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10
		licenciatura LEtras LÍNGUA PORTUGUESA 
 Porto velho
 2020
Francisco das Chagas Lira
Marta Hilario Gouveia
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Redações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro- Brasileira e Africana
Cidade
Ano
Francisco das Chagas Lira
Marta Hilario Gouveia
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Redações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro- Brasileira e Africana
Trabalho apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de: Licenciatura letras Língua Portuguesa
Professora: Suze Borda
 Porto Velho
 2020
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESENVOLVIMENTO	4
2.1	Educação das relações étnico- Raciais 	4
2.2	História e Cultura Afro- Brasileira e Africana- Determinações	5
2.3	Consiencia Política e Histórica da diversidade	6
2.4	Fortalecimento de Identidadades e de Direitos	7
2.5 Ações Educativas de Combate ao Racismo e a Discriminações.....................8
2.6 Obrigatoriedade do Ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras, Educação das Relações,Étnico-Raciais e os Conselhos de Educação...............................................9
3 CONCLUSÃO..........................................................................................................10
REFERÊNCIA............................................................................................................11
1 INTRODUÇÃO
 
 O presente artigo tem como objetivo, apresenta considerações através de um estudo de caso se reconhecer como negro no Brasil é um processo de tomada de consciência, que envolve o conhecimento das raízes africanas e um nível de criticidade capaz de problematizar as desigualdades entre negros e brancos nas relações étnico-raciais presentes na realidade. Ou seja, para que o negro alcance o sentimento de pertencimento é preciso um exercício intelectual que o leve a explorar sua história e suas potencialidades, e isso se passa pelo processo de aprendizado da História e Cultura Africana e Afro-brasileira, e descobrimento de suas raízes étnicas e raciais.
 É a partir dessas premissas, referentes ao pertencimento racial de um grupo que vem sofrendo com o racismo há mais de 500 anos, que surgiu o interesse em pesquisar como a promulgação da Lei 10.639/03 orienta e contribui para um ensino que valorize de fato a história e a cultura do povo negro, já que é a escola um dos espaços mais importantes na construção de conhecimento e formação do indivíduo. Mesmo que essa temática já estivesse expressa na LDB (1996), não era o suficiente para que fosse tratada de forma objetiva pelas instituições de ensino. Portanto, a obrigatoriedade da reorganização do currículo escolar a fim de dar a eles outros focos, buscando com que sejam mais voltados às diversidades cultural, social e racial presente em nossa sociedade, se configura como um importante avanço na luta contra as desigualdades raciais e por consequência sociais também. Assim, esta pesquisa busca refletir sobre a seguinte indagação: De que forma a Lei 10.639/03 e suas diretrizes curriculares orientam e contribuem para a Educação das Relações Étnico-Raciais e o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana no contexto do 2º ciclo do Ensino Fundamental Dessa forma, o objetivo deste estudo é discutir o que propõe a lei 10.639/03 e suas respectivas diretrizes escolares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, destacando como esse ensino pode e deve ser realizado no 2º Ciclo do Ensino Fundamental.
 A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e análise documental. Para isso, foi trazido ao texto discussões de notáveis pesquisadores da área da Educação das Relações étnico-raciais, os Pareceres e Resoluções referente a Educação das Relações Étnico-Raciais e dos PCN de História/Geografia para os anos iniciais e Temas Transversais. Assim, apresentamos neste estudo os conceitos de raça, racismo, etnia, identidade e negritude, pois são primordiais para a compreensão das questões que permeiam a problemática do negro no Brasil. Depois fazemos uma discussão sobre a importância do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana no contexto do segundo ciclo do ensino fundamental. E por último, contextualizamos a Lei 10.639/03 e o Parecer 003/2004 do Conselho Nacional de Educação apresentando-os e analisando-os como esse ensino pode ser feito no Ensino fundamental, mais precisamente no segundo ciclo dos anos iniciais. Por fim, nas escolas brasileiras.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
 
 A educação e o sucesso das políticas públicas de Estado, institucionais e pedagógicas, visando a reparações, reconhecimento e valorização da identidade, da cultura e da história dos negros brasileiros depende necessariamente de condições físicas, materiais, intelectuais e afetivas favoráveis para o ensino e para aprendizagens; em outras palavras, todos os alunos negros e não negros, bem como seus professores, precisam sentir-se valorizados e apoiados. Depende também, de maneira decisiva, da reeducação das relações entre negros e brancos, o que aqui estamos designando como relações étnico-raciais. 
