Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

ODONTOLOGIA GERAL 
Cuidados odontológicos durante o surto da doença causada pelo coronavírus 2019 
(COVID-19): considerações operatórias e aspectos clínicos 
Dr. Itzhak Abramovitz / Dr. Aaron Palmon / Me. Dr. David Levy / Me. Dr. Bekir 
Karabucak / Dr. Nurit Kot-Limon / Dr. Boaz Shay / Me. Dra. Antonia Kolokythas / Me. 
Dr. Galit Almoznino 
Objetivos: Este artigo tem como objetivo 
abordar a necessidade urgente do 
desenvolvimento de um protocolo que 
atenda aos aspectos operacionais e 
clínicos do atendimento odontológico 
durante o surto da doença causada pelo 
Coronavírus 2019 (COVID-19). Fontes 
de dados: Apresentamos a epidemiologia, 
sinais e sintomas clínicos e os modos de 
transmissão da COVID-19. Este protocolo 
foi criado com a colaboração internacional 
de três universidades de Odontologia: 
Faculdade de Medicina Dentária 
Hadassah, Israel; Centro Médico da 
Universidade de Rochester, EUA e a 
Universidade da Pensilvânia, EUA. Este 
protocolo baseia-se na revisão detalhada 
da literatura existente em inglês, bem 
como na logística e na experiência clínica 
de cada instituição e na opinião dos 
autores. O protocolo está destinado aos 
estabelecimentos hospitalares e inclui 
considerações relacionadas ao tratamento 
odontológico dos indivíduos saudáveis e 
daqueles com suspeita ou diagnosticados 
com a COVID-19. A primeira parte desta 
revisão discute as considerações 
operacionais; a segunda parte discute os 
aspectos clínicos dentários gerais; a 
terceira discute as considerações 
endodônticas e a quarta parte discute os 
aspectos cirúrgicos. Este protocolo pode 
ser aplicável a futuras pandemias 
semelhantes. Conclusão: As etapas de 
logística e clínica são necessárias para 
fornecer o atendimento odontológico 
durante o surto de COVID-19, evitando a 
contaminação cruzada e protegendo a 
equipe odontológica durante a prestação 
do atendimento. (Quintessence Int 2020; 
51: 418–429; doi: 10.3290/j.qi.a44392) 
 
Palavras-chave: coronavírus, COVID-19, dentário, endodontia, controle da infecção, 
pulpite 
 
 
Uma nova doença surgiu em Wuhan, na China, no final de 2019.1,2 Ela foi classificada 
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 12 de fevereiro de 2020 como uma 
doença causada pelo coronavírus 2019 (COVID-19).3 A enfermidade é causada pela 
Síndrome Respiratória Aguda Grave, provocada pelo coronavírus-2 (SARS-CoV-2 ).2 O 
vírus se espalhou exponencialmente pelos países ao redor do mundo,4 como pode se 
observar na visualização, em tempo real, dos casos confirmados globalmente.5,6 O 
aumento exponencial finalmente levou a OMS a declarar a COVID-19 como uma 
pandemia.7 Subsequentemente, em 16 de março de 2020, a American Dental 
Association (ADA) recomendou que os dentistas em todo o país adiassem os 
procedimentos eletivos das três semanas seguintes,8 levando à recomendação do 
Ministério da Saúde de Israel (MOH) de adiar os procedimentos odontológicos 
eletivos.9 A ADA propôs orientações sobre quais condições considerar como 
emergências odontológicas e o atendimento odontológico não emergencial.10 Como 
emergência odontológica, as diretrizes da ADA definiram o seguinte10: 
■ As emergências dentárias são potencialmente fatais e requerem tratamento imediato 
para interromper o sangramento tecidual contínuo ou aliviar dor acentuada ou infecção. 
■ Os atendimentos odontológicos urgentes são condições que requerem atenção 
imediata para aliviar a dor intensa e / ou o risco de infecção. 
A ADA recomenda, especificamente, que os dentistas devem usar o julgamento 
profissional para determinar a necessidade de atendimento urgente ou emergencial.10 
Este artigo tem como objetivo abordar a necessidade urgente de desenvolver um 
protocolo que inclua as diretrizes para o atendimento odontológico durante o surto de 
COVID-19. Esse protocolo foi estabelecido para o ambiente hospitalar e inclui 
considerações relacionadas ao tratamento odontológico dos indivíduos saudáveis e 
daqueles com suspeita ou diagnóstico de COVID-19. As considerações operatórias e 
clínicas são discutidas com foco especial nos cuidados endodônticos e cirúrgicos. O 
tratamento endodôntico apresenta desafios únicos, é complexo, requer mais tempo em 
comparação com outros procedimentos odontológicos e envolve equipamentos 
especiais, como microscópios e aparelho de ultrassom. Geralmente, necessita-se de 
avaliação em longo prazo dos resultados do tratamento. Serão discutidas as etapas 
logísticas e clínicas necessárias para o tratamento dos procedimentos de cuidados 
odontológicos urgentes comuns, principalmente as urgências endodônticas, incluindo o 
diagnóstico pulpar e periapical, de acordo com a terminologia diagnóstica recomendada 
pela Conferência de Consenso da Associação Americana de Endodontistas (AAE) 11. O 
objetivo é fornecer atendimento odontológico emergencial e urgente aos pacientes para 
evitar a contaminação cruzada e proteger os prestadores de cuidados odontológicos 
durante a consulta. 
 
Apresentação clínica 
Os sintomas comuns da COVID-19 incluem febre, tosse seca, dispneia, produção de 
escarro, fadiga, anorexia, mialgia e diarreia.7,12,13 Embora a maioria dos pacientes 
apresente sintomas leves, a sintomatologia grave, como febre alta, pneumonia, síndrome 
do desconforto respiratório agudo (SDRA) e insuficiência renal podem, em algum 
momento, ser fatal.12,13 Enquanto a maioria das pessoas infectadas apresenta sintomas 
respiratórios de leves a moderados, 5% a 10% dos indivíduos infectados apresentam o 
quadro completo e grave da síndrome respiratória da COVID-19.14 De acordo com uma 
declaração da Academia Americana de Otorrinolaringologia - Cirurgia de Cabeça e 
Pescoço (AAOCCP), anosmia, hiposmia e disgeusia, na ausência de outra doença 
respiratória, devem alertar os médicos sobre a possibilidade de infecção por coronavírus 
(SARS-CoV-2) e justificar séria consideração para o autoisolamento e teste desses 
indivíduos.15 O período de incubação da COVID-19 é entre 1 e 14 dias,16-19 e o vírus é 
eliminado pelas pessoas infectadas assintomáticas.20,21 A taxa de mortalidade da 
COVID-19 varia de 0,2% em jovens saudáveis, aumentando com a idade e as 
comorbidades.22 
Os achados laboratoriais incluem leucopenia, leucocitose e linfopenia,12,13 e os 
radiográficos, na tomografia computadorizada (TC) de tórax, demonstram opacificação 
em vidro fosco, com ou sem anormalidades consolidadas, consistente com pneumonia 
viral.23 
 
Transmissão 
A transmissão de humano para humano foi descrita principalmente por meio dos 
perdigotos respiratórios e mãos ou superfícies contaminadas.24-26 O vírus permaneceu 
viável em aerossóis em condições experimentais por, pelo menos, 3 horas27 e também 
foi detectado em amostras de sangue e de fezes.28 O coronavírus pode persistir em 
superfícies como metal, vidro ou plástico por até 9 dias, dependendo do tipo de 
superfície, temperatura e umidade ambiente.24 
 
Considerações operatórias no consultório odontológico durante o surto de COVID-
19 
Procedimento de avaliação para identificar os casos suspeitos de COVID-19 
A Figura 1 apresenta um fluxograma do atendimento odontológico de urgência durante 
o surto de COVID-19. Os pacientes, os acompanhantes e a equipe podem apresentar-se 
assintomáticos. Sendo assim, deve-se avaliar todos os pacientes e acompanhantes da 
clínica odontológica durante o surto de COVID-19 para a identificação dos casos 
assintomáticos e suspeitos de COVID-19. 
 
