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Curso Escotista
GESTÃO DE ADULTOS
NÍVEL AVANÇADO
APOSTILA DO CURSANTE
Curso Avançado
Linha: Escotista
Apostila do Cursante 
Esta é a Apostila do Cursante do Curso Avançado da UEB - União dos Escoteiros do Brasil - para 
Escotistas, conforme previsto nas Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos, e produzido por 
orientação da Diretoria Executiva Nacional com base na experiência centenária do Movimento 
Escoteiro no Brasil.
1ª Edição - Abril de 2012
Atualizado em 20 de Abril de 2012
Conteúdo:
Os conteúdos que aparecem nesta apostila foram baseados nos materiais de cursos das 
Regiões Escoteiras.
Ilustrações:
Foram usados desenhos produzidos ou adaptados por Andréa Queirolo, assim como ilustrações 
em geral que fazem parte do acervo da UEB ou são de domínio público.
Diagramação e Montagem:
Raphael Luis K.
Organização de Conteúdo:
Megumi Tokudome
Todos os direitos reservados.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser traduzida ou adaptada a nenhum idioma, como 
também não pode ser reproduzido, armazenado ou transmitido por nenhuma maneira ou meio, 
sem permissão expressa da Diretoria Executiva Nacional da União dos Escoteiros do Brasil.
União dos Escoteiros do Brasil
Escritório Nacional
Rua Coronel Dulcídio, 2.107
Bairro Água Verde 
80250-100 - Curitiba - PR
www.escoteiros.org.br
A Apostila do Participante é um instrumento de 
apoio aos adultos em processo de formação, cujo 
conteúdo busca contribuir para o desenvolvimento 
das competências necessárias para o exercício das 
atribuições inerentes aos escotistas e dirigentes no 
Movimento Escoteiro.
A UEB está se dedicando a atualizar e produzir 
importantes publicações para adultos, contando, 
para tanto, com a inestimável colaboração e esforço 
de muitos voluntários de todo o Brasil, além do 
apoio dos profissionais do Escritório Nacional. A 
todos que contribuíram, e continuam trabalhando, os 
agradecimentos do escotismo brasileiro.
É claro que ainda podemos aprimorar o material, 
introduzindo as modificações necessárias a cada nova 
edição. Portanto, envie suas sugestões para melhorar 
o trabalho (ueb.adultos@escoteiros.org.br), pois a sua 
opinião e participação serão muito bem-vindas!
A qualidade do Programa Educativo aplicado nas 
Seções, além da eficiência nos processos de gestão da 
organização escoteira, em seus diversos níveis, depende 
diretamente da adequada preparação dos adultos.
O nosso trabalho voluntário rende mais e 
melhores frutos na medida em que nos capacitamos 
adequadamente para a tarefa. Portanto, investir na 
formação significa valorizar o próprio tempo que 
dedicamos voluntariamente ao escotismo.
Além disso, o nosso compromisso com as crianças 
e jovens exige que estejamos permanentemente 
dispostos a adquirir novos conhecimentos, habilidades 
e atitudes, em coerência com a postura de educadores 
em aper feiçoamento constante.
 Desejo que tenham ótimos e proveitosos 
momentos de formação, que aprendam e ensinem, que 
recebam e compartilhem. Sejam felizes!
Sempre Alerta!
ALESSANDRO GARCIA VIEIRA
Diretor de Métodos Educativos
União dos Escoteiros do Brasil
Apresentação
OBJETIVO DO NÍVEL AVANÇADO ESCOTISTA
O objetivo do Nível Avançado é consolidar a 
qualificação do adulto para o pleno desempenho 
de todas as atribuições inerentes ao cargo que está 
exercendo como Escotista.
Tarefas Prévias
a) Ler e discutir com seu Assessor Pessoal de 
Formação:
1. Apostila do Curso
2. Livro 250 milhões de Escoteiros
3. Manual do Escotista do Ramo
B) Vivências (escolher duas opções):
• coordenar o planejamento e execução de pelo 
menos um ciclo de programa;
• participar de forma participativa, de um Fogo de 
Conselho/Flor Vermelha/Lamparada;
• ter participado de pelo menos dois módulos/
seminários/oficina/curso técnico;
• ter participado de pelo menos uma atividade de 
adultos, no nível distrital, regional ou nacional;
• ter coordenado ou auxiliado em pelo menos uma 
reunião de pais da seção;
• ter participado de pelo menos três reuniões de Roca 
de Conselho, Corte de Honra ou Comissão Administrativa 
do Clã, dependendo se seu ramo de atuação.
Prática Supervisionada 
1. Avaliar os resultados obtidos por meio da sua ação 
nas atividades escoteiras
2. Atualizar o Plano Pessoal de Formação
3. Aper feiçoar suas habilidades na coordenação do 
planejamento, execução e avaliação de, pelo menos, 
três ciclos de programa.
4. Produzir e executar: um projeto da IM; ou vídeos 
institucionais; ou fichas de atividades; ou grandes jogos; 
ou algum produto educativo similar.
Índice
Unidade 1: Avaliando o projeto educativo ....................................................................................... 07
Unidade 2: Espiritualidade III ............................................................................................................ 08
Unidade 3: Utilização de recursos para formação da criança e do jovem (estórias, 
dramatização, música, etc) ................................................................................................................ 09
Unidade 4: Inclusão de Jovens e Adultos ......................................................................................... 12
Unidade 5: Escotismo e Comunidade ............................................................................................... 17
Unidade 6: Marco Simbólico dos Ramos ......................................................................................... 18
Unidade 7: Valores ............................................................................................................................... 19
Unidade 8: Conversa ao Pé do Fogo ................................................................................................. 23
Unidade 9: Instrumentos de apoio ao Programa Educativo ......................................................... 26
Unidade 10: Conhecimentos, habilidades e competências .......................................................... 26
Unidade 11: Conquista dos Objetivos Educacionais ...................................................................... 27
Unidade 12: Comida Mateira ............................................................................................................ 30
Unidade 13: Perfil do Adulto que Necessitamos ............................................................................ 32
Unidade 14: Liderar e Delegar .......................................................................................................... 32
Unidade 15: Administração do Tempo ............................................................................................. 36
Unidade 16: Ciclo de programa – conceitos gerais e Avaliação Pessoal e Diagnóstico .......... 37
Unidade 17: Proposta e seleção de atividades ............................................................................... 48
Unidade 18: Negociação dos objetivos Educacionais .................................................................... 50
Unidade 19: Pioneirias ........................................................................................................................ 51
Unidade 20: Escotismo Mundial e Gilwell Park .............................................................................. 53
Unidade 21: Trabalho Em Equipe - Uma Vantagem Competitiva ................................................. 60
Unidade 22: Conselho de Pais e Mobilização de Adultos .............................................................. 61
Unidade 23: Interagindo com os Adultos – Captação e Manutenção ......................................... 63
Unidade 24: Jantar Festivo – Festa das Nações ............................................................................. 66
Unidade 25: Comunicação na seção ................................................................................................ 69
Unidade 26: Prevenção ao Consumo de Drogas ............................................................................ 70
Unidade 27: Conhecendo sobre Sexualidade.................................................................................. 72
Unidade 28: Fogo de Conselho - Flor Vermelha .............................................................................. 73
Unidade 29: Compromissos e valores para o futuro – Plano Pessoal de Formação ................ 74
Unidade 30: Jornada/Caminhadas e Escaladas (Teoria e prática) .............................................. 76
Unidade 31: Criatividade e Inovação ................................................................................................ 76
7
Unidade 1: Avaliando o Projeto Educativo
O Escotismo está organizado em Ramos, que se 
distinguem por programas e atividades diferentes, 
dentro da mesma metodologia escoteira. A organização 
dos Ramos, nos distintos países, pode sofrer algumas 
diferenças. No Brasil, eles assim são adotados:
a) Ramo Lobinho, para meninos e meninas de 7 a 
10 anos, denominados lobinhos (meninos) ou lobinhas 
(meninas),
b) Ramo Escoteiro, para rapazes e moças de 11 a 14 
anos, denominados escoteiros (rapazes) e escoteiras 
(moças);
c) Ramo Sênior, para rapazes e moças de 15 a 17 
anos, denominados seniores (rapazes) e guias (moças); e
d) Ramo Pioneiro, para rapazes e moças de 18 a 21 
anos (incompletos), denominados pioneiros (rapazes) e 
pioneiros (moças).
Após a participação do jovem durante todo o 
ciclo como membro juvenil no Movimento Escoteiro, 
provocamos aqui aos adultos do Movimento no papel 
de educador uma reflexão: “Que homens e mulheres 
estamos oferecendo a sociedade?”
No Projeto Educativo do Movimento Escoteiro diz que 
desejamos que os jovens que tenham sido escoteiros 
façam o melhor possível para ser:
Um homem e uma mulher
Reto de caráter, limpo de pensamento, autêntico em 
sua forma de agir, leal, digno de confiança.
Um homem e uma mulher
Capaz de tomar suas próprias decisões, respeitar o 
ser humano, a vida e o trabalho honrado; alegre, e capaz 
de partilhar sua alegria, leal ao seu país, mas construtor 
da paz, em harmonia com todos os povos.
Um homem e uma mulher
Líder a serviço do próximo.
Um homem e uma mulher
Integrado ao desenvolvimento da sociedade, capaz 
de dirigir, de acatar leis, de participar, consciente de 
seus direitos, sem se descuidar dos seus deveres.
Forte de caráter, criativo, espançoso, solidário, 
empreendedor.
Um homem e uma mulher
Amante da natureza, e capaz de respeitar sua 
integridade
Um homem e uma mulher
Guiado por valores espirituais, comprometido com o 
seu projeto de vida, em permanente busca de Deus e 
coerente com a sua fé.
Capaz de encontrar seus próprios na sociedade e ser 
feliz.
Fonte: parte do Texto foram extraídos do Projeto Educativo 
do Movimento Escoteiro e o documento POR.
 
Anotações:
8
Unidade 2: Espiritualidade III
O Projeto Educativo – a relação com Deus
• Convidamos os jovens a ir além do mundo material, a 
orientar suas vidas por princípios espirituais e a seguir 
caminhando em busca de Deus, presente na existência 
de todos os dias, na criação, no próximo, na história.
• Convidamos os jovens a assumir a mensagem de sua 
fé, buscá-la e vivê-la na comunidade de sua confissão 
religiosa, compartilhando da fraternidade dos que se 
unem em torno de uma mesma religião e sendo fiéis 
a suas convicções, seus símbolos e suas celebrações.
• Destacamos diante dos jovens a importância de 
integrar a fé à vida e à conduta, dela prestando 
testemunho em todos os seus atos.
• Além disso, nós os convidamos a viver sua fé com 
alegria, sem nenhuma hostilidade para com aqueles 
que buscam, encontram ou vivem respostas diferentes 
diante de Deus, abrindo-se ao interesse, à compreensão 
e ao diálogo com todas as opções religiosas.
• Uma pessoa guiada por estes princípios reconhece, 
vive e compartilha o sentido transcendente de sua 
vida, sem posicionamentos sectários e sem fanatismo.
Quando não atingimos o propósito do Movimento 
Escoteiro totalmente?
Pode acontecer que os Chefes se descuidem do 
desenvolvimento afetivo e espiritual quando:
• A seção encontrou seu ritmo de vida;
• O cativante treinamento conduz os jovens à conquista 
de etapas e especialidades;
• A preparação/execução de atividades que envolvem 
desafios físicos e sociais ocupa a maior parte do 
tempo.
As atividades físicas em contato com a natureza, 
com seus desafios, levam os jovens a aceitar 
surpreendentemente programas de privação. Eles dão 
provas de resistência que até espantam seus familiares. 
Este comportamento, frequentemente, leva os jovens a 
concluir que o estabelecimento de valores, o empenho 
para tê-los como objetivos de vida, está reservado 
aos tipos franzinos, enquanto os tipos formidáveis 
conquistam os picos dos montes e colocam em suas 
mangas uma série de distintivos.
Corremos ainda o risco de desenvolver uma 
mentalidade infantil que se fixa para toda a vida. A falta 
de espaço para meditação e reflexão impede o jovem 
de amadurecer. As programações de atividades que 
se concentram apenas em realizações e formidáveis 
proezas, todas muito alegres, podem negar ao jovem a 
possibilidade dele viver e de incorporar os valores que 
podem auxiliar na conquista dos verdadeiros objetivos 
que deve atingir. 
Os jovens crescem e não se decidem a assumir suas 
responsabilidades na sociedade, porque guardam de 
tal modo, em sua mente, recordações das aventuras 
escoteiras, que ficam com a impressão inevitável e o 
desejo inconsciente de que a vida é feita apenas para 
se divertir. 
Atividades que facilitam o desenvolvimento da 
espiritualidade
De forma equilibrada com as demais potencialidades, 
a espiritualidade pode ser desenvolvida por meio das 
seguintes atividades:
• cultos escoteiros planejados e executados pelos 
próprios jovens;
• debates sobre temas relacionados com a 
espiritualidade;
• palestras de especialistas;
• serviços e desenvolvimentos comunitários;
• vigílias, autoanálises e reflexões;
• depoimentos;
• orações e canções;
• boas ações; e
• aplicação da Promessa e Lei Escoteira.
Encontramos jovens com os mais variados graus 
de envolvimento com uma vida espiritual. Alguns têm 
formação adquirida em suas famílias e frequentam 
regularmente ofícios religiosos. Em outros casos 
deparamos com jovens que não têm o hábito de 
participar de uma comunidade religiosa, frequentaram 
cultos até uma determinada idade (primeira comunhão 
9
ou confirmação), ou até mesmo nunca tiveram 
envolvimento com qualquer manifestação religiosa. 
Para cada caso é necessária que os adultos escoteiros 
utilizem abordagens diferentes.
Anotações:
Unidade 3: Utilização de recursos para formação da criança e do 
jovem (estórias, dramatização, música, etc)
Recursos como dramatizações, histórias, músicas, 
danças e outros podem ser utilizadas para uma 
programação especial de uma data comemorativa por 
exemplo.
 
Temas para uma Reunião Especial:
Primeiramente temos que pensar no objetivo a ser 
alcançado e assim determinar a escolha do tema, que 
deverá ser empolgante para a criança/jovem, lembrando 
que o segredo e a surpresa são os maiores aliados para 
o sucesso.
Temos uma grande variedade de temas para Reuniões 
Especiais:
• Acontecimentos reais e atuais (Jogos Olímpicos, 
Corrida de Fórmula I)
• Histórias (Caramuru, Índios Brasileiros)
• Legendários (lendas e temas da literatura)
• Folclóricos 
• Visitas imaginárias (Jardim Zoológico, Circo, Viagem ao 
redor do Mundo)
• Visão futurista (Viagem a Marte)
• Imaginação pura (Vida dos Eletrodomésticos)
• Etc.
Ingredientes de uma reunião Especial: 
• Abertura festiva
• Jogos 
• Trabalhos manuais 
• Músicas 
• História 
• Dramatizações
• Experiências curiosas
• Adereços teatrais, vestimentas e fantasias (adultos 
representando personagens do tema e vestidos de 
acordo).
• Encerramento 
Quando realizá-las?
• Ocasionalmente
• No máximo duas vezes ao ano – 1° e 2° semestre.
Quem planeja?
Todos os Escotistas em conjunto.
Trabalhos Manuais
Trabalho manual é um desafio para o jovem. 
Este desafio será o fiodesencadeador do processo 
construtivo que o levará ao desenvolvimento de alguns 
aspectos.
Aspectos que poderão ser desenvolvidos:
• Coordenação Motora e Habilidade Manual - ao 
trabalhar com as mãos, os jovens desenvolvem a sua 
coordenação motora fina e sua habilidade manual.
10
• Autocontrole - ajuda ao jovem a controlar suas 
ansiedades, sua raiva, sua inquietude.
• Auto expressão, Criatividade e Imaginação - para criar 
o jovem põe em ação sua imaginação, criatividade e 
auto expressão.
• Atenção e Concentração - ajuda o jovem a aumentar 
o seu tempo de atenção dirigida e concentração ao 
realizar seu trabalho manual.
• Sensibilidade e Confiança - ao lidar com diferentes 
materiais, colocando sua criatividade e imaginação em 
ação, o jovem desenvolve sua sensibilidade e confiança
• Espírito de Equipe - é um momento de partilha dentro 
da Alcateia/tropa/clã
Por meio do trabalho manual, o jovem poderá descobrir 
um “passatempo” que o agrade quando criança, sendo 
útil depois, quando adulto. Assim, é muito importante 
que ele experimente os mais variados tipos de técnicas, 
a fim de poder identificar estas situações.
Alguns conselhos úteis para aplicação dos trabalhos 
manuais:
• Respeitar a habilidade de cada um – alguns apresentam 
mais criatividade que outros, mais habilidades que 
outros. É muito importante o respeito ao trabalho 
realizado, para que a criança/jovem queira realizar 
outros em outras ocasiões.
• Atenção para a dificuldade do trabalho solicitado - 
devem atender as especificidades de sua Alcateia/
tropa/etc, partindo dos mais simples para os mais 
complexos.
• Incentivar a originalidade 
• Usá-los progressivamente - partir de trabalhos que 
exijam menor tempo de concentração para realizá-lo, 
menor dificuldade, progredindo gradativamente, para 
tornar a atividade do trabalho manual interessante e 
atrativa.
Não devemos nunca desfazer do trabalho de uma 
criança/jovem. Cada um tem o seu limite e tenta sempre 
o “MELHOR POSSÍVEL”.
Dramatizações
Características
Proporciona livre expressão da imaginação e vivência 
social.
A dramatização atrai o jovem pelas seguintes 
características: gosto pela representação criado pelo 
seu exibicionismo, identificação com heróis e feitos 
famosos, gosto pela imitação e prazer de construir algo.
A dramatização desenvolve na criança/jovem:
• Expressão corporal - a criança/jovem utiliza seu corpo 
para representar diversas situações.
• Expressão verbal, perda de inibição e introversão 
- para representar um personagem o jovem se 
expressa verbalmente, desinibindo-se e tornando-se 
extrovertido.
• Criatividade e imaginação - para criar sua personagem 
a criança/jovem põe em ação sua imaginação e 
criatividade.
• Concentração - a representação de sua personagem 
ajuda a criança/jovem a aumentar o seu tempo de 
atenção dirigida e concentração 
• Vida em equipe - a dramatização proporciona uma 
forma intensa da vida em equipe.
• Identificação de qualidades artísticas - qualidades 
artísticas poderão ser identificadas e desenvolvidas a 
partir das dramatizações.
Técnicas de aplicação
Três elementos essenciais são encontrados nas 
técnicas de dramatização: 
• Tipo - entre os tipos podemos encontrar os seguintes: 
livres, mímicas, pantomimas, marionetes, sombras, 
óperas, dublagens, radionovelas, coreografias, jograis, 
monólogos, noticiários, sombras, dublagens.
• Tema - como temas poderão ser usados os seguintes: 
contos infantis, fábulas, passagens bíblicas, história 
(pré-história, medieval, antiga, brasileira, etc.), povos 
(chineses, nações indígenas, egípcios, romanos, etc), 
lendas folclóricas, poesias, canções, quadros parados, 
frases (provérbios), palavras (liberdade, lealdade, 
honestidade), situações do cotidiano (no lar, passeios, 
na escola,...), heróis (Bat-Man, Tarzan, Robinson, etc) 
profissões (carpinteiro, bombeiro, médico, etc).Sendo 
naturalmente admitido o tema livre, desde que visem 
aspectos positivos, sem desrespeitar pessoas, crenças 
ou deficiências.
• Forma - Com relação à forma, entendem-se os seguintes 
elementos: enredo, organização das falas, expressão 
corporal, caracterização, cenário, sonorização, luz.
A combinação destes elementos é que formará a 
apresentação, sendo admitidas inúmeras variações, 
exemplos:
Tipo: 
Radionovelas
Tipo: Mímica Tipo: Fantoches
Tema: Leis de 
trânsito
Tema: Profissões Tema: Fábulas
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Forma: 
Sonorizada
Forma: 
Caracterização 
dos 
personagens, 
sem cenário.
Forma: Cenário
História
Como contar uma história...
Objetivos: 
• Divertir (dar prazer, alegria)
• Desenvolver:
• A linguagem
• A capacidade de expressão
• A habilidade de ouvir, compreender e interpretar
• O gosto pela leitura
• O caráter
• O raciocínio
• A imaginação
• O senso crítico
• A criatividade
Quando utilizá-la?
• Nas reuniões normais:
- como fundo de cena para jogos
- como narração de contos, histórias da jângal, 
história de heróis, vida de B-P, etc
• Nas dramatizações
• Nas atividades especiais e outras atividades
Duração da História
De 15 a 20 minutos, sempre observando o estágio de 
desenvolvimento do jovem.
Quanto ao conteúdo
• Enredo simples
• Gravuras claras e coloridas
• Clima emocional
• Ter um final com sensação de contentamento e 
tranquilidade
• Filmes
Sugestões para o “Contador de Histórias”:
• Observar: local, acomodação, texto (de acordo com o 
desenvolvimento), tom de voz, gestos, palavras novas, 
material à mão
• Contar (preferencialmente com apoio), da forma mais 
natural possível
• Ao terminar comente enredo, personagens, ações e 
final
• Programe algo para aproveitamento (maquetes, 
fantoches, etc)
Sugestão: Programe sempre incluir histórias depois 
de uma atividade agitada, dias de chuva, atividades 
noturnas.
Técnicas e materiais usados para se contar uma 
história:
• Flanelogravuras - gravuras com lixa ou velcro coladas 
atrás que serão exibidas em um quadro recoberto com 
flanela ou feltro. 
• Quadro de pregas - um quadro feito de pano ou papel 
com pregas, onde serão colocados os personagens ou 
gravuras, ilustrado a história narrada.
• Álbum seriado – flip-chart - a história pode ser 
construída em folhas de grandes, formando um álbum 
seriado.
• Cineminha - televisão improvisada onde a história gira 
em rolo, apresentando na tela gravura a gravura, como 
se fosse um filme.
• Sanfona - gravuras organizadas em um álbum em 
forma de sanfona.
• Gravuras soltas - a serem apresentadas aos jovens, de 
acordo com a história contada. 
• Argola - gravuras presas por argolas, formando um 
álbum.
• Com inter ferência - os jovens participam da história 
repetindo um determinado refrão, ou fazendo ruídos 
de animais...
• Slides - Histórias contados com auxílio de um projetor 
de slides.
• Dvd
• Cinema
• Teatro: de sombra, vara, expressão de mãos, fantoches, 
etc
• Projetor
• You tube
Canções 
E existe maior expressão da alegria do que o canto?
Somente esta razão seria suficiente para que 
incluíssemos as canções em todas as reuniões, mas as 
canções oferecem ainda outros atrativos:
12
Sociabilização: As canções são contagiantes; 
todos se sentem “parte do time”. Cantando todos se 
confraternizam e, muitas vezes esmorece as desavenças 
e brota o perdão.
Desinibição: As mesmas características aglutinantes 
e de efeito contagiante que as canções têm justificam o 
fato de serem responsáveis pela desinibição.
Desenvolvem o apreço pelas atividades artísticas. 
Muitas pessoas não cantam, alegando ter uma voz pouco 
atraente. Mas não cantamos para fazer “shows” (para 
isso temos os artistas!). Cantamos para nos alegrar. 
Soltar a voz é muito importante e as crianças e jovens 
devem ser estimulados para isso. Desta forma pegarão 
o gosto pela arte e ficarão mais atentos aos ritmos e 
às letras, desenvolvendo, consequentemente, um senso 
artístico.
Técnicas de aplicação
Pensando em crianças/jovens como seres 
transbordantes de energia, vitalidade e animação, boas 
canções farão memoráveis momentos e, quando se 
sentirque chegou o momento de buscar a calma, a 
pedida será canções mais lentas e tranquilas.
“Uma das qualidades essenciais de quem dirige uma 
cançao é saber contagiar a maioria, fazendo com que 
todos cantem, mesmo aqueles que por diversos motivos 
jamais cantaram ou gostem de fazê-lo. O canto é uma 
das grandes válvulas e serve para livrar-se das pressões 
afetivas e também do cansaço.”
Existem diversos tipos de canções e diversas maneiras 
de cantá-las, mas o mais importante é saber adequá-las 
a cada momento.
Os Escotistas deverão ensinar canções simples 
aos seus lobinhos e estas com certeza serão os seus 
“perenes refrões”. 
Algumas delas poderão ser usadas como 
complemento do aprendizado e suas letras deverão 
ser simples, do domínio do vocabulário e deverão ser 
apresentadas por intermédio de um cartaz ou em folhas 
escritas individuais. Gravadores ou MP3 também podem 
ser utilizados.
Canções cômicas e repetitivas devem ser usadas para 
animar. Em caminhadas, as canções são especialmente 
bem-vindas, pois servem como distração e motivam.
A melhor posição para ensinar uma canção é em 
círculo sentado. Todos deverão ser motivados a cantar, 
sem uma cobrança demasiada dos mais tímidos. A 
repetição contagiará a todos e se transformará em 
momentos especiais de qualquer atividade
Anotações:
Unidade 4: Inclusão de Jovens e Adultos
Um Olhar para a Inclusão
Por: Claudia Grabois Dischon
A diversidade está presente nas nossas vidas a partir 
do momento do nosso nascimento. Nunca vimos o rosto 
de nossos pais, mesmo assim a partir do momento que 
nos sentimos aceitos e amados neste novo mundo pós-
uterino ficamos mais aptos para enfrentarmos a nova 
realidade, um mundo a ser descoberto e construído. 
Assim nós crescemos descobrindo e convivendo com o 
novo até que um dia nos deparamos com as rupturas 
impostas pelo preconceito, que é filho do medo, às 
vezes com tanto poder em nossas vidas. Ficamos então 
com uma grande vontade de banir tudo o que é diferente 
e passamos anos tentando nos restringir a uma zona 
de conforto imaginária, que na melhor das hipóteses 
adiará este encontro fantástico com a diversidade, 
com pessoas diferentes, em lugares diferentes, de uma 
maneira talvez um pouco diferente daquela para a qual 
fomos programados.
Inclusão é uma palavra rica, que envolve compreensão, 
um novo olhar para o outro, e sobre tudo, um novo olhar 
para nós mesmos. Inclusão não significa assimilação, não 
há na inclusão uma perda de valores éticos , religiosos 
e culturais, pelo contrário, é um adicional ao legado dos 
nossos pais, é uma soma de culturas com total respeito 
à diversidade, é na verdade quando temos a chance 
de encararmos nossos valores e nossa moralidade de 
frente.
Existem pessoas com deficiências aparentes, sejam 
elas motoras, físicas ou mentais, estas deficiências 
estão expostas, as outras pessoas que não se 
13
enquadram neste quadro são aquelas com deficiências 
ocultas em maior ou menor grau. O convite para que 
venham participar da nossa festa pode ser feito agora, 
pois todos cabem neste contexto inclusivo de iguais 
diferentes.
Toda vida é sagrada e a inclusão é escolha pela vida, a 
aceitação de nós mesmos e precisamos estar presentes 
nesta celebração inclusiva, de convivência entre 
diferentes. A partir do momento que nos aceitamos 
como seres humanos, pessoas que vencem, que falham, 
que acertam que erram, que também convivem com 
suas própria limitações, ficamos mais aptos a aceitar 
quem aparentemente não é como nós. Todos nós temos 
a centelha divina, somos todos abençoados, há sempre 
mais uma benção a ser dada e bênçãos são inclusivas. 
Mesmo que muitas vezes nos pareça difícil, pois são 
tantos os nossos questionamentos, toda vida é uma 
dádiva, toda vida é um grande acontecimento.
A inclusão é a igualdade pela aceitação da diversidade, 
é o caminho da paz social e o caminho da paz no 
mundo, por mais difícil que está ideia nos pareça. É o 
desenvolvimento de uma nova ordem, não é na verdade 
uma ideia radical, mas, como já disse, uma escolha pela 
vida, onde os pais de homossexuais poderão conviver 
naturalmente com seus filhos, onde uma pessoa em 
cadeira de rodas terá acesso aos ambientes, pessoas 
com deficiência mental serão respeitadas ,os cegos e 
surdos estarão integrados , enfim, a diversidade fará 
parte do nosso cotidiano.
A inclusão sempre nos fará pensar no mundo em que 
vivemos e em como desejamos que seja este mundo,para 
nós,nossos filhos e nossos netos.É o reconhecimento 
de que todos fomos feitos a imagem e semelhança de 
Deus, e somos todos capazes de amar e amor é a chave 
para inclusão.
Somos inclusivos, quando acreditamos que quem não 
pensa como nós e não tem a nossa crença é merecedor 
do mesmo respeito de que nós nos consideramos 
dignos, somos também inclusivos quando acreditamos 
que quem pensa como nós mas não tem exatamente 
a nossa aparência é merecedor deste mesmo respeito, 
somos também inclusivos quando acreditamos que 
aqueles que não tem a mesma opção sexual são também 
merecedores deste respeito.
Estamos mais próximos da inclusão quando encaramos 
a velhice de frente, quando encaramos as doenças, 
quando encaramos nossa auto rejeição, nosso medo da 
morte. Se ainda não estamos hoje, todos nós estaremos 
sujeitos a buscar a nossa própria inclusão, em algum 
momento de nossas vidas, mesmo que seja em retorno, 
como aquele que afastado de sua religião um dia ouve 
um chamado e iniciará o caminho de volta, talvez não 
seja tão fácil aprender as rezas, se relacionar com as 
pessoas, ainda estranhas, mas é preciso voltar, se incluir, 
se aproximar, compartilhar, fazer parte e acreditar.
Inclusão é amor, é abraçar a vida, é crença no divino, 
é fé no potencial humano, é igualdade, diversidade, é 
compartilhar, discordar, é respeito pela diferença, é 
o caminho da paz, a busca da plenitude, exercício de 
tolerância, diminuição brusca da violência, diversidade 
na sala de aula, riqueza na nossa vida.
Vamos começar nas nossas casas, na nossa 
comunidade e vamos sonhar juntos que este seja 
realmente o nosso sonho, o sonho de um mundo 
inclusivo, o sonho de um mundo melhor.
Como chamar os que têm deficiência?
Por: Romeu Kazumi Sassaki
Em todas as épocas e localidades, a pergunta que 
não quer calar-se tem sido esta, com alguma variação: 
“Qual é o termo correto - portador de deficiência, pessoa 
portadora de deficiência ou portador de necessidades 
especiais?” Responder esta pergunta tão simples é 
simplesmente trabalhoso, por incrível que possa parecer.
Comecemos por deixar bem claro que jamais houve 
ou haverá um único termo correto, válido definitivamente 
em todos os tempos e espaços, ou seja, latitudinal e 
longitudinalmente. A razão disto reside no fato de que a 
cada época são utilizados termos cujo significado seja 
compatível com os valores vigentes em cada sociedade 
enquanto esta evolui em seu relacionamento com as 
pessoas que possuem este ou aquele tipo de deficiência.
Os movimentos mundiais de pessoas com deficiência, 
incluindo os do Brasil, estão debatendo o nome pelo 
qual elas desejam ser chamadas. Mundialmente, já 
fecharam a questão: querem ser chamadas de “pessoas 
com deficiência” em todos os idiomas. E esse termo faz 
parte do texto da Convenção Internacional para Proteção 
e Promoção dos Direitos e Dignidade das Pessoas com 
Deficiência, a ser aprovada pela Assembléia Geral da ONU 
em 2005 ou 2006 e a ser promulgada posteriormente 
através de lei nacional de todos os Países-Membros.
Eis os princípios básicos para os movimentos 
terem chegarem a esse nome:
1. Não esconder ou camuflar a deficiência; 
2. Não aceitar o consolo da falsa idéia de que todo 
mundo tem deficiência;
3. Mostrar com dignidade a realidade da deficiência; 
4. Valorizar as diferenças e necessidades decorrentes 
da deficiência; 
5. Combater neologismos que tentam diluir as 
diferenças, tais como “pessoas com capacidades 
14
especiais”, “pessoas com eficiências diferentes”, 
“pessoas com habilidades diferenciadas”,“pessoas 
deficientes”, “pessoas especiais”, “é desnecessário 
discutir a questão das deficiências porque todos nós 
somos imperfeitos”, “não se preocupem, agiremos 
como avestruzes com a cabeça dentro da areia” 
(i.é, “aceitaremos vocês sem olhar para as suas 
deficiências”);
6. Defender a igualdade entre as pessoas com 
deficiência e as demais pessoas em termos de direitos e 
dignidade, o que exige a equiparação de oportunidades 
para pessoas com deficiência atendendo às diferenças 
individuais e necessidades especiais, que não devem ser 
ignoradas;
7. Identificar nas diferenças todos os direitos que 
lhes são pertinentes e a partir daí encontrar medidas 
específicas para o Estado e a sociedade diminuírem ou 
eliminarem as “restrições de participação” (dificuldades 
ou incapacidades causadas pelos ambientes humano e 
físico contra as pessoas com deficiência).
