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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E EXATAS 
DISCIPLINA: PRÁTICA QUÍMICA ORGÂNICA I 
 
 
Geórgea Lorena Zampolo 
Lorena Stella Corrado 
Pedro Vinicius Arantes Anaia 
Lucas Giesbrecht Souza Couto 
Felipe Luiz Thomaz Ferreira 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO 
Síntese, Purificação e Caracterização do Ácido Acetilsalicílico (AAS) 
 
 
 
 
 
Profª Ana Cláudia Granato Malpass 
 
 
 
 
 
 
Uberaba – MG 
2023 
 
 
Geórgea Lorena Zampolo 
Lorena Stella Corrado 
Pedro Vinicius Arantes Anaia 
Lucas Giesbrecht Souza Couto 
Felipe Luiz Thomaz Ferreira 
 
 
 
 
 
 
 
Síntese, Purificação e Caracterização do Ácido Acetilsalicílico (AAS) 
 
 
 
 
Relatório apresentado para a disciplina 
de Química Orgânica II do 4º período do 
curso de Engenharia Química para fins 
avaliativos da Professora Dra. Ana 
Claudia Granato Malpass. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uberaba – MG 
2023 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 
2. OBJETIVO ............................................................................................................... 5 
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .................................................................. 5 
3.1. MATERIAIS ...................................................................................................... 5 
3.2. METODOLOGIA .............................................................................................. 5 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................ 6 
5. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 9 
QUESTIONÁRIO ......................................................................................................... 10 
REFERÊNCIAS............................................................................................................ 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
O ácido acetilsalicílico, também conhecido como aspirina, é um dos 
medicamentos mais populares do mundo. Ele é utilizado como analgésico, anti-
inflamatório e antitérmico, sendo indicado para o alívio de dores de cabeça, 
febre, inflamações e outras condições médicas. 
A síntese do ácido acetilsalicílico foi realizada pela primeira vez em 1897 pelo 
químico alemão Felix Hoffmann, que trabalhava para a empresa farmacêutica 
Bayer. A ideia de Hoffmann era desenvolver um medicamento que tivesse as 
propriedades terapêuticas do ácido salicílico, mas que fosse mais suave para o 
estômago, já que o ácido salicílico pode causar irritação gástrica. 
A síntese do ácido acetilsalicílico envolve a reação de ácido salicílico com 
anidrido acético na presença de um catalisador, como ácido sulfúrico. O produto 
dessa reação é o ácido acetilsalicílico e ácido acético. Em seguida, é necessário 
purificar o ácido acetilsalicílico por meio de cristalização em solução de água 
quente. 
Hoje em dia, a síntese do ácido acetilsalicílico é feita em larga escala pela 
indústria farmacêutica para produção em massa do medicamento. Apesar de sua 
simplicidade, a síntese do ácido acetilsalicílico é um exemplo de como a química 
pode ser aplicada na produção de medicamentos que beneficiam a saúde 
humana. 
O ácido Acetilsalicílico é formado a partir do Ácido Salicílico e o Anidrido 
Acético a reação geral se encontra na Figura 1. 
 
Figura 1- Reação geral para a formação do ácido acetilsalicílico 
Essa reação determina que a reação ocorre apenas em meio ácido, indicado 
pelo ácido sulfúrico agindo como catalisador. 
 
 
 
