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Identificar o Agente etiológico do sarampo. 
- A família Paramyxoviridae inclui os seguintes gêneros: Morbillivirus, Paramyxovirus e Pneumovirus. 
→ Entre os morbilivírus patogênicos ao homem, podemos citar o vírus do sarampo; 
→ Entre os paramixovírus, o vírus parainfluenza e o vírus da caxumba, 
→ Entre os pneumovírus, o vírus sincicial respiratório (VSR) e o metapneumovírus. 
- O vírus do sarampo provoca infecção generalizada potencialmente grave, caracterizada pelo exantema 
maculopapular. 
- Os vírus do sarampo e da caxumba possuem um único sorotipo e a proteção é fornecida pela administração 
de vacina viva. Nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos, o sucesso nos programas de vacinação 
utilizando vacinas vivas de sarampo e caxumba tornou essas doenças raras. Mais precisamente, tais 
programas acarretaram eliminação virtual das sequelas graves do sarampo. 
- Os paramixovírus são relativamente grandes, com o genoma composto por RNA de fita simples contido em 
um nucleocapsídeo helicoidal envolvido por um envelope pleomórfico. 
→ O vírus apresenta um virion grande e envelopado que pode ser facilmente inativado por meio de 
ressecamento e acidez 
→ O período de contágio precede os sintomas 
→ A infecção é limitada a humanos 
→ Existe somente um único sorotipo 
→ A imunidade adquirida é vitalícia 
- Capacidade de fazer fusão celular- formando células gigantes 
- O vírus consegue passar de celular em célula, fugindo da ação dos anticorpos. 
Relacionar a estrutura da vírus com sua forma de transmissão 
- Os vírus foram primeiramente descritos como “agentes filtráveis” pois seu pequeno tamanho permite-lhes 
passar através de filtros projetados para reter bactérias. 
- Diferentemente da maioria das bactérias, dos fungos e dos parasitas, os vírus são parasitas intracelulares 
obrigatórios, que dependem do maquinário bioquímico da célula do hospedeiro para a sua replicação. 
- Os vírus mais simples consistem em um genoma de DNA ou RNA empacotado em um envoltório protetor de 
proteína e, em alguns vírus, em uma membrana. 
- Aos vírus, falta a capacidade de gerar energia ou substratos e de fazer suas próprias proteínas, além de não 
terem a capacidade de replicar seu genoma independentemente da célula do hospedeiro. Para usar o 
maquinário biossintético da célula, os vírus devem adaptar-se às regras bioquímicas dela 
 
 
Estrutura do Virion 
- O virion (partícula do vírus) consiste em um genoma de ácido nucleico empacotado numa cobertura proteica 
(capsídeo) ou numa membrana (envelope). O virion pode conter também certas enzimas essenciais ou 
acessórias ou outras proteínas para facilitar a replicação inicial na célula. As proteínas do capsídeo ou as 
proteínas de ligação do ácido nucleico podem associar-se com o genoma para formar um nucleocapsídeo, que 
pode ser o mesmo do virion ou envolto por um envelope 
 
