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SUMÁRIO 
 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ..................................................................................... 2 
UNIDADE 2 – DEFINIÇÕES, APLICAÇÕES E ESPECIALIDADES DA 
ENGENHARIA ELÉTRICA ......................................................................................... 4 
2.1 DEFINIÇÃO ........................................................................................................... 4 
2.2 HISTÓRIA E EVOLUÇÃO .......................................................................................... 4 
2.3 CAMPOS DE APLICAÇÃO, ESPECIALIDADE E COMPETÊNCIAS ...................................... 7 
UNIDADE 3 – TIPOS E FORMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA .................... 13 
3.1 TIPOS DE ENERGIA .............................................................................................. 13 
3.2 GERAÇÃO DE ENERGIA ........................................................................................ 14 
3.3 TRANSMISSÃO DE ENERGIA .................................................................................. 19 
3.4 DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA .................................................................................. 20 
UNIDADE 4 – ELETRICIDADE ................................................................................. 23 
4.1 A MATÉRIA ......................................................................................................... 23 
4.2 GRANDEZAS ELÉTRICAS ...................................................................................... 25 
4.3 TIPOS DE CIRCUITOS ........................................................................................... 28 
UNIDADE 5 – ANEEL E CONCESSIONÁRIAS DE ENERGIA ................................ 35 
UNIDADE 6 – A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO ............................................. 39 
6.1 DEFINIÇÕES, BENEFÍCIOS E FINALIDADES DA MANUTENÇÃO ..................................... 40 
6.2 PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO ........................................................................ 49 
6.3 CONTROLE DA MANUTENÇÃO ............................................................................... 51 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 57 
ANEXOS ................................................................................................................... 60 
 
 
Todos os direitos reservados ao Grupo Prominas de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO 
 
Eu sou a força inesgotável que move grandes máquinas, 
forneço luz que concorre até mesmo com a do Sol, aqueço e 
também esfrio; sou o sopro invisível que conduz mensagens e 
sons a todos os recantos do mundo; sou o impulso poderoso 
que arrasta locomotivas, rápidos veículos e barcos enormes. 
Com o meu auxílio, o homem domina a Terra, sulca os ares, 
baixa ao fundo do mar, penetra até as entranhas do nosso 
planeta. Sob minha influência maravilhosa, os motores 
palpitam, os corpos fundem-se e volatizam-se e, em uma faísca 
majestosa, forjo, fundo e ligo os metais mais resistentes. Meu 
poderio é incalculável, porém submissa ao homem, que 
conhece meus segredos; sob sua sábia direção levo a 
civilização até os mais recônditos confins do mundo; sou a 
base do progresso: eu sou a eletricidade (CAVALIN; 
CERVELIN, 2007, P. 24) 
 
Sejam bem-vindos ao curso de Especialização em Engenharia Elétrica! 
Uma vez que a história situa as pessoas no tempo e no espaço, levando-as 
a refletirem sobre a evolução da vida e dos acontecimentos, do porque chegamos 
até aqui e o que nos reserva o futuro, acreditamos ser importante partir desse ponto: 
surgimento e evolução da área de estudo em tela. 
Sem nenhuma sombra de dúvida, são muitos os benefícios da eletricidade e 
a consequente evolução dos usos da energia para a sociedade, portanto, veremos 
ao longo do curso, tópicos envolvendo a eletrônica, eletromecânica, as instalações 
elétricas prediais e industriais, a automação industrial, alguns tópicos especiais e, 
evidentemente, a gestão da segurança aplicada. 
Neste primeiro momento, o foco passa necessariamente pela história e 
evolução, campos de aplicação e especialidades da Engenharia Elétrica. Tipos e 
formas de distribuição de energia, conteúdos que envolvem a eletricidade como a 
matéria, as grandezas elétricas, os tipos de circuitos e os condutores elétricos, bem 
 
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada seja por meios 
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recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
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como termos técnicos de algumas concessionárias de energia e a importância da 
manutenção, fazem parte deste módulo. 
Ressaltamos em primeiro lugar que embora a escrita acadêmica tenha como 
premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um 
pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados 
cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar, 
deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores, 
incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma 
redação original e tendo em vista o caráter didático da obra, não serão expressas 
opiniões pessoais. 
Ao final do módulo, além da lista de referências básicas, encontram-se 
outras que foram ora utilizadas, ora somente consultadas, mas que, de todo modo, 
podem servir para sanar lacunas que por ventura venham a surgir ao longo dos 
estudos. 
 
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UNIDADE 2 – DEFINIÇÕES, APLICAÇÕES E 
ESPECIALIDADES DA ENGENHARIA ELÉTRICA 
 
2.1 Definição 
Podemos definir Engenharia, que enquanto ciência é abrangente e possui 
muitas subáreas, como a área que busca aplicar conhecimentos e técnicas para 
resolver ou otimizar problemas que afetam diretamente a sociedade, por 
conseguinte, os engenheiros são os profissionais que procuram soluções 
economicamente viáveis para problemas técnicos gerados pela atividade humana, 
aplicando a matemática e outras ciências para aumentar e melhorar o rendimento de 
máquinas e sistemas. 
Criar, aperfeiçoar, implementar são algumas das ações conjugadas pela 
engenharia para viabilizar as suas utilidades, sempre levando em conta a sociedade, 
a técnica, a economia e o meio ambiente. 
A Engenharia, em seus diversos campos, possibilita, já há algumas décadas, 
até mesmo a exploração de outros planetas do Sistema Solar, permite a 
comunicação no planeta em frações de segundo, promove a conexão de 
computadores portáteis e telefones celulares com a internet e gerou, ao longo de 
sua evolução, máquinas capazes de produzir grandes quantidades de produtos, 
como alimentos, automóveis e celulares. 
Os engenheiros aplicam o conhecimento das ciências básicas (Matemática, 
Física, Química, Biologia) para desenvolver formas eficientes de usar os materiais e 
as forças da natureza em benefício da humanidade e do ambiente. 
 
2.2 História e evolução 
Embora a Engenharia, enquanto transformação de ideia em realidade, 
sempre tenha sido exercitada pelo ser humano, seu nascimento como campo do 
conhecimentose deu apenas no começo da Revolução Industrial, constituindo um 
dos pilares do desenvolvimento das sociedades modernas. 
Tradicionalmente, as engenharias lidavam apenas com objetos concretos, 
palpáveis. Atualmente, porém, esse cenário se ampliou, incluindo entidades ou 
objetos abstratos, não-palpáveis. É o caso das engenharias de custos, informática, 
de software, entre outras. De fato, toda engenharia envolve certo grau de abstração. 
 
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Mas é uma Ciência com os pés no chão. De uma maneira geral, é mais pragmática e 
ágil, posto que está limitada pelo tempo e pelos recursos definidos pelo projeto. O 
desenvolvimento de engenhos implica combinar conhecimento e inspiração para 
adaptar qualquer sistema à prática, para transformar ideias em realidade 
HASTENREITER (2013). 
Battaglin e Barreto (2011) explicam que os fatos históricos relativos à 
Engenharia Elétrica têm sido registrados na literatura especializada muitas vezes em 
âmbito regional, outras vezes são registrados fatos importantes que ocorreram em 
um determinado período de tempo e, por isso, elaboraram um artigo justamente para 
tentar ordená-los no tempo e no espaço, mas embora saibamos que todos os 
momentos e as descobertas nesse campo sejam importantes, não temos como 
objetivo alongar nesses conteúdos. 
Em torno de 2500 a.C., os sumérios já tinham conhecimento sobre a 
existência da eletricidade e sobre materiais condutores como o cobre, a prata e o 
ferro. 
Os Chineses conheciam a Eletricidade originada da pedra magnetita e 
construíram agulhas magnéticas aproximadamente em 2637 a.C., no período do 
Imperador Huan-Ti. O primeiro texto chinês conhecido, escrito em 1080 d.C., trata 
sobre a bússola magnética, um século antes da primeira menção desta na Europa. 
Os Gregos também conheciam os magnetes ou a magnetita e construíram 
uma bússola no período 624-558 a.C., que era utilizada nas navegações pelo Mar 
Mediterrâneo. O conhecimento e a aplicação da Eletricidade em forma de 
magnetismo nessas bússolas eram disseminados entre os chineses e gregos. 
Segundo nos conta Cardoso (2008), em Tessalonik na Grécia foi encontrada 
a pedra que pode ter dado origem à ciência do eletromagnetismo. Esta pedra, 
denominada “magnetita”, nome derivado da antiga denominação daquela área, foi 
identificada pela primeira vez por Lucretius, em 100 a.C., Segundo escritos da 
antiguidade, Lucretius relatou: “[…] o ferro pode ser atraído por uma pedra que os 
Gregos chamaram Magneto* pela sua origem, porque é originária das terras dos 
Magnésios, habitantes da Magnésia em Thessaly”. 
Lucretius não sabia que aquela pedra era a mesma utilizada para a 
confecção do ferro, razão pela qual foi extinta com o tempo, devido à produção em 
 
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larga escala e sem controle daquele produto (aqui já nos deparamos com a questão 
do uso racional dos nossos recursos e a sustentabilidade que veremos adiante). 
A diferença da magnetita encontrada na Grécia das demais encontradas em 
outras regiões, daquele pequeno universo grego, era que a pedra daquela região 
estava sujeita a uma alta incidência de raios, que foram os responsáveis pela 
magnetização brusca (devido a sua alta corrente) do material. Este tipo de 
magnetização brusca de alta intensidade aproveita uma propriedade da magnetita, 
denominada “histerese”, a qual retém um campo magnético residual, denominado 
campo magnético remanescente, quando a fonte é desligada, produzindo o que 
denominamos de imã permanente. 
O imã permanente é muito utilizado nos dias de hoje em diversas 
aplicações, como nas caixas acústicas, nos brinquedos, nos motores e geradores 
elétricos. Estes imãs são artificiais, isto é, são produzidos utilizando-se de ligas de 
materiais derivados da magnetita e de outras substâncias “excitados” por altas 
correntes produzidas por geradores elétricos que tentam simular as condições do 
raio. Os imãs mais eficientes que são produzidos atualmente são aqueles 
produzidos com “terras raras”. 
A bússola foi aprimorada, assim como o conceito de espectro de campo 
magnético que permitiu visualizar a distribuição das linhas magnéticas ao redor dos 
polos magnéticos. 
O fato de nações da Europa e América do Norte estarem mais próximas 
geograficamente em relação à China e ao Oriente fez com que muitos progressos 
fossem alcançados. Até o século XIX vimos a engenharia elétrica se fundamentar, 
ser descrita, bem como houve a criação do Sistema Internacional de Unidades (SI), 
surgimento dos medidores e dos sistemas de geração, transmissão e distribuição de 
energia elétrica. 
Alertamos que nem de perto fizemos o percurso de todas as descobertas e 
avanços desse campo da engenharia, por não ser objetivo do curso, mas a leitura de 
artigos que se encontram nas referências podem ajudá-los caso se interessem. 
 
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2.3 Campos de aplicação, especialidade e competências 
Se pensarmos na formação básica desses profissionais iremos nos deparar 
de pronto com a Matemática que oferece a teoria dos circuitos e redes elétricas, a 
lógica e a teoria dos sistemas. Da Física buscamos o eletromagnetismo, a física de 
estado sólido e a óptica. 
Destas relações encontraremos como campos de aplicação da Engenharia 
Elétrica os sistemas de potência; as máquinas elétricas; a eletrônica analógica; a 
eletrônica digital; os sistemas de computação, os sistemas de controle, os sistemas 
de comunicação e os sistemas de instrumentação. 
Especificamente na área de automação, os engenheiros atuam projetando 
equipamentos eletrônicos destinados à automação de linhas de produção industrial; 
na eletrônica podem desenvolver circuitos eletrônicos para aquisição de dados (por 
exemplo, áudio, temperatura, umidade, pressão), transmissão de dados por 
radiofrequência, entre outros. 
No campo da eletrotécnica (potência e energia), planejar e operar sistemas 
elétricos, da geração à distribuição de energia. Projetar e construir usinas, estações, 
subestações, redes de geração de energia e equipamentos usados no sistema de 
geração, transmissão e distribuição; ampliar as redes de alta-tensão e dar 
manutenção a elas. 
À Engenharia biomédica cabe ao especialista, especificar e gerenciar a 
utilização de equipamentos médicos-assistenciais em hospitais, clínicas e 
laboratórios; projetar, construir equipamentos e fazer a manutenção deles. 
Em se tratando de hardware e programação, pode desenhar componentes e 
desenvolver sistemas. 
Na instrumentação, projetar e desenvolver equipamentos para a realização 
de medidas, registro de dados e atuadores. 
Na microeletrônica, projetar, fabricar e testar circuitos integrados (chips) 
destinados a sistemas de computação, telecomunicações e de entretenimento, entre 
outras finalidades. 
Nas telecomunicações, desenvolver serviços de expansão de telefonia e de 
transmissão de dados por imagem e som; projetar e construir sistemase 
 
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equipamentos para telefonia e comunicação em geral e de processamento digital de 
sinais. 
A verdade é que a principal função do engenheiro é desenvolver soluções 
tecnológicas para necessidades sociais, industriais ou econômicas. Para isso, ele 
deve identificar e compreender os obstáculos mais importantes. 
Os obstáculos são muitos: recursos disponíveis, limitações físicas ou 
técnicas, flexibilidade para futuras modificações e outros fatores como custo, 
realização, prestações e considerações estéticas e comerciais. 
Mediante a compreensão dos obstáculos citados, os engenheiros elaboram 
as melhores soluções e, para isso, eles usam o conhecimento das ciências e a 
experiência apropriada, criando modelos matemáticos aplicáveis aos problemas, 
permitindo sua análise rigorosa. Se existem muitas soluções viáveis, eles avaliam as 
diferentes opções de desenho baseando-se em suas qualidades e escolhendo a que 
melhor se adapte. 
É fundamental que os engenheiros tentem provar a eficiência de seus 
desenhos antes de proceder à realização. Para isso, empregam, entre outras coisas, 
protótipos, maquetes, simulações, provas destrutivas e provas de força. As provas 
asseguram que os artefatos funcionarão como previsto, o que devemos entender 
como sua responsabilidade nos procedimentos e escolhas. 
Embora tenhamos profissionais que anseiam e admirem a profissão, alguns 
podem não ter o dom do desenho, mas hoje com os programas de computador 
como o Computer Aided Design (CAD), esse não é um problema, pois eles 
funcionam como verdadeiros assistentes. O computador pode traduzir 
automaticamente alguns modelos em instruções aptos para criar um desenho e 
ainda armazenar criações anteriores. 
Voltando à responsabilidade profissional, desde a criação de desenhos, 
qualquer erro pode resultar em danos gravíssimos, que podem incluir a morte de 
pessoas. Geralmente, os engenheiros consideram uma margem de segurança para 
reduzir o risco de falhas. 
Em relação à ciência x tecnologia, Hastenreiter (2013) esclarece que não 
podemos simplificar afirmando que os cientistas trabalham com a Ciência e os 
engenheiros com a Tecnologia, ou seja, a Ciência tentaria explicar os fenômenos, 
 
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criando modelos matemáticos que correspondem aos resultados experimentais, 
enquanto Tecnologia e Engenharia consistiriam na aplicação do conhecimento 
obtido através da Ciência, produzindo resultados práticos. 
Essa visão é limitada porque ignora as interseções entre ambas. Não é raro 
encontrar cientistas envolvidos nas aplicações práticas de suas descobertas, assim 
como os engenheiros, durante o processo de desenvolvimento da tecnologia, 
investigam novos fenômenos e técnicas em estudos laboratoriais. 
Dessa forma, sendo engenheiro, pode-se tanto desenvolver projetos quanto 
pesquisar. Ainda é possível envolver-se com questões artísticas, já que a estética é 
uma questão relevante em diversas atividades da Engenharia. A forma deve ser 
desenvolvida aliada à função. Nesse caso, a conexão se dá com os campos da 
Arquitetura e do Desenho Industrial. 
Chegamos aos engenheiros eletricistas! 
Estes atuam nos setores energéticos, como as termoelétricas e as 
hidrelétricas. Sua função é gerar, transmitir e distribuir a energia. Por isso, também 
atuam na área de Telecomunicações. 
É um profissional muito valorizado, dado que vivemos numa sociedade 
baseada na energia elétrica. Só para citar alguns exemplos do nosso cotidiano: 
elevadores; bombas de gasolina; aparelhos eletroeletrônicos; chuveiro, entre outros, 
todos dependem da eletricidade para funcionarem e atenderem a demanda da 
sociedade. 
O conhecimento em Matemática e Física, disciplinas que são sua base, é 
fundamental, visto que lidam basicamente com eletromagnetismo. Requer também o 
domínio do cálculo, principalmente para as modelagens computacionais. Suas 
formas de atuação englobam: desenvolvimento de novos produtos e serviços, 
gestão de equipes e de produção, administração, vendas, e outros. 
Este profissional deve possuir as seguintes características: 
� forte formação em matemática, física e outras ciências básicas; 
� ética, profissionalismo e senso de responsabilidade; 
� autonomia na busca de soluções de problemas complexos de engenharia; 
� competência para atuar em análise, simulação, projeto, desenvolvimento e 
produção de sistemas e dispositivos eletroeletrônicos; 
 
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� qualificação para atuar nos diversos segmentos da engenharia elétrica, 
energia, máquinas elétricas, eletrônica, instrumentação, controle e 
automação, e telecomunicações; 
� criatividade, multidisciplinaridade e liderança. 
 
Tomamos emprestado de Rizzoni (2013), um exemplo que, como ele mesmo 
diz, que ilustra como as aparentemente dissociadas especialidades da engenharia 
elétrica de fato interagem para permitir a operação de um sistema muito conhecido: 
o automóvel. 
 
Veja a ilustração abaixo que será explicada a seguir: 
 
CONFORTO 
Controle de temperatura. 
Ergonomia (bancos, direção, rodas, 
espelhos). 
Navegação. 
Áudio, vídeo, internet, comunicação sem 
fio. 
 SEGURANÇA 
Air bags e cadeiras para crianças. 
Sensor de anticolisão. 
Sistemas de segurança. 
 
 
PROPULSÃO 
Motor/transmissão. 
Alternador/partida integrados. 
Tração elétrica. 
Sistemas de 42V. 
Gerenciamento de bateria. 
Controle de tração. 
 DIRIGIBILIDADE 
Suspensão ativa/semiativa. 
Freios antitravamento. 
Direção elétrica. 
Sistema de controle da 
pressão dos pneus. 
Controle da estabilidade. 
Tração nas quatro rodas. 
 
A figura acima apresenta uma visão dos sistemas de engenharia elétrica 
aplicáveis a um automóvel moderno. Mesmo nos veículos mais antigos, o sistema 
elétrico – na verdade, um circuito elétrico – desempenha um papel muito importante 
em seu funcionamento como um todo. 
 
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Uma bobina indutora gera uma tensão suficientemente alta para permitir que 
uma centelha se forme no espaço do centelhador e detone a mistura ar-combustível. 
A bobina é alimentada por uma fonte CC (corrente contínua) fornecida por uma 
bateria chumbo-ácida. Além de energia para circuitos de ignição, a bateria fornece 
força para vários outros componentes elétricos, sendo mais óbvios os que contêm 
lâmpadas, os limpadores de para-brisas e o rádio. A energia elétrica é levada da 
bateria para todos esses componentes por um chicote elétrico que constitui um 
circuito elétrico bastante elaborado. 
Nos últimos anos, o circuito elétrico de ignição convencional tem sido 
substituídopela injeção eletrônica, isto é, dispositivos eletrônicos de estado sólido, 
chamados transistores que têm substituído os tradicionais platinados. A vantagem 
dos sistemas de ignição transistorizados sobre os sistemas mecânicos 
convencionais é sua elevada confiabilidade, facilidade de controle e tempo de vida 
(platinados mecânicos são sujeitos a desgaste). 
Outras disciplinas da engenharia elétrica são bastante óbvias no automóvel. 
� O rádio instalado no carro recebe ondas eletromagnéticas por uma antena e 
decodifica os sinais de comunicação para reproduzir sons e diálogos de 
origem remota. 
� Outros sistemas de comunicação comuns que se utilizam do 
eletromagnetismo são os rádios cidadão ou rádio PX e os ainda mais comuns 
telefones celulares. 
� A bateria é, com efeito, um sistema de energia elétrica autônomo de 12 VCC 
que fornece energia para todas as funções anteriormente mencionadas. 
Visando que a bateria tenha uma vida útil prolongada, um sistema de carga 
composto de um alternador e dispositivos eletrônicos de potência, está 
presente em cada automóvel. 
� O alternador é uma máquina elétrica, assim como os motores que movem os 
vidros elétricos, janelas elétricas, bancos reclináveis e outros acessórios 
encontrados em carros de luxo. Apesar de não parecer, os alto-falantes são 
também máquinas elétricas. 
Ainda não terminamos! 
 
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E os sistemas de computação? Pois é, circuitos digitais vêm sendo 
desenvolvidos nas últimas décadas. Preocupados com as questões ambientais 
relacionadas às descargas automotivas levaram à introdução de sofisticados 
sistemas de controle de emissão do motor. O coração de tal sistema de controle é 
um tipo de computador chamado microprocessador. O microprocessador recebe 
sinal de dispositivos (chamados de sensores) que medem as variáveis relevantes – 
como a velocidade do motor, a concentração de oxigênio nos gases da exaustão, a 
posição da válvula do acelerador (isto é, a demanda do motorista por mais potência 
do motor) e a quantidade de ar aspirado pelo motor – e consequentemente calcula a 
quantidade ótima de combustível e o tempo correto da centelha para resultar na 
combustão mais limpa possível, sob tais circunstâncias. 
À medida que a presença de computadores de bordo vai ficando cada vez 
mais comum – em áreas como sistemas antibloqueio, suspensões eletronicamente 
controladas, sistemas com tração nas quatro rodas e sistemas de navegação 
eletrônica – comunicações entre os vários computadores de bordo deverão 
acontecer de maneira mais veloz. 
Concluindo, os veículos atuais também se beneficiam dos significativos 
avanços realizados nos sistemas de comunicação. Sistemas de navegação veicular 
podem incluir Sistemas de Posicionamento Global, ou tecnologia GPS (do inglês, 
Global Positioning System), assim como uma variedade de tecnologias de 
comunicação e conexão em rede, incluindo as interfaces de comunicação sem fio 
(por exemplo, baseadas no padrão Bluetooth) e comunicação via satélite, e sistemas 
de apoio ao motorista (RIZZONI, 2013). 
 
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UNIDADE 3 – TIPOS E FORMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE 
ENERGIA 
 
Energia pode ser definida como tudo aquilo capaz de realizar ou produzir 
trabalho. 
Todas as movimentações que ocorrem no universo podem gerar forças 
capazes de transformar a energia em um encadeamento sucessivo, ou seja, em 
modalidades diferentes de energia. As pessoas somente sentem os efeitos da 
energia através dos sentidos, e apresenta-se sob as seguintes formas: mecânica, 
elétrica, térmica, luminosa, sonora, química, atômica, eólica, cinética, as quais 
veremos a seguir. 
 
3.1 Tipos de energia 
a) Energia Mecânica: 
� é constituída por duas modalidades de energia – a cinética e a potencial; 
� quando a energia está associada a movimento, chama-se, em física, energia 
cinética. No momento em que a carga está parada, no aguardo para produzir 
trabalho, chama-se energia potencial, e é a energia que está relacionada à 
posição que se encontra o corpo, por exemplo; 
� enquanto a energia cinética pode vir da energia do vento, da água corrente, 
etc.; a energia potencial pode provir da energia da água represada, dos 
elásticos, das molas, etc. 
 
b) Energia Elétrica: 
� é uma forma de energia que apresenta inumeráveis benefícios, e, no decorrer 
dos tempos, tornou-se parte interessante e fundamental das nossas 
atividades diárias. É tão importante que nossa vida seria praticamente 
impossível sem sua existência, e muitas vezes não damos conta da sua 
importância, somente no momento da sua falta; 
� é a forma mais prática de energia, pois pode ser transportada a grandes 
distâncias pelos condutores elétricos (fios ou cabos), desde a geração até os 
centros de consumo, que são os lares, as indústrias, os comércios, etc.; 
 
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� além de poder ser transportada com facilidade, pode ser transformada em 
outras modalidades de energia, sem muitas dificuldades e com custos 
efetivamente baixos. 
 
c) A energia térmica ou calorífica – ao passar pela resistência de, por 
exemplo, um chuveiro, um aquecedor, um ferro de passar, converte-se em calor. 
d) A energia luminosa – acontece quando a corrente elétrica percorre o 
filamento de lâmpadas, acendendo-as e assim produzindo esse tipo de energia. 
e) Quanto à energia sonora, esta acontece quando a energia percorre os 
circuitos de um aparelho como o rádio ou o ipod. 
f) A energia cinética por sua vez acontece devido a capacidade da energia 
elétrica acionar o motor e produzir movimento. 
A energia elétrica, normalmente, não é utilizada no mesmo local onde é 
produzida. Como é produzida a grandes distâncias do centro de consumo, é 
necessário que seja transportada; e por motivos econômicos, isso é feito em altas 
tensões (CAVALIN; CERVELIN, 2011). 
Assim sendo, a energia elétrica desenvolve-se em quatro fases 
fundamentais: 
1º. Geração (produção). 
2º. Transmissão. 
3º. Distribuição. 
4º. Utilização. 
 
3.2 Geração de energia 
Existem várias formas de se gerar energia elétrica, mas as opções diminuem 
quando se trata de quantidades para consumo de uma sociedade. As mais comuns 
seriam: 
a) Térmica: a energia que se transforma é o calor resultante da queima de 
algum combustível (derivado de petróleo como óleo combustível, gás natural, 
carvão, madeira, resíduos como bagaços, etc.). Em nível mundial, representa 
provavelmente a maior parcela. As instalações usam basicamente caldeiras que 
geram vapor que aciona turbinas que acionam geradores. Ou então, máquinas 
 
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térmicas como motores a diesel ou turbinas a gás. No aspecto ecológico apresenta 
problemas. A queima de combustíveis joga na atmosfera os mais variados poluentes 
como o enxofre além do dióxido de carbono, responsável pelo já preocupante efeito 
estufa (aquecimento global). Se madeira ou carvão vegetal são usados, a 
consequência é o desmatamento. 
b) Nuclear: pode ser entendida como uma energia térmica que usa caldeira, 
sendo a fonte de calor um reator nuclear em vez da queima de combustível. Por 
algum tempo foi considerada a solução do futuro para a geração de energia elétrica. 
Mas os vários acidentes ocorridos ao longo do tempo revelaram um enorme 
potencial de risco. Os resíduos (lixo atômico) são outro grave problema. Em vários 
países, não é mais permitida a construção de novas usinas nucleares. 
c) Hídrica: a energia potencial de uma queda d'água é usada para acionar 
turbinas que, por sua vez, acionam geradores elétricos. Em geral as quedas d'água 
são artificialmente construídas (barragens), formando extensos reservatórios, 
necessários para garantir o suprimento em períodos de pouca chuva. Não é um 
método totalmente inofensivo para o ambiente. Afinal, os reservatórios ocupam 
áreas enormes, mas é um problema consideravelmente menor que os anteriores. 
Evidente que a disponibilidade é totalmente dependente dos recursos hídricos de 
cada região. No Brasil representa a maior parcela da energia gerada. 
Outros meios, como a energia solar e energia eólica, considerados 
ecologicamente limpos, vêm sendo usados cada vez mais, embora a participação 
global seja ainda pequena (BOLSONI, 2007). 
d) Solar: em geral, a energia da radiação solar é convertida diretamente em 
elétrica com o uso de células fotovoltaicas. Há necessidade de acumuladores 
(baterias) para suprir picos de demanda e fornecer energia durante a noite. Usado 
principalmente para pequenas unidades residenciais em zonas rurais. 
e) Eólico: o arraste dos ventos aciona pás acopladas a geradores. É claro 
que a viabilidade depende das características climáticas da região. Em alguns 
países sua participação vem aumentando, devido à possibilidade de se obter 
quantidades razoáveis de energia com quase nenhum prejuízo ecológico. 
Entretanto, é sempre um sistema complementar a um outro, uma vez que a 
irregularidade dos ventos não permite um fornecimento constante. 
 
