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ARTES VISUAIS, HISTÓRIA E 
SOCIEDADE – BRASIL 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Larissa Priscila Bredow Hilgemberg 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta etapa, o tema central é a arte colonial brasileira. O objetivo desta 
etapa é abordar os antecedentes europeus: o barroco na Itália e em Portugal. 
Também identificaremos as particularidades do barroco de cada região do Brasil, 
como Rio de Janeiro e Pernambuco, e abordar de forma pontual as 
características do barroco nas igrejas baianas e nas igrejas mineiras. Por fim, 
conversaremos sobre os grandes mestres barrocos, de forma a compreender a 
linguagem do barroco brasileiro a partir de suas obras. 
TEMA 1 – OS ANTECEDENTES EUROPEUS 
O barroco surgiu na Europa entre os séculos XVI e XVII, tendo como 
principais características a assimetria, a extravagância e a relação com a 
emoção em detrimento à razão. O barroco brasileiro foi inspirado e influenciado 
principalmente pelo barroco de países católicos como Itália e Portugal e, desta 
forma, apresenta uma relação intrínseca com a religião católica. 
A Igreja Católica foi patrocinadora de artistas e da arte tanto em países 
como Portugal, quanto em suas colônias, como o Brasil. Neste sentido, não é 
possível pensar em arte neste período sem considerar sua relação direta com a 
religiosidade e com a temática religiosa. 
Em Portugal, o barroco se misturou ao rococó. O rococó, arte criada na 
França (o nome rococó provém de técnicas decorativas feitas em gesso 
espiraladas e com arabescos), não é uma expressão religiosa, mas uma arte 
voltada à corte. 
Conhecido como barroco tardio, o barroco português apresenta, ao 
mesmo tempo, a extravagância e o apelo emocional do barroco, assim como 
cores suaves e pastéis e a forma de roca (concha achatada) do rococó francês. 
Nesse contexto, o rococó assume características religiosas ao se misturar ao 
barroco e à arte religiosa portuguesa, como podemos verificar na imagem abaixo 
do interior da Catedral de Sé de Braga em Portugal: 
 
 
3 
 
Créditos: Diego Grandi/Shutterstock. 
A data de início do barroco na Europa é algo que causa discussão entre 
historiadores, sendo seu início a partir da contrarreforma no fim do século XVI 
até o início do século XVII. 
O barroco é reforçado nos países católicos a partir da contrarreforma, 
colaborando com a Igreja. Da mesma forma, as colônias também recebem essa 
arte como forma de alicerçar a doutrina católica. Neste sentido, Portugal traz a 
proposta da criação de igrejas tendo como base esse barroco tardio, que acaba 
por se diferir daquele europeu. 
Enquanto na Europa o barroco é mais rígido, soturno ou mesmo, em 
alguns momentos, mórbido; no Brasil temos um barroco muito mais contente e 
festivo, otimista. 
TEMA 2 – O BARROCO DE CADA REGIÃO DO BRASIL: PARTICULARIDADES 
O barroco no Brasil, influenciado diretamente pelo barroco português, 
esteve presente principalmente na arquitetura. A Igreja Católica contratava os 
artistas e encomendava as obras para compor os altares e o restante das 
paredes e tetos das igrejas e capelas. 
De acordo com Daldegan e Dottori (2016), a Igreja se mostrava como uma 
instituição celestial e utilizava a arquitetura como forma de se apresentar na 
Terra como poderosa e como entrada para os céus: 
 
 
4 
Mesmo quando a escola da arquitetura era pequena — como 
aconteceria com muitas igrejas barrocas portuguesas e brasileiras no 
reino de João V, em Salvador e no Rio de Janeiro —, os arquitetos 
procuravam criar espaços que inspirassem e infundissem respeito: as 
construções sugerem movimento, sublinhado pela decoração desde a 
porta de entrada até o centro da igreja, o altar. Todos os elementos são 
calculados para produzir uma impressão de poder e autoridade. 
(Daldegan; Dottori, 2016, p. 162) 
Muito presente nos Estados da Bahia e de Minas Gerais, a produção 
barroca também é identificada em outros locais brasileiros como o Rio de Janeiro 
e Pernambuco. 
Um dos nomes do barroco no Rio de Janeiro é o de Mestre Valentim, 
responsável pelo adorno de igrejas, como a Igreja de Santa Cruz dos Militares e 
o altar da Igreja de São Francisco de Paula, onde verificamos o arco em torno 
do altar, o movimento espiralado, os tons pastéis do barroco tardio e a 
extravagância e suntuosidade: 
 