Conclusão
A tendência é no sentido de parar de dizer ou escrever 
a palavra “portadora” (como substantivo e como 
adjetivo). A condição de ter uma deficiência faz parte 
da pessoa e esta pessoa não porta sua deficiência. Ela 
tem uma deficiência. Tanto o verbo “portar” como o 
substantivo ou o adjetivo “portadora” não se aplicam a 
uma condição inata ou adquirida que faz parte da pessoa. 
Por exemplo, não dizemos e nem escrevemos que uma 
certa pessoa porta olhos verdes ou pele morena.
Uma pessoa só porta algo que ela possa não portar, 
deliberada ou casualmente. Por exemplo, uma pessoa 
pode portar um guarda-chuva se houver necessidade e 
deixá-lo em algum lugar por esquecimento ou por assim 
decidir. Não se pode fazer isto com uma deficiência, é 
claro.
A quase totalidade dos documentos, a seguir 
mencionados, foi escrita e aprovada por organizações 
de pessoas com deficiência que, no atual debate 
sobre a Convenção da ONU a ser aprovada em 2003, 
estão chegando ao consenso quanto a adotar a 
expressão “pessoas com deficiência” em todas as suas 
manifestações orais ou escritas.
Escotismo e Inclusão
Autora: MARILUCE GOMES N. MAIA PEREIRA – UEB-SP
O Escotismo, maior movimento de educação não-
formal para crianças e jovens de todo o mundo, desde 
sua fundação, tem recebido pessoas com deficiência 
em suas fileiras, ainda que esporadicamente, fruto de 
iniciativas isoladas de Grupos Escoteiros ou de umas 
poucas organizações escoteiras nacionais.
A Conferência Mundial do Movimento Escoteiro 
de 1988 tomou importantes decisões sobre a prática 
do Escotismo por deficientes físicos, defendendo a 
opinião de que todos os líderes no Movimento têm 
responsabilidade de promover o Escotismo para 
pessoas com deficiência; recomendando a todas 
as organizações escoteiras nacionais a rever seus 
programas, a fim de satisfazer às necessidades de 
todos os jovens, a despeito das deficiências que possam 
ter; encorajando fortemente a todas as organizações 
escoteiras nacionais que garantam a existência de uma 
pessoa com influência na Equipe Nacional de Programa 
responsável especificamente por promover o Escotismo 
para deficientes; e instando as Organizações Escoteiras 
Nacionais a que disponibilizem recursos suficientes para 
a promoção efetiva do Escotismo com deficientes.
Os jovens devem ser os principais agentes de 
seu próprio desenvolvimento, mesmo aqueles com 
incapacidades, e o Movimento Escoteiro deve oferecer-
lhes – assim como faz aos demais jovens – plenas 
oportunidades para envolvimento e participação.
Embora o conceito e a prática universal da inclusão 
sejam muito recentes, os mesmos já eram preconizados 
pelo Movimento Escoteiro, praticamente desde sua 
fundação. O fundador do Escotismo afirmava que 
“queremos especialmente ajudar o mais fraco a não 
sentir suas fraquezas, e a ganhar esperança e força”.
Já em 1919, em seu livro “Aids to Scoutmastership”, 
Baden-Powell afirma: “Por toda parte no Escotismo 
há inúmeros meninos aleijados, surdo-mudos e cegos 
que agora estão ganhando mais saúde, alegria e 
esperança do que tinham antes. Baden-Powell percebeu 
que algumas adaptações se faziam necessárias:” 
A maioria desses meninos não é capaz de passar 
nas provas escoteiras normais, sendo supridos com 
provas especiais ou alternativas”. Além disso, em 
consonância com a orientação dos nossos dias (isto 
é, 80 a 90 anos a sua frente), ele adverte que deve-
se evitar a superproteção ou paternalismo: “O que é 
admirável nesses meninos é sua alegria e entusiasmo 
para fazer tudo o que lhes for possível no Escotismo. 
Eles não querem provas e tratamento mais especiais 
do que o estritamente necessário.” Seguindo o mesmo 
princípio, ele enfatiza a regra geral da educação: ajudá-
los a tornarem-se autônomos o máximo possível e a 
adquirirem auto-estima: “O Escotismo os ajuda unindo-
os à uma fraternidade mundial, dando-lhes algo que fazer 
e pelo que esperar, oferecendo-lhes uma oportunidade 
de provar a si mesmos e aos outros que eles podem 
fazer coisas por si mesmos – e coisas difíceis também”
15
INTEGRAÇÃO x inclusão
O Movimento Escoteiro mundial adere à idéia da 
inclusão da pessoa com deficiência, e não da simples 
integração da mesma. Cabendo, portanto, diferenciar 
os termos integração e inclusão, de modo que, um 
entendimento claro do conceito inclusão, venha evitar 
erros na implantação e operacionalização do Escotismo 
para Todos no Brasil.
Não se trata de uma mera troca de verbos, mas de 
novo olhar sobre a pessoa com deficiência como sendo 
alguém que se insere no “nós”, no “todos”.
Quando atingirmos esse progresso, esse grau de 
desenvolvimento humano, essa naturalidade diante da 
diversidade, o preconceito e a segregação serão uma 
realidade muito distante. Quando o objetivo da verdadeira 
inclusão houver ocorrido, o fato de uma pessoa sofrer um 
acidente e transformar-se num portador de deficiência 
significará apenas que suas aptidões mudaram e que ela 
deve adequar-se a uma nova condição de vida, também 
repleta de oportunidades.
Tanto a integração quanto a inclusão, constituem 
formas de inserção social das pessoas com deficiência. 
Com o diferencial de que, na prática da integração – 
definida mais claramente nas décadas de 60 e 70 – 
era baseada no “modelo médico”, visando modificar 
(habilitar, reabilitar, educar) a pessoa com deficiência, 
para torná-la apta a satisfazer os padrões aceitos no 
meio social (familiar, escolar, profissional, recreativo, 
ambiental).
Já a prática da inclusão, que se inicia na década de 
80 e se consolida nos anos 90, vem seguindo o “modelo 
social”, segundo o qual a nossa tarefa é modificar a 
sociedade para torná-la capaz de acolher todas as 
pessoas que, uma vez incluídas nessa sociedade 
em modificação, poderão ser atendidas em suas 
necessidades comuns e/ou especiais.
Assim:
Integração: inserção da pessoa deficiente 
devidamente preparada para conviver na sociedade.
Inclusão: modificação da sociedade como pré-
requisito para a pessoa com necessidades especiais 
buscar seu desenvolvimento e exercer a cidadania.
“As necessidades de aprendizagem dos incapacitados 
exigem atenção social. São necessários passos para 
se oferecer igualdade de acesso à educação a todas 
as categorias de pessoas incapacitadas como parte 
integral do sistema educacional”.
Dicas para Conviver e Apoiar Pessoas com 
Deficiência 
Fonte: http://www2.camara.gov.br
Apresentamos a seguir algumas orientações que as 
pessoas podem seguir nos seus contatos com as pessoas 
com deficiência. Não são regras, mas esclarecimentos 
resultantes da experiência de diferentes pessoas que 
atuam na área e que apontam para as especificidades 
dos diferentes tipos de deficiências.
Como chamar:
• Prefira usar o termo hoje mundialmente aceito: 
“pessoa com deficiência (física, auditiva, visual ou 
intelectual)”, em vez de “portador de deficiência”, 
“pessoa com necessidades especiais” ou “portador 
de necessidades especiais”;
• Os termos ”cego” e “surdo” podem ser utilizados;
• Jamais utilizar termos pejorativos ou depreciativos 
como “deficiente”, “aleijado”, “inválido”, “mongol”, 
“excepcional”, “retardado”,“incapaz”, “defeituoso” 
etc.
Pessoas com deficiência física
• É importante perceber que para uma pessoa sentada 
é incômodo ficar olhando para cima por muito tempo. 
Portanto, ao conversar por mais tempo que alguns 
minutos com uma pessoa que usa cadeira de rodas, se 
for possível, lembre-se de sentar, para que você e ela 
fiquem com os olhos no mesmo nível.
• A cadeira de rodas (assim como as bengalas e muletas) 
é parte do espaço corporal da pessoa, quase uma 
extensão do seu corpo. Apoiar-se na cadeira de rodas 
é tão desagradável como fazê-lo numa cadeira comum 
onde uma pessoa está sentada.
• Ao empurrar uma pessoa em cadeira de rodas, faça-o 
com cuidado. Preste atenção para não bater naqueles 
que caminham à frente. Se parar para conversar com 
alguém, lembre-se de virar a cadeira de frente para 
que a pessoa também possa participar da conversa.
• Mantenha as muletas ou bengalas sempre próximas à 
pessoa com deficiência.
• Se achar que ela está em dificuldades, ofereça ajuda 
e, caso seja aceita, pergunte como deve proceder. 
As pessoas têm suas técnicas individuais para subir 
escadas, por exemplo, e, às vezes, uma tentativa de 
ajuda inadequada pode até atrapalhar. Outras vezes, o 
auxílio é essencial. Pergunte e saberá como agir e não 
se ofenda se a ajuda for recusada.
• Se você presenciar um tombo de uma pessoa com 
deficiência, ofereça-se imediatamente para auxiliá-la. 
Mas nunca aja sem antes perguntar se e como deve 
ajudá-la.
16
Esteja atento para a existência de barreiras 
arquitetônicas quando for escolher uma casa, restaurante, 
teatro ou qualquer outro local que queira visitar com 
uma pessoa com deficiência física.
Não se acanhe em usar termos como “andar” e 
“correr”. As pessoas com deficiência física empregam 
naturalmente essas mesmas palavras.
Pessoas com deficiência visual
• É bom saber que nem sempre as pessoas com 
deficiência visual precisam de ajuda. Se encontrar 
alguém que pareça estar em dificuldades, identifique-
se, faça-a perceber que você está falando com ela e 
ofereça seu auxílio.
• Nunca ajude sem perguntar como fazê-lo. Caso 
sua ajuda como guia seja aceita, coloque a mão da 
pessoa no seu cotovelo dobrado. Ela irá acompanhar o 
movimento do seu corpo enquanto você vai andando. 
Num corredor estreito, por onde só é possível passar 
uma pessoa, coloque o seu braço para trás, de modo 
que a pessoa cega possa continuar seguindo você.
• É sempre bom avisar, antecipadamente, sobre a 
existência de degraus, pisos escorregadios, buracos e 
outros obstáculos durante o trajeto.
• Ao explicar direções, seja o mais claro e específico 
possível; de preferência, indique as distâncias em 
metros (“uns vinte metros à nossa frente”, por 
exemplo). Quando for afastar-se, avise sempre.
• Algumas pessoas, sem perceber, falam em tom de 
voz mais alto quando conversam com pessoas cegas. 
A menos que ela tenha, também, uma deficiência 
auditiva que justifique isso, não faz nenhum sentido 
gritar. Fale em tom de voz normal.
• Não se deve brincar com um cão-guia, pois ele tem a 
responsabilidade de guiar o dono que não enxerga e 
não deve ser distraído dessa função.
• As pessoas cegas ou com visão subnormal são como 
você, só que não enxergam. Trate-as com o mesmo 
respeito e consideração dispensados às demais 
pessoas. No convívio social ou profissional, não as 
exclua das atividades normais. Deixe que elas decidam 
como podem ou querem participar.
• Fique à vontade para usar palavras como “veja” e 
“olhe”, pois as pessoas com deficiência visual as 
empregam com naturalidade.
Pessoas com paralisia cerebral
• A paralisia cerebral é fruto da lesão cerebral, ocasionada 
antes, durante ou após o nascimento, causando 
desordem sobre os controles dos músculos do corpo. 
A pessoa com paralisia cerebral não é uma criança, 
nem é portador de doença grave ou contagiosa.
• Trate a pessoa com paralisia cerebral com a mesma 
consideração e respeito que você usa com as demais 
pessoas.
• Quando encontrar uma pessoa com paralisia cerebral, 
lembre-se que ela tem necessidades específicas, 
por causa de suas diferenças individuais, e pode ter 
dificuldades para andar, fazer movimentos involuntários 
com pernas e braços e apresentar expressões 
estranhas no rosto.
• Não se intimide, trate-a com naturalidade e respeite 
o seu ritmo, porque em geral essas pessoas são mais 
lentas. Tenha paciência ao ouvi-la, pois a maioria tem 
dificuldade na fala. Há pessoas que confundem esta 
dificuldade e o ritmo lento com deficiência intelectual.
Pessoas com deficiência auditiva
• Não é correto dizer que alguém é surdo-mudo. Muitas 
pessoas surdas não falam porque não aprenderam a 
falar. Algumas fazem a leitura labial, outras não.
• Ao falar com uma pessoa surda, acene para ela ou 
toque levemente em seu braço, para que ela volte 
sua atenção para você. Posicione-se de frente para 
ela, deixando a boca visível de forma a possibilitar a 
leitura labial. Evite fazer gestos bruscos ou segurar 
objetos em frente à boca. Fale de maneira clara, 
pronunciando bem as palavras, mas sem exagero. Use 
a sua velocidade normal, a não ser que lhe peçam para 
falar mais devagar.
• Ao falar com uma pessoa surda, procure não ficar 
contra a luz, e sim num lugar iluminado.
• Seja expressivo, pois as pessoas surdas não podem 
ouvir mudanças sutis de tom de voz que indicam 
sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou 
seriedade, e as expressões faciais, os gestos e o 
movimento do seu corpo são excelentes indicações 
do que você quer dizer.
• Enquanto estiver conversando, mantenha sempre 
contato visual. Se você desviar o olhar, a pessoa surda 
pode achar que a conversa terminou.
• Nem sempre a pessoa surda tem uma boa dicção. 
Se tiver dificuldade para compreender o que ela está 
dizendo, não se acanhe em pedir para que repita. 
Geralmente, elas não se incomodam em repetir 
quantas vezes for preciso para que sejam entendidas. 
Se for necessário, comunique-se por meio de bilhetes. 
O importante é se comunicar.
• Mesmo que pessoa surda esteja acompanhada de um 
intérprete, dirija-se a ela, e não ao intérprete.
• Algumas pessoas surdas preferem a comunicação 
escrita, outras usam língua de sinais e outras ainda 
preferem códigos próprios. Estes métodos podem ser 
lentos, requerem paciência e concentração. Você pode 
17
tentar se comunicar usando perguntas cujas respostas 
sejam sim ou não. Se possível, ajude a pessoa surda a 
encontrar a palavra certa, de forma que ela não precise 
de tanto esforço para transmitir sua mensagem. Não 
fique ansioso, pois isso pode atrapalhar sua conversa.
Pessoas com deficiência intelectual
• Você deve agir naturalmente ao dirigir-se a uma pessoa 
com deficiência intelectual.
• Trate-a com respeito e consideração. Se for uma 
criança, trate-a como criança. Se for adolescente, 
trate-a como adolescente, e se for uma pessoa adulta, 
trate-a como tal.
• Não a ignore. Cumprimente e despeça-se dela 
normalmente, como faria com qualquer pessoa.
• Dê-lhe atenção, converse e verá como pode ser 
divertido. Seja natural, diga palavras amistosas.
• Não superproteja a pessoa com deficiência intelectual. 
Deixe que ela faça ou tente fazer sozinha tudo o que 
puder. Ajude apenas quando for realmente necessário.
• Não subestime sua inteligência. As pessoas com 
deficiência intelectual levam mais tempo para aprender, 
mas podem adquirir muitas habilidades intelectuais e 
sociais.
Anotações:
Unidade 5: Escotismo e Comunidade 
Atividades Comunitárias
Para desenvolver nas crianças e nos jovens o 
gosto por ajudar os outros a Matilha/Tropa/Clã pode 
planejar diferentes atividades comunitárias. Um ponto 
importante é olhar ao redor da sede do próprio Grupo, 
na comunidade próxima, e levantar como os escoteiros 
podem ajudar. 
Os escoteiros podem desenvolver atividades de 
“serviço”, onde usam suas capacidades para resolver 
um problema, geralmente com ações pontuais, ou 
atividades de “desenvolvimento comunitário”, em 
que os escoteiros ajudam a comunidade a encontrara 
solução para um problema, geralmente através de um 
projeto mais elaborado. As duas ações são válidas, 
deve-se atentar para um detalhe: o assistencialismo 
presente nas ações de “serviço” deve, sempre que 
possível, ceder lugar a projetos que ajudem efetivamente 
a comunidade. Se um colégio precisa de reformas, uma 
das ações pode ser auxiliar nos reparos. Mas, descobrir 
o motivo do vandalismo e executar uma ação que reduza 
este comportamento gera muito mais comprometimento 
e aprendizado.
Como ponto importante deve-se ressaltar, ainda, que 
os jovens não devem ser usados apenas como “mão de 
obra barata” para instituições que promovem eventos, 
e que se sempre há riscos quando se coloca jovens em 
contato com o trabalho e com público. As regras de 
segurança devem ser bem planejadas, comunicadas e 
cobradas de todos.
As atividades Comunitárias são chamadas de Boas 
Ações coletivas no Ramo Lobinho.
Fonte: Escotistas em Ação! Ramo Escoteiro
Anotações:
18
Unidade 6: Marco Simbólico dos Ramos
O Movimento Escoteiro oferece um marco simbólico 
para as distintas etapas de crescimento.
É próprio do Movimento Escoteiro oferecer aos jovens 
diversas visões simbólicas, que vão substituindo umas às 
outras nos diferentes Ramos para ajustar-se às diferentes 
faixas etárias. Estas representações da realidade, que 
chamamos de marcos simbólicos e que caracterizam cada 
Ramo, oferecem aos jovens uma motivação apropriada 
ao seu processo de amadurecimento e acompanham seu 
crescimento desde a etapa do pensamento imaginário e 
a moral convencional até a idade do pensamento crítico, 
a consciência ética e o compromisso.
Ramo Lobinho – O povo Livre dos lobos
Através de contos e representações, Lobinhos e 
Lobinhas se familiarizam com as dezenas de histórias 
do “Livro do Jângal”, a centenária fábula de Rudyard 
Kipling.
O processo de aquisição de hábitos e valores se 
reforça mediante o contraste entre dois povos que 
representam estilos muito diferentes e formas de ser, que 
simbolizam atitudes que nos assediam continuamente 
na vida e diante das quais devemos optar. A alcateia de 
Seeonee é uma sociedade reconhecida na selva por sua 
capacidade de organização. Em oposição aos Bandar-
logs, o povo sem lei dos macacos, os lobos têm uma 
sociedade baseada no pertencimento a uma Alcateia 
e no cumprimento da lei, o que faz deles um povo 
respeitado pelos demais. Sem ordem, sem solidariedade, 
sem metas claras e sem constância para chegar até suas 
metas não se pode ser livre: assim são os Bandar-logs. 
E ser Bandar-log é coisa muito diferente, é viver sempre 
com a cabeça no ar, e dos galhos das árvores, criticar 
sem participar, fazer barulho, tecer intrigas, porém nunca 
pisar em terra firme, jamais assumir responsabilidades. 
Não tem como errar, é melhor ser como o povo livre dos 
lobos que têm uma lei.
Ramo Escoteiro – Explorar novos territórios com um 
Grupo de amigos
Entre 11 e 15 anos, o marco simbólico proposto 
para os Escoteiros guarda uma estreita relação com 
o dinamismo que eles experimentam e expressam 
através de suas atividades espontâneas: conhecer o 
mundo (explorar), apropriar-se de novos espaços (novos 
territórios) e vincular-se cada vez mais com seu grupo de 
pares (com um grupo de amigos).
A expressão explorar novos territórios com um 
grupo de amigos é um ambiente de referência que 
reforça a vida em comum na patrulha e na Seção 
Escoteira, contribuindo para dar coerência a tudo o que 
se faz. Este ambiente permite apresentar os valores de 
maneira atrativa, incentiva a imaginação, desenvolve 
a sensibilidade, reforça o pertencimento, marca um 
mesmo propósito e motiva e dá importância à conquista 
de objetivos pessoais, de forma divertida e desafiadora
Ramo Sênior – Superar seus próprios desafios
Na faixa etária do Ramo Sênior, o jovem se depara 
com o desafio de buscar a formação da identidade 
pessoal. Já não se trata apenas de descobrir o mundo, 
mas também de identificar o espaço que se ocupará 
neste mundo. A exploração muda de propósito: não 
basta andar por aí vendo como fazem o mundo, tem que 
se preparar para fazê-lo. É chegada a hora de Superar 
seus próprios Desafios.
Ramo Pioneiro – Tenho um projeto para a minha vida
Os pioneiros vivem uma aventura que já não é simbólica 
ou imaginária, já que permite aos jovens experimentar o 
papel real do adulto por meio do serviço e das atividades 
de desenvolvimento comunitário. Estabelece vínculos de 
solidariedade bem além das barreiras sociais, culturais, 
nacionais ou étnicas, e incentiva a integração social e 
profissional. É uma aventura no coração da vida real, 
a rota da vida. Por estas razões não existe nenhum 
fundo de cena no Ramo Pioneiro. O único Ramo que tem 
fundo de cena é o Ramo Lobinho. O conceito Superar 
seus próprios Desafios, símbolo dos Seniores, passa a 
ser mais pessoal e desafiante no Ramo Pioneiro. Assim 
como o jovem e a jovem transcorrem desde a busca e 
descobrimento da identidade pessoal até a ocupação de 
um espaço na sociedade, a continuidade do símbolo vai 
da superação de desafios à construção de um projeto 
para a vida.
Tenho um projeto para minha vida, expressão 
simbólica que o método propõe aos Pioneiros, coincide 
com a proposta do fundador do Escotismo para os 
jovens desta idade: “toma tua própria canoa e rema”. 
Já não se trata de viver uma aventura que é em parte 
individual e parte em equipe. Mais ou menos próximo 
de definir sua identidade pessoal, agora é o tempo em 
que o jovem deverá começar paralelamente a definir um 
propósito para sua vida. E a equipe que está presente, 
porém de um modo diferente, pode ajudar muito nesta 
19
tarefa. No entanto, a responsabilidade é individual. 
Ninguém poderá viver pelo jovem a vida que ele ou ela 
começarão a viver a partir desta etapa.
Então, tem que ter um projeto para a vida. A expressão 
não é puramente simbólica: na prática, a grande tarefa 
dos Pioneiros no Clã é a construção, desenvolvimento, 
avaliação e reformulação contínua, por escrito, de um 
Plano de Desenvolvimento Pessoal.
Não se espera que, nesta etapa Pioneira, um jovem 
desenhe completamente o que será seu projeto durante 
sua vida adulta. O que se espera é que se acostume 
com o exercício de se propor um futuro e começar a 
caminhar em direção a ele. De fato, em sua etapa 
Pioneira, os jovens reformulam várias vezes seu Plano 
de Desenvolvimento Pessoal, já que tão importante 
quanto o Projeto é o processo, isto é, a aprendizagem 
e interiorização da ideia de ter sempre uma visão de si, 
de saber quanto se está avançando no caminho de ser 
o que se quer ser.
Para saber mais sobre Marco Simbólico, consulte o 
Manual do Escotista do Ramo.
Anotações:
Unidade 7: Valores
O que são Valores?
Segundo Rokeach (1981), “um valor é uma crença 
firme no sentido de que um determinado modo de 
conduta ou determinado estado. São preferíveis a 
modos de conduta, ou estados terminais alternativos”.
Segundo o dicionário do AURÉLIO, valores são (3) 
“As normas, princípios ou padrões sociais aceitos ou 
mantidos por indivíduo, classe, sociedade, etc.”
Outra definição (Theo Dorson and Theodorson), (69) é: 
um princípio abstrato e generalizado de comportamento 
com o qual os membros de um grupo se sentem fortes, 
positiva e emocionalmente compromissados e fornece 
um padrão para julgar atos e metas específicas.
Para que servem os valores?
O homem não pode viver sem valores, que são uma 
parte integral dele e que o fazem humano.
Os valores são as regras e guias que dão aos seres 
humanos as direções do dia-a-dia.
O que nos impede de saltarmos do alto de um edifício 
é o valor que damos a nossa vida. Entretanto o desejo 
de viver, como todos os valores, é variável.
Existem pessoas que se voluntariam para missões 
suicidas (kamikazes no Japão, homens-bomba, etc.).
Para complicar ainda mais a situação, as pessoas 
estão sujeitas a mais de um conjunto de valores ao 
mesmo tempo. Além dos valores pessoais, existem os 
sistemas de valores dos grupos.
Estes grupos incluema família, amigos comunidades, 
organizações de trabalho, cidades, estado, nações e o 
mundo.
Qualquer grupo com alguma coesão irá formar algum 
sistema de valores.
E o que é um sistema de valores?
“É uma disposição hierárquica de valores, uma 
classificação ordenada de valores ao longo de um 
contínuo de importância” (Rokeach) 
Os conflitos nestes sistemas de valores ocorrem 
quando dois grupos diferentes encontram-se frente a 
frente. Isto é visto com frequência entre os valores da 
família e os valores do grupo de colegas ou amigos.
A família pode dar valor ao trabalho duro, 
responsabilidade, planejamento e honestidade. O grupo 
de amigos pode valorizar atitudes desinteressadas, “ir 
20
levando”, resolver as coisas à medida que aparecem e 
“levar vantagem”.
O que são valores no escotismo?
São aqueles estabelecidos nos princípios do 
movimento escoteiro e expressos na Lei e na Promessa. 
Aderir ao Movimento Escoteiro significa firmar um 
compromisso pessoal frente a determinados valores.
Os artigos da Lei Escoteira
• O escoteiro tem uma só palavra e sua honra vale mais 
do que a própria vida – O escoteiro é uma pessoa 
de confiança, isto é, seus atos e suas palavras são 
coerentes com sua vida interior. Ele é sincero, autêntico, 
franco. Para ser digno de confiança é preciso amar a 
verdade e ser fiel ao verdadeiro, é saber que mais vale 
uma tristeza autêntica do que uma falsa alegria. Um 
verdadeiro escoteiro não troca sua honra por dinheiro, 
sucesso, fama ou poder.
• O escoteiro é leal – Ser leal ou fiel é persistir em nossa 
fé naquilo que é importante, é crer ativamente na 
constância de nossos valores. Para os escoteiros as 
coisas dignas de fidelidade se expressam na síntese 
de nossa Promessa: o amor a Deus, o serviço ao país, 
sua terra e sua gente, e no esforço contínuo para 
viver os valores contidos na Lei Escoteira: a verdade, a 
solidariedade, a proteção à vida e à natureza, a alegria, 
a limpeza de coração.
• O escoteiro está sempre alerta para ajudar o próximo e 
pratica diariamente uma boa ação – Servir ao próximo 
é olhar com atenção e respeito para o ser humano, é 
descobrir e aceitar o outro tal como ele é, pondo-se 
livremente a serviço dos demais para que cada um 
seja, dentro de sua própria dignidade, tudo aquilo que 
está chamado a ser. Servimos porque entendemos 
que, pelo serviço, nos encontramos com o homem, 
e quando nos encontramos com o homem nos 
aproximamos de Deus.
• O escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais 
escoteiros – Ser amigo é compartilhar com todos, 
é praticar o desprendimento, é abrir nossas vidas 
para que os outros tenham nela um espaço. Quem 
compartilha descobre que nós todos temos algo a 
dizer, que nós todos necessitamos de espaço por 
meio dos quais possamos nos manifestar, que todos 
merecemos ser respeitados e apreciados.
• O escoteiro é cortês – É ser amável, é ser capaz de 
acolher e aceitar o outro porque só lhe deseja o bem, 
não simplesmente gestos educados que se esgotam 
na aparência, é ser verdadeiramente gentil.
• O escoteiro é bom para os animais e as plantas – Ele 
respeita a vida pelo que ela realmente é e protege 
a natureza, tomando consciência da relação que 
existe entre o homem e as demais espécies animais 
e vegetais.
• O escoteiro é obediente e disciplinado – Para o escoteiro 
ser obediente e disciplinado significa se organizar e 
não fazer nada pela metade, quando se compromete 
age de acordo com o compromisso assumido porque 
sabe que foram assumidos com pessoas que confiaram 
em sua palavra. Ele organiza sua vida porque valoriza 
o trabalho em equipe e entende que no cumprimento 
dos compromissos assumidos entre todos reside o 
êxito de qualquer tarefa.
• O escoteiro é alegre e sorri nas dificuldades – A vida 
precisa ser enfrentada com alegria e boa disposição de 
espírito. A alegria de viver não impede que encaremos 
com seriedade nossas obrigações e relações. Alegria 
não é rir dos outros, é alegre quem ri com os demais e 
a todos convida a rir, compartilhando sua alegria. É ser 
otimista e enfrentar o que vier pela frente com humor 
e força de vontade, acreditando sempre no sucesso.
• O escoteiro é econômico e respeita o bem alheio 
– Descobrindo nossas potencialidades podemos, 
por meio delas, intervir na construção do mundo, 
contribuir com o máximo que formos capazes de fazer, 
de um modo criativo e consciente da diversidade 
das capacidades e expressões humanas. O escoteiro 
valoriza o trabalho. Ser econômico não é ser avarento, 
é usufruir das coisas sem desperdício, é respeitar e 
valorizar o que se tem e o que não nos pertence. 
• O escoteiro é limpo de corpo e alma – O escoteiro tem 
integridade na alma, possui retidão de espírito . Pratica 
a bondade porque ela faz parte de si, é verdadeiro. 
Esse artigo nos convida a fazer um questionamento 
constante sobre o quanto de integridade existe em 
nossa alma, no que pensamos, dizemos e fazemos. 
São valores que se integram a outros traços da 
personalidade para formar o caráter daquele cidadão 
responsável, participante e útil que temos por propósito 
ajudar a formar. Valores que reconhecemos essenciais, 
perenes e que, por isso mesmo, não estão sujeitos 
21
aos modismos e características sociais momentâneas, 
ditadas por circunstâncias conjunturais as mais diversas.
São entre outros: Honra, Amor ao Próximo, Amizade, 
Preservação da Natureza, Disciplina, Honestidade, 
Fraternidade, Lealdade, Responsabilidade, Religiosidade, 
Cortesia, Sinceridade, Autocontrole, Coerência e 
Dignidade de Pensamentos, Palavras e Ações. 
Assumir compromisso com a preservação de 
tais valores, longe de ser uma postura retrógrada e 
conservadora, é uma atitude revolucionária. No respeito 
a esses valores reside a grande reforma social que o 
Escotismo se propõe a realizar dotando a sociedade de 
cidadãos que não se envergonhem de um comportamento 
reto, honesto. 
Em um nível ideal, a Lei Escoteira estabelece 
os princípios que devem ser aceitos subscritos 
voluntariamente, como estilo de vida de todo membro 
do Movimento.
Há primeiro o princípio espiritual: “Dever para com 
Deus”. Ele não está ligado a qualquer cultura ou filosofia 
e aplica-se, igualmente, a todas as expressões da 
dimensão espiritual do homem, seu conceito de vida e 
sua necessidade de pensamentos mais absolutamente 
elevados. Os escoteiros, sejam eles budistas ou cristãos, 
muçulmanos ou hindus, aceitam esta dimensão e 
encontram, no Movimento Escoteiro, meios para nutrir a 
fé, exprimir as crenças e prosseguirem em sua busca de 
valores espirituais.
Há também um princípio social: “Dever para com os 
demais”. Este é a expressão da solidariedade, a nível 
local, nacional e internacional. Implícito neste princípio 
está um compromisso de servir aos demais por meio de 
ação concreta, participação no desenvolvimento e boa 
vontade em liderar e trabalhar conjuntamente.
O terceiro é um princípio pessoal: “Dever para consigo”. 
Este é a responsabilidade de crescer. Cada indivíduo 
sendo o artesão do seu próprio desenvolvimento, a 
ele compete conduzir-se de uma maneira responsável 
realizando seu potencial. A moderna psicologia tem 
como grande tema que mesmo sobre pressão o indivíduo 
pode liberar-se e viver o seu destino, mas ninguém pode 
fazê-lo em seu lugar.
A Lei está ligada, de maneira inseparável, à 
Promessa que, de fato, dá validade, realidade e até 
mesmo efetividade a ela. Através da Promessa o jovem 
compromete-se, sem compulsão, de livre e espontânea 
vontade. Isto é a essência democrática básica deste ato 
voluntário de adesão, que dá significado à Lei.
A Promessa Escoteira
A promessa é um compromisso voluntário de cumprir 
a Lei Escoteira, feito diante de si mesmo, dos demais 
e de Deus. As palavras em que ela se expressa e seus 
conceitos são bem simples.
“Prometo pela minha honra fazer o melhor possível 
para cumprir meus deveres para com Deus e minha 
Pátria, ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião e 
obedecer a Lei Escoteira.”
