Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá, prezado aluno! 
Tenho novidade para você. Ontem fui informado pelo Ponto de 
que a banca organizadora do Concurso será o Cespe. Portanto teremos que 
mudar o rumo desta “caminhada” até o MPU. A partir desta aula, 
trabalharemos apenas com questões do Cespe e observaremos o conteúdo 
programático de Língua Portuguesa que normalmente essa instituição define 
nos editais que elabora. Tal conteúdo está assim distribuído: 
Aula 2 – Emprego das classes de palavras; 
Aula 3 – Regência, crase e redação de correspondências oficiais 
Aula 4 – Sintaxe da oração e do período; texto (tipologia, 
compreensão e interpretação) 
Aula 5 – Pontuação e sintaxe de concordância. 
Assim sendo, hoje damos início à aula 2 deste curso de 
exercícios, em que falaremos sobre o emprego de classes gramaticais ou 
classes morfológicas. Ao todo, são dez. Umas variáveis e outras 
invariáveis. É importante fazermos uma síntese delas e de suas definições 
nesse primeiro momento. Eis abaixo um quadro-resumo: 
Classe gramatical Definição 
Substantivo 
É a palavra que nomeia os seres (pessoas, lugares,
instituições, animais, entes de natureza espiritual 
ou mitológica, etc.) 
Substantivo comum de 
dois números 
Tem a mesma forma para o singular e o plural: 
lápis, vírus, ônibus, mil-folhas. A diferença será 
estabelecida por meio de outro elemento 
linguístico: o lápis, os lápis, o vírus, os vírus 
etc. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 2
Substantivo comum de 
dois gêneros 
Apresenta uma só forma para ambos os gêneros. 
Efetua-se a distinção por meio do artigo ou de 
qualquer outro determinante. Exemplos: o/a 
colega, o/a agente, o/a lojista. 
Substantivo 
sobrecomum 
Possui uma só forma e um só gênero a fim de 
designar pessoas de ambos os sexos. Exemplos: a
pessoa, a vítima, a criança, o cônjuge, o
monstro. 
Substantivo epiceno 
Apresenta uma só forma e um só gênero a fim de 
designar animais de ambos os sexos. Usam-se as 
expressões “macho” e “fêmea” para fazer-se a 
distinção. Exemplos: a águia macho ou fêmea, a 
cobra macho ou fêmea, o crocodilo macho ou 
fêmea, o jacaré macho ou fêmea, etc. 
Artigo 
(definidos: o, a, os, 
as; indefinidos: um, 
uma, uns, umas) 
É a palavra que se antepõe ao substantivo, 
servindo basicamente para generalizar ou 
particularizar o sentido desse substantivo. Em 
alguns casos, o artigo é essencial na identificação
do gênero e do número do substantivo. Exemplos: 
Um aluno faltou à aula. / O aluno faltou à 
aula. – O gerente foi demitido. / A gerente foi 
demitida. – O pires quebrou. / Os pires 
quebraram. 
Adjetivo 
Palavra que se relaciona com o substantivo para lhe 
atribuir uma característica. Com ele concorda em 
número e gênero. Exemplos: mulher alta, livros 
bons, árvore alta, tapete novo etc. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 3
Adjetivo uniforme 
Mantém a mesma forma tanto quando se refere a 
substantivos masculinos quanto a femininos. 
Exemplos: Decisão favorável, parecer favorável, 
obra incrível, livro incrível, rapaz adorável, moça
adorável. 
Numeral 
É a palavra que indica a quantidade ou a posição
dos seres. Exemplos: dois, quinze, cem 
(cardinais); segundo, décimo quinto, centésimo
(ordinais); meio, um terço, um inteiro e treze 
avos (fracionários); dobro, triplo, quádruplo 
(multiplicativos). 
Advérbio 
É a palavra invariável que se refere a um verbo, um 
advérbio ou a um adjetivo, indicando uma 
circunstância (causa, tempo, modo, lugar etc.). 
Exemplos: Ele chegou cedo. (refere-se à forma 
verbal “chegou”, modificando-lhe o sentido). Você 
agiu bastante mal. (refere-se ao advérbio “mal”, 
intensificando-lhe o sentido). Essa é a atitude 
menos correta. (refere-se ao adjetivo “correta”, 
intensificando-lhe o sentido). 
Interjeição 
É a palavra invariável que exprime emoções ou que 
procura agir sobre o interlocutor, levando-o a 
adotar certo comportamento sem que se faça uso
de estruturas linguísticas mais elaboradas.
Exemplos: Ah! – Psiu! – Opa! – Eia! 
Preposição 
É a palavra invariável que conecta (liga) palavras 
ou orações. Exemplos: flor da boca da pele do
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 4
céu. – Vou à Roma de César. – O aluno pediu 
para sair mais cedo. 
Conjunção 
É a palavra invariável que une orações ou termos
de uma oração. No desempenho desse papel, a 
conjunção pode relacionar termos e orações 
sintaticamente equivalentes (as chamadas orações
coordenadas) ou relacionar uma oração principal a
uma oração que lhe é subordinada. Exemplos: 
Pedro e Paulo saíram. Pedro foi ao cinema, e 
Paulo foi ao teatro. É preciso que estudemos. 
Verbo 
É a palavra que designa um processo (ação, desejo,
estado, mudança de estado, fenômeno). É a classe
gramatical mais rica em variação de formas. Pode 
mudar para exprimir modo, tempo, pessoa, número 
e voz. No dicionário, são encontrados no modo 
infinitivo (entrar, comer, chover, comprar, ser, 
amanhecer), que é, por assim dizer, o nome do 
verbo. Exemplos: Ele estuda. (ação) /
Desejamos a classificação. (desejo) / Ele está
doente. (estado) / A lagarta virou borboleta. 
(mudança de estado) / Choveu forte. 
(fenômeno) 
Pronome 
Palavra que substitui o nome (pronome 
substantivo) ou que o acompanha (pronome 
adjetivo) para tornar claro o seu significado.
Existem seis classes de pronomes: 
Pessoal Indica diretamente as pessoas do discurso (no
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 5
singular ou no plural): 1ª pessoa: quem fala; 2ª 
pessoa: com quem se fala; 3ª pessoa: de quem se 
fala. Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Me, te,
se, lhe, o, a, nos, vos, se, lhes, os, as. Mim, 
comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, 
convosco. Também são pessoais os pronomes de 
tratamento: você, o senhor, a senhora, vossa 
senhoria, vossa excelência, etc. 
possessivo 
Refere-se às pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a 
posse de algo: Meu, minha, meus, minhas, 
nosso, nossa, nossos, nossas, teu, tua, teus, 
tuas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua, 
seus, suas. 
demonstrativo 
Indica a posição dos seres em relação às pessoas 
do discurso, situando-os no tempo e no espaço. 
1ª. Pessoa: Este, esta, estes, estas, isto. 
2ª. Pessoa: Esse, essa, esses, essas, isso. 
3ª. Pessoa: Aquele, aquela, aqueles, aquelas, 
aquilo. 
relativo 
É aquele que, em uma oração, se refere a um 
termo constante em oração anterior, chamado 
antecedente. Exemplo: O avião que chegou estava 
danificado. São pronomes relativos: que, quem, 
quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual,
a qual, os quais, as quais. 
indefinido 
Refere-se à terceira pessoa do discurso num 
sentido vago ou exprimido quantidade
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 6
indeterminada. Exemplos: Quem espera sempre 
alcança. Alguns podem flexionar-se em gênero e 
número. São pronomes indefinidos: algum,
alguns, nenhum, nenhuns, qualquer, 
quaisquer, ninguém, tudo, nada, algo etc. 
interrogativo 
É aquele usado para formular uma pergunta direta 
ou indireta: que, quem, qual, quanto. 
Tenho observado que bancas examinadoras como Cespe/UnB 
Esaf e FCC não se detêm, geralmente, nos questionamentos sobre a 
definição dessas classes. Antes, privilegiamo emprego delas no contexto em 
que estão inseridas e, consequentemente, o nexo semântico que 
estabelecem com o restante do período. 
Todavia, é a partir do conhecimento das definições que 
reuniremos subsídios para compreender o funcionamento de cada classe 
gramatical. Além disso, volto a dizer, um bom candidato não menospreza 
nenhuma banca examinadora, achando que ela é incapaz de exigir certo tipo 
de conhecimento durante a prova. Também não deve pensar que o nível do 
concurso no qual se inscreveu é tão alto que jamais cairá determinado tipo 
de questão. 
Nunca se esqueça de que as últimas provas elaboradas por uma 
mesma banca examinadora refletem apenas uma tendência a certo tipo de 
cobrança. Mas isso não quer dizer que ela está impedida de abordar de outra 
forma aquilo que prevê o edital. Aliás, o edital nem sempre expressa em 
detalhes o que se requer do candidato em termos de Língua Portuguesa. 
Portanto, intensifique seus estudos e amplie suas fontes de 
consulta. E no mais, mãos à obra! 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 7
(...) Às vezes quebravam só as cabeças e metiam nas urnas maços de 
cédulas. Estas cédulas eram depois apuradas com as outras, pela 
razão especiosa de que mais valia atribuir a um candidato algum 
pequeno saldo de votos que tirar-lhe os que deveras lhe foram dados
pela vontade soberana do país. 
Machado de Assis. “A semana”. In: Obra Completa, v. III. 
Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757. 
1. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) A expressão “lhe foram 
dados” pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período, ser 
substituída por foram dados a ele. 
Comentário – É importante notar que “lhe” é pronome oblíquo átono 
indicativo de terceira pessoa do discurso, refere-se anaforicamente ao 
substantivo “candidato” e completa o sentido da locução verbal “foram 
dados”. Em função de complemento verbal, lhe(s) desempenha função 
sintática de objeto indireto, diferentemente dos pronomes oblíquos átonos 
o(s) e a(s), que desempenham função sintática de objeto direto quando 
também completam sentido de verbo. Ele(s) e ela(s) são pronomes oblíquos 
tônicos que também indicam a terceira pessoa do discurso e, quando 
completam sentido de verbo, desempenham função de objeto indireto. O 
emprego da preposição “a” diante dele deve-se justamente pelo fato de ser 
tônico. Assim sendo, a substituição proposta pela banca examinadora não 
traz nenhum prejuízo gramatical ao período. 
Resposta – Item certo. 
1 A cidade estivera agitada por motivos de ordem 
técnica e politécnica. Outrossim, era a véspera da eleição de 
um senador para preencher a vaga do finado Aristides Lobo. 
4 Dous candidatos e dous partidos disputavam a palma com 
alma. Vá de rima; sempre é melhor que disputá-la a cacete, 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 8
cabeça ou navalha, como se usava antigamente. A garrucha 
7 era empregada no interior. Um dia, apareceu a Lei Saraiva, 
destinada a fazer eleições sinceras e sossegadas. Estas 
passaram a ser de um só grau. Oh! ainda agora me não 
10 esqueceram os discursos que ouvi, nem os artigos que li por 
esses tempos atrás pedindo a eleição direta! A eleição direta 
era a salvação pública. Muitos explicavam: direta e censitária. 
13 Eu, pobre rapaz sem experiência, ficava embasbacado quando 
ouvia dizer que todo o mal das eleições estava no método; 
mas, não tendo outra escola, acreditava que sim, e esperava 
16 a lei. 
A lei chegou. Assisti às suas estréias, e ainda me 
lembro que na minha seção ouviam-se voar as moscas. Um 
19 dos eleitores veio a mim e por sinais me fez compreender que 
estava entusiasmado com a diferença entre aquele sossego e 
os tumultos do outro método. Eu, também por sinais, achei 
22 que tinha razão, e contei-lhe algumas eleições antigas. Nisto 
o secretário começou a suspirar flebilmente os nomes dos 
eleitores. Presentes, posto que censitários, poucos. Os 
25 chamados iam na ponta dos pés até à urna, onde depositavam 
uma cédula, depois de examinada pelo presidente da mesa; 
em seguida assinavam silenciosamente os nomes na relação 
28 dos eleitores, saíam com as cautelas usadas em quarto de 
moribundo. A convicção é que se tinha achado a panacéia 
universal. 
Machado de Assis. Op. Cit., p. 706. 
2. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Em relação ao texto assinale 
a opção correta. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 9
a) A substituição de “estivera” (l. 1) por tinha estado prejudica a 
correção gramatical do período. 
b) Na expressão “contei-lhe” (l. 22), “lhe” exerce a função de objeto 
direto. 
Comentário – A forma verbal “tinha estado” indica tempo composto: 
pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo. O tempos compostos 
são formados pelos verbos auxiliares TER e HAVER seguidos de verbo 
principal no particípio. A tabela abaixo resume o processo de formação dos 
tempos compostos: 
MODOS TEMPOS COMPOSTOS 
indicativo 
pretérito 
perfeito (tenho/hei cantado) 
mais-que-perfeito (tinha/havia cantado) 
 
futuro 
do presente (terei/haverei cantado) 
do pretérito (teria/haveria cantado) 
subjuntivo 
pretérito
perfeito (tenha/haja cantado) 
mais-que-perfeito (tivesse/houvesse cantado) 
 
futuro (tiver/houver cantado) 
ATENÇÃO! Note que não há tempos compostos relativos ao presente e ao pretérito imperfeito, bem 
como ao modo imperativo. 
Portanto, a alteração de uma para outra forma não causará 
prejuízo à correção gramatical do período. 
A alternativa C traz um grave erro por afirmar que o pronome 
oblíquo átono “lhe” desempenha função sintática de objeto direto. Como já 
sabemos, esse pronome, ao completar sentido de verbo, só poderá fazê-lo 
como objeto indireto. 
Resposta – Itens errados. A alternativa correta não é nenhuma das duas 
que aqui foram analisadas; simplesmente por fugir ao objetivo desta aula, 
deixemo-la oculta. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 10
 Caro eleitor, 
1 Nos últimos meses, a campanha política mobilizou 
vivamente os brasileiros. No primeiro turno, foram 
alcançadas marcas extraordinárias: além do alto índice de 
4 comparecimento às urnas e de uma irrepreensível votação, 
em que tudo aconteceu de forma tranqüila e organizada, a 
apuração dos resultados foi rápida e segura, o que coloca o 
7 Brasil como modelo nessa área. 
Amanhã serão definidos os nomes do presidente da 
República e dos governadores de alguns estados. O país, 
10 mais do que nunca, conta com você. 
 (...) 
Ministro Marco Aurélio de Mello. Pronunciamento oficial. 
Internet: <www.tse.gov.br> 
3. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) A substituição da expressão 
“serão definidos” (l. 7) por definir-se-ão garante a correção 
gramatical do período. 
Comentário – Este item trata de um assunto mais conhecido como 
colocação pronominal (ou topologia pronominal). Em outras palavras, ele 
considera a posição ocupada pelos pronomes oblíquos átonos (ênclise; 
próclise; mesóclise), que variará em função de certas circunstâncias. 
Ênclise: o pronome oblíquo surge após o verbo e liga-se a 
ele por meio de hífen (Levante-se e lute.). É a tendência da Língua 
Portuguesa e só não ocorrerá se surgir um dos casos mencionados a seguir. 
Mesóclise: o pronome oblíquo átono é colocado no meio do 
verbo. Surge apenas com as formas verbais do futuro do presente e futuro 
do pretérito, desde que não haja nenhuma palavra atrativa que obrigue a 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVODO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 11
ocorrência de próclise (Amar-te-ei a vida inteira.). Em nosso país, mesmo 
com verbos conjugados no futuro do presente ou no futuro do pretérito, 
poderemos usar tanto a próclise quanto a mesóclise se o verbo não estiver 
no início da frase (Eu me lembrarei deste dia para sempre. ou Eu queixar-
me-ei de você.). 
Próclise: é a colocação do pronome oblíquo átono antes do 
verbo. Ocorrerá obrigatoriamente nos seguintes casos: 
a) Palavras de sentido negativo (Nunca se queixou de minhas manias.) 
b) Advérbios sem pausa (Aqui se estuda bastante.) 
c) Pronomes indefinidos (Alguém me ligou?) 
d) Pronomes interrogativos (Quem nos ajudará agora?) 
e) Pronomes relativos (A pessoa que te ligou não se identificou.) 
f) Conjunções subordinativas (Ele disse que o chamou de patriarca.) 
De acordo com essa explicação, a presença do advérbio 
“Amanhã” atrai o pronome oblíquo átono “se” e impede o surgimento de 
mesóclise em “definir-se-ão”. 
Resposta – Item errado. 
O terreno da ética é o próprio chão onde estão fincadas 
as bases de uma sociedade. Essa construção é feita todos 
os dias. Há algo de imaterial em todos os edifícios políticos. 
Eles não estão aí por obra divina. Precisam ser reforçados 
permanentemente, por meio de atos significativos em que as 
pessoas reconheçam o interesse público. É isso que mantém a 
ordem pública, e não somente, nem, sobretudo, a força policial. 
Se as pessoas deixam de acreditar em uma ética subjacente 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 12
ao dia-a-dia em um código de conduta que rege a ação dos 
políticos, pode-se prever que todo o edifício da sociedade estará 
 ameaçado. 
O Globo, 30/11/2006, p. 6 (com adaptações). 
4. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Acerca das relações lógico-
sintáticas textuais, as opções seguintes apresentam propostas de 
associação, mediante o emprego de conjunção, entre períodos 
sintáticos do texto acima. Assinale a opção que apresenta proposta de 
associação incorreta. 
 período conjunção período 
A primeiro e segundo 
B terceiro entretanto quarto 
C quarto conquanto quinto 
D quinto já que sexto 
Comentário – A alternativa A traz conjunção coordenativa aditiva cujo 
valor semântico, como o próprio nome já indica, é de adição. O vínculo 
estabelecido por essa conjunção entre os dois primeiros períodos mantém o 
enunciado correto, coeso e coerente, como podemos constatar: “O terreno 
da ética é o próprio chão onde estão fincadas as bases de uma sociedade e 
essa construção é feita todos os dias”. 
A conjunção “entretanto”, em B, confere ao enunciado que 
introduz valor semântico de oposição, adversidade. Notem a presença do 
vocábulo “imaterial” no terceiro período, contribuindo para o nexo 
adversativo em relação ao quarto período. 
Na alternativa C surge o problema: “conquanto” é conjunção 
subordinativa concessiva. A informação introduzida por ela deve servir de 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 13
obstáculo para a realização de algo, muito embora não seja suficiente para 
que esse algo se concretize. Entre o quarto e o quinto período não é 
observada tal relação semântica: “Eles não estão aí por obra divina. 
