Prévia do material em texto
CONSERVATÓRIO BRASILEIRO DE MÚSICA CENTRO UNIVERSITÁRIO CURSODEBACHARELADO EM ENFERMAGEM KELY NUNES DE ALVARENGA DE SOUZA ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NO CURATIVO POR PRESSÃO NEGATIVA AOS PACIENTES PORTADORES DE PÉ DIABÉTICO: uma revisão integrativa RIO DE JANEIRO 2022 KELY NUNES DE ALVARENGA DE SOUZA ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NO CURATIVO POR PRESSÃO NEGATIVA AOS PACIENTES PORTADORES DE PÉ DIABÉTICO: uma revisão integrativa Projeto de trabalho de conclusão de Curso apresentado a disciplina Fundamentos de TCC como requisito parcial para avaliação da disciplina. Orientador: Ms. André Luiz Reis Gracio RIO DE JANEIRO 2022 KELY NUNES DE ALVARENGA DE SOUZA ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO NO CURATIVO POR PRESSÃO NEGATIVA AOS PACIENTES PORTADORES DE PÉ DIABÉTICO: uma revisão integrativa Trabalho de Conclusão de Curso apresentado com requisito para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem do Conservatório Brasileiro de Música – Centro Universitário – UNICBE Aprovado em: _____/_____/____. BANCA EXAMINADORA Professor Orientado: Ms. André Luiz Reis Gracio Professora Avaliadora: Me Enf Mariane Fernandes dos Santos Professora Avaliadora: Maria Regina Bernardo da Silva - Doutoranda em Saúde da Família – UNESA, Mestre em Saúde da Família – UNESA, Especialista em Saúde Pública - UERJ DEDICATÓRIA Dedico este trabalho primeiramente a Deus que nunca me abandonou nos momentos de necessidade, estendendo a todos os professores que me influenciaram na minha trajetória. Em especial ao professor André Luiz Reis Gracio, meu orientador, com quem compartilhei minhas dúvidas e aprendi muito a respeito do tema. AGRADECIMENTOS A Deus por me proporcionar perseverança durante toda a minha vida. Aos meus pais Abeilard Goulart de Souza (in memorian) e Lídia Nunes de Alvarenga pelo apoio e incentivo que serviram de alicerce para as minhas realizações. Aos meus filhos Letícia e Pedro pelo amor incondicional e por compreenderem minha dedicação ao projeto de pesquisa. Ao meu professor orientador André Luiz Reis Gracio pelas valiosas contribuições dadas durante todo o processo. A todos os meus amigos do curso de graduação que compartilharam dos inúmeros desafios que enfrentamos, sempre com o espírito colaborativo, em especial as minhas amigas Roberta Ribeiro, Janaína Lopes, Natalia Suisso, Gabriella da Silva, Marcele Souza e Tatiane Nazaré, choramos, sorrimos e aprendemos muito juntas durantes os últimos cinco anos. Também quero agradecer ao Centro Universitário – UNICBE e o seu corpo docente que demonstrou estar comprometido com a qualidade e excelência do ensino. Não poderia deixar de agradecer aos meus queridos professores Bruno Barbosa, Fabio Fortes, Felipe Torres, Luís Carlos M. França, Mariza Sodré, Mariane Fernandes, Albert Lamburg, Derick Mendes, Luiz Otávio, Caio Denani, Camélia, Fabricio Xavier e tantos outros que participaram da construção do meu aprendizado. “Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes.” (Paulo Freire) RESUMO Introdução: O Diabetes Mellitus é uma doença crônica não transmissível, que se caracteriza pela disfunção parcial ou total da ação de insulina e é um grande problema de saúde pública. Objetivo: deste estudo é fazer um levantamento integrativo mostrando a conduta do enfermeiro frente na prevenção e no tratamento das complicações em pacientes com pé diabético com foco no tratamento com pressão negativa. Justificativa: As pesquisas do atual trabalho justificam-se que o enfermeiro possui um papel importante na prevenção a promoção da saúde contribuindo para que os portadores de diabetes não deixem que essa doença evolua e cuide para evitar complicações. Metodologia: O respectivo estudo consiste numa revisão integrativa da literatura com o intuito de analisar a conduta do enfermeiro mediante à prevenção e o tratamento das complicações em pacientes com pé diabético com foco no tratamento com pressão negativa. Resultados: 06 artigos foram apresentados nesta revisão, destacando-se a BVS como fonte em que foi possível achar o maior número de artigos. Conclusão: Este estudo possibilitou o levantamento deresultados encontrados, que o profissional de enfermagem acaba sendo uma das parcelas importantes para prestação de uma assistência preventiva frente às complicações ocasionadas pelo diabetes como o pé diabético. Além disso, os cuidados prestados em todos os âmbitos se fazem de suma importância para a prevenção do mesmo, principalmente, no âmbito do tratamento com pressão negativa, já que o aporte fornecido por ele é fundamental para neutralização destas complicações. PALAVRAS-CHAVE: Diabetes mellitus. Pé diabético. Terapia com pressão negativa. Assistência de enfermagem. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 09 METODOLOGIA ...........................................................................................................................10 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................... 16 CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 35 CRONOGRAMA.............................................................................................................................37 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 38 9 INTRODUÇÃO O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica que se encontra em crescimento tornando um problema ainda maior para seus portadores bem como para os sistemas de saúde e é importante que o portador a conheça e saiba das suas possíveis evoluções, e quais as atitudes e ações deve-se fazer para o autocuidado e autocontrole. A hiperglicemia é o principal elo que concorre para que leve a danos irreversíveis, com potencial de causar a morte precocemente. (TSCHIEDEL, 2019) A doença se caracteriza por ser uma patologia crônica degenerativa provocada por um distúrbio metabólico, provocado pela hiperglicemia crônica, que é acometida, consequentemente, pela destruição das células betas existentes no pâncreas, resistência à ação ou disfunção na secreção de insulina, ou vice-versa. É considerada um problema de saúde pública de alta prevalência global (OLIVEIRA et al., 2016). A diabetes tipo 1 é quando o pâncreas não consegue produzir a quantidade de insulina suficiente para o corpo; já a tipo 2 é quando o corpo provoca uma resistência à insulina, e, assim, não consegue desenvolver seu papel de maneira eficaz (SOUSA, 2020, p.78). Diante das inúmeras complicações do diabetes mellitus, 50% dos pacientes desenvolvem neuropatia diabética, sendo que os membros inferiores são a parte do corpo mais vulneráveis. As úlceras nos pés, o que provocam lesões, estão presentes em 15% dos pacientes diabéticos, devido à doença vascular periférica, provocando malformação nos pés, o conhecido pé diabético. Essas condiçõesprovocam um alto índice de amputações (de Oliveira PS; Bezerra EP; de Andrade LL; et al., 2016) Conforme Alcântara Jone et al (2016) a associação de infecção com a perda de partes moles, complicação das mais complexas nas cirurgias de extremidade, leva a problemas de difícil solução, como exposição de material de síntese e estruturas nobres, como tendão, nervo e osso. E ainda explica que há um método terapêutico, conhecido como sistema de terapia por pressão negativa (TPN), conhecido também como curativo a vácuo (VAC), cujo os benefícios são: o controle de drenagem das secreções, a redução do edema local, a redução da carga bacteriana e o desenvolvimento precoce de um tecido de granulação pela estimulação angiogênica. O desenvolvimento de novas abordagens eficazes de tratamento de feridas continua sendo uma área de interesse de pesquisa. O surgimento da TPN, sem dúvida, 10 transformou o tratamento de feridas e demonstrou ser benéfico em diversas situações. Argenta e Morykwas, em 1997, descreveram pela primeira vez a aplicação de sucção controlada através de espuma porosa para criar um ambiente capaz de cicatrização e formação de tecido de granulação. A terapia, consiste em uma pressão negativa subatmosférica que age na ferida por meio de uma esponja hidrofóbica de poliuretano ligada por um tubo plástico à bomba de vácuo. Esta bomba de vácuo quando é ativada gera uma pressão