O jovem, através dapromessa, se compromete, 
simplesmente, a fazer o melhor de si mesmo para cumprir 
o prometido. Esperar que ele nunca falte ao compromisso 
assumido seria esperar demais da natureza humana, mas 
promete sinceramente fazer tudo que dependa dele.
O primeiro compromisso é com Deus, o jovem deve 
intensificar a relação de amizade com Ele e promete 
orientar sua vida pelo amor: amor ao próximo, a sua 
família, a seus amigos, à Criação, a seu país. A presença 
de Deus é parte da relação pessoal que com Ele 
estabelece cada jovem, é um gesto de reconhecimento 
do vínculo que os une.
 O compromisso com a Pátria é servir a terra em 
que vivemos, é proteger a natureza, garantir a fertilidade 
do solo, manter puro o ar e limpa a água, eliminar o lixo, 
não contaminar e proteger o ambiente.
É assumir um compromisso com a gente desta 
terra, a justiça, como fundamento da paz, com os que 
mais sofrem, com os pobres, com os marginalizados, 
os segregados e os excluídos. É respeitar a cultura da 
gente que vive nesta terra, amar a música, as tradições, 
o idioma, os estilos culturais que fazem parte de nossa 
identidade.
A boa ação que os jovens se propõem a fazer todos os 
dias é um convite para agir, a converter o compromisso 
em fatos concretos.
O compromisso com a Lei Escoteira é realmente viver 
a Lei Escoteira, fazer com que ela se integre a nossas 
convicções e a nossa forma de ser como se fosse parte 
de nós mesmos. É um compromisso para toda a vida, no 
Movimento e fora dele.
O papel do escotista, como exemplo imitado pelos 
jovens, assume uma relevância muito especial. Ele 
não é, nem se pretende, um santo. É um ser humano 
como tantos, cheio de virtudes e dos defeitos que nos 
marcam e nos distinguem uns dos outros. Entre suas 
virtudes, entretanto, se destaca a fidelidade aos valores 
que pretende cultivar no jovem. No seu procedimento 
como cidadão não sobra espaço para os subter fúgios, 
para as soluções ilegais usualmente aceitas ou para 
o desrespeito consentido às regras que a sociedade 
produziu e que o desprezo de alguns acabou por 
transformar em falácias.
No Programa de Jovens alguns destes valores são 
citados explicitamente para observação e avaliação 
do chefe, levando em conta o desenvolvimento e a 
maturidade do jovem.
22
Sabemos que cada jovem se desenvolve de acordo 
com um ritmo próprio, e dizemos que o indivíduo tem 
maturidade quando o seu comportamento está de 
acordo com as características da sua idade.
Progressividade
O Escotismo é caracterizado por sua progressividade. 
A todo o momento estamos recebendo novos jovens, 
que convivem com outros mais experientes. Ao fazer 
sua Promessa, o novo membro aceita voluntariamente 
o sistema de valores do Escotismo e promete frente ao 
seu chefe, tendo sua Seção por testemunha que fará o 
melhor possível para respeitá-los.
À medida que o jovem amadurece e a sua experiência 
em escotismo cresce, são esperadas uma maior 
identificação e compreensão dos valores expressos na 
Promessa e Lei Escoteira. A velocidade em que ocorre 
esta transformação é determinada pelo próprio jovem.
A Evolução dos Valores: Rumo a Maturidade
Até 10 anos – Ramo Lobinho: imitam os pais e formam 
hábitos.
De 11 a 14 anos – Ramo Escoteiro: acompanham os 
pais nas suas convicções.
De 15 a 18 anos – Ramo Sênior: tendem a agir com 
mais independência dos pais, criam hábitos próprios e 
começam a acreditar que sabem tudo.
De 19 a 21 anos – Ramo Pioneiro: tornam-se 
indiferentes em relação à vida espiritual. Paralelamente, 
ocorre um grande crescimento intelectual.
De 21 anos até terem filhos – assumem a Chefia e 
passam a auxiliar jovens a criarem valores.
A partir do surgimento dos filhos, passam a ser o 
centro de informações para a formação de valores de 
seus próprios filhos.
O movimento escoteiro está fundamentado em 
princípios que se identificam com os valores da maioria 
das religiões e mesmo de pessoas que não praticam 
nenhuma religião: coerência, moralidade, lealdade, 
amizade, amor ao próximo, cortesia, preservação da 
natureza, preservação do bem alheio, etc...
As programações das atividades no Movimento 
Escoteiro devem criar oportunidades para que os 
jovens desenvolvam sua própria hierarquia de valores, 
sem direcioná-las à prática de um determinado credo. 
O Chefe deve ficar atento para que as atividades no 
Escotismo à sempre que possível ß não coincidam com 
reuniões ou cultos dos quais os jovens participem.
Pode acontecer que os chefes dediquem maior 
ênfase aos desenvolvimentos físico, intelectual e social, 
descuidando dos desenvolvimentos afetivo e espiritual.
Com seus desafios, as atividades físicas levam os 
jovens à frequentemente concluírem erroneamente que 
o estabelecimento de valores e o empenho para tê-
los como objetivo de vida estão reservados aos tipos 
franzinos e não aos formidáveis, que realizam proezas.
As programações escoteiras, plenas de realizações, 
podem permitir que a vaidade do jovem subverta 
os verdadeiros objetivos que devem atingir. Os 
jovens crescem e não se decidem a assumir suas 
responsabilidades na sociedade, porque guardam de 
tal modo em suas mentes recordações das aventuras 
escoteiras, levando-os a pensar que a vida é feita para 
se divertirem.
A função do chefe nestes casos é conduzir a uma 
análise reflexiva que mostre ao jovem os reais objetivos 
de crescimento.
Como devemos avaliar valores?
Dos Jovens
O escotista avalia de forma contínua e informal a 
evolução dos valores dos jovens.
O Aconselhamento é um instrumento que o Chefe 
dispõe para influenciar na descoberta dos verdadeiros 
valores.
O exemplo do escotista e sua lealdade à Promessa e 
Lei Escoteira são seus instrumentos mais valiosos.
O importante é que antes de iniciar a avaliação de 
valores o escotista saiba o que o jovem pensa, quais 
são seus hábitos e como a espiritualidade é tratada em 
seu lar.
Quando não possui familiaridade com a religião que 
o jovem pratica, pode ser solicitado auxílio ao ministro 
religioso ou aos pais. Deve-se, no entanto tomar o 
cuidado de preparar a pessoa que vai avaliar o jovem, 
explicando-lhe o objetivo da avaliação, evitando que 
este momento possa ser usado como um instrumento 
de pressão para conquistar outros objetivos.
A avaliação de valores deve ocorrer de forma 
agradável, em um ambiente reservado para que o jovem 
possa se sentir à vontade. O escotista deve propiciar 
condições para que o jovem fale, evitando correções de 
pequenos detalhes. O conteúdo das respostas deve ser 
compatível com a maturidade. Ele deve ser estimulado 
ao cumprimento da Promessa Escoteira, que passa a ser 
incorporado ao seu sistema de valores. E, se o jovem 
apresentar alguma dificuldade, o escotista deve auxiliá-
lo a estabelecer metas de melhorias.
Uma situação bastante delicada ocorre quando 
o jovem declara não aderir a princípios religiosos. 
A abordagem neste caso deve ser concentrada na 
Promessa e Lei Escoteira. A aceitação do jovem aos 
23
princípios escoteiros contidos na Promessa o leva a 
refletir e o auxiliam a definir seu sistema de valores.
Dos Escotistas
O Método Escoteiro no seu quinto item mostra de 
forma clara que para o desenvolvimento pessoal do 
jovem é necessário o EXEMPLO PESSOAL DO ADULTO.
Pouco se pode esperar de um Grupo ou Seção cujo 
Chefe não se identifique com os princípios do Movimento 
Escoteiro ou não dê bom exemplo de comportamento. 
Jovens e adultos aceitam com mais facilidade a liderança 
de pessoas que possuem carisma, o qual aliado à 
identificação com os princípios do Movimento Escoteiro 
e o bom comportamento produz bons resultados.
Destacamos entre as características de pessoas 
que possuem carisma: a atenção dada aos demais, 
o conhecimento de técnicas, a arte de falar bem, o 
capricho nas roupas que usa, a aparência física e assim 
por diante. A maioria dos conflitos e decepções no 
Movimento Escoteiro ocorre com pessoas que possuem 
carisma, porém – mesmo que secretamente – não se 
identificam com os Princípios do Movimento Escoteiroe 
não têm um comportamento adequado. 
Mais cedo ou mais tarde a verdade aparece e os 
maiores prejudicados são os jovens que depositaram 
confiança em quem não merecia. Na seleção de adultos 
para atuarem no Movimento Escoteiro deve-se tomar 
o cuidado de aceitar somente pessoas que tenham 
identificação com os princípios do Movimento Escoteiro. 
Deve ficar claro desde o início que a direção do Grupo 
Escoteiro avalia permanentemente os chefes e que os 
comportamentos inadequados podem determinar o 
afastamento do colaborador, cancelando seu Acordo 
Mútuo.
O Jovem desenvolve seu próprio sistema de valores!
Fatores que influenciam:
a) Características do indivíduo
b) Família
c) Meios de comunicação
d) Classe de renda
e) Escola
f) Igreja
g) Amigos (Rua, clube, escola, igreja)
h) Características da cidade
i) Grupo escoteiro
j) Idade, meio ambiente, cultura, tempo...
Fonte: Texto baseado em: ROKEACH, MILTON. Crenças, 
Atitudes e Valores. Rio de Janeiro. Ed. Interciências 
(1981).
Anotações:
Unidade 8: Conversa ao Pé do Fogo 
A arte de contar histórias
Monteiro Lobato e alguns de seus personagens
O dia 18 de abril foi instituído como o dia nacional 
da literatura infantil, em homenagem à Monteiro Lobato.
“Um país se faz com homens e com livros”. Essa 
frase criada por ele demonstra a valorização que o 
mesmo dava à leitura e sua forte influência no mundo 
literário.
Monteiro Lobato foi um dos maiores autores da 
literatura infanto-juvenil, brasileira. Nascido em Taubaté, 
interior de São Paulo, em 18 de abril de 1882, iniciou sua 
carreira escrevendo contos para jornais estudantis. Em 
1904 venceu o concurso literário do Centro Acadêmico 
XI de Agosto, época em que cursava a faculdade de 
direito.
24
Como viveu um período de sua vida em fazendas, seus 
maiores sucessos fizeram referências à vida num sítio, 
assim criou o Jeca Tatu, um caipira muito preguiçoso.
Depois criou a história “A Menina do Nariz Arrebitado”, 
que fez grande sucesso. Dando sequência a esses 
sucessos, montou a maior obra da literatura infanto-
juvenil: O Sítio do Picapau Amarelo, que foi transformado 
em obra televisiva nos anos oitenta, sendo regravado no 
final dos anos noventa.
Dentre seus principais personagens estão D. Benta, a 
avó; Emília, a boneca falante; Tia Nastácia, cozinheira e 
seus famosos bolinhos de chuva, Pedrinho e Narizinho, 
netos de D. Benta; Visconde de Sabugosa, o boneco 
feito de sabugo de milho, Tio Barnabé, o caseiro do 
sítio que contava vários “causos” às crianças; Rabicó, 
o porquinho cor de rosa; dentre vários outros que foram 
surgindo através das diferentes histórias. Quem não se 
lembra do Anjinho da asa quebrada que caiu do céu e 
viveu grandes aventuras no sítio?
Dentre suas obras, Monteiro Lobato resgatou a 
imagem do homem da roça, apresentando personagens 
do folclore brasileiro, como o Saci Pererê, negrinho 
de uma perna só; a Cuca, uma jacaré muito malvada; 
e outros. Também enriqueceu suas obras com obras 
literárias da mitologia grega, bem como personagens do 
cinema (Walt Disney) e das histórias em quadrinhos.
Na verdade, através de sua inteligência, mostrou 
para as crianças como é possível aprender através 
da brincadeira. Com o lançamento do livro “Emília no 
País da Gramática”, em 1934, mostrou assuntos como 
adjetivos, substantivos, sílabas, pronomes, verbos e 
vários outros. Além desse, criou ainda Aritmética da 
Emília, em 1935, com as mesmas intenções, porém com 
as brincadeiras se passando num pomar.
Monteiro Lobato morreu em 4 de julho de 1948, aos 
66 anos de idade, no ano de 2002 foi criada uma Lei 
(10.402/02) que registrou o seu nascimento como data 
oficial da literatura infanto-juvenil.
O Dia Internacional do Livro e dos Direitos de Autor 
é comemorado na data de 23 de abril, a qual registra o 
falecimento de escritores como Cervantes e Shakespeare. 
É uma comemoração importante, celebrada desde 1996, 
por decisão da UNESCO. 
Quem de nós pode ignorar o livro? Ele talvez seja o 
essencial entre os produtos essenciais da cesta básica 
letrada, essa que nos alimenta o espírito. Teve até um 
Ministro da Educação, o Christovam Buarque, que queria 
o livro ao lado do feijão na costumeira cesta básica do 
brasileiro. Por que será que essa ideia não vingou? 
Houve tempos em que o livro era composto letra por 
letra. Hoje, ele é produzido em moderníssimas máquinas, 
mas continua a ser fruto de um processo trabalhoso. 
Após notar a ideia e encher de letras as folhas em 
branco, o escritor procura uma editora e apresenta os 
originais para avaliação. Ao final desse processo, eles 
poderão ser aceitos ou recusados. Se aceitos, seguem-
se a assinatura do contrato entre autor e editora, bem 
como a editoração profissional da obra, um trabalho 
hercúleo, minucioso, suado. Pronto o livro, o desafio é 
fazê-lo circular para que o leitor saiba que o livro existe. 
Diferentemente disso, um livro pode ser autopublicado. 
Entretanto, a autopublicação continua a não ser bem vista 
porque ela, custeada pelo próprio autor, nem sempre é 
avaliada como deve e termina passando ao largo dos 
critérios de qualidade exigíveis para o material destinado 
a virar livro. Os originais contratados para publicação por 
uma editora, ao contrário, são submetidos a uma análise 
rigorosíssima, feita por especialistas, o que, quase sempre, 
valoriza sobremaneira o trabalho. Dá-lhe confiabilidade. 
Se o leitor soubesse o quanto de energias demanda um 
livro, não importando em que modalidade ele chega à 
luz, certamente o amaria mais, como sugeriu Rilke. Não 
o estima, por exemplo, quem simplesmente o xerocopia, 
como se faz nas universidades, nem sempre por má fé, 
mas por um misto de necessidade e desinformação. 
Pensando nisso, e visando a combater a pirataria no 
setor, a Associação Brasileira de Direitos Reprográficos 
lançou, em agosto de 2007, um programa chamado 
“Pasta do Professor”. Esse programa oferece capítulos 
de livros avulsos aos estudantes, para evitar que eles 
tenham que xerocopiá-los. 
Ocorre que a xerocópia causa prejuízo aos autores 
e aos editores. Obviamente, não me refiro aos grandes 
conglomerados capitalistas do setor. Falo de empresas 
mais modestas e dos autores, os quais, em face da parca 
remuneração por seu trabalho, simbólica na maioria dos 
casos, muitas vezes se sentem desestimulados e param 
de produzir. 
Para valorizar o livro, o autor, o editor e todos os 
profissionais que atuam em sua produção, de maneira 
esmerada e extrema dedicação, o ideal seria que todos 
pudessem comprar livros e difundi-los “à mão cheia”, 
como pediu Castro Alves. 
Há muitos séculos, Cícero disse que “Uma casa 
sem livro é como um corpo sem alma”. Isso se 
parece com a morte. A vida, ao contrário, sempre 
multiforme, também está no livro. Como disse Borges, 
o livro é “uma extensão da memória e da imaginação”. 
Imaginação – que não tenhamos medo de usá-la para 
apoiarmos programas que valorizam o livro, a começar 
por quem precisa dele para se formar e ter melhores 
recursos para batalhar pela realização na vida pessoal, 
profissional e social. 
25
Agora como eu faço para contar histórias?
Pois bem, se dispa de qualquer pudor, se desiniba, 
ponha um ritmo na sua oratória, use o seu poder de 
persuasão, memorize a história que deseja contar e 
acredite no seu potencial criativo e aproveite!
Dessa forma:
1. Ritmo
Variação do Tom – muda a voz, imitar os animais, 
abaixar e levantar a voz, falar lentamente, aumentar o 
ritmo do enredo.
E como fazer isto?
Aprender fazendo, experimentar a própria voz de 
todas as maneiras, conhecer os recursos que ela tem. 
Graves, agudos, lenta, rápida, trêmula, são modos como 
a voz pode se posicionar. Exercitando a voz por meio 
de trava-línguas, vozes de animais, onomatopéias e 
com muito exercício a cada dia se produz mais sons 
diferentes e mais difíceis.
2. Energia
A energia é a vida na estória. Faz-se necessário ao 
contador de estórias utilizar as suas próprias experiências 
para falar dos sentimentos dos personagens,descrever 
lugares, dar vida àquilo que narra, sem palavras vazias e 
carregadas de emoção.
Como se dá isto?
Buscar na memória as situações já vivenciadas 
de medo, angústia, tristeza, alegria, prazer, espanto. 
Recordar-se de expressões de ser uma pessoa corajosa, 
fofoqueira, gentil, malvada, boazinha, mesquinha e 
outros tipos.
3. Expressão
Conhecer as próprias expressões faciais que estão 
ligadas à sua energia pessoal e é traduzida em gestos, 
coisas, ocupação do espaço com o próprio corpo.
4. Poder
O contador de estória tem uma capacidade de 
seduzir o ouvinte e esse é o seu poder. Dosar o ritmo, 
a energia, a expressão, os gestos certos, e, o poder de 
captar a atenção do ouvinte e compartilhar com ele os 
momentos da estória.
5. Memorização
Criando imagens você pode revitalizar a estória.
Quando se lê ou se escuta uma estória, cria-se 
mentalmente, como uma tela de cinema.
6. Improvisação
Utilizar o contexto no qual o contador está inserido.
O improviso na linguagem corrente significa fazer 
algo que não foi premeditado e, improvisar é deixar 
acontecer em cena.
Enfim, alguns truques:
• Busque um espaço aconchegante que estimule a 
imaginação, pode ser debaixo de uma árvore, numa 
sala calma, numa biblioteca, etc.
• Tenha uma mala ou um baú cheio de objetos que 
poderão ser seus coadjuvantes, fantoches, chapéus, 
sinos, alguns instrumentos musicais simples como um 
tambor, pau-de-chuva, gaita, flauta.
• Que tal vestir-se de forma diferente na hora da 
contação de história!
Anotações:
26
Unidade 9: Instrumentos de apoio ao Programa Educativo
Segundo o documento POR, são Escotistas todos 
aqueles que, possuindo capacitação pré-estabelecida 
para o fim que se propõem, foram nomeados para 
cargo ou função cujos beneficiários diretos são os 
membros juvenis, tais como Chefes de Seção, seus 
Assistentes, instrutores e auxiliares. Os Escotistas são 
os responsáveis pela aplicação do Método Escoteiro por 
meio do Programa Educativo.
Para que o adulto consiga desempenhar as suas 
funções adequadamente, a União dos escoteiros do 
Brasil oferece instrumentos de apoio que auxiliará nas 
suas funções.
Os cursos do sistema de formação e atividades 
formativas ( palestras, seminários, módulos, oficinas, etc) 
são oferecidos aos adultos voluntários nas modalidades 
presenciais e à distância com o objetivo de qualificar no 
desempenho das suas funções. Quanto mais informação 
e formação o adulto possua, estima-se mais qualidade 
na aplicação do programa educativo junto aos jovens e 
crianças.
A instituição oferece Manuais do Escotista que auxilia 
na aplicação do Programa Educativo de acordo com o 
seu respectivo Ramo de atuação. Uma versão de bolso 
também é oferecida aos escotistas contendo de forma 
resumida os principais tópicos. 
 Outro instrumento que a instituição oferece aos 
adultos são as literaturas. O manual de especialidades, 
Manual da Insíginia Mundial do Meio Ambiente são 
apenas alguns dos materiais que apoiam os escotistas 
no desempenho da aplicação do Programa Educativo. 
Fonte: Parte do texto foi extraído do documento POR.
Anotações:
Unidade 10: Conhecimentos, habilidades e competências
O conhecimento (saber) é a informação que uma 
pessoa possui sobre os assuntos relacionados com a 
matéria própria da tarefa que desempenhará. Não se 
trata só de quantidade ou qualidade da informação, 
nem mesmo de decorar, mas sim de como utilizar 
a informação relevante frente a um problema 
determinado. As avaliações habituais do conhecimento 
de uma pessoa tendem a medir a resposta adequada 
entre uma variedade de respostas, porém não medem 
se essa resposta é capaz de atuar baseada nesse 
conhecimento. Por exemplo, a capacidade de escolher 
o melhor argumento é muito diferente da aptidão para 
enfrentar uma discussão com desenvoltura. Afinal, o 
conhecimento auxilia no que uma pessoa possa fazer, 
porém não o que realmente fará.
As habilidades (saber fazer) são destrezas que se 
possuem para desempenhar certa tarefa física ou 
mental e que se pode adquirir mediante treinamento 
e experiência. Um exemplo típico é a “boa mão” da 
cozinheira, que dá ao assado o ponto apropriado, o do 
dentista, para curar uma cárie sem danificar o nervo.
As atitudes (saber ser) são predisposições 
relativamente estáveis da conduta que envolve todos 
os âmbitos ou dimensões da pessoa, estabilizando 
seu modo de ser nas relações com os demais e com o 
mundo. Um professor pode ter um domínio intelectual 
da matéria que ensina e possuir perícia para comunicar 
conceitos, porém não será competente para a tarefa se 
carece de uma atitude de respeito para com seus alunos 
e de incentivo para com suas capacidades emergentes.
Existem competências que dependem fortemente de 
alguns componentes, podendo-se falar de competências 
que se relacionam mais com o saber e o saber fazer, 
enquanto outras se relacionam mais com o saber ser.
27
Para ajudar os jovens a conquistar essas 
Competências são oferecidas atividades
Para que os jovens caminhem facilmente em direção 
a essas competências, e para que os escotistas tenham 
parâmetros na avaliação do que os jovens conquistam, 
para cada uma dessas competências foram propostas 
atividades. Essas atividades são os indicadores de 
aquisição das Competências.
As competências são uma proposta
O conjunto de competências é uma proposta que 
oferece aos jovens a oportunidade de assumir seus 
próprios objetivos de crescimento pessoal. Por meio 
do diálogo entre esta proposta e o que um jovem 
deseja para si mesmo, os objetivos finais – assumidos, 
modificados ou complementados – se convertem nos 
objetivos dos Projetos Pessoais de cada um.
A proposta reflete claramente os valores escoteiros 
e dela se desprendem o tipo de homem e mulher que o 
Movimento contribui a formar. Isto não significa que se 
pretende dar origem a seres iguais, já que cada jovem 
é uma pessoa única, com diferentes necessidades, 
aspirações e capacidades, e com diversas maneiras de 
tomar para si os valores a que o Movimento Escoteiro 
se propõe.
A proposta de Competência
A competência se apresenta da seguinte forma:
• As competências se ordenam por área de 
desenvolvimento.
• Em cada área, a lista vai precedida pela ênfase 
educativa respectiva, que marca a conduta central que 
se espera de cada jovem nesta área.
• Ao final de cada área, tem um quadro com assuntos 
específicos relacionados com a ênfase e os objetivos da 
área, onde se mencionam alguns temas compreendidos 
nos objetivos e que podem ser considerados por 
cada jovem, segundo sua realidade, no momento de 
desenhar o Plano de Desenvolvimento Pessoal.
Fonte: Manual do Ramo Pioneiro
Anotações:
Unidade 11: Conquista dos Objetivos Educacionais
As áreas de Desenvolvimento:
Físico – Desenvolvimento do corpo. Significa 
desenvolver a noção de sua própria responsabilidade 
quanto ao crescimento e funcionamento do seu grupo.
Intelectual – Estímulo à criatividade. Significa 
desenvolver a capacidade de pensar, criar e utilizar as 
informações de maneira original.
Social – Encontro com os outros. Significa desenvolver 
a dimensão social da personalidade com ênfase na 
aprendizagem e na prática da solidariedade.
Afetivo – Orientação dos afetos. Significa desenvolver 
a capacidade de integrar a vida afetiva ao comportamento 
do jovem.
Espiritual – Busca de Deus. Significa desenvolver a 
vontade de estabelecer vínculos pessoais com Deus, a 
capacidade de assumir a fé.
Caráter – Formação do caráter. Significa desenvolver 
a permanente disposição para orientar suas atitudes 
segundo princípios éticos.
Como definir os objetivos de uma atividade
Antes de realizar a programação em si, é preciso 
definir o que se pretende alcançar. Esses objetivos da 
reunião são estabelecidos para todos os jovens. Podem 
ser objetivos da atividade de sede, por exemplo:
• Fortalecer laços de amizade na seção;
• Desenvolver o sentimento de patriotismo;
• Propiciar a socialização;
• Capacitar para a participação em acampamentos;• Conhecer a História do Escotismo;
• Estimular a prática da boa ação;
28
• Fortalecer a união da matilha/patrulha/equipe de 
interesse
• Estimular a participação dos pais;
• Conhecer e praticar técnicas escoteiras, etc.
Quais elementos compõem uma atividade
Qualquer elemento educativo pode ser considerado. 
Os mais usados são os jogos, dinâmicas, histórias, 
canções, trabalhos manuais, dramatizações, danças, 
técnicas escoteiras, cerimônias, pequenas reflexões, etc.
Analise as potencialidades de cada um e pondere se 
ele realmente vai contribuir para trabalhar os objetivos 
propostos. Para cada jovem define-se as áreas de 
desenvolvimento e em cada área quais objetivos 
educacionais do ramo poderão ser trabalhados ou 
avaliados. Ás vezes fazemos o contrário: primeiro 
escolhemos os jogos, canções, histórias ou dinâmicas 
que queremos realizar para depois procurar quais os 
objetivos educacionais que poderemos alcançar.
Que ordem seguir para elaborar uma atividade
1º - Escolher o tema e estabelecer os objetivos da 
atividade.
2º - Verificar qual as áreas de desenvolvimento serão 
trabalhadas.
3º - Selecionar os objetivos educacionais individuais e 
competências que serão trabalhadas.
4º - Estimar a duração e recursos humanos necessários.
5º - Escolher os elementos que serão utilizados (tipo de 
jogos, instruções, etc.)
6º - Levantar necessidade de materiais e o que deve ser 
confeccionado.
7º - Definir o responsável pela aplicação e pela 
observação.
8º - Definir os critérios de avaliação e a maneira de 
avaliar a participação de cada jovem.
Como fazemos o acompanhamento da Progressão 
Pessoal de um jovem durante a sua participação em 
uma atividade?
• Observando a sua REAÇÃO na PARTICIPAÇÃO – 
disposição, empenho, envolvimento com a atividade, 
o incentivo aos companheiros, o entusiasmo, o 
comportamento diante da vitória ou da derrota, o 
respeito pelas diferenças individuais, o interesse em 
aprender, etc. Deve ser feita por vários escotistas e em 
diversas situações, para se perceber a real atitude ou 
mudança de atitude em todos os aspectos e variáveis.
• Analisando o seu DESEMPENHO – ou o nível alcançado 
no cumprimento das tarefas e funções, que indica o 
progresso individual e da equipe. Aqui se vê os avanços 
e a evolução de cada um. Esta análise pode se revelar 
a necessidade de reforço ou mudança de abordagem.
• Constatando a sua APRENDIZAGEM – verificação 
da assimilação do conhecimento ou habilidade e 
incorporação de atitudes, por meio de situações 
práticas. Para isto é necessário promover três 
momentos distintos: um para ensinar, outro para 
fixar o aprendizado e mais um para avaliar, numa só 
atividade ou nas próximas. Como todo aprendizado é 
passível de esquecimento, é importante retornar a ele 
periodicamente.
• Observando a sua CONDUTA DURADOURA – em várias 
oportunidades e situações variadas para verificar 
se houve incorporação de atitudes desejáveis ao 
comportamento anterior, seja nas atividades escoteiras, 
seja no seu cotidiano(escola, igreja, amigos, família).
Como avaliar a sua atividade de maneira que ofereça 
subsídios para novas programações?
Por meio de uma reflexão da equipe de escotistas, 
que considere as manifestações dos jovens, é feita uma 
análise rigorosa e rica em detalhes. Não basta perguntar 
se o Método Escoteiro esteve presente, mas também se 
as atividades foram progressivas, oportunizaram a vida 
em equipe, se o jovem teve oportunidade de aprender 
fazendo, etc.
As conclusões devem ser registradas para que sirvam 
de referência para outras atividades. Se houve erros, 
que sejam levantadas possibilidades para corrigi-los ou 
evitá-los. Ela pode indicar também os próximos passos a 
serem seguidos e se há necessidade de retomada.
Atividades Educativas
Características de uma atividade educativa:
Desafiante – deve conter um desafio que estimule 
o jovem a se superar dentro do alcance de suas 
possibilidades.
Útil – deve permitir experiências que acarretem em 
efetiva aprendizagem. Para que uma atividade seja 
educativa não basta ser espontânea ou plena de ação, 
é preciso que crie oportunidade de aper feiçoamento ao 
jovem.
Recompensante – deve produzir no jovem a sensação 
de haver satisfeito algum desejo.
Atraente – deve despertar no jovem o interesse ou 
desejo de realizá-la por ser de seu agrado, pela sua 
originalidade ou por curiosidade.
29
Critérios de Organização das atividades:
Várias atividades podem produzir a conquista de 
um objetivo educacional ou de uma competência. Isto 
permite criar opções e reforçar o aprendizado a partir de 
experiências diversas. Por outro lado, uma atividade pode 
conduzir à conquista de vários Objetivos Educacionais.
• Continuidade – as atividades devem ser usadas com 
frequência para criar um modo habitual de atuar.
• Progressividade – as atividades devem respeitar uma 
seqüência apresentando desafios de complexidade 
crescente.
• Integração e Equilíbrio – o conjunto das atividades 
deve permitir a conquista equilibrada de Objetivos 
Educacionais em todas as áreas de desenvolvimento.
FICHA DE ATIVIDADE
TÍTULO Nome que identifique a atividade
RAMO Lobinho, Escoteiro, Sênior ou Pioneiro à qual melhor se aplica
ÁREA DE DESENVOLVIMENTO Físico, Intelectual, Social, Afetivo, Espiritual ou do Caráter
LOCAL Descreve o espaço necessário para a atividade ser desenvolvida
DURAÇÃO Tempo necessário para realizar a atividade
Nº DE PARTICIPANTES Indica a quantidade de participantes e se é por patrulha ou individual
MATERIAIS Descreve os materiais necessários
OBJETIVOS GERAIS Descrição dos objetivos mais gerais desta atividade
OBJETIVOS EDUCACIONAIS Descrição dos objetivos educacionais individuais específicos dos 11 aos 13 anos 
e dos 13 aos 15 anos que podem ser atingidos com a atividade 
DESCRIÇÃO Detalhamento da realização da atividade
AVALIAÇÃO Descrição dos critérios de avaliação
Anotações:
30
Unidade 12: Comida Mateira 
Comida de Campo
Alimentação feita no campo com o uso de panelas, 
conjunto pioneiro e fogão.
Comida Mateira
Alimentação feita no campo com o uso de utensílios 
diferentes, como: folha de bananeira, grelhas, pedras, 
gravetos e etc.
Dicas para programar
• Em uma atividade escoteira, a cozinha mateira deve 
ser um módulo, com início, desenvolvimento e fim.
• É imprescindível que haja um treinamento dos 
escotistas e dos jovens anterior à atividade.
• É importante que seja feito um acampamento ou 
bivaque experimental.
• Quando a comida mateira fizer parte de uma 
programação maior, dar tempo suficiente para que a 
atividade seja bem desenvolvida.
• O tempo deve ser compatível e suficiente para que os 
jovens «curtam» a refeição, tanto no fazer a comida 
quanto em comer.
Dicas para cozinhar
• Sempre fazer um furo no ovo, na parte mais larga, para 
que ao cozinhar não quebre (pois existe uma bolsa de 
ar que se expande ao aquecer). No ovo no espeto, ao 
espetar o palito de churrasco um pouco acima do meio 
para pegar a gema. O ovo deverá ser cozido na brasa, 
mais afastado do fogo, para que não cozinhe rápido 
demais e venha a explodir.
• A carne não deve ser salgada com antecedência. Deve-
se colocar o sal e temperos na hora de cozinhar. O sal 
desidrata a carne fazendo com que ela fique dura.