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Abaixo descrevemos o processo de geração de energia, citando como 
exemplo a usina de Itaipu (PR), Brasil. 
Para movimentar o eixo das turbinas, podemos utilizar vários tipos de fonte, 
como a queda-d'água (hidráulica), a propulsão a vapor (térmica), utilizando a queima 
de combustíveis (gasolina, diesel, carvão) e pela fissão de materiais como o urânio 
ou tório (nuclear). Podemos ter várias formas de geração de energia elétrica. A mais 
econômica, que produz grandes quantidades de energia elétrica, utiliza a energia 
potencial da água de grandes reservatórios, que movimentam os grandes geradores 
(CAVALIN; CERVELIN, 2011). 
Quando da construção de uma usina, primeiramente, é preciso levantar 
indicadores (econômicos, técnicos, ecológicos e sociais) para posteriormente fazer a 
opção do tipo de usina a ser construída naquele local. O caminho percorrido pela 
energia, desde sua geração até o ponto de consumo é o seguinte: 
1º - Barragem 
A barragem tem como finalidade represar a água, possibilitando a 
concentração de uma grande quantidade de energia potencial. 
Em função da quantidade de energia elétrica a ser gerada, escolhe-se o 
melhor lugar para a construção da barragem, levando-se em consideração o clima 
da região, a vazão do rio, a topografia do local, o tipo de rocha, e a facilidade no 
deslocamento de materiais de construção até a obra. 
2º - Condutos Forçados 
O conduto forçado, também chamado de tomadas de água, sai da barragem 
e vai até a turbina na casa de força. 
Ele varia de diâmetro e comprimento em função da potência da turbina, a 
qual está acoplada ao gerador. No caso da Usina Hidroelétrica de Itaipu, o conduto 
forçado tem 10,5m de diâmetro interno. 
3º - Casa de Força 
Cada conduto vai a uma turbina, que está acoplada a um gerador. 
Para gerar energia internamente nas máquinas são instalados eletroímãs. 
Sabemos que toda vez que há o movimento de um condutor ao redor de um ímã, 
nas extremidades desse condutor surge uma diferença de potencial. A quantidade 
de energia gerada (conseguida) na extremidade dos condutores depende do 
 
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tamanho dos eletroímãs, da quantidade e seção dos condutores instalados dentro 
dos geradores. Desta forma, podemos adquirir geradores comerciais que variam de 
pequenas potências 0,5kW, 10kW, 100kW, e tensões, como 127V, 220V, 380V, 
6,9kV, 13,8kV e 18,0kV. 
4º - Subestação Elevadora 
Como os geradores são para potências elevadas (MW) e a tensão comercial 
gerada é razoavelmente baixa (kV), a corrente elétrica no gerador é de grande 
intensidade. Por fatores econômicos, a subestação elevadora é construída o mais 
próximo possível da geração. 
Dentro dessa subestação são colocados os transformadores elevadores, 
que recebem dos geradores as tensões de 6,9kV, 13,8kV ou 18,0kV e elevam-nas 
para as tensões de transmissão, que são de 69kV, 138kV, 230kV, etc. 
Como a corrente produzida (pelos geradores) é muito alta, inviabilizando o 
transporte até os centros de consumo, eleva-se a tensão (consequentemente, 
diminuindo a corrente) para que possamos fazer a transmissão dessa energia a 
longas distâncias por torres de transmissão (5º), com bitolas de condutores mais 
finos. 
No gerador P = E x I 
Na transmissão P = E x I 
 
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Vista em corte da usina hidrelétrica de Itaipu 
 
Fonte: Cavalin; Cervelin (2011, p. 20). 
 
O tamanho do gerador (ou geradores) é calculado em função da quantidade 
de energia que vai ser gerada para atender a certa região ou comunidade. Segundo 
a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (COPEL), a tensão comercial gerada 
e fornecida na saída dos geradores é trifásica de 6,9kV, 13,8kV ou 18,0kV com 
valores bem elevados de corrente (kA) e potência (MW). 
6º - Subestação Abaixadora 
Pelas torres de transmissão, essa energia é transportada até os centros de 
consumo. A energia chega em uma subestação abaixadora, onde recebe os valores 
de tensão de 69kV, 138kV, 230kV, etc., e através de transformadores, abaixa-os 
para os valores de “tensão de distribuição” de 34,5kV e 13,8kV. Essas tensões 
seguem até a subestação de distribuição. 
 
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197º - Subestação de Distribuição 
Da subestação de distribuição, os condutores saem e seguem para a 
distribuição urbana (8º) (cidade) em 13 8kV. 
Nas ruas, de trechos em trechos, conforme o consumo e em função da 
quantidade de consumidores, são instalados transformadores nos postes da 
concessionária, que reduzem a tensão de 13 8kV para a baixa tensão em 127V e 
220V (padrão COPEL) para a utilização residencial (9º) ou industrial (10º). 
De um dos condutores (11º) da rede de 34,5kV deriva para a “distribuição 
rural” (12º). Como segue apenas uma fase (monofásico), para a distribuição rural a 
tensão é 34,5/ √3= 19,9kV. Na propriedade do consumidor, para obter a baixa 
tensão, ou seja, a tensão de distribuição, o neutro é derivado do solo, fazendo com 
que a tensão entre neutro e fase seja 127V e entre fases a tensão é 254V. 
Segundo a Norma Brasileira, as tensões alternadas são classificadas em 
quatro níveis: 
1) Baixa Tensão: vai até 1.000V. 
2) Média Tensão: acima de 1.000V até 72.500V. 
3) Alta Tensão: acima de 72.500 até 242.000V. 
4) Extra-Alta Tensão: acima de 242.000V. 
As tensões podem ser subdivididas em1: 
� EBT/UBT = 48V; 24V e 12V. 
� BT = 1000V; 760V; 660V; 440V; 380V; 230V; 220V; 127V (FN) e 115V (FN). 
� MT (ou AT de Distribuição) = 34,5kV; 25,8kV; 23kV; 13,8kV; 13,2kV; 12,6kV; 
11,5kV; 6,9kV; 4,16kV e 2,13kV. 
� AT (Tensão de Transmissão) = 500kV; 230kV e 138kV. 
� Tensão de sub transmissão = 69kV. 
� EAT = 600kVcc (corrente contínua). 
� EAT = 750kV. 
� UAT = 800kV. 
 
3.3 Transmissão de energia 
Muitas vezes, a geração de energia elétrica ocorre em locais distantes dos 
centros consumidores. No caso predominante no Brasil (geração hídrica), a natureza 
 
1 BT = Baixa Tensão; AT = Alta Tensão; EBT = Extra-Baixa Tensão; MT = Média Tensão; EAT = 
Extra-Alta Tensão e UAT = Ultra-Alta Tensão 
 
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impõe os locais onde sejam viáveis as construções das barragens. É comum usinas 
geradoras distantes centenas ou milhares de quilômetros dos grandes centros. 
Assim são necessários meios eficientes de levar essa energia (BOLSONI, 2007). 
A ilustração abaixo dá o esquema simplificado de uma transmissão. Após o 
gerador, transformadores da subestação elevadora aumentam a tensão para um 
valor alto. Dependendo da cada região, pode variar de 69 a 750 KV. Uma vez que as 
linhas transmissoras aproximam-se dos centros de consumo, transformadores de 
uma subestação redutora diminuem a tensão para um valor de distribuição. 
Esquema simplificado de transmissão 
 
Fonte: Bolsoni (2007, p. 4). 
A tensão de transmissão é alta porque se transmitida com baixas tensões na 
potência necessária para atender milhares de consumidores, a bitola dos condutores 
precisariam ser tão grande que tornaria o sistema economicamente inviável. 
É claro que, na prática, os sistemas de transmissão não são tão simples 
assim. Usinas normalmente dispõem de vários conjuntos turbina-gerador que 
trabalham em paralelo. As transmissões de diferentes usinas e diferentes centros 
consumidores são interligados de forma a garantir o suprimento em caso de panes e 
outros problemas. 
 
3.4 Distribuição de energia 
Uma rede de distribuição deve fazer a energia chegar até os consumidores 
de forma mais eficiente possível. 
Vimos que quanto mais alta a tensão menor a bitola dos condutores para 
transmitir a mesma potência. Assim, redes de distribuição em geral operam com, no 
mínimo, duas tensões. As mais altas para os consumidores de maior porte e as mais 
baixas para os pequenos. 
 
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Veja a ilustração abaixo: 
 
Fonte: Bolsoni (2007, p. 5). 
 
Ela mostra o esquema simplificado de uma distribuição típica. A subestação 
redutora diminui a tensão da linha de transmissão para 13,8kV, chamada 
distribuição primária, que é o padrão geralmente usado nos centros urbanos no 
Brasil. São aqueles 3 fios que se vê normalmente no topo dos postes de energia e 
ainda é classificada como “alta tensão”. Essa tensão primária é fornecida aos 
consumidores de maior porte como indústrias, que por sua vez, dispõem de suas 
próprias subestações para rebaixar a tensão ao nível de alimentação dos seus 
equipamentos. 
A tensão primária também alimenta aqueles transformadores localizados nos 
postes que reduzem a tensão ao nível de ligação de aparelhos elétricos comuns de 
127/220V (fase neutro, fase), para consumidores de pequeno porte como 
residências. É a chamada distribuição secundária. A rede é formada pelos quatro 
fios (separados e sem isolação ou juntos e com isolação) que se observam na parte 
intermediária dos postes. 
É evidente que uma distribuição simples assim é típica de uma cidade de 
pequeno porte. Cidades maiores podem ser supridas com várias linhas de 
transmissão, dispondo de várias subestações redutoras e estas podem conter 
múltiplos transformadores, formando assim várias redes de distribuição. Também 
pode haver várias tensões de distribuição primária (BOLSONI, 2007). 
 
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Indústrias de grande porte, consumidoras intensivas de energia elétrica, em 
geral são supridas com tensões bastante altas, às vezes a da própria transmissão, 
para evitar altos custos da rede. Então “coletam” a energia diretamente da linha de 
alta tensão. Nesse caso, dentro da própria planta industrial, existe um transformador 
abaixador que fica dentro de uma cabine primária, cuja entrada é de 13,8KV e a 
saída de acordo com a necessidade (440V, 380V, 220V). 
Indústrias de pequeno porte são abastecidas em baixa tensão, onde a 
origem é o transformador externo (poste da rede pública). 
 
Esquema Unifilar da Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica 
 
G – Gerador; SE - Subestação Elevadora; LT - Linha de Transmissão; SA - Subestação Abaixadora; 
DP - Distribuição Primária; DS - Distribuição Secundária; TI' T2' T3 e T4 – Transformadores. 
 
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UNIDADE 4 – ELETRICIDADE 
 
Eletricidade é uma forma de energia e toda matéria possui alguma 
propriedade elétrica. A matéria é formada por minúsculas partículas chamadas 
átomos. O átomo possui dois tipos de carga elétrica: Positiva (prótons) no seu 
núcleo e Negativa (elétrons) girando em volta do núcleo. 
Já vimos o que é energia, seus diversos tipos, os processos de geração, 
transmissão e distribuição. Vimos que de todas as formas de energia, a eletricidade, 
ou energia elétrica, é uma das mais versáteis, pois se transforma com muita 
facilidade e eficiência em muitas outras modalidades. 
Vamos partir agora para maisalguns conceitos básicos que nos levam a 
caminhar pelos meandros da engenharia elétrica, i.e., a eletricidade, que é a 
essência dessa modalidade de energia, ou seja, as partículas que de fato 
determinam seu comportamento. 
 
4.1 A matéria 
No entendimento de Cavalin e Cervelin (2011), o estudo da eletricidade fica 
mais fácil se a analisarmos a partir dos conceitos básicos da estrutura da matéria. 
Tudo o que existe no universo, desde estrelas e planetas situados nos 
pontos mais afastados até a menor partícula de poeira, é constituído de matéria, que 
pode se apresentar das mais variadas formas. 
A menor parte da matéria, sem que ela perca suas características originais, 
é denominada molécula. Abaixo temos uma molécula da água. 
A molécula de H2O 
 
Se dividirmos as moléculas, elas perdem suas características, e na divisão 
obtêm-se partículas denominadas átomos. Os átomos são compostos por partículas 
infinitesimais (muito pequenas) denominadas prótons, nêutrons e elétrons. 
 