Créditos: Rafa Barcelos/Shutterstock. 
Contemporâneo a Mestre Valentim, Mestre Inácio também era entalhador 
e arquiteto e produziu adornos para diferentes igrejas cariocas como a Igreja de 
Nossa Senhora do Monte do Carmo, Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, 
Capela das Relíquias do Mosteiro de São Bento. Na imagem abaixo, podemos 
verificar o altar da Capela das Relíquias, identificando a extravagância do 
barroco ao mesmo tempo em que percebemos os arabescos e movimento 
espiralados – o trabalho feito no Mosteiro não foi obra única de Mestre Valentim, 
mas ele continuou o trabalho de freis e frades: 
 
 
5 
 
Créditos: Alexandre Malta/Shutterstock. 
Apesar de serem contemporâneos no Rio de Janeiro e de ambos 
trabalharem com o mesmo estilo, rococó, o trabalho de Mestre Valentim e de 
Mestre Inácio tinham diferenças na questão ornamental, como indicado por 
Rabelo (2001). Enquanto o trabalho de Inácio é solene e sóbrio, com projeto 
arquitetônico com repetição de elementos e conjuntos ornamentais, os 
revestimentos utilizados eram predominantemente dourados. Já a obra de 
Valentim é delicada e intimista, atendo-se ao passado e fazendo referência ao 
repertório joanino. Seu projeto era antes decorativo que arquitetônico, com 
variedade e inventividade, a opção nos revestimentos era tanto de dourado 
quanto de policromado. 
No Estado de Pernambuco, a produção açucareira trouxe riqueza para a 
região, o que também influenciou na construção e decoração das igrejas. De 
acordo com Neves (2005), houve duas fases do barroco em Pernambuco. Na 
primeira fase — em torno de 1680 — encontra-se a construção da Igreja Madre 
de Deus, em Recife, e o trabalho de cantaria no nicho da Igreja de Nossa 
Senhora do Desterro, em Olinda, e na porta da Igreja do Divino Espírito Santo. 
Esta fase apresenta feições quinhentistas, com volutas horizontalizadas e com 
pouco movimento. A segunda fase, que pode ser chamada de barroco-rococó — 
de 1720 até 1840 — apresenta obras mais exuberantes e com mais movimento. 
Nesta fase encontramos o trabalho de cantaria em igrejas recifenses como São 
Pedro dos Clérigos, Carmo e Rosário dos Pretos. 
 
 
6 
Na cidade de Recife, a Capela Nossa Senhora da Conceição das 
Jaqueiras, também conhecida como Capelinha das Jaqueiras, tem uma torre 
apenas — traz a ideia de assimetria do barroco. Mas também tem características 
rococós como o frontão não reto, janelas pequenas e curvas. Internamente, 
verificamos o tom azulado nos azulejos, o teto quadrangular (hexágono) e a cena 
bíblica pintada no teto — aproximação com o céu. 
Outra igreja do período barroco que encontramos em Recife é a Igreja de 
São Pedro dos Clérigos, idealizada pelo Mestre Manuel Ferreira Jácome e 
construída entre 1728 e 1782. A igreja apresenta torres simétricas, tochas nas 
quinas e cúpula imponente: 
 
Créditos: Helissa/Adobe Stock. 
O que se percebe do barroco nos dois Estados, Rio de Janeiro e 
Pernambuco, é que no Rio de Janeiro encontramos uma arquitetura mais 
suntuosa e extravagante, enquanto as igrejas pernambucanas barrocas têm 
formas mais simples, embora também apresentem características rococós. 
 
