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• Hipoglicemia (queda brusca da glicose no sangue). Para metabo­
lisar o álcool, o organismo utiliza algumas enzimas que também 
participam da produção de g licose. Como essas enzimas estão 
sendo utilizadas no metabolismo do álcool, ocorre a queda no 
níve l de g licose para o cérebro e outras regiões do organismo, 
provocando sintomas de fraqueza e mal-estar. 
• Desidratacão. Uma das acões do etanol no cérebro é inativar o • • 
hormônio antid iu rético (ADH, Antidiuretic Hormone), responsável 
pela reabsorção de toda água fi ltrada pelo rim. Ao ser inibido, toda 
água que passa pelo rim é elim inada na urina, provocando sintomas 
de boca seca, sede, dor de cabeça, irritação e cã ibras. 
Não existe remédio que cure ressaca, nem que acelere o meta­
bolismo do etanol. Os médicos indicam hidratação, glicose e repouso. 
Pessoas acostumadas a beber, de estrutura física robusta ou de 
origem ocidental sentem menos os efeitos do álcool e, exatamente 
por isso, têm maior probabilidade de se tornarem alcoólicos. 
E o que é ser alcoól ico? O que é alcoolismo? A definição mais 
clara e simples para essa questão é a do professor de psiquiatria 
Donald W. Goodwin, da Universidade do Kansas: 
Alcoólico é a pessoa que bebe, tem problemas crescentes pelo fato 
de beber, quer parar de beber, mas continua bebendo. 
O alcoolismo é uma doença muito grave que não afeta apenas o 
doente, já que os comportamentos do alcoólico atingem todos os 
que convivem com ele. Existem grupos de apoio a alcoólicos e pro­
fissiona is especializados em alcoolismo que podem ser muito úteis 
no processo de recuperação. Devemos sempre ter em mente que o 
alcoólico é uma pessoa doente e precisa de ajuda. 
Além de estar associado à desagregação familiar, às perdas ma­
teriais e ao desequi líbrio emocional, o álcool é responsável por: 
• 60% dos acidentes de trânsito no Brasil; 
• 70% dos laudos das mortes violentas. 
O consumo excessivo do álcool gera altos 
custos para a sociedade e deve ser encarado 
como um sério problema de saúde pública. 
Estima-se que um em cada três leitos hos­
pitalares no Brasi l é ocupado em decor­
rência direta ou indireta do consumo 
abusivo de álcool. 
O alcoolismo é uma doença grave 
que precisa de t ratamento. 
~ alcoólicos podem desenvolver 
várias doenças, sendo as mais 
frequentes: 
• doenças do fígado, como 
degeneração gordurosa hepática, 
hepatite alcoólica e cirrose; 
• problemas do sistema digestório, 
como gastrite, síndrome da má 
absorção e pancreatite; 
• polineurite alcoólica, 
caracterizada por dor, 
formigamento e cãibras nos 
membros inferiores; 
• problemas no sistema 
cardiovascular, como hipertensão, 
e problemas no coração. 
O consumo de bebidas alcoólicas 
durante a gestação também pode 
prejudicar o feto; quanto maior o 
consumo, maior a chance de a 
criança nascer com problemas. 
Além disso, como o álcool pode 
passar para o bebê através do leite 
materno, a abstinência alcoólica 
deve ser mantida durante a 
amamentação. 
Para saber mais sobre o alcoolismo 
consulte: <www.campinas.sp.gov. 
br/govemo/cidadania-assistencia­
e-inclusao-social/prevencao-as-
drogas/tipos-de-drogas.php >. 
esso em: 28 nov. 2013. 
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1. Entre os diversos procedimentos necessários para 
entrar e sair de uma unidade de terapia intensiva 
(UTI), está a lavagem e a desinfecção das mãos com 
álcool 70%, para evitar carregar vírus e bactérias 
de fora para dentro ou vice-versa. 
A esse respeito é comum surgir a dúvida: Por que 
se usa o álcool 70% e não o álcool 96% que, por ser 
mais concentrado, deve ter um "poder" desinfe­
tante maior? 
Justamente, porque na proporção de 70% em vo­
lume {70% de etanol e 30% de água destilada), a 
solução alcoólica age exclusiva mente como de si n­
fetante, e não como desidratante, já o álcool etíli­
co 96% em volume (96% de etanol e 4% de água 
destilada) é desitratante. 