Precisam ser reforçados permanentemente, por meio de atos significativos 
em que as pessoas reconheçam o interesse público”. Estaria sem prejuízo 
gramatical a associação dos dois períodos por meio de uma conjunção 
conclusiva (portanto, por isso, logo). 
Não há problema algum em se proceder à articulação 
sugerida em D usando o conector “já que”, geralmente com valor semântico 
de causa. 
Resposta – C 
1 Geralmente, as oposições não gostam dos governos. 
Partido vencido contesta a eleição do vencedor, e partido 
vencedor é simultaneamente vencido, e vice-versa. Tentam-se 
4 acordos, dividindo os deputados; mas ninguém aceita 
minorias. No antigo regímen iniciou-se uma representação de 
minorias, para dar nas câmaras um recanto ao partido que 
7 estava de baixo. Não pegou bem — ou porque a porcentagem 
era pequena — ou porque a planta não tinha força bastante. 
Continuou praticamente o sistema da lavra única. 
10 (...) Sócrates aconselhava ao legislador que quando 
houvesse de legislar tivesse em vista a terra e os homens. Ora, 
os homens aqui amam o governo e a tribuna, gostam de 
13 propor, votar, discutir, atacar, defender e os demais verbos, e 
o partido que não folheia a gramática política acha 
naturalmente que já não há sintaxe; ao contrário, o que tem a 
16 gramática na mão julga a linguagem alheia obsoleta e 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 14
corrupta. O que estamos vendo é a impressão em dous 
exemplares da mesma gramática. 
Machado de Assis. A Semana. Obra completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 652-3. 
5. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Em relação ao texto, assinale a 
opção correta. 
a) A substituição de “Tentam-se” (l. 3) por São tentados prejudica a 
correção gramatical do período. 
b) O emprego do subjuntivo em “quando houvesse” (l. 10-11) justifica-se 
por compor uma afirmativa sobre uma ação já decorrida. 
Comentário – Certamente, a substituição de “Tentam-se” por São 
tentados não causa nenhum prejuízo ao período. Em “Tentam-se”, temos 
voz passiva sintética (também conhecida como voz passiva pronominal). 
Sua estrutura é caracterizada pela presença de verbo transitivo direto
seguido do pronome apassivador “se”. Em São tentados, ocorre também 
voz passiva. Mas agora a estrutura é outra: uma locução verbal formada 
pelo verbo auxiliar São e pelo verbo principal tentados. Chama-se voz 
passiva verbal ou analítica. 
Recordemos que são três as vozes verbais: ativa, passiva e 
reflexiva. Na ativa, o sujeito é o agente da ação verbal que recai sobre 
outro ser: João beijou a esposa. Na voz passiva, o sujeito sofre a ação 
verbal praticada por outro ser, que é conhecido como agente da passiva: 
João foi beijado pela esposa. Na voz reflexiva, o sujeito pratica ação verbal 
que recai sobre ele mesmo: João beijou-se. 
Na alternativa B, o emprego do subjuntivo em “quando 
houvesse” deve-se ao caráter condicional, hipotético de uma ação em vias 
de se concretizar. Portanto, “Sócrates” se refere a algo possível de acontecer 
em um futuro próximo, e não faz “uma afirmativa sobre uma ação já 
decorrida”. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 15
Resposta – Itens errados. Pelos motivos explicados, nem a alternativa A, 
nem a alternativa B foram o gabarito da questão. 
1 A função da oposição em uma sociedade democrática 
consiste em denunciar a corrupção, acompanhar as 
investigações e avaliar os projetos e iniciativas 
4 governamentais, propondo alternativas. A crítica, e não a 
adesão, é sua tarefa primordial. Se uma sociedade cessa de ter 
uma verdadeira oposição, ela caminha para uma solução 
7 autoritária. A governabilidade só existe verdadeiramente com 
uma oposição atuante, que sinalize os problemas existentes e 
discuta os seus encaminhamentos. 
Denis Lerrer Rosenfield. O Globo, 27/11/2006, p. 7 (com adaptações). 
6. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Em relação ao texto acima, 
assinale a opção correta. 
a) Entre os dois últimos períodos do texto, subentende-se uma relação 
sintática que pode ser expressa por Entretanto. 
b) O emprego do subjuntivo em “sinalize” (l. 8) e “discuta” (l. 9) 
justifica-se por compor um período de natureza explicativa. 
Comentário – A conjunçãoEntretanto integra o rol das conjunções 
coordenativas adversativas (porém, no entanto, todavia, mas etc.). Seu 
valor semântico estabelece uma relação de contrariedade, oposição entre as 
orações interligadas por ela. Não é esse o sentido notado entre os dois 
últimos períodos do texto. 
Os estudos sobre aspectos verbais não revelam a necessidade 
de orações explicativas trazerem seus verbos no modo subjuntivo. Verbos 
no modo subjuntivo comunicam fatos considerados hipotéticos, de realização 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 16
incerta ainda. Esse é ocaso do emprego de “sinalize” e de “discuta”. Ambos 
denotam ações possíveis de acontecerem. 
Resposta – Itens incorretos; é outro o gabarito da questão. 
7. (Cespe/TCU/ACE/2007) O emprego do futuro do presente do indicativo 
em "teremos" (L.6) indica que a preposição "em" (L.5), que precede 
"dez anos" (L.5), tem o sentido de daqui a. 
Comentário – O futuro de presente (“teremos”) é utilizado, entre outros 
motivos, para indicar fatos certos ou prováveis posteriores ao momento em 
que se fala. A afirmação de Al Gore está condicionada a “se nada for feito, 
em dez anos”. Percebe-se que a noção de futuro afeta a preposição “em”, 
que textualmente equivale à expressão daqui a (dez anos). 
Resposta – Item certo. 
1 Distraídos com a discussão sobre os índices de 
crescimento, deixamos de perceber que desenvolvimento é o 
processo contínuo pelo qual uma sociedade aprende a 
4 administrar realidades cada vez mais complexas. 
 (...) 
Rubens Ricupero. Folha de S.Paulo, 26/11/2006, p. B2 (com adaptações). 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 17
8. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) A substituição de “pelo qual” (l. 3) 
por cuja mantém a correção gramatical do período. 
Comentário – Antes de tudo, sugiro reescrever o período já com a 
alteração indicada no item: “Distraídos com a discussão sobre os índices de 
crescimento, deixamos de perceber que desenvolvimento é o processo 
contínuo cuja uma sociedade aprende a administrar realidades cada vez 
mais complexas”. É flagrante a inexistência de coesão textual na passagem 
da oração de verbo “ser” para a oração seguinte, causada pelo emprego do 
pronome relativo “cuja” desacompanhado de outras alterações necessárias. 
Não é possível substituir um pronome substantivo relativo (que, quem, o 
qual, quanto) por um pronome adjetivo relativo (cujo) Há ainda problemas 
quanto à correção gramatical, pois não se usa artigo diante desse pronome 
relativo. Tudo isso contribui para que o período se torne incoerente. 
Resposta – Item errado. 
 (...) 
Quando se trata de crescimento sustentado, a teoria 
7 econômica indica que o resultado positivo é fruto de dois 
tipos de ação: aumento da produtividade ou acumulação de 
capital (físico e humano). 
10 A elevação significativa da produtividade dos fatores 
de produção só será obtida com reformas institucionais 
profundas. Já o acúmulo de capital humano requer 
13 investimento em educação, cuja maturação é longa. 
Luiz Guilherme Schymura. Folha de S.Paulo, 1.º/12/2006 (com adaptações). 
9. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Assinale a opção incorreta acerca 
do texto acima. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 18
a) A substituição de “Já” (l. 12) pela expressão Por outro lado, seguida 
de vírgula, mantém a informação original do período. 
b) A substituição de “cuja” (l. 13) por a qual mantém a correção 
gramatical do período. 
Comentário – O vocábulo “Já”, no contexto a que pertence, denota 
simplesmente uma ressalva, uma observação. Esse também é o valor 
semântico da expressão Por outro lado. Portanto, a informação original do 
período é mantida com a substituição indicada na alternativa A. 
Em B, tem-se incorreção gramatical pelos motivos explicados 
no comentário à questão 7. 
Resposta – B 
10. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A ideia de continuidade no 
uso do transporte hidroviário é marcada, no texto, tanto pelo emprego 
da preposição "desde" (L.1) quanto pelo emprego da expressão verbal 
"tem sido usado" (L.1). 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 19
Comentário – Celso Cunha e Lindley Cintra nos ensinam que a preposição 
desde serve para indicar afastamento de um limite (quer em relação ao 
espaço, quer em relação ao tempo) em direção a outro, com insistência 
naquele. No texto, o limite inicial ou de origem é indicado pelo vocábulo 
“antiguidade”. A expressão “tem sido usado” exprime a voz passiva do verbo 
usar, que, auxiliado pelo pretérito imperfeito composto do verbo ser, indica 
ação durativa, não limitada no tempo. 
Resposta – Item certo. 
11. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A conjunção "e" (L.4) liga 
dois complementos para a expressão "É obvio" (L.3). 
Comentário – A conjunção “e” é aditiva e serve para ligar dois termos ou 
duas orações de idêntica função: Leonor e ele voltaram-se e desfaleceram. 
No texto, a conjunção em destaque conecta os verbos “otimizar e 
modernizar”, ambos complementos do substantivo transitivo “necessário”. 