Protocolo de triagem e fluxo de pacientes 
Telessaúde 
Pode-se realizar estratégias para minimizar o contato frente a frente na avaliação inicial, 
por telefone ou encontros sincronizados de telessaúde, para identificar os pacientes com 
suspeita de COVID-19.29 Quando um paciente liga para um consultório odontológico 
para marcar uma consulta, a conversa telefônica deve incluir as principais perguntas que 
serão descritas a seguir. Sehouver uma resposta positiva (ou seja, "sim") a qualquer 
uma das perguntas e for apropriado, deve-se fornecer uma prescrição farmacológica 
para o controle da dor e / ou da infecção. 
Todo consultório deve desenvolver um protocolo de triagem, com base no nível 
do paciente e no grau do surto da comunidade.30 Esse protocolo deve ser mantido 
dinâmico e adaptado às mudanças das circunstâncias locais. Por exemplo, quando o 
número de casos de COVID-19 subiu para uma pandemia, a doença tornou-se relevante 
para as pessoas distantes da cidade de Wuhan e áreas adjacentes. 
Os procedimentos de avaliação na triagem podem ser realizados por dentistas, 
higienistas, assistentes e auxiliares, desde que usem equipamento de proteção individual 
(EPI). Este deve incluir avental descartável de mangas compridas, touca descartável, 
máscara cirúrgica e óculos de proteção. 
Acompanhantes 
Durante o surto de COVID-19, muitas unidades odontológicas não permitem que os 
acompanhantes entrem. Porém, é permitido um tutor para um paciente menor de idade 
ou com deficiência intelectual ou de desenvolvimento. 
 
Triagem 
A triagem deve incluir os seguintes registros: 
Questionário: o paciente ou o tutor deve preencher um questionário autoaplicável, que 
inclui o nome, número de identidade e assinatura. Essa informação é de particular 
importância nos casos de rastreamento ou investigação epidemiológica. 
O questionário deve incluir perguntas sobre: 
■ Histórico de contato com uma pessoa suspeita ou com diagnóstico de COVID-19 nos 
14 dias anteriores. 
■ Sintomas semelhantes aos da gripe, incluindo febre, problemas respiratórios, como 
tosse seca ou dificuldade de respirar, nos últimos 14 dias, ou se esteve em contato com 
outra pessoa com esses sintomas. 
■ Vivenciando perda / mudança no olfato ou paladar. * 
 (* Com base na adição desses sintomas à lista de ferramentas de avaliação para 
possível infecção da COVID-19, proposta pela AAO-CCP.15) 
Temperatura: registro da temperatura dos pacientes e do acompanhante usando um 
termômetro digital, sem contato, de testa.25,31 
 
Sinais e sintomas visíveis de problemas respiratórios 
Deve-se instruir o paciente e o acompanhante a remover as máscaras faciais (se houver) 
para avaliar os sinais de problemas respiratórios, como tosse e dificuldade respiratória. 
Em Israel, o Ministério da Saúde lançou o HAMAGEN, um aplicativo telefônico 
que identifica os contatos entre os pacientes diagnosticados e as pessoas que entraram 
em contato com eles nos 14 dias anteriores ao diagnóstico da doença.32 Esse aplicativo, 
se disponível em outros países, também pode ajudar no processo de triagem e 
identificação dos pacientes suspeitos. 
 
Tratamento dos pacientes considerados "negativos" no procedimento de triagem 
Pode-se realizar o atendimento de emergência / urgência dentro da unidade 
odontológica se todas as perguntas respondidas forem “não”, não houver sinais e 
sintomas visíveis de problemas respiratórios e se a temperatura corporal estiver abaixo 
de 38°C (100,4°F).33 No hospital Hadassah, considera-se 37,5°C (99,5°F) a temperatura 
decisiva. O paciente e o acompanhante que têm permissão para entrar na unidade usam 
uma pulseira com um número de identidade, permitindo que eles se desloquem dentro 
do edifício. 
 
Tratamento dos pacientes "positivos" no procedimento de triagem / avaliação 
Encaminham-se os pacientes positivos em qualquer uma das etapas da triagem / 
avaliação para consulta médica e não poderão entrar na unidade odontológica. Deve-se 
realizar o atendimento odontológico de emergência necessário em hospitais designados, 
adequadamente equipados.31 Esses hospitais devem identificar uma (s) sala (s) de 
pressão negativa para o tratamento odontológico dos casos suspeitos / confirmados de 
COVID-19 na área de tratamento desses pacientes.31 Além de ser pressurizada 
negativamente, a sala deve incluir equipamento odontológico e radiográfico semelhante 
aos das salas onde se realiza a anestesia geral. Deve-se transferir os pacientes suspeitos 
/confirmados que precisam de atendimento odontológico de urgência ou emergencial 
para a sala de emergência em um centro médico para serem examinados por um 
cirurgião bucomaxilofacial ou por um dentista presente no momento. Recomendam-se 
medidas farmacológicas ou não invasivas. No entanto, os procedimentos invasivos 
devem ser executados por dentista especialista específico, em uma sala pressurizada 
negativamente e com equipamento adequado, conforme descrito detalhadamente a 
seguir (ver seção “Diretrizes clínicas para atendimento odontológico geral de urgência e 
emergência”). 
Considerações de segurança para a equipe durante o surto de COVID-19 
A Administração em Segurança e Saúde Ocupacional dos EUA (ASSO) desenvolveu 
diretrizes de planejamento para preparar os locais de trabalho para o surto de COVID-
19.29 De acordo com as recomendações, os trabalhadores devem ser incentivados a 
autoavaliar diariamente os sintomas da COVID-19, conforme descrito anteriormente e a 
ficar em casa, se estiverem doentes.29 A equipe deve ser avaliada ao entrar em uma 
unidade para a identificação dos casos suspeitos de COVID-19, conforme descrito 
anteriormente. 
Deve-se avaliar os fatores de risco individuais da equipe, incluindo idade 
avançada, comorbidades médicas e presença de doença sistêmica crônica.29 Os maiores 
fatores de risco incluem as condições de imunocomprometimento, gravidez, bem como 
os fatores de risco não ocupacionais, em casa e nos ambientes comunitários.29 Se o 
absentismo aumentar, as equipes odontológicas devem realizar treinamento cruzado 
para todas as funções essenciais do consultório e médicas / odontológicas.30 
 
Recomendações de prevenção e controle de infecções durante o surto de COVID-19 
As medidas de controle da infecção devem abordar os modos de transmissão e a 
persistência do vírus no ar e nas superfícies. A regra geral é a observância das 
precauções padrão, supondo que todo paciente possa estar potencialmente infectado ou 
colonizado por um patógeno.30 O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA 
(CCPD) publicou recomendações provisórias de prevenção e controle da infecção para 
os pacientes com suspeita ou confirmados de COVID- 19 nas instituições de saúde.34 As 
recomendações são modificações e adições às diretrizes do CCPD de 2003 35 e ao 
resumo do CDC de 2016.36 Deve-se usar desinfetantes adequados contra o SARS-CoV-
2, conforme publicado pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA).37 Deve-se 
levar um tempo adequado entre as consultas dos pacientes para preparar a sala de 
tratamento adequadamente, permitir tempo para a desinfecção apropriada e limpeza do 
ambiente. A higiene adequada das mãos,38 desinfecção completa de todas as superfícies 
clínicas e da área administrativa, além da sala de tratamento, processos adequados de 
esterilização usando indicadores químicos, e descarte apropriado dos resíduos devem 
ser rotineiros e reforçados.35,36 
 
Áreas de espera 
Os pacientes, na área de espera, devem ficar a uma distância de 2 m. Desinfetantes para 
as mãos com, pelo menos, álcool a 70% devem ser fornecidos aos pacientes em todas as 
áreas de espera e de atendimento. Sinais mostrando a técnica adequada de lavagem das 
mãos devem ser colocados próximos aos dispensers de sabonete.30 Itens 
compartilhados, como brinquedos, canetas e revistas, não devem ser colocados nas áreas 
de espera.30 O tempo de espera deve ser o mais curto possível para minimizar o número 
de pessoas presentes. 
 