 
 
 
7 
TEMA 3 – AS IGREJAS BAIANAS 
O barroco baiano tem características muito particulares, sendo 
influenciado diretamente pelo trabalho de artistas italianos, que trazem o estudo 
da ilusão a partir da perspectiva e da profundidade, bem como o trabalho com o 
contraste entre claro e escuro, as cores quentes (em contraposição aos tons 
pastéis encontrados no barroco de outras regiões) e as temáticas religiosas que 
enaltecem a Virgem Maria e os santos católicos.A capital, Salvador, possui em torno de oitenta construções, entre igrejas, 
casas e Casas Grandes, que remetem ao estilo barroco. Mas é no recôncavo 
baiano que encontramos uma coleção ainda mais rica do período barroco. As 
famílias mais abastadas da época queriam ter em suas casas e moradias a 
mesma arquitetura e expressão artística das igrejas da época. 
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia tem em seu interior 
uma das principais e mais imponentes pinturas barrocas, produzida por José 
Joaquim da Rocha. A pintura, presente no teto, se chama A Glorificação do 
Cordeiro de Deus e apresenta as principais características indicadas 
anteriormente, como a ilusão dada a partir da perspectiva, a profundidade, o 
contraste entre claro e escuro e a imponência dos personagens. Além disso, 
também apresenta talha dourada, curvas e rocas. Não só o teto, mas todo o 
interior da igreja apresenta as características barrocas e rococós. 
Uma informação interessante sobre a Igreja de Nossa Senhora da 
Conceição da Praia é que sua parte externa, construída cinquenta anos antes 
do seu interior, é muito diferente e não apresenta as características barrocas. 
Outra igreja barroca do mesmo período e que se encontra em Salvador é 
a Igreja de São Francisco e Ordem Terceira de São Francisco, localizada no 
Pelourinho. A igreja, que é parte de um convento, foi destruída durante a invasão 
holandesa e reconstruída entre 1708 e 1723. Ela é um dos conjuntos artísticos 
mais ricos da época, seu interior é ricamente adornado com dourado, azulejaria 
portuguesa, imagens que remetem às pinturas europeias e as esculturas e 
mobiliários representam também o período barroco-rococó. 
A igreja, como aponta Van de Port (2017), tem em seu interior, além de 
uma tempestade dourada (uma confusão de ornamentos dourados), o aspecto 
denominado horror vacui, o medo dos espaços vazios do barroco. Cada parede, 
 
 
8 
cada espaço do teto, toda a igreja é totalmente preenchida, sem espaços em 
branco. 
 
Créditos: JOA SOUZA/Adobe Stock. 
Também encontramos o trabalho ilusório a partir da perspectiva. 
 
Créditos: LEONARDO/Adobe Stock. 
E por toda a igreja encontramos esculturas que remetem a histórias 
bíblicas e à relação com o divino. 
 
 
9 
 
Créditos: ZIG KOCH/Adobe Stock. 
TEMA 4 – IGREJAS MINEIRAS 
A exploração do ouro e outros minérios possibilitou que a região de Minas 
Gerais se desenvolvesse e crescesse, principalmente a partir do século XVIII. 
Os exploradores europeus, católicos, levavam consigo a fé e ao seguirem para 
dentro do país construíam pequenas capelas de barro e de madeira. Essas 
igrejas já seguiam o estilo barroco, mas eram simples e ficavam no caminho ou 
próximo às áreas de mineração. 
Aos poucos, as aldeias e cidades eram erguidas e igrejas maiores e mais 
requintadas eram construídas, apresentando a divisão arquitetônica clássica 
para o período com nave, capela-mor e sacristia. No exterior, encontramos uma 
ou duas torres, uma central e outra lateral — para a colocação dos sinos. 
Assim, as cidades e regiões que mais tinham ouro para ser explorado são 
as que mais apresentam as igrejas e construções barrocas, como é o caso de 
Ouro Preto, Mariana e Congonhas. Por serem regiões de difícil acesso, poucos 
artistas europeus chegaram a elas e as construções e adornamentos ficavam a 
cargo dos mestres carpinteiros, seguindo principalmente o gosto português do 
barroco. 
Em Ouro Preto, encontramos mais de vinte igrejas construídas no período 
barroco, algumas mais simples e outras mais extravagantes, mas todas 
apresentam as características barrocas-rococós. Abaixo, podemos verificar a 
parte externa de duas igrejas da cidade, a primeira, Igreja Nossa Senhora do 
Rosário, construída entre 1731 e 1733, tem uma singularidade: retoma o barroco 
 
 
10 
italiano e não o português. A capela-mor e a nave têm formato de duas elipses, 
o frontão é contracurvado e as torres são cilíndricas. 
 
