ramentas e técnicas. 
Logo, é um mecanismo de apoio ao gerenciamento do projeto nas organiza-
ções.
Assim, o escritório de projeto tem como principal função supervisionar 
o gerenciamento de projetos e programas, concentrando-se no planejamento, 
priorização e execução (DO VALLE, 2010). Os principais papéis do escritório 
de projetos são (DO VALLE, 2010):
 ■ Servir de suporte ao plano estratégico nas organizações, gerenciamento 
de portfólio, gerenciamento dos programas e projetos, bem como reali-
zar planejamento, controle e geração de informação.
 ■ Implantação de metodologia, desenvolvimento de relatórios, ferramen-
tas e técnicas, modelos e formulários.
 ■ Direção, padronização e suporte na aplicação de ferramentas, técnicas, 
relativos ao gerenciamento de projetos (PM). 
Nesta perspectiva, o escritório de projetos pode fazer recomendações, conduzir 
a transferência de conhecimentos, encerrar projetos e tomar medidas conforme 
o necessário. Tendo autoridade para atuar como uma parte interessada integral 
e um decisor ao longo do projeto, visando alinhá-lo aos objetivos do negócio e 
apoiando, assim, os gerentes de projetos de diversas formas (PMI, 2017). Como, 
por exemplo:
 ■ Gerenciar recursos compartilhados em todos os projetos.
 ■ Identificar e desenvolver metodologia e padrões de gerenciamento de 
projetos.
 ■ Monitoramento e conformidade por meio de auditorias.
 ■ Coordenar a comunicação entre projetos.
 ■ Desenvolvimento de política, procedimentos, modelos e documentos 
compartilhados do projeto PMI (2017).
ABORDAGENS, ESTRUTURAS E CICLO DE VIDA DE PROJETOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIU N I D A D E100
Existem diversos tipos de EGP e cada um varia em função do seu grau de influ-
ência nas organizações (PMI, 2017). Você precisará determinar qual tipo você 
precisa estabelecer para ter um escritório de projeto efetivo. Assim, o escritório 
de projeto pode ser classificado como:
 ■ Estratégico: identificação e seleção de projetos de acordo com as estraté-
gias da organização.
 ■ Suporte: o escritório de suporte como o próprio nome já diz, dá um 
suporte consultivo de acesso de informação de outros projetos, fornece 
modelos e melhores práticas para auxiliar o desenvolvimento do projeto. 
 ■ Controle: funciona como um suporte, entretanto exige uma conformi-
dade na adoção de metodologias, modelos, formulários, ou um conjunto 
de regras específicas a serem utilizadas no desenvolvimento do projeto. 
Isto é, o “como fazer” controlado, pelo escritório de projeto de controle.
 ■ Diretivo: o escritório de projeto diretivo assume o controle do projeto. 
Isto é, os gerentes de projetos do escritório do projeto gerenciam efetiva-
mente com alto nível de controle. 
Além do escritório de gerenciamento de projetos padronizar e centralizar as 
boas práticas de projetos da empresa, orientar e aconselhar gerentes de projeto 
e a comunicação entre os times e projetos diferentes de uma organização, ele 
pode ser responsável pelo aparelhamento e alinhamento estratégico das dife-
rentes equipes envolvidas em projetos. Isto é, tendo responsabilidade por toda 
organização. Isso porque, de acordo com o PMI (2017), o EGP integra dados e 
informações de projetos estratégicos organizacionais e faz uma ligação natural 
entre portfólios, programas e projetos na organização.
Considerações Finais
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
101
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, aprendemos sobre as duas abordagens em gerenciamento de pro-
jetos: a tradicional e a ágil. Ao gerenciarmos projetos, podemos optar por uma 
ou outra, bem como por uma abordagem híbrida. Neste sentido, vimos que não 
há uma melhor do que a outra, mas sim cada uma se encaixa melhor de acordo 
com as características dos projetos e a maturidade da equipe de desenvolvimento.
Ainda, vimos que, normalmente, para projetos de software a abordagem ágil 
é a mais indicada, e que dentro desta abordagem tem uma diversidade de meto-
dologias que podem ser utilizadas para gerenciar projetos e poderá decidir qual 
é a mais indicada de acordo com suas perspectivas.
Aprendemos também sobre duas metodologias de como organizar e sele-
cionar ideias em projetos e que, ao desenvolver um projeto, deve-se buscar uma 
ideia para, em seguida, transformá-la em um produto ou serviço. Para isso, esta 
unidade apresentou ferramentas que te auxiliarão neste processo. Neste contexto, 
vimos como utilizar o mapa mental e o mapa de modelo de negócios para orga-
nizar as ideias de projetos, de acordo com os critérios estabelecidos pela empresa.
Entendemos que, após a seleção do projeto a ser desenvolvido, inicia-se o 
ciclo de vida do projeto e os processos de gerenciamento necessários para atingir 
o objetivo do projeto. Aprendemos, também, que a configuração organizacio-
nal é fundamental para o alcance dos objetivos de negócios e que, dependendo 
da empresa, ela pode ter uma estrutura mais voltada para o gerente funcional e 
outra mais para o gerente de projetos.
Passamos a entender que a estrutura em que o gerente funcional toma as 
decisões, a figura do gerente de projetos é fraca, pois ele não tem poder de deci-
são ou quando tem é limitado. Por outro lado, nas estruturas que tendem a ser 
projetizadas, o gerente do projeto tem maior poder de decisão sobre os recur-
sos do projeto. Aprendemos, também, sobre a importância de um escritório de 
gerenciamento de projetos dentro das organizações.
102 
1. Há duas abordagens em gerenciamento de projetos, a ágil e a tradicional. E 
gerenciamento de projetos tradicionais pode ser ineficaz para projetos de sof-
tware. Assinale a alternativa correta.
a) A abordagem tradicional possui pouca documentação e alta flexibilidade, o 
que atrapalha no desenvolvimento dos projetos de softwares.
b) A abordagem ágil é indicada no gerenciamento de projetos de software, 
pois o cliente não tem toda a clareza do que quer ou precisa.
c) No desenvolvimento de projetos software ágeis, o cliente tem pouca flexi-
bilidade a mudanças.
d) Um dos fundamentos das abordagens ágeis em projetos é desperdiçar tem-
po e recursos.
e) A abordagem tradicional parte de um processo altamente iterativo e incre-
mental.
2. O ciclo de vida do projeto é uma série de estágios pelas quais um projeto pas-
sa, do seu início ao término. Estágios esses representados por atividades orde-
nadas de forma lógica. Assinale a alternativa correta.
a) O ciclo de vida pode ser chamado de ciclo de desenvolvimento que podem 
ser orientado para um plano, ágil, iterativos e incrementais.
b) O ciclo de vida ágil é caracterizado pelo planejamento detalhado de todo 
projeto.
c) O ciclo de vida deve ser rígido ao lidar com fatores incluídos no projeto.
d) O ciclo de vida preditivo pode ser chamado de híbrido.
e) O ciclo de vida é igual para todos os projetos.
3. Aprendemos que, para iniciar um projeto, são necessários os documentos ini-
ciais, o plano de negócios e o de gerenciamento de benefícios, mas que serão 
utilizados como referência após o término do projeto. Assim, descreva a dife-
rença entre plano de negócios e o de gerenciamento de benefícios.
4. Os tipos de estruturas organizacionais podem influenciar na autoridade do ge-
rente de projetos, na disponibilidade de recursos para o projeto, na função do 
gerente de projetos e da equipe, entre outros. Diante disso, descreva quais as 
características das estruturas matricial e a projetizada. 
103 
5. O escritório de gerenciamento de projeto (EGP) surgiu com a necessidade cres-
cente das organizações em desenvolver projetos. O EGP surge como um me-
canismo de apoio ao gerenciamento de projetos. Considerando o escritório de 
projetos, a seguir analise as afirmações:
I. Existe um tipo de EGP que deve ser utilizado em todas as organizações.
II. O escritório de projetos funciona como uma estrutura organizacional que, 
entre outros, padroniza os processos de governança do projeto.
III. O escritório de projetos facilita o compartilhamento
de recursos, ferramen-
tas e técnicas.
IV. O escritório de projetos tem função de supervisionar o gerenciamento de 
projetos.
É correto o que se afirma em:
a) I.
b) I e II.
c) III e IV.
d) II, III e IV.
e) I, II, III e IV.
104 
A mistura de gerenciamento de projetos tradicionais e ágeis
O gerenciamento de projetos tradicionais envolve métodos de planejamento e controle 
disciplinados e deliberados. Com esta abordagem, fases distintas do ciclo de vida do 
projeto são facilmente reconhecíveis. As tarefas são completadas uma após a outra em 
uma sequência ordenada, exigindo que uma parte significativa do projeto seja planeja-
da na frente. 
O gerenciamento de projetos tradicionais assume que os eventos que afetam o projeto 
são previsíveis e que ferramentas e atividades são bem compreendidas. Além disso, com 
o gerenciamento de projetos tradicionais, uma vez que uma fase está completa, assu-
me-se que não será revisada. Os pontos fortes desta abordagem são que estabelece os 
passos para o desenvolvimento e enfatiza a importância dos requisitos. As limitações 
são que os projetos raramente seguem o fluxo sequencial, e os clientes geralmente têm 
dificuldade em declarar completamente todos os requisitos no início do projeto. 
A abordagem tradicional de gerenciamento de projetos é uma abordagem linear na 
qual você tenta fazer tudo ao mesmo tempo. Na abordagem ágil, o planejamento “ape-
nas o suficiente” é feito de frente. À medida que cada incremento do sistema é constru-
ído, a equipe reúne informações e aprende com os comentários dos clientes. Uma vez 
que o cliente vê e/ou experimenta um protótipo de trabalho, ele tem capacidade de refi-
nar e/ou redefinir os requisitos e descrever para a equipe o que a organização realmente 
precisa. O método ágil inclui mudanças que agregam valor e reduz o custo da mudança 
através do desenvolvimento iterativo. Fazer mudanças em um pequeno módulo é muito 
mais econômico do que em todo o projeto.
Contudo, o gerenciamento de projetos Agile pode funcionar?
No fundo, o gerenciamento de projetos, tradicional ou ágil, tem princípios muito seme-
lhantes. Trata-se de fazer um bom trabalho para o cliente. Trata-se de liderar uma equi-
pe. Trata-se de entregar resultados comerciais mensuráveis. Muitos desses princípios ou 
práticas podem ser implementados na maioria dos ambientes estruturados em equipe.
A incorporação de técnicas de gerenciamento ágil em projetos promove um foco nos 
benefícios de cada recurso. Na gestão de projetos tradicionais, as equipes se esforçam 
para finalizar o projeto no prazo e no orçamento e, muitas vezes, perdem de vista os 
benefícios globais que todo o esforço se destina a trazer à organização. É importante 
lembrar a estratégia que o projeto deverá avançar o custo total de propriedade e não 
apenas os custos do projeto. 
Fonte: adaptada de Hass (2007).
Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
Este Guia contém o definição de Scrum. Esta definição consiste nos papéis, eventos, artefatos e 
regras de Scrum que ligue-os. 
<http://www.scrumguides.org/docs/scrumguide/v1/Scrum-Guide-US.pdf>.
O DSDM Agile Project Framework é uma abstração do DSDM® Atern® projetado para 
complementar outros Abordagens ágeis em um ambiente onde uma abordagem de projeto 
definida é esperada ou irá adicionar valor. 
<https://www.agilebusiness.org/sites/default/files/the_dsdm_agile_project_framework_v1_11.
pdf?token=yqzXtW1a1>.
Agile Practice Guide 
Project Management Institute (PMI)
Editora: Project Management Institute
Sinopse: a primeira edição foi desenvolvida como um recurso para entender, 
avaliar e usar abordagens ágeis e híbridas. Este guia de prática fornece orientação 
sobre quando, onde e como aplicar abordagens ágeis e fornece ferramentas 
práticas para profissionais e organizações que desejam aumentar a agilidade. 
REFERÊNCIAS
CRUZ, F. Scrum e Agile em Projetos: Guia Completo. Rio de Janeiro: Brasport, 2015.
DO VALLE, A. B. et al. Fundamentos do gerenciamento de projetos. 2. ed. Rio de 
Janeiro: Editora FGV, 2010.
DO VALLE, J. A. S. Identificação e análise de fatores relevantes para a implan-
tação de escritórios de gerenciamento de projetos de construção civil pelo 
conceito do Project Management Office. 2010. Tese de Doutorado em Engenharia 
Civil, Universidade Federal Fluminense, Niterói/RJ, Brasil.
FOGGETTI, C. Gestão ágil de projetos. São Paulo: Education do Brasil, 2014. Cole-
ção Bibliografia Pearson.
HASS, K. B. The blending of traditional and agile project management. PM world 
today, v. 9, n. 5, p. 1-8, 2007.
KEIDANN, G. L. Utilização de Mapas Mentais na Inclusão Digital. II Encontro de Edu-
comunicação da Região Sul. Ijuí/RS, jun. 2013. Disponível em: <http://coral.ufsm.
br/educomsul/2013/com/gt3/7.pdf>. Acesso em: 01 ago. 2018. 
MEREDITH, J. R.; MANTEL JR, S. J. Project management: a managerial approach. 
John Wiley & Sons, 2009.
PMI (Project Management Institute). Um Guia do Conjunto de conhecimentos de 
Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK®). 6. ed. Newtown Square, 2017.
SEBRAE. Como elaborar um plano de negócios. Brasília. 2013. Disponível em: 
<http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.
nsf/5f6dba19baaf17a98b4763d4327bfb6c/$File/2021.pdf>. Acesso em: 01 ago. 
2018.
SCHWABER, K.; SUTHERLAND, J. Guia do Scrum–Um guia definitivo para o Scrum: 
As regras do jogo. 2013. Disponível em: <https://www.scrumguides.org/docs/
scrumguide/v1/Scrum-Guide-Portuguese-BR.pdf>. Acesso em: 01 ago. 2018.
TEIXEIRA, D. D. et al. DSDM–Dynamic Systems Development Methodology. Facul-
dade de Engenharia da Universidade do Porto. v. 27, p. 05-09, 2005. Disponível em: 
<https://paginas.fe.up.pt/~aaguiar/es/artigos%20finais/es_final_14.pdf>. Acesso 
em: 01 ago. 2018.
WEBSTER JUNIOR, F. M., KNUTSON, J. What Is Project Management? Project Mana-
gement Concepts and Methodologies. In: DINSMORE, P. C.; CABANIS-BREWIN, J. 
(Ed.). The AMA handbook of project management. AMACOM Div American Mgmt 
Assn, 2011.
http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/5f6dba19baaf17a98b4763d4327bfb6c/$File/2021.pdf
REFERÊNCIAS
107
REFERÊNCIAS ON-LINE
1 Em: <http://agilemanifesto.org/principles.html>. Acesso em: 31 jul. 2018.
2 Em: <https://pep.ifsp.edu.br/moodledata/filedir/91/4d/914df33e5b07ce4218e-
557d73a3d040e04ff12a0>. Acesso em: 31 jul. 2018.
3 Em: <https://www.devmedia.com.br/lean-software-development-java-magazi-
ne-81/17442>. Acesso em: 01 ago. 2018.
4 Em: <https://www.inovativabrasil.com.br/wp-content/uploads/2015/10/Business-
-Model-Canvas-o-analista-de-modelos-de-negcios.pdf>. Acesso em: 31 jul. 2018.
5 Em: <http://www.easybok.com.br/downloads/pgb-plano-de-gerenciamento-de-
-beneficios-6-ed-2017/>. Acesso em: 31 jul. 2018.
6 Em: <http://romulocesar.com.br/wp-content/uploads/2015/08/Estrutura-Gest%-
C3%A3o-de-Projetos.pdf>. Acesso em: 31 jul. 2018.
GABARITO
1. B.
2. A.
3. O plano de negócios é um estudo de viabilidade econômica para determinar 
a validade dos benefícios de um componente sem definição suficiente, utiliza-
do como base para autorização das atividades de gerenciamento de projetos. 
O plano de gerenciamento de benefícios é a explicação documentada com a 
definição dos processos de criar, maximizar e sustentar os benefícios que são 
proporcionados por um projeto, complementando, assim, o plano de negócios 
e o termo de abertura do projeto.
4. Na estrutura funcional, cada empregado possui um superior bem definido e está 
restrito em áreas especializadas (área financeira, área de vendas etc). Assim, o 
gerente de projetos tem pouca ou nenhuma autoridade sobre a disponibilidade 
de recursos e o projeto, pois quem controla o orçamento do projeto é o gerente 
funcional. Diante disso, o gerente de projetos e a equipe que administrativa do 
gerenciamento de projetos trabalham em tempo parcial nele. 
A estrutura projetizada focaliza seus trabalhos nos projetos e os gerentes de pro-
jetos possuem grande independência e autoridade com alta a quase total auto-
ridade
sobre a disponibilidade de recursos. Logo, quem controla o orçamento 
do projeto é o gerente do projeto. Neste tipo de estrutura, a maior parte dos 
recursos da organização está envolvida no projeto. Diante disso, o gerente de 
projetos e a equipe administrativa do gerenciamento de projetos trabalham em 
tempo integral nele. 
5. D. 
U
N
ID
A
D
E III
Professora Me. Marcela Gimenes Bera Oshita
PMI - PROJECT 
MANAGEMENT INSTITUTE - 
ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Ensinar os alunos sobre o processo de integração do projeto.
 ■ Instruir os alunos sobre o escopo do projeto.
 ■ Ensinar os alunos sobre o cronograma do projeto.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Integração do projeto
 ■ Gerenciamento do escopo do projeto
 ■ Gerenciamento do cronograma do projeto
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), esta unidade dará início ao processo de entendimento sobre 
as áreas de conhecimento de PMI em gestão de projetos com conceitos e aspec-
tos iniciais sobre a integração do projeto. Aprenderemos que, para atingir os 
objetivos do projeto, a organização deve introduzir o processo de integração. 
Isso porque gerenciar a integração do projeto representa o núcleo da gestão do 
projeto, e o gerente de projetos age como um integrador de forma que haja har-
monia e comunicação entre as partes interessadas. 
Por meio desta proposta, você passará a compreender também que os pro-
cessos de planejamento desenvolvem o plano de gerenciamento do projeto, que 
será utilizado para executá-lo. Para isso, o plano do projeto deve incluir todos os 
processos usados para gerenciar o projeto para alcançar os objetivos, bem como 
suas ferramentas e técnicas, o seu ciclo de vida e as fases associadas.
Dentro desta perspectiva, iniciaremos duas das dez áreas de gerenciamento 
de projetos, administração de escopo e tempo, desde o planejamento, a execu-
ção, o monitoramento e controle e as entregas. Administrar o escopo se refere 
ao gerenciamento do objetivo do produto ou projeto. Gerenciar o cronograma é 
definir as atividades, colocar prazos, gerenciar o cronograma durante todo ciclo 
de vida do projeto.
Para iniciar os processos de planejamento, é necessário que a solicitação do 
projeto esteja aprovada e o gerente de projeto definido, pois ele será o responsável 
pelas atividades de desenvolver o plano de projeto e todos os complementares, 
que se tornará a principal fonte de informação para execução, controle e encerra-
mento. Agora que já conhecemos o contexto desta unidade, quero convidá-lo(a) 
a continuar em nossa jornada de estudos e proponho a reflexão sobre a impor-
tância do planejamento para o sucesso do projeto.
Introdução
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
111
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E112
INTEGRAÇÃO DO PROJETO
Aprenderemos, neste tópico, que o gerenciamento da integração do projeto, inclui 
os processos e atividades necessárias para definir, combinar, unificar e coorde-
nar a metodologia de gerenciamento de projetos nos grupos de processos (PMI, 
2017). Está apresentada, no Quadro 1, a relação entre a integração do projeto e 
os grupos de processos de gerenciamento de projetos.
Quadro 1 - Integração do projeto e os grupos de processos de gerenciamento
ÁREA DE 
CONHECIMENTO
GRUPOS DE PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS
Grupo de 
processos 
de iniciação
Grupo de 
processos de 
planejamento
Grupo de 
processos 
de execução
Grupo de 
processos de 
monitoramento 
e controle
Grupos de 
processos 
de encerra-
mento
GERENCIAMENTO 
DA INTEGRAÇÃO 
DO PROJETO
1.Desenvol-
ver o Termo 
de Abertura 
do Projeto.
2.Desenvolver 
o Plano de Ge-
renciamento 
do Projeto.
3. Orientar e 
Gerenciar o 
Trabalho do 
Projeto.
4.Monitorar 
e Controlar o 
Trabalho do 
Projeto.
5.Realizar 
o Controle 
Integrado de 
Mudanças.
6.Encerrar o 
Projeto ou 
Fase.
Fonte: adaptado de PMI (2017).
De acordo com PMI (2017), o gerenciamento da integração do projeto envolve:
 ■ Garantir o alinhamento entre as datas de entrega do produto serviço ou resul-
tado; do ciclo de vida do projeto; e do plano de gerenciamento de benefícios.
 ■ Atingir o objetivo do projeto por meio do plano de gerenciamento do 
projeto.
 ■ Assegurar a criação e o uso do conhecimento conforme for necessário.
 ■ Gerenciar o desempenho e as mudanças das atividades no plano de geren-
ciamento do projeto.
 ■ Tomar decisões integradas em relação às mudanças que impactam o 
projeto.
 ■ Medir e monitorar o progresso do projeto.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 112 – Quadro 1 - Integração do projeto e os grupos de processos de 
gerenciamento 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se ao Quadro 1 - Integração do projeto e os grupos 
de processos de gerenciamento. É composto por uma tabela dos Grupos de Processos de 
Gerenciamento de Projetos, com 2 colunas: Área de conhecimento e o Gerenciamento da 
integração do projeto. 
Grupo de processos de iniciação: 1. Desenvolver o Termo de Abertura do Projeto; 
Grupo de processos de planejamento: 2. Desenvolver o Plano de Gerenciamento do 
Projeto; 
Grupo de processos de execução: 3. Orientar e Gerenciar o Trabalho do Projeto; 
Grupo de processos de monitoramento e controle: 4. Monitorar e Controlar o Trabalho do 
Projeto; 5. Realizar o Controle integrado de Mudanças; 
Grupo de processos de encerramento: 6. Encerrar o Projeto ou Fase. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Integração do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
113
 ■ Coletar dados sobre o resultado e analisá-los para obter informações e 
comunicá-las às partes interessadas.
 ■ Concluir todo o trabalho do projeto e encerrar formalmente cada fase e 
contrato.
 ■ Gerenciar as transições de fase quando necessários.
Assim, a integração inclui característica de unificação, consolidação, articula-
ção e ações integradoras necessárias para concluir o projeto, para gerenciar as 
expectativas das partes interessadas e atender os requisitos do projeto (INBS, 
[2018], on-line).
DESENVOLVER O TERMO DE ABERTURA DO PROJETO
Após a etapa de seleção do projeto chega o momento de iniciá-lo. Para isso, o patro-
cinador do projeto emite o termo de abertura do projeto (TAP): um documento 
que autoriza formalmente a sua existência e fornece ao gerente de projetos a autori-
dade para aplicar os recursos organizacionais nas atividades do projeto (PMI, 2017). 
Para o desenvolvimento do termo de abertura do projeto, é necessário que 
você gestor do projeto tenha em mãos o Business case (plano de negócios) e o 
plano de benefícios. O plano de negócios é importante para justificar ou não o 
investimento, visto que fornece informações necessárias sobre o ponto de vista 
dos negócios. E o plano de gerenciamento de benefícios fornece “[...] a explicação 
documentada com a definição dos processos para criar, maximizar e sustentar 
os benefícios proporcionados por um projeto ou programa” (PMI, 2017, p. 719). 
Além disso, é importante que você conheça o setor que a empresa atua, as 
condições do mercado (ambiente externo), bem como todo o ambiente organiza-
cional (interno), isto é, as políticas e processos organizacionais, como a empresa 
engaja os contratados e fornecedores, a base de conhecimento dela com relação 
ao desenvolvimento de projetos. 
Após você conhecer o ambiente externo e interno da organização, chega 
o momento de desenvolvimento do TAP. Para isso, você precisará de: opinião 
especializada; coleta de dados; habilidade interpessoal e de equipe; e reuniões.
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro
de 1998.
IIIU N I D A D E114
A opinião especializada é oferecida por qualquer pessoa ou grupo com 
conhecimento especializado e é usada para avaliar as entradas necessárias para 
desenvolver o TAP. Assim, ela pode advir de várias fontes como:
 ■ Consultores.
 ■ Partes interessadas como clientes e/ou patrocinadores.
 ■ Outros setores dentro da organização.
 ■ Especialistas no assunto.
 ■ Escritório de projetos entre outros (PMI, 2017).
A coleta de dados é reunião de informações em um documento que deve ser 
desenvolvido pelo gerente de projetos que precisa levantar as principais entregas, 
identificar os riscos, premissas e restrições do projeto, alinhar os benefícios do pro-
jeto com as partes interessadas, levantar o cronograma macro e avaliar a viabilidade 
do projeto. Para isso, você poderá utilizar as técnicas de coleta de dados, como 
brainstorming, grupos de discussão e entrevistas. De acordo com o PMI (2017):
 ■ Brainstorming é uma técnica utilizada para identificar uma lista de ideias 
rápidas realizado em um ambiente de grupo e liderada por um facilitador. 
Essa técnica pode ser utilizada para coletar dados, de partes interessadas, 
dos membros da equipe e especialistas no assunto para o desenvolvi-
mento do TAP.
 ■ Grupos de discussão são utilizados para a reunião das partes interessa-
das e especialistas no assunto para partilhar informações sobre os riscos 
do projeto, critérios de sucesso entre outros.