2. OBJETIVO 
O objetivo do experimento para a síntese do ácido acetilsalicílico é realizar a 
síntese desse composto químico de forma eficiente e controlada, seguindo 
procedimentos padronizados e técnicas de síntese orgânica. 
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
3.1. MATERIAIS 
⎯ Ácido salicílico; 
⎯ Anidrido acético; 
⎯ Balão volumétrico (100 mL); 
⎯ Erlenmeyer (50 mL); 
⎯ Ácido sulfúrico; 
⎯ Cronômetro; 
⎯ Água gelada; 
⎯ Funil de Bunchner; 
⎯ Solução EtOH/H20; 
⎯ Béquer; 
⎯ Etanol; 
⎯ Papel filtro; 
⎯ Vidro relógio; 
⎯ Acetato de etila; 
⎯ Bastão de vidro. 
3.2. METODOLOGIA 
Na primeira aula de laboratório realizamos a síntese do ácido 
acetilsalicílico a partir de 3g de ácido salicílico seco e 5 mL de anidrido acético, 
misturados em um béquer de 50 mL. Foram adicionadas 5 gotas de ácido 
sulfúrico concentrado e agitou-se o frasco, para obter-se uma mistura completa. 
A mistura foi aquecida em banho maria (50-60°C), durante 15 min, com agitação. 
Após esse processo, esperou que a mistura esfriasse, com agitação ocasional e 
adicionou-se 50 mL de água gelada observando formação de cristais. Então 
filtrou-se com um funil de Buchner, lavando com água gelada o béquer, afim de 
aproveitar o máximo possível do material obtido. Os cristais então foram postos 
para secar. 
Na segunda aula de laboratório foi realizada a purificação do ácido 
acetilsalicílico obtido anteriormente, com EtOH/H2O como solvente. Adicionou-
se cerca de 5-10 mL de etanol e aqueceu-se novamente a mistura em banho 
maria (50-60°C) até total solubilização. Após resfriada, adicionou-se água, até 
que a mesma ficasse turva e o sistema ficou em repouso por alguns minutos. 
Observou-se nesse tempo a formação de alguns cristais e, caso necessário, o 
sistema poderia ter sido posto em banho de gelo para acelerar tal processo. 
Novamente foi filtrado com o auxilio do funil de Buchner e colocado para secar. 
Após seco, determinou-se o seu ponto de fusão e também foi possível analisar 
se havia sido, realmente, sintetizado o ácido acetilsalicílico. 
Na terceira e última aula de laboratório, analisamos o ácido acetilsalicílico 
através do infravermelho, obtendo seu espectro e comparando-o com os 
espectros, já conhecidos, de seus reagentes. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
A reação entre a hidroxila fenólica do ácido salicílico e o anidrido acético, 
realizada nesse experimento, segue um mecanismo de esterificação conhecido 
como esterificação de Fischer. O mecanismo da reação pode ser dividido em 
três etapas principais: 
1. Protonação do anidrido acético: 
Na primeira etapa, o anidrido acético é protonado pelo ácido sulfúrico 
concentrado para formar o íon acetônio, que é um eletrófilo forte. 
2. Ataque nucleofílico do ácido salicílico: 
Na segunda etapa, a hidroxila fenólica do ácido salicílico atua como nucleófilo 
e ataca o íon acetônio, resultando em um intermediário tetraédrico instável. 
3. Eliminação do ácido acético: 
Na terceira e última etapa, o intermediário tetraédrico perde uma molécula de 
água e sofre uma eliminação intramolecular para formar o éster acetilsalicílico 
(aspirina) e o ácido acético. 
As etapas da reação podem ser acompanhadas na Figura 2. 
 
Figura 2 - Mecanismo da reação 
O ácido sulfúrico concentrado não é consumido na reação, ele apenas 
catalisa a mesma. O éster formado é insolúvel em água, permitindo a sua 
separação do ácido acético, que é solúvel em água. 
No experimento realizado foram pesadas as massas da amostra em todas 
as etapas, do papel de filtro sozinho e do conjunto envolvendo o papel e a 
amostra após todo o processo. A partir desses dados foi possível obter o 
rendimento da síntese, sabendo que a massa inicial do ácido salicílico é 3,0192g 
e que as massas molares da aspirina e do ácido salicílico são 180,158g/mol e 
138,121g/mol respectivamente. 
𝑀𝐴𝑠𝑝𝑖𝑟𝑖𝑛𝑎 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎 = 
𝑀𝑖, Á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑠𝑎𝑙𝑖𝑐í𝑙𝑖𝑐𝑜𝑀𝑀𝐴𝑠𝑝𝑖𝑟𝑖𝑛𝑎
𝑀𝑀Á𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑠𝑎𝑙𝑖𝑐í𝑙𝑖𝑐𝑜
 