• Ao embrulhar os alimentos que vão para a brasa ou 
chapa, enrolados em papel alumínio, fazer uma trouxa 
que tenha espaço para o ar quente circular, cozinhando 
melhor o alimento como um todo, pois se houver caldo 
não derrama do pacotinho.
• Cada alimento tem uma posição melhor para cozinhar, 
uns em cima da brasa, outros dentro da brasa, outros 
mais acima.
Cozinhando a Lenha
O grande segredo da culinária mateira está nas brasas. 
Para tanto, uma boa fogueira torna-se necessária. 
Para acender e manter melhor o fogo, faça o seguinte:
• Consiga bastante madeira seca e empilhe 
separadamente de acordo com a grossura e o tamanho;
• Arme a fogueira;
• A partir do momento que o fogo tenha pegado, vá 
colocando lenha mais grossa até formar umbom 
braseiro;
• Continue a manter o fogo com lenha média e grossa;
• Nunca deixe de colocar lenha, pois o fogo terá que se 
manter na mesma intensidade.
• (cuidado entretanto para não abafar!);
• As panelas serão colocadas sobre uma grelha que está 
apoiada sobre uma pedra ou tijolos
• bem equilibrados.
• Lembre-se do seguinte: Gravetos pegam fogo, porém 
não fornecem o calor necessário para o cozimento dos 
alimentos; portanto, use lenha grossa para manter a 
fogueira. A melhor forma é ter esta lenha cortada em 
achas.
O Fogo de Trincheira
Este fogo consome pouca lenha, oferece menos 
riscos, não é incomodado pelo vento e não irradia 
tanto calor, sendo apropriado para os dias quentes. 
Construa uma valeta mais rasa e larga de um lado, e 
mais funda e estreita do outro, para que o vento sopre 
do lado mais largo para o mais estreito. Se o chão for 
duro, corte as bordas bem retas de modo que apoiem 
as grelhas ou panelas. O único inconveniente deste fogo 
é ficar ao nível do chão, o que deixa seu uso um pouco 
desconfortável. Mas, ficar ao redor dele, proporciona 
momentos na equipe de muito prazer.
31
Técnica de cozinhar com o papel alumínio:
Receitas para uma refeição mateira
• Kabobs ou empadão de verduras e/ou carne;
• Kafta ou carne e/ou frango e/ou queijo no espeto;
• Ovo no espeto e/ou ovo no barro;
• Peixe assado e/ou peixe recheado assado;
• Batata assada com requeijão e/ou com carne moída;
• Pão a caçador (salgado) no espeto ou vara;
• Fruta caramelada;
• Pão a caçador (doce);
• Panqueca doce, com frutas ou com açúcar, canela ou 
achocolatado.
Utensílios a serem utilizados na refeição mateira
• uma pá;
• duas grelhas.
Ingredientes para uma boa refeição mateira.
• um pacote de farinha de trigo;
• um pouco de sal;
• um kg de açúcar;
• um ovo para cada jovem;
• um pacote de palitos de churrasquinho;
• um rolo de papel alumínio;
• uma batata média ou grande para cada jovem;
• um pote de requeijão;
• duas cenouras, três tomates e uma cebola;
• um pote pequeno de tempero;
• um pouco de óleo de cozinha;
• meio quilo de carne moída e ou frango em pedacinhos;
• um peixe fresco por equipe (médio ou grande, 
dependendo do tamanho da equipe);
• vara para pão a caçador;
• um pouco de canela e achocolatado;
• uma fruta para cada jovem (maça ou banana);
• fósforo;
• três limões.
Para saber mais sobre Comida Mateira, consulte o 
Guia do Desafio Sênior.
Anotações:
32
Unidade 13: Perfil do Adulto que Necessitamos
Segundo o documento Diretrizes Nacionais para 
Gestão de Adultos o per fil esperado do adulto que adere 
à UEB como Escotista, Dirigente ou Profissional, e que 
corresponde às expectativas da entidade é aquele que 
cuja pessoa seja capaz de:
a) Contribuir para o propósito do Movimento Escoteiro, 
com observância dos princípios e aplicação do Método 
Escoteiro no desenvolvimento das atividades em que 
estiver envolvido;
b) Relacionar-se consigo mesmo, com o mundo, com 
a sociedade e com Deus, constituindo um testemunho 
do Projeto Educativo do Movimento Escoteiro, com 
particular ênfase à sua retidão de caráter, maturidade 
emocional, integração social e capacidade de trabalhar 
em equipe;
c) Assumir e enfrentar as tarefas próprias do seu 
processo de desenvolvimento pessoal, no que se refere 
às suas próprias responsabilidades educativas, ou em 
função da necessidade de apoiar quem está diretamente 
envolvido com tais responsabilidades;
d) Manifestar uma atitude intelectual suficientemente 
aberta para compreender o alcance fundamental das 
tarefas que se propõe a desenvolver;
e) Desenvolver competências e qualificações 
necessárias e compatíveis com a função que se propõe 
a exercer, ou se já existentes, colocá-las em prática;
f) Comprometer-se com o aprimoramento contínuo 
dos conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias 
ao desempenho de suas funções na UEB; e
g) Demonstrar apoio e adesão às normas da UEB, 
aceitando-as e incorporando-as à sua conduta.
Fonte: Diretrizes Nacionais para Gestão de Adultos
Anotações:
Unidade 14: Liderar e Delegar
Liderança é o processo de conduzir um grupo de 
pessoas. É o poder de motivar e influenciar os liderados 
para que contribuam da melhor forma com os objetivos 
do grupo ou da organização.
Liderar é exercer uma influência que inspire e mova as 
pessoas à ação, obtendo delas o máximo de cooperação 
e o mínimo de oposição.
Desta definição, alguns pontos merecem ser 
destacados:
a) Liderança é sinônimo de influência,
b) Essa influência deve inspirar e mover pessoas.
c) Uma ação desejada é o resultado de uma liderança 
equilibrada
d) Uma boa liderança trabalha com o máximo de 
cooperação – (Totalidade de cooperação é utopia).
e) Uma boa liderança trabalha com o mínimo de 
oposição - (Mas a oposição sempre existirá, ainda que 
velada).
A influência é um poder ambíguo, que constrói 
e destrói com a mesma facilidade. Lembram-se de 
Mahatma Gandi e Adolf Hitler? Ambos possuíam um 
poder de influenciar pessoas. Duas fortes influências 
mundiais que são referenciais do que é bom e do que 
é mau.
Que tipo de influência você exerce sobre seus 
liderados, sobre a sua seção ou Grupo Escoteiro?
33
Nicholas Butler, antigo presidente da Universidade de 
Colúmbia, Estados Unidos, disse que há no mundo três 
tipos básicos de pessoas:
a) as que não sabem o que está acontecendo,
b) as que observam o que está acontecendo, e 
c) as que fazem com que as coisas aconteçam.
Liderança é a capacidade de fazer com que as coisas 
aconteçam.
Métodos de liderança:
Existem, basicamente, três métodos de liderança:
a) Método por coação: O líder procura coagir, forçar, 
obrigar a sua equipe a trabalhar. Ele não motiva, porém 
ameaça e amedronta. A ação é forçada e os resultados 
são mesquinhos.
b) Método por persuasão: O líder procura persuadir 
seu grupo, insistindo, apelando, chantageando. Ele 
procura vence-los pelo cansaço. Geralmente, ele se 
cansa primeiro.
c) Método por indução: O líder, devido a sua 
personalidade forte, capacidade, talento, entusiasmo 
e dinamismo, motiva e conduz a sua equipe para o 
trabalho. Ele os leva a ação.
Tipos clássicos de liderança:
Existem vários tipos de liderança. Faça você mesmo 
uma autoanálise da sua liderança junto a sua seção, seu 
Grupo Escoteiro, ou até mesmo no seu trabalho, e veja 
onde você se encontra e onde pretende chegar.
a) Liderança institucional: É aquela liderança 
exercida pela força da instituição que nomeia o líder. 
Exemplos: Ministro de Estado, Secretário de Governo, 
Chefe de Tropa Escoteira, etc.
b) Liderança natural: É aquela exercida pelas 
qualidades naturais indispensáveis à liderança e 
presentes na vida do líder.
c) Liderança democrática: É aquela liderança na qual 
o líder sempre procura ouvir e dar atenção aos seus 
liderados, envolvendo-os nas tomadas de decisões, 
fazendo com que todos participem das mesmas. Os 
resultados deste tipo de liderança são excelentes.
d) Liderança laissez-faire: Esta expressão é de 
origem francesa e significa “deixa fazer”. Este tipo de 
liderança tem como lema a seguinte frase: “Deixa como 
está para ver como é que fica”. Geralmente fica pior. 
O Leissez-Faire não orienta seus liderados, não traça 
planos, não toma decisões, não aponta os caminhos. 
Enfim, ele não faz nada.
e) Liderança autocrática: Neste tipo de liderança, o 
líder procura fazer tudo sozinho. Ele não abre espaço 
para ninguém, não confia em ninguém, não deixa 
ninguém fazer nada. Considera-se o poderoso chefão, 
ao qual todos devem obediência cega e incontestável. 
Ele não valoriza o seu grupo. Valoriza apenas a si 
mesmo. Geralmente este tipo de líder acaba sozinho no 
seu sistema ditatorial.
f) Liderança paternalista: É aquele tipo de liderança 
na qual se trabalha motivado por simpatias e antipatias. 
Geralmente, este tipo de líder obtém o apoio apenas 
dos seus “preferidos”, e, por vezes, nem destes.
Funções do líder:
1. Planejar
O planejamento é essencial a uma liderança de 
sucesso. O planejamento é o preparo parao sucesso, e 
quem fracassa no preparo, prepara-se para o fracasso.
O planejamento é um mapa que orienta, uma reta que 
encurta distâncias e uma alavanca que duplica forças.
Diz um provérbio chinês: “A mais longa viagem 
começa com um único passo”
A improvisação pode ser o cotidiano nos Grupos 
Escoteiros. A melhor forma de acabar com o improviso é 
o “planejamento”.
No planejamento estão envolvidos três aspectos:
a) Conhecer a realidade presente,
b) Estabelecer metas futuras, e
c) Promover os meios para se atingir estas metas
Ainda dentro da função do planejamento, dois 
aspectos são de fundamental importância:
• O Programa: É a seqüência das prioridades a 
serem seguidas para se atingir os objetivos (alvos) 
propostos;
• O Cronograma: É o período de tempo ou as 
datas necessárias para se realizar o programa. Desta 
maneira você tem condições de saber onde está, para 
onde está indo e quando chegará lá.
2. Delegar
É a arte de distribuir responsabilidades com todos 
os membros do seu grupo. Ninguém pode fazer tudo 
34
sozinho. O melhor líder é aquele que sabe ter como seus 
auxiliares pessoas tão ou mais capazes do que ele.
3. Oferecer condições
O bom líder é aquele que oferece condições aos 
seus liderados para que a tarefa seja executada 
satisfatoriamente.. Exemplo: Você pede a um chefe 
da seção que de prepare e aplique um jogo na tropa 
escoteira. Então, se necessário, o líder deve fornecer-lhe 
literatura, materiais, e outra coisas que possam facilitar 
esta tarefa.
Uma boa coisa que todo líder deve fazer para oferecer 
condições à sua equipe de realizar o trabalho de maneira 
sempre satisfatória é manter no grupo um clima de 
treinamento e crescimento contínuo.
4. Cobrar resultados
De maneira suave e branda, porém constante, o líder 
deve cobrar resultados de seus liderados. As atividades 
que foram designadas para cada pessoa devem receber 
um “acompanhamento” permanente do líder. Mas 
cuidado para não parecer policial ou fiscal do grupo.
5. Avaliar 
Após cada atividade realizada, é importante que o 
líder, juntamente com sua equipe, faça uma avaliação do 
programa ou atividade realizada. Nesta avaliação deve-
se verificar os pontos forte e fracos no desenvolvimento 
do programa, estabelecer com clareza a verdadeira 
fonte dos problemas, e tomar providências para que elas 
não se repitam.
Características negativas do líder
O maior perigo para um líder é querer racionalizar 
os seus próprios erros, buscar desculpa-los ou justifica-
los, convencendo-se a si mesmo de que seus erros na 
realidade são acertos. As atitudes negativas são as 
maiores causas de fracasso do líder junto ao seu grupo 
ou equipe. Conhecer essas atitudes negativas e superá-
las é de fundamental importância para o sucesso da sua 
liderança. Vencer esses obstáculos revela maturidade 
emocional, funcional e espiritual na vida do chefe 
escoteiro.
a) Teimosia: Alguns líderes raciocinam desta maneira: 
“Nos outros existe teimosia, mas em mim existe firme 
convicção”. Teimosia é tentar manter uma posição 
mesmo quando ela já se evidenciou equivocada. É não 
querer “dar o braço a torcer”. 
Algumas vezes o líder tenta pela argumentação, pela 
imposição ou pelo cansaço, levar o grupo a aceitar suas 
ideias. Isto se dá com os líderes autocráticos, ou mesmo 
os paternalistas quanto na tentativa de proteger seus 
“afilhados”.
b) Dificuldade em delegar atribuições: Esta é uma 
falha mortal na liderança, pois entra em choque com uma 
das funções do líder que é delegar responsabilidades. 
Eis algumas razões que costumam impedir o líder de 
distribuir responsabilidades com seus liderados:
• Receio de ser ofuscado por um de seus liderados
• Inveja de seus liderados (atestado de incompetência)
• Medo de perder o controle sobre o grupo
Estes três fatores podem ser resumidos em uma 
única palavra: Insegurança.
c) Atitude da Super Competência: O líder acha que 
somente ele pode realizar com per feição determinadas 
tarefas.
d) Falta de Visão Quando é a hora de “Passar o 
Bastão”: Alguns líderes recusam-se terminantemente a 
aceitarem a ideia de que outra pessoa poderá, um dia, 
ocupar o lugar que hoje lhe pertence. Pelé soube a hora 
de “pendurar as chuteiras”, e ainda hoje é tido em todo 
o mundo como o rei do futebol.
e) Falta de Estímulo para a Equipe: Alguns líderes 
agem como se seus liderados fossem na realidade seus 
empregados. Tudo que fazem, não passa na opinião 
dele, de mera obrigação. Todo liderado precisa de 
reconhecimento por seus esforços e dedicação. Isto é 
valorização da pessoa humana.
f) Julgamento Apressado ou Parcial: Lembre-se: 
Toda moeda tem dois lados. Nunca julgue uma questão 
sem estar plenamente consciente de conhecer com 
profundidade todos os detalhes envolvidos na mesma.
g) Nutrição de Sentimentos Negativos: Lembre-se de 
um ditado bastante comum, porém cheio de sabedoria: 
“Não é por um coice dado que se corta a pata do burro”. 
Não é porque alguém falhou uma vez que irá falhar 
sempre. Confie nas pessoas, dê novas oportunidades. 
Limpe seu coração de sentimentos negativos e daninhos 
que só fazem mal a você mesmo. 
35
Características positivas do líder:
a) Competência: Para Napoleão, a maior imoralidade 
consistia em alguém ocupar uma função para a qual 
não estava devidamente preparado. Competência e 
capacidade devem andar de mãos dadas. O conhecimento 
suficiente dos vários aspectos da sua esfera de ação o 
colocarão a altura de realizar com competência o seu 
trabalho.
b) Domínio Próprio: Perder o controle ou o domínio 
de si mesmo é sempre a maneira mais rápida de se 
perder o controle e a autoridade sobre o grupo. Um líder 
agressivo é um fracasso como líder.
c) Conhecimento das Pessoas: Conhecer bem a 
personalidade das pessoas com as quais nós vamos 
trabalhar é tão importante quanto conhecer o próprio 
trabalho a ser realizado. 
d) Respeito Humano: Na presença de um superior, a 
falta de respeito é um ato de indisciplina. Na presença 
de um “subordinado” a falta de respeito é um ato de 
covardia.
e) Espírito de Justiça: É, entre outras coisas, 
reconhecer lealmente seus erros e suas faltas, não 
procurando lança-las sobre outras pessoas. É também 
saber reconhecer as realizações de seus liderados, 
dando a eles o crédito devido e a oportunidade de 
desenvolverem seus potenciais.
f) Humildade: O bom líder precisa cultivar a humildade, 
reconhecendo suas falhas e otimizando-as. É preciso 
também saber reconhecer o valor individual de cada 
membro da sua equipe. Humildade não é contentar-se 
com pouco, e sim buscar o muito, mas buscá-lo para 
melhor servir.
g) Exemplo: Queira você ou não, os olhos de todos 
estarão sempre voltados para você, que é o líder do 
grupo. Você não pode separar a sua função como líder 
escoteiro da sua vida pessoal. 
h) Resistência: O líder precisa saber suportar as 
críticas, oposições e dificuldades. Sua equipe espera 
isto de você!!! Transforme as críticas em um fator 
de crescimento na sua liderança. Nunca as rejeite de 
imediato. Faça sempre uma análise imparcial das mesmas. 
Busque o conselho e a orientação de amigos sinceros. 
Algumas diferenças entre o líder e o chefe:
O LÍDER O CHEFE
Orienta Manda
Entusiasma Amedronta
Diz: Vamos Diz: Vá
Torna o trabalho 
interessante
Torna o trabalho irritante
Diz: Nós Diz: Eu
Baseia-se na cooperação Baseia-se na autoridade
Assume 
responsabilidades
Procura culpados
Comunica Faz mistério
Acompanha Fiscaliza
Confia Desconfia
Moraliza Desmoraliza
Nunca promete o que 
não pode cumprir
Promete e nunca cumpre
Para refletir!
“NÃO É COMIGO!!!”
Esta é uma estória sobre quatro pessoas:
- Todo mundo;
- Alguém;
- Qualquer um;
- Ninguém
Havia um importante trabalho a ser feito, e Todo 
Mundo tinha certeza que Alguém o faria. Qualquer um 
poderia ter feito, mas Ninguém o fez. Alguém se zangou 
porque este era um trabalho para Todo Mundo. Todo 
Mundo pensou que Qualquer um poderia fazê-lo, mas 
Ninguém imaginou que Todo Mundo deixaria de fazê-lo.
Ao final, Todo Mundoculpou Alguém quando Ninguém 
fez o que Qualquer um poderia ter feito.
Anotações:
36
Unidade 15: Administração do Tempo
Uma das angústias dos dias que vivemos é, sem 
dúvida, a falta de tempo para fazer tudo que gostaríamos. 
Muitas pessoas tem a constante sensação de que o 
tempo está passando rápido demais para dar conta de 
tudo o que há para fazer.
Administrar o tempo se tornou totalmente 
indispensável e necessário, mas não existem técnicas 
milagrosas que resolverão o problema do dia para a 
noite. É preciso repensar seu estilo de vida para ter mais 
tempo, pois cada um é responsável pela importância 
que dá a cada atividade ou tarefa.
Para começar este trabalho de organizar seu tempo, 
seguem algumas dicas:
1. Escolha e use uma ferramenta para gerenciar seu 
tempo
Um dos problemas com as pessoas é a mania de 
guardar o que temos para fazer na cabeça. Isso gera 
esquecimentos e urgências. É extremamente necessário 
que você escolha uma ferramenta para anotar suas 
prioridades e liberar sua mente para não pensar, não para 
ficar preocupada com o que deve ser feito. Você precisa 
de uma agenda, que pode ser a tradicional em papel, 
ou algum software em seu computador que lhe ajude a 
organizar seus dias, planejar suas metas, agendar suas 
reuniões, etc. crie uma rotina de anotar tudo o que você 
tem para fazer, nas diferentes atividades da sua vida. 
Não tente fazer tudo
Você tem limites, e não é correto pensar que pode 
fazer tudo. Não assuma compromisso só porque não 
quer decepcionar os outros. Quando alguém lhe pedir 
algo ou for convidado para algum evento, avalie antes 
na sua agenda se você tem disponibilidade em aceitar.
2. Reserve tempo para seus compromissos da 
semana
Não viva correndo atrás de seus compromissos. 
Reserve na agenda também os pequenos momentos 
importantes em seus dias como, por exemplo, um 
almoço em família, ir ao cinema, passear com seus 
filhos, praticar um esporte ou hobby. Você deve planejar 
a sua semana e não deixar os compromissos surjam 
desorganizado.
3. Aprenda com as lições da vida
Quando não aprendemos com nossos erros, acabamos 
por repeti-los! Quando acontecer algo urgente e fora da 
sua agenda, pare e pense como isso poderia ter sido 
evitado. Em geral, com antecipação e planejamento, 
você conseguirá reduzir este tipo de situação.
4. Reserve seu tempo de descanso
Evite ao máximo utilizar o seu domingo para realizar 
tarefas. Domingo deve ser reservado para a convivência 
com a família, descanso em casa e lazer.
5. Cuidado com seus e-mails, redes sociais, 
programas de mensagens instantâneas.
Reserve um horário para responder mensagens, 
todos os dias, e acessar redes sociais e sites de 
relacionamentos. Avise seus amigos disso.
6. Administre seu tempo
É necessária uma metodologia que lhe ajude a usar 
de forma adequada seu tempo. Estabeleça prioridades 
para o que tem que ser feito. Negocie os compromissos 
para horários possíveis. E, mais importante, não deixe 
de fazer o que tiver que ser feito, no horário e tempo 
previsto.
 
Fonte: texto adaptado do Guia da Aventura Escoteira – 
Pistas e Trilhas.
Anotações:
37
Unidade 16: Ciclo de programa – conceitos gerais e Avaliação 
Pessoal e Diagnóstico
O ciclo de programa organiza a vida das seções. Em 
todos os Ramos há uma participação ativa dos membros 
juvenis na elaboração de cada ciclo de programa, 
havendo variações de participação de acordo com a 
fase de desenvolvimento da criança e do Jovem e da 
necessidade das decisões do adulto.
Embora tenha particularidades nas fases de cada 
Ramo, todos eles iniciam com o Diagnostico e terminam 
com a avaliação da progressão pessoal, passando 
por etapas semelhantes, apesar de terem períodos e 
necessidades e destaques diferentes.
Apresentamos abaixo o ciclo de programa por Ramo.
Ramo Lobinho
O ciclo de programa é o modo como a Alcateia organiza 
a vida em grupo. É um planejamento participativo, 
onde as opiniões e sugestões das crianças servem de 
subsídios para que as atividades sejam realizadas de 
acordo com os interesses e necessidades delas.
É o período de tempo durante o qual se prepara, 
se desenvolve e se avalia um conjunto de atividades, 
ao mesmo tempo em que se observa e reconhece o 
crescimento pessoal das crianças.
O Ciclo de Programa tem duração variável de 2 a 4 
meses. Em um Ciclo de Programa existem cinco fases 
sucessivas:
1ª FASE: DIAGNÓSTICO, ÊNFASE E PRÉ-SELEÇÃO DE ATIVIDADES
O que Quando Quem Como
Diagnóstico da
Alcateia
Ênfase do 
Ciclo de
Programa
Pré-seleção 
das
Atividades
Preparação da
proposta das
atividades
Durante a 1ª
Semana Escotistas
Reunião de 
chefes
Para fazer um bom diagnóstico da Alcateia, analise as 
atividades realizadas, a aplicação do Método Escoteiro, 
o relacionamento entre os lobinhos, o controle do 
desenvolvimento pessoal das crianças em todas as 
áreas, a conquista das etapas, insígnias e especialidades, 
a frequência, o entusiasmo e a qualidade da vida de 
grupo da Alcateia.
O que chamamos de ênfase é a questão principal 
apontada pelo diagnóstico e que deve receber 
tratamento prioritário no Ciclo. Por exemplo: “envolver 
mais os pais na vida da Alcateia” ou “aumentar o 
efetivo de crianças” ou “equilibrar as atividades fixas e 
variáveis”, etc.
Definida a ênfase educativa, se inicia a pré-seleção 
das atividades variáveis que serão propostas aos 
lobinhos, para que sejam realizadas no Ciclo de Programa. 
Essas atividades devem guardar coerência com a ênfase 
e contribuir para a conquista de competências em todas 
as áreas de desenvolvimento.
2ª FASE: PROPOSTA E SELEÇÃO DAS ATIVIDADES
O que Quando Quem Como
Proposta das
atividades
1ª reunião da
Alcateia
Escotistas Apresentação
lúdica das
atividades
Escolha das
atividades
Lobinhos (as)
Jogo 
Democrático
A lista de atividades pré-selecionadas deve conter 
mais atividades do que seja possível realizar, para que 
as crianças possam escolher entre elas as que mais 
querem fazer.
A apresentação da proposta de atividades é a 
primeira parte de um jogo, que irá possibilitar a escolha 
das atividades de maneira lúdica e motivadora. A 
proposta dos Escotistas é discutida nas matilhas e cada 
uma delas decide sobre as que mais lhe interessam, 
podendo inclusive propor novas atividades.
38
Em continuação, a seleção das atividades é feita 
por meio do Jogo Democrático, no qual as crianças 
escolhem as suas atividades preferidas e/ou buscam 
obter o apoio de toda a Alcateia para a sua proposta. 
No Manual do Escotista do Ramo Lobinho você encontra 
vários exemplos de Jogos Democráticos, mas você 
pode criar outras tantas formas. O resultado desse jogo 
expressa a vontade da maioria e deve ser respeitado.
3ª FASE: ORGANIZAÇÃO E PROJETO DE ATIVIDADES
O que Quando Quem Como
Organização:
elaboração do
calendário
Durante a 2ª
semana Escotistas
Reunião de 
Chefes
Aprovação do
calendário
2ª reunião da
Alcateia
Lobinhos (as) 
Roca do 
Conselho
O êxito das atividades depende da habilidade com que 
são organizadas, projetadas e preparadas. Deve haver 
um equilíbrio entre as atividades fixas e as variáveis, 
entre as de curta duração e as de longa duração. Cada 
vez que se organizar um ciclo de programa, devemos:
• Observar as datas disponíveis no calendário
• Considerar as atividades Regionais, de Distrito, do 
Grupo
• Escolher as datas mais convenientes para as atividades 
escolhidas pelas crianças
• Completar o calendário do ciclo com as reuniões 
normais e outras atividades de rotina
• O calendário de atividades deve ser aprovado pelos 
lobinhos na Roca de Conselho.
4ª FASE: DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DA 
ALCATEIA E ACOMPANHAMENTO DA PROGRESSÃO PESSOAL DOS 
LOBINHOS(AS)
O que Quando Quem Como
Programação,
realização e
avaliação das
atividades
Durante 
todo o
Ciclo de 
Programa
Todos
Velhos Lobos com
a participação das
crianças
Acompanhamento
da Progressão
Pessoal
Escotista
responsável Observação
Realizar uma atividade é uma festa para todos e põeem marcha nosso plano, portanto a execução é a parte 
mais importante de toda a experiência.
Programe cada atividade nos mínimos detalhes e 
com a participação de toda a equipe de escotistas, 
dispensando devida atenção com a saúde e com os 
fatores de risco.
Durante a atividade, é importante: cuidar do material, 
respeitar horários e compromissos, manter o ritmo e o 
entusiasmo, cuidar da segurança.
No final da atividade devemos fazer uma avaliação, 
expressando nossas observações e discutindo se os 
objetivos fixados foram alcançados. Nessa avaliação 
deve-se considerar também a opinião das crianças e de 
seus pais.
Enquanto são realizadas as atividades, cada escotista 
observa a participação dos lobinhos de quem está 
encarregado a fim de acompanhar os seus progressos 
e também detectar as suas dificuldades e falhas, 
cuidando de ajudá-los e orientá-los nesse processo de 
desenvolvimento pessoal.
5ª FASE: CONCLUSÃO DA AVALIAÇÃO DA PROGRESSÃO PESSOAL
O que Quando Quem Como
Conclusão da
Avaliação da
Progressão Pessoal
Término 
do ciclo
Escotistas
Conversa com as
crianças
Reunião de chefes
Encerramento
do Ciclo (Entrega
de distintivos de
Progressão)
Lobinhos 
(as)
Festa
No final do ciclo de programa, os escotistas conversam 
com as crianças que acompanharam para estabelecer 
de comum acordo sobre as competências que foram 
conquistadas. Em seguida reúnem-se com os outros 
escotistas para analisarem quem está em condições de 
fechar uma etapa do Caminho da Jângal, cujo distintivo 
de Progressão lhe será entregue em uma comemoração 
especial.
Ramo Escoteiro
É uma ferramenta de planejamento participativo, 
no qual se diagnostica o estado atual da Tropa, se 
programam mudanças e ajustes para o futuro, se 
executa esse programa e se avalia seus resultados. 
Por participativo entende-se uma sistemática que se 
preocupa em valorizar a opinião e os desejos de todos 
os envolvidos, no caso os jovens e suas patrulhas.
A equipe de Escotistas e os jovens organizam tudo o 
que acontece na vida do grupo, como as atividades de 
39
patrulha e da Tropa, as atividades fixas e variáveis. E, 
como acontece com toda ferramenta, sua habilidade em 
aplicá-la irá melhorando à medida que utiliza.
Através de fases sucessivas do ciclo de programa se 
prepara desenvolve e avalia um conjunto de atividades, 
ao mesmo tempo em que se analisa a forma em que se 
aplica o Método Escoteiro e se observa e reconhece o 
crescimento pessoal dos jovens.
Um ciclo de programa tem 4 fases sucessivas:
1. Conclusão da avaliação pessoal / diagnóstico da 
Tropa / pré-seleção de atividades.
2. Proposta e seleção de atividades de Tropa.
3. Organização, projeto e preparação de atividades.
4. Desenvolvimento e avaliação de atividades / 
acompanhamento da progressão pessoal.
As fases de um ciclo estão articuladas umas com as 
outras, de maneira que cada uma delas seja continuação 
natural da anterior e se prolonga na seguinte, como na 
figura abaixo.
Deve-se ter em mente que a maior parte do ciclo 
seja composta pelo desenvolvimento e avaliação de 
atividades (fase 4). As fases de planejamento (1, 2 e 3) 
não devem interromper este andamento.
Elas não se desenvolvem como uma atividade 
específica, mas junto as outras atividades que já estejam 
acontecendo na Tropa.
Sugestão de Etapas para Montagem do Ciclo
Como sugestão desse processo participativo, segue 
uma sequência simples (mas que inclui todas as partes 
das fases 1, 2 e 3 acima descritas) e que pode ser 
aplicada em Tropas de qualquer tamanho.
1. Quando estiver chegando ao final de um ciclo de 
programa oriente para as Patrulhas façam reunião do 
Conselho de Patrulha, com o propósito de conversar 
sobre o ciclo que está terminando. Nesta reunião, que 
pode ser feita num sábado, antes ou depois da reunião 
da Tropa, deve acontecer:
• Cada membro da patrulha fala sobre a sua progressão 
– que atividades acha que realizou – e seus amigos 
analisam e ponderam, concordando ou não. Com o 
resultado dessa análise cada jovem, nos próximos dias, 
conversa com o escotista encarregado de acompanhar 
a progressão pessoal da patrulha, para concluir a sua 
avaliação pessoal.
• Discussão sobre como anda a patrulha e a Tropa, sobre 
o que gostaram e o que não gostaram, e sobre as 
atividades (de patrulha e de Tropa) que gostariam de 
realizar no próximo ciclo.
2. Logo após os Conselhos de Patrulha deve ser 
marcada uma reunião da Corte de Honra, especialmente 
para realizar um diagnóstico da Tropa, e para isso 
os monitores usarão o que foi concluído nos seus 
respectivos Conselhos de Patrulha. Nesta reunião, que 
pode ser no domingo de manhã, deve acontecer:
• Diagnóstico da Tropa, ou seja, uma visão atual de 
como está a Tropa. Para isso os escotistas podem 
alimentar a discussão fazendo perguntas que envolvem 
diretamente a aplicação do Método Escoteiro, como 
por exemplo: “como está a vivência da Lei Escoteira 
nas patrulhas?”, ou “os membros das patrulhas estão 
aprendendo as técnicas?”, ou “os cargos da patrulha 
estão distribuídos e funcionando?”, ou, ainda, “vocês 
estão satisfeitos com as atividades ao ar livre que 
fizemos?” 
• Esse diagnóstico vai dizer onde a Tropa está, e então 
se deve escolher para onde se quer ir, ou, como a 
Tropa quer estar no futuro próximo. É assim que será 
definida uma ênfase para o próximo Ciclo, que sinaliza 
o caminho a seguir. Uma observação importante: Na 
reunião de diagnóstico da Corte de Honra podem 
aparecer vários pontos importantes que merecem ser 
trabalhados, porém, a ênfase deve ser escolhida entre 
aquilo que diz respeito a toda a Tropa, ou seja, questões 
de aplicação do programa e do Método Escoteiro. 
Os pontos que mereçam uma ação corretiva ou de 
motivação, como a falta de preenchimento da ficha 
individual, necessidade de material de acampamento, 
ou a constante falha no uso do traje ou uniforme, 
por exemplo, devem ser trabalhadas diretamente, 
sem necessidade de ser a ênfase, por iniciativa dos 
escotistas.
