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+ Aula 6 – SISTEMAS CONSTRUTIVOS Dra. Sandra Martins 1 PA-IU + SISTEMAS CONSTRUTIVOS 2 -Qual a importância da estrutura de um edifício à sua Arquitetura? -Quais são os elementos principais de um sistema estrutural convencional de edifício? -Para que serve cada elemento estrutural em um edifício? -Existem edifícios sem vigas? Como? - A limitação de lajes em concreto armado é de aproximadamente 6,0 m. Como fazer lajes em concreto com vãos maiores? + Sistemas estruturais: introdução 3 Como a Arquitetura pode trabalhar com formas diversas e garantir estruturas estáveis? Congresso Nacional Fonte : Arcoweb, 2010. + Sistemas estruturais: introdução 4 Como a Arquitetura pode garantir o equilíbrio de elementos estruturais pendurados em outros elementos estruturais? Aeroporto Lyon Fonte : Arcoweb, 2014. + Sistemas estruturais: introdução 5 Como a Arquitetura pode garantir a estabilidade de formas diferenciadas? Ponte da mulher Puerto madero Argentina Fonte : GG , 014. + 6 Sistemas estruturais: Introdução A Arquitetura deve respeitar os seguintes princípios estruturais: • Equilíbrio: associado à rigidez e aos vínculos. É necessário para a existência de qualquer objeto em repouso ou em movimento. • Estabilidade: associada à rigidez, à forma e ao arranjo. É a permanência de um elemento em um determinado estado, posição e/ou forma. • Resistência: está associada ao material. Um elemento se mantém integro quando a matéria que o compõe resiste aos esforços envolvidos. + A estrutura de edifícios 7 Caminho das forças - Todos o esforços sobre uma estrutura dirigem-se a um único elemento que os absorve: a terra. Justamente por isso é que são criados os sistemas estruturais, para possibilitar o caminho das forças até a terra. + A estrutura de edifícios 8 Para se fazer o caminho das forças, qual a melhor solução estrutural? + Conceito estrutural Básico 9 Principais elementos estruturais do edifício Fonte: http://arquitetonica.files.wordpress.com/2011/08/apostila-concepc3a7c3a3o-estrutural-ufsm.pdf + Conceito estrutural básico 10 Edifícios convencionais: lajes sobre vigas, vigas sobre pilares, pilares sobre fundações. As paredes são em sua maioria de vedação, com exceção das paredes de contraventamento. Fonte: http://arquitetonica.files.wordpress.com/2011/08/apostila- concepc3a7c3a3o-estrutural-ufsm.pdf 11 Edifícios convencionais Vantagens dos edifícios convencionais: -Há grande flexibilidade arquitetônica na disposição de paredes e na troca da posição de paredes, portas e janelas. -Há grande flexibilidade arquitetônica no uso de grandes vãos e balanços. - Os materiais usados em paredes não são submetidos a grande controle de qualidade, assim como a mão de obra da sua execução. 12 Integração entre projeto estrutural e arquitetônico É indispensável para o melhor aproveitamento das garagens, entre outros fatores. Edifícios convencionais Fonte: http://arquitetonica.files.wordpress.com/2011/08/apostila-concepc3a7c3a3o-estrutural-ufsm.pdf 13 •Lajes maciças com vigas • Lajes maciças sem vigas (cogumelo) • Lajes nervuradas em uma direção • Lajes nervuradas em duas direções • Lajes em grelha • Lajes premoldadas • Lajes mistas Obs.: todas as lajes podem normalmente ser executadas em concreto armado ou concreto protendido. As lajes de edifícios + Lajes maciças com vigas Placas de concreto armado ou protendido, com plano geralmente horizontal, apoiadas sobre vigas. • São executadas totalmente na obra, em concreto armado ou protendido. + Lajes maciças com vigas 15 Lajes armadas em uma direção (ly / lx < 2), concreto armado: + Lajes maciças com vigas 16 + Lajes maciças com vigas 17 http://www.quaphilengenharia.com.br/adm/obras/fotos/46/Imagem%20 059_thumbnail.jpg + Lajes maciças sem vigas Cogumelos 18 Lajes cogumelos são lajes maciças que transmitem os esforços aos pilares sem a intervenção de vigas. Chamadas também de lajes sobre pilares São placas de concreto armado ou protendido, com plano geralmente horizontal, apoiadas diretamente sobre pilares, sem vigas. • São executadas totalmente na obra, em concreto armado ou protendido. + Lajes maciças com vigas 19 Lajes armadas em uma direção (ly / lx > 2), concreto armado: + Lajes maciças sem vigas Cogumelos 20 Lajes sem vigas (cogumelos) 21 + Lajes maciças sem vigas 22 http://www.fau.ufrj.br/apostilas/mse/img/galeria/lajes_galeria7.jpg http://www.fordmotorhistory.com/factories/cleveland/images/125809pr.jpg + Lajes maciças sem vigas 23 24 Lajes maciças sem vigas + O que fazer quando as lajes maciças ficam muito pesadas, por conta de vãos elevados? 25 + Lajes nervuradas 26 + Lajes nervuradas 27 Segundo a NBR 6118:2003, lajes nervuradas são "lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração é constituída por nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte." Tipos de lajes nervuradas: Moldadas no local ou com molduras pré-fabricadas; Mesa única ou caixão perdido; Com ou sem capitéis e/ou vigas- faixa. Quando o vão da laje é grande, acima de 6 metros, a espessura da laje maciça começa a ficar ante-econômica (acima de 12 cm). Nesse caso a opção é adotar laje nervurada, que tem como objetivo diminuir o consumo de concreto. Seraphim, apostila. + Lajes nervuradas 28 Seraphim, apostila As estruturas na prática da arquitetura, p. 133. Vaõs até 15 metros distância entre as vigas = < 100 cm + Projeto Lajes nervuradas 29 + Projeto laje nervurada 30 Mesa: é a camada superior de concreto comprimida. Nervuras: são as barras solidarizadas na forma de grelha, onde serão dispostas as armaduras de tração. Cunha de madeira: para soltar a fôrma. Martelo de borracha: para a limpeza das nervuras da fôrma. 31 Projeto laje nervurada ANÁLISE EXPERIMENTAL DE LAJES LISAS NERVURADAS DE CONCRETO ARMADO COM REGIÃO MACIÇA DE GEOMETRIA VARIÁVEL AO PUNCIONAMENTO http://www.ufpa.br/ppgec/data/producaocientifica/Nivea%20Gabriela.pdf 32 Instrução de Montagem de formas para laje nervurada Atex do Brasil https://www.youtube.com/watch?v=AHacw 1yVdnU + Laje nervurada Quando utilizar? 33 As evoluções arquitetônicas, que forçaram o aumento dos vãos, e o alto custo das formas tornaram as lajes maciças desfavoráveis economicamente em muitos casos. As lajes nervuradas, por possuírem espaços vazios ou preenchidos com materiais leves, propiciam economia de materiais, de mão-de-obra e de formas. O desenvolvimento desse tipo de laje se justifica por simplificar a execução e permitir a industrialização, com redução de perdas e aumento da produtividade, racionalizando a construção e proporcionando economia. É por esses motivos e pela possibilidade do reaproveitamento das formas com sistema de escoras metálicas que as lajes nervuradas são bastante utilizadas em edificações como edifícios de escritórios, escolas, supermercados, hospitais, entre outras. https://cddcarqfeevale.wordpress.com/2012/07/11/lajes-nervuradas/#more-103 34 Encostar a cunha e bater com martelo Não forçar os cantos da fôrma Não utilizar pé-de- cabra Regularização da superfície da laje Bombeamento do concreto Disposição das fôrmas e da ferragem Lajes nervuradas 35 Vista interior remanescente com escoramento Criar uma área adequada para armazenar as fôrmas. Isso manterá a obra organizada Após a retirada entregar a fôrma para um ajudante Lajes nervuradas + Lajes nervuradas 36 Lajes nervuradas em uma direção (ly / lx > 1,6), concreto armado: Lajes nervuradas em uma direção: suasnervuras estão dispostas segundo um só lado. Normalmente segundo o menor lado. Se Lx maior ou igual a 4 m (uma nervura longitudinal) Lx maior ou igual a 6 m (duas nervuras longitudinal) + Lajes nervuradas 37 Lajes nervuradas em duas direções (ly / lx > 1,6), concreto armado: + Lajes em grelha 38 Auditório do MUBE SP Vãos maiores: 30 m distancia entre as grelhas 1,0, 1,5 a 2,0 m + Lajes em grelha 39 A s grelhas são estruturas formadas por vigas que se entrelaçam, formando um reticulado plano. O ponto de cruzamento entre essas vigas, se constitui em um apoio estático entre elas. Assim sendo, as vigas apoiam-se umas sobre as outras, formando um sistema hiperestático. (SERAPHIM, P. 190 e 191) + Lajes em grelha 40 Lajes em grelha , concreto armado: D = > 100 cm + Lajes premoldadas 41 + Lajes premoldadas 42 Lajes premoldadas ou prefabricadas: -Cada fabricante tem um sistema de fabricação de lajes. -Assim, dimensões , vãos e cargas admissíveis variam de fabricante para fabricante, devendo ser consultado o catálogo da laje que se deseja usar, especificamente. + Lajes premoldadas 43 + Lajes premoldadas LAJES ALVEOLAR 44 Laje alveolar instalada em obra Exemplo de módulo de laje alveolar Características : 1. Construídas em concreto protendido são ideais para vencer grandes vãos; 2. Reduz a espessura média da laje, diminuindo custos de material na estrutura; 3. São montáveis e desmontáveis conferindo versatilidade ao projeto; 4. São mais resistentes que as de concreto maciço; + Lajes premoldadas LAJES ALVEOLAR 45 + 46 Lajes premoldadas LAJES ALVEOLAR 47 Características: 1. Composta por fôrma de aço ranhurado e com pinos (para dar aderência ao concreto). Esta fôrma atua como sistema estrutural e dá forma a laje; 2. A forma recebe a capa de concreto e consolida uma única pela estrutural; 3. É usada em estruturas metálicas ; LAJES STELL DECK 48 LAJES STELL DECK + As lajes de edifícios 49 Lajes maciças em concreto armado, com vigas: vãos de até 6 m - Lajes maciças em concreto protendido, com vigas: vãos de até 12 m - Lajes maciças sem vigas (cogumelo): vãos de 7 a 12 m - Lajes nervuradas em uma direção, concreto armado: vãos de 7 a 12 m - Lajes nervuradas em uma direção, concreto protendido: vãos de 7 a 15 m - Lajes grelha em concreto armado: vãos de até 30 m - Lajes grelha em concreto protendido: vãos de até 50 m + As vigas de concreto 50 Vigas em concreto armado: - Altura = 10% do vão (conceito genérico) -Largura = altura /3 - Vigas em concreto protendido: - Altura = vão / 15 (conceito genérico) - Largura = altura /2,5 + As vigas de concreto 51 Vigas em concreto armado, em balanço: - Altura = 20% do balanço (cargas pequenas) - Altura = 24% do balanço (cargas grandes) -Largura = altura /3 - Vigas em concreto protendido, em balanço: - Altura: B/12,5 < h < B/9 - Largura = altura /2,5 + EXEMPLO: Lançamento de estruturas 52 Passo 1: analisar posição das paredes no pavimento tipo: fornece uma orientação inicial sobre onde devem existir vigas e lajes. + EXEMPLO: Lançamento de estruturas 53 Primeira solução para vigas e lajes: lançamento de vigas sob todas as paredes existentes: resultou em lajes muito recortadas, ou seja, a solução apresenta um grande número de vigas, levando a um elevado consumo de madeira para a execução das fôrmas das vigas. Além disso, esta solução conduz a lajes com dimensões significativamente menores que as recomendadas na prática, induzindo ao sub-aproveitamento desses elementos estruturais. + EXEMPLO: Lançamento de estruturas 54 Passo 2 (melhoria): lançar as vigas de tal forma que lajes não fiquem muito recortadas e tenham os seus vãos compreendidos entre os valores recomendados na prática. Embora surjam paredes que se apoiam diretamente em lajes (L1, L2 e L3), esta solução resultará em maior economia de materiais para as fôrmas em relação à primeira solução. + EXEMPLO: Lançamento de estruturas 55 Passo 3: na solução escolhida para vigas e lajes, faz-se o lançamento dos pilares, preferencialmente nos cantos da edificação e nos encontros de vigas com maior vão. + EXEMPLO: Lançamento de estruturas 56 Sequência de lançamento da estrutura (neste caso): 1º: lançamento das lajes 2º: lançamento de vigas nas bordas das lajes 3º: lançamento de pilares nos encontros das vigas + EXEMPLO: Lançamento de estruturas 57 Definido o esquema estrutural, o projeto preliminar de um edifício em concreto armado pode ser realizado de acordo com as seguintes etapas: • Predimensionamento das lajes e vigas • Estimativa do carregamento vertical nas lajes, por m² • Estimativa do carregamento vertical nas vigas • Predimensionamento dos pilares • Levantamento dos carregamentos horizontais (vento) • Determinação aproximada da rigidez da estrutura perante o as ações horizontais (verificação da estabilidade global) • Determinação aproximada da flecha (horizontal) do edifício sob ações de serviço • Correção do pré-dimensionamento da estrutura para provê-la de maior rigidez, caso necessário, tendo como base as análises anteriores. + EXEMPLO: Lançamento de estruturas 58 Planta de fôrmas da edificação, baseada em elementos predimensionados: finaliza o trabalho de definição da estrutura. + EXEMPLO: Lançamento de estruturas 59 Passo 1: posição das paredes no pavimento tipo: fornece uma orientação inicial sobre onde devem existir vigas e lajes. Fonte: http://www.abenge.org.br/CobengeAnteriores/2006/artigos/1_99_263.pdf + Lançamento de estruturas 60 Passo 2: os encontros das paredes são ideais para a locação de de pilares. Porém, a locação definitiva depende do tamanho das lajes a serem usadas, e da distância mínima prevista entre os pilares (isso deve envolver a análise de todos os pavimentos do edifício). Fonte: http://www.abenge.org.br/CobengeAnteriores/2006/artigos/1_99_263.pdf + Lançamento de estruturas 61 Passo 3: o desenho de uma malha modulada sobre o pavimento facilita o lançamento de lajes no pavimento e auxilia na definição dos pontos de locação de pilares. Fonte: http://www.abenge.org.br/CobengeAnteriores/2006/artigos/1_99_263.pdf + Lançamento de estruturas 62 Passo 4: a retirada da malha auxiliar permite a visualização de lajes, vigas e pilares. As linhas contínuas mostram as vigas, as linhas tracejadas mostram paredes que se apoiam diretamente em lajes. Fonte: http://www.abenge.org.br/CobengeAnteriores/2006/artigos/1_99_263.pdf + Lançamento de estruturas 63 Fonte: http://www.abenge.org.br/CobengeAnteriores/2006/artigos/1_99_263.pdf Passo 5: deve-se verificar se a estrutura lançada é compatível com todo o edifício, principalmente com o piso de garagens. A locação de pilares deve permitir o máximo aproveitamento de espaço na garagem, para vagas de automóveis. + ESTUDO DE CASO 64 Exercício: usando-se lajes maciças em concreto armado, cujos vãos máximos devem ser de 6,0 m, analise alternativas para o lançamento da estrutura no pavimento ilustrado. Fonte: http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/Rel.%20Final%20Marcos.pdf + ESTUDO DE CASO 65 Solução proposta para o exercício anterior. Importante se observar que normalmente não existe uma única solução para o lançamento de uma estrutura. Fonte: http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/Rel.%20Final%20Marcos.pdf + bibliografia 66 ALVA, Gerson M. S. Concepção estrutural de edifícios em concreto armado. Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2007. Obs: materialdisponível em : http://arquitetonica.files.wordpress.com/2011/08/apostilaconcepc3a7c3a3o-estrutural- ufsm.pdf BARBOZA, M. R. Concepção e análise de estruturas de edifícios em concreto armado. Disponível em: http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/ concreto1/Rel.%20Final%20Marcos.pdf, acessado em 18/08/2013. OLIVEIRA, D. A.; Praiva, Z. M. C. Procedimento metodológico para o lançamento de estruturas de concreto armado convencional. Disponível em: http://www.abenge.org.br/CobengeAnteriores/2006/artigos/ 1_99_263.pdf, acessado em 18/08/2013. SERAPHIM, J. H. C. As estruturas na prática da Arquitetura. vol.1, 3ª. ed., São Paulo, Universidade Anhembi Morumbi, 1998. Notas de aula Profa Maria Regina L. Schmid Sarro http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/158/como-construir-lajes-nervuradas-com- cubas-plasticas-287744-1.aspx