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TÉCNICA DE 
ENTREVISTA E 
ACONSELHAMENTO 
PSICOLÓGICO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Descrever a psicoterapia como método terapêutico.
 > Elencar diferentes aplicações para a psicoterapia.
 > Relacionar psicoterapia e aconselhamento.
Introdução
A psicoterapia como hoje é conhecida começou a tomar forma entre o final do 
século XVIII e o início do século XIX com as propostas de tratamento feitas por 
Sigmund Freud por meio da teoria psicanalítica. Como sabemos, ao longo dos anos, 
a psicoterapia evoluiu pelas contribuições teóricas de muitos autores. 
O processo psicoterápico é construído pela relação de ajuda entre um profis-
sional e uma pessoa, um casal, uma família ou até mesmo um grupo. A depender da 
complexidade, dos objetivos, da pessoa a ser atendida e do tempo de tratamento, 
há a possibilidade de a terapia ser realizada por meio do aconselhamento psicoló-
gico (uma modalidade de atendimento de menor duração para casos pontuais, com 
foco na resolução de problemas) ou por meio da psicoterapia convencional (que 
busca investigar e trabalhar problemas mais complexos, como a reestruturação 
da personalidade ou o tratamento de transtornos psicológicos).
Neste capítulo, vamos discutir sobre o conceito de psicoterapia e as suas 
origens, aplicações, indicações e contraindicações. Além disso, vamos apresentar 
os fundamentos do aconselhamento psicológico e relacioná-lo com a psicoterapia, 
refletindo sobre os pontos que os aproximam e os distanciam.
Aconselhamento 
e psicoterapia
Gleison Gomes da Costa
As psicoterapias como método terapêutico
Algumas das primeiras tentativas de intervenção psicológica ocorreram na 
transição do século XVIII para o século XIX. Porém, elas beiravam o charla-
tanismo, a exemplo do que defendia o magnetismo animal, proposto pelo 
médico austríaco Franz Anton Mesmer. Segundo Mesmer, a doença mental 
surgia de um desequilíbrio magnético corporal e que poderia ser revertido 
com o uso de pedras com propriedades magnéticas (CASTANHEIRA; GREVET; 
CORDIOLI, 2019).
Conforme Cordioli et al. (2019), a psicoterapia originalmente era conhe-
cida como “a cura pela fala”, com base na medicina e na filosofia. Desde as 
sociedades mais antigas, pessoas tentavam oferecer conforto psicológico 
para outras, muitas vezes representando religiões que buscavam dar apoio 
aos que estavam em sofrimento. Não havia, porém, embasamento em méto-
dos cientificamente estruturados ou de natureza empírica: a fé era o único 
pedestal. Só no final do século XIX a psicoterapia começou a assumir for-
mas mais estruturadas, com o modelo psicodinâmico, mais especificamente 
a psicanálise, inaugurada pelo médico neurologista e psiquiatra Sigmund 
Freud. Freud atendia mulheres da comunidade vienense que apresentavam 
quadros de neuróticos, psicossomáticos e histeria, e atingiu o seu auge na 
primeira metade do século XX. Eis que surgem a primeira das psicoterapias 
(CASTANHEIRA; GREVET; CORDIOLI, 2019).
A psicoterapia como hoje é conhecida passou por inúmeras transformações 
ao longo dos anos. A princípio, era conhecida como “terapia pela conversa”, 
e só começou a ganhar status profissional no início do século XX, após uma 
conferência na Clark University em que Freud expôs as suas primeiras teorias 
sobre a mente humana (CORDIOLI et al., 2019).
O conceito de psicoterapia não encontra apenas uma definição precisa, 
até mesmo em virtude da complexidade do seu objeto de estudo e prática. 
Porém, alguns conceitos mais recentes ajudam a melhor compreendê-la. 
Cordioli et al. (2019) definem a psicoterapia como um método de tratamento 
que utiliza meios psicológicos, por meio da fala, principalmente, em que um 
profissional treinado busca influenciar o cliente ou paciente a buscar meios 
de obter alívio para um sofrimento de natureza psíquica. Já conforme Ribeiro 
(2013), a psicoterapia é um processo no qual duas pessoas se encontram em 
uma relação profunda e significativa: o psicoterapeuta desempenha o papel 
de agente de mudança e o cliente experiencia situações do seu passado, do 
seu presente e do futuro, buscando a compreensão pela vivência no presente, 
Aconselhamento e psicoterapia2
por meio das emoções, fantasias e sentimentos, com a finalidade de encontrar 
novas saídas para o seu modo de estar no mundo.