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Os prótons e nêutrons estão localizados no núcleo. Enquanto prótons 
comportam-se como carga elétrica elementar positiva, nêutrons não têm carga 
elétrica. 
Os elétrons estão localizados na eletrosfera e possuem carga elétrica 
negativa. 
Átomo em grego significa indivisível. Até há pouco tempo julgava-se correto 
este significado, porém, com o aprofundamento dos estudos e pesquisas da física 
nuclear, verificou-se que o fenômeno da indivisibilidade não era verdadeiro, pois 
através de bombardeamentos é possível a divisão do átomo, que gera a famosa e 
polêmica energia atômica ou energia nuclear. 
A disposição das partículas do átomo (prótons, nêutrons e elétrons), 
conforme a teoria atômica, foi proposta pelo físico dinamarquês Niels Bohr (1885-
1962) que caracteriza uma semelhança muito grande com o sistema solar, ou seja: 
� o núcleo representa o Sol e é constituído por prótons e nêutrons; 
� os elétrons giram em volta do núcleo em órbitas planetárias. 
 
Modelo atômico de Bohr 
 
Os elétrons que giram em órbitas mais externas do átomo são atraídos pelo 
núcleo com menor força do que os elétrons das órbitas mais próximas. Os mais 
afastados são denominados elétrons livres, e com muita facilidade podem se 
desprender de suas órbitas. 
Devido a essa característica, podemos dizer que os elétrons livres sob uma 
tensão elétrica dão origem à corrente elétrica. 
A facilidade ou a dificuldade de os elétrons livres se libertarem ou se 
deslocarem de suas órbitas determina a condutibilidade elétrica da matéria ou 
substância. Ou seja: se os elétrons se libertarem com facilidade de suas órbitas, 
 
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como é o caso dos metais como o ouro, a prata, o cobre, o alumínio, a platina, etc., 
esses materiais recebem o nome de condutores elétricos. 
Entretanto, se os elétrons tiverem dificuldade de se libertar de suas órbitas, 
isto é, estiverem presos ao núcleo, como é o caso do vidro, cerâmica, plástico, 
baquelite, etc., esses materiais serão denominados de isolantes elétricos. 
Até o momento vimos, teoricamente, que a “eletricidade” é constituída por 
partículas diminutas chamadas elétrons, prótons e nêutrons, e que os elétrons se 
movem com maior ou menor velocidade dependendo das características dos 
materiais. Mas como ver/sentir/perceber/medir esses efeitos na prática? 
Pedimos desculpas, mas seremos extremamente didáticos: pois bem, dia de 
tempestade, raios e relâmpagos por todos os lados, eis que temos a oportunidade 
de ver a formação de uma centelha ou ... ao fecharmos um interruptor, verificamos 
que a lâmpada acende. Também, em algum momento da vida, experimentamos a 
sensação de um choque elétrico ao tocarmos em partes energizadas de uma 
instalação elétrica. 
Já vimos e sentimos! 
Para medir e registrar a energia elétrica nada mais do que utilizarmos 
instrumentos adequados como, por exemplo, voltímetros, amperímetros, etc. 
Quanto aos efeitos da eletricidade, estes são possíveis devido aos seguintes 
fatores ou grandezas elétricas: 
� corrente elétrica; 
� tensão elétrica; 
� potência elétrica; 
� resistência elétrica. 
 
4.2 Grandezas elétricas 
Corrente elétrica é o movimento ordenado de elétrons livres no interior de 
um condutor elétrico, sob a influência de uma fonte de tensão elétrica. 
O instrumento usado para medir a corrente elétrica é o amperímetro (A). 
A corrente elétrica é representada pela letra “I”. 
A unidade de medida de corrente elétrica é o ampêre (A). 
 
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Só haverá corrente elétrica se houver uma carga conectada a um circuito 
fechado, isto é, quando os terminais de uma determinada carga (chuveiro, motor, 
lâmpada) estiverem ligados, por meio de condutores elétricos, a uma fonte de 
tensão elétrica, portanto, Tensão elétrica é a força exercida nos extremos do 
circuito, para movimentar de forma ordenada os elétrons livres. 
O instrumento usado para medir tensão elétrica é o voltímetro (V). 
O símbolo que representa a tensão elétrica é a letra “V”. 
A unidade de medida de tensão elétrica é o volt (V). 
A potência elétrica é uma grandeza utilizada com frequência na 
especificação dos equipamentos elétricos. Ela determina basicamente quanto uma 
lâmpada é capaz de emitir luz, o quanto o motor elétrico é capaz de produzir 
trabalho ou a carga mecânica que pode suportar em seu eixo, o quanto um chuveiro 
é capaz de aquecer a água, ou quanto um aquecedor de ambientes é capaz de 
produzir calor, etc. 
A potência normalmente é responsável pelas dimensões dos equipamentos 
ou máquinas. Quanto maior a potência, maior será o trabalho realizado em um 
determinado tempo. 
Para haver potência elétrica é necessário tensão elétrica (V) e corrente 
elétrica (I). 
 
Guarde... 
Sobre corrente, tensão e potência, podemos concluir que num circuito com 
uma lâmpada incandescente de 100W, ligada a uma fonte de tensão variável, 
teremos: 
a) diminuindo a tensão e a corrente, o brilho da lâmpada será menor (menor 
potência). 
b) aumentando a tensão e a corrente, o brilho da lâmpada será maior (maior 
potência). 
Isto significa que a tensão, a corrente e a potência variam de maneira direta. 
Num sistema elétrico existem três tipos de potência (lâmpadas = potência 
luminosa; chuveiro = potência térmica; motor = potência mecânica): 
 
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Potência ativa é a capacidade real de as cargas produzirem trabalho. É 
aquela que realmente se transforma em potência luminosa, térmica ou mecânica. 
É representada pela letra P. 
A unidade de medida de potência ativa é o watt(W), ou o seu múltiplo que é 
o quilowatt (kW). 
O instrumento usado para medir potência ativa é o wattímetro. 
 
A relação existente entre cv, hp e kW é a seguinte: 
1cv = 736W ou 1cv = 0,736kW => 1kW = 1,36cv 
1hp = 746W ou 1hp = 0,746kW => 1kW = 1,34hp 
 
Potência reativa é a responsável pela produção dos campos 
eletromagnéticos necessários para o funcionamento de equipamentos, tais como 
reatores, motores e transformadores. 
A unidade de potência reativa é o var (volt-ampère-reativo) ou kvar. 
O instrumento para fazer a medição da potência reativa é o varímetro. 
As concessionárias de energia elétrica utilizam o quilovolt-ampère-reativo 
hora (kvarh) para registrar o consumo de energia reativa do consumidor. 
 
Potência aparente é o produto da multiplicação da tensão elétrica pelo valor 
da corrente instantânea. A potência ativa e a potência reativa juntas constituem a 
potência aparente, que é a potência total gerada e transmitida à carga. 
A unidade de potência aparente é o VA (volt-ampère) ou kVA ou MVA. 
O fator de potência é um índice que mostra a forma como a energia elétrica 
recebida está sendo utilizada, ou seja, indica quanto a energia solicitada (aparente) 
está realmente sendo usada de forma útil (energia ativa). 
O instrumento para medir o fator de potência é o cossefímetro. 
Ele é determinado pela aplicação da seguinte expressão: 
 
 
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O fator de potência pode apresentar-se de duas formas: 
1) Circuitos puramente resistivos como lâmpadas incandescentes, chuveiros 
e aquecedores, o FP = cos φ =1,0. 
2) Circuitos indutivos tipo motores, transformadores e reatores, o FP = cos φ 
< 1,0. 
Resistência elétrica é a oposição oferecida por todos os elementos do 
circuito à passagem da corrente elétrica. 
A resistência elétrica é representada pela letra “R”. 
A expressão matemática da lei de Ohm é: 
 
Em que: 
R - Resistência elétrica, em ohm (Ω). 
E - Tensão elétrica, em volt (V). 
I - Intensidade de corrente elétrica, em ampère (A). 
 
Foi desta forma que nasceu a Lei de Ohm: 
A intensidade da corrente elétrica que passa por uma resistência 
elétrica é diretamente proporcional à diferença de potencial ou tensão elétrica 
entre os terminais da resistência. 
 
A unidade de medida da resistência elétrica é o ohm (Ω). 
O instrumento usado para medir resistência elétrica é o ohmímetro. 
O símbolo de resistência elétrica é um retângulo: 
 
 
4.3 Tipos de circuitos 
Podemos definir circuito como o caminho completo para a circulação de 
corrente elétrica. 
 
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Quando dizemos que um circuito é em série, ele contém duas ou mais 
cargas, porém um único caminho para a circulação da corrente; sai da fonte de 
tensão, passa pelas cargas e volta à fonte, conforme ilustrado abaixo: 
 
 
No circuito em série, a resistência total é igual à soma das resistências 
individuais ao longo do circuito. 
Isto é RT = R1 + R2 + R3 + Rn 
A tensão fornecida pela fonte do circuito série se divide pelo número de 
resistores de cada carga. Então, a soma das quedas de tensões individuais de cada 
carga é igual à tensão da fonte. 
Isto é: 
VT = VR1 + VR2 + VR3 + VRn 
A corrente total (It) pode ser calculada da seguinte forma: 
 
A desvantagem dos circuitos em série ocorre quando da abertura de 
qualquer parte do circuito; simultaneamente a corrente para de circular e a tensão é 
retirada de todas as cargas. 
Os circuitos em série são aplicados em: 
� lâmpadas ligadas em série de árvores de Natal; 
� controle de velocidade de motores; 
� controle de intensidade luminosa; 
� em circuitos eletrônicos. 
 
Sobre o sentido da corrente e polaridade: 
 
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recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
30
 
A - Sentido Real da Corrente 
A corrente elétrica circula através da bateria do polo negativo para o polo 
positivo. Desta forma, a bateria está fornecendo energia para a carga. 
A corrente no interior da bateria circula do polo negativo para o polo positivo, 
contudo, a corrente externa circula do terminal positivo para o terminal negativo da 
bateria. 
B - Sentido Convencional da Corrente 
Os sinais de polaridade mostram nos resistores que a corrente circula do 
terminal positivo dos resistores para o terminal negativo. A corrente no circuito série 
pode ser medida inserindo-se um amperímetro em série. 
Como existe somente um caminho para a circulação da corrente, qualquer 
parte do circuito pode ser interrompida para inserir o amperímetro. Todos os 
amperímetros das figuras seguintes medem o mesmo valor de corrente, mostrando 
que em cada caso a tensão e a resistência total são as mesmas. 
 
Os paralelos são circuitos de várias cargas que têm mais de um caminho 
para a corrente. Cada caminho da corrente é chamado de ramo. 
O circuito da figura seguinte tem três ramos, e a corrente se divide entre os 
três. 
 
 
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Cada ramo, independentemente dos outros, tem sua própria carga. A 
corrente e a potência em um ramo são independentes da corrente, resistência ou 
potência de qualquer outro ramo. 
No circuito paralelo, todas as tensões, a da fonte e a de todos os ramos, são 
iguais. 
Nas figuras a seguir, cada voltímetro indica a mesma tensão. 
 
 
Em um circuito paralelo, a relação entre tensão da fonte e tensão na carga é 
expressa como: 
 
A corrente total no circuito paralelo é igual à soma das correntes individuais 
de cada ramo. A corrente total se divide em duas ou mais correntes no nó. 
As várias correntes que chegam ou deixam um nó são relacionadas pela Lei 
da Corrente de Kirchoff, a qual estabelece que a soma das correntes que chegam a 
um nó é igual à soma das correntes que deixam o mesmo nó não importando o 
número de fios conectados ao nó. 
A relação das correntes em circuitos paralelos é expressa por: 
 
 
Quanto à resistência nos circuitos paralelos: 
A resistência total em um circuito paralelo é sempre menor que a resistência 
dos ramos. Quando adicionamos resistores em paralelo ao circuito, a corrente total 
aumenta e a resistência total diminui. 
Pode até parecer ilógico que adicionando resistências em paralelo com o 
circuito, decresça a resistência total. A lógica da afirmativa pode ser observada com 
o uso da Lei de Ohm. Veja: 
 
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Finalmente, tanto o numerador quanto o denominador da equação podem 
ser divididos por VT. Assim: 
 
Quando tivermos somente dois resistores em paralelo, podemos usar a 
fórmula simplificada. 
 
 
Caso tenhamos um circuito paralelo com resistências de valores iguais, a 
resistência total pode ser calculada da seguinte forma: 
 
 
4.4 Condutores elétricos 
Em geral, dá-se o nome de cabo ao conjunto de condutor, camada isolante e 
capa de proteção, conforme a ilustração a seguir: 
 
É evidente que a única parte essencial é o condutor. As demais podem 
existir ou não. Exemplos: existem cabos completamente sem isolação (cabos nus), 
usados em linhas aéreas, aterramento, para-raios e em outros casos. Nos cabos 
usados em instalações residenciais, tomadas, ligações internas de aparelhos e 
 
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outros, isolante e capa são normalmente uma única camada. Cabos para alta tensão 
geralmente têm uma camada a mais, metálica, entre o isolante e a capa 
(blindagem). 
O condutor pode ser um único fio (fio rígido) ou ser formado por um 
agrupamento de fios mais finos, o que dá uma flexibilidade ao cabo (cabo flexível). É 
mais comum a designação fio rígido ou fio flexível. 
A maioria das instalações residenciais e comerciais usa fios rígidos por uma 
questão de custo. Melhor se fossem flexíveis. Estes têm menos tendência de se 
soltarem dos terminais e bornes de ligação. 
O material do condutor é quase sempre o cobre. É o metal que apresenta 
melhor compromisso entre condutividade elétrica e custo. Em alguns casos, como 
linhas de transmissão, é usado o alumínio. 
A capacidade de condução de corrente de um cabo depende basicamente 
da bitola do condutor. Entretanto, isso não deve ser o único critério de 
dimensionamento. Exemplo: uma carga é alimentada por um cabo de comprimento 
10 m, se for deslocada e o cabo agora tem 100 m, poderá ser necessária uma bitola 
maior para manter a queda de tensão dentro do tolerável. 
A padronização dos cabos segundo a capacidade é dada pela área da seção 
transversal do condutor em milímetros quadrados (mm2). A tabela abaixo dá os 
valores usuais de capacidade de condução em corrente para as seções 
padronizadas (BOLSONI, 2007). 
Tais valores se referem a cabos isolados com PVC, a 70ºC, temperatura 
ambiente de 30ºC, instalados em calhas ou dutos. Ver catálogos dos fabricantes 
para mais detalhes. 
 