Créditos: Gabrielle/Adobe Stock. 
A segunda é a Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Perdões, também 
conhecida como Mercês de Baixo, foi dedicada aos negros. Construída a partir 
de 1740, teve alterações e ficou pronta somente em 1772. Sua nave foi 
desenhada por Aleijadinho. 
 
Créditos: PedroJanoti/Adobe Stock. 
Da parte interna, também encontramos as características barrocas, como 
as talhas douradas, os movimentos circulares e o excesso de preenchimento, 
como na Basílica de Nossa Senhora do Pilar, igreja mais antiga da cidade, data 
 
 
11 
de 1712. Em 1728, os fiéis decidiram demolir a pequena igreja e construir uma 
nova, que é a que vemos abaixo. 
 
Créditos: MARCELO/Adobe Stock. 
As igrejas mineiras são as que apresentam mais características do rococó 
religioso nos modos da Europa. Diferente de outros Estados como o Rio de 
Janeiro, em Minas Gerais as pinturas e adornos são apresentados de forma mais 
simples, aproximando os céus e o divino dos fiéis. A suavidade das cores e a 
delicadeza do rococó são muito mais presentes do que as características 
barrocas como o exagero e a assimetria. 
TEMA 5 – GRANDES MESTRES 
Os dois mestres carpinteiros mais conhecidos do período barroco são 
mineiros. O primeiro é Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho, 
que viveu de 1738 a 1814. O segundo é Manuel da Costa Ataíde, o Mestre 
Ataíde, que viveu de 1762 a 1830. 
Dentre todos os mestres e personagens do período barroco, Aleijadinho 
é o mais conhecido e importante. O artista e arquiteto era filho de um mestre de 
obras português com uma mulher negra escravizada, e aprendeu grande parte 
de suas habilidades com o pai. 
Aleijadinho sofria de uma doença degenerativa que afetava seu processo 
artístico. Embora não se saiba ao certo qual era a doença, sabe-se que começou 
aos 47 anos e resultou em deformidades físicas dolorosas, levando-o a uma vida 
de solidão e escuridão, evitando o contato social (Aleixo, 2004). Essa doença 
 
 
12 
também influenciou suas obras: antes de adoecer, suas criações eram claras e 
serenas, mas após o início da doença, sua arte se tornou mais gótica e 
expressionista (Perigo, 2016). 
Uma de suas principais obras, realizada durante o período da doença, é 
uma coleção de esculturas construídas entre 1796 e 1806, que compõem o 
Santuário do Bom Jesus do Matosinhos, na cidade de Congonhas. O Santuário 
inclui uma igreja, um adro e seis capelas. Aleijadinho produziu 66 estátuas de 
cedro representando os passos da Paixão de Cristo, além de 12 estátuas em 
pedra-sabão que representam os 12 profetas. As estátuas de cedro estão nas 
capelas, enquanto os profetas estão no adro. 
 
Créditos: Pedro/Adobe Stock. 
 
Créditos: Pedro/Adobe Stock. 
 
 
13 
Desde 1985, devido à importância de suas obras, o Santuário foi 
reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Aleijadinho 
também foi responsável pelo projeto, esculturas e talha de uma das igrejas mais 
conhecidas de Ouro Preto, a Igreja de São Francisco de Assis. A pintura e 
decoração interna ficaram a cargo de Mestre Ataíde. 
Mestre Ataíde apresenta em suas pinturas características específicas do 
barroco, como imagens de santos e anjos, tetos representando céus, cores vivas 
— principalmente o azul — e o emprego de perspectiva e ilusão de ótica, como 
vemos na imagem abaixo. 
 