Por sua vez, o Conselho Federal de Psicologia (CFP), por meio da Resolução 
nº 010, de 20 de dezembro de 2000, apresenta um conceito mais amplo de psi-
coterapia, no sentido de reconhecer a sua cientificidade e a sua abrangência:
Art. 1º. A Psicoterapia é prática do psicólogo por se constituir, técnica e concei-
tualmente, um processo científico de compreensão, análise e intervenção que se 
realiza através da aplicação sistematizada e controlada de métodos e técnicas 
psicológicas reconhecidos pela ciência, pela prática e pela ética profissional, 
promovendo a saúde mental e propiciando condições para o enfrentamento de 
conflitos e/ou transtornos psíquicos de indivíduos ou grupos (CONSELHO FEDERAL 
DE PSICOLOGIA, 2019, documento on-line).
Como trazido pelo CFP, a psicoterapia é prática do psicólogo, pela sua 
natureza técnica, conceitual e científica, a qual ultrapassa a relação de ajuda 
entre um terapeuta e um cliente, voltando o olhar também para a possibilidade 
de atendimento de mais de um indivíduo ou grupo, como casais, famílias e 
grupos, em contraponto aos dois primeiros conceitos apresentados. 
De fato, conforme apontam Cordioli et al. (2019), a psicoterapia tem voltado 
o seu olhar e as suas práticas para além da psicopatologia e do sofrimento 
psíquico, propondo uma abordagem voltada ao desenvolvimento pessoal e 
à melhora das capacidades individuais e das relações humanas. Atualmente 
contamos com cerca de 250 modalidades, que são embasadas em diversas 
abordagens teóricas e práticas que orientam a prática psicoterápica, com 
ampla comprovação científica, divulgadas por meio de livros e artigos cien-
tíficos (OSÓRIO et al., 2017).
Em maio de 2021, o CFP realizou uma consulta pública para ouvir a 
categoria sobre a seguinte questão:
Psicoterapia deve ser uma atividade privativa de psicólogas e psicólogos?
Para embasar o debate e trazer à tona os argumentos sobre a temática, 
foi realizado o Seminário Nacional sobre Psicoterapia: formação, qualificação 
e regulamentação. De acordo com a Lei nº 4.119, de 27 de agosto de 1962, que 
dispõe sobre os cursos de formação em psicologia e regulamenta a profissão 
de psicólogo, são funções privativas do psicólogo a utilização de métodos e 
técnicas psicológicas com os objetivos de diagnóstico psicológico, de orientação 
e seleção profissional, de orientação psicopedagógica e de solução de problemas 
de ajustamento (BRASIL, 1962). Logo, como não há restrição legal, é possível 
encontrar diversos profissionais, como médicos psiquiatras, por exemplo, que 
realizam psicoterapias, mas em moldes diferentes do fazer psicológico.
Aconselhamento e psicoterapia 3
As psicoterapias se distinguem por suas escolas teóricas e seus objeti-
vos, pela duração das sessões e do tratamento, e por diferentes métodos e 
técnicas. Contudo, todas apresentam uma finalidade semelhante: “[...] aliviar 
um desconforto ou sofrimento psíquico, eliminar sintomas de um transtorno 
definido, resolver problemas pessoais de natureza emocional ou psicológica 
ou estimular o desenvolvimento pessoal” (CORDIOLI et al., 2019, p. 67).
Veja, no Quadro 1, algumas das psicoterapias citadas com mais frequência 
pelos estudos da área (CODIOLI et al., 2019; OSÓRIO et al., 2017; FELDMAN, 
2015; NASCIMENTO; RIBEIRO, 2017; RAMALHO, 2011), com seu suporte teórico 
(abordagem) e algumas das suas características, as quais já apresentam 
resultados comprovados e têm técnicas de atuação bem estabelecidas. 
Quadro 1. Abordagens de psicoterapias
Abordagem Características
Psicanálise Psicoterapia de natureza psicodinâmica. Procura analisar 
e compreender os aspectos da personalidade humana com 
base nos estudos de Freud, o seu principal precursor. Está 
ancorada em conceitoscomo os de consciente, pré-consciente 
e inconsciente (1ª tópica), de id, ego e superego (2ª tópica), de 
mecanismos de defesa, complexo de Édipo, associação livre, etc.