 Depende, ainda, de trabalho conjunto, de articulação entre processos educativos escolares, políticas públicas, movimentos sociais, visto que as mudanças éticas, culturais, pedagógicas e políticas nas relações étnico-raciais não se limitam à escola. É importante destacar que se entende por raça a construção social forjada nas tensas relações entre brancos e negros, muitas vezes simuladas como harmoniosas, nada tendo a ver com o conceito biológico de raça cunhado no século XVIII e hoje sobejamente superado. 
 Cabe esclarecer que o termo raça é utilizado com frequência nas relações sociais brasileiras, para informar como determinadas características físicas, como cor de pele, tipo de cabelo, entre outras, influenciam, interferem e até mesmo determinam o destino e o lugar social dos sujeitos no interior da sociedade brasileira. Contudo, o termo foi ressignificado pelo Movimento Negro que, em várias situações, o utiliza com um sentido político e de valorização do legado deixado pelos africanos. É importante, também, explicar que o emprego do termo étnico, na expressão étnico-racial, serve para marcar que essas relações tensas devidas a diferenças na cor da pele e traços fisionômicos o são também devido à raiz cultural plantada na ancestralidade africana, que difere em visão de mundo, valores e princípios de origem indígena, europeia e asiática.
2.2 HISTÓRIA E CULTURA AFRO- BRASILEIRA E AFRICANA- DETERMINAÇÕES
 
 No entanto esse título é muito baseado na questão de determinações dos povos de origem Africanas, como a obrigatoriedade de inclusão de História e Cultura Afro-Brasileira e Africanos currículos da Educação Básica trata-se de decisão política, com fortes repercussões pedagógicas, inclusive na formação de professores. Com esta medida, reconhecesse que, além de garantir vagas para negros nos bancos escolares, é preciso valorizar devidamente a história e cultura de seu povo, buscando reparar danos, que se repetem há cinco séculos, à sua identidade e a seus direitos. A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira e africana não se restringe à população negra, ao contrário, diz respeito a todos os brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática. 
 É importante destacar que não se trata de mudar um foco etnocêntrico marcadamentede raiz europeia por um africano, mas de ampliar o foco dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira. Nesta perspectiva, cabe às escolas incluir no contexto dos estudos e atividades, que proporciona diariamente, também as contribuições histórico-culturais dos povos indígenas e dos descendentes de asiáticos, além das de raiz africana e europeia. provoca bem mais do que inclusão de novos conteúdos, exige que se repensem relações étnico-raciais, sociais, pedagógicas, procedimentos de ensino. Em outras palavras, aos estabelecimentos de ensino está sendo atribuída responsabilidade de acabar com o modo falso e reduzido de tratar a contribuição dos africanos escravizados e de seus descendentes para a construção da nação brasileira; de fiscalizar para que, no seu interior, os alunos negros deixem de sofrer os primeiros e continuados atos de racismo de que são vítimas. 
 Sem dúvida, assumir estas responsabilidades implica compromisso com o entorno sociocultural da escola, da comunidade onde está se encontra e a que serve, compromisso com a formação de cidadãos atuantes e democráticos, capazes de compreender as relações sociais e étnico-raciais de que participam ajudam a manter e/ou a reelaborar, capazes de decodificar palavras, fatos e situações a partir de diferentes perspectivas, de desempenhar-se em áreas de competências que lhe permitam continuar e aprofundar estudos em diferentes níveis de formação.
2.3 CONSIÊNCIA POLÍTICA E HISTÓRICA DA DIVERSIDADE
 É de suma importância que o Trabalho variar de varias cultura afro e indígena e o reconhecimento do legado deixado pelos mesmos, Acredito que a escola tem este dever enquanto instituição formadora. Buscar desenvolver e refletir estes aspectos com os educandos a fim de tentarmos construir uma sociedade mais justa e igualitária. Uma sociedade que saiba conviver com a diversidade e valorizá-la. Através de ações no cotidiano escolar oportunizaremos a superação da opressão racial, estabelecendo o princípio de democracia, que somos todos iguais. A valorização, o reconhecimento e a inclusão social da história, identidade e cultura afro do Brasil dependem da forma como são conduzidos tais aspectos, já que todos precisam se comprometer intelectual e afetivamente visando relações efetivas de participação social e cidadania comum a todos de direitos e deveres indiferente da condição étnico-racial de cada indivíduo. Sendo assim, cabe ao Poder Público, através de políticas igualitárias, em consonância com a Escola, que organiza e conduz processos pedagógicos de aprendizagens para todos de forma multicultural e aos Movimentos Sociais em lutar para que se supere a discriminação, assim, de forma conjunta se construa uma sociedade sem diferenças, deixando claro que esta tarefa não se limita só a Escola.
 O termo Raça na sociedade brasileira tem enfatizado a cor da pele, tipo de cabelo, características físicas e o lugar e grupo pertence, porém o Movimento Negro vem lutando para mostrar a importância da cultura africana e as contribuições trazidas, pois no Brasil uma parcela bastante expressiva da população é constituída de negros e descendentes, mas ainda não foram eliminados ideologias e estereótipos sofridos, onde por muitas vezes esta população é obrigada a negar ou deixar de lado suas origens culturais para não serem maus vistos na sociedade que ainda privilegia o branco como se fosse superior. 
 Quanto ao princípio de fortalecimento de identidade e de direitos, deve orientar para o desenvolvimento do processo de afirmação da identidade, da história negada ou distorcida, em como, o rompimento com imagens negativas transmitidas por diferentes meios de comunicação, contra os negros e os povos indígenas, como por exemplo, nos filmes e novelas geralmente vemos negras com papéis de empregadas domésticas ou de marginais, passando a ideia de que os afrodescendentes não são capazes de serem profissionais de sucesso, de ocuparem lugar de destaque na sociedade. Felizmente, de uns anos para cá, nota-se que já não é tão acentuada essa atitude de quem retém os meios de comunicações em suas mãos, e talvez até em função destas diretrizes, estão começando observar e transmitir outra ideia não distorcida sobre a capacidade do ser humano, independente de raça.
 
2.4 FORTALECIMENTO DE IDENTIDADES E DIREITOS 
 
 Por exemplos é possível dizer que até a década de 1980 a luta do movimento negro, no que se refere ao acesso à educação, possuía um discurso mais universalista. Porém, à medida que este movimento foi constatando que as políticas públicas de educação, de caráter universal, ao serem implementadas, não atendiam à grande massa da população negra, o seu discurso e suas reivindicações começaram a mudar. Foi nesse momento que as ações afirmativas, imergiam como uma possibilidade e passaram a ser demanda real e radical, principalmente a sua modalidade de cotas. 
 O movimento negro, assumindo uma postura política baseada nos estudos de colônias e pós-coloniais, analisa mais profundamente como os espaços de poder são ocupados, de forma a oprimir as diversas identidades a partir do discurso universalista. Assim, surgem novas formas de reivindicação para atender as especificidades e demandas do movimento negro, que passa a lutar por representatividade e legitimação das narrativas, pluralizando a produção do conhecimento, que antes era elaborado somente pelo viés do colonizador. No âmbito da educação, ações afirmativas, como interferiram decisivamente na formação de pedagogias da diversidade que compreendam o contexto plural da sociedade, buscando educar cidadãos que priorizem relações sociais baseadas no respeito à diferença e à diversidade cultural do país. 
 Tais com os sistemas de Ensino foram convocados para garantirem uma educação antirracista que contemplem o desenvolvimento dos conteúdos, competências, pesquisas, atitudes e valores de reconhecimento da história e cultura africana e afro-brasileira, oportunizando a formação humanística, a descolonização do conhecimento, a compreensão das diferenças, combatendo as desigualdades e legitimando direitos por muito tempo negligenciados aos afro-brasileiros. Portanto, afirmar direitos coletivos significa romper com a generalização, com a cultura assimilacionista e individualista, garantindo o respeito à diversidade étnico-raciais a partir do fortalecimento das identidades e da inter-relação das diferentes culturas na elaboração do conhecimento e na transformação social.
2.5 ACÕES EDUCATIVAS DE COMBATE AO RASCIMO E A DISCRIMINAÇÕES
 A escola tem um o papel de suma importância em formar o aluno para o exercício de cidadania, do trabalho e continuar aprendendo ao longo da vida. Esta é a orientação da Lei de Diretrizes de Bases e das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino no Brasil. Ampliar a cidadania é um dos objetivos principais que devem orientar o trabalho pedagógico, e por causa disso, a escola tem que buscar o desenvolvimento de competência e habilidades que permitam compreender a sociedade que vivemos. Mas esta sociedade deve ser entendida como uma produção “dinâmica” dos seres humanos, um processo permanente de construção e reconstrução. 
 Observe-se que o desenvolvimento da cidadania também significa a capacitação para saber avaliar o sentido do mundo em que se vive, os processos sociais e o papel de cada um nesses processos. Ainda que a perspectiva e os procedimentos do professor possam ser considerados tradicionais, e inegável existência de certa coerência entre o conceito adotado de cidadania e a prática pedagógica. Uma vez que seu conceito informa uma concepção de cidadão ativo, capaz de situar-se diante de dificuldade, de formar opiniões próprias, de ler o mundo, de distinguir o “verdadeiro e o aparente”, sua prática pedagógica não se encaminha para a transmissão de regras e para o condicionamento de comportamento, mais para a construção decompetências e a habilidade que permitam ler o mundo e interpretá-lo. 
 Em consequências disso o papel da escola é buscar meios através de bibliografia sobre as questões étnicas e raciais, eleger o tema para discussão em grupo de estudos e fomentar a criação de cursos para que os professores, técnicos, alunos, ou melhor, a comunidade escolar como um todo, possa se aprofundar nas causas e consequências da dispersão dos africanos pelo mundo e abordar a História da África antes da escravidão. Enfocando as contribuições dos afrodescendentes para o desenvolvimento da humanidade. A questão racial é assunto de todos e deve ser conduzida para a reeducação das relações entre descendentes de africanos, de europeus e de outros povos. Só assim haverá o reconhecimento da existência, da necessidade de valorização e do respeito ao afrodescendente e a sua cultura dentro da escola
2.6 OBRIGATÓRIEDADE DO ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRAS, EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E OS CONSELHOS DE EDUCAÇÃO 
 Assim as Diretrizes são dimensões normativas, reguladoras de caminhos, embora não fechadas a que historicamente possam, a partir das determinações iniciais, tomar novos rumos. Diretrizes não visam a desencadear ações uniformes, todavia, objetivam oferecer referências e critérios para que se implantem ações, as avaliem e reformulem no que e quando necessário. Estas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, na medida em que procedem de ditames constitucionais e de marcos legais nacionais, na medida em que se referem ao resgate de uma comunidade que povoou e construiu a nação brasileira, atingem o âmago do pacto federativo. 
 Nessa medida, cabe aos conselhos de Educação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios aclimatar tais diretrizes, dentro do regime de colaboração e da autonomia de entes federativos, a seus respectivos sistemas, dando ênfase à importância de os planejamentos valorizarem, sem omitir outras regiões, a participação dos afrodescendentes, do período escravista aos nossos dias, na sociedade, economia, política, cultura da região e da localidade; definindo medidas urgentes para formação de professores; incentivando o desenvolvimento de pesquisas bem como envolvimento comunitário.
· Diante da exclusão secular da população negra dos bancos escolares,
notadamente em nossos dias, no ensino superior;
· diante da necessidade de crianças, jovens e adultos estudantes sentirem-se contemplados e respeitados, em suas peculiaridades, inclusive as étnico-raciais, nos programas e projetos educacionais;
· Diante da ignorância que diferentes grupos étnico-raciais têm uns dos outros, bem como da necessidade de superar esta ignorância para que se construa uma sociedade democrática;
· Diante, também, da violência explícita ou simbólica, gerada por toda sorte
de racismos e discriminações, que sofrem os negros descendentes de africanos;
· Diante de humilhações e ultrajes sofridos por estudantes negros, em todos os níveis de ensino, em consequência de posturas, atitudes, textos e materiais de ensino com conteúdo racistas;
3. CONLUSÃO
 Em virtude dos fatos mencionados, cada vez mais se intensificam propostas de uma educação inclusiva e, tratar da temática da diversidade e diferença, é um desafio para o educador, exigindo dele uma capacidade criativa e reflexiva para que possa superá-lo. Com relação às questões étnico-raciais se pressupõe uma apropriação teórica por par educadores, refletindo sobre a forma como se percebe o outro, sobre a especificidade relações entre brancos e negros; discutindo as formas de hierarquização, exclusão daqueles considerados diferentes do padrão aceito e valorizado como ideal; buscando saber como se construiu, ao longo da história, a ideologia de que ser diferente significa ser inferior; conhecendo aspectos da História e da Cultura Afro-Brasileira e Africana, numa visão diferente da abordagem trazida pelos livros didáticos tradicionais e, construindo novas formas de perceber e agir em relação a quem é diferente, repensando os seus próprios valores e possíveis precoce.
 Entretanto para que essas políticas se efetivem na prática torna-se necessário que os professores também assumam o papel de tratar da questão dos engrossem visões estereotipadas e carregadas de preconceito. A formação do educador é o que também se faz determinante para uma educação antirracista, o olhar crítico dele ao abordar a história e a cultura do negro na África e no Brasil deve se dar de forma positiva, com isso conseguir responder às demandas sociais e raciais exigidas pelos movimentos negros. Portanto, essa discussão se torna essencial em sua formação, devendo ela, ser tratada como um princípio ético de todo professor. 
 Desta forma, a conscientização dessas desigualdades e a superação do racismo podem ser orientadas por estas políticas educacionais e fazer do espaço escolar um espaço integrador que contradiz a ideologia que reforça as diferenças como algo negativo e segrega os sujeitos que ali estão inseridos. Uma vez que a promulgação da contribuição do Estado Brasileiro na luta contra essas desigualdades.
REFERÊNCIAS
SALUM, Marta Heloísa Leuba. África: culturas e sociedades. Texto que integra a Série
Formas de Humanidade, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São
Paulo. São Paulo, janeiro de 1999. Disponível em: http:www.casadasafricas.org.br/. Acesso em: 15 de outubro de 2013.
SANTOS, Isabel Aparecida dos. A responsabilidade da escola na eliminação do preconceito racial: Alguns caminhos. In: CAVALLEIRO, Eliane dos Santos (Org.). Racismo e anti racismo na educação: repensando nossa escola. São Paulo: Selo Negro, 2002.
SANTOS, Joel Rufino. O que é racismo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1980.
IDDES, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações
raciais no Brasil: uma breve discussão. In: Educação anti-racista: caminhos abertos pela
Lei Federal nº 10.639/03. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade. Brasília: Ministério da Educação, SECAD, 2009
ROSEMBERG, Fúlvia. Análise dos Modelos Culturais na Literatura Infanto-Juvenil
Brasileira. São Paulo, Fundação Carlos Chagas, 1980.
Santana, Vania. Marco conceitual do projeto A Cor da Cultura. Brasília: Espiar,
2005.
SOUSA, Andréia L. Personagens Negros na Literatura Infantil e Juvenil.
THOMPSON, John B. A mídia e a modernidade: uma teoria social de mídia. Rio de
Janeiro: Petrópolis, 1999
UNESCO. Declaração Universal dos Direitos Humanos, Viena, 1994.
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