Resposta – Item errado. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 20
12. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento do texto, a conquista dos 
"direitos invioláveis" (L.17) está associada a um processo gradativo e 
contínuo, como evidencia o emprego das preposições "desde" (L.17) e 
"até" (L.19). 
Comentário – Perceba como, no mesmo ano, o Cespe “brincou” com os 
valores semânticos da preposição essencial desde. As duas preposições 
mencionadas exprimem movimento em relação a dois limites. Enquanto a 
preposição desde enfatiza o afastamento (limite inicial, de origem), a 
preposição até sublinha a aproximação (limite final, de chegada). 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 21
Importa perceber a diferença existente entre a preposição 
até, que indica movimento, da palavra de forma idêntica, denotadora de 
inclusão: Tudo na vida engana, até a glória. 
Frise-se ainda que, com a preposição até, usam-se as 
formas oblíquas mim, ti etc.: Um grito chegou até mim. Se, porém, até 
denota inclusão – e equivale a mesmo, também, inclusive – constrói-se com 
a forma reta do pronome: ...E até eu já tive quem me oferecesse 
champanhe. 
Resposta – Item certo. 
13. (Cespe/TCU/AFCE/2009) A preposição "mediante" (L.1) estabelece 
relação de movimento entre "exercício do poder" (L.1) e "múltiplas 
dinâmicas" (L.1-2). 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 22
Comentário – O vocábulo “mediante” é uma preposição acidental. 
Esclareça-se ainda que a relação que se estabelece entre palavras por 
intermédio de preposição pode implicar movimento ou não movimento, 
melhor dizendo, pode exprimir um movimento ou uma situação daí 
resultante. No texto, essa preposição (que significa “por meio de”) afasta 
totalmente a noção de “movimento” e traduz a troco de que o “exercício do 
poder ocorre”. 
Resposta – Item errado 
14. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O desenvolvimento da argumentação permite 
que se insira o conectivo Logo, seguido de vírgula, imediatamente 
antes de "A política" (L.9), escrevendo-se o artigo com letra minúscula, 
sem prejuízo para a coerênciae a correção gramatical do texto. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 23
Comentário – A conjunção logo é conclusiva, como também o são pois, 
portanto, por conseguinte, por isso, assim. Ela serve para introduzir 
segmento de valor semântico conclusivo, consecutivo. Se foi dito 
anteriormente que “o exercício da política é coletivo”, é natural concluir-se 
que “A política é exercida sempre que as pessoas agem em conjunto”. 
É importante dizer que a inserção sugerida pelo Cespe 
realmente exige mudança na grafia inicial do artigo. Sempre que a banca 
propuser a você mudanças na estrutura de uma frase, observe se todas as 
adaptações estão sendo sugeridas. Caso contrário, o item estará errado. 
Resposta – Item certo 
15. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2008) O emprego das preposições 
em "da responsabilidade" (L.9) e "para a comunidade" (L.10) é exigido, 
respectivamente, por "preço" (L.8) e "dirigir" (L.9). 
Comentário – Uma questão semelhante caiu na prova da Antaq, em 2009, 
e foi resolvida anteriormente, lembra? Aqui, o termo “da responsabilidade” 
completa o sentido do nome “preço”, e o termo “para a comunidade” 
vincula-se ao verbo “dirigir”. Ambas as relações são articuladas por meio das 
preposições “da” e “para”, respectivamente. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 24
Resposta – Item certo 
16. (Cespe/STJ/Técnico Judiciário/2008) A organização das idéias do texto 
permite subentender um conectivo como No entanto ligando o período 
iniciado por "Os prazeres" (L.12) ao seu anterior. 
Comentário – Esse conectivo integra o rol das conjunções adversativas, 
aquelas que principiam segmento de valor semântico adversativo, de 
contraste, de oposição. Repare que, já no início do texto, o autor menciona a 
força “paradoxal” da economia. Se, por um lado, as pessoas assumem uma 
postura cautelosa se “preocupam com a estabilidade dos mercados 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 25
financeiros e da economia globalizada”, por outro, elas se tornam 
complacentes e se equivocam, por causa dos prazeres da prosperidade. 
Resposta – Item certo. 
17. (Cespe/Prefeitura de Ipojuca – PE/2009) A partir da conjunção "mas" 
(l.11), subentende-se da organização das ideias no texto que um 
"processo de longo prazo" (l.10-11) pode não dispor de "sólidas 
fundações" (l.11) antes de ser definitivo. 
Comentário – Já caminhando para a conclusão do texto, o autor afirma que 
a globalização é um processo lento. Apesar disso, ele (o processo) “já dispõe 
de sólidas fundações”. Pela ideia de contraste causada pelo uso da 
conjunção adversativa “mas”, percebe-se que a regra ou a consequência 
normal é esse processo não dispor dessas fundações. Em outras palavras, a 
globalização, que ainda não assumiu seu formato definitivo, pode não dispor 
de sólidas fundações (regra geral), mas essa dispõe (exceção à regra). 
Resposta – Item certo. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 26
18. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O conectivo "Então" (L.6) 
estabelece uma relação de tempo entre as idéias expressas em duas 
orações. 
Comentário – Textualmente, esse conectivo introduz segmento de caráter 
conclusivo. 
Resposta – Item errado 
19. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O emprego de "Em virtude disso" 
(L.9) mostra que, imediatamente antes do termo "o social" (L.10) está 
subtendida a preposição de, que, se fosse explicitada, teria de ser 
empregada sob a forma do. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 27
Comentário – A questão é fácil, mas é preciso ler atentamente a passagem. 
Nela, o termo “o social” complementa o sentido do nome “discussão”: 
“discussão sobre a filosofia e [discussão sobre] o social”. Nota-se, assim, o 
equívoco da alegação do Cespe. 
Resposta – Item errado 
20. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) Na linha 12, caso se 
deslocasse a conjunção "pois" para o início da oração, a coerência da 
argumentação seria preservada, desde que fossem retiradas as duas 
vírgulas que isolam essa palavra e que se fizessem os necessários 
ajustes nas letras maiúsculas e minúsculas. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 28
Comentário – Primeiramente, faça as transformações propostas pela 
banca: Pois tempo, espaço e matéria são ideias... O que acha? Quase tudo 
certo, quase tudo! O problema está na perda da ideia original. A conjunção 
pois utilizada entre vírgulas e após o verbo da oração que integra denota 
ideia conclusiva, tal como no texto original. O emprego dela no início da 
oração, como sugerido pela banca, reveste-a de valor semântico explicativo. 
Resposta – Item errado 
21. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) Devido à função que 
exerce na oração, a vírgula empregada depois de “sensações” (l.2) 
poderia ser substituída tanto pela conjunção e como pela conjunção ou, 
sem prejudicar a correção gramatical ou a coerência do texto. 
Comentário – Questão interessantíssima, pois conjugou pontuação com 
conjunção. 
Uma das atribuições da vírgula é separar palavras ou 
orações justapostas assindéticas – isso é o que nos ensina Cegalla (2008: 
428). Veja os exemplos que o gramático utiliza: “A terra, o mar, o céu, tudo 
apregoa a glória de Deus”. “Os passantes chegam, olham, perguntam e 
prosseguem”. 
Cunha e Cintra (2008:658) explicam que, no interior da 
oração, a vírgula serve para separar elementos que exercem a mesma 
função sintática (sujeito composto, complementos de verbos e nomes, 
adjuntos etc.), quando não vêm unidos pelas conjunções e, ou e nem: 
“Achava os homens declamadores, grosseiros, cansativos, pesados, frívolos, 
chulos, triviais” (Machado de Assis). 
Essas conjunções coordenativas costumam surgir no final 
do encadeamento: “Leonor voltou-se e desfaleceu” (Graciliano Ramos). 
Resposta – Item certo 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 29
22. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) Na organização das 
ideias no texto, o pronome “que” (l.14) retoma “nosso conhecimento 
das coisas” (l.13). 
Comentário – Ao substituir um termo antecedente, o que é classificado 
como pronome relativo. Perceba, entretanto, que a referência não é ao 
termo indicado pelo Cespe; mas sim ao termo “ideias” (linha 12 – note a 
ausência do acento agudo, em virtude novo Acordo). A banca quis distraí-lo 
com os termos surgidos entre o relativo e o seu verdadeiro antecedente: 
“ideias que penetram (...) e que evoluíram”. 
E já que estamos tratando também de conjunção, olha a 
conjunção aditiva “e” servindo de nexo entre as duas orações adjetivas: 
“que penetram (...) e que evoluíram”. 
Resposta – Item errado 
23. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) A expressão “No estado 
de repouso e de movimento dos objetos” (l.7) localiza onde se associam 
os “conceitos” referidos na linha 10. 
Comentário – A expressão apontada pela banca tem características de 
advérbio, pois exprime, de acordo com o contexto, a circunstância de lugar 
em que ocorre a associação referida. 
Resposta – Item certo 
“Penso que temos de refletir um pouco a respeito do que significa 
 democracia.” 
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º137, ano 12, jul./2009, p. 57 
24. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Preservam-se a correção gramatical e a 
coerência textual ao se optar pela determinação do substantivo 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 30
“respeito” (l.7), juntando-se o artigo definido à preposição “a”, 
escrevendo-se ao respeito. 
Comentário – Perceba que a expressão “a respeito de” equivale-se à 
preposição sobre: ...refletir um pouco sobre o que... A expressão é uma 
locução prepositiva e não deve ser considerada individualmente, como 
propõe o Cespe, ao sugerir a determinação do substantivo “respeito” por 
meio do artigo definido. Isso prejudica tanto a correção gramatical quanto a 
coerência do texto. 
Resposta – Item errado 
1 A visão do sujeito indivíduo — indivisível — 
pressupõe um caráter singular, único, racional e pensante em 
cada um de nós. Mas não há como pensar que existimos 
4 previamente a nossas relações sociais: nós nos fazemos em 
teias e tensões relacionais que conformarão nossas 
capacidades, de acordo com a sociedade em que vivemos. 
7 A sociologia trabalha com a concepção dessa relação entre 
o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe 
é: como nos fazemos e nos refazemos em nossas relações 
10 com as instituições e nas relações que estabelecemos com os 
outros? Não há, assim, uma visão de homem como uma 
unidade fechada em si mesma, como Homo clausus. 
13 Estaríamos envolvidos, constantemente, em tramas 
complexas de internalização do “exterior” e, também, de 
rejeição ou negociação próprias e singulares do “exterior”. 
16 As experiências que o homem vai adquirindo na relação com 
os outros são as que determinarão as suas aptidões, os seus 
gostos, as suas formas de agir. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 31
Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia. 
In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações). 
25. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Ao ligar dois períodos sintáticos, o 
conectivo “Mas” (l.3) introduz a oposição entre a ideia de um sujeito 
único e indivisível e a ideia de um sujeito moldado por teias de relações 
sociais. 
Comentário – O conetivo analisado integra o rol das conjunções 
coordenativas adversativas, que estabelecem uma ideia de contraste, de 
oposição entre os termos ou orações que relacionam. 
Também são conjunções coordenativas adversativas: 
porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto. 
Resposta – Item certo 
26. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 4, para se evitar a sequência 
“nós nos”, o pronome átono poderia ser colocado depois da forma 
verbal “fazemos”, sem que a correção gramatical do trecho fosse 
prejudicada, prescindindo-se de outras alterações gráficas. 
Comentário – Tratou-se aqui de colocação pronominal, especificamente de 
próclise (emprego do pronome oblíquo átono antes do verbo) e ênclise 
(emprego do pronome oblíquo átono depois do verbo). 
Não há problema na troca da posição do pronome “nos”, pois 
imediatamente antes dele não há nenhuma palavra atrativa (palavras de 
sentido negativo, advérbios sem pausa, conjunções subordinativas, 
pronomes relativos, conjunções coordenativas alternativas, pronomes e 
advérbios interrogativos, pronomes indefinidos etc.) que o “prenda” onde 
está. 
Entretanto, não é possível colocá-lo depois da forma verbal 
“fazemos” sem proceder às alterações necessárias. O pronome se unirá 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 32
ao verbo por meio do hífen. Além disso, os verbos em primeira pessoa do 
plural associados ao pronome nos perdem a letra final: assustamos + nos = 
assustam-nos; ferimos + nos = ferimo-nos; fazemos + nos = fazemo-nos. 
Que tal recordar a forma correta de juntar pronomes oblíquos 
átonos a verbos? 
 – me, te, se, lhe, lhes, o, a, os, as, nos, vos: 
a) associados a verbos terminados em –r, -s ou –z, e à 
palavra eis, os pronomes o, a, os, as assumem as 
antigas formas lo, la, los, las, caindo aquelas 
consoantes: Mandaram prendê-lo. / Ajudemo-la. / Fê-los
entrar. / Ei-lo aqui! 
b) associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, 
-em; -ão, -õe), os ditos pronomes tomam as forma no, 
na, nos, nas: Trazem-no. / Ajudavam-na. / Dão-nos de 
graça. / Põe-no aqui. 
Resposta – Item errado 
27. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O uso da forma verbal flexionada na 
primeira pessoa do plural “Estaríamos” (l.13) inclui autor e leitores no 
desenvolvimento da argumentação, de tal modo que seria coerente e 
gramaticalmente correto substituir “o homem vai adquirindo” (l.16) por 
vamos adquirindo, no período seguinte. 
Comentário – Tudo estava indo tão bem, mas... Quer ver? Substitua os 
termos como a banca sugere: As experiências que vamos adquirindo na 
relação com os outros são as que determinarão as suas aptidões, os seus 
gostos, as suas formas de agir. Agora repare que não há mais coesão entre 
o pronome “nós” (primeira pessoa do plural, sujeito implícito do verbo 
“vamos”) e os pronomes possessivos sublinhados, que correspondem à 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 33
terceira pessoa do discurso. Antes estava tudo correto, pois a referência era 
ao “homem”, ou seja, a ele (terceira pessoa). 
Resposta – Item errado 
1 O uso do espaço público nas grandes cidades é um 
desafio. Sobretudo porque algumas regras básicas de boa 
convivência não são respeitadas. Por exemplo, tentar sair de 
4 um vagão do metrô com a multidão do lado de fora querendo 
entrar a qualquer preço, sem esperar e dar passagem aos 
demais usuários. Ou andar por ruas sujas de lixo, com fezes 
7 de cachorro e cheiro de urina. São situações que transformam 
o convívio urbano em uma experiência ruim. (...) 
Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão. 
In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações). 
28. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na relação entre as ideias do texto, 
subentende-se ao imediatamente antes de “tentar” (l.3) e de “andar” 
(l.6); por isso, a inserção de ao nessas posições tornaria o texto mais 
claro, além de manter a sua correção gramatical. 
Comentário – A passagem é clara o bastante e não necessita desses 
elementos (combinação da preposição a com o artigo definido o). Os 
infinitivos verbais “tentar” e “andar” foram usados de maneira impessoal 
para exprimir fatos de modo geral, sem referi-los (os fatos) a um sujeito e, 
ainda, sem situá-los no tempo. O uso dos elementos propostos pela banca 
tornaria a passagem inconclusa, causaria no interlocutor a expectativa de 
um desfecho originado por algum agente. Sintaticamente, as orações 
iniciadas por esses verbos tornar-se-iam subordinadas (expressariam 
circunstâncias temporais – “quando tentam sair de um vagão”; “quando 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 34
andam por ruas sujas”) sendo que, na verdade, são independentes e se 
ligam, textualmente, à forma verbal “São”, presente no período seguinte. 
Resposta – Item errado 
 (...) 
As iniciativas são louváveis. Caso a população, 
16 porém, se sinta apenas punida ou obrigada a uma atitude, e 
não parte da comunidade, os benefícios não se tornarão duradouros. 
Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão. 
In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações 
29. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) A substituição de “Caso” (l.15) pela 
conjunção Se preservaria a correção gramatical da oração em que se 
insere, não demandaria outras modificações no trecho e respeitaria a 
função condicionaldessa oração. 
Comentário – Faça a modificação: Se a população, porém, se sinta apenas 
punida ou obrigada a uma atitude... Então, notou o problema? A conjunção 
substituta, ainda que preserve o caráter condicional da oração, não guarda 
coesão com o presente do subjuntivo do verbo sentir. Ela, na verdade, 
exige que o mesmo verbo se flexione no futuro de subjuntivo: Se a 
população, porém, se sentir... 
Resposta – Item errado 
 (...) 
Na rede social, as dinâmicas de poder não têm 
13 barreiras ou fronteiras: nós as vivemos a todo momento. 
Consequentemente, podemos ser comandados, submetidos 
ou programados em um vínculo, ou podemos comandá-lo 
16 para a realização de sua tarefa, e, assim, vivermos um novo 
 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de , vedada, por quaisquer
meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 35
papel social, que nos faz complementar, passivamente ou 
não, as regras políticas da situação em que nos encontramos. 
Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações 
humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações). 
30. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na organização da textualidade, é coerente 
subentender-se a noção de possibilidade, antes da forma verbal 
“vivermos” (l.16), inserindo-se podermos. 
Comentário – Veja como ficaria: “...e, assim, podermos vivermos...”. Que 
tal? Horrível, não é mesmo? Com a alteração, surge uma locução verbal. 
Nela o verbo principal – nuclear, de significação plena – é o último. O outro 
é seu auxiliar, desprovido total ou parcialmente de significação própria. As 
flexões de número, pessoa, modo e tempo ocorrem no verbo auxiliar. Já o 
verbo principal assume uma das formas nominais: gerúndio, infinitivo ou 
particípio: 
Estou estudando português. 
Há de haver uma solução para o caso. 
Um livro foi comprado por mim. 
Resposta – Item errado 
1 O termo groupthinking foi cunhado, na década de 
cinquenta, pelo sociólogo William H. Whyte, para explicar 
como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão, 
4 tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos. 
(...) 
Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta 
Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações). 
31. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Por estar empregada como uma forma de voz 
passiva, a locução verbal “foi cunhado” (l.1) corresponde a cunhou-se 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 36
e por esta forma pode ser substituída, sem prejuízo para a coerência ou 
para a correção gramatical do texto. 
Comentário – Está correta a correspondência apontada pelo Cespe, pois a 
voz é passiva, tanto no segmento original (voz passiva analítica ou verbal) 
quanto na forma sugerida (voz passiva sintética ou pronominal). A respeito 
da voz passiva, importa saber o que abaixo se segue. 
Voz passiva indica que o processo verbal foi sofrido pelo 
sujeito do verbo. 
Ex.: O Brasil foi descoberto por Cabral. (voz ativa) 
Cabral descobriu o Brasil. (voz ativa) 
ATENÇÃO! 1 – Observe que o SUJEITO da voz ativa (Cabral) torna-se 
AGENTE DA PASSIVA, assim como o OBJETO DIRETO da voz ativa (o Brasil) 
torna-se SUJEITO da voz passiva. 
2 – Entretanto, quando o SUJEITO da voz ativa for 
INDETERMINADO, na voz passiva não haverá AGENTE DA PASSIVA. 
Ex.: Resolveram as questões. – voz ativa com sujeito 
indeterminado. 
As questões foram resolvidas. (ou Resolveram-se as 
questões.) – voz passiva sem agente da passiva. 
3 – A voz passiva pode ser dividida em verbal ou analítica e 
pronominal ou sintética. 
Ex.: Aquelas crianças foram abandonadas. – verbo auxiliar + 
verbo principal no particípio = analítica. 
Abandonaram-se aquelas crianças. – verbo TRANSITIVO 
DIRETO + pronome SE = sintética. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 37
Agora considere o seguinte trecho: “(...) Pacientes afetados pela 
síndrome ultrapassaram muito a ‘fronteira da adaptabilidade às demandas’ 
(...)”. Novamente, vamos treinar a transformação da voz ativa para a 
passiva. 
VOZ ATIVA VOZ PASIVA 
Sujeito 
Pacientes 
afetados pela 
síndrome 
Agente da 
passiva 
pelos pacientes 
afetados pela 
síndrome 
Verbo transitivo 
direto 
ultrapassaram (o 
que?) 
Locução verbal 
(voz passiva 
analítica) 
foi ultrapassada 
Objeto direto 
a fronteira da 
adaptabilidade às 
demandas 
Sujeito paciente 
A fronteira da 
adaptabilidade às 
demandas 
Há ainda alguns cuidados a respeito das vozes passiva e ativa: 
a) Ficou-se feliz com o resultado. – verbo de LIGAÇÂO + SE = 
sujeito indeterminado voz ativa 
b) Vive-se bem neste lugar. – verbo INTRASITIVO + SE = 
sujeito indeterminado voz ativa 
c) Precisa-se de professores. – verbo TRANSITVO INDIRETO 
+ SE = sujeito indeterminado voz ativa 
d) Ama-se a Deus. Verbo TRANSITIVO DIRETO + SE + 
OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO = sujeito indeterminado voz ativa 
e) Toda voz passiva sintética (formada com o pronome SE) 
não possui agente da passiva. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 38
Assim sendo, não é possível a substituição que a banca sugere, 
pois o termo “pelo sociólogo William H. Whyte” exerce a função de agente 
da passiva, o qual não é utilizado com a voz passiva sintética. 
Resposta – Item errado 
(...) O voto, nas eleições, é modo de 
expressão do consentimento dos cidadãos, para que o poder 
13 seja exercido em seu nome, para que as leis sejam elaboradas 
e executadas de modo legítimo. A expressão do 
consentimento periódico por meio do voto, em qualquer dos 
16 níveis de governo, é essencial para que o Estado 
constitucional perdure e seja sempre capaz de proteger os 
direitos inerentes às pessoas. 
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência 
& Vida. São Paulo: Escala, ano III, n.º 27, p. 42-3 (com adaptações). 
32. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O uso do modo subjuntivo em “perdure” (l.17) 
e “seja” (l.17), em orações sintaticamente independentes, deve-se ao 
valor semântico do subjuntivo para expressar a ideia de desejo ou 
vontade, que, no caso, aplica-se à função do “Estado” (l.16). 
Comentário – Uma sopa de letrinhas! O emprego do subjuntivo não se 
deve a orações sintaticamente independentes. O valor semântico dele não 
denota desejo ou vontade; isso é expresso, geralmente, por orações 
optativas (Que Deus o abençoe! Espero que tudo te vá bem!). Então, o que 
exprime o subjuntivo? Esse modo indica ocorrência provável, possível, 
hipotética, duvidosa. No texto, o emprego dele se justifica por circunscrever 
o processo verbal no campo semântico da possibilidade e o afastar da 
certeza caracterísitica do modo indicativo. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 39
Uma dica: é comum os verbos conjugados no modo 
subjuntivo virem antecedidos pelas conjunções que, caso e embora e por 
advérbios que exprimem dúvida (talvez, possivelmente etc.) Às vezes, é de 
fato a conjunção que obriga o uso do verbo no modo subjuntivo, mesmo 
sem a aparente ideia de possibilidade, incerteza. 
Resposta – Item errado 
1 Assistimos à dissolução dos discursos 
homogeneizantes e totalizantes da ciência e da cultura. Não 
existe narração ou gênero do discurso capaz de dar um 
4 traçado único, um horizonte de sentido unitário da 
experiência da vida, da cultura, da ciência ou dasubjetividade. Há histórias, no plural; o mundo tornou-se 
7 intensamente complexo e as respostas não são diretas nem 
estáveis. Mesmo que não possamos olhar de um curso único 
para a história, os projetos humanos têm um assentamento 
10 inicial que já permite abrir o presente para a construção de 
futuros possíveis. Tornar-se um ser humano consiste em 
participar de processos sociais compartilhados, nos quais 
13 emergem significados, sentidos, coordenações e conflitos. 
A complexidade dos problemas desarticula-se e, 
precisamente por essa razão, torna-se necessária uma 
16 reordenação intelectual que nos habilite a pensar a 
 complexidade. 
Dora Fried Schnitman. Introdução: ciência, cultura e subjetividade. In: Dora Fried 
Schnitman (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade, p. 17 (com adaptações). 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 40
33. (Cespe/ABIN/Oficial de Inteligência/2008) A relação que a oração 
iniciada por “e as respostas” (l.7) mantém com a anterior mostra que a 
função da conjunção “e” corresponde à função de por isso. 
Comentário – Uma conjunção e também a oração a que pertence devem 
ser classificadas de acordo com o sentido que exprimem no contexto em que 
se inserem. No texto, a conjunção “e” inicia oração que estabelece com a 
anterior uma relação de causa e efeito, em que uma é decorrente da outra, 
uma nos faz concluir a outra. Sendo mais preciso, a oração “e as respostas 
não são diretas nem estáveis” expressa a conclusão, a dedução ou a 
consequência do que se declara anteriormente: “o mundo tornou-se 
intensamente complexo”. Assim sendo, a conjunção “e” equivale-se à 
conjunção conclusiva por isso. 
Observe outros exemplos: Sofrem duras privações e não se 
queixam. “Quis dizer mais alguma coisa e não pode.” (Jorge Amado). Nos 
dois casos, a conjunção “e” tem claro valor adversativo (= mas). 
Resposta – Item certo 
34. (Cespe/ABIN/Oficial de Inteligência/2008) O uso da preposição em, no 
termo “nos quais” (l.12), indica que a expressão nominal “processos 
sociais compartilhados” (l.12) está empregada como a circunstância de 
lugar da emergência dos “significados” (l.13), não como o agente de 
sua origem. 
Comentário – Primeiramente, é necessário reconhecer que, na expressão 
“nos quais”, existe realmente a presença da preposição “em”, que se 
contraiu com o “o” que integra o pronome relativo “o qual” (em + o = no). 
Em seguida, é interessante frisar que as preposições, ao 
contrário do que alguns pensam, trazem valores semânticos consigo: posse, 
modo, lugar, causa, fim etc. Só para exemplificar o que disse e ajudar você 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 41
a entender o que vou dizer, note a ideia de lugar comunicada pela 
preposição “em” na simples frase Moro em Brasília. 
Agora, é fundamental perceber as relações de significados 
entre os argumentos do texto. Na aludida passagem, não só “significados”, 
mas também “sentidos, coordenações e conflitos” emergem nos “processos 
sociais compartilhados”. 
Resposta – Item certo 
35. (Cespe/ABIN/Oficial de Inteligência/2008) No segundo parágrafo, as 
duas ocorrências do pronome se, em “desarticula-se” e “torna-se”, 
marcam a impessoalidade da linguagem empregada no texto por meio 
da indeterminação do sujeito. 
Comentário – O que o Cespe quis dizer com “impessoalidade da linguagem 
empregada”? Simplesmente que as formas verbais “desarticular-se” e 
“tornar-se” não possuem um sujeito específico a quem podem ser atribuídas 
as noções expressas por elas. Perceba que a banca usou a expressão 
“indeterminação do sujeito”. Isso não faz sentido. Os sujeitos dos dois 
verbos estão bem claros e determinados na passagem: “A complexidade dos 
problemas” e “uma reordenação intelectual”, respectivamente. Se você ficou 
com dúvida no papel do “se” que acompanha esses verbos, saiba que no 
primeiro caso ele é pronome apassivador, acompanha verbo transitivo 
direto; no segundo é parte integrante do verbo (de ligação). 
Releia o comentário da questão 31 e confirme os casos em 
que o SE ajuda a indeterminar o sujeito. Cuidado com o caso descrito na 
letra “a”. Lá, perceba, não é possível saber quem ficou feliz, o fato não pode 
ser atribuído a ninguém realmente, ao contrário do que ocorre em relação 
ao verbo de ligação “tornar-se”. O que se tornou necessária? Eis a resposta 
(e o sujeito do verbo): “uma reordenação intelectual” 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 42
Resposta – Item errado 
Muito bem, por hoje é só. Ficarei aguardando as dúvidas, 
sugestões e os comentários. Não deixe de interagir. O êxito deste curso 
também depende da sua participação. 