Comportamental Com base nos estudos de Burrhus Frederic Skinner, principal 
nome do behaviorismo radical, a abordagem comportamental 
busca compreender o ser humano na sua relação com o 
ambiente, considerando que o comportamento é selecionado 
de três formas: filogenética, ontogenética e cultural. Traz 
conceitos como reforço e punição, comportamento operante, 
extinção, antecedentes e consequentes, etc.
Cognitivo- 
-comportamental
Comumente chamada de TCC, a terapia cognitivo-
-comportamental foi proposta por Aaron Beck na 
década de 1950. O seu pressuposto básico é trabalhar 
com os pensamentos e as crenças para mudanças de 
comportamento. Alguns dos seus principais conceitos são 
crenças centrais e nucleares, pensamentos disfuncionais, 
distorções cognitivas, etc.
Contextuais- 
-comportamentais
Formada por terapias como: terapia comportamental 
dialética, de Marsha M. Linehan, que trabalha com base 
na atenção plena (mindfulness) para manter o equilíbrio 
entre aceitação e mudança; terapia da aceitação e 
do compromisso, que trabalha a aceitação de coisas 
desagradáveis que acontecem a todos visando a aprender 
maneiras diferentes de vivê-las.
(Continua)
Aconselhamento e psicoterapia4
Abordagem Características
Abordagem 
centrada na 
pessoa (ACP)
Considerada uma terapia de base humanista, a ACP foi 
proposta por Carl Rogers com o objetivo de possibilitar 
que a pessoa atinja o seu potencial para a autorrealização. 
É uma terapia não diretiva, que trabalha com a aceitação 
positiva incondicional, a compreensão empática e a 
tendência atualizante que existe dentro de cada pessoa.
Gestalt-terapia Proposta por Fritz Perls, também faz parte das terapias 
humanistas. É uma terapia que busca trazer, para o setting 
terapêutico, os significados que damos ao nosso mundo 
e às nossas experiências, focando no aqui e agora. Alguns 
dos seus conceitos são os de figura e fundo, experiência e 
percepção, autoconhecimento, etc.
Psicodrama Trata-se de uma psicoterapia de origem fenomenológica-
-existencial proposta por Jacob Levy Moreno. O seu 
objetivo é ajudar a pessoa a experienciar a sua existência, 
buscando a compreensão fenomenológica do ser. Entre 
os seus conceitos, destacam-se os de espontaneidade 
e criatividade, fator tele, encontro existencial, epokhé 
(suspensão do juízo), catarse de integração, etc.
Familiar e de 
casal
Com origem na teoria geral dos sistemas, do biólogo Ludwig 
von Bertalanffy, procura dar atenção à estrutura familiar 
(constituição e organização) e aos processos existentes 
(adaptação e evolução). Bowen, um dos principais teóricos 
da área, foi o primeiro a introduzir o conceito de sistema em 
trabalhos com famílias. Traz conceitos como o de conflitos 
transgeracionais, diferenciação, triangulação, conflito 
experiencial, enfoque sistêmico, etc.
Conforme Cordioli et al. (2019), as psicoterapias vêm ganhando espaço 
no cenário dos tratamentos dos transtornos mentais, seja pela sua atuação 
isolada em casos menos complexos ou por meio da combinação com outras 
terapias, como a psicofarmacológica, proposta pelos médicos psiquiatras.
Até recentemente, as psicoterapias tinham indicação apenas para o 
atendimento presencial. Porém, em virtude da pandemia de corona-
vírus, atualmente podem ser realizadas por meio de dispositivos de tecnologia 
da informação e da comunicação, conforme disposto na Resolução CFP nº 4, 
de 26 de março de 2020 (BRASIL, 2020). Para isso, porém, é necessário que o 
psicólogo observe uma regra importante antes de começar os atendimentos: 
deve realizar e manter atualizado cadastro prévio na plataforma e-Psi junto ao 
respectivo Conselho Regional de Psicologia (CRP).
(Continuação)
Aconselhamento e psicoterapia 5
Neste capítulo, vimos que ainda há muito que se avançar no campo das 
psicoterapias, principalmente no debate relativo a ser ela ou não uma prática 
exclusiva dos psicólogos. Outro ponto relevante aqui demonstrado é que 
existem diversas psicoterapias, embasadas em diversas abordagens, que 
serão indicadas a depender do problema, do paciente, do tempo disponível, 
entre outras características que devem ser consideradas.