Equipamento de proteção individual (EPI) 
O acesso ao EPI, para os prestadores de serviços em saúde, é uma preocupação 
importante na maioria das unidades afetadas, pois há escassez de EPI, incluindo relatos 
de que alguns suprimentos e equipamentos podem não atender aos requisitos.39 
Infelizmente, à medida que a pandemia acelera, a COVID-19 se espalhou paraos 
prestadores de serviços em saúde.39 O EPI deve incluir avental descartável de mangas 
compridas, touca descartável, máscara cirúrgica e uma viseira, além dos óculos de 
proteção e luvas. Os óculos devem resguardar os olhos com proteção superior, inferior e 
lateral. Deve-se realizar todos os procedimentos geradores de aerossóis com uma 
máscara N-95.31 Deve-se seguir as diretrizes para vestir e retirar o EPI40 e os 
respiradores41, bem como a orientação para o uso prolongado e a reutilização limitada 
da máscara N9542. A equipe deve descartar todo o EPI dentro da sala de tratamento e 
não sair da sala com nenhum dos itens descartáveis. 
 
Considerações gerais odontológicas: 
Diretrizes clínicas para o atendimento odontológico geral de urgência e emergência 
Deve-se realizar os tratamentos odontológicos emergenciais e urgentes o mais 
minimamente invasivo possível, em uma sala bem ventilada e, se disponível, de pressão 
negativa10. Somente o médico e o assistente devem estar presentes durante o tratamento 
a fim de minimizar a exposição a outros indivíduos. 
As medidas gerais necessárias em todos os atendimentos odontológicos incluem 
o seguinte. 
 
Histórico e consulta médica 
Antes do início do atendimento odontológico emergencial / urgente, o dentista deve 
revisar o histórico médico do paciente e considerar consultar um médico, conforme 
necessário. O dentista deve registrar os diagnósticos médicos, medicamentos, alergias 
/sensibilidades e outras informações pertinentes atuais. 
 
Pacientes sem sintomas /diagnóstico de COVID-19 
Deve-se realizar o tratamento odontológico emergencial / urgente dentro de uma 
unidade odontológica convencional. 
 
Pacientes com suspeita de COVID-19 
Quando houver resultado negativo na triagem, e mesmo assim a avaliação médica 
revelar suspeita da doença COVID-19, o paciente deve ser encaminhado para avaliação 
médica adequada. O tratamento odontológico de emergência / urgente deve ser 
realizado dentro da sala de pressão negativa, em um hospital adequadamente equipado. 
 
Pacientes com diagnóstico de COVID-19 
Os pacientes diagnosticados com COVID-19 devem ser tratados em uma sala de 
pressão negativa, em um hospital adequadamente equipado. A ênfase deve estar na 
situação médica atual, nos sintomas e nas complicações relacionadas à infecção pela 
COVID-19, particularmente aquelas relacionadas às doenças respiratórias, sua 
gravidade e seu nível de controle. 
 
Diagnóstico de COVID-19 com doença respiratória instável 
Antes de realizar o tratamento odontológico de emergência nos pacientes hospitalizados 
com sintomas respiratórios instáveis (p. ex., dificuldade respiratória em repouso e nível 
de saturação de oxigênio <91%), consulte o médico e, se possível, adie o tratamento 
invasivo até a estabilização da condição do paciente. Use alternativas como agentes 
farmacológicos.43 
 
Diagnóstico de COVID-19 com doença respiratória estável 
Se a respiração e a oxigenação estiverem adequadas, os procedimentos de atendimento 
odontológico de emergência devem ser minimamente invasivos e realizados em uma 
sala designada. Deve-se evitar a hipoventilação ou a redução da oxigenação, tratando o 
paciente em uma posição semissupina ou ereta, usando um oxímetro de pulso, 
fornecendo suplementação de oxigênio e evitando medicações que aumentem a 
hipoventilação.43 O tratamento desses pacientes deve ser definitivo, em uma única 
sessão, antecipando a possibilidade de deterioração da situação respiratória, evitando 
qualquer tratamento adicional. 
 
Controle da ansiedade no consultório odontológico 
Os dentistas reconhecem que os procedimentos odontológicos e cirúrgicos são 
potenciais indutores de estresse e ansiedade44 como resultado de fatores fisiológicos (p. 
ex., dor) ou psicológicos (ansiedade, medo ).45 Recomenda-se a avaliação da dor usando 
uma escala numérica de 0 a 10. O estresse para pessoas e comunidades pode ser 
exacerbado por emergências de saúde pública, como a COVID-19.46,47 Além disso, a 
ansiedade em relação à doença COVID-19 pode levar ao estigma social.46 Recomenda-
se os recursos para lidar com o estresse durante uma pandemia, como os publicados pela 
ADA.48 Os protocolos de redução do estresse são recomendados durante o tratamento 
45,49, incluindo o uso de pré-medicação, psicossedação durante a terapia, e o controle 
adequado da dor durante a terapia e no pós-operatório. 
Não se deve administrar sedação por inalação de óxido nitroso (N2O) nos 
pacientes suspeitos de serem portadores de coronavírus ou doentes com COVID-19 ou 
que apresentem qualquer outra infecção no trato respiratório superior (ITRS). A sedação 
por inalação de N2O deve ser realizada apenas em ambientes que possam fornecer 
medidas adequadas de controle da infecção do equipamento utilizado, incluindo a 
autoclavagem das máscaras faciais e o uso de componentes descartáveis. 
 
Radiografia dentária 
Métodos de radiografia dentária extrabucal (p. ex., radiografia panorâmica e TC de 
feixe cônico) são preferíveis durante o surto de COVID-19.31 Deve-se proteger os 
sensores intraorais com uma barreira descartável, ficando limpos e desinfetados. Os 
posicionadores radiográficos devem ser esterilizados a quente e colocados em 
embalagens seladas após o uso. 
 
Profilaxia antibiótica 
O dentista que estiver tratando um paciente com infecção ativa da COVID-19 deve 
consultar o médico clínico-geral sobre a necessidade da profilaxia antibiótica, para 
prevenir as infecções sistêmicas decorrentes dos procedimentos odontológicos 
invasivos. Como muitos pacientes com COVID-19 são idosos, com comorbidades, pode 
haver outras indicações para a profilaxia com antibiótico. Recomenda-se o regime 
padrão da American Heart Association para prevenir endocardite 
(http://www.heart.org), a menos que médico aconselhe outro regime. 
 
