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slide 01 O reparo tecidual é o processo onde o corpo vai tentar restaurar a integridade dos tecidos após uma lesão, fatores químicos ou mecânicos . Este processo é essencial para a manutenção da homeostase. o processo de reparo tecidual vai ser dividido em várias fases: Fase inflamatória, fase proliferativa (que incluem reepitelização, síntese de mec) e fase de remodelamento. Aqui nós trouxemos um gráfico, mas vamos detalhar melhor posteriormente. Basicamente, ele ilustra o mecanismo geral da reparação tecidual, representando a intensidade da resposta biológica e o progresso do tempo desde a lesão até a resolução completa. Inicialmente se tem a Hemostasia após a lesao, ou seja, vai ter sangramento, ativação plaquetária e ativação do sistema complemento para formar um coágulo e estancar o sangramento, dps tem Inflamação nos primeiros dias após a lesao, a proliferação e o remodelamento slide 02 O principal objetivo da fase de inflamação é eliminar qualquer agente infeccioso ou um corpo estranho, e preparar o tecido para a fase de proliferação. Normalmente, essa fase dura até uma semana, dependendo da extensão da lesão. Inicialmente, vai haver Vasoconstrição onde os vasos sanguíneos ao redor da lesão se contraem para reduzir a perda de sangue. O sangramento vai trazer consigo plaquetas, hemácias e fibrina, pra poder selar as bordas da ferida. Em seguida, tem formação do Coágulo onde as plaquetas se agregam e se ativam, formando um tampão plaquetário. O coágulo formado estabelece uma barreira que vai proteger da contaminação Após a vasoconstrição inicial, os vasos sanguíneos se dilatam para aumentar o fluxo sanguíneo para a área lesionada. que vai gerar aumento da permeabilidade vascular e vai permitir a migração de células imunológicas para o local da lesão. Com a lesão tecidual, há liberação local de histamina, serotonina e bradicinina que causam vasodilatação e aumento de fluxo sanguíneo no local e, consequentemente, sinais inflamatórios como calor e rubor Em seguida, ocorre a migração sequencial de células. Os primeiros elementos celulares a alcançar o local da ferida são os neutrófilos responsáveis por fagocitar detritos celulares, os monócitos que vão desbridar a superfície da ferida. Em seguida, os macrófagos seguem os neutrófilos e continuam a fagocitose após os 2-3 dias seguintes, o macrófago, também ativa os elementos celulares da fase de proliferação tais como fibroblastos e células endoteliais. Os fatores quimicos são aqueles que facilitam a migração das célulaspor meio de mediadores bioquímicos que vão aumentar a permeabilidade vascular, um exemplo é prostaglandina é um dos mediadores mais importantes no processo de cicatrização, pois além de favorecer a exsudação vascular, estimula a mitose celular slide 03- A fase de proliferação se caracteriza por procesos de fibroplasia, neo-angiogênese e reepitelização. Essa fase se inicia em torno do terceiro dia após a lesão e dura algumas semanas. e é o marco inicial da formação da cicatriz A neo-angeogenese é a formação de novos vasos sanguíneos ocorre uma demanda de suprimento sanguíneo para o local da ferida, é estimulado por diversos fatores como hipoxia local por conta da alteração do macroambiente decorrente do trauma. A neo-angiogênese é responsável não apenas pela nutrição do tecido, mas também pelo aumento do aporte de células, como macrófagos e fibroblastos, para o local da ferida. fibroplasia: Após o trauma, células mesenquimais se transformam em fibroblastos, que migram para o local da inflamação a partir do terceiro dia. Os fibroblastos sintetizam colágeno, o colágeno é continuamente produzido e degradado e, inicialmente proporciona força à cicatriz. reepitelização: é a migração das células epiteliais na ponte de fibrina, que vai conseguir fazer a aproximação das bordas pra que a ferida seja recoberta. a camada criada é fina mas consegue criar uma barreira contra bactérias slide 6: Aqui a gente trouxe um fluxograma que explica os possíveis destinos das células após uma lesão celular, com base na natureza das células e no tipo de dano que sofreram. - lesão celular: Ponto de partida - células labeis: têm capacidade de se dividir e se regenerar- Morte Celular com MEC preservada as células podem se regenerar. Embora tecidos possam regenerar células perdidas, muitos processos envolvem crescimento compensatório por hipertrofia e hiperplasia, recuperando a função sem restaurar a anatomia original. Órgãos como rins e pâncreas, têm essa capacidade. - Se houver Morte Celular com Destruição da MEC: a regeneração não é possível.Então, o tecido é substituído por cicatriz (tecido conjuntivo). - Células Permanentes: Células que não se dividem ou se regeneram após maturidade Morte Celular: Como essas células não se regeneram, qualquer morte celular resultará em cicatrização. Cicatrização: Substituição do tecido morto por tecido cicatricial. slide 7 (REVER) Os fatores complicadores do reparo tecidual podem interferir negativamente no processo de cicatrização, retardando a recuperação adequada do tecido lesionado. Infecção**: que pode levar à inflamação prolongada e destruição tecidual. A infecção compete com as células reparadoras e pode liberar toxinas que danificam ainda mais o tecido. Fatores Mecânicos**: Movimentos sobre a área lesionada podem deslocar o tecido cicatricial ou interromper a formação de novas célula isso pode resultar em cicatrizes inadequadas ou na reabertura da ferida. Corpos Estranhos: pode provocar uma resposta inflamatória crônica e retardar a cicatrização. Tamanho, Localização e Tipo de Ferida**: pq voce precisa saber a etiologia da ferida pra poder personalizar o tratamento, dependendendo da localização pode afetar a mobilidade, tem maior risco de contaminação A localização determina o tipo de curativo que será mais eficaz. 5. **Condições Fisiológicas**: , como isquemia (falta de suprimento sanguíneo). A falta de oxigênio e nutrientes impede a proliferação celular e a formação de tecido saudável. 6. **Temperatura Corporal**: : A temperatura da área lesionada pode influenciar a atividade enzimática e a resposta inflamatória. 7. **Nutrição**: Deficiências nutricionais podem comprometer a síntese de colágeno e outras proteínas essenciais para o reparo tecidual. slide 8 fatores complicadores do reparo tecidual, relacionados a hormônios e 1. **Glicocorticoides**: Os glicocorticoides podem retardar a cicatrização ao inibir a síntese de colágeno, a resposta inflamatória e a proliferação celular. como contrapartida a gente trouxe o Estrogênios que pode promover a cicatrização ao melhorar a resposta inflamatória, aumentar a formação de tecido de granulação e estimular a síntese de colágeno. diabetes que é uma doença cronica mais comentada. tópicos que estão relacionados a doença e que impactam no reparo tecial 1. **Aterosclerose Vascular Periférica**: - **Descrição**: É o acúmulo de placas de gordura nas artérias periféricas, que pode restringir o fluxo sanguíneo. A diminuição do fluxo sanguíneo para a área lesionada pode atrasar a entrega de oxigênio e nutrientes necessários para a cicatrização. 2. **Neuropatia Periférica**:: É o dano aos nervos periféricos, pode resultar em uma sensação reduzida nos membros, aumentando o risco de lesões e infecções, e retardando a detecção de problemas que podem complicar a cicatrização. 3. **Microangiopatia**: o dano aos pequenos vasos sanguíneos, pode comprometer o fornecimento de sangue e nutrientes às células e tecidos, dificultando o processo de cicatrização. A imagem mostra um pé diabético com uma ulceração significativa. slide 09 Depois de entender o que é reparo tecidual, a gente precisa saber o que é uma ferida crônica. Então, é uma lesão que não cicatriza dentro do tempo esperado ou progride através do processo normal de cicatrização, pode ser causada por infecção, Úlceras de pressão, ou edema pq o acúmulo de líquido nos tecidos pode impedir a cicatrização adequada. A cicatrização de feridas pode ser classificadasem 3 tipo: 1 intenção: Ocorre a reepitelização, Ocorre quando as bordas da ferida são aproximadas e mantidas juntas (por suturas, adesivos de pele,com isso vai haver: ● Perda mínima de tecido. ● Pouco ou nenhum exsudato. ● Edema mínimo. que resulta em: Cura rápida com formação mínima de cicatriz. 2 intenção: Ocorre quando as bordas da ferida não podem ser aproximadas, geralmente são feridas cronicas como ulceras e a ferida deve cicatrizar de dentro para fora. o que resulta em: Feridas maiores com perda significativa e Cura mais lenta. . Podem envolver o tecido subcutâneo, o músculo, e possivelmente, o osso. 3 intenção: Também conhecida como cicatrização por intenção tardia ou retardada, ocorre quando a ferida é inicialmente deixada aberta para drenagem de exsudato e controle de infecção, e posteriormente fechada após o controle da infecçãoCombinação de características de cicatrização de primeira e segunda intenção. Pode resultar em uma cicatriz mais significativa. Cada tipo de cicatrização é escolhido com base na natureza da ferida, condição do paciente e objetivos do tratamento, visando a melhor e mais segura recuperação possível. slide 10: A primeira imagem mostra cicatrização por primeira intenção, é uma ferida cirúrgica que foi fechada com suturas. o manejo clinico se dá por meio da preparação da ferida com soluções antissépticas para prevenir infecções. e Anestesia Local: Para evitar dor durante o procedimento, depois de 24 horas já podem ficar expostas, pois já se formou uima rede de fibrina protetora impossibilitando a entrada de microorganismos a segunda: mostra uma ferida aberta, como é uma ferida que cicatriza de dentro pra fora, a gente consegue ver tecido de granulação seguido de epitelização da ferida. O manejo clínico envolve a promoção da cicatrização de dentro para fora, sem fechamento primário das bordas da ferida. Então se faz avaliação da extensão, profundidade,Irrigação: com solução salina estéril prevenir infecção. Desbridamento pra remover tecido necrosado para promover a cicatrização saudável. e o controle da infecção com antibioticos e manter o ambiente umido com hidrogel pq um ambiente úmido facilitar o processo de granulação e a epitelização terceira imagem inicialmente tratar a ferida aberta e, posteriormente, fechá-la cirurgicamente após um período de controle de infecção e preparação adequada. o manejo clinico é semelhante, é exame fisico, limpeza, desbridamento, curativo que mantem a ferida umida e avaliação periodica para quando a ferida estiver livre de infecção e com tecido de granulação saudável, planeja-se o fechamento cirúrgico que pode ser feito com sutura ou enxerto de pele dependendo da situação slide 12: 1. **Avaliação da Ferida:** precisa saber o Histórico Clínico do paciente, como oenças pré-existentes, medicações em uso, fatores que podem influenciar a cicatrização, inspecionar a ferida, ver quantidade de exsudato, sinais de infecção, condição da pele 2. **Limpeza da Ferida:** - **Irrigação:a com solução salina estéril para evitar a introdução de novos patógenos na ferida. 3. **Remoção dos Tecidos Necróticos (Desbridamento):** 4. **Identificar e Tratar a Infecção:** Se houver suspeita de infecção, pode-se coletar uma amostra para cultura e teste de sensibilidade a antibióticos.Uso de curativos com propriedades antimicrobianas (como prata ou iodo) para ajudar a controlar a carga bacteriana na ferida. Preencher o Espaço Morto: O "espaço morto" em uma ferida é o espaço que fica após a remoção de tecido necrótico. Esse espaço não é preenchido por tecido saudável imediatamente e pode acabar virando um local propício para o acúmulo de líquidos, como sangue ou e para desenvolvimento de infecções. Ou seja, o preenchimento adequado do espaço morto facilita a formação de tecido de granulação. geralmente se usa hidrocoloide nesses casos Gerenciar Exsudato: - Escolher o curativo que vai absorver o excesso de exsudato sem ressecar a ferida, e trocar o curativo regularmente 7. **Manter um Ambiente Úmido no Leito da Ferida:** Promove a cicatrização mais rápida, facilita a migração celular e reduz a dor. 8. **Fornecer Isolamento Térmico:** é a escolha de curativos para manter uma temperatura estável no leito da ferida, o que é benéfico para a cicatrização. 9. **Proteger a Ferida:** Uso de dispositivos como colchões e almofadas especiais para redistribuir a pressão e prevenir lesões adicionais, especialmente em pacientes acamados ou com mobilidade reduzida.