Créditos: Caio Pederneiras/Shutterstock. 
NA PRÁTICA 
Um oratório é uma capela doméstica, construída a partir de um nicho ou 
armário. Era comum em Minas Gerais no período colonial e seguia as 
características barrocas-rococós das igrejas. Feitos em diferentes tamanhos e 
com diferentes materiais, carregavam dentro de si imagens pintadas ou 
pequenas esculturas de santos, anjos, da Virgem Maria ou de cenas bíblicas. 
Abaixo, verificamos um oratório em uma Casa Grande em Diamantina, Minas 
Gerais: 
 
 
14 
 
Créditos: Wagner Campelo/Shutterstock. 
A partir do que estudamos sobre o barroco brasileiro, produzaseu 
oratório. Pesquise imagens de oratórios para se inspirar. Escolha uma imagem 
de santo ou de cena bíblica. 
Para o oratório, você precisará de uma folha de Eucatex, Papelão Paraná 
ou outro papel rígido; tesoura, cola, tintas coloridas e tinta 3D na cor dourada, 
caixa de sapato. Para produzir seu pequeno oratório, siga as etapas: 
• Recorte dois retângulos do papel rígido, um com 10x15cm e outro com 
15x20cm; 
• Cole a imagem escolhida no papel de tamanho 10x15cm, ou, então, pinte-
o de azul ou outra cor viva; 
• Recorte o centro do papel de tamanho 15x20 como se fosse uma letra U 
de cabeça para baixo; 
• Recorte as laterais do papel com motivos curvilíneos, como o S e o C; 
• Contorne esses motivos com a tinta dourada; 
• Recorte duas tiras de 4cm do papel rígido, enrole e cole nas extremidades 
da imagem impressa; 
• Cole o papel em U invertido por cima do papel com a imagem; 
• Pinte a caixa de sapato e abra a tampa; 
• Pode fazer motivos curvilíneos também na caixa; 
• Cole os papéis rígidos dentro da caixa de sapato. 
 
 
 
15 
FINALIZANDO 
Nesta etapa, aprendemos sobre o barroco e o barroco tardio. Começamos 
identificando as características do barroco na Europa, principalmente em 
Portugal, onde houve a mistura com o rococó francês. Compreendemos que o 
barroco serviu para a Igreja Católica difundir sua doutrina, tanto na Europa 
quanto nas Colônias. 
No Brasil, identificamos as características do barroco a partir de diferentes 
regiões brasileiras, conhecendo o trabalho de mestres cariocas, seguindo para 
o trabalho em Pernambuco. Posteriormente, nos atentamos às obras e igrejas 
baianas e mineiras. 
Para finalizar, conhecemos dois grandes mestres: Aleijadinho e Mestre 
Ataíde. 
 
 
 
16 
REFERÊNCIAS 
ALEIXO, J. L. M. Aleijadinho: o gênio do barroco mineiro e sua enfermidade. 
Revista Mineira de Saúde Pública, ano 3, n. 5, jul./dez. 2004. Disponível em: 
<https://docs.bvsalud.org/biblioref/coleciona-sus/2004/28167/28167-384.pdf>. 
Acesso em: 25 maio 2024. 
DALDEGAN, V.; DOTTORI, M. Elementos de história das artes. Curitiba: 
InterSaberes, 2016. 
NEVES, A. L. A arquitetura religiosa barroca em Pernambuco – séculos XVII a 
XIX. Arquitextos, ano 05, maio de 2005. Disponível em: 
<https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.060/465>. Acesso em: 25 
maio 2024. 
PERIGO, K. Diversidade e resistência: a construção de uma arte brasileira. 
Curitiba: InterSaberes, 2016. 
RABELO, N. R. M. A originalidade da obra de Ignácio Ferreira pinto no 
contexto da talha carioca na segunda metade do século XVIII. Dissertação 
(Mestrado em História e Teoria da Arte) – Universidade do Rio de Janeiro, Rio 
de Janeiro, 2001. 
VAN DE PORT, M. Tempestade dourada: o êxtase da Igreja de São Francisco, 
Salvador da Bahia, Brasil. Traduzido por Pietro Camila de Pieri Benedito. 
Revista Áskesis, São Carlos, v. 6, n. 1, 2017. Disponível em: 
<https://www.revistaaskesis.ufscar.br/index.php/askesis/article/view/253>. 
Acesso em: 25 maio 2024. 
 
	CONVERSA INICIAL
	TEMA 1 – OS ANTECEDENTES EUROPEUS
	TEMA 2 – O BARROCO DE CADA REGIÃO DO BRASIL: PARTICULARIDADES
	TEMA 3 – AS IGREJAS BAIANAS
	TEMA 4 – IGREJAS MINEIRAS
	TEMA 5 – GRANDES MESTRES
	NA PRÁTICA
	FINALIZANDO
	REFERÊNCIAS

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