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Uma das questões mais antigas que povoa a mente humana é, quem somos, 
de onde viemos e para onde vamos, quem ou como foi criada todas as coisas. 
Por que tudo existe, 
 
João 18 37-38 - Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: 
Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de 
dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. 
38 Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade? Tendo dito isto, voltou aos 
judeus e lhes disse: Eu não acho nele crime algum. 
 
O que é a verdade - Essa pergunta tem sido repercutida ao longo da história 
e muito discutida entre as religiões e filósofos. Pilatos estava diante da 
própria verdade. 
As verdades hoje estão sendo relativizadas e adequadas as pretensões 
dos homens 
A filosofia do relativismo diz que toda verdade é relativa (Inclusive os 
ensinamentos bíblicos), e diz aquilo que é verdade pra mim pode não ser pra 
você, depende do ponto de vista, cultura e anseio de cada um. As redes 
sociais estão cheias disso, cada um é dono da verdade. Ela tem espalhado 
um mar de mentiras e muitos cristãos estão caindo nelas. 
Esse relativismo abre as portas para o liberalismo religioso 
O que tem levado muitas igrejas a fecharem as portas, ou se afastarem 
totalmente da palavra, pois onde não há a palavra como verdade absoluta não 
pode haver adoração genuína a Deus. 
 
As descobertas sempre serão uma gota ínfima, ante o mar das coisas dignas 
de saber. 
 
filósofo alemão Friedrich Nietzsche 
Deus está morto é uma frase muito citada do filósofo para expressar sua ideia 
de que o Iluminismo havia eliminado a possibilidade da existência de Deus. 
 
Segundo ele o Iluminismo trouxe o triunfo da racionalidade científica sobre a 
revelação sagrada; o surgimento do materialismo filosófico e do naturalismo 
que, para todos os efeitos e propósitos, dispensou a crença ou o papel de 
Deus nos assuntos humanos e no destino do mundo. 
 
O que foi o Iluminismo? 
O Iluminismo se iniciou como um movimento cultural europeu do século 
XVII e XVIII que buscava gerar mudanças políticas, econômicas e sociais na 
sociedade da época. Para isso, os iluministas acreditavam na disseminação 
do conhecimento, como forma de enaltecer a razão em detrimento do 
pensamento religioso. Vale ressaltar que os iluministas não eram ateus, 
porém, eles acreditavam que o homem chegaria a Deus por meio da razão. 
O próprio nome do movimento nos remete a luz – não é à toa que esse 
período é conhecido como ―Século das Luzes‖ -, que pretende se contrapor a 
herança medieval que ficou conhecida como ―Idade das Trevas‖, 
quando todo o conhecimento era subordinado à religião. 
Grandes pensadores, de diversas áreas, fizeram parte dessa corrente com o 
intuito de acelerar o progresso da humanidade. O precursor do iluminismo 
René Descartes (1596 – 1650), considerado o pai do racionalismo, dissertou 
em sua obra ―Discurso do Método‖, que para se compreender o mundo, 
deve-se questionar tudo. Essa nova forma pensar se opunha ao raciocínio 
da época, já que naquele período histórico, os governos autoritários e a igreja 
católica não permitiam questionamentos. 
O pensamento iluminista foi importante para o desenvolvimento da ciência e 
do humanismo –pregava a centralidade e racionalidade humana, com o 
intuito de apresentar uma alternativa aos ensinamentos impostos pela 
religião. Várias obras foram desenvolvidas nesse período, e uma em 
especial sintetizava a ideia de disseminação do conhecimento pregada pelos 
iluministas: a Enciclopédia. 
Qual o contexto do surgimento desse movimento? 
Naquele período, a Igreja Católica era detentora do conhecimento e a sua 
forma de pensar era soberana. Não havia linhas de pensamento alternativas, 
pois o clero fazia questão de impor as suas doutrinas religiosas para todos os 
cidadãos. 
Quais as suas principais ideias? 
Podemos sintetizar as principais ideias iluministas da seguinte forma: 
 Valorização do pensamento racional. Os Iluministas consideravam a 
razão e a possibilidade de se questionar e investigar como o melhor 
instrumento para se alcançar qualquer tipo de conhecimento; 
 Defendiam os direitos dos indivíduos por acreditarem que todos 
deveriam ter seus direitos naturais, como à vida e liberdade, protegidos; 
 Eram críticos aos regimes absolutistas e autoritários, que até então 
dominavam o cenário europeu. Por isso defendiam uma maior divisão 
do poder do Estado; 
 Defendiam a liberdade política, econômica e religiosa de todos 
perante a lei; 
 Criticavam o conhecimento sob controle da Igreja Católica, embora 
não fossem contra a crença em Deus; 
 Defendiam um novo sistema econômico, em troca do criticado 
mercantilismo; 
 Eram contra todos os privilégios da nobreza e do clero. 
 
A Reforma Protestante iniciada por Martinho Lutero (1483-1546), 
também foi uma espécie de Iluminismo, pois trouxe luz as Escrituras 
Sagradas, também teve influências culturais e intelectuais que se fazem 
presentes até hoje. 
 
A grande questão foi que muitos reis e figuras influentes da época estavam 
insatisfeitos com o poder da Igreja, e viram nas ideias de Lutero uma 
oportunidade de enfraquecer esse poder, dessa forma eles viram em 
Lutero um oportunidade política de ruptura definitiva com a Igreja. 
Lutero também recebeu apoio de vários humanistas, pois apesar do 
humanismo valorizar a razão acima de tudo, a reforma estava mais próxima 
com os valores que eles buscavam. 
 
Inúmeras reformas foram pregadas e realizadas ao longo da Idade Média – 
algumas afastadas e silenciadas sob a acusação de heresia, outras 
incorporadas pela Igreja, mantendo, contudo, suas prerrogativas e seu poder. 
No entanto, Nada se compara, ao impacto provocado pela ruptura 
inspirada por Martinho Lutero na primeira metade do Século XVI. 
A crítica de Martinho Lutero às Indulgências, conhecidas como as 95 
teses, é reconhecido como o ato inaugural da Reforma, embora, na 
época, como foi dito mais acima, Lutero buscasse mais um debate do que 
uma ruptura. A ruptura definitiva, após algumas tentativas fracassadas de 
reconciliação, só viria alguns anos mais tarde. Em 1520, Lutero é 
excomungado pela bula papal Exsurge Domine, que é queimada 
ostensivamente diante de seguidores na cidade de Wittenberg. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/95_Teses
https://pt.wikipedia.org/wiki/95_Teses
https://pt.wikipedia.org/wiki/95_Teses
https://pt.wikipedia.org/wiki/Exsurge_Domine
No ano seguinte, em 1521, vem a ruptura com o império: Martinho 
Lutero comparece à Dieta (Assembleia dos Estados Alemães no Sacro 
Império Romano-Germânico) na cidade de Worms, diante do 
imperador Carlos V, que também o condena. Lutero, no entanto, já havia 
conquistado seguidores e protetores entre humanistas e artistas importantes, 
bem como entre príncipes e outros governantes. Aos poucos, o luteranismo 
ganha os estados alemães, mas apenas em 1555 Carlos V reconhece 
oficialmente a existência de igrejas luteranas. 
Martinho Lutero e a justificação pela fé 
 
Essa doutrina é a ideia fundamental de Martinho Lutero. Fundamental, 
não só do ponto de vista doutrinário, mas também – e sobretudo – do ponto 
de vista existencial. Lutero, durante muito tempo, viveu atormentado 
pela ideia do pecado. Mesmo levando uma vida monástica não deixava de se 
ver como pecador e temia pela justiça divina. Conta que chegou à beira da 
blasfêmia, odiando aquele Deus implacável e terrível, que dá aos 
homens uma lei que Ele sabe que não será cumprida, apenas para, no final, 
julgar e punir a todos por sua desobediência. 
A reconciliação de Lutero com a justiça divina deu-se, finalmente, 
pela ideia da justificação pela fé: o homem precisa, antes de tudo, 
reconhecer-se como essencialmente injusto e pecador, 
concordando, assim, com o julgamento divino sobre nós humanos. 
Tentar justificar-nos por meio da razão, por meio de nossas obras ou 
por meio de indulgências, para Lutero, é não apenasabsurdo, 
é blasfemo, pois implica não compreender o sentido da justiça divina. 
Torna desnecessário o intermédio dos sacerdotes. Todo o sistema 
penitencial da igreja católica também beira a blasfêmia aos olhos de Lutero. 
Em suma, a salvação é um problema individual (ou seja, é um problema 
entre o indivíduo e Deus) e não institucional, já que não cabe à Igreja, mas a 
Deus apenas, a salvação da alma. Uma das consequências dessa ideia é a 
perda do poder mediador que a Igreja Católica pretendia possuir, no 
que diz respeito à salvação. ―Não há salvação fora da igreja‖, dizia o 
adágio. Lutero nega justamente isso. 
A salvação, portanto, dependeria exclusivamente de Deus. Ter fé 
é justamente reconhecer esse fato. De nada adiantam as mortificações, as 
penitências, os jejuns, o recolhimento, as orações – nada disso mudará o 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dieta_de_Worms
destino de nossa alma, nada disso nos trará para mais próximo de Deus: 
apenas a fé, a percepção de que sua justiça corresponde à sua misericórdia. 
Outra conseqüência importante é a desvalorização da vida monástica e 
a valorização da vida comum, do trabalho e da família. 
Tradicionalmente, a vida monástica era percebida como um modo de vida 
que favorecia a salvação. Os rigores da vida nos mosteiros, retirada do 
mundo onde reina o pecado, aproximavam o homem de Deus. Ao contrário, 
uma vida de trabalho, devotada à comunidade e à família, tem muito 
mais valor do que a vida do monge. Essa valorização da vida comum tem 
mais consequências éticas e sociais. 
A Reforma Protestante, então, será o movimento que, pela primeira vez, irá 
afetar a hegemonia da Igreja e seus pressupostos, como a vida monástica e 
a ideia de que ela seria a única instituição autorizada entre Deus e os 
homens. Junto com o humanismo e as revoluções científicas, a Reforma e 
suas ideias são importantes para a compreensão das profundas mudanças 
ocorridas tanto na Era Moderna quanto na Filosofia e principalmente no 
mapa político e religioso na Era Contemporânea. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS apontadas pelo Autor: Postado por 
Netmundi.org 
1. ROVIGHI, Sofia Vanni. História da filosofia moderna. São Paulo: 
Loyola, 2000. 
2. WEBER, Max. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São 
Paulo: Cia. das Letras, 
2004. 
3. DUFOUR, Xavier. Vocabulário de teologia bíblica. Petrópolis, 
Vozes, 2002. 
4. BOBBIO, Norberto; BOVERO, Michelangelo. Sociedade e Estado na 
filosofia política moderna. São Paulo: Brasiliense, 1986. 
PRÓXIMA 
"Immanuel Kant escreveu algumas das principais obras filosóficas da 
Modernidade. Personalidade influente no meio intelectual de sua cidade e 
membro da Real Academia das Ciências de Berlim, curiosamente, o 
pensador nunca saiu de sua cidade natal, Königsberg. 
 
Kant fundou uma nova teoria do conhecimento, chamada idealismo 
transcendental, e a sua filosofia, como um todo, fundou o criticismo, corrente 
crítica do saber filosófico que visava, como queria Kant, a delimitar os 
limites do conhecimento humano. 
 
As obras de Kant possuem uma rara erudição, um estilo literário único e um 
rigor metodológico e filosófico inigualável. Professor da Universidade de 
Königsberg por quase cinco décadas, o docente e pesquisador dedicou-se a 
escrever sobre Lógica, Metafísica, Teoria do Conhecimento e Ética e 
Filosofia moral. 
 
Leia também: Metafísica de Aristóteles: o que é, resumo e exemplos 
 
Tópicos deste artigo 
 
 1 - Biografia 
 2 - Filosofia de Kant 
 3 - Principais ideias 
 4 - Citações 
 5 - Resumo 
 
Biografia 
 
Filho de uma família chefiada por um artesão descendente de escoceses, 
Kant nasceu na cidade de Königsberg, na Prússia Oriental, em 22 de abril de 
1724. Sua família tradicional protestante marcou a sua vida e relação com a 
religião. O grande pensador da Modernidade não se dizia ateu, mas sempre 
manteve uma relação polêmica com a religião por defender, em seu 
criticismo, que somente podemos conhecer aquilo que podemos intuir, ou 
seja, aquilo que podemos ver, ouvir, de fato experimentar. 
 
Aos 16 anos de idade, Immanuel Kant entrou para o curso de Teologia da 
Universidade de Königsberg, onde começou a aprofundar os seus estudos em 
Filosofia, principalmente em Leibniz. Também se interessou por Física e 
Matemática, inclusive escrevendo sobre Ciências Naturais. 
 
Em 1746, o falecimento de seu pai fez com que o filósofo fosse obrigado a 
trabalhar como preceptor, ensinando os filhos de famílias ricas de 
Königsberg. Para sua sorte, o pensador conquistou certo prestígio e 
conseguiu adentrar no meio intelectual da cidade, devido à influência 
adquirida como preceptor e à sua inteligência incomum. 
 
Em 1754, o filósofo retornou para a universidade, onde se doutorou em 
Filosofia e passou a lecionar como livre docente. Em 1770, o filósofo e 
professor de Königsberg passou a ocupar a cátedra de Lógica e Metafísica da 
Universidade de Königsberg, cargo que ocupou até a sua morte. 
 
A entrada como professor catedrático também impulsionou os trabalhos 
filosóficos de Kant, que se ocupou de suas principais obras, as quais 
promoveriam o que ele chamou de ―revolução copernicana da Filosofia‖, 
devido à sua inclinação para o criticismo, que resolveria os impasses de 
filósofos e correntes filosóficas anteriores. 
 
Kant foi proibido de escrever sobre religião pelo Rei Frederico Guilherme II, 
da Prússia, devido às suas teses polêmicas, que levariam a uma espécie de 
agnosticismo intelectual. Kant publicou textos sobre religião somente em 
1797, após a morte do rei. 
 
Alguns dos principais livros de Kant são: Crítica da razão pura, Crítica da 
razão prática, Crítica da faculdade de julgar e Fundamentação da Metafísica 
dos costumes. Extremamente rigoroso e metódico, o filósofo nunca se casou 
e não teve filhos, dedicando-se, quase integralmente, à pesquisa e à docência 
em Filosofia. Curiosamente, o pensador prussiano nunca saiu de sua cidade 
natal, e sua extrema erudição e seu conhecimento geral eram obtidos por 
meio de leituras e contato com pessoas de fora. 
 
Algumas curiosidades sobre a personalidade de Kant saltam aos olhos de 
leitores de suas biografias. Um homem muito inteligente, sagaz, bondoso e 
gentil, o filósofo tinha também certos hábitos que remetiam à sua 
personalidade metódica. Sabe-se que ele tinha uma rigorosa rotina e cumpria, 
fielmente, seus afazeres em horários rigorosamente controlados. Ele tinha 
horário certo para dormir, acordar, comer, estudar, escrever e fazer suas 
caminhadas vespertinas. 
 
Conta-se que os habitantes de Königsberg, alguns vizinhos do filósofo, 
acertavam seus relógios quando viam Kant passando pela rua, pois ele 
sempre passava pelos mesmos lugares no mesmo horário. Uma única vez, o 
pensador prussiano atrasou-se por estar absorto em uma leitura, e esse atraso 
foi suficiente para despertar a curiosidade dos vizinhos. 
 
Após sofrer de uma doença degenerativa, o filósofo faleceu do dia 12 de 
fevereiro de 1804, aos 79 anos de idade. 
 
Veja também: Conheça a vida e obra deste grande nome da Escolástica 
 
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Filosofia de Kant 
 
Immanuel Kant ficou conhecido por ter formulado o que ele denominou ser 
uma ―revolução copernicana na Filosofia‖. Grande leitor do racionalista 
Gotfried Wilhelm Leibniz e do empirista inglês David Hume, Kant tratou de 
juntar elementos das duas correntes que mais movimentaram a Filosofia 
europeia moderna em uma teoria criticista, sem cair em qualquer tipo de 
relativismo. 
 
O idealismo transcendental kantiano construiu uma complexa teia de 
conceitos para explicar que nem o empirismo estava certo e nem o 
racionalismo explicava plenamente o conhecimento humano. Para Kant, o 
conhecimento é obtido com base na percepção do que ele chamou de ―coisa 
em si‖, que é o objeto. 
 
Esse processo dá-se pelo que o pensador denominou intuição, e é a 
racionalidade, por meio das faculdadesmentais, que proporciona ao ser 
humano o conhecimento, pois a nossa mente é capaz de relacionar conceitos 
puros aos dados da percepção. 
 
Para Kant, há a coisa em si e o conceito transcendental, sendo a nossa 
relação com esses dois elementos estritamente pessoal e psicológica, mas o 
fato de haver um conceito universal, que serve de parâmetro, impede que a 
teoria kantiana seja relativista. 
 
No campo moral, Kant formulou uma teoria chamada Metafísica dos 
costumes, baseada no imperativo categórico, que tenta desfazer qualquer 
relativismo moral empregando forças para descobrir as máximas ou leis 
morais universais. Para Kant, existe um dever universal baseado em leis 
morais e esse dever está submetido ao estrito cumprimento das leis morais 
em qualquer situação racional. O ser humano ou qualquer outro ser racional 
deve cumprir aquilo que é estabelecido pela lei moral. 
 
No campo político, Kant escreveu o livro A paz perpétua, em que ele elabora 
um tratado de paz e cooperação universal imaginário entre os Estados. Esse 
tratado, de inspiração iluminista e republicana, visava a garantir a paz entre 
as nações, o respeito aos Direitos Humanos e à vida. A obra kantiana, 
publicada em 1795, influenciou fortemente a consolidação da Organização 
das Nações Unidas (ONU), mais de 150 anos depois. 
 
Kant também escreveu um artigo denominado ―O que é esclarecimento?‖ ou 
―O que é Iluminismo?‖. A relação estabelecida entre iluminismo e 
esclarecimento dá-se na tradução dos termos para alemão (a palavra 
Aufklärung designa, simultaneamente, esclarecimento e iluminação) na obra 
de Kant. Elaborado em estilo de resposta à pergunta, o texto defende que o 
ser humano deve sair da ―menoridade‖, que seria o estado de 
desconhecimento que impede o desenvolvimento autônomo, e chegar ao 
conhecimento, que seria a garantia da autonomia e do esclarecimento. 
 
No campo estético, Kant desenvolveu uma complexa teoria, ligada à sua 
teoria do conhecimento, denominada estética transcendental. Essa teoria está 
presente na Crítica da razão pura, livro que trata, majoritariamente, de 
epistemologia, e no livro Crítica da faculdade do juízo, que fala 
especificamente dos juízos estéticos. 
 
Veja também: Saiba mais sobre este ramo filosófico desenvolvido por Sartre 
Principais ideias 
 
 Criticismo: filosofia voltada para estabelecer os limites do conhecimento 
humano com base em um intenso exercício filosófico, estabelecendo uma 
crítica revisionista da Filosofia. 
 
 Idealismo transcendental: doutrina filosófica voltada para entender como 
ocorre o conhecimento humano, com base em noções como juízo analítico, 
juízo sintético e juízo estético. 
 
 Iluminismo: a indicação de uma iluminação por meio do conhecimento é o 
requisito para a formação de uma mente autônoma. 
 
 Imperativo categórico: é a formulação de uma lei moral, máxima da ação 
ética em qualquer situação. O imperativo kantiano pode ser formulado da 
seguinte maneira: age de tal maneira a tornar a sua ação uma lei universal. 
Isso significa que a ação deve ser universalmente correta ou estar, em 
qualquer situação, em correspondência com o dever. Há também a máxima: 
age de tal modo a utilizar a natureza e as pessoas como fim e nunca como 
meio. Isso significa que há uma obrigação moral de não usar as pessoas 
como meio para que se consiga algo. 
 
Citações 
 
 ―Não se pode aprender Filosofia alguma. [...] Só se pode aprender a 
filosofar, isto é, exercitar o talento da razão na observância de seus princípios 
universais.‖ 
 
 "A guerra é má, por originar mais homens maus do que aqueles que mata." 
 
 "A felicidade não é um ideal da razão mas sim da imaginação." 
 
 "Duas coisas que me enchem a alma de crescente admiração e respeito, 
quanto mais intensa e frequentemente o pensamento delas se ocupa: o céu 
estrelado sobre mim e a lei moral dentro de mim." 
 
 "A moral, propriamente dita, não é a doutrina que nos ensina como sermos 
felizes, mas como devemos tornar-nos dignos da felicidade." 
 
 "É no problema da educação que assenta o grande segredo do 
aperfeiçoamento da humanidade." 
 
 "Pensamentos sem conteúdos são vazios; intuições sem conceitos são 
cegas." 
 
Resumo 
 
O filósofo prussiano Immanuel Kant nasceu e sempre viveu na cidade de 
Königsberg. Metódico e rigoroso, formou-se em Teologia e, desde cedo, 
escreveu tratados de Ciências, Filosofia e religião. Doutorou-se em Filosofia 
e passou a lecionar na Universidade de Königsberg. Sua produção filosófica 
mais intensa deu-se a partir de 1770, período em que elaborou a sua filosofia 
criticista e o seu idealismo transcendental — teoria crítica da razão que 
sintetiza o empirismo e o racionalismo. 
 
Por Francisco Porfírio 
Professor de Filosofia" 
 
Veja mais sobre "Immanuel Kant" em: 
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/immanuel-kant.htm 
PRÓXIMO 
Tales de Mileto 
 
Escrito por Juliana Bezerra 
Professora de História 
Tales de Mileto foi um importante pensador, filósofo e matemático grego 
pré-socrático. É considerado, por alguns, o "Pai da Ciência" e da "Filosofia 
Ocidental". 
Suas principais ideias expandiram os horizontes teóricos nas áreas da 
matemática, filosofia e astronomia. Para ele, a água era o principal elemento 
da natureza e a essência de todas as coisas. 
Biografia de Tales de Mileto 
Tales de Mileto, provavelmente descendente de fenícios, nasceu na antiga 
colônia grega Mileto, região da Jônia, atual Turquia, por volta de 623 ou 624 
a.C. 
 
Foi um homem de muitas habilidades e erudição, sendo assim, uma figura 
respeitada pelo seu povo grego. 
Buscou respostas racionais para os fenômenos da natureza e as razões da 
existência. Por isso, é considerado um dos primeiros filósofos a romper com 
o ponto de vista religioso. 
Veja também: O Mito e a Filosofia 
Razão x Mito 
Na cidade de Mileto, foi fundador da "Escola Jônica", considerada a mais 
antiga escola filosófica, onde seus pensadores buscavam explicações 
cosmológicas, ou seja, por meio da natureza através das observações. 
Assim, eram adeptos da chamada ―Filosofia Unitarista‖, cujo princípio 
estava baseado no princípio único o qual explica todas as coisas e, no caso de 
Tales de Mileto, o elemento água. 
Viajou para o Egito e para Babilônia aprofundando seus conhecimentos ao 
mesmo tempo que o disseminava tornando-se um homem muito admirado. 
Ao lado de outros filósofos, Anaximandro e Anaxímenes, Tales de Mileto 
fundou a "Escola de Mileto" (Milésima). 
Seus seguidores ficaram conhecidos como 'Milesianos' e eram adeptos à 
filosofia, pautada em deuses antropomórficos (atribui-se aspectos humanos 
aos Deuses) e os fenômenos naturais. 
https://www.todamateria.com.br/o-mito-e-a-filosofia/
https://www.todamateria.com.br/anaximandro/
https://www.todamateria.com.br/anaximenes/
Veja também: Filosofia Grega 
Astronomia e Matemática 
Suas contribuições na área da astronomia partiram de muitas observações 
que realizava, da qual chegou a prever o eclipse solar ocorrido no ano de 585 
a.C. 
Na matemática, mais precisamente na área da geometria, a partir de 
demonstrações dedutivas, apresentou teorias sobre: 
 a semelhança dos triângulos e as relações sobre seus ângulos; 
 as retas paralelas; 
 e a propriedade das circunferências. 
Tales de Mileto faleceu aproximadamente em 556 ou 558 a.C. em sua cidade 
natal. 
Filosofia de Tales de Mileto 
A filosofia de Tales baseava-se em três teses principais: 
1. Tudo que conhecemos é feito de água e o homem é mais um ente desse 
meio; 
2. todas as coisas, incluso as inanimadas, estão cheia de vida; 
3. por outro lado, as mudanças e a geração só podem ser alcançadas pela 
condensação e a rarefação. 
Quanto à estética, dizia que a busca pelo conhecimento, era o objeto mais 
belo que podíamos ter. 
Ocupou-se em explicar mais os fenômenos da natureza e da matemática. 
Portanto, não fez grandes considerações sobre a ética e os sereshumanos. 
Teorema de Tales 
Diz-se que Tales foi convidado para descobrir a altura da pirâmide Quéops, 
no Egito. 
Diante disso, surgiu o Teorema de Tales, onde as retas paralelas e 
transversais formam segmentos proporcionais. 
 
Frases de Tales de Mileto 
https://www.todamateria.com.br/filosofia-grega/
https://www.todamateria.com.br/teorema-de-tales/
 A coisa mais difícil do mundo é conhecer a nós mesmos e a mais fácil, 
falar mal dos outros. 
 A água é o princípio de todas as coisas. 
 O ser mais antigo é Deus, porque não foi gerado. 
 Todas as coisas estão cheias de deuses. 
 A coisa mais bela é o mundo, porque é obra divina. 
 A esperança é o único bem comum a todos os homens; aqueles que 
nada mais têm ainda a possuem. 
Curiosidades 
 Tales de Mileto é um dos ―Sete Sábios da Grécia Antiga‖, junto com 
Bias de Priene, Quílon de Esparta, Cleóbulo de Lindus, Periandro de 
Corinto, Pítaco de Mitilene e Sólon de Atenas. 
 O filósofo grego Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) aponta Tales de Mileto 
como o primeiro filósofo da humanidade. 
Heráclito 
Juliana Bezerra 
Escrito por Juliana Bezerra 
Professora de História 
 
Heráclito, conhecido como ―o obscuro‖, foi um pensador e filósofo pré-
socrático considerado o ―Pai da Dialética‖. 
Biografia de Heráclito 
 
Heráclito de Éfeso, nasceu na cidade de Éfeso, por volta de 540 a.C., antiga 
colônia grega, região da Jônia na Ásia Menor, atual Turquia. 
 