Diferentes aplicações da psicoterapia
As psicoterapias, além da multiplicidade de abordagens, também têm dife-
rentes aplicações, que dependem da pluralidade inerente às circunstâncias 
associadas, como especificidades do paciente, tipo de demanda, objetivos, 
fase do ciclo vital, etc. Nesse sentido, Cordioli, Teche e Gomes (2019) apre-
sentam questões que devem ser consideradas para avaliar qual é a melhor 
estratégia para cada paciente. Segundo os autores, por exemplo, deve-se 
investigar quais são os motivos da procura pelo tratamento, quais são os 
sintomas e problemas e os prejuízos que estes têm trazido para a sua vida, se 
já foi feito algum diagnóstico, etc. Nesta seção, vamos abordar as diferentes 
aplicações da psicoterapia.
Ciclo vital
A indicação e a definição de/para psicoterapia podem ser associadas ao ciclo 
vital no qual se encontra o paciente: infância, adolescência, fase adulta ou 
quando se é idoso (CORDIOLI; GREVET, 2019). 
Zavaschi et al. (2019) apresentam os focos da atenção na fase da infância, 
ressaltando a importância dos procedimentos iniciais de coleta de informações 
para a indicação do melhor tratamento, com entrevistas lúdica com a criança, 
entrevistas com os pais e outras fontes de informação. Durante a infância, 
os focos de atenção psicoterápica mais relevantes podem ser transtornos 
alimentares, dificuldade de aprendizagem, birras e comportamento agressivo, 
transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtornos de 
eliminação, recusa escolar, entre tantos outros.
Durante a infância, geralmente entre 3 e 5 anos, é muito comum a pre-
sença de crises de birra e comportamentos agressivos, em virtude do próprio 
desenvolvimento e por essa ser a fase em que a criança está descobrindo a 
autonomia e as vontades próprias. Apesar de geralmente não haver grandes 
consequências no seio familiar, deve-se observar a frequência e a intensidade 
dessas crises, pois, a depender da intensidade, da duração, da dificuldade 
Aconselhamento e psicoterapia6
para se acalmar e da variedade de contextos nos quais se repetem, pode ser 
necessárias uma investigação mais detalhada (ZAVASCHI et al., 2019).
Com adolescentes, as estratégias para coletar as informações serão di-
ferentes das utilizadas com crianças. Com adolescentes, já não cabe mais 
brincar, pois a capacidade de organizar a fala e verbalizar sentimentos e 
emoções já é maior, apesar de não ser plena. Porém, também é possível usar 
estratégias similares, como a entrevista com os pais ou outras fontes de 
informação. Nessa fase, as queixas mais comuns levadas aos consultórios são 
referentes a bullying, sexualidade e gestação, socialização, comportamento 
de automutilação e uso de substâncias (PICCIN et al., 2019).
A questão da sexualidade é um desafio recorrente no tratamento de ado-
lescentes, porque é a fase da descoberta real da sexualidade, das primeiras 
experiências, e os desejos por relações mais íntimas aumentam, acompanha-
dos por muitas dúvidas e questionamentos. Estes se relacionam, por exemplo, 
à prática saudável do sexo como o uso de preservativos para evitar gestações 
e infecções sexualmente transmissíveis. O diálogo com os pais costuma ser 
mais tímido nessa fase, pois adolescentes sentem vergonha, sobretudo em 
casos de orientação sexual homossexual, que ainda é um tabu na nossa 
sociedade. Tudo isso pode causar ansiedade e levar a comportamentos de 
risco, de modo que a ajuda psicológica pode ser necessária (PICCIN et al., 2019).
Na adolescência, é muito comum o abuso de substâncias, e a TCC 
é bastante indicada nesses casos. Ela trabalha vários fatores de 
risco comportamentais e emocionais individuais para o uso de substâncias,abordando as crenças e motivação para o uso.
Piccin et al. (2019, p. 553) apresentam algumas das principais técnicas utili-
zadas pela TCC para trabalhar com adolescentes nessas situações:
 � análise de vantagens e desvantagens;
 � identificação das crenças associadas ao uso de substâncias;
 � registro diário do uso de substâncias, inclusive contexto do uso e 
consequências;
 � identificação de situações de risco para recaídas;
 � planejamento de estratégias para evitar a recaída.