negativa no sistema bem como na ferida, sendo capaz de ser adequada de 50 a125 mmHg e podendo ser utilizada de forma contínua ou intermitente. (SILVA et al, 2016). Com isso, o objeto de pesquisa é a assistência de enfermagem ao paciente com curativo em terapia com pressão negativa e como questão norteadora: “Qual a conduta do enfermeiro frente na prevenção e no tratamento das complicações em pacientes com feridas nos membros inferiores, conhecida como pé diabético e como a TPN age mediante a essas feridas?” Face ao questionamento, o objetivo deste estudo foi verificar por meio de uma revisão de literatura integrativa, um levantamento mostrando a conduta do enfermeiro frente tratamento das complicações em pacientes com feridas nos membros inferiores, conhecida como pé diabético e como age o tratamento de TPN. Cujo os objetivos específicos são: Identificar os benefícios do tratamento de lesões por TPN, voltados a literatura nos últimos anos; Descrever a técnica da TPN e mostrando o resultado no processo de cicatrização de uma lesão; Como agem a assistência de enfermagem a terapia por VAC. 11 2. METODOLOGIA 2.1. Revisão Integrativa Como em qualquer outra pesquisa, a primeira e mais importante etapa no planejamento de uma revisão da literatura é a determinação do seu foco de atenção, pois se a questão for muito restrita serão identificados poucos estudos e a generalização pode ser limitativa. E caso a questão também seja abrangente de mais, pode ser difícil obter conclusões aplicáveis a uma população (Donato & Donato, 2019). Assim sendo, uma boa revisão deve conter a formulação de uma única questão de partida, devendo ser suficientemente compreensível e específica (Bettany- Saltikov, 2016). Este estudo é uma revisão integrativa que é um dos métodos utilizados, dentro da PBE, para construção da prática clínica à partir do conhecimento científico. De acordo com Botelho et al (2011) apud Broome (2006) uma revisão integrativa é um “método específico, que resume o passado da literatura empírica ou teórica, para fornecer uma compreensão mais abrangente de um fenômeno particular”, estando o termo "integrativa" relacionado à integração dos diversos conceitos, ideias e resultados presentes nos estudos analisados. 2.2 Elaboração da Revisão Integrativa 2.2.1 Estabelecimento das Questões Norteadoras A presente revisão teve como eixo temático baseado na seguinte questão norteadora: verificar por meio de uma revisão de literatura integrativa: “Qual a conduta do enfermeiro frente na prevenção e no tratamento das complicações em pacientes com feridas nos membros inferiores, conhecida como pé diabético e como a TPN age mediante a essas feridas?” 2.3 Levantamento dos Dados O levantamento de dados ocorreu no período de agosto à outubro de 2022, de maneira individualizada e separada, em um sistema cego, utilizando-se as seguintes bases virtuais: nas bases de dados Scielo, Pubmed, Medline, Lilacs e B-On permutando 12 o uso dos descritores: Tratamento De Feridas Com Pressão Negativa; Terapia Por Vácuo; Cicatrização De Feridas e Úlcera de Pé Diabético, Cuidados de Enfermagem, devidamente validados para as ciências da saúde. Foi também feita uma pesquisa na internet através do motor de busca Google Acadêmico. Como critérios de inclusão foram estabelecidos, revisões de literatura e estudos controlados randomizados, estudos quantitativos e/ou qualitativos, texto completo publicado, somente em português, focados na área de enfermagem, com expectativa de responder às questões norteadoras formuladas, referências disponíveis, com data de publicação entre 2015 e 2022. Como critérios de exclusão, os artigos que não atendiam aos critérios acima não foram considerados, aqueles que não mencionavam a TPN, e artigos não relevantes para os sujeitos do estudo. O passo seguinte foi a avaliação da qualidade metodológica dos estudos restantes do processo de inclusão, sendo utilizada a Escala de Classificação de Melnyk e Fineout-Overholt (2005) para tal medição. 2.4 Organização e Categorização dos Dados Para organização e tabulação dos dados, foi montado um instrumento de coleta de dados contendo: Identificação (título, periódico, ano de publicação, país do estudo) Metodologia (natureza do estudo, população, método de análise, base de dado onde foi retirado, enfoque) resultados/ conclusões e categorização. Por fim, realizou-se à análise bibliográfica para caracterização dos estudos selecionados. Sendo assim, foram selecionados os conceitos principais abordados pelos artigos, havendo a categorização por similaridade de conteúdo. De acordo com a metodologia descrita, na primeira fase de levantamento dos dados, englobando de maneira geral, todos os conteúdos apresentados pelas bases, sem os critérios de filtragem estabelecidos, foram possíveis encontrar um número considerável de artigos. A relação geral de bibliografias encontradas, destacando-se a BVS como fonte em que foi possível achar o maior número de artigos. A busca com as palavras-chaves selecionadas resultou em um total de 6.480 publicações. A aplicação dos filtros resultou em 11 estudos e, após a leitura dos títulos e 13 resumos para identificação dos estudos com afinidade com o tema, refinou-se 6 estudos, amostra final desta pesquisa. Tabela 1 - Síntese dos artigos selecionados, Rio de Janeiro – 2022. Título Autor(es) Periódicos Ano Objetivo do estudo Metodologia Processo de Cicatrização da Úlcera do Pé Diabético: Terapia da Ferida por Pressão Negativa versus Tratamento Convencional. ENTRADAS, CAROLINA; DIONÍSIO,et al. Repositório Comum 2021 Comparar a eficácia da aplicação da Terapia de Feridas por Pressão Negativa com o Tratamento Convencional no processo de cicatrização da pessoa com úlcera do pé diabético. REVISÃO INTEGRATI VA DA LITERATUR A Estudo comparativo entre o método USP de terapia porpressão negativa e o sistema V.A.C.® no tratamento deferidastraumática s KAMAMOT O, FÁBIO (Catálogo USP) Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõe s da USP. 2017 Comparou a terapia de baixo custo (grupo USP) com a terapia padrão no Mercado (VAC system®, KCI, San Antonio - Texas) - Grupo VAC ESTUDO COMPARATI VO 14 Aplicação da pressão negativa para tratamento de lesões de difícilcicatrização:uma análise sistemática. SANTOS, leandra Josefa dos ; MENEZES, Mônica Tavares; SANTOS, Maria Lucyrene Elizeu dos; COSTA, Fabyano Palheta ; BARBOSA, Luciana Dilane dos Santos. Brazilian Journal of Developme nt 2021 Realizar uma análise científica sistemática em pesquisas voltadas à eficácia da aplicação da pressão negativa em lesões de difícil cicatrização.. REVISÃO SISTEMÁTIC A DA LITERATUR A. Cuidados de enfermagem aos pacientes acometidos com o pé diabético BARROS, Erane De Almeida. Núcleo do conhecimen to - Saúde 2018 Compreender e comprovar através das leituras selecionadas que o diagnóstico precoce e a prevenção têm potencial para minimizar ou retardar as complicações relativas ao pé diabético. REVISÃO SISTEMÁTIC A DA LITERATUR A. 15 O papeldoprofissional de enfermagem na prevenção das complicações microvasculares em pacientes com pé diabético: uma revisão integrativa. SANTOS, Alana UniAGES 2021 Detalhar os cuidados assistenciais da enfermagem na prevenção e no tratamento das complicações microvasculare s em pacientes com pé diabético. REVISÃO INTEGRATI VA DA LITERATUR A Pé diabético: percepções e orientações à um grupo de pacientes DALMOLIN, Felipe UNIVERSI DADE FEDERAL DO MATO GROSSO 2018 avaliar a percepção de um grupo de pacientes portadores de diabetes mellitus em relação ao pé diabético REVISÃO SISTEMÁTIC A DA LITERATUR A. Fonte: elaborado pela autora, 2022. 