Heráclito 
Filho de nobres, pertencia à família real da cidade. Personalidade forte, 
Heráclito não apreciava a vida pública e se afastou de temas como arte e 
religião. 
https://www.todamateria.com.br/aristoteles/
 
Diante disso, passou grande parte de sua vida introspectivo com seu jeito 
orgulhoso e esnobe, sendo muito criticado pelo seu povo. 
Com isso, passa a viver nas montanhas, afastado de todos e aperfeiçoando 
suas teorias. 
Filosofia de Heráclito 
Como Tales de Mileto, Heráclito acreditava no princípio único abalizado na 
―Filosofia Unitarista‖, cujo princípio estava fundamentado na unidade 
elementar e, no caso de Heráclito, o elemento fogo. Segundo ele, 
 ―Tudo provem do Um e o Um provem do Todo‖. 
O filósofo baseava suas ideias na lei fundamental da natureza, de modo que, 
segundo ele, ―Tudo flui‖ e ―Nada é permanente, exceto a mudança‖. 
A partir disso, acreditava que tudo o que existe está em permanente mudança 
ou transformação, conceito denominado ―Devir‖ (tornar-se, do vir-a-ser), 
sujeitas ao ―logos‖ (razão ou lei). 
Tendo em vista seus conceitos, foi o criador do pensamento dialético, a 
doutrina dos contrários, onde, das contradições, surgem a unidade dialética. 
Em resumo, a dialética propõe a busca da verdade através da relação entre 
dois conceitos opostos, numa relação de interdependência. 
Por exemplo, a escuridão somente existe pois o conceito de luz é seu oposto, 
onde um não existe sem o outro. 
Assim, Heráclito, pai da dialética, afirma que todas as coisas por meio da 
dualidade, cujo o "logos" é sua resultante, ou seja, o conhecimento nascido 
desse embate. 
Veja também: Filósofos Pré-Socráticos 
Frases de Heráclito 
 
 ―Ninguém entra em um mesmo rio uma segunda vez, pois quando isso 
acontece já não se é o mesmo, assim como as águas que já serão outras.‖ 
 ―Paremos de indagar o que o futuro nos reserva e recebamos como um 
presente o que quer que nos traga o dia de hoje.‖ 
 ―Muito estudo não ensina compreensão.‖ 
 ―A sabedoria é a meta da alma humana; mas a pessoa, à medida que em 
seus conhecimentos avança, vê o horizonte do desconhecido cada vez mais 
longe.‖ 
 ―A guerra é mãe e rainha de todas as coisas; alguns transforma em deuses, 
outros, em homens; de alguns faz escravos, de outros, homens livres.‖ 
 ―Sabedoria consiste em falar e agir da verdade. Aprendizagem muito não 
ensina compreensão. Todas as coisas vêm a seu tempo devido. O sol é novo 
a cada dia.‖ 
 
Parmênides 
Escrito por Juliana Bezerra 
Professora de História 
Parmênides de Eleia foi um dos principais filósofos gregos pré-socráticos 
da Antiguidade. Seus estudos estiveram baseados nos temas sobre a 
ontologia do ser, da razão e da lógica. 
Seu pensamento influenciou a filosofia da antiguidade bem como a filosofia 
moderna e contemporânea. Sua frase mais célebre é: ―O ser é e o não ser não 
é.‖ 
Biografia: Resumo 
Busto de Parmênides de Eleia 
Parmênides nasceu em 510 a.C. na cidade grega de Eleia (atual Itália), 
situada na região da Magna Grécia. 
Filho de uma família abastada, o filósofo teve uma boa educação. Visto seu 
interesse pela filosofia, se aproximou das ideias de Pitágoras e da Escola 
Fundada por ele: a Escola Pitagórica. 
No entanto, não se aprofundou nas questões discutidas pelos pitagóricos, 
fundando uma Escola em sua cidade natal: Escola Eleática. Além dele, no 
https://www.todamateria.com.br/pitagoras/
grupo destacou-se o filósofo Zenão de Eleia, seu discípulo. Parmênides 
faleceu por volta de 470 a.C. 
Veja também: Filosofia Antiga 
Pensamento: A Filosofia de Parmênides 
Grande parte de seu pensamento está reunida na obra poética denominada 
―Sobre a Natureza‖. 
Em seu poema, Parmênides explica sobre dois caminhos: o caminho da 
opinião e o caminho da verdade. 
O ―caminho da opinião‖ (doxa) estaria baseado na aparência, e, portanto, 
levaria ao engano e as incertezas. 
Enquanto o segundo, denominado de ―caminho da verdade‖ (alétheia) é 
conduzido pelo pensamento lógico baseado na razão. Segundo ele: 
―É preciso que tu aprendas: o sólido coração da bem redonda Verdade e as 
opiniões dos mortais, nas quais não há verdadeira certeza. E, no entanto, 
também isso aprenderás: como as coisas que parecem deviam 
verdadeiramente ser, sendo todas em todos os sentidos‖. 
Parmênides e Heráclito: Diferenças 
Heráclito de Éfeso foi também um filósofo pré-socrático considerado o ―Pai 
da Dialética‖. Segundo ele, o mundo está em constante transformação num 
estágio que chamou de ―devir‖. Em suas palavras: ―Nada é permanente, 
exceto a mudança‖. 
Por outro lado, Parmênides refuta as ideias de Heráclito acrescentado que 
nada muda, tudo é uno. Ou seja, a mudança (o devir, o vir a ser) é uma ilusão 
dos sentidos que está pautada no doxa (opinião). 
Nesse sentido, utilizou da contradição lógica para chegar à conclusão, 
enquanto Heráclito baseou seu discurso na dialética, a doutrina dos 
contrários. 
Veja também: Filósofos Pré-Socráticos 
Frases 
Confira abaixo algumas frases famosas que traduzem o pensamento de 
Parmênides: 
https://www.todamateria.com.br/zenao/
https://www.todamateria.com.br/filosofia-antiga/
https://www.todamateria.com.br/heraclito/
https://www.todamateria.com.br/filosofos-pre-socraticos/
 ―Não importa por onde eu comecei, pois para lá eu voltarei sempre.‖ 
 ―O ser é imóvel porque se se movesse poderia vir a ser e então seria e 
não seria ao mesmo tempo.‖ 
 ―O pensamento e o ser são a mesma coisa‖. 
 ―A linguagem é a etiqueta das coisas ilusórias.‖ 
 "O ser é e o não ser não é." 
SÓCRATES 
Sócrates (469-399 a.C.), apesar de não ser o primeiro filósofo, é conhecido 
como o ―pai da filosofia‖. 
Foi responsável por uma mudança no modo de fazer filosofia. Dedicou-se a 
pensar sobre as relações humanas e a refletir sobre as condições do próprio 
pensamento. 
Essa transformação rompeu com a jovem tradição da filosofia que era 
dedicada à compreensão da natureza e do universo. 
Com isso, Sócrates inaugurou o período antropológico da filosofia - o 
conhecimento sobre o ser humano, fazendo a transição do período anterior 
chamado de cosmológico - conhecimento sobre o cosmos (universo). 
Para Sócrates, o conhecimento das pessoas, mesmo os sábios, era parcial, já 
que era baseado na opinião e e na autoridade daqueles que se diziam sábios, 
e não no pensamento racional. 
Por sua atitude crítica em relação ao conhecimento, por questionar e 
enfurecer os poderosos de Atenas, Sócrates foi condenado à morte, acusado 
de atentar contra os deuses gregose corromper a juventude de ateniense. O 
julgamento de Sócrates está descrito no livro A República, de Platão. 
Nenhuma obra de Sócrates foi escrita, ele acreditava que a escrita engessava 
o pensamento e que a verdadeira filosofia se fazia a partir da reflexão. 
Assim, tudo o que se sabe sobre o pensamento socrático é mediado por seus 
críticos, como Aristófanes e seus discípulos Xenofonte e, principalmente, 
Platão. 
Alguns estudiosos questionam se, de fato, Sócrates existiu ou é uma junção 
de diversas pessoas da época ou um personagem criado para personificar e 
exemplificar algumas ideias. 
Interessou? Veja mais em: 
Sócrates (470 a.C.-399 a.C.) foi um filósofo grego, mesmo não sendo o 
primeiro filósofo da história, é reconhecido como o "pai da filosofia" por 
representar o grande marco da filosofia ocidental. 
Biografia de Sócrates 
 
Sócrates (c. 469-399 a.C.) nasceu em Atenas, que em meados do século V 
a.C. tornou-se a metrópole da cultura grega. 
Da sua infância pouco se sabe para além de sua origem pobre. Ele era filho 
de um escultor, Sofronisco, e uma parteira, Fenarete, da qual Sócrates 
pegaria a ideia do parto para sua forma de fazer filosofia. 
Homem feito, chamava atenção não só pela sua inteligência mas também 
pela estranheza de sua figura e seus hábitos. Corpulento, olhos saltados, 
vestes rotas e pés descalços, era considerado o homem mais feio de Atenas. 
Costumava ficar horas mergulhado em seus pensamentos. Quando não estava 
meditando solitário, conversava com seus discípulos, procurando ajudá-los 
na busca da verdade. 
Nessa época, teve início a segunda fase da filosofia grega, conhecida como 
socrática ou antropológica, onde Sócrates foi o principal filósofo desse 
período da filosofia antiga. Nessa fase, os filósofos passaram a se preocupar 
com os problemas relacionados ao indivíduo e a organização da humanidade. 
Passaram a perguntar: O que é verdade? O que é o bem? O que é a justiça?, 
uma vez que na primeira fase da filosofia grega a preocupação era com a 
origem do mundo, fase que ficou conhecida como periodo pré-socrático da 
filosofia. 
Veja também: A Origem da Filosofia 
Principais Ideias de Sócrates 
Ruínas do Oráculo de Delfos, templo do deus Apolo. Em sua entrada, lia-se 
"conhece-te a ti mesmo" 
Para Sócrates, existiam verdades universais, válidas para toda a humanidade 
em qualquer espaço e tempo. Para encontrá-las, era necessário refletir sobre 
elas. Essa percepção da verdade como alcançável é um fator de diferenciação 
entre Sócrates e os sofistas. 
https://www.todamateria.com.br/filosofia-antiga/
https://www.todamateria.com.br/filosofos-pre-socraticos/
https://www.todamateria.com.br/origem-filosofia/
https://www.todamateria.com.br/sofistas/
O princípio da filosofia de Sócrates estava na frase "Conhece-te a ti mesmo", 
um oráculo universal dado pelo deus Apolo na mitologia grega. Antes de 
lançar-se em busca de qualquer verdade, o homem precisa se auto analisar e 
reconhecer sua própria ignorância. 
O próprio Sócrates ao consultar o Oráculo de Delfos recebeu a mensagem de 
que ele era o mais sábio entre os gregos. 
Sócrates percebeu que ele era sábio porque, dentre os sábios, era o único que 
julgava não saber e buscava o verdadeiro conhecimento. Da afirmação de sua 
própria ignorância faz surgir a célebre frase: 
Só sei que nada sei. 
A partir desta ideia, é desenvolvido o Método Socrático. O filósofo inicia 
uma discussão e conduz seu interlocutor ao reconhecimento de sua própria 
ignorância através do diálogo: é a primeira fase de seu método, chamada de 
ironia ou refutação. 
Na segunda fase, a "maiêutica" (técnica de trazer à luz), Sócrates solicita 
vários exemplos particulares do que está sendo discutido. 
Por exemplo, ao ser questionado sobre a coragem, desenvolve um diálogo 
com um general muito respeitado por sua atuação em guerras. O general 
(Laques) lhe dá exemplos de atos corajosos. Não satisfeito, Sócrates analisa 
esses casos com a finalidade de descobrir o que é comum a todos eles. 
Esse algo comum poderia representar o conceito de coragem, a essência dos 
atos heroicos, que existirá em qualquer ato corajoso, independente das 
circunstâncias que o cercarem. 
A "técnica de trazer à luz" pressupõe uma crença de Sócrates, segundo a qual 
a verdade está no próprio homem, mas ele não pode atingi-la porque não só 
está envolto em falsas ideias, em preconceitos, como está desprovido de 
métodos adequados. 
Derrubado esses obstáculos, chega-se ao conhecimento verdadeiro, que 
Sócrates identifica como virtude, contraposta ao vício, o qual se deve 
unicamente à ignorância. 
Ninguém faz o mal voluntariamente. 
Veja também: Método Socrático: Ironia e Maiêutica 
A Morte de Sócrates 
https://www.todamateria.com.br/conhece-te-a-ti-mesmo/
https://www.todamateria.com.br/mitologia-grega/
https://www.todamateria.com.br/metodo-socratico-ironia-maieutica/
Cercado de amigos e seguidores em profunda tristeza, Sócrates recebe o 
cálice com cicuta após condenação à morte 
Sócrates era uma figura célebre de Atenas. Por onde ia, carregava consigo 
uma quantidade imensa de seguidores e discípulos, sobretudo jovens. 
Em seus encontros com figuras respeitadas da polis grega, por conta de seu 
método, acabava expondo e irritando seus interlocutores. 
Esse comportamento deu a Sócrates inimigos entre as figuras mais poderosas 
de Atenas. Em pouco tempo, o filósofo foi acusado de corromper a juventude 
e atentar contra os deuses gregos. 
Seu julgamento foi realizado em duas partes. Na primeira, a votação sobre 
sua culpa ou inocência teve uma margem apertada a favor de sua condenação 
(280 a 220). 
Posteriormente, Sócrates propõe como pena alternativa o pagamento de uma 
multa. Essa pena é amplamente recusada e a condenação é a favor da pena 
capital (360 a 141). 
Sócrates aceita o julgamento e despede-se com a frase: 
É a hora de irmos: eu para a morte, vós para as vossas vidas; quem terá a 
melhor sorte? Só os deuses sabem. 
O legado de Sócrates 
Sócrates não deixou obra escrita, achava mais eficiente o intercâmbio de 
ideias, mediante perguntas e respostas entre duas pessoas e acreditava que a 
escrita enrijecia o pensamento. 
São quatro as fontes básicas para o conhecimento de Sócrates: o filósofo 
Platão, seu discípulo, em cujos Diálogos o mestre figura sempre como 
personagem central. 
A segunda fonte é o historiador Xenofonte, amigo e frequentador assíduo das 
reuniões que Sócrates participava. 
O dramaturgo Aristófanes cita Sócrates como personagem em algumas de 
suas comédias, mas sempre o ridiculariza. 
A última fonte é Aristóteles, discípulo de Platão, e que nasceu 15 anos após a 
morte de Sócrates. Essas fontes nem sempre são coerentes entre si. 
https://www.todamateria.com.br/polis-grega/
https://www.todamateria.com.br/platao/
https://www.todamateria.com.br/aristoteles/
 
Método Socrático: Ironia e Maiêutica 
 
Escrito por Pedro Menezes 
Professor de Filosofia, Mestre em Ciências da Educação 
Sócrates (470-399 a.C.) é o grande marco da filosofia ocidental. Mesmo não 
sendo o primeiro filósofo ele é conhecido como o "pai da filosofia". Muito 
disso se deve à sua busca incansável pelo conhecimento e o desenvolvimento 
de um método para essa busca, o método socrático. 
Nele, a dialética socrática tinha como objetivo questionar as crenças 
habituais de seu interlocutor para posteriormente, assumir sua ignorância e 
buscar um conhecimento verdadeiro. O método socrático busca afastar a 
doxa (opinião) e alcançar a episteme (conhecimento). 
Para Sócrates, somente após a falsidade ser afastada é que a verdade pode 
emergir. 
Sendo assim, seu método de investigação é composto por dois momentos: 
ironia e maiêutica. 
1. Ironia 
A primeira parte do método socrático conhecida como ironia, vem da 
expressão grega que significa "perguntar, fingindo não saber". Esse primeiro 
momento do diálogo socrático possui um caráter negativo, pois nega as pré-
concepções,os pré-julgamentos e os pré-conceitos (preconceitos). 
A ironia era composta de perguntas feitas ao interlocutor com o objetivo de 
deixar claro que o conhecimento que ele julgava possuir, não passava de 
mera opinião ou uma interpretação parcial da realidade. 
Para Sócrates, o não conhecimento ou a ignorância é preferível ao mau 
conhecimento (conhecimento baseado em preconceitos). Com isso, as 
perguntas de Sócrates voltavam-se para que o interlocutor percebesse que 
não está seguro de suas crenças e reconhecesse a própria ignorância. 
Sócrates, com suas perguntas, muitas vezes incomodava seus interlocutores e 
esses abandonavam a discussão antes de prosseguir e tentar definir o 
conceito. 
Os diálogos socráticos que acabam sem se completar são chamados de 
diálogos aporéticos (aporia significa "impasse" ou "inconclusão"). 
2. Maiêutica 
A segunda etapa do método socrático é conhecida como maiêutica, que 
significa "parto". Nesse segundo momento, o filósofo continua fazendo 
perguntas, agora com o objetivo de que o interlocutor chegue a uma 
conclusão segura sobre o assunto e consiga definir um conceito. 
O nome "maiêutica" teve como inspiração a própria família de Sócrates. Sua 
mãe, Fainarete, era parteira e o filósofo a tomou-a como exemplo e afirmava 
que os dois possuíam atividades semelhantes. Enquanto a mãe auxiliava 
mulheres a darem à luz a crianças, Sócrates auxiliava as pessoas a darem à 
luz a ideias. 
Sócrates compreendia que as ideias já estão dentro das pessoas e são 
conhecidas por sua alma eterna. Entretanto, a pergunta correta pode fazer 
com que a alma se recorde de seu conhecimento prévio. 
Para o filósofo, ninguém é capaz de ensinar alguma coisa a outra pessoa. 
Somente ela mesma pode tomar consciência, dar à luz a ideias. A reflexão é 
a forma de atingir o conhecimento. 
Por isso, é importante concluir a maiêutica. Nela, a partir da reflexão, o 
sujeito parte do conhecimento mais simples que já possui e segue em direção 
a um conhecimento mais complexo e mais perfeito. 
Esse pensamento socrático serviu de base para a "teoria da reminiscência" 
desenvolvida por Platão. 
"Só sei que nada sei" e a Importância da Ignorância 
Sócrates recebeu do Oráculo de Delfos uma mensagem que afirmava que ele 
era o mais sábio dentre os homens gregos. Questionando-se, Sócrates disse 
sua célebre frase: "Só sei que nada sei", como poderia ser o mais sábio. 
Então, o filósofo percebeu que questionar e tomar consciência da própria 
ignorância é o primeiro passo na busca do conhecimento. 
Os ditos "sábios" eram seguros sobre os seus conhecimentos. Porém, não 
passavam de meras opiniões ou de uma perspectiva parcial sobre a realidade. 
https://www.todamateria.com.br/socrates/
Sócrates percebeu que a segurança desses sábios faria com que eles nunca 
buscassem o verdadeiro conhecimento. Enquanto ele, por ser consciente da 
própria ignorância, estaria sempre procurando a verdade. 
A vida sem questionamentos não vale a pena ser vivida. 
Veja também: Conhece-te a ti mesmo 
Jacques-Louis David, A Morte de Sócrates, retrata o momento após o 
julgamento em que o filósofo recebe o cálice com cicuta 
Veja também: Só sei que nada sei: a enigmática frase de Sócrates. 
O Método Socrático e o Mito da Caverna de Platão 
O principal discípulo de Sócrates, Platão (c. 428-347 a.C.), em sua célebre 
Alegoria da Caverna (ou Mito da Caverna), conta a história de um 
prisioneiro que nasceu acorrentado no fundo de uma caverna como muitos 
outros. 
Inconformado com sua condição, esse prisioneiro consegue se libertar, sai da 
caverna e contempla o mundo exterior. 
Não satisfeito e sentindo compaixão em relação aos outros prisioneiros no 
interior da caverna, o prisioneiro decide voltar ao interior hostil da caverna 
para tentar resgatar outros prisioneiros. 
Entretanto, em seu regresso, os outros prisioneiros, desacreditaram-no, riram 
dele e, por fim, mataram-no. 
Através dessa metáfora, Platão narra a trajetória de Sócrates na Grécia antiga 
e o que ele compreende como sendo o papel da filosofia. 
Para ele, o questionamento proposto pela filosofia socrática é a atitude que 
faz o indivíduo perceber-se prisioneiro a um mundo de aparências e preso a 
seus preconceitos e opiniões. 
Essa inquietação é o que faz o indivíduo buscar o conhecimento verdadeiro, 
a saída da caverna. Ao compreender a verdade iluminada pelo Sol (verdade), 
torna-se livre. 
Platão fala do papel do filósofo. O filósofo é aquele que sente compaixão 
pelos outros, que não está satisfeito em ter o conhecimento para si e precisa 
tentar libertar as pessoas da escuridão da ignorância. 
https://www.todamateria.com.br/conhece-te-a-ti-mesmo/
https://www.todamateria.com.br/so-sei-que-nada-sei/
https://www.todamateria.com.br/mito-da-caverna/
O trágico desfecho imaginado por Platão, faz referência ao julgamento e 
condenação de seu mestre, Sócrates. 
O método socrático, sobretudo a ironia, acabava incomodando os poderosos 
de Atenas que muitas vezes eram ridicularizados pelo filósofo. A exposição 
da ignorância dos poderosos políticos gregos condenaram Sócrates à morte. 
Sócrates foi acusado por atentar contra os deuses gregos e desvirtuar a 
juventude. Foi julgado culpado e condenado a tomar um cálice de cicuta 
(veneno que causa paralisia e a morte). 
Sócrates surpreendeu a seu seguidores e amigos ao se recusar a fugir e 
aceitar a condenação. Dentre esses seguidores estava Platão. 
Um dos aforismos mais famosos da história, ―conhece-te a ti mesmo‖, 
encontrava-se no pórtico de entrada do templo do deus Apolo, na cidade de 
Delfos na Grécia, no século IV a. C. 
Lembre que um aforismo é um pensamento expresso de maneira breve. 
Essa frase foi atribuída a várias figuras gregas e não possui ao certo um 
autor. É possível que tenha como origem um dito popular grego. 
Ao longo do tempo, essa sentença foi apropriada por muitos autores, o que 
levou a algumas variações. Um exemplo dessa apropriação é sua tradução 
para o latim: nosce te ipsum e, também, temet nosce. 
De qualquer forma, a frase foi compreendida como um oráculo (mensagem 
do deus) de Apolo para todas as pessoas. 
Sendo assim, a grande tarefa da humanidade, segundo o deus Apolo, seria 
buscar o conhecimento de si e, a partir daí, conhecer a verdade sobre o 
mundo. 
O deus Apolo era conhecido por ser o deus da beleza, da perfeição e da 
razão. Por esse motivo, era um dos deuses mais cultuados da Grécia Antiga. 
A razão, relacionada a Apolo, foi primordial para o desenvolvimento da 
filosofia. O caráter reflexivo da filosofia e a busca pelo conhecimento e pela 
verdade encontram em Apolo um referencial. 
Conhece-te a ti mesmo e Sócrates 
O filósofo Sócrates (c. 469-399 a.C.) é quem tornou mais evidente essa 
ligação entre o deus e a filosofia nascente. 
https://www.todamateria.com.br/platao/
Foi Querofonte, seu amigo, que em uma visita ao oráculo de Delfos, 
perguntou à pitonisa (sacerdotisa que recebe a mensagem dos deuses e 
transmite aos mortais) se havia no mundo alguém mais sábio que Sócrates. A 
resposta do oráculo foi negativa, não havia ninguém mais sábio que Sócrates. 
Ao receber essa mensagem de Querofonte quando regressou a Atenas, 
Sócrates passou sua vida a tentar contestar o oráculo. 
O filósofo não compreendeu como ele poderia ser compreendido como o 
mais sábio. Julgava não ser detentor de nenhum conhecimento. 
O filósofo considerava-se apenas uma pessoa comum com o difícil propósito 
de buscar o conhecimento verdadeiro. 
Essa contestação teria levado Sócrates a proferir a famosa frase: 
Só sei que nada sei. 
Intrigado com a mensagem do oráculo, o filósofo procurou todos os sábios 
de Atenas para que esses pudessem mostrar-lhe o que era o conhecimento. 
Sócrates fazia-lhes perguntas sobre temas morais como a virtude, a coragem 
e a justiça, na esperança de que essas pessoas, reconhecidas pela sabedoria, 
pudessem ajudá-lo na busca pela verdade. 
No entanto, ele sentiu-se frustradoao perceber que essas autoridades gregas 
possuíam uma visão parcial da realidade, sendo capazes, apenas, de dar 
exemplos de alguém virtuoso, corajoso ou justo. 
A partir desses encontros, Sócrates percebeu que esses sábios não passavam 
de pessoas com uma interpretação errada sobre o conhecimento, repletas de 
preconceitos e falsas certezas. 
O filósofo compreendeu que a mensagem do oráculo dizia respeito ao fato 
dele possuir um autoconhecimento e compreender a sua própria ignorância, 
tornando-o mais sábio que os outros. 
Veja também: Só sei que nada sei: a enigmática frase de Sócrates. 
Ruínas do Templo de Apolo em Delfos 
Sócrates dá origem ao período antropológico da filosofia grega. Ou seja, a 
partir da ideia de que o autoconhecimento, o conhecimento de si, é a base 
para todos os outros conhecimentos sobre o mundo. 
https://www.todamateria.com.br/so-sei-que-nada-sei/
Essa frase faz uma referência ao oráculo e sua inscrição ―conhece-te a ti 
mesmo‖. O autoconhecimento e a tomada de consciência da própria 
ignorância são as bases do método socrático. 
Somente após abandonar os seus preconceitos que o sujeito está apto para 
buscar o conhecimento verdadeiro. 
Veja também: Método Socrático: Ironia e Maiêutica 
Conhece-te a ti mesmo e a filosofia 
Busto de Sócrates 
A filosofia nasce a partir da reflexão, ou seja, do olhar para dentro. Faz-se 
necessário refletir sobre o que significa, de fato, conhecer alguma coisa. A 
partir daí, construir bases para todos os tipos de conhecimento. 
A extensão da frase atribuída a Sócrates é conhecida como: 
Conhece-te a ti mesmo e conhecerá o universo e os deuses. 
Sendo assim, o motor da filosofia é o ―conhece-te a ti mesmo‖ do próprio 
conhecimento, é o pensamento voltado para si. Busca no entendimento, as 
bases que fundamentam o saber. 
Por conta disso, todas as áreas do saber são também áreas próprias da 
filosofia e seu objeto de estudo. 
Veja também: A Origem da Filosofia 
Conhece-te a ti mesmo, Mito da Caverna e Matrix 
No clássico da ficção científica, Matrix (1999), o roteiro das irmãs Lilly e 
Lana Wachowski toma por base o Mito da Caverna, de Platão. 
Em ambas as histórias, grupos de seres humanos encontram-se prisioneiros 
sem tomarem consciência disso, por viverem em um simulacro da realidade. 
Em Platão, a simulação de realidade é dada pelas sombras projetadas no 
fundo da caverna e tomadas como sendo o todo da realidade. 
Já no filme, Matrix, os impulsos eletromagnéticos são produzidos por 
máquinas e ligados ao cérebro dos prisioneiros. Isso os leva a experimentar 
uma sensação de realidade produzida e controlada por computadores. 
https://www.todamateria.com.br/metodo-socratico-ironia-maieutica/
https://www.todamateria.com.br/origem-filosofia/
No Mito da Caverna, um dos prisioneiros questiona sua condição e encontra 
meios de se libertar. Algo semelhante ocorre com Neo, protagonista do filme. 
Sua atuação como hacker chama atenção de um grupo de resistência que lhe 
dá o direito de escolher entre a hostilidade do real e o conforto da falsidade. 
As semelhanças continuam e as diretoras do filme explicitam essa relação 
em uma das cenas. Neo vai consultar um oráculo. Nesse local, numa versão 
moderna do templo de Apolo, em cima da porta lê-se a mensagem temet 
nosce ("conhece-te a ti mesmo" em latim), numa clara referência às 
semelhanças entre Neo e Sócrates. 
Neo, protagonista do filme Matrix, em frente à placa com a inscrição Temet 
Nosce, variação em latim da frase inscrita no pórtico do templo de Apolo 
("conhece-te a ti mesmo") 
A exemplo dos gregos antigos, Neo encontra o oráculo e recebe uma 
mensagem enigmática acerca do destino e da possibilidade, ou não, de 
controlar a própria vida. 
O mote central de ambas as histórias, diz respeito à busca pelo conhecimento 
de si. A partir daí, o indivíduo liberta-se da opressão e do controle do que é 
falso para compreender o que, de fato, é real. 
Veja também: Mito da Caverna 
A consciência de si 
Obra O Pensador (1904), de Auguste Rodin 
A pergunta "quem sou eu?" ou "quem somos nós?" é uma das questões 
primordiais, metafísicas, que deram um ponto de partida para a filosofia e 
toda a produção de conhecimento. O "nós e o universo" é a meta do 
conhecimento que movimenta todos os dias a produção de ciência no mundo. 
Química, física, medicina, psicologia, sociologia, história e todas as outras 
ciências, cada uma a seu modo, possuem como ponto em comum a proposta 
inscrita no templo de Apolo. 
Ainda que não se tenha chegado à resposta definitiva para essa questão, sua 
busca e a necessidade de conhecer a si mesmo, constroem e modificam o 
modo de pensar e de compreender a realidade. 
https://www.todamateria.com.br/mito-da-caverna/
Em outras palavras, a busca pelo conhecimento, desde os gregos antigos até 
as sondas espaciais ou a decodificação do genoma humano, atendem à 
questão do "conhece-te a ti mesmo". 
5. Platão 
Platão foi o principal discípulo de Sócrates, seu pensamento é um dos pilares 
da cultura ocidental. 
As teorias desenvolvidas por Platão, sobretudo, seu mundo das ideias - a 
distinção entre aparência e essência - definem o pensamento e a alma como 
sendo superiores aos sentidos e o corpo. 
Assim, Platão cria o seu chamado dualismo, divisão do mundo em dois, entre 
o mundo das ideias e o mundo sensível: 
 Mundo das Ideias (mundo inteligível) - Lugar onde residem as ideias, 
as essências das coisas, que só podem ser conhecidas através da razão. 
Lugar da alma, da pureza e da verdade. 
 Mundo Sensível - Lugar das imitações das ideias, onde residem as 
coisas que são conhecidas através dos sentidos. Lugar do corpo, do 
erro e da opinião. 
Platão 
 
Escrito por Juliana Bezerra 
Professora de História 
Platão (428 a.C.-347 a.C.) foi filosofo grego, considerado um dos principais 
pensadores de sua época. 
Discípulo de Sócrates, procurava transmitir uma profunda fé na razão e na 
verdade, adotando o lema de Sócrates "o sábio é o virtuoso". 
Escreveu diversos diálogos filosóficos, entre eles "A República", obra 
dividida em dez volumes. 
Biografia de Platão 
Escultura do rosto de Platão 
Platão nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 428 a.C. De família 
nobre, estudou leitura, escrita, música, pintura, poesia e ginástica. 
Excelente atleta, participou dos Jogos Olímpicos como lutador. Desejava 
fazer carreira política mas, muito cedo, tornou-se discípulo de Sócrates, 
com quem aprendeu a discutir os problemas do conhecimento do mundo e 
das virtudes humanas. 
Quando Sócrates morreu, desiludiu-se com a política e dedicou-se à filosofia. 
Resolveu eternizar os ensinamentos do mestre, que não havia redigido 
nenhum livros, escreveu vários diálogos onde a figura principal é Sócrates. 
Platão opôs-se à democracia ateniense e abandonou sua terra. Viajou para 
Megara, onde estudou Geometria, foi ao Egito, onde dedicou-se à 
Astronomia, em Cyrene (Norte da África) dedicou-se à matemática, em 
Crotona (Sul da Itália) reuniu-se com os discípulos de Pitágoras. 
Esses estudos deram-lhe a formação intelectual necessária para formular suas 
próprias teorias, aprofundando os ensinamentos de Sócrates e a filosofia 
grega. 
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Quando voltou à Atenas, por volta de 387 a.C., fundou sua escola filosófica 
"Academia", onde reunia seus discípulos para estudar Filosofia, Ciências, 
Matemática e Geometria. 
Tal foi a influencia de Platão, que sua Academia subsistiu, mesmo após sua 
morte. Em 529, o imperador romano Justiniano mandou fechar a Academia, 
mas a doutrina platônica já tinha sido amplamente difundida. O Platonismo 
designa o conjunto das ideias de Platão. 
Veja também: O que é Atitude Filosófica? 
Obras de Platão 
Das obras de Platão, cerca de trinta chegaram até nossos dias. As mais 
célebresforam escritas sob a forma de diálogo: 
 República (dez volumes) 
 Protágoras 
 Apologia 
 Fedro 
 Timon 
 Banquete 
Ele estava empenhado em um grande tratado - "As Leis", quando morreu, no 
ano de 347 a.C. 
Veja também: Platonismo, a Filosofia de Platão 
A Sociedade Ideal e a República de Platão 
Aplicando sua filosofia, Platão imaginou na "República", uma sociedade 
ideal dividida em três classes, levando em conta a capacidade intelectual de 
cada indivíduo. 
A primeira camada, mais presa às necessidades do corpo, seria encarregada 
da produção e distribuição de gêneros para toda a comunidade: lavradores, 
artífices e comerciantes. 
A segunda classe, mais empreendedora se dedicava à defesa: os soldados. A 
classe superior, capacitada para servir-se da razão, seria a dos intelectuais, 
com poder político, assim os reis teriam de ser escolhidos entre os filósofos. 
Veja também: A República de Platão 
https://www.todamateria.com.br/atitude-filosofica/
https://www.todamateria.com.br/platonismo-a-filosofia-de-platao/
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Platão e o Mito da Caverna 
Representação do Mito da Caverna 
Platão escreveu em forma de diálogo, no livro VII da "República", a história 
"mito da caverna", onde relata a vida de alguns homens que desde a infância 
se encontram aprisionados em uma caverna, com uma pequena abertura por 
onde penetra a luz. 
Os homens passam o tempo olhando para uma parede de fundo. Lá fora, nas 
costas dos cativos, brilha um fogo aceso sobre uma colina e entre ela e os 
presos, passam homens carregando pequenas estátuas. As sombras desses 
passantes são projetadas no fundo da caverna. 
As vozes ouvidas são atribuídas às próprias sombras, para eles a única 
realidade. Quando um dos cativos consegue evadir-se, percebe que tinha 
vivido num mundo irreal. 
Platão usa todas essa imagens para dizer que o mundo que percebemos com 
nossos sentidos, é um mundo ilusório e confuso, é o mundo das sombras. 
Mas esta realidade sensível não é todo o universo. Há um reino mais 
elevado, espiritual, eterno, onde está o que existe de verdade, é o mundo das 
ideias, que só a razão pode conhecer, e que apenas os filósofos podem 
perceber. 
 
Platonismo, a Filosofia de Platão 
O Platonismo designa uma corrente filosófica baseada nas ideias do filósofo 
e matemático grego Platão (428 a.C.-347 a.C.), discípulo de Sócrates (470 
a.C-399 a.C). 
Academia de Platão 
Escultura de Platão em bronze 
A ―Academia de Platão‖ foi fundada em Atenas pelo filósofo por volta de 
385 a.C., primeiramente designada para cultuar as Musas Gregas e o Deus 
Apolo. 
Embora ele tenha fundado com características de culto aos deuses, o local foi 
considerado a primeira universidade da história do ocidente. 
https://www.todamateria.com.br/mito-da-caverna/
De tal modo, na Academia Platônica, os filósofos se reuniam para discutir o 
desenvolvimento da filosofia e do pensamento de Platão, um dos pilares mais 
importantes da filosofia ocidental. 
Ocorriam, assim, debates sobre os mais diversos temas da filosofia. A 
Academia de Platão durou cerca de 9 séculos e foi encerrado em 529 d.C., 
pelo imperador bizantino Justiniano I. 
Veja também: Sócrates 
Períodos do Platonismo 
O Platonismo reúne as diversas abordagens da teoria de Platão: metafísica, 
retórica, ética, estética, lógica, política, dialética e da dualidade (corpo e 
alma), sendo classifica em três períodos, a saber: 
 Platonismo Antigo (século IV a.C. até a primeira metade do século I 
a.C.) 
 Médio Platonismo (séculos I e II d.C.) 
 Neoplatonismo (séculos III d.C. e VI d.c) 
Veja também: O que é Atitude Filosófica? 
Teoria das Ideias 
Sem dúvida, a Teoria das Ideias ou Teoria das Formas é a proposição 
desenvolvida por Platão que mais se destaca, posto que dela surgem vários 
outros pensamentos relacionados com sua filosofia. 
Para Platão, existem dois mundos, ou seja, a realidade estava dividida em 
duas partes: 
 O mundo sensível (mundo material), mediados pelas formas 
autônomas que encontramos na natureza, percebido pelos cinco 
sentidos. 
 O mundo das ideias (realidade inteligível) denominado de ―mundo 
ideal‖, ou seja, aproxima-se da ideia de perfeição de algo. 
Assim, segundo ele a verdade suprema e absoluta além da felicidade, 
somente é possível encontrar a partir do mundo das ideias, donde localiza-se 
a essência das coisas. 
De tal maneira, o que percebemos no mundo sensível ou material é 
enganoso, ilusório e instável. Enquanto no mundo das ideais, atinge-se a 
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felicidade pelo encontro do conhecimento supremo da realidade, o que 
correspondente a ideia de bem. 
Em resumo, através do conhecimento é possível transcender do mundo 
material ao mundo das ideais e contemplar as ideias perfeitas, alcançando 
assim, a felicidade. 
Veja também: Mito da Caverna 
Teoria das Almas 
Na filosofia de Platão encontramos a dualidade entre a alma e o corpo. 
Segundo ele, o ser humano era imortal e essencialmente alma, donde ela 
pertencia ao mundo inteligível (apreendido pelo intelecto) e não o mundo 
sensível (apreendido sobre os sentidos). 
De acordo com o filósofo, a alma estava dividida em três partes e, ao 
harmonizar essas três partes era possível encontrar a felicidade, o bem: 
 Alma Concupiscente: localizada no ventre, a alma concupiscente 
estava relacionada com os desejos carnais. 
 Alma Irascível: localizada no peito, a alma irascível estava relacionada 
às paixões. 
 Alma Racional: localizada na cabeça, a alma racional estava 
relacionada ao conhecimento. 
Assim, com a elevação da alma ao mundo das ideias, através da 
contemplação das ideias perfeitas, seria possível alcançar a ideia suprema do 
bem. 
Platão e a Política 
Na política Platão contribuiu com sua maneira humanista de refletir sobre o 
homem e uma sociedade justa. 
Para ele, a Política era considerada uma das mais nobres atividades, posto 
que estava relacionada com a pólis, ou seja, as cidades gregas e a 
organização da vida dos cidadãos. 
Em sua obra ―A República‖, reflete sobre a construção do bem para todos os 
cidadãos, a função social de cada um, tal qual como as atividades básicas 
realizadas na pólis. 
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Sendo assim, Platão caracterizou as atividades essenciais da pólis em três 
instâncias, as quais levavam em conta a aptidão de cada um: 
 Administração da pólis 
 Defesa da cidade 
 Produção de materiais e alimentos 
Observe abaixo um trecho da Obra ―A República‖: 
―Ao fundarmos a cidade, não tínhamos em vista tornar uma única classe 
eminentemente feliz, mas, tanto quanto possível, toda a cidade. De fato, 
pensávamos que só numa cidade assim encontraríamos a justiça e na cidade 
pior constituída, a injustiça. (...). Agora julgamos modelar a cidade feliz, não 
pondo à parte um pequeno número dos seus habitantes para torna-los felizes, 
mas considerando-o como um todo.‖ 
Veja também: A República de Platão 
Os Diálogos de Platão 
A maior parte da obra de Platão foi desenvolvida através dos Diálogos, 
textos em que ele desenvolve suas ideias, filosofando sobre a natureza e 
existência humana, bem como da sociedade que o envolve. 
Dos diálogos destacam-se: Apologia a Sócrates, O Banquete, Górgias, 
Filebo, Fédon, República, Protágoras, dentre outros. 
Veja também: Método Socrático: Ironia e Maiêutica 
Interessou? O Toda Matéria tem outros textos que podem ajudar: 
Filosofia é um campo do conhecimento que estuda a existência humana e o 
saber por meio da análise racional. Do grego, o termo filosofia significa 
―amor ao conhecimento‖. 
Segundo o filósofo Gilles Deleuze (1925-1995), a filosofia é a disciplina 
responsável pela criação de conceitos. 
a questão da filosofia é o pontosingular onde o conceito e a criação se 
remetem um ao outro.‖ (Gilles Deleuze) 
Os principais temas abordados pela filosofia são: a existência e a mente 
humana, o saber, a verdade, os valores morais, a linguagem, etc. 
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O filósofo é considerado um sábio, sendo aquele que reflete sobre essas 
questões e busca o conhecimento através da filosofia. 
Dependendo do conhecimento desenvolvido, a filosofia possui uma gama de 
correntes e pensamentos. Como exemplos temos: filosofia cristã, política, 
ontológica, cosmológica, ética, empírica, metafísica, epistemológica, etc. 
É possível definir um conceito de filosofia? 
Diferentes autores tentam definir o conceito de filosofia, mas não há um 
consenso ou uma definição exata do que é, essencialmente, a Filosofia. 
Algumas tentativas de definir o conceito: 
 "A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo." (Maurice 
Merleau-Ponty) 
 "A filosofia busca tornar a existência transparente a ela mesma." (Karl 
Jaspers) 
 "Ó filosofia, guia da vida!" (Cícero) 
 "A filosofia ensina a agir, não a falar." (Sêneca) 
 "Ciência é o que você sabe. Filosofia é o que você não sabe." (Bertrand 
Russell) 
 "A filosofia é um caminho árduo e difícil, mas pode ser percorrido por 
todos, se desejarem a liberdade e a felicidade." (Baruch de Spinoza) 
 "Se queres a verdadeira liberdade, deves fazer-te servo da filosofia." 
(Epicuro) 
 "Filosofia é a batalha entre o encanto de nossa inteligência mediante a 
linguagem."( Ludwig Wittgenstein) 
 "Fazer troça da filosofia é, na verdade, filosofar." (Blaise Pascal) 
Para que serve a Filosofia? 
Escultura O Pensador, de Auguste Rodin 
Por meio de argumentos que utilizam a razão e a lógica, a filosofia busca 
compreender o pensamento humano e os conhecimentos desenvolvidos pelas 
sociedades. 
A filosofia foi essencial para o surgimento de uma atitude crítica sobre o 
mundo e os homens. 
Ou seja, a atitude filosófica faz parte da vida de todos os seres humanos que 
questionam sobre sua existência e também sobre o mundo e o universo. 
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De tão importante, esse campo do conhecimento tornou-se uma disciplina 
obrigatória no currículo escolar, bem como foram criadas diversas 
faculdades de filosofia. 
Dialética de Platão 
Platão define a dialética como a arte de pensar, questionar e hierarquizar 
ideias. O termo dialética é utilizado por Platão na referência a qualquer 
método que possa ser recomendado como veículo da filosofia. 
Para Platão, a dialética é um instrumento que permite o alcance a 
verdade. É preciso ressaltar que sua obra está ligada à preocupação com a 
ciência (considerada o conhecimento verdadeiro), a moral e a política. 
O trabalho de Platão envolve a função pedagógica e política quando o 
assunto é o conhecimento, considerado a materialização do real. A 
materialização da pedagogia ocorre pelo método usado para superar o senso 
comum. 
Método Dialético de Platão 
 Opinião x verdade 
 Desejo x razão 
 Interesse particular x interesse universal 
 Senso comum x filosofia 
É o senso comum o ponto de partida da dialética platônica, não para ser 
reafirmado, mas refutado e que deve ser superado. Platão propõe que o senso 
comum e a opinião sejam questionados para a descoberta da verdade a partir 
do indivíduo sem a interferência externa. 
A hierarquia do método da dialética platônica tem como objetivo demonstrar 
a fragilidade, a falta de fundamentação e os preconceitos que formam o 
senso comum. É, ainda, objetivo, que o indivíduo tenha a consciência do 
funcionamento do método. 
A dialética admite as contradições somente como meio para superá-las, 
exige atitude crítica, necessidade de reflexão, questionamento da opinião, da 
origem e de suas fundamentações. 
Veja também: O que é Conhecimento Filosófico? 
Conceito de Dialética 
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O termo dialética, do grego dialektké, é o método de discussão de ideias 
opostas com o objetivo de encontrar a verdade. É uma forma de 
argumentação lógica, exigindo o debate para a avaliação sistemática das 
relações entre conceitos específicos gerais. 
Veja também: Dialética 
Dialética Socrática 
A dialética de Sócrates, que influenciou o pensamento de Platão, ocorre em 
dois momentos: a ironia e a maiêutica. Esse movimento é chamado de 
"Método Socrático". 
Dessa forma, tem a possibilidade de reconhecer a própria ignorância e 
conduzir o pensamento para o conhecimento verdadeiro. 
A ironia aproveita as contradições do discurso do indivíduo e suas 
consequências até que o mesmo chegue à convicção do próprio erro. A 
maiêutica representa o nascimento de um novo conhecimento. 
A República de Platão 
 
Escrito por Pedro Menezes 
Professor de Filosofia, Mestre em Ciências da Educação 
A República é o segundo diálogo mais extenso de Platão (428-347 a.C.), 
composto por dez partes (dez livros) e aborda diversos temas como: política, 
educação, imortalidade da alma, etc. Entretanto, o tema principal e eixo 
condutor do diálogo é a justiça. 
No texto, Sócrates (469-399 a.C.) é o personagem principal, narra em 
primeira pessoa e é responsável pelo desenvolvimento das ideias. Essa é a 
principal e mais complexa obra de Platão, onde estão presentes os principais 
fundamentos de sua filosofia. 
A República (Politeia) idealizada pelo filósofo se refere a uma cidade ideal, 
chamada de Kallipolis (em grego, "cidade bela"). Nela, deveria ser adotado 
um novo tipo de aristocracia. Diferente da aristocracia tradicional, baseada 
em bens e na tradição, a proposta do filósofo é que esta possua como critério 
o conhecimento. 
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A Kallipolis estaria dividida em estratos sociais baseados no conhecimento e 
seria governada pelo "rei-filósofo". Os magistrados, responsáveis pelo 
governo da cidade, seriam aqueles que possuíssem uma aptidão natural para 
o conhecimento, e, somente após um longo período de formação, estariam 
preparados para ocupar os devidos cargos. 
Esse sistema de governo é chamado de sofocracia, que vem das palavras 
gregas sophrós (sábio) e kratia (poder) e é representado como "o governo 
dos sábios". 
Papiro encontrado no Egito com fragmentos de A República, de Platão, 
datado do século III d.C. (P.Oxy. LII 3679*) 
* P.Oxy ou POxy representa os Papiros de Oxirrinco, uma série de textos antigos encontrados em uma escavação 
arqueológica no Egito. O trecho de A República, de Platão, está catalogado como LII 3679 
A Morte de Sócrates e A República 
É importante perceber que a morte de Sócrates foi muito importante para a 
continuidade da filosofia platônica. Motivou-o em parte à proposição de uma 
cidade ideal e sua crítica à democracia, presentes na obra. 
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Sócrates foi condenado à morte, acusado de heresia e corrupção da juventude 
ateniense. Foi julgado em um tribunal democrático no qual participaram os 
cidadãos de Atenas. 
Para o filósofo, a democracia é injusta por permitir que uma pessoa ignorante 
tenha o mesmo valor que um sábio, dentro das deliberações políticas. 
Deste modo, injustiças são cometidas. Para ele, o critério da maioria, base da 
democracia, não possui qualquer tipo de validade já que, em muitos casos, 
como o de Sócrates, a maioria pode estar errada e ser democraticamente 
injusta. 
É em A República que se apresenta o célebre Mito da Caverna, proposto por 
Platão, uma metáfora sobre a vida de Sócrates e o papel da filosofia. 
No quadro A Morte de Sócrates, de Jacques-Louis David (1787), Sócrates 
recebe um cálice com cicuta, um veneno utilizado nas sentenças à morte na 
Grécia Antiga. Enquanto os personagens do quadro aparecem tomados pela 
tristeza do momento, Platão, ao pé da cama, é retratadoimerso em seus 
pensamentos 
Veja também: Democracia Ateniense 
 
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A Justiça, o Principal Tema de A República 
A justiça é o principal conceito desenvolvido em A República. Todo o texto 
se desenvolve ao redor da tentativa de definição desse conceito por Sócrates 
e seus interlocutores. 
Platão acredita que a justiça é a maior de todas as virtudes e compreende 
que, para que se possa praticá-la, é necessário defini-la. Os dois primeiros 
livros são dedicados ao tema e mostram a dificuldade de se definir um 
conceito tão importante e complexo como a justiça. 
Veja também: Dialética de Platão 
Livro I 
O primeiro dos dez livros da obra A República, que consiste em um diálogo 
socrático criado por Platão, tem início com a ida de Sócrates à casa de 
Céfalo. 
Lá, Sócrates, inspirado pelos jogos olímpicos que estavam acontecendo, 
busca definir o que é a justiça. Sem sucesso, seus interlocutores tentam 
encontrar a melhor definição que dê conta do conceito. 
Céfalo, um velho comerciante "no limiar da velhice", que vivia 
comodamente em Atenas, é o anfitrião do encontro. Ao ser questionado, 
afirma que a justiça é dizer a verdade e restituir o que é do outro. 
Sócrates refuta essa definição. Céfalo se retira e deixa o debate com seu 
filho, Polemarco. Este, depois de algum debate, define a justiça como o ato 
de dar benefícios aos amigos e prejuízos aos inimigos. 
Novamente, a definição é refutada por Sócrates, que afirma que o mal nunca 
será um ato de justiça. Portanto, o prejuízo não é um ato positivo como exige 
a justiça. 
Após esse debate, Trasímaco, um dos sofistas, acusa Sócrates de não querer 
encontrar definição nenhuma e apenas jogar com as palavras e discordar sem 
apresentar soluções. 
Trasímaco diz ter uma boa resposta e afirma que a justiça é o que é 
vantajoso para o mais forte. No caso, o governo. 
Sócrates, novamente, discorda e mostra que todo o debate foi desvirtuado do 
caminho sobre a natureza da justiça. Ele diz que as discussões foram acerca 
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do que é vantajoso: a justiça ou a injustiça e que permanece sem nada saber 
sobre o tema. 
O Livro I de A República se encerra com essa afirmação. 
Livro II 
O segundo livro de A República tem início com a mesma tentativa de 
estabelecer a natureza da justiça. Um dos interlocutores, Glauco, faz uma 
apologia à injustiça, citando o Mito do Anel de Giges. 
Com ele, Glauco mostra que as pessoas sofrem pelas injustiças praticadas 
contra elas, mas se beneficiam pela prática da injustiça e pela corrupção. 
Desse modo, todas as pessoas que têm oportunidade se corrompem e 
praticam injustiças em benefício próprio. 
No Mito do Anel de Giges, um pastor de ovelhas em meio à tempestade 
encontra um cadáver que usa um anel. Ele toma para si esse anel e ao 
regressar à cidade, percebe que esse anel lhe dá o dom da invisibilidade. 
Giges, o pastor, entra no palácio, seduz a rainha e conspira com ela a morte 
do rei. Após o assassinato do rei, ele assume seu lugar e governa 
tiranicamente. 
O Mito do Anel de Giges é uma das alusões filosóficas encontradas na obra 
O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien 
A partir do mito narrado, Glauco espera ter convencido Sócrates de que a 
justiça não é em si uma virtude, mas sim o parecer ser justo, já que todos são 
corruptíveis. 
Entretanto, a refutação a esse argumento, desta vez, não parte de Sócrates, 
mas do irmão de Glauco, Adimanto. Ele afirma que se pode pensar de forma 
diferente da que pensa o irmão, que a justiça é uma virtude (não em si 
mesma, mas nos efeitos que ela gera), e que, por fim, os justos são 
recompensados, seja pelos deuses ou pelo reconhecimento dos que ficam 
após sua morte. 
Sócrates tece elogios aos jovens, mas não acredita que haja resolução para o 
problema da justiça enquanto não abandonarem o pensamento sobre questões 
pontuais e pensarem de forma mais ampla, dando conta do todo da justiça 
para compreender o que ela é na alma. 
Ambos concordam que a justiça é preferível às injustiças e, sendo assim, 
precisam de criar uma ordenação para que a justiça seja possível. O filósofo 
encaminha a conversa para a idealização de uma cidade perfeita. 
Somente no Livro IV, Sócrates parece chegar a uma definição de justiça 
como sendo o equilíbrio e a harmonia entre as partes da cidade. 
A Cidade Ideal de Platão 
Nos próximos livros de A República, orientados pela ideia de justiça, os três 
(Sócrates, Glauco e Adimanto) buscam definir a cidade ideal. 
Para isso, definem que a cidade deveria ser dividida em três partes, e que a 
perfeição estaria na integração harmônica entre elas. 
A primeira classe de cidadãos, mais simples, seria dedicada às ações mais 
triviais relativas ao sustento da cidade, como o cultivo da terra, o artesanato e 
o comércio. Os responsáveis por essas atividades seriam aqueles que 
possuíssem na constituição de sua alma, o feno, o ferro e o bronze. 
Os cidadãos de uma segunda classe, de acordo com Platão, seriam um pouco 
mais hábeis por possuírem prata na mistura de suas almas. Estes, chamados 
de guerreiros, protegeriam a cidade e constituiriam o exército e seus 
auxiliares na administração pública. 
A terceira classe de cidadãos, mais nobres, estudaria por cinquenta anos, se 
dedicaria à razão e ao conhecimento, e constituiria a classe dos magistrados. 
A estes caberia a responsabilidade de governar a cidade, pois só eles teriam 
toda a sabedoria que a arte da política exige. 
A justiça entendida como uma virtude só poderia ser praticada pelo detentor 
do conhecimento dedicado à razão. Este poderia controlar suas emoções e 
seus impulsos e governar a cidade de forma sempre justa. 
Os cidadãos são divididos em grupos de acordo com sua atuação e o nível de 
conhecimento necessário para o desempenho de suas atividades. Somente a 
atuação em conformidade com a determinação natural da alma pode trazer o 
equilíbrio e a harmonia entre as partes. 
A Alma na República 
A composição da alma humana poderia conter bronze, prata ou ouro e isso 
determinaria à qual das três classes da república cada pessoa pertenceria. 
A alma platônica, assim como a sociedade da república, também é dividida 
em três partes: 
Parte da 
Alma 
Localização no 
Corpo 
Função 
Racional Cabeça 
Razão, busca pelo conhecimento e sabedoria. 
Controla as demais partes da alma 
Irascível Coração 
Emoções e sentimentos. Desenvolve a 
coragem e a impetuosidade 
Apetitiva Baixo-ventre 
Desejos e apetites sexuais. Desenvolve a 
prudência e a moderação 
Para Platão, a parte racional da alma é a parte mais desenvolvida pelos 
filósofos, que a partir dela, controlam as demais. 
Em outro texto, Platão faz uma alusão que afirma que a razão é como as 
rédeas responsáveis pelo controle de dois cavalos numa carruagem. 
Por esse motivo, os filósofos deveriam ser os responsáveis pelo governo da 
cidade, por não estarem suscetíveis às emoções e aos desejos. 
Platão afirma que a alma, assim como a cidade, obtém sua plenitude através 
da relação harmônica entre as partes que integram o todo. 
No livro, Platão desenvolve a ideia de imortalidade da alma e sua relação 
com o conhecimento, dando continuidade à teoria da reminiscência socrática. 
O filósofo afirma que a alma, por ser imortal e eterna, pertence ao mundo das 
ideias e lá pode apreender todas as ideias existentes e assim possui todo o 
conhecimento possível. 
No momento da união da alma com o corpo, a alma se esqueceria desse 
conhecimento. Somente através da busca pelo conhecimento é que a alma é 
capaz de relembrar aquilo que já soube. 
Deste modo, no Livro IV de A República, Platão busca conciliar as filosofias 
opostas de Heráclito (c.540-470 a.C.) e Parmênides (530-460 a.C). 
Heráclitoafirmou que o universo estava em um constante movimento de 
mudança (devir). Platão associa essa constante transformação ao mundo 
sensível, onde tudo sofre a ação do tempo e possui uma duração: nasce, 
cresce, morre e se renova. 
De Parmênides, extraiu a ideia da permanência e associou-a ao seu mundo 
das ideias, onde tudo é eterno e imutável (permanente). 
Essas são as bases do dualismo platônico e sua distinção entre o corpo 
(mundo sensível) e a alma (mundo das ideias). 
Veja também: Platonismo, a Filosofia de Platão 
A Educação na República 
Na república, a educação ficaria ao encargo do Estado e as famílias não 
teriam participação sobre a criação. O Estado seria o responsável por educar 
os indivíduos e direcioná-los às atividades mais adequadas ao seu tipo de 
alma (bronze, prata ou ouro). 
É nesse momento que Platão faz uma dura crítica à educação grega, 
sobretudo à poética. Para ele, a poesia desvirtuaria os indivíduos a partir da 
ideia de que os deuses seriam detentores de características humanas como: 
compaixão, predileção, inveja, rancor, etc. 
Esses deuses, humanizados pela poética, serviriam de modelo de corrupção 
aos indivíduos. A humanização faria com que os deuses questionassem o seu 
papel dentro da sociedade e tivessem como objetivo uma transformação 
social. 
Platão propõe que todos os indivíduos recebam uma educação geral baseada 
nos valores da cidade. Essa educação moldaria o caráter de cada um de seus 
alunos, conscientizando-os de seu papel dentro da sociedade. 
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Após um período de vinte anos, os primeiros indivíduos formados seriam 
aqueles que possuem feno, ferro e bronze na constituição de suas almas. Eles 
seriam os responsáveis pela fabricação de artefatos, a produção de alimentos 
e o comércio. 
Os guerreiros receberiam mais dez anos de formação e após esse período, 
estariam aptos à defesa da cidade e a cargos auxiliares da administração 
pública. A prata misturada em suas almas determina sua aptidão para esse 
tipo de ação. 
Com cinquenta anos de formação e diversas provas, os possuidores de almas 
com ouro, dedicados aos estudos e à razão, assumiriam os cargos de 
magistrados e seriam responsáveis pelo governo da cidade. 
Platão mostra que somente os mais esclarecidos podem governar de maneira 
justa, baseados na razão. 
Veja também: Paideia Grega: a educação na Grécia Antiga. 
Mito da Caverna 
Imagem representativa do Mito da Caverna, por Jan Sanraedam (1604) 
É também em A República que Platão escreve uma de suas passagens mais 
famosas; O Mito da Caverna. 
Na passagem, Platão narra a trajetória de um prisioneiro em uma caverna, 
que insatisfeito com sua condição, rompe as correntes e sai do local pela 
primeira vez na vida. 
Esse prisioneiro, agora livre, depois de contemplar o mundo no exterior da 
caverna, sente compaixão pelos demais prisioneiros e decide regressar para 
tentar libertá-los. 
Ao tentar se comunicar com os outros prisioneiros, ele é desacreditado, tido 
como louco e finalmente, morto por seus colegas de aprisionamento. 
Com essa metáfora, Platão buscou demonstrar o papel do conhecimento, que 
para ele seria o responsável por libertar os indivíduos da prisão imposta pelos 
preconceitos e pela mera opinião. 
A saída da caverna representa a busca pelo conhecimento, e o filósofo é 
aquele que mesmo após se libertar das amarras e alcançar o conhecimento, 
não fica satisfeito. 
https://www.todamateria.com.br/paideia/
Assim, ele sente a necessidade de libertar os outros da prisão da ignorância, 
mesmo que isso possa causar a sua morte (como aconteceu no caso do 
prisioneiro da alegoria e de Sócrates, mestre de Platão). 
 
Mito da Caverna 
 
Escrito por Pedro Menezes 
Professor de Filosofia, Mestre em Ciências da Educação 
O Mito da Caverna, também conhecido como Alegoria da Caverna, foi 
escrito por Platão, um dos mais importantes pensadores da história da 
Filosofia. 
O Mito da Caverna é uma metáfora que sintetiza o dualismo platônico. Por 
exemplo, a relação entre os conceitos de escuridão e ignorância; luz e 
conhecimento e, principalmente, a distinção entre aparência e realidade, 
fundamental para sua teoria do Mundo das Ideias. 
Foi escrito em forma de diálogo e pode ser lido no livro VII da obra A 
República, o Mito da Caverna é também uma espécie de homenagem de 
Platão ao seu mestre, Sócrates. 
Resumo do Mito da Caverna 
Platão descreve que alguns homens, desde a infância, geração após geração, 
se encontram aprisionados em uma caverna. Nesse lugar, não conseguem se 
mover em virtude das correntes que os mantém imobilizados. 
Virados de costas para a entrada da caverna, veem apenas o seu fundo. Atrás 
deles há uma parede pequena, onde uma fogueira permanece acesa. 
Por ali passam homens transportando coisas, mas como a parede oculta o 
corpo dos homens, tudo o que os prisioneiros conseguem ver são as sombras 
desses objetos transportados. 
Essas sombras projetadas no fundo da caverna são compreendidas pelos 
prisioneiros como sendo todo o que existe no mundo. 
Certo dia, um dos prisioneiros consegue se libertar das correntes que o 
aprisionava. Com muita dificuldade, ele busca a saída da caverna. No 
https://www.todamateria.com.br/platao/
entanto, a luz da fogueira, bem como a do exterior da caverna, agridem os 
seus olhos, já que ele nunca tinha visto a luz. 
O ex-prisioneiro pensa em desistir e retornar ao conforto da prisão a qual 
estava acostumado, mas gradualmente consegue observar e admirar o mundo 
exterior à caverna. 
Entretanto, tomado de compaixão pelos companheiros de aprisionamento, ele 
decide enfrentar o caminho de volta à caverna com o objetivo de libertar os 
outros e mostrar-lhes a verdade. 
No diálogo, Sócrates propõe que Glauco, seu interlocutor, imagine o que 
ocorreria com esse homem, em seu regresso. 
Glauco responde que os outros, acostumados à escuridão, não acreditariam 
no seu testemunho e que aquele que se libertou teria dificuldades em 
comunicar tudo o que tinha visto. Por fim, era possível que o matassem sob a 
alegação de perda da consciência ou loucura. 
Veja também: O que é Atitude Filosófica? 
Interpretação da Alegoria da Caverna 
Na Alegoria da Caverna, Platão faz uma crítica sobre a importância da busca 
pelo conhecimento e o abandono da posição cômoda gerara pelas aparências 
e pelos costumes. 
Nessa metáfora, as correntes representam o senso comum e a opinião (os 
pré-conceitos) que aprisionam os indivíduos e os impede de buscar o 
conhecimento verdadeiro e com que vivam em um mundo de sombras. 
As sombras simbolizam as aparências, tudo aquilo que é falso ou que são 
meras imitações daquilo que é, de fato, real. É o mundo das aparências no 
qual as pessoas estão acostumadas a viver. 
Assim, tal como o prisioneiro, as pessoas devem confrontar os hábitos do 
cotidiano e libertar-se das correntes em vista da verdade. A saída da caverna 
representa a difícil missão daquele ou daquela que rompe com os 
preconceitos e busca esse conhecimento. 
A luz representa o conhecimento, que pode ofuscar quem não está habituado, 
o Sol é a verdade, que ilumina tudo aquilo que existe, que dá origem ao 
conhecimento. 
https://www.todamateria.com.br/atitude-filosofica/
Platão também faz referência ao papel da filosofia. O filósofo é aquele 
consegue sair da caverna, mas por odiar a ignorância, sente compaixão e se 
vê obrigado a tentar libertar os outros, compreendidos como seus 
companheiros. 
O Mito da Caverna é também uma homenagem de Platão a Sócrates, seu 
mestre. Para Platão, Sócrates foi aquele que contestou, rompeu com os 
preconceitos de sua época e foi condenado à morte por isso. 
Sócrates foi acusado de corromper os jovens de Atenas, atentar contra os 
deuses e a democracia grega. Recebeu o julgamento e foi condenado à morte 
pela maioria de votos doscidadãos. Sua morte gerou uma grande comoção 
na Grécia e influenciou os rumos da filosofia e de toda a cultura ocidental. 
6. Aristóteles 
https://www.todamateria.com.br/filosofos-mais-importantes/ 
 
 
 
 
Como as coisas chegaram a ficar tão ruins?Romanos 1: 25 “pois eles 
mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a 
criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!” 
- Ao deixarem Deus, os homens sempre procuram algo para cultuar, 
seja as riquezas, os prazeres, a ciência, o ego ou seja, um outro “deus”. 
Isso trouxe conseqüências terríveis para os homens e é por isso tudo é que 
nossa sociedade está doente. 
 
Hoje nas igrejas capitalistas, onde o que vale é a felicidade momentânea das 
riquezas e prazeres, onde as pessoas buscam atingirem suas metas e anseios 
geralmente materiais, querem exigir seus direitos e que Deus tem por 
obrigação de atender todos os seus caprichos, mas são incapazes sofrer como 
Paulo sofreu por causa do evangelho. 
São as pregações dos falsos profetas que a Bíblia advertiu. 
A principal busca de muitos cientistas é encontrar uma solução para o origem 
de todas as coisas e excluir Deus da criação, é dizer que o universo foi auto 
criado através de um processo evolutivo sem a necessidade de um Criador. 
Stephen Hawking um famoso cientista inglês disse que ―cada um de nós é 
livre para acreditar no que quer e na minha opinião a explicação mais 
simples é que Deus não existe. Ninguém criou o universo e ninguém dirige o 
nosso destino. Isso me leva a uma percepção profunda. Provavelmente, não 
há céu, e não há vida após a morte também. Nós temos esta vida para 
apreciar o grande projeto do universo, e por isso, estou extremamente grato.‖ 
 
 
 
 
A filosofia de Nietzsche (filófofo): 
As verdades são ilusões, das quais se esqueceu que eram ilusões 
 
Jacques Rousseau Um filósofo francês disse: ―o Homem nasce bom e a 
sociedade o corrompe‖ 
 
 A verdade também é vista como o que a maioria diz ser verdade. Porém a 
maioria de um grupo pode chegar a uma conclusão errada. 
Há uma famosa frase que diz ―voz do povo é a voz de Deus, então a 
multidão que gritava crucifica-o, crucifica-o estava certa? 
• A verdade não é simplesmente o que se acredita. Uma mentira acreditada 
ainda é uma mentira. 
As pessoas estão confusas em saber o que é verdade, são muitas informações 
dizendo ser a verdade. 
Por isso que a Bíblia adverte que nos fins dos tempos as pessoas irão dizer 
Lucas 17:23 E vos dirão: ‗Ei-lo aqui!‘ Ou: ‗Lá está Ele!‘. Não vades, 
tampouco os sigais! 
Mas a verdade é que a mentira é fruto do pecado, ela foi usada pela serpente 
para enganar Eva, para tentar Jesus no deserto e para provocar muitos males 
durante toda a história da humanidade. 
Sabemos Porém que a verdade é a Palavra de Deus, ela é exata, objetiva e 
absoluta. (João 17:17), Jesus disse: "tua palavra é a verdade". Quando Jesus 
falou sobre a verdade, ele não estava falando sobre uma vaga abstração 
resultante de um intenso pensamento humano, meditação, lógica ou de um 
debate. Jesus definiu a verdade como um fato revelado, imutável e eterno 
(Salmo 119:89 "Para sempre, ó Senhor, está firmada a tua palavra no 
céu") A palavra de Deus é verdadeira independentemente do fato de eu 
concordar ou não e nada o que fizermos irá mudar a veracidade de suas 
palavras, 
Nela não pode haver distorções ou modificações para que se ajustem aos 
nossos caprichos. A própria Bíblia adverte sobre isso. 
 
- A verdade é imutável – Não muda mesmo se contada milhões de vezes, 
- Ela é eterna – Se Deus é a verdade então a verdade é eterna. 
- É superior à mente humana - Visto que a mente humana é finita, mutável e 
sujeita ao erro. - Então deve existir uma mente mais alta que a mente humana 
na qual a verdade reside. Essa mente é Deus afinal de onde se originou 
todo o conhecimento? 
 
 Deus certamente não nos deixou num mar de dúvidas onde nada podemos 
saber com certeza. 
 
- Essa verdade nos liberta das amarras da religião e do mundo e abre as 
portas para o Reino de Deus. 
 
A Bíblia nos diz “e conhecerás a verdade e a verdade vos libertará” 
Ex: Paulo cego pela religião perseguia os cristãos, mais depois de um 
encontro com Cristo as escamas dos seus olhos caíram e ele pôde enxergar a 
verdade que o libertou verdadeiramente . 
É interessante que essa liberdade lhe trouxe prisão, algemas, apedrejamento, 
exclusão, muito sofrimento, mas nada disso o abalou, pois ele tinha a certeza 
da vida eterna e das coisas prometidas pelo Senhor para aqueles que o temem 
e isso o alegrava e dava esperança para superar todo sofrimento. 
Romanos 8: 17-18 Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, 
herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também 
com ele seremos glorificados. Porque para mim tenho por certo que os 
sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser 
revelada em nós. 
Mas como saber que o que está escrito na Bíblia é verdade? 
Sabemos por que o próprio Deus nos revelou: por isso somos mais que 
felizes Mateus 16:13-17 “Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, 
perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles 
responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou 
algum dos profetas. Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? 
Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. 
Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque 
não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. 
 
- Diante de todas essas realidades o nosso maior desafio e guardar essas 
verdades 
Aqui é que ta o maior problema, conhecer e não praticar. 
 
 
RELATIVISMO: 
 
Artigo https://www.gotquestions.org/ 
 
PRÓXIMA 
Uma Proposta Definição da Verdade 
Ao definir a verdade, é útil primeiramente observar o que ela não é: 
 
• A verdade não é simplesmente qualquer coisa que funcione. Esta é a 
filosofia do pragmatismo - uma abordagem semelhante à de que o fim 
justifica o meio. Na realidade, a mentira pode até "dar certo", mas ainda é 
uma mentira e não a verdade. 
• A verdade não é simplesmente o que é coerente ou compreensível. Um 
grupo de pessoas pode se reunir e formar uma conspiração com base em um 
conjunto de falsidades, onde todos concordam em contar a mesma história 
falsa, mas isso não torna a sua apresentação verdade. 
• A verdade não é o que faz as pessoas se sentirem bem. Infelizmente, más 
notícias podem ser verdadeiras. 
• A verdade não é o que a maioria diz ser verdade. Cinquenta e um por cento 
de um grupo pode chegar a uma conclusão errada. 
• A verdade não é o que é abrangente. Uma apresentação longa e detalhada 
ainda pode resultar em uma falsa conclusão. 
• A verdade não é definida pela intenção. Boas intenções ainda podem estar 
erradas. 
• A verdade não é como nós sabemos, mas o que sabemos. 
• A verdade não é simplesmente o que se acredita. Uma mentira acreditada 
ainda é uma mentira. 
• A verdade não é o que se provou publicamente. Uma verdade pode ser 
conhecida em particular (por exemplo, a localização do tesouro enterrado). 
 
A palavra grega para "verdade" é alētheia, que significa literalmente "des-
esconder" ou "esconder nada." Ela transmite a ideia de que a verdade está 
sempre disponível, aberta e acessível para que todos a possam ver, sem nada 
sendo escondido ou obscuro A palavra hebraica para "verdade" é emeth, que 
significa "firmeza", "constância" e "duração". Tal definição implica uma 
substância eterna e algo em que se pode contar. 
 
Do ponto de vista filosófico, há três maneiras simples de definir a verdade: 
 
1. A verdade é o que corresponde à realidade. 
2. A verdade é o que corresponde ao seu objeto. 
3. A verdade é simplesmente dizer como realmente é. 
 
Em primeiro lugar, a verdade corresponde à realidade ou "o que é." É real. A 
verdade também é de natureza correspondente.Em outras palavras, ela 
corresponde ao seu objeto e é conhecida pelo seu referente. Por exemplo, um 
professor diante de uma classe pode dizer: "A única saída desta sala é à 
direita." Para a classe que pode estar de frente para o professor, a porta de 
saída pode ser à sua esquerda, mas é absolutamente verdade que a porta, para 
o professor, é à direita. 
 
A verdade também coincide com o seu objeto. Pode ser absolutamente 
verdade que uma determinada pessoa pode necessitar de tantos miligramas 
de um determinado medicamento, mas outra pessoa pode necessitar de mais 
ou menos do mesmo medicamento para produzir o efeito desejado. Isso não 
é verdade relativa, mas apenas um exemplo de como a verdade deve 
coincidir com o seu objeto. Seria errado (e potencialmente perigoso) que um 
paciente pedisse que o seu médico lhe desse uma quantidade inadequada de 
um determinado medicamento, ou dissesse que qualquer remédio serviria 
para a doença em questão. 
 
Em suma, a verdade é simplesmente dizer como é; é a maneira como as 
coisas realmente são, e qualquer outro ponto de vista é errado. Um princípio 
fundamental da filosofia é ser capaz de discernir entre a verdade e o erro, ou 
como Tomás de Aquino observou: "É a tarefa do filósofo fazer distinções". 
 
Desafios para a Verdade 
As palavras de Aquino não são muito populares hoje em dia. Fazer 
distinções parece estar fora de moda em uma era pós-moderna do 
relativismo. É aceitável hoje dizer: "Isso é verdade", contanto que não seja 
seguido por "e, portanto, isso é falso." Isto é especialmente observável em 
questões de fé e religião, onde cada sistema de crenças é para ter a mesma 
quantidade de igualdade quando se trata da verdade. 
 
Há uma série de filosofias e cosmovisões que desafiam o conceito de 
verdade, mas, quando cada uma é examinada criticamente, acaba sendo de 
natureza auto-destrutiva. 
 
A filosofia do relativismo diz que toda verdade é relativa e que não existe tal 
coisa como verdade absoluta. Entretanto, é preciso perguntar: é a alegação de 
que "toda verdade é relativa" uma verdade relativa ou uma verdade absoluta? 
Se for uma verdade relativa, então realmente não tem nenhum sentido; como 
é que sabemos quando e onde se aplica? Se for uma verdade absoluta, então 
existe verdade absoluta. Além disso, o relativista trai a sua própria posição 
quando afirma que a posição do absolutista é errada - por que não podem 
aqueles que dizem que a verdade absoluta existe estar corretos também? Em 
essência, quando o relativista diz: "Não há nenhuma verdade", ele está 
pedindo para você não acreditar nele, e a melhor coisa a fazer é seguir o seu 
conselho. 
 
Aqueles que seguem a filosofia do ceticismo simplesmente duvidam de toda 
a verdade. Entretanto, será que o cético é cético do ceticismo; ele duvida de 
sua própria afirmação sobre a verdade? Se sim, então por que prestar atenção 
ao ceticismo? Se não, então podemos ter certeza de pelo menos uma coisa 
(em outras palavras, a verdade absoluta existe) – o ceticismo, que, 
ironicamente, torna-se verdade absoluta nesse caso. O agnóstico diz que não 
se pode conhecer a verdade. No entanto, a mentalidade é auto-destrutiva 
porque afirma conhecer pelo menos uma verdade: que a verdade não pode 
ser conhecida. 
 
Os discípulos do pós-modernismo simplesmente não afirmam nenhuma 
verdade em particular. O santo padroeiro do pós-modernismo, Frederick 
Nietzsche, descreveu a verdade assim: "Que é então a verdade? Um exército 
móvel de metáforas, metonímias e antropomorfismos ... verdades são ilusões 
... moedas que perderam as suas fotos e agora importam apenas como metal, 
não mais como moedas." Ironicamente, embora o pós-modernista tenha 
moedas na mão que são agora "mero metal", ele afirma pelo menos uma 
verdade absoluta: a verdade de que nenhuma verdade deve ser afirmada. 
Como as outras cosmovisões, o pós-modernismo é auto-destrutivo e não 
pode resistir a sua própria afirmação. 
 
Uma popular cosmovisão é o pluralismo, o qual diz que todas as alegações 
sobre a verdade são igualmente válidas. Claro que isso é impossível. Podem 
duas ações - uma que diz que uma mulher está grávida e outra que diz que 
ela não está grávida - ser ambas verdadeiras ao mesmo tempo? O pluralismo 
se despedaça aos pés da lei da não-contradição, que diz que algo não pode 
ser tanto "A" quanto "não-A" ao mesmo tempo e no mesmo sentido. Como 
um filósofo ironizou, quem acredita que a lei da não-contradição não é 
verdade (e, por padrão, o pluralismo é verdade) deve ser espancado e 
queimado até admitirem que ser espancado e queimado não é a mesma coisa 
que não ser espancado e queimado. Além disso, observe que o pluralismo 
afirma ser verdadeiro e que nada contra ele é falso – sendo essa uma 
afirmação que nega o seu próprio princípio fundacional. 
 
O espírito por trás do pluralismo é uma atitude de braços abertos de 
tolerância. No entanto, o pluralismo confunde a ideia de todos têm o mesmo 
valor com todas as reivindicações sobre a verdade sendo igualmente válidas. 
Mais simplesmente, todas as pessoas podem ser iguais, mas nem todas as 
reivindicações sobre a verdade o são. O pluralismo não consegue entender a 
diferença entre opinião e verdade, uma distinção que Mortimer Adler 
observa: "O pluralismo é desejável e tolerável somente naquelas áreas que 
são questões de gosto e não em questões sobre a verdade." 
 
A Natureza Ofensiva da Verdade 
Quando o conceito da verdade é criticado, é normalmente por uma ou mais 
das seguintes razões: 
 
Uma queixa comum contra alguém alegando ter a verdade absoluta em 
matéria de fé e religião é que tal postura é "intolerante." No entanto, a crítica 
não consegue entender que, por natureza, a verdade é intolerante. É um 
professor de matemática intolerante por manter a crença de que 2 + 2 só pode 
ser 4? 
 
Uma outra objeção à verdade é que é arrogante afirmar que alguém está certo 
e outra pessoa está errada. No entanto, voltando ao exemplo acima com a 
matemática, é arrogante quando um professor de matemática insiste em 
apenas uma resposta certa para um problema de aritmética? Ou é arrogante 
quando um serralheiro afirma que apenas uma chave vai abrir uma porta 
trancada? 
 
Uma terceira acusação contra os defensores da verdade absoluta em matéria 
de fé e religião é que tal posição exclui as pessoas, ao invés de incluí-las. No 
entanto, tal queixa não consegue compreender que a verdade, por natureza, 
exclui o seu oposto. Todos as respostas diferentes de 4 são excluídas da 
realidade do verdadeiro resultado de 2 + 2. 
 
No entanto, um novo protesto contra a verdade é que é divisivo e ofensivo 
quando alguém reivindica ter a verdade. Em vez disso, o crítico afirma, tudo 
o que importa é a sinceridade. O problema com essa posição é que a verdade 
é imune à sinceridade, crença e desejo. Não importa o quanto se acredita 
sinceramente que uma chave errada vai abrir a porta; a chave ainda não vai 
entrar e a fechadura não será aberta. A verdade também não é afetada pela 
sinceridade. Alguém que pega um frasco de veneno e sinceramente acredita 
que é limonada ainda vai sofrer os efeitos infelizes do veneno. Finalmente, a 
verdade é impermeável à vontade. Uma pessoa pode desejar fortemente que 
seu carro não esteja sem gasolina, mas se o medidor diz que o tanque está 
vazio e o carro não funciona, então não há desejo no mundo vai 
milagrosamente fazer com que o carro continue. 
 
Alguns admitem que a verdade absoluta existe, mas, em seguida, afirmam 
que tal postura é válida apenas na área da ciência e não em questões de fé e 
religião. Esta é uma filosofia chamada de positivismo lógico, popularizada 
por filósofos como David Hume e AJ Ayer. Em essência, essas pessoas 
afirmam que as alegações sobre a verdade devem ser (1) tautologias (por 
exemplo, todos os solteiros não são casados) ou empiricamente verificáveis 
(isto é, testável via ciência). Para o positivismo lógico, toda conversa sobreDeus é um absurdo. 
 
Aqueles que defendem a ideia de que só a ciência pode fazer reivindicações 
sobre a verdade deixam de reconhecer que existem muitos campos onde a 
ciência é impotente. Por exemplo: 
 
• A ciência não pode provar as disciplinas de matemática e lógica porque as 
pressupõe. 
• A ciência não pode provar verdades metafísicas como a de que mentes 
além da minha existem. 
• A ciência é incapaz de fornecer a verdade nas áreas de moral e ética. Não 
se pode usar a ciência, por exemplo, para provar que os nazistas eram maus. 
• A ciência é incapaz de afirmar verdades sobre as posições estéticas como a 
beleza do nascer do sol. 
• Por último, quando alguém fizer a declaração "a ciência é a única fonte de 
verdade objetiva", ele acabou de fazer uma reivindicação filosófica que não 
pode ser testada pela ciência. 
 
E há quem diga que a verdade absoluta não se aplica na área da moralidade. 
No entanto, a resposta à pergunta: "Será que é moral torturar e matar uma 
criança inocente?" é absoluta e universal: Não. Ou, para ser mais pessoal, 
aqueles que defendem a verdade relativa sobre a moral parecem sempre 
querer que seu cônjuge seja absolutamente fiel. 
 
Porque a Verdade é Importante 
Por que é tão importante entender e adotar o conceito de verdade absoluta 
em todas as áreas da vida (incluindo a fé e religião)? Simplesmente há 
consequências para estar errado. Dar a alguém a quantidade errada de um 
medicamento pode matá-lo; ter um gestor de investimentos tomar as decisões 
monetárias erradas pode empobrecer uma família; embarcar no avião errado 
irá levá-lo aonde você não deseja ir e lidar com um cônjuge infiel pode 
resultar na destruição de uma família e, potencialmente, em doença. 
 
Como o apologista cristão Ravi Zacharias explica: "O fato é que a verdade 
importa - especialmente quando você é o receptor de uma mentira." E em 
nenhum lugar isso é mais importante do que na área da fé e da religião. A 
eternidade é um tempo muito longo para estar errado. 
 
Deus e a Verdade 
Durante os seis julgamentos de Jesus, o contraste entre a verdade (justiça) e 
mentiras (injustiça) era inconfundível. Lá estava Jesus, a Verdade, sendo 
julgado por aqueles cujas ações eram banhadas em mentiras. Os líderes 
judeus quebraram quase todas as leis destinadas a proteger o réu de 
condenação injusta. Eles trabalharam com fervor para encontrar qualquer 
testemunho que incriminasse Jesus, e na sua frustração, voltaram-se a provas 
falsas apresentadas por mentirosos. No entanto, nem mesmo isso pôde ajudá-
los a alcançar o seu objetivo. Sendo assim, quebraram uma outra lei e 
obrigaram Jesus a implicar a Si mesmo. 
 
Quando diante de Pilatos, os líderes judeus mentiram novamente. 
Condenaram Jesus de blasfêmia, mas já que sabiam que não seria suficiente 
para persuadir Pilatos a matar Jesus, eles afirmaram que Jesus era um desafio 
a César e estava quebrando a lei romana ao incentivar o povo a não pagar 
impostos. Pilatos rapidamente detectou a sua decepção superficial e nunca 
nem sequer abordou a acusação. 
 
Jesus, o Justo, estava sendo julgado pelo injusto. O fato triste é que este 
último sempre persegue o primeiro. É por isso que Caim matou Abel. A 
ligação entre a verdade e a justiça e entre a falsidade e a injustiça é 
demonstrado por uma série de exemplos no Novo Testamento: 
 
• Por esta razão, Deus enviará sobre eles uma influência enganadora para que 
acreditem no que é falso, a fim de que sejam julgados todos os que não 
deram crédito à verdade, mas deleitaram-se com a injustiça (2 
Tessalonicenses 2:9-12, ênfase acrescentada). 
• "A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos 
homens que detêm a verdade pela injustiça" (Romanos 1:18, ênfase 
adicionada). 
• "que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento: a vida eterna aos 
que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e 
incorruptibilidade; mas ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à 
verdade e obedecem à injustiça" (Romanos 2:6-8, ênfase adicionada). 
• "não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se 
exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-
se com a verdade" (1 Coríntios 13:5-6 , ênfase acrescentada). 
 
Conclusão 
A pergunta que Pôncio Pilatos fez séculos atrás precisa ser reformulada a fim 
de ser completamente precisa. A observação do governador romano,"Que é a 
verdade?", ignora o fato de que muitas coisas podem ter a verdade, mas só 
uma coisa pode realmente ser a Verdade. A verdade deve se originar de 
algum lugar. A dura realidade é que Pilatos estava olhando diretamente à 
Origem de toda a Verdade naquela manhã mais de dois mil anos atrás. Não 
muito tempo antes de ser preso e levado para o governador, Jesus tinha feito 
a simples declaração: "Eu sou a verdade" (João 14:6) – o que foi bastante 
incrível. Como poderia um mero homem ser a verdade? Ele não podia ser, a 
menos que fosse mais que um homem, que é exatamente o que afirmava ser. 
O fato é que a afirmação de Jesus foi validada quando ressuscitou dos mortos 
(Romanos 1:4). 
 
Há uma história sobre um homem que vivia em Paris e recebeu a visita de 
um estranho do interior. Querendo mostrar ao estranho a magnificência de 
Paris, ele levou-o a Louvre para ver a grande arte e, em seguida, a um 
concerto em um majestoso teatro para ouvir uma grande orquestra sinfônica. 
No final do dia, o estrangeiro do interior comentou que não gostou 
particularmente nem na arte ou da música. O seu anfitrião respondeu: "Eles 
não estão em julgamento, você está." Pilatos e os líderes judeus achavam que 
estavam julgando Cristo, quando, na realidade, eles que estavam sendo 
julgados. Além disso, Aquele que foi condenado vai na verdade servir como 
o seu Juiz um dia, como o será para todos os que detêm a verdade em 
injustiça. 
 
PRÓXIMO 
 
... Artigo http://queconceito.com.br/verdade 
O que é a verdade? É a busca (e a pergunta) de cientistas, filósofos, 
antropólogos, religiosos e sociólogos. É o tema que estimula a vida desde a 
forma mais rebuscada até a relação mais simples. 
O que é a verdade? Qual a minha verdade e qual a sua verdade? Ou temos 
uma verdade? 
De modo geral podemos definir verdade como uma idéia que se pode 
afirmar, que é verdadeira. Ou seja, se pode entender como uma proposição 
que não se pode negar racionalmente. Podemos dizer: Este corredor mede 20 
m. E esta verdade pode ser confirmada após uma simples medição, sem 
contestações. 
 
A palavra verdade também se pode associar a existência de algo . As vezes 
podemos perguntar :- Ei, esse animal é de verdade? . esta pergunta não quer 
realmente perguntar se existe o animal e sim apenas afirmar a diferença do 
normal de determinado objeto. 
 
As verdades podem ser subjetivas ou objetivas. A verdade subjetiva é aquela 
verdade que faz parte do conhecimento de uma pessoa e que pode ser 
contestada por uma outra. Alguém pode dizer a outro: – Vou te dizer uma 
verdade: -Desse jeito você não chega a lugar nenhum! E a outra pessoa pode 
definitivamete, não concordar com isso. Por exemplo , alguém pode pensar 
que é uma verdade a existência de Deus e outras pensarem justamente o 
contrário. 
 
A verdade objetiva é aquela que pode ser empíricamente comprovada e que 
costuma ser comum a todo mundo ou a todo um grupo social determinado. 
Como por exemplo os conceitos matemáticos que podem ser fácilmente 
provados. 
 
Pode-se associar a palavra verdade a várias concepções diferentes embora 
em essência tenha o mesmo significado. Em resumo, a palavra verdade pode 
signifcar algo que é real ou que tem a possibilidade de ser real e pode ser 
contestada por qualquer ser humano se não pode ser científicamente 
comprovada. 
 
 
Nota: Para outros significados, veja Verdade (desambiguação). 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade_%28desambigua%C3%A7%C3%A3o%29
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 
Diagrama doconhecimento. 
A palavra verdade pode ter vários significados, desde ―ser o caso‖, ―estar de 
acordo com os fatos ou a realidade‖, ou ainda ser fiel às origens ou a um 
padrão. Usos mais antigos abrangiam o sentido de fidelidade, constância ou 
sinceridade em atos, palavras e caráter. Assim, "a verdade" pode significar o 
que é real ou possivelmente real dentro de um sistema de valores. Esta 
qualificação implica o imaginário, a realidade e a ficção, questões centrais 
tanto em antropologia cultural, artes, filosofia e a própria razão. Como não 
há um consenso entre filósofos e acadêmicos, várias teorias e visões a cerca 
da verdade existem e continuam sendo debatidas. 
Índice 
 1 Filosofia 
 2 O portador da verdade 
 3 Tipos de verdade 
 4 Teorias metafísicas da verdade 
o 4.1 Verdade como correspondência ou adequação 
o 4.2 Verdade por correspondência 
o 4.3 Desmenção 
o 4.4 Deflacionismo 
o 4.5 Desvelamento 
o 4.6 Pragmatismo 
 5 Teorias formais 
o 5.1 Verdade lógica 
o 5.2 Verdade em matemática 
o 5.3 Teoria semântica da verdade 
 6 Referências 
 7 Bibliografia 
 8 Ver também 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Valor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Imagin%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Realidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fic%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia_cultural
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Raz%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#Filosofia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#O_portador_da_verdade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#Tipos_de_verdade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#Teorias_metaf%C3%ADsicas_da_verdade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#Verdade_como_correspond%C3%AAncia_ou_adequa%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#Verdade_por_correspond%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#Desmen%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#Deflacionismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#Desvelamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#Pragmatismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#Teorias_formais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#Verdade_l%C3%B3gica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#Verdade_em_matem%C3%A1tica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#Teoria_sem%C3%A2ntica_da_verdade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#Refer%C3%AAncias
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#Bibliografia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#Ver_tamb%C3%A9m
 9 Ligações externas 
Filosofia 
 
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—Encontre fontes: Google (notícias, livros e 
acadêmico) 
 
O primeiro problema para os filósofos é estabelecer que tipo de coisa é 
verdadeira ou falsa, qual o portador da verdade (em inglês truth-bearer). 
Depois há o problema de se explicar o que torna verdadeiro ou falso o 
portador da verdade. Há teorias robustas que tratam a verdade como uma 
propriedade. E há teorias deflacionárias, para as quais a verdade é apenas 
uma ferramenta conveniente da nossa linguagem. Desenvolvimentos da 
lógica formal trazem alguma luz sobre o modo como nos ocupamos da 
verdade nas linguagens naturais e em linguagens formais. 
Para Nietzsche, por exemplo, a verdade é um ponto de vista. Ele não define 
nem aceita definição da verdade, porque não se pode alcançar uma certeza 
sobre a definição do oposto da mentira. Daí seu texto "como filosofar com o 
martelo".
[1]
 
Mas para a filosofia de René Descartes a certeza é o critério da verdade. 
Quem concorda sinceramente com uma frase está se comprometendo com a 
verdade da frase. A filosofia estuda a verdade de diversas maneiras. A 
metafísica se ocupa da natureza da verdade. A lógica se ocupa da 
preservação da verdade. A epistemologia se ocupa do conhecimento da 
verdade. 
Há ainda o problema epistemológico do conhecimento da verdade. O modo 
como sabemos que estamos com dor de dente é diferente do modo como 
sabemos que o livro está sobre a mesa. A dor de dente é subjetiva, talvez 
determinada pela introspecção. O fato do livro estar sobre a mesa é objetivo, 
determinado pela percepção, por observações que podem ser partilhadas com 
outras pessoas, por raciocínios e cálculos. Há ainda a distinção entre 
verdades relativas à posição de alguém e verdades absolutas. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#Liga%C3%A7%C3%B5es_externas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:Fontes_fi%C3%A1veis
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:Fontes_independentes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:Verificabilidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:CITE
https://pt.wikipedia.org/wiki/Refer%C3%AAncia_bibliogr%C3%A1fica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:REF
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:Verificabilidade#Pol%C3%ADtica_de_verificabilidade
https://www.google.com/#q=Verdade
https://www.google.com/search?hl=pt&tbm=nws&q=Verdade&oq=Verdade
http://books.google.com/books?&as_brr=0&as_epq=Verdade
https://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt&q=Verdade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Falso
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gica_formal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nietzsche
https://pt.wikipedia.org/wiki/Certeza
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#cite_note-1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9_Descartes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Certeza
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crit%C3%A9rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metaf%C3%ADsica
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Epistemologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Epistemol%C3%B3gico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conhecimento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Subjetividade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Introspec%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Percep%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Racioc%C3%ADnio
https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1lculo
Os filósofos analíticos apontam que a visão relativista é facilmente refutável. 
A refutação do relativismo, segundo Tomás de Aquino, baseia-se no fato de 
que é difícil para alguém declarar o relativismo sem se colocar fora ou acima 
da declaração. Isso acontece porque, se uma pessoa declara que "todas as 
verdades são relativas", aparece a dúvida se essa afirmação é ou não é 
relativa. Se a declaração não é relativa, então, ela se auto-refuta pois é uma 
verdade sobre relativismo que não é relativa. Se a declaração é relativa, 
conclui-se que a declaração "todas as verdades são relativas" é uma 
declaração falsa. 
Por outro lado, se todas as verdades são relativas, incluindo a afirmação de 
que "todas as verdades são relativas", então, o interlocutor não é obrigado a 
crer na afirmação. Ele é livre para acreditar, inclusive, que "todas as 
verdades são absolutas" 
O portador da verdade 
Alguns filósofos chamam muitas entidades, que de alguma forma podemos 
afirmar que ela é verdadeira ou falsa, de portador da verdade. Assim, 
portadores da verdade podem ser pessoas, coisas, sentenças assertivas, 
proposições ou crenças.
[2]
 
Tipos de verdade 
A verdade é uma interpretação mental da realidade transmitida pelos 
sentidos, confirmada por outros seres humanos com cérebros normais e 
despidos de preconceitos (desejo de crer que algo seja verdade), e 
confirmada por equações matemáticas e linguísticas formando um modelo 
capaz de prever acontecimentos futuros diante das mesmas 
coordenadas.
[carece de fontes]
 
 Verdade material é a adequação entre o que é e o que é dito. 
 Verdade formal é a validade de uma conclusão à qual se chega 
seguindo as regras de inferência a partir de postulados e axiomas 
aceitos. 
 É uma verdade analítica a frase na qual o predicado está contido no 
sujeito. Por exemplo: "Todos os porcos são mamíferos".
[3]
 
 É uma verdade sintética a frase na qual o predicado não está contido no 
sujeito.
[4]
 
 Sofisma é todotipo de discurso que se baseia num antecedente falso 
tentando chegar a uma conclusão lógica válida. 
Teorias metafísicas da verdade 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_anal%C3%ADtica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Relativismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tom%C3%A1s_de_Aquino
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#cite_note-2
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:Livro_de_estilo/Cite_as_fontes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ser
https://pt.wikipedia.org/wiki/Validade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Infer%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Postulado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Axioma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#cite_note-3
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#cite_note-4
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sofisma
Ver artigo principal: Teorias da verdade 
Verdade como correspondência ou adequação 
A teoria correspondentista da verdade é encontrada no aristotelismo 
(incluindo o tomismo). De acordo com essa concepção, a verdade é a 
adequação entre aquilo que se dá na realidade e aquilo que se dá na mente. 
A verdade como correspondência foi definida por Aristóteles no tratado Da 
Interpretação, no qual ele analisa a formação das frases suscetíveis de serem 
verdadeiras ou falsas. Uma frase é verdadeira quando diz que o que é, é, ou 
que o que não é, não é. Uma frase é falsa quando diz que o que é, não é, ou 
que o que não é, é. 
O problema dessa concepção é entender o que significa correspondência. É 
um tipo de semelhança entre o que é e o que é dito? Mas, que tipo de 
semelhança pode haver entre as palavras e as coisas? 
O método científico, por exemplo, estabelece procedimentos para se realizar 
essa correspondência. Nesse caso um juízo de verdade V é então legitimado, 
de forma tal que a comunidade de cientisitas (que partilham entre si 
conhecimento e experiências) aceita/certifica como verdadeira a proposição 
P, oriunda da correspondência realizada entre P(V) e a "realidade empírica", 
via método científico. 
Verdade por correspondência 
O conceito de verdade como correspondência é o mais antigo e divulgado. 
Pressuposto por muitas das escolas pré-socráticas, foi pela primeira vez, 
explicitamente formulado por Platão com a definição do discurso verdadeiro, 
no diálogo Crátilo: "Verdadeiro é o discurso que diz as coisas como são; 
falso é aquele que as diz como não são." (Crtas.,385b;v.Sof.,262 e; Fil.,37c). 
Por sua vez Aristóteles dizia: "Negar aquilo que é, e afirmar aquilo que não 
é, é falso, enquanto afirmar o que é e negar o que não é, é a verdade." 
(Met.,IV,7,1011b 26 e segs.;v.V,29.1024b 25). 
Aristóteles enunciava também os dois teoremas fundamentais deste conceito 
da verdade. O primeiro é que a verdade está no pensamento ou na 
linguagem, não no ser ou na coisa (Met.,VI,4,1027 b 25). O segundo é que a 
medida da verdade é o ser ou a coisa, não o pensamento ou o discurso: de 
modo que uma coisa não é branca porque se afirma com verdade que é 
assim; mas se afirma com verdade que é assim, porque ela é branca. (Met., 
IX, 10,1051 b 5). 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teorias_da_verdade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aristotelismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tomismo
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Adequa%C3%A7%C3%A3o&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Realidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mente
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles
https://pt.wikipedia.org/wiki/Da_Interpreta%C3%A7%C3%A3o_%28Arist%C3%B3teles%29
https://pt.wikipedia.org/wiki/Da_Interpreta%C3%A7%C3%A3o_%28Arist%C3%B3teles%29
https://pt.wikipedia.org/wiki/Da_Interpreta%C3%A7%C3%A3o_%28Arist%C3%B3teles%29
https://pt.wikipedia.org/wiki/Palavra
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_cient%C3%ADfico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9-socr%C3%A1ticos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Plat%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teorema
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pensamento
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ser
Desmenção 
De acordo com a teoria desmencionista da verdade, para chegarmos à 
verdade de uma proposição basta tirarmos as aspas da mesma. Por exemplo, 
a proposição "A neve é branca" é verdadeira se, e somente se, a neve é 
branca. 
Deflacionismo 
De acordo com o deflacionismo, o predicado de segunda ordem "É verdade 
que …" não acrescenta nada à frase de primeira ordem à qual ele é aplicado. 
Por exemplo, não há nenhuma diferença lógica entre a frase "É verdade que 
a água é molhada" e a frase "A água é molhada".
[5]
 
Desvelamento 
Segundo esta concepção, verdade é desvelamento. Conhecer a verdade é 
deixar o ser se manifestar. É estar aberto para o ser. Nas versões modernas 
do desvelamento, mais pragmáticas, a verdade é algo "sempre em 
construção", e que portanto sempre vai possuir "valor verdade" inferior a 
100%. 
Posição típica de Martin Heidegger (em Ser e tempo, parágrafo 44, e na 
conferência "A essência da verdade"). 
Pragmatismo 
Para o pragmatismo a verdade é o valor de uma coisa.
[6]
 Em Habermas a 
verdade se confunde com a validade intersubjetiva, ou consenso. Se uma 
proposição não é submetida ao crivo da comunidade, nada se pode dizer 
sobre sua falsidade. 
No Empirismo o pragmatismo não se opõe à correspondência, mas se funde 
a ela: a "verdade empírica" como correspondência obtida por consenso na 
comunidade científica. 
Teorias formais 
Verdade lógica 
Ver artigos principais: Verdade lógica e Valor de verdade 
A lógica se preocupa com os padrões de razão que podem nos ajudar a dizer 
se uma proposição é verdadeira ou não. No entanto, a lógica não lida com a 
verdade no sentido absoluto, como a metafísica. Os lógicos usam linguagem 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Proposi%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#cite_note-5
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Desvelamento&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Martin_Heidegger
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ser_e_tempo
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=A_ess%C3%AAncia_da_verdade&action=edit&redlink=1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pragmatismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Valor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#cite_note-6
https://pt.wikipedia.org/wiki/J%C3%BCrgen_Habermas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Intersubjetividade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Consenso
https://pt.wikipedia.org/wiki/Empirismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade_l%C3%B3gica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Valor_de_verdade
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Raz%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Proposi%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metaf%C3%ADsica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_formal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_formal
formal para expressar as verdades. Assim só existe verdade em alguma 
interpretação lógica ou dentro de algum sistema lógico. 
Uma verdade lógica (também chamada verdade analítica ou verdade 
necessária) é uma afirmação que é verdadeira em todos os mundos possíveis 
[7]
 ou segundo todas as possíveis interpretações, em contraste com um fato 
(também chamado proposição sintética ou uma contingência) que só é 
verdadeiro neste mundo, tal como se desenvolveu historicamente. Uma 
proposição, como "Se p e q, então p", é considerada uma verdade lógica por 
causa do significado dos símbolos e palavras que a constituem e não por 
causa de qualquer fato de qualquer mundo particular. Verdades lógicas são 
tais que não poderiam ser falsas. 
Verdade em matemática 
Ver artigos principais: Teoria dos modelos e Teoria da prova 
Existem duas abordagens principais para a verdade em matemática: o modelo 
da teoria da verdade e a teoria da prova da verdade. 
Com o desenvolvimento da álgebra booliana no século XIX, modelos 
matemáticos de lógica começaram a tratar a "verdade", também representada 
como "V" ou "1", como uma constante arbitrária. "Falsidade" é também uma 
constante arbitrária que pode ser representado por "F" ou "0". Em lógica 
proposicional, esses símbolos podem ser manipulados de acordocom um 
conjunto de axiomas e regras de inferência, muitas vezes dadas na forma de 
tabelas verdade. 
Além disso, desde pelo menos a época do programa de Hilbert, na virada do 
século XX, até a prova dos teoremas da incompletude de Gödel e o 
desenvolvimento da tese de Church-Turing, no início daquele século, 
afirmações verdadeiras em matemática foram geralmente assumidas como 
demonstráveis em um sistema axiomático formal. 
Os trabalhos de Gödel, Turing e outros abalaram este pressuposto, com o 
desenvolvimento de proposições que são verdadeiras, mas não podem ser 
comprovadas dentro do sistema. 
[8]
 Dois exemplos podem ser encontrados 
nos Problemas de Hilbert. O trabalho sobre os 10 problemas de Hilbert 
levou, no final do século XX, à construção de equações diofantinas 
específicas, para as quais é indecidível se têm uma solução, 
[9]
ou, se tiverem, 
se teriam um número finito ou infinito de soluções. Mais fundamentalmente, 
o primeiro problema de Hilbert estava na hipótese do continuum. 
[10]
 Gödel e 
Paul Cohen mostraram que essa hipótese não pode ser provada ou refutada 
usando os axiomas padrão da teoria dos conjuntos. 
[11]
 Na opinião de alguns 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Interpreta%C3%A7%C3%A3o_%28l%C3%B3gica%29
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_l%C3%B3gico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#cite_note-7
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fato
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anal%C3%ADtico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conting%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mundo_%28filosofia%29
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADmbolo_%28formal%29
https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3rmula_bem_formada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_dos_modelos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_prova
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_dos_modelos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_dos_modelos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_dos_modelos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_da_prova
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lgebra_booliana
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gica_proposicional
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gica_proposicional
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gica_proposicional
https://pt.wikipedia.org/wiki/Axiomas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Regras_de_infer%C3%AAncia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela_verdade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Programa_de_Hilbert
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoremas_da_incompletude_de_G%C3%B6del
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tese_de_Church-Turing
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_axiom%C3%A1tico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Kurt_G%C3%B6del
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alan_Turing
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#cite_note-8
https://pt.wikipedia.org/wiki/Problemas_de_Hilbert
https://pt.wikipedia.org/wiki/Equa%C3%A7%C3%A3o_diofantina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#cite_note-9
https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_problema_de_Hilbert
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3tese_do_continuum
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#cite_note-10
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Cohen_%28matem%C3%A1tico%29
https://pt.wikipedia.org/wiki/Axioma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_dos_conjuntos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Verdade#cite_note-11
é, então, igualmente razoável tomar tanto a hipótese do continuum quanto a 
sua negação, como um novo axioma. 
Teoria semântica da verdade 
Ver artigo principal: Teoria semântica da verdade 
A teoria semântica da verdade tem como caso geral, para um dado idioma: 
'P' é verdadeiro se e somente se P 
onde "P" refere-se à sentença (o nome da sentença), e P é apenas a própria 
sentença. 
O lógico e filósofo Alfred Tarski desenvolveu a teoria das linguagens 
formais (como lógica formal). Aqui, ele a restringiu desta forma: nenhuma 
língua poderia conter seu próprio predicado de verdade - ou seja, a expressão 
"é verdade" somente seria aplicável a sentenças em outro idioma. A este 
idioma ele chamou língua objeto - o idioma sobre o qual se fala. O motivo 
para sua restrição era que as línguas que contêm seu próprio predicado de 
verdade conteriam frases paradoxais como "Esta sentença não é verdade". 
Tais sentenças podem, porém, conter um predicado de verdade aplicável a 
sentenças em outro idioma. 
Referências 
1. 
 Sérgio Campos Gonçalves, ―Da premissa metafísica à história do sentido: 
a Verdade em questão e sua concepção como objeto em Nietzsche‖, Revista 
de Teoria da História, v. 6, p. 122-138, 2011, ISSN 2175-5892. 
  Crítica na Rede. «Crítica: Teorias da Verdade». Consultado em 23 de 
janeiro de 2012 
  Portal da Língua Portuguesa. Dicionário de Termos Linguísticos. 
Subdomínio - Semântica. Proposição analítica 
  Portal da Língua Portuguesa. Dicionário de Termos Linguísticos. 
Subdomínio - Semântica. Proposição sintética 
  «Rorty, Nietzsche e a democracia. A teoria deflacionária da verdade 
como elo entre Nietzsche e o sonho utópico de Rorty. Por Paulo Ghiraldelli 
Jr.. Cadernos Nietzsche 4, p. 17-25, 1998.» � (PDF) 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3tese_do_continuum
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_sem%C3%A2ntica_da_verdade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_sem%C3%A2ntica_da_verdade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfred_Tarski
https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%B3gica_formal
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paradoxo_do_mentiroso
http://www.sumarios.org/sites/default/files/pdfs/artigo_7_goncalves.pdf
http://www.sumarios.org/sites/default/files/pdfs/artigo_7_goncalves.pdf
http://www.sumarios.org/sites/default/files/pdfs/artigo_7_goncalves.pdf
http://criticanarede.com/met_tverdade.html
http://www.portaldalinguaportuguesa.org/?action=terminology&act=view&id=3733
http://www.portaldalinguaportuguesa.org/?action=terminology&act=view&id=3741
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nietzsche
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rorty
http://www.fflch.usp.br/df/gen/pdf/cn_04_02.pdf
  Dicionário Informal. «Pragmatismo». Consultado em 23 de fevereiro 
de 2012 
  Ludwig Wittgenstein, Tractatus Logico-Philosophicus. 
  Ver, por exemplo, Chaitin, Gregory L. , The Limits of Mathematics 
(1997), 89s. 
  M. Davis. "Hilbert's Tenth Problem is Unsolvable." American 
Mathematical Monthly 80, pp. 233-269, 1973 
  Yandell, Benjamin H.. The Honors Class. Hilbert's Problems and 
Their Solvers (2002). 
 Chaitin, Gregory L., The Limits of Mathematics (1997) 1-28, 89s. 
 
 
Apontamentos sobre a teoria da verdade em Nietzsche 
1) Verdade como linguagem: 
―[…] é descoberta uma designação uniformemente válida e obrigatória das 
coisas, e a legislação da linguagem dá também as primeiras leis da verdade: 
pois surge aqui pela primeira vez o contraste entre verdade e mentira‖. 
Mentiroso é aquele que utiliza as palavras para dizer que a realidade é aquilo 
que ela não é. Por exemplo, ele afirma ―‗sou rico‘, quando para seu estado 
seria precisamente ‗pobre‘ a designação correta. Ele faz mau uso das firmes 
convenções por meio de trocas arbitrárias ou mesmo inversões dos nomes. 
Se ele o faz de maneira egoísta e de resto prejudicial, a sociedade não 
confiará mais nele e com isso o excluirá de si‖. 
A ilusão, diz Nietzsche, não é um grande problema para o ser humano 
comum, mas sim os efeitos negativos que ela pode oferecer (entenda ―ilusão‖ 
como aquilo que se passa por verdade, ou seja, neste caso, a linguagem). O 
mesmo vale para a verdade: ela é desejada quando suas consequências são 
agradáveis (ou seja, a linguagem é aceita sem problemas quando significa 
uma vantagem de definição para o sujeito, quando define o sujeito como algo 
bom). 
2) Verdade como negação da vivência primitiva: a linguagem é composta 
por palavras, que são figurações de estímulos nervoso, segundo o pensador 
alemão. Estes estímulos são traduzidos em imagens (as palavras) que são 
http://www.dicionarioinformal.com.br/pragmatismo/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Wittgenstein
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tractatus_Logico-Philosophicus
http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.55.6158&rep=rep1&type=pdfclassificadas arbitrariamente em gêneros diferentes (masculino, feminino e 
etc). O nascimento da palavra, da imagem, é a primeira metáfora, a 
imagem é, depois, ―modelada em um som‖, e aqui acontece a segunda 
metáfora na produção da linguagem. 
Após este processo de transformação em metáfora, a palavra se agarra em 
um conceito. O conceito é a negação da individualidade primitiva. Ele deve 
ser aplicado a ―um sem-número de casos, mais ou menos semelhantes, isto é, 
tomado rigorosamente, nunca iguais, portanto, a casos claramente desiguais‖. 
Ele ainda afirma que ―todo conceito nasce por igualação do não-igual‖, ou 
seja, o conceito pretende ser o universal que dá ―molde‖ para aquilo que ele 
conceitua. Conclui o autor: 
―A desconsideração do individual [ou seja, da vida primitiva] e do efetivo 
[ou seja, da realidade] nos dá o conceito, assim como nos dá também a 
forma, enquanto que a natureza não conhece formas nem conceitos, portanto 
também não conhece espécies, mas somente um X, para nós inacessível e 
indefinível‖ 
 
3) Verdade como ilusão massificante: 
―O que é a verdade, portanto? Um batalhão móvel de metáforas, metonímias, 
antropomorfismos, enfim, uma soma de relações humanas, que foram 
enfatizadas poética e retoricamente, transpostas, enfeitadas, e que, após 
longo uso, parecem a um povo sólidas, canônicas, e obrigatórias: as 
verdades são ilusões, das quais se esqueceu que o são, metáforas que se 
tornaram gastas e sem força sensível, moedas que perderam sua efígie e 
agora só entram em consideração como metal, não mais como moedas‖, 
grifo nosso. 
Será que podemos incluir Deus e a religião nesta observação? 
O sujeito esquece que a linguagem é somente uma fabricação e passa a ser 
verdadeiro em oposição ao mentiroso, rejeitado pela sociedade. Passa a se 
considerar racional por basear sua vida nestas abstrações e não consegue 
mais viver sob o regime das intuições, da individualidade, da não-sujeição ao 
conceito. Tudo que percebe, ele conceitua. 
―Enquanto cada metáfora intuitiva é individual e sem igual 
https://colunastortas.wordpress.com/2015/05/14/deus-esta-morto-nietzsche/
e, por isso, sabe escapar a toda rubricação, o grande edifício dos conceitos 
ostenta a regularidade rígida de um columbário romano e respira na lógica 
aquele rigor e frieza, que são da própria matemática‖. 
O impulso à verdade e a verdade como instrumento de dominação 
O valor da verdade nasce, então, das oposições que se formam entre as 
diferentes classificações e as valorações que se dá para cada classificação. 
Por exemplo, o sujeito quer ser honesto em oposição ao mentiroso, como já 
dito acima, não porque a honestidade é boa em si, mas porque ser honesto 
(ser verdadeiro) carrega consigo uma série de vantagens em relação a ser 
mentiroso. 
Nietzsche descreve que no mundo, antes da necessidade coletiva de 
comunicação e sociabilização, o intelecto, ―como um meio para a 
conservação do indivíduo, desdobra suas forças mestras no disfarce: pois 
este é o meio pelo qual os indivíduos mais fracos, menos robustos, se 
conservam, aqueles aos quais está vedado travar ma luta pela existência com 
chifres ou presas aguçadas‖. A realidade que o fraco expõe é composta por 
dissimulações criadas por seu intelecto. Ele dissimula para sobreviver, o 
intelecto é uma maneira de conservar a própria vida. 
 
A dissimulação da verdade em Nietzsche 
Depois, a própria linguagem se torna uma espécie de dissimulação, pois 
engana os sentidos e os adestra para perceber aquilo que ela mesma 
prescreve. Portanto, a linguagem é um elemento da participação do sujeito 
no rebanho (na massa, ou seja, ela é sua massificação, perda da 
individualidade). O impulso à verdade, em Nietzsche, aparece como vontade 
de potência, como exercício do poder, como dominação, já que a verdade só 
é procurada por servir para algo (o conhecimento puro nem mesmo é 
percebido pelo sujeito, é necessário alguma valoração). É só com a busca 
incessante pela verdade que o honesto pode ser honesto e, portanto, pode 
dominar o mentiroso. 
O honesto, por excelência, é o forte, é aquele que não precisa dissimular para 
conseguir sobreviver em sociedade, já que a dissimulação se torna mentira e, 
portanto, ―ruim‖, condenável. Aqueles que são classificados 
desprivilegiadamente são os que menos precisam da verdade, mas a verdade 
passa a ter um valor inestimável e começa a emergir um impulso à verdade, 
na medida em que ela se transforma em uma arma dos ―fortes‖, dos 
dominadores. 
Mais tarde, em trabalhos posteriores, o autor vai investigar a ligação da 
verdade com o medo, ou seja, com a necessidade de manter uma realidade, 
um ―mundo verdadeiro‖, por trás da aparência. A vontade de verdade seria, 
então, a busca incessante pela calma e segurança de uma estrutura fixa de 
―realidade‖ para se opor ao mundo impossível de se perceber corretamente – 
seria uma maneira de viver quando já não se tem a vontade de potência, a 
coragem para encarar o mundo de frente, com todas as suas dúvidas e seus 
desafios. 
 
Sendo o conhecimento uma invenção, de onde provém a verdade? De 
acordo com o pensador alemão, a verdade emerge no momento em que o 
instinto de afirmação da existência tece os mais sutis labirintos. Sua trama 
alcança o cume da dissimulação. De acordo com Nietzsche, a ilusão, a 
mentira, o engano, a organização do poder, a hierarquia, a convenção 
corroboram para o aparecimento da verdade. 
Atrás das coisas, diz Nietzsche, estão os jogos de organização da vida. Os 
indivíduos olham para as coisas, recebem excitações, nomeiam. A 
necessidade social, a vida gregária, se impõe. O indivíduo marca sua 
presença no mundo através da criação de conceitos. Torna esses conceitos 
obrigatórios e válidos para todos os membros do grupo. 
É nesse momento, diz Nietzsche, que se estabelece o primeiro antagonismo 
de forças. A verdade é aceita como válida para garantir o bem-estar, a paz 
entre os desiguais. 
 
PRÓXIMO: 
 
O engano, a inverdade, a mentira toma corpo como negação daquilo que é 
estabelecido solidamente. 
 
Nesse sentido, a mentira, o engano, o erro nada mais são do que a inversão 
do que foi estabelecido como verdadeiro. Uma mistura, uma confusão entre 
as convenções mais sólidas 
 
do homem, sua essência, está vinculada ao desejo natural pelo conhecimento. 
 
 
De acordo com Nietzsche, o conhecimento possui uma relação com os 
instintos, mas não faz parte deles. O ato de conhecer resulta do jogo, da 
disputa, do confronto, da luta, da junção entre vários instintos. Depois de 
travar esse embate, um acordo entre os instintos se processa. Esse processo 
engendra o conhecimento. 
 
Quando alguém esconde uma coisa atrás de um arbusto, vai procurá-la ali 
mesmo e a encontra, não há muito que gabar nesse procurar e encontrar: e é 
assim que se passa com o procurar e encontrar da ―verdade‖ no interior do 
distrito da razão. Se forjo a definição de animal mamífero e em seguida 
declaro, depois de inspecionar um camelo: ―vejam, um animal mamífero‖, 
com isso decerto uma verdade é trazida à luz, mas ela é de valor limitado, 
quero dizer, é cabalmente antropomórfica e não contém um único ponto que 
seja ―verdadeiro em si‖, efetivo e universalmente válido, sem levar em conta 
o homem. O pesquisador dessas verdades procura, no fundo, apenas a 
metamorfose do mundo em homem, luta por entendimento do mundo como 
uma coisa à semelhança do homem e conquista, no melhor dos casos, o 
sentimento de uma assimilação (NIETZSCHE, 1991, p. 36). 
 
Nietzsche diz que o principal erro destes que procuram a verdade é pressupor 
que as coisas 
que mais valorizam não poderiam derivar desde mundo sensível, considerado 
enganador e 
fugaz. Ao contrário, deveriam possuir uma origem própria, isto é, única, 
absoluta, 
inquestionável, diretamente de algum ponto último que lhes servisse de 
fundamento, algo 
como uma coisa em si, um deus oculto ou o seio do ser. 
 
 
 
Mas seriam frutosda atividade criadora do homem e pertenceriam, portanto, 
à história. ―Assim, a verdade não é uma coisa que estaria lá a encontrar e a 
descobrir, – mas algo que está por criar e que dá o nome a um processus‖ 
 
O que Nietzsche quer mostrar é que a fundamentação metafísica da moral 
possui 
uma história, isto é, ela veio a ser. Os homens, em determinado momento, 
criaram estas 
fundamentações e acreditaram que com elas tinham obtido a verdade sobre o 
bem e o justo. 
Um bem e um justo imutáveis, não um bem e um justo criados. Nietzsche 
buscará saber 
como surgiram estas fundamentações e avaliações, quais os impulsos que 
guiaram os 
homens na construção de tão complexos edifícios do pensamento. 
 
Aqui, o que se torna importante pensar é como que a verdade poderia advir 
de um processo histórico? 
 
Nietzsche entende que a vontade de verdade decorre de uma vontade de 
engano. A 
vontade de engano seria a necessidade de se alçar um determinado valor à 
categoria de 
verdade para fazê-lo mais forte e mais poderoso a fim de que se possa 
acreditar nele. 
 
A verdade em que se acredita nada mais é do que a crença na veracidade de 
um engano. 
 
Se a verdade é criada, então ela é uma espécie de erro. Uma verdade é 
apenas um erro mais aceito pela moral, talvez por ser um erro necessário. 
 
É preciso acreditar na verdade, valorizá-la, pois este engano talvez seja 
necessário para a existência de uma espécie como a nossa. É impossível 
viver sem representações valorativas e lógicas, neste sentido, a vontade de 
verdade, isto é, a busca e valorização da verdade acima da ilusão, seria uma 
forma de autopreservação e possuiria uma função reguladora. Toda moral e 
também o ―conhecimento‖ produzido pelo homem, na medida em que é, 
justamente, produção, é uma criação, 
 
Seria impossível qualquer vida para além da mais primitiva sem que as 
ilusões da lógica e da gramática sejam entendidas enquanto verdades pelos 
homens, porém, nem por isto deixam de ser um sistema de falsificação. 
 
―Somos nós apenas que criamos as causas, a sucessão, a reciprocidade, a 
relatividade, a coação, o número, a lei, a liberdade, o motivo, a finalidade; e 
ao introduzir e entremesclar nas coisas esse mundo de signos, como algo ‗em 
si‘, agimos como sempre fizemos, ou seja, mitologicamente.‖ 
 
Admita-se ao menos o seguinte: não existiria nenhuma vida, senão com base 
em avaliações e aparências perspectivas; e se alguém, com o virtuoso 
entusiasmo e a rudeza de tantos filósofos, quisesse abolir por inteiro o 
‗mundo aparente‘, bem, supondo que vocês pudessem fazê-lo – também da 
sua ‗verdade‘ não restaria nada! Sim, pois o que nos obriga a supor que há 
uma oposição essencial entre ‗verdadeiro‘ e ‗falso‘? 
 
Muitas atitudes são comuns para certas sociedades e esdrúxulas e 
inaceitáveis para outras. 
 
Buscar razões para defender seus próprios preconceitos morais e com isto 
chamá-los de verdades, eis ―os truques sutis dos moralistas e pregadores da 
moral.‖ 
 
Como Nietzsche pode pretender criticar os discursos de verdade sem que ele 
mesmo não pretenda que seu discurso seja tido como tal? Seria seu discurso 
o único verdadeiro? 
 
 
Apontamentos sobre a teoria da verdade em Nietzsche 
 
1) Verdade como linguagem: 
 
 “[…] é descoberta uma designação uniformemente válida e 
obrigatória das coisas, e a legislação da linguagem dá também as 
primeiras leis da verdade: pois surge aqui pela primeira vez o contraste 
entre verdade e mentira”. 
 
Mentiroso é aquele que utiliza as palavras para dizer que a realidade é 
aquilo que ela não é. Por exemplo, ele afirma “„sou rico‟, quando para 
seu estado seria precisamente „pobre‟ a designação correta. Ele faz mau 
uso das firmes convenções por meio de trocas arbitrárias ou mesmo 
inversões dos nomes. Se ele o faz de maneira egoísta e de resto 
prejudicial, a sociedade não confiará mais nele e com isso o excluirá de 
si”. 
 
A ilusão, diz Nietzsche, não é um grande problema para o ser humano 
comum, mas sim os efeitos negativos que ela pode oferecer (entenda 
“ilusão” como aquilo que se passa por verdade, ou seja, neste caso, a 
linguagem). O mesmo vale para a verdade: ela é desejada quando suas 
consequências são agradáveis (ou seja, a linguagem é aceita sem 
problemas quando significa uma vantagem de definição para o sujeito, 
quando define o sujeito como algo bom). 
 
2) Verdade como negação da vivência primitiva: a linguagem é 
composta por palavras, que são figurações de estímulos nervoso, 
segundo o pensador alemão. Estes estímulos são traduzidos em imagens 
(as palavras) que são classificadas arbitrariamente em gêneros 
diferentes (masculino, feminino e etc). O nascimento da palavra, da 
imagem, é a primeira metáfora, a imagem é, depois, “modelada em um 
som”, e aqui acontece a segunda metáfora na produção da linguagem. 
 
Após este processo de transformação em metáfora, a palavra se agarra 
em um conceito. O conceito é a negação da individualidade primitiva. 
Ele deve ser aplicado a “um sem-número de casos, mais ou menos 
semelhantes, isto é, tomado rigorosamente, nunca iguais, portanto, a 
casos claramente desiguais”. Ele ainda afirma que “todo conceito nasce 
por igualação do não-igual”, ou seja, o conceito pretende ser o universal 
que dá “molde” para aquilo que ele conceitua. Conclui o autor: 
 
 “A desconsideração do individual [ou seja, da vida primitiva] e do 
efetivo [ou seja, da realidade] nos dá o conceito, assim como nos dá 
também a forma, enquanto que a natureza não conhece formas nem 
conceitos, portanto também não conhece espécies, mas somente um X, 
para nós inacessível e indefinível” 
 
Nietzsche 
 
3) Verdade como ilusão massificante: 
 
 “O que é a verdade, portanto? Um batalhão móvel de metáforas, 
metonímias, antropomorfismos, enfim, uma soma de relações humanas, 
que foram enfatizadas poética e retoricamente, transpostas, enfeitadas, e 
que, após longo uso, parecem a um povo sólidas, canônicas, e 
obrigatórias: as verdades são ilusões, das quais se esqueceu que o são, 
metáforas que se tornaram gastas e sem força sensível, moedas que 
perderam sua efígie e agora só entram em consideração como metal, não 
mais como moedas”, grifo nosso. 
 
Será que podemos incluir Deus e a religião nesta observação? 
 
O sujeito esquece que a linguagem é somente uma fabricação e passa a 
ser verdadeiro em oposição ao mentiroso, rejeitado pela sociedade. 
Passa a se considerar racional por basear sua vida nestas abstrações e 
não consegue mais viver sob o regime das intuições, da individualidade, 
da não-sujeição ao conceito. Tudo que percebe, ele conceitua. 
 
 “Enquanto cada metáfora intuitiva é individual e sem igual e, por isso, 
sabe escapar a toda rubricação, o grande edifício dos conceitos ostenta a 
regularidade rígida de um columbário romano e respira na lógica aquele 
rigor e frieza, que são da própria matemática”. 
 
O impulso à verdade e a verdade como instrumento de dominação 
 
O valor da verdade nasce, então, das oposições que se formam entre as 
diferentes classificações e as valorações que se dá para cada 
classificação. Por exemplo, o sujeito quer ser honesto em oposição ao 
mentiroso, como já dito acima, não porque a honestidade é boa em si, 
mas porque ser honesto (ser verdadeiro) carrega consigo uma série de 
vantagens em relação a ser mentiroso. 
 
Nietzsche descreve que no mundo, antes da necessidade coletiva de 
comunicação e sociabilização, o intelecto, “como um meio para a 
conservação do indivíduo, desdobra suas forças mestras no disfarce: 
pois este é o meio pelo qual os indivíduos mais fracos, menos robustos, se 
conservam, aqueles aos quais está vedado travar ma luta pela existência 
com chifres ou presas aguçadas”. A realidade que o fraco expõe é 
composta por dissimulações criadas por seu intelecto. Ele dissimula para 
sobreviver, o intelecto é uma maneira de conservar a própria vida.Nietzsche e seus olhos 
A dissimulação da verdade em Nietzsche 
 
Depois, a própria linguagem se torna uma espécie de dissimulação, pois 
engana os sentidos e os adestra para perceber aquilo que ela mesma 
prescreve. Portanto, a linguagem é um elemento da participação do 
sujeito no rebanho (na massa, ou seja, ela é sua massificação, perda da 
individualidade). O impulso à verdade, em Nietzsche, aparece como 
vontade de potência, como exercício do poder, como dominação, já que a 
verdade só é procurada por servir para algo (o conhecimento puro nem 
mesmo é percebido pelo sujeito, é necessário alguma valoração). É só 
com a busca incessante pela verdade que o honesto pode ser honesto e, 
portanto, pode dominar o mentiroso. 
 
O honesto, por excelência, é o forte, é aquele que não precisa dissimular 
para conseguir sobreviver em sociedade, já que a dissimulação se torna 
mentira e, portanto, “ruim”, condenável. Aqueles que são classificados 
desprivilegiadamente são os que menos precisam da verdade, mas a 
verdade passa a ter um valor inestimável e começa a emergir um 
impulso à verdade, na medida em que ela se transforma em uma arma 
dos “fortes”, dos dominadores. 
 
Mais tarde, em trabalhos posteriores, o autor vai investigar a ligação da 
verdade com o medo, ou seja, com a necessidade de manter uma 
realidade, um “mundo verdadeiro”, por trás da aparência. A vontade de 
verdade seria, então, a busca incessante pela calma e segurança de uma 
estrutura fixa de “realidade” para se opor ao mundo impossível de se 
perceber corretamente – seria uma maneira de viver quando já não se 
tem a vontade de potência, a coragem para encarar o mundo de frente, 
com todas as suas dúvidas e seus desafios. 
 
 
https://www.portalhd.com.br/verdade-liquida/ 
 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/modernidade-liquida.htm 
 
 
https://dunapress.com/2019/09/10/verdade-liquida/ 
 
O poder de manipulação da mídia 
Hoje a verdade é controlada e manipulada pelos grandes meios de 
comunicação, a verdade é o que eles querem que seja verdade. De acordo 
com seus interesses, eles decidem o que a população vai acreditar. Um 
exemplo bastante comum, se um determinado Político ou partido político 
que não está alinhado aos seus interesses, uma séria de medidas são tomadas 
para que esse político seja massacrado, através do seu poder de persuasão, e 
a imagem dessa pessoa fique desgastada perante a opinião pública. Meias 
verdade são veiculadas, exposições exageradas com aspectos negativos, 
veiculação exaustivas de mazelas dando até mesmo uma proporção bem 
maior do que ela realmente é para que seja colocada a idéia que essa pessoa 
está causando toda aquela tragédia. E quando esse ―responsável‖ é afastado, 
a mesma mazela é deixada de lado, como se não mais acontecesse, não há 
mais interesse que ela seja mostrada. As empresas de comunicação 
perderam, se já tiveram um dia, o que há de mais sagrado para que elas 
possam ser levadas a sério, seu principal pilar, seu sentido de existir, que é a 
imparcialidade, a verdade sendo mostrada de acordo com os acontecimentos 
dos fatos, isentas de qualquer interesse, apenas de mostrar o que é real, e não 
uma realidade selecionada e manipulada. E para que essas pessoas não caiam 
nas garras desses meios, elas terão que dançar conforme a música que eles 
https://www.portalhd.com.br/verdade-liquida/
https://mundoeducacao.uol.com.br/sociologia/modernidade-liquida.htm
https://dunapress.com/2019/09/10/verdade-liquida/
tocam e satisfazer seus interesses financeiros e ideológicos. Claro que elas 
não atingem uma manipulação total da população, mas geralmente seus 
objetivos são conquistados. 
 
 
 
 
 
TEXTO 1 
 
A mídia realmente tem o poder de manipular as pessoas? 
 
À primeira vista, a resposta para a pergunta parece simples e óbvia: sim, a 
mídia é um poderoso instrumento de manipulação. A ideia de que o frágil 
cidadão comum é onipotente frente aos gigantescos e poderosos 
conglomerados da comunicação é bastante atrativa. Influentes nomes, como 
Adorno e Horkheimer, concluíram que os meios de comunicação em larga 
escala moldavam e direcionavam as opiniões de seus receptores. Segundo 
eles, o rádio torna todos os ouvintes iguais ao sujeitá-los, autoritariamente, 
aos idênticos programas das várias estações. Sarah Chucid Da Viá afirma 
que o vídeo apresenta um conjunto de imagens trabalhadas, cuja apreensão é 
momentânea, de forma a persuadir rápida e transitoriamente o grande 
público. Por sua vez, o psicólogo social Gustav Le Bon considerava que, nas 
massas, o indivíduo deixava de ser ele próprio para ser um autômato sem 
vontade e os juízos aceitos pelas multidões seriam sempre impostos e nunca 
discutidos. Assim, fomentou-se a concepção de que a mídia seria capaz de 
manipular incondicionalmente uma audiência submissa, passiva e acrítica. 
Todavia, as relações entre mídia e público são demasiadamente complexas, 
vão muito além de uma simples análise behaviorista de estímulo/resposta. As 
mensagens transmitidas pelos grandes veículos de comunicação não são 
recebidas automaticamente e da mesma maneira por todos os indivíduos. Na 
maioria das vezes, o discurso midiático perde seu significado original na 
controversa relação emissor/receptor. Cada indivíduo está envolto em uma 
―bolha ideológica‖, apanágio de seu próprio processo de individuação, que 
condiciona sua maneira de interpretar e agir sobre o mundo. Todos nós, ao 
entramos em contato com o mundo exterior, construímos representações 
sobre a realidade. Cada um de nós forma juízos de valor a respeito dos vários 
âmbitos do real, seus personagens, acontecimentos e fenômenos e, 
consequentemente, acreditamos que esses juízos correspondem à ―verdade‖. 
Fonte: https://www.observatoriodaimprensa.com.br/imprensa-em-questao/a-
midia-realmente-tem-o-poder-de-manipular-as-pessoas/ Acesso: 4 mai. 2022 
[texto alterado] 
 
TEXTO 2 
 
Estamos atualmente passando por uma guerra global de informação que está 
crescendo tanto aberta quanto secretamente muito além do que o público em 
geral está ciente. A presença de propaganda e informações manipuladas em 
notícias e mídias sociais é uma ameaça à nossa democracia e à nossa 
capacidade de tomar decisões bem fundamentadas. 
Quer chamemos de propaganda, notícias falsas, fatos tendenciosos ou 
distorcidos — a manipulação de informações pode ter vastas implicações 
para as pessoas que tentam dar sentido ao mundo. Enquanto os políticos e os 
operadores da mídia se acusam de distorcer a verdade e influenciar o público 
com afirmações duvidosas, muitas vezes não está claro quais são os 
interesses que estão por trás das respectivas narrativas e se as noticias são ou 
não são uma descrição verdadeira dos fatos. No Brasil, podemos observar 
com nitidez as noticias e declarações tendenciosas voltadas para a 
manipulação da opinião pública. 
As populações foram mobilizadas por trás da propaganda de governo e 
mentiras por muito tempo. Manipulação e propaganda através da mídia levou 
a quase todas as guerras desde a segunda Guerra Mundial, como o incidente 
do Golfo de Tonkin/Guerra do Vietnã, Iraque e outros. Tornou-se uma 
questão importante uma vez mais durante as eleições de 2016, quando os 
vazamentos dos arquivos Podesta foram popularizados pela mídia 
convencional dos EUA como ―fake news‖, notícias falsas. 
Há poucos dias tive a honra de participar da Conferência Holberg, na 
Noruega — Propaganda, Fatos e Notícias Falsas, com o fundador do 
Wikileaks, Julian Assange, o premiado jornalista John Pilger de renome 
internacional e com o CEO e Fundador da Impress, Jonathan Heawood. 
Foi uma importante conferência centrada em um dos temas mais prementes 
dos tempos modernos. Foram levantadas diversas questões relacionadas à 
https://www.observatoriodaimprensa.com.br/imprensa-em-questao/a-midia-realmente-tem-o-poder-de-manipular-as-pessoas/
https://www.observatoriodaimprensa.com.br/imprensa-em-questao/a-midia-realmente-tem-o-poder-de-manipular-as-pessoas/propaganda do Estado e informações distorcidas nas notícias e mídias 
sociais, tais como: 
• pode-se esperar que os eleitores tomem decisões bem fundamentadas 
com a existência de propaganda do Estado na mídia? 
• estarão os órgãos de imprensa sendo hipócritas ao se auto definirem 
como os guardiões contra "falsas notícias"? E quem são os atores mais 
poderosos no que pode ser visto como um teatro global de guerra de 
informação? 
• quanto devemos confiar na mídia em questões de guerra, paz, poder e 
política? Será que havia, por exemplo, forças escuras e estranhas por 
trás do surgimento dos ‗populistas‘ franceses e da campanha britânica 
Brexit? A mudança de regime na Ucrânia foi uma revolução popular ou 
um golpe apoiado pelos EUA? E a eleição americana foi hackeada e 
roubada por espiões russos? 
• as bombas que caíram sobre países como a Síria, o Iraque, o 
Afeganistão, a Líbia, o Iêmen e o Paquistão fazem parte de grandes 
projetos humanitários, ou existem motivos secretos para que a mídia 
esconda intencionalmente a verdade ou seja manipulada para distorce-
la? 
• o futuro da humanidade está ameaçado pela propaganda controlada 
pela inteligência artificial? 
Muitos cidadãos bem informados perceberam que estamos atualmente 
passando por uma guerra global de informação que está crescendo tanto 
aberta quanto secretamente muito além do que o público em geral está 
ciente. A presença de propaganda e informações manipuladas em notícias e 
mídias sociais é uma ameaça à nossa democracia e à nossa capacidade de 
tomar decisões bem fundamentadas. 
Quer chamemos de propaganda, notícias falsas, fatos tendenciosos ou 
distorcidos — a manipulação de informações pode ter vastas implicações 
para as pessoas que tentam dar sentido ao mundo. Enquanto os políticos e os 
operadores da mídia se acusam de distorcer a verdade e influenciar o público 
com afirmações duvidosas, muitas vezes não está claro quais são os 
interesses que estão por trás das respectivas narrativas e se as noticias são ou 
não são uma descrição verdadeira dos fatos. No Brasil, podemos observar 
com nitidez as noticias e declarações tendenciosas voltadas para a 
manipulação da opinião pública, fato que se estende a programas de 
entrevistas e até mesmo comerciais e telenovelas. 
A imprensa está integrada à ordem das instituições existentes. Referimo-nos 
à mesma como órgão formador de opinião e opinião pública, 
tradicionalmente aceita como atividade que exerce influência na sociedade. 
Com efeito, a imprensa é um dos principais agentes de controle da ordem 
atual. 
As populações foram mobilizadas por trás da propaganda de governo e 
mentiras por muito tempo. Manipulação e propaganda através da mídia levou 
a quase todas as guerras desde a segunda Guerra Mundial, como o incidente 
do Golfo de Tonkin/Guerra do Vietnã, Iraque e outros. Tornou-se uma 
questão importante uma vez mais durante as eleições dos EUA em 2016 que 
incluiu vazamentos dos arquivos Podesta e foram popularizados pela mídia 
convencional dos EUA como ―fake news‖, notícias falsas. 
Observamos que o Facebook e o Google declararam na mídia que decidiram 
intervir nas eleições francesas de 2017, alegando que o objetivo era coibir 
transmissão de notícias falsas. Essa é uma forma de censura privada onde os 
dois gigantes avaliaram ou afirmaram o que seria uma notícia falsa. O 
aspecto intrigante é: quem determina o que é notícia falsa e o que não é? 
Havia razões para que as principais potências do ocidente se preocupassem 
com a eleição de Macron ou Le Pen na França. Essas duas forças da internet 
queriam que Macron fosse eleito. Isso é visto como um exemplo de uma 
intervenção aberta do Google e do Facebook. Essas duas empresas sentem 
que certas formas de disseminação de informações precisam ser 
interrompidas. Isso representa a censura com uso de inteligência artificial por 
empresas gigantes do vale do Silício, fato concebido como sendo muito 
sério. 
Em muitos países, mesmo as formas menos sutis de propaganda de governo 
são frequentemente aceitas como parte da vida cotidiana. No entanto agora, 
mesmo na Europa e nos EUA, a guerra da informação parece estar 
aumentando para além do que vimos anteriormente. "Todas as guerras 
sempre produzem falsas histórias de atrocidade - juntamente com atrocidades 
reais", escreve o premiado jornalista Patrick Cockburn, "mas no caso sírio, as 
notícias fabricadas e os relatórios unilaterais assumiram a agenda de notícias 
em um grau provavelmente não visto desde a Primeira Guerra Mundial ". No 
caso do Iraque, a coalizão afirmou que apenas um em 157 de seus 14 mil 
ataques aéreos no Iraque desde 2014 causou uma morte civil, mas a 
evidência de campo mostra que a taxa real é uma em cada cinco. A evidência 
também mostra que a reconfortante reivindicação dos comandantes aéreos 
americanos e britânicos de que as armas inteligentes lhes permitem evitar 
matar civis é simplesmente falsa, diz Cockburn. 
A guerra de propaganda global tornou-se pior. A rapidez da disseminação da 
informação aumentou dramaticamente; indecentes afirmações falsas podem 
ser espalhadas pelo mundo de forma muito rápida independente do fato da 
capacidade das pessoas em detectar notícias falsas haver também aumentado. 
Houve um consenso entre os palestrantes que o ‗poder/establishment‘ precisa 
controlar o que está na mente das pessoas, o que agora é feito através da 
inteligência artificial. A inteligência artificial é a maior ameaça para a 
humanidade, maior ainda que a mudança climática. O capitalismo de 
vigilância está em vigor e tem uma grande influência sobre os seres humanos 
(por exemplo, vídeos de política externa que são críticos aos EUA não 
recebem mais dinheiro do Google). A humanidade não será capaz de detectar 
o que está acontecendo com a humanidade devido às mentiras e à 
manipulação. Se todo o processo é muito rápido, as pessoas não conseguem 
ver ou perceber a veracidade das notícias e assim não podem agir nem 
discutir o que fazer — existe uma nuvem de informação falsa que pode 
encobrir/esconder as ações dos principais grupos de poder 
internacionalmente, um fenômeno visto como apocalipse de notícias falsas 
(Fake News apocalypse). 
O fato de que algo é feito dentro da lei não o torna justo. A natureza do poder 
é caracterizada por excepcionalidade, não seguindo as leis que todos devem 
seguir. Nenhum Estado pode evitar a corrupção para administrar leis em seu 
próprio benefício. Ainda que essas leis sejam injustas, é importante que 
sejam conhecidas — torná-las previsíveis. A arbitrariedade pode atacar as 
pessoas — o assassinato de Sócrates foi cometido dentro da lei, o assassinato 
de Jesus foi cometido dentro da lei, o extermínio de milhões de índios na 
América do Norte, México, Peru e outros países foi cometido dentro da lei, a 
escravidão, etc. 
É vital que haja um tratamento justo para os denunciantes — sem eles, 
muitos grandes crimes, incluindo corrupção e atrocidades que são 
perpetradas não virão à luz. Chelsea Manning foi um exemplo de decência e 
coragem e foi tratado como um traidor pelo governo americano. Edward 
Snowden é outro exemplo famoso. O Brasil precisa que as pessoas tenham 
coragem de denunciar os grandes crimes e quem denuncia necessita de 
proteção. A maioria das pessoas não conhece Sarah Tilsdale. 
Na década de 1980, Sarah Tisdale, funcionária do Ministério das Relações 
Exteriores britânico, foi presa por vazar para o jornal The Guardian 
fotocópias de planos dos EUA para implantar mísseis de cruzeiro na Grã-
Bretanha. Sua ação só foi descoberta após o então editor, Peter Preston, 
cumprir uma decisão do Supremo Tribunal para que entregasse os 
documentos. Existe um mantra jornalístico há muito estabelecido que o 
jornalista nunca divulga suas fontes — um código necessário se quisermos 
ter uma imprensa livre — e Preston foi isolado por colegas e críticos por 
deixar Tisdale pagar o preço do furo jornalístico do The Guardian.A manipulação, distorção e mentiras incluem o discurso político favorito de 
hoje que promove a austeridade — o castigo econômico coletivo de milhões 
de pessoas comuns; cortar no osso todos os benefícios sociais tais como 
saúde pública, infraestrutura, educação, previdência e outros. A crise 
financeira de 2008 foi a notícia verdadeira e real que expôs um império 
financeiro podre; grandes bancos e banqueiros foram revelados como 
corruptos e ficaram praticamente sem qualquer punição. 
No caso do Brasil, a notícia real foi seu grande esquema de corrupção 
política iniciado em 2003 e que destruiu o país, envolvendo a Petrobras, 
BNDES, Fundos de Pensão e outros, pegos pela operação "lava jato". 
Depois de alguns meses a mensagem da mídia mudou, o império podre 
desapareceu da notícia e o discurso mudou para austeridade, uma construção 
e invenção política e dessa mesma mídia. A punição está sendo imposta à 
sociedade, não aos criminosos financeiros e políticos. No Brasil a ORCRIM 
instalada nos três poderes busca acintosamente desviar o foco dos principais 
anseios da população, entre os quais o fim do foro privilegiado e da 
impunidade, redução do tamanho do Estado, fim dos seus elevadíssimos 
salários/mordomias totalmente fora da realidade brasileira e mundial. 
É importante observar que a nova esfera pública é a internet / mídias sociais. 
Os 5 desafios da nova esfera pública são: 
1. os novos guardiões ou gatekeepers são os algoritmos. Corporações e 
governos pagam ou manipulam os novos guardiões que simplesmente 
ficaram subterrâneos tornando-se guardiões ocultos (os antigos eram 
proprietários de mídia e editores); 
2. o próprio jornalismo — praticar o jornalismo real; na antiga esfera 
pública, o jornalismo desempenhou um papel importante; 
3. propaganda –— hoje é difícil identificar a diferença entre notícias, 
propaganda comercial e propaganda política. Existe um conteúdo 
homogêneo e as pessoas não conseguem distinguir a diferença; 
4. privacidade — hoje em dia deixamos um rastro em todos os lugares 
onde vamos; nossos dados são compartilhados com empresas poderosas 
que, por sua vez, compartilham com anunciantes e governos; 
5. cinismo — a confiança entrou em colapso. As pessoas e as 
instituições devem conquistar nossa confiança. Atualmente existe uma 
atitude cínica — os cínicos acreditam que já conhecem as respostas, os 
cínicos sabem tudo. O problema com o cinismo é que os poderosos não 
são desafiados — eles navegam em um mar de meias verdades e 
mentiras. Precisamos de ceticismo, não de cinismo. Os céticos são 
diferentes, eles querem verificar. 
Muitas iniciativas estão sendo tomadas para convocar a grande imprensa a 
prestar contas — há uma necessidade urgente de uma nova linguagem no 
jornalismo. Além disso, um grande movimento coletivo contra guerras, 
injustiça social e desigualdade está aumentando. Esta maior conscientização 
é essencial para mudar a ordem atual do jornalismo falso. 
Grande parte dos problemas do Brasil de hoje se deve ao fato de muitos 
brasileiros não estudarem história — um problema que se estende a vários 
países. Isso porque se não entendemos o passado, não entenderemos o 
presente e não saberemos o que fazer com relação ao futuro. Este aspecto 
torna as pessoas mais vulneráveis à toda sorte de manipulação como ocorre 
atualmente. 
 
 
 
 
 
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Jorge Queiroz é presidente e fundador do Instituto Brasileiro de Gestão e 
Turnaround. 
Revista Consultor Jurídico, 18 de dezembro de 2017, 6h16 
Comentários de leitores 
5 comentários 
https://www.conjur.com.br/2017-dez-18/jorge-queiroz-manipulacao-midia-ameaca-democracia#top
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https://www.conjur.com.br/leitor/envio?id=170933
https://www.conjur.com.br/leitor/envio?id=170933
https://www.conjur.com.br/leitor/envio?id=170933
mailto:presidencia%40ibgt.com.br
Democracia é a primeira falsa notícia 
Holonomia (Juiz Estadual de 1ª. Instância) 
19 de dezembro de 2017, 10h04 
O artigo é muito bom, mas transita inconscientemente pelo principal 
problema, as falsas notícias que são os pressupostos científicos que definem 
o que são falsas notícias. 
Democracia não existe, porque o povo sempre será manipulado, enquanto 
não for devidamente educado, o que os donos do poder, que definem e 
controlam a democracia não querem e não permitem ocorrer. Estado laico 
não existe, porque por trás dessa ideia há uma religião do poder. 
Tenho dito que Ciência é apenas o Cristianismo, que nunca foi praticado 
coletivamente, o que significa o Governo do Logos, da Razão. As pessoas 
não entendem isso, porque os dogmas científicos (cartesianismo – ciências 
da natureza e do espírito/humanas) e religiosos (trindade – reino dos céus e 
reinos dos homens) bloqueiam a visão da realidade. 
O mundo atual é da apostasia, da separação, da divisão da realidade em duas, 
do anticristo, da mentira da pós-verdade, do falso profeta, a falsa ciência que 
desconhece a Verdade. 
Portanto, o artigo atesta a realidade do momento apocalíptico que vivemos, 
da revelação da Verdade revelada por Jesus Cristo, o maior Líder Político 
que já existiu, o Messias judeu, o que os próprios judeus reconhecerão em 
breve, pois a falsa notícia da sua capital, Jerusalém, está movimentando o 
cumprimento final das profecias. 
Infelizmente, os sítios de notícia oficiais, e mesmo a Conjur, não conseguem 
passar a correta perspectiva dos eventos, a partir do Todo que está na parte, 
em toda parte, e assim a mídia oficial, sabendo ou não, inclusive a Conjur, no 
fim das contas, praticamente somente divulga fake news. 
www.holonomia.com 
Vamos acordar ! 
Euclides de Oliveira Pinto Neto (Outros - Tributária) 
19 de dezembro de 2017, 5h52 
Sempre houve manipulação da mídia !!! Precisamos acordar para a realidade 
!!! Procurem saber quem são os donos das principais redes de comunicações 
no mundo, e suas obscuras interligações com as finanças, banksters 
(banqueiros + gangsters), complexo industrial militar, big Pharma e outras 
poderosas entidades que atuam de modo coordenado, sob a coordenação de 
grupos conhecidos, buscando manter a população abstraída e enganada, não 
percebendo as verdadeiras origens do poder. Tá tudo dominado !!! 
O perigo da democracia são os que se dizem democratas... 
Gabriel da Silva Merlin (Advogado Autônomo) 
18 de dezembro de 2017, 18h58 
Aqueles mais perigosos para a democracia são justamente os que dizem 
defende-lá intransigentemente, é só ver que justamente os "defensores" da 
democracia defendem abertamente corruptos e estelionatários como no caso 
do Brahma e o seu poste (a rainha da mandioca). 
 
Agora o bizarro é que a grande mídia toda faz praticamente uma pregação 
das ideias de esquerda todos os dias, mas muitos ainda continuam cegos para 
a realidade e continuam com aquele discurso de 1950 de que a mídia 
detentora do capital quer escravizar os pobres ignorantes. 
Atualmente a mídia se faz cada vez mais presente em nosso cotidiano, 
tornando-se um verdadeiro instrumento de manipulação social e dominação 
cultural. As informações recebidas pelas mais diferentes mídias, 
principalmente pela televisão, exercem forte influência nos hábitos e 
costumes da população com grande poder de manipulação, ditando regras de 
conduta e de consumo, constituindo-se num importante veículo de 
transmissão de informação e de formação de opinião, pois sabe-se que o seu 
grande papel não é apenas noticiar um novo produto, mas fazê-lo uma nova 
necessidade. 
 
Temos, portanto, que a função dos meios é influenciar os receptores, e essa 
influência pode ser maior se o receptor não dispuser da totalidade das 
ferramentas para sua análise. 
 
Não é de hoje que vemos e sabemos da força que a mídia possui, e isso fica 
mais nítido quando por meio de toda essa força ela passa a inculcar nas 
pessoas uma ideia ou mesmo um ponto de vista já formadosobre 
determinado assunto. E note que quando fazemos referência à mídia, estamos 
na verdade nos referindo à todas as suas formas de veiculação, seja ela 
falada, escrita, televisada e até aquela feita pelos meios virtuais e outros 
meios que sejam possíveis. 
 
Não se recusa que a mídia possua relevância impar para a manutenção de 
uma democracia, entretanto, isso não significa que às custas deste argumento 
ela possa manipular, ainda que de forma velada, tudo aquilo que é veiculado 
a fim de movimentar a massa social num determinado caminho. 
 
É também notório que a mídia possui grande influência na vida das pessoas, 
sendo que, pode ser tanto positiva quanto negativa. O importante é que 
tenhamos a consciência de saber diferenciar ambas as coisas, para que assim, 
não criemos prejulgamentos, que muitas vezes não coincidem com a 
realidade. 
 
Nesse aspecto, crianças, jovens, adolescentes e adultos estão interligadas a 
um ciclo muitas vezes vicioso, onde tudo o que sabem sobre os 
acontecimentos do Brasil e do mundo são adquiridos pelos repasses das 
redes de comunicação. O grande problema é acreditar em tudo o que 
escutamos, sem procurar se em outras fontes a informação é repassada da 
mesma maneira. Não julgando a maior rede de comunicações do país, pois a 
mesma possui profissionais eficientes, mas, é evidente que a manipulação 
existe, maquiando antes de divulgar para a sociedade. A questão que fica é o 
por quê?! 
 
No Brasil vê-se muito a relação da sociedade com a mídia que lhe é de 
alcance, a proximidade e facilidade com o meio televisivo e da internet torna 
cada vez mais fácil a transmissão de notícias ―montadas ou falsas‖, com a 
facilidade e alcance da sociedade com a informação se espalha rapidamente e 
em pouco tempo chega a um público muito grande sem chance de a 
informação ser cortada e corrigida a tempo de não influenciar quem viu a 
notícia falsa. 
 
Muitas vezes a mídia televisiva por ser apoiada por determinado grupo 
político, influencia em seus noticiários ao telespectador pensar de igual 
forma que eles pensam. 
 
A não ―imparcialidade‖ das notícias são claras e torna o publico refém de 
notícia e informação, não havendo chance de formar seu próprio conceito 
sobre quaisquer outros pensamentos que não seja o transmitido pela mídia. 
 
A liberdade de imprensa é um instrumento de democracia, podendo com ele 
conter abusos de autoridades públicas, a muito tempo vem sendo o principal 
motivo que a sociedade cobrava em seus direitos fundamentais para então 
conseguirem se defender contra eles. As opiniões se divergiam muitas vezes 
e a imprensa precisa sempre se informar, quando é publicado uma corrente 
única de opinião se torna vazio o conteúdo. 
 
Mas atualmente percebe-se facilmente que a situação se inverteu, a imprensa 
está formada por opiniões únicas para alavancar assim tanto progressos para 
si, quanto instabilidade em um país. Deve sempre tratar-se com muita 
diligência quais são as responsabilidades e obrigações que a imprensa deve 
ter. 
 
Rui Barbosa, em brilhante passagem, afirmou que: ―A imprensa é a vista da 
nação. Por ela é que a Nação acompanha o que lhe passa ao perto e ao longe, 
enxerga o que lhe malfazem, devassa o que lhe ocultam e tramam, colhe o 
que lhe sonegam, ou roubam, percebe onde lhe alvejam, ou nodoam, mede o 
que lhe cerceiam, ou destroem, vela pelo que lhe interessa, e se acautela do 
que a ameaça. (…) Um país de imprensa degenerada ou degenerescente é, 
portanto, um país cego e um país miasmado, um país de ideias falsas e 
sentimentos pervertidos, um país que, explorado na sua consciência, não 
poderá lutar com os vícios, que lhe exploram as instituições‖. 
 
A manipulação de informações é uma das maiores ameaças à sociedade 
atual. Grandes veículos de comunicação, sejam eles de televisão, rádio ou 
jornais, possuem poder e influência significativos sobre a opinião pública, e, 
infelizmente, não raro eles são utilizados para fins pessoais ou políticos. Isso 
ocorre porque, em muitos casos, esses veículos estão ligados a poderosos 
grupos econômicos ou políticos, o que influencia diretamente a forma como 
as informações são transmitidas. 
Infelizmente, devido às limitações de privacidade e segurança, não posso 
citar nomes específicos de políticos que sejam donos de emissoras de TV ou 
rádio. No entanto, é bem conhecido que alguns políticos no Brasil possuem 
ou controlam indiretamente empresas de mídia, o que pode influenciar a 
forma como as notícias são cobertas e veiculadas. 
O resultado disso é uma sociedade que não tem acesso à verdadeira 
informação e que é manipulada a cada dia, sem saber. Isso é uma grande 
perda para a sociedade, pois é através da informação que formamos nossa 
opinião e tomamos decisões importantes. 
Por outro lado, veículos de comunicação menores, como o Jornal Tribuna, 
são valiosos porque eles fornecem um espaço livre de expressão, onde as 
pessoas podem compartilhar suas idéias e opiniões sem serem censuradas ou 
manipuladas. Esses veículos de comunicação pequenos são importantes 
porque eles ajudam a manter a diversidade de vozes na sociedade, o que é 
fundamental para o debate democrático e a tomada de decisões justas. 
Infelizmente, atualmente, estamos vivendo um período de cerceamento da 
liberdade de expressão no Brasil. Isso é causado por aqueles ligados aos três 
poderes, bem como ao oligopólio midiático existente no país, onde poucas 
empresas controlam a maior parte da mídia. Esse oligopólio midiático é 
perigoso porque ele tem a capacidade de manipular informações e influenciar 
a opinião pública de uma forma negativa. 
Além disso, as mídias sociais também estão sendo cerceadas no Brasil. Isso é 
preocupante porque as mídias sociais são um espaço importante para a 
liberdade de expressão, onde as pessoas podem compartilhar suas opiniões e 
idéias sem medo de serem censuradas ou perseguidas. 
Nossa Constituição Federal garante e assegura três poderes que reger o país: 
o Legislativo que é preparado e capacitado para criar as leis; o executivo que 
tem a função de executar as leis indicadas e aprovadas pelo Legislativo; o 
Judiciário que exerce a fiscalização do cumprimento dessas leis. E um quarto 
poder que formula ideologias em defesa de seus interesses e determina a 
agenda nacional. Não consta na Carta Magna, mas possui características tão 
parecidas quanto as que compõem o governo de nossa nação, por formar, 
conduzir e dominar a opinião pública. 
Trata-se da imprensa, os veículos de comunicação que exercem o jornalismo 
e outras funções de comunicação informativa e de entretenimento, as quais 
sempre couberam um papel de destaque, atuando quase de forma invisível, 
mas predominantemente influenciando nas ações de comportamento e 
decisões da sociedade, extrapolando, em muitos momentos, sua principal 
função de bem informar, de forma isenta, a população. 
Ao produzir a versão dos fatos, por exemplo, o repórter ou 
―Newsmarketing‖, na teoria jornalística, as agências de notícias selecionam e 
repassam esse conteúdo para os jornais, que o modifica obedecendo a 
interesses dos controladores e as mudanças propostas pelos redatores, o 
―gatekeeper‖. 
Quando as notícias são veiculadas, há uma tentativa de influenciar o 
pensamento do telespectador, através da ―Agenda Stting‖, que aponta quais 
temas serão considerados de interesse coletivo, colocando no esquecimento 
outros não veiculados, ainda que sejam relevantes para a sociedade, calando 
aqueles que, por medo de perder o convívio social, não se manifestam e se 
aproximam mais das opiniões que consideram dominantes, chamada pela 
estudiosa alemã Elizabeth Noelle-Neumann de teoria da ―Espiral do 
Silêncio‖. 
Assim o fez em 1965, com José Sarney, no Maranhão, quando o estado 
ocupava as últimas posições no índice de desenvolvimento e, mesmo assim, 
venceu dez eleições para governador. Fernando Collor de Melo também fora 
agraciado com ofavorecimento da mídia, em 1968, nas Alagoas, ganhando 
notoriedade como o jovem promissor no combate aos ―marajás‖, 
funcionários públicos acusados de receberem salários exagerados. 
Nas eleições diretas para presidente, em 1989, houve outro posicionamento 
claríssimo de todos os meios de comunicação a favor de Collor e em 
oposição a Luiz Inácio Lula da Silva. A falta de informação da população 
que votava após anos de ditadura militar, dava a segurança de que seus 
direitos e interesses estavam sendo defendidos, o que facilitou o controle das 
decisões. 
 É curioso pensar que, diferente do que ocorreu nos processos eleitorais 
citados anteriormente, na qual a mídia teve, de fato, um peso significativo na 
formação da opinião política, capaz de manipular o voto, essa 
manufatura do consenso continua sendo produzida, mas com menos 
força em alguns momentos. 
Entre os anos de 2005 e 2006, por exemplo, inúmeras reportagens sobre o 
mensalão, maior escândalo de desvio de dinheiro e compra de votos 
envolvendo políticos, repercutiram em todos os veículos de comunicação, 
inclusive com imagens de pessoas indo a bancos e da própria CPI (Cúpula 
Parlamentar de Inquérito), que cassou o mandato dos deputados Roberto 
Jefferson e José Dirceu, ligados ao Partido dos Trabalhadores, não 
sensibilizou a população menos letrada, que representava, na época, 75% da 
força de trabalho, isto é, dos que tinham mais de 15 anos, que sabiam que 
sua vida havia melhorado com benefícios como o Bolsa Família, e não 
aceitou o que a mídia falava. Isso os fez favoráveis ao então presidente Lula, 
do próprio PT. 
É certo que a imprensa pode, sim, fracassar em determinados momentos, mas 
não dá para negar as evidências de que manipulações existem conforme seus 
interesses mercadológicos e partidários. Ela continua sendo o poder e a 
formadora de opiniões, que informa ou deforma quando lhe é conveniente. 
Um insulto aos manuais convencionais que chamam de ―melhor 
aproximação possível da verdade‖, ao conferir todas as informações e, assim, 
transmitir os fatos de forma sábia e responsável ou da melhor maneira que 
conseguir apurá-los. 
O mais desejável é que o público, que é o primeiro poder, evidenciado, 
sobretudo, pelo consumo das redes sociais, (facebook, twitter), exerça, de 
forma legítima, sua capacidade de decisão, ao partilhar suas ideias, seus 
anseios, suas vontades e, claro, a sua opinião, demostrando lucidez ao filtrar 
as informações e retirar delas apenas o essencial. É um direito da população 
– só da populaçã 
) A Estratégia da Distração 
Um dos principais instrumentos de controle social é a distração. O objetivo é 
desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças 
decididas pelas elites políticas e econômicas. Tudo isso através de uma 
avalanche de distrações contínuas e informações desnecessárias. 
Esta estratégia é essencial para fazer com que o público não se interesse por 
conhecimento em áreas como ciência, economia, psicologia, neurobiologia e 
cibernética. O conhecimento e aprofundamento poderia acarretar a 
insubordinação das massas e ameaça ao sistema. Então é primordial manter a 
população ocupada e sem tempo para a reflexão (assim mentalidade de 
―manada‖ estará garantida). 
2) Criar problemas e depois oferecer soluções 
Este método é conhecido como ―problema-reação-solução‖. Cria-se uma 
situação (que causará uma reação prevista no público) a fim de que seja o 
público quem exija medidas que se deseja fazer com que aceitem. 
Um exemplo bem corriqueiro até no Brasil: deixar que se desenvolva ou se 
intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de 
que o público demande por leis de segurança e cerceamento da liberdade 
(como as aclamações pelo retorno da ditadura militar). Também é comum 
criar uma crise econômica para fazer que aceitem como ―males necessários‖ 
o retrocesso dos direitos sociais e desmantelamento dos serviços públicos. 
3) A Estratégia da Gradualidade 
Para fazer que se aceite uma medida inaceitável, é necessário aplicá-la 
gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos. Dessa forma, as 
condições socioeconômicas radicalmente novas, como o neoliberalismo, 
foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990. Estado 
mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego massivo, 
baixos salários, inúmeras mudanças que provocariam uma revolução se 
fossem aplicadas de uma única vez. Estratégia também utilizada por Hitler e 
por vários líderes comunistas. 
4) A Estratégia de Diferir 
Outra forma de uma decisão impopular ser aceita é apresentá-la como 
―dolorosa e necessária‖, obtendo a aceitação pública para uma aplicação 
futura. Desse modo, é mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um 
sacrifício imediato. A tendência é que espere-se ingenuamente que ―amanhã 
tudo irá melhorar‖ e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isso faz com 
que, aos poucos, o público se acostume com a ideia de uma maneira 
resignada. 
5) Dirigir-se ao público como crianças 
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, 
argumentos, personagens e entonação notavelmente infantis, muitas vezes 
próximos à debilidade, como se o espectador tivesse pouca idade ou uma 
debilidade mental. Quanto mais tenta-se enganar o espectador, mais esses 
recursos infantilizantes surgem. 
Por quê? ―Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 
12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com 
certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um 
sentido crítico como as de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade.‖ 
6) Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão 
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto 
circuito na análise racional, e finalmente no sentido crítico dos indivíduos. 
Por outro lado, a utilização do registro emocional pode abrir portas de acesso 
ao inconsciente para implantar com mais facilidade ideias, desejos, medos e 
temores, compulsão ou induzir comportamentos. 
7) Manter o público na ignorância e na mediocridade 
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os 
métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. ―A qualidade da 
educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre 
possível, de forma que a distância da ignorância planejada entre as classes 
inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de ser 
alcançada para as classes inferiores (ver ‗Armas silenciosas para guerras 
tranqüilas‘)‖. 
8) Estimular o público a ser complacente com a mediocridade 
Promover a crença do público de que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e 
inculto. Introduzir a ideia de que quem argumenta demais e pensa demais é 
chato e mau humorado. 
Assim as pessoas vivem superficialmente, sem se aprofundar em nada e 
sempre têm uma piadinha para se safar do aprofundamento necessário a 
questões maiores. Constatamos isso facilmente no comportamento do 
brasileiro e nas representações midiáticas das periferias como um lugar em 
que as pessoas vivem ―alegremente‖ a despeito da pobreza e exclusão social. 
9) Reforçar a autoculpabilidade 
Fazer o indivíduo crer que somente ele é culpado por sua própria desgraça 
devido à insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus 
esforços (lógica da meritocracia e individualização de problemas sociais). 
Assim, em vez de se rebelar contra o sistema econômico, o indivíduo se 
menospreza e se culpa, o que gera um estado depressivo que causa a inibição 
da ação do indivíduo. E sem ação, não há questionamento. 
10) Conhecer aos indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem 
No decorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm 
gerado uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles 
possuídos e utilizados pelas elites dominantes. 
Graças à biologia, à neurobiologia e àpsicologia aplicada, o ―sistema‖ tem 
desfrutado de um conhecimento avançado sobre a psique do ser humano, 
tanto em sua forma física como psicologicamente. 
O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele 
conhece a si mesmo. Isso significa que, na maioria dos casos, o sistema 
exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior que 
dos indivíduos sobre si mesmos 
Prox 
 
1. INTRODUÇÃO 
Na sociedade da informação ou sociedade do conhecimento decorrente do 
advento das novas tecnologias, pode-se dizer que as mídias representam 
ferramentas com significativo poder de influência na formação de opinião 
dos indivíduos que a compõem e regulam. Assim, a grande imprensa pode 
ser entendida, atualmente, como uma coluna de sustentação do poder que 
organiza uma sociedade. Para alguns ela seria o quarto poder, além dos três 
poderes: executivo, legislativo e judiciário. Isso se dá porque na atual 
conjuntura brasileira a imprensa é imprescindível como fonte legitimadora 
das medidas políticas anunciadas pelos governantes, das estratégias de 
mercado das grandes corporações e pelo capital financeiro. 
Pode-se inferir, conforme as palavras de José Arbex Jr., que a imprensa 
―Constrói consensos, educa percepções, produz ‗realidades‘ parciais 
apresentadas como a totalidade do mundo, mente, distorce os fatos, falsifica, 
mistifica […]‖. (ABRAMO, 2003, p.8). Ou seja, a imprensa atua como um 
―partido‖ que defende os interesses específicos de seus proprietários 
privados, ignorando os interesses da população brasileira. Essa é a discussão 
que norteia esse artigo. 
Com base em uma fundamentação teórica referenciada e disposta no final 
deste texto, argumenta-se sobre as mídias, principalmente acerca do poder de 
dominação dos meios de comunicação por meio de manipulação e 
instrumentos simbólicos. Para isso é realizada a análise das imagens 
publicadas na revista Veja em sua edição de 29 de dezembro de 2010, 
conforme os padrões de manipulação da grande imprensa brasileira, 
explicitados por Perseu Abramo, experiente jornalista que também atuou 
como professor de jornalismo por alguns anos. 
2. MANIPULAÇÃO MIDIÁTICA NA SOCIEDADE DA 
INFORMAÇÃO 
Em um país como o Brasil, ainda em desenvolvimento, sabe-se que as 
poucas verbas governamentais não atingem a base da estrutura social, ou 
seja, a Educação. Isso faz com que a maior parte da população careça de 
preparo para lidar com tantos avanços tecnológicos e possibilidades de 
acesso a informação, bem como de capacidade para reflexão sobre tais 
informações. Neste contexto destaca-se a questão da exclusão ao acesso as 
novas tecnologias da informação e, portanto, a importância das mídias, 
principalmente a imprensa televisiva que representa o meio ou instrumento 
mediador da informação mais prático e popular no país, embora seja muito 
pouco utilizado para fins instrutivos, sendo geralmente adotado para 
manipulação em massa com finalidades comerciais e políticas. 
Por isso, Mattelart e Mattelart (2003) questionam se a mídia é mediadora ou 
―antimediadora‖. Conforme os autores o que caracteriza os meios de 
comunicação de massa é o fato de esses serem ―antimediadores‖, 
intransitivos e fabricantes da ―não-comunicação‖, ao considerar que a 
comunicação consiste na troca, na reciprocidade de uma fala. Desta forma o 
que predomina na relação entre mídias e indivíduos é o poder de dominação 
e regulação social. 
O processo pelo qual ocorre esse poder de dominação, através da formação 
de opinião pública, compreende um tipo de pensamento complexo descrito 
pelo sociólogo francês Edgar Morin (2000). O desafio da complexidade, 
segundo o autor, consiste no fato de que toda informação tem apenas um 
sentido em relação a uma situação. Isso significa que o sentido da palavra ou 
da imagem muda conforme o contexto, assim, para se conhecer não se pode 
isolar uma palavra ou uma informação, sendo necessário ligá-la a um 
contexto. Só se pode conhecer as partes conhecendo o todo em que se 
situam. 
Outro texto que contribui para essa discussão intitula-se ―Designação: a arma 
secreta, porém incrivelmente poderosa, da mídia em conflitos 
internacionais‖, de Kanavillil Rajagopalan (2003), doutor em linguística 
aplicada e pós-doutor em filosofia da linguagem. É um texto que trata da 
influência midiática na concepção social, fundamentando-se com a ideia de 
que tudo pode e deve ser contestado, abordando também a questão dos 
termos de designação do discurso jornalístico na formação de opinião 
pública favorável ao mesmo; os eufemismos utilizados em função de 
minimizar a culpa dos responsáveis pelas tragédias ocorrentes no mundo e, 
ressaltando, ainda, o poder de designação de referência neutra, ao agregar 
valores através da nominação. 
De acordo com Morin (2000) e Rajagopalan (2003), portanto, existe um 
pensamento complexo que inclui texto ou imagem e contexto e que está 
sempre presente nas informações transmitidas por meio das mídias. Desta 
forma os donos dos meios de comunicação são detentores de poder sobre a 
formação de opinião pública, de regulação da sociedade. 
Em entrevista Stuart Hall define isso como um processo de codificação e de 
decodificação dos termos de linguagem, tratando do ―ler entre linhas‖ como 
uma questão mais complexa do que a princípio pode parecer. Conforme o 
autor: 
[…] ―Codificação/Decodificação‖ […] A mensagem é uma estrutura 
complexa de significado que não é tão simples como se pensa. A recepção 
não é algo aberto e perfeitamente transparente, que acontece na outra ponta 
da cadeia de comunicação. E a cadeia comunicativa não opera de forma 
unilinear. [ ] No contexto político existe, ainda, a noção […] de que o 
significado não é fixo, de que não existe uma lógica determinante global que 
nos permita decifrar o significado ou o sentido ideológico da mensagem 
contra alguma grade. A noção de que o sentido sempre possui várias 
camadas, de que ele é sempre multirreferêncial (SOVIK, 2003, p. 354). 
Os donos dos meios de comunicação utilizam-se das mídias como 
ferramentas para manipulação em massa. Para isso é adotado este processo 
de ―pensamento complexo‖, no qual se dá a codificação e decodificação. Ou 
seja, cada mensagem codificada aparentemente pressupõe determinada 
decodificação, desta forma as informações transmitidas pelas mídias são 
codificadas exatamente da maneira que se deseja que elas sejam 
decodificadas ou interpretadas, de modo a influenciar, como bem entender, a 
opinião pública. Assim, somente os mais perspicazes ou bem instruídos 
conseguem ir além da aparente decodificação, adentrando o contexto político 
e a noção de que os significados não são fixos e de que nem tudo é o que 
parece ser. Por meio das mídias é possível estabelecer um forte poder de 
designação, de influência, até mesmo cultural, que muitas vezes acaba 
construindo a realidade social dos indivíduos. 
Mattelart e Mattelart (2003) reportam-se para as teses de Foucault e trazem 
para essa discussão o modelo utópico de organização social em ―Panóptico‖ 
que consiste em uma torre central de onde se pode controlar com plena 
visibilidade todo o círculo de um prédio dividido em alvéolos onde os 
vigiados encontram-se confinados em células individuais, separados uns dos 
outros, sendo vistos sem se ver. Trata-se de uma caracterização do modo de 
controle exercido pelo dispositivo televisual para organizar o espaço, 
controlar o tempo, vigiar o indivíduo e regular seus comportamentos. Neste 
caso as mídias televisivas representam o ―Panóptico Invertido‖ no qual os 
vigiados podem ver sem ser vistos. 
Para Morin (2000) ―somos produtos produtores‖ o que significa que os 
indivíduos são produtores da sociedade porque sem indivíduos não existe 
sociedade, desta forma, a existência de uma sociedade com sua cultura, 
normas, leis, regras, etc. produz esses indivíduos. Ou seja, os indivíduos 
produzem a sociedade e a sociedade produzos indivíduos como um processo 
que se dá em um ciclo vicioso. Nisso consiste o pensamento complexo e o 
poder das mídias na regulação da sociedade por meio da disseminação de 
determinadas ideias, na produção de indivíduos produtores da sociedade 
ideal para os donos das mídias, para o sistema capitalista que estabelece uma 
sociedade de consumo, inclusive do consumo da informação e do 
conhecimento. 
Isso significa ainda que damos vida às nossas ideias e, uma vez que lhes 
damos vida, são elas que indicam o nosso comportamento, que nos mandam 
matar ou morrer por elas; vale dizer que tais produtos são os nossos próprios 
produtores […] (MORIN, 2000, p. 25.) 
Neste contexto e utilizando-se de termos como ―comercialização do 
conhecimento‖ e ―indústria cultural‖ Burke (2003) destaca que uma das 
razões para se afirmar que a sociedade atual pode ser definida como 
sociedade da informação é que a produção e a venda de informações 
contribui de maneira considerável para as economias mais desenvolvidas. 
Segundo Morin (2000) o objetivo do pensamento complexo é contextualizar 
e globalizar. O que, na discussão da temática apresentada nesse artigo, 
consiste no entendimento de quem é o indivíduo e do que é a sociedade, de 
qual a relação entre ambos e o que as mídias representam nessa relação. Uma 
vez compreendidas essas questões, os indivíduos podem ter autonomia e 
sabedoria na regulação da sociedade que constituem, de forma a se libertar 
um pouco das amarras de um sistema maior, que é o capitalismo com seu 
jogo de poderes políticos. Assim, entende-se que a sociedade da informação 
e do conhecimento representa uma época na qual é possível se informar para 
conhecer os indivíduos e o contexto no qual encontram-se inseridos, bem 
como alcançar o entendimento de como isso tudo ocorre, possibilitando 
reflexões que não se deixam manipular por meio de instrumentos midiáticos. 
Nesse sentido Abramo (2003) destaca os padrões de manipulação adotados 
pela grande mídia brasileira, demonstrando como é possível refletir e não se 
deixar enganar por tudo o que se lê e/ou se vê publicado por aí, conforme a 
abordagem do próximo tópico. 
3. PADRÕES DE MANIPULAÇÃO ADOTADOS PELA GRANDE 
IMPRENSA BRASILEIRA 
Em 1994 verificou-se, mais do que nunca, a necessidade em se discutir a 
questão da manipulação midiática e a ética do jornalismo, quando ocorreu o 
conhecido, ou nem tão conhecido assim, caso da ―síndrome da antena 
parabólica‖, conforme divulgado por Kucinski (1998). Tratava-se do 
incidente ocorrido nos bastidores do Jornal Nacional, da TV Globo, no 
decorrer da primeira disputa presidencial entre Luiz Inácio Lula da Silva e 
Fernando Henrique Cardoso, quando Rubens Ricupero, o então ministro da 
Fazenda, confidenciou ao jornalista Carlos Monforte sua falta de escrúpulos 
na campanha política, favorecendo Fernando Henrique. 
Ocorre que esta conversa que deveria ser informal acabou sendo transmitida 
via satélite para antenas parabólicas em várias regiões do Brasil, fazendo 
com que os telespectadores tomassem conhecimento das falcatruas de 
políticos corruptos vinculados à imprensa manipuladora. 
Esse flagra, no entanto, não foi suficiente para que a falta de ética no 
jornalismo brasileiro tivesse um fim. Com a falta de regulação da imprensa, 
os donos dos meios de comunicação estão livres para atuar como bem 
entendem, inclusive utilizando-se de padrões de manipulação. 
Neste sentido Ayoub (2006) mostra como a revolução industrial contribui 
para que os europeus se desvencilhassem de quase um século de censura e 
restrições à imprensa, enquanto no Brasil essa regulação ainda não existe. 
Segundo Ayoub (2006) a imprensa brasileira cumpre um papel enquanto 
representação de classe, ela defende seus interesses burgueses e ataca os que 
a contestam. Os proprietários dos meios de comunicação querem e exigem 
participação no poder, interferindo não apenas no embate ideológico, como 
também na disputa política e no processo eleitoral. 
Assim, acontecimentos como o da ―síndrome da antena parabólica‖, dentre 
muitos outros, refletem o porquê de a necessidade da sociedade brasileira 
aprender a ler e a decodificar as informações, tanto de texto como de 
imagens. Essa é a mensagem principal passada pelo experiente jornalista e 
professor Perseu Abramo, ao tratar a questão dos padrões de manipulação 
adotados pela grande imprensa brasileira. 
Por isso, destaca-se a utilidade de estudos que esclarecem como funciona a 
grande imprensa brasileira e como as informações podem ser decodificadas 
tendo seu real sentido identificado. 
Ciente de tais questões, em seus estudos Abramo (2003) desmascara a dita 
objetividade da grande imprensa brasileira, mostrando que se trata de uma 
falsa objetividade. O autor situa o jornalismo praticado como um 
instrumento de controle político das elites, contrário aos interesses maiores 
do povo brasileiro. Para o jornalista, a verdadeira motivação da empresa de 
comunicação em manipular a informação e distorcer a realidade está 
principalmente no campo político, na lógica do poder e, em um segundo 
plano, no campo econômico, na busca do lucro. Mas é bastante frequente, 
sempre distorcendo de alguma forma a realidade, como esclarece o autor: 
A maior parte do material que a imprensa oferece ao público tem algum tipo 
de relação com a realidade. Mas essa relação é indireta. É uma referência 
indireta à realidade, mas que distorce a realidade. Tudo se passa como se a 
imprensa se referisse à realidade apenas para apresentar outra realidade, 
irreal, que é a contrafação da realidade real. É uma realidade artificial, não-
real, irreal […]. (ABRAMO, 2003, p.23). 
As técnicas de manipulação utilizadas pela grande imprensa brasileira, de 
acordo com Abramo (2003), ocorrem às vezes de maneira sutil, contida, 
outras vezes, de modo escancarado, grosseiro e até mesmo agressivo, pois 
ainda não existe uma regulação dos meios de comunicação no Brasil. A 
manipulação da informação se converte, assim, em manipulação da 
realidade. 
A manipulação da imprensa ocorre de diversas formas, mas vale salientar 
que não é toda matéria que é manipulada, pois algumas delas precisam ser 
isentas para que a imprensa não seja totalmente desacreditada. 
As técnicas de manipulação adotadas pela grande imprensa brasileira, 
conforme Abramo (2003) são as seguintes: 
1. Padrão da Ocultação: Se refere à ausência e à presença dos fatos reais. 
Ocorre que muitas vezes acontece um deliberado silêncio sobre 
determinados fatos da realidade que são totalmente ignorados fazendo 
com que os leitores também os ignorem. Desta forma o fato real é 
eliminado da realidade e deixa de existir. 
2. Padrão da Fragmentação: Neste caso a realidade é fragmentada em 
vários outros minúsculos fatos particularizados, muitas vezes 
irrelevantes, se comparados com os fatos reais, com o todo. O fato real 
é fragmentado de forma que parte dele é isolada e apresentada fora do 
contexto original, de forma descontextualizada. Isso acaba gerando 
outros significados que não condizem com a realidade. Também pode 
ocorrer a invenção artificial e ficcional de outros fatos. 
3. Padrão da Inversão: Neste caso, depois do fato ser fragmentado e 
descontextualizado, ainda tem suas partes reordenadas e, portanto, 
invertidas. O que gera uma bagunça completa que já não representa 
mais qualquer aspecto da realidade. Trata-se de uma destruição da 
realidade original e criação de uma nova realidade que é absolutamente 
artificial. 
Existem várias formas de inversão: Inversão da relevância dos aspectos, 
quando o secundário é apresentado como o principal e vice-versa; Inversão 
da forma pelo conteúdo que ocorre quando o texto ou a imagem passa a ser 
mais importante do que o fato que está reproduzindo; Inversão da versão 
pelo fato, quando não é o fato real que toma importância, mas a versão dos 
fatos apresentada pelo órgão de imprensa; Inversão da opinião pela 
informação,quando a informação real é totalmente substituída pela opinião 
do órgão de imprensa, neste caso o juízo de valor é utilizado como se fosse 
um juízo de realidade. Nestes casos, conforme destaca o autor, é importante 
frisar que: 
Essa particular inversão da opinião sobre a informação pode às vezes 
assumir caráter tão abusivo e absoluto que passa a substituir a realidade real 
até aos olhos do próprio órgão de informação. Não é incomum perceber que 
às vezes os responsáveis pelos órgãos cometem erros – aí, sim, involuntários 
– porque passaram a acreditar integralmente nas matérias do próprio órgão, 
sem perceber que elas não correspondem à realidade. (ABRAMO, 2003, p. 
32). 
4. Padrão de Indução: Refere-se ao fato de que, submetido, ora mais ou 
ora menos, aos padrões de manipulação da imprensa, o leitor é 
induzido a ver o mundo da mesma forma que o órgão de imprensa o vê. 
Ou seja, o leitor é induzido a ver o mundo não como ele realmente é, 
mas sim como querem que ele o veja. 
5. Padrão Global: Este padrão é considerado específico do jornalismo de 
televisão e de rádio. Divide-se em três momentos básicos: exposição do 
fato, apresentação da fala de cidadãos que compõem a sociedade, 
apresentação da opinião de um especialista ou uma autoridade no 
assunto. Tudo isso junto favorece a manipulação fazendo com que o 
telespectador ou o ouvinte seja induzido a acreditar em informações 
inventadas pelos donos das mídias. 
Assim, é possível compreender como ocorre o processo de manipulação 
midiática e utilizar esses ensinamentos deixados por Perseu Abramo 
aplicando-os em pesquisas e estudos que objetivem a análise de textos, sons 
e imagens mediados pela grande imprensa brasileira, tal qual se apresenta no 
próximo tópico. 
4. ANÁLISE DAS IMAGENS PUBLICADAS NA REVISTA VEJA NA 
EDIÇÃO DE 29 DE DEZEMBRO DE 2010 
Esse artigo baseia-se na análise das imagens publicadas pela revista Veja na 
edição de 29 de dezembro de 2010, especialmente a capa, que tem como 
objetivo anunciar a mudança de presidente que o Brasil viveria em 2011. Ao 
se deparar com a capa, o leitor logo pode perceber como é visível não se 
tratar de uma fotografia, e sim de imagem criada, uma ilustração. A 
construção da ideia e da imagem, que se utiliza das artes gráficas, foi 
bastante propícia e bem montada associando ao momento de transição do 
ano e do governo, como é possível observar: 
Figura 1 – Capa da revista Veja na edição de 29 de dezembro de 2010. 
Fonte: Acervo digital da 
revista Veja 
De um lado da capa, o então na data publicada, presidente Luiz Inácio Lula 
da Silva, é retratado em uma postura de resistência tentando impedir o 
avanço do ponteiro do relógio, que é constituído por uma arte sombreada 
favorecendo a ideia de movimento e de passagem de tempo, o final de seu 
mandato, ali representado pela virada do ano. Nessa análise é possível 
identificar que não se trata de uma fotografia, levando em consideração a 
posição do presidente integrado a ilustração do relógio. 
Essa representação localiza-se do lado esquerdo da capa que possui o fundo 
preenchido com cores neutras que variam entre preto e cinza claro, o 
presidente está vestindo um terno preto, ajudando a reforçar a ideia de 
passado e memória. A palavra ―Retrospectiva‖ também é anunciada na cor 
cinza e pouco destacada, completando essa linha de pensamento. As cores 
escuras e neutras ganham mais sentido de passado e remetem a algo que está 
prestes a virar memória, quando em comparação e contraste do outro lado da 
capa, onde se encontra, a então futura presidenta do Brasil, Dilma Roussef. 
É possível observar um elaborado jogo de divisão e comparação entre o que 
teria se passado e o que estaria por vir, apresentado resumidamente com as 
palavras: ―Retrospectiva‖ e ―Perspectiva‖, na parte superior da capa. No 
centro, acompanhando a ilustração, se encontram os textos objetivos que se 
opõem em meio ao processo de comparação: ―O ano que Lula não queria ver 
terminar‖, ―Balanço – O Brasil depois de 8 anos de lulismo‖, de um lado, 
acompanhando a imagem de Lula, enquanto do outro lado, juntamente com a 
imagem de Dilma, aparecem as seguintes frases: ―À espera do desafio‖ e 
―Infraestrutura – O Brasil que Dilma terá de construir‖. Um contraste com 
texto e imagem se completando de forma harmônica. 
Do lado direito da capa, preenchida com fundo azul e branco representando o 
ano de 2011, ano de posse do novo presidente ou presidenta do país, está 
Dilma Roussef sentada, com mãos cruzadas repousadas sobre as pernas 
como se estivesse aguardando o desafio deixado por Lula. A figura da 
presidenta vestida de vermelho remete ao Partido dos Trabalhadores e seu 
rosto não demonstra alegria nem tristeza, mas talvez uma certa preocupação, 
ansiedade ou medo escondidos em um sorriso contido. 
O uso da palavra ―desafio‖ cabe como uma crítica e provocação da revista ao 
governo anterior, mesmo que ambos os governos sejam pertencentes ao 
mesmo partido, Veja deixa claro a sua própria insatisfação quanto ao que foi 
desenvolvido no governo de Lula. 
A capa contém elementos explícitos sobre a opinião da revista para 
determinado momento. Uma vez que a capa mostra o Lula agarrado ao poder 
sem querer sair de lá e deixando ―problemas‖, ou seja, a necessidade de se 
construir um novo país. A revista Veja faz questão de explicitar seu desgosto 
com o governo Lula, como também é possível observar na matéria que leva o 
título de ―Uma constelação sem brilho‖ onde a opinião sobre as escolhas de 
Dilma é citada e que estas prometeriam ―muita confusão‖. 
A sessão que trata da infraestrutura – ―a missão de construir‖, aborda 
diversos problemas que o país enfrenta e enfrentará, a revista conseguiu 
incluí-los na palavra direcionada e vinculada à Dilma na capa da revista; 
―Perspectiva‖. Palavra que parece ter sido carregada de cobranças e 
esperança da população brasileira, mas que na realidade reflete mesmo a 
opinião da revista Veja, uma vez que a grande maioria da população aprovou 
o governo Lula. 
A matéria que faz uma retrospectiva dos oito anos de mandato do presidente 
Lula, leva o título de ―fecham-se as cortinas, termina o espetáculo‖ 
acompanhada por uma fotografia quase panorâmica do presidente descalço 
em um campo, de braços abertos e que apesar de estar de perfil, apresenta 
uma feição tranquila e de alívio, ironicamente texto e imagem parecem ter 
sido montados para insinuar que o mandato de Lula foi um teatro, um 
espetáculo. 
A matéria conta, ainda, com outras fotografias de suas viagens, também em 
preto e branco, mais uma vez submetendo a ideia de memória, passado e de 
caráter documental. 
A parte da retrospectiva, criada pela revista Veja, trata dos dias de revolta da 
população e protestos contra o governo Lula, encontram-se repletos de textos 
críticos e de ataque ao governo realizado nesses oito anos, como se o 
governo tivesse sido duramente criticado pela população durante seu 
governo e não tivesse recebido apoio, embora tenha sido o governo avaliado 
com o maior índice de satisfação da população brasileira em toda sua 
história. 
Ao citar a melhoria de vida de uma parcela dos brasileiros que tiveram 
mudança em seu padrão de vida nesse tempo, Veja apresenta retratos de 
pessoas satisfeitas com o governo e com postura de orgulho de serem o que 
são. Mesmo citando e reconhecendo mudanças positivas ocorridas, a revista 
nomeia essa sessão de ―miséria‖. 
De acordo com Abramo (2003), o padrão de indução aplicado juntamente a 
formação da notícia, faz com que o leitor veja o mundo da forma que o órgão 
de comunicação vê e induz a acreditar que essa é a realidade de fato. Essa 
indução começa no surgimento da ideia e na formação da imagem irreal, pois 
não se trata de uma fotografia que relata a realidade, passa pelos pequenos 
textos utilizados na capa, pelo destaque da manchete e se estende ao texto da 
matéria final. 
Não houve preocupação em ilustrar a capa comuma imagem real, que 
apresentasse a realidade tal como ela é. Em vez disso é exposta uma imagem 
criada pela Veja, ou seja, uma artimanha de manipulação que cria uma falsa 
realidade, mostrando uma atmosfera de desamparo e de dúvida na 
capacidade da futura presidenta. Fica no ar a dúvida criada pela Veja: ―Como 
será que Dilma irá encarar esse desafio?‖, E os falsos problemas – também 
criados pela Veja – deixados pelo governo anterior: ―Será que ela será capaz 
de resolver todos os problemas que Lula deixou?‖. A revista deixa explicita a 
ideia de que não acredita, não confia ou não apoia o futuro governo. Isso 
acontece também, de forma explícita, quando Dilma anuncia, segundo a 
revista, uma péssima escolha do ministério, induzindo o leitor a acreditar e 
concordar com sua posição. 
A informação não chega ao leitor de forma objetiva e clara, para que ele 
possa fazer sua leitura, refletir e tirar suas próprias conclusões. A revista 
Veja incorpora sua opinião nas matérias jornalísticas que publica e faz com 
que uma falsa realidade seja divulgada como uma verdade absoluta. 
prox 
Como acontece a manipulação da opinião pública nas redes sociais 
Estudo da Universidade de Oxford detalha como organizações do 
mundo inteiro manipulam a opinião pública pela Internet a fim de 
influenciar eleições 
Por Isabela Cabral, para o TechTudo 
10/08/2018 06h00 Atualizado há 4 anos 
 