 ■ Entrevistas são utilizadas para buscar informações sobre os requisitos de 
alto nível, premissas ou restrições em forma de conversa direta.
As habilidades interpessoais e de equipe podem ser utilizadas no processo de 
desenvolvimento do termo de abertura do projeto. De acordo com o PMI (2017), 
elas incluem, mas não estão limitadas a: gerenciar conflitos, facilitação e geren-
ciamento de reuniões.
Integração do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
115
 ■ Gerenciamento de conflitos pode ser utilizado para alinhar os objetivos 
das partes interessadas, bem como os critérios de sucesso, os requisitos 
de alto nível, a descrição do projeto, os marcos entre outros.
 ■ Facilitação é a capacidade de orientar o grupo para a tomada de decisão. 
Assim, o facilitador deve garantir que os participantes atinjam uma con-
tribuição mútua e cheguem a um acordo sobre o TAP.
 ■ Gerenciar reuniões inclui preparar a agenda, garantir que os represen-
tantes das partes interessadas participem, preparar e enviar minutas de 
acompanhamento.
Por fim, as reuniões são realizadas com as partes interessadas para identificar 
os objetivos do projeto, bem como os critérios de sucesso, as entregas-chave, os 
requisitos, o resumo de marcos entre outros (PMI, 2017).
Assim, o termo de abertura do projeto deve mostrar a importância da exis-
tência do projeto, deve ser escrito em forma de plano de trabalho e, antes de ser 
aprovado, deve incluir informações como:
 ■ Objetivo e justificativa do projeto.
 ■ Finalidade do projeto e as necessidades do negócio.
 ■ Cronograma e marcos resumidos.
 ■ Influência das partes interessadas, suas organizações funcionais e sua 
participação.
 ■ Riscos do projeto.
 ■ Requisitos necessários para o sucesso do projeto.
 ■ Premissas e restrições organizacionais ambientais e externas.
 ■ Orçamento.
 ■ Critério de encerramento.
 ■ Nome do patrocinador e a influência das partes interessadas.
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E116
As premissas são hipóteses verdadeiras para atingir o objetivo final do pro-
jeto. Normalmente as premissas de alto nível são identificadas já no plano 
de negócios e devem ser incorporadas no termo de abertura do projeto 
(PMI, 2017). Assim, a premissa pode ser uma aprovação do Inmetro, da Anvi-
sa, isto é, tudo vai depender da natureza e do tipo de projeto. É importante 
também analisar o risco de a premissa não ser atendida.
O mais importante de listar as premissas é analisar o risco caso ela não seja 
atendida, principalmente se ela está fora do controle dos envolvidos no pro-
jeto (MONTES, 2017). O autor salienta, que caso precise da aprovação de 
algum órgão como Inmetro, Anvisa ou qualquer órgão público, é necessário 
ter um controle sobre o tempo que demora para a aprovação. Cabe destacar 
que as premissas de baixo nível, isto é, que não apresentam tanto risco para 
o projeto, normalmente são geradas ao longo do projeto.
Fonte: adaptado de PMI (2017) e Montes (2017).
PROCESSOS DE PLANEJAMENTO
Os processos de planejamento culminam no plano de gerenciamento do projeto, um 
documento que define como o projeto será executado monitorado e controlado. Isto 
é, “[...] o processo de definir, preparar e coordenar todos os componentes do plano e 
consolidá-los em um plano integrado de gerenciamento do projeto” (PMI, 2017, p. 
70). Para isso, é necessário o termo de abertura do projeto, que servirá como nortea-
dor do planejamento, além de outros processos que podem ser necessários, os fatores 
ambientais da empresa e os ativos e processos organizacionais, como, por exem-
plo: políticas e procedimentos da organização e informações de projetos anteriores.
Neste sentido, para o processo de planejamento são necessárias: a busca de 
opinião especializada, técnicas de coleta de dados, habilidades interpessoais e 
de equipes e reuniões.
A opinião especializada está relacionada a expertise de indivíduos ou gru-
pos com conhecimento ou treinamento especializado, sendo utilizado de acordo 
com o PMI (2017), para:
Integração do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
117
 ■ Adaptar o processo de gerenciamento de projetos.
 ■ Desenvolver componentes adicionais do plano de gerenciamento caso 
necessário.
 ■ Determinar as ferramentas e técnicas necessárias.
 ■ Descrever detalhes técnicos e de gerenciamento a serem incluídos no plano.
 ■ Determinar recursos e níveis de habilidades para executar o projeto.
 ■ Determinar o nível de gerenciamento de configuração a ser usado no 
projeto.
 ■ Determinar quais documentos estarão sujeitos ao processo de controle 
de mudança.
 ■ Priorizar o trabalho do projeto, bem como os seus recursos, no tempo 
adequado.
As técnicas de coleta de dados, incluem, mas não estão limitadas ao brainstor-
ming, lista de verificação grupos de discussão e entrevistas. De acordo com o 
PMI (2017):
 ■ Brainstorming é utilizado no desenvolvimento do plano gerenciamento 
de projetos para identificar e reunir ideias. Os participantes incluem a 
equipe do projeto, partes interessadas e outros especialistas.
 ■ Listas de verificação é um checklist que muitas vezes são padronizadas pelas 
organizações com base na sua experiência, que vai auxiliar para verifi-
car se todas as informações estão no plano de gerenciamento de projetos.
 ■ Os grupos de discussão reúnem as partes interessadas para discutir a 
abordagem de gerenciamento de projetos, bem como a integração dos 
componentes do plano de gerenciamento do projeto.
 ■ As entrevistas são utilizadas para buscar informações de partes interes-
sadas para desenvolver o plano ou qualquer componente ou documento 
do projeto.
As habilidades interpessoais e de equipe podem ser utilizadas no processo de 
desenvolvimento do planejamento. De acordo com o PMI (2017), elas incluem 
gerenciar conflitos, facilitação e gerenciamento de reuniões.
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E118
 ■ O Gerenciamento de conflitos pode ser utilizado para alinhar as diversas 
partes interessadas com relação ao plano de gerenciamento do projeto.
 ■ A Facilitação garante que os participantes atinjam uma
contribuição mútua 
e os resultados sejam plenamente aceitos de acordo com o processo de 
decisão estabelecido no projeto.
 ■ Gerenciar reuniões é importante para garantir as diversas reuniões neces-
sárias para desenvolver, unificar e chegar a um acordo sobre o plano de 
gerenciamento do projeto.
As reuniões são realizadas com as partes interessadas para discutir a abordagem 
do projeto, determinar como o trabalho será realizado e como será monitorado 
e controlado, as entregas-chave, os requisitos, o resumo de marcos entre outros 
(PMI, 2017).
No final do planejamento, tem-se o plano de gerenciamento de projetos. De 
acordo com o PMI (2017, p. 86), “o plano de gerenciamento de projetos é um 
documento que descreve como o projeto será executado, monitorado e con-
trolado e encerrado”. Além de servir como guia para a equipe do projeto, é o 
principal processo de planejamento para o gerente de projeto, visto que integra 
os demais planos complementando-os. 
Os componentes do plano de gerenciamento de projetos são:
1 Plano de gerenciamento do escopo:
estabelece como o escopo será de�nido, 
desenvolvido, monitorado, controlado e validado.
2 Plano de gerenciamento dos requisitos: 
estabelece como os requisitos serão analisados, 
documentados e gerenciados.
3 Plano de gerenciamento do cronograma: 
determina os critérios e as atividades para 
desenvolvimento, monitoramento e controle.
4 Plano de gerenciamento dos custos:
estabelece como os custos serão planejados 
estruturados e controlados.
5 Plano de gerenciamento da qualidade: estabelece 
como as políticas da qualidade, metodologias e 
padrões de uma organização serão implementados.
6 Plano de gerenciamento dos recursos: estabelece 
como os recursos dos projetos devem ser 
categorizados, alocados, gerenciados e liberados.
7 Plano de gerenciamento das comunicações: 
determina como as atividades de gerenciamento 
de risco serão estruturadas e realizadas.
8 Plano de gerenciamento dos riscos:
determina como a equipe do projeto irá adquirir 
os bens e serviços.
9 Plano de gerenciamento das partes interessadas: 
determina como as partes interessadas serão 
engajadas nas decisões e execução.
Integração do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
119
ORIENTAR E GERENCIAR O TRABALHO DO PROJETO
Orientar e gerenciar o trabalho do projeto é executar o trabalho definido no 
plano de gerenciamento do projeto e implementar mudanças de forma aten-
der os requisitos do projeto. O gerente de projetos, em conjunto com a sua 
equipe, conduz o processo de execução do projeto, bem como as mudanças 
necessárias para que o projeto atinja seu objetivo proposto. Cabe destacar 
que durante a execução os dados de desempenho do trabalho são coletados 
e analisados e servirão como entrada para o processo de monitoramento e 
controle (PMI, 2017).
Neste sentido, para orientar e gerenciar o trabalho do projeto, é importante 
que você esteja munido de documentos do projeto, como:
 ■ Registro de mudança e lições aprendidas.
 ■ Lista de marcos e cronograma.
 ■ Comunicação do projeto, como: entregas e avaliação de desempenho.
 ■ Matriz de rastreabilidade de requisitos.
 ■ Registro e relatório de riscos.
Assim, para orientar e gerenciar o trabalho do projeto você deve buscar: opi-
nião especializada, sistemas de informações e gerenciamento de projetos e 
realizar reuniões.
1 Plano de gerenciamento do escopo:
estabelece como o escopo será de�nido, 
desenvolvido, monitorado, controlado e validado.
2 Plano de gerenciamento dos requisitos: 
estabelece como os requisitos serão analisados, 
documentados e gerenciados.
3 Plano de gerenciamento do cronograma: 
determina os critérios e as atividades para 
desenvolvimento, monitoramento e controle.
4 Plano de gerenciamento dos custos:
estabelece como os custos serão planejados 
estruturados e controlados.
5 Plano de gerenciamento da qualidade: estabelece 
como as políticas da qualidade, metodologias e 
padrões de uma organização serão implementados.
6 Plano de gerenciamento dos recursos: estabelece 
como os recursos dos projetos devem ser 
categorizados, alocados, gerenciados e liberados.
7 Plano de gerenciamento das comunicações: 
determina como as atividades de gerenciamento 
de risco serão estruturadas e realizadas.
8 Plano de gerenciamento dos riscos:
determina como a equipe do projeto irá adquirir 
os bens e serviços.
9 Plano de gerenciamento das partes interessadas: 
determina como as partes interessadas serão 
engajadas nas decisões e execução.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 118-119 – Sem legendas 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se aos Planos de gerenciamento. É composta por 
um fluxograma que conta com 9 planos e sua descrição, um abaixo do outro: 
1. Plano de gerenciamento do escopo: estabelece como o escopo será definido, 
desenvolvido, monitorado, controlado e validado; 
2. Plano de gerenciamento dos requisitos: estabelece como os requisitos serão analisados, 
documentados e gerenciados; 
3. Plano de gerenciamento do cronograma: determina os critérios e as atividades para 
desenvolvimento, monitoramento e controle; 
4. Plano de gerenciamento dos custos: estabelece como os custos serão planejados 
estruturados e controlados; 
5. Plano de gerenciamento da qualidade: estabelece como as políticas da qualidade, 
metodologias e padrões de uma organização serão implementados; 
6. Plano de gerenciamento dos recursos: estabelece como os recursos dos projetos devem 
ser categorizados, alocados, gerenciados e liberados; 
7. Plano de gerenciamento das comunicações: determina como as atividades de 
gerenciamento de risco serão estruturadas e realizadas; 
8. Plano de gerenciamento dos riscos: determina como a equipe do projeto irá adquirir os 
bens e serviços; 
9. Plano de gerenciamento das partes interessadas: determina como as partes interessadas 
serão engajadas nas decisões e execução. 
 FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E120
Neste processo, busca-se a opinião especializada de pessoas ou grupos com 
conhecimentos específicos como: conhecimento técnico do setor; gerenciamento 
de custos e orçamento; jurídico e aquisições; legislações e regulamentações; e 
governança organizacional (PMI, 2017).
Os sistemas de informações disponibilizam informações a cada parte inte-
ressada. Para os executivos as informações são de controle e desempenho. Por 
sua vez, para os gerentes funcionais, informações que ajudam no planejamento 
e na eficiência e organização do time. Para o time do projeto, facilita a colabo-
ração e aumento da produtividade (MONTES, 2017).
Por fim, as reuniões são utilizadas para abordar e discutir tópicos do projeto 
na orientação e no gerenciamento do projeto. Elas são realizadas com o gerente 
do projeto, a equipe e partes interessadas.
Orientar e gerenciar o trabalho do projeto resulta em saídas como: entregas; 
dados do desempenho; registro de questões; solicitação de mudança; atua-
lizações no plano de gerenciamento do projeto; atualizações nos documen-
tos do projeto; atualizações nos ativos e processos organizacionais.
As entregas estão relacionadas a qualquer entrega ou resultado do projeto, 
cuja execução é exigida para concluir um processo, fase ou projeto. Os dados 
de desempenho são medições realizadas durante a execução dos trabalhos.
O registro de questões está relacionado a eventuais problemas que o geren-
te do projeto tenha enfrentado e que deve conter: o tipo de questão, quem 
levantou a questão e quando, descrição, prioridade, a quem está designada 
a questão, data alvo para solução, a situação atual e a solução final.
Solicitação do processo de mudança é uma proposta formal para modificar 
um documento ou uma entrega do projeto. Essa solicitação de mudança 
pode incluir
uma ação corretiva ou preventiva.
Fonte: adaptado de PMI (2017).
Integração do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
121
MONITORAR E CONTROLAR O TRABALHO DO PROJETO
Caro(a) aluno(a), monitorar e controlar o trabalho do projeto é o processo de 
acompanhamento e relato geral, para atender o objetivo definido no planeja-
mento do projeto. O monitoramento e controle estão relacionados à análise de 
desempenho das atividades, do status do risco, fornecer informações do desem-
penho real com o planejado, monitorar a implementação de mudanças entre 
outros, garantindo, assim, que o projeto permaneça alinhado com as necessida-
des do negócio (PMI, 2017).
Para monitorar e controlar o trabalho do projeto de forma que permaneça 
alinhado com as necessidades do negócio, o gestor do projeto precisa ter à sua 
disposição o plano de gerenciamento do projeto e qualquer componente dele, 
os documentos do projeto, informações sobre o desempenho do trabalho, acor-
dos de aquisições e/ou terceirizações, fatores ambientais da empresa e ativos e 
processos organizacionais. 
Assim, para monitorar e controlar o trabalho, você deve buscar: a opinião 
especializada, a análise de dados a tomada de decisões – que pode incluir deci-
sões tomadas por unanimidade – e reuniões presenciais ou virtuais.
Cabe destacar que a opinião especializada, como ferramenta de monitora-
mento e controle, envolve análise de tendências, o gerenciamento de contratos e 
riscos, o conhecimento técnico sobre o setor, a interpretação dos dados e a aná-
lise do valor agregado (PMI, 2017).
De acordo com o PMI (2017), a análise de dados, como processo de moni-
toramento e controle do trabalho do projeto, compreende, mas não se limita a:
 ■ Análise das possíveis alternativas quando ocorre um desvio.
 ■ Análise do custo-benefício das melhores alternativas em caso de desvio.
 ■ Análise do valor agregado.
 ■ Análise da causa raiz, isto é, dos principais motivos dos problemas.
 ■ Análise de tendência do projeto.
 ■ Análise das variações ocorridas no projeto.
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E122
REALIZAR O CONTROLE INTEGRADO DE MUDANÇAS
Prezado(a) aluno(a), o processo de realizar o controle integrado de mudanças 
vai do início ao término do projeto (PMI, 2017), sendo o gerente de projetos o 
responsável por realizá-lo. Esse processo é o de revisar todas as solicitações de 
mudanças, aprová-las e gerenciar as mudanças nas entregas, nos documentos e 
no plano do projeto.
Para esse processo, é necessário ter como base o plano de gerenciamento do 
projeto e seus componentes, os documentos do projeto, relatórios de desempe-
nho, solicitação de mudanças entre outros (PMI, 2017). 
É importante salientar que o plano de gerenciamento de projeto e seus com-
ponentes são entradas para o processo de realizar controle integrado de mudanças, 
pois nele existem itens como: plano de gerenciamento e de configuração; a linha 
de base do escopo do projeto e do produto, custos e cronograma. Essas linhas 
de base são utilizadas para avaliar os impactos das mudanças, tanto no escopo, 
como custos e cronograma.
As ferramentas de controle de mudanças devem ser selecionadas baseadas 
nas necessidades das partes interessadas no projeto. Não esquecendo das con-
siderações ou restrições organizacionais e ambientais (PMI, 2017). Para esse 
processo, você deve buscar a opinião especializada, análise de dados, tomada 
de decisão e reuniões. 
Com relação à opinião especializada, o gestor do projeto deve buscar infor-
mações com pessoas ou grupos de pessoas sobre o conhecimento técnico do 
setor e da área, a legislação e regulamentação, a parte jurídica e de aquisições, o 
gerenciamento de configurações e o gerenciamento de riscos.
A análise de dados deve ser feita analisando alternativas e custo-benefício 
da mudança. A tomada de decisão pode ser realizada por meio de votação, deci-
são autocrática e/ou análise de decisão envolvendo múltiplos critérios. Por fim, 
este processo exige reuniões realizadas com o comitê de controle de mudanças, 
que vão analisá-las, aprová-las ou rejeitá-las.
Desta forma, os resultados deste processo são solicitações aprovadas, atua-
lizações no plano e nos documentos do projeto. 
Integração do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
123
Todas as solicitações de mudanças aprovadas são implementadas pelo pro-
cesso de orientar e gerenciar o trabalho do projeto e ficam gravadas no registro 
de mudanças e na atualização dos documentos do projeto (PMI, 2017). Como 
vimos, todos os componentes do plano de gerenciamento do projeto podem 
sofrer mudanças, contudo elas têm que ser atualizadas a partir a linha de base 
dos dados históricos do projeto (PMI, 2017). Por fim, os documentos do projeto 
podem ser alterados, mas devem ser atualizados para documentar as mudanças 
ocorridas durante o projeto.
ENCERRAR O PROJETO OU FASE
Encerrar uma fase ou projeto é o processo de conclusão da fase ou do contrato 
e de todas as atividades do projeto. De acordo com o PMI (2017), durante o 
processo de encerramento o gerente do projeto deve revisar todo plano de geren-
ciamento do projeto para verificar se tudo que foi planejado foi executado e se 
cumpriu os seus objetivos.
Para encerrar o projeto ou fase, é necessário o termo de abertura do pro-
jeto, pois nele está contido os principais requisitos, os critérios de sucesso e 
quem será o responsável pelo encerramento. O plano de gerenciamento do pro-
jeto também é necessário, pois todos os componentes do plano servem como 
entrada neste processo.
Cabe destacar que os documentos do projeto são importantes nesse pro-
cesso de encerrar o projeto ou fase, entre eles estão:
 ■ Registro das premissas.
 ■ Base das estimativas.
 ■ Registro das mudanças.
 ■ Registro das questões.
 ■ Registro das lições aprendidas.
 ■ Lista de marcos.
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E124
 ■ Comunicações do projeto.
 ■ Medições e controle de qualidade.
 ■ Relatórios de qualidade.
 ■ Documentação dos requisitos.
 ■ Relatório e registro de riscos.
Além disso, o gerente do projeto deve ter toda documentação das entregas 
aceitas, como especificações do produto aprovado, recibos de entrega e docu-
mentos de desempenho do trabalho (PMI, 2017). Os documentos de negócios 
como plano de negócios e o plano de gerenciamento de benefícios fazem parte 
da entrada deste processo de encerramento, bem como os acordos, a documen-
tação de aquisição e os ativos e processos organizacionais.
Neste sentido, para encerrar o projeto ou fase é necessário a busca de opi-
nião especializada, análise de dados e reuniões.
A opinião especializada considera o controle de gerenciamento, as audito-
rias, jurídico e aquisições e legislação e regulação. Por outro lado, a análise de 
dados envolve a análise de documentos para futuros projetos e aprimoração 
dos ativos organizacionais, análise de regressão que verifica as contribuições 
do projeto, análise de tendências utilizada para validar modelos utilizados na 
organização e análise de variação utilizada para aprimorar a análise de desem-
penho da organização.
As reuniões são realizadas para confirmar se as entregas realizadas, foram 
aceitas e validar se os critérios de encerramento foram atendidos, formalizar a 
finalização dos contratos e analisar a satisfação das partes interessadas.
Assim, os documentos que são resultados deste processo, visto que podem ser 
atualizados e marcados como versões finais, são: os registro das lições aprendidas; 
a transição do produto, serviço ou resultado
final que pode ter sido transferido 
para outro grupo ou organização; relatório final em formato de resumo do pro-
jeto elencando os principais pontos. 
Ainda, pode ocorrer atualizações de ativos e processos organizacionais como:
 ■ Documentos do projeto como: plano de gerenciamento de custos, cro-
nograma, documentação de mudança entre outros.
Gerenciamento do Escopo do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
125
 ■ Documentos operacionais e de suporte.
 ■ Documentos de encerramento de um projeto ou fase.
 ■ Repositórios de lições aprendidas.
GERENCIAMENTO DO ESCOPO DO PROJETO
Neste tópico, você aprenderá sobre os aspectos do gerenciamento do escopo do 
projeto e a sua importância para definir o trabalho necessário para a execução 
do projeto. Para isso, você precisa entender que existem dois tipos de escopo: o 
do produto e o do projeto. 
O escopo ou objetivo do produto são os “ingredientes” ou materiais neces-
sários para colocar aquele produto em condições de uso com uma determinada 
qualidade. Por exemplo: imagine que você vai fazer uma 
pizza. O escopo do produto seria os ingredientes neces-
sários para fazer a pizza de acordo com a qualidade e 
custos desejados.
O escopo do projeto está relacionado a como fazer, 
isto é, parte do planejamento em que envolve determi-
nar as tarefas, o tempo, as entregas e os custos. Tudo isso 
para atender o escopo do produto. Assim, o escopo do 
projeto é como você fará a pizza, por exemplo: a sequ-
ência dos ingredientes, o tempo de descanso da massa, o tempo de forno de 
forma a entregar a pizza para o cliente de acordo com as suas expectativas de 
prazo, custo e qualidade. 
Imagine agora se a pizza chega para o cliente atrasada, fria e custando o 
dobro do preço. Significa que ocorreu alguma falha de processo. Diante disso, 
o gerenciamento do escopo é um processo que vai garantir que o projeto inclui 
o trabalho requerido, para completá-lo com sucesso, uma vez que forma a base 
do trabalho a ser desenvolvido no projeto (SOTILLE, 2010). Está apresentada 
na Figura 1 a visão geral dos processos de gerenciamento do escopo do projeto.
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E126
Visão geral do 
gerenciamento do 
escopo do projeto
2. Coletar 
requisitos
1. Planejar o 
gerenciamento do 
escopo
3. De�nir o 
escopo
5. Validar o 
escopo4. Criar a EAP 6. Controlar o 
escopo
Figura 1 - Visão geral dos processo de gerenciamento do escopo do projeto 
Fonte: adaptada de PMI (2017).
PLANEJAR O GERENCIAMENTO DO ESCOPO
Caro(a) aluno(a), planejar o gerenciamento do escopo é o processo de desenvolver 
um plano para documentar como o escopo do projeto será definido, monito-
rado e controlado e validado (PMI, 2017). O plano de gerenciamento de escopo 
é um componente do plano de gerenciamento do projeto e tem início a partir 
de informações contidas no TAP. Este processo tem como principal benefício 
o fornecimento de informações sobre como o escopo será gerenciado ao longo 
do ciclo de vida do projeto (PMI, 2017).
Para criar o planejamento do gerenciamento do escopo, é importante a busca 
de opinião especializada, análise de dados e alternativas e reuniões com a equipe 
do projeto (PMI, 2017).
Em destaque, a opinião especializada deve ser considerada avaliando os pro-
jetos similares ou desenvolvidos anteriormente e as informações sobre o setor 
de atuação, a disciplina e a área de aplicação.
De acordo com o PMI (2017), o processo de gerenciamento do escopo deve 
gerar o plano de gerenciamento do escopo e o plano de gerenciamento dos requisitos.
O plano de gerenciamento de escopo pode ser formal, informal, detalhado 
ou geral, isto é, conforme as necessidades do projeto (PMI, 2017). Este plano 
deve incluir:
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 126 – Figura 1 - Visão geral dos processo de gerenciamento do escopo do 
projeto 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 1 - Visão geral dos processo de 
gerenciamento do escopo do projeto. É composta por 6 quadros referentes a Visão do 
gerenciamento do escopo do projeto. 
1. Planejar o gerenciamento do escopo; 2. Coletar requisitos; 3. Definir o escopo; 4. Criar a 
EAP; 5. Validar o escopo e 6. Controlar o escopo. 
 FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gerenciamento do Escopo do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
127
 ■ O processo de preparação da declaração de escopo do projeto que irá 
conter, detalhes das entregas do projeto e as atividades necessárias para 
criar essas entregas.
 ■ O processo que possibilita a criação da Estrutura análitica do projeto 
(EAP) a partir da declaração do escopo do projeto detalhada.
 ■ O processo que vai definir como a linha de base será definida e aprovada.
O processo de como serão realizadas as entregas do projeto.
O plano de gerenciamento dos requisitos “[...] descreve como os requisi-
tos de um projetos serão analisados, documentados e gerenciados” (PMI, 2017, 
p. 137). E deve incluir:
 ■ Como as atividades dos requisitos serão planejadas, acompanhadas e 
reportadas.