Por sua vez, a psicoterapia com adultos tem uma aplicação ampla e diversa. 
Nos casos de adultos jovens (20 a 40 anos), estão muito presentes conflitos 
relacionados à identidade e às pressões para as escolhas, como que carreira 
seguir, quando casar e formar a própria família, ter ou não ter filhos, comprar 
Aconselhamento e psicoterapia 7
a casa própria e sair da casa dos pais, bem como a conflitos de valores e 
culturais entre as gerações. Já no adulto de meia idade (40 a 65 anos), temos a 
presença da crise de meia idade, na qual ele passa pela reflexão das escolhas 
feitas anteriormente, mudando-as ou consolidando-as. Todas essas coisas 
podem gerar sofrimento significativo, que necessite de acompanhamento 
psicoterápico (HAUCK et al., 2019).
Depois de todas essas etapas do ciclo vital superadas, chega-se à fase 
de adulto idoso, população que vem crescendo muito nos últimos anos. 
Embora já tenham passado por diversos desafios durante a vida, alguns 
desafios ainda podem surgir e causar sofrimento elevado. Nesses casos, 
é altamente indicado o acompanhamento psicoterápico. Por exemplo, po-
demos destacar contingências e acometimentos relacionados ao processo 
de envelhecimento, como depressão, ansiedade, demências do tipo não 
Alzheimer, Alzheimer, risco de suicídio, medo da morte, etc. (SCHÄFER; RIGOLI; 
KRISTENSEN, 2019).
Schäfer, Rigoli e Kristensen (2019) abordam um ponto crucial da fase de 
adulto idoso e que acarreta muito sofrimento e até mesmo a presença de 
quadros de transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão: o iso-
lamento social. Conforme vamos envelhecendo, os nossos contatos sociais 
tendem a diminuir, tendo em vista que já estamos aposentados e os nossos 
filhos (se optamos por tê-los) constituíram as suas próprias famílias e já não 
vivem mais em casa. Ainda, limitações físicas e, em alguns casos, cognitivas 
podem restringir as saídas e os programas com os amigos. Tudo isso deve ser 
observado e, em caso de necessidade, deve ser proposta uma intervenção 
psicoterápica.
Demanda específica
Além das aplicações da psicoterapia em razão dos desafios apresentados 
pelos ciclos vitais, a psicoterapia pode ser indicada pelo tipo de demanda 
específica que emerge na prática clínica e até mesmo pelo perfil do paciente 
que procura ajuda. 
Por exemplo, para o tratamento de pacientes com quadro de transtorno 
do estresse pós-traumático (TEPT), é indicado o atendimento pela aborda-
gem da TCC (com uso de técnicas como a exposição imaginária, em que o 
paciente conta ou imagina em detalhes o evento estressor) e pela terapia 
cognitiva (na qual o paciente aprende a lidar com pensamentos distorcidos 
sobre o evento). Ainda, pode ser indicada a terapia de dessensibilização e 
reprocessamento por meio dos movimentos oculares (EMDR, do inglês eye 
Aconselhamento e psicoterapia8
movement desensitization and reprocessing), em que o paciente deve pensar 
no evento traumático e nas emoções e nos pensamentos negativos associados, 
realizando movimentos oculares, conforme solicitado pelo psicoterapeuta 
(SOARES; LIMA, 2003).
Em casos nos quais as famílias passam por grandes perdas, como a morte 
de um filho por acidente de carro, os familiares podem enfrentar momentos 
difíceis de aceitação e vivência do luto. Nesses casos, é indicada a utilização 
da terapia familiar, para que possam trabalhar o sofrimento de maneira 
sistêmica, visando ao reestabelecimento das relações de forma saudável 
(CORDIOLI; TECHE; GOMES, 2019).
Para o atendimento de crianças diagnosticadas com o transtorno do es-
pectro autista (TEA), a análise do comportamento aplicada, também chamada 
de ABA (do inglês applied behavior analysis), tem ganhado muito destaque nos 
últimos anos, em virtude das evidências e dos resultados apresentados. De 
acordo com os estudos de Medeiros (2021), são significativas as contribuições 
da ABA para a aprendizagem em pessoas com autismo, inclusive trazendo 
a possibilidade de os pacientes se tornarem independentes, levando em 
consideração tudo o que uma pessoa com autismo pode fazer se tiver o apoio 
adequado e a possibilidade de manter as habilidades alcançadas.
Veja, no Quadro 2, as indicações e contraindicações para algumas das 
principais psicoterapias com base no diagnóstico, nas condições psicológicas 
e na realidade dos pacientes.
Quadro 2. Indicações e contraindicações das principais psicoterapias
Psicoterapia Indicações Contraindicações Condições 
pessoais
Psicanálise Transtornos e traços 
de personalidade 
e do caráter 
disfuncionais, 
conflitos 
interpessoais 
(inclusive 
sexualidade e 
atrasos evolutivos), 
desejo de melhorar 
aspectos definidos 
da personalidade.
Psicose, transtorno 
bipolar em 
episódio agudo, 
transtorno da 
personalidade 
antissocial, 
deficiência 
intelectual, 
transtornos 
neurocognitivos.
Capacidade 
de pensar 
psicológico e de 
insight, interesse 
em se conhecer 
melhor, tolerância 
a frustrações, 
disponibilidade 
de tempo e 
dinheiro.
(Continua)
Aconselhamento e psicoterapia 9
Psicoterapia Indicações Contraindicações Condições 
pessoais
Terapia
cognitivo--
comportamental
Depressão leve 
e moderada, 
transtorno bipolar, 
transtorno de 
ansiedade, 
transtorno 
obsessivo- 
-compulsivo, 
pânico, transtorno 
de ansiedade 
generalizada, 
transtorno de 
estresse pós- 
-traumático, 
fobias, transtornos 
alimentares, 
transtorno por uso 
de substâncias, 
insônia, 
esquizofrenia,
transtorno 
somatoforme.
Ausência de 
déficit cognitivo, 
transtornos da 
personalidade 
graves, transtorno 
mental orgânico, 
psicoses.
Boa capacidade 
de pensar 
psicológico, 
motivação para 
mudança, aliança 
terapêutica 
satisfatória 
para identificar 
pensamentos 
disfuncionais e 
comunicá-los ao 
terapeuta.
Terapia
comportamental
Fobias, transtorno 
obsessivo- 
-compulsivo, 
pânico, transtorno 
de estresse 
pós-traumático, 
transtornos 
alimentares, 
disfunções sexuais, 
transtorno por uso 
de substâncias, 
esquizofrenia, 
autismo, deficiência 
intelectual,
transtorno do 
déficit de atenção 
e hiperatividade, 
insônia e depressão 
grave.
Ansiedade muito 
intensa, depressão 
grave, transtorno 
da personalidade 
esquizoide, 
intolerância a 
níveis elevados de 
ansiedade.
Motivação, 
capacidade 
para tolerar 
níveis altos 
de ansiedade, 
de vincular-se 
ao terapeuta 
e de executar 
as tarefas 
programadas.
(Continuação)
(Continua)
Aconselhamento e psicoterapia10
Psicoterapia Indicações Contraindicações Condições 
pessoais
Terapia de 
família e de 
casal
Crises evolutivas 
de família ou de 
casal, famílias e 
casais disfuncionais, 
conflitos 
intergeracionais, 
divórcio, doença 
crônica grave na 
família, disfunções 
sexuais.
Psicose, transtorno 
da personalidade 
grave em um 
dos familiares, 
impossibilidade 
de estar presente, 
segredos que 
não podem 
ser revelados, 
tendência 
irreversível de 
ruptura.
Honestidade nas 
comunicações, 
algum grau de 
coesão entre 
os membros, 
motivação 
para mudança 
dos padrões 
disfuncionais, 
flexibilidade.
Fonte: Adaptado de Cordioli, Teche e Gomes (2019).
Contudo, conforme comentado anteriormente, nem sempre é necessária 
ou possível a realização da psicoterapia nos moldes convencionais, de modo 
que outras formas de ajuda psicológica podem ser ofertadas, como o acon-
selhamento psicológico. Na seção a seguir, vamos relacionar aconselhamento 
e psicoterapia com base nas suas aproximações e nos seus distanciamentos.
Aproximações e distanciamentos entre 
aconselhamento psicológico e psicoterapia 
O aconselhamento,como originalmente proposto por Frank Parsons (1909), 
visava a “[...] promover ajuda a jovens em processo de escolha da carreira e 
em face à emergência de novas profissões e ocupações devido à Revolução 
Industrial” (SCORSOLINI-COMIN, 2014, p. 1), de modo a reconhecer as aptidões 
e habilidades dos jovens para encaminhá-los à profissão mais adequada. 
Scorsolini-Comin (2014) também trata da evolução do campo de aplicação do 
aconselhamento psicológico, o qual passou a ser visto como uma relação de 
ajuda para uma pessoa que buscava alívio para as tensões ou os problemas 
enfrentados nos diversos campos da vida.
Até o ano de 1940, o aconselhamento psicológico ainda era utilizado como 
uma técnica diretiva, na qual um conselheiro conduzia o processo e a pessoa 
para um ponto específico, sendo geralmente associado aos campos da edu-
cação e das organizações (SCORSOLINI-COMIN, 2015). Apenas com a proposta 
de Carl Rogers de uma abordagem centrada na pessoa (ACP) o aconselha-
(Continuação)
Aconselhamento e psicoterapia 11
mento ganhou uma nova roupagem, sofrendo uma grande transformação e 
aproximando-se da psicoterapia convencional. Contudo, o aconselhamento 
psicológico não foi influenciado apenas pela psicologia humanista de Rogers, 
mas também pelas visões das terapias fenomenológico-existenciais, com a 
Gestalt-terapia, por exemplo.
Ao se questionar sobre o que é aconselhar, Scorsolini-Comin (2014) apre-
senta a tarefa de aconselhar sob a visão do ACP como um processo de indicar 
caminhos e direções, criando condições para que a pessoa faça os próprios 
julgamentos e as próprias escolhas, guiando, assim, as suas ações.
Conceitos fundamentais da ACP, proposta por Carl Rogers, incluem 
os seguintes (SANTOS, 2004).
 � Compreensão empática: é o processo de compreender o mundo do outro, 
sendo sensível às suas vivências e respeitando o ritmo das suas descobertas.
 � Não diretividade: o terapeuta não vai conduzir ou induzir o paciente para 
as respostas; ele deve explorar as potencialidades do cliente, provocando 
reflexões para que este chegue às próprias conclusões.
 � Tendência atualizante: todos têm uma vontade interna de se desenvolver 
e evoluir e são dotados de motivações, capacidades e potencialidades que 
possibilitam que isso ocorra.
 � Aceitação positiva incondicional: o terapeuta deve fornecer um espaço de 
acolhimento livre de julgamentos, em que as questões mais difíceis podem 
ser abertamente expostas e exploradas.
 � Congruência: refere-se à consistência interna por parte do terapeuta, fazendo 
as suas atitudes refletirem a forma como ele está se sentindo internamente, 
experimentando sentir e viver as próprias experiências durante o atendi-
mento, sem deixar que elas interfiram no processo.
Embora existam essas diferentes compreensões, Hackney e Nye (1977) 
destacam seis elementos comuns a todas as visões teóricas:
1. envolvem respostas aos sentimentos e pensamentos do cliente;
2. envolvem uma aceitação básica das percepções e dos sentimentos do 
cliente, independentemente da avaliação externa do aconselhador;
3. necessitam de caráter confidencial e da existência de condições am-
bientais (setting) para que se estabeleça a relação de ajuda;
4. a demanda pelo aconselhamento deve partir da pessoa que busca 
ajuda;
Aconselhamento e psicoterapia12
5. o foco está na vida daquele que busca ajuda, não na figura do 
aconselhador;
6. o foco está nos processos comunicativos entre aconselhador e cliente.
Nesse contexto, para que uma intervenção seja bem-sucedida, deve seguir 
estas cinco etapas (SCORSOLINI-COMIN, 2014):
1. identificar a analisar problemas específicos;
2. ampliar a compreensão da pessoa acerca do problema;
3. avaliar os recursos pessoais existentes e que podem ser desenvolvidos 
para resolver o problema;
4. definir o potencial de mudanças dessas condições e atitudes pessoais;
5. empregar ações específicas e que podem contribuir para o processo 
de mudança e/ou transformação referente ao problema relatado.
Ainda, para o sucesso do processo, é necessária a relação entre terapeuta 
e paciente, uma vez que a formação do vínculo baseada no acolhimento 
incondicional, livre de julgamento, e na postura congruente e empática é 
fundamental para o processo de autoconhecimento, crescimento pessoal e 
autorrealização (SCORSOLINI-COMIN, 2015).
Aproximações e distanciamentos entre 
aconselhamento e psicoterapia
Conhecendo-se as características e particularidades do aconselhamento e da 
psicoterapia, pode-se refletir acerca dos pontos que aproximam e distanciam 
essas modalidades, sendo possível diferenciá-los e identificá-los (MORELLI; 
SCORSOLINI-COMIN; SANTOS, 2014).
Segundo Morelli, Scorsolini-Comin e Santos (2014), o aconselhamento 
psicológico consiste em um processo estruturado de ajuda a partir do esta-
belecimento de uma relação entre a pessoa e um conselheiro, na qual seja 
possível que o profissional ajude o paciente a tomar consciência de si, das 
suas limitações e potencialidades. O intuito é a resolução de um problema 
por meio do diálogo e da consideração positiva acerca da pessoa que busca 
auxílio.
O aconselhamento é considerado uma modalidade diferente da psicotera-
pia, embora se assemelhem em alguns aspectos. O primeiro é um processo de 
curta duração, com foco em resolução dos problemas, ajudando os pacientes 
a reconhecerem os seus recursos e as suas potencialidades. A segunda, 
Aconselhamento e psicoterapia 13
por sua vez, está muito mais relacionada com a mudança de estrutura da 
personalidade, de complexidade mais profunda, necessitando de um tempo 
mais longo para análise e intervenção por parte do terapeuta (SCOSOLINI-
-COMIN, 2015). Para Scorsolini-Comin (2014, p. 4), a principal diferença entre 
o aconselhamento e a psicoterapia é que esta consiste no “[...] tratamento 
de perturbações da personalidade ou da conduta por meio de métodos e 
técnicas psicológicas”, sendo indicada quando o “[...] aconselhamento não 
seria suficiente para conduzir os processos de mudanças e de crescimento 
necessários”.
Embora se diga que a psicoterapia é mais “profunda e intensa” que o 
aconselhamento, para Scorsolini-Comin (2014), tanto a psicoterapia quanto 
o aconselhamento podem apresentar essa profundidade e intensidade, de-
pendendo do modo como a relação de ajuda for estabelecida e o vínculo 
terapêutico for criado. Para Schmidt (2012), as principais diferenças entre os 
dois reside em que o aconselhamento tem um caráter de apoio situacional, 
centrado nas potencialidades e nas dimensões conscientes, demandando 
menor tempo para resolução, enquanto a psicoterapia estaria mais focada na 
resolução de problemas emocionais e patologias, tendo caráter remediativo 
e demandando maior tempo de construção do processo para acessar as 
dimensões mais profundas do indivíduo.
Por outro lado, podemos identificar pontos de aproximação entre aconse-
lhamento e psicoterapia, como, por exemplo, o fato de o foco do acompanha-
mento ser o cliente, não o seu problema ou o seu diagnóstico. O importante 
é a condução por um profissional facilitador desse processo de crescimento 
pessoal e de autorrealização, conforme havia sido proposto por Rogers. Na 
abordagem de Rogers, o psicólogo não está focado em conselhos, informações 
ou interpretações; ele está ali para facilitar, refletir e vivenciar os sentimentos 
do paciente. Assim, é possível, mais uma vez, observar a aproximação do 
aconselhamento com a psicoterapia, mesmo com as diferenças na postura 
do psicoterapeuta frente ao seu paciente, a depender da abordagem. O fato 
que é ambas tem a centralidade na pessoa e na condução do seu processo 
de mudança (SCOSOLINI-COMIN, 2014). 
Para Barros e Holanda (2007), essas duas formas de terapia se aproximam 
na medida em que a psicoterapia é ampla e abarca diversas possibilidades 
de atuação, de modo que variam os cenários e contextos em que ela pode ser 
aplicada. De fato, o aconselhamento não necessita de um espaço específico. 
Ainda, os autores apontam para ofato de o aconselhamento ser considerando 
uma clínica em sentido preventivo, já que, do seu atendimento, pode surgir 
o encaminhamento para a psicoterapia, por exemplo. 
Aconselhamento e psicoterapia14
Como vimos ao longo deste capítulo, existem diversas modalidades de 
psicoterapia, que variam de acordo com o ciclo vital, o tratamento indicado e 
o perfil de cada pessoa. Para casos mais contextuais e que demandam menos 
tempo de tratamento, pode-se indicar o uso do aconselhamento psicológico. 
Já para casos mais complexos, de natureza existencial ou de reestruturação 
da personalidade, que demandam mais tempo, pode ser indicada uma das 
abordagens da psicoterapia convencional.
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