Lavagem profilática da boca 
Antes dos procedimentos odontológicos, deve-se usar um enxaguatório bucal 
profilático, como o peróxido de hidrogênio a 1% ou povidine a 0,2%.25,31 Para as 
crianças menores de 6 anos de idade, a aplicação do enxágue bucal pode ser feita com 
uma gaze. Também é recomendada a aplicação de enxaguatório bucal nos dentes 
tratados endodonticamente após a colocação do dique de borracha e abertura de acesso. 
Deve-se incentivar os pacientes a manter uma boa higiene bucal durante o surto. 
 
Anestesia local 
É crucial o uso adequado dos objetos pontiagudos, com ênfase especial na recolocação 
da capa protetora das agulhas, usando a técnica com uma mão. Deve-se avaliar a 
condição sistêmica do paciente para a seleção do anestésico local. O uso de um 
vasoconstritor pode ser limitado ou contraindicado em muitos pacientes infectados com 
COVID-19 devido à idade avançada e às comorbidades. A anestesia local pode não ser 
necessária nos casos de dentes previamente tratados endodonticamente e dentes com 
necrose pulpar. No entanto, a anestesia local pode ser considerada necessária nos casos 
de terapia endodôntica iniciada anteriormente e é obrigatória na pulpite irreversível 
sintomática. 
 
Isolamento com dique de borracha e sugador de volume extra-alto 
Deve-se usar tanto o isolamento com dique de borracha quanto o sugador de volume 
alto, sempre que possível, para minimizar o contato com a saliva e reduzir o aerossol ou 
respingos contaminados.25,31 
 
Peças de mão com função antirretração 
Deve-se minimizar a frequência dos procedimentos que geram aerossóis e, quando 
necessário, recomenda-se peça de mão de alta rotação com válvula antirretração para 
evitar a aspiração de fragmentos e fluidos, que posteriormente podem ser descartados.25 
 
Antibióticos pós-operatórios 
Deve-se considerar os antibióticos pós-operatórios em um paciente com infecção ativa 
pela COVID-19 quando, além da emergência endodôntica, o paciente apresenta 
envolvimento sistêmico, edema localizado com flutuação, temperaturacorporal acima 
de 38°C, mal-estar, linfadenopatia ou trismo.50 Os antibióticos sistêmicos devem ser 
adicionados ao plano de tratamento para cada patologia endodôntica, conforme descrito 
abaixo. A escolha do antibiótico deve ser confirmada com o médico do paciente. 
 
 
Analgésicos pós-operatórios 
Deve-se considerar os analgésicos pós-operatórios para todos os pacientes. A escolha 
dos analgésicos deve ser confirmada com o médico do paciente. Embora as notícias 
declaradas anteriormente de que o uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) 
possa piorar a COVID-1951, a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA 
(FDA) publicou uma declaração de que não tem conhecimento de evidências científicas 
relacionando o uso de AINEs com o agravamento dos sintomas da COVID-19, mas 
investigarão mais esse assunto.52 Considerando essa questão controversa, deve-se dar 
preferência a outras opções de tratamento que não sejam os AINEs para um paciente 
que sofre de COVID-19. 
 
Considerações endodônticas durante o surto de COVID-19 
Tratamento endodôntico de urgência 
Os procedimentos endodônticos requerem modificações nas recomendações discutidas 
anteriormente referentes ao atendimento odontológico geral emergencial / urgente. As 
definições da ADA de emergência odontológica incluem o controle das condições 
relevantes, muitas das quais são endodônticas, incluindo inflamação pulpar, abscesso, 
infecção bacteriana localizada, fratura dentária, traumatismo dentário com avulsão / 
luxação, tratamento dentário necessário antes de procedimentos médicos críticos e 
substituição de restaurações provisórias nas aberturas de acesso endodôntico.10 Nesta 
seção, modificamos as recomendações da ADA usando a classificação atualmente aceita 
da Terminologia Diagnóstica Recomendada na Conferência de Consenso da AAE.11 
Durante esta crise, o princípio geral de que o tratamento odontológico emergencial e 
urgente deve ser minimamente invasivo também se aplica aos procedimentos 
endodônticos. As considerações especiais incluem a possibilidade de complicações após 
a intervenção endodôntica (p. ex., exacerbação entre uma sessão e outra), ocorrendo à 
medida que a COVID-19 piora, levando a uma condição respiratória instável. Além 
disso, como o sistema imunológico do paciente é desafiado pela infecção, a terapia 
endodôntica pode ser comprometida. Uma diretriz geral é executar não apenas os 
procedimentos minimamente invasivos, mas também limitar a intervenção do 
tratamento a uma única sessão. O modelo para o tratamento de pacientes que podem se 
tornar instáveis hemodinâmica e imunologicamente já existia para a Odontologia antes 
do transplante cardíaco e do transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas.53 
Os protocolos atuais no tratamento para toda categoria diagnóstica da AAE foram 
revisados e recomendadas modificações apropriadas para desenvolver novos protocolos 
durante o surto de COVID-19. Em geral, se o dente não tiver a possibilidade de ser 
restaurado, recomenda-se a extração. 
O protocolo para tratamento endodôntico de emergência inclui as medidas 
descritas abaixo. 
 
 
 
Equipamento endodôntico 
Deve-se minimizar o uso de microscópios endodônticos e das lupas endodônticas. 
Como a ênfase, durante o tratamento, é a utilização de procedimentos simples e 
minimamente invasivos, o uso desses dispositivos em uma sala especialmente equipada 
para pacientes com COVID-19 pode ser contraindicado. Além disso, os microscópios 
podem ser incompatíveis com o EPI devido ao aumento da distância das lentes, criadas 
pelo EPI. O aumento da distância pode levar à incapacidade de obtenção da visibilidade 
adequada. Pode-se usar as lupas, desde que haja cobertura lateral, uma viseira e uma 
máscara apropriada. Existe uma necessidade urgente de desenvolver técnicas e 
microscópios compatíveis com a proteção total do EPI. 
 
Procedimentos endodônticos 
Deve-se usar um enxaguatório bucal profilático, como descrito anteriormente. Como 
mencionado, o dique de borracha deve ser colocado antes do preparo da cavidade de 
acesso. O uso de peças de mão de alta rotação deve ser limitado para minimizar a 
geração de aerossol. Se possível, usar dispositivos de baixa rotação para remover a cárie 
e acessar a câmara pulpar e os canais radiculares. Deve-se usar sucção de alta potência e 
sugador de alto volume em todos os procedimentos. 
 
Soluções para irrigação 
A prática padrão no tratamento endodôntico é o uso de uma solução desinfetante, como 
hipoclorito de sódio (NaOCl), gluconato de clorexidina ou a mistura de tetraciclina, 
ácido cítrico e detergente (MTAD). O NaOCl é a solução para irrigação preferida 
devido aos relatos de que o gluconato de clorexidina pode ser ineficaz na morte do 
coronavírus.25,54 
 
Restauração provisória 
Neste momento, não se recomenda a base de sulfato de cálcio devido à baixa resistência 
à compressão, à solubilidade e expansão.55 Essas características podem afetar a 
integridade da vedação, levando à fratura do dente,56 resultando em maior desconforto e 
na necessidade de mais atendimento odontológico de emergência. Para os pacientes com 
COVID-19, em todos os casos onde se coloca uma restauração provisória, a redução 
oclusal é obrigatória. Se possível, deve-se remover a restauração provisória com baixa 
rotação. 
 
Figura 1 Fluxograma do atendimento odontológico de urgência durante o surto de 
COVID-19. 
 