 ■ Atividades de gerenciamento da configuração.
 ■ Métricas que serão utilizadas e os argumentos que justificam seu uso.
 ■ Processo de priorização de requisitos.
 ■ Uma estrutura de rastreabilidade (PMI, 2017).
COLETAR REQUISITOS
A coleta de requisitos envolve definir e documentar as funções e funcionalida-
des do produto e do projeto necessários para atender as expectativas das partes 
interessadas. Assim, os requisitos devem ser coletados, analisados e registrados, 
pois servirão como base para planejar o custo, cronograma e a qualidade do pro-
jeto (SOTILLE, 2010). 
De acordo com Sotille (2010), em gerenciamento de projetos há dois tipos de 
requisitos: o do projeto (requisitos de entrega, de negócios e de gerenciamento do 
projeto) e o do produto (requisitos técnicos, de segurança, desempenho). Assim, 
a coleta de requisito é um processo que vai gerar a documentação das necessi-
dades das partes interessadas.
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E128
Logo, coletar os requisitos é um processo de definir e gerenciar as expectati-
vas e as necessidades das partes interessadas. Requisitos estes que se transformam 
na fundação da EAP (ENAP, 2013). Para isso, o PMI (2017) destaca algumas 
ferramentas e técnicas que podem te auxiliar neste processo, como: opinião espe-
cializada, coleta de dados, análise de dados, tomada de decisão, representação dos 
dados, habilidades interpessoais de equipe, diagrama do contexto e protótipo.
A opinião especializada neste processo é considerada: a análise de negó-
cios; obtenção de requisitos; análise de requisitos; documentação dos requisitos, 
requisitos de projetos em projetos similares anteriores, técnicas de diagramas, 
facilitação e gerenciamento de conflitos (PMI, 2017). 
A coleta de dados pode ser realizada por meio de entrevistas; brainstorming; 
grupos de discussão; questionários de pesquisas e benchmarking (PMI, 2017).
Análise de dados consiste em revisar e analisar informações documentadas 
relevantes em acordos realizados, plano de negócio, documentação de proces-
sos ou interface de negócios; fluxos de processo atuais; casos de uso; solicitações 
de propostas; documentação regulatória; políticas e procedimentos; registro de 
problemas e literatura de marketing (PMI, 2017).
A tomada de decisão também pode ser utilizada para coletar requisitos 
comuns, por meio da votação, decisão autocrática e análise de dados envolvendo 
critérios múltiplos (PMI, 2017).
A representação de dados por meio de diagramas de afinidade
de ideias e 
mapeamento mental de ideias criadas em seções de brainstorming, por exem-
plo, podem ser utilizadas para esse processo (PMI, 2017).
As habilidades interpessoais de equipe também podem ser utilizadas para 
esse processo: técnica de grupo nominal ampliando o brainstorming; Observação/
conversação: utilizado em caso das pessoas que têm dificuldade de expressar 
seus requisitos; e Facilitação, que são reuniões focadas com as partes interessa-
das para definir os requisitos do produto (PMI, 2017).
O diagrama do contexto é uma forma de representar o projeto e sua relação 
ao ambiente, isto é, um desenho que descrevem visualmente o escopo do pro-
duto, mostrando o sistema de negócios da empresa e como as pessoas e sistemas 
interagem com ele. Conforme a Figura 2:
Gerenciamento do Escopo do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
129
Sistemas de gerenciamento de talentos de RH da Empresa ABC
Usuários
internos
Usuários
externos
Usuários
internos
Usuários
externos
Per�s de
usuários
internos
Publicações
de vagas
externas
Publicações
de vagas
internas
Per�s de
usuários
externos
Gerentes
de
contratação
Associados
internos
Buscadores
de emprego
Agências de
recrutamento
Websites
de empregos
externos
Prestadores
de serviços em
tempo integral e
parcial internos
Legenda:
Usuários internos
Fluxo de dados internos
Usuários externos
Fluxo de dados externos
Figura 2 - Diagrama de contexto
Fonte: a autora.
O protótipo é um modelo do produto esperado antes de construí-lo efetivamente, 
o que permite que as partes interessadas realizem experiências com um produto 
que passará por ciclos de feedbacks até que os requisitos coletados sejam sufi-
cientes para passar para fase de design ou de construção (PMI, 2017).
Assim, a coleta de requisitos deve gerar a matriz de rastreabilidade dos 
requisitos. Neste sentido, “[...] a documentação dos requisitos descreve como 
os requisitos individuais atendem as necessidades de negócio” (PMI, 2017, p. 
147). Este documento pode ser simples somente listando os requisitos ou mais 
elaborado, com descrições detalhadas, resumo executivo, isto é, mais formal. 
Descrevendo assim:
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 129 – Figura 2 - Diagrama de contexto 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 2 - Diagrama de contexto. É composta 
por um diagrama referente aos Sistemas de gerenciamento de talentos de RH da Empresa 
ABC. No centro, temos a divisão entre Usuários Internos e Usuários externos. Em relação 
aos usuários internos, temos: Gerentes de contratação, Associados Internos e Prestadores 
de serviços em tempo integral e parcial internos, referente aos Perfis de usuários externos 
e Publicações de vagas internas. Em relação aos usuários externos, temos Agências de 
recrutamento, Buscadores de emprego, Websites de empregos externos, referentes às 
Publicações de vagas externas e os Perfis de usuários externos. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E130
 ■ Os requisitos do negócio: porque o projeto foi elaborado descrevendo as 
necessidades da organização com relação ao negócio.
 ■ Requisitos das partes interessadas.
 ■ Requisitos da solução tanto funcionais como não funcionais.
 ■ Requisitos de transição e prontidão como capacidades temporárias, neces-
sidades de treinamentos.
 ■ Requisitos do projeto, isto é, condições que devem ser cumpridas pelo 
projeto, como datas, marcos, contratos, restrições etc.
 ■ Requisitos da qualidade que descreve as condições necessárias para vali-
dar a entrega do projeto. Por exemplo: testes, certificações, validações 
(PMI, 2017).
Como vimos, para definir o escopo do produto e do projeto é necessário ouvir 
o patrocinador do projeto, os especialistas sobre o assunto, bem como as par-
tes interessadas para que destaquem os requisitos para o desenvolvimento do 
produto e do projeto. Esta coleta de requisitos pode ser realizada por meio de 
questionários e/ou entrevistas com pessoas ou grupos especializados, oficinas 
especializadas, grupos de discussão, técnicas de criatividade em grupo. 
Observe que coletar requisitos é documentar as necessidades dos interessa-
dos no projeto. Assim, durante a coleta dos requisitos é importante desenvolver a 
matriz de rastreabilidade de requisitos: uma tabela que liga os requisitos de pro-
duto, desde as suas origens até as entregas que os satisfazem (PMI, 2017). Está 
apresentada na Figura 3 a matriz de rastreabilidade dos requisitos.
Gerenciamento do Escopo do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
131
Matriz de rastreabilidade dos requisitos
Nome do projeto:
Centro de custo:
Descrição do projeto:
ID ID do
Associado
Descrição
dos re-
quisitos
Desenvol-
vimento
do
produto
Design
do
produto
Entregas
da
EAP
Objetivos
do
projeto
Necessidades,
oportunidades,
metas e objeti-
vos de negócio
Casos
de teste
001
1.0
1.1
1.2
1.2.1
2.0
2.1
2.1.1
3.0
3.1
3.2
4.0
5.0
002
003
004
005
Figura 3 - matriz de rastreabilidade dos requisitos
Fonte: PMI (2017, p. 149).
DEFINIR O ESCOPO
Após a coleta de requisitos, devemos definir o que será feito no projeto. Definir 
escopo é descrever de forma detalhada o projeto e o produto descrito no TAP e 
na documentação dos requisitos. Essa descrição auxilia no desenvolvimento da 
declaração de escopo, bem como de várias etapas do projeto e também servirá 
como base para futuras decisões. Por isso, uma descrição errada pode levar ao 
insucesso do projeto.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 131 – Figura 3 - matriz de rastreabilidade dos requisitos 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 3 - matriz de rastreabilidade dos 
requisitos. É composta por uma tabela de Matriz de rastreabilidade dos requisitos. Na 
parte superior, temos: 
Nome do projeto: espaço em branco para preenchimento; 
Centro de custo: espaço em branco para preenchimento; 
Descrição do projeto: espaço em branco para preenchimento; 
Abaixo, 9 colunas, da esquerda para direita: ID; ID do Associado; Descrição dos requisitos; 
Necessidades, oportunidades, metas e objetivos de negócio; Objetivos do projeto; 
Entregas da EAP; Design do produto; Desenvolvimento do produto; Casos de teste; 
001 - 1.0 - demais colunas com espaço branco para preenchimento; 
001 - 1.1 - demais colunas com espaço branco para preenchimento; 
001 - 1.2 - demais colunas com espaço branco para preenchimento; 
001 - 1.2.1 - demais colunas com espaço branco para preenchimento; 
002 - 2.0 - demais colunas com espaço branco para preenchimento; 
002 - 2.1 - demais colunas com espaço branco para preenchimento; 
002 - 2.1.1 - - demais colunas com espaço branco para preenchimento; 
003 - 3.0 - demais colunas com espaço branco para preenchimento; 
003 - 3.1 - - demais colunas com espaço branco para preenchimento; 
003 - 3.2 - - demais colunas com espaço branco para preenchimento; 
004 - 4.0 - demais colunas com espaço branco para preenchimento; 
005 - 5.0 - - demais colunas com espaço branco para preenchimento. 
FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E132
A descrição detalhada do escopo possibilita que a equipe do projeto desempe-
nhe um projeto mais detalhado, direcionando o trabalho dos envolvidos. Ainda, 
pode auxiliar no gerenciamento das expectativas das partes interessadas. Assim, 
ao desenvolver a declaração de escopo, esta deve conter os critérios de aceitação, 
as entregas do projeto, os itens excluídos, as restrições e premissas do projeto.
Para definir o escopo, você precisará ter como base o TAP
e o plano de 
gerenciamento do projeto que inclui documentos como o registro de premis-
sas, documentação dos requisitos e registros dos riscos.
Para definir o escopo do produto e do projeto, em que descreve-se as carac-
terísticas do produto e o trabalho necessário para realizá-lo, de acordo com PMI 
(2017), é necessário que você busque:
 ■ Opinião especializada de indivíduos com conhecimentos técnicos ou 
experiência em projetos similares.
 ■ Análise de dados e de alternativas.
 ■ Tomada de decisão envolvendo critérios múltiplos.
 ■ Habilidades interpessoais e de equipe, por meio de trabalhos de facilita-
ção com o objetivo de alcançar um entendimento comum das entregas 
do projeto.
 ■ Análise do produto, descrevendo o uso, as características e outros aspec-
tos relevantes que serão entregue.
Por fim, a declaração do escopo do projeto deve conter a descrição do escopo 
do produto, como características do produto, serviço ou resultados, premissas 
e restrições já descrito no TAP e na documentação dos requisitos, bem como as 
entregas e os critérios de aceitação e exclusões do projeto (PMI, 2017). 
As entregas do projeto são relatórios e a documentação de gerenciamento 
do projeto, em destaque, que a entrega é qualquer parte do projeto, que se des-
tina a ser entregue. Estas podem ser escritas de forma resumida ou em detalhes. 
Por exemplo: as entregas de uma atividade de enviar a mercadoria para o cliente 
podem ser: mercadoria embarcada, romaneio de embarque, lacre e mercado-
ria sem avarias.
Gerenciamento do Escopo do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
133
Os critérios de aceitação devem ser combinados na fase de iniciação do 
projeto e conforme o projeto vai avançando ocorre um aumento do nível de 
detalhamento, isto é, durante a fase de desenvolvimento do projeto é possível 
identificar outros critérios para que o objetivo original seja atingido com êxito. 
Atividade exemplo de critério de aceitação: entregar determinadas mercadorias 
no local especificado (Quadro 3). 
Quadro 3 - Exemplo de critérios de aceitação
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE 
 ■ Entrega da mercadoria no local especificado
CRITÉRIOS PARA ACEITAÇÃO
 ■ O entregador deve agendar a entrega.
 ■ O romaneio de entrega deve possuir a descrição da mercadoria, o local da 
entrega, o nome de motorista, o horário de saída da mercadoria do pátio 
do vendedor. 
 ■ O caminhão que será utilizado no transporte deve conter o lacre da em-
presa vendedora, o que não é permitido abrir o baú durante o processo de 
transporte. 
 ■ A mercadoria deve chegar sem avarias. 
Fonte: a autora.
As restrições do projeto é um item que limita as opções da equipe, por exemplo, 
a data de entrega da mercadoria, o tempo de descarregamento da carga entre 
outros. Um contrato, quando realizado, normalmente inclui restrições.
As premissas do projeto são suposições externas a ele, que comumente estão 
associadas a riscos do projeto. Por exemplo: o aumento do valor do combustível 
não ultrapassará 10%; não está previsto chuva durante o transporte da merca-
doria; o motorista mais experiente será deslocado para fazer este transporte.
É necessário identificar também os itens excluídos do projeto, declarando 
explicitamente o que está fora do escopo do projeto, pois isso ajuda a gerenciar 
as expectativas das partes interessadas.
Ainda, ao definir o escopo e fazer a declaração do escopo, podem surgir 
novas informações e com elas a necessidade de atualizar alguns dos documen-
tos do projeto que já foram elaborados no TAP ou na matriz de levantamento 
dos requisitos. Assim, a atualização dos documento do projeto envolve atualizar:
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 133 – Quadro 3 - Exemplo de critérios de aceitação 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se ao Quadro 3 - Exemplo de critérios de aceitação. 
É composta por uma tabela com 2 partes: Descrição da atividade e Critérios para aceitação. 
Descrição da atividade: Entrega da mercadoria no local especificado; 
Critérios para aceitação: O entregador deve agendar a entrega; O romaneio de entrega 
deve possuir a descrição da mercadoria, o local da entrega, o nome de motorista, o horário 
de saída da mercadoria do pátio do vendedor; O caminhão que será utilizado no transporte 
deve conter o lacre da empresa vendedora, o que não é permitido abrir o baú durante o 
processo de transporte; A mercadoria deve chegar sem avarias. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E134
 ■ O registro das premissas e restrições.
 ■ A matriz de rastreabilidade dos requisitos.
 ■ O registro das partes interessadas (PMI, 2017).
CRIAR A ESTRUTURA ANÁLITICA DO PROJETO
A EAP (Estrutura Analítica do Projeto) é um documento (em forma de organo-
grama) composto pela subdivisão das entregas principais do projeto e o trabalho 
a ser realizado, em elementos menores e mais gerenciáveis orientados às entregas 
do trabalho a ser executado pela equipe em formato de pacotes (PMI, 2017). “A 
EAP é a forma gráfica de visualização do projeto que contempla todo o trabalho 
que deve ser executado para atender os objetivos do projeto” (ENAP, 2013, p. 9). 
Assim, a EAP define e organiza o escopo total do projeto e representa o tra-
balho especificado na declaração de escopo do projeto aprovada (PMI, 2017). 
Neste sentido, para você criar a EAP, são necessários documentos bases do projeto 
como o plano de gerenciamento do projeto e o do escopo, bem como a especi-
ficação do escopo e documentação dos requisitos.
Com base nos documentos do projeto para a criação da EAP, é importante 
buscar a opinião especializada com técnicos da área, ou pessoas que tiveram expe-
riência com projetos similares. Além disso, será necessário realizar o processo 
de subdivisão das entregas e do trabalho que será desenvolvido em componen-
tes menores. Para isso, você desenvolverá um organograma e como estratégia 
sugiro colocar o nome do projeto no primeiro nível.
Normalmente, a hierarquia da EAP é dividida em três níveis. O nível 1 é 
o que está sendo desenvolvido, no caso da Figura 4 é a “Logística de distribui-
ção”, enquanto o nível 2 vem logo abaixo com os itens de 1 a 3. E o nível 3 seria 
o detalhamento do nível 2.
Gerenciamento do Escopo do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
135
1. Logística de
distribuição
1.2 Administração
de transporte
1.1 Conferência de
carga e roteiriza-
ção de entrega
1.3 Controle de
fretes
1.1.2 Roteirização
de entrega
1.1.1 Conferência
da carga após a
expedição
1.2.1 Análise de
custos
1.3.1 Cotação e
negociação
Figura 4 - EAP de um novo projeto de logística de distribuição
Fonte: a autora.
Como estratégia para a decomposição da EAP, você poderá pensar, por exemplo, 
no ciclo de vida do seu projeto (pense na construção de uma casa). Contudo, ima-
gine que se for detalhar minuciosamente todo o projeto na EAP, ficaria extenso 
demais. Diante disso, existe a possibilidade de desenvolver pacotes de trabalho 
que contém atividades que podem ser agrupadas, de acordo com as necessida-
des do projeto. Assim, o pacote de trabalho é o nível mais baixo da EAP, contudo, 
possui critérios de aceitação, duração, custo e atividades que devem ser docu-
mentadas no dicionário da EAP. 
O dicionário tem como função orientar a equipe do projeto, pois traz de 
forma detalhada cada elemento da EAP, definindo os limites do que é inclu-
ído no pacote de trabalho. O dicionário pode servir como um sistema de 
controle de trabalho, pois contém informações de como ele será realizado, 
questões técnicas. Assim, no Quadro 4, está apresentado um exemplo de 
dicionário da EAP.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 135
– Figura 4 - EAP de um novo projeto de logística de distribuição 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 4 - EAP de um novo projeto de logística 
de distribuição. É composta por um fluxograma que parte de 1. Logística de distribuição e 
se divide em: 1.1 Conferência de carga e roteirização de entrega; 1.2 Administração de 
transporte e 1.3 Controle de fretes. 
1.1 Conferência de carga e roteirização de entrega, por sua vez, divide-se em 1.1.1 
Conferência da carga após a expedição e 1.1.2 Roteirização de entrega; 
1.2 Administração de transporte divide-se em 1.2.1 Análise de custos. 
1.3 Controle de fretes se divide em 1.3.1 Cotação e negociação. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E136
Quadro 4 - Pacotes de trabalho item 2 EAP
Dicionário da EAP Data: 22/04/2017
ID: 01 Nome do Projeto: Logística de Distribuição
Gerente: Arnaldo Cliente: Empresa 
ABC
PACOTES DE TRABALHO 1.1.1
Nome Conferência da Carga após a expedição EAP
Descrição
Após a expedição é preciso conferir as cargas em quantidade 
e tipo
A conferência será realizada por meio de um leitor de código 
de barras
Critério de Aceite Carga totalmente conferida mediante ao leitor de código de 
barras
PACOTES DE TRABALHO 1.1.2
Nome Roteirização de entrega EAP
Descrição Identificar a melhor rota com relação a tempo, distância e 
qualidade
Critério de Aceite A melhor rota definida
PACOTES DE TRABALHO 1.2.1
Nome Análise de custo EAP
Descrição
Definir quem vai transportar, frota própria ou terceirizada
Estrutura necessária para o melhor desempenho
Critério de Aceite Menor custo
APROVAÇÕES
Autor Revisor Aprovador
Fonte: a autora.
Assim, o dicionário da EAP fornece descrições mais detalhadas da EAP, como 
descrição do trabalho, organização do responsável pela execução, lista de mar-
cos do cronograma, atividades do cronograma associados, recursos necessários, 
estimativas de custos, requisitos de qualidade, critério de aceitação, referências 
técnicas e informação dos contratos entre outros (PMI, 2017).
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 136 – Quadro 4 - Pacotes de trabalho item 2 EAP 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se ao Quadro 4 - Pacotes de trabalho item 2 EAP. É 
composta por uma tabela dividida em 5 partes: 
1 - Dicionário da EAP - Data: 22/04/2017; ID: 01 - Nome do Projeto: Logística de 
Distribuição; Gerente: Arnaldo; Cliente: Empresa ABC; 
2 - Pacotes de Trabalho 1. 1. 1; 
Nome - Conferência da Carga após a expedição - EAP; 
Descrição - Após a expedição é preciso conferir as cargas em quantidade e tipo; A 
conferência será realizada por meio de um leitor de código de barras; Carga totalmente 
conferida mediante ao leitor de código de barras; 
3 - Pacotes de Trabalho 1. 1. 2: 
Nome - Roteirização de entrega - EAP; 
Descrição - Identificar a melhor rota com relação a tempo, distância e qualidade; 
Critério de Aceite - A melhor rota definida; 
4 - Pacotes de Trabalho 1. 2. 1: 
Nome - Análise de custo - EAP; 
Descrição - Definir quem vai transportar, frota própria ou terceirizada; Estrutura necessária 
para o melhor desempenho; 
Critério de aceite - Menor custo; 
5 - Aprovações: 
Autor - Revisor - Aprovador 
 FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
Gerenciamento do Escopo do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
137
Por fim, o processo de criar a EAP deve gerar linha de base do escopo que é a 
versão aprovada da declaração do escopo do projeto, da EAP e do seu dicionário 
associado, sendo um componente do plano de gerenciamento do projeto. Além 
disso, temos como resultado deste processo as atualizações de documentos do 
projeto como o registro de premissas e documentação dos requisitos (PMI, 2017).
VALIDAR O ESCOPO
Vimos até o agora como identificar e planejar o escopo do projeto. Agora che-
gou o momento de validá-lo, isto é, precisamos garantir que o escopo planejado 
e acordado com o cliente seja entregue (SOTILLE, 2010). Validar o escopo é o 
processo, de formalização de aceitação das entregas finalizadas do projeto 
(PMI, 2017). Realizado periodicamente ao longo do projeto, tem como benefí-
cio proporcionar objetividade ao processo de aceitação com maior probabilidade 
de as entregas serem aceitas (PMI, 2017). 
A validação do escopo tem o foco principal na aceitação de entregas e o gerente 
do projeto tem a responsabilidade direta sobre essas atividades de monitoramento 
e verificação. Assim, para que o gerente do projeto possa validar o escopo, ele 
precisa de documentos que servem como base para esse processo, como: 
Os componentes do plano de gerenciamento do projeto:
 ■ Plano de gerenciamento do escopo. 
 ■ Plano de gerenciamento dos requisitos.
 ■ Linha de base do escopo.
Documentos do projeto:
 ■ Registro de lições aprendidas.
 ■ Relatórios da qualidade.
 ■ Documentos dos requisitos.
 ■ Matriz de rastreabilidade dos requisitos.
 ■ Entregas verificadas.
 ■ Dados de desempenho do trabalho (PMI, 2017).
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E138
Na sequência, o processo de validar escopo pode ser realizado de duas formas, 
por meio de inspeção e/ou tomada de decisões por meio de votação. A inspe-
ção (por vezes chamada de revisão do produto, homologação) inclui atividades 
como medição, exame e validação do trabalho para verificar se as entregas que 
cumprem os requisitos e aceitação do produto (PMI, 2017). Por outro lado, a 
votação é utilizada quando a decisão de validação é utilizada por uma equipe 
responsável e por outras partes interessadas (PMI, 2017).
Por fim, as entregas devem estar de acordo com a satisfação do cliente, e 
tal satisfação é resultado do desempenho do item que está sendo entregue. Se o 
escopo foi validado, significa que as entregas foram aceitas.
CONTROLAR O ESCOPO
Este tópico destaca os mecanismos de controle de um projeto que podem ser uti-
lizados para controlar as mudanças do seu escopo (SOTILLE, 2010). Controlar 
o escopo é o processo de monitoramento do progresso do projeto, realizado 
durante todo o processo de execução do escopo (PMI, 2017).
O controle do escopo está em administrar os fatores de mudanças dentro do 
projeto e deve influenciá-las para que trabalhem em prol do projeto (SOTILLE, 
2010). Isto é, garantindo que as eventuais mudanças venham somar positiva-
mente para o projeto. Para isso, o gerente de projeto precisa ter como base o 
plano de gerenciamento de projetos e seus componentes, bem como os docu-
mentos do projeto, dados do desempenho do trabalho e os ativos e processos 
organizacionais.
Para controle do escopo, você como gerente de projetos deverá ter como 
base para este processo:
 ■ O plano de gerenciamento do projeto e seus componentes como:
 ■ Plano de gerenciamento de escopo. 
 ■ Plano de gerenciamento de requisitos. 
 ■ Plano de gerenciamento de mudanças.
Gerenciamento do Escopo do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
139
 ■ Plano de gerenciamento de configuração: itens que requerem controle 
formal de mudanças e o processo de controlar mudanças desses itens.
 ■ Linha de base do escopo.
 ■ Linha de base de medição do desempenho.
 ■ Documentos do projeto:
 ■ Registro de lições aprendidas: para aprimorar o controle do escopo.
 ■ Documentação dos requisitos: para detectar qualquer desvio do escopo.
 ■ Matriz de rastreabilidade dos requisitos: ajuda detectar mudança e 
pode fornecer status dos requisitos que estão sendo controlados.
 ■ Dados de desempenho do trabalho: podem incluir quantidade de soli-
citação de mudanças recebidas, solicitações
aceitas, número de entregas 
validadas entre outros.
 ■ Ativos e processos organizacionais: método formal e informal existentes, 
políticas e procedimentos relacionados a controle e métodos de monito-
ramento de relatórios (PMI, 2017).
Para controlar o escopo, você utilizará a análise de dados, que envolve: análise 
de variação e análise de tendências. Isto na prática é comparar o que foi realizado 
com o que estava planejado, a fim de verificar se há necessidade de medidas cor-
retivas para que o escopo do produto e do projeto não sejam alterados.
Assim, a análise de variação é a comparação da linha de base com os resul-
tados reais para determinar se a variação está dentro dos limites aceitáveis para 
o projeto. A análise de tendência, porém, examina o projeto ao longo do tempo 
para verificar se seu desempenho está melhorando ou piorando (PMI, 2017).
Desta forma, controlar o escopo consiste em coletar informações a fim de 
comparar o desempenho do trabalho realizado no projeto, além de atualizar 
documentos que obtiveram alterações de forma a alinhar com o escopo. De 
forma resumida, o processo de controlar escopo deve gerar:
 ■ Informações sobre o desempenho do trabalho: mudanças recebidas, varia-
ções no escopo, impactos que causaram no custo, no tempo e na qualidade.
 ■ Solicitações de mudanças: ficam à disposição deste processo.
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E140
 ■ Atualizações do plano de gerenciamento do projeto: qualquer alteração 
no plano de gerenciamento do projeto, passa pelo processo de controle 
de mudanças e, se forem realizadas, precisam ser atualizadas nos com-
ponentes dos planos:
 ■ Plano de gerenciamento do escopo.
 ■ Linha de base do escopo.
 ■ Linha de base do cronograma.
 ■ Linha de base da medição do desempenho.
 ■ Atualizações de documentos do projeto:
 ■ Registro das lições aprendidas.
 ■ Documentação dos requisitos.
 ■ Matriz de rastreabilidade dos requisitos (PMI, 2017).
Gerenciamento do Cronograma do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
141
GERENCIAMENTO DO CRONOGRAMA DO PROJETO
O gerenciamento do cronograma em projetos envolve processos necessários para 
o término do projeto dentro do prazo determinado. Assim, o gerenciamento do 
tempo, tem como objetivo não extrapolar o tempo determinado para realização 
do projeto para que não implique em aumento de custos ou que o projeto ou o 
produto fique fora do escopo. Neste sentido, vamos aprender como funcionam 
os processos de gerenciamento do cronograma do projeto (Figura 5). 
Visão geral do 
gerenciamento do 
cronograma do 
projeto
2. De
nir as
atividades
1. Planejar o 
gerenciamento do 
cronograma
3. Sequenciar as
atividades
5. Desenvolver o 
cronograma
4. Estimar as 
durações das 
atividades
6. Controlar o 
cronograma
Figura 5 - Visão geral dos processo de gerenciamento do cronograma do projeto
Fonte: adaptado de PMI (2017).
Para desenvolver o cronograma do projeto, é necessário um processo de plane-
jamento e análise da sequência e listagem das atividades e suas durações. Além 
disso, é importante identificar os recursos necessários e restrições, visando criar 
um cronograma (PMI, 2017). 
É importante determinar também quais dependências entre as atividades, 
definir um calendário para os recursos, ter uma lista e atributos de atividades, 
uma lista dos marcos agendada, ou seja, datas específicas do projeto, realizar o 
nivelamento dos recursos e definir uma linha de base.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 141 – Figura 5 - Visão geral dos processo de gerenciamento do cronograma do 
projeto 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 5 - Visão geral dos processo de 
gerenciamento do cronograma do projeto. É composta por 6 quadros referentes a Visão 
geral do gerenciamento do cronograma do projeto. 
1. Planejar o gerenciamento do cronograma; 2. Definir as atividades; 3. Sequenciar as 
atividades; 4. Estimar as durações das atividades; 5. Desenvolver o cronograma; 6. 
Controlar o cronograma. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E142
PLANEJAR O GERENCIAMENTO DO CRONOGRAMA
De acordo com o PMI (2017, p. 173), “[...] planejar o gerenciamento do crono-
grama é o processo de estabelecer políticas e procedimentos para o planejamento, 
desenvolvimento, gerenciamento, execução e controle do cronograma do projeto”.
Para o processo de planejar o gerenciamento do cronograma, você preci-
sará do TAP e do plano de gerenciamento do projeto e seus componentes, como:
 ■ Plano de gerenciamento do escopo: fornecerá informações sobre como 
será desenvolvido o cronograma.
 ■ Abordagem de desenvolvimento do produto tais como iterativa, predi-
tiva, ágil ou híbrida, que ajudará a definir a abordagem de elaboração do 
cronograma (PMI, 2017).
É importante também identificar os fatores ambientais da empresa, como: cul-
tura, disponibilidade de recursos de equipe e físicos, softwares para elaboração 
do cronograma, banco de dados da empresa e diretrizes para adaptação do cro-
nograma às necessidades do projeto, bem como das partes interessadas.
Além disso, os ativos e processos organizacionais servirão como base para 
o processo de gerenciamento de cronograma, são eles: repositórios de informa-
ções, lições aprendidas, desenvolvimento de cronogramas formais, informais, 
modelos de formulários e ferramentas de monitoramento e emissão de relatórios.
Nesta perspectiva, para planejar o gerenciamento do cronograma, é impor-
tante buscar: a opinião especializada, realizar a análise de dados e também buscar 
desenvolver reuniões.
A opinião especializada deve advir de pessoas com conhecimento ou 
treinamento em projetos anteriores semelhantes, nesta etapa, considera-se o 
desenvolvimento, gerenciamento e controle de cronograma; o software para ela-
boração do cronograma e o setor específico para que o projeto é desenvolvido.
A análise de dados inclui também a análise de alternativas que verifica qual 
metodologia de cronograma deve ser utilizada, como combinar vários méto-
dos do projeto.
As reuniões são realizadas para desenvolver o plano de gerenciamento do 
cronograma incluindo os participantes do projeto, partes interessadas ou qual-
quer pessoa com responsabilidade no acompanhamento do projeto.
Gerenciamento do Cronograma do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
143
Por fim, você terá como resultado deste processo o plano de gerenciamento 
do cronograma elaborado, que pode ser formal ou informal, detalhado ou não, 
sendo um componente do plano de gerenciamento do projeto. 
O plano de gerenciamento do cronograma deve estabelecer critérios de ativida-
des para o desenvolvimento, monitoramento e controle do cronograma como:
 ■ O desenvolvimento do modelo de cronograma: a metodologia e as fer-
ramentas utilizadas no desenvolvimento do modelo de cronograma.
 ■ Nível de exatidão do cronograma, isto é, com uma faixa aceitável de 
erro, utilizado na determinação da duração das atividades.
 ■ Unidades de medidas utilizada na definição de recursos pode ser horas, 
dias ou semanas para medidas de tempo, ou litros, metros, toneladas, 
quilômetros para medidas de quantidade.
 ■ A estrutura da EAP fornecerá dados para o plano de gerenciamento do 
cronograma.
 ■ Manutenção do cronograma do projeto: é o processo utilizado para 
atualizar status e registrar o andamento do projeto.
 ■ Regras de medição de desempenho que medirá o valor agregado, por 
meio de fórmulas e índices de desempenho de prazos.
Fonte: PMI (2017).
DEFINIR AS ATIVIDADES
As atividades do projeto é o que vai produzir as entregas do produto. Nesta fase, 
é necessário listar as atividades necessárias para conseguir atender o escopo. Este 
processo fornece uma base para estimar, programar , executar, monitorar e con-
trolar os trabalhos do projeto. Para definir as atividades, você precisa conhecer 
profundamente o escopo do produto e do projeto, para isso o PMI (2017) destaca 
que é importante você utilizar como base neste processo o plano de gerencia-
mento do projeto, mais especificamente:
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E144
 ■ Plano de gerenciamento do cronograma que define a metodologia do cro-
nograma, a duração das etapas para o planejamento das etapas sucessivas.
 ■ Linha de base do escopo, que são as entregas, restrições e premissas do 
projeto que são consideradas durante a definição das atividades do projeto.
Portanto, para definir as atividades, é importante a busca de opinião especiali-
zada e também realizar a decomposição das atividades listadas em formato de 
pacotes na EAP, isto é, a decomposição do pacote de trabalho em componentes 
menores, que são atividades necessárias para realizar o trabalho. 
Além disso, caso algumas atividades sejam repletas de incertezas a solução é 
planejar as onda sucessivas, isto é, planejando somente o curto prazo deixando os 
pacotes de trabalhos com incertezas para definir as atividades depois, no decorrer 
do projeto. 
E por fim, é importante o desenvolvimento de reuniões que podem ser for-
mais, informais, virtuais ou presenciais a ser realizadas com a equipe do projeto 
para definir as atividades necessárias para a concluir o projeto.
SEQUENCIAR AS ATIVIDADES
Para sequenciar as atividades, você precisará definir uma sequência lógica para as 
atividades, realizando-as por meio da identificação e documentação das ligações 
entre as atividades do projeto (PMI, 2017). Para isso, você precisa ter em mãos 
o plano de gerenciamento do projeto que contenha a linha de base do escopo e 
o plano de gerenciamento do cronograma. Se possível ainda, é importante que 
esteja com alguns documentos do projeto como, por exemplo: atributos das ati-
vidades; lista de atividades, registro de premissas e lista de marcos.
Neste sentido, para sequenciar as atividades você poderá utilizar diversas 
ferramentas como: Método do diagrama de precedência; Integração e determi-
nação de dependência; antecipações de esperas; e sistemas de informações de 
gerenciamento de projetos (PMI, 2017). 
Gerenciamento do Cronograma do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
145
Desta forma, vamos destacar aqui o método do diagrama de precedências 
(MDP), que, conforme o PMI (2017), é utilizado para representar as atividades 
e conectá-las a partir de nós (os retângulos), com as flechas que indicam a rela-
ção lógica que existe entre elas. Conforme apresentado na Figura 6. 
Atividade A Atividade B
Atividade BAtividade B
Atividade B
Atividade A
Atividade A
Atividade A
Término para início (TI)
Início para término (IT)
Início parainício (II) Término para término (TT)
Figura 6 - Método do diagrama de precedências (MDP)
Fonte: PMI (2017, p. 190).
De acordo com o PMI (2017), o MDP inclui quatro dependências lógicas: 
1. Do término para o início em que a atividade sucessora não pode começar 
antes do término da predecessora. Exemplo: a pintura da casa (sucessora) 
não pode ser realizada antes da construção das paredes (predecessora).
2. Do término para o término em que a atividade sucessora não pode ser 
finalizada até que a predecessora tenha finalizado. Exemplo: a atividade 
predecessora de redação de um documento (predecessora) deve ser termi-
nada antes que a atividade sucessora de edição do documento seja realizada.
3. Do início para o início em que a atividade sucessora depende do início 
da atividade predecessora. Exemplo: a atividade sucessora de nivelação 
do concreto não pode ser iniciada até que a atividade predecessora de 
colocação da fundação seja iniciada.
4. Do início para o término em que a atividade sucessora depende do iní-
cio da atividade predecessora.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 145 – Figura 6 - Método do diagrama de precedências (MDP) 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 6 - Método do diagrama de precedências 
(MDP). É composta por um diagrama que é divido em esquerdo direito: 
Atividade A (esquerdo) - Término para início (TI) - Atividade B (direito) 
Atividade A ligada a Atividade B por Início paraínicio (II); 
Atividade A ligada a Atividade B por Término para término (TT); 
Atividade A - Início para término (IT) - Atividade B. 
FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E146
O PMI (2017) cita três tipos de dependência utilizada para definir a sequência entre 
atividades, as dependências obrigatórias, arbitradas e externas. As obrigatórias são 
aquelas inerentes à natureza do trabalho. As arbitradas estão relacionadas à lógica 
de preferências, em que as pessoas que estão desenvolvendo o trabalho indicam por 
ordem de preferências. E, por fim, as externas estão relacionadas a dependência de 
entrega de um serviço externo para dar continuidade em uma atividade interna.
No desenvolvimento do cronograma, existem atividades que podem ser 
antecipadas, por meio da aplicação de antecipação a espera, não substituindo a 
lógica do cronograma, mas antecipando atividades sucessoras. Destaca-se que o 
modelo de diagrama de rede de cronograma pode ser utilizado para um pro-
jeto inteiro ou somente para parte dele (Figura 7). 
Início H F G
C D E
Fim
I J
LK
BA
II + 10
TI + 15
TT
II 
Figura 7 - Diagrama de rede
Fonte: PMI (2017, p. 191)
Assim, no diagrama de rede (Figura 7), a equipe de gerenciamento do projeto deve 
elencar as dependências que podem exigir antecipações ou esperas, buscando uma 
relação lógica entre elas (PMI, 2017). De acordo com o PMI (2017), esse movi-
mento de antecipações e esperas não devem substituir a lógica do cronograma.
Não podemos esquecer que, no desenvolvimento do cronograma, é neces-
sário colocar restrições como data de início e término de cada atividade, bem 
como o calendário das atividades e do recurso a ser utilizado (Figura 8). 
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 146 – Figura 7 - Diagrama de rede 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se ao Figura 7 - Diagrama de rede. É composta por 
um diagrama que parte do Início, à esquerda, se dividindo em três partes: A (superior) que 
segue B, E e termina no Fim. No centro, H, que segue F, G e termina no fim. E, na parte 
inferior, K, que segue I, J e termina no fim; ou K, L, J e termina em Fim. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gerenciamento do Cronograma do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
147
Cronograma de marcos
Identi�cador
de atividades
1.1.MB
1.1.1.M1
1.1.2.M1
1.1.3.M1
1.1.3.MF
Iniciar novo produto Z
 Complementar componente 1
 Compelementar componente 2
 Integração completa dos componentes 1 e 2
Terminar o novo produto Z
0
0
0
0
0
120
67
53
53
Descrição da atividade
Prazos do cronograma do projeto
Período 1 Período 2 Período 3 Período 4 Período 5
Unidades
de
calendário
Data dos dadosResumo do cronograma
Identi�cador
de atividades
1.1
1.1.1
1.1.2
1.1.3
Desenvolver e entregar novo produto Z
 Pacote de trabalho 1: Componente 1
 Pacote de trabalho 2: Componente 2
 Pacote de trabalho 3: Componentes 
Descrição da atividade
Prazos do cronograma do projeto
Período 1 Período 2 Período 3
Período 4 Período 5
Unidades
de
calendário
integrados 1 e 2
Figura 8 - Apresentação do cronograma do projeto
Fonte: PMI (2017, p. 219). 
Perceba na Figura 8 que você pode utilizar o cronograma de marcos, o resumo 
do cronograma, ou fazer um cronograma mais detalhado, por meio do gráfico 
de barras. Por acaso já ouviu falar do gráfico de Gantt? Você pode criá-lo no 
Excel ou também no software de gerenciamento de projetos.
Assim, ao finalizar o processo de sequenciar as atividades você deve ter 
como resultado um diagrama de rede do cronograma do projeto e também pos-
síveis atualizações de documentos como: a lista e os atributos das atividades, o 
registro de premissas e a lista de marcos.
ESTIMAR A DURAÇÃO DAS ATIVIDADES
Estimar a duração das atividades é uma forma de estimar o tempo de trabalho 
necessários para terminar as atividades individuais com os recursos estimados. 
Isto é, fornece a quantidade de tempo necessária para concluir cada atividade 
(PMI, 2017). 
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 147 – Figura 8 - Apresentação do cronograma do projeto 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 8 - Apresentação do cronograma do 
projeto. É composta por duas tabelas: Cronograma de marcos e Resumo do cronograma. 
Tabela 1 - Cronograma de marcos: tabela com 4 colunas: Identificador de atividades - 
Descrição da atividade - Unidades de calendário - Prazos do cronograma do projeto (que 
está dividido em 5 períodos: Período 1, Período 2, Período 3, Período 4 e Período 5). 
1.1.MB - Iniciar novo produto Z - 0; 
1.1.1.M1 - Complementar componente 1 - 0; 
1.1.2.M1 - Compelementar componente 2 - 0; 
1.1.3.M1 - Integração completa dos componentes 1 e 2 - 0; 
1.1.3.MF - Terminar o novo produto Z - 0; 
Tabela 2 - Resumo do cronograma: tabela 4 colunas: Identificador de atividades - Descrição 
da atividade - Unidades de calendário - Prazos do cronograma do projeto (que está dividido 
em 5 períodos: Período 1, Período 2, Período 3, Período 4 e Período 5). 
1.1 - Desenvolver e entregar novo produto - 120 - entre Período 1 e Período 3; 
1.1.1 - Pacote de trabalho 1: Componente 1 - 67 - entre Período 1 e Período 3; 
1.1.2 - Pacote de trabalho 2: Componente 2 - 53 - entre Período 1 e Período 3; 
1.1.3 - Pacote de trabalho 3: Componentes Integrado 1 e 2 - 53 - entre Período 3 e Período 
5. 
FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E148
Nesta perspectiva, para estimar a duração das atividades, você, gestor(a) de 
projetos, terá que ter em mãos o plano de gerenciamento do projeto e documen-
tos do projeto. É importante, também, prestar atenção nos fatores ambientais da 
empresa e os ativos e processos organizacionais que podem colaborar ou não 
neste processo.
Assim, ao estimar a duração das atividades, é fundamental que sejam con-
siderados pela equipe do projeto antecipações e atrasos que podem influenciar 
na relação lógica entre as atividades ou mesmo a sua duração (BARCAUI, 2010). 
Diversos fatores devem ser considerados para elaboração adequada de uma 
estimativa, como riscos que podem surgir ao longo do projeto. A tentativa de 
responder à pergunta “quanto tempo demora?” deve ser o mais próxima possí-
vel da “verdade”, contudo a certeza absoluta não existe (BARCAUI, 2010). 
Para estimar a duração das atividades com maior precisão possível, o PMI 
(2017) destaca algumas ferramentas e técnicas, como: opinião especializada; 
estimativa análoga; estimativa paramétrica; estimativa de três pontos estimativa 
bottom-up; análise de dados de alternativas ou de reservas; tomada de decisões; 
e reuniões.
Antes de utilizar qualquer uma dessas ferramentas, você precisa fazer per-
guntas para equipe do projeto do tipo: quando você irá terminar a atividade? ou 
quantas horas são necessárias para terminar a atividade? Desta forma, vamos 
destacar, aqui, a ferramenta de análise de três pontos, que, de acordo com o 
PMI (2017), essa estimativa ajuda a definir uma faixa aproximada para a dura-
ção de uma atividade. 
Assim, a estimativa de três pontos trabalha com três cenários de duração 
das atividades: o mais provável (MP), otimista (O) e o pessimista (P). Assim, a 
duração esperada pode ser calculada:
DE = (O + MP + P)/3
Cabe destacar que você utilizará essa fórmula de cálculo quando não tem dados 
históricos suficientes ou quando usa dados baseados em opinião. A estimativa 
do tempo das atividades deve ser calculada e informada às pessoas do projeto 
quais são as restrições de tempo que o projeto ou as fases terão, para que esses 
Gerenciamento do Cronograma do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
149
profissionais ajustem as atividades ao tempo, buscando as melhores alternativas 
para o desenvolvimento das atividades (BARCAUI, 2010).
Ao estimar a duração das atividades, você terá como resultado as estimati-
vas de duração, bases das estimativas e atualizações dos documentos do projeto. 
As estimativas de duração: o tempo de cada atividade incluindo faixa de resulta-
dos possíveis, por exemplo: atividade 1 com duas semanas para ser desenvolvida, 
com probabilidade de 20% de chegar até a terceira semana.
As bases das estimativas: são detalhes adicionais, como todas as premissas 
e restrições adotadas e conhecidas, indicativa de nível de confiança da docu-
mentação final e lista de riscos individuais do projeto que inclui essa estimativa. 
Por fim, as atualizações de documentos do projeto são: atributos das atividades; 
registro de premissas e registro das lições aprendidas (PMI, 2017).
DESENVOLVER O CRONOGRAMA
Desenvolver o cronograma do projeto implica, entre outros, em unir as ativi-
dades que foram identificadas e sua estimativa provável de duração e elaborar o 
cronograma do projeto (Figura 9).
Desenvolvimento
do cronograma
Lista de atividades
e atributos
Baseline do cronograma
Mudanças e atualizações
em outros planos
Diagramas de
rede
Software de
gerência de projetos
Duração das atividades
Caminho crítico
Cálculo de folgas
Modelos e cenários
Declaração de escopo
Calendários
Cronograma
Figura 9 - Mapa do desenvolvimento do cronograma
Fonte: Barcaui et al. (2010, p. 82).
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
 
PÁGINA 149 – Figura 9 - Mapa do desenvolvimento do cronograma 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 9 - Mapa do desenvolvimento do 
cronograma. É composta por um fluxograma que tem como centro o Desenvolvimento do 
cronograma. Dele saem várias flechas para outros termos: Lista de atividades e atributos; 
Declaração de escopo; Calendários; Cronograma; Baseline do cronograma; Mudanças e 
atualizações em outros planos; Software de gerência de projetos; Modelos e cenários; 
Cálculo de folgas; Caminho crítico; Duração das atividades e Diagramas de rede. FIM 
DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E150
Como você pode observar, desenvolver a programação de um projeto não é uma 
atividade simples, vai exigir uma combinação de arte com ciência. A ciência está 
em definir todo o cronograma, enquanto a arte é garantir, com toda incerteza 
inerente ao projeto, a execução do cronograma (BARCAUI et al., 2010).
Para desenvolver o cronograma, você, gestor(a) de projetos terá que ter 
como base o plano de gerenciamento do projeto (plano de gerenciamento do 
cronograma e a linha base do escopo), documentos do projeto, acordos com 
fornecedores, fatores ambientais da empresa que inclui os padrões governamen-
tais ou dos setores e os canais de comunicação e, por fim, os ativos e processos 
organizacionais que são a metodologia de elaboração do cronograma e o calen-
dário do projeto (PMI, 2017). 
Cabe destacar que os
documentos do projeto podem incluir: atributos das 
atividades; listas de atividades; registro de premissas; bases das estimativas; esti-
mativas de duração; registro de lições aprendidas; lista de marcos; diagrama de 
rede do cronograma do projeto; designação da equipe do projeto; calendário dos 
recursos; registro dos riscos (PMI, 2017). 
Neste contexto, o cronograma deve ser elaborado de forma progressiva e 
alterado quantas vezes necessário até que os resultados sejam confiáveis e pos-
sam atender os objetivos do projeto (BARCAUI et al., 2010). 
Para isso, PMI (2017) elenca algumas ferramentas e técnicas que podem 
ser utilizadas como: análise de rede do cronograma; método do caminho 
crítico; otimização de recursos; análise de dados com cenário ou simulação; 
antecipações e esperas; compressão do cronograma; sistemas de informações 
de gerenciamento de projetos; e planejamento ágil de grandes entregas. 
De acordo com o Barcaui et al. (2010), entre os vários métodos de elaborar 
o cronograma, o mais utilizado é o do caminho crítico para o cálculo dos cro-
nogramas de gerenciamento do projeto. É um método para estimar o grau de 
flexibilidade nos caminhos lógicos, por meio de eventos (A, C e D ou A, B e D, 
Figura 10) para estimar a duração do trabalho e a folgas das tarefas, dentro do 
cronograma (PMI, 2017).
Gerenciamento do Cronograma do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
151
Início A
1 5 5
1 0 5
FimD
16 15 30
16 0 30
B
6 5 10
11 5 15
C
6 10 15
6 0 15
Caminho A-B-D = 25
Caminho A-C-D = 30
(caminho crítico)
Nó de
atividade
OBS.: Este exemplo usa a convenção aceita de 
início do projeto no dia 1 para calcular as datas 
de início e �m. Existem outras convenções 
aceitas que podem ser usadas.
CHAVE
Link de caminho crítico
Link de caminho não crítico
Início
mais
cedo
Término
mais
cedo
Duração
Início
mais
tarde
Término
mais
tarde
Folga
total
Figura 10 - Método do caminho crítico
Fonte: PMI (2017, p. 211).
Ao observar a Figura 10, verifique que há dois caminhos: um de atividades A, 
C e D, levando do início ao fim, com 30 horas para serem executadas; e o cami-
nho A, B e C, levando do início ao fim da atividade em 25 horas. Sendo assim, a 
atividade com duração superior é denominada de caminho crítico, isto é, a ati-
vidade que demora mais tempo para ser executada. 
O resultado do processo de desenvolver cronograma seria o cronograma 
desenvolvido que implica em documentos como: 
1. Linha de base do cronograma.
2. Cronograma do projeto.
3. Dados do cronograma.
4. Calendário do projeto.
5. Solicitação de mudança.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 151 – Figura 10 - Método do caminho crítico 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 10 - Método do caminho crítico. É 
composta por um fluxograma que indica o caminho partindo do Início. Segue-se A, 
composto de 1 - 5 - 5 (parte superior) e 1 - 0 - 5 (parte inferior. A se divide em dois 
caminhos: B, composto de 6 - 5 - 10 (parte superior) e 11 - 5 - 15 (parte inferior). E C, 
composto de 6 - 10 - 15 (parte superior) e 6 - 0 - 15 (parte inferior). Ambos caminhos 
chegam a D, composto de 16 - 15 - 30 (parte superior) e 16 - 0 - 30 (parte inferior). Temos 
Caminho A-B-D = 25 (caminho não crítico) e Caminho A-C-D = 30 (caminho crítico). 
Abaixo do fluxograma, as informações: 
Obs.: Este exemplo usa a convenção aceita de início do projeto no dia 1 para calcular as 
datas de início e fim. Existem outras convenções aceitas que podem ser usadas. 
Ao lado, CHAVE - Nó de atividade - Início mais cedo - Duração - Término mais cedo; Início 
mais tarde - Folga total - Término mais tarde. 
 FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E152
6. Atualizações do plano de gerenciamento do projeto:
 ■ Plano de gerenciamento do cronograma.
 ■ Linha de base dos custos.
7. Atualizações nos documentos do projeto:
 ■ Atributos das atividades.
 ■ Registro de premissas.
 ■ Estimativas de duração.
 ■ Registro de lições aprendidas.
 ■ Requisitos de recursos.
 ■ Registro dos riscos. 
Fonte: adaptado de PMI (2017).
CONTROLAR O CRONOGRAMA 
Prezado(a) aluno(a), após criarmos o cronograma, entramos na fase de execu-
ção, monitoramento e controle do projeto. O processo de controlar cronograma 
é necessário para administrar as mudanças realizadas no cronograma do pro-
jeto. “Controlar o cronograma é o processo de monitorar o status do projeto para 
atualizar o cronograma do projeto e gerenciar as mudanças na linha de base do 
mesmo” (PMI, 2017, p. 222).
O controle, aqui, não se refere ao tempo, mas aos fatores de produção (por 
exemplo, recursos humanos) e o seu comportamento ao longo do desenvolvi-
mento do projeto (BARCAUI, 2010). O controle se refere, também, às demandas 
por recursos entre as atividades simultâneas para não comprometer o prazo final 
do projeto (BARCAUI, 2010), e ainda controla se os níveis de produtividade que 
serviram como base para a estimação das atividades que estão sofrendo varia-
ções (BARCAUI et al., 2010). 
Gerenciamento do Cronograma do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
153
Neste sentido, para controlar o cronograma, você, como o(a) gestor(a) do 
projeto, terá que ter como base: o planejamento do gerenciamento do projeto, os 
documentos do projeto, os dados do desempenho do projeto e os ativos e proces-
sos organizacionais.
Isso porque controlar o cronograma é analisar a situação atual do crono-
grama, com a finalidade de identificar fatores de influência que criam mudanças, 
bem como o gerenciamento de mudanças de acordo com sua ocorrência (ENAP, 
2013). Neste sentido, há um monitoramento contínuo no controle dos prazos, 
envolvendo causas e seus efeitos sobre as durações do projeto e se seus desvios 
estão dentro dos padrões esperados (BARCAUI et al., 2010). 
Para isso, você poderá utilizar: a análise de dados, o método do caminho crí-
tico, sistemas de informação e gerenciamento de projeto, otimização de recursos, 
antecipações de esperas e compressão do cronograma (PMI, 2017).
A análise de dados pode envolver: 
 ■ Análise do valor agregado: medição do desempenho do cronograma, 
análise de prazos para verificar a magnitude da variação em relação ao 
cronograma.
 ■ Gráfico de evolução regressiva de iteração: rastreia o trabalho para veri-
ficar o que já foi desenvolvido e o que ainda falta fazer. 
Grá�co de evolução regressiva de iteração
Dias de iteração
Tr
ab
al
ho
 re
st
an
te
300
250
200
150
100
50
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Trabalho
restante
real
Trabalho
restante
ideal
Previsão 
de trabalho
restante
Figura 11 - Gráfico de evolução regressiva de interação
Fonte: PMI (2017, p. 226).
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 153 – Figura 11 - Gráfico de evolução regressiva de interação 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 11 - Gráfico de evolução regressiva de 
interação. É composta por um gráfico de linhas referente a Evolução regressiva de iteração. 
Temos eixo vertical de Trabalho restante (0, 50, 100, 150, 200, 250, 300) e eixo horizontal 
de Dias de interação (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12). 
Em relação ao trabalho restante real, temos: 
Dias de iteração: 1 (250) - 2 (abaixo de 250), 3 (próximo a 200) - 4 (200) - 5 (abaixo de 200) 
- 6 (abaixo de 150) - 7 (próximo a 100). 
Em relação ao trabalho restante ideal, temos: 
Dias de iteração: 1 (250) - 2 (abaixo de 250), 3 (200) - 4 (próximo a 150) - 5 (abaixo de 150) 
- 6 (próximo a 100) - 7 (abaixo de 100) - 8 (50) - 9 (abaixo de 50) - 10 (0); 
Em relação a previsão de trabalho restante, temos: 
Dias de iteração: 1 (acima de 250) - 2 (250), 3 (abaixo de 250) - 4 (200) - 5 (abaixo de 200)
- 6 (abaixo de 150) - 7 (próximo a 100) - 8 (100) - 9 (próximo a 50) - 10 (abaixo de 50) - 11 
(próximo a 0) - 12 (0). 
FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE - ÁREAS DE CONHECIMENTO I
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IIIU N I D A D E154
 ■ Análises de desempenho: mede e compara o desempenho do projeto, por 
meio de indicadores.
 ■ Análise de tendências: analisa o desempenho do projeto para verificar se 
ele está melhorando ou piorando.
 ■ Análise de variação: análise das durações planejadas e as variações de folga.
 ■ Análise de cenário: utilizada para avaliar os cenários dos processos de 
gerenciamento dos riscos do projeto para alinhar o cronograma com o 
plano de gerenciamento do projeto.
O método do caminho crítico traz que uma variação no caminho crítico terá 
impacto sobre o término do projeto. Assim, as avaliações das atividades no cami-
nho quase críticos podem identificar os riscos no cronograma.
Os sistemas de informação e gerenciamento de projeto incluem softwares 
para elaboração do cronograma que fornecem a capacidade de controle dele. 
Outra ferramenta é tentar otimizar os recursos dentro do projeto que buscar 
realizar antecipações de esperas, por exemplo, na construção de uma pintura 
interna pode ser iniciada antes do término da calçada externa. Realizar a com-
pressão do cronograma tentando alinhar as atividades que estão atrasadas com 
o cronograma do projeto.
Assim, o processo de controlar cronograma vai gerar: 
 ■ informações sobre o desempenho do trabalho, previsões do cronograma. 
 ■ solicitações de mudanças, atualizações dos componentes do plano de 
gerenciamento do projeto (mais especificamente no plano de gerencia-
mento do cronograma, linha de base do cronograma, dos custos e da 
medição do desempenho).
 ■ atualizações dos documentos do projeto como: registro de premissas, bases 
das estimativas, registro das lições aprendidas, cronograma do projeto, calen-
dário dos recursos, registros dos riscos, dados do cronograma (PMI, 2017).
Assim, aprendemos, nesta unidade, sobre a integração dos processos em geren-
ciamento de projetos, bem como gerenciar o escopo e o tempo. Perceba que, 
para gerenciar o projeto em cada área do conhecimento, você terá processos de 
entrada, saída, ferramentas e técnicas que vão te auxiliar neste processo. Cabe 
destacar, você utilizará as ferramentas e técnicas que serão mais convenientes de 
acordo com as características do projeto que está sendo desenvolvido.
Considerações Finais
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
155
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir desta unidade, iniciou-se o processo de entendimento sobre as áreas 
de conhecimento de PMI em gestão de projetos com conceitos e aspectos ini-
ciais sobre a integração do projeto e como gerenciar o escopo e o tempo. Vimos 
que o processo de integração é fundamental para atingir os objetivos do pro-
jeto e que a organização deve introduzir o processo de integração caso queira 
ter sucesso neste aspecto.
Aprendemos que gerenciar a integração do projeto é um processo diário e 
que representa o núcleo da gestão do projeto, sendo que o gerente de projetos 
age como um harmonizador desse processo, fomentando a comunicação entre 
as partes interessadas. 
Nesta unidade, você passou a compreender também que para a execução do 
projeto é necessário passar pelos processos de planejamento que desenvolvem-
-se a partir do plano de gerenciamento do projeto. Aprendemos também que o 
plano do projeto deve incluir todos os processos usados para gerenciar os projetos 
para alcançar os objetivos. E que o plano de gerenciamento de projetos é consti-
tuído por alguns componentes que servem como entradas para outros processos. 
Por meio desta proposta, você iniciou seus estudos em duas das dez áreas de 
conhecimento em gerenciamento de projetos, a gestão do escopo e tempo desde 
o planejamento, a execução, o monitoramento e controle e as entregas. 
Vimos que o escopo se refere ao gerenciamento do objetivo do produto, para 
que se mantenha suas características e funcionalidades, ou projeto, que são ativi-
dades necessárias para que o projeto seja entregue no tempo, custo e escopo. Por 
fim, aprendemos que, para gerenciar o tempo, é necessário definir as atividades, 
colocar prazos, gerenciar o cronograma durante todo ciclo de vida do projeto, 
sendo os processos necessários para realizar o término do projeto.
156 
1. Ao definir o gerente de projetos, este precisa demonstrar como realizará a mis-
são que lhe foi dada, como, por exemplo: utilizar os recursos definidos para 
entregar o produto dentro do prazo estipulado. Destaca-se que uma boa orga-
nização documental é imprescindível para a obtenção de credibilidade. Leia as 
afirmativas que seguem e assinale a alternativa correta.
I. Nos grupos de processos de gerenciamento de projetos, o TAP faz parte dos 
processos de iniciação.
II. No plano de gerenciamento do projeto, deve conter o escopo detalhado do 
produto e do projeto bem como a EAP e do dicionário da EAP.
III. No plano de gerenciamento do projeto, no item prazos deve conter um cro-
nograma com as principais entregas e datas importantes no projeto.
IV. No controle do cronograma, há um monitoramento contínuo dos prazos ao 
longo do projeto.
a) Estão corretas apenas as afirmativas I e II.
b) Estão corretas apenas as afirmativas I, II e III. 
c) Estão corretas apenas as afirmativas I, III e IV.
d) Estão corretas apenas as afirmativas II, III e IV.
e) Todas as alternativas anteriores estão corretas.
2. A EAP (Estrutura Analítica do Projeto) tem como finalidade identificar os pro-
dutos, serviços e resultados a serem feitos em um projeto, criada por um pro-
cesso de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto em partes menores 
e mais naturalmente gerenciáveis. Assinale a alternativa correta.
I. A EAP é um instrumento de decomposição do trabalho do projeto Decom-
posição hierárquico orientado à entrega do trabalho.
II. O Dicionário da EAP é o teor detalhado dos elementos da EAP.
III. Datas-marco são utilizadas para controlar o trabalho e não o resultado.
IV. EAP não serve como base para nenhuma parte do planejamento do projeto.
V. As Datas-marco da EAP não são o teor detalhado dos elementos da EAP.
a) Estão corretas apenas as afirmativas I e II.
b) Estão corretas apenas as afirmativas I, II e III.
c) Estão corretas apenas as afirmativas I, III e IV.
d) Estão corretas apenas as afirmativas II, III e IV.
e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
157 
3. Para desenvolver o TAP, é necessário preparar um resumo dos problemas que 
ocasionaram o projeto, bem como apresentar o projeto em si. Assim, para de-
senvolver o TAP, há algumas ferramentas e técnicas indicadas como: opinião 
especializada; coleta de dados; habilidade interpessoal e a de equipe; e reu-
niões. Diante disso, descreva quais fontes de coleta de dados é indicado pelo 
nosso material de estudo.
4. Para estimar a duração das atividades, você como gerente de projetos irá esti-
mar o tempo de trabalho necessário para finalizar as atividades individuais de 
acordo com os recursos estimados. Para isso terá que investigar com a equipe 
quanto é necessário para terminar cada atividade. Caso surja a incerteza, você 
poderá utilizar entre outras ferramentas a estimativa de três pontos. Diante dis-
so, descreva como realizar a estimativa de três pontos.
5. De acordo com o PMI (2017), o processo de sequenciar as atividades é uma 
sequência lógica delas. Para realizar este processo, é necessário identificar e 
documentar os relacionamentos entre as atividades do projeto, para isso te-
mos o Método do diagrama de precedências (MPD). Diante disso, descreva os 
quatro passos do diagrama de precedências.
158 
Para a leitura complementar, foi escolhido um exemplo de TAP, para que você tenha uma 
base para a elaboração
do seu. Destaca-se que existem elementos que devem constar 
tanto no termo de abertura do projeto, como na declaração do escopo do projeto. Na 
especificação detalhada do escopo do projeto, deve-se registrar a descrição do escopo 
do produto, os critérios de aceitação, as entregas, bem como as exclusões do projeto, as 
expectativas das partes interessadas e, por fim, as restrições e as premissas do projeto.
TAP – TERMO DE ABERTURA DE PROJETO
Nome do Projeto: Projeto resíduo zero Versão 01
1. Objetivo do Projeto
Desenvolver uma técnica de tingir tecidos de forma sustentável com resíduo zero para 
ser vendido em todas as áreas de negócio da Unidade do Paraná da Empresa Brasil-Amé-
rica Latina, buscando atender às diretrizes estabelecidas pela diretoria da organização.
2. Justificativa
Este projeto se justifica pois trará ganhos sociais e ambientais importantes, tanto para a em-
presa como sociedade em geral. A empresa será vista como uma organização que investe 
em projetos com responsabilidade ambiental, aumentando assim o seu valor de mercado.
3. Gerente do Projeto, Responsabilidades e Autoridade
O Gerente designado para a condução do projeto será o Sr. Marcos Marcondes e terá 
como atribuições garantir as entregas estabelecidas para o projeto, dentro do padrão 
de qualidade acordado e das premissas e restrições mapeadas. Sua autoridade é total na 
esfera do projeto, estando subordinado diretamente ao patrocinador e ao Comitê Execu-
tivo estruturado para o projeto.
4. Metas
Aumentar em 25% o Market Share da Empresa Brasil-América Latina.
Reduzir em 10% seus Custos Operacionais.
Reduzir em 30% o tempo de lançamento de novos produtos no mercado.
5. Premissas
Implantação de uma Ferramenta de Inteligência Competitiva.
Espaço físico disponível para implantação de uma nova linha de produção.
Orçamento aprovado para aquisição dos recursos dentro do prazo estabelecido no cro-
nograma.
Para o projeto, deverão ser designadas Pessoas-Chave de cada uma das Áreas da Organização.
Apoio da alta gestão.
Pessoas devidamente qualificadas e treinamentos de todos envolvidos no projeto.
Aquisição do selo verde internacional
159 
6. Restrições
O Prazo de Implantação deverá ser em duas etapas. A primeira será de 8 meses. A segun-
da etapa, de 1 ano.
A verba será limitada, de modo que o orçamento disponível para investimento no pro-
jeto, já negociado junto à Diretoria Financeira, é de R$ 212.000,00.
O projeto deverá ser limitado à Planta do Paraná.
Eventuais alterações no escopo deverão ser solicitadas formalmente ao comitê de contro-
le de mudanças do projeto, que estudará e emitirá um parecer a respeito da viabilidade.
7. Riscos
Baixa Qualidade das Informações Levantadas.
Falta de Assertividade nos Diagnósticos realizados junto às Áreas da Organização.
Resistência à Mudança por Parte das Pessoas da Organização.
Complexidade na Ferramenta a ser Desenvolvida.
Falta de Efetividade nos Procedimentos Estabelecidos.
Treinamento Inadequado.
Falta de Apoio do Patrocinador e da Alta Direção.
8. Prazo e Investimento
Prazo 20 Meses Investimento R$ 700.000,00
9. Principais Etapas
Datas 10.03.2018 Planejamento R$ 50.000,00
Datas 10.06.2018 Execução R$ 550.000,00
Datas 10.03.2019 Encerramento R$ 100.000,00
10. Stakeholders
1. Marcos Marcondes: Diretor de operações.
2. Eduardo Gutierrez: Auxiliar de Operações.
3. Sidnei Silva: Gerente de Marketing.
4. Augusto Afonso: Coordenador de RH.
5. Bruno Bastos: Presidente da empresa.
6. Silvio Andreas: Gerente de Informática
11. Comentários
Este é um projeto estratégico para a empresa. Os gestores das áreas envolvidas deverão 
orientar suas equipes para que seja dada a devida importância ao projeto, de modo a 
garantir o cumprimento dos prazos previstos e a qualidade das entregas estabelecidas.
160 
Registro de alterações
Data
Modificado por
Descrição da mudança
Nome: Marcus Marcondes – Dir. de Operações
Assinatura:
Função: Gerente do projeto 
Data: 01.02.2017
Nota: Quaisquer alterações neste documento deverão ser submetidas ao CCB para fins 
de controle e documentação.
Fonte: a autora.
Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para saber um pouco mais sobre a gestão do conhecimento no PMBOK® 6. ed., entre no site a 
seguir e assista o vídeo disponibilizado sobre o tema. 
Web: <https://projetoseti.com.br/
web-aula-guia-pmbok-6a-edicao-e-o-conhecimento-no-projeto/>.
Gerente de Projetos na Empresa
Roque Rabechini Junior
Editora: Atlas
Sinopse: o Livro aborda o ambiente do gerente de projetos, destacando os 
aspectos relativos à organização de projetos e à necessidade de análise dos 
interessados no projeto, envolvendo as competências em gerenciamento 
de projetos. Ainda, aborda as práticas das competências gerenciais mais 
relevantes: conflito, negociação e liderança. Assim, o livro é indispensável para gerente de 
projetos e para profissionais que trabalham na área de projetos, bem como para instituições que 
pretendem institucionalizar o gerenciamento de projetos como modelo de negócios. 
Comentário: este livro tem uma característica diferente da maioria das publicações que abordam 
tema semelhante. Visto que se concentra em enfatizar o fator técnico no desenvolvimento 
das competências do gerente de projetos para justificar como ele vai conduzir com eficácia os 
empreendimentos da empresa. 
https://projetoseti.com.br/web-aula-guia-pmbok-6a-edicao-e-o-conhecimento-no-projeto/
https://projetoseti.com.br/web-aula-guia-pmbok-6a-edicao-e-o-conhecimento-no-projeto/
REFERÊNCIAS
BARCAUI, A. B. et al. Gerenciamento do tempo em projetos. 3. ed. Rio de Janeiro: 
Editora FGV, 2010.
ENAP (Escola Nacional de Administração Pública). Gerência de Projetos: Teoria e 
Prática. 2013. Disponível em: <http://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/1109/1/
GerenciaDeProjeos_modulo_2_final_.pdf>. Acesso em: 02 ago. 2018.
INBS (Instituto Brasileiro de Sustentabilidade). Atualização em elaboração e ges-
tão de projetos sustentáveis. 2018. Disponível em: <http://www.inbs.com.br/ead/
Arquivos%20Cursos/EGPS/Gerenciamento%20de%20integra%C3%A7%C3%A3o.
pdf>. Acesso em: 02 ago. 2018.
MONTES, E. Introdução ao Gerenciamento de Projetos. São Paulo: Createspace 
Independent Publishing Platform, 2017.
PMI (Project Management Institute). Um Guia do Conjunto de conhecimentos de 
Gerenciamento de Projetos (Guia PMBOK ®). 6. ed. Newtown Square, 2017.
SOTILLE, M. A. et al. Gerenciamento do escopo em projetos. 2. ed. Rio de Janeiro: 
Editora FGV, 2010.
163
GABARITO
1. E.
2. A.
3. A opinião especializada é oferecida por qualquer pessoa ou grupo com conhe-
cimento especializado e é usada para avaliar as entradas necessárias para de-
senvolver o TAP. Assim, ela pode advir de várias fontes como: consultores; partes 
interessadas como clientes e/ou patrocinadores; outros setores dentro da orga-
nização; especialistas no assunto; escritório de projetos entre outros.
4. Assim, a estimativa de três ponto trabalha com três cenários de duração das 
atividades: o mais provável(MP), otimista(O) e o pessimista(P). Assim a duração 
esperada pode ser calculada:
DE = (O + MP + P)/3
5. 
1. Do término para o início em que a atividade sucessora não pode começar 
antes do término da predecessora. Exemplo: a pintura da casa (sucessora) não 
pode ser realizada antes da construção das paredes (predecessora).
2. Do término para o término em que a atividade sucessora não pode terminar 
até que a predecessora tenha terminado:
Exemplo: a redação de um documento (predecessora) deve ser terminada an-
tes que o documento seja editado (sucessora).
3. Do início para o início em que a atividade sucessora depende do início da ati-
vidade predecessora. Exemplo: a nivelação do concreto (sucessora) não pode 
ser iniciada até que a colocação da fundação (predecessora) seja iniciada.
4. Do início para o término em que a atividade sucessora depende do início da 
atividade predecessora.
ANOTAÇÕES
U
N
ID
A
D
E IV
Professora Me. Marcela Gimenes Bera Oshita
PMI - PROJECT MANAGEMENT
INSTITUTE – ÁREAS DE 
CONHECIMENTO II
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Aprender sobre os aspectos de gerenciamento de custos.
 ■ Entender o gerenciamento da qualidade.
 ■ Aprender sobre os aspectos do gerenciamento dos recursos 
humanos e físicos do projeto.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Gerenciamento dos custos 
 ■ Gerenciamento da qualidade 
 ■ Gerenciamento dos recursos humanos e físicos do projeto
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), no início desta unidade quero lembrá-lo que os processos de 
planejamento desenvolvem o plano de gerenciamento do projeto, que será utili-
zado para a execução. Para isso, o plano do projeto deve incluir todos os processos 
usados para gerenciar os projetos para alcançar os objetivos, bem como suas fer-
ramentas e técnicas, o seu ciclo de vida e as fases associadas.
Assim, na fase de planejamento do programa, o trabalho deve ser de forma 
organizada com uma estrutura para revisão e controle, necessário para alcan-
çar os objetivos do projeto. Esta fase permite que os objetivos já definidos sejam 
lapidados de forma mais precisa, mas para o sucesso do projeto é necessário cer-
tificar que as entregas estejam bem definidas. 
Nesta perspectiva, trabalharemos, nesta unidade, o gerenciamento de cus-
tos do projeto. Pense que toda a aprovação do projeto para desenvolvimento foi 
realizada com base no plano de viabilidade econômica e que este já continha 
um orçamento, logo, os custos já foram calculados. No entanto, aprenderemos 
que é necessário fazer uma revisão deste orçamento, com maiores informações 
de quem fará parte de todo o desenvolvimento do projeto.
Nesta unidade, veremos também que o gerenciamento da qualidade do pro-
jeto tem como objetivo identificar os padrões de qualidades que são importantes 
para o projeto e definir como atendê-los. Ainda, precisa garantir que toda ativi-
dade desenvolvida no projeto esteja ligada a políticas e padrões de qualidade da 
organização e que as entregas encontrem-se em conformidade com os requisi-
tos de aceitação.
Por fim, trabalharemos o gerenciamento dos recursos humanos e físicos do 
projeto. Pare e pense que o projeto é executado por pessoas, assim é necessário 
definir a equipe correta, de acordo com as necessidades do projeto, garantindo 
que os recursos humanos e materiais estejam disponíveis, conforme definido 
no plano de projeto. 
Introdução
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
167
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D A D E168
GERENCIAMENTO DE CUSTOS
Nesta unidade, trabalharemos o gerenciamento de custos, qualidade e recursos 
humanos e físicos, sendo que esses processos incluem as entradas, ferramentas 
e técnicas e saídas. Diante disso, iniciaremos este tópico falando sobre o geren-
ciamento de custos. “O gerenciamento dos custos do projeto preocupa-se com 
o custo dos recursos necessários para completar as atividades do projeto” (PMI, 
2017, p. 232). Nesta perspectiva, os processos devem levar em consideração o 
efeito das decisões de uso, manutenção e suporte do produto, isto é, decidir redu-
zir os números de teste de um protótipo a fim de reduzir o custo do projeto, pode 
aumentar custos posteriores a empresa, resultante de problemas com o produto.
Cabe destacar que gerenciar custos envolve conhecer técnicas gerais de como 
o custo é contabilizado, gerenciamento do retorno do investimento, fluxo de caixa 
descontado, bem como análise de recuperação de investimento. É importante 
também que o(a) gestor(a) de projetos conheça técnicas e apuração de custos, 
a diferenciação entre custos e despesas, bem como conhecer da parte tributária 
da empresa para, assim, calcular com maior precisão. 
Todavia, neste tópico, vamos focar nas técnicas de gerenciamento de cus-
tos de acordo com o PMI (2017). Neste sentido, aprenderemos os processos de 
planejar o gerenciamento dos custos, realizar estimativas de custos, determinar 
o orçamento e controlar os custos (Figura 1).
Gerenciamento de Custos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
169
1. Processo de 
planejamento do 
gerenciamento de 
custos
2. Processo de 
estimar o custo
3. Processo de 
determinar o 
orçamento
4. Processo de 
controlar custos
• Políticas de gerir custos
• Linha de base de custos
• Realizar estimativas dos custos
das atividades
• Medições de desempenho e
atualizações do orçamento
Figura 1 - Visão geral dos processos de gerenciamento de custos
Fonte: a autora.
Ao analisar a Figura 1 e pensar em projetos de curta duração, podemos dizer 
que os processos de Estimar os Custos e Determinar o Orçamento são inter-
ligados sendo vistos como um processo único que pode ser realizado por uma 
pessoa em um período de tempo relativamente curto (ENAP, 2013, on-line).
Não obstante, é destacado no PMI (2017) a forma que o gerenciamento de custo 
é aplicado, isto é, depende: do conhecimento anterior da organização, como banco 
de dados de projetos anteriores; das políticas e procedimentos da organização de 
estimativa de custos formais ou informais; da estrutura de governança entre outros. 
PLANEJAR O GERENCIAMENTO DOS CUSTOS
O processo de planejar o gerenciamento dos custos é “[...] definir como os custos 
serão estimados, orçados, gerenciados, monitorados e controlados” (PMI, 2017, 
p. 235). Nesta perspectiva, planejar o gerenciamento dos custos é o processo de 
estabelecer as políticas, os procedimentos e a documentação necessária para o 
planejamento, gestão e controle dos custos do projeto. Logo, traz como bene-
fícios informações de como os custos do projeto serão gerenciados ao longo de 
seu ciclo de vida. Assim, o plano de gerenciamento de custos, é um componente 
do plano de gerenciamento do projeto.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 169 – Figura 1 - Visão geral dos processos de gerenciamento de custos 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 1 - Visão geral dos processos de 
gerenciamento de custos. É composta por um fluxograma com 4 processos referente ao 
gerenciamento de custos, de cima para baixo: 
1. Processo de planejamento do gerenciamento de custos - Políticas de gerir custos; 
2. Processo de estimar o custo - Realizar estimativas dos custos das atividades; 
3. Processos de determinar o orçamento - Linha de base de custos; 
4. Processo de controlar custos - Medições de desempenho e atualizações do orçamento. 
 FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D A D E170
Para o processo de planejar o gerenciamentos dos custos, você precisará do 
termo de abertura do projeto (no qual contém todo orçamento pré-aprovado) 
e plano de gerenciamento do projeto (composto pelo o plano de gerenciamento 
do cronograma e o plano de gerenciamento de risco), além de entender os fato-
res ambientais da empresa e ativos e processos organizacionais.
Desta forma, o processo de planejar o gerenciamento dos custos exige a 
busca de opinião especializada, análise de dados e reuniões. Como aprende-
mos, a opinião especializada está relacionada com a expertise dos indivíduos, 
assim, é importante considerar neste quesito: projetos semelhantes ou anterio-
res, informações sobre o setor de atuação, a estimativa de custos e orçamento e o 
gerenciamento de valor agregado, que 
é medir e gerenciar comportamento 
custo real versus o planejado e o valor 
agregado (PMI, 2017).
A análise de dados é verificar as 
alternativas como a revisão das opções 
de financiamentos estratégicos, isto é, o 
autofinanciamento ou o financiamento 
com capital ou dívida. Além disso, a
análise de dados pode ser com relação 
às formas de adquirir certos produtos 
ou serviços, por exemplo: decidir se 
vai comprar ou alugar determinado equipamento; se vai terceirizar ou realizar 
dentro da empresa determinado serviço (PMI, 2017).
Por fim, a realização de reuniões deve abranger qualquer pessoa que 
tenha responsabilidade sobre os custos do projeto, como: gerente do projeto, 
os patrocinadores, alguns membros da equipe e outras partes interessadas 
(PMI, 2017).
Desta forma, o resultado do processo de planejar o gerenciamento de cus-
tos do projeto é outro componente do plano de gerenciamento do projeto, que 
denominamos de plano de gerenciamento dos custos, que descreve como os cus-
tos serão planejados, estruturados e controlados (PMI, 2017). 
Gerenciamento de Custos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
171
O plano de gerenciamento de custos deve estabelecer:
 ■ unidades de medidas, como horas, quilos, metros, litros toneladas, 
para cada um dos recursos que serão consumidos no projeto.
 ■ nível de precisão, isto é, como as estimativas serão arredondadas para 
cima ou para baixo.
 ■ nível de exatidão das estimativas, ou seja, as estimativas de custos são 
realistas a que nível de precisão (+ ou - 10%), para poder estimar as 
reservas de contingências.
 ■ limite de variação do custo dos itens, antes que alguma ação seja ne-
cessária, denominado de limites de controle. 
 ■ vínculos e procedimentos organizacionais com relação aos códigos 
dos componentes da EAP.
 ■ regras de medição de desempenho dos custos, isto é, definir as princi-
pais atividades que serão mensuradas, as fórmulas a serem utilizadas, 
os marcos em que serão aplicadas.
 ■ o formato do relatórios, além de fontes de financiamento, procedi-
mentos a serem adotados para considerar eventuais flutuações de 
taxas de câmbio.
Fonte: PMI (2017, p. 264).
ESTIMAR OS CUSTOS
Estimar custo é o “[...] processo pelo qual se desenvolve uma estimativa dos cus-
tos dos recursos necessários para executar o trabalho do projeto” (PMI, 2017, p. 
240). Logo, esse processo define os recursos monetários necessário para o pro-
jeto. Todavia, esse processo é realizado periodicamente ao longo do projeto, 
quando necessário.
As estimativas de custos são influenciadas pelo preço da mão de obra, de 
materiais, serviços e instalações, gerenciamento do projeto, inflação, câmbio 
entre outros. Pense que a estimativa de custo permite o controle do projeto e é 
calculada com base nos pacotes de trabalho da EAP, visto que possibilita iden-
tificar a eficiência com que o projeto foi realizado. 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D A D E172
Cabe destacar que é importante que se desenvolva a estimativa de custo o 
mais perto da realidade, deixando uma margem para contingências, como se 
fosse uma margem de erro denominado de custos contingentes e/ou reservas con-
tingentes. Essas reservas são para cobrir falhas no desenvolvimento do projeto, 
variações no cronograma, incerteza de estimativas de custos, prazos, variações 
de preços, eventos aleatórios, problemas trabalhistas entre outros. Contudo, as 
reservas não estão relacionadas, por exemplo, com mudanças no escopo do pro-
jeto, ou reservas de lucros.
Para estimar os custos, você precisará utilizar como base o plano de geren-
ciamento do projeto em conjunto com o plano de gerenciamento da qualidade e 
custo e a linha de base do escopo, visto que tudo que for inserir no projeto deve 
estar dentro do padrão de qualidade determinado, bem como do escopo defi-
nido. Como vimos o plano de gerenciamento de custos fornece como base as 
unidades de medidas e o nível de precisão e exatidão para estimativas de custos.
De acordo com o PMI (2017), para o processo de estimar custos você pode 
utilizar: opinião especializada, estimativa análoga, estimativa paramétrica, estima-
tiva bottom-up, estimativa de três pontos, análise de dados, sistema de informações 
de gerenciamento de projetos e tomada de decisões. 
A opinião especializada está relacionado com a expertise de indivíduos ou 
grupos a partir da coleta de informações por meio de projetos semelhantes ante-
riores, informações do setor e métodos de estimativa de custos.
A estimativa análoga utiliza dados ou atributos de projetos semelhantes realiza-
dos anteriormente. Por exemplo, os valores e atributos do escopo, custo, orçamento 
e da duração, a fim de utilizar como base para o projeto atual (PMI, 2017). 
A estimativa paramétrica é uma técnica que utiliza dados históricos e parâ-
metro do projeto para calcular a estimativa de custos para o trabalho do projeto, 
por meio de uma relação estatística entre dados históricos e outras variáveis como 
metros quadrados de construção (PMI, 2017). Por exemplo: em um projeto de 
construção, se o recurso designado para a instalação de cabos é capaz de insta-
lar 25 metros por hora, a duração necessária para a instalação de 1.000 metros é 
de 40 horas, logo, 1.000 metros divididos por 25 metros por hora (PMI, 2017).
A estimativa bottom-up é um método que estima a duração ou custo do 
projeto, por meio da agregação das estimativas dos componentes de nível mais 
Gerenciamento de Custos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
173
baixo da EAP, isto é, o pacote de trabalho é estimado com maior nível de deta-
lhes especificados, em seguida os custos são sumarizados e agregados para o 
nível mais alto da EAP (PMI, 2017).
A estimativa de três pontos é comumente usada quando não há dados histó-
ricos suficientes ou quando os dados existentes são baseados em opiniões. Para 
mitigar o risco, considera-se o risco e a incerteza da estimativa por meio de três 
pontos: mais provável (IM), otimista (IO) e pessimista (IP), para definir a dura-
ção de uma atividade em uma faixa aproximada. Assim, utiliza-se uma fórmula 
denominada de distribuição triangular para essas três possibilidades:
IE = (IO + IM + IP)/3
A análise de dados inclui: análise de alternativas e de reserva. A análise de alter-
nativas permite que a equipe pondere vários recursos, como decisões de comprar 
ou alugar e utilização de ferramentas manuais ou automatizadas, a fim de deter-
minar uma abordagem ideal para realizar o trabalho do projeto (PMI, 2017). 
Por sua vez, a análise de reservas é utilizada para determinar a quantidade de 
reserva de contingência e gerencial ideais para o projeto. As reservas de contin-
gência, às vezes chamada de reservas de cronograma, são as durações estimadas 
na linha de base do cronograma. Por outro lado, as reservas gerenciais são um 
montante retido para fins de controle de gerenciamento. A reserva gerencial não 
está incluída na linha de base do cronograma.
O sistema de informações de gerenciamento de projetos pode incluir, sof-
twares de simulação, planilhas e ferramentas de análise estatística para auxiliar 
com a estimativa de custos (PMI, 2017). A tomada de decisões podem também 
fazer parte das estimativas de custos, em que incluem votação, analisando várias 
alternativas com um resultado esperado em forma de ações futuras (PMI, 2017).
Assim, estimar custos implica em resultados como estimativa de custos, 
servindo como base das estimativas e atualizações dos documentos do projeto. 
As estimativas de custos são previsões dos custos necessários para concluir 
o projeto, bem como o valor de reservas de contingências e gerenciais. A reserva 
gerencial é uma reserva de contingência adicional, com base na percepção do 
gerente, para cobrir eventuais riscos desconhecidos associados ao projeto. 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D
A D E174
A base das estimativas varia dependendo do setor de atuação da empresa, 
mas deve servir como uma documentação suporte que apresenta, de forma clara 
e completa, como a estimativa de custos foi realizada, contendo documentos 
como: as estimativas que foram realizadas, as premissas que foram adotadas, as 
restrições conhecidas; os riscos identificados e incluídos durante a estimativa de 
custos; a indicação de faixas de estimativas, isto é, da variação que o custo pode 
incorrer; e a indicação do nível de confiança da estimativa final (PMI, 2017).
Por fim, as atualizações dos documentos do projeto, isto é, documentos que 
depois das estimativas podem, por algum motivo, ser alterados, são exemplos: o 
registro de premissas, lições aprendidas e de risco (PMI, 2017).
DETERMINAR O ORÇAMENTO
O orçamento do projeto inclui todos os recursos monetários autorizados para 
executar o projeto e é gerado automaticamente, a partir do somatório dos cus-
tos e com base no cronograma de desenvolvimento das atividades. Assim, agrega 
nele os custos estimados de atividades individuais ou pacotes de trabalhos a fim 
de estabelecer uma linha de custo autorizada que é a versão aprovada do orça-
mento ao longo do tempo, que inclui as reservas de contingências e exclui as 
reservas gerenciais (PMI, 2017).
Para determinar o orçamento, será necessário ter como base o plano de 
gerenciamento do projeto (acompanhado do plano de gerenciamento de cus-
tos, recursos e a linha de base do escopo), os documentos do projeto (base das 
estimativas, as estimativas de custos, o cronograma do projeto) relacionados 
a custos e cronograma, plano de negócios e o de gerenciamento de benefícios 
(PMI, 2017).
Diante disso, para o processo de determinar o orçamento você deve buscar: 
opinião especializada, realizar agregação de custos, bem como análise de dados, 
revisão de informações históricas, reconciliação dos limites dos recursos finan-
ceiros e financiamento (PMI, 2017). 
Gerenciamento de Custos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
175
A opinião especializada envolve a expertise de indivíduos ou grupos com 
conhecimentos em: projetos semelhantes ou anteriores; informações sobre o setor; 
princípios financeiros; e requisitos de recursos de financiamento (PMI, 2017). 
A agregação de custos deve ser realizada por pacotes de trabalho conforme a 
EAP, em seguida os custos devem ser agregados para os níveis de componentes mais 
altos da EAP, como contas de controle e, por fim, para todo o projeto (PMI, 2017). 
A análise de dados envolve a análise de reservas gerenciais do projeto que 
são reservadas para um trabalho inesperado que está dentro do escopo do pro-
jeto. Essas reservas abordam as incógnitas desconhecidas e que podem afetar o 
projeto. Diante disso, ela não está incluída na linha de base dos custos, mas faz 
parte do orçamento geral do projeto. Essa reserva só vai ser incluída na base de 
custos se for utilizada (PMI, 2017). 
A revisão de informações históricas pode auxiliar a desenvolver estimati-
vas paramétricas ou análogas, isto é, para desenvolver modelos de previsão do 
custo total do projeto. Por exemplo, a estimativa de custo da construção de um 
edifício é realizada com base no custo do metro quadrado de um projeto ante-
rior (PMI, 2017). 
A reconciliação dos limites dos recursos financeiros: pode haver uma vari-
ância entre os limites de financiamento e os gastos planejados, o que provoca 
a necessidade de reagendamento do trabalho, para nivelar o índice de gastos 
(PMI, 2017). 
Finalmente, o financiamento está relacionado à obtenção de recursos finan-
ceiros para o projeto. Caso o financiamento seja externo, existem obrigações que 
devem ser cumpridas (PMI, 2017).
Nesta perspectiva, o resultado do processo de determinar o orçamento inclui 
a Linha de base dos custos, requisitos de recursos financeiros do projeto e as atu-
alizações de documentos do projeto (PMI, 2017). A linha de base dos custos é 
a versão aprovada do orçamento do projeto, excluindo as reservas gerenciais, 
que só pode ser alterada por meio de processos formais de controle de mudan-
ças. Esta linha de base dos custos é utilizada para comparar com resultados reais 
(PMI, 2017). Conforme a Figura a seguir:
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D A D E176
Va
lo
re
s 
cu
m
ul
at
iv
os
Tempo
Orçamento do projeto
Reserva gerencial
ONT
Requisitos de
recursos �nanceiros
GastosLinha de base
dos custos
Figura 2 - Linha de base dos custos, gastos e requisitos financeiros
Fonte: PMI (2017, p. 255).
Assim, as estimativas que constituem a linha de base dos custos estão direta-
mente ligadas às atividades do cronograma e é representada pela curva S ilustrada 
na Figura 2. 
Os requisitos de recursos financeiros totais ou periódicos (como, por exemplo, 
bimestrais, semestrais e anuais) do projeto são derivados da linha de base dos cus-
tos e incluirá gastos projetados com mais recursos comprometidos (PMI, 2017). 
As atualizações de documentos do projeto como da estimativa de custos, do 
cronograma do projeto e dos riscos, podem ocorrer como resultados do pro-
cesso de determinar o orçamento (PMI, 2017). 
CONTROLAR OS CUSTOS
Controlar custos é o processo de gerenciamento das mudanças feitas na linha 
de base e o monitoramento do andamento do projeto para atualização do seu 
orçamento (PMI, 2017). O controle de custos tem como objetivo manter a linha 
de custos mediante o orçamento aprovado ao longo do ciclo de vida do projeto. 
Neste contexto, qualquer aumento no orçamento autorizado só pode ser apro-
vado após o processo de realizar o controle integrado de mudanças. O controle 
de custos pode ser observado na Figura 3.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 176 – Figura 2 - Linha de base dos custos, gastos e requisitos financeiros 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 2 - Linha de base dos custos, gastos e 
requisitos financeiros. é composta por uma tabela que demonstra um gráfico. Acima: 
Reserva gerencial com uma flecha na lateral apontando para cima e para baixo e logo acima 
“orçamento do projeto” que se localiza no canto superior direito fora da tabela. No canto 
da tabela na parte externa se refere á: Valores cumulativos e uma flecha apontada pra 
cima. Na parte inferior na parte externa da tabela apresenta “tempo” e uma flecha 
apontada para direita. 
Uma linha curva passa na ponta inferior do lado esquerdo da tabela até a parte superior. 
Acima da linha é apresentado linhas pontilhadas que se refere a: Requisitos de recursos 
financeiros e linha de base dos custos. Abaixo da linha curva na parte central, outra linha 
pontilhada que se refere a “gastos”. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gerenciamento de Custos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
177
Figura 3 - Controlar os custos
Fonte: ENAP (2013, p. 28).
O gerente do projeto tem como papel controlar os custos, identificando as varia-
ções e suas causas e definir ações corretivas (ABDOLLAHYAN, BARBOSA; 
NASCIMENTO; PONTOS, 2014). De acordo com o PMI (2017), o controle de 
custos do projeto envolve:
 ■ Identificar e influenciar os fatores que criam mudanças na linha de base 
dos custos.
 ■ Assegurar que as solicitações de mudanças sejam realizadas de forma oportuna.
 ■ Gerenciar as mudanças conforme a incidência.
 ■ Assegurar que os desembolsos de recursos não excedam o orçamento 
autorizado do projeto.
 ■ Monitorar o desempenho dos custos e entender as variações.
 ■ Levar os custos não previstos dentro dos limites estabelecidos no orça-
mento do projeto.
 ■ Informar às partes interessadas a respeito de todas a mudanças aprova-
das e custos associados.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA
177 – Figura 3 - Controlar os custos 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 3 - Controlar os custos. É composta por 
um desenho de um quadro com cálculos, gráficos e a imagem de um lápis quebrado na 
ponta do quadro. 
Os cálculos: 38,00 + 33,00 + 42,30 + 77,00 + 200,00; 3,00 + 55,00 + 21,50 + 91,00; 42,00 + 
29,00 + 454,00 + 48,10. Abaixo dos cálculos, um gráfico com eixo vertical Tempo e eixo 
horizontal Custo com uma linha que sai a intersecção dos eixos e cresce até o final. Abaixo 
do gráfico, os valores: 
Orçamento inicial: R$ 3.240,00; 
Custo final: R$ 4.100,00; 
Gasto excedente: R$ 860,00. 
FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D A D E178
Assim, para controlar custos você deve utilizar como base o plano de gerencia-
mento do projeto; documentos do projeto; requisitos de recursos financeiros do 
projeto; dados de desempenho do trabalho e ativos e processos organizacionais.
O plano de gerenciamento do projeto deve ser acompanhado dos seus 
componentes como: plano de gerenciamento de custos; linha de base dos 
custo; e linha de bases da medição do desempenho. Já os documentos do 
projeto se referem ao registro de lições aprendidas.
Os requisitos de recursos financeiros do projeto incluem gastos projetados 
mais responsabilidades assumidas. Os dados do desempenho do trabalho, 
contém dados sobre o status do projeto, como quais custos foram autoriza-
dos, incorridos, pagos.
Por fim, os ativos e processos organizacionais que podem influenciar no 
controle dos custos são: políticas e procedimentos organizacionais relacio-
nados a controle de custos; as ferramentas utilizadas para controlar custos; e 
os métodos de monitoramento e produção de relatórios a serem utilizados.
Fonte: adaptado de PMI (2017).
Para controlar custos você deve buscar a opinião especializada, realizar a aná-
lise de dados, índice de desempenho para o término e sistema de informação de 
gerenciamento de projetos.
A opinião especializada inclui, mas não está limitada à análise de variação, 
análise de valor agregado, previsões e análise financeira. A análise de dados, 
porém, envolve:
 ■ Análise do valor agregado monitora o valor planejado, o valor agregado e 
o custo real. O valor planejado (VP) é aquele orçamento autorizado para 
realização do trabalho. O valor agregado (VA) é o orçamento associado 
ao trabalho autorizado que foi concluído. O custo real (CR) é custo total 
incorrido no valor agregado em relação ao que foi planejado.
Gerenciamento de Custos
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
179
 ■ Análise de variação é a explicação para variações nos custos, no crono-
grama e variações no término. Entretanto, as variações de custos e prazos é 
que são mais analisadas. Para fazer a análise de variação, é preciso compa-
rar a base dos custos e do cronograma com o desempenho real do projeto.
 ■ Análise de tendências verifica o desempenho do projeto para verificar se 
está melhorando ou piorando. Neste processo, a análise gráfica é funda-
mental para visualização do desempenho até a presente data e comparação 
com objetivos de desempenho futuro, conforme a Figura 4.
Cu
st
os
 c
um
ul
at
iv
os
Tempo
Orçamento do projeto
Reserva gerencial
ONT
ENT
EPT
Data dos dados
Custo
real (CR)
Valor
agregado
(VA)
Valor
planejado
(VP)
Figura 4 - Valor agregado, valor planejado e custos reais
Fonte: PMI (2017, p. 264).
Ao analisar a Figura 4, observe o EPT que é uma estimativa de tendência para 
terminar o trabalho restante do projeto. Isto é, prevê todo trabalho futuro a ser 
realizado no ritmo orçado.
 ■ Análise de reservas: é utilizada para monitorar a situação das reservas 
gerenciais e de contingências para o projeto para verificar se elas ainda 
são necessárias, ou se tem que pedir reservas adicionais para terminar o 
projeto. Esse processo é importante, pois se os riscos identificados não 
ocorrem e as reservas não são utilizadas em determinada etapa, então os 
recursos podem ser alocados em outra etapa se necessário.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 179 – Figura 4 - Valor agregado, valor planejado e custos reais 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 4 - Valor agregado, valor planejado e 
custos reais. é composta por uma tabela dividida em duas partes que demonstra um 
gráfico. Acima: Reserva gerencial com uma flecha na lateral apontando para cima e para 
baixo e logo acima “orçamento do projeto” que se localiza no canto superior direito fora 
da tabela. No canto da tabela na parte externa se refere á: custos cumulativos e uma flecha 
apontada para cima. Na parte inferior na parte externa da tabela apresenta data dos dados 
e abaixo “tempo” e uma flecha apontada para direita. 
A primeira parte da tabela representa 3 linhas que vem da parte inferior até o meio da 
divisória da outra parte. Acima da primeira linha se refere á: Custo real (CR) e abaixo “valor 
agregado (VA). 
Na segunda parte da tabela, uma linha que parte do meio da divisória e o fim na parte 
superior da tabela. Representando EPT. Abaixo da linha se refere a “valor planejado” (VP). 
FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D A D E180
O índice de desenvolvimento para o término (IDPT) é uma forma de medir o 
desempenho de custos que deve ser alcançado com os recursos restantes para 
terminar o trabalho. Logo, visa verificar a eficiência que deve ser atingida para 
que o projeto termine no orçamento original. 
IDPT = (ONT - VA) / (ONT - CR).
Em que ONT significa orçamento no término, ou seja, a soma de todos os orça-
mentos estabelecidos para o término do projeto. Se o resultado for maior que 1, 
será mais difícil de concluir com eficiência. Se for igual a 1, igual para concluir 
e menor que 1 irá concluir com eficiência.
Por fim, o sistema de informações de gerenciamento de projetos é utili-
zado para monitorar o valor planejado, valor agregado e o custo real, visando 
exibir tendências gráficas e realizar previsões de faixa de possíveis resultados 
do projeto.
Segundo Barbosa et al. (2008), para calcular o índice de desempenho dos 
custos (IDC), você poderá utilizar a seguinte fórmula: IDC = VA (valor agre-
gado)/CR (custo real). Se o resultado for menor que 1, VA (valor agregado) < 
CR (custo real), significa que o projeto está acima do orçamento, isto é, gastou 
mais do que devia gastar. Se o valor for zero, VA (valor agregado) = CR (custo 
real), o escopo do projeto finalizado até o momento é igual ao planejado, logo, 
o projeto está dentro do orçamento.
Por fim, se o resultado for maior que 1, VA (valor agregado) > CR (custo 
real), o que indica um custo menor do que o previamente planejado para o pro-
jeto ou atividades.
Assim, as saídas do processo de controle de custos envolvem: informações 
sobre o desempenho do trabalho; previsões de custos; solicitações de mudan-
ças; atualizações do plano de gerenciamento do projeto; e eventuais atualizações 
de documentos do projeto.
Gerenciamento da Qualidade
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
181
Para calcular a variação dos custos você deve utilizar a fórmula:
VC (variação de custos) = VA (valor agregado) - CR (custo real), se o resultado 
for negativo, isto é, o VA (valor agregado) < CR (custo real), o projeto gastou 
mais com atividades ou pacotes de trabalho do que o previsto, logo está acima 
do orçamento. Caso aconteça isso, é importante entender a causa do desvio.
Caso o valor seja VA (valor agregado) = CR (custo real), o projeto gastou exa-
tamente o que estava planejado, isto é, utilizou o orçamento
previsto. Por 
fim, se o VA (valor agregado) > CR (custo real), o projeto gastou menos do 
que o planejado, logo está abaixo de seu orçamento. No entanto, é impor-
tante verificar a causa desse gasto a menos, visto que pode estar relaciona-
da à baixa na execução das atividades.
Fonte: adaptado de Barbosa et al. (2008).
GERENCIAMENTO DA QUALIDADE
O gerenciamento da qualidade inclui processo e descreve como a equipe de pro-
jetos executará a política de qualidade da organização, bem como os objetivos e 
as responsabilidades, de forma que o projeto satisfaça as necessidades das par-
tes interessadas (PMI, 2017). Para Vargas (2005), o gerenciamento da qualidade 
envolve processos que são necessários para garantir que o projeto vai satisfazer as 
exigências para as quais foi desenvolvido. Assim, os processos de gerenciamento 
da qualidade do projeto são: planejar o gerenciamento da qualidade, gerenciar 
a qualidade e controlar a qualidade (Figura 5).
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D A D E182
Planejar o
Gerenciamento
da Qualidade
Gerenciar
a Qualidade
Para outros
processos do
projeto
Gerenciamento
da integração
do projeto
Controlar
a Qualidade
Validar
o Escopo
Modelos de qualidade
de ativos de processos
organizacionais
Documentos de teste e
avaliação
Relatórios de qualidade
Medições de controle
da qualidade
Informações sobre o
desempenho do trabalho
Plano de gerenciamento
da qualidade
Métricas da qualidade Relatórios de qualidade
Entregas
Entregas veri�cadas
Dados de desempenho
do trabalho
Figura 5 - Principais inter-relações do processo de gerenciamento da qualidade do projeto
Fonte: PMI (2017, p. 273).
O processo de planejar o gerenciamento da qualidade envolve a qualidade que o 
trabalho precisa ter. Gerenciar a qualidade refere-se ao processo de gerenciar os 
processos da qualidade ao longo do projeto. Os requisitos de qualidade são iden-
tificados e no processo de planejar a atividade são convertidos em instrumentos 
de testes e avaliação que serão aplicados durante o processo de controlar a quali-
dade (PMI, 2017). Assim, o processo de controle da qualidade se refere a comparar 
os resultados do trabalho com os requisitos de qualidade do projeto (PMI, 2017).
Cabe destacar que o gerenciamento da qualidade se aplica a todos o projetos, 
independente da natureza de suas entregas e oferece suporte para as atividades 
de melhoria contínua de processos da organização executante (PMI, 2017). De 
acordo com o PMI (2017), existem cinco níveis de gerenciamento da qualidade:
 ■ A abordagem mais cara é deixar que o patrocinador ou o cliente encon-
tre os defeitos, pois, pode resultar em problemas com garantias, recalls, 
custos de retrabalho e perda de reputação.
 ■ Detectar e corrigir os defeitos antes de enviar as entregas para o cliente, 
como parte do controle de qualidade.
 ■ Utilizar a garantia da qualidade para verificar e corrigir o processo.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 182 – Figura 5 - Principais inter-relações do processo de gerenciamento da 
qualidade do projeto 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 5 - Principais inter-relações do processo 
de gerenciamento da qualidade do projeto. É composta por um fluxograma que compõe 
as inter-relações do processo de gerenciamento do projeto, organizado em quadros e 
ligados entre si por flechas. 
Planejar o Gerenciamento da Qualidade (Plano de gerenciamento da qualidade, Métricas 
da qualidade) - Gerenciar a qualidade (Modelos de qualidade de ativos de processos 
organizacionais, Relatórios de qualidade, Documentos de teste e avaliação, Relatórios de 
qualidade) - Para outros processos do projeto (Medições de controle da qualidade, 
Informações sobre o desempenho do trabalho) - Controlar a qualidade - Gerenciamento 
da integração do projeto (Entregas, Dados de desempenho do trabalho) - Validar o escopo 
(entregas verificadas). FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
Gerenciamento da Qualidade
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
183
 ■ Incorporar a qualidade no planejamento e design do produto e do projeto.
 ■ Criar uma cultura na organização que esteja comprometida com a qua-
lidade dos produtos e processos.
Como cada projeto é único e característico de determinado setor, o gerente do pro-
jeto precisará se adaptar à forma como os processos de qualidade são aplicados 
(PMI, 2017). Essa adaptação vai depender: das conformidades com as políticas e 
auditoria da organização; dos padrões de conformidades com regulamentações do 
setor (restrições legais, governamentais ou específicas); da melhoria contínua da 
qualidade (como ela será gerenciada); bem como do engajamento das partes inte-
ressadas (existe um ambiente colaborativo para as partes interessadas) (PMI, 2017).
Assim, a garantia de qualidade é a certeza sobre a qualidade do projeto ou 
produto, ao eliminar os defeitos nos processos de planejamento e implementa-
ção. Contudo, eventualmente as empresas alcançam os resultados comprometidos 
com qualidade e com o planejamento antecipado das necessidades, visto que 
ocorrem mudanças à medida que o projeto avança (KERZNER, 2010).
Leal e Castro (2017) afirmam que a qualidade em projetos está diretamente 
relacionada com a satisfação dos requisitos dos clientes, que é responsável por 
estabelecer e estabilizar as exigências em relação à qualidade. Assim, para realizar 
o planejamento da qualidade em projeto é importante identificar as necessida-
des dos patrocinadores do projeto e as partes interessadas a fim de desenvolver 
um produto com um projeto que seja capaz de corresponder às suas expectati-
vas. Nesta perspectiva, a equipe do projeto deve envolver a alta administração 
e as outras partes interessadas, a fim, de criar uma constância para melhoria do 
produto e do serviço.
PLANEJAR O GERENCIAMENTO DA QUALIDADE
O plano de gerenciamento da qualidade é um componente do plano de projeto. 
Assim, planejar o gerenciamento da qualidade é 
[...] o processo de identificar os requisitos e/ou padrões da qualidade 
do projeto e suas entregas, e documentar como o projeto demonstra-
rá a conformidade com os requisitos e/ou padrões de qualidade (PMI, 
2017, p. 271).
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D A D E184
O plano da qualidade tem como objetivo identificar os padrões de qualidades que 
são importantes para o projeto e definir como atendê-los. Ainda, precisa garan-
tir que toda atividade desenvolvida no projeto esteja ligada a políticas e padrões 
de qualidade da organização e que as entregas estejam em conformidade com 
os requisitos de aceitação. 
Para atingir esses objetivos, o(a) gestor(a) do projeto precisa definir, jun-
tamente com os envolvidos no projeto, os padrões de qualidade aplicáveis ao 
projeto, bem como descrever os requisitos necessários para atender a qualidade 
definida e como será mensurada. 
Para planejar o gerenciamento da qualidade, você precisará inicialmente do 
termo de abertura do projeto (pois descreve as características e os requisitos do 
projeto); plano de gerenciamento do projeto (plano de gerenciamento de: ris-
cos, partes interessadas, requisitos e linha de base do escopo); documentos do 
projeto (documentação de requisitos, premissas, registro de riscos e partes inte-
ressadas e matriz de rastreabilidade dos requisitos)(PMI, 2017).
Para planejar o gerenciamento da qualidade, você poderá se utilizar da opinião 
especializada, coleta de dados, análise de dados, tomada de decisões, represen-
tação de dados, planejamento de testes e inspeções, reuniões.
A opinião especializada envolve a expertise dos indivíduos com conheci-
mento especializado em que deve ser considerado neste processo a: garantia da
qualidade, controle da qualidade, medições da qualidade, melhorias da quali-
dade e sistemas de qualidade (PMI, 2017). 
A coleta de dados pode ser realizada a partir de benchmarking, brainstor-
ming e entrevistas. O benchmarking inclui a comparação de práticas e padrões 
de qualidade de projetos reais ou planejados, com projetos comparáveis, para 
identificar as melhores práticas (PMI, 2017). Esses projetos podem estar dentro 
da organização executora ou fora dela. O brainstorming, ou chuva de ideias e 
entrevistas podem ser utilizados para coletar dados por meio da equipe do pro-
jeto ou especialistas no assunto (PMI, 2017). 
A análise de dados envolve a análise do custo benefício e do custo da quali-
dade. A análise do custo benefício considera o benefício de adotar algo. O custo 
está na nova ferramenta a ser adotada e mudanças de processos e os benefícios 
estão relacionados com menor retrabalho, maior produtividade, menor custo e 
Gerenciamento da Qualidade
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
185
aumento da satisfação do cliente (PMI, 2017). Por sua vez, o custo da qualidade 
está representado na Figura 6.
Custos de conformidade Custos de desconformidade
Custos de prevenção
(Construir um produto de qualidade)
• Treinamento
• Documentar processos
• Equipamentos
• Tempo para fazer corretamente
Dinheiro gasto durante o projeto
para evitar falhas
Custos de avaliação
(Avaliar a qualidade)
• Teste
• Perda de teste destrutivo
• Inspeção
Custos de falhas internas
(Falhas encontradas pelo projeto)
• Retrabalho
• Descartes
Dinheiro gasto durante e após
o projeto devido a falhas
Custos de falhas externas
(Falhas encontradas pelo cliente)
• Responsabilidade
• Trabalho de garantia
• Perda de negócios
Figura 6 - Custo da qualidade
Fonte: PMI (2017, p. 283).
Conforme observado na Figura 6, o custo da qualidade envolve o custo de pre-
venção, avaliação e de falha. O custo de prevenção estão relacionados à prevenção 
da má qualidade. O custo de avaliação envolve avaliar, medir, auditar e testar os 
produtos ou entregas do projeto. 
Por fim, o custo de falhas são custos incorridos após a entrega do produto 
ao cliente, assim esse custo está relacionado com frete de devolução do produto, 
custo de arrumar o produto e devolvê-lo para o cliente, perda de negócios decor-
rentes da falta de confiança e credibilidade geradas neste processo entre outros. 
Assim, a empresa deve buscar o equilíbrio em investir no custo de prevenção e 
avaliação para evitar o custo de falhas. 
A tomada de decisões como ferramenta do processo de planejar o gerencia-
mento da qualidade pode envolver critérios múltiplos, por exemplo, por meio da 
utilização de uma matriz de priorização, em que os critérios são desenvolvidos 
para serem priorizados e ponderados antes de serem aplicados. Assim, analisa-
-se diversas alternativas de métricas da qualidade disponíveis e as classifica por 
pontuação, por meio da matriz de priorização.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 185 – Figura 6 - Custo da qualidade 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 6 - Custo da qualidade. É composta por 
dois quadros: à esquerda, Custos de conformidade e, à direita, Custos de desconformidade. 
Custos de conformidade: Custos de prevenção (construir um produto de qualidade - 
treinamento, documentar processos, equipamentos, tempo para fazer corretamente); 
Custos de avaliação (avaliar a qualidade - teste, perda de teste destrutivo, inspeção). 
Custos de desconformidade: Custos de falhas internas (falhas encontradas pelo projeto - 
retrabalho, descartes); Custos de falhas externas (falhas encontradas pelo cliente - 
responsabilidade, trabalho de garantia e perda de negócios). FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D A D E186
A representação de dados pode ser utilizada neste processo como mode-
los lógicos de dados, diagramas matriciais, mapeamento mental e fluxogramas. 
Modelos lógicos de dados são uma representação visual dos dados de uma orga-
nização descritos em uma linguagem de negócios. Diagramas matriciais auxiliam 
na identificação das métricas da qualidade essenciais que são importantes para 
o sucesso do projeto (PMI, 2017). 
O mapeamento mental utiliza diagramas para organizar as informações de 
forma visual e pode ser uma ferramenta deste processo, pois auxilia na coleta 
rápida de requisitos de qualidade para o projeto (PMI, 2017). Por fim, temos os 
fluxogramas que são chamados mapas de processos, por meio do mapeamento 
dos detalhes operacionais do processo desde os fornecedores até os clientes, 
conhecido como modelo SIPOC (Figura 7).
FORNECEDOR PROCESSO CLIENTE
ENTRADA SAÍDA
Requisitos e
ciclo de feedback
OBS.: Os componentes deste diagrama são �exíveis e podem ter
qualquer direção, dependendo da circunstância.
Requisitos e
ciclo de feedback
Fornecedores Entradas Processo Saídas Clientes
Lista de requisitos Lista de requisitos Lista de requisitos Lista de requisitos
Figura 7 - Modelo SIPOC
Fonte: PMI (2017, p. 285).
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 186 – Figura 7 - Modelo SIPOC 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem se refere a figura 7 - Modelo SIPOC. Composta por um 
diagrama que se dá a 3 triângulos na parte central. O primeiro triangulo se refere a 
fornecedor, acima uma flecha “entrada” apontando para o segundo triangulo que se refere 
a “processo” abaixo do mesmo uma flecha ligando ao primeiro triangulo que se refere a 
“requisitos e ciclo de feedback. Acima do segundo triangulo outra seta que “saída” que 
aponta para o terceiro triangulo que se refere a “cliente”. Uma flecha abaixo ligando ele 
ao segundo triangulo “requisitos e ciclo de feedback. 
Acima dos triângulos constam 5 colunas de 4 linhas. Sendo elas: fornecedores, entrada, 
processo saídas e clientes. 
E na parte inferior4 colunas com 4 linhas, sendo elas todas “listas de requisitos”. 
Abaixo uma observação: Os componentes deste diagrama são flexíveis e podem ter 
qualquer direção, dependendo da circunstância. FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
Gerenciamento da Qualidade
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
187
O planejamento de testes e inspeções variam conforme o setor de atuação e devem 
ser definidos nesta etapa, isto é, deve-se determinar como testar, inspecionar o 
produto ou a entrega para satisfazer as partes interessadas e também cumprir a 
meta de desempenho e confiabilidade do produto (PMI, 2017).
As reuniões podem ser realizadas para desenvolver o plano de gerenciamento 
da qualidade, e os presentes podem incluir o gerente do projeto, patrocinador, 
membros da equipe do projeto e/ou qualquer pessoa que tenha responsabilidade 
por atividades de gerenciamento da qualidade (PMI, 2017).
O resultado do processo de planejar o gerenciamento da qualidade inclui 
o plano de gerenciamento da qualidade, as métricas da qualidade, atualizações 
do plano de gerenciamento do projeto e atualizações de documentos do pro-
jeto (PMI, 2017).
GERENCIAR A QUALIDADE
Gerenciar a qualidade é de responsabilidade de todos os envolvidos no projeto 
desde a equipe, fornecedores e até mesmo os clientes, embora que os papéis e 
níveis de esforço sejam diferentes e pode diferir entre setores e estilos de geren-
ciamento de projetos. Assim, gerenciar a qualidade é o processo, realizado ao 
longo do projeto, de executar as atividades do plano de gerenciamento da qua-
lidade (PMI, 2017).
Esse processo aumenta a probabilidade de cumprir os objetivos da qualidade 
do projeto e, ainda, de identificar as causas da má qualidade. Por isso, gerenciar a 
qualidade muitas vezes é denominado de garantia da qualidade, que vai utilizar 
os processos do projeto com eficácia, garantindo
a conformidade no trabalho e 
na estrutura de custos (PMI, 2017).
Assim, o processo de gerenciar a qualidade ajuda a aumentar a satisfação das 
partes interessadas, por aprimorar a eficiência e a eficácia. Permite projetar um 
produto otimizado e maduro, desenvolve a confiança que o projeto será conclu-
ído de forma que cumpra os requisitos e expectativas especificadas (PMI, 2017).
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D A D E188
Para realizar a garantia da qualidade, você precisará inicialmente do plano 
de gerenciamento do projeto e os documentos do projeto.
Na sequência, você pode utilizar como ferramentas a coleta de dados, aná-
lise de dados, tomada de decisões, representação de dados, auditoria, design for 
X, solução de problemas e métodos para melhoria da qualidade. 
A coleta de dados, que pode ser utilizada neste processo, inclui listas de veri-
ficação que podem ser simples ou complexas, utilizadas como uma ferramenta 
para verificar se um conjunto de etapas necessárias foram executadas, ou se uma 
lista de requisitos foi atendida.
A análise de dados inclui ferramentas para realizar a garantia da qualidade como: 
 ■ Análise de alternativas: a fim de selecionar diferentes opções ou abordagens.
 ■ Análise de documentos: realizadas em relatórios de qualidade, relatórios 
de testes, relatórios de desempenho e relatórios de variação.
 ■ Análise de processos: é utilizada para identificar oportunidades de melho-
rias no processo.
 ■ Análise de causa raiz: analisa a causa de um defeito ou risco. 
A tomada de decisões inclui a análise de decisão – envolvendo múltiplos critérios – 
utilizada para avaliar os critérios e discutir alternativas que afetem a qualidade 
do projeto ou produto. As tomadas de decisões do projeto podem incluir a esco-
lha entre cenários diferentes de implementação ou fornecedores. As tomadas 
de decisões da qualidade do produto envolvem avaliar o custo do ciclo de vida, 
riscos associados com solucionar os defeitos dos produtos, cronograma e satis-
fação das partes interessadas.
A representação de dados inclui técnicas como: 
 ■ Diagrama de afinidades: áreas que precisam de mais foco.
 ■ Diagrama de causa e efeito: diagramas de espinha de peixe, diagramas 
“por que(s)” e diagramas de Ishikawa, que desdobra as causas da especi-
ficação do problema, ajudando a identificar a causa raiz.
 ■ Fluxogramas que mostram uma série de etapas que levam a um defeito.
 ■ Histogramas que podem mostrar o número de defeitos por entregas.
Gerenciamento da Qualidade
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
189
 ■ Diagramas matriciais que mostram as forças dos relacionamentos entre 
fatores, entre as linhas e colunas que formam a matriz.
 ■ Diagrama de dispersão, um gráfico que mostra o relacionamento entre 
duas variáveis, isto é, o ambiente e atividade em um eixo do gráfico e um 
defeito no outro eixo. 
Fadiga do
trabalhador
Falta de
treinamento
Baixa qualidade
da matéria-prima
Atraso na
chegada
Pessoas
Material
Condições de
trabalho ruins
Ambiente
Baixo compro-
misso com a
qualidade
Gerenciamento
Baixa manutenção
Tecnologia antiga
Manuseio
inadequado
Equipamento
P&D
insu�ciente
Métodos de
fabricação
inadequados
Processo
A qualidade
do produto
não corres-
ponde
aos requisitos
Figura 8 - Diagrama de causa e efeito
Fonte: PMI (2017, p. 294).
As auditorias, comumente realizadas por uma equipe externa ao projeto, deter-
minam se as atividades do projeto estão cumprindo as políticas e procedimentos 
da organização e do projeto. Assim, as auditorias visam identificar: se as melho-
res práticas estão sendo implementadas e todas as não conformidades (PMI, 
2017). Ainda, as auditorias compartilham as boas práticas introduzidas em pro-
jetos similares na organização, oferece apoio para melhorar a implementação de 
processos e destaca as contribuições de cada auditoria no repositório de lições 
aprendidas (PMI, 2017). 
O design for X (DfX) são diretrizes que podem ser aplicadas durante o design 
do produto a fim de otimização de um aspecto específico do design do produto 
e pode resultar em redução de custos, melhor desempenho, melhoria da quali-
dade e satisfação do cliente. Isso porque o DfX pode aprimorar as características 
finais do produto (PMI, 2017).
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 189 – Figura 8 - Diagrama de causa e efeito 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 8 - Diagrama de causa e efeito. É 
composta por um fluxograma que vai da esquerda para direita, sendo constituído por 3 
partes: 
1ª parte: Pessoas (fadiga do trabalhador, falta de treinamento) e Material (baixa qualidade 
da matéria-prima, atraso na chegada); 
2ª parte: Processo (P&D insuficiente, Métodos de fabricação inadequados) e Ambiente 
(Condições de trabalho ruins); 
3ª parte: Equipamento (Baixa manutenção, Tecnologia antiga, Manuseio inadequado) e 
Gerenciamento (Baixo compromisso com a qualidade). 
O fluxograma finaliza em A qualidade do produto não corresponde aos requisitos. 
 FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D A D E190
A solução de problemas é encontrar soluções para questões ou desafios, o 
que pode incluir informações adicionais, pensamento crítico, abordagens cria-
tivas, lógicas e quantitativas (PMI, 2017). Assim, esse método de solução de 
problema desenvolve da seguinte forma:
 ■ Definir o problema e identificar a causa raíz.
 ■ Gerar soluções possíveis e escolher a mais adequada.
 ■ Implementar a solução e verificar sua eficácia.
Os métodos para melhoria da qualidade como PDCA (PLAN - DO - CHECK 
- ACT) e Seis Sigmas podem ser utilizados como ferramentas para melhoria da 
qualidade, que são utilizadas para analisar e avaliar as oportunidades de melho-
rias do produto (PMI, 2017). 
Os resultados do processo de realizar a garantia da qualidade incluem o rela-
tório de qualidade, documentos de teste e avaliação, solicitação de mudança, 
atualizações do plano de gerenciamento do projeto e de documentos do pro-
jeto (PMI, 2017).
CONTROLAR A QUALIDADE
O controle da qualidade deve ser realizado durante todo o projeto, é o processo 
de medir a integridade e conformidade para uso da entrega ou do produto antes 
da aceitação do usuário final. Para isso, monitora-se e registra-se os resultados 
de execução de atividades de gerenciamento da qualidade, com o objetivo de 
avaliar o desempenho delas e garantir que as saídas estejam corretas e atendam 
as expectativas dos clientes (PMI, 2017). 
Para controlar a qualidade, é necessário ter como base o plano de gerencia-
mento do projeto (plano de gerenciamento da qualidade), os documentos do 
projeto (registro de lições aprendidas, as métricas de qualidade e documentos de 
testes e avaliação), as solicitações de mudanças aprovadas, as entregas, os dados 
de desempenho do trabalho, os fatores ambientais da empresa e ativos e proces-
sos organizacionais (PMI, 2017).
Gerenciamento da Qualidade
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
191
Assim, para controlar a qualidade você pode realizar a coleta de dados, realizar 
a análise de dados, realizar inspeção, testes/avaliações de produtos, representa-
ção de dados e a realização de reuniões (PMI, 2017).
A coleta de dados pode ser usada para o processo de controlar a qualidade 
e inclui listas de verificação que auxiliam a gerenciar as atividades de controlar 
a qualidade e as folhas de verificação (Figura 9).
Defeitos/Data
Arranhão pequeno
Arranhão grande
Torto
Componente ausente
Cor errada
Erro de etiquetamento
1
0
3
5
2
1
2
1
3
0
0
2
2
0
1
2
1
1
2
0
2
1
3
2
7
1
9
8
6
6
Data 1 Data 2 Data 3 Data 4 Total
Figura 9 - Folha de verificação
Fonte: PMI (2017, p. 302).
Por outro lado, a coleta de dados pode ser por amostragem estatística e tam-
bém questionário de pesquisa. A amostragem estatística envolve a escolha de 
parte dos produtos ou atividades para inspeção, por exemplo, selecionar 10 pro-
dutos de uma lista de 75. Essa amostra é obtida para medir controles e verificar 
a qualidade, enquanto os questionários de pesquisa podem ser utilizados para 
coletar dados sobre a satisfação do cliente após a implementação do produto ou 
serviço (PMI, 2017).
A análise de dados pode ser utilizada neste processo e envolve análises de 
desempenho das métricas da qualidade definidas e análise de causa raiz utili-
zada para verificar as causas dos defeitos (PMI, 2017).
A inspeção é um exame do produto ou atividade para verificar se está em 
conformidade com os padrões documentados. Também chamadas de revisões, 
auditorias e/ou homologações (PMI, 2017).
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 191 – Figura 9 - Folha de verificação 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 9 - Folha de verificação. É composta por 
uma tabela com 6 colunas: Defeitos/Data, Data 1, Data 2, Data 3, Data 4 e Total. 
Arranhão pequeno - 1 - 2 - 2 - 2 - 7; 
Arranhão grande - 0 - 1 - 0 - 0 - 1; 
Torto - 3 - 3 - 1 - 2 - 9; 
Componente ausente - 5 - 0 - 2 - 1 - 8; 
Cor errada - 2 - 0 - 1 - 3 - 6; 
Erro de etiquetamento - 1 - 2 - 1 - 2 - 6. 
FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D A D E192
Os testes/avaliações de produtos são realizados como parte do processo de 
controle de qualidade a fim de fornecer informações sobre a qualidade do produto 
e se está em conformidade com os requisitos do projeto. Os testes são realiza-
dos a fim de encontrar defeitos, erros ou não conformidade, assim, a quantidade 
de testes a serem realizados depende da natureza do projeto, do tempo e orça-
mento disponíveis (PMI, 2017).
A representação de dados do controle de qualidade pode ser por meio de 
ferramentas como: diagramas de causa e efeito, gráficos de controle, histogra-
mas e diagramas de dispersão (PMI, 2017). 
Finalmente, tem-se as reuniões que podem ser utilizadas como parte do pro-
cesso de controlar a qualidade por meio da análise das solicitações de mudanças 
aprovadas (se foram implementadas e se estão concluídas, testadas e certificadas 
adequadamente) e retrospectivas/lições aprendidas a fim de discutir os elemen-
tos bem-sucedidos no projeto ou fase, o que pode ser melhorado em projetos 
em andamento ou futuros (PMI, 2017).
O resultado do processo de controlar a qualidade inclui: medição de con-
trole da qualidade, entregas verificadas, informações sobre o desempenho do 
trabalho, solicitações de mudança, atualizações do plano de gerenciamento do 
projeto, atualizações de documento do projeto. 
Gerenciar a qualidade de forma eficaz permite que as entregas sejam aceitas 
e os processos aperfeiçoados?
Gerenciamento dos Recursos Humanos e Físicos do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
193
GERENCIAMENTO DOS RECURSOS HUMANOS 
E FÍSICOS DO PROJETO
O processo de gerenciamento dos recursos humanos e físicos do projeto inclui 
identificar, adquirir e gerenciar os recursos para uma conclusão bem-sucedida 
do projeto (PMI, 2017). Assim, esses processos podem auxiliar a garantir que os 
recursos estarão disponíveis no tempo certo para a execução das atividades do 
projeto (PMI, 2017). Nesta perspectiva, está apresentado na Figura 10, os pro-
cessos de gerenciamento de recursos humanos e físicos do projeto.
1. Planejar o
gerenciamento
dos recursos
2. Estimar os
recursos das
atividades
3. Adquirir recursos
4. Desenvolver
a equipe
5. Gerenciar
a equipe
6. Controlar os
recursos
Figura 10 - Processos de gerenciamento dos recursos do projeto
Fonte: adaptado de PMI (2017).
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 193 – Figura 10 - Processos de gerenciamento dos recursos do projeto 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 10 - Processos de gerenciamento dos 
recursos do projeto. É composta por 6 quadros referente aos processos de gerenciamento: 
1. Planejar o gerenciamento dos recursos; 2. Estimar os recursos das atividades; 3. Adquirir 
recursos; 4. Desenvolver a equipe; 5. Gerenciar a equipe; 6. Controlar os recursos. FIM 
DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D A D E194
Cabe destacar que os recursos físicos incluem: materiais, equipamentos, 
instalações e infraestruturas. Logo, gerenciar recursos físicos envolve pro-
cessos que organizam e gerenciam os materiais que serão consumidos de 
acordo com as atividades dentro dos pacotes de trabalho ao longo do ciclo 
de vida do projeto.
Os recursos humanos se referem a recursos de equipe ou pessoal (PMI, 2017). 
Veremos que os membros da equipe podem ter diversas habilidades e atuar de 
forma parcial ou integral no projeto. Além disso, podem ser removidos ou acres-
centados no projeto à medida que ele evolui. 