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
𝑀𝑀𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑜
𝑀𝐴𝑠𝑝𝑖𝑟𝑖𝑛𝑎 𝑇𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎
∗ 100% 
Assim, obteve-se um rendimento de síntese de 76,6%. 
O segundo rendimento calculado foi o da purificação, que foi obtido com a 
seguintefórmula: 
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
𝑀𝐹𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜
𝑀𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜
∗ 100% 
Utilizando o valor da massa inicial do processo de 2,7141g e da massa final de 
2,3261g obtemos um rendimento de purificação de 85%. 
O rendimento calculado foi bem próximo do esperado. Essa diferença 
pode ter ocorrido porque o rendimento depende de fatores como a solubilidade 
da aspirina, mas de modo geral pode-se dizer que o experimento foi realizado 
com sucesso, pois cumpriu com o objetivo de recristalização e purificação da 
amostra e os trouxe um resultado muito próximo ao esperado. Entende-se que 
a cristalização consiste na formação de cristais quando um sólido precipita de 
uma solução, que por sua vez deve ser supersaturada para permitir tal 
fenômeno. A redução da temperatura no experimento desencadeou esse 
processo, pois uma vez que a temperatura diminuiu a solubilidade da aspirina 
também diminuiu, o que fez com que a solução se tornasse supersaturada e 
houvesse a precipitação e formação dos cristais. Observou-se então que o 
rendimento depende da solubilidade do ácido acetilsalicílico e também do 
volume final da solução, porque quanto menor a quantidade de solvente, menor 
a quantidade de soluto dissolvido e maior a precipitação. Ao final do experimento, 
discutiu-se se que a aspirina recristalizado estava com nível de pureza maior do 
que a amostra inicial, uma vez que os cristais formados por esse processo 
contém majoritariamente apenas uma substância, mas que ainda era possível 
que a aspirina não estivesse 100% puro devido à outras substâncias presentes 
na solução que podem estar presentes no cristal, ainda que em níveis 
extremamente baixos. 
Vale também ressaltar, o espectro de massa da aspirina, obtido pela 
técnica de Espectroscopia no Infravermelho no final do experimento, que pode 
ser visualizado da Figura 3. 
 
Figura 3 – Espectro no infravermelho da aspirina 
Assim, a partir da visualização do espectro obtido pode-se concluir que a 
síntese do composto foi obtida com sucesso, pois é possível notar semelhanças 
com os espectros do ácido salicílico e do anidrido acético, como a presença de 
OH associado ao ácido carboxílico em torno de 3000 ondas, a presença de C=O 
de éster em torno de 1750 ondas e outra ligação de C=O de ácido benzóico em 
torno de 1690 ondas. 
5. CONCLUSÃO 
Podemos concluir que a partir dos resultados obtidos, mesmo que tenha 
havido uma perda significativa de rendimento, a síntese da aspirina foi bem-
sucedida e o rendimento calculado foi próximo do esperado, tendo em vista que 
houve a necessidade da purificação da substância e que foram realizados sem 
o uso de processos industriais para o aquecimento e esfriamento, que 
certamente proporcionariam maior rendimento. Vale ressaltar a eficiência do 
ácido salicílico, que funcionou corretamente seu papel de agente limitante. 
 
 
 
 
QUESTIONÁRIO 
1) Qual é o mecanismo da reação entre o ácido salicílico e o anidrido 
acético, em meio ácido? 
Resposta: A reação entre o ácido salicílico e o anidrido acético em meio ácido é 
uma reação de esterificação, que produz o composto orgânico conhecido como 
acetilsalicílico, ou aspirina. O mecanismo da reação começa com a protonação 
do ácido salicílico pelo ácido sulfúrico presente no meio, formando um íon 
salicilônio. Em seguida, o anidrido acético é adicionado à solução, e o grupo 
carbonila do anidrido reage com o íon salicilônio, formando um intermediário 
reativo chamado de anidrido acetilsalicílico. A seguir, ocorre a eliminação de um 
ácido carboxílico, que é catalisada pelo ácido sulfúrico presente no meio, 
produzindo a molécula de ácido acético e o composto final acetilsalicílico. A 
reação pode ser representada pela seguinte equação química simplificada: 
 
Ácido salicílico + Anidrido acético + Ácido sulfúrico → Acetilsalicílico + Ácido 
acético + Água 
2) OH+ atua, na reação de preparação do AAS, como um reagente ou 
como um catalisador? Justifique sua resposta: 
Resposta: Na reação de preparação do AAS, o H+ atua como catalisador e não 
como reagente. Isso ocorre porque o ácido sulfúrico presente no meio reage com 
o ácido salicílico para formar um intermediário reativo (o íon salicilônio), que 
reage com o anidrido acético para produzir o composto final, o acetilsalicílico. O 
H+ catalisa a reação ao facilitar a protonação do grupo hidroxila (-OH) do ácido 
salicílico, o que aumenta a sua reatividade e permite a formação do intermediário 
reativo. Além disso, o H+ também ajuda a acelerar a eliminação do grupo 
carboxílico do intermediário, o que favorece a formação do produto final. O H+ 
não é consumido na reação e é regenerado no final da reação, o que indica que 
ele atua como um catalisador. Portanto, podemos concluir que o H+ atua como 
catalisador na reação de preparação do AAS. 
3) Qual é a função do "trap" (kitasato) no aparato para filtração a 
vácuo? 
Resposta: Quando utilizamos uma filtração com bomba geradora de vácuo o trap 
protege a bomba da possibilidade de sugar a substância que foi filtrada, o que 
comprometeria sua vida útil. Caso o vácuo seja gerado por uma trompa d’água, 
o trap protege a substância (primária) mãe de ser diluída com a entrada de água, 
mas isto só ocorreria caso a torneira fosse desligada antes de ser reestabelecida 
a pressão do sistema. 
4) Qual o reagente limitante usados nesta experiência? Justifique 
calculando o número de moles de cada reagente. 
Resposta: O reagente limitante usado nessa experiência é o ácido salicílico. 
 
Número de moles do ácido salicílico = massa/massa molar = 3,00g / 138,12g/mol 
= 0,0217mol 
Número de moles do anidrido acético = massa/massa molar = 5,40g/ 
102,09g/mol = 0,0529mol. 
5) Ao purificar um composto por recristalização, é aconselhável esfriar 
a solução lenta ou rapidamente? Explique. Cite outra(s) técnica(s) 
utilizadas para iniciar a formação de cristais. 
Resposta: Ao purificar um composto por recristalização, é aconselhável esfriar a 
solução lentamente para formar cristais de alta qualidade. Isso ocorre porque a 
taxa de formação de cristais está diretamente relacionada à taxa de resfriamento 
da solução. Se a solução for resfriada rapidamente, os cristais tendem a se 
formar rapidamente, mas podem ser pequenos e ter impurezas adsorvidas em 
sua superfície. Além disso, a rápida formação de cristais também pode levar à 
formação de núcleos múltiplos, o que resulta em cristais de tamanhos variados. 
Por outro lado, o resfriamento lento da solução permite que as moléculas do 
composto se organizem em uma rede cristalina mais ordenada, produzindo 
cristais maiores e mais puros e também permite que as impurezas presentes na 
solução sejam rejeitadas pelos cristais, aumentando assim a pureza do 
composto. Outras técnicas utilizadas para iniciar a formação de cristais incluem 
a adição de um solvente antissolvente, como água ou hexano, que diminui a 
solubilidade do composto na solução e ajuda a formar cristais. Também pode ser 
usada a raspagem das paredes do recipiente, que ajuda a produzir núcleos de 
cristalização para iniciar a formação dos cristais. 
6) Por que é recomendável utilizar apenas uma quantidade mínima de 
solvente na etapa de recristalização e quais critérios deverão ser 
levados em consideração para que um solvente possa ser 
empregado neste processo? 
Resposta: É recomendável utilizar apenas uma quantidade mínima de solvente 
na etapa de recristalização por vários motivos. Em primeiro lugar, o excesso de 
solvente pode prejudicar a recristalização, pois pode dissolver mais solução do 
que o necessário, gerado em um baixo rendimento de recuperação. Além disso, 
o excesso de solvente pode aumentar o tempo necessário para a recristalização, 
uma vez que é necessário aquecer a mistura para evaporar ou o excesso de 
solvente. 
Ao selecionar um solvente para recristalização, é importante levar em 
consideraçãovários critérios. O solvente deve ser capaz de dissolver o soluto a 
altas temperaturas, mas ter uma solubilidade baixa a temperaturas mais baixas 
para permitir a recristalização. O solvente deve ser seguro para trânsito e não 
tóxico. O solvente deve ter um ponto de ebulição baixo para que possa ser 
facilmente evaporado após a recristalização, mas não tão baixo que o solvente 
seja perdido durante a recristalização. Finalmente, o solvente deve ser 
facilmente disponível, puro e de baixo custo. 
7) Na etapa de filtração a vácuo, os cristais formados são lavados com 
água gelada. Por quê? 
Resposta: Na etapa de filtração a vácuo, os cristais formados são geralmente 
lavados com água gelada para remover impurezas e resíduos que possam estar 
adsorvidos na superfície dos cristais. A água gelada ajuda a minimizar a 
solubilidade do composto, o que evita a dissolução dos cristais durante a 
lavagem. Além disso, a baixa temperatura da água gelada diminui a taxa de 
difusão das impurezas, o que facilita sua remoção. A lavagem com água gelada 
também ajuda a eliminar ácidos, bases ou sais que possam estar presentes na 
superfície dos cristais. Essas substâncias podem interferir na análise do 
composto ou afetar sua reatividade em reações subsequentes. Em resumo, a 
lavagem com água gelada é uma etapa importante no processo de purificação 
por recristalização, pois ajuda a remover impurezas e resíduos que possam estar 
adsorvidos na superfície dos cristais, aumentando assim a pureza do composto 
final. 
8) Três alunos (João, Maria e Ana) formavam uma equipe, na 
preparação do AAS. Um deles derrubou, acidentalmente, grande 
quantidade de ácido sulfúrico concentrado no chão do laboratório. 
Cada um dos três teve uma ideia para resolver o problema: 
- João sugeriu que jogassem água sobre o ácido; 
- Maria achou que, para a neutralização do ácido, nada melhor do que 
se jogar uma solução concentrada de NaOH; 
- Ana achou conveniente se jogar bicarbonato de sódio em pó sobre o 
ácido. Qual dos procedimentos seria o mais correto? Explique 
detalhadamente: 
Resposta: O procedimento mais apropriado seria seguir a sugestão da Ana e 
aplicar bicarbonato de sódio em pó sobre o ácido derramado, pois o bicarbonato 
de sódio é um agente neutralizante comum para ácidos. Por outro lado, a 
neutralização com NaOH seria inadequada, pois ela é extremamente exotérmica 
e pode ser perigosa. Além disso, adicionar água diretamente ao ácido sulfúrico 
concentrado é altamente desaconselhável, pois pode gerar uma reação 
exotérmica violenta que pode resultar em superaquecimento e até em uma 
mistura explosiva de água e ácido. 
9) Justifique o fato do analgésico comercial Aspirina ser mais solúvel 
em água do que o ácido acetilsalicílico: 
Resposta: O ácido acetilsalicílico é o princípio ativo da Aspirina, que é um dos 
analgésicos mais populares do mundo. O ácido acetilsalicílico é um composto 
orgânico ácido que apresenta baixa solubilidade em água, mas é altamente 
solúvel em solventes orgânicos como o álcool e o éter. Por outro lado, a forma 
comercial da Aspirina contém outros componentes além do ácido acetilsalicílico, 
incluindo amido, celulose micro cristalina e ácido cítrico, que conferem ao 
produto maior solubilidade em água. 
O ácido cítrico, por exemplo, é um ácido fraco que pode ionizar parcialmente 
em solução aquosa, formando íons citrato que aumentam a solubilidade da 
Aspirina em água. Além disso, a forma comercial da Aspirina é geralmente 
produzida em forma de comprimidos ou pós que são formulados com adjuvantes 
tecnológicos para melhorar a solubilidade e a estabilidade do medicamento. 
Esses adjuvantes podem incluir surfactantes, polímeros e outros excipientes que 
ajudam a solubilizar o ácido acetilsalicílico em água e mantê-lo em solução. 
Dessa forma, a solubilidade da Aspirina em água é maior do que a 
solubilidade do ácido acetilsalicílico puro em água, devido à presença de outros 
componentes e adjuvantes tecnológicos na formulação do medicamento. 
10) Pesquise sobre a ação farmacológica do ácido acetilsalicílico e seus 
efeitos colaterais. 
Resposta: O ácido acetilsalicílico (AAS) é um medicamento analgésico, 
antipirético e anti-inflamatório não esteroide (AINE) que age inibindo a síntese 
de prostaglandinas. As prostaglandinas são substâncias produzidas pelo 
organismo que têm diversas funções, incluindo a promoção da inflamação, da 
dor e da febre. Ao inibir a síntese de prostaglandinas, o AAS reduz a dor, a 
inflamação e a febre. Além disso, o AAS tem ação antitrombótica, ou seja, 
previne a formação de coágulos sanguíneos. Isso ocorre porque o AAS inibe a 
ação da enzima ciclooxigenase (COX), que é necessária para a produção de 
tromboxano A2, uma substância que promove a agregação plaquetária e a 
formação de coágulos sanguíneos. Como resultado, o AAS é frequentemente 
prescrito para pacientes com doenças cardiovasculares, como aterosclerose, 
angina e infarto do miocárdio. 
 Apesar de ser um medicamento amplamente utilizado e considerado 
seguro quando usado adequadamente, o AAS pode ter efeitos colaterais, 
especialmente quando utilizado em doses elevadas ou por longos períodos de 
tempo. Alguns dos principais efeitos colaterais do AAS incluem: 
 