16 3.RESULTADOS E DISCUSSÃO O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica que tem como característica a ausência do hormônio primordial para o metabolismo da glicose. A elevação da glicose nesses pacientes está ligada diretamente a problemas nos olhos, sistema renal, nervos, coração e devido a estes acometimentos acarretam outros problemas de saúde, por exemplo, a hipertensão arterial (RICCI, 2015). O DM é uma patologia endócrina crônica, degenerativa, provocada por um distúrbio metabólico. Provocado pela hiperglicemia crônica, que é acometida, consequentemente, através da destruição das células beta existentes no pâncreas, resistentes à ação ou disfunção na secreção de insulina, ou vice-versa. É considerado um problema de saúde pública de alta prevalência global (OLIVEIRA et al., 2016) Por se tratar de uma doença progressiva, os indivíduos atingidos por ela tendem a piorar seu estado de saúde com o passar do tempo, quando começam a aparecer complicações originadas do mau controle glicêmico. Além do mais, é uma situação crônica que persiste por toda a vida, e que quase sempre vem acompanhada de outras comorbidades (FARIA et al, 2013). A meta de controle glicêmico em jejum deve ser controlada em menor que 100 mg/dl, pré- prandial menor que 110 mg/dl (sendo tolerado até 130 mg/dl), e pós-prandial menor que 140 mg/dl (sendo tolerado até 160 mg/dl) (DIEHL, 2013). A Diabetes Mellitus (DM) é uma das doenças crônicas mais prevalentes e incapacitantes, que constitui hoje, um grave e crescente problema de saúde pública a nível mundial, abrangendo milhões de seres humanos de todas as faixas etárias (Internacional Diabetes Federation, 2019). Esta patologia está associada ao desenvolvimento de outras complicações crónicas em vários órgãos do organismo nomeadamente no Pé, Rim, Nervos e nos Olhos como é o caso da doença microvascular, assim como causar complicações a nível do coração, cérebro e doença vascular periférica, que podem conduzir ao Enfarte Agudo do Miocárdio e ao Acidente Vascular Cerebral (SOCIEDADE EUROPEIA DE CARDIOLOGIA, 2019). O diabetes tipo 1 é conhecida através da destruição autoimune de células do pâncreas que são denominadas células beta-pancreáticas, o que resulta na deficiência de insulina (LIMA et al, 2017). 17 Diabetes mellitus tipo 2, também conhecida de diabetes não insulinodependente, é a mais comum entre os portadores de diabetes mellitus sua ocorrência vem crescendo diariamente, a porcentagem de pessoas com esse tipo de DM já atinge 90 a 95% da população. Este constante aumento justifica-se pelo exorbitante número de pessoas obesas. Antigamente encontrava-se diabetes tipo 2 em pessoas adultas, hoje já atinge crianças, adolescentes e adultos jovens. A deficiência ou resistência de insulina é mais comumente associada ao sedentarismo e obesidade (ADA,2014). São sinais e sintomas que levam a suspeita de DM, hiperglicemia, hipoglicemia, perda inexplicada de peso, poliúria, polidipsia, polifagia, fadiga, fraqueza e letargia, visão turva, balanopostite, proteinúria, neuropatia, retinopatia catarata, doença cerebrovascular, doença vascular periférica e infecções de repetições (CORTEZ et al., 2014). Conhecer as causas, e o cuidado precoce das ulceras são fundamentais para um bom prognóstico. É de suma importância o conhecimento dos fatores de riscos diretos e indiretos do aparecimento de lesões, para que possa facilitar o desenvolvimento de um plano de cuidado ao paciente diabético. Isso pode contribuir tanto para a diminuição de lesões, quanto para a diminuição de possíveis amputações (ALMEIDA; SOUZA; SOUZA, 2013). Para a prevenção do PD e de outras complicações do DM, é indispensável que o diabético mantenha o os níveis de glicose controlados, isso exige mudanças no seu estilo de vida e a adoção de atitudes de autocuidado. Essas medidas incluem o segmento de um plano alimentar, a monitoração e controle da glicemia e do perfil lipídico, a realização de atividades físicas e cuidado adequado com os pés, que serão descritos a seguir para embasar as orientações dos pacientes (ROSSANEIS et al, 2016). É de grande importância manter a doença controlada para o tratamento do pé em risco, mas além do controle glicêmico, deve-se promover uma avaliação criteriosa dos pés, dos quais são importantes: verificar e avaliar deformidades nos pés, veias dilatadas ou sinais de isquemia, se há presença de pele seca ou calosidades e deformidades ou danos nas unhas (MENEZES et al, 2017). Dentre as várias complicações do diabetes, o Pé Diabético (PD), que será descrito posteriormente, é a que tem maior impacto socioeconômico, por incluir gastos com tratamentos, internações por um longo período de tempo e recorrentes, incapacitações físicas e sociais, ocasionando em perca de empregos e produtividade (THOMAZELLI; MACHADO; DOLÇAN, 2015). 18 Segundo o grupo internacional sobre o pé diabético, intitula-se pé diabético a presença de infecção, ulceração, destruição de tecidos associados a anormalidades neurológicas e a vários graus de doença vascular periférica em portadores de diabetes. A neuropatia periférica é uma doença crônica, pérfida, que costumeiramente atinge as partes mais distais dos nervos, principalmente os nervos dos membros inferiores, podendo afetar bilateralmente os pés e evoluir para o centro dos mesmos (BRUNNER; SUDDARTH, 2012). O PD é compreendido hoje como a presença de ulceração, infecção e destruição de tecidos profundos relacionados a anormalidades neurológicas e a diversos graus de doença vascular periférica em pacientes portadores de DM (AMARAL JÚNIOR et al, 2014). Sua prevalência vem aumentando em todo o mundo e a incidência de ulceras nos pés está aumentando, chegando a taxas mais elevadas do que outras complicações do diabetes (SANTOS et al, 2015) Uma das suas principais complicações e motivo de internamento hospitalar, responsáveis pela morbilidade associada às pessoas com DM, é o Pé Diabético, que segundo a World Health Organization [WHO] (2016), se define como uma situação de infeção, ulceração ou destruição dos tecidos profundos dos pés, associada a anomalias neurológicas e vários graus de doença vascularperiférica, nos membros inferiores de pessoas com DM. As úlceras nos pés, e consequentemente suas amputações, representam hoje uma das principais complicações crônicas da DM, considerada a mais grave e de maior impacto socioeconômico, proveniente de seu fator mutilante, grandes números de ocupação e permanência hospitalar, reflete um custo considerável aos serviços de saúde, relacionado com hospitalização prolongada e custos com amputações e cicatrização de úlceras (TAVARES et al., 2016). As alterações de cunho neurológico e vascular nas extremidades, produzem distorções anatômicas e fisiológicas nos pés. De acordo com o artigo pesquisado sobre PD (DALMOLIN, 2017) podem ocorrer alterações na anatomia óssea dos MI e no trofismo muscular podem levar ao surgimento de pontos de pressão. 19 Fonte: (DALMONLIN, 2017) Deformidades nos pés alteram os pontos de pressão na região plantar, o que leva a sobrecarga e reação da pele com hiperceratose local, os chamados calos, que ao longo do tempo e com deambulação contínua, pode evoluir para ulceração. Na presença de isquemia periférica, o processo de cicatrização das lesões é prejudicado, o que possibilita a presença de tecido necrótico e consequentemente potencializa os riscos de infecção (CAIAFA et al, 2011). Para prevenção do PD, cuidados preventivos devem ser realizados diariamente, são eles: exame físico e inspeção diária dos pés, se atentando a meias e calçados; higiene dos pés com água morna e sabonete neutro, devendo evitar imersão, enxugando- os cuidadosamente; a remoção de calos deverá ser feita somente com lixa de papel ou pedra pomes (SILVA et al, 2013). Em um estudo realizado por Laurindo et al (2005), no qual foi analisado o conhecimento de 100 pacientes diabéticos em relação aos cuidados realizados com os pés, verificou-se que 56% dos entrevistados desconheciam o fato de que o diabetes pode causar problemas nos pés. 20 Contudo, o atual estudo aborda através de sub capítulos os benefícios voltados para o tratamento das úlceras de pé diabético através do curativo por pressão negativa, explica como age o aumento do fluxo sanguíneo à ferida, a redução do edema e controle do exsudato, redução das dimensões da ferida e a depuração da carga bacteriana. 3.1. Benefícios do tratamento por pressão subatmosférica Apesar de serem agora melhor conhecidos os mecanismos fisiopatológicos (neuropatia, vasculopatia e infeção) implicados no aparecimento e agravamento da úlcera, o atraso no diagnóstico e a falta de tratamento adequado explicam ainda, muitas vezes, a gravidade das lesões (ALMEIDA, et al., 2006). Por isso, é necessário que haja um tratamento correto para que as mesmas possam se certificar de uma cura. O novo Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), foi aprovado no dia 24 de fevereiro de 2021, onde inclui além de 50 medicamentos, 19 novos procedimentos na cobertura obrigatória dos convênios médicos. A atualização, que entrou em vigor em 1º de abril de 2021, contou com a participação de pacientes, médicos e da sociedade civil em geral através da consulta pública nº 81 da ANS, realizada entre outubro e novembro de 2020. Entre os atuais procedimentos aprovados para esse tipo de ferida está A Terapia De Pressão Negativa, um importante recurso no tratamento das frequentes lesões nos pés dos pacientes com diabetes, que podem inclusive levar à amputação nos casos mais graves. As lesões nos membros inferiores acometem cerca de 20% dos pacientes com diabetes, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes. O tratamento convencional é realizado através da limpeza e secagem da ferida, com posterior aplicação de materiais de penso estéreis que possuem desiguais características para cada fase e tipo de lesão, o que exige dos enfermeiros uma avaliação adequada da ferida e dos tecidos presentes na mesma, de modo a que seja selecionado o material de penso mais apropriado (WYNN& FREEMAN, 2019). https://www.coloplast.com.br/Documents/Brazil/CPWSC_Guia_DFU_A5_d9.pdf https://www.coloplast.com.br/Documents/Brazil/CPWSC_Guia_DFU_A5_d9.pdf 21 A Negative Pressure Wound Therapy (NPWT) é uma opção de tratamento não invasivo que se baseia na aplicação de um material de penso sofisticado, estéril, impermeável e fechado que exerce uma pressão subatmosférica negativa no leito da ferida, o que faz com que o mesmo se mantenha húmido, estimulando assim uma mais rápida cicatrização da UPD (LIMA et al., 2017). Abaixo estão imagens de pacientes que estão fazendo o uso da TPN. Fonte: https://www.mdpi.com/2227-9032/4/1/18/htm Para Liu et al. (2022) nas Úlceras de Pé Diabético que foram tratadas com a TPN notou-se um grande aumento direto na formação de tecido de granulação, apresentando uma taxa de cicatrização mais completa bem mais elevada. Num dos estudos para esse trabalho alguns autores explicam que o percentual de cicatrização completa de feridas foi superior no grupo de pessoas que receberam NPWD (56%). Já Wynn e Freeman (2019) mostram que o tecido de granulação estava presente com maior frequência e se desenvolvia mais rapidamente em feridas tratadas com TPN, 22 ocorrendo assim uma redução significativa na área. Bishop (2020) que no seu estudo mostrou que a NPWT pode aumentar o número de feridas cicatrizadas e pode igualmente aumentar a taxa de cura em UPD pós-operatórias. 3.2.1.Aumento do fluxo sanguíneo à ferida Pessoas com diabetes demoram mais para cicatrizar suas feridas. Essa dificuldade de cicatrização ocorre devido a complicações cardiovasculares, que causam o bloqueio ou a diminuição da circulação sanguínea, e devido ao excesso de glicose (açúcar), que pode prejudicar o funcionamento do sistema imunológico. Ou seja, vasos doentes diminuem o fluxo sanguíneo, especialmente para pernas e pés, prejudicando o processo de cura e altos níveis glicêmicos incapacitam as células de defesa do organismo. (UFRGS, 2017) A aplicação da TPN aumenta o fluxo sanguíneo para a ferida, com consequente estímulo à formação do tecido de granulação. (LIMA, COLTRO, FARINA JUNIOR; 2017 ) A neuropatia diabética pode fazer alterações ósseas e também nas articulações dos pés, o que causa deformidades e aumenta a pressão sobre proeminências ósseas. Por isso, o aumento dessa pressão acaba fazendo com que haja uma diminuição do fluxo sanguíneo ocorrendo a morte celular, formando as feridas. Lima et al. (2017), revela que a aplicação da NPWT promove um aumento do fluxo sanguíneo no leito da ferida, verificando-se um maior estímulo à formação do tecido de granulação e acrescenta ainda que a NPWT ao remover o exsudado irá contribuir para a redução do edema tecidual e promovendo a restauração do fluxovascular e linfático, o que explica o aumento da perfusão sanguínea local e a melhoria da oferta de nutrientes e oxigênio. A redução do fluxo sanguíneo nos pés pode levar a dor e feridas, com cicatrização lenta ou inexistente, e alto risco de perda do membro se não tratadas, risco este que aumenta mais ainda se ocorrer infecção associada. Estima-se que 85% das amputações decorrentes do PD poderiam ser evitadas se os indivíduos exercessem um cuidado com os pés, fazendo avaliação diária e adotando medidas de prevenção para diminuir a amplitude e a incidência do problema (RODRIGUEZ et al, 2013). 23 3.2.2.Redução do edema e controle de exsudato Sabe-se que a NPWT é indicada sobre enxertos de pele para melhorar sua aderência ao leito, garantir sua imobilidade e reduzir a formação do edema, com a finalidade de otimizar a integração do enxerto de pele ao leito da ferida. Dessa forma, é necessário sempre ser administrada continuamente. A espuma de álcool polivinílico é especialmente recomendada nesses casos por ter menor aderência ao leito, facilitando suaremoção no final da terapia, sem interferência com o enxerto integrado. A TPN remove quantidades variáveis de exsudato da ferida, reduzindo o edema tecidual e promovendo a restauração do fluxo vascular e linfático, fator que explica o aumento da perfusão sanguínea local e a melhora da oferta de nutrientes e oxigênio(LIMA, COLTRO, FARINA JUNIOR; 2017 ) O exsudato pode apresentar variações na aparência, consistência e volume de acordo com o tipo e origem da ferida. Com isso, necessário drenar o excesso de exsudato, na TPN esse volume é sugado por um conector e armazenado em um coletor por meio da pressão negativa. Isso evita o retardo da cicatrização, o surgimento de dermatites, a maceração das bordas e, consequentemente, o aumento da lesão. Leitão et al. (2015) que mencionou no seu estudo que a TPN promove a cicatrização por aplicação de uma pressão negativa controlada no leito da ferida, proporcionando um ambiente húmido e elimina o excesso de exsudado que inibe a cicatrização e é propício à proliferação de microrganismos, permitindo desta forma uma melhor cicatrização e uma diminuição do tamanho da UPD. Ou seja, o excesso de exsudato deve ser removido, juntamente com exotoxinas e debris, pois a presença desses componentes pode retardar o crescimento celular e prolongar a fase inflamatória, o que prejudica a formação do tecido de granulação. 3.2.3.Redução das dimensões da ferida Esta diminuição ocorre pela inibição de enzimas pró-inflamatórias e citocinas (incluindo o nível de óxido nítrico no leito da ferida, interleucina e fatores de necrose tumoral). James et al. (2019), notou que o tempo médio de cicatrização completo da UPD no grupo em que foi aplicado NPWT foi de 21 dias, enquanto que no grupo que recebeu tratamento padrão, o tempo médio foi de 34 dias. 24 Há evidências de que é importante avaliar o acompanhamento das pessoas com DM com atenção voltada para lesões nos pés e que com a redução das dimensões das mesmas reduzem as taxas de amputações. Interessante, aprender o quanto é necessário determinado cuidado, como o rastreamento do pé diabético feito anualmente em quem tem DM1 após o 5º ano de diagnóstico e no indivíduo com DM2 a partir do diagnóstico. Como redução das dimensões da ferida Lima et al. (2017) diz que a utilização de NPWT produz um melhor controlo da resposta inflamatória pela depuração de citocinas pró-inflamatórias e enzimas proteolíticas presentes no exsudado da ferida, que seria direcionado ao subcapítulo anterior, porém encaixa-se nessa redução por se referir a rápida redução da inflamação providenciada pela utilização de NPWT sendo imprescindível à cicatrização completa das UPD pelo fato do tecido de granulação se formar durante a fase de proliferação da cicatrização das feridas, que ocorre após a inflamação. Mais uma questão de redução é a abordagem educativa das pessoas com DM, para a prevenção da ocorrência de ulcerações nos pés, a partir do cuidado diário e adequado dos membros inferiores (ADA, 2013). Bishop (2020) chegou à conclusão que a TPN conduz a uma redução significativa, apoiando igualmente aos autores anteriores o uso da TPN para UPD e feridas cirúrgicas em pessoas com DM. Já o estudo realizado por Bayoumi, Al-Sayed e Al-Mallah (2018), conclui que não se verifica uma diferença significativa entre os grupos de participantes que receberam tratamento convencional ou TPN, sendo que ainda assim a incidência de amputações secundárias em pessoas que receberam NPWT foi de 20%, enquanto que no que diz respeito a pessoas que receberam tratamento convencional, essa percentagem foi de 24%. De acordo com o Manual do Pé Diabético (2016) programas organizados de avaliação e acompanhamento de pessoas com DM para lesões de Pé Diabético também reduzem das dimensões da ferida quando comparados ao cuidado convencional. De acordo com Liu et al. (2017) a TPN melhorou notavelmente a qualidade de vida das pessoas com UPD e para além disso, também se conclui com o estudo que as pessoas que receberam o tratamento se encontram mais satisfeitas. Estas descobertas vão ao encontro das conclusões de Fernandes et al. (2020) que constatou que o 25 tratamento produziu uma melhoria significativa da qualidade de vida das pessoas comparativamente às que receberam tratamento convencional. Bishop (2020) apresenta na sua Revisão da Literatura estudos com dados contraditórios, visto que num estudo se concluiu que a utilização da TPN nas pessoas com UPD conduziu a uma qualidade de vida mais baixa e a níveis de stress mais elevados, enquanto que nos restantes dois estudos presentes na sua revisão se verificou um impacto positivo na qualidade de vida das pessoas com a utilização da aplicação da TPN, destacando-se que produz um efeito positivo na saúde mental e física das pessoas que recebem esse tipo de terapia em comparação quando são utilizados pensos convencionais. Também para Li e Yu (2014) é realmente controverso a TPN produz resultados benéficos na qualidade de vida das pessoas. Segundo estes autores a TPN aumenta a saúde mental e física das pessoas com UPD. Assim, as pessoas que recebem essa conduta de tratamento vivem uma vida feliz apesar da inconveniência de terem de transportar o dispositivo portátil de TPN, visto que este pode limitar as atividades das pessoas. Contudo, os autores evidenciam uma melhoria da qualidade de vida essencialmente após a realização do tratamento com TPN. Um estudo relata que quanto maior o conhecimento em relação à doença e ao seu tratamento, maior será a probabilidade de aderir atitudes positivas para a manutenção da sua saúde, questões que refletem direta e indiretamente em seu bem- estar (BRITO et al, 2016). 3.2.4.Depuração da carga bacteriana As bactérias presentes na ferida competem pelos nutrientes e oxigênio que seriam destinados à reparação tecidual, prejudicando o processo de cicatrização (LIMA; COLTRO; FARINA JUNIOR, 2017). Ainda no conhecimento de Lima et al (2017) a depuração da carga bacteriana da ferida, quase não se é abordada dentro da literatura, por ser ainda um assunto controverso. Enquanto alguns estudos explicam que há redução de número de bactérias com o uso da TPN, outros não concordam que ocorra essas reduções na carga bacteriana das feridas tratadas por este método. 26 Esta terapia também dá origem ao colágeno, às células inflamatórias e aos fibroblastos, restaura o fluxo linfático e vascular, reduz a carga microbiana, retira o exsudato do espaço intersticial e realiza a extração de enzimas com importante papel na degradação e apoptose da matriz extracelular, além de favorecer o aumento de vasodilatadores e vasoconstritores alternadamente, devido à ampliação do fluxo sanguíneo na lesão (SILVA, 2016). Da Silva et al (2020) aborda que nesta terapia podem apresentar algumas implicações. Por exemplo, é possível a ocorrência de hemorragias, hematomas, não reversão de lesões com exposição óssea e as infecções. Além disso, é possível que ela ocasione pequenos prejuízos em casos de enxerto. 3.3.Tratamento com curativo a vácuo O método a vácuo de curativo tópico é um sistema utilizado na cicatrização de feridas em que se institui uma pressão negativa localizada e controlada, com o objetivo de estimular a granulação e a cicatrização, fibroblastos e células inflamatórias, melhorando a ferida para que possa receber enxerto. (DE ABREU; et al, 2016) Hoje temos no mercado a disponibilidade do aparelho portátil, permitindo que os pacientes menos graves façam ou dê continuidade no tratamento em casa. Quando a lesão é plantar e o paciente deambula, fazemos uma adaptação no tudo o contornando na lateral do pé e prendendo este acima da canela, o que possibilita uma vida normal e com poucas limitações. O curativo a vácuo permite que os ferimentos cicatrizem mais rápido de forma mais eficaz, com maisqualidade de tecido de granulação minimizando o tempo de dor e desconforto do paciente. A técnica consiste na aplicação de uma pressão negativa – vácuo – coberta por uma película adesiva transparente que oclui totalmente a ferida em relação ao meio externo. Em seguida, um tubo de sucção é conectado a esse sistema e ao reservatório de exsudato, que é adaptado a um dispositivo computadorizado. (LIMA; COLTRO; FARINA JUNIOR, 2017 ). O resultado é um processo de cicatrização acelerado e lesões curadas em um espaço menor de tempo. O uso do curativo a vácuo é indicado para tratamentos de feridas diabéticas, enxertos de pele, queimaduras, úlceras de pressão, síndrome do abdome aberto, 27 síndrome compartimenta, síndrome de Fournier e feridas ortopédicas, entre outras. Durante décadas, ele vem tentando melhorar o resultado cicatricial em menor tempo possível, visando o custo-benefício. (DE ABREUet al 2016). A inovação fica por conta da uniformização de materiais, que gerará maior economia de tempo e financeira. Além disso, a nova tecnologia é um facilitador na vida de médicos, enfermeiros e, sobretudo, pacientes, já que a melhora na qualidade de vida é visível (DE ABREUet al 2016). Fonte:https://cepelli.com.br/noticias/curativo-a-vacuo-promete-acabar-com-sofrimento-de-pacientes/ Os benefícios da pressão negativa no leito da ferida colaboram para a remoção do excesso de exsudato que resulta no controle microbiológico e manutenção da umidade ideal da ferida, fatores que são importantes para a cicatrização, redução do líquido intersticial na ferida. Isso reduz o edema descomprimindo o tecido, como resultado, o fluxo sanguíneo é aumentado possibilitando perfusão tecidual, angiogênese, aumento do suprimento de oxigênio, leucócitos, nutrientes e fatores de crescimento que são importantes para a cicatrização (CABRAL et al, 2022) O curativo a vácuo tem uma resposta mais rápida que o curativo convencional. Portanto, como o corpo reage com maior rapidez o tempo de internação é menor. Como o tempo de cicatrização é mais rápido, as trocas de curativos são menores. (SIGNOR et al, 2016) 3.4. Indicação e contra indicação para tratamento com curativo a vácuo A TPN tem finalidade de realizar uma sucção contínua da secreção, sendo mais indicada e usada em lesões complexas apresentam uma difícil cicatrização e até mesmo demandem um maior tempo de tratamento (MILCHESKIet al., 2017). https://cepelli.com.br/noticias/curativo-a-vacuo-promete-acabar-com-sofrimento-de-pacientes/ 28 Em estudo das literaturas é possível encontrar indicações e contra indicações para a aplicação da TPN, com resultados bons e voltados para estudos clínicos randomizados e controlados, coortes prospectivos e retrospectivos, quanto em estudos com menor força de evidência (séries clínicas e relatos de casos). (LIMA; COLTRO; FARINA JUNIOR, 2017) De acordo com Lima et al (2017) as principais indicações, são: a) feridas complexas: úlceras por pressão, feridas traumáticas, feridas cirúrgicas (deiscências), queimaduras, feridas necrotizantes, feridas diabéticas, úlceras venosas, feridas inflamatórias, feridas por radiação, e outras; b) enxertos de pele: para otimizar a integração do enxerto ao leito; c) abdome aberto; d) prevenção de complicações: em incisões fechadas; e) instilação de soluções: em feridas contaminadas ou infectadas. Ainda na visão de Lima et al (2017) as principais contraindicações da TPN são: presença de necrose sobre o leito da ferida; presença de tecido com malignidade; osteomielite sem tratamento; fístulas não entéricas ou não exploradas; exposição de vasos, nervos, órgãos ou sítios de anastomoses. O mesmo ainda explica que pode ocorrer a aplicação da TPN sobre vísceras expostas, porém com proteção dessas estruturas do contato direto com a espuma de poliuretano. (LIMA; COLTRO; FARINA JUNIOR, 2017) 3.5. A técnica da terapia com pressão negativa e mostra o resultado no processo cicatricial de uma lesão. Quando o fechamento definitivo da ferida não é possível, seja pelas condições clínicas do paciente ou pela extensão da ferida, a terapia de pressão negativa (TPN) visa uma cobertura temporária do local possibilitando maior taxa de sucesso no tratamento definitivo (RUNKEL, 2017) Os resultados promissores da TPN levaram a uma rápida disseminação de seu uso, antes mesmo que fosse documentada sua eficácia e custo benefício através de estudos clínicos. Esta terapêutica possui diferentes mecanismos de ação como manutenção da umidade no leito da ferida; redução do edema; incremento do fluxo sanguíneo local; estímulo da angiogênese, da formação do tecido de granulação e da proliferação celular; redução da área de superfície cruenta e da complexidade da ferida (FERREIRA, 2019) 29 A prática clínica tem mostrado resultados superiores do curativo à vácuo quando comparado aos tratamentos convencionais, e ao que tudo indica a terapia com pressão negativa será considerada, em breve, o curativo padrão ouro no manejo das feridas complexas. (LIMA, 2017) A técnica de curativo a vácuo, diferente dos curativos convencionais que exigem uma série de itens, como faixas, pomadas e esparadrapos, é simples, direta e de fácil aplicação. A maioria dos protocolos de tratamento utilizam uma pressão de aproximadamente 120 mmHg e, os curativos são trocados a cada 48 a 72 horas. A TPN tem se tornado um importante método adjuvante para o tratamento das feridas diabéticas, por acelerar o processo de reparação tecidual através da drenagem do excesso de exsudato, redução da quantidade de bactérias, aumento do fluxo sanguíneo local e do tecido de granulação (TOSCANO, 2019) Além de dispositivos comercialmente disponíveis (V.A.C.®, Avelle®, Catalyst® dentre outros), pode ser descrita também a realização deste tipo de curativo com o uso de materiais de consumo hospitalares convencionais, reduzindo o custo total do tratamento em pacientes que necessitam de internação para antibioticoterapia(ARGENTA, 1997) https://www.convatec.com/pt-br/ferida-e-pele/sistema-de-terapia-por-press%C3%A3o-negativa-para-feridas-avelle/ https://www.convatec.com/pt-br/ferida-e-pele/sistema-de-terapia-por-press%C3%A3o-negativa-para-feridas-avelle/ 30 https://www.shoppingprosaude.com.br/loja/produto-315037curativo_avelle_de_terapia_por_pressao_negativa_12x21cm_convatec Como exemplo de técnica desta terapia e retirado de DE ABREU et al (2016) usou-se um estudo de caso cujo paciente masculino, 46 anos, hipertenso e diabético, procurou assistência por uma ferida plantar crônica com piora nos últimos 30 dias.Com o quadro clínico de ulceração neuropática direcionada à infecção secundária. Os sinais vitais estavam estáveis. O exame físico revelava todos os pulsos palpáveis em membros inferiores. Exames radiológicos não demonstravam sinais de osteomielite. Os exames laboratoriais evidenciaram hemograma com 14 mil leucócitos com desvio à esquerda, além de PCR de 55 mg/dl. Foi realizado inicialmente o debridamento cirúrgico dos tecidos desvitalizados, associado ao início de antibioticoterapia de largo espectro (ciprofloxacino e clindamicina). Depois de 48 horas o paciente foi submetido à aplicação da técnica de TPN de baixo custo com materiais de consumo hospitalar convencionais. Na técnica realizada, foram utilizadas luvas estéreis e equipamento de proteção individual. A ferida aberta foi lavada com solução de digliconato de clorexidina degermante 2%, irrigada com solução de cloreto de sódio 0,9% (500 ml) e posteriormente secada com compressas estéreis. Com a região pronta para a realização do curativo, utilizou-se uma esponja de antissepsia cirúrgica (separada das cerdas), seccionando-a em duas metades. Em uma delas, foi feita uma incisão para a colocação de uma sonda de aspiração traqueal. Esta esponja permaneceu em contato com o leito da ferida, e, como uso de um filme transparente estéril de poliuretano, a região foi isolada, para criar um sistema hermeticamente fechado, ao qual é aplicada a sucção com pressão subatmosférica. A sonda de aspiração foi conectada à um frasco coletor convencional de vias aéreas, utilizado para o descarte de secreções advindas da ferida. O frasco coletor foi conectado a um filtro bacteriano, e este, conectado ao vacuômetro, dispositivo 31 usualmente existente junto ao leito de cada paciente da enfermaria. Ele é o responsável por controlar a pressão negativa exercida sobre o leito da ferida. A rede hospitalar, onde foi realizado o procedimento, tem uma capacidade de gerar até 400 mmHg de pressão negativa. Na técnica demonstrada, foi utilizado uma pressão negativa entre 100 e 150 mmHg, controlável pela válvula existente na região frontal do vacuômetro. Após a instalação do curativo e com a técnica em funcionamento, caso ainda permaneçam áreas que possibilitem a entrada de ar no sistema e consequentemente a perda da pressão negativa, novas películas do filme transparente podem ser aplicadas como reforço. O paciente evoluiu com melhora significativa das condições clínicas (sintomas, normalização da leucometria e PCR) além de melhora expressiva da condição da ferida. Após sete dias de internação recebeu alta hospitalar com contração da ferida de aproximadamente 20% e bom tecido de granulação, sem sinais clínicos de infecção. Manteve retornos ambulatoriais regulares, atingindo o resultado cicatricial devido. Este relato sugere a boa aplicabilidade da terapia por pressão negativa com materiais convencionais de consumo hospitalar durante a internação de um paciente com infecção aguda em pé diabético neuropático, assim como, seu baixo custo de implementação. Novos estudos clínicos poderão prover mais dados do uso da TPN nesta classe de pacientes. Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-cronicas/diabetes/5-dicas-para-cuidar-do-pe-diabetico/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-cronicas/diabetes/5-dicas-para-cuidar-do-pe-diabetico/ 32 3.5 Assistênciade de enfermagem ao paciente em terapia por pressão negativa O Ministério da Saúde entende que os cuidados primários de saúde são uma espécie de porta de entrada para os cuidados de saúde pessoal e uso do Sistema Único de Saúde (SUS) para que ele realmente tenha uma capacidade de solução, integridade, universalidade, descentralização e obtenção de atenção e ajuda qualificada, para que, quando os problemas de saúde da população não forem resolvidos nesse nível, ser possível buscar um nível de maior complexidade técnica, visando a intersetorialidade no processo de tomada de ações, controle e medidas preventivas (BRASIL, 2016). Em 2018 o COFEN por meio da Resolução Cofen Nº 0567/2018 regulamenta a atuação do Enfermeiro no cuidado com feridas, garantindo a prescrição de medicamentos e coberturas utilizados na prevenção e tratamento de feridas além da realização do desbridamento autolítico, instrumental, mecânico e enzimático.(COFEN; 2018) Nesse contexto, a consulta de enfermagem é listada como um fator importante e um meio de evitar os riscos e complicações agravantes, pois ajuda no caminho para cuidar, educar e motivar outras pessoas a participar do processo de saúde e aprender que o autocuidado ajuda no tratamento (OLIVEIRA et al., 2019). A enfermagem é uma das profissões da saúde que lidam com o trabalho diretamente com humanos e configura-se como uma prática clínica na qual ocorre a relação entre o profissional e a pessoa que busca ajuda, assim, considerando que cuidar de alguém clinicamente relaciona-se ao fato de caminhar com o paciente, respeitar sua personalidade e seu ritmo é preciso observar que a enfermagem não lida apenas com as necessidades biológicas e fisiológicas, mas também tem uma dimensão psicológica, social e espiritual (LOPES, 2015). O tratamento de feridas é um assunto importante no cotidiano da enfermagem. Por isso, ela tem um papel fundamental no manejo da Terapia por pressão subatmosférica (VAC). (DE ABREU; et al 2016.) O papel do enfermeiro nessa terapia é auxiliar na assistência ao paciente aplicando a SAE (Sistematização da Assistência de Enfermagem) e assim seguir cada etapa de forma a direcionar sua equipe para o manejo adequado com eficiência e garantir uma manipulação asséptica. (SILVA, Et. al, 2016) 33 Além de todos estes cuidados, anualmente o profissional de enfermagem deve avaliar os pés de pacientes diabéticos, procurando identificar algum tipo de deformidade (NETA; SILVA; SILVA, 2015). Nesta avaliação, deve se priorizar a inspeção, investigação da sensibilidade através de métodos específicos, e palpação do pulso pedioso e tibial a fim de detectar uma possível isquemia (SILVA et al, 2016). Os cuidados de enfermagem às pessoas com UPD são imprescindíveis numa perspectiva do cuidado holístico. Tendo em conta o contacto prolongado com a pessoa, uma vez que a úlcera propicia a internamentos hospitalares e home care mais duradouros, o papel dos enfermeiros é de extrema importância no tratamento da UPD, desde o acompanhamento da evolução da lesão à orientação, ensino e realização do penso. Além de que a enfermagem tem papel fundamental para uma boa viabilidade desse tratamento é importante salientar que o enfermeiro como profissional de saúde tem a função de auxiliar na prática de ações educativas, orientando e atuando no processo do tratamento das feridas e oferecendo uma assistência eficaz em vistas a resolução do processo de cicatrização, evitando assim complicações e promovendo segurança e conforto ao paciente. (DA SILVA, et al; 2020) Educar os pacientes diabéticos tem papel primordial no incentivo e apoio do controle diário de sua condição. Estudos realizados em várias partes do mundo mostram o efeito positivo da ES ao paciente diabético (PEREIRA et al, 2012). A partir da aplicabilidade da Sistematização da Assistência De Enfermagem, em paciente submetido a terapia em questão, o enfermeiro poderá direcionar toda a sua equipe para o manejo adequado e eficiente, com isso, destacamos alguns cuidados de enfermagem ao paciente em uso de terapia por pressão negativa. (DE ABREU; et al 2016.) Assegurar a manipulação asséptica; Monitorização de possíveis complicações em pacientes submetidos a pressão de terapia contínua; Manter a pressurização do sistema de acordo com o recomendado; Observar a intolerância da pele do paciente, devido as trocas de curativos frequentes ou a dobras do filme adesivo; Atentar-se ao risco de escaras na região periulceral. (DE ABREU; et al 2016.) 34 O profissional de enfermagem deve providenciar ações educativas para informar a população diabética de que é possível prevenir e também sensibilizar esses pacientes quanto aos benefícios dos cuidados relacionados aos pés (SANTOS; CAPIRUNGA; ALMEIDA, 2013). Atentar-se aos padrões cutâneos quanto ao aparecimento de flogose; Observar aspecto, quantidade, coloração e odor das secreções; Registrar débito da secreção; Promover analgesia; Atentar-se aos episódios hemorrágicos. (DE ABREU; et al 2016.) 35 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após leitura e entendimento do atual trabalho percebe-se que os resultados desta pesquisa evidenciam como está a percepção de pacientes portadores de diabetes mellitus acerca do pé diabético e suas consequências, uma reflexão sobre quais as precauções aplicadas para a prevenção de tal complicação, além do mais, levanta uma hipótese sobre como são ministradas as orientações e atividades educativas sobre cuidados e prevenção de lesões nos pés por profissionais da saúde com enfoque no tratamento de terapia com pressão negativa. Através dos estudos presentes reconhece-se que a NPWT (TPN) é o método de tratamento mais eficaz no tratamento daUPD, quando comparado com o tratamento convencional, ao providenciar uma maior cicatrização, um tempo de cicatrização mais rápido, uma diminuição significativa da resposta inflamatória, uma menor incidência de amputações e uma diminuição do encargo financeiro e do sofrimento das pessoas que são portadoras de UPD. Apenas no que diz respeito aos efeitos adversos relacionados com o tratamento, observou-se que os mesmos eram idênticos em ambos os tipos de tratamento. Enfim, é relevante dar atenção às orientações corretas e efetivas, ao esclarecimento de dúvidas, a estratégias para atrair este público desprovido de informações e fazer com que compreendam e apliquem os cuidados necessários para a prevenção do pé diabético. Nota-se também que apesar da TPN ser um tipo de curativo com alto custo, oferece uma melhor relação Custo/benefício, devido às reduções de até 15 vezes na quantidade de trocas e à sua efetividade na epitelização das lesões. Dada à importância do tema, torna-se necessária uma maior abordagem a questão do pé diabético no momento do diagnóstico da doença, e nas consultas de enfermagem subsequentes realizadas na atenção primária. Visto que o profissional de enfermagem tem papel primordial na aplicação do tratamento, na função de orientar sobre os fatores de risco, e rastrear as chances de desenvolvimento de lesões através da avaliação periódica dos pés. Se torna necessária também a elaboração de estratégias para tornar mais didática e clara o entendimento desses pacientes sobre a importância da prevenção, para que apliquem os conhecimentos adquiridos de maneira eficiente. Este estudo possibilitou o levantamento resultados encontrados, que o profissional de enfermagem acaba sendo uma das parcelas importantes para prestação 36 de uma assistência preventiva frente às complicações ocasionadas pelo diabetes e contribuir no conhecimento dos mesmos sobre a importância da terapia por pressão negativa, no tratamento de lesões. Além disso, os cuidados prestados em todos os âmbitos se fazem de suma importância para a prevenção do pé diabético, principalmente, no âmbito da atenção primária, já que o aporte fornecido por ela é fundamental para neutralização destas complicações. Conclui-se então que os resultados deste trabalho colaboram para avanços do conhecimento científico, visto que possibilita sua utilização prática nos programas de prevenção, educação em saude e subsidia a elaboração de futuras pesquisas. Dando disponibilidade para que as universidades passem a incentivar seus futuros enfermeiros com novos estudos sobre o tema, principalmente porque o enfermeiro tem papel fundamental no cuidado, age sempre na linha de frente e que esse estudo possa servir de referência para outros profissionais e que os mesmos contribuem para o desenvolvimento de novos estudos a cerca da temática no que tange à formação do Enfermeiro. 37 5. CRONOGRAMA JA N FE V MA R ABRI L MA I JU N JU L AG O SE T OU T NO V DE Z Pesquisa das fontes x x x Leitura da bibliografi a x x x Análise dos dados x x Redação x x Defesa do projeto 38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL JÚNIOR, A. H. do et al. Prevenção de lesões de membros inferiores e redução da morbidade em pacientes diabéticos. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 49, n. 5, p. 482-7. 2014. Disponível em: . Acesso em: 15 mai. 2017. AMARAL, A. S.; TAVARES, D. M. S. dos. Cuidados com os pés: conhecimento entre pessoas com diabetes mellitus. Revista eletrônica de Enfermagem, v. 11, n. 4, p. 801- 810, 2009. Disponível em: . Acesso em: 05 de nov. 2017. AUDI, E. G. et al. Avaliação dos pés e classificação do risco para pé diabético: contribuições da enfermagem. CogitareEnferm, v. 16, n. 2, p. 240-246, abr-jun. 2011. Disponível em: . Acesso em: 24 set. 2017. ARGENTA LC, Morykwas MJ. Vacuumassistedclosure: a new method for woundcontrolandtreatment: clinicalexperience. Ann PlastSurg. 1997;38(6):563-76. BALLACHINO, C.; CAMARGO, P. Idoso e ambiente urbano. In: 1º Simpósio sobre comunicação visual urbana, Estudos metodológicos: interfaces, abrangências e conteúdos da Comunicação Visual. 2005, São Paulo. Disponível em: . Acesso em: 10 out. 2017. BARRILE, S. R. et al. Comprometimento sensório-motor dos membros inferiores em diabéticos do tipo 2. FisioterMov, v. 26, n. 3, p. 537-548. Jul/set 2013. Disponível em: . Acesso em: 26 jun. 2017. BARROS, M. A. A. et al. O nível de conhecimento dos pacientes portadores de diabetes mellitus acerca do pé diabético. Revista Expressão Católica, v. 2, n. 2, p. 125-143, jul- dez. 2013. Disponível em: . Acesso em: 08 set. 2017. BARROS, M. F. A. de. et al. Impacto de intervenção fisioterapêutica na prevenção do pé diabético.FisioterMov, v. 25, n. 4, p. 747-757, dez. 2012. Disponível em: . Acesso em: 05 set. 2022. 39 BELON, A. P. et al. Diabetes em idosos: perfil sociodemográfico e uso de serviços de saúde. XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, Caxambu- MG. 2008. Disponível em: . Acesso em: 10 out. 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual do pé diabético: estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: . Acesso em: 03 ago. 2017. BRASIL. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Plenário do Conselho Nacional de Saúde. Ministério da Saúde, Brasília, DF, 13 jun. 2013. Disponível em: . Acesso em: 03 ago. 2017. BRITO, G. M. G. de et al. Qualidade de vida, conhecimento e atitude após programa educativo para Diabetes. Acta Paul Enferm, v. 29, n. 3, p. 298-306. 2016. Disponível em:. Acesso em: 26 jun. 2022. CABRAL, J. da R. et al. Oficinas de educação em saúde com idosos: uma estratégia de promoção da qualidade de vida. Rev. Enf, v. 1, n. 2, p. 71-75, jul-dez. 2015. Disponível em: . Acesso em: 31 out. 2017. CAIAFA, J. S. et al. Atenção integral ao portador de pé diabético. J VascBras, v. 10, n. 4. 2011. Disponível em: . Acesso em: 24 set. 2017. CARLESSO, G. P.; GONÇALVES, M. H. B.; JÚNIOR, D. M. Avaliação do conhecimento de pacientes diabéticos sobre medidas preventivas do pé diabético em Maringá- PR. J VascBras, v. 16, n. 2, p. 113-118, abr-jun. 2017. Disponível em: . Acesso em: 05 set. 2017. CARVALHO, A. F. M. de. et al. Terapia a laser de baixa intensidade e Calendulaofficinalis no reparo de úlcera em pé diabético. RevEscEnferm USP, v. 50, n. 4, p. 628-634. 2016. Disponível em: . Acesso em: 16 ago. 2017. 40 CARVALHO, R. P. di; CARVALHO, C. P. di; MARTINS, D. A. Aplicação dos cuidados com os pés entre portadores de diabetes mellitus. CogitareEnferm, v. 1, n. 15, p. 106-109, jan-mar. 2010. Disponível em: . Acesso em: 24 set. 2017. CECILIO, H.P.M. et al. Comportamentos e comorbidades associados às complicações microvasculares do diabetes. Acta Paul Enferm, Maringá, v. 28, n. 2, p. 113-9. 2015. Disponível em: . Acesso em: 26 jun. 2017. COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen Nº 567/2018). Disponível em:http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-567-2018_60340.html DE ALCÂNTARA JONES, Daniel et al. Aplicação da terapia por pressão negativa no tratamento de feridas infectadas. Estudo de casos. Revista brasileira de ortopedia, v. 51, n. 6, p. 646-651, 2016. DE ABREU, Raiane Lima Dias et al. Assistência de enfermagem no tratamento de feridas por terapia de pressão subatmosferica (VAC) na UTI. Revista Rede de Cuidados em Saúde, v. 10, n. 2, 2016. DOS SANTOS, Taiane Lima et al. Terapia por pressão negativa no tratamento de feridas. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 31,p. e1231-e1231, 2019. DA SILVA, José Willian Lima et al. Manejo da terapia por pressão negativa (TPN) em lesões complexas. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 2, p. 6949-6958, 2020. FERNANDES, O., Oliveira, P., & Pinto, C. (2020). The effectivenessof negative pressuretherapy for thetreatmentofdiabeticfootwound: anumbrellastudy. Revista ROL de Enfermería, 43(1), 405-413. https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/31607/1/405- 413.pdf FERREIRA MC, Paggiaro AO. Terapia por pressão negativa-vácuo.Rev Med (São Paulo). 2019;89(3/4):142-6. 41 GIBBONS GW, Habershaw GM. Diabeticfootinfections.Anatomyandsurgery. InfectDisClin North Am 1995;9(01):131-142 INTERNATIONAL DIABETES FEDERATIONN. (2019). IDF Diabetes Atlas (9th ed.). https://www.diabetesatlas.org/upload/resources/material/20200302_133351_IDFATLA S9e-final-web.pdf LIMA RVKS, Coltro PS, Farina Júnior JA. Terapia por pressão negativa no tratamento de feridas complexas.RevColBras Cir. 2017;44(1):81-93. LIMA, R., Coltro, P., & Júnior, J. (2017). Terapia por pressão negativa no tratamento de feridas complexas. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 44(1), 81-93. https://doi.org/10.1590/0100-69912017001001 MENDES, L., & Ferreira, M. (2015). Programa de melhoria contínua da Qualidade dos Cuidados de Enfermagem - "Prevenção do Pé Diabético". Ordem dos Enfermeiros. https://www.ordemenfermeiros.pt/arquivo/projectos/Documents/Projetos_Melhoria_Qu alidade_Cuidados_Enfermagem/CentroSaudeBomJesus_PrevencaoPeDiabetico_Madeir a.pdf MENDES, K. D. S.; SILVEIRA, R. C. C. P.; GALVÃO, C.M. Revisão Integrativa:Método de Pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na Enfermagem.Texto e Contexto Enferm. 2008, v.17, n.4, p. 758-64. MILCHESKI, Dimas Andre, et al. Experiência inicial com terapia por pressão negativa por instilação em feridas complexas. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, [s. l.], p. 348-353, 2017. N. RUNKEL et al. Evidencebasedrecommendations for the use of Negative PressureWoundTherapy in traumaticwoundsandreconstructivesurgery:Stepstowardsaninternational consensus. Injury, Int. J. CareInjured, 2017, Volume 42, 01S12S. https://www.diabetesatlas.org/upload/resources/material/20200302_133351_IDFATLA%20S9e-final-web.pdf https://www.diabetesatlas.org/upload/resources/material/20200302_133351_IDFATLA%20S9e-final-web.pdf https://doi.org/10.1590/0100-69912017001001 https://www.ordemenfermeiros.pt/arquivo/projectos/Documents/Projetos_Melhoria_Qu%20alidade_Cuidados_Enfermagem/CentroSaudeBomJesus_PrevencaoPeDiabetico_Madeir%20a.pdf https://www.ordemenfermeiros.pt/arquivo/projectos/Documents/Projetos_Melhoria_Qu%20alidade_Cuidados_Enfermagem/CentroSaudeBomJesus_PrevencaoPeDiabetico_Madeir%20a.pdf https://www.ordemenfermeiros.pt/arquivo/projectos/Documents/Projetos_Melhoria_Qu%20alidade_Cuidados_Enfermagem/CentroSaudeBomJesus_PrevencaoPeDiabetico_Madeir%20a.pdf 42 OLIVEIRA, P., Bezerra, E., Andrade, L., Gomes, P., Soares, M., & Costa, M. (2016). Atuação dos enfermeiros da estratégia saúde da família na prevenção do pé diabético. Revista Online de Pesquisa, 8(3), 4841-4849. https://doi.org/10.9789/2175- 5361.2016.v8i3.4841-4849 SANTOS, J. D. (2014). A Pressão Negativa no Tratamento de Feridas - Estado da Arte. [Master´sdissertation, Universidade da Beira Interior – Ciências da Saúde]. Repositório Digital da Universidade da Beira Interior.https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/5025/1/3373_6749.pdf SILVA, C. d., Pereira, D., Almeida, D., & Venâncio, M. (2014). Pé diabético e avaliação do risco de ulceração. Revista de Enfermagem Referência, 4(1), 153-161. http://dx.doi.org/10.12707/RIII12166 SILVA AA, et al. assistência de enfermagem no tratamento de feridas por terapia de pressão subatmosférica (VAC) na UTI. Rev. Red. Cuid. Saud. v.10, n.2, p:20-80, 2016. SOCIEDADE EUROPEIA DE CARDIOLOGIA. (2019). Recomendações de Bolso da ESC - Recomendações de 2019 da ESC sobre diabetes, pré diabetes e doenças cardiovasculares. https://spc.pt/wp-content/uploads/2020/07/Diabetes-Definitivo.pdf TOSCANO CM, Sugita TH, Rosa MQM, Pedrosa HC, Rosa RDS, Bahia LR. Annual direct medical costsofdiabeticfootdisease in Brazil: a costofilllnessstudy. Int J Environ Res Public Health. 2019;15(1) . pii:E89. WANG, T., Li, X., Fan, L., Chen, B., Liu, J., Tao, Y., & Wang, X. (2019). Negative pressurewoundtherapypromotedwoundhealingbysuppressinginflammation via downregulating MAPK-JNK signalingpathway in diabeticfootpatients. Diabetes ResearchandClinicalPractice, 1(50), 81-89. https://doi.org/10.1016/j.diabres.2019.02.024 https://doi.org/10.9789/2175-%205361.2016.v8i3.4841-4849 https://doi.org/10.9789/2175-%205361.2016.v8i3.4841-4849 https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/5025/1/3373_6749.pdf http://dx.doi.org/10.12707/RIII12166 43 WORLD HEALTH ORGANIZATION (2016). Global Reporton Diabetes.http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/204871/1/9789241565257_eng.pdf. WYNN, M., & Freeman, S. (2019). The efficacyof negative pressurewoundtherapy for diabeticfootulcers: A systematised review. Journal of TissueViability, 28(3), 152- 160. https://doi.org/10.1016/j.jtv.2019.04.001 http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/204871/1/9789241565257_eng.pdf INTRODUÇÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS