Prévia do material em texto
CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá, prezado aluno! Tenho novidade para você. Ontem fui informado pelo Ponto de que a banca organizadora do Concurso será o Cespe. Portanto teremos que mudar o rumo desta “caminhada” até o MPU. A partir desta aula, trabalharemos apenas com questões do Cespe e observaremos o conteúdo programático de Língua Portuguesa que normalmente essa instituição define nos editais que elabora. Tal conteúdo está assim distribuído: Aula 2 – Emprego das classes de palavras; Aula 3 – Regência, crase e redação de correspondências oficiais Aula 4 – Sintaxe da oração e do período; texto (tipologia, compreensão e interpretação) Aula 5 – Pontuação e sintaxe de concordância. Assim sendo, hoje damos início à aula 2 deste curso de exercícios, em que falaremos sobre o emprego de classes gramaticais ou classes morfológicas. Ao todo, são dez. Umas variáveis e outras invariáveis. É importante fazermos uma síntese delas e de suas definições nesse primeiro momento. Eis abaixo um quadro-resumo: Classe gramatical Definição Substantivo É a palavra que nomeia os seres (pessoas, lugares, instituições, animais, entes de natureza espiritual ou mitológica, etc.) Substantivo comum de dois números Tem a mesma forma para o singular e o plural: lápis, vírus, ônibus, mil-folhas. A diferença será estabelecida por meio de outro elemento linguístico: o lápis, os lápis, o vírus, os vírus etc. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 2 Substantivo comum de dois gêneros Apresenta uma só forma para ambos os gêneros. Efetua-se a distinção por meio do artigo ou de qualquer outro determinante. Exemplos: o/a colega, o/a agente, o/a lojista. Substantivo sobrecomum Possui uma só forma e um só gênero a fim de designar pessoas de ambos os sexos. Exemplos: a pessoa, a vítima, a criança, o cônjuge, o monstro. Substantivo epiceno Apresenta uma só forma e um só gênero a fim de designar animais de ambos os sexos. Usam-se as expressões “macho” e “fêmea” para fazer-se a distinção. Exemplos: a águia macho ou fêmea, a cobra macho ou fêmea, o crocodilo macho ou fêmea, o jacaré macho ou fêmea, etc. Artigo (definidos: o, a, os, as; indefinidos: um, uma, uns, umas) É a palavra que se antepõe ao substantivo, servindo basicamente para generalizar ou particularizar o sentido desse substantivo. Em alguns casos, o artigo é essencial na identificação do gênero e do número do substantivo. Exemplos: Um aluno faltou à aula. / O aluno faltou à aula. – O gerente foi demitido. / A gerente foi demitida. – O pires quebrou. / Os pires quebraram. Adjetivo Palavra que se relaciona com o substantivo para lhe atribuir uma característica. Com ele concorda em número e gênero. Exemplos: mulher alta, livros bons, árvore alta, tapete novo etc. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 3 Adjetivo uniforme Mantém a mesma forma tanto quando se refere a substantivos masculinos quanto a femininos. Exemplos: Decisão favorável, parecer favorável, obra incrível, livro incrível, rapaz adorável, moça adorável. Numeral É a palavra que indica a quantidade ou a posição dos seres. Exemplos: dois, quinze, cem (cardinais); segundo, décimo quinto, centésimo (ordinais); meio, um terço, um inteiro e treze avos (fracionários); dobro, triplo, quádruplo (multiplicativos). Advérbio É a palavra invariável que se refere a um verbo, um advérbio ou a um adjetivo, indicando uma circunstância (causa, tempo, modo, lugar etc.). Exemplos: Ele chegou cedo. (refere-se à forma verbal “chegou”, modificando-lhe o sentido). Você agiu bastante mal. (refere-se ao advérbio “mal”, intensificando-lhe o sentido). Essa é a atitude menos correta. (refere-se ao adjetivo “correta”, intensificando-lhe o sentido). Interjeição É a palavra invariável que exprime emoções ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que se faça uso de estruturas linguísticas mais elaboradas. Exemplos: Ah! – Psiu! – Opa! – Eia! Preposição É a palavra invariável que conecta (liga) palavras ou orações. Exemplos: flor da boca da pele do CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 4 céu. – Vou à Roma de César. – O aluno pediu para sair mais cedo. Conjunção É a palavra invariável que une orações ou termos de uma oração. No desempenho desse papel, a conjunção pode relacionar termos e orações sintaticamente equivalentes (as chamadas orações coordenadas) ou relacionar uma oração principal a uma oração que lhe é subordinada. Exemplos: Pedro e Paulo saíram. Pedro foi ao cinema, e Paulo foi ao teatro. É preciso que estudemos. Verbo É a palavra que designa um processo (ação, desejo, estado, mudança de estado, fenômeno). É a classe gramatical mais rica em variação de formas. Pode mudar para exprimir modo, tempo, pessoa, número e voz. No dicionário, são encontrados no modo infinitivo (entrar, comer, chover, comprar, ser, amanhecer), que é, por assim dizer, o nome do verbo. Exemplos: Ele estuda. (ação) / Desejamos a classificação. (desejo) / Ele está doente. (estado) / A lagarta virou borboleta. (mudança de estado) / Choveu forte. (fenômeno) Pronome Palavra que substitui o nome (pronome substantivo) ou que o acompanha (pronome adjetivo) para tornar claro o seu significado. Existem seis classes de pronomes: Pessoal Indica diretamente as pessoas do discurso (no CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 5 singular ou no plural): 1ª pessoa: quem fala; 2ª pessoa: com quem se fala; 3ª pessoa: de quem se fala. Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, se, lhes, os, as. Mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, convosco. Também são pessoais os pronomes de tratamento: você, o senhor, a senhora, vossa senhoria, vossa excelência, etc. possessivo Refere-se às pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a posse de algo: Meu, minha, meus, minhas, nosso, nossa, nossos, nossas, teu, tua, teus, tuas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua, seus, suas. demonstrativo Indica a posição dos seres em relação às pessoas do discurso, situando-os no tempo e no espaço. 1ª. Pessoa: Este, esta, estes, estas, isto. 2ª. Pessoa: Esse, essa, esses, essas, isso. 3ª. Pessoa: Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. relativo É aquele que, em uma oração, se refere a um termo constante em oração anterior, chamado antecedente. Exemplo: O avião que chegou estava danificado. São pronomes relativos: que, quem, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual, a qual, os quais, as quais. indefinido Refere-se à terceira pessoa do discurso num sentido vago ou exprimido quantidade CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 6 indeterminada. Exemplos: Quem espera sempre alcança. Alguns podem flexionar-se em gênero e número. São pronomes indefinidos: algum, alguns, nenhum, nenhuns, qualquer, quaisquer, ninguém, tudo, nada, algo etc. interrogativo É aquele usado para formular uma pergunta direta ou indireta: que, quem, qual, quanto. Tenho observado que bancas examinadoras como Cespe/UnB Esaf e FCC não se detêm, geralmente, nos questionamentos sobre a definição dessas classes. Antes, privilegiamo emprego delas no contexto em que estão inseridas e, consequentemente, o nexo semântico que estabelecem com o restante do período. Todavia, é a partir do conhecimento das definições que reuniremos subsídios para compreender o funcionamento de cada classe gramatical. Além disso, volto a dizer, um bom candidato não menospreza nenhuma banca examinadora, achando que ela é incapaz de exigir certo tipo de conhecimento durante a prova. Também não deve pensar que o nível do concurso no qual se inscreveu é tão alto que jamais cairá determinado tipo de questão. Nunca se esqueça de que as últimas provas elaboradas por uma mesma banca examinadora refletem apenas uma tendência a certo tipo de cobrança. Mas isso não quer dizer que ela está impedida de abordar de outra forma aquilo que prevê o edital. Aliás, o edital nem sempre expressa em detalhes o que se requer do candidato em termos de Língua Portuguesa. Portanto, intensifique seus estudos e amplie suas fontes de consulta. E no mais, mãos à obra! CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 7 (...) Às vezes quebravam só as cabeças e metiam nas urnas maços de cédulas. Estas cédulas eram depois apuradas com as outras, pela razão especiosa de que mais valia atribuir a um candidato algum pequeno saldo de votos que tirar-lhe os que deveras lhe foram dados pela vontade soberana do país. Machado de Assis. “A semana”. In: Obra Completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757. 1. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) A expressão “lhe foram dados” pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período, ser substituída por foram dados a ele. Comentário – É importante notar que “lhe” é pronome oblíquo átono indicativo de terceira pessoa do discurso, refere-se anaforicamente ao substantivo “candidato” e completa o sentido da locução verbal “foram dados”. Em função de complemento verbal, lhe(s) desempenha função sintática de objeto indireto, diferentemente dos pronomes oblíquos átonos o(s) e a(s), que desempenham função sintática de objeto direto quando também completam sentido de verbo. Ele(s) e ela(s) são pronomes oblíquos tônicos que também indicam a terceira pessoa do discurso e, quando completam sentido de verbo, desempenham função de objeto indireto. O emprego da preposição “a” diante dele deve-se justamente pelo fato de ser tônico. Assim sendo, a substituição proposta pela banca examinadora não traz nenhum prejuízo gramatical ao período. Resposta – Item certo. 1 A cidade estivera agitada por motivos de ordem técnica e politécnica. Outrossim, era a véspera da eleição de um senador para preencher a vaga do finado Aristides Lobo. 4 Dous candidatos e dous partidos disputavam a palma com alma. Vá de rima; sempre é melhor que disputá-la a cacete, CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 8 cabeça ou navalha, como se usava antigamente. A garrucha 7 era empregada no interior. Um dia, apareceu a Lei Saraiva, destinada a fazer eleições sinceras e sossegadas. Estas passaram a ser de um só grau. Oh! ainda agora me não 10 esqueceram os discursos que ouvi, nem os artigos que li por esses tempos atrás pedindo a eleição direta! A eleição direta era a salvação pública. Muitos explicavam: direta e censitária. 13 Eu, pobre rapaz sem experiência, ficava embasbacado quando ouvia dizer que todo o mal das eleições estava no método; mas, não tendo outra escola, acreditava que sim, e esperava 16 a lei. A lei chegou. Assisti às suas estréias, e ainda me lembro que na minha seção ouviam-se voar as moscas. Um 19 dos eleitores veio a mim e por sinais me fez compreender que estava entusiasmado com a diferença entre aquele sossego e os tumultos do outro método. Eu, também por sinais, achei 22 que tinha razão, e contei-lhe algumas eleições antigas. Nisto o secretário começou a suspirar flebilmente os nomes dos eleitores. Presentes, posto que censitários, poucos. Os 25 chamados iam na ponta dos pés até à urna, onde depositavam uma cédula, depois de examinada pelo presidente da mesa; em seguida assinavam silenciosamente os nomes na relação 28 dos eleitores, saíam com as cautelas usadas em quarto de moribundo. A convicção é que se tinha achado a panacéia universal. Machado de Assis. Op. Cit., p. 706. 2. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Em relação ao texto assinale a opção correta. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 9 a) A substituição de “estivera” (l. 1) por tinha estado prejudica a correção gramatical do período. b) Na expressão “contei-lhe” (l. 22), “lhe” exerce a função de objeto direto. Comentário – A forma verbal “tinha estado” indica tempo composto: pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo. O tempos compostos são formados pelos verbos auxiliares TER e HAVER seguidos de verbo principal no particípio. A tabela abaixo resume o processo de formação dos tempos compostos: MODOS TEMPOS COMPOSTOS indicativo pretérito perfeito (tenho/hei cantado) mais-que-perfeito (tinha/havia cantado) futuro do presente (terei/haverei cantado) do pretérito (teria/haveria cantado) subjuntivo pretérito perfeito (tenha/haja cantado) mais-que-perfeito (tivesse/houvesse cantado) futuro (tiver/houver cantado) ATENÇÃO! Note que não há tempos compostos relativos ao presente e ao pretérito imperfeito, bem como ao modo imperativo. Portanto, a alteração de uma para outra forma não causará prejuízo à correção gramatical do período. A alternativa C traz um grave erro por afirmar que o pronome oblíquo átono “lhe” desempenha função sintática de objeto direto. Como já sabemos, esse pronome, ao completar sentido de verbo, só poderá fazê-lo como objeto indireto. Resposta – Itens errados. A alternativa correta não é nenhuma das duas que aqui foram analisadas; simplesmente por fugir ao objetivo desta aula, deixemo-la oculta. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 10 Caro eleitor, 1 Nos últimos meses, a campanha política mobilizou vivamente os brasileiros. No primeiro turno, foram alcançadas marcas extraordinárias: além do alto índice de 4 comparecimento às urnas e de uma irrepreensível votação, em que tudo aconteceu de forma tranqüila e organizada, a apuração dos resultados foi rápida e segura, o que coloca o 7 Brasil como modelo nessa área. Amanhã serão definidos os nomes do presidente da República e dos governadores de alguns estados. O país, 10 mais do que nunca, conta com você. (...) Ministro Marco Aurélio de Mello. Pronunciamento oficial. Internet: <www.tse.gov.br> 3. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) A substituição da expressão “serão definidos” (l. 7) por definir-se-ão garante a correção gramatical do período. Comentário – Este item trata de um assunto mais conhecido como colocação pronominal (ou topologia pronominal). Em outras palavras, ele considera a posição ocupada pelos pronomes oblíquos átonos (ênclise; próclise; mesóclise), que variará em função de certas circunstâncias. Ênclise: o pronome oblíquo surge após o verbo e liga-se a ele por meio de hífen (Levante-se e lute.). É a tendência da Língua Portuguesa e só não ocorrerá se surgir um dos casos mencionados a seguir. Mesóclise: o pronome oblíquo átono é colocado no meio do verbo. Surge apenas com as formas verbais do futuro do presente e futuro do pretérito, desde que não haja nenhuma palavra atrativa que obrigue a CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVODO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 11 ocorrência de próclise (Amar-te-ei a vida inteira.). Em nosso país, mesmo com verbos conjugados no futuro do presente ou no futuro do pretérito, poderemos usar tanto a próclise quanto a mesóclise se o verbo não estiver no início da frase (Eu me lembrarei deste dia para sempre. ou Eu queixar- me-ei de você.). Próclise: é a colocação do pronome oblíquo átono antes do verbo. Ocorrerá obrigatoriamente nos seguintes casos: a) Palavras de sentido negativo (Nunca se queixou de minhas manias.) b) Advérbios sem pausa (Aqui se estuda bastante.) c) Pronomes indefinidos (Alguém me ligou?) d) Pronomes interrogativos (Quem nos ajudará agora?) e) Pronomes relativos (A pessoa que te ligou não se identificou.) f) Conjunções subordinativas (Ele disse que o chamou de patriarca.) De acordo com essa explicação, a presença do advérbio “Amanhã” atrai o pronome oblíquo átono “se” e impede o surgimento de mesóclise em “definir-se-ão”. Resposta – Item errado. O terreno da ética é o próprio chão onde estão fincadas as bases de uma sociedade. Essa construção é feita todos os dias. Há algo de imaterial em todos os edifícios políticos. Eles não estão aí por obra divina. Precisam ser reforçados permanentemente, por meio de atos significativos em que as pessoas reconheçam o interesse público. É isso que mantém a ordem pública, e não somente, nem, sobretudo, a força policial. Se as pessoas deixam de acreditar em uma ética subjacente CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 12 ao dia-a-dia em um código de conduta que rege a ação dos políticos, pode-se prever que todo o edifício da sociedade estará ameaçado. O Globo, 30/11/2006, p. 6 (com adaptações). 4. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Acerca das relações lógico- sintáticas textuais, as opções seguintes apresentam propostas de associação, mediante o emprego de conjunção, entre períodos sintáticos do texto acima. Assinale a opção que apresenta proposta de associação incorreta. período conjunção período A primeiro e segundo B terceiro entretanto quarto C quarto conquanto quinto D quinto já que sexto Comentário – A alternativa A traz conjunção coordenativa aditiva cujo valor semântico, como o próprio nome já indica, é de adição. O vínculo estabelecido por essa conjunção entre os dois primeiros períodos mantém o enunciado correto, coeso e coerente, como podemos constatar: “O terreno da ética é o próprio chão onde estão fincadas as bases de uma sociedade e essa construção é feita todos os dias”. A conjunção “entretanto”, em B, confere ao enunciado que introduz valor semântico de oposição, adversidade. Notem a presença do vocábulo “imaterial” no terceiro período, contribuindo para o nexo adversativo em relação ao quarto período. Na alternativa C surge o problema: “conquanto” é conjunção subordinativa concessiva. A informação introduzida por ela deve servir de CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 13 obstáculo para a realização de algo, muito embora não seja suficiente para que esse algo se concretize. Entre o quarto e o quinto período não é observada tal relação semântica: “Eles não estão aí por obra divina. Precisam ser reforçados permanentemente, por meio de atos significativos em que as pessoas reconheçam o interesse público”. Estaria sem prejuízo gramatical a associação dos dois períodos por meio de uma conjunção conclusiva (portanto, por isso, logo). Não há problema algum em se proceder à articulação sugerida em D usando o conector “já que”, geralmente com valor semântico de causa. Resposta – C 1 Geralmente, as oposições não gostam dos governos. Partido vencido contesta a eleição do vencedor, e partido vencedor é simultaneamente vencido, e vice-versa. Tentam-se 4 acordos, dividindo os deputados; mas ninguém aceita minorias. No antigo regímen iniciou-se uma representação de minorias, para dar nas câmaras um recanto ao partido que 7 estava de baixo. Não pegou bem — ou porque a porcentagem era pequena — ou porque a planta não tinha força bastante. Continuou praticamente o sistema da lavra única. 10 (...) Sócrates aconselhava ao legislador que quando houvesse de legislar tivesse em vista a terra e os homens. Ora, os homens aqui amam o governo e a tribuna, gostam de 13 propor, votar, discutir, atacar, defender e os demais verbos, e o partido que não folheia a gramática política acha naturalmente que já não há sintaxe; ao contrário, o que tem a 16 gramática na mão julga a linguagem alheia obsoleta e CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 14 corrupta. O que estamos vendo é a impressão em dous exemplares da mesma gramática. Machado de Assis. A Semana. Obra completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 652-3. 5. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Em relação ao texto, assinale a opção correta. a) A substituição de “Tentam-se” (l. 3) por São tentados prejudica a correção gramatical do período. b) O emprego do subjuntivo em “quando houvesse” (l. 10-11) justifica-se por compor uma afirmativa sobre uma ação já decorrida. Comentário – Certamente, a substituição de “Tentam-se” por São tentados não causa nenhum prejuízo ao período. Em “Tentam-se”, temos voz passiva sintética (também conhecida como voz passiva pronominal). Sua estrutura é caracterizada pela presença de verbo transitivo direto seguido do pronome apassivador “se”. Em São tentados, ocorre também voz passiva. Mas agora a estrutura é outra: uma locução verbal formada pelo verbo auxiliar São e pelo verbo principal tentados. Chama-se voz passiva verbal ou analítica. Recordemos que são três as vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva. Na ativa, o sujeito é o agente da ação verbal que recai sobre outro ser: João beijou a esposa. Na voz passiva, o sujeito sofre a ação verbal praticada por outro ser, que é conhecido como agente da passiva: João foi beijado pela esposa. Na voz reflexiva, o sujeito pratica ação verbal que recai sobre ele mesmo: João beijou-se. Na alternativa B, o emprego do subjuntivo em “quando houvesse” deve-se ao caráter condicional, hipotético de uma ação em vias de se concretizar. Portanto, “Sócrates” se refere a algo possível de acontecer em um futuro próximo, e não faz “uma afirmativa sobre uma ação já decorrida”. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 15 Resposta – Itens errados. Pelos motivos explicados, nem a alternativa A, nem a alternativa B foram o gabarito da questão. 1 A função da oposição em uma sociedade democrática consiste em denunciar a corrupção, acompanhar as investigações e avaliar os projetos e iniciativas 4 governamentais, propondo alternativas. A crítica, e não a adesão, é sua tarefa primordial. Se uma sociedade cessa de ter uma verdadeira oposição, ela caminha para uma solução 7 autoritária. A governabilidade só existe verdadeiramente com uma oposição atuante, que sinalize os problemas existentes e discuta os seus encaminhamentos. Denis Lerrer Rosenfield. O Globo, 27/11/2006, p. 7 (com adaptações). 6. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Em relação ao texto acima, assinale a opção correta. a) Entre os dois últimos períodos do texto, subentende-se uma relação sintática que pode ser expressa por Entretanto. b) O emprego do subjuntivo em “sinalize” (l. 8) e “discuta” (l. 9) justifica-se por compor um período de natureza explicativa. Comentário – A conjunçãoEntretanto integra o rol das conjunções coordenativas adversativas (porém, no entanto, todavia, mas etc.). Seu valor semântico estabelece uma relação de contrariedade, oposição entre as orações interligadas por ela. Não é esse o sentido notado entre os dois últimos períodos do texto. Os estudos sobre aspectos verbais não revelam a necessidade de orações explicativas trazerem seus verbos no modo subjuntivo. Verbos no modo subjuntivo comunicam fatos considerados hipotéticos, de realização CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 16 incerta ainda. Esse é ocaso do emprego de “sinalize” e de “discuta”. Ambos denotam ações possíveis de acontecerem. Resposta – Itens incorretos; é outro o gabarito da questão. 7. (Cespe/TCU/ACE/2007) O emprego do futuro do presente do indicativo em "teremos" (L.6) indica que a preposição "em" (L.5), que precede "dez anos" (L.5), tem o sentido de daqui a. Comentário – O futuro de presente (“teremos”) é utilizado, entre outros motivos, para indicar fatos certos ou prováveis posteriores ao momento em que se fala. A afirmação de Al Gore está condicionada a “se nada for feito, em dez anos”. Percebe-se que a noção de futuro afeta a preposição “em”, que textualmente equivale à expressão daqui a (dez anos). Resposta – Item certo. 1 Distraídos com a discussão sobre os índices de crescimento, deixamos de perceber que desenvolvimento é o processo contínuo pelo qual uma sociedade aprende a 4 administrar realidades cada vez mais complexas. (...) Rubens Ricupero. Folha de S.Paulo, 26/11/2006, p. B2 (com adaptações). CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 17 8. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) A substituição de “pelo qual” (l. 3) por cuja mantém a correção gramatical do período. Comentário – Antes de tudo, sugiro reescrever o período já com a alteração indicada no item: “Distraídos com a discussão sobre os índices de crescimento, deixamos de perceber que desenvolvimento é o processo contínuo cuja uma sociedade aprende a administrar realidades cada vez mais complexas”. É flagrante a inexistência de coesão textual na passagem da oração de verbo “ser” para a oração seguinte, causada pelo emprego do pronome relativo “cuja” desacompanhado de outras alterações necessárias. Não é possível substituir um pronome substantivo relativo (que, quem, o qual, quanto) por um pronome adjetivo relativo (cujo) Há ainda problemas quanto à correção gramatical, pois não se usa artigo diante desse pronome relativo. Tudo isso contribui para que o período se torne incoerente. Resposta – Item errado. (...) Quando se trata de crescimento sustentado, a teoria 7 econômica indica que o resultado positivo é fruto de dois tipos de ação: aumento da produtividade ou acumulação de capital (físico e humano). 10 A elevação significativa da produtividade dos fatores de produção só será obtida com reformas institucionais profundas. Já o acúmulo de capital humano requer 13 investimento em educação, cuja maturação é longa. Luiz Guilherme Schymura. Folha de S.Paulo, 1.º/12/2006 (com adaptações). 9. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Assinale a opção incorreta acerca do texto acima. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 18 a) A substituição de “Já” (l. 12) pela expressão Por outro lado, seguida de vírgula, mantém a informação original do período. b) A substituição de “cuja” (l. 13) por a qual mantém a correção gramatical do período. Comentário – O vocábulo “Já”, no contexto a que pertence, denota simplesmente uma ressalva, uma observação. Esse também é o valor semântico da expressão Por outro lado. Portanto, a informação original do período é mantida com a substituição indicada na alternativa A. Em B, tem-se incorreção gramatical pelos motivos explicados no comentário à questão 7. Resposta – B 10. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A ideia de continuidade no uso do transporte hidroviário é marcada, no texto, tanto pelo emprego da preposição "desde" (L.1) quanto pelo emprego da expressão verbal "tem sido usado" (L.1). CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 19 Comentário – Celso Cunha e Lindley Cintra nos ensinam que a preposição desde serve para indicar afastamento de um limite (quer em relação ao espaço, quer em relação ao tempo) em direção a outro, com insistência naquele. No texto, o limite inicial ou de origem é indicado pelo vocábulo “antiguidade”. A expressão “tem sido usado” exprime a voz passiva do verbo usar, que, auxiliado pelo pretérito imperfeito composto do verbo ser, indica ação durativa, não limitada no tempo. Resposta – Item certo. 11. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A conjunção "e" (L.4) liga dois complementos para a expressão "É obvio" (L.3). Comentário – A conjunção “e” é aditiva e serve para ligar dois termos ou duas orações de idêntica função: Leonor e ele voltaram-se e desfaleceram. No texto, a conjunção em destaque conecta os verbos “otimizar e modernizar”, ambos complementos do substantivo transitivo “necessário”. Resposta – Item errado. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 20 12. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento do texto, a conquista dos "direitos invioláveis" (L.17) está associada a um processo gradativo e contínuo, como evidencia o emprego das preposições "desde" (L.17) e "até" (L.19). Comentário – Perceba como, no mesmo ano, o Cespe “brincou” com os valores semânticos da preposição essencial desde. As duas preposições mencionadas exprimem movimento em relação a dois limites. Enquanto a preposição desde enfatiza o afastamento (limite inicial, de origem), a preposição até sublinha a aproximação (limite final, de chegada). CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 21 Importa perceber a diferença existente entre a preposição até, que indica movimento, da palavra de forma idêntica, denotadora de inclusão: Tudo na vida engana, até a glória. Frise-se ainda que, com a preposição até, usam-se as formas oblíquas mim, ti etc.: Um grito chegou até mim. Se, porém, até denota inclusão – e equivale a mesmo, também, inclusive – constrói-se com a forma reta do pronome: ...E até eu já tive quem me oferecesse champanhe. Resposta – Item certo. 13. (Cespe/TCU/AFCE/2009) A preposição "mediante" (L.1) estabelece relação de movimento entre "exercício do poder" (L.1) e "múltiplas dinâmicas" (L.1-2). CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 22 Comentário – O vocábulo “mediante” é uma preposição acidental. Esclareça-se ainda que a relação que se estabelece entre palavras por intermédio de preposição pode implicar movimento ou não movimento, melhor dizendo, pode exprimir um movimento ou uma situação daí resultante. No texto, essa preposição (que significa “por meio de”) afasta totalmente a noção de “movimento” e traduz a troco de que o “exercício do poder ocorre”. Resposta – Item errado 14. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O desenvolvimento da argumentação permite que se insira o conectivo Logo, seguido de vírgula, imediatamente antes de "A política" (L.9), escrevendo-se o artigo com letra minúscula, sem prejuízo para a coerênciae a correção gramatical do texto. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 23 Comentário – A conjunção logo é conclusiva, como também o são pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim. Ela serve para introduzir segmento de valor semântico conclusivo, consecutivo. Se foi dito anteriormente que “o exercício da política é coletivo”, é natural concluir-se que “A política é exercida sempre que as pessoas agem em conjunto”. É importante dizer que a inserção sugerida pelo Cespe realmente exige mudança na grafia inicial do artigo. Sempre que a banca propuser a você mudanças na estrutura de uma frase, observe se todas as adaptações estão sendo sugeridas. Caso contrário, o item estará errado. Resposta – Item certo 15. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2008) O emprego das preposições em "da responsabilidade" (L.9) e "para a comunidade" (L.10) é exigido, respectivamente, por "preço" (L.8) e "dirigir" (L.9). Comentário – Uma questão semelhante caiu na prova da Antaq, em 2009, e foi resolvida anteriormente, lembra? Aqui, o termo “da responsabilidade” completa o sentido do nome “preço”, e o termo “para a comunidade” vincula-se ao verbo “dirigir”. Ambas as relações são articuladas por meio das preposições “da” e “para”, respectivamente. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 24 Resposta – Item certo 16. (Cespe/STJ/Técnico Judiciário/2008) A organização das idéias do texto permite subentender um conectivo como No entanto ligando o período iniciado por "Os prazeres" (L.12) ao seu anterior. Comentário – Esse conectivo integra o rol das conjunções adversativas, aquelas que principiam segmento de valor semântico adversativo, de contraste, de oposição. Repare que, já no início do texto, o autor menciona a força “paradoxal” da economia. Se, por um lado, as pessoas assumem uma postura cautelosa se “preocupam com a estabilidade dos mercados CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 25 financeiros e da economia globalizada”, por outro, elas se tornam complacentes e se equivocam, por causa dos prazeres da prosperidade. Resposta – Item certo. 17. (Cespe/Prefeitura de Ipojuca – PE/2009) A partir da conjunção "mas" (l.11), subentende-se da organização das ideias no texto que um "processo de longo prazo" (l.10-11) pode não dispor de "sólidas fundações" (l.11) antes de ser definitivo. Comentário – Já caminhando para a conclusão do texto, o autor afirma que a globalização é um processo lento. Apesar disso, ele (o processo) “já dispõe de sólidas fundações”. Pela ideia de contraste causada pelo uso da conjunção adversativa “mas”, percebe-se que a regra ou a consequência normal é esse processo não dispor dessas fundações. Em outras palavras, a globalização, que ainda não assumiu seu formato definitivo, pode não dispor de sólidas fundações (regra geral), mas essa dispõe (exceção à regra). Resposta – Item certo. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 26 18. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O conectivo "Então" (L.6) estabelece uma relação de tempo entre as idéias expressas em duas orações. Comentário – Textualmente, esse conectivo introduz segmento de caráter conclusivo. Resposta – Item errado 19. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O emprego de "Em virtude disso" (L.9) mostra que, imediatamente antes do termo "o social" (L.10) está subtendida a preposição de, que, se fosse explicitada, teria de ser empregada sob a forma do. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 27 Comentário – A questão é fácil, mas é preciso ler atentamente a passagem. Nela, o termo “o social” complementa o sentido do nome “discussão”: “discussão sobre a filosofia e [discussão sobre] o social”. Nota-se, assim, o equívoco da alegação do Cespe. Resposta – Item errado 20. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) Na linha 12, caso se deslocasse a conjunção "pois" para o início da oração, a coerência da argumentação seria preservada, desde que fossem retiradas as duas vírgulas que isolam essa palavra e que se fizessem os necessários ajustes nas letras maiúsculas e minúsculas. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 28 Comentário – Primeiramente, faça as transformações propostas pela banca: Pois tempo, espaço e matéria são ideias... O que acha? Quase tudo certo, quase tudo! O problema está na perda da ideia original. A conjunção pois utilizada entre vírgulas e após o verbo da oração que integra denota ideia conclusiva, tal como no texto original. O emprego dela no início da oração, como sugerido pela banca, reveste-a de valor semântico explicativo. Resposta – Item errado 21. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) Devido à função que exerce na oração, a vírgula empregada depois de “sensações” (l.2) poderia ser substituída tanto pela conjunção e como pela conjunção ou, sem prejudicar a correção gramatical ou a coerência do texto. Comentário – Questão interessantíssima, pois conjugou pontuação com conjunção. Uma das atribuições da vírgula é separar palavras ou orações justapostas assindéticas – isso é o que nos ensina Cegalla (2008: 428). Veja os exemplos que o gramático utiliza: “A terra, o mar, o céu, tudo apregoa a glória de Deus”. “Os passantes chegam, olham, perguntam e prosseguem”. Cunha e Cintra (2008:658) explicam que, no interior da oração, a vírgula serve para separar elementos que exercem a mesma função sintática (sujeito composto, complementos de verbos e nomes, adjuntos etc.), quando não vêm unidos pelas conjunções e, ou e nem: “Achava os homens declamadores, grosseiros, cansativos, pesados, frívolos, chulos, triviais” (Machado de Assis). Essas conjunções coordenativas costumam surgir no final do encadeamento: “Leonor voltou-se e desfaleceu” (Graciliano Ramos). Resposta – Item certo CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 29 22. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) Na organização das ideias no texto, o pronome “que” (l.14) retoma “nosso conhecimento das coisas” (l.13). Comentário – Ao substituir um termo antecedente, o que é classificado como pronome relativo. Perceba, entretanto, que a referência não é ao termo indicado pelo Cespe; mas sim ao termo “ideias” (linha 12 – note a ausência do acento agudo, em virtude novo Acordo). A banca quis distraí-lo com os termos surgidos entre o relativo e o seu verdadeiro antecedente: “ideias que penetram (...) e que evoluíram”. E já que estamos tratando também de conjunção, olha a conjunção aditiva “e” servindo de nexo entre as duas orações adjetivas: “que penetram (...) e que evoluíram”. Resposta – Item errado 23. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) A expressão “No estado de repouso e de movimento dos objetos” (l.7) localiza onde se associam os “conceitos” referidos na linha 10. Comentário – A expressão apontada pela banca tem características de advérbio, pois exprime, de acordo com o contexto, a circunstância de lugar em que ocorre a associação referida. Resposta – Item certo “Penso que temos de refletir um pouco a respeito do que significa democracia.” Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º137, ano 12, jul./2009, p. 57 24. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Preservam-se a correção gramatical e a coerência textual ao se optar pela determinação do substantivo CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 30 “respeito” (l.7), juntando-se o artigo definido à preposição “a”, escrevendo-se ao respeito. Comentário – Perceba que a expressão “a respeito de” equivale-se à preposição sobre: ...refletir um pouco sobre o que... A expressão é uma locução prepositiva e não deve ser considerada individualmente, como propõe o Cespe, ao sugerir a determinação do substantivo “respeito” por meio do artigo definido. Isso prejudica tanto a correção gramatical quanto a coerência do texto. Resposta – Item errado 1 A visão do sujeito indivíduo — indivisível — pressupõe um caráter singular, único, racional e pensante em cada um de nós. Mas não há como pensar que existimos 4 previamente a nossas relações sociais: nós nos fazemos em teias e tensões relacionais que conformarão nossas capacidades, de acordo com a sociedade em que vivemos. 7 A sociologia trabalha com a concepção dessa relação entre o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe é: como nos fazemos e nos refazemos em nossas relações 10 com as instituições e nas relações que estabelecemos com os outros? Não há, assim, uma visão de homem como uma unidade fechada em si mesma, como Homo clausus. 13 Estaríamos envolvidos, constantemente, em tramas complexas de internalização do “exterior” e, também, de rejeição ou negociação próprias e singulares do “exterior”. 16 As experiências que o homem vai adquirindo na relação com os outros são as que determinarão as suas aptidões, os seus gostos, as suas formas de agir. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 31 Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia. In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações). 25. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Ao ligar dois períodos sintáticos, o conectivo “Mas” (l.3) introduz a oposição entre a ideia de um sujeito único e indivisível e a ideia de um sujeito moldado por teias de relações sociais. Comentário – O conetivo analisado integra o rol das conjunções coordenativas adversativas, que estabelecem uma ideia de contraste, de oposição entre os termos ou orações que relacionam. Também são conjunções coordenativas adversativas: porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto. Resposta – Item certo 26. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 4, para se evitar a sequência “nós nos”, o pronome átono poderia ser colocado depois da forma verbal “fazemos”, sem que a correção gramatical do trecho fosse prejudicada, prescindindo-se de outras alterações gráficas. Comentário – Tratou-se aqui de colocação pronominal, especificamente de próclise (emprego do pronome oblíquo átono antes do verbo) e ênclise (emprego do pronome oblíquo átono depois do verbo). Não há problema na troca da posição do pronome “nos”, pois imediatamente antes dele não há nenhuma palavra atrativa (palavras de sentido negativo, advérbios sem pausa, conjunções subordinativas, pronomes relativos, conjunções coordenativas alternativas, pronomes e advérbios interrogativos, pronomes indefinidos etc.) que o “prenda” onde está. Entretanto, não é possível colocá-lo depois da forma verbal “fazemos” sem proceder às alterações necessárias. O pronome se unirá CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 32 ao verbo por meio do hífen. Além disso, os verbos em primeira pessoa do plural associados ao pronome nos perdem a letra final: assustamos + nos = assustam-nos; ferimos + nos = ferimo-nos; fazemos + nos = fazemo-nos. Que tal recordar a forma correta de juntar pronomes oblíquos átonos a verbos? – me, te, se, lhe, lhes, o, a, os, as, nos, vos: a) associados a verbos terminados em –r, -s ou –z, e à palavra eis, os pronomes o, a, os, as assumem as antigas formas lo, la, los, las, caindo aquelas consoantes: Mandaram prendê-lo. / Ajudemo-la. / Fê-los entrar. / Ei-lo aqui! b) associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em; -ão, -õe), os ditos pronomes tomam as forma no, na, nos, nas: Trazem-no. / Ajudavam-na. / Dão-nos de graça. / Põe-no aqui. Resposta – Item errado 27. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O uso da forma verbal flexionada na primeira pessoa do plural “Estaríamos” (l.13) inclui autor e leitores no desenvolvimento da argumentação, de tal modo que seria coerente e gramaticalmente correto substituir “o homem vai adquirindo” (l.16) por vamos adquirindo, no período seguinte. Comentário – Tudo estava indo tão bem, mas... Quer ver? Substitua os termos como a banca sugere: As experiências que vamos adquirindo na relação com os outros são as que determinarão as suas aptidões, os seus gostos, as suas formas de agir. Agora repare que não há mais coesão entre o pronome “nós” (primeira pessoa do plural, sujeito implícito do verbo “vamos”) e os pronomes possessivos sublinhados, que correspondem à CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 33 terceira pessoa do discurso. Antes estava tudo correto, pois a referência era ao “homem”, ou seja, a ele (terceira pessoa). Resposta – Item errado 1 O uso do espaço público nas grandes cidades é um desafio. Sobretudo porque algumas regras básicas de boa convivência não são respeitadas. Por exemplo, tentar sair de 4 um vagão do metrô com a multidão do lado de fora querendo entrar a qualquer preço, sem esperar e dar passagem aos demais usuários. Ou andar por ruas sujas de lixo, com fezes 7 de cachorro e cheiro de urina. São situações que transformam o convívio urbano em uma experiência ruim. (...) Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão. In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações). 28. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na relação entre as ideias do texto, subentende-se ao imediatamente antes de “tentar” (l.3) e de “andar” (l.6); por isso, a inserção de ao nessas posições tornaria o texto mais claro, além de manter a sua correção gramatical. Comentário – A passagem é clara o bastante e não necessita desses elementos (combinação da preposição a com o artigo definido o). Os infinitivos verbais “tentar” e “andar” foram usados de maneira impessoal para exprimir fatos de modo geral, sem referi-los (os fatos) a um sujeito e, ainda, sem situá-los no tempo. O uso dos elementos propostos pela banca tornaria a passagem inconclusa, causaria no interlocutor a expectativa de um desfecho originado por algum agente. Sintaticamente, as orações iniciadas por esses verbos tornar-se-iam subordinadas (expressariam circunstâncias temporais – “quando tentam sair de um vagão”; “quando CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 34 andam por ruas sujas”) sendo que, na verdade, são independentes e se ligam, textualmente, à forma verbal “São”, presente no período seguinte. Resposta – Item errado (...) As iniciativas são louváveis. Caso a população, 16 porém, se sinta apenas punida ou obrigada a uma atitude, e não parte da comunidade, os benefícios não se tornarão duradouros. Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão. In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações 29. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) A substituição de “Caso” (l.15) pela conjunção Se preservaria a correção gramatical da oração em que se insere, não demandaria outras modificações no trecho e respeitaria a função condicionaldessa oração. Comentário – Faça a modificação: Se a população, porém, se sinta apenas punida ou obrigada a uma atitude... Então, notou o problema? A conjunção substituta, ainda que preserve o caráter condicional da oração, não guarda coesão com o presente do subjuntivo do verbo sentir. Ela, na verdade, exige que o mesmo verbo se flexione no futuro de subjuntivo: Se a população, porém, se sentir... Resposta – Item errado (...) Na rede social, as dinâmicas de poder não têm 13 barreiras ou fronteiras: nós as vivemos a todo momento. Consequentemente, podemos ser comandados, submetidos ou programados em um vínculo, ou podemos comandá-lo 16 para a realização de sua tarefa, e, assim, vivermos um novo O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 35 papel social, que nos faz complementar, passivamente ou não, as regras políticas da situação em que nos encontramos. Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações). 30. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na organização da textualidade, é coerente subentender-se a noção de possibilidade, antes da forma verbal “vivermos” (l.16), inserindo-se podermos. Comentário – Veja como ficaria: “...e, assim, podermos vivermos...”. Que tal? Horrível, não é mesmo? Com a alteração, surge uma locução verbal. Nela o verbo principal – nuclear, de significação plena – é o último. O outro é seu auxiliar, desprovido total ou parcialmente de significação própria. As flexões de número, pessoa, modo e tempo ocorrem no verbo auxiliar. Já o verbo principal assume uma das formas nominais: gerúndio, infinitivo ou particípio: Estou estudando português. Há de haver uma solução para o caso. Um livro foi comprado por mim. Resposta – Item errado 1 O termo groupthinking foi cunhado, na década de cinquenta, pelo sociólogo William H. Whyte, para explicar como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão, 4 tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos. (...) Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações). 31. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Por estar empregada como uma forma de voz passiva, a locução verbal “foi cunhado” (l.1) corresponde a cunhou-se CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 36 e por esta forma pode ser substituída, sem prejuízo para a coerência ou para a correção gramatical do texto. Comentário – Está correta a correspondência apontada pelo Cespe, pois a voz é passiva, tanto no segmento original (voz passiva analítica ou verbal) quanto na forma sugerida (voz passiva sintética ou pronominal). A respeito da voz passiva, importa saber o que abaixo se segue. Voz passiva indica que o processo verbal foi sofrido pelo sujeito do verbo. Ex.: O Brasil foi descoberto por Cabral. (voz ativa) Cabral descobriu o Brasil. (voz ativa) ATENÇÃO! 1 – Observe que o SUJEITO da voz ativa (Cabral) torna-se AGENTE DA PASSIVA, assim como o OBJETO DIRETO da voz ativa (o Brasil) torna-se SUJEITO da voz passiva. 2 – Entretanto, quando o SUJEITO da voz ativa for INDETERMINADO, na voz passiva não haverá AGENTE DA PASSIVA. Ex.: Resolveram as questões. – voz ativa com sujeito indeterminado. As questões foram resolvidas. (ou Resolveram-se as questões.) – voz passiva sem agente da passiva. 3 – A voz passiva pode ser dividida em verbal ou analítica e pronominal ou sintética. Ex.: Aquelas crianças foram abandonadas. – verbo auxiliar + verbo principal no particípio = analítica. Abandonaram-se aquelas crianças. – verbo TRANSITIVO DIRETO + pronome SE = sintética. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 37 Agora considere o seguinte trecho: “(...) Pacientes afetados pela síndrome ultrapassaram muito a ‘fronteira da adaptabilidade às demandas’ (...)”. Novamente, vamos treinar a transformação da voz ativa para a passiva. VOZ ATIVA VOZ PASIVA Sujeito Pacientes afetados pela síndrome Agente da passiva pelos pacientes afetados pela síndrome Verbo transitivo direto ultrapassaram (o que?) Locução verbal (voz passiva analítica) foi ultrapassada Objeto direto a fronteira da adaptabilidade às demandas Sujeito paciente A fronteira da adaptabilidade às demandas Há ainda alguns cuidados a respeito das vozes passiva e ativa: a) Ficou-se feliz com o resultado. – verbo de LIGAÇÂO + SE = sujeito indeterminado voz ativa b) Vive-se bem neste lugar. – verbo INTRASITIVO + SE = sujeito indeterminado voz ativa c) Precisa-se de professores. – verbo TRANSITVO INDIRETO + SE = sujeito indeterminado voz ativa d) Ama-se a Deus. Verbo TRANSITIVO DIRETO + SE + OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO = sujeito indeterminado voz ativa e) Toda voz passiva sintética (formada com o pronome SE) não possui agente da passiva. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 38 Assim sendo, não é possível a substituição que a banca sugere, pois o termo “pelo sociólogo William H. Whyte” exerce a função de agente da passiva, o qual não é utilizado com a voz passiva sintética. Resposta – Item errado (...) O voto, nas eleições, é modo de expressão do consentimento dos cidadãos, para que o poder 13 seja exercido em seu nome, para que as leis sejam elaboradas e executadas de modo legítimo. A expressão do consentimento periódico por meio do voto, em qualquer dos 16 níveis de governo, é essencial para que o Estado constitucional perdure e seja sempre capaz de proteger os direitos inerentes às pessoas. Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência & Vida. São Paulo: Escala, ano III, n.º 27, p. 42-3 (com adaptações). 32. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O uso do modo subjuntivo em “perdure” (l.17) e “seja” (l.17), em orações sintaticamente independentes, deve-se ao valor semântico do subjuntivo para expressar a ideia de desejo ou vontade, que, no caso, aplica-se à função do “Estado” (l.16). Comentário – Uma sopa de letrinhas! O emprego do subjuntivo não se deve a orações sintaticamente independentes. O valor semântico dele não denota desejo ou vontade; isso é expresso, geralmente, por orações optativas (Que Deus o abençoe! Espero que tudo te vá bem!). Então, o que exprime o subjuntivo? Esse modo indica ocorrência provável, possível, hipotética, duvidosa. No texto, o emprego dele se justifica por circunscrever o processo verbal no campo semântico da possibilidade e o afastar da certeza caracterísitica do modo indicativo. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 39 Uma dica: é comum os verbos conjugados no modo subjuntivo virem antecedidos pelas conjunções que, caso e embora e por advérbios que exprimem dúvida (talvez, possivelmente etc.) Às vezes, é de fato a conjunção que obriga o uso do verbo no modo subjuntivo, mesmo sem a aparente ideia de possibilidade, incerteza. Resposta – Item errado 1 Assistimos à dissolução dos discursos homogeneizantes e totalizantes da ciência e da cultura. Não existe narração ou gênero do discurso capaz de dar um 4 traçado único, um horizonte de sentido unitário da experiência da vida, da cultura, da ciência ou dasubjetividade. Há histórias, no plural; o mundo tornou-se 7 intensamente complexo e as respostas não são diretas nem estáveis. Mesmo que não possamos olhar de um curso único para a história, os projetos humanos têm um assentamento 10 inicial que já permite abrir o presente para a construção de futuros possíveis. Tornar-se um ser humano consiste em participar de processos sociais compartilhados, nos quais 13 emergem significados, sentidos, coordenações e conflitos. A complexidade dos problemas desarticula-se e, precisamente por essa razão, torna-se necessária uma 16 reordenação intelectual que nos habilite a pensar a complexidade. Dora Fried Schnitman. Introdução: ciência, cultura e subjetividade. In: Dora Fried Schnitman (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade, p. 17 (com adaptações). CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 40 33. (Cespe/ABIN/Oficial de Inteligência/2008) A relação que a oração iniciada por “e as respostas” (l.7) mantém com a anterior mostra que a função da conjunção “e” corresponde à função de por isso. Comentário – Uma conjunção e também a oração a que pertence devem ser classificadas de acordo com o sentido que exprimem no contexto em que se inserem. No texto, a conjunção “e” inicia oração que estabelece com a anterior uma relação de causa e efeito, em que uma é decorrente da outra, uma nos faz concluir a outra. Sendo mais preciso, a oração “e as respostas não são diretas nem estáveis” expressa a conclusão, a dedução ou a consequência do que se declara anteriormente: “o mundo tornou-se intensamente complexo”. Assim sendo, a conjunção “e” equivale-se à conjunção conclusiva por isso. Observe outros exemplos: Sofrem duras privações e não se queixam. “Quis dizer mais alguma coisa e não pode.” (Jorge Amado). Nos dois casos, a conjunção “e” tem claro valor adversativo (= mas). Resposta – Item certo 34. (Cespe/ABIN/Oficial de Inteligência/2008) O uso da preposição em, no termo “nos quais” (l.12), indica que a expressão nominal “processos sociais compartilhados” (l.12) está empregada como a circunstância de lugar da emergência dos “significados” (l.13), não como o agente de sua origem. Comentário – Primeiramente, é necessário reconhecer que, na expressão “nos quais”, existe realmente a presença da preposição “em”, que se contraiu com o “o” que integra o pronome relativo “o qual” (em + o = no). Em seguida, é interessante frisar que as preposições, ao contrário do que alguns pensam, trazem valores semânticos consigo: posse, modo, lugar, causa, fim etc. Só para exemplificar o que disse e ajudar você CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 41 a entender o que vou dizer, note a ideia de lugar comunicada pela preposição “em” na simples frase Moro em Brasília. Agora, é fundamental perceber as relações de significados entre os argumentos do texto. Na aludida passagem, não só “significados”, mas também “sentidos, coordenações e conflitos” emergem nos “processos sociais compartilhados”. Resposta – Item certo 35. (Cespe/ABIN/Oficial de Inteligência/2008) No segundo parágrafo, as duas ocorrências do pronome se, em “desarticula-se” e “torna-se”, marcam a impessoalidade da linguagem empregada no texto por meio da indeterminação do sujeito. Comentário – O que o Cespe quis dizer com “impessoalidade da linguagem empregada”? Simplesmente que as formas verbais “desarticular-se” e “tornar-se” não possuem um sujeito específico a quem podem ser atribuídas as noções expressas por elas. Perceba que a banca usou a expressão “indeterminação do sujeito”. Isso não faz sentido. Os sujeitos dos dois verbos estão bem claros e determinados na passagem: “A complexidade dos problemas” e “uma reordenação intelectual”, respectivamente. Se você ficou com dúvida no papel do “se” que acompanha esses verbos, saiba que no primeiro caso ele é pronome apassivador, acompanha verbo transitivo direto; no segundo é parte integrante do verbo (de ligação). Releia o comentário da questão 31 e confirme os casos em que o SE ajuda a indeterminar o sujeito. Cuidado com o caso descrito na letra “a”. Lá, perceba, não é possível saber quem ficou feliz, o fato não pode ser atribuído a ninguém realmente, ao contrário do que ocorre em relação ao verbo de ligação “tornar-se”. O que se tornou necessária? Eis a resposta (e o sujeito do verbo): “uma reordenação intelectual” CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 42 Resposta – Item errado Muito bem, por hoje é só. Ficarei aguardando as dúvidas, sugestões e os comentários. Não deixe de interagir. O êxito deste curso também depende da sua participação. Na próxima aula, estudaremos regência, crase e redação de correspondências oficiais. Até lá! Professor Albert Iglésia CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 43 QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS (...) Às vezes quebravam só as cabeças e metiam nas urnas maços de cédulas. Estas cédulas eram depois apuradas com as outras, pela razão especiosa de que mais valia atribuir a um candidato algum pequeno saldo de votos que tirar-lhe os que deveras lhe foram dados pela vontade soberana do país. Machado de Assis. “A semana”. In: Obra Completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757. 1. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) A expressão “lhe foram dados” pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período, ser substituída por foram dados a ele. 1 A cidade estivera agitada por motivos de ordem técnica e politécnica. Outrossim, era a véspera da eleição de um senador para preencher a vaga do finado Aristides Lobo. 4 Dous candidatos e dous partidos disputavam a palma com alma. Vá de rima; sempre é melhor que disputá-la a cacete, cabeça ou navalha, como se usava antigamente. A garrucha 7 era empregada no interior. Um dia, apareceu a Lei Saraiva, destinada a fazer eleições sinceras e sossegadas. Estas passaram a ser de um só grau. Oh! ainda agora me não 10 esqueceram os discursos que ouvi, nem os artigos que li por esses tempos atrás pedindo a eleição direta! A eleição direta era a salvação pública. Muitos explicavam: direta e censitária. 13 Eu, pobre rapaz sem experiência, ficava embasbacado quando ouvia dizer que todo o mal das eleições estava no método; CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 44 mas, não tendo outra escola, acreditava que sim, e esperava 16 a lei. A lei chegou. Assisti às suas estréias, e ainda me lembro que na minha seção ouviam-se voar as moscas. Um 19 dos eleitores veio a mim e por sinais me fez compreender que estava entusiasmado com a diferença entre aquele sossego e os tumultos do outro método. Eu, também por sinais, achei 22 que tinha razão, e contei-lhe algumas eleições antigas. Nisto o secretário começou a suspirar flebilmente os nomes dos eleitores. Presentes, posto que censitários, poucos. Os 25 chamados iam na ponta dos pés até à urna, onde depositavam uma cédula, depois de examinada pelo presidente da mesa; em seguida assinavam silenciosamente os nomes na relação 28 dos eleitores, saíam com as cautelas usadas em quarto de moribundo. A convicção é que se tinha achado a panacéia universal. Machado de Assis. Op. Cit., p. 706. 2. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Em relação ao texto assinale a opção correta. a) A substituição de “estivera” (l. 1) por tinha estado prejudicaa correção gramatical do período. b) Na expressão “contei-lhe” (l. 22), “lhe” exerce a função de objeto direto. Caro eleitor, 1 Nos últimos meses, a campanha política mobilizou vivamente os brasileiros. No primeiro turno, foram alcançadas marcas extraordinárias: além do alto índice de CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 45 4 comparecimento às urnas e de uma irrepreensível votação, em que tudo aconteceu de forma tranqüila e organizada, a apuração dos resultados foi rápida e segura, o que coloca o 7 Brasil como modelo nessa área. Amanhã serão definidos os nomes do presidente da República e dos governadores de alguns estados. O país, 10 mais do que nunca, conta com você. (...) Ministro Marco Aurélio de Mello. Pronunciamento oficial. Internet: <www.tse.gov.br> 3. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) A substituição da expressão “serão definidos” (l. 7) por definir-se-ão garante a correção gramatical do período. O terreno da ética é o próprio chão onde estão fincadas as bases de uma sociedade. Essa construção é feita todos os dias. Há algo de imaterial em todos os edifícios políticos. Eles não estão aí por obra divina. Precisam ser reforçados permanentemente, por meio de atos significativos em que as pessoas reconheçam o interesse público. É isso que mantém a ordem pública, e não somente, nem, sobretudo, a força policial. Se as pessoas deixam de acreditar em uma ética subjacente ao dia-a-dia em um código de conduta que rege a ação dos políticos, pode-se prever que todo o edifício da sociedade estará ameaçado. O Globo, 30/11/2006, p. 6 (com adaptações). CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 46 4. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Acerca das relações lógico- sintáticas textuais, as opções seguintes apresentam propostas de associação, mediante o emprego de conjunção, entre períodos sintáticos do texto acima. Assinale a opção que apresenta proposta de associação incorreta. período conjunção período A primeiro e segundo B terceiro entretanto quarto C quarto conquanto quinto D quinto já que sexto 1 Geralmente, as oposições não gostam dos governos. Partido vencido contesta a eleição do vencedor, e partido vencedor é simultaneamente vencido, e vice-versa. Tentam-se 4 acordos, dividindo os deputados; mas ninguém aceita minorias. No antigo regímen iniciou-se uma representação de minorias, para dar nas câmaras um recanto ao partido que 7 estava de baixo. Não pegou bem — ou porque a porcentagem era pequena — ou porque a planta não tinha força bastante. Continuou praticamente o sistema da lavra única. 10 (...) Sócrates aconselhava ao legislador que quando houvesse de legislar tivesse em vista a terra e os homens. Ora, os homens aqui amam o governo e a tribuna, gostam de 13 propor, votar, discutir, atacar, defender e os demais verbos, e o partido que não folheia a gramática política acha naturalmente que já não há sintaxe; ao contrário, o que tem a 16 gramática na mão julga a linguagem alheia obsoleta e CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 47 corrupta. O que estamos vendo é a impressão em dous exemplares da mesma gramática. Machado de Assis. A Semana. Obra completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 652-3. 5. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Em relação ao texto, assinale a opção correta. a) A substituição de “Tentam-se” (l. 3) por São tentados prejudica a correção gramatical do período. b) O emprego do subjuntivo em “quando houvesse” (l. 10-11) justifica-se por compor uma afirmativa sobre uma ação já decorrida. 1 A função da oposição em uma sociedade democrática consiste em denunciar a corrupção, acompanhar as investigações e avaliar os projetos e iniciativas 4 governamentais, propondo alternativas. A crítica, e não a adesão, é sua tarefa primordial. Se uma sociedade cessa de ter uma verdadeira oposição, ela caminha para uma solução 7 autoritária. A governabilidade só existe verdadeiramente com uma oposição atuante, que sinalize os problemas existentes e discuta os seus encaminhamentos. Denis Lerrer Rosenfield. O Globo, 27/11/2006, p. 7 (com adaptações). 6. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Em relação ao texto acima, assinale a opção correta. a) Entre os dois últimos períodos do texto, subentende-se uma relação sintática que pode ser expressa por Entretanto. b) O emprego do subjuntivo em “sinalize” (l. 8) e “discuta” (l. 9) justifica-se por compor um período de natureza explicativa. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 48 7. (Cespe/TCU/ACE/2007) O emprego do futuro do presente do indicativo em "teremos" (L.6) indica que a preposição "em" (L.5), que precede "dez anos" (L.5), tem o sentido de daqui a. 1 Distraídos com a discussão sobre os índices de crescimento, deixamos de perceber que desenvolvimento é o processo contínuo pelo qual uma sociedade aprende a 4 administrar realidades cada vez mais complexas. (...) Rubens Ricupero. Folha de S.Paulo, 26/11/2006, p. B2 (com adaptações). 8. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) A substituição de “pelo qual” (l. 3) por cuja mantém a correção gramatical do período. (...) Quando se trata de crescimento sustentado, a teoria 7 econômica indica que o resultado positivo é fruto de dois tipos de ação: aumento da produtividade ou acumulação de capital (físico e humano). CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 49 10 A elevação significativa da produtividade dos fatores de produção só será obtida com reformas institucionais profundas. Já o acúmulo de capital humano requer 13 investimento em educação, cuja maturação é longa. Luiz Guilherme Schymura. Folha de S.Paulo, 1.º/12/2006 (com adaptações). 9. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Assinale a opção incorreta acerca do texto acima. a) A substituição de “Já” (l. 12) pela expressão Por outro lado, seguida de vírgula, mantém a informação original do período. b) A substituição de “cuja” (l. 13) por a qual mantém a correção gramatical do período. 10. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A ideia de continuidade no uso do transporte hidroviário é marcada, no texto, tanto pelo emprego CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 50 da preposição "desde" (L.1) quanto pelo emprego da expressão verbal "tem sido usado" (L.1). 11. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A conjunção "e" (L.4) liga dois complementos para a expressão "É obvio" (L.3). CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 51 12. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento do texto, a conquista dos "direitos invioláveis" (L.17) está associada a um processo gradativo e contínuo, como evidencia o emprego das preposições "desde" (L.17) e "até" (L.19). CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 52 13. (Cespe/TCU/AFCE/2009) A preposição "mediante" (L.1) estabelece relação de movimento entre "exercício do poder" (L.1) e "múltiplas dinâmicas" (L.1-2). CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPUPROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 53 14. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O desenvolvimento da argumentação permite que se insira o conectivo Logo, seguido de vírgula, imediatamente antes de "A política" (L.9), escrevendo-se o artigo com letra minúscula, sem prejuízo para a coerência e a correção gramatical do texto. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 54 15. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2008) O emprego das preposições em "da responsabilidade" (L.9) e "para a comunidade" (L.10) é exigido, respectivamente, por "preço" (L.8) e "dirigir" (L.9). CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 55 16. (Cespe/STJ/Técnico Judiciário/2008) A organização das idéias do texto permite subentender um conectivo como No entanto ligando o período iniciado por "Os prazeres" (L.12) ao seu anterior. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 56 17. (Cespe/Prefeitura de Ipojuca – PE/2009) A partir da conjunção "mas" (l.11), subentende-se da organização das ideias no texto que um "processo de longo prazo" (l.10-11) pode não dispor de "sólidas fundações" (l.11) antes de ser definitivo. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 57 18. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O conectivo "Então" (L.6) estabelece uma relação de tempo entre as idéias expressas em duas orações. 19. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O emprego de "Em virtude disso" (L.9) mostra que, imediatamente antes do termo "o social" (L.10) está subtendida a preposição de, que, se fosse explicitada, teria de ser empregada sob a forma do. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 58 20. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economista/2009) Na linha 12, caso se deslocasse a conjunção "pois" para o início da oração, a coerência da argumentação seria preservada, desde que fossem retiradas as duas vírgulas que isolam essa palavra e que se fizessem os necessários ajustes nas letras maiúsculas e minúsculas. 21. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) Devido à função que exerce na oração, a vírgula empregada depois de “sensações” (l.2) poderia ser substituída tanto pela conjunção e como pela conjunção ou, sem prejudicar a correção gramatical ou a coerência do texto. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 59 22. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) Na organização das ideias no texto, o pronome “que” (l.14) retoma “nosso conhecimento das coisas” (l.13). 23. (Cespe/ANTAQ/Especialista – Economia/2009) A expressão “No estado de repouso e de movimento dos objetos” (l.7) localiza onde se associam os “conceitos” referidos na linha 10. “Penso que temos de refletir um pouco a respeito do que significa democracia.” Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 24. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Preservam-se a correção gramatical e a coerência textual ao se optar pela determinação do substantivo “respeito” (l.7), juntando-se o artigo definido à preposição “a”, escrevendo-se ao respeito. 1 A visão do sujeito indivíduo — indivisível — pressupõe um caráter singular, único, racional e pensante em cada um de nós. Mas não há como pensar que existimos 4 previamente a nossas relações sociais: nós nos fazemos em teias e tensões relacionais que conformarão nossas capacidades, de acordo com a sociedade em que vivemos. 7 A sociologia trabalha com a concepção dessa relação entre o que é “meu” e o que é “nosso”. A pergunta que propõe é: como nos fazemos e nos refazemos em nossas relações 10 com as instituições e nas relações que estabelecemos com os outros? Não há, assim, uma visão de homem como uma CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 60 unidade fechada em si mesma, como Homo clausus. 13 Estaríamos envolvidos, constantemente, em tramas complexas de internalização do “exterior” e, também, de rejeição ou negociação próprias e singulares do “exterior”. 16 As experiências que o homem vai adquirindo na relação com os outros são as que determinarão as suas aptidões, os seus gostos, as suas formas de agir. Flávia Schilling. Perspectivas sociológicas. Educação & psicologia. In: Revista Educação, vol. 1, p. 47 (com adaptações). 25. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Ao ligar dois períodos sintáticos, o conectivo “Mas” (l.3) introduz a oposição entre a ideia de um sujeito único e indivisível e a ideia de um sujeito moldado por teias de relações sociais. 26. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na linha 4, para se evitar a sequência “nós nos”, o pronome átono poderia ser colocado depois da forma verbal “fazemos”, sem que a correção gramatical do trecho fosse prejudicada, prescindindo-se de outras alterações gráficas. 27. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) O uso da forma verbal flexionada na primeira pessoa do plural “Estaríamos” (l.13) inclui autor e leitores no desenvolvimento da argumentação, de tal modo que seria coerente e gramaticalmente correto substituir “o homem vai adquirindo” (l.16) por vamos adquirindo, no período seguinte. 1 O uso do espaço público nas grandes cidades é um desafio. Sobretudo porque algumas regras básicas de boa convivência não são respeitadas. Por exemplo, tentar sair de O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 61 4 um vagão do metrô com a multidão do lado de fora querendo entrar a qualquer preço, sem esperar e dar passagem aos demais usuários. Ou andar por ruas sujas de lixo, com fezes 7 de cachorro e cheiro de urina. São situações que transformam o convívio urbano em uma experiência ruim. (...) Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão. In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações). 28. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) Na relação entre as ideias do texto, subentende-se ao imediatamente antes de “tentar” (l.3) e de “andar” (l.6); por isso, a inserção de ao nessas posições tornaria o texto mais claro, além de manter a sua correção gramatical. (...) As iniciativas são louváveis. Caso a população, 16 porém, se sinta apenas punida ou obrigada a uma atitude, e não parte da comunidade, os benefícios não se tornarão duradouros. Suzane G. Frutuoso. Vai doer no bolsão. In: Istoé, 22/7/2009, p. 74-5 (com adaptações 29. (Cespe/MJ-DPF/Agente/2009) A substituição de “Caso” (l.15) pela conjunção Se preservaria a correção gramatical da oração em que se insere, não demandaria outras modificações no trecho e respeitaria a função condicional dessa oração. (...) Na rede social, as dinâmicas de poder não têm 13 barreiras ou fronteiras: nós as vivemos a todo momento. Consequentemente, podemos ser comandados, submetidos ou programados em um vínculo, ou podemos comandá-lo O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de , vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratoresà responsabilização civil e criminal. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 62 16 para a realização de sua tarefa, e, assim, vivermos um novo papel social, que nos faz complementar, passivamente ou não, as regras políticas da situação em que nos encontramos. Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações). 30. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na organização da textualidade, é coerente subentender-se a noção de possibilidade, antes da forma verbal “vivermos” (l.16), inserindo-se podermos. 1 O termo groupthinking foi cunhado, na década de cinquenta, pelo sociólogo William H. Whyte, para explicar como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão, 4 tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos. (...) Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações). 31. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Por estar empregada como uma forma de voz passiva, a locução verbal “foi cunhado” (l.1) corresponde a cunhou-se e por esta forma pode ser substituída, sem prejuízo para a coerência ou para a correção gramatical do texto. (...) O voto, nas eleições, é modo de expressão do consentimento dos cidadãos, para que o poder 13 seja exercido em seu nome, para que as leis sejam elaboradas e executadas de modo legítimo. A expressão do consentimento periódico por meio do voto, em qualquer dos 16 níveis de governo, é essencial para que o Estado CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 63 constitucional perdure e seja sempre capaz de proteger os direitos inerentes às pessoas. Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência & Vida. São Paulo: Escala, ano III, n.º 27, p. 42-3 (com adaptações). 32. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O uso do modo subjuntivo em “perdure” (l.17) e “seja” (l.17), em orações sintaticamente independentes, deve-se ao valor semântico do subjuntivo para expressar a ideia de desejo ou vontade, que, no caso, aplica-se à função do “Estado” (l.16). 33. (Cespe/ABIN/Oficial de Inteligência/2008) A relação que a oração iniciada por “e as respostas” (l.7) mantém com a anterior mostra que a função da conjunção “e” corresponde à função de por isso. 34. (Cespe/ABIN/Oficial de Inteligência/2008) O uso da preposição em, no termo “nos quais” (l.12), indica que a expressão nominal “processos sociais compartilhados” (l.12) está empregada como a circunstância de lugar da emergência dos “significados” (l.13), não como o agente de sua origem. 35. (Cespe/ABIN/Oficial de Inteligência/2008) No segundo parágrafo, as duas ocorrências do pronome se, em “desarticula-se” e “torna-se”, marcam a impessoalidade da linguagem empregada no texto por meio da indeterminação do sujeito. CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS ANALISTA ADMINISTRATIVO DO MPU PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA – LÍNGUA PORTUGUESA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 64 GABARITO DAS QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 1. Item certo 2. Item errado 3. Item errado 4. C 5. Itens errados 6. Itens incorretos 7. Item certo 8. Item errado 9. B 10. Item certo 11. Item errado 12. Item certo 13. Item errado 14. Item certo 15. Item certo 16. Item certo 17. Item certo 18. Item errado 19. Item errado 20. Item errado 21. Item certo 22. Item errado 23. Item certo 24. Item errado 25. Item certo 26. Item errado 27. Item errado 28. Item errado 29. Item errado 30. Item errado 31. Item errado 32. Item errado 33. Item certo 34. Item certo 35. Item errado