• Irritação gástrica: O AAS pode irritar a mucosa do estômago e do intestino, 
causando gastrite, úlcera e até mesmo sangramento gastrointestinal. Por 
isso, o AAS não deve ser usado por pacientes com histórico de úlcera péptica 
ou outras doenças gastrointestinais. 
 
• Alergias e reações cutâneas: Algumas pessoas podem ser alérgicas ao AAS, 
desenvolvendo reações cutâneas, como urticária e dermatite. Em casos 
mais graves, pode ocorrer anafilaxia, uma reação alérgica generalizada que 
pode ser fatal. 
 
• Problemas renais: O AAS pode afetar a função renal, especialmente em 
pacientes com insuficiência renal preexistente. O uso prolongado de AAS 
pode levar à nefrite intersticial, uma inflamação dos túbulos renais que pode 
causar insuficiência renal. 
 
• Sangramento: Como o AAS tem ação antitrombótica, ele pode aumentar o 
risco de sangramento, especialmente em pacientes que estão usando outros 
medicamentos anticoagulantes, como a varfarina. 
 
• Toxicidade hepática: O uso excessivo de AAS pode causar danos ao fígado, 
especialmente em pessoas que consomem álcool regularmente. 
 
Portanto, o AAS deve ser utilizado com precaução e sob orientação médica, 
especialmente por pacientes com histórico de problemas gastrointestinais, 
renais, hepáticos ou de sangramento. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
SOLOMONS, TW Graham; FRYHLE, Craig B. Organic Chemistry. John Wiley 
& Sons, 2008. 
BROWN, William Henry; POON, Thomas; POON, Thomas. Introduction to 
organic chemistry. Hoboken, NJ: John Wiley & Sons, 2014. 
JEFFREYS, Diarmuid. Aspirin: the remarkable story of a wonder drug. 
Bloomsbury Publishing USA, 2008.

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