1- Tratamento farmacológico da dor / do controle da infecção 
2- Avaliação por telefone / Telessaúde 
3- Atendimento odontológico emergencial / urgente 
4- Avaliação: 
- Questionário 
- Temperatura 
- Sinais visíveis 
5- Avaliação positiva 
6- Encaminhamento para atendimento odontológico urgente, em ambiente hospitalar 
7- Diagnóstico de COVID-19 
8- Instável 
9- Tratamento farmacológico da dor / do controle da infecção 
10- Estável 
11- 
- Considerações de PCI (Prevenção e Controle de Infecção) 
- Controle da ansiedade no consultório odontológico 
- Avaliação sistêmica 
- Lavagem profilática da boca 
- Consideração dos Analgésicos AB 
- Dique de borracha, se possível 
- Peça de mão antirretração 
- Algoritmo clínico específico - ver Fig, 2 
12- Deve-se realizar o tratamento dos pacientes com COVID-19 estáveis em uma sala 
pressurizada negativamente 
 
Plano de tratamento sugerido para o protocolo de tratamento endodôntico de urgência 
durante o surto de COVID-19 
A Figura 2 resume o protocolo de tratamento para o diagnóstico específico pulpar e 
periapical, com base na Terminologia Diagnóstica Recomendada na Conferência de 
Consenso da AAE.11 Durante o surto da COVID-19, o tratamento é focado em 
proporcionar alívio da queixa principal do paciente, o mais rápido possível para reduzir 
o risco de exposição ao vírus, bem como a necessidade de outras consultas. 
O protocolo inclui as seguintes modalidades de tratamento para os cuidados 
endodônticos urgentes. 
Pulpite irreversível sintomática com tecidos apicais normais 
Essa entidade é classificada como “dor dentária acentuada por inflamação pulpar” na 
diretriz da ADA sobre procedimentos odontológicos emergenciais e não emergenciais.10 
Deve-se realizar a pulpotomia como procedimento de emergência para alívio temporário 
dos sintomas.57 Pode-se usar material à base de hidróxido de cálcio ou biocerâmico 
como curativo, de acordo com o padrão de tratamento do American Board of 
Endodontics.58 Como alternativa, pode-se usar pulpotomia com material biocerâmico.59 
Ambas as opções devem ser seguidas por uma restauração provisória e redução oclusal. 
No entanto, se a pulpite irreversível estiver associada a um mau prognóstico devido a 
razões periodontais ou restauradoras que possam exigir tratamento de urgência 
subsequente, recomenda-se a extração (Figura 2).60 
Figura 2 Fluxograma de tratamento endodôntico urgente durante o surto de COVID-19. 
APA, abscessoperiapical agudo; PAS, periodontite apical sintomática; PIS, pulpite 
irreversível sintomática; FVR, fratura vertical da raiz. 
 
1- Extração 
2- Prognóstico questionável / ruim 
3- Tratamento endodôntico urgente 
4- Sintomático 
5- Assintomático 
6- Tratamento adiado 
7- Traumatismo dentário 
8- Fratura de dente envolvendo a polpa 
9- Avulsão / Luxação 
10- Reposição e imobilização 
11- Polpa vital 
12- Pulpotomia 
13- Necrose pulpar 
14- Debridamento, irrigação, curativo 
15- PIS / PAS / APA 
16- PIS 
17- Pulpotomia 
18- PAS / APA 
19- Debridamento, irrigação, curativo 
20- FVR / Dente com fissura 
21- FVR 
22- Extração 
23- Dente com fissura 
24- Profundidade da sondagem da bolsa ≥ 5 mm 
25- Extração 
26- Profundidade da sondagem da bolsa < 5 mm 
27- Pulpotomia, se o dente tiver vitalidade; debridamento, irrigação e curativo se o 
dente não tiver vitalidade 
28- Lesão endo-perio 
29- Lesão endodôntica primária 
30- Debridamento, irrigação, curativo 
31- Lesão periodontal primária com envolvimento endodôntico secundário 
32- Debridamento, irrigação, curativo 
 
A necrose pulpar com envolvimento apical sintomático, a periodontite apical 
sintomática ou o abscesso apical agudo podem ser as sequelas de um canal radicular 
infectado (necrose pulpar ou tratamento previamente iniciado) ou da obturação do canal 
radicular infectado (dentes previamente tratados).61 Nos casos de necrose pulpar ou de 
tratamento iniciado anteriormente, a recomendação é realizar debridamento do canal 
radicular, irrigação e curativo com hidróxido de cálcio.62 Esses procedimentos devem 
ser seguidos por restauração provisória e redução oclusal para prevenir dor de origem 
apical e proteger a estrutura dentária remanescente.63 Nos casos de necrose pulpar com 
abscesso apical agudo e exsudato inflamatório contínuo, considerar a drenagem 
endodôntica diretamente através do dente ou incisão e drenagem do tecido mole (I&D) 
e antibióticos sistêmicos.50 
 
Dentes previamente tratados 
Os dentes previamente tratados podem apresentar periodontite apical sintomática ou 
abscesso apical agudo. Em ambos os casos, se a remoção da obturação já realizada do 
canal radicular for descomplicada e alcançada, deve-se fazer o tratamento conforme 
descrito para a necrose pulpar. Se não for possível a remoção da obturação do canal 
radicular, recomenda-se a redução oclusal e a prescrição de antibióticos.50 
Se o dente apresentar prognóstico desfavorável, deve-se realizar a extração.60 A 
I&D deve ser considerada nos casos de dente previamente tratado com abscesso apical 
agudo e prognóstico favorável. 
Tratamento iniciado anteriormente 
Na situação em que o tratamento endodôntico foi iniciado, considera-se eletiva a 
continuação da terapia do dente com tecido apical normal eletivo e não um problema 
dentário urgente. O tratamento pode ser adiado até que os tratamentos eletivos sejam 
retomados no futuro. 
 
Dente com fissura e fratura vertical da raiz (FVR) 
Os dentes com sinais e sintomas de FVR devem ser extraídos.60 Meng et al.31 relataram 
o tratamento de um paciente que apresentava dente com fissura, sem cárie. O paciente 
foi agendado para a última consulta do dia e foi utilizada peça de mão de alta rotação 
para preparar a cavidade. Recomenda-se a extração se virmos a fissura diretamente, sem 
o uso de aumento. No entanto, se houver a preocupação de que toda a extensão da 
fissura possa ser revelada apenas com o auxílio de um microscópio e o paciente estiver 
confirmado para COVID-19, o dentista precisa confiar no exame endodôntico básico 
para diagnosticar a fissura. Deve-se suspeitar de um dente com fissura quando houver 
sintomatologia dolorosa na liberação repentina de pressão ao morder um rolete de 
algodão e sensibilidade nos testes de frio / calor.64,65 Krell e Caplan66 mostraram que os 
dentes com fissura, com profundidade de sondagem ≥ 5 mm, tiveram prognóstico ruim 
e, nesse caso, recomenda-se a extração (ver Figura 2). 
 
Lesão endo-perio 
É necessário teste de vitalidade para o dente com suspeita de lesão endo-perio. Para um 
dente vital sugestivo de lesão periodontal primária, recomenda-se a consulta com um 
periodontista. Se não for possível a consulta, e o dente for sintomático, considerar a 
extração.60 
Um dente com lesão endodôntica primária e comprometimento periodontal 
secundário deve ser tratado de acordo com o protocolo acima mencionado para necrose 
pulpar, se não houver tratamento endodôntico prévio. O dente com tratamento 
endodôntico prévio deve ser tratado de acordo com o protocolo para dentes previamente 
tratados. 
Deve-se extrair os dentes com prognóstico desfavorável / questionável 
(periodontal ou endodôntico).60 
 
Traumatismo dentário 
Fratura de dente envolvendo a polpa. Deve-se tratar os casos de polpa vital com 
pulpotomia usando material biocerâmico67 ou curativo de hidróxido de cálcio68 e 
restauração de ionômero de vidro. Se a polpa estiver necrosada, deve-se tratar o dente 
de acordo com o protocolo acima mencionado para necrose pulpar. Deve-se enfatizar a 
remoção das bordas afiadas e a proteção dos tecidos moles. 
Avulsão / luxação. Pode-se realizar o reposicionamento dentário e a imobilização 
flexível nos indivíduos saudáveis e naqueles com doença leve, sem sintomas 
respiratórios.69 Entretanto, nos pacientes hospitalizados com sintomas respiratórios, 
reimplante, reposicionamento e imobilização não são recomendados devido ao risco de 
aspiração, necessidade de tratamento contínuo e acompanhamento. 
 
Procedimentos de cirurgia bucomaxilofacial durante o surto de COVID-19 
Para a segurança de todos os envolvidos no atendimento dos pacientes durante o surto 
de COVID-19, é aconselhável adiar todos os procedimentos eletivos que produzam 
aerossóis, devido ao risco extremo de disseminação do vírus. Os procedimentos como 
incisão e drenagem de abscesso no espaço da fáscia do pescoço, câncer de cabeça e 
pescoço e traumatismo maxilofacial, embora produzam aerossóis, são procedimentos 
urgentes ou de emergência tratados no hospital e nos centros cirúrgicos. Como tal, 
devem seguir os protocolos específicos estabelecidos pela liderança do hospital em 
relação ao tratamento dos funcionários e dos pacientes, sobre o uso de EPI e local de 
atendimento. 
De acordo com as diretrizes gerais de cirurgia, “A cirurgia essencial é um 
procedimento (operatório) considerado vitalmente necessário para o tratamento de uma 
doença ou lesão. Adiar ou decidir contra um procedimento essencial pode resultar em 
morte ou debilidade permanente do paciente.”70 As extrações, especialmente aquelas 
que exigem o uso de peça de mão de alta rotação, geram aerossol e, se possível, devem 
ser adiadas, a menos que sejam consideradas essenciais, urgentes ou emergenciais. O 
EPI adequado para as extrações, durante o surto de COVID-19, inclui o uso de máscara 
N-95 ou respirador de nível mais alto e viseira, uma vez que as máscaras cirúrgicas 
convencionais não oferecem proteção adequada. Quando possível, deve-se evitar o uso 
de peça de mão de alta rotação para realizar as extrações. Além disso, os procedimentos 
devem ser executados pelos dentistas mais experientes disponíveis a fim de maximizar a 
eficiência e minimizar o tempo da operação. 
 
Conclusão 
O surto de COVID-19 desafia os protocolos de tratamento atuais. Cada disciplina 
odontológica deve estabelecer as modificações necessárias na logística e nos protocolos 
de tratamento. Esse protocolo atualizado ajudará os dentistas a tratar seus pacientes 
durante o surto de COVID-19 e poderá ser aplicado a outras futuras pandemias 
semelhantes. 
 
Declarações 
Os autores declaram não haver nenhum conflito de interesse. 
 
Referências bibliográficas 
Li ZY, Meng LY. [The prevention and control 
of a new coronavirus infection in department 
of stomatology]. Zhonghua Kou Qiang 
Yi XueZa Zhi 2020;55:E001. 
Zhu N, Zhang D, Wang W, et al. A novel 
coronavirus from patients with pneumonia 
in China, 2019. N Engl J Med 2020;382:727– 
733. 
World Health Organization. Director-General’s 
remarks at the media briefing on 
2019-nCoV on 11 February 2020. https:// 
www.who.int/dg/speeches/detail/who-director- 
general-s-remarks-at-the-media-briefing- 
on-2019-ncov-on-11-february-2020. 
Accessed 12 February 2020. 
Phelan AL, Katz R, Gostin LO. The novel 
coronavirus originating in Wuhan, China: 
challenges for global health governance 
(epub ahead of print 30 Jan 2020). JAMA doi: 
10.1001/jama.2020.1097. 
Dong E, Du H, Gardner L. An interactive 
web-based dashboard to track COVID-19 in 
real time (epub ahead of print 19 Feb 2020). 
Lancet Infect Dis doi: 10.1016/S1473–3099 
(20)30120-1. 
John Hopkins University: Coronavirus 
Resource Center. Coronavirus COVID-19 
global cases by the Center for Systems 
Science and Engineering (CSSE) at Johns 
Hopkins 2020. https://coronavirus.jhu.edu/ 
map.html. Accessed 30 March 2020. 
World Health Organization. Coronavirus 
disease (COVID-2019) situation Report – 51. 
Geneva: World Health Organization, 2020. 
https://www.who.int/docs/default-source/ 
coronaviruse/situation-reports/20200311- 
sitrep-51-covid-19.pdf?sfvrsn=1ba62e57_10. 
Accessed 30 March 2020. 
American Dental Association. ADA 
recommending 
dentists postpone elective procedures. 
16 March 2020. https://www.ada. 
org/en/publications/ada-news/ 2020-archive/ 
march/ada-recommending-dentists- 
postpone-elective-procedures. Accessed 
30 March 2020. 
State of Israel: Ministry of Health. Guidelines 
for Dental Clinics on the Coronavirus. 
https://www.health.gov.il/hozer/dent_2020- 
158357020.pdf. Accessed 1 April 2020. 
Solana K, American Dental Association. 
ADA develops guidance on dental emergency, 
nonemergency care. 18 March 2020. 
https://www.ada.org/en/publications/adanews/ 
2020-archive/march/ada-develops- 
guidance-on-dental-emergency-nonemergency- 
care. Accessed 30 March 2020. 
American Association of Endodontists. 
Guide to clinical endodontics. 6th ed. http:// 
dental.id/wp-content/uploads/2016/08/aae_ 
guidetoclinicalendodontics6.pdf. Accessed 1 
April 2020. 
Chen N, Zhou M, Dong X, et al. 
Epidemiological 
and clinical characteristics of 99 
cases of 2019 novel coronavirus pneumonia 
in Wuhan, China: a descriptive study. Lancet 
2020;395:507–513. 
Wang D, Hu B, Hu C, et al. Clinical 
characteristics 
of 138 hospitalized patients with 
2019 novel coronavirus-infected pneumonia 
in Wuhan, China (epub ahead of print 7 Feb 
2020). JAMA doi: 10.1001/jama.2020.1585. 
Yang X, Yu Y, Xu J, et al. Clinical course 
and outcomes of critically ill patients with 
SARS-CoV-2 pneumonia in Wuhan, China: a 
single-centered, retrospective, observational 
study (epub ahead of print 24 Feb 2020). 
Lancet Respir Med doi: 10.1016/S2213- 
2600(20)30079-5. 
AAO-HNS AAoOHaNS. Anosmia, Hyposmia, 
and Dysgeusia Symptoms of Coronavirus 
Disease, 22 March 2020. https:// 
www.entnet.org/content/aao-hns-anosmia-
hyposmia- 
and-dysgeusia-symptoms-coronavirus- 
disease. Accessed 30 March 2020. 
Leung C. The difference in the incubation 
period of 2019 novel coronavirus (SARSCoV- 
2) infection between travelers to Hubei 
and non-travelers: The need of a longer 
quarantine period (epub ahead of print 18 
March 2020). Infect Control Hosp Epidemiol 
doi: 10.1017/ice.2020.81. 
Linton NM, Kobayashi T, Yang Y, et al. 
Incubation period and other epidemiological 
characteristics of 2019 novel coronavirus 
infections with right truncation: a statistical 
analysis of publicly available case data. J Clin 
Med 2020;9:E538. 
Backer JA, Klinkenberg D, Wallinga J. 
Incubation period of 2019 novel coronavirus 
(2019-nCoV) infections among travellers 
from Wuhan, China, 20-28 January 2020. 
Euro Surveill 2020;25:2000062. 
Guan WJ, Ni ZY, Hu Y, et al. Clinical 
characteristics 
of coronavirus disease 2019 in 
China (epub 28 Feb 2020). N Engl J Med 
doi.10.1056/NEJMoa2002032. 
Lai CC, Shih TP, Ko WC, Tang HJ, Hsueh 
PR. Severe acute respiratory syndrome 
coronavirus 
2 (SARS-CoV-2) and coronavirus disease- 
2019 (COVID-19): The epidemic and the 
challenges. Int J Antimicrob Agents 
2020;55:105924. 
Zhang W, Du RH, Li B, et al. Molecular 
and serological investigation of 2019-nCoV 
infected patients: implication of multiple 
shedding routes. Emerg Microbes Infect 
2020;9:386–389. 
[The epidemiological characteristics 
of an outbreak of 2019 novel coronavirus 
diseases (COVID-19) in China]. Zhonghua Liu 
Xing Bing Xue Za Zhi 2020;41:145–151. 
Shi H, Han X, Jiang N, et al. Radiological 
findings from 81 patients with COVID-19 
pneumonia in Wuhan, China: a descriptive 
study (epub 24 Feb 2020). Lancet Infect Dis 
doi: 10.1016/S1473-3099(20)30086-4. 
Kampf G, Todt D, Pfaender S, Steinmann 
E. Persistence of coronaviruses on inanimate 
surfaces and their inactivation with biocidal 
agents. J Hosp Infect 2020;104:246–251. 
Peng X, Xu X, Li Y, Cheng L, Zhou X, Ren 
B. Transmission routes of 2019-nCoV and 
controls in dental practice. Int J Oral Sci 
2020;12:9. 
World Health Organization. Modes of 
transmission of virus causing COVID-19: 
implications for IPC precaution 
recommendations. 
https://www.who.int/news-room/ 
commentaries/detail/modes-oftransmission- 
of-virus-causing-covid- 
19- 
implications-for-ipc-precaution-
recommendations. 
Accessed 1 April 2020. 
van Doremalen N, Bushmaker T, Morris 
DH, et al. Aerosol and surface stability of 
SARS-CoV-2 as compared with SARS-CoV-1 
(epub ahead of print 17 March 2020). N Engl 
J Med doi: 10.1056/NEJMc2004973. 
Tang A, Tong ZD, Wang HL, et al. Detection 
of novel coronavirus by RT-PCR in stool 
specimen from asymptomatic child, China 
(epub ahead of print 9 March 2020). Emerg 
Infect Dis 2020;26 doi: 10.3201/ 
eid2606.200301. 
U.S. Department of Labor. Occupational 
Safety and Health Administration. 
Guidance on Preparing Workplaces for 
COVID-19. US Department of Labor: OSHA 
3990-03 2020. 
American Academy of Family Physicians. 
Checklist to Prepare Physician Offices 
for COVID-19. https://www.aafp.org/dam/ 
AAFP/documents/patient_care/public_ 
health/COVID-19%20Office%20Prep%20 
Checklist.pdf. Accessed 30 March 2020. 
428 QUINTESSENCE INTERNATIONAL | 
volume 51 • number 5 • May 2020 
GENERAL DENTISTRY 
Meng L, Hua F, Bian Z. Coronavirus Disease 
2019 (COVID-19): Emerging and future 
challenges for dental and oral medicine (epub 
ahead of print 12 March 2020). J Dent Res doi: 
10.1177/0022034520914246. 
Israel Ministry of Health. The Ministry of 
Health launches “HAMAGEN” – an app to prevent 
the spread of coronavirus. https://www. 
gov.il/en/departments/news/ 22032020_04. 
Accessed 30 March 2020. 
Huang C, Wang Y, Li X, et al. Clinical 
features of patients infected with 2019 novel 
coronavirus in Wuhan, China. Lancet 
2020;395:497–506. 
Centers for Disease Control and Prevention. 
Interim Infection Prevention and Control 
Recommendations for Patients with Suspected 
or Confirmed Coronavirus Disease 
2019 (COVID-19) in Healthcare Settings. 
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/ 
infection-control/control-recommendations. 
html. Accessed 30 March 2020. 
Kohn WG, Collins AS, Cleveland JL, Harte 
JA, Eklund KJ, Malvitz DM. Guidelines for 
Infection 
Control in Dental Health-Care Settings 
- 2003. MMWR Recomm Rep 2003;52 
(RR-17):1–61. 
Centers for Disease Control and Prevention. 
Summary of Infection Prevention Practices 
in Dental Settings: Basic Expectations for 
Safe Care. Atlanta: Centers for Disease Control 
and Prevention, US Dept of Health and Human 
Services; October 2016. 
United States Environmental Protection 
Agency. List N: Disinfectants for Use Against 
SARS-CoV-2. https://www.epa.gov/pesticide-
registration/ 
list-n-disinfectants-use-againstsars- 
cov-2.Accessed 30 March 2020. 
American Dental Association. Hand 
Hygiene for the Dental Team [Video]. https:// 
success.ada.org/en/practice-management/ 
staff/hand-hygiene-for-the-dental-team. 
Accessed 30 March 2020. 
The Lancet. COVID-19: protecting 
health-care workers. Lancet 2020;395:922. 
Centers for Disease Control and Prevention. 
Sequence for putting on personal protective 
equipment (PPE). Atlanta: Centers for 
Disease Control and Prevention, US Dept of 
Health and Human Services; CS250672-E. 
Centers for Disease Control and Prevention; 
Department of Health and Human 
Services; National Institute for Occupational 
Safety and Health. How to Properly Put on 
and Take off a Disposable Respirator. 
CS 207843; DHHS (NIOSH) Publication 
No. 2010-133. 
Centers for Disease Control and Prevention. 
Recommended Guidance for Extended 
Use and Limited Reuse of N95 Filtering 
Facepiece Respirators in Healthcare Settings. 
https://www.cdc.gov/niosh/topics/hcwcontrols/ 
recommendedguidanceextuse.html. 
Accessed 30 March 2020. 
Little J, Miller C, Rhodus N. Little and 
Falace’s Dental Management of the Medically 
Compromised Patient, 9th edition. St Louis: 
Mosby, 2017. 
Corah NL, Gale EN, Illig SJ. Assessment 
of a dental anxiety scale. J Am Dent Assoc 
1978;97:816–819. 
Malamed SF. Knowing your patients. 
J Am Dent Assoc 2010;141(Suppl 1):3S–7S. 
Centers for Disease Control and Prevention. 
Coronavirus Disease 2019 (COVID-19): 
Reducing Stigma. https://www.cdc.gov/ 
coronavirus/2019-ncov/daily-life-
coping/reducing- 
stigma.html. Accessed 30 March 2020. 
Centers for Disease Control and Prevention. 
Coronavirus Disease 2019 (COVID-19)- 
Stress and Coping. https://www.cdc.gov/ 
coronavirus/2019-ncov/daily-life-coping/ 
managing-stress-anxiety.html. Accessed 30 
March 2020.] 
American Dental Association. Association 
offers resources on handling stress during a 
pandemic. https://www.ada.org/en/publications/ 
ada-news/2020-archive/march/association- 
offers-resources-on-handling-stressduring- 
a-pandemic. Accessed 30 March 2020. 
McCarthy FM, Malamed SF. Physical 
evaluation system to determine medical risk 
and indicated dental therapy modifications. 
J Am Dent Assoc 1979;99:181–184. 
Chinese National Health Commission. 
Guideline for the Diagnosis and Treatment of 
Novel Coronavirus Pneumonia 
(the 5th edition), 2020. [http://www.nhc.gov. 
cn/yzygj/s7653p/202002/3b09b894 
ac9b4204a79db5b8912d4440.shtml]. 
Accessed 30 March 2020. 
Fang L, Karakiulakis G, Roth M. Are patients 
with hypertension and diabetes mellitus 
at increased risk for COVID-19 infection? 
(epub ahead of print 11 March 2020). Lancet 
Respir Med doi: 10.1016/S2213- 
2600(20)30116-8. 
US Food and Drug Administration. FDA 
advises patients on use of non-steroidal anti-
inflammatory 
drugs (NSAIDs) for COVID-19, 
19 March 2020. https://www.fda.gov/drugs/ 
drug-safety-and-availability/fda-advisespatients- 
use-non-steroidal-anti-inflammatory-drugs- 
nsaids-covid-19. Accessed 30 March 
2020. 
Elad S, Thierer T, Bitan M, Shapira MY, 
Meyerowitz C. A decision analysis: the dental 
management of patients prior to hematology 
cytotoxic therapy or hematopoietic stem cell 
transplantation. Oral Oncol 2008;44:37–42. 
Widerman FH, Eames WB, Serene TP. The 
physical and biologic properties of Cavit. J Am 
Dent Assoc 1971;82:378–382. 
Tennert C, Eismann M, Goetz F, Woelber 
JP, Hellwig E, Polydorou O. A temporary filling 
material used for coronal sealing during 
endodontic 
treatment may cause tooth fractures 
in large Class II cavities in vitro. Int Endod J 
2015;48:84–88. 
American Association of Endodontists. 
Treatment options for the compromised 
tooth: a decision guide. Chicago: American 
Association of Endodontists, 2017. 
American Association of Endodontists. 
Guide to Clinical Endodontics. 6th ed. Chicago: 
American Association of Endodontists, 
2016. 
Lee M, Winkler J, Hartwell G, Stewart J, 
Caine R. Current trends in endodontic practice: 
emergency treatments and technological 
armamentarium. J Endod 2009;35:35–39. 
Duncan HF, Galler KM, Tomson PL, et al. 
European Society of Endodontology position 
statement: Management of deep caries and the 
exposed pulp. Int Endod J 2019;52:923–934. 
American Association of Endodontists. 
Scope of Endodontics: Extraction of Teeth. 
Chicago: American Association of Endodontists, 
2017. 
American Association of Endodontists. 
AAE Consensus Conference Recommended 
Diagnostic Terminology. J Endod 
2009;12:1634. 
Mohammadi Z, Dummer PM. Properties 
and applications of calcium hydroxide in 
endodontics 
and dental traumatology. Int Endod 
J 2011;44:697–730. 
Gatewood RS, Himel VT, Dorn SO. Treatment 
of the endodontic emergency: a decade 
later. J Endod 1990;16:284–291. 
Lockhart PB, Tampi MP, Abt E, et al. 
Evidence-based clinical practice guideline on 
antibiotic use for the urgent management of 
pulpal- and periapical-related dental pain and 
intraoral swelling: A report from the American 
Dental Association. J Am Dent Assoc 
2019;150:906–921.e912. 
Cameron CE. The cracked tooth syndrome: 
additional findings. J Am Dent Assoc 
1976;93:971–975. 
Cameron CE. Cracked-tooth syndrome. 
J Am Dent Assoc 1964;68:405–411. 
Krell KV, Caplan DJ. 12-month success 
of cracked teeth treated with orthograde root 
canal treatment. J Endod 2018;44:543–548. 
Parirokh M, Torabinejad M, Dummer 
PMH. Mineral trioxide aggregate and other 
bioactive endodontic cements: an updated 
overview - part I: vital pulp therapy. Int Endod 
J 2018;51:177–205. 
Cvek M. A clinical report on partial pulpotomy 
and capping with calcium hydroxide 
in permanent incisors with complicated 
crown fracture. J Endod 1978;4:232–237. 
Diangelis AJ, Andreasen JO, Ebeleseder 
KA, et al. Guidelines for the management of 
traumatic dental injuries: 1. Fractures and 
luxations of permanent teeth. Pediatr Dent 
2017;39:401–411. 
Encyclopedia of Surgery. Definition: 
Essential surgery. 
https://www.surgeryencyclopedia. 
com/Ce-Fi/Essential-Surgery.html. 
Accessed 30 March 2020. 
 