- O genoma do vírus consiste em DNA ou RNA. O DNA pode ser de fita simples ou dupla, linear ou circular. O 
RNA pode ser de sentido positivo (+) (como o RNA mensageiro [RNAm]) ou negativo (–) (análogo a um 
negativo fotográfico), de dupla-fita (+/–) ou de duplo sentido (contendo regiões + e – de RNA ligadas 
extremidade a extemidade). O genoma do RNA pode também ser segmentado em pedaços, com cada pedaço 
codificando um ou mais genes. Assim como há muitos tipos diferentes de dispositivos de memória para 
computadores, todas essas formas de ácido nucleico podem manter e transmitir a informação genética do 
vírus. Similarmente, quanto maior o genoma, mais informações (genes) ele pode carregar e tanto maior será o 
capsídeo ou a estrutura de envelope requerida para conter o genoma. 
- A camada externa do virion é o capsídeo ou envelope. Essas estruturas são o pacote, a proteção e o veículo 
de liberação durante a transmissão do vírus de um hospedeiro para outro e para a dispersão para a 
célula-alvo dentro do hospedeiro. As estruturas da superfície do capsídeo e do envelope medeiam a interação 
do vírus com a célula-alvo por meio de uma proteína de fixação viral (VAP) ou estrutura. A remoção ou o 
rompimento da parte externa deste pacote inativa o vírus. Os anticorpos gerados contra os componentes 
dessas estruturas impedem a infecção viral 
- O capsídeo é uma estrutura rígida capaz de resistir a severas condições ambientais. Os vírus com capsídeos 
sem cobertura são geralmente resistentes ao ressecamento, ao ácido e a detergentes, incluindo o ácido e a 
bile do trato entérico. Muitos desses vírus são transmitidos pela rota fecal-oral e podem preservar a 
capacidade de transmissão mesmo no esgoto. 
- O envelope é uma membrana composta de lipídios, proteínas e glicoproteínas. A estrutura membranosa do 
envelope pode ser mantida apenas em soluções aquosas. É prontamente rompida por ressecamento, 
condições ácidas, detergentes e solventes, tais como éter, o que resulta na inativação do vírus. Como 
consequência, vírus envelopados devem permanecer úmidos e são geralmente transmitidos em fluidos, 
perdigotos, sangue e tecidos. A maioria não pode sobreviver às condições severas do trato gastrointestinal. 
TRANSMISSAO DO SARAMPO: O vírus se instala na mucosa do nariz e nos seios da face para se reproduzir e 
depois vai para a corrente sanguínea-pleomórficas. A pessoa infectada pode transmitir o vírus para 90% das 
pessoas próximas, se caso não estiverem imunizadas. A transmissão ocorre 4 dias antes e 4 dias depois do 
aparecimento de manchas vermelhas pelo corpo. Depois do contato com alguém doente a pessoa pode 
apresentar os sintomas após 10 dias variando de 7 a 18 dias. 
Listar os sinais e sintomas do sarampo 
Inicia com febre alta e “TCCF” – tosse, coriza, conjuntivite e fotofobia. Após 2 dias dos sintoma prodrômicos 
da doença aparecem as lesões típicas na membrana mucosa e conhecidas como manchas de Koplik. Essas 
manchas são observadas geralmente na mucosa bucal próximo aos molares, podendo ainda aparecer em 
outras membranas de mucosa, como a conjuntiva e a vagina. Dentro de 12 a 24 horas do aparecimento das 
manchas de Koplik, o exantema do sarampo começa atrás das orelhas e se espalha por todo o corpo. O 
exantema é maculopapular, em geral de grande extensão, e frequentemente as lesões se tornam confluentes. 
As lesões levam de 1 a 2 dias para cobrir o corpo e desaparecem da mesma maneira que apareceram. A febre 
se apresenta mais alta no dia do aparecimento das lesões, deixando o paciente mais abatido 
Complicações: 
- A pneumonia, que pode ser uma séria complicação, representa 60% das causas de óbito por sarampo. A 
mortalidade associada com pneumonia é alta nos casos de desnutrição e nas faixas etárias extremas. A 
superinfecção bacteriana é comum em pacientes com pneumonia causada pelo vírus do sarampo. 
- Complicação mais indesejada do sarampo é a encefalite, que ocorre em menos de 0,5% dos infectados, 
porém com taxa de óbito de 15%. A encefalite raramente surge na fase aguda da doença, mas costuma 
começar7 a 10 dias após o início da enfermidade. A encefalite pós-infecciosa é ocasionada por reações 
imunopatogênicas, é associada com desmielinização dos neurônios, e se apresenta, com mais frequência, em 
crianças mais velhas e em adultos. 
- O sarampo atípico ocorre em pessoas que receberam a antiga vacina de sarampo inativada e foram 
subsequentemente expostas ao tipo selvagem do vírus. Em situações raras pode ocorrer também em pessoas 
vacinadas com o vírus atenuado. Sensibilização anterior sem proteção suficiente pode ampliar a resposta 
imunopatológica à exposição ao vírus selvagem. A doença começa abruptamente e é a forma mais extrema de 
apresentação do sarampo. 
- A SSPE (panencefalite esclerosante subaguda) é extremamente grave, uma sequela neurológica tardia do 
sarampo que acomete cerca de sete em cada um milhão de pacientes. A doença ocorre quando um vírus do 
sarampo defeituoso persiste no cérebro e atua como vírus lento. O vírus faz sua replicação e disseminação 
diretamente célula a célula, mas não é liberado. A SSPE é mais prevalente em crianças que foram inicialmente 
infectadas antes dos 2 anos de idade e surge aproximadamente 7 anos após o diagnóstico clínico do sarampo. 
O paciente apresenta alterações na personalidade, no comportamento e na memória, acompanhadas de 
contração muscular mioclônica, cegueira e espasmos. Níveis altos de anticorpos contra o sarampo podem ser 
encontrados no sangue e no líquido cefalorraquidiano de pacientes com SSPE, diferentemente do que ocorre 
em pacientes com as demais apresentações de sarampo. 
 
Definir os motivos que caracterizam um caso suspeito de 
sarampo 
Quem Está sob Risco? 
→ Pessoas não vacinadas 
→ Pessoas desnutridas apresentam evolução para quadros mais graves 
→ Pessoas imunocomprometidas manifestam evolução para quadros mais graves 
- As manifestações clínicas do sarampo são normalmente muito características e raramente se faz necessária 
a realização de testes laboratoriais para estabelecer um diagnóstico. O vírus do sarampo é de difícil 
isolamento e cultura, apesar de crescer bem em células primárias de origem humana e símia. Secreções do 
trato respiratório, urina, sangue e tecido cerebral são os espécimes recomendados. É melhor que sejam 
coletados espécimes sanguíneos e respiratórios durante o pródomo e até 1 a 2 dias depois do surgimento do 
exantema. 
- O antígeno de sarampo pode ser detectado em células da faringe ou em sedimentos da urina utilizando-se 
imunofluorescência; o genoma do sarampo pode ser identificado por meio da reação em cadeia da 
polimerase precedida de transcrição reversa (RT-PCR) em quaisquer dos espécimes citados. Os efeitos 
citopatológicos característicos, incluindo as células gigantes multinucleadas apresentando corpos de inclusão 
no citoplasma, podem ser visualizados pela coloração das células do trato superior respiratório e sedimentos 
da urina corados com Giemsa. 
- Os anticorpos, especialmente a imunoglobulina M (IgