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PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO ORIENTADOR 
EDUCACIONAL 
 
 
 
1 
1 
 
Sumário 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO ORIENTADOR EDUCACIONAL ........................... 0 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................................... 2 
1. PANORAMA E FORMAÇÃO BÁSICA DO ORIENTADOR EDUCACIONAL .... 3 
1.1 Aspectos Legais do Orientador Educacional no Contexto Educacional ........ 3 
1.2 A Orientação Educacional nos dias atuais ...................................................... 7 
2. ATIVIDADES DA FUNÇÃO .............................................................................. 8 
2.1 Existencial...................................................................................................... 10 
2.2 Terapêutica .................................................................................................... 11 
2.3 Recuperação ................................................................................................. 11 
3. PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL ................. 12 
3.1 Objetivos da Orientação Educacional ............................................................ 16 
4. FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL ................ 18 
4.1Na Educação Infantil ....................................................................................... 19 
4.2No ensino Fundamental .................................................................................. 20 
4.3No Ensino Médio ............................................................................................ 21 
4.4Junto às famílias dos alunos........................................................................... 23 
4.5Junto aos alunos ............................................................................................. 24 
4.6Junto aos professores .................................................................................... 25 
5. ÉTICA PROFISSIONAL ................................................................................. 26 
6. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 29 
 
 
 
file://///192.168.0.2/v/Pedagogico/EDUCAÇÃO/ORIENTAÇÃO%20EDUCACIONAL/PRÁTICAS%20PEDAGÓGICAS%20DO%20ORIENTADOR%20EDUCACIONAL/PRÁTICAS%20PEDAGÓGICAS%20DO%20ORIENTADOR%20EDUCACIONAL.docx%23_Toc117069048
 
 
 
2 
2 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho de um 
grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de cursos de Graduação 
e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma entidade capaz de oferecer 
serviços educacionais em nível superior. 
O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na sua 
formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos científicos, 
técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, transmitindo e 
propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de publicações e/ou outras 
normas de comunicação. 
Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, de forma 
confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no 
atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, conquistar o espaço de uma das 
instituições modelo no país na oferta de cursos de qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
3 
3 
1. PANORAMA E FORMAÇÃO BÁSICA DO ORIENTADOR 
EDUCACIONAL 
 
 
Figura: 1 
No artigo 64 da Lei de diretrizes e Bases da educação Nacional, LDB n° 9394/96 
encontramos que a formação de profissionais de educação para administração, 
planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será 
feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação em pedagogia 
ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta 
formação, a base comum nacional. 
Em linhas gerais, o orientador educacional, o profissional que discutiremos nessa 
apostila é aquele que se preocupa com a formação pessoal de cada estudante, atuando na 
maioria das vezes no ensino médio. 
 
1.1 Aspectos Legais do Orientador Educacional no Contexto 
Educacional 
 
 
 
 
4 
4 
 
Figura: 2 
Grinspun (2002) relata a origem da Orientação Educacional, a qual se iniciou com a 
Orientação Vocacional, nos Estados Unidos, em 1908, com um caráter de aconselhamento 
que marca toda sua trajetória. Movimentos da época teriam feito eclodir tal prática no 
mundo todo, como os movimentos em prol da psicometria, da revolução industrial, da saúde 
mental e das novas tendências pedagógicas. 
Já a preocupação com a organização escolar surgiu apenas em 1912, em Detroit, 
nos Estados Unidos, através de Jessé Davis, mas com a particularidade básica de acolher 
a problemática vocacional e social dos alunos de sua escola. 
No Brasil, segundo Grinspun (2002), a Orientação Educacional teve inicio em 1924, 
no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, também com a função de Orientador vocacional. 
Já Nérici (1976) acredita que a primeira tentativa de Orientação Educacional no Brasil deve-
se a Lourenço filho, que quando diretor do Departamento de Educação do Estado de São 
Paulo criou o “Serviço de Orientação Profissional e Educacional”, em 1931, o qual tinha 
como maior objetivo, guiar o individuo a escolha do seu lugar social pela profissão. 
 
 
 
5 
5 
Começaram a surgir, também, experiências isoladas nas escolas, nos moldes 
americanos e europeia sendo a pioneira a de Aracy Muniz Freire e Maria Junqueira Schimit, 
no colégio amaro Cavalcanti, no rio de Janeiro, em 1934 (GRINSPUN, 2002, p.18). 
Foi com as Leis Orgânicas de 1942, do ministro de Getúlio Vargas, Gustavo 
Capanema, que pela primeira vez se encontram referências explicitas à Orientação 
Educacional. Sua função teria caráter corretivo e direcionado para p atendimento aos 
alunos problemas. Outra função seria a de velar para que os estudos e descanso do aluno 
ocorressem de acordo com as normas pedagógicas mais adequadas. Também teria o papel 
de esclarecer possíveis duvidas dos alunos e orientar seus estudos para que sozinhos 
buscassem sua profissionalização. A profissão também seria regulamentada, tendo o 
Orientador Educacional que fazer um curso próprio de Orientação Educacional 
(GRINSPUN, 2002). 
Entretanto, nesta época, ainda o curso principal da Orientação Educacional seria o 
ensino técnico, em que ajudava na formação de uma mão-de-obra especializada e 
qualificada, assumindo caráter terapêutico, preventivo, psicometrista, identificando 
aptidões, dons e inclinações dos indivíduos. 
As origens da Orientação Educacional estão na Lei Orgânica do ensino Industrial de 
30 de Janeiro de 1942 e no decreto Lei n° 4244 de 04 de abril de 1942 que estabelece as 
diretrizes para a profissão como função de encaminhar os alunos nos estudos e na escolha 
da profissão, sempre em entendimento com sua família. Porem, em seu artigo 50, a 
Orientação Educacional é concebida como um processo de adaptação do sujeito ao meio 
visando os problemas dos alunos, seus desvios que perturbam a vida da escola (KROTH, 
2008). 
Com o passar dos anos, o Orientador Educacional continuou a dirigir sua atenção ao 
aluno “irregular”, tendo que, “corrigir, encaminhar, isto é, adaptar o aluno a rotina da escola, 
ao invés de dirigir a sua ação ao processo integral de desenvolvimento da atividade 
educativa”. Desta forma, se efetivava as intenções do Decreto Lei n° 4073/42 que reduz as 
funções da Orientação Educacional às atividadesisoladas do contexto da escola, 
reduzindo-a um veiculo escolar repudiado por alunos e professores. 
 
 
 
6 
6 
Em dezembro de 1968, em Brasília, foi aprovada a Lei nº 5564 que provê sobre o 
exercício da profissão do Orientador Educacional. A promulgação da Lei em 21 de 
dezembro de 1968 significou um avanço na definição e profissionalização do Orientador 
Educacional. 
Até a década de 1970, em todo nosso país, a Orientação Educacional se apoiou num 
referencial basicamente psicológico reforçando a ideologia de aptidões. 
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 5692 de 1971, a Orientação 
Educacional assume um papel fundamental, sendo a área da Orientação Vocacional a mais 
privilegiada para atender aos objetivos de ensino da própria lei (GRINSPUN, 2002). 
Orientação Educacional passa a ser obrigatória no Ensino de 1º e 2º graus, para 
atender o objetivo de “qualificação para o trabalho” e de “sondagem de aptidões”. O artigo 
10 refere-se: “Será instituída obrigatoriedade a Orientação Educacional nas escolas, 
incluindo Aconselhamento Vocacional, em cooperação com os professores, a família e a 
comunidade” (KROTH, 2008). 
A partir das determinações desta lei, a Orientação Educacional desenvolve a sua 
prática nas escolas, baseada no autoconhecimento, nas relações pessoais, sondagem de 
aptidões e interesses, informações sobre as profissões e mercado de trabalho. As técnicas 
de aconselhamento, entrevistas, aplicação de testes, inventário de interesses, 
sociogramas, atendimentos a problemas disciplinares pautam a ação cotidiana do 
Orientador Educacional. 
Portanto, em 26 de setembro de 1973, é assinado o Decreto nº 72.846 
regulamentando a Lei nº 5.564/68 que provê sobre o exercício da profissão de Orientador 
Educacional (KROTH, 2008). 
Na década de 1980, o orientador vai deixando as funções/denominações de atender 
alunos-problema, de psicólogo e facilitador de aprendizagem e vai com o tempo ostentando 
com mais autoridade técnica seu compromisso político com e na escola. A produção 
acadêmica na área da Orientação vai sendo ampliada numa dimensão mais crítica e 
questionadora; assim como os orientadores adotam uma função política comprometida com 
as causas sociais (GRINSPUN, 2002). 
 
 
 
7 
7 
Na verdade, na década de 1980, os orientadores pensam e discutem muito sobre 
sua profissão e seu papel na educação, mas acabam ficando só no teórico, pois na prática 
o que se vê é o mesmo das décadas anteriores. 
 
 1.2 A Orientação Educacional nos dias atuais 
 
 
Figura: 3 
 
 Para Grinspun (2002) atualmente, a orientação possui papel mediador junto aos 
demais educadores da escola, buscando assim o resgate de uma educação de qualidade 
nas escolas. 
Da ênfase ao individual de antes, passa-se, agora, a reforçar o aspecto coletivo, sem 
deixar de levar em conta que este é formado por pessoas com pensamentos e contextos 
sociais diferentes que as levam a pensar de maneira própria sobre as questões que lhes 
cercam, devendo elas chegar a realizações bem sucedidas. Essas novas mudanças 
começam a surgir no início da década de 1990, quando muitos acontecimentos permitem 
tal processo, passando a educação e a orientação a andarem juntas, sendo “os 
orientadores (...) os coadjuvantes na prática docente” (GRINSPUN, 2002, p. 27). 
 
 
 
8 
8 
Hoje o Orientador Educacional não atua mais por ser uma profissão que deva existir 
pela “obrigação”, pois na Lei 9394/96 não há a obrigatoriedade da Orientação, “mas por 
efetiva consciência profissional, o orientador tem espaço próprio junto aos demais 
protagonistas da escola para um trabalho pedagógico integrado, compreendendo 
criticamente as relações que se estabelecem no processo educacional” (GRINSPUN, 2002, 
p.28) 
A autora relata a importância da interdisciplinaridade dentro da escola, em que o 
trabalho de todos é realizado em conjunto, conectado, no qual todos buscam os melhores 
processos e resultados. A Orientação tem que servir para esse novo tempo, no qual a 
educação lida com o real e suas perspectivas. 
“O principal papel da Orientação será ajudar o aluno na formação de uma cidadania 
crítica, e a escola, na organização e realização de seu projeto pedagógico. Isso significa 
ajudar o aluno „por inteiro‟: com utopias, desejos e paixões. (...) a Orientação trabalha 
na escola em favor da cidadania, não criando um serviço de orientação para atender 
aos excluídos (...), mas para entendê-lo, através das relações que ocorrem (...) na 
instituição Escola” (GRINSPUN, 2002, p. 29). 
Cazela (2007) refletindo sobre a posição de Grinspun acredita que a Orientação está 
nomeada como fazendo parte da educação e por esse motivo deve pensar, hoje, nas 
dimensões sociais, culturais, políticas e econômicas na qual ela acontece. Por esse motivo, 
devem-se definir as tarefas de um orientador engajado com as transformações sociais, com 
a o momento histórico em que está inserido. 
 
 
2. ATIVIDADES DA FUNÇÃO 
 
A orientação educacional, assim como a supervisão escolar, tem recebido enfoques 
variados. 
Tradicionalmente, o orientador educacional tem sido e tem-se visto como um 
profissional, cujo papel principal é atuar com os educandos. Assim é que a orientação é 
 
 
 
9 
9 
definida como “um método pelo qual o orientador educacional ajuda o aluno na escola a 
tomar consciência de seus valores e dificuldades, concretizando principalmente através do 
estudo, sua realização em todas as suas estruturas e em todos os planos de vida”. Em vista 
disso, o mesmo faz levantamentos de dados (sondagem de aptidões), realiza sessões de 
orientação e de aconselhamento e desempenha uma série de funções de maior ou menor 
importância, relacionadas com a concepção do atendimento ao educando (CARVALHO, 
2009). 
Dentre essas atuações o aconselhamento tem sido considerado como a principal e 
mais importante. No entanto, a fundamentação, habilidade e eficácia de tal papel na escola 
têm sido largamente questionadas, face a dificuldade de o orientador educacional 
demostrar, objetivamente, que, dedicando grande parte do seu tempo contribuiu da melhor 
maneira possível para o atendimento da problemática do educando. Vejamos: 
Os modelos e técnicas de aconselhamento utilizado em orientação educacional 
desenvolveram-se originalmente no âmbito da psicoterapia, e implicitamente assumem a 
noção deque o individuo e não o ambiente em que faz parte é que deve modificar-se, pois 
é ele, individuo, e não o ambiente que está perturbado, doente ou com problemas. De fato, 
observa-se facilmente a transposição de tal concepção em posições assumidas pelo 
orientador educacional na escola, posições estas que correspondem a expectativas de 
pessoas que participam do processo educativo. Por exemplo, o aconselhamento é mais 
comumente utilizado em casos relacionados com indisciplina (Luck, 1979) e a prática 
frequente é do aluno ser encaminhado à orientação educacional com a expectativa implícita 
de que o mesmo seja modificado, corrigido. A suposição implícita é de que no aluno esta a 
causa do problema. Tal procedimento não reconhece que, muitas vezes, comportamento 
inadequado do educando são causados, dentre outros, por disfunções ambientais como, 
por exemplo, currículos e programas inadequados às suas necessidades e condições 
individuais, regulamentos inflexíveis, ou insensibilidade de professores e adultos em geral 
à individualidade do educando. 
Além da parcialidade com que vê a situação do aluno, tal posição assumida incorre 
em um erro por chocar-se com os princípios aconselhamento quanto à aceitação e 
compreensão do educando. 
 
 
 
10 
10 
Os modelos e técnicas de aconselhamento desenvolveram-se principalmente 
mediante sua aplicaçãocom alunos adultos e voluntários. A viabilidade de sua aplicação 
com outro tipo de população – na escola, a criança e o adolescente – geralmente não 
voluntários, necessita ser evidenciada empiricamente. 
 
2.1 Existencial 
 
A orientação Educacional deverá atender educandos que precisam e querem 
orientação pessoal não apenas na vida escolar, mas na vida particular auxiliando em 
situações problemas, duvidas inseguranças e incerteza (CARVALHO, 2009). 
O aconselhamento individual e mesmo em grupo, como forma principal de atuação 
em orientação educacional, obriga a uma proporção relativamente pequena de alunos em 
orientação educacional, obriga a uma proporção relativamente pequena de alunos por 
orientador educacional. Idealmente esta proporção de 450 alunos por orientador 
educacional nas escolas de Ensino Fundamental. Tal proporção, já considerada 
impraticável em países desenvolvidos como norma sistêmica, mais ainda é o entre nós, 
mais ainda considerando- se a crescente necessidade de expansão das redes públicas do 
ensino (CARVALHO, 2009). 
Numa escola com números elevados de alunos em proporção a orientadores 
educacionais, em que se adotem as funções de aconselhamento como forma principal de 
atuação, ocorre certamente o atendimento de uns poucos alunos, ficando a maioria deles 
sem receber os benefícios da orientação educacional. Mais ainda, pressionados pelo tempo 
limitado, dada a sobrecarga de alunos, tentará o orientador educacional a abreviar a 
duração e o número das sessões de aconselhamento com cada aluno e, inadvertidamente, 
o orientador poderá forçar um ajustamento prematuro e artificial. 
O atendimento individual ao educando, que vem caracterizando a orientação 
educacional, fundamenta-se no pressuposto de que os educandos têm necessidades 
especiais e que os professores não estão preparados ou não tem condições para atendê-
las. Segundo esse enfoque o orientador educacional “presta serviços” na medida em que 
emergem as necessidades (LUCK, 1978). 
 
 
 
11 
11 
Tal concepção de prestação de serviços e atendimento direto ao educando, de 
acordo com a emergência de necessidades psicoemocionais, parece ter gerado uma 
mudança na abrangência e sentido do papel do professor em relação ao aluno. Observa-
se, por exemplo, que quando o professor percebe que algum aluno seu tem dificuldades 
especiais, encaminha-o para o orientador educacional a quem transfere a responsabilidade 
de resolvê-las. Ora, o professor é figura central na formação do educando. É ele quem 
forma o aluno: o gosto ou desgosto da escola; a motivação ou não pelos estudos; o 
entendimento da significância ou insignificância das áreas e objetivos de estudo; a 
percepção de sua capacidade de aprender, de seu valor como pessoa, etc. da qualidade 
do relacionamento interpessoal professor-aluno, de responsabilidade do primeiro, depende, 
dentre outras coisas, o ajustamento emocional do aluno em sala de aula e na escola. 
Portanto, não se concebe a eficácia de uma ação para sanar dificuldades dos alunos em 
sala de aula sem a participação do professor. 
Em vista dos professores expostos, preconiza-se que o orientador educacional 
assuma funções de assistência ao professor, aos pais, às pessoas da escola com as quais 
os educandos mantêm contatos significativos, no sentido de estes se tornarem mais 
preparados para entender e atender às necessidades dos educandos, tanto com relação 
aos aspectos cognitivos e psicomotores, como aos afetivos (GRISPUN, 2006). 
 
2.2 Terapêutica 
 
 Está voltada aos educandos com dificuldades de estudo ou de comportamento cujos 
casos precisam de uma assistência mais assídua e especializada antes de enviá-lo para 
serviços psicológicos especializados. (CARVALHO, 2009). 
 
2.3 Recuperação 
 
Refere-se aos educandos que apresentam um déficit definido de aprendizagem e 
que precisa de recuperação. Esta atividade deve ser exercida em parceria com a 
 
 
 
12 
12 
Supervisão escolar. A recuperação não tem somente o objetivo de levar o educando a 
alcançar certas notas, mas pesquisar juto aos educandos as causas que os levaram a este 
estado de desinteresse, desorganização, conflito, desajuste e mau funcionamento na 
escola dentre outros (CARVALHO, 2009). 
 
3. PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL 
 
A Orientação Educacional (OE) é um processo organizado e permanente que existe 
na escola. Ela busca a formação integral dos educandos (este processo é apreciado em 
todos seus aspectos, tido como capaz de aperfeiçoamento e realização), através de 
conhecimentos científicos e métodos técnicos. A OE é um sistema que se dá através da 
relação de ajuda entre Orientador, aluno e demais segmento da escola; resultado de uma 
relação entre pessoas, realizada de maneira organizada que acaba por despertar no 
educando oportunidades para amadurecer, fazer escolhas, autoconhecer e assumir 
responsabilidades (MARTINS, 1984). 
 
 
Figura: 4 
 
 
 
13 
13 
O objetivo da Orientação Educacional, segundo Fontoura (2008, p. 291) “[...] é 
exatamente o de ocupar - se com a personalidade do educando, ajudando-o a resolver seus 
próprios problemas psicológicos e morais, bem como a tomar uma posição ético-filosófica 
em face dos problemas no mundo e da sua comunidade”. 
Katz (1963 apud MARTINS, 1984) considera que é missão do Orientador 
Educacional levar o aluno a identificação dos valores intrínsecos e, a partir disto, ele estará 
apto a perceber e fazer suas escolhas. 
Uma das atribuições que o Orientador Educacional deveria assumir segundo Garcia 
(1994), é a identificação da filosofia educacional da escola, para poder esclarecer esta 
filosofia tanto para a equipe escolar, assim como para tentar associar forças para definir 
melhor o Projeto Pedagógico da Escola (PPE), buscar mudanças para melhor atender aos 
alunos e oferecer suporte para os educandos em seu desenvolvimento. 
O serviço de OE quando se volta para a investigação da situação-problema e a 
solução na prática, há um encontro entre o conhecimento científico e os resultados 
produzidos na sociedade, estes resultados irão constituir um novo conhecimento que 
influenciará a aprendizagem do educando, por meio da ideologia que lhe é transmitida, 
pelos métodos e técnicas utilizados pelo Orientador Educacional (GARCIA, 1994). 
Garcia (1994, p. 47) faz uma ressalva sobre a prática transformadora da Orientação 
Educacional, onde diz: 
[...] a OE, enquanto prática transformadora busca o trabalho conjunto, em que todos 
os profissionais têm uma contribuição a oferecer em sua especificidade de ação [...]. 
Orientador Educacional é um especialista em relações e o Supervisor Educacional um 
especialista em metodologias, eles teriam uma ação comum na explicitação do currículo-
oculto e na redefinição dos valores que a escola pretende passar, se esta se pretende 
participante do processo de democratização da sociedade. 
 
 
 
14 
14 
 
Figura: 5 
Ele deveria ver o educando em sua realidade biopsicossocial, com todo o respeito e 
consideração, a fim de que, a partir dessa realidade, se possa erigir um a personalidade 
ajustada, segura de si e compreensiva. 
Respeitar o educando em sua realidade, qualquer que seja ela, é princípio da 
Orientação Educacional, bem como: 
► Realizar trabalho de orientação, sem criar dependências, mas orientar para a 
autoconfiança, independência, autonomia e cooperação. Em se querendo que o educando 
seja independente e respeitador, sensibilizá-lo para a necessidade de também respeitar os 
seus semelhantes. 
►O trabalho de Orientação exige o maior número possível de informes a respeito do 
educando, o que deve ser diligenciado por todos os meios. 
► Assistir todos os educandos, desde os mais aos menos carentes, bem como os 
que não revelarem carências.► Dar ênfase aos aspectos preventivos do comportamento humano, uma vez que é 
muito mais fácil evitar um acidente do que se recuperar do mesmo. Este princípio guarda 
 
 
 
15 
15 
analogia com outro de natureza médica e que diz: “um grama de prevenção vale mais que 
uma tonelada de curas”. Assim, o ideal será a Orientação Educacional agir, 
preferencialmente, de maneira profilática do que curativa. 
► Estabelecer um clima de confiança e respeito mútuo, incentivando a procura 
espontânea do Serviço de Orientação Educacional, logo que a dificuldade ou uma dúvida 
surja na vida do educando, antes que a mesma tome vulto e desoriente. 
Procurar envolver todas as pessoas com o processo de educação, como diretor, 
professores, pais, serventes, etc., para que todos cooperem com a Orientação Educacional, 
no sentido de ajudá-la a melhor ajudar o educando. 
A Orientação Educacional deve ter muito cuidado em formular juízos a respeito do 
educando, não esquecendo que este é um ser em evolução, em marcha para a maturidade 
e que uma série de fatores pode estar influenciando-o para que ocorra o comportamento 
anormal que tem apresentado. 
A Orientação Educacional deve ser levada a efeito como um processo contínuo e 
não como ação esporádica dos momentos em que faltarem professores ou que surgirem 
dificuldades maiores. Deve ser trabalho planejado para todo o ano letivo, sem aquelas 
características de tapa-buraco. 
A Orientação Educacional tem de trabalhar em estreito entendimento com a direção. 
Jamais em sentido de subserviência ou petulância, mas em sentido de cooperação, 
compreensão e respeito mútuo (KROTH, 2008). 
A Orientação Educacional não deve se envolver em pequenas questões entre 
educandos e professores. Ocorrências conflitivas de pouca intensidade são, até certo 
ponto, naturais. Assim, problemas que não ultrapassem certos limites devem ser deixados 
para que os próprios professores os resolvam. 
A Orientação Educacional deve agir, também, como órgão de estudo e de pesquisa 
de medidas que levem à superação de dificuldades de natureza disciplinar, não devendo, 
porém nunca, funcionar como “órgão disciplinador”. Deve, sim, agir como órgão que leve 
todos a tomarem consciência do grave problema da disciplina, que está inutilizando o 
trabalho de muitas escolas. 
 
 
 
16 
16 
 A Orientação Educacional deve estar aberta para a realidade comunitária, a fim de 
que o seu trabalho esteja articulado com o meio, para melhor ajudar o educando a integrar-
se no mesmo. 
A Orientação Educacional deve esforçar-se para criar na escola um clima de 
comunidade e sensibilizar a todos, quanto à necessidade de que cooperem em suas 
atividades, com entusiasmo, respeito e solidariedade (KROTH, 2008). 
 
3.1 Objetivos da Orientação Educacional 
 
Orientar o educando em seus estudos, a fim de que os mesmos sejam mais 
proveitosos e como complemento: ensiná-lo a estudar, pois sabemos que muitos alunos, 
em todos os níveis não sabem estudar, desperdiçam tempo e energia de maneira errada. 
Este objetivo é dos mais importantes e cuja efetivação deveria ter início no Ensino 
Fundamental e continuar por todos os níveis de ensino. Ensinando o educando a estudar 
em função do nível de ensino que estivesse cursando, pois muitos fracassos escolares são 
devido ao fato do educando não saber estudar, com desperdício de tempo e esforço, 
conduzindo, o educando a abandonar os estudos. Assim, é importante, que desde o início 
da escolaridade intelectual, a Orientação Educacional ensine o educando a estudar, através 
de sessões destinadas a todos os educandos de uma classe. 
► Discriminar aptidões e aspirações do educando, a fim de melhor orientá-lo para a 
sua plena realização. 
► Auxiliar o educando quanto a o seu autoconhecimento, à sua vida intelectual e à 
sua vida emocional. 
► Orientar para o melhor ajustamento na escola, no lar e na vida social em geral. É 
fundamental a interação entre educando e professor, educando e seus colegas, bem como 
educando e sua família. É importante, também, que o educando saiba manter um 
comportamento adequado nas atividades fora da escola e do lar. 
 
 
 
17 
17 
► Formar o cidadão que alimente dentro de si um sentimento de fraternidade 
universal, capaz de fazê-lo sentir-se irmão, companheiro e amigo de seu semelhante em 
todas as circunstâncias da vida. 
► Trabalhar para a obtenção de um melhor cidadão, por parte do educando, para 
que este seja um membro integrado, dinâmico e renovador no seio da sociedade. Enfim, 
desenvolver ação para que se obtenha o cidadão consciente, eficiente e responsável. 
► Levar a efeito melhor entrosamento entre escola e educando, com benefícios 
compensadores quanto à disciplina, formação do cidadão e rendimento escolar. 
► Prestar assistência ao educando nas dificuldades em seus estudos ou 
relacionamento com professores, colegas, pais ou demais pessoas. 
► Levar cada educando a explicar e desenvolver suas virtualidades. 
► Prevenir o educando com relação a possíveis desajustes sociais, que sempre 
estão eclodindo na sociedade, como fruto de uma dinâmica negativa de desagregação 
social. 
► Possibilitar aos professores melhor conhecimento dos educandos, oferecendo, 
assim, maiores probabilidades de entrosamento positivo entre ambos e mais adequada 
ação didática por parte dos professores, a fim de ser obtido maior rendimento escolar. 
► Sensibilizar, de forma crescente, professores, administradores e demais pessoas 
que trabalham na escola, para que queiram melhorar suas perspectivas atuações, visando 
à melhor formação do educando. 
► Realizar trabalho de aproximação da escola com a comunidade, a fim de 
proporcionar ao educando maiores oportunidades de conhecimento do meio e 
desenvolvimento comportamental de cidadão participante. 
 ► Favorecer a educação religiosa, com suas perspectivas transcendentais, mas 
desvinculada do compromisso sócio ideológico. 
► Trazer a família para cooperar de maneira mais esclarecida, eficiente e positivista 
na vida do educando. 
 
 
 
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► Proporcionar vivências que sensibilize o educando para os valores que se deseja 
incorporar no seu comportamento. 
► Trabalhar para instaurar na escola um ambiente de alegria, satisfação e confiança 
para que se estabeleça um clima descontraído, evitando os temores, frustrações e 
humilhações. 
► Incentivar práticas de higiene física e mental, procurando conscientizar o 
educando em relação à importância e valor da saúde, que pode ser cuidada e preservada 
individualmente, educando por educando. 
► Desenvolver admiração e respeito pela natureza, evitando depredá-la em 
quaisquer de seus aspectos: paisagem, fauna e flora. 
► Desenvolver atividades de lazer, podendo, algumas delas, em caso de 
necessidade, transformar-se em atividades profissionais. Neste particular, orientar o 
emprego adequado e higiênico de horas de folga. 
► Trabalhar para uma adequada formação moral do educando, imbuindo o de 
valores éticos necessários para uma vida digna, humana e coerente, em que o respeito ao 
próximo deve ser o motivo principal. 
► Favorecer a educação social e cívica do educando, sensibilizando-o para a 
cooperação social e deveres comunitários. Neste particular, incentivá-lo para a melhoria 
da estrutura e funcionamento da vida social, sem a marca de destruição, alertando-
o, pois em relação a certos movimentos de fundo comunitário que pregam, em nome do 
bem, o ódio, a morte, a violência e a destruição (KROTH, 2008). 
 
4. FUNÇÕES E ATRIBUIÇÕES DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL 
 
Segundo pesquisas realizadas pela Revista Nova Escola (2003) na instituição 
escolar, o orientador educacional é um dos profissionais da equipe de gestão. Ele trabalha 
diretamente com os alunos, ajudando-osem seu desenvolvimento pessoal; em parceria 
com os professores, para compreender o comportamento dos estudantes e agir de maneira 
 
 
 
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adequada em relação a eles; com a escola, na organização e realização da proposta 
pedagógica; e com a comunidade, orientando, ouvindo e dialogando com pais e 
responsáveis. 
Em relação ao aluno, contribui no seu desenvolvimento pessoal. Aos professores e 
escola de maneira geral, ajuda a organizar e realizar a sua proposta pedagógica e com o 
professor, trabalha em parceria para compreender o comportamento dos alunos e agir de 
maneira adequada em relação a eles. Ouve, dialoga e dá orientações (NOVA ESCOLA, 
2003). 
 A Orientação Educacional é entendida como um processo dinâmico, contínuo e 
sistemático, estando integrada em todo o currículo escolar sempre encarando o aluno como 
um ser global que deve desenvolver-se harmoniosa e equilibradamente em todos os 
aspectos: intelectual, físico, social, moral, estético, político, educacional e vocacional. 
 
4.1Na Educação Infantil 
 
Figura: 6 
A Orientação Educacional na Pré-Escola é muito importante no contexto escolar pelo 
papel que exerce junto à comunidade escolar. Oportuniza a visão criativa do profissional, 
na conscientização dos pais no dever de participar ativamente nas atividades escolares. 
Desperta nos educadores, pais e professores, a necessidade da observação em todos os 
momentos da vida da criança. 
 
 
 
 
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4.2No ensino Fundamental 
 
 
Figura: 7 
A Orientação Educacional no Ensino Fundamental tem duas tarefas distintas a 
executar. São elas: uma correspondente aos anos iniciais (1º aos 5 º ano) e a outra, aos 
anos finais (6º ao 9º ano). As atribuições do Orientador Educacional no Ensino Fundamental 
são: 
► Desenvolver junto ao educando, crianças que são um trabalho de adaptação dos 
mesmos no ambiente escolar; 
► Desenvolver nos educandos, atitudes de otimismo e admiração com o mundo que 
os cerca; 
► Propiciar atividades que favoreça a socialização, a confiança em si e nos outros, 
a iniciativa e a criatividade dos educandos; 
► Deve dirigir as vistas dos educandos para os horizontes do mundo, para que 
descubram, com encanto, o próximo, em movimento de distanciamento dos dois centros 
que são o lar e a escola; 
► Habituá-los a viver e a conviver no ambiente escolar para que no mesmo se 
ajustem e melhor revejam suas potencialidades, a fim de melhor serem atendidos e 
orientados; 
► Observar os educandos quanto às suas peculiaridades de comportamento e 
temperamento, com a cooperação dos professores; 
 
 
 
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► Nos últimos anos do Ensino Fundamental, o Orientador deve dedicar-se com mais 
afinco à exploração e desenvolvimento das aptidões e preferências do educando. Vê-se, 
então, a necessidade de se intensificar o funcionamento das atividades extraclasses, bem 
como as oportunidades de visitas, excursões e estágios, para que aptidões e preferências 
tenham mais oportunidades de se manifestarem e se desenvolverem; 
 
 
 
4.3No Ensino Médio 
 
 
Figura: 8 
 
O Ensino Médio tem por objetivo proporcionar ao educando a formação necessária 
ao desenvolvimento de suas potencialidades com elementos de auto realização, 
preparação para o trabalho e o exercício consciente da cidadania. Preocupa-se em 
esclarecer quanto à formação profissional, além, da incumbência de melhor orientar o 
jovem numa formação profissional. Tem a preocupação de orientar quanto às aptidões, 
tipos de profissões para os níveis técnicos ou universitários. 
As atribuições do Orientador Educacional no Ensino Médio são: 
 
 
 
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► Realizar serviço integrado com o Serviço de Supervisão Escolar, visando o 
acompanhamento do rendimento escolar do aluno; 
► Participar dos Conselhos de Classe dando aconselhamento psicopedagógico 
oferecendo e coletando informações; 
► Propor atividades que favoreçam as relações interpessoais, aluno x professor e 
aluno x aluno e demais elementos da escola; 
► Participar da elaboração do Plano do SOE e do Plano da Escola; 
Participar do critério para a constituição de turmas; 
► Selecionar atividades e desenvolvê-las atendendo as necessidades dos alunos 
para melhor conhecimento de si e do grupo; 
► Participar da compatibilização do Regimento Interno com a Legislação e Diretrizes 
propostas pelo currículo; 
► Participar das atividades de sondagem para a elaboração do diagnóstico da 
população escolar e da comunidade; 
► Participar da avaliação interna da Escola e do Serviço; 
► Manter atualizado o dossiê do aluno; 
► Assistir ao aluno individualmente ou em grupo em sessões programadas e 
sistemáticas; 
► Programar e coordenar atividades de informação profissional, envolvendo 
professores, família e comunidade; 
► Promover e/ou participar de reuniões e /ou sessões de estudo com professores; 
► Manter-se informado sobre as necessidades do mercado de trabalho; 
► Participar e acompanhar a execução de projetos e atividades especiais 
desenvolvidas na escola, oriundos de órgãos superiores; 
► Manter-se atualizado em assuntos educacionais (PROCAMPUS, 2010). 
 
 
 
 
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4.4Junto às famílias dos alunos 
 
 
Figura: 9 
Falamos várias vezes da importância do contato e manutenção de uma boa relação 
do orientador com as famílias. Pois bem, junto a elas o OE pode: 
► Entrevistar os pais para troca de dados e informações acerca do aluno; 
► Propiciar aos pais o conhecimento de características do processo de 
desenvolvimento psicológico da criança, bem como de suas necessidades e 
condicionamentos sociais; 
► Refletir com os pais o desempenho dos seus filhos na escola e fornecer as 
observações sobre a integração social do aluno na escola, verificando variáveis externas 
que estejam interferindo no comportamento do aluno, para estudar diretrizes comuns a 
serem adotadas; 
► Orientar a família por meio de reuniões individuais com os pais, em pequenos 
grupos e nas reuniões bimestrais programadas constantes do Calendário Escolar. 
Alguns objetivos específicos relacionados aos pais seriam: 
 
 
 
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► Oferecer às famílias subsídios que as orientem e as façam compreender os 
princípios subjacentes à tarefa de educar os filhos, para maior auto realização dos mesmos; 
► Garantir o nível de informações a respeito da vida escolar dos alunos; Interpretar 
e encaminhar dúvidas, questionamentos. 
► Promover entrevistas solicitadas pelas famílias e pela escola; 
► Promover palestras junto ao serviço de supervisão e Colegiado Escolar 
(denominado também de APM – Associação de Pais e Mestres) (PROCAMPUS, 2010). 
 
4.5Junto aos alunos 
 
Nos objetivos voltados para os alunos podemos incluir: 
► Realização de sessões de orientação com cada turma/ano/série, previamente 
agendadas em calendário, onde o O.E estará propondo temas (textos, trabalhos em grupo, 
vídeo, informática, debates, atividades extraclasse, etc.) que vão ao encontro dos objetivos 
propostos e às necessidades e interesses da faixa etária a ser trabalhada; 
► Realização de reuniões com representantes de classe e/ou comissões; 
► Participação dos eventos da escola (atividades extraclasse, jogos, festa junina, 
encontros, viagens, etc.); 
► Realização de atendimentos individuais e/ou pequenos grupos; 
► Atendimentos individuais, sempre que for necessário para análise e reflexão dos 
problemas encontrados em situações de classe, recreios, desempenho escolar, 
pontualidade, cuidado com material de uso comum, relacionamento com os colegas de 
classes e outros alunos do colégio, respeito aos professores e funcionários; 
► Atendimentos grupais sempre que for necessário para reflexão de problemas 
citadas acima ocorridasem situações de grupo. 
► Esclarecer quanto a regras e sanar dúvidas no que diz respeito ao cumprimento 
das normas do colégio. 
 
 
 
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4.6Junto aos professores 
 
 
Figura: 10 
Objetivos específicos relacionados aos professores: 
► Assessorar o professor no acompanhamento e compreensão de sua turma; 
► Integrar-se às diversas disciplinas visando o desenvolvimento de um trabalho 
comum e a formulação das habilidades didático-pedagógicas a serem desenvolvidas com 
os alunos; 
► Garantir a continuidade do trabalho; 
► Avaliar e encaminhar as relações entre os alunos e a escola; 
► Assessorar o professor na classificação de problemas relacionados com os 
alunos, colegas etc.; 
► Desenvolver uma ação integrada com a coordenação pedagógica e os 
professores visando à melhoria do rendimento escolar, por meio da aquisição de bons 
hábitos de estudo. 
Atividades junto aos professores: 
► Divulgação do perfil das classes; 
 
 
 
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► Organização de arquivos e fichas cumulativas; 
► Proposição de estratégias comum entre os professores, coordenação e 
orientação; 
► Análise junto à coordenação dos planejamentos das diversas disciplinas; 
► Realização de atendimentos individuais e/ou grupo nas reuniões de curso para 
receber ou fornecer informações necessárias dos alunos; 
► Realização de atendimentos individuais na O.E para fornecer ou receber 
informações necessárias dos alunos; 
► Análise e avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos dos alunos, das 
classes junto à coordenação para posteriores encaminhamentos; 
► Participação nas reuniões de curso; 
► Participação na preparação e realização dos Conselhos de classe; 
► Participação nos eventos da escola; 
► Organização e participação junto à coordenação das atividades extracurriculares 
(PROCAMPUS, 2010). 
 
 
5. ÉTICA PROFISSIONAL 
 
 
 
 
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Figura: 11 
 
(Princípios Éticos na atuação do Orientador Educacional) 
 
O trabalho de um orientador educacional reveste-se de grande importância, 
complexidade e responsabilidade e, para que seja realizado a contento, exige-se muito 
desse profissional, não só em termos de formação, de atualização constante e de 
características de personalidade como também de comportamento ético (CARVALHO, 
2009). 
Em 1979 o governo publicou no Diário Oficial da União (DOU) um código de ética 
elaborado especificamente para o Orientador Educacional e como todo profissional, ele 
deve ter sua atuação pautada por princípios éticos. O comportamento ético em relação às 
informações sobre alunos, funcionários, e pessoas da comunidade, é um dos principais 
aspectos a serem considerados. 
Como a interação do Orientador Educacional com os orientadores se caracteriza 
pelo seu caráter de relação de ajuda, tanto o aluno pode expor, espontaneamente, fatos ou 
situações de cunho pessoal ou familiar, como o Orientador pode necessitar fazer 
indagações sobre a problemática em questão. Esses dados, por serem de fato sigiloso ou 
confidencial, não devem ser alvo de comentários com outras pessoas, quaisquer que sejam 
as circunstâncias. Esse cuidado é de vital importância porque a condição básica para o 
 
 
 
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estabelecimento de uma relação de ajuda eficiente é a confiança (CARVALHO, 2009; 
BRASIL, 1979). 
O sigilo das informações constantes dos prontuários dos alunos deve ser igualmente 
preservado. Assim, questionários preenchidos com dados mais íntimos sobre o aluno e 
seus familiares; resultados de entrevistas e de testes e opiniões de professores sobre 
determinado aluno devem ser mantidos fora do alcance de pessoas que, propositada ou 
equidistante, possam procurar acirrar os ânimos, mas, sempre que possível, acalmar as 
partes, buscando o entendimento entre elas, negociando soluções que, a o contentar a 
todos, restabeleçam o necessário equilíbrio (CARVALHO, 2009). 
O mesmo comportamento ético deve ser observado quando algum motivo como 
busca de status, de poder ou de prestígio, acabem se manifestando e envolvendo os 
profissionais em disputas ou tramas pessoais. Nessas ocasiões, informações 
verdadeiras ou não podem ser usadas indevidamente para prestigiar ou prejudicar uns e 
promover ou favorecer outros. 
É importante, ainda, ressaltar, além do comportamento profissional, alguns aspectos 
éticos de sua conduta pessoal, pois, devido à multiplicidade de interações que estabelece 
com as pessoas, que queira, quer não, ela acaba por tornar uma figura muito exposta, 
conhecida e visada, na escola e na comunidade. 
Ressalte-se, também que, ao interagir com pessoas de diferentes faixas etárias, 
“status” e nível sócio-econômico-cultural, o comportamento do profissional estará sendo 
observado, podendo até vir a servir de “modelo” para alguns, o que vem aumentar uma 
conduta ética irrepreensível. 
Na instituição escolar, como um todo, dado a natureza do processo educativo, é 
importante que sejam observados princípios éticos e, em particular na área de Orientação 
Educacional, é imprescindível que tais preceitos sejam rigorosamente seguidos. 
Os grupos sobrevivem quando estabelecem trocas com a coletividade num 
intercâmbio que leva ao mútuo enriquecimento. Assim o grupo constitui e consolida um 
código que lhe assegure a unidade. Todos os profissionais vivem esta dinâmica. Os 
direitos, os deveres, os privilégios os congregam, emprestam rigidez aos laços de união, 
reforçam os caracteres comuns. Pela formação de uma consciência profissional, pontos 
 
 
 
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falhos poderão ser sanados e pouco a pouco teremos uma classe mais respeitada, 
conceituada e consolidada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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