 
Itzhak Abramovitz – Presidente do Departamento de Endodontia, Docente de 
Medicina Dentária da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade Hebraica-
Hadassah, Jerusalém, Israel 
Aaron Palmon – Decano, Docente de Medicina Dentária da Faculdade de Medicina 
Dentária da Universidade Hebraica-Hadassah, Jerusalém, Israel 
David Levy – Médico, Diretor Responsável pela Qualidade do Instituto Eastman de 
Saúde Bucal, Universidade de Rochester, Rochester, NY, EUA 
Bekir Karabucak – Presidente do Departamento de Endodontia da Faculdade de 
Medicina Dentária da Universidade da Pensilvânia, EUA 
Nurit Kot-Limon - Membro do Departamento de Endodontia, Docente de Medicina 
Dentária da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade Hebraica Hadassah, 
Jerusalém, Israel 
Boaz Shay - Diretor Clínico do Departamento de Endodontia, Docente de Medicina 
Dentária da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade Hebraica Hadassah, 
Jerusalém, Israel 
Antonia Kolokythas - Presidente, Cirurgiã Bucomaxilofacial do Instituto Eastman de 
Saúde Bucal da Universidade de Rochester, Rochester, NY, EUA 
Galit Almoznino - Professor Sênior em Medicina Oral, Chefe do Laboratório de 
Pesquisa em Grandes Dados Biomédicos da Faculdade de Medicina Dentária da 
Universidade Hebraica-Hadassah, Jerusalém, Israel; Chefe do Comitê de Prevenção e 
Controle de Infecção da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade Hebraica-
Hadassah, Jerusalém, Israel; Consultor do Departamento de Endodontia, Docente de 
Medicina Dentária da Faculdade da Universidade Hebraica - Hadassah; Chefe da 
Clínica Orofacial Sensorial, Sabor e Olfato, Departamento de Sedação em Medicina 
Oral e Imagem Maxilofacial da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade 
Hebraica-Hadassah, Jerusalém, Israel. 
Contato: Dr. Galit Almoznino, Professor SeniorClínico, Especialista em Medicina 
Oral; Chefe do Laboratório de Pesquisa em Grandes Dados Biomédicos; Chefe do 
Comitê de Prevenção e Controle de Infecções; Consultor do Departamento de 
Endodontia; Chefe da Clínica Orofacial Sensorial, Sabor e Olfato do Departamento de 
Sedação em Medicina Oral e Imagem Maxilofacial da Faculdade de Medicina Dentária 
da Universidade Hebraica-Hadassah, PO Box 12272, Jerusalém 91120, Israel. E-mail: 
galit@almoznino.com

Mais conteúdos dessa disciplina