40
• Finalizando, uma vez que já existe uma ênfase, na 
Corte de Honra são acolhidas sugestões de atividades 
variáveis para o próximo ciclo, que atendam este 
interesse. Nesta discussão já se faz uma pré-seleção 
daquilo que a Corte de Honra acha melhor, ficando 
com quatro ou cinco sugestões.
3. Em seguida, em outro Conselho de Patrulha, 
preferencialmente realizado durante a semana, as 
patrulhas analisam as conclusões da Corte de Honra, 
principalmente qual a ênfase e que atividades para a 
Tropa foram pré-selecionadas. As patrulhas podem fazer 
outras sugestões ou alterações nas ideias apresentadas. 
Nesta mesma reunião a Patrulha também define as 
atividades próprias que vai realizar no próximo ciclo.
4. De acordo com o sistema previamente planejado, 
as ideias serão preparadas em uma proposta final 
de atividades variáveis, que será levada ao Jogo 
Democrático para a escolha final pela Tropa.
5. A Assembleia de Tropa é então convocada para, 
através de um Jogo Democrático, escolher quais, 
dentre as atividades variáveis sugeridas devem ser 
realizadas. No Jogo Democrático, de maneira divertida 
e participativa, serão escolhidas uma ou duas atividades 
variáveis para o próximo Ciclo de Programa. 
6. Feito o jogo e a escolha, os outros procedimentos 
são administrativos, e acontecerão na reunião da Corte 
de Honra, quando, considerando as atividades variáveis 
da Tropa e as atividades fixas, mais aquilo que está 
no calendário anual do Grupo Escoteiro, e também as 
atividades de patrulha, será montado o calendário do 
próximo ciclo.
7. Finalmente, o Calendário será apresentado na 
Assembleia de Tropa e passa a ser executado.
No que tange á execução, as patrulhas organizam suas 
atividades e a Corte de Honra organiza as atividades 
de Tropa. O adulto cumpre o papel de motivador/
facilitador, mantém o calendário fresco na cabeça dos 
jovens, observa o interesse dos jovens e propõe ajustes 
na programação, corrige desvios e auxilia os monitores 
a realizar suas tarefas e cobrar as tarefasdos demais 
integrantes. Além disso, os escotistas estarão presentes 
nas atividades, garantindo que aconteçam dentro do 
que preconizam as normas da UEB.
Duração de um ciclo de programa
A duração do ciclo de programa é variável, geralmente 
compreendendo de 3 a 4 meses. Ou seja, em um ano 
se desenvolvem, em média, três ciclos. De toda forma, 
é a Corte de Honra que determina a duração de cada 
ciclo de acordo com a realidade da Tropa e ao tipo de 
atividades selecionadas pelos jovens, sendo este último 
fator o que mais influi em sua duração.
No mais, a duração prevista inicialmente pode ser 
alterada durante sua aplicação, o que depende da 
flexibilidade do ciclo: um que contem muitas atividades 
de curta e média duração é mais flexível que outro que 
contem poucas de longa duração.
Utilizar o Ciclo de Programa dá aos jovens a 
oportunidade de:
• Aprender a ter uma opinião, a expressá-la e a tomar 
decisões que sejam aderentes com essa opinião;
• Exercitar mecanismos de participação que lhes ensine 
a respeitar e valorizar a opinião alheia;
• Aprender a elaborar um projeto, apresentá-lo e a 
defendê-lo;
• Adquirir a capacidade de organização e desenvolver 
habilidades de negociação.
As distintas fases de um ciclo de programa – 
especialmente as três primeiras – articulam distintos 
momentos e instancias que permitem aos jovens 
participar e exercitar a vida democrática.
Pode parecer, em princípio, que esses distintos 
“passos” sejam muito complexos, considerando o que 
Tropas realizam habitualmente. Mas, apenas se ordenou 
e se deu nomes a processos que tornam possível a 
efetiva participação dos jovens.
Se, num primeiro momento, você entender que a 
sistemática de Ciclos é muito distante da realidade que 
sua Tropa vivencia, considere as orientações a seguir:
1. Enumere os passos lógicos que, do seu ponto de 
vista, se devem realizar para planejar três ou quatro 
meses de atividade com a sua Tropa;
2. Considere nesse processo uma ou mais formas de 
realizar uma consulta aos jovens sobre as atividades que 
eles desejam fazer com sua patrulha e com a sua Tropa;
3. Aplique sua sistemática;
4. Após dois ou três Ciclos, verifique se esses passos 
de planejamento se parecem ou estejam contemplados 
com os apresentados com os passos utilizados no Ciclo 
de Programa. 
5. Em um, ou no máximo dois, anos sua Tropa 
conseguirá se adaptar facilmente à proposta apresentada 
neste livro.
41
Ramo Sênior
É uma ferramenta de planejamento participativo, pois 
se preocupa em valorizar a opinião e os desejos dos 
jovens e suas patrulhas, no caso os beneficiários deste 
Programa, sem deixar de considerar mudanças previstas 
para o futuro, a execução de um programa de atividades 
e a avaliação dos resultados alcançados completam o 
Ciclo, todo ele realizado com participação proativa dos 
seniores e guias.
A equipe de Escotistas e os jovens organizam tudo o 
que acontece na vida da Tropa, como as suas atividades 
e projetos, sejam de patrulha e ou da Tropa. E, como 
acontece com toda ferramenta, sua habilidade em 
aplicá-la irá melhorando à medida que é utilizada.
Um ciclo de programa tem 4 fases sucessivas:
FASE 1. Diagnóstico de Tropa
FASE 2. Proposta e seleção de atividades e projetos
FASE 3. Organização e preparação de atividades e 
projetos
FASE 4. Desenvolvimento e avaliação de atividades e 
projetos
As fases de um ciclo estão articuladas umas com as 
outras, de maneira que cada uma delas seja continuação 
natural da anterior e se prolonga na seguinte, como na 
figura abaixo.
A fase 4 ocupa a maior parte do tempo disponível 
em um ciclo e as fases 1, 2 e 3 não implicam uma 
interrupção nas atividades ara que a Tropa se dedique 
exclusivamente “a planejar”. Elas não se desenvolvem 
como atividades específicas, mas junto às outras 
atividades que já estejam acontecendo na Tropa.
Em um ano, se realizam de 2 a 3 ciclos.
É variável a duração de um ciclo de programa, 
podendo chegar a 4 ou 6 meses. É a Corte de Honra que 
determina a duração de cada ciclo, de acordo com sua 
experiência, com a realidade da Tropa, com o calendário 
de atividades fixas e com o tipo de atividades e projetos 
selecionados pelos jovens, sendo este último fator o 
que mais influencia a duração de um ciclo.
Sugestão de Etapas para Montagem do Ciclo
Como sugestão, segue uma sequência simples (mas 
que inclui todas as partes das fases 1, 2 e 3 acima 
descritas) e que pode ser aplicada em Tropas de qualquer 
tamanho.
A – REÚNEM-SE OS CONSELHOS DE PATRULHA:
Um pouco antes do final de um Ciclo de Programa 
oriente as patrulhas para que reúnam seus Conselhos de 
Patrulha, com o propósito de conversar sobre o ciclo que 
está terminando. Neste Conselho de Patrulha, que pode 
ser feito horas antes ou logo depois da reunião da Tropa, 
deve acontecer o seguinte:
• Discussão sobre como anda a patrulha e a Tropa, sobre 
o que gostaram e o que não gostaram, e elaboração de 
sugestões de atividades (de patrulha e de Tropa) que 
gostariam de realizar no próximo ciclo.
• Cada membro da patrulha fala sobre a sua progressão 
– que atividades acha que realizou – e seus amigos 
analisam e ponderam, concordando ou não. Com o 
resultado dessa análise cada jovem, nos próximos dias, 
conversa com o escotista encarregado de acompanhar 
a progressão pessoal da patrulha, para concluir a sua 
avaliação pessoal.
B – REUNE-SE A CORTE DE HONRA
Logo após os Conselhos de Patrulha deve ser marcada 
uma reunião da Corte de Honra, especialmente para 
discutir o próximo Ciclo de Programa, e para isso os 
monitores e submonitores usarão o que foi concluído 
nos seus respectivos Conselhos de Patrulha. Nesta 
reunião, que pode ser ao longo da semana ou no logo 
no próximo sábado, deve acontecer o seguinte:
• Elaborar o Diagnóstico da Tropa, ou seja, obter uma 
visão atual de como está a Tropa. Para isso os escotistas 
podem alimentar a discussão fazendo perguntas 
que envolvem diretamente a aplicação do Método 
Escoteiro, como por exemplo: “como está a vivência 
da Lei Escoteira nas patrulhas?”, ou “os membros 
das patrulhas estão aprendendo as técnicas?”, ou “os 
cargos da patrulha estão distribuídos e funcionando?”, 
ou, ainda, “vocês estão satisfeitos com as atividades 
ao ar livre que fizemos?”.
Observação importante: Idealmente, os escotistas 
da Tropa deverão também se reunir para discutir estes 
mesmos assuntos antes da Corte de Honra, para depois 
encaminharem as questões mais críticas à aplicação 
correta do programa e do Método Escoteiro, conforme a 
42
realidade de cada Tropa. Algumas questões básicas para 
os escotistas discutirem entre si, antes de orientarem a 
formação do diagnóstico da Corte de Honra:
• As atividades têm sido “DURAS”: desafiantes, úteis, 
recompensantes e atraentes?
• A aplicação de todos os elementos do método 
escoteiro se reflete na vida das patrulhas e da Tropa?
• Existe um equilíbrio entre atividades fixas e variáveis?
• As atividades realizadas oferecem aos jovens 
oportunidades equilibradas de desenvolvimento em 
todas as áreas?
• Etc..
Esse diagnóstico vai dizer onde a Tropa está, e então 
se deve escolher para onde se quer ir, ou, como a Tropa 
quer estar no futuro próximo. É assim que será definida 
a ênfase para o próximo Ciclo, que sinaliza o caminho 
a seguir. Uma observação importante: Na reunião de 
diagnóstico da Corte de Honra podem aparecer vários 
pontos importantes que merecem ser trabalhados, 
porém, a ênfase deve ser escolhida entre aquilo que diz 
respeito a toda a Tropa, ou seja, questões de aplicação 
do programa e do Método Escoteiro. Os pontos que 
mereçam uma ação corretiva ou de motivação, como a 
falta de preenchimento da ficha individual, necessidade 
de material de acampamento, ou a constante falha 
no uso do traje ou uniforme, por exemplo, devem ser 
trabalhadas diretamente e em paralelo, sem necessidade 
de ser a ênfase, por iniciativa dos escotistas.
Exemplos de diagnóstico e da ênfase correspondente
DIAGNÓSTICO ÊNFASE
Os jovens estão 
satisfeitos com as 
atividadesda Tropa.
Há equilíbrio entre 
atividades fixas e 
variáveis e todas as áreas 
de desenvolvimento são 
atendidas
Manter a atratividade e 
incrementar a variedade 
de atividades .
A vida das patrulhas é 
pouco intensa, há falta 
de comprometimento e 
interesse dos seniores e 
guias .
Fortalecer o espírito 
de patrulha, suas 
tradições, seus encargos, 
incrementar o torneio 
interpatrulhas e melhorar 
a formação dos Monitores 
e submonitores.
Ampliar a participação 
dos jovens nas decisões 
da Tropa.
Há falta de interesse 
pela conquista de 
especialidades.
Estimular a criação de 
Equipes de Interesse 
voltadas para o tema 
de Especialidades 
que despertem maior 
interesse dos jovens.
Os pais não apoiam as 
atividades da Tropa.
Estabelecer vínculos com 
as famílias dos jovens.
A tropa possui três 
patrulhas e deseja abrir a 
quarta.
Desenvolver campanhas 
planejadas para entrada 
de novos membros afim 
de possibilitar a abertura 
da nova patrulha.
O material de atividades 
aventureiras da Tropa
se encontra em estado 
precário.
Revistar todo material de 
atividades financeiras, 
recuperando o que for 
possível dentro dos 
limites de segurança 
e elaborar campanhas 
financeiras para adquirir 
novos equipamentos.
As atividades de 
montanhismo realizadas 
no Ciclo passado foram 
consideradas muito duras 
e os jovens querem se 
aprofundar neste tema 
em um próximo Ciclo.
Incluir neste Ciclo pelo 
menos uma excursão 
e um Acampamento 
Volante.
• Uma vez que já existe uma ênfase, na Corte de Honra 
são acolhidas sugestões de atividades variáveis para 
o próximo ciclo, que atendam este interesse. Nesta 
discussão já se faz uma pré-seleção daquilo que a 
Corte de Honra acha melhor, ficando com quatro 
ou cinco sugestões para apreciação da Assembleia 
de Tropa. Somente são pré-selecionadas atividades 
variáveis, excepcionalmente alguns aspectos das 
atividades fixas, como por exemplo, o lugar no qual 
irá se acampar ou a definição de um projeto de longa 
duração, como a definição da próxima Aventura Sênior 
da Tropa. É recomendável pré-selecionar o dobro de 
quantidade de atividades que se consideram viáveis 
para serem realizadas durante o ciclo. Isso aumenta 
a possibilidade de opções e promove o surgimento de 
outras ideias.
• Considerando as atividades variáveis da Tropa e as 
atividades fixas, mais aquilo que está no calendário 
anual do Grupo Escoteiro, e também as atividades 
de patrulha, será montada a proposta de calendário 
para o próximo ciclo, reservando as datas disponíveis 
para as atividades que serão decididas na Assembleia 
43
de Tropa. Na montagem do calendário é conveniente 
considerar certos critérios:
- As atividades devem ser coerentes com a ênfase 
fixada e contribuir para a conquista de competências em 
todas as áreas de desenvolvimento, mesmo quando a 
ênfase privilegia uma ou várias áreas.
- As atividades devem ser variadas e deve-se evitar 
repetir atividades realizadas recentemente.
- Comece colocando no calendário as diferentes 
atividades fixas, tendo em mãos o calendário nacional, 
regional e de grupo (exemplo: aniversário do Grupo 
Escoteiro, acampamentos da tropa, excursões ao ar 
livre, atividades regionais, etc..).
- São consideradas todas as atividades selecionadas, 
sejam de patrulha ou de Tropa. É provável que a 
articulação de todas as atividades necessite adiar ou 
modificar algumas atividades selecionadas; neste caso, 
é preciso considerar as prioridades estabelecidas no 
processo de seleção. As alterações devem ser aprovadas 
pela Assembleia da Tropa.
- Em seguida, trabalhe com as atividades variáveis, 
levando em conta que muitas delas são realizadas de 
maneira simultânea e que, durante as atividades fixas 
(reuniões, acampamentos) se desenvolvem várias 
atividades variáveis. Comece pelas de maior duração.
- Sem afetar a ênfase fixada, é conveniente incluir 
atividades variáveis que permitam aos jovens avançar 
em todas as áreas de desenvolvimento.
- Não é necessário incluir no calendário a variedade 
das atividades fixas de curta duração (jogos, canções, 
etc...).
- Considere o tempo necessário para se projetar e 
preparar uma atividade.
- Logo que comecem os projetos, considerando que 
se tenha escolhido como prioritário um projeto de longa 
duração, não é recomendável realizar ao mesmo tempo 
outro projeto.
- Sem que se deixe de fazer atividades, é preciso 
estimar um tempo, ao final do ciclo de programa, para 
a conclusão do processo de avaliação da progressão 
pessoal dos jovens.
- O calendário deve ser flexível, permitindo redistribuir 
ou substituir atividades diante de situações imprevistas, 
porém, esta não deve ser uma prática constante.
• A Corte de Honra deve apresentar, então o diagnóstico, 
a ênfase, a proposta de calendário com as atividades 
pré-selecionadas à Assembleia de Tropa.
C – A ASSEMBLÉIA DA TROPA DECIDE.
A Assembleia de Tropa é então convocada para, 
escolher quais, dentre as atividades variáveis sugeridas 
devem ser realizadas. De maneira participativa, serão 
escolhidas uma ou duas atividades variáveis para o 
próximo Ciclo de Programa. Em uma Assembleia de 
Tropa (todos da tropa), acontece o seguinte:
• O presidente da Corte de Honra e os demais monitores 
e submonitores apresentam a ênfase fixada pelo Corte 
de Honra, explicando sua fundamentação.
• Divulgam a proposta de calendário com as atividades 
e projetos pré-selecionados, incluindo a duração 
estimada de cada um.
• Motivam uma troca de opiniões sobre as diversas ideias 
de atividades que estão em discussão: as propostas 
pelo Corte de Honra e outras que podem surgir no 
momento, como resultado da análise da ênfase fixada.
• Neste debate a Assembleia elege as atividades que 
deseja realizar, numa ordem de prioridade de acordo 
com as referências. A troca de ideias se encerra com 
uma decisão sobre as atividades que a Tropa realizará 
no próximo ciclo, e se for o caso, indicando as equipes 
de interesse que propõem criar.
Importante: O debate na Assembleia de Tropa 
permite que se expresse a vontade da maioria. Através 
da Assembleia de Tropa, os jovens apresentam suas 
ideias, defendem posições, aprendem a argumentar e 
a aceitar posições contrárias a sua, fazem opções, e 
desenvolvem muitas outras habilidades e atitudes que 
são próprias de um processo democrático de tomada de 
decisões. Desta maneira, a seleção de atividades, assim 
como todas as demais fases do ciclo de programa, 
resulta num grande debate, que se funde com todas as 
outras atividades que a Tropa realiza habitualmente. Vez 
por outra, pode-se aplicar um jogo democrático, mas 
o foco deve ser o debate com a participação ativa dos 
jovens.
APROVADO O CALENDÁRIO (EM ASSEMBLÉIA 
DA TROPA), AS ATIVIDADES SÃO PROJETADAS E 
EXECUTADAS. DURANTE TODO O CICLO, AVALIAM-SE 
NATURALMENTE AS ATIVIDADES E A PROGRESSÃO 
PESSOAL DOS JOVENS.
No que tange à execução, as patrulhas organizam suas 
atividades e a Corte de Honra organiza as atividades de 
tropa.
O adulto cumpre o papel de motivador/facilitador, 
mantém o calendário fresco na cabeça dos jovens, 
observa o interesse dos jovens e propõe ajustes na 
44
programação, corrige desvios e auxilia os monitores 
a realizar suas tarefas e cobrar as tarefas dos demais 
integrantes. Além disso, os escotistas estarão presentes 
nas atividades, garantindo que aconteçam dentro do 
que preconizam as normas da UEB.
Duração de um ciclo de programa
A duração do ciclo de programa é variável, geralmente 
em torno de 4 a 6 meses. Ou seja, em um ano se 
desenvolvem, dois ou três ciclos. De toda forma, é a 
Corte de Honra que determina a duração de cada ciclo de 
acordo com a realidade da Tropa e ao tipo de atividades 
que serão realizadas, sendo este último fator o que mais 
influi em sua duração. 
No mais, a duração prevista inicialmente pode ser 
alterada durante sua aplicação, o que depende da 
flexibilidade do ciclo: um que contem muitas atividades 
de curta e média duração é mais flexível que outro que 
contem poucasde longa duração. 
Utilizar o Ciclo de Programa dá aos jovens a 
oportunidade de:
• Aprender a ter uma opinião, a expressá-la e a tomar 
decisões que sejam coerentes com essa opinião;
• Exercitar mecanismos de participação que lhes ensine 
a respeitar e valorizar a opinião alheia;
• Aprender a elaborar um projeto, apresentá-lo e a 
defendê-lo;
• Adquirir a capacidade de organização e desenvolver 
habilidades de negociação.
As distintas fases de um ciclo de programa – 
especialmente as três primeiras – articulam distintos 
momentos e instancias que permitem aos jovens 
participar e exercitar a vida democrática.
Pode parecer, em princípio, que esses distintos 
“passos” sejam muito complexos, considerando o que as 
Tropas realizam habitualmente. Mas, apenas se ordenou 
e se deu nomes a processos que tornam possível a 
efetiva participação dos jovens.
Se, num primeiro momento, você entender que a 
sistemática de Ciclos é muito distante da realidade que 
sua Tropa vivencia, considere as orientações a seguir:
1. Enumere os passos lógicos que, do seu ponto de 
vista, se deve realizar para planejar quatro ou seis meses 
de atividade com a sua Tropa;
2. Considere nesse processo uma ou mais formas de 
realizar uma consulta aos jovens sobre as atividades que 
eles desejam fazer com sua patrulha e com a sua Tropa;
3. Aplique sua sistemática;
4. Após dois ou três Ciclos, verifique se esses passos 
de planejamento se parecem ou estejam contemplados 
com os apresentados com os passos utilizados no Ciclo 
de Programa.
5. Em um, ou no máximo dois, anos sua Tropa 
conseguirá se adaptar facilmente à proposta apresentada 
neste livro.
Resumo do Desenvolvimento de um Ciclo de Programa
Tempo Atividades
1ª
semana
Conselhos de Patrulha:
• Fazem um diagnóstico da patrulha 
e da Tropa.
• Fazem sugestões para atividades 
de patrulha e atividades e projetos 
para a Tropa.
Corte de Honra:
•Elabora o diagnóstico da Tropa.
•Define a ênfase para o Ciclo de 
Programa.
•Pré-seleciona as atividades e 
projetos da Tropa para o próximo 
Ciclo de Programa para apreciação 
da Assembleia de Tropa.
• Monta o calendário para o 
próximo ciclo, reservando as datas 
disponíveis para as atividades que 
serão decididas na Assembleia de 
Tropa.
•Apresenta a ênfase, o calendário 
e as atividades pré-selecionadas à 
Assembleia de Tropa.
2ª
semana
Assembleia de Tropa:
• Decide as atividades e projetos 
que serão realizados pela Tropa 
durante o Ciclo de Programa.
• Aprova o Calendário para o 
próximo Ciclo de Programa.
Corte de Honra:
• Organiza a divisão de tarefas para 
a implementação do Calendário da 
Tropa.
45
Desenvolvimento e avaliação de 
atividades e projetos:
•Desenvolvimento de atividades e 
projetos
• Aquisição de competências
•Avaliação de atividades e projetos
•Avaliação da progressão pessoal
Ramo Pioneiro
O ciclo de programa é um instrumento de planejamento 
participativo que, nas fases sucessivas, articula o 
programa e permite organizar o apoio aos jovens para 
que estes conquistem seus Projetos. 
É um processo pelo qual o Clã prepara, desenvolve e 
avalia atividades e projetos, ao mesmo tempo em que 
observa, avalia e reconhece o crescimento pessoal dos 
jovens. 
O ciclo de programa tem 3 fases sucessivas: 
1) Avaliação da Progressão Pessoal e decisões sobre 
atividades e projetos. 
2) Definição e preparação de atividades e projetos. 
3) Desenvolvimento e avaliação das atividades e 
projetos.
Dois ciclos em um ano
No Ramo Pioneiro, o ciclo de programa tem uma 
duração aproximada de 6 meses, de forma que, em um 
ano, pode-se realizar 2 ciclos. No entanto, é o Conselho 
do Clã que determina a duração de cada ciclo, de acordo 
com sua experiência, a realidade do Clã e o tipo de 
atividades escolhidas pelos jovens. 
A duração prevista inicialmente pode ser alterada 
durante seu transcurso, o que depende da flexibilidade 
do ciclo: um que contém muitas atividades de curta ou 
média duração é mais flexível que outro que contém 
poucas atividades e projetos de longa duração. Pela 
natureza dos projetos, no Ramo Pioneiro os ciclos 
tendem a ser poucos flexíveis. 
Em qualquer caso, é recomendável que o ciclo não 
dure menos do que o sugerido, já que a variedade de 
atividades que se realizam no Clã requer tempo para 
harmonizá-las e executá-las com fluidez. Mas, ainda 
assim, o Clã pode organizar um projeto de longa duração 
que pode prolongar-se durante dois ou mais ciclos.
Características do ciclo de programa no Ramo Pioneiro
• De acordo com a idade dos jovens, é menos estruturado 
que os ramos anteriores e deixa muitos procedimentos 
para a decisão do Conselho do Clã.
• Pelo mesmo motivo, tem apenas três fases, enquanto 
que no Ramo Lobinho tem 5 e no Ramo Escoteiro 
e Sênior tem 4. Ao mesmo tempo, em cada fase 
apresenta menos “passos”.
• Substitui os meios lúdicos como os “jogos 
democráticos” por maiores reflexões e análises, o 
que obedece ao tipo de pensamento dos jovens nesta 
idade.
• Como parte do processo de individualização, coloca-se 
ênfase na Progressão Pessoal, iniciando a partir dela 
e não do diagnóstico do Clã, mesmo sabendo que há 
espaço para o diagnóstico.
• Os escotistas não pré-selecionam atividades, mas 
sugerem ideias, tanto em momentos informais como 
no Conselho do Clã, ao formalizar a proposta e ao 
organizar o calendário.
• A ênfase é um resultado dos Projetos Pessoais e das 
atividades e projetos que se desenvolvem em apoio 
aos objetivos dos jovens.
• Dada a envergadura dos projetos, as tarefas de 
definição são realizadas no começo do ciclo, e assim 
se conhecem desde o princípio os requisitos de sua 
preparação.
PRIMEIRA FASE: AVALIAÇÃO DA PROGRESSÃO 
PESSOAL E DECISÕES SOBRE ATIVIDADES E PROJETOS
• Cada jovem examina seu avanço com relação à 
conquista de suas competências. É uma tarefa 
essencialmente individual, em que o jovem, concluindo 
as reflexões feitas sobre si mesmo em diferentes 
momentos, tira conclusões das quais pode tomar nota 
em seu Plano de Desenvolvimento Pessoal. O jovem 
pode compartilhar suas conclusões com o Clã, com 
o escotista encarregado de seu acompanhamento e 
com as pessoas que achar interessante. Este passo 
busca que o jovem confronte sua autoavaliação com a 
opinião dos demais.
• Culmina esta reflexão pessoal com a consideração 
por parte do jovem do que gostaria de fazer durante 
46
o ciclo que está iniciando: atividades individuais que 
espera realizar e atividades e projetos que gostaria 
que a equipe ou o Clã colocasse em prática.
• O Clã escuta aquilo que os jovens desejam compartilhar 
de suas reflexões pessoais e seus membros dão suas 
opiniões, o Clã também escuta seus membros, que 
relatam suas atividades e Projetos Pessoais para o 
ciclo que se inicia.
• Irão surgindo iniciativas para serem realizadas pelo Clã, 
que podem complementar, integrar ou modificar os 
projetos individuais. Como parte do mesmo processo, 
é provável que também apareçam iniciativas mais 
ambiciosas para serem implantadas por todo o Clã.
• Esta parte se encerra com o acordo sobre as atividades 
do Clã que serão apresentadas à COMAD do Clã.
• É possível que, durante a reflexão do Clã, se troquem 
opiniões que sirvam como parte de um diagnóstico 
sobre o funcionamento do Clã. Se os jovens acharem 
conveniente, também podem incluir estes elementos 
em sua apresentação à COMAD do Clã.
• Tendo em vista todas as ideias produzidas pelos 
jovens e o conteúdo do diagnóstico, a COMAD do Clã 
elabora uma proposta que submeterá à consideração 
do Conselho.
• O COMAD apresenta ao Conselho uma proposta de 
atividades e projetos. O Conselho determina a ênfase 
do ciclo e decide sobre a proposta de atividades e 
projetos.
SEGUNDA FASE: DEFINIÇÃO E PREPARAÇÃO DE 
ATIVIDADES E PROJETOS
• A COMAD do Clã organiza as atividades e projetos 
num calendário. A forma com que se organizará o 
calendário determinará a duração do ciclo.
• Uma vez que o calendário tenha sido aprovado pelo 
Conselho do Clã, a sua COMAD incentiva a formaçãode Equipes de Interesse que sejam necessárias para a 
realização de projetos ou atividades comuns de longa 
duração no ciclo que se inicia.
• Identifica e convida os especialistas que serão 
necessários, recorrendo à rede de contatos do Clã.
• Identifica os conhecimentos e habilidades que serão 
necessárias adquirir pelos jovens e oferecê-las a 
quem manifeste interesse em obtê-las, a menos 
que coincidam com as escolhidas previamente pelos 
jovens. Isto pode determinar novos ajustes nos 
Projetos Pessoais.
• Definem-se atividades e projetos, seus componentes 
e a interação que existem entre eles. A definição 
de atividades ou projetos comuns do Clã é realizada 
pela COMAD do Clã ou pela respectiva Equipe de 
Interesse, como o apoio dos Pioneiros que participam 
na atividade ou projeto. Jovens que ingressam durante 
o desenvolvimento do ciclo serão integrados de 
acordo com suas opções e habilidades, e conforme a 
necessidade.
• Definida a atividade, ela é preparada para ser realizada 
em uma data determinada.
TERCEIRA FASE: DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO 
DAS ATIVIDADES E PROJETOS
• Desenvolvem-se ao mesmo tempo atividades e 
projetos individuais, das Equipes de Interesse e do Clã.
• Cada jovem realiza as atividades e projetos individuais 
com o apoio de sua Equipe, dos especialistas, e a 
assessoria do escotista.
• As Equipes de Interesse realizam suas atividades com 
autonomia, sob a direção do respectivo responsável 
com o apoio dos escotistas, quando for solicitado, e a 
coordenação e supervisão da COMAD do Clã.
• Todas estas iniciativas se desenvolvem associando-se 
umas às outras, como as peças de um quebra-cabeça, 
que, isoladas não são nada, mas que em seu conjunto 
revelam a imagem que se formam entre todas, e que 
não seria a mesma se algumas destas peças faltassem. 
O ajuste entre as atividades individuais, as de equipe 
e os projetos comuns é de responsabilidade da 
COMAD do Clã, o que acontece no acompanhamento 
semanal ao desenvolvimento do programa previsto no 
calendário.
• Avaliam-se atividades e projetos segundo o nível de 
cumprimento dos objetivos previamente determinados.
47
Fase Tempo Tarefa Quem?
1
1ª semana 
Avaliação dos jovens Individual
Avaliação coletiva
Diagnóstico do Clã
Ideias sobre futuras 
atividades e projetos
Conselho
Com todas as ideias 
produzidas pelos 
jovens e o conteúdo do 
diagnóstico, a COMAD 
do Clã elabora uma 
proposta que submeterá 
à consideração do 
Conselho.
COMAD
2ª Semana 
O Conselho decide 
sobre a proposta de 
atividades e projetos, e 
determina a ênfase do 
ciclo. 
Conselho 
Organizam-se as 
atividades e projetos 
num calendário 
COMAD 
3ª Semana 
em 
diante... 
O Conselho do Clã 
aprova o Calendário 
Conselho 
2
Constituem-se Equipes 
de Interesse 
Definem-se os objetivos 
de atividades e projetos 
Ajustam-se os demais 
elementos da proposta 
COMAD e 
equipes 
3
Desenvolvem-se 
ao mesmo tempo 
atividades e projetos 
individuais e das 
Equipes de Interesses 
do Clã 
Equipes de 
Interesse 
Avaliação permanente e 
ajustes 
Individual, 
Equipe de 
Interesse e 
COMAD
Fonte: Textos extraídos dos materiais: Escotistas em 
Ação Ramo Lobinho, Escotistas em Ação Ramo Escoteiro, 
Escotistas em Ação Ramo Sênior, Escotistas em Ação 
Ramo Pioneiro.
Para saber mais sobre Ciclo de Programa, consulte os 
Manuais do Ramo.
Anotações:
48
Unidade 17: Proposta e seleção de atividades
Ramo Lobinho
As atividades pré-selecionadas são propostas pelos 
escotistas aos lobinhos sob forma mais diversas, sempre 
com o objetivo de motivar sua criatividade e provocar a 
troca de opiniões entre eles.
Os lobinhos reagem antes às propostas acrescentando 
outras atividades, por sua própria iniciativa, introduzindo 
variantes ou simplesmente aceitando-as.
Todas as atividades que surgem deste processo de 
propostas sucessivas são submetidas, finalmente, à 
decisão da Alcateia, que seleciona as atividades que 
serão desenvolvidas durante o ciclo de programa.
Para efetuar essa seleção, podem ser utilizados 
diversos jogos democráticos que visam fazer com que os 
lobinhos participem ativamente do processo decisório e 
aprendam a fazer opções, sem deixar de brincar.
Simulando um debate parlamentar, um processo 
eleitoral, uma defesa diante de um tribunal, um leilão 
público, um dia de compras na feira ou qualquer outra 
situação semelhante, os lobinhos se defrontam com a 
oportunidade de apresentar suas ideias e defender suas 
posições, aprendem a argumentar, formam opiniões e 
desenvolvem muitas outras habilidades e atitudes que 
são próprias do processo democrático de tomada de 
decisões.
Ramos Escoteiro e Sênior
A ênfase é apresentada às patrulhas juntamente com 
a proposta de atividades pré-selecionadas pela Corte de 
Honra.
Cada patrulha seleciona as atividades que realizará e 
prepara uma proposta de atividades comuns a todas as 
patrulhas.
As patrulhas informam à Tropa sobre as atividades 
que realizarão e apresentam sua proposta de atividades 
de Tropa, as quais serão selecionadas por meio de jogos 
democráticos.
Para chegar a estes resultados, se realiza uma rodada 
de reuniões dos Conselhos de Patrulha e uma Assembleia 
de Tropa.
A Proposta Contém a Ênfase, Algumas Atividades de 
Patrulha e Todas as Atividades de Tropa.
A ênfase se dá a conhecer às patrulhas, porque 
se elas não a conhecem não saberão em que direção 
deverão decidir e propor atividades. É contraproducente 
fazer com que as patrulhas sugiram atividades para, 
logo em seguida, considerá-las, por estar fora do marco 
definido da ênfase.
Só se divulga da ênfase aquela parte que diz 
respeito às atividades, pois não há utilidade prática em 
comunicar a todos os jovens o que a Corte de Honra 
pensa sobre a aplicação do Método ou sobre a forma 
como seu desenvolvimento pessoal está sendo avaliado, 
por exemplo.
As atividades de patrulha que foram pré-selecionadas 
e que se originaram de propostas dos próprios jovens 
podem retomar às mesmas patrulhas que as idealizaram, 
a menos que tenham sido propostas pela Corte de Honra 
para serem realizadas por toda a Tropa. As atividades 
de patrulha idealizados na Corte de Honra podem ser 
apresentadas a todas as patrulhas ou apenas a algumas 
delas, segundo as características e necessidades de 
cada uma.
As atividades de Tropa incluídas na pré-seleção 
feita pela Corte de Honra são apresentadas a todas 
as patrulhas, sem exceção, qualquer que tenha sido sua 
origem.
A Proposta é analisada nos Conselhos de Patrulha
Uma vez formulada a proposta, se realiza uma nova 
rodada de reuniões dos Conselhos de Patrulha. Os 
seguintes fatos se passam em tais reuniões:
• Monitor e Submonitor apresentam a ênfase fixada 
pela Corte de Honra, explicando sua fundamentação.
• Dão a conhecer as atividades pré-selecionadas.
• Motivam uma troca de opiniões sobre as diversas ideias 
de atividades de patrulha que estão em discussão: as 
sugeridas pelos próprios jovens na reunião anterior 
do Conselho de Patrulha, as propostas pela Corte de 
Honra e outras que podem surgir no momento, como 
resultado da consideração da ênfase fixada.
• A troca de ideias se encerra com uma decisão sobre 
as atividades que a patrulha realizará no próximo ciclo.
• Finalmente, a patrulha prepara sua própria proposta de 
atividades de Tropa que apesentará à Assembleia de 
Tropa.
A Assembleia de Tropa Seleciona as Atividades 
Comuns a Todas as Patrulhas
Em uma Assembleia de Tropa, que marca o 
encerramento desta segunda fase, acontecem os 
seguintes fatos:
49
• Cada patrulha apresenta as atividades de patrulha que 
decidiu realizar, incluindo a ordem de prioridade que 
estabeleceu para elas e a duração estimada de cada 
uma.
• Em seguida, cada patrulha, utilizando um jogo 
democrático que se determinou previamente, 
apresenta sua proposta de atividades de Tropa.
• Seguindo a dinâmica do mesmo jogo, a Assembleia 
elege as atividades que deseja realizar, numa ordem de 
prioridade que traduz o resultado do jogodemocrático.
O Resultado do Jogo Democrático Determina as 
Atividades da Tropa
O jogo democrático em que se converte a reunião 
da Assembleia de tropa define as atividades que serão 
desenvolvidas durante o ciclo de programa, ordenadas 
prioritariamente segundo as preferências manifestadas 
pelos jovens. Os escotistas facilitam a dinâmica do jogo, 
assumindo tarefas de apoio que variam segundo o jogo 
escolhido. Em nenhum caso eles devem intervir para 
favorecer esta ou aquela alternativa. Mesmo quando 
o resultado não constitua a melhor opção, é preciso 
respeitar a decisão tomada pela Assembleia, dentro de 
limites de segurança razoáveis. Se suas determinações 
forem ignoradas, os jovens jamais adquirirão a 
experiência de arcar com as consequências de suas 
próprias decisões. Se, ao organizar as atividades em 
um calendário – tarefa que deve ser feita pela Corte 
de Honra – for necessário adiar ou acrescentar algumas 
atividades de Tropa, esta decisão exige uma nova 
manifestação da Assembleia de Tropa.
Ramo Pioneiro
O Conselho do Clã estabelece normas, fixa a visão e 
os objetivos, e decide atividades e projetos do Clã
O Conselho é formado por todos os jovens do 
Clã, os quais intervêm individualmente e não como 
representantes de suas equipes de interesses. É 
convocado de acordo com a Carta Pioneira. O presidente 
do Conselho do Clã preside também a COMAD. Os 
assuntos que lhe correspondem são os seguintes:
• Estabelecer normas de funcionamento e convivência 
cada vez que seja necessário fazê-lo.
• Fixar a visão e o prazo em que se espera atingi-la.
• Determinar os objetivos anuais do Clã de acordo com 
a visão, 
• Decidir os projetos e atividades do Clã que se realizarão 
em um ciclo de programa e aprovar o calendário de 
atividades depois que estas tenham sido organizadas 
pela COMAD do Clã. 
O Conselho do Clã não se confunde com a reunião do 
Clã , que se caracteriza pelo desenvolvimento de uma 
atividade, de acordo com a programação.
Fonte: textos extraídos:Manual do Escotista Ramo 
Lobinho e Ramo Escoteiro; Escotistas em Ação do Ramo 
Pioneiro.
Anotações:
50
Unidade 18: Negociação dos objetivos Educacionais
Avaliação da Progressão Pessoal do Jovem
A avaliação está concluída quando o(a) jovem e o(a) 
escotista encarregado(a) de seu acompanhamento 
chegam ao consenso. 
Para estabelecer este consenso, é conveniente 
que O(a) jovem e o(a) escotista responsável pelo seu 
acompanhamento tenham um encontro destinado 
apenas a determinar atividades que devam ser realizadas 
durante o Ciclo. 
Esta reunião é mais uma entre tantas ocasiões em 
que o(a) escotista e o(a) jovem se encontram, o que 
facilitará o estabelecimento de um clima descontraído. 
Com esta conversa estará se encerrando, para esse 
jovem, o processo de avaliação durante o Ciclo. 
Exemplificamos abaixo de que forma acontece esta 
negociação no Ramo Escoteiro.
Corte de Honra entrega distintivo, quando é o caso.
Nesta conversa, o(a) jovem expõe sua autoavaliação, 
que se nutriu com a opinião de seus companheiros de 
patrulha, indicando as atividades que considera haver 
realizado durante o Ciclo que está terminando. O(a) 
escotista compartilha com o(a) jovem a opinião que 
formou, esclarecendo que nela se agrupam as opiniões 
colhidas entre outros agentes avaliadores. 
Por exemplo, se durante o Ciclo de Programa que 
está encerrando, foram enfatizadas as atividades 
relacionadas com a prestação de serviço ao próximo, 
uma atenção especial deverá ser concedida à avaliação 
das atividades sugeridas na área de desenvolvimento 
social.
Além disto, o encontro servirá para apoiar e animar 
o(a) jovem em seu desenvolvimento, com o(a) escotista 
apresentando ao(à) jovem sugestões e correções 
destinadas a melhorar sua participação. A reunião servirá, 
ainda, para avaliar a “permanência” das condutas antes 
alcançadas, isto é, constatar em conjunto quanto do 
progresso alcançado em Ciclos anteriores permaneceu 
ao longo do tempo. 
Durante o diálogo e mantendo-se fiel aos critérios 
fixados pela Corte de Honra1 o(a) escotista chegam a 
um consenso . 
A opinião do(a) escotista é importante, mas em 
nenhum caso deve prevalecer pela simples razão de ser 
a opinião de um(a) escotista. Ao contrário, o(a) escotista 
deve estar sempre pronto a rever seus pontos de vista, 
levando em conta que reforçará mais o comportamento 
do(a) jovem negociando com ele suas percepções do 
que impondo suas opiniões. 
Contudo, existindo discrepância que a habilidade 
de negociação do escotista não consiga eliminar, deve 
permanecer - sempre - a autoavaliação do(a) jovem. É 
preferível que o(a) jovem se exceda na apreciação de 
suas conquistas num determinado momento para ser 
confrontado com a realidade no futuro, a ele se impor o 
ponto de vista do(a) escotista .
Se, em virtude das conquistas alcançadas o(a) 
jovem estiver em condições de ingressar na etapa de 
progressão subsequente, o(a) escotista apresentará 
a este feito Corte de Honra, que entregará o novo 
Distintivo de Progressão e o(a) jovem passará a mirar um 
conjunto de atividades mais adequado àquela nova fase
Fonte: Texto adaptado do Manual do Escotista – Ramo 
Escoteiro
Anotações:
51
Unidade 19: Pioneirias
As pioneirias proporcionam o conforto de um 
acampamento. Algumas delas são indispensáveis em um 
acampamento de três ou mais dias, e você deve estar 
apto a ajudar a projetar e construir qualquer uma delas.
Fossa com tampa - Um escoteiro não deixa vestígios 
de sua passagem pelo local, e deve ser muito cuidadoso 
com as sobras e lixo que produz. O equilíbrio ecológico é 
frágil e necessita de nossa ajuda para se manter.
Separe o que for lixo ou rejeito em dois grupos:
a. Biodegradáveis Rápidos: são todos aqueles de 
origem orgânica, como restos de comida e papeis. Este 
lixo pode ser descartado em uma fossa escavada longe 
de fontes de água, e a cada dia cubra com uma camada 
fina de terra. Com objetivo de produzir a decomposição 
desse lixo, transformando-o em composto útil à 
natureza, jogue água dentro da fossa antes de cobri-la 
definitivamente.
b. Biodegradáveis Lentos: São aqueles que têm 
algum grau de industrialização, e em geral receberam 
elementos que o preservam. Sempre que possível 
este tipo de lixo deve ser colocado em sados de lixo e 
retornar para a cidade, onde será descartado. Somente 
se houver absoluta necessidade de eliminá-lo ainda no 
campo, recomenda-se que se queime tudo antes de 
cobrir com terra. 
Pórtico - O Pórtico é a entrada do “Canto de 
Patrulha”, e deve ser preparado de forma a que seja 
prático e identifique a patrulha. É interessante colocar 
um portão, que pode ser acionado de forma criativa, 
e também assegurar-se que a cerca de campo evite a 
passagem de animais domésticos.
Pioneirias Básicas
Num acampamento de 3 dias, é interessante ter pelo 
menos as seguintes pioneirias básicas:
1. Canto do lenhador com porta ferramentas
2. Toldo
3. Mesa com bancos
4. Dispensa
5. Tripé
Canto do lenhador com porta ferramentas - 
Normalmente, é a primeira pioneiria a ser montada 
no campo, pois precisaremos dele para termos mais 
segurança ao montarmos as outras pioneirias. Caso haja 
possibilidade de chuva iminente, o toldo pode ser feito 
primeiro para garantir a continuidade do trabalho debaixo 
do mesmo. Deve ser instalado num local afastado das 
demais construções do campo e não deve haver galhos 
de árvores baixos sobre ele para evitarmos acidentes. O 
tamanho dependerá da maior ferramenta de corte que a 
patrulha possuir, conjugado com a envergadura do jovem 
que irá utilizá-la, buscando formar-se um espaço que 
seja suficiente para trabalhar com segurança. A cerca 
deverá balizar e evitar que alguém possa ultrapassá-
la facilmente, assim, sua altura deverá ser próxima 
da cintura, nem muito alta, nem muito baixa. O cepo 
deverá ficar numa posição central e isolado das demais 
construções do canto do lenhador. É extremamente 
importante que o cepo fique bem fixo, não pode balançar 
com a sua utilização e evitarmosacidentes. O porta 
ferramentas deve ter altura compatível, evitando que os 
jovens tenham que se agachar para utiliza-lo.
52
Toldo - Depois do canto do lenhador, inicie a 
montagem do toldo, pois será sua proteção contra o sol 
e a chuva. As laterais deverão ser ter altura sufi ciente 
para que seja possível movimentar-se sem necessidade 
de contorcionismos:
Grandes Pioneirias - As grandes pioneirias são 
uma demonstração de qualidade técnica, organização, 
trabalho em equipe e criatividade. Tudo isso é necessário 
para montar grandes estruturas de forma segura e 
eficiente. A seguir um exemplo de pioneiria de médio/
grande porte:
Torre de observação: Sempre que for necessário 
ampliar a área de observação e supervisão, uma boa 
alternativa é a construção de uma torre. Esta é, também, 
uma boa forma de observar animais..
Fonte: texto extraído do Guia do Desafio Sênior 
Anotações:
53
Unidade 20: Escotismo Mundial e Gilwell Park
Gilwell Park-A História
 
Gilwell é um nome que foi dado por De Bois Maclaren 
ao terreno que ele comprou em 1919 por 7 mil libras e 
doou ao Movimento Escoteiro. Outras 3 mil libras foram 
também utilizadas para que as primeiras construções 
ficassem prontas. Assim, como queriam MacLaren 
e o Chefe Escoteiro do Mundo Lord Baden Powell , 
Gilwell tornou-se o local das atividades dos escoteiros 
de Londres e o centro de treinamento dos escotistas 
daquela época.
Gilwell Park está localizado em Chingford, norte de 
Londres, no limite exterior da Floresta de Epping. O 
meridiano de Greenwich corta o local. O primeiro curso 
da Insígnia da Madeira, dirigido pelo primeiro Chefe de 
Campo Francis Gidney, teve ligar em setembro de 1919 
com 19 participantes. Escotistas do mundo inteiro que 
completam os requisitos do Curso da Insígnia da Madeira 
em seus países, tornam-se membros do Grupo de Gilwell
Locais característicos e construções em Gilwell Park 
levam o nome de escotistas que contribuíram para o 
desenvolvimento do Movimento Escoteiro ou para a 
formação de novos escotistas
O Kudu e o Movimento Escoteiro
O kudu é uma variedade de antílope cujo habitat 
vai da África do Sul até a Etiópia. O kudu macho pode 
ter uma altura de até 2 metros a sua coloração vai 
desde o cinza avermelhado até o azul. Devido ao seu 
privilegiados sentidos da audição, visão e olfato, somado 
a sua capacidade de imprimir altas velocidades, o kudu é 
um animal difícil de ser caçado. 
Seguindo uma tradição que já dura mais de 85 anos, 
em cursos de Insígnia da Madeira em todo o mundo, as 
tropas são chamadas ao som do Kudu. Pode parecer 
muito estranho que o som proveniente do berrante de 
chifre de Kudu seja utilizado para chamar escotistas 
ao redor do mundo. Mas foi ao som do Kudu, um dos 
troféus africanos de Baden Powell, que as tropas foram 
chamadas para o primeiro acampamento experimental 
em Brown Sea no distante verão de 1907. 
A Insígnia da Madeira
Quando o primeiro grupo de escotistas completou 
o seu curso em setembro de 1919, BP reconheceu que 
deveria haver uma forma de identificar os participantes 
que haviam terminado o treinamento. Pensando na lista 
de troféus da sua carreira militar ele lembrou-se de um 
colar de contas de Madeira. O colar era feito com mais 
de 1000 contas, cada uma feita utilizando uma madeira 
54
sul-africana de cor amarelada. O formado da madeira 
formava um encaixe natural de forma que cada conta se 
ajustava per feitamente a seguinte.
Este tipo de colar era conferido a realeza e aos 
guerreiros que haviam se distinguido pelo seu valor 
em campo de batalha. Aquele colar em particular havia 
sido usado pelo Rei Dinizulu dos Zulus e havia caído nas 
mãos de BP quando os ingleses venceram os Zulus na 
Província de Natal.
B-P pegou duas contas do grande colar e passando-
as por um pequeno barbante fechou-a com um nó 
formando um colar que ficaria conhecido mundialmente 
como a Insígnia da Madeira.
As réplicas são feitas com a madeira retirada da 
Floresta de Epping, localizada nos arredores de Gilwell 
Park. Originalmente o colar era utilizado para prender o 
chapéu. Mais tarde ele passou a ser utilizado ao redor 
do pescoço, como é atualmente. O lenço e o arganel 
completavam o uniforme.
Um fato muito curioso é que os primeiros escotistas a 
completarem o Curso Avançado do Ramo Lobinho usavam 
dentes de tigre em vez das contas, representando os 
dentes de Shere Khan. Mais tarde, devido à pressão dos 
ambientalistas, já atuantes naquele tempo, fez com que 
os dentes fossem substituídos pelas atuais contas.
O Lenço de Gilwell
O lenço, conhecido como o Lenço de Gilwell era cinza 
(cor da humildade) por for a e vermelha tijolo por dentro. 
Hoje em dia o lenço e bege por fora.
Na parte superior do triangulo está fixado um pequeno 
tartan do Clã MacLaren, em reconhecimento ao Sr. De 
Bois MacLaren que doou Gilwell Park para o Movimento 
Escoteiro. 
O Arganel de Gilwell
Nos primeiros tempos o lenço era amarrado com um 
nó. Em 1920 ou 1921 foi introduzida a peça que hoje 
conhecemos como o arganel de Gilwell. Dizem que o 
nome arganel, woggle em inglês, foi inventada pelo 
Primeiro Chefe de Campo de Gilwell, o Chefe Gidney.
No inicio do século XIX estava em moda fazer fogo 
por fricção e isto era sempre demonstrado nos cursos 
de treinamento de adultos. A principal peça para esta 
atividade era um pedaço de couro, estreito e longo 
o suficiente, para que fora de uso, formasse um nó 
Cabeça de Turco de duas voltas, o woggle, ou o Arganel 
de Gilwell. 
(Texto retirado de Provincial Notes(Ontario-Canada) de 
Junho de 1992).
Canções de Gilwell
CANÇÃO DE GILWELL
Em meus sonhos volto sempre a Gilwell
Onde alegre e feliz eu acamparei
Vejo os fins de semana com meus velhos amigos
E o campo em que treinei
É mais verde a grama lá em Gilwell
Onde o ar do Escotismo eu respirei
E sonhando assim
Verei B-P, que nunca sairá dali
NOS CAMPOS DE GILWELL
Eu vou voltar a acampar
Com todos meus amigos
E junto ao fogo poder cantar
Nos campos lá de Gilwell
Como eu quero voltar 
De mochila e cantil a acampar
Com peito transbordando de alegria
E meus amigos
E juntos da fogueira
Nossas vozes reunidas
Mil canções cantar
Nos campos lá de Gilwell
VOLTO A GILWELL
Volto a Gilwell, terra boa
Um curso assim que eu possa vou tomar
Eu era bom * Cuco *
Um bom * Cuco * de lei
55
Não estou maus * cuqueando *
O que fazer não sei
Me sinto velho e fraco
A Gilwell vou voltar
Um curso assim que eu possa vou tomar
* substituir por outra patrulha, ou por escoteiro, 
sênior, lobinho, etc.
A Organização Mundial do Movimento 
Escoteiro
A Organização Mundial do Movimento Escoteiro é 
uma organização internacional, não governamental, 
composta por suas Associações Escoteiras Nacionais 
reconhecidas.
Hoje somos cerca de 30 milhões de Escoteiros, jovens 
e adultos, rapazes e moças, em 218 países e territórios. 
Existem 155 países com Associações Escoteiras 
Nacionais, membros reconhecidas da Organização 
Mundial do Movimento Escoteiro.
Existem 26 territórios onde o Escotismo existe 
através de “filiais” de Associações Escoteiras.
Existem ainda 35 países onde o Escotismo existe, mas 
não há uma Associação Escoteira Nacional reconhecida 
como membro da OMME.
Por fim, existem 06 países no mundo onde o 
Escotismo não existe.
A Conferência Mundial do Escotismo
A Conferência é a “Assembleia Geral” do Escotismo. 
É o órgão máximo da Organização Mundial do Movimento 
Escoteiro e reúne-se a cada três anos, sempre em um país 
diferente. É composta por todos os seus membros, que 
são as Associações Escoteiras Nacionais reconhecidas. 
Somente uma Associação é reconhecida em cada país. 
Em alguns países, onde há várias Associações, estas 
são organizadas em Federações, que são as detentoras 
deste reconhecimento.
As Associações membro são representadas nas 
Conferências Mundiais do Escotismo por um máximo de 
seis delegados. Os observadores autorizados por suas 
Associações podem também participar.
O objetivo da Conferência é promover a unidade,a 
integridade e o desenvolvimento do Movimento Escoteiro 
Mundial. Isto é alcançado através de uma estrutura 
organizada para: troca de idéias e informações entre 
seus membros, formular as políticas mundiais, analisar 
e aprovar os relatórios e recomendações do Comitê 
Mundial e dos órgãos que gerenciam a Organização 
Mundial, eleições, aprovação de novos membros, taxas 
de registro, emendas a Constituição Mundial e aos 
regimentos etc.
O Comitê Mundial do Escotismo
O Comitê Mundial é o órgão diretivo da Organização 
Mundial do Movimento Escoteiro. É responsável pela 
execução do que foi definido na Conferência Mundial 
e por agir em seu interesse entre as suas reuniões. 
O comitê é composto de 14 membros; destes, 12 são 
eleitos para mandatos de seis anos e devem ser todos 
de países diferentes. Os membros não representam seu 
país, mas sim os interesses do movimento como um 
todo. As eleições ocorrem nas Conferências Mundiais a 
cada 3 anos, portanto, metade do Comitê é renovado a 
cada triênio.
O Secretário Geral, e o Tesoureiro, da OMME são 
membros ex-officio do comitê. Os presidentes dos 
Comitês Regionais participam nas reuniões do Comitê 
Mundial como consultores. 
O Comitê reúne-se duas vezes ao ano, geralmente 
em Genebra, Suíça. Seu Comitê Executivo, constituído 
pelo Presidente, dois Vice-presidentes e pelo Secretário 
Geral reúne-se sempre que necessário.
O Bureau Mundial do Escotismo
O Bureau Mundial é o secretariado da Organização 
Mundial. O Bureau é dirigido pelo Secretário Geral da 
OMME. Ele é nomeado pelo Comitê Mundial e é o principal 
gerente administrativo da Organização. Praticamente 
todas as pessoas que lá trabalham são profissionais a 
serviço do Escotismo. 
O Bureau Mundial foi criado e sediado em Londres, 
Inglaterra em 1920. Em 1959 foi transferido para Ottawa 
no Canadá e finalmente em 1968 mudou-se para 
Genebra, Suíça, onde permanece até hoje.
Existem também filiais do Bureau que servem às 
Regiões Escoteiras; são os escritórios regionais que 
estão localizados como segue (o escritório principal está 
por primeiro):
56
• Região África: Nairobi, Quênia; Dakar, Senegal e Cidade 
do Cabo, África do Sul.
• Região Árabe: Cairo, Egito.
• Região Ásia Pacífico: Manila, Filipinas.
• Região Eurásia: Yalta-Gurzuf, Ucrânia, e Moscou, Rússia.
• Região Européia: Genebra, Suíça e Bruxelas, Bélgica.
• Região Interamericana: Ciudad del Saber, Panamá
Como secretariado da OMME, o Bureau Mundial tem 
diversas funções constitucionalmente definidas. São 
elas:
- suporte às conferências mundiais e regionais, aos 
comitês mundial e regionais e a seus órgãos subsidiários 
no cumprimento de suas funções;
- preparação das reuniões e apoio para a execução das 
decisões destes diversos órgãos;
- promoção do Escotismo em todo o mundo;
- manter relações com as Associações Escoteiras 
Nacionais;
- apoio no desenvolvimento do Escotismo nos países. 
- promover o desenvolvimento do Escotismo em países 
onde ele não existe ou ainda não é reconhecido;
- supervisão de eventos mundiais e regionais tal como 
jamborees;
- manter relações com organizações internacionais cujas 
atividades são relacionadas com juventude.
O Bureau Mundial realiza estas funções de diversas 
maneiras: 
- dando apoio para comitês, forças tarefa e grupos de 
trabalho;
- desenvolvendo e conduzindo cursos;
- auxiliando técnica e consultivamente;
- publicando boletins regulares com notícias do 
Escotismo. 
O Bureau Mundial tem seus custos financiados 
parcialmente pelas taxas anuais de registro pagas 
pelas Associações Nacionais, baseadas no número de 
associados. Outros recursos provem de contribuições 
das fundações, das corporações, das agências e de 
indivíduos. Uma parcela provem da Fundação Mundial 
do Escotismo, que é um fundo de capitalização. As 
contribuições para a Fundação são investidas de tal forma 
que produzem uma entrada regular para a Organização 
Mundial. A Fundação recebe também doações materiais 
para o Escotismo internacional
A Organização Interamericana de Escotismo
A Organização Interamericana de Escotismo faz parte 
da Organização Mundial do Movimento Escoteiro e é 
composta pelos membros desta última, que desejem 
agrupar-se dentro da área geográfica da Região 
Interamericana.
Podem ser membros da Organização Interamericana 
as Associações Escoteiras de países da Região 
Interamericana e que sejam reconhecidas pela 
Conferência Mundial como membros da OMME. Além 
destas, podem também fazer parte as “filiais” de 
Associações Nacionais de países localizados em outras 
Regiões, mas que tenham atividades em seus territórios 
dentro da Região Interamericana.
A Conferência Interamericana do Escotismo
A Conferência Interamericana é o órgão máximo da 
Organização Interamericana de Escotismo e se reúne 
a cada 3 anos, sempre em um país diferente (definido 
pela Conferência anterior) e no ano que antecede a 
Conferência Mundial.
O Comitê Interamericano de Escotismo
O Comitê Interamericano de Escotismo é composto 
por 10 membros, eleitos pela Conferência Interamericana 
para mandatos de 6 anos. A cada Conferência são eleitos 
5 novos membros. Portanto, a cada 3 anos o Comitê 
passa por uma renovação de 50%. O Diretor Executivo 
Regional também faz parte deste Comitê, na função de 
Secretário Executivo. O Comitê reúne-se ordinariamente 
2 vezes ao ano.
Os próprios membros do Comitê elegem o Presidente 
e os dois Vice-presidentes. Juntamente com o Diretor 
Executivo, formam o Comitê Executivo, que se reúne 
sempre que necessário.
O Escritório Interamericano de Escotismo
O Escritório Interamericano de Escotismo, muito 
conhecido como OSI (Oficina Scout Interamericana) é 
uma filial do Bureau Mundial, que tem como principal 
função dar o suporte administrativo à Organização 
Interamericana de Escotismo, ao Comitê Interamericano 
de Escotismo e às Associações membro.
Sua sede está localizada na Ciudad del Saber, Panamá.
Fraternidade Mundial
Um Escoteiro chegando a uma cidade, estado ou 
país estranho não é um forasteiro ou estrangeiro, pois 
é recebido como um irmão pela comunidade escoteira.
57
FRATERNIDADE MUNDIAL
DO MOVIMENTO ESCOTEIRO
CARATERÍSTICAS:
União
Convivência como irmãos
Harmonia
Paz e concórdia
Na cerimônia da Promessa, o Escotista informa ao 
jovem que a partir daquele momento ele passa a fazer 
parte da fraternidade mundial do Movimento Escoteiro. 
O jovem ingressa na grande família escoteira, que não 
distingue raças, credos, fronteiras, religiões ou classes 
sociais.
Receber ou visitar membros do Movimento Escoteiro 
geralmente são atividades agradáveis e devem ser 
incentivadas. A fraternidade não se inicia em outro 
continente ou outro país. Ela está presente quando 
fazemos um jogo setorial ou se recebe um jovem de 
outro Grupo em sua reunião de sede. Todos devem ser 
tratados como irmãos, com carinho e atenção.
Acampamentos setoriais, regionais, nacionais 
e internacionais são oportunidades de praticar a 
fraternidade escoteira. Os grupos devem motivar e 
viabilizar a participação do maior número de jovens.
A partir de 1920, e com intervalos de quatro anos, 
vêm sendo realizados Jamborees Mundiais. 
Esta atividade reúne jovens e adultos de todo o 
mundo em um acampamento onde o ponto forte é a 
confraternização. Os jovens vencem a barreira da língua 
e estabelecem relacionamentos fraternos que devem 
servir de modelo aos dirigentes mundiais.
FRATERNIDADE
Inicia no próprio Grupo
passa pelos Grupos do Setor
segue pelas atividades nacionais
chega em outros países
A troca de correspondências entre membros do 
Movimento, atividade conhecida por “Companheiros de 
Pena”, “Pen Pal” ou “LinkUp”, deve ser incentivada.
Anualmente ocorre no terceiro final de semana de 
outubro o Jamboree no Ar (JOTA) e o Jamboree na Internet 
(JOTI), que une jovens de todo o mundo por meio do 
radioamadorismo e da internet respectivamente.
Bianualmente também ocorrem os Elos, que são 
acampamentos descentralizados, realizados a nível 
setorial, abrangendouma determinada região. A 
característica é que os acampamentos devem ser 
realizados na mesma data e com a mesma programação.
Jamborees Mundiais
Um Jamboree Mundial é um evento único na vida de 
seus participantes. É o grande encontro dos Escoteiros 
de todo o mundo. Realiza-se a cada quatro anos, sempre 
em um local diferente. Suas últimas edições têm reunido 
mais de 30.000 participantes.
Veja abaixo quando e onde foram realizados os 
Jamborees Mundiais:
01.° 1920 Olympia, Londres, Inglaterra.
02.° 1924
Ermelunden, Copenhague, 
Dinamarca.
03.° 1929 Arrowe Park, Birkenhead, Inglaterra.
04.° 1933 Gödöllö, Hungria.
05.° 1937
Vogelensang-Bloemendaal, Países 
Baixos.
06.° 1947 Moisson, França.
07.° 1951 Salzkammergut, Bad Ischl, Áustria.
08.° 1955 Niagara on the Lake, Canadá.
09.° 1957 Sutton Park, Inglaterra.
10.° 1959 Mount Makiling, Filipinas.
11.° 1963 Maratona, Grécia.
12.° 1967 Farragut State Park, Idaho, EUA.
13.° 1971 Asagiri Heights, Japão.
14.° 1975 Lake Mjosa, Lillehammer, Noruega.
1979
Previsto para ser realizado no Irã, o 
Jamboree foi cancelado.
15.° 1983
Kananaskis Country, Alberta, 
Canadá.
16.°
1988 - 
1989
Cataract Scout Park, New South 
Wales, Austrália.
17.° 1991
Mount Sorak National Park, Coréia 
do Sul.
18.° 1995 Drönten, Flevoland, Países Baixos.
19.°
1998- 
1999
Picarquin, Chile.
58
20.°
2002 - 
2003
Sattahip, Chonburi Province, 
Tailândia.
21.° 2007
Hylands Park, Chelmsford , 
Inglaterra
22.° 2011 Rinkaby, Kristianstad, Suécia.
23º 2015 Yamaguchi, Japão
Moots
Pouco depois de iniciado o escotismo por B-P, 
verificou-se com surpresa que alguns rapazes mais 
velhos que saiam das Patrulhas continuavam ligados 
ao movimento. Foi então que começou a crescer uma 
irmandade de escoteiros mais velhos. Eles começaram a 
chamar-se Rovers, e não só cumpriam a Lei Escoteira e 
a Lei dos Cavaleiros, como o seu lema era “Servir”. No 
Brasil, os Rovers são chamados de Pioneiros. 
Em 1933 B-P organiza o primeiro Rover Moot mundial 
que a cada quatro em quatro anos se realizou até 
1961 (sendo só interrompido pela IIª Guerra Mundial). 
Entre 1965 e 1982 os Rover Moots mundiais foram 
substituídos por Anos Moot mundiais (os World Rover 
Moots), esta mudança teve o objetivo de aumentar o 
número de eventos e a melhorar a acessibilidade dos 
jovens do Ramo Pioneiro. 
Durante a Conferência Mundial de 1989 na Austrália, 
analisou-se a possibilidade de voltar a organizar os 
Moots a um nível mundial. No entanto este início foi 
difícil, pois tantos anos sem se reunirem e sem um 
acompanhamento a nível mundial, os pioneiros de todo 
o mundo eram diferentes, muito similares nas regiões, 
mas contrastantes no global. 
Por essa razão combinou-se realizar uma reunião 
de jovens em 1990/91 na Austrália, e outro no verão 
de 1992 na Suíça; no entanto foi eliminada a palavra 
Rover para permitir a participação de todos os jovens 
pertencentes ao Movimento Escoteiro com as idades 
compreendidas entre os 18 e os 26 anos (regra que 
ainda hoje se mantém).
1.° 1931 Kandersteg, Suíça.
02.° 1935 Ingaro, Suécia.
03.° 1939 Monzie, Escócia.
04.° 1949 Skiak, Noruega.
05.° 1953 Kandersteg, Suíça.
06.° 1957 Sutton Coldfield, Inglaterra.
07.° 1961 Melbourne, Austrália.
08.° 1990-1991 Melbourne, Austrália.
09.° 1992 Kandersteg, Suíça.
10.° 1996 Ransberg, Suécia.
11.° 2000 México
12.° 2004 Hualien, Taiwan.
13º 2010 Nairobi, Quênia
14º 2013 Montreal, Canadá
Conferências Mundiais
CME Ano Local
Países 
participantes
01.ª 1920 Londres, Inglaterra. 33
02.ª 1922 Paris, França. 30
03.ª 1924 Copenhague, Dinamarca. 34
04.ª 1926 Kandersteg, Suíça. 29
05.ª 1929 Birkenhead, Inglaterra. 33
06.ª 1931 Vienna-Baden, Áustria. 44
07.ª 1933 Gödöllö, Hungria. 31
08.ª 1935 Estocolmo, Suécia. 28
09.ª 1937 Haia, Holanda. 34
10.ª 1939 Edimburgo, Escócia. 27
11.ª 1947 Chateau de Rosny, França. 32
12.ª 1949 Elvesaeter, Noruega. 25
13.ª 1951 Salzburgo, Áustria. 34
14.ª 1953 Vaduz, Liechtenstein. 35
15.ª 1955 Niagara Falls, Canadá. 44
16.ª 1957 Cambridge, Inglaterra. 52
17.ª 1959 Nova Dheli, Índia. 35
18.ª 1961 Lisboa , Portugal. 50
19.ª 1963 Rhodes, Grécia. 52
20.ª 1965
Cidade do México, 
México.
59
21.ª 1967 Seattle, EUA. 70
22.ª 1969 Otaniemi, Finlândia. 70
23.ª 1971 Tóquio, Japão. 71
24.ª 1973 Nairobi, Quênia. 77
25.ª 1975 Lundtofte, Dinamarca. 77
26.ª 1977 Montreal, Canadá. 81
27.ª 1979 Birmingham, Inglaterra. 81
28.ª 1981 Dakar, Senegal. 74
29.ª 1983 Dearborn, EUA. 90
30.ª 1985 Munique, Alemanha. 93
31.ª 1988 Melbourne, Austrália. 77
32ª 1990 Paris, França. 100
33.ª 1993 Bangkok, Tailândia. 99
34.ª 1996 Oslo, Noruega. 108
35.ª 1999 Durban, África do Sul. 116
59
36ª 2002 Tessalônica, Grécia. 125
37.ª 2005 Hammamet, Tunísia, 124
38.ª 2008 Coréia do Sul
39.ª 2011 Curitiba, Brasil
40ª 2014 Ljubljana, Eslovênia
Efetivo Mundial
Somos hoje cerca de 30 milhões de Escoteiros, 
distribuídos em 218 países e territórios. A tabela abaixo 
mostra os países com o maior número de Escoteiros e 
Escoteiras (as Bandeirantes não estão incluídas nestes 
números) e sua relação em porcentagem com o número 
total de habitantes.
N° País População Escoteiros
Escoteiros 
na 
População
01 Indonésia 232.073.071 8.909.435 3,84%
02
Estados Unidos 
da América
281.421.906 6.239.435 2,22%
03 Índia 1.045.845.226 2.138.015 0,20%
04 Filipinas 84.525.639 1.956.131 2,31%
05 Tailândia 62.354.402 1.305.027 2,09%
06 Bangladesh 133.376.684 908.435 0,68%
07 Paquistão 147.663.429 526.403 0,36%
08 Reino Unido 59.778.002 498.888 0,83%
09 Coréia do Sul 48.324.000 252.157 0,52%
10 Japão 126.974.630 220.223 0,17%
11 Canadá 31.902.268 212.259 0,67%
12 Quênia 31.138.735 151.722 0,49%
13 Alemanha 83.251.851 123.937 0,15%
14 Tanzania 37.187.939 102.739 0,28%
15 França 59.765.983 102.405 0,17%
16 Itália 57.715.625 100.675 0,17%
17 Australia 19.546.792 98.084 0,50%
18 Malásia 22.662.365 96.893 0,43%
19 Bélgica 10.274.595 88.271 0,86%
20 Polônia 38.625.478 85.822 0,22%
21 Uganda 24.700.000 77.894 0,32%
22 Egito 70.712.345 74.598 0,11%
23 Espanha 40.077.100 74.561 0,19%
24 Hong Kong 7.303.334 74.147 1,02%
25 Portugal 10.084.245 70.863 0,70%
26
Taiwan (Scouts 
of China)
22.548.009 69.452 0,31%
27 Brasil 176.029.560 66.375 0,04%
28 Suécia 8.876.744 60.122 0,68%
29 Países Baixos 16.067.754 57.484 0,36%
30 Suíça 7.301.994 52.349 0,72%
33 Argentina 37.812.817 44.981 0,12%
34 México 103.400.165 39.327 0,04%
36 Chile 15.498.930 33.812 0,22%
Fontes: OMME 2003 e MSN Encarta 2002Fotgrafia: 
http://www.f64.com.br/ 
Anotações:
60
Unidade 21: Trabalho Em Equipe - Uma Vantagem Competitiva
Autor: Gilberto Wiesel 
A idéia de se trabalhar em equipe surgiu no momento 
que o homem percebeu que a soma dos conhecimentos 
e habilidades individuais facilitariam o atingir dos 
objetivos. A mudança constante das informações e 
a necessidade de um maior conhecimento motivaram 
cada vez mais essa forma de trabalho, ou seja, fazer 
com que um grupo, formado por pessoas diferentes, 
tenha objetivos comuns.
A verdade é que nem todas as empresas conseguem 
isso: transformar grupos de trabalho em equipes 
vencedoras, pois, quando falamos em equipes de 
trabalho, estamos nos referindo ao somatório de forças 
que vem do conhecimento e experiência, contudo, ao 
falarmos na formação dessa equipe, começamos a 
mencionar pessoas.
Essa então é a grande sacada, porque pessoas são 
dotadas de sentimentos individuais, expectativas únicas, 
sem falar nas crenças, valores e identidade que cada um 
vai formando no decorrer da vida.
É fato que toda equipe necessita de um líder que seja 
capaz de orientar, mostrar caminhos e gerar grandes 
resultados. Ele deverá ser dotado de características, 
não somente técnicas, mas também comportamentais, 
como, por exemplo, ter carisma, humildade, sinceridade, 
ser preocupado e compreensivo. É dele a missão de 
inspirar, em seus colaboradores, a motivação para 
a conquista. O líder, portanto, é um modelo. Dessa 
forma, consegue envolver e comprometeras pessoas, 
transmitindo-lhes sinergia, amizade, companheirismo 
e satisfação. É, dessa forma, que nasce um time de 
vencedores, mantido, certamente, pela parceria de 
todos. 
Cabe ressaltar também que as pessoas 
envolvidas necessitam resgatar valores como união, 
respeito, cooperação, participação, envolvimento e 
comprometimento. Esse resgate é fundamental, pois 
a sociedade como um todo está num processo quase 
cruel de individualismo. 
JUNTOS SOMOS FORTES, nada mais verdadeiro do 
que esta frase. A sobrevivência de uma empresa está 
relacionada com o conceito que ela tem de união e 
como ela vai passar isso aos seus colaboradores. Com 
o trabalho em conjunto, as pessoas desenvolvem seu 
espírito de cooperação e é dele que nasce o mais nobre 
dos sentimentos, o afeto. A troca é matéria-prima em uma 
equipe e, nesse processo, todos, inconscientemente, se 
alimentam.
A verdadeira equipe equilibra egos, ensaia com afinco 
a humildade de cada colaborador, treina intensivamente 
o reconhecimento, incentiva, com firmeza, a satisfação 
de todos, zela pela paz e, finalmente, aposta no respeito 
e na transparência. 
Equipes vencedoras são formadas por pessoas que 
não pensam somente em sua vitória pessoal, mas 
sim, no todo. Vibram pelas conquistas dos colegas 
e entendem que o sucesso deles é também seu. São 
pessoas capazes de perceber que aquilo que se obtém, 
não vem por acaso, mas sim pelo resultado do trabalho 
de todos. Assim, se desencadeia o autodesenvolvimento 
de uma organização.
Procuram sempre evoluir, em busca das novidades e da 
participação com idéias criativas para serem implantadas, 
esforçam-se ao máximo para que toda a equipe cresça. 
Sabem que cada tarefa realizada é para o crescimento do 
todo, por isso, comprometem-se em todos os aspectos 
do trabalho. Têm consciência de que necessitam de 
constante atualização, para ampliar o seu conhecimento 
com cursos, treinamentos, independentes da empresa, 
e que o resultado disso será a melhoria individual e, 
principalmente, do time. Sentem-se gratificados por 
compartilhar o conhecimento adquirido com os demais. 
São dedicados, informados, sugerem abordagens 
que possam gerar lucros, visando à sustentação da 
equipe que passa a ter um crescimento constante. 
Concluindo, em um grande time de vencedores 
encontramos o alimento para as nossas vitórias individuais. 
Fonte: http://www.artigonal.com/recursos-humanos-
artigos/trabalho-em-equipe-uma-vantagem-
competitiva-356377.html 
Anotações:
61
Unidade 22: Conselho de Pais e Mobilização de Adultos
O Estatuto da UEB diz: “O Conselho de Pais é o 
órgão de apoio familiar à educação escoteira, e se reúne 
periodicamente, pelo menos a cada semestre, para 
conhecer o relatório das atividades passadas, assistir as 
atividades escoteiras dos membros juvenis e participar 
do planejamento.“ Mas, como há cerca de 3 a 5 Ciclos 
de Programa num ano, é interessante realizar uma 
Reunião do “Conselho de Pais” por Ciclo.
É no Conselho de Pais da Seção que os Escotistas 
têm a oportunidade de entrar em contato direto com os 
pais ou responsáveis dos jovens da sua Seção. Na pauta 
deste Conselho devem constar os seguintes assuntos:
• Atividades já realizadas e suas avaliações;
• Calendário do próximo período de planejamento;
• Participação dos pais no próximo período de 
planejamento;
• Situação financeira da Tropa;
• Projetos da Tropa;
• Etc.
Os Escotistas deverão criar mecanismos para 
incentivar a participação de todos os responsáveis 
nos Conselho de Pais. Deverá ser encaminhado, com 
antecedência, um informativo contendo a pauta da 
reunião e a importância da participação dos mesmos na 
vida Escoteira dos jovens dos quais são responsáveis.
Onde os pais podem ser aproveitados na seção
Estando estabelecida a comunicação entre os 
escotistas da seção e os pais podemos citar alguns 
trabalhos que podem ser executados pelos pais da 
seção.
• É importante colaborar nas atividades externas 
da Seção de seus filhos, seja contribuindo com o 
deslocamento dos escoteiros, seja com a ajuda 
para a elaboração e transporte dos equipamentos e 
refeições da tropa. Esta se constitui numa excelente 
oportunidade de conhecer um pouco mais os colegas 
de seu filho no Grupo Escoteiro.
• Desejando contribuir mais com a Seção de seu filho, 
ou mesmo outra Seção do Grupo Escoteiro, o pai 
ou a mãe pode se oferecer para colaborar como 
Auxiliar Administrativo ou Auxiliar de Mobilização de 
Pais da Seção. Outra forma de ajudar seria colaborar 
como Instrutor e/ou Avaliador de Especialidades, 
que constituem numa ampla relação de habilidades 
a serem aprendidas e demonstradas pelos membros 
juvenis, em três níveis..
• Também podem ajudar de forma mais efetiva a 
alguma Seção do Grupo Escoteiro, colaborando como 
Assistente de uma Seção, com a qual tenha mais 
afinidade pela faixa etária de seus integrantes. Pode 
ser realizado um estágio, em várias Seções, para 
escolher aquela que prefere. 
• Outra maneira de contribuir é colaborando em 
projetos que seção escoteira necessita, tais como 
levantamento de preços de materiais para acampar, ou 
campanhas de arrecadação de fundo as para promover 
acampamentos. 
• Quem aprecia mais a área administrativa, também 
pode ajudar à Diretoria de Grupo, contribuindo como 
Adjunto a algum dos Diretores do Grupo Escoteiro. Para 
o exercício dessa função também pode ser realizado 
um estágio experimental, negociado com o respectivo 
titular da função de Diretor. Verifique no Regulamento 
do Grupo Escoteiro ou pergunte a algum dos Diretores, 
quais são as funções que existem e quais necessitam 
mais de ajuda.
• Além de estabelecer um excelente círculo de amizades, 
como seus filhos encontrarão motivos para seu 
constante auto aper feiçoamento para contribuir com 
a formação de uma nova geração mais responsável e 
solidária. 
Como montar um Conselho de Pais
Comunicar aos pais o horário, local e data do conselho, 
procurando sempre ter certa antecedência para que o 
pai se programe.
• Certificar-se que todos estão cientes da reunião
• Relembrar na semana da reunião que a mesma irá 
acontecer
62
• Montar o ambiente onde a reunião ira acontecer com 
antecedência da mesma, porem no dia.
• Deixar preparada uma lista de participação para ser 
assinada pelos pais
• Montar em conjunto com os escotistas da tropa com 
antecedência a pauta a ser discutida
• Não divagar durante o conselho
• Ser direto e sucinto nos tópicos abordados
• Nomear um escotista para secretaria-lo durante a 
reunião
• Não deixar a reunião muito comprida
• Encaminhar a todos os pais um resumo dos assuntos 
discutidos e acordados.
Caso haja necessidade de uma conversa sobre uma 
determinada criança/jovem sobre um assunto específico, 
recomenda-se que sejam tratados separado e após o 
Conselho, com seus respectivos pais.
Orientações básicas para uma boa reunião: 
Para que sua reunião tenha sucesso, é necessário 
levar em conta estas três partes principais:
• Antes: escolha e arrumação do local, autorizações, 
pauta, avisos, sinalização, convites (aos interessados), 
material de apoio, recursos audio-visuais, bem-estar 
(água, café, sanitários, etc.);
• Durante: recepção dos convidados, apresentação das 
pessoas, integração, apoio no andamento da reunião, 
etc.;
• Depois: agradecimentos, arrumação do local, guarda 
dos materiais, etc. 
Fonte: Partes deste texto foram extraídos do material 
Escotistas em Ação!
Anotações:
63
Unidade 23: Interagindo com os Adultos – Captação e Manutenção 
O recrutamento de adultos pode ser expresso com 
o seguinte lema: “Encontrar a pessoa certa, para o 
trabalho adequado, no momento preciso”, ou seja, 
necessitamos de adultos que tenham determinadas 
habilidades, comportamentos e atitudes. 
Algumas vezes, os Dirigentes de um Grupo poderá 
defrontar-se com o trabalho oposto: livrar-se de uma 
pessoa que não tenha habilidade para lidar com os jovens, 
ou que se mostrem antiquados, ou interessados em 
outras coisas, ou por demais atarefados com assuntosparticulares ou profissionais, ou, ainda, que perderam 
a motivação, etc. Os Dirigentes deverão mostrar-se 
firmes com tais pessoas, porque são os jovens que são 
o objetivo do Movimento, e não os adultos. Em muitas 
ocasiões o problema poderá ser resolvido oferecendo-
se outra função, mais adequada, no próprio GE ou em 
outro nível do Movimento.
As Características Necessárias
Os adultos são as pessoas que vão atuar como 
Dirigentes, conduzindo a administração e os destinos 
do Grupo Escoteiro ou como Escotistas, Chefes e 
Assistentes nas Seções, trabalhando diretamente com a 
educação dos jovens. Eles deverão ter disponibilidade 
de tempo e habilidades para administrar, planejar, 
executar e avaliar as atividades do Grupo, envolvendo: 
reuniões de diretoria, contatos com a sociedade, gestão 
financeira e patrimonial, reuniões de sede, excursões, 
acampamentos, visitas, etc.
É necessário, portanto:
a) Identificação com os nossos Princípios;
b) Facilidade e experiência em lidar com adultos e 
jovens;
c) Disponibilidade de tempo para dedicar algumas 
horas por semana para as reuniões de diretoria ou, no 
caso de Escotistas, reuniões de sede e planejamento, e 
alguns finais de semana por ano para as atividades de 
maior porte;
d) Boa vontade para aprender as técnicas necessárias 
que porventura não domine.
Requisitos para Exercer Funções no Grupo
A Diretoria do Grupo deve ter certeza de que a 
pessoa indicada, pelo seu caráter e vida pregressa, pode 
receber o encargo de dirigir jovens. É possível que a 
conscientização da responsabilidade envolvida com os 
requisitos venha a assustar o candidato. Atuar como 
educador voluntário é uma missão que nem todas as 
pessoas estão dispostas a assumir.
Requisitos necessários para a função:
a) Compreender e aceitar os fundamentos do 
Movimento Escoteiro;
O candidato deve tomar conhecimento dos 
Fundamentos do Movimento Escoteiro e mostrar 
conduta coerente àqueles princípios. Os Dirigentes 
não devem aceitar pessoas que demonstram alguma 
incompatibilidade com os Princípios pois dificilmente eles 
mudarão de comportamento, vindo a causar problemas 
no Grupo.
b) Fazer a Promessa Escoteira;
Fazer a Promessa Escoteira tem o significado do adulto 
acordar consigo mesmo de viver de em conformidade 
com os Princípios do Escotismo. 
c) Compreender e aceitar o Estatuto e demais normas 
da UEB;
A condição de membro do Movimento Escoteiro 
implica em direitos e deveres, sendo fundamental que o 
candidato aceite o Estatuto e demais normas escoteiras.
d) Ter posição social e cultural compatível com a da 
função que vai exercer no Grupo;
O Grupo atua em uma determinada comunidade. 
Espera-se que os Escotistas pertençam a essa 
comunidade ou que tenham uma condição social e 
cultural semelhante a dos seus membros.
e) Possuir relativa independência financeira;
A atividade do Chefe exige a doação voluntária de 
horas do seu tempo e eventual uso de algum recurso 
financeiro; assim, ele deve possuir relativa independência 
financeira, de modo que o Escotismo não venha a ser 
uma fonte de despesas ou diminuição de sua receita.
f) Estar em boas condições de saúde;
A atividade do Chefe exige a participação em 
atividades ao ar livre. O candidato deve estar em boas 
condições de saúde e possuir capacidade física para o 
exercício do cargo.
64
g) Dispor de tempo para planejar, executar e avaliar 
atividades;
O envolvimento com as atividades de chefia/
dirigente exige tempo para o planejamento, preparação 
e execução de atividades. O candidato deve ser capaz 
de dedicar ao Grupo ou à Seção o tempo necessário 
para executar tais atividades com qualidade.
h) Aceitar receber treinamento;
A atividade educacional no Escotismo exige um 
certo treinamento em Fundamentos do Escotismo e 
em Técnicas Escoteiras. O candidato deve aproveitar 
as oportunidades oferecidas para frequentar os cursos 
apropriados a sua linha de atuação
i) Aplicar o Método Escoteiro;
O Método Escoteiro é o instrumento de trabalho 
obrigatório para o Chefe Escoteiro. Não se pratica o 
Escotismo sem a observação do Método Escoteiro.
j) Conhecer os documentos necessários para executar 
sua função no Grupo. 
O candidato deve ter conhecimento da documentação 
necessária para executar a função que vai exercer no 
Grupo. Mas, além de conhecer, deve também mantê-los 
atualizados.
A Seleção dos Adultos
O Movimento Escoteiro não pode receber como 
membros aqueles que de acordo com seus regulamentos 
seriam eliminados firme e prontamente, no caso de já 
terem sido admitidos.
Por isso, a primeira e mais importante seleção é evitar 
os moralmente incapazes, e mais:
a) Os que praticam atos notoriamente reprovados 
pela sociedade em geral ou atos que possam trazer 
desprestígio ao Escotismo ou para a instituição;
b) Os que poderiam vir a atentar contra os Estatutos 
e regulamentos do Escotismo, ou a praticar atos 
incompatíveis com os Princípios Escoteiros;
c) Os que poderiam tentar envolver a Entidade 
Escoteira em competição de caráter religioso, político-
partidário ou social.
Nenhuma indicação ou nomeação deve ser feita, 
principalmente para Escotista, sem uma cuidadosa 
avaliação da pessoa, quanto ao caráter, nível cultural 
e capacidade para exercer sua missão. Quando uma 
pessoa desconhecida faz uma oferta de trabalho ou 
serviço no Grupo, ou procura ajudar de alguma forma, 
ou se associar ao Grupo, deve-se procurar conhecê-la 
antes de aceitar seu oferecimento, procurar informações 
sobre ela, solicitar referências, endereço, telefone, local 
de trabalho, etc. Se já tiver pertencido ao Movimento, 
procurar informações com o antigo Grupo ou na Região 
Escoteira.
O Escotismo é um Movimento Educativo, portanto, 
não podemos aceitar o princípio da justiça comum em 
que a dúvida favorece o réu, pois tal favorecimento 
pode representar um perigo para os jovens. Assim, em 
caso de dúvida, deve-se recusar a admissão.
Para educar melhor e para administrar melhor 
devemos cumprir sempre os seguintes princípios:
a) Uma pessoa - uma tarefa;
b) A pessoa adequada para o cargo adequado;
c) Tantos assistentes quantos forem necessários;
d) Antes muitos fazendo pouco do que poucos 
fazendo muito;
e) Devemos convencer a pessoa que nos interessa 
a aceitar voluntariamente um cargo, mas não devemos 
aceitar a pessoa que não nos interessa só porque se 
apresentou voluntariamente.
Manutenção de voluntários
O trabalho voluntário também cansa, e a falta de 
reconhecimento muitas vezes leva pessoas competentes 
e valiosas a abandonarem o Movimento. Um bom 
chefe ou um bom dirigente é uma joia rara e preciosa e 
deve ser motivado para a sua função, para continuar a 
buscar coisas novas, atraentes e manter um bom nível 
de trabalho. Todos nós, seres humanos, envelhecemos, 
cansamos, temos problemas profissionais, pessoais, 
familiares, etc., que podem, de uma maneira ou de 
outra, tirar nossa concentração, reduzir a disponibilidade 
de tempo, desmotivar o trabalho voluntario.
Assim, é muito importante reconhecer o trabalho 
desenvolvido pelos Escotistas e Dirigentes. Há inúmeras 
maneiras para fazê-lo. Vejamos algumas:
a) Elogiar, em público, o trabalho realizado;
O elogio, como um estímulo, só tem efeito se realizado 
em público, perante aqueles que conhecem e estão 
envolvidos de uma forma ou de outra com o trabalho do 
membro adulto. De nada adianta o elogio em particular.
b) Solicitar a concessão de condecorações escoteiras 
(Bons Serviços, Gratidão);
A UEB concede uma série de condecorações (Bons 
Serviços, Gratidão, Valor, etc.) aos seus membros, cada 
65
uma possui seus requisitos; a princípio, para aqueles 
que atuam em Grupo, podem ser concedidas as de Bons 
Serviços (graus bronze, prata e ouro dependendo com 
o número de anos) e de Gratidão (esta não depende 
do número de anos, mas do grau e da importância dos 
serviços prestados).
c) Patrocinar os cursos de formação; 
O Grupo pode pagar as taxas de inscrição nos cursos 
necessários ao desempenho da função dovoluntário. 
Além disso, os Dirigentes do Grupo devem conhecer e 
divulgar o Calendário Regional de Cursos e incentivar a 
participação dos Escotistas.
d) Patrocinar a participação em eventos escoteiros 
(Regionais, Nacionais, Internacionais); 
A participação em eventos escoteiros de grande porte 
é um dos maiores atrativos do Movimento Escoteiro, mas 
exige trabalho a longo prazo, organização, levantamento 
de fundos. A Diretoria do Grupo pode ter uma atuação 
relevante para que o Grupo participe desses eventos. 
Uma das formas de incentivar e motivar os membros 
adultos,é o Grupo pagar a taxa de inscrição e/ou a 
viagem dele(s) para eventos escoteiros de grande porte 
acompanhando os membros juvenis.
e) Lembrar do aniversário;
Uma das formas de fortalecer o vínculo e fazer com 
que o voluntário se sinta prestigiado é lembrar do seu 
aniversário. Hoje em dia existem formas práticas e 
econômicas de criar uma sistemática de lembretes 
dos aniversariantes ou até mesmo de envio de cartões 
virtuais. Pode-se destinar esta responsabilidade para um 
determinado voluntário ou de uma equipe. Outra forma 
de não deixar passar em branco esta data seria de 
comemorar aniversários a cada 3 meses. 
f) Fornecer os meios necessários ao trabalho no grupo 
(materiais, literatura, etc.) e apoiar no que for preciso.
Parece até desnecessário falar nisso, mas, em muitos 
Grupos, os Chefes têm que fazer tudo sozinho, e logo 
se cansam e acabam desistindo. A Diretoria existe para 
ajudar e apoiar.
g) Realizar, algumas vezes por ano, atividades 
específicas para os Chefes e Dirigentes.
Por exemplo, passar um final de semana fora, 
organizar um evento social (jantar, queijos e vinhos, 
churrasco, etc.), Indaba de Chefes e Dirigentes com um 
tempo reservado ao lazer, etc. 
Para saber mais sobre Processo de Captação dos 
adultos, consulte o documento Diretrizes Nacionais para 
Gestão de Adultos.
Anotações:
66
Unidade 24: Jantar Festivo – Festa das Nações
O curso reproduz o sistema de equipes que é usado 
nos Ramos. Assim que for definido os participantes do 
curso, a organização do curso faz a divisão das equipes.
O Diretor distribui (por e-mail ou reunião prévia) para 
cada equipe a tarefa do jantar festivo. O participante 
conhece quem são os outros membros da sua equipe a 
partir do e-mail enviado pelo Diretor do curso e também 
fica sabendo qual tema (país) foi designado para a sua 
equipe. É importante que seja mantido em segredo o 
tema para as demais equipes.
 É solicitado que as equipes se organizem e levem 
para o curso produtos relacionados do país designado: 
comida/bebida típica, alguma caracterização (vestuário), 
ambientação, animação musical com canções e danças, 
etc. É necessário que cada equipe encaminhe com 
antecedência para a organização do curso os ingredientes 
que serão utilizados para o preparo da comida/bebida 
típica. Desta forma, a organização do curso terá tempo 
hábil para providenciar a lista de compra das equipes.
O Jantar Festivo acontece durante do curso e é 
marcado pela alegria, criatividade, entusiasmo e uma 
forma de integração entre os participantes e a Equipe 
do Curso.
Países sugeridos para o jantar: Suécia, México, Japão, 
Quênia, etc. 
Planejar Cardápios
Antes de fazer o cardápio da sua próxima atividade é 
essencial que o escotista e sua patrulha/clã levem em 
consideração alguns fatores que influenciam diretamente 
na sua confecção.
Embora possam existir algumas semelhanças, não 
dá para planejar um cardápio para um acampamento 
fixo e pretender utilizá-lo também em uma jornada ou 
acampamento volante, já que este tipo de atividade 
requer um cardápio diferenciado que leve em conta as 
suas peculiaridades.
Da mesma, não podemos crer que uma jornada 
realizada no verão por algumas praias deva ter o mesmo 
cardápio que uma travessia realizada no inverno na 
serra.
Acampamentos Fixos X Jornadas
Ao confeccionar um cardápio para uma jornada 
devemos ter em mente três pontos fundamentais:
• Preparação simples e rápida das refeições (curto 
tempo de cozimento)
• Conservação dos alimentos
• Relação peso x volume
De fato, ao planejarmos o cardápio de um 
acampamento volante é preciso lembrar que os almoços, 
em geral, serão frios; isto é, a patrulha ou a tropa 
farão um lanche reforçado constituído basicamente 
de sanduiches, barra de cereais e frutas. Assim, no 
almoço não haverá o preparo de refeições quentes, o 
que economizará o combustível do fogareiro e diminuirá 
tempo de preparação da refeição e, consequentemente, 
o da parada para o almoço. Aliás, o lanche que vai 
substituir o almoço, pode começar literalmente assim 
que terminar o desjejum e prolongar-se até a hora do 
jantar. Isto é muito recomendável em caminhadas, 
atividades prolongadas e desgastantes que roubam 
calor ou consomem muita energia, sendo necessária 
uma contínua alimentação.
Já o jantar deverá, preferencialmente, ser feito com 
apenas uma panela ou no máximo duas, o que exigirá 
refeições mais simples e fáceis de fazer, porém, não 
menos nutritivas.
Por outro lado, é preciso lembrar que em uma 
jornada devemos procurar levar a menor quantidade 
possível de peso, já que todo o material será carregado 
exclusivamente por você. Nunca é demais advertir que 
uma mochila excessivamente pesada é capaz de acabar 
com o humor de qualquer pessoa e fazer da caminhada 
um suplício. Desta forma, a escolha do cardápio, dos 
alimentos e das embalagens é importantíssima para 
garantir uma boa nutrição da patrulha, mas também o 
bem estar dos seus membros.
E neste ponto, não há do que reclamar. A indústria 
vem a cada dia melhorando as embalagens dos produtos, 
muitas vezes substituindo o vidro e os enlatados por 
plástico ou sachê que são infinitamente mais leves e 
fáceis de transportar. Um exemplo é o leite condensado 
que é um ótimo alimento para uma jornada já que tem 
uma grande quantidade de caloria, além de ser delicioso e 
poder ser usado para a confecção de sobremesas rápidas 
como brigadeiro ou beijinho de coco. Antigamente, este 
produto só estava disponível em embalagens enlatadas, 
hoje, porém, é muito fácil encontrá-lo em bisnagas. A 
maionese também é outro exemplo, antes era vendida 
apenas em vidros, atualmente, é possível comprá-la em 
sachês, fáceis de carregar.
67
Outra forma de diminuir o peso das mochilas é 
preparar antecipadamente a bebida do café da manhã. 
Ainda em casa, você deve decidir o que irá beber em 
cada dia e preparar a mistura, colocando as porções 
individuais em saquinhos plásticos. Assim, se no primeiro 
dia você for beber leite com chocolate, é só preparar um 
saquinho contendo a mistura de 3 colheres de leite em 
pó com 1 ou 2 colheres de achocolatado e, na hora, 
só precisará acrescentar a água. Desta forma, cada 
membro da patrulha pode escolher o que vai tomar de 
manhã, já que cada um vai preparar antecipadamente a 
sua mistura. Aí vale usar a criatividade, você pode optar 
por capuccino, chocolate quente, leite com café solúvel, 
chá, etc. É óbvio que além da bebida você terá que levar 
pão, biscoito ou bolachas e seus acompanhantes, mas 
estes últimos serão calculados pela patrulha, ou então, 
por duplas ou trios, que costumam ser adotados para 
facilitar o planejamento e confecção do cardápio. 
Essa mesma técnica pode ser usada para levar 
alimentos para serem beliscados durante a caminhada, 
sem que seja necessário fazer uma parada. Como você 
gastará muita energia caminhando, será preciso repô-
la com alimentos calóricos. Aqui, teremos como opção 
diversos tipos de frutas secas (ex: nozes, castanhas, 
damasco seco, passas, ameixa seca, ...) e o amendoim, 
que além de não estragarem com facilidade, são leves e 
possuem grande quantidade de calorias.
Agora, se o acampamento for fixo, o cardápio pode - 
e deve - ser mais completo pois é possível acrescentar 
alguns itens valiosos, como legumes, carnes frescas e 
até, verduras.
Caso o local da atividade ofereça geladeira, aproveite 
e planeje um cardápio bem variado e completo seguindoa pirâmide de alimentos apresentada.
Se não houver refrigeração, utilize meios alternativos 
como o isopor, a bolsa térmica ou a geladeira feita no 
rio e concentre os alimentos perecíveis no primeiro e 
segundo dias da atividade.
Clima X Alimentação
Caso sua atividade seja realizada em local frio ou no 
inverno, lembre-se que as comidas quentes ajudam a 
manter a temperatura do corpo mais alta e fornecem 
uma sensação de conforto no café da manhã e, 
principalmente, à noite. Por isso, procure sempre planejar 
refeições quentes nestas refeições e abuse dos chás/
chocolates quentes nas ceias. Todavia, se a atividade for 
um lugar quente ou durante o verão, o cardápio deverá 
ser mais leve. Tente acrescentar mais saladas e inclua 
um salpicão ou uma salada de macarrão, por exemplo. 
Para sobremesa, uma boa pedida é uma salada de frutas.
As sopas, aqui, já não cairão tão bem. Pense, por 
exemplo, naquela jornada pelas praias realizada no 
verão... Vale mais a pena, apostar no purê de batata 
desidratado que só precisa de um pouco de leite ou, 
então, numa farofa pronta. Com uma breve busca pelo 
mercado, você achará opções saborosas e diferentes 
do tradicional sopão.
A seguir apresentamos duas sugestões de cardápio 
para atividades bem diferentes, um indicado para um 
acampamento fixo de verão (contando com geladeira 
para conservação dos alimentos) e outro indicado para 
uma jornada na serra durante o inverno.
Cardápio para um acampamento fixo de verão
1º Dia
Café da Manhã: Em casa
Almoço: Lanche frio trazido de casa
Jantar: Arroz, purê de batata, carne moída, 
salada de alface com tomate e suco. 
Sobremesa: goiabada com queijo
2º Dia
Café da Manhã: Leite com chocolate, pão 
com queijo e presunto e frutas.
Almoço: Salpição de frango (frango desfi 
ado, ervilha, milho, passas, batata palha 
e maionese) e mate com limão (pode ser 
levado pronto em garrafas pet).
Sobremesa: salada de frutas
Jantar: Arroz, chuchu cozido, bife acebolado, 
salada de alface, pepino e tomate e suco. 
Sobremesa: palha italiana.
3º Dia
Café da Manhã: Capuccino, panquecas com 
geleia e mel e frutas.
Almoço: Salada de macarrão com atum 
(macarrão parafuso, atum desfiado, ovos 
de codorna cozidos, cenoura ralada e 
maionese) e mate com limão.
Sobremesa: banana passa
Jantar: Arroz, batatas coradas e filé de 
frango ao molho de mostarda e suco.
Sobremesa: beijinho de coco.
4º Dia
Café da Manhã: Leite com café, torradas 
com patê e geleia e frutas.
Almoço: Arroz, strogonoff de carne e batata 
palha e suco. Sobremesa: doce de leite.
68
Cardápio para uma Jornada na serra durante 
o inverno
1º Dia
Café da manhã: Em casa
Almoço: Lanche frio trazido de casa
Lanche: Maçã e/ou barra de cereal ou 
biscoitos.
Jantar: Caldo + ou – verde (batata, cenoura, 
250g de linguiça Calabresa cortada fininha, 
cebola, alho, salsa desidratada, azeite) com 
torradas. Sobremesa: goiabada com queijo
Ceia: Chocolate quente com rocambole ou 
bolo.
2º Dia
Café da manhã: Leite com café (mistura), 
pão com queijo e patê.
Lanche: Barra de cereal ou chocolate
Almoço: Sanduíches de pão preto com 
pasta de atum com maionese, beterraba 
ralada, milho e batata palha e suco em pó 
ou liofilizado. Sobremesa: pé de moleque
Lanche: Mix de frutas secas: passas, 
damasco e banana passa.
Jantar: Macarrão à carbonara (feito com 
ovos, bacon e queijo ralado) e suco.
Sobremesa: palha italiana.
Ceia: Chá com biscoitos.
3º Dia
Café da manhã: Capuccino (mistura), 
torradas com patê e geleia.
Lanche: Doce de Leite em barra ou passas
Almoço: Sanduíche de pão árabe com 
salame, queijo prato ou provolone, cenoura 
ralada e cebola e suco em pó ou liofilizado. 
Sobremesa: bananada
Lanche: Mix de frutas secas: passas, 
damasco e banana passa.
Jantar: Arroz de carreteiro (feito com carne 
seca, bacon e linguiça calabresa)
e suco. Sobremesa: doce de leite
Ceia: Canjica
* A canjica pode ser adquirida semi-pronta; 
basta ferver por 15’ e temperar com cravo, 
canela e, se quiser, com leite condensado.
4º Dia
Café da manhã: Mingau de chocolate ou 
aveia, biscoitos e geleia
Lanche: Granola ou Amendoim
Almoço: Cachorro quente feito com linguiça 
calabresa defumada, cenoura ralada, milho, 
ervilha, passas e batata palha e suco. 
Sobremesa: paçoca e doce de amendoim.
Água
Mantenha-se sempre hidratado, não espere sentir sede 
para beber água, mesmo no frio. Alguns excursionistas 
possuem um péssimo hábito de não beber água para 
não transpirar muito, trata-se de um mito absurdo. O 
corpo necessita transpirar para liberar calor, através 
da evaporação do suor. E beber água é o mecanismo 
natural de reposição da água perdida pela transpiração. 
O ideal é beber poucas quantidades, várias vezes ao 
invés de beber o cantil de uma só vez. 
Deixe seu cantil sempre à mão, se possível adquira 
um bolsa de hidratação (daquelas que possuem uma 
mangueira de plástico), assim não precisará parar 
durante a caminhada para se hidratar.
Fonte: Texto extraído do Guia do Desafio Sênior.
Anotações:
69
Unidade 25: Comunicação na seção
A comunicação desempenha um papel fundamental 
na vida do homem. Desde as origens, o homem busca 
maneiras de se relacionar com os outros, criando, para 
tanto, recursos cada vez mais sofisticados, mais rápidos 
e de maior alcance, precisa sair do isolamento e da 
solidão.
Isso requer uma profunda mudança em nosso modo 
de viver e de ver as pessoas. Significa estar conscientes 
de que a qualidade da comunicação não se reduz à 
per feição dos meios técnicos que utilizamos, mas que 
o fundamental é que exista a disponibilidade entre as 
pessoas que querem se comunicar: saber dar e receber.
Quando o assunto é comunicação, a primeira coisa 
que nos vem à cabeça é a palavra, seja escrita ou 
falada. Mas nem sempre precisamos da palavra para 
nos comunicar: o riso, o choro, os gestos, a música, a 
pintura, também são formas que podemos utilizar para 
mostrarmos o que sentimos, queremos ou pensamos. 
Quando conversamos com crianças mais que palavras 
o exemplo é uma forma de comunicação muito mais 
eficaz, apenas informar não basta, há uma necessidade 
de compreensão entre a pessoa que transmite a 
mensagem e a que recebe, e este problema não se 
resolve só com a tecnologia mas com a consciência que 
a comunicação não acontece naturalmente, existe uma 
série de inter ferências que prejudicam o entendimento 
da mensagem transmitida. 
Elementos da Comunicação
O Emissor – é a pessoa que quer comunicar
O Destinatário – é a pessoa a quem a mensagem se 
destina
A Mensagem – é aquilo que se comunica. Corresponde 
sempre a manifestação da pessoa: o que sabe, o que 
pensa, o que viu, ouviu, experimentou.
Ambiente – refere-se ao contexto em que realiza a 
comunicação
Finalidade – o objetivo pretendido pelas pessoas que 
se comunicam.
Causa – diz respeito ao motivo que nos impulsiona 
ou estimula a comunicar-se com outra pessoa.
Meios – são os procedimentos utilizados. Os principais 
podem ser: a palavra, o símbolo e a atitude de vida.
Atitudes – é o clima que se desenvolve a comunicação; 
de acolhida, aceitação, interrogação, julgamento.
Resultado – o que aconteceu, com fruto da 
comunicação.
Reflita:
Como é a qualidade da comunicação existente no seu 
Grupo Escoteiro?
De que maneira as informações contidas nesta unidade 
didática podem ajudá-lo a tornar sua comunicação com 
as crianças/jovens mais eficiente.
FATORES QUE INTERFEREM NA COMUNICAÇÃO
POSITIVAMENTE NEGATIVAMENTE
Fonte: O texto foi baseado no Livro Você não é uma ilha. 
Autor: Miguel Gonzáles.
Anotações:
70
Unidade 26: Prevenção ao Consumo de Drogas
Droga é o nome genérico que se dá a diversas 
substâncias que agem no cérebro do usuário e que 
podem causar dependência. Podemos dividir as drogas 
em três categorias de acordo com seu efeito sobre o 
sistema nervoso central: depressores, estimulantes e os 
perturbadores, muitas vezes chamados alucinógenos.
Todas estas substâncias fazem com que o usuário 
perca sua identidade, pois elas passam a dominaro seu 
pensamento, seja o tornando mais lento, mais acelerado 
ou simplesmente fora do controle. A sensação é sempre 
passageira e ao se retornar a realidade tudo continua 
como antes, com a diferença de que surgem os efeitos 
colaterais do uso das drogas, associado a maior 
complicação que é a dependência.
Chamamos de dependência uma necessidade que o 
organismo tem de voltar a consumir a substância.
Esta dependência pode ser física ou psíquica, mas 
sempre torna o consumo da droga ainda mais perigoso.
O melhor nos casos da droga é não experimentar, 
ficar longe e não correr o risco, pois o caminho de volta 
é muito difícil.
Drogas Pertubadoras
As drogas perturbadoras são aquelas relacionadas 
à produção de quadros de alucinação, geralmente 
de natureza visual. Fazem com que o cérebro passe a 
funcionar de maneira perturbada.
Cannabis: maconha e haxixe
Apesar de ter sido tratada como uma droga mais 
leve, hoje se sabe que o uso da maconha pode ser bem 
mais arriscado do que parece. A planta Cannabis sativa 
está cada vez mais potente, com isso há cada vez mais 
casos de dependência.
Os manuais de psiquiatria revelam que o uso crônico 
da maconha produz perturbações no funcionamento 
do cérebro, muda a noção de tempo e do espaço, 
prejudica a coordenação motora e a capacidade de 
atenção e memória recente. Pode, ainda, psicoses, 
distúrbio delirante e ansiedade. A Organização Mundial 
de Saúde adverte que o uso constante da maconha 
prejudica o sistema reprodutor e o aparelho respiratório, 
e desenvolve desmotivação no usuário.
Ácido
O LSD – ou ácido lisérgico – é uma substância sintética, 
produzida em laboratório. Pequenas doses já produzem 
efeitos intensos, mas que podem apresentar-se como 
depressão, sensação de pânico, enjoos e tremores.
Sob o efeito da droga, o usuário pode perder a noção 
de riscos e cometer atos impulsivos ou envolver-se em 
atividades perigosas sem perceber o que está fazendo. 
Delírios de perseguição e grandeza também são comuns. 
Em alguns casos, o usuário pode voltar a ter alucinações 
semanas ou meses depois de ter consumido a droga.
Segundo o Programa da ONU sobre HIV / AIDS o uso 
de drogas injetáveis está entre as principais causas 
da infecção destes vírus na América Latina.
Drogas Depressoras
São substâncias químicas capazes de diminuir as 
atividades cerebrais. Possuem propriedade analgésica e 
seus usuários tornam-se sonolentos e desconcentrados.
Álcool
O álcool etílico é a mais famosa droga depressora, 
obtida pela fermentação de açúcares ou carboidratos 
presentes em vegetais. Vendidas legalmente para 
maiores de idade as bebidas alcoólicas são um grave 
problema em vários países, entre eles, o Brasil.
Seus efeitos imediatos são euforia e desinibição. Em 
um segundo momento diminuem a vigília, provocam 
falta de coordenação motora, sedação e sono. Causa 
dependência com graves consequências físicas e morais.
Quando o consumo é exagerado, ocasiona doenças 
no fígado, aparelho digestivo, pâncreas e coração, além 
de má-formação fetal, se usado por grávidas.
O álcool é a droga mais usada pelos jovens e é 
responsável por 80% das internações hospitalares 
por intoxicação de drogas no Brasil.
Fonte: Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas 
Psicotrópicas
71
O Brasil é um dos recordistas mundiais de aci dentes 
de trânsito: cerca de 50 mil mortes por ano. O uso de 
álcool está relacionado a cerca de 70% dos acidentes 
fatais. 
Fonte: Observatório Brasileiro de Informações sobre 
Drogas – SENAD
Solventes
Os solventes (esmaltes, thinners, tintas, colas) ou 
inalantes (lança-per fume e “cheirinho-da-loló”) são 
substâncias depressoras e sintéticas, inaladas pela boca 
ou pelo nariz.
Em um primeiro momento, a pessoa fica eufórica 
e desinibida. Em seguida, fica deprimida, confusa e 
desorientada, podendo ter alucinações auditivas e 
visuais. O uso crônico de solventes destrói os neurônios, 
causa lesões no fígado, rins, nervos periféricos e medula 
óssea. Há, ainda, risco de coma e morte. Em alguns 
casos, favorece surtos psicóticos.
Drogas Estimulantes
São substâncias químicas capazes de aumentar 
a atividade cerebral. Causa aumento da atenção, 
aceleração do pensamento e euforia.
Cocaína e crack
A cocaína é uma droga produzida com um princípio 
ativo extraído das folhas da coca e outras substâncias 
químicas. Sob a forma de pedras de crack produz 
dependência severa em pouco tempo.
O efeito imediato da cocaína é estimulante, mas 
depois o usuário sente depressão, insônia e falta de 
apetite. Tira o sono, mas não alivia o cansaço físico.
Em doses maiores, causa irritação, agressividade, 
delírios e alucinações. A temperatura e a pressão arterial 
aumentam, a pupila dilata e o coração acelera, podendo 
ocorrer parada cardíaca.
Quando usada de forma injetável, tendo várias 
pessoas compartilhando o uso da mesma seringa, faz 
aumentar em muito o contagio da hepatite C, que hoje 
ainda não tem vacina. A cirrose causada pela hepatite C 
é a principal indicação de transplante de fígado.
Tabaco
O tabaco é uma das drogas mais consumidas no 
mundo inteiro. Diminui o apetite e é um estimulante 
leves, apesar de muitas pessoas se sentirem relaxadas 
quando fumam. Além da nicotina, a fumaça do cigarro 
contêm várias outras substâncias tóxicas ao organismo, 
como o alcatrão e o monóxido de carbono. O uso intenso 
aumenta a probabilidade de câncer, aumenta o risco de 
doenças cardiovasculares e derrames, reduz a fertilidade 
e causa danos ao desenvolvimento fetal.
Ecstasy
O ecstasy é uma substância estimulante sintética 
comercializada em comprimidos. Causa euforia e 
hiperatividade, altera a percepção de tempo, diminui 
a sensação de sede e de medo e provoca alucinações 
visuais. Pode causar ataques de pânico e até levar 
à morte pelo aumento de temperatura corporal e 
desidratação. 
Fonte: Texto extraído d o material: DROGAS – você 
conhece os riscos? UNODOC – Escritório das Nações 
Unidas contra Drogas e Crimes. http://www.unodc.org/
pdf/brazil/drogas_ebook.pdf
Anotações:
72
Unidade 27: Conhecendo sobre Sexualidade 
As Diferentes visões da sexualidade
O comportamento sexual é objetivo de atenção 
permanente e domina grande parte das conversações 
entre adolescentes. A imagem que cada um consegue 
projetar de sua evolução nesta área é fundamental 
para o conceito do que venha a gozar no seu circulo de 
amizade. 
Mais sua visão sobre sexualidade depende muito da 
forma como valores e crenças a este respeito tenham 
sido absorvidos ao longo de seu crescimento.
A visão negativa da sexualidade, ligando-a ao pecado 
e a vergonha, às doenças e à infelicidade, tem sido um dos 
principais obstáculos ao desenvolvimento harmonioso e 
prazeroso da vida sexual. Quando os adultos exercem 
forte repressão sobre as atividades exploratórias 
da infância e da adolescência, a evolução afetiva e 
sexual pode vir acompanhada por um aprendizagem de 
exagerado autocontrole. As crianças crescem pensando 
que os temas da sexualidade não devem ser tratados 
com adultos e que os órgãos sexuais e as sensações 
ligadas a eles são causas de vergonha e culpa.
A omissão do adulto, a negação da sexualidade na 
infância e a falta de diálogo tem deixado esta área 
descoberta de uma ação educativa eficaz. Um equivoco 
que também tem causado serias dificuldades nesta área 
é a visão parcial da sexualidade ligando-a unicamente á 
genitalidade. Na verdade este tipo de desvio é devido 
a percepção fragmentada do ser humano, como se 
ele pudesse ser visto ora como corpo, ora como 
mente, ora como emoção ou espírito, ignorando a 
mútua complementação e interação destas múltiplas 
dimensões. 
Outro aspecto relevante com implicações na 
formação negativa de atitudes e comportamentos, é o 
desconhecimento ou a informação deturpada sobre a 
anatomia e a fisiologia do próprio corpo. A perpetuação 
dos mitos e tabus relativos á sexualidade humana impede 
o adolescente de fruir serenamente seus desejos, 
sensações e prazer. 
Não menos importantes são as dificuldadesde 
relacionamento interpessoal que comprometem o 
respeito a si e ao outro. Um dos motivos desses desvios 
é a desconsideração da dignidade do corpo humano no 
contexto da valorização da vida e da pessoa. A falta de 
cuidado consigo mesmo e o menosprezo ou indiferença 
pelo outro pode conduzir a situações não desejadas de 
gravidez na precoce, contágio de doenças sexualmente 
transmissíveis e aids, bem como o uso indevido de 
drogas, violência , degradação do meio ambiente, 
desordem no transito, entre outros. A mesma base de 
valores influi em diversos aspectos do corpo humano 
que não podem ser considerados isoladamente.
Por fim nunca é demais lembrar que a ausência de 
amor dificilmente produz amor. Quem crescer vendo 
este sentimento aviltado e a associada a culpa ou a 
sexualidade usada como instrumento de dominação e 
pretexto para violência, certamente terá dificuldade para 
associar o sexo ao prazer compartilhado, à realização 
profissional e à dignidade humana.
 
Fonte: Texto extraído do Livro Afetividade e Sexualidade 
na Educação – Um Novo olhar. – Secretaria do Estado de 
Minas – Fundação Oderbrecht
Anotações:
73
Unidade 28: Fogo de Conselho - Flor Vermelha
O Fogo de Conselho
O Fogo de Conselho consiste basicamente em um 
encontro artístico ao redor da fogueira, com duração 
aproximada de uma hora a uma hora e meia. Uma 
“diversão planejada”, em que se mesclam canções, 
pequenas encenações, histórias breves, danças e outras 
atividades artísticas apresentadas pelos jovens.
Sobre o conteúdo de um Fogo de Conselho 
recomendamos:
• A programação deve ser preparada previamente, com 
a participação de todos os jovens e das patrulhas, 
seguindo as orientações definidas pela Corte de Honra.
• Os números artísticos das patrulhas devem ser curtos, 
variados e de bom gosto.
• Para convocar os participantes, acender a fogueira e 
dar início ao Fogo de Conselho.
• Como o ritmo do dia, que se inicia cheio de alegria e 
movimento para chegar ao repouso da noite, o ritmo 
do Fogo de Conselho vai da alegria expansiva ao 
recolhimento. Por isso, as atividades mais expansivas 
aparecem no começo e as mais tranquilas ao final, até 
que se encerre com um momento de reflexão e de 
oração.
• No acampamento, o final do Fogo de Conselho coincide 
com o momento em que os jovens se retiram para 
seu campo de patrulha e vão dormir, a menos que se 
inclua um breve intervalo em que se compartilha junto 
às brasas, enquanto se desfruta uma bebida quente 
ou um pequeno lanche.
Fonte: Escotistas em Ação! Ramo Escoteiro
Flor Vermelha / Lamparada
A Flor Vermelha é uma festa ao redor da fogueira, 
com duração aproximada de uma hora, uma “diversão 
planejada”, em que se mesclam canções, pequenas 
encenações, jogos de integração, danças e outras 
atividades artísticas apresentadas pelas crianças.
Ela pode ter um tema central em torno do qual giram 
as diversas representações: o mar, a vida no campo, os 
índios, a Jângal , o circo, os astronautas e muitos outros.
A programação deve ser preparada previamente e o 
ritmo vai da alegria expansiva ao recolhimento. Bravos 
e gratos são práticas tradicionais para aplausos às 
apresentações. 
A Lamparada é uma atividade similar, só que se 
realiza em ambiente fechado, podendo ser iluminado 
por lampiões. O local fechado costuma favorecer a 
decoração do ambiente, que quase sempre é mais 
elaborada que a da Flor Vermelha. 
Fonte: Escotistas em Ação! Ramo Lobinho
Anotações:
74
Unidade 29: Compromissos e valores para o futuro – Plano Pessoal 
de Formação 
Plano Pessoal de Formação 
O Plano Pessoal de Formação deve incluir:
1. metas realistas que se alinhem com os propósitos 
do Escotismo;
2. metas explícitas para dar direção aos esforços 
individuais;
3. o contínuo desenvolvimento de habilidades para 
satisfazer as necessidades da instituição e facilitar a 
mobilidade dos adultos voluntários dentro do Movimento 
Escoteiro;
4. retorno com regularidade para os adultos 
voluntários;
5. oportunidades de desenvolvimento pessoal e o 
reconhecimento de conquistas pessoais.
A avaliação de desempenho deve ser baseada no 
Plano Pessoal de Formação, considerar a descrição 
do cargo e o conjunto de objetivos necessários para 
desempenhá-lo.
O desempenho pode ser afetado por fatores pessoais, 
tais como:
• compreender o cargo e a responsabilidade por tarefas 
específicas;
• competência;
• comprometimento;
• questões pessoais (por exemplo: preocupações 
familiares ou financeiras).
Fatores institucionais podem incluir:
• qualidade do Programa de Jovens e dos recursos 
materiais;
• cooperação com outros órgãos e níveis na organização;
• sistema de distribuição de materiais do Programa de 
Jovens;
• oportunidade de formação e apoio.
A avaliação de desempenho tem quatro componentes:
1. revisão pessoal;
2. revisão do desenvolvimento;
3. avaliação das conquistas;
4. administração de problemas de desempenho.
A avaliação de desempenho deve ser implantada 
somente por pessoas que receberam adequada 
capacitação para sua aplicação. Os objetivos dessa 
capacitação são para:
• entender os objetivos e os princípios da avaliação de 
desempenho e de que forma os quatros componentes 
são integrados;
• desenvolver a compreensão da descrição do cargo, 
a análise do per fil desejado do cargo, do Acordo de 
Trabalho Voluntário e do Plano Pessoal de Formação 
como elementos essenciais que apoiarão a avaliação 
de desempenho;
• prover as habilidades necessárias para realizar cada um 
dos quatro componentes da avaliação de desempenho.
Avaliação de Desempenho Pessoal
O objetivo da avaliação de desempenho é dar aos 
indivíduos uma oportunidade de avaliar seu próprio 
desempenho, além de oportunizar o retorno dessa 
avaliação com o seu APF.
A avaliação deve considerar:
• desempenho assessorado nas atividades;
• resultados obtidos;
• metas atingidas.
Essa avaliação pode levar a modificações no Acordo 
de Trabalho Voluntário e no Plano Pessoal de Formação, 
visando a ampliar o desempenho futuro do assessorado 
e sua satisfação no desempenho das atividades. É uma 
oportunidade para discutir dificuldades detectadas no 
desempenho das tarefas.
Objetivos da Avaliação de Desempenho:
1. Promover um retorno construtivo de seu APF em 
resposta à autoavaliação do dirigente/escotista no seu 
desempenho frente às tarefas assumidas, conquistas e 
necessidades;
2. Identificar e discutir meios para superar fatores 
que dificultaram o seu desempenho e sua satisfação;
3. Promover um senso de comprometimento e 
de responsabilidade pessoal pelo desempenho das 
atividades e na participação em um ciclo de formação 
no Movimento Escoteiro.
75
Procedimentos:
1. Iniciar a avaliação com o seu APF;
2. Fazer a autoavaliação, comparando os resultados 
obtidos com os parâmetros que foram acordados 
anteriormente, considerando os resultados de 
desempenho, as conquistas e o potencial;
3. Discutir a autoavaliação com o APF;
4. Estabelecer de comum acordo um plano de ação.
A avaliação pessoal é voluntária e pode ocorrer a 
qualquer momento. Reavaliar regularmente resulta em 
melhores benefícios e resultados.
O primeiro passo propicia aos dirigentes/escotistas 
reverem seu desempenho, resultados e conquistas e 
identificarem fatores que podem contribuir ou não para 
atingir seu pleno potencial de desempenho.
O segundo passo é revisar e discutir a avaliação 
com o APF para promover uma avaliação construtiva. 
A discussão deve identificar eventuais mudanças 
que possam ser benéficas para o indivíduo e para a 
organização.
O terceiro passo é desenvolver um plano de ação que 
ajude o indivíduo a atingir o seu potencial e aumentar a 
satisfação no desempenho das atividades, ao mesmo 
tempo em que beneficia a organização. O que contribuiu 
de forma positiva para o desempenho esperado? O que 
não contribuiu? Como classificar os resultados do meu 
desempenho em termos de: a) qualidade; b) quantidade; 
c) tempo utilizado. Quais competências serão 
necessárias adquirir para um desempenhomelhor e/
ou para obter uma maior satisfação no desempenho da 
função? O que necessito mudar para atingir melhor meu 
potencial, considerando: a) a organização das tarefas; 
b) a disponibilidade de recursos ou materiais, ambiente 
de trabalho e equipamentos; c) relacionamento com 
outros escotistas/dirigentes ou grupos; d) o sistema 
de trabalho ou o método de fazer as coisas? Quanto 
me sinto satisfeito com o meu trabalho e com o meu 
envolvimento no Escotismo? Como eu me vejo realizando 
atividades futuras?
Revisão do Plano Pessoal de Formação
A revisão do Plano Pessoal de Formação deve ser 
feita por todos os dirigentes/escotistas. O término do 
período do Acordo de Trabalho Voluntário e, portanto, 
do Plano Pessoal de Formação, é uma oportunidade para 
essa revisão ser feita em conjunto com o seu APF.
Através da revisão do Plano Pessoal de Formação, 
os dirigentes/escotistas têm a oportunidade de 
discutir seu plano para o futuro com o APF e identificar 
conhecimentos e habilidades necessárias para atingi-lo. 
A revisão deve tentar satisfazer tanto as necessidades 
de desenvolvimento pessoal e planos futuros, quanto 
às necessidades da organização, para manter a 
disponibilidade das competências necessárias e atingir 
os objetivos de longo prazo.
Objetivos da revisão do Plano Pessoal de Formação:
• assegurar o desenvolvimento contínuo de todos os 
dirigentes/escotistas para utilizar plenamente seu 
potencial e otimizar as oportunidades para desenvolver 
planos futuros;
• manter um banco de competências necessárias para 
atingir a missão e o plano estratégico da instituição de 
modo estruturado.
Procedimentos:
1. Estabelecer competências necessárias para o 
cargo;
2. Identificar competências necessárias relacionadas 
com o desenvolvimento de longo prazo e planos futuros 
do dirigente/escotista;
3. Identificar as atuais competências dos dirigentes/
escotistas e compará-las com as competências 
necessárias para fixar as necessidades de 
desenvolvimento e formação;
4. Priorizar as necessidades de desenvolvimento e 
capacitação, considerando os requisitos imediatos de 
desempenho e as aspirações em longo prazo;
5. Desenvolver, revisar e avaliar os planos de 
desenvolvimento e o Plano Pessoal de Formação.
Uma vez que a pessoa foi nomeada e está atuando 
num cargo, a revisão pode ser feita pelo menos uma vez 
por ano, ou a qualquer momento, seja pelas necessidades 
da pessoa, ou pelas demandas da instituição. A 
revisão deve estabelecer as competências atuais dos 
dirigentes/escotistas, tanto aquelas necessárias para o 
desempenho da função, como as lacuna ou necessidades 
de competências.
A necessidade de formação deve ser priorizada. 
Podem ser utilizadas as iniciativas de formação tanto 
internas quanto externas à instituição, convertendo-
se em uma oportunidade para os dirigentes/escotistas 
atingirem as suas aspirações na vida profissional e 
dentro do Escotismo. O resultado desse processo deve 
constar no Plano Pessoal de Formação.
O desenvolvimento de competências que são 
relevantes para a atual função do dirigente/escotista 
deve receber prioridade no Plano Pessoal de Formação.
Fonte: Manual do Assessor Pessoal de Formação
76
Unidade 30: Jornada/Caminhadas e Escaladas (Teoria e prática)
Jornada - É uma atividade ao ar livre, em área não 
urbana, onde os participantes deslocam-se por um 
trajeto de pelo menos 15 km por qualquer meio de 
locomoção não motorizado com pernoite em barraca, 
bivaque ou acantonamento.
Caçadas/Caminhadas - são atividades ao ar livre 
realizadas pelo Ramo Lobinho. Elas são frequentes na 
programação da alcateia e possibilitam a vivência de 
muitas aventuras e descobertas de coisas, lugares e 
pessoas. As caçadas podem ser realizadas no campo 
ou na cidade e utiliza diferentes meios de transporte. As 
caçadas podem durar um período ou um dia inteiro; elas 
tem forte impacto educativo e mantêm as crianças em 
permanente empolgação.
Escalada – é considerada escalada toda ascensão 
difícil ou impossível de se fazer apenas com os membros 
inferiores (pernas e pés), e que requer o uso de 
extremidades superiores (braços e mãos). Basicamente 
são duas formas principais de escalada: natural e 
artificial. Enquanto a escalada livre ou natural as mãos 
e os pés são usados como elementos de progresso, na 
escalada artificial diferentes tipos de ferramentas ou 
materiais são usados para ajudar na progressão.
Fonte: trechos do texto acima foram extraídos do Guia do 
Desafio Sênior e Manual do Escotista do Ramo Lobinho.
Anotações:
Unidade 31: Criatividade e Inovação
Com o mundo cada vez mais globalizado causa reflexos 
no nosso cotidiano. O per fil dos jovens que participam 
nos Grupos Escoteiros hoje é diferente dos jovens 
participantes de um tempo atrás. Existe a mudança na 
linguagem, vestimenta, alimentação, relacionamento e 
interesses de atividades.
O Escotista e o Dirigente necessita se adaptar a este 
mundo e ter a sabedoria para mesclar as novidades que 
o mundo atual oferece com a essência do Escotismo na 
formação da criança e do jovem.
Desde o planejamento de uma atividade numa seção 
quanto na gestão de um Grupo Escoteiro é necessário 
a dosagem correta. A documentação exigida pela 
legislação brasileira, as formas de arrecadação para 
manutenção da sede, a forma de comunicação entre 
os membros do Grupo, a disponibilidade de tempo dos 
voluntários mudaram ao longo dos anos. 
Diante desta nova realidade é necessário que o 
voluntário seja criativo no planejamento e execução 
de suas tarefas. As atividades devem continuar sendo 
atrativas para as crianças e jovens e o Grupo deve 
continuar oferecendo subsídios para que o programa 
educativo seja aplicado com qualidade para o 
desenvolvimento do jovem.
Alguns exemplos de onde a criatividade se faz 
necessária: 
01. Nos jogos (fazer vários jogos diferentes a partir 
de um único jogo)
02. Nas canções (procurar sempre se atualizar nas 
canções novas)
03. Na cozinha (cardápio variado)
04. Na dramatização (variar os temas)
05. Na mística principalmente (manter a mística 
sempre presente)
06. Nas avaliações (formas diferentes de avaliar)
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07. Nos fundos de cenas (diferenciados de acordo 
com a atividade), festas...
08. Ao receber o jovem principalmente
• jogos de entrada 
• cerimônias personalizadas
• locais de cerimônias, etc...
09. Na espiritualidade
10. Locais de acampamento
Fonte: texto baseado no Livro Criatividade Levada a Sério 
– Edwad DeBono. 
Anotações:
PREPARARAM ESTE MATERIAL PARA VOCÊ
O conteúdo desta apostila foi organizado e montado com a colaboração de:
Alessandro G. Vieira
Altamiro Vilhena
Ana Marcelino
Antonio César Oliveira
Carmen V. C. Barreira
David Izecksohn Neto
Ernani Rodrigues
Ilka Denise Gallego Campos
Iracema Bezerra Oliveira
João Rodrigo França
Luis Gustavo Fogaroli
Luiz César de Simas Horn
Marcelo Puente
Marco Aurélio Romeu Fernandes
Maria dos Remédios da Silva S. Oliveira Lima
Marcos Carvalho
Marcus Vinícius R. Lima
Megumi Tokudome
Paulo Henrique Maciel Barbosa
Paulo Palma
Rafael Will Suárez Cuadra
Renato Eugenio de Lima
Rubem Suffert
Rubem Tadeu Cordeiro Perlingeiro
Theodomiro M. Rios Rodrigues
Vitor Augusto Gay 
Willian Rocha
A organização de conteúdos, coordenação das discussões e revisão final foi realizada
por intermédio da Diretoria de Métodos Educativos, por meio da Equipe
Nacional de Gestão de Adultos.
Curso Escotista
GESTÃO DE ADULTOS
NÍVEL BÁSICO
APOSTILA DO CURSANTE
União dos Escoteiros do Brasil - Escritório Nacional
Rua Coronel Dulcídio, 2107 - Bairro Água Verde
CEP: 80250-100 Curitiba - PR
Tel: 41 3353-4732 - Fax: 41 3353-4733
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