Na próxima aula, estudaremos regência, crase e redação de 
correspondências oficiais. Até lá! 
Professor Albert Iglésia 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 43
QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
(...) Às vezes quebravam só as cabeças e metiam nas urnas maços de 
cédulas. Estas cédulas eram depois apuradas com as outras, pela 
razão especiosa de que mais valia atribuir a um candidato algum 
pequeno saldo de votos que tirar-lhe os que deveras lhe foram dados
pela vontade soberana do país. 
Machado de Assis. “A semana”. In: Obra Completa, v. III. 
Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757. 
1. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) A expressão “lhe foram 
dados” pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período, ser 
substituída por foram dados a ele. 
1 A cidade estivera agitada por motivos de ordem 
técnica e politécnica. Outrossim, era a véspera da eleição de 
um senador para preencher a vaga do finado Aristides Lobo. 
4 Dous candidatos e dous partidos disputavam a palma com 
alma. Vá de rima; sempre é melhor que disputá-la a cacete, 
cabeça ou navalha, como se usava antigamente. A garrucha 
7 era empregada no interior. Um dia, apareceu a Lei Saraiva, 
destinada a fazer eleições sinceras e sossegadas. Estas 
passaram a ser de um só grau. Oh! ainda agora me não 
10 esqueceram os discursos que ouvi, nem os artigos que li por 
esses tempos atrás pedindo a eleição direta! A eleição direta 
era a salvação pública. Muitos explicavam: direta e censitária. 
13 Eu, pobre rapaz sem experiência, ficava embasbacado quando 
ouvia dizer que todo o mal das eleições estava no método; 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 44
mas, não tendo outra escola, acreditava que sim, e esperava 
16 a lei. 
A lei chegou. Assisti às suas estréias, e ainda me 
lembro que na minha seção ouviam-se voar as moscas. Um 
19 dos eleitores veio a mim e por sinais me fez compreender que 
estava entusiasmado com a diferença entre aquele sossego e 
os tumultos do outro método. Eu, também por sinais, achei 
22 que tinha razão, e contei-lhe algumas eleições antigas. Nisto 
o secretário começou a suspirar flebilmente os nomes dos 
eleitores. Presentes, posto que censitários, poucos. Os 
25 chamados iam na ponta dos pés até à urna, onde depositavam 
uma cédula, depois de examinada pelo presidente da mesa; 
em seguida assinavam silenciosamente os nomes na relação 
28 dos eleitores, saíam com as cautelas usadas em quarto de 
moribundo. A convicção é que se tinha achado a panacéia 
universal. 
Machado de Assis. Op. Cit., p. 706. 
2. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Em relação ao texto assinale 
a opção correta. 
a) A substituição de “estivera” (l. 1) por tinha estado prejudicaa 
correção gramatical do período. 
b) Na expressão “contei-lhe” (l. 22), “lhe” exerce a função de objeto 
direto. 
 Caro eleitor, 
1 Nos últimos meses, a campanha política mobilizou 
vivamente os brasileiros. No primeiro turno, foram 
alcançadas marcas extraordinárias: além do alto índice de 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 45
4 comparecimento às urnas e de uma irrepreensível votação, 
em que tudo aconteceu de forma tranqüila e organizada, a 
apuração dos resultados foi rápida e segura, o que coloca o 
7 Brasil como modelo nessa área. 
Amanhã serão definidos os nomes do presidente da 
República e dos governadores de alguns estados. O país, 
10 mais do que nunca, conta com você. 
 (...) 
Ministro Marco Aurélio de Mello. Pronunciamento oficial. 
Internet: <www.tse.gov.br> 
3. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) A substituição da expressão 
“serão definidos” (l. 7) por definir-se-ão garante a correção gramatical 
do período. 
O terreno da ética é o próprio chão onde estão fincadas 
as bases de uma sociedade. Essa construção é feita todos 
os dias. Há algo de imaterial em todos os edifícios políticos. 
Eles não estão aí por obra divina. Precisam ser reforçados 
permanentemente, por meio de atos significativos em que as 
pessoas reconheçam o interesse público. É isso que mantém a 
ordem pública, e não somente, nem, sobretudo, a força policial. 
Se as pessoas deixam de acreditar em uma ética subjacente 
ao dia-a-dia em um código de conduta que rege a ação dos 
políticos, pode-se prever que todo o edifício da sociedade estará 
 ameaçado. 
O Globo, 30/11/2006, p. 6 (com adaptações). 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 46
4. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Acerca das relações lógico-
sintáticas textuais, as opções seguintes apresentam propostas de 
associação, mediante o emprego de conjunção, entre períodos 
sintáticos do texto acima. Assinale a opção que apresenta proposta de 
associação incorreta. 
 período conjunção período 
A primeiro e segundo 
B terceiro entretanto quarto 
C quarto conquanto quinto 
D quinto já que sexto 
1 Geralmente, as oposições não gostam dos governos. 
Partido vencido contesta a eleição do vencedor, e partido 
vencedor é simultaneamente vencido, e vice-versa. Tentam-se 
4 acordos, dividindo os deputados; mas ninguém aceita 
minorias. No antigo regímen iniciou-se uma representação de 
minorias, para dar nas câmaras um recanto ao partido que 
7 estava de baixo. Não pegou bem — ou porque a porcentagem 
era pequena — ou porque a planta não tinha força bastante. 
Continuou praticamente o sistema da lavra única. 
10 (...) Sócrates aconselhava ao legislador que quando 
houvesse de legislar tivesse em vista a terra e os homens. Ora, 
os homens aqui amam o governo e a tribuna, gostam de 
13 propor, votar, discutir, atacar, defender e os demais verbos, e 
o partido que não folheia a gramática política acha 
naturalmente que já não há sintaxe; ao contrário, o que tem a 
16 gramática na mão julga a linguagem alheia obsoleta e 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 47
corrupta. O que estamos vendo é a impressão em dous 
exemplares da mesma gramática. 
Machado de Assis. A Semana. Obra completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 652-3. 
5. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Em relação ao texto, assinale a 
opção correta. 
a) A substituição de “Tentam-se” (l. 3) por São tentados prejudica a 
correção gramatical do período. 
b) O emprego do subjuntivo em “quando houvesse” (l. 10-11) justifica-se 
por compor uma afirmativa sobre uma ação já decorrida. 
1 A função da oposição em uma sociedade democrática 
consiste em denunciar a corrupção, acompanhar as 
investigações e avaliar os projetos e iniciativas 
4 governamentais, propondo alternativas. A crítica, e não a 
adesão, é sua tarefa primordial. Se uma sociedade cessa de ter 
uma verdadeira oposição, ela caminha para uma solução 
7 autoritária. A governabilidade só existe verdadeiramente com 
uma oposição atuante, que sinalize os problemas existentes e 
discuta os seus encaminhamentos. 
Denis Lerrer Rosenfield. O Globo, 27/11/2006, p. 7 (com adaptações). 
6. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Em relação ao texto acima, 
assinale a opção correta. 
a) Entre os dois últimos períodos do texto, subentende-se uma relação 
sintática que pode ser expressa por Entretanto. 
b) O emprego do subjuntivo em “sinalize” (l. 8) e “discuta” (l. 9) 
justifica-se por compor um período de natureza explicativa. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 48
7. (Cespe/TCU/ACE/2007) O emprego do futuro do presente do indicativo 
em "teremos" (L.6) indica que a preposição "em" (L.5), que precede 
"dez anos" (L.5), tem o sentido de daqui a. 
1 Distraídos com a discussão sobre os índices de 
crescimento, deixamos de perceber que desenvolvimento é o 
processo contínuo pelo qual uma sociedade aprende a 
4 administrar realidades cada vez mais complexas. 
 (...) 
Rubens Ricupero. Folha de S.Paulo, 26/11/2006, p. B2 (com adaptações). 
8. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) A substituição de “pelo qual” (l. 3) 
por cuja mantém a correção gramatical do período. 
 (...) 
Quando se trata de crescimento sustentado, a teoria 
7 econômica indica que o resultado positivo é fruto de dois 
tipos de ação: aumento da produtividade ou acumulação de 
capital (físico e humano). 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 49
10 A elevação significativa da produtividade dos fatores 
de produção só será obtida com reformas institucionais 
profundas. Já o acúmulo de capital humano requer 
13 investimento em educação, cuja maturação é longa. 
Luiz Guilherme Schymura. Folha de S.Paulo, 1.º/12/2006 (com adaptações). 
9. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Assinale a opção incorreta acerca 
do texto acima. 
a) A substituição de “Já” (l. 12) pela expressão Por outro lado, seguida 
de vírgula, mantém a informação original do período. 
b) A substituição de “cuja” (l. 13) por a qual mantém a correção 
gramatical do período. 
10. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A ideia de continuidade no 
uso do transporte hidroviário é marcada, no texto, tanto pelo emprego 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 50
da preposição "desde" (L.1) quanto pelo emprego da expressão verbal 
"tem sido usado" (L.1). 
11. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A conjunção "e" (L.4) liga 
dois complementos para a expressão "É obvio" (L.3). 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 51
12. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento do texto, a conquista dos 
"direitos invioláveis" (L.17) está associada a um processo gradativo e 
contínuo, como evidencia o emprego das preposições "desde" (L.17) e 
"até" (L.19). 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 52
13. (Cespe/TCU/AFCE/2009) A preposição "mediante" (L.1) estabelece 
relação de movimento entre "exercício do poder" (L.1) e "múltiplas 
dinâmicas" (L.1-2). 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPUPROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 53
14. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O desenvolvimento da argumentação permite 
que se insira o conectivo Logo, seguido de vírgula, imediatamente 
antes de "A política" (L.9), escrevendo-se o artigo com letra minúscula, 
sem prejuízo para a coerência e a correção gramatical do texto. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 54
15. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2008) O emprego das preposições 
em "da responsabilidade" (L.9) e "para a comunidade" (L.10) é exigido, 
respectivamente, por "preço" (L.8) e "dirigir" (L.9). 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 55
16. (Cespe/STJ/Técnico Judiciário/2008) A organização das idéias do texto 
permite subentender um conectivo como No entanto ligando o período 
iniciado por "Os prazeres" (L.12) ao seu anterior. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 56
17. (Cespe/Prefeitura de Ipojuca – PE/2009) A partir da conjunção "mas" 
(l.11), subentende-se da organização das ideias no texto que um 
"processo de longo prazo" (l.10-11) pode não dispor de "sólidas 
fundações" (l.11) antes de ser definitivo. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 57
18. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O conectivo "Então" (L.6) 
estabelece uma relação de tempo entre as idéias expressas em duas 
orações. 
19. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O emprego de "Em virtude disso" 
(L.9) mostra que, imediatamente antes do termo "o social" (L.10) está 
subtendida a preposição de, que, se fosse explicitada, teria de ser 
empregada sob a forma do. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 58
20. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economista/2009) Na linha 12, caso se 
deslocasse a conjunção "pois" para o início da oração, a coerência da 
argumentação seria preservada, desde que fossem retiradas as duas 
vírgulas que isolam essa palavra e que se fizessem os necessários 
ajustes nas letras maiúsculas e minúsculas. 
21. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) Devido à função que 
exerce na oração, a vírgula empregada depois de “sensações” (l.2) 
poderia ser substituída tanto pela conjunção e como pela conjunção ou, 
sem prejudicar a correção gramatical ou a coerência do texto. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 59
22. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) Na organização das 
ideias no texto, o pronome “que” (l.14) retoma “nosso conhecimento 
das coisas” (l.13). 
23. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) A expressão “No estado 
de repouso e de movimento dos objetos” (l.7) localiza onde se associam 
os “conceitos” referidos na linha 10. 
“Penso que temos de refletir um pouco a respeito do que significa 
democracia.” 
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 
24. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Preservam-se a correção gramatical e a 
coerência textual ao se optar pela determinação do substantivo 
“respeito” (l.7), juntando-se o artigo definido à preposição “a”, 
escrevendo-se ao respeito. 
1 A visão do sujeito indivíduo — indivisível — 
pressupõe um caráter singular, único, racional e pensante em 
cada um de nós. Mas não há como pensar que existimos 
4 previamente a nossas relações sociais: nós nos fazemos em 
teias e tensões relacionais que conformarão nossas 
capacidades, de acordo com a sociedade em que vivemos. 
7 A sociologia trabalha com a concepção dessa relação entre 
o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe 
é: como nos fazemos e nos refazemos em nossas relações 
10 com as instituições e nas relações que estabelecemos com os 
outros? Não há, assim, uma visão de homem como uma 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 60
unidade fechada em si mesma, como Homo clausus. 
13 Estaríamos envolvidos, constantemente, em tramas 
complexas de internalização do “exterior” e, também, de 
rejeição ou negociação próprias e singulares do “exterior”. 
16 As experiências que o homem vai adquirindo na relação com 
os outros são as que determinarão as suas aptidões, os seus 
gostos, as suas formas de agir. 
Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia. 
In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações). 
25. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Ao ligar dois períodos sintáticos, o 
conectivo “Mas” (l.3) introduz a oposição entre a ideia de um sujeito 
único e indivisível e a ideia de um sujeito moldado por teias de relações 
sociais. 
26. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 4, para se evitar a sequência 
“nós nos”, o pronome átono poderia ser colocado depois da forma 
verbal “fazemos”, sem que a correção gramatical do trecho fosse 
prejudicada, prescindindo-se de outras alterações gráficas. 
27. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O uso da forma verbal flexionada na 
primeira pessoa do plural “Estaríamos” (l.13) inclui autor e leitores no 
desenvolvimento da argumentação, de tal modo que seria coerente e 
gramaticalmente correto substituir “o homem vai adquirindo” (l.16) por 
vamos adquirindo, no período seguinte. 
1 O uso do espaço público nas grandes cidades é um 
desafio. Sobretudo porque algumas regras básicas de boa 
convivência não são respeitadas. Por exemplo, tentar sair de 
 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de , vedada, por quaisquer
meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à
responsabilização civil e criminal.
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 61
4 um vagão do metrô com a multidão do lado de fora querendo 
entrar a qualquer preço, sem esperar e dar passagem aos 
demais usuários. Ou andar por ruas sujas de lixo, com fezes 
7 de cachorro e cheiro de urina. São situações que transformam 
o convívio urbano em uma experiência ruim. (...) 
Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão. 
In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações). 
28. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na relação entre as ideias do texto, 
subentende-se ao imediatamente antes de “tentar” (l.3) e de “andar” 
(l.6); por isso, a inserção de ao nessas posições tornaria o texto mais 
claro, além de manter a sua correção gramatical. 
 (...) 
As iniciativas são louváveis. Caso a população, 
16 porém, se sinta apenas punida ou obrigada a uma atitude, e 
não parte da comunidade, os benefícios não se tornarão duradouros. 
Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão. 
In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações 
29. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) A substituição de “Caso” (l.15) pela 
conjunção Se preservaria a correção gramatical da oração em que se 
insere, não demandaria outras modificações no trecho e respeitaria a 
função condicional dessa oração. 
 (...) 
Na rede social, as dinâmicas de poder não têm 
13 barreiras ou fronteiras: nós as vivemos a todo momento. 
Consequentemente, podemos ser comandados, submetidos 
ou programados em um vínculo, ou podemos comandá-lo 
 
O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de , vedada, por quaisquer
meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratoresà
responsabilização civil e criminal.
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 62
16 para a realização de sua tarefa, e, assim, vivermos um novo 
papel social, que nos faz complementar, passivamente ou 
não, as regras políticas da situação em que nos encontramos. 
Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações 
humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações). 
30. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na organização da textualidade, é coerente 
subentender-se a noção de possibilidade, antes da forma verbal 
“vivermos” (l.16), inserindo-se podermos. 
1 O termo groupthinking foi cunhado, na década de 
cinquenta, pelo sociólogo William H. Whyte, para explicar 
como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão, 
4 tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos. 
(...) 
Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta 
Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações). 
31. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Por estar empregada como uma forma de voz 
passiva, a locução verbal “foi cunhado” (l.1) corresponde a cunhou-se 
e por esta forma pode ser substituída, sem prejuízo para a coerência ou 
para a correção gramatical do texto. 
(...) O voto, nas eleições, é modo de 
expressão do consentimento dos cidadãos, para que o poder 
13 seja exercido em seu nome, para que as leis sejam elaboradas 
e executadas de modo legítimo. A expressão do 
consentimento periódico por meio do voto, em qualquer dos 
16 níveis de governo, é essencial para que o Estado 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 63
constitucional perdure e seja sempre capaz de proteger os 
direitos inerentes às pessoas. 
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência 
& Vida. São Paulo: Escala, ano III, n.º 27, p. 42-3 (com adaptações). 
32. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O uso do modo subjuntivo em “perdure” (l.17) 
e “seja” (l.17), em orações sintaticamente independentes, deve-se ao 
valor semântico do subjuntivo para expressar a ideia de desejo ou 
vontade, que, no caso, aplica-se à função do “Estado” (l.16). 
33. (Cespe/ABIN/Oficial de Inteligência/2008) A relação que a oração 
iniciada por “e as respostas” (l.7) mantém com a anterior mostra que a 
função da conjunção “e” corresponde à função de por isso. 
34. (Cespe/ABIN/Oficial de Inteligência/2008) O uso da preposição em, no 
termo “nos quais” (l.12), indica que a expressão nominal “processos 
sociais compartilhados” (l.12) está empregada como a circunstância de 
lugar da emergência dos “significados” (l.13), não como o agente de 
sua origem. 
35. (Cespe/ABIN/Oficial de Inteligência/2008) No segundo parágrafo, as 
duas ocorrências do pronome se, em “desarticula-se” e “torna-se”, 
marcam a impessoalidade da linguagem empregada no texto por meio 
da indeterminação do sujeito. 
 
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS 
ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA 
AULA 2 
www.pontodosconcursos.com.br 64
GABARITO DAS QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
1. Item certo 
2. Item errado 
3. Item errado 
4. C 
5. Itens errados 
6. Itens incorretos 
7. Item certo 
8. Item errado 
9. B 
10. Item certo 
11. Item errado 
12. Item certo 
13. Item errado 
14. Item certo 
15. Item certo 
16. Item certo 
17. Item certo 
18. Item errado 
19. Item errado 
20. Item errado 
21. Item certo 
22. Item errado 
23. Item certo 
24. Item errado 
25. Item certo 
26. Item errado 
27. Item errado 
28. Item errado 
29. Item errado 
30. Item errado 
31. Item errado 
32. Item errado 
33. Item certo 
34. Item certo 
35. Item errado

Mais conteúdos dessa disciplina