Quando a solução atua como desidratante, acaba 
removendo a umidade das células epiteliais, que 
ficam ressecadas. Se a pele nessas condições for 
exposta a algum veícu lo contendo microrganis­
mos, ficará susceptível a absorvê-los e, portanto, 
sujeita a diversos t ipos de infecções. 
a) Como podemos preparar 1 L de álcool etílico a 
70% a partir do álcool etílico a 96% em volume, 
por diluição com água destilada? 
b) É possível separar a água do álcool por destila­
ção (feita com manta térmica, já que o álcool é 
extremamente inflamável)? Por quê? 
Resolução 
a) No álcool etílico a 96% em volume temos: 
96 mL de etanol -----100 mLde solução 
70 mL de etanol -----X 
70 · 100 
x= 96 x = 72,9 mL de solução 
Para preparar 100 mLde álcool 70% em volume, 
basta medir 72,9 mL de álcool 96% e completar 
o volume com água destilada at é 100 mL. 
Para preparar 1000 mL (1 L) de álcool 70% em 
volume, basta medir729 mLde álcool 96% e com­
pletar o volume com água destilada até 1000 ml. 
Esse procedimento é feito em laboratório com 
pipeta e balão volumétrico. 
b) Não, porque água e álcool na concentração 96 ºGL 
ou 96% em volume formam uma mistura azeo­
trópica, ou seja, de ponto de ebulição constante. 
Para separar as duas substâncias nessa concen­
tração uti liza-se um mét odo químico. 
Adiciona-se ca l, CaO. A cal reage com a água 
formando um composto praticamente insolú­
vel, o hidróxido de cálcio, Ca(OH)2(ppt), que é 
separado do sistema por filtração. O líquido 
obtido na fi lt ração é, a princípio, etanol puro. 
126 Capítulo 5 
2. (UEFS-BA) Tem mais álcool na gasolina. 
Melhoria da qualidade do ar e das condições 
financeiras dos usineiros são os principais beneficias 
da decisão do M inistro da Agricultura [ ... ] de aumen­
tar o percentual de álcool acrescentado à gasolina 
distribuída no Brasil de 22% para 24% [ ... ]. 
(Moura, ln : A Tarde, p. 1) 
A partir dessa informação e dos conhecimen­
tos sobre substâncias químicas, energia e reações 
químicas, pode-se afirmar: 
a) A densidade da gasolina mantém-se constante 
com a adicão de etanol. • 
b) A inflamabilidade da gasolina e do etanol é uma 
propriedade geral da matéria. 
c) A representação gráfica da mudança de fase da 
gasolina líquida não apresenta inflexão. 
d) A gasolina com 24% de etanol necessita de 
maior quantidade de oxigênio para queimar 
completamente. 
e) A combustão completa da mistura de gasolina 
e etanol libera menor volume de C02 do que a 
da gasolina sem etanol. 
Resolucão • 
a) A densidade da gasolina varia conforme o volu-
me de etanol adicionado. 
b) A inflamabilidade é uma propriedade específica 
da matéria (nem toda matéria é inflamável). 
c) A gasolina é uma mistura de hidrocarbonetos 
e, portanto, a representação gráfica da sua mu­
dança de fase apresent a pontos de inflexão 
relativos a cada hidrocarboneto presente na 
mistura. 
d) Considerando o octano (um dos componentes 
da gasolina), C8H,8, e o etanol, C2H60, temos na 
queima completa: 
1 C8H18 + 25/2 0 2 --• 8 C02 + 9 H20 
Como mostram as equações acima, a queima dos 
hidrocarbonetos presentes na gasolina necessita 
de uma quantidade de oxigênio maior do que a 
queima completa do etanol. Logo, quanto maior 
a quantidade de etanol na gasolina, menor a 
quantidade de oxigênio necessária para promo­
ver a queima completa do combustível. 
e) Conforme mostram as equações do item ante­
rior, a queima dos hidrocarbonetos presentes 
na gasolina libera uma quantidade de gás car­
bônico maior do que na queima do etanol. Logo, 
quanto maior a quantidade de etanol na gaso­
lina, menor a quantidade de gás carbônico libe­
rado na queima completa do combustível. 
Alternat iva e. 
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