Assim, gerenciar recursos humanos dentro do projeto contém os proces-
sos que organizam e gerenciam a equipe por meio de pessoas com papéis e 
responsabilidades as habilidades e competências. Esse processo se inicia com o 
organograma do projeto indicando quantas pessoas são necessárias e o plano de 
gerenciamento de pessoal, delimitando o tempo de cada pessoa nas atividades que 
as competem (PMI, 2017). Desta forma, o processo de gerenciamento de recur-
sos humanos inclui a mobilização da equipe. Neste sentido, é importante que o 
gerente de projetos ao mobilizar a equipe desenvolva uma documentação con-
tendo o diretório da equipe, por meio da inclusão de nomes em organogramas 
e cronogramas contendo um calendário de recursos, que documenta os perío-
dos de tempo que cada um trabalhará no projeto. Isso documenta com precisão 
a disponibilidade dos indivíduos da equipe.
PLANEJAR O GERENCIAMENTO DE RECURSOS HUMANOS 
E FÍSICOS
Planejar o gerenciamento de recursos humanos e físicos do projeto é “[...] o pro-
cesso de definir como estimar, adquirir, gerenciar e utilizar os recursos físicos 
e de equipe” (PMI, 2017, p. 312). Nesta perspectiva, o plano de gerenciamento 
de projetos inclui o plano de recursos humanos e físicos, que na versão do PMI 
(2017) ambos se tornam um só, visto que para executar as atividades envolve 
gerenciar os recursos humanos e físicos. 
Gerenciamento dos Recursos Humanos e Físicos do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
195
Para o processo de planejar o gerenciamento dos recursos humanos e físi-
cos, você precisará ter como base o termo de abertura do projeto juntamente 
com a lista das partes interessadas, bem como o resumo dos marcos e os recur-
sos financeiros pré-aprovados para o desenvolvimento do projeto. Além disso, é 
necessário ter em “mãos” o plano de gerenciamento do projeto e os documentos 
dele (cronograma do projeto, requisitos, registro de riscos e de partes interessa-
das). Assim, para o processo de Planejar o gerenciamento dos recursos humanos 
e físicos, você pode utilizar a opinião especializada, representação de dados, teo-
ria organizacional e reuniões. 
A opinião especializada deve ser considerada ao negociar os melhores recursos 
dentro da organização, ao determinar o nível de esforço necessário para atender 
aos objetivos do projeto, o gerenciamento de talentos e desenvolvimento pessoal, 
ao determinar os requisitos com base na cultura organizacional,
ao identificar 
riscos nas contratações e liberações de recursos, bem como cumprir as regula-
mentações e sindicatos e gerenciar a logística de entrega dos materiais, para que 
chegue no tempo certo para realização das atividades.
A técnica de representação de dados neste processo inclui a utilização de 
gráficos, entre outros papéis para documentar a comunicação com a equipe do 
projeto. Assim, baseado no PMI (2017), destacarei três ferramentas: 
1. Gráficos hierárquicos: representados pela estrutura análitica do projeto 
(EAP), a estrutura analítica organizacional (EAO) e a estrutura ana-
lítica de recursos (EAR). A EAP mostra como as entregas do projeto 
são decompostas em pacotes de trabalho, fornecendo uma visão geral 
do projeto. A EAO é organizada de acordo com os departamentos, isto 
é, como atividades ou pacotes de trabalho de responsabilidade de cada 
departamento. Por fim, a EAR é uma lista hierárquica dos recursos físi-
cos organizada por categoria e tipo de recursos, utilizada para gerenciar 
o trabalho do projeto.
2. Matriz de responsabilidade (RACI): é utilizada para ilustrar as conexões 
entre os pacotes de trabalho ou as atividades e o membros da equipe do 
projeto. Monstrando como os recursos do projeto estão alocados a cada 
pacote de trabalho ou atividade. Um exemplo de matriz de responsabi-
lidade está apresentado na Figura 11. 
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D A D E196
Defeitos/Data
Atividade Ann
A
I
I
A
Criar termo
de abertura
Coletar os
requisitos
Enviar solicitação
de mudança
Desenvolver
plano de teste
R = responsável
pela execução
A = responsável
pela aprovação
C = aquele que
é consultado
I = aquele que
é informado
Ben
R
A
A
C
Carlos
I
R
R
I
Dina
I
C
R
I
Ed
I
C
C
R
Pessoa
Figura 11 - Exemplo de matriz RACI
Fonte: PMI (2017, p. 317).
3. Formato de texto: a responsabilidade de membros da equipe com descri-
ções detalhadas pode ser realizada em formato de texto, como se fosse 
uma lista resumida, fornecendo informações como responsabilidades, 
autoridade, competências e qualificações. 
Temos, ainda, como ferramentas para planejamento dos recursos humanos e físi-
cos, a teoria organizacional e as reuniões. As teorias organizacionais fornecem 
informações como os indivíduos se comportam, o uso eficaz de técnicas pre-
sentes nessas teorias pode auxiliar você como gestor de projeto reduzir o tempo, 
custo e esforço necessário para finalizar o projeto. Não obstante, é importante 
conhecer a estrutura organizacional, pois esta pode afetar o projeto. As reuni-
ões, porém, são realizadas para planejar a utilização dos recursos do projeto.
Diante disso, o resultado deste processo inclui o Plano de gerenciamento 
dos recursos humanos e físicos, o termo de nomeação da equipe e as atualiza-
ções de documentos do projeto. 
ESTIMAR OS RECURSOS DAS ATIVIDADES
Estimar os recursos das atividades é o processo de estabelecer os recursos da 
equipe e o tipo e as quantidades de materiais, bem como a infraestrutura neces-
sária para executar o trabalho do projeto. Cabe destacar que esse processo é 
realizado periodicamente ao longo do projeto, de acordo com a necessidade. 
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 196 – Figura 11 - Exemplo de matriz RACI 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se a Figura 11 - Exemplo de matriz RACI. É composta 
por uma tabela com 2 colunas principais: Defeitos/Data e Pessoa. A primeira coluna refere-
se a Atividade e a segunda é subidividida em: Ann, Ben, Carlos, Dina, Ed. 
Criar termo de abertura - A - R - I - I - I; 
Coletar os requisitos - I - A - R - C - C; 
Enviar solicitação de mudança - I - A - R - R - C; 
Desenvolver plano de teste - A - C - I - I - R. 
Abaixo da tabela, uma legenda: R (responsável pela execução), A (responsável pela 
aprovação), C (aquele que é consultado) e I (aquele que é informado). FIM DESCRIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gerenciamento dos Recursos Humanos e Físicos do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
197
Para o processo de estimar os recursos das atividades, você precisará do plano 
de gerenciamento do projeto, documentos do projeto, bem como dos fatores 
ambientais da empresa como a localização e disponibilidade de recursos, habi-
lidade da equipe, cultura da organização e a estrutura de mercado. 
Assim, para o processo de estimar os recursos das atividades de acordo com 
o PMI (2017) você pode se utilizar de:
1. Opinião especializada: conta com a expertise dos indivíduos ou grupos 
de pessoas.
2. Estimativa bottom-up: os recursos são estimados no nível de atividades 
e depois agregados a pacotes de trabalho, contas de controle e níveis de 
resumo de projeto.
3. Estimativa análoga: são utilizadas informações de projetos anteriores 
semelhante para estimar o recurso a ser utilizado no projeto atual.
4. Estimativa paramétrica: utiliza um algoritmo ou a estatística para calcular 
a quantidade de recursos necessárias para cada atividade. Por exemplo, 
se uma atividade exige 4.000 horas de trabalho por ano, e esse trabalho 
tem que ser realizado em um ano, será necessário contratar duas pessoas, 
cada um trabalhando 2.000 horas no projeto.
5. Análise de dados: por meio de análise de alternativas, a fim de selecio-
nar a melhor opção.
6. Sistema de informações de gerenciamento de projetos: podem incluir 
software para gerenciamento de projetos, que podem ajudar no planeja-
mento, organização e gerenciamento e estimativa de recursos. 
7. Reuniões: devem ser realizadas com os gerentes funcionais para estimar os 
recursos necessários e o tempo que devem estar à disposição do projeto.
Os resultados do processo de estimar os recursos são os requisitos de recursos, 
base das estimativas, estrutura analítica dos recursos e atualizações de docu-
mentos do projeto. 
Os requisitos de recursos identificam os tipos e quantidades de recursos 
necessários a cada pacote de trabalho ou atividade e podem ser agregados para 
cada ramificação da EAP e em seguida para todo o projeto.
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D A D E198
A base das estimativas são detalhes de suporte para as estimativas, como 
método utilizado para desenvolver a estimativas, os recursos utilizados (ex: 
projeto semelhantes), premissas associadas com as estimativas, restrições conhe-
cidas, faixa de estimativa, nível de confiança da estimativa, e documentação de 
risco para cada estimativa.
A estrutura analítica dos recursos é a representação hierárquica dos recur-
sos por tipo e categorias, conforme a Figura 12.
Projeto
Material EquipamentoPessoal
Papel
2
Papel
1
Nível
2
Grau
2
Nível
1
Papel
3
Material
1
Material
2
Equipamento
1
Equipamento
2
Figura 12 - Estrutura analítica dos recursos
Fonte: PMI (2017, p. 327).
Neste processo, é necessário atualizar os documentos do projeto, como os atri-
butos das atividades que são utilizados com os requisitos dos recursos, o registro 
de premissas e de lições aprendidas. 
DESENVOLVER A EQUIPE DO PROJETO
Desenvolver a equipe do projeto é um fator que pode determinar o sucesso do 
projeto. Neste sentido, o desenvolvimento pessoal da equipe pode ser realizado 
por meio de treinamentos, buscando a melhoria de competências, bem como do 
aumento da confiança entre os membros da equipe a fim de aumentar a produ-
tividade. Para isso, os gerentes de projetos devem criar um ambiente que facilite 
o trabalho em equipe, realizar trabalhos motivacionais, dar e receber feedback.
 
 
DESCRIÇÃO DE IMAGENS 
 
PÁGINA 198 – Figura 12 - Estrutura analítica dos recursos 
 
 
INÍCIO DESCRIÇÃO – A imagem refere-se Figura 12 - Estrutura analítica dos recursos. É 
composta por um fluxograma de Projeto
que divide-se em 3 partes: 
Pessoal (à esquerda), que se divide em Papel 1, Papel 2 e Papel 3. O papel 1 se divide em 
Nível 1 e Nível 2. 
Material (centro), que se divide em Material 1 e Material 2, que conta com o Grau 2. 
Equipamento (à direita), que se divide em Equipamento 1 e Equipamento 2. FIM 
DESCRIÇÃO. 
 
Gerenciamento dos Recursos Humanos e Físicos do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
199
De acordo com o PMI (2017), o alto desempenho da equipe pode ser alcan-
çado por meio de uma comunicação aberta e eficaz, criar oportunidades de 
desenvolver a equipe, desenvolver a confiança entre membros da equipe, gerenciar 
conflitos de forma construtiva, estimular a resolução colaborativa de problemas 
e incentivar o processo decisório colaborativo.
Para desenvolver a equipe do projeto, são necessários o plano de geren-
ciamento do projeto, documentos do projeto, fatores ambientais da empresa, 
ativos e processos organizacionais (informações históricas e o registro de 
lições aprendidas).
Neste contexto, para o processo de desenvolvimento da equipe do projeto, 
de acordo com PMI (2017), você pode se utilizar de:
1. Agrupamento: envolve colocar os membros da equipe em um mesmo local, 
como uma sala de reuniões, por exemplo, para aprimorar sua capacidade 
de atuar em equipe, de forma temporária, em ocasiões estrategicamente 
importantes durante o projeto.
2. Equipes virtuais: a utilização de equipes virtuais pode proporcionar a 
otimização de recursos, como custos reduzidos, menores despesas com 
viagens e transferências, além de uma maior proximidade com clientes, 
fornecedor ou outras partes interessadas importantes.
3. Tecnologia de comunicações: são muito importantes no caso de desenvol-
vimento de equipes virtuais, especialmente quando trabalham em fusos 
horários diferentes, são exemplos de tecnologia da comunicação, portal 
compartilhado (website, software de colaboração ou intranet); videocon-
ferências; e-mail/mensagens instantâneas.
4. Habilidades interpessoais e de equipe: envolve o gerenciamento de con-
flitos, influência, motivação, negociação e a construção de equipes por 
meio de atividades que melhorem a relação social dentro da equipe, bus-
cando um ambiente de trabalho cooperativo e colaborativo.
5. Reconhecimento e recompensas: é parte do processo de desenvolvimento 
de equipe que envolve reconhecer e recompensar o comportamento dese-
jável, visando motivar a equipe.
6. Treinamento: inclui todas as atividades formais e informais que melho-
rem as competências da equipe do projeto.
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D A D E200
7. Avaliações individuais e da equipe: dá ao gestor do projeto os pontos for-
tes e fracos de forma individual, o que auxilia os gerentes do projeto a 
conhecer as preferências e aspirações das pessoas a fim de desenvolver 
estratégias para que a equipe se torne cada vez mais produtiva no decor-
rer do projeto.
8. Reuniões: são utilizadas para discutir ou abordar tópicos pertinentes para 
o desenvolvimento de equipes. Por exemplo: reuniões de construção e 
desenvolvimento de equipe.
Os resultados do processo de desenvolver equipe envolve avaliações do desempe-
nho da equipe, solicitações de mudança, atualizações do plano de gerenciamento 
do projeto, atualizações de documentos do projeto, atualizações nos fatores 
ambientais da empresa e atualizações de ativos e processos organizacionais 
(PMI, 2017).
GERENCIAR A EQUIPE DO PROJETO
Gerenciar a equipe do projeto requer diversas habilidades de gerenciamento 
e liderança, pois é o processo de acompanhar o desempenho das pessoas, 
resolver problemas, fornecer feedback e gerenciar mudanças para otimizar o 
desempenho do projeto (PMI, 2017). Cabe destacar que o gerente do projeto 
precisa ter sensibilidade com os membros da equipe para ajustar seu estilo 
de liderança. 
Para esse processo, você precisará ter como base o plano de gerenciamento 
do projeto (contém informações sobre o recurso do projeto e da equipe), 
documentos do projeto (registro de questões, lições aprendidas, designação 
e nomeação da equipe), relatório de desempenho do trabalho, avaliação do 
desempenho da equipe, fatores ambientais da empresa (políticas de gerencia-
mento de recursos humanos) e ativos e processos organizacionais (política de 
benefícios e reconhecimentos). 
Gerenciamento dos Recursos Humanos e Físicos do Projeto
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
201
Para o processo de gerenciar a equipe do projeto, você poderá se utilizar de 
habilidades interpessoais e de equipe. Além disso, existem sistemas de informa-
ções de gerenciamento de projetos (SIGP) como softwares para gerenciamento de 
recursos ou cronograma, que podem ser utilizados como ferramentas para geren-
ciar e coordenar os membros da equipe em atividades do projeto (PMI, 2017).
Cabe destacar que as habilidades interpessoais e de equipe utilizadas no 
processo de gerenciar a equipe do projeto, incluem o gerenciamento de confli-
tos, a tomada de decisões, a inteligência emocional, a influência e a liderança 
(PMI, 2017).
Em um ambiente de projetos, os conflitos são inevitáveis, visto que a origem 
inclue recursos escassos, estilos de trabalhos pessoais e prioridade no cronograma 
de trabalho. Assim, a definição de papéis dentro do projeto, um planejamento 
de comunicação e práticas sólidas de gerenciamento de projetos reduzem os 
conflitos. Nesta perspectiva, o êxito do gerenciamento do projeto depende da 
capacidade de solução de conflitos e das técnicas utilizadas pelo gerente de pro-
jetos para resolver conflitos, de acordo com o PMI (2017): 
 ■ Retirar ou evitar: recuar pode ser uma estratégia para adiar a questão até 
estar mais preparado para resolvê-la.
 ■ Suavizar ou acomodar: enfatizar áreas de acordos e não de diferenças, 
abrir mão da sua opinião em favor das dos outros, a fim de manter a har-
monia e os relacionamentos.
 ■ Ceder ou conciliar: encontrar soluções que tragam satisfação para todas 
as partes, o que leva a um Perde-Perde.
 ■ Forçar ou direcionar: forçar um ponto de vista à custa de outro, serve 
apenas para ser utilizada em situações de emergência, pois essa aborda-
gem leva ao Ganha-Perde.
 ■ Colaborar e resolver o problema: está relacionado com a capacidade de 
negociação do gerente de projetos que exige uma atitude colaborativa e 
diálogo aberto que conduz ao consenso e ao comprometimento, o que 
traz um Ganha-Ganha.
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D A D E202
A tomada de decisões neste contexto envolve a capacidade de negociar e influen-
ciar a equipe e a organização no gerenciamento de projetos. Assim, as diretrizes 
deste processo envolve considerar riscos, estimular a criatividade da equipe, ana-
lisar informações disponíveis, estudar os fatores ambientais, seguir um processo 
para tomada de decisões e foco nas metas que devem ser alcançadas (PMI, 2017).
A inteligência emocional está relacionada com a capacidade para identifi-
car, avaliar e gerenciar suas próprias emoções e as de outras pessoas. A equipe 
pode se utilizar desta ferramenta para reduzir tensão e aumentar a cooperação, 
por meio da identificação avaliação e controle dos sentimentos dos envolvidos 
no desenvolvimento do projeto (PMI, 2017).
A influência envolve a capacidade do gerente de projeto de influenciar as 
partes interessadas oportunamente, visando o êxito do projeto. Para isso, é neces-
sário capacidade de persuasão, articulação, alta capacidade para ouvir ativa e 
eficazmente, estar ciente e considerar diversas perspectivas em qualquer situa-
ção e coletar
informações relevantes para abordar questões e alcançar acordos, 
mantendo a confiança mútua (PMI, 2017).
A liderança em projetos de sucesso requer líderes com habilidades, capacida-
des e ações de liderar uma equipe e inspirá-la para trabalhar bem. Cabe destacar 
que a liderança é importante durante todo ciclo de vida do projeto (PMI, 2017).
As saídas do processo de gerenciar a equipe inclui: solicitação de mudanças, 
atualizações do plano de gerenciamento do projeto, atualizações de documentos 
do projeto e atualizações nos fatores ambientais da empresa.
Controlar recursos é o processo de garantir que os recursos estejam dispo-
níveis para equipe do projeto no momento de iniciar a atividade planejada, bem 
como monitorar a utilização planejada versus a real. Para isso, as ferramentas e 
técnicas para este processo incluem a análise de dados, solução de problemas, 
habilidades interpessoais e de equipe e sistema de informações de gerenciamento 
de projetos. Dentre as ferramentas a que mais se destaca é a análise de dados 
que incluem a análise das alternativas, análise de custo-benefício, análise de 
desempenho e análise de tendências. Não obstante, a ferramenta de solução de 
problema ajuda o gerente do projeto a identificar o problema, definir o problema, 
investigar, analisar, solucionar e verificar a solução. As habilidades interpesso-
ais e de equipe são uma ferramenta que incluem a utilização da negociação e a 
Considerações Finais
Re
pr
od
uç
ão
 p
ro
ib
id
a.
 A
rt
. 1
84
 d
o 
Có
di
go
 P
en
al
 e
 L
ei
 9
.6
10
 d
e 
19
 d
e 
fe
ve
re
iro
 d
e 
19
98
.
203
influência. Por fim, o software de gerenciamento de projetos pode auxiliar no 
gerenciamento de recursos ou cronograma (PMI, 2017). 
Aprendemos, nesta unidade, alguns conceitos iniciais sobre gestão de custos. 
E percebemos que gerenciar custos envolve conhecimentos que são caracterís-
ticos de cada setor ou organização, sendo importante consultar o contador da 
empresa em caso de dúvidas a respeito deste processo.
Além disso, aprendemos sobre a importância de gerenciar a qualidade do 
projeto e que plano de gerenciamento de qualidade descreve como que os envol-
vidos no projeto executarão as políticas de qualidade, para que, assim, satisfaça 
as necessidades das partes interessadas. Aprendemos, também, que o projeto é 
executado por pessoas e estas precisam ser gerenciadas, por meio de planeja-
mento efetivo.
Você pôde perceber que o gerente de projeto tem que ter uma capacidade 
de liderança e negociação, para que os interesses sejam atendidos de forma a 
não prejudicar os prazos, custos e qualidade do projeto. Sendo assim, o êxito do 
gerente de projetos está em conseguir solucionar os conflitos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a), vimos que é função do gerente de projeto coordenar os recur-
sos para que a execução do projeto aconteça conforme o planejado. Aprendemos 
que é sua função acompanhar variações ocorridas, por meio da análise de desem-
penho, dos itens do projeto inicialmente acordados.
Verificamos como funciona toda a parte de execução, monitoramento e con-
trole de custo, qualidade e recursos humanos e físicos, e que esses processos que 
são fatores críticos para o sucesso do projeto. Aprendemos que é importante que 
todos os envolvidos tenham uma clara definição dos objetivos do projeto, e que 
o plano seja detalhado e disponível para os envolvidos no projeto, e a equipe 
esteja engajada com projeto.
PMI - PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE – ÁREAS DE CONHECIMENTO II
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IVU N I D A D E204
Vimos que é função do(a) gerente de projetos certificar que as entregas este-
jam alinhadas com o escopo definido inicialmente, bem como a qualidade do 
trabalho que foi ou está sendo executado. Você aprendeu que, para um bom 
andamento do projeto, a equipe deve informar o(a) gerente do projeto sobre o 
desenvolvimento e o progresso de suas atividades. E que o(a) gerente do pro-
jeto é o(a) responsável por comunicar todo o processo de desenvolvimento para 
as partes interessadas.
Ensinamos que as ferramentas do processo de gerenciamento de recursos 
humanos e físicos tem como objetivo que os recursos estejam disponíveis para 
o projeto, no tempo certo e com qualidade prevista no escopo do projeto. Vimos 
que um dos fatores fundamentais para o sucesso do projeto é a pró-atividade do(a) 
gerente do projeto, bem como o engajamento da equipe. Aprendemos, assim, 
que o(a) gerente do projeto terá que ter uma grande capacidade de negociação, 
influência e motivação, entre os(as) integrantes da equipe de desenvolvimento.
Ainda, percebemos como o plano de gerenciamento de projetos é interativo, 
visto que, conforme o projeto vai avançando, as informações mais detalhadas 
vão aparecendo, o que normalmente exige a realização de mudanças.
205 
1. O planejamento da gestão de custo de um projeto é um processo de estabe-
lecer as políticas, os procedimentos e a documentação para o planejamento, 
gestão e controle dos custos do projeto. Assinale V para verdadeiro e F, para 
falso:
( ) Estimar custos é um processo necessário de desenvolvimento de uma esti-
mativa dos custos para terminar as atividades do projeto.
( ) Planejar custos é um processo desnecessário de desenvolvimento de esti-
mativa dos custos para terminar as atividades do projeto. 
( ) Determinar o orçamento é o processo de agregação dos custos estimados 
para estabelecer uma linha de base dos custos. 
( ) Planejar os custos é o processo de monitoramento do andamento do proje-
to para desatualizar seu orçamento e gerenciamento das mudanças.
 Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) V, F, V, F. 
b) V, F, F, V. 
c) V, V, V, V. 
d) F, F, F, V. 
e) V, V, F, V. 
2. O gerenciamento da qualidade busca garantir o sucesso do projeto. Usando 
procedimentos que determinem as políticas de qualidade, os objetivos e as 
responsabilidades, de forma que o projeto atenda às necessidades para as 
quais foi realizado. Assinale a alternativa correta.
a) A garantia da qualidade não envolve melhoria contínua. 
b) Controlar a qualidade é o processo de identificação dos requisitos.
c) Controlar a qualidade é a falta de medições do controle da qualidade.
d) Controlar a qualidade é o processo de documentação do projeto ou padrões 
de qualidade. 
e) O gerenciamento da qualidade é o processo que se faz necessário para ga-
rantir os requisitos pelo qual o projeto foi desenvolvido.
206 
3. Você como gestor de projetos precisa ter sensibilidade com os membros da 
equipe a fim de ser flexível com relação da liderança. Neste sentido, precisará 
buscar diversas habilidades a fim de resolver problemas e fornecer feedback, 
além de gerenciar mudanças visando otimizar o projeto. Com relação a geren-
ciar a equipe do projeto:
I. Para gerenciar a equipe do projeto, é necessário ter como base o plano de 
gerenciamento do projeto.
II. As habilidades interpessoais e de equipe são muito utilizadas no gerencia-
mento do projeto.
III. O gerente de projetos precisa ter capacidade de negociar e influenciar a 
equipe do projeto.
IV. Os conflitos não fazem parte de um ambiente de projetos.
Assinale a alternativa correta.
a) Estão corretas apenas as afirmativas I e II.
b) Estão corretas apenas as afirmativas I, II e III.
c) Estão corretas apenas as afirmativas III e VI.
d) Estão corretas apenas as afirmativas II e IV.
e) Estão corretas apenas as afirmativas I, II e IV.
4. Na área de gerenciamento de recursos humanos do projeto, não deve-se lidar 
com pessoas como se fossem mais um recurso do projeto. Contudo, para que 
haja sucesso no projeto é necessário que o gerente forme um time de forma 
organizada para durar alguns dias, meses ou anos. Diante disso, leia as afirma-
tivas que seguem.
I. Planejar o gerenciamento de pessoas é um processo de identificação e do-
cumentação de papéis, relações hierárquicas, responsabilidades, habilida-
des e criação

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Mais conteúdos dessa disciplina