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Seção (mm2) 2 condutores carregados (A) 3 condutores carregados (A) 
0,5 9 8 
1 13,5 12 
1,5 17,5 15,5 
2,5 24 21 
4 32 28 
6 41 36 
10 57 50 
16 76 68 
25 101 89 
35 125 111 
 
 
 
 
 
 
 
 
Padronização de cores de cabos para instalações: 
Segundo Bolsoni (2007), na maioria das instalações residenciais e 
comerciais, não há qualquer critério para diferenciar os condutores. Uma distinção 
por meio de cores é altamente vantajosa, tanto para os serviços de instalação 
quanto eventuais reparos e substituições. Abaixo temos o padrão normalmente 
adotado. 
Fase R – preto ************ Fase S – branco ********* Fase T – vermelho 
Neutro - azul claro ************* Terra - verde 
Seção (mm2) 2 condutores carregados (A) 3 condutores carregados (A) 
50 151 134 
70 192 171 
95 232 207 
120 269 239 
150 309 272 
185 353 310 
240 415 364 
300 473 419 
400 566 502 
500 651 578 
 
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UNIDADE 5 – ANEEL E CONCESSIONÁRIAS DE ENERGIA 
 
A Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel – é responsável pela 
regulação e fiscalização do mercado de energia elétrica no Brasil. Ela controla a 
energia elétrica desde a geração até a chegada nas residências de todo o país. E 
em cada etapa desse caminho existem empresas trabalhando: geradoras, que 
produzem a energia elétrica; transmissoras, que levam a energia até as cidades; 
distribuidoras, que fazem a energia chegar até a sua casa ou empresa; e ainda 
existem outras. 
Além de trabalhar para que os serviços de eletricidade sejam prestados com 
qualidade, a Aneel também atende e informa a sociedade, esclarecendo dúvidas e 
considerando os interesses do governo, das empresas e dos consumidores. 
Disponível em: http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/cartilha_uso_eficiente.pdf 
A missão da ANEEL é proporcionar condições favoráveis para que o 
mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em 
benefício da sociedade. 
No site da Aneel encontram-se outras informações pertinentes a área. 
Abaixo temos os links para as concessionárias atuantes no Brasil: 
AES SUL Distribuidora Gaúcha de Energia S/A 
AES Tietê S/A 
AmE - Amazonas Distribuidora de Energia 
AMPLA Energia e Serviços S/A 
Bandeirante de Energia 
Boa Vista Energia 
CEAL - Companhia Energética de Alagoas 
CEB - Companhia Energética de Brasília 
CELESC - Centrais Elétricas de Santa Catarina 
CELG - Companhia Energética de Goiás 
CELPE - Companhia Energética de Pernambuco 
CEMAR - Companhia Energética do Maranhão S/A 
CEMAT - Centrais Elétricas Matogrossenses 
CEMIG - Companhia Energética de Minas Gerais 
CERON - Centrais Elétricas de Rondônia S/A 
CESP - Companhia Energética de São Paulo 
CHESF - Companhia Hidrelétrica do São Francisco 
 
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CLFSC - Companhia Luz e Força Santa Cruz 
COCEL - Companhia Campolarguense de Energia 
COELBA - Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia 
COELCE - Companhia Energética do Ceará 
COOPERALIANÇA - Cooperativa Aliança 
COPEL - Companhia Paranaense de Energia 
COSERN - Companhia Energética do Rio Grande do Norte 
CPFL - Companhia Paulista de Força e Luz 
CTEEP - Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista 
DMEPC - Departamento Municipal de Eletricidade de Poços de Caldas 
EBO - Energisa Borborema 
EFLUL - Empresa Força e Luz Urussanga Ltda 
ELEKTRO - Eletricidade e Serviços S/A 
ELETROACRE - Companhia de Eletricidade do Acre 
ELETROBRÁS - Centrais Elétricas Brasileiras S.A 
ELETROCAR - Centrais Elétricas de Carazinho S/A. 
ELETRONORTE - Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A 
ELETRONUCLEAR - Eletrobrás Termonuclear S/A 
ELETROPAULO - Eletropaulo S.A - Eletricidade de São Paulo 
ELETROSUL - Eletrosul Centrais Elétricas S/A 
EMG - Energisa Minas Gerais 
ENERSUL - Empresa Energética do Mato Grosso do Sul 
ENF - Energisa Nova Friburgo 
EPB - Energisa Paraíba 
ESCELSA - Espírito Santo Centrais Elétricas S.A 
ESE - Energisa Sergipe 
FURNAS - Furnas Centrais Elétricas S.A 
GEAM - Grupo de Empresas Associadas Machadinho 
Grupo Rede - Holding que controla as Concessionárias 
HIDROPAN - Hidroelétrica Panambi S/A. 
Iguaçu Distribuidora de Energia Elétrica Ltda 
ITAIPU - BinacionalLIGHT - Light Serviços de Eletricidade S.A 
Muxfeldt Marin & Cia. Ltda 
RGE - Rio Grande Energia S/A 
SULGIPE - Companhia Sul Sergipana de Eletricidade 
TRACTEBEL - Tractebel Energia S/A 
 
 
 
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Outras entidades/órgãos/instituições de interesse para o engenheiro 
eletricista. 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) atua em todas as 
áreas técnicas do país. Produz normas em formato de texto que são adotados pelos 
órgãos governamentais (federais, estaduais e municipais) e pelas firmas. Compõem-
se de Normas (NB), Terminologia (TB), Simbologia (SB), Especificações (EB), 
Método de ensaio e Padronização (PB). 
A American National Standards Institute (ANSI), Instituto de Normas dos 
Estados Unidos, publica recomendações e normas em praticamente todas as áreas 
técnicas. Na área dos dispositivos de comando de baixa tensão tem adotado 
frequentemente especificações da UL e da NEMA. 
International Comission on Rules of the approval of Eletrical Equipment 
(CEE) – Especificações internacionais, destinadas, sobretudo, ao material de 
instalação. 
Canadian Eletrical Manufctures Association (CEMA) – Associação 
Canadense dos Fabricantes de Material Elétrico. 
Canadian Standards Association (CSA) – Entidade Canadense de Normas 
Técnicas, que publica as normas e concede certificado de conformidade. 
Danmarks Elektriske Materielkontrol (DEMKO) – Autoridade Dinamarquesa 
de Controle dos Materiais Elétricos que publica normas e concede certificados de 
conformidade. 
Deutsche Industrie Normen (DIN) – Associação de Normas Industriais 
Alemãs. Suas publicações são devidamente coordenadas com as da VDE. 
International Electrotechinical Comission (IEC) – Esta comissão é formada 
por representantes de todos os países industrializados. Recomendações da IEC, 
publicadas por esta Comissão, já são parcialmente adotadas e caminham para uma 
adoção na íntegra pelos diversos países ou, em outros casos, está se procedendo a 
uma aproximação ou adaptação das normas nacionais ao texto dessas normas 
internacionais. 
Japanese Electrotechinical Committee (JEC) – Comissão Japonesa de 
Eletrotécnica. 
 
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The Standards of Japan Electrical Manufactures Association (JEM) – 
Normas da Associação de Fabricantes de Material Elétrico do Japão. 
Japanese Industrial Standards (JIM) – Associação de Normas Industriais 
Japonesas. 
Kenring van Elektrotechnische Materialen (KEMA) – Associação Holandesa 
de ensaio de Materiais Elétricos. 
National Electrical Manufactures Association (NEMA) – Associação Nacional 
dos Fabricantes de Material Elétrico (E.U.A.). 
Osterreichischer Verband fur Elektrotechnik (OVE) – Associação Austríaca 
de Normas Técnicas, cujas determinações geralmente coincidem com as da IEC e 
VDE. 
Svensk Standard (SEN) – Associação Sueca de Normas Técnicas. 
Underwriters Laboratories Inc (UL) – Entidade nacional de ensaio da área de 
proteção contra incêndio, nos Estados Unidos, que, entre outros, realiza os ensaios 
de equipamentos elétricos e publica as suas prescrições. 
Union Tecnique de l’Electricité (UTE) – Associação Francesa de Normas 
Técnicas. 
Verband Deutscher Elektrotechniker (VDE) – Associação de Normas 
Técnicas alemãs, que publica normas e recomendações da área de eletricidade. 
 
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UNIDADE 6 – A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO 
 
Virou “lugar comum” justificarmos qualquer atitude ou decisão em termos de 
planejamento estratégico organizacional ao ambiente competitivo imposto pela 
globalização, mas é fato, não há como fugir dessa verdade que se impõe ao nosso 
cotidiano a todo o momento. 
O planejamento é componente essencial em qualquer tipo de organização 
ou atividade e tanto pode estar voltado para assegurar a continuidade de uma 
situação atual como pode estar voltado para inovação ou melhoria de um 
comportamento e ainda pode voltar-se para contingências futuras com um sentido 
mais preventivo. 
Pensando assim, o planejamento deve acontecer de maneira contínua, 
permanente e envolvendo um maior número de pessoas em sua elaboração e 
implementação. 
No tocante à manutenção, nesse ambiente competitivo real em que vivem as 
organizações, principalmente as industriais, ela deve atender às necessidades 
destas empresas, com destaque para a exigência crescente por qualidade de 
produtos e serviços e a automatização dos processos produtivos. A manutenção 
deve buscar seu aperfeiçoamento contínuo e se organizar para combater os 
desperdícios, procurando atingir a máxima eficácia, contribuindo assim para a 
competitividade dos produtos e serviços oferecidos pela empresa. 
Viana (2002) afirma que a Manutenção Industrial deve atuar na preservação 
dos equipamentos e instalações e proporcionar o máximo aproveitamento destes 
ativos para o processo produtivo. O alcance deste objetivo repercute em todos os 
aspectos do produto final de uma organização. O autor afirma ainda que a 
manutenção deve utilizar-se de formas de organização e técnicas para perseguir o 
zero defeito e a máxima disponibilidade dos equipamentos, não podendo limitar-se a 
simples intervenção para correção dos problemas cotidianos. 
Campbell (1995 apud CALLIGARO, 2003) considera que muitas 
organizações “sofrem” por negligenciarem elementos essenciais para o sucesso, 
como por exemplo, a Manutenção Industrial. Destaca ainda que essa manutenção 
tem a função de manter os ativos físicos nas suas melhores condições, de modo a 
garantir a capacidade de produzir e prover bens e serviços. Permite, desta forma, a 
 
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expansão da capacidade do processo produtivo, proporciona a satisfação dos 
consumidores, mantém o processo produtivo em regime controlado e seguro, e 
mantém sob controle os riscos para o meio ambiente e segurança das pessoas. 
A manutenção desse modo tem influência direta sobre a lucratividade da 
empresa. Os ganhos decorrentes do adequado gerenciamento da manutenção, 
traduzidos na forma de aumento da confiabilidade dos equipamentos, redução dos 
custos e melhoria da qualidade dos produtos associados à atuação da manutenção, 
podem proporcionar preços mais competitivos e conquista de mercados. Os ganhos 
potenciais podem ser bastante expressivos, o que numa economia altamente 
competitiva, não deve ser desprezado. Por outro lado, deficiências de atuação da 
manutenção podem colocar em risco a competitividade da empresa, e, por 
conseguinte, a sua sobrevivência (XENOS, 1998). 
Essas três características (manutenibilidade, confiabilidade e 
disponibilidade) devem permear todo o processode manutenção, mas iniciar-se logo 
da fase de concepção de uma máquina. 
Essa condição nos leva a entender que a manutenção deve assessorar na 
hora da especificação e parecer técnico para compra e participar da instalação, fase 
de testes e condicionamento de partida. Por fim, deve-se providenciar o treinamento 
para as equipes de manutenção, organização da documentação, cadastro e 
suprimento de sobressalentes, e procedimentos de manutenção (CALLIGARO, 
2003). 
 
6.1 Definições, benefícios e finalidades da manutenção 
Slack et al (2002) definiram manutenção como o termo usado para abordar a 
forma pela qual as organizações tentam evitar as falhas ao cuidar de suas 
instalações físicas. É uma parte importante da maioria das atividades de produção, 
especialmente aquelas cujas instalações físicas têm papel fundamental na produção 
de seus bens e serviços. Em operações como centrais elétricas, hotéis, companhias 
aéreas e refinarias petroquímicas, as atividades de manutenção serão responsáveis 
por parte significativa do tempo e da atenção da gerência de manutenção. 
De acordo com Wyrebski (1997), a conservação de instrumentos e 
ferramentas é uma prática observada, historicamente, desde os primórdios da 
 
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civilização, mas, efetivamente, foi somente quando da invenção das primeiras 
máquinas têxteis, a vapor, no século XVI, que a função manutenção emerge. 
Naquela época, aquele que projetava as máquinas, treinava as pessoas 
para operarem e consertarem, intervindo apenas em casos mais complexos. Até 
então, o operador era o mantenedor – mecânico. Somente no século passado, 
quando as máquinas passam a serem movidas, também, por motores elétricos, é 
que surge a figura do mantenedor eletricista. 
Assim, com a necessidade de se manter em bom funcionamento todo e 
qualquer equipamento, ferramenta ou dispositivo para uso no trabalho, em épocas 
de paz, ou em combates militares nos tempos de guerra, houve a consequente 
evolução das formas de manutenção (SOUZA, 2008; SOUZA; SANTANA, 2012). 
Quanto aos benefícios atingidos quando a manutenção é atuante, Slack et 
al. (2002) citam os seguintes: 
� segurança melhorada – diminui o risco às pessoas que atuam no ambiente; 
� confiabilidade aumentada – menos tempo perdido com conserto; 
� qualidade maior – equipamentos em melhor desempenho; 
� custos de operação mais baixos – alguns elementos de tecnologia funcionam 
melhor quando recebem manutenção regularmente; 
� tempo de vida mais longo – prolongar a vida efetiva das instalações; 
� valor final mais alto – instalações bem mantidas propiciam vendas de 
segunda mão para o mercado. 
Precisamos lembrar que a programação da manutenção e sua organização 
contribuem para melhorias que vão desde o aumento da produtividade até a redução 
de custos. 
Voltando ainda ao processo produtivo, ele é o órgão vital, responsável por 
gerar bens e serviços a serem comercializados pela empresa. Para Tubino (1997) 
sua essência consiste em adicionar valor aos bens ou serviços durante o processo 
de transformação. Segundo esse conceito, todas as atividades produtivas que não 
adicionarem valor aos bens devem ser consideradas como perdas e eliminadas, 
ponto em que a manutenção encaixa-se perfeitamente. 
Observando a estrutura necessária ao desempenho satisfatório de uma 
função de manutenção, chega-se à conclusão que essa mesma estrutura evolui 
 
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continuamente. Logo, o paradigma ultrapassado de que a boa manutenção é aquela 
que executa um bom reparo também evolui agora para um novo conceito, de que 
uma boa manutenção é aquela que consegue evitar ao máximo as perdas não 
planejadas (PIRES, 2005). 
Finalmente, para Palmer (1998 apud PIRES, 2005), a finalidade da 
manutenção é permitir confiabilidade de capacidade a uma planta industrial. E 
seguindo este raciocínio, é preferível investir em equipamentos que cada vez menos 
necessitem de intervenção, ao invés de se adotar uma política que busque ser 
eficiente na reação e reparo. Deve-se buscar sempre a prevenção em primeira 
instância, agindo antes da falha. 
É preciso ficar claro de imediato que, de qualquer ângulo adotado, devemos 
perceber que a manutenção industrial visa de alguma maneira alcançar 
disponibilidade de acordo com a necessidade, ao menor custo, seja ele de capital 
humano ou financeiro, objetivando sempre o aumento da produtividade. 
A manutenção de equipamentos pode ser classificada em diversos tipos. Isso 
tem provocado confusão em sua caracterização. Por isso, é importante entender 
claramente cada tipo existente e como surgiram. 
As equipes de manutenção passaram a existir no início do século XX, 
quando, por ocasião da proximidade da Primeira Guerra Mundial, as fábricas tiveram 
a necessidade de se empenharem em um programa de produção mínima (BALDIM, 
1982 e VALE, 1978 apud BRANCO FILHO, 2008). 
O advento da eletricidade quase que concomitante, substituiu as instalações 
de iluminação a gás e os motores elétricos usados trouxeram os eletricistas para as 
equipes de manutenção. 
Após a guerra de 1914, acompanhando a evolução da indústria, a 
manutenção passou a existir em quase todas as unidades fabris, em atividades 
desenvolvidas após a quebra das peças ou parada das máquinas em falha. Era o 
que hoje conhecemos por manutenção corretiva. 
Esta situação perdurou até finais da década de 1930, quando a Segunda 
Guerra Mundial trouxe a necessidade do aumento de produção e do cumprimento de 
metas, trazendo ao pessoal à realidade de que alguns equipamentos não podiam 
parar durante certas tarefas. 
 
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A Administração Industrial forçava as equipes de manutenção a se 
preocuparem em sanar rapidamente as falhas e a efetuarem serviços que evitassem 
e prevenissem a ocorrência das falhas nos equipamentos mais importantes. 
O avanço das indústrias aeronáuticas, com métodos desenvolvidos para 
garantir que um avião voaria um tempo mínimo em bom estado de funcionamento, 
reforçou o desenvolvimento de técnicas e métodos de trabalho que atualmente 
chamamos de Manutenção Preventiva, porque não é possível efetuar reparos na 
maior parte dos equipamentos de uma aeronave em voo. 
Por volta dos anos de 1950 até 1960, em resposta à necessidade de garantir 
o funcionamento de uma máquina, foi criado um órgão, uma equipe especializada, 
que efetuava estudos sobre o quão confiável era o equipamento e o que fazer para 
que fosse mais confiável. Estudos em torno de como efetuar reparos mais rápidos, 
estudos para tornar as equipes mais eficientes, de melhores métodos de trabalho 
em manutenção, de quantidade adequada de sobressalentes, de melhoria de locais 
de trabalho, e também das características das falhas e sua repetição, passaram a 
ser desenvolvidos e encontram-se agrupados em torno do título “Engenharia de 
Manutenção”. 
Devido ao desenvolvimento dos computadores, aEngenharia de Manutenção 
passou a desenvolver processos mais sofisticados de controle e análise, utilizando-
se de fórmulas complexas visando predeterminar os períodos mais econômicos de 
execução da Manutenção Preventiva. 
A manutenção preventiva, aliada ao uso de medições e acompanhamento 
periódico nos equipamentos, com o uso de instrumentos sofisticados e até 
monitoração remota, introduziu já na década de 1960/1970 o conceito de 
Manutenção Preditiva ou “Controle Preditivo de Manutenção”, que é a manutenção 
efetuada apenas quando se detecta a aproximação de uma condição instável ou de 
uma falha. Se não existe a condição instável, o equipamento fica em funcionamento 
até que a proximidade de falha seja detectada. Por outro lado, o controle estatístico 
de falhas ocorridas, poderá indicar quando, provavelmente, o equipamento falhará. 
O método estatístico é uma valiosa ferramenta para a determinação da aproximação 
de uma condição de falha. 
 
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Em 1970, o Ministério de Tecnologia da Grã-Bretanha criou o conceito de 
terotecnologia, relacionado com a facilidade de manutenção das máquinas, 
equipamentos e sistemas. A terotecnologia consistia na participação dos operadores 
finais na fase de concepção dos projetos de sistemas, serviços ou equipamentos, 
para que se pensasse na facilidade de sua manutenção. 
Ao longo de sua evolução, a manutenção tem perdido o seu caráter corretivo 
e assumido cada vez mais uma postura preventiva. Esta evolução vem ao encontro 
da atual tendência econômica de globalização e canibalização de profissões, que 
não deixa muito espaço para um sistema produtivo estigmatizado por falhas 
frequentes. 
Hoje, a tendência é levar em conta a confiabilidade e a facilidade de 
manutenção do sistema, serviço ou equipamento ao projetá-lo, visto que os sistemas 
de produção estão cada vez mais complexos e interdependentes. Esta tendência é 
confirmada pelo uso crescente de uma nova filosofia de gerenciamento de 
manutenção, podendo aumentar a vida útil dos equipamentos, e redução na 
quantidade de peças sobressalentes, em cargas de trabalho na manutenção 
programada e nos custos de manutenção (RAMIREZ; CALDAS; SANTOS, 2002). 
A área de manutenção nas empresas é na atualidade encarada como 
estratégica. Termos como terotecnologia, ainda não conhecidos para muitos 
engenheiros, pode ser encarado como uma filosofia básica para a área de 
manutenção. A definição de terotecnologia diz respeito a uma combinação de 
gerenciamento, economia, engenharia, habilidades e outras práticas voltadas para 
aumentar a eficiência durante o ciclo de vida dos equipamentos e máquinas. 
Ao longo do tempo, a manutenção tem mudado substancialmente, talvez mais 
que outras atividades que envolvem gerenciamento. O incremento destas mudanças 
pode ser observado a partir do número e do ritmo de evolução das instalações e 
equipamentos, com projetos cada vez mais complexos a serem mantidos. Com 
estas mudanças, o desenvolvimento da engenharia nos últimos tempos tem sido 
surpreendente e a necessidade de formação complementar abrangente de 
atualização em suas especialidades passou a ser essencial para aprimoramento do 
conhecimento e das habilidades dos profissionais que atuam em manutenção 
(FORTES et al, 2010). 
 
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Como exemplo de manutenção preditiva por acompanhamento, cita-se a 
análise cromatográfica de óleos lubrificantes; detecção de ruído em rolamentos; 
vibração em máquinas rotativas; detecção do aumento de temperatura em alguns 
pontos (mancais, trocadores de calor, etc.); queda lenta e progressiva de pressão de 
lubrificantes em máquinas devido a maiores folgas; medições de folgas e 
tolerâncias; medições de rigidez dielétrica; técnicas de ultrassom, etc. 
 
Observe o esquema a seguir, e na sequência leia com atenção sobre os 
diferentes tipos de manutenção: 
 
 
A manutenção corretiva (MC) caracteriza-se pela seguinte condição: “o ativo 
opera até quebrar”. 
A MC consiste basicamente em deixar que as máquinas funcionem até que 
apresentem alguma falha ou algo próximo disso, para então programar a correção 
 
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dos problemas. É evidente que esse método é o que acarreta maiores custos 
associados às perdas de produção, devido às paradas inesperadas e à 
impossibilidade de um planejamento eficiente (PIRES, 2005). 
Pinto e Xavier (2001 apud RODRIGUES; HATAKEYAMA, 2003) definem a 
manutenção corretiva como a atuação para a correção da falha ou do desempenho 
menor que esperado, já para Branco Filho (2008), é todo trabalho de manutenção 
realizado em máquinas que estejam em falha para sanar essa falha. 
É a mais conhecida e baseia-se na ocorrência da falha do equipamento, 
para não executar o reparo. Implica perda de produção e danos consideráveis à 
máquina, constituindo-se no método mais dispendioso (BRANCO FILHO, 2008). 
Sob certo ponto de vista é até compreensível, por haver uma redução nos 
gastos de conservação, uma vez que o componente é substituído somente quando 
apresenta algum defeito. Nessa perspectiva, não há antecipação da falha (SANTOS, 
2010). 
A Manutenção Preventiva (MP) consiste em exercer um controle sobre o 
equipamento, de modo a reduzir a probabilidade de falhas ou queda no 
desempenho, baseado em intervalos regulares de manutenção, ou seja, 
obedecendo a um plano previamente elaborado (PINTO; XAVIER, 2001). 
Quando os ativos são considerados críticos, o mais indicado é adotar a MP, 
de modo a antecipar-se às possíveis falhas. Os planos de revisão seguem 
recomendações do fabricante e consideram aspectos relevantes, como histórico de 
ocorrências em equipamentos similares. Outra característica é sobre sua execução, 
na qual segue ou frequências determinadas (semanal, mensal, etc.) ou a partir de 
certo número de horas trabalhadas. Sua principal desvantagem é o gasto com 
substituição de componente, o que ocorre geralmente bem antes da ocorrência do 
defeito (SANTOS, 2010). 
A questão financeira é a maior consequência da MP, principalmente quando 
se usa apenas essa prática, uma vez que há exigência de paradas de máquinas 
grandes para cumprir suas rotinas de manutenção, que podem ser complexas, 
onerosas e muitas vezes desnecessárias. 
A questão financeira decorre do problema desse tipo de manutenção que 
está na escolha de um intervalo apropriado para a parada do equipamento. Este 
 
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intervalo é de difícil determinação e é baseado aleatoriamente, por experiência ou 
estatisticamente, sem estudar a conveniência ou não da manutençãopreventiva. 
Antes de implantá-la, é necessário avaliar se vale a pena sua implantação, já 
que em alguns equipamentos ela se revela desvantajosa. 
O uso de apenas MP é aceitável onde se deseja manter a situação atual 
porque se está satisfeito com ela. Julga-se que melhorias são desnecessárias e que 
o custo das manutenções está bom. Normalmente existe o paradigma “time que está 
bom não se mexe”, o problema, segundo Branco Filho (2008), é que os outros times 
estão melhorando e logo estaremos ultrapassados. 
Por outro lado, não é aceitável usar apenas MP sistemática quando se deve 
tomar medidas para aumentar a vida útil dos equipamentos, onde a empresa precisa 
aumentar a lucratividade e precisa reduzir seus custos. 
Manutenção preditiva é a atuação realizada com base em modificação de 
parâmetro de condição ou desempenho, cujo acompanhamento obedece a uma 
sistemática (PINTO; XAVIER, 2001). 
Segundo Lima e Salles (2005), o conceito de manutenção preditiva está 
inserido na modalidade de manutenção há, aproximadamente, oito décadas; porém, 
como outras modalidades de manutenção, se efetivou como importante ferramenta 
de produtividade a partir de 1970, sendo que sua evolução se destaca nas duas 
décadas mais recentes. 
Dentro do conceito de manutenção preditiva, não se encontra um programa 
completo de manutenção; no entanto, esta modalidade adiciona uma valiosa 
colaboração que é imprescindível em qualquer programa de gestão de manutenção, 
visto que a proposta da manutenção preditiva é fazer o monitoramento regular das 
condições mecânicas, eletroeletrônicas, eletropneumáticas, eletro-hidraúlicas e 
elétricas dos equipamentos e instalações e, ainda, monitorar o rendimento 
operacional de equipamentos e instalações quanto a seus processos. Como 
resultado desse monitoramento, tem-se a maximização dos intervalos entre reparos 
por quebras (manutenção corretiva) e reparos programados (manutenção 
preventiva), bem como maximização de rendimento no processo produtivo, visto que 
equipamentos e instalações estarão disponíveis o maior tempo possível para 
operação. 
 
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De acordo com Santos (2010), esse tipo de manutenção consiste em 
programar a parada no momento necessário, tanto para a máquina ou equipamento 
como para o processo produtivo. Isto é possível através do acompanhamento das 
condições da máquina e como estas condições variam com o tempo. 
Como o próprio nome diz, a manutenção proativa é um tipo de manutenção 
que está ligada ao princípio de colocar-se à frente do problema, solucioná-lo antes 
mesmo que ocorra. Conhecido também como Pro Active Maintenance (SANTOS, 
2010). 
A Manutenção Proativa é uma evolução dos sistemas preventivos, cuja 
característica principal é o monitoramento preciso das condições operacionais, 
permitindo melhor estabilidade funcional dos equipamentos (PEREIRA, 2010). 
Em contraponto, essa técnica requer por parte dos mantenedores 
conhecimentos mais detalhados do maquinário e qualificação adequada para 
executar o conserto. 
Na manutenção proativa, faz-se a intervenção com base na frequência de 
ocorrência da falha. Através do extrato de informações do histórico dos 
equipamentos, identifica-se a causa básica das falhas frequentes e modifica-se o 
projeto para reduzi-las. 
A manutenção proativa cria ações conetivas que objetivam as causas da 
falha raiz, não apenas sintomas. Seu objetivo central é aumentar a vida da máquina 
mecânica ao invés de fazer reparos quando em geral nada está quebrado, aceitar a 
falha como rotina e normal substituindo a manutenção de falha em crise pela 
manutenção de falha programada (PINTO; XAVIER, 2001). Faz parte da contínua 
busca para reduzir as incidências das falhas, muitas vezes imprevistas. Permite aos 
técnicos de manutenção obter um melhor gerenciamento do processo de desgaste 
dos componentes (PEREIRA, 2010). 
As áreas mais avançadas de manutenção aplicam essa técnica de análise 
em complemento aos demais sistemas de monitoramento das condições 
operacionais dos ativos. 
De uma maneira geral, quando a falha é identificada, surgem inúmeras 
causas prováveis. Em razão disso, é recomendável escolher as mais aceitáveis, e 
não apenas uma. Com ações efetivas, aplicadas às possíveis razões do defeito, 
 
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obtém-se uma maior amplitude de acerto na identificação da verdadeira causa do 
dano ao componente. 
 
6.2 Planejamento da manutenção 
O planejamento, dentre outras atividades exercidas na empresa, também 
contribui para eficiência em todos os processos organizacionais. Este pode ser de 
longo, médio ou em curto prazo (SOUZA; SANTANA, 2012). 
Para Certo (2003, p. 103) planejamento “é o processo de determinar como a 
organização pode chegar onde deseja e o que fará para executar seus objetivos”. E 
complementa ainda que planejar “é uma atividade gerencial fundamental 
independentemente do tipo de organização que esteja sendo gerenciado”. Desta 
forma, pode-se afirmar que por meio do planejamento, a empresa pode contribuir 
para suas expectativas futuras. 
Já Corrêa et al. (2001, p. 36) afirmam que planejar é entender e considerar a 
situação atual para ter visão de futuro influenciando as decisões tomadas no 
presente e assim poder atingir determinados objetivos vindouros. Este plano pode 
ser traçado baseado nas informações passadas ou presentes e projetadas para o 
futuro seja ele curto, médio ou longo prazo. 
[...] o processo de planejamento permite elevar o grau de controle sobre o 
futuro dos sistemas internos e das relações com o ambiente. A organização que 
planeja procura antecipar-se às mudanças em seus sistemas internos e no 
ambiente, como forma de garantir sua sobrevivência e eficácia (MAXIMIANO, 2000, 
p. 179). 
De pronto fica evidenciado o alto nível de importância que o planejamento 
exerce dentro das organizações, bem como a necessidade de sua utilização de 
forma correta. 
Já para Lacombe e Heilborn (2006), o planejamento pode ser visto como 
uma direção a ser escoltada para alcançar um objetivo desejado, salientando ainda 
que para planejar é necessário decisões, com base em objetivos, fatos e estimativa 
do que poderia ocorrer em cada alternativa escolhida. 
Os mesmos autores (2006, p. 162) mostram ainda que “planejar é, portanto, 
decidir antecipadamente o que fazer, de que maneira fazer, quando fazer e quem 
 
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deve fazer”. É, então, um plano formal do que se deseja executar podendo ser 
mensal, anual, etc. 
Existem algumas vantagens apontadas por Certo (2003, p. 104) quando o 
planejamento é elaborado de forma correta, a saber: orienta os gerentes para o 
futuro; facilita a tomada de decisão e, por fim, realça os objetivos organizacionais. 
Os benefícios proporcionados às empresas que se utilizam desta ferramenta 
– planejamento – são inúmeros. Pode-se destacar as possibilidades que venham a 
ser fomentadaspara atingir as metas organizacionais. 
No contexto organizacional o planejamento está dividido em três âmbitos, 
são eles: estratégico, tático e operacional. 
O planejamento estratégico para Lacombe e Heilborn (2006, p. 163), 
 
refere-se ao planejamento sistêmico das metas de longo prazo e dos meios 
disponíveis para alcançá-las, ou seja, aos elementos estruturais mais 
importantes da empresa e à sua área de atuação. 
 
Mostra ainda, que deve ser feito pela alta gerência e deve responder a seguinte 
pergunta: “qual é o nosso negócio e como deveria fazê-lo?”. 
Quanto ao planejamento tático, é configurado como “empreendimentos mais 
limitados, prazos mais curtos, áreas menos amplas e níveis mais baixos na 
hierarquia da organização” (CHIAVENATO, 2000, p. 283). Então, pode-se perceber 
que este segundo tipo de planejamento se restringe a um nível intermediário da 
organização. Assim, é uma sequência daquilo que fora traçado pela alta-gerência no 
planejamento estratégico. 
No planejar estrategicamente, o fator tempo é primordial. Este deve ser 
elaborado pela cúpula da empresa e com aspirações em longo prazo, bem como 
seguir as estratégias traçadas levando em consideração às mudanças ocorridas no 
ambiente externo. 
O planejamento tático é desenvolvido em níveis organizacionais inferiores, 
tendo como principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a 
consecução de objetivos previamente fixados, segundo uma estratégia 
predeterminada, bem como as políticas orientativas para o processo decisório da 
empresa (OLIVEIRA, 2003, p. 49). 
 
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Conforme apresentado acima, existe uma concordância de opiniões entre os 
autores, no que se refere aos preceitos básicos do planejamento tático. Os mesmos 
apresentam este tipo de planejamento como necessário para as atividades 
intermediárias da empresa. 
Lacombe e Heilborn (2006, p.165) lembram Chiavenato (2000, p. 185) 
quando se referem a planejamento operacional como uma função gerencial com 
ênfase na eficiência, ou seja, fazer bem feito aquilo que está sendo executado. Da 
mesma forma que o planejamento tático que segue as bases fundamentadas no 
planejamento estratégico, o planejamento operacional baseia-se nos dois anteriores 
a ele. Assim, percebe-se que a execução das ações traçadas previamente será de 
responsabilidade do planejamento operacional. 
Para as organizações contemporâneas, o planejamento seja ele estratégico, 
tático ou operacional configura-se fator preponderante para manter-se no mercado. 
Portanto, tornam-se claros os benefícios na correta utilização destas atividades 
administrativas. 
 
6.3 Controle da manutenção 
O controle envolve a avaliação de resultados operacionais e avaliação 
continuada da ação remediadora quando os resultados desviam do plano. A 
atividade de controle é necessária para manter o negócio na direção certa e 
assegurar que os planos sejam contínuos. 
Controle é uma função administrativa que consiste em medir e corrigir o 
desempenho de subordinados para assegurar que os objetivos e metas da empresa 
sejam atingidos e os planos formulados para alcançá-los sejam realizados. 
Assim, controlar abrange acompanhar ou medir alguma coisa, comparar 
resultados obtidos com os previstos e tomar as medidas corretivas cabíveis; ou, de 
outra forma; compreende a medida do desempenho em comparação com os 
objetivos e metas predeterminados; inclui a coleta e a análise de fatos e dados 
relevantes, a análise das causas de eventuais desvios, as medidas corretivas e se 
necessário, o ajuste dos planos (LACOMBE; HEILBORN, 2006, p. 173). 
Netto e Tavares (2006) consideram que fazer com que algo aconteça na 
forma como foi programada compõe conceito básico de controle. Porém, os autores 
 
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também salientam a importância dos administradores entenderem a ação planejada, 
pois só assim, as alterações necessárias durante o percurso serão exatamente 
executadas. 
Sabe-se que em qualquer área de atuação, o controle desempenha um 
papel extremamente essencial no condicionamento dos objetivos e na identificação 
de uma possível mudança nos objetivos predeterminados. 
Entretanto, para realizar os objetivos é preciso que as informações 
referentes aos mesmos estejam claras e sejam passadas da maneira correta. Até 
porque, como já fora abordado, o controle contribui, e muito, para a tomada de 
decisão. É preciso informar ao sistema o que deve ser feito para garantir a 
concretização dos objetivos. 
Quanto ao processo de controle, Oliveira (2003, p. 267) complementa que 
mediante a comparação das bases previamente estabelecidas, é possível facilitar a 
verificação dos resultados das ações e consequentemente a tomada de decisão, 
uma vez que, conforme se acompanha o percurso das atividades, torna-se exequível 
seu aprimoramento conforme seja necessário. 
Enfim, o controle é um tipo de avaliação permanente e possibilita que a 
execução antes programada por meio de planejamento seja concretizada com 
ênfase. É, também, através do controle que algumas alterações podem ser feitas no 
plano, uma vez que, o ambiente organizacional é dinâmico e complexo e, portanto, 
imprevistos costumam surgir. 
O propósito do planejamento e controle “é garantir que os processos da 
produção ocorram eficaz e eficientemente e que produzam produtos e serviços 
conforme requeridos pelos consumidores” (SLACK et al., 2002, p. 314). 
Diante do exposto, pode-se afirmar que estas duas ferramentas 
administrativas estão para garantir que os objetivos organizacionais sejam 
alcançados e, além disso, que se cumpra da forma correta. 
Planejar e controlar são duas ações que devem ser colocadas juntas porque 
são conhecidas como as funções gêmeas da administração: não adianta planejar se 
não houver controle e não se pode controlar se não tiver havido planejamento. Por 
isso, diz-se que um complementa o outro, como também um depende do outro para 
 
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53
 
garantir a perfeita execução dos objetivos propostos (LACOMBE; HEILBORN, 2006, 
p. 160). 
Quanto à diferença entre eles, Slack et al. (2002, p. 315) afirmam que o 
plano é uma formalização onde pretende-se que ocorra em determinado momento 
no futuro, assim o mesmo não garante que o programado aconteça, pois no 
percurso poderão ocorrer diversas variações e é nesse ponto que surge o controle 
que viera a controlar as variáveis que possam surgir no andamento de um 
planejamento. 
Um dos fatores predominantes para o êxito de uma organização compete a 
duas ferramentas essenciais, a saber: planejar e controlar. Diante da complexidade 
do ambiente interno e externo, nos quais estão inseridas as organizações, traçar um 
plano é fundamental e acompanhar o mesmo é indispensável. 
Entrando no campo da manutenção, Calligaro (2003) lembra que os 
trabalhos da manutenção possuem natureza não-repetitiva, com uma rotina bastantediversificada. Incluem um conjunto bastante variado e complexo de atividades, 
desde a execução de tarefas previstas nos planos de preventiva e preditiva até 
atendimentos às emergências do dia-a-dia, para uma gama não menos variada de 
modelos e tipos de equipamentos. 
Este conjunto de atividades, realizado por profissionais e equipes 
especializadas ou multifuncionais, precisa ser adequadamente preparado. Devem 
ser definidos todos os aspectos relacionados com a liberação e condicionamento 
dos equipamentos para a intervenção, providências com relação à segurança das 
operações, contratação de recursos extra, aquisição de materiais e sobressalentes, 
utilização de máquinas e ferramentas de apoio, etc., de modo a garantir-se que os 
recursos necessários sejam disponibilizados conforme a necessidade e no tempo 
adequado. Esse processo preparatório, em que todos os recursos necessários são 
apurados e arranjados, é chamado de Planejamento da Manutenção, entendido aqui 
como o planejamento das atividades de rotina de uma planta operacional. 
As considerações acerca do planejamento da produção, trazidas por Slack 
et al. (2002) se aplicam perfeitamente no contexto da manutenção. Assim como na 
produção, o propósito do planejamento da manutenção é o de assegurar que esta 
ocorra eficazmente e produza resultados como deve, requerendo para isto que os 
 
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recursos produtivos estejam disponíveis na quantidade, no momento e no nível de 
qualidade adequado. De maneira similar ao que ocorre nas atividades de produção, 
o planejamento deve conviver com uma série de restrições, como controle de 
custos, disponibilidade limitada de recursos, prazo para execução, respeito ao meio 
ambiente, preservação da segurança e saúde dos trabalhadores e qualidade 
conforme com as necessidades das instalações. 
Kelly e Harris (1980) consideram que, enquanto as questões de organização 
e estrutura administrativa representam o aspecto estático da gerência da 
manutenção, o planejamento e a programação da manutenção correspondem ao 
aspecto dinâmico. Segundo esses autores, o planejamento e a programação da 
manutenção têm como função assegurar que os recursos adequados estejam no 
lugar certo, para executar um trabalho predeterminado de maneira correta, na 
ocasião mais oportuna, dentro do menor custo global possível. 
Para Branco Filho (2008), a manutenção é uma tarefa que deve ser 
executada em todas as atividades. A função manutenção exige organização, 
planejamento, programação, alocação de recursos físicos e financeiros, treinamento 
e qualidade. 
Essas tarefas podem ser executadas de diversas maneiras corretas, mas é 
sempre necessário que existam preparações e métodos para uma harmonia entre a 
execução, a expectativa do cliente e critérios de economia. 
Os melhores resultados, normalmente, são obtidos com o uso de programas 
de computador dedicados à engenharia de manutenção. 
Vimos que planeja-se para que os eventos ocorram dentro de parâmetros 
aceitáveis e desejados, tanto em tempo, como em risco de acidentes quanto no uso 
de recursos e seu custo. No caso do Planejamento e Controle de Manutenção, é 
necessário que existam pessoas treinadas para a tarefa. Se o PCM for manual, a 
pessoa deverá estar treinada para preencher os formulários em uso, arquivá-los de 
forma adequada e lidar com a papelada necessária para a apuração de dados e de 
resultados. 
Isto sempre será mais fácil se for usado um programa de computador que 
faça de forma mais simples estas tarefas rotineiras e aborrecidas de processar a 
 
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55
 
informação, arquivá-las sempre da mesma forma e permitir um acesso fácil e rápido 
à informação que já foi arquivada (BRANCO FILHO, 2008). 
Quanto aos programas especialistas em PCM, mesmo sabendo que ele não 
fará tudo que precisamos ou queremos, é preciso aprender a usá-los, geralmente 
treinando um colaborador ou contratando alguém da área de tecnologia que possa ir 
adequando o programa de acordo com a cultura da empresa. 
 
Vale guardar... 
Planejamento, Programação e Controle da Manutenção se reporta ao 
conjunto de ações para preparar, programar, verificar o resultado da execução das 
tarefas de manutenção contra valores preestabelecidos e adotar medidas de 
correção de desvios para a consecução dos objetivos e da missão da empresa. 
O Planejamento e o Controle de Manutenção podem ser feitos basicamente 
de três maneiras: de modo manual, de modo semi-informatizado e totalmente 
informatizado. 
Optando pelo planejamento e controle de manutenção manual, teremos 
todas as atividades de manutenção planejadas, controladas e analisadas através de 
formulários e mapas de controle, preenchidos manualmente, guardados em pastas e 
em gavetas de armários. Deve ser criado um processo organizado de arquivo e 
ordenação de documentos (por semana, por equipamento, por sistema, etc.), a fim 
de possibilitar a obtenção de dados de forma mais rápida possível e evitar perda de 
informação. 
Se a opção for o planejamento e controle de manutenção semi-
informatizado, as manutenções preventivas serão controladas com auxílio de 
computador, enquanto as manutenções corretivas serão controladas e analisadas 
através de formulários e mapas preenchidos manualmente. Devem ser considerados 
dentro deste critério os cálculos auxiliares de manutenções corretivas feitos pelo 
computador, como os índices de manutenção de performance de equipamentos com 
os dados levantados manualmente. 
O planejamento e controle de manutenção informatizado é aquele em que as 
informações relativas às manutenções preventivas e corretivas são transferidas ao 
computador, de onde são emitidas todas as Ordens de Serviço (OS) e para onde 
 
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convergem todos os dados coletados durante a execução das tarefas. Para isto é 
necessária a criação de programas, de formulários próprios, de códigos, que 
permitam a transferência de informação, sempre que possível, entre os módulos de 
pessoal, de material, de manutenção, de produção, de operação, de controle de 
custos, etc. 
O controle informatizado pode ser realizado por todo tipo de computadores, 
bastando adquirir um bom software de PCM. 
Em se tratando do controle de desempenho, ele também poderá ser manual, 
semi-informatizado (algumas tarefas feitas à mão e outras no computador) ou 
informatizado. No primeiro caso usando formulários e mapas ou planilhas manuais, 
de onde seriam extraídos os dados para apuração dos Indicadores e dos Índices. 
Dentre as desvantagens desse método, o uso de controle manual dificulta a 
apuração de indicadores e seus cálculos, pois os dados deverão ser colocados em 
planilhas e formulários de papel. 
Branco Filho (2008) lembra que ao adquirir um software, é preciso verificar 
se a fórmula que ele usa para o cálculo é a fórmula que sua empresa aprovou em 
seu Manual de Organização da Manutenção naparte Avaliação de Desempenho. 
Que fique bem entendido que manutenção de um parque industrial, de 
instalações produtivas, de hotéis; de prédios, de usinas ou qualquer outro ativo é 
coisa séria e deve ser feita de modo organizado. 
 
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REFERÊNCIAS 
 
REFERÊNCIAS BÁSICAS 
 
CAVALIN, Geraldo; CERVELIN, Severino. Instalações elétricas prediais, conforme 
NBR 5410:2004. São Paulo: Iátria, 2011. 
RIZZONI, Giorgio. Fundamentos de Engenharia Elétrica. Trad. Nestor Dias de 
Oliveira Volpini; Romeu Abdo. Porto Alegre: Bookman, 2013. 
 
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES 
 
ANEEL. Artigos diversos. Disponível em: 
http://www.aneel.gov.br/biblioteca/downloads/livros/Leiloes_de_transmissao_no_bra
sil.pdf 
ANEEL. Resolução Normativa 414/2010: atualizada até a REN 499/2012 / Agência 
Nacional de Energia Elétrica. - Brasília: ANEEL, 2012. Disponível em: 
http://www.aneel.gov.br/biblioteca/downloads/livros/REN_414_2010_atual_REN_499
_2012.pdf 
BATTAGLIN, Paulo David; BARRETO, Gilmar. Contribuições sobre a Gênese, o 
Presente e o Futuro da Engenharia Elétrica, COBENGE 2010, Fortaleza, Ceará, de 
12 a 15 de Setembro de 2010. 
BATTAGLIN, Paulo David; Contribuições sobre a Gênese da Engenharia Elétrica, 
Tese de Mestrado, Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação, UNICAMP, 
Agosto 2010. 
BATTAGLINI, Paulo D.; BARRETO, Gilmar. Revisitando a história da engenharia 
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ANEXOS 
 
RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973 
Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da 
Engenharia, Arquitetura e Agronomia. 
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E 
AGRONOMIA, usando das atribuições que lhe conferem as letras “d” e “f”, parágrafo 
único do artigo 27 da Lei nº 5.194, de 24 DEZ 1966, 
RESOLVE: 
Art. 1º - Para efeito de fiscalização do exercício profissional correspondente 
às diferentes modalidades da Engenharia, Arquitetura e Agronomia em nível 
superior e em nível médio, ficam designadas as seguintes atividades: 
• atividade 01 – supervisão, coordenação e orientação técnica; 
• atividade 02 – estudo, planejamento, projeto e especificação; 
• atividade 03 – estudo de viabilidade técnico-econômica; 
• atividade 04 – assistência, assessoria e consultoria; 
• atividade 05 – direção de obra e serviço técnico; 
• atividade 06 – vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer 
técnico; 
• atividade 07 – desempenho de cargo e função técnica; 
• atividade 08 – ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e 
divulgação técnica; extensão; 
• atividade 09 – elaboração de orçamento; 
• atividade 10 – padronização, mensuração e controle de qualidade; 
• atividade 11 – execução de obra e serviço técnico; 
• atividade 12 – fiscalização de obra e serviço técnico; 
• atividade 13 – produção técnica e especializada; 
• atividade 14 – condução de trabalho técnico; 
• atividade 15 – condução de equipe de instalação, montagem, operação, 
reparo ou manutenção; 
• atividade 16 – execução de instalação, montagem e reparo; 
• atividade 17 – operação e manutenção de equipamento e instalação; 
 
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• atividade 18 – execução de desenho técnico. 
.... 
Art. 8º - Compete ao ENGENHEIRO ELETRICISTA ou ao ENGENHEIRO 
ELETRICISTA, MODALIDADE ELETROTÉCNICA: 
I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, 
referentes à geração, transmissão, distribuição e utilização da energia elétrica; 
equipamentos, materiais e máquinas elétricas; sistemas de medição e controle 
elétricos; seus serviços afins e correlatos. 
RESOLUÇÃO Nº 288, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1983. 
Designa o título e fixa as atribuições das novas habilitações em Engenharia 
de Produção e Engenharia Industrial. 
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E 
AGRONOMIA, usando das atribuições que lhe confere o Art. 27, letra “f”, da Lei nº 
5.194, de 24 DEZ 1966, e consoante o aprovado pelo Plenário nas Sessões 
Ordinárias nº 1.142, de 24 JUN 1983, 1.148, de 18 NOV 1983, e 1.150, de 7 DEZ 
1983. 
RESOLVE: 
Art. 1º - Aos profissionais diplomados em Engenharia de Produção ou 
Engenharia Industrial, cujos currículos escolares obedeçam às novas estruturas, 
dar-se-á o título e atribuições de acordo com as seis grandes áreas da Engenharia, 
de onde se originaram, e da seguinte forma... 
... 
c) Aos oriundos da área ELÉTRICA, o título de Engenheiro Eletricista e as 
atribuições dos arts. 8º e 9º da Resolução nº 218/73, do CONFEA. 
DECISÃO NORMATIVA Nº 070, DE 26 DE OUTUBRO DE 2001 
Dispõe sobre a fiscalização dos serviços técnicos referentes aos sistemas de 
proteção contra descargas atmosféricas (para–raios). 
O CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E 
AGRONOMIA–CONFEA, no uso das atribuições que lhe confere o inciso III do art. 
10 do Regimento do CONFEA, aprovado pela Resolução nº 373, de 16 de dezembro 
de 1992, e Considerando a Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973, que 
 
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discrimina as atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, 
Arquitetura e Agronomia; 
Considerando o que estabelece a Lei nº 5.524 de 5 de novembro de 1968 e 
o Decreto nº 90.922 de 6 de fevereiro de 1985 que regulamentam a profissão dos 
técnicos industriais e agrícolas; 
Considerando a Resolução nº 288, de 7 de dezembro de 1983, que designa 
o título e fixa as atribuições das novas habilitações em Engenharia de Produção e 
Engenharia Industrial; 
Considerando a Resolução nº 313, de 26 de setembro de 1986, que dispõe 
sobre o exercício profissional dos tecnólogos das áreas pertinentes ao Sistema 
CONFEA/CREAS; 
Considerando a Resolução nº 336, de 27 de outubro de 1989, que dispõe 
sobre o registro de pessoas jurídicas nos Conselhos Regionais de Engenharia, 
Arquitetura e Agronomia-CREAS; 
Considerando a Resolução nº 380, de 17 de dezembro de 1993, que 
discrimina as atribuições provisórias dos engenheiros de computação ou 
engenheiros eletricistas com ênfase em computação; 
Considerando Resolução nº 425, de 18 de dezembro de 1998, que dispõe 
sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica-ART; 
Considerando o estabelecido nas Normas Técnicas da ABNT, sobre os 
Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas, aqui denominados SPDA, em 
especial as Normas NBR-5410/90 e NBR-5419/93, que visam dar segurança às 
pessoas, estruturas, equipamentos e instalações internas e externas; 
Considerando, também, a necessidade de fixar procedimentos visando a 
uniformidade de ação por parte dos Creas quanto ao registro de ART de projetos, 
fabricação, instalação e manutenção de SPDA, face às peculiaridades e o 
desenvolvimento tecnológico desses sistemas que, quando instalados de forma 
incorreta, podem causar acidentes, inclusive com vítimas fatais, e sérios danos a 
bens móveis e imóveis, 
DECIDE: 
Art. 1º As atividades de projeto, instalação e manutenção, vistoria, laudo, 
perícia e parecer referentes a Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas-
 
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eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
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SPDA, deverão ser executadas por pessoas físicas ou jurídicas devidamente 
registradas nos CREAS. 
Parágrafo único. O projeto de SPDA envolve levantamento das condições 
locais do solo, da estrutura a ser protegida e demais elementos sujeitos a sofrer os 
efeitos diretos e indiretos de descargas atmosféricas, os cálculos de parâmetros 
elétricos para a sua execução, em especial para os sistemas de aterramento e 
ligações equipotenciais, seleção e especificação de equipamentos e materiais, tudo 
em rigorosa obediência às normas vigentes. 
Art. 2º As atividades discriminadas no caput do art. 1º, só poderão ser 
executadas sob a supervisão de profissionais legalmente habilitados. 
Parágrafo único. Consideram-se habilitados a exercer as atividades de 
projeto, instalação e manutenção de SPDA, os profissionais relacionados nos itens I 
a VII e as atividades de laudo, perícia e parecer os profissionais dos itens I a VI: 
I – engenheiro eletricista. 
II – engenheiro de computação. 
III – engenheiro mecânico–eletricista. 
IV – engenheiro de produção, modalidade eletricista. 
V – engenheiros de operação, modalidade eletricista. 
VI – tecnólogona área de engenharia elétrica. E, 
VII – técnico industrial, modalidade eletrotécnica. 
Art. 3º Todo contrato que envolva qualquer atividade constante do art. 1º 
deverá ser objeto de Anotação de Responsabilidade Técnica-ART. 
§1º Deverá ser registrada uma ART para cada tipo de para–raios projetado 
e/ou fabricado. 
§ 2º Quando as ARTs relativas às atividades de instalação elétrica/telefônica 
exigirem a instalação de SPDA, esta deverá estar explícita na respectiva ART. 
Art. 4º Esta Decisão Normativa entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 5º Ficam revogadas as disposições em contrário. 
Eng. Wilson Lang Presidente 
Eng. Agr. Jaceguáy Barros 1º Vice-Presidente 
Publicada no D.O.U de 21 NOV 2001 - Seção I – pg. 221

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