No Brasil e no mundo, agências governamentais e partidos políticos têm 
explorado plataformas de redes sociais para espalhar notícias 
sensacionalistas ou falsas, censurar informações e minar a confiança na 
mídia, em instituições públicas e na ciência. É o que aponta um estudo recém 
publicado pela Universidade de Oxford, da Inglaterra, ―Desafiando a 
Verdade e a Confiança: Um Inventário Global da Manipulação Organizada 
nas Mídias Sociais‖. Os pesquisadores acreditam que, na era digital, a 
manipulação da opinião pública através das redes sociais — como Facebook, 
Twitter, Instagram — é uma perigosa ameaça à democracia. 
LEIA: Cinco fatos importantes sobre o uso de redes sociais por adolescentes 
https://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/facebook.html
https://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/twitter.html
https://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/instagram.html
https://www.techtudo.com.br/listas/2018/06/cinco-fatos-importantes-sobre-o-uso-de-redes-sociais-por-adolescentes.ghtml
Facebook é uma das redes sociais onde usuários são vítima de manipulação 
— Foto: Foto: Luciana Maline/TechTudo 
Com a capacidade de atingir grandes públicos com interesses específicos em 
um só lugar, ao mesmo tempo em que é possível se comunicar de forma 
pessoal com os indivíduos, as redes se mostram meios muito atrativos para a 
propaganda política e social. Em diversos países, campanhas divisoras já 
aumentaram tensões étnicas, ressuscitaram movimentos nacionalistas, 
intensificaram o conflito político e até resultaram em crises políticas. 
No Brasil, de acordo com a pesquisa, o uso de práticas desonestas na Internet 
para influenciar as pessoas acontece desde 2010. Contas fake, bots, 
mensagens de distração, entre outras práticas, foram usadas durante duas 
campanhas presidenciais e o impeachment. Contratos entre partidos políticos 
e as empresas que viabilizam essas práticas têm valores de até R$ 10 
milhões, como mostra o relatório. Conheça, a seguir, as principais 
descobertas feitas pelo estudo. 
Pesquisa da Universidade de Oxford mostra o Brasil com capacidade média 
de disseminação de informações na Internet — Foto: Divulgação 
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1. Pelos menos 48 países têm partidos ou organizações governamentais 
usando as redes sociais para manipular a opinião pública 
O uso das mídias sociais para subverter eleições e enfraquecer a confiança 
nas instituições democráticas é um fenômeno amplo, que vai além das ações 
maliciosas de poucos. Campanhas coordenadas de manipulação foram 
encontradas e examinadas pelo estudo em 48 países, com todo tipo de regime 
político, e o Brasil está entre eles. No país, a prática é detectada entre 
políticos, partidos e agentes privados desde 2010. 
Os autores da pesquisa ressaltam que uma democracia sólida exige 
jornalismo de qualidade produzido por veículos independentes, um clima 
plural de pensamentos e a liberdade para negociar o consenso público. No 
entanto, agentes políticos poderosos cada vez mais se aproveitam das redes 
para corromper o ambiente de informações e, assim, promover desconfiança, 
manipular opiniões e abalar processos democráticos. 
2. As campanhas de desinformação acontecem principalmente durante 
eleições ou crises de confiança no governo 
Segundo a pesquisa, períodos eleitorais ou de referendos são os momentos 
mais propícios para essas ações. Líderes nacionais, partidos e candidatos 
utilizam a propaganda digital para influenciar eleitores e alterar os resultados 
de votações. Ainda que a Internet tenha aberto novos caminhos para a 
participação civil nas atividades políticas, o surgimento de análises de big 
data, algoritmos fechados e campanhas computacionais estão deixando 
legisladores de todo o mundo aflitos. 
Eleições são período crítico — Foto: Divulgação/TSE 
Além disso, com a crescente ameaça das fake news — seja real ou percebida 
—, os governos estão preocupados e já tomam medidas. De 2016 até hoje, 
mais de 30 países introduziram leis com o objetivo de combater notícias 
falsas e uns direcionaram órgãos para essa tarefa. O problema, porém, é que 
essas ferramentas são usadas para sufocar discursos em alguns casos, 
especialmente em regimes autoritários. Desse modo, elas acabam se 
tornando mais uma maneira de legitimar a censura e moldar a discussão 
pública. 
3. Em 20% dos 48 países, apps como WhatsApp, Telegram e Wechat são 
usados para transmitir informações falsas 
Os especialistas da Universidade de Oxford identificaram um crescimento na 
utilização de aplicativos de mensagens, como WhatsApp, Telegram e Signal, 
nas campanhas de desinformação. Em especial nos países do hemisfério sul, 
onde os apps de chat são um fenômeno, incluindo o Brasil. Por aqui, o 
WhatsApp tem mais de 120 milhões de usuários. Esses apps são hoje para os 
cidadãos um importante meio de compartilhamento de notícias e 
informações, debate e organização política. 
https://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/whatsapp-messenger.html
https://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/telegram.html
https://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/signal-private-messenger.html
https://www.techtudo.com.br/noticias/2017/05/whatsapp-em-numeros-120-milhoes-de-brasileiros-e-100-de-criptografia.ghtml
WhatsApp e Telegram — Foto: Anna Kellen Bull/TechTudo 
4. As propagandas políticas e sociais envolvem automação nas redes, 
times de comentaristas, produção de conteúdos falsos, assédio e criação 
de distrações 
As cyber tropas — termo usado pelos pesquisadores para nomear os 
disseminadores das campanhas — empregam diversas estratégias de 
comunicação para conduzir suas operações. Uma técnica notável de 
manipulação é o uso de comentaristas pagos que interagem com usuários 
reais, seja em redes sociais, fóruns online, blogs, sites de notícias ou outras 
plataformas. O estudo afirma que governos e organizações políticas usam o 
método para guiar discussões de três formas: 
 espalhando propaganda pró-governo ou pró-partido; 
 atacando a oposição ou montando campanhas de difamação e 
 usando táticas neutras que passam por desviar a conversa de questões 
relevantes. 
Outra estratégia é a utilização de trolls que hostilizam pessoas, comunidades 
ou entidades específicas, com discursos de ódio e demais tipos de assédio 
virtual. Foram encontradas em 27 países ações do gênero patrocinadas pelo 
estado, cujos alvos eram dissidentes políticos, membros da oposição e 
jornalistas.Todo esse trabalho é realizado pelas cyber tropas com contas falsas, que 
também atuam na criação e proliferação de matérias sensacionalistas e outros 
conteúdos fabricados. Os perfis fake podem ser automatizados, operados por 
pessoas de verdade ou híbridos. Os automatizados, conhecidos como bots, 
são programados para imitar o comportamento humano. Enquanto outros são 
gerenciados por times coordenados, em que cada operador chega a ser 
responsável por dezenas ou até centenas de contas. 
Perfis falsos no Twitter são bots que ajudam a espalhar informações falsas — 
Foto: Reprodução/Carolina Ochsendorf 
Entre as técnicas de manipulação das contas falsas está o ―astroturf‖, quando 
uma falsa sensação de popularidade ou suporte é gerada por meio de likes e 
compartilhamento de histórias. Os agentes da desinformação criam seu 
próprio material: vídeos, memes, blogs, imagens e sites de notícias falsos. 
Esse conteúdo se torna uma fonte significativa de fake news e informações 
conspiratórias ou polarizantes, que são disseminadas e ganham dimensões 
muito abrangentes. As estratégias ainda incluem a derrubada de conteúdos e 
contas legítimos. Portanto, além de amplificar certas mensagens, as cyber 
tropas também suprimem vozes reais na Internet. 
No caso do Brasil, quase todas as práticas citadas foram detectadas. Temos 
no país contas fake humanas, automatizadas e híbridas, criação de conteúdo, 
astroturf, mensagens pró-governo e partidos, ataques à oposição, assédio e 
mensagens de distração. De acordo com o relatório dos pesquisadores, há 
evidências de bots e trolls profissionais usados agressivamente para abafar 
opiniões minoritárias e discordantes durante duas campanhas presidenciais, o 
impeachment e a eleição para a Prefeitura do Rio de Janeiro. 
5. Desde 2010, partidos e governos já gastaram mais de meio bilhão de 
dólares em manipulação via mídias sociais 
O investimento das campanhas de manipulação na web é alto, na casa das 
dezenas de milhões de dólares. Com frequência, as organizações por trás das 
cyber tropas gastam com a contratação de firmas de comunicação política 
especializadas em segmentação orientada a dados. Embora existam muitas 
empresas legítimas que ajudam partidos políticos a identificar novos distritos 
eleitorais e adaptar propagandas a uma base, há um mercado crescente de 
companhias que usam estratégias desonestas para moldar discussões, 
provocar opiniões extremistas e influenciar agendas políticas. 
Em termos de tamanho, as equipes que conduzem as campanhas nas mídias 
sociais variam muito. Às vezes, são pequenas e duram pouco; às vezes, 
empregam centenas ou milhares de indivíduos. Os orçamentos, métodos e 
habilidades também são diversos. A pesquisa britânica fez uma classificação 
dos países estudados, segundo a capacidade de cada um. No topo do ranking, 
com alta capacidade de manipulação nas redes, estão países como China, 
Rússia e Estados Unidos. 
Os times brasileiros foram considerados de capacidade média. Eles possuem 
forma e técnicas consistentes, envolvem funcionários que trabalham em 
tempo integral e utilizam ferramentas, plataformas e estratégias bem 
variadas. Há contratos com valores que vão de R$ 24 mil a R$ 10 milhões 
Próxima 
 
MANIPULAÇÃO DA MÍDIA: INFORMAÇÃO OU 
DESINFORMAÇÃO? 
MEDIA MANIPULATION: INFORMATION OR 
DISINFORMATION? 
LEITE, A.D.O. 
Curso de Direito-Faculdades Integradas de Ourinhos – FIO/FEMM 
RESUMO 
A informação é poder do cidadão. É neste contexto que em reflexão, propõe 
discutir a importância da ―Manipulação da mídia: Informação ou 
desinformação?‖ O tema referido reveste-se de importância, pois vai permitir 
um maior entendimento sobre as ―grandes mídias‖, televisiva, jornais 
impressos, revistas, internet. Há que se afirmar, de forma categórica, que os 
meios de comunicação de massa são um estrondoso veículo de mobilização 
social e exercem uma influência decisiva na imposição dos fatos, e na 
manipulação das pessoas. Palavras-chave: Comunicação. Informação. 
Influência. Manipulação. 
ABSTRACT 
Information is citizen power. In this context by way of reflection, we 
proposed to discuss the importance of "Media Manipulation‖: Information or 
Disinformation?" The issue that is of importance as it will allow a greater 
understanding of the "big media" television, newspapers, magazines, 
internet, It must be stated,, categorically, that the mass media are a 
resounding vehicle for social mobilization and exercise a decisive influence 
on the imposition of the facts, and the manipulation of people. 
Keywords: Communication. Information. Influence. Manipulation. 
INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem por objetivo discutir a influência que a mídia, seja 
estes jornais, revistas, televisão, internet, exerce na opinião que os indivíduos 
tem sobre determinado assunto, visto que atualmente, essas mídias atingem 
uma grande parte da população brasileira. Entender o papel da mídia é muito 
importante na veiculação da informação. É uma ferramenta usada no meio 
político e econômico no dia a dia, que vai muito além de levar informação é 
capaz de ditar regras de comportamento, pois age diretamente na formação 
da opinião pública. 
O interesse em abordar à temática surgiu após constatar, através das noticias 
vinculadas pelas diferentes mídias, o quanto estas informam, em alguns 
momentos, e desinformam em outros, ou seja, manipulam através dos 
noticiários a opinião pública e o quanto a população não questiona os fatos 
por estas noticiados. A temática ira abordar a manipulação, a informação, a 
desinformação, cujo estudo 
mais detido, a manipulação da expressão da imprensa. Ou por aqueles que a 
usam para massificar e sustentar seus próprios interesses. Entre a 
coletividade de uma informação errônea que atinge a todos, não só a uma 
única pessoa, mas todos os que tenham recebido este processo informativo. 
Por fonte compreendem-se todo e qualquer meio de comunicação. 
Manipulação, assim, é direcionar alguém a fazer algo sem que perceba. 
Assim posto, a manipulação na mídia é o ato de levar intencionalmente 
através dos meios de comunicação, alguém a fazer algo sem que este 
perceba. 
O Brasil tem relatos históricos, do quanto aqui, a mídia comanda, manipula a 
opinião do cidadão, sejam com noticias sobre índice de violência e 
desemprego, ou ainda sobre os dados eleitorais, no maior das vezes a decidir 
as eleições. E, com outra notícia, estas mídias manipulam a população, que 
acabam por tornar-se massa de manobra dos grandes grupos que comandam 
essas mídias. Outrora, acredita se que as mídias podiam até não ser tão 
influentes na opinião dos cidadãos, tempo em que estas não eram tão 
difundidas entre a população. Porém, com os avanços tecnológicos, essas 
mídias, passaram a interessar à população, é donde, grande parte desta retira 
suas opiniões sobre os fatos que ocorrem no Brasil e no mundo. 
A mídia influencia as pessoas no modo de agir, de pensar e até no modo de 
se vestir. Ela cria as demandas, orienta os costumes e hábitos da sociedade. 
A mídia, assumindo seu papel de "lobo" da sociedade, a mídia capaz de 
gerenciar uma sociedade. 
Para tanto, utilizam através de algumas revisões literárias uma discussão 
acerca do assunto, tratando do processo de alienação, da ética jornalística e 
de alguns fatos ocorridos outrora e atualmente, uma discussão sobre a 
influência da mídia na opinião dos cidadãos. 
Com base nisso percebe se a grande influência que a mídia exerce sobre os 
cidadãos, fazendo com que os pensamentos, idéias, opiniões sejam 
modificadas para aquilo que é transmitido seja de fato o correto ou incorreto. 
DESENVOLVIMENTO 
A opinião pública, no entanto, cria alguma controvérsia porque a opinião 
sobre um tema não é a mesma para todos os indivíduos. Essa opinião variada 
educação ou da sua ética. Jamais existirão dois indivíduos com a mesma 
ética. 
Segundo (SEGRE, COHEN, p. 17): ―Uma pessoa não nasce ética; sua 
estruturaética vai ocorrendo juntamente com seu desenvolvimento. De outra 
forma, a humanização traz a ética no seu bojo‖. A ética não é algo 
superposto à conduta humana, pois todas as atividades humanas envolvem 
uma carga moral. Idéias sobre o bem e o mal, o certo e o errado. A mídia esta 
presente nas relações cotidianas, aonde sempre diante de problemas cujo: 
Deve sempre acreditar, a verdade existe ou ocasiões em que poderias 
acreditar?Será que é correta esta informação?Essas perguntas são colocadas 
diante de problemas práticos, que aparecem nas relações do dia a dia, 
efetivas entre indivíduos. São problemas cujas soluções não envolvem 
apenas a pessoa que os propõe, mas também a outra tem 
que haver sempre o questionamento, se questionar, ter seu próprio 
pensamento, não acreditar em tudo que ela as impõe. Sendo assim, deve 
promover uma maior consciência junto aos seus usuários, tornando-os 
cidadãos críticos capazes de diferenciar todo e qualquer tipo de noticia. 
No entanto, as mídias, sejam estas, jornais, revistas, emissoras de 
televisão,tendem a interesses dos grupos que as comandam, fazendo 
predominar a opinião do grupo econômico e político que controla a 
comunicação, e passando ao povo a versão que bem quer sobre determinada 
noticia. 
Os meios de comunicação como TVs, jornais, revistas, emissoras de rádio, 
cartazes, podem ser usados tanto para fornecer informações úteis e 
importantes para a população, como para alienar, isto é, nos separamos da 
essência pura e abrimos caminho para uma separação entre ideal e real para 
as pessoas. ―Quando a alienação não fizer parte do processo de trabalho, a 
humanidade estará livre dela e poderá, então, se reconhecer como ente-
espécie.‖(ANGÉLICA, p. 34 , Revista Espaço Acadêmico nº 110, julho 
2010). 
Na vida econômica que a alienação tem origem, as relações sociais se tornam 
cada vez mais determinadas por seu aspecto mercantil ou econômico-
financeiro, criando necessidades de consumo artificiais e desviando os 
interesses das pessoas para atividades passivas e não participativas. A 
alienação se estende às decisões políticas sobre o destino da sociedade, das 
quais as grandes massas permanecem isentas, e mesmo ao âmbito das 
vontades individuais, orientadas pela publicidade e pelos meios de 
comunicação de massas. 
Quando Marx descreve a forma de trabalho e a forma de existência do 
trabalhador existente na sociedade capitalista: completa separação em 
relação aos meios de produção e ao produto do trabalho transformado em 
mercadoria, oscilação dos salários, do trabalho em torno do mínimo físico de 
subsistência, desconexão entre o trabalho-realizado como ‗trabalho forçado‘ 
a serviço do capitalista. (MARCUSE, 1981, p. 14) Há análise e uma 
alienação que os espectadores de fontes de informação tem tido depois de 
vinculada a mídia, através dela que as noticias vem a serem transmitidas para 
que deste modo os cidadãos possam ser informados daquilo que esta 
acontecendo em tempo ―real‖. As informações a outrem que são passadas 
realmente elas aconteceram, tudo o que é passado fosse verdade? As pessoas 
não param pra pensar se realmente o que colocado pela mídia é de fato uma 
realidade, não se perguntam o porquê das coisas acontecerem desse jeito é de 
fato uma imposição e não leva em conta o fato de serem influenciados. 
Questão Social e a influência da mídia a sempre uma alienação de individuo 
na sociedade em questões como miséria, educação, trabalho infantil, 
desemprego, violência e outros, ela contribui com a manutenção do sistema 
capitalista, ajudando na ocultação do verdadeiro significado da Questão 
Social. A mídia possui um poder de manipulação seguem conceitos que já 
são passados e pré estabelecidos, informações estas que sempre favorece o 
capital (Estado). 
Visto que nos dias de hoje a mídia já possui grande participação em nosso 
cotidiano, facilitando o acesso as mais variadas notícias e fatos, ela ―ajuda a 
moldar o nosso imaginário, estabelecer prioridades, decidir e descartar 
opções.‖ (CHRISTOFOLETTI, p. 1, Revista Temática) 
Não há como refletir sobre a hipocrisia dos pontos positivos e negativos da 
mídia sem colocar, em linhas gerais, o entorno da sociedade sobre a qual 
essa mídia atua, que ela espelha, influencia e questiona ou deveria 
questionar. A mídia é um espelho que reflete a realidade, mas também pode 
ser um instrumento que gera a desinformação correta dos fatos. 
O que está lá, para o cidadão comum, é a personificação da pura verdade 
imutável, sem delongas nem carências de informações. O cidadão, ao não 
criticar as informações que estão sendo repassadas até ele, se são verídicas 
ou uma pura venda de idéias, está deixando-se manipular, exemplo disso 
pode-se ver na política, 
que ora são vinculados seu caráter como ―vilões‖ ora como ―heróis‖, nesse 
exemplo, há Influencia da mídia nas campanhas eleitorais. 
Uma das características atuais da mídia é o vínculo na política. Diante disso 
é evidente sua influencia, não somente no que se refere a beneficiar certos 
candidatos, induzindo a população a elegê-los. Mas isto já ocorre 
historicamente, a imprensa, na verdade, atacou violentamente as propostas 
políticas, econômicas e sociais do candidato Vargas. Essa recusa em apoiar a 
volta de Vargas estava referenciada principalmente ao período do Estado 
Novo (1937a 1945), quando se criou uma imagem negativa do ditador entre 
intelectuais e jornalistas em anos em que a ditadura reinava no Brasil. 
Naquela época os veículos de comunicação foram censurados pelo governo 
afim de não divulgarem informações ou denúncias de mortes, corrupção e 
outros fatos, comuns na época. Em outro episódio que ocorreu nas eleições 
de 1989 quando Fernando Collor de Melo disputava o cargo para presidência 
do Brasil contra Luís Inácio Lula da Silva, é clara a influência da Rede 
Globo, em favor á Collor que ―utilizou com eficácia o vantajoso espaço nas 
mídias a ele cedido. Com a apuração final, tais diferenças de proposta e, 
principalmente, comportamento garantiram a vitória de Fernando Collor de 
Melo.‖ (SOUSA, 2013). 
Assim como o candidato Tiririca eleito em 2010 a deputado federal, há 
pessoas que justificam sua eleição como protesto da população contra todos 
os problemas que há no governo dopaís. A mídia passa informaçõesa partir 
de seus meios e análises, fazendo as alterações a que a convém, fica a critério 
então entende - lá, em relação á política, mas ainda, é dever procurar saber 
sobre os candidatos para a melhor tomada de decisão. 
Os movimentos estudantis atuais, claro de fato, carecem de uma envergadura 
mais política, que geraram movimentos de propaganda de Direita e Esquerda 
―O pluralismo é mais que um princípio do direito de informação: é um 
principio politico que se espraia pelo ordenamento jurídico, marcado 
especialmente os direitos coletivos‖. (GRANDINETTI, CARVALHO, p. 
159, ANO) 
O problema não é o pluralismo das manifestações, mas o pluralismo que 
reside de decisões que se pretendem políticas para o país. Houve uma 
propaganda de direita que se aproveitou dessa conjuntura e ali, os estudantes 
que sempre estiveram nos protestos equivaleram na repercussão, e os que 
sempre recuavam agora aderiam às manifestações. Devido ao modo como 
algumas mídias noticiaram 
as manifestações, grande parte da população brasileira foi contra os 
protestos, pois a mídia só mostrava ―as badernas‖ que ocorriam e não 
informavam de fato sobre o porquê das manifestações. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Ao longo desta exposição ficou explícito que em vários momentos da 
história, não só no Brasil, mas no modo como os brasileiros vêem os 
diferentes fatos que ocorrem no mundo. A mídia sempre exerceu uma grande 
influência no meio social de uma nação não só induzindo a formação de uma 
opinião pública e sem senso crítico, como também estabeleceu normas de 
conduta e regras sociais. 
No entanto, todo esse processo de massificar a informação, só tenha sidopossível através de uma programação midiática muito eficaz e de caráter 
claramente manipulador, de uma alienação cívica. 
Todo o problema relatado até agora não está propriamente na mídia ou nos 
meios de comunicação em massa, mas sim na manipulação excessiva da 
informação que acaba provocando efeitos ―ingênuos‖, o problema reside no 
modo como esses acontecimentos são transmitidos por este ou aquele veiculo 
de comunicação. 
Assim, a partir desse ponto de vista pode-se estabelecer um paralelo com os 
processos de informação, os quais têm na desinformação o seu princípio 
norteador. É inegável que vivenciamos um momento de grande 
desenvolvimento tecnológico, tratando-se aqui de um processo de 
informação extremamente manipulador e incapaz de formar uma verdadeira 
sociedade política, sem entender os interesses implícitos ou distinguir os 
duplos sentidos presentes nos veículos informativos. A população deve 
sempre questionar aquilo que vê nos meios de comunicação e até comparar 
determinado fato veiculado por estas e outras mídias, para só depois poder 
tomar uma opinião, visto que dependendo do modo como o fato é noticiado 
poderá levar a uma forma de opinião errônea ou mesmo antecipada sobre 
determinado assunto. 
 
proximo 
 
A importância da mídia 
 
Desde muito tempo a população mundial tem acesso a informações que logo 
chegam a suas casas através do rádio, da televisão, do jornal e de vários 
outros meios de comunicação. Com esse sistema mais rápido e fácil de 
comunicar e saber o que está acontecendo ao redor do mundo, várias pessoas 
passaram a publicar e noticiar qualquer coisa que julgam ser importantes. 
Nos anos de 1960, houve no nosso país a tão comentada época da Ditadura, 
uma época difícil e um tanto quanto dolorosa diria meus avós. E a mídia 
nessa época teve papel fundamental em grandes acontecimentos. 
Em uma reportagem fascinante no site Carta Capital, há relatos de que a 
grande mídia, assim conhecida por muitos, foi o arauto da trama golpista 
contra o então presidente da época João Goulart. Demos destaque a este 
trecho da reportagem: ―Sempre conservadores, os ―barões da mídia‖ 
brasileira agem na fronteira do reacionarismo. Apoiar golpes, por isso, não 
chega a ser exatamente novidade. Alardeiam o principio do liberalismo sem, 
no entanto, se comprometer com a democracia‖. 
Assim como mostrado no trecho, percebemos que apoiar golpes políticos ou 
golpes de interesse meramente financeiro não é dos dias de hoje e muito 
menos daquela época, é algo que já foi instaurado na nossa sociedade há 
muito tempo atrás. E no topo desse império envolvendo as grandes mídias do 
país, podemos destacar a Rede Globo como a principal e mais influente 
mídia nos maiores golpes na época da ditadur 
Tema: O papel da mídia na sociedade atual 
Mídia: Influenciar ou informar a população? 
O principal papel da mídia é informar a população sobre os problemas que 
assolam a sociedade. Ser um instrumento público, informar sobre os 
acontecimentos na política, lazer, saúde, educação, segurança, esporte e 
cultura. Esse deveria ser o objetivo da mídia brasileira, transmitir informação 
e por questões éticas, ser imparcial e buscar apurar os fatos de todos os lados. 
Mas atualmente, os fatos vêm sendo omitidos em função do privado. 
A mídia é composta p A mídia é composta por vários meios de comunicação: 
cinema, rádio, televisão, jornais, revistas, internet, entre outros. Tudo que for 
utilizado para transmitir informação a um número considerável de pessoas, 
pode ser tratado como mídia. E o objetivo da mídia é informar a população 
sobre os problemas que atuam na sociedade. Porém, nos dias atuais, as 
mídias estão se preocupando mais em transmitir notícias midiáticas, que tem 
uma repercussão maior na população, ou seja, notícias polêmicas e trágicas. 
Pois assim, é possível obter um lucro maior. 
Apesar da mídia levar em conta seus interesses particulares e ferir uma 
questão ética, na qual deveria ser sempre imparcial e ser instrumento público 
de informação, essa, por sua vez, também é muito utilizada para denunciar as 
podridões do governo, as insanidades públicas, a violência na sociedad 
públicas, a violência na sociedade, e mostrar também, que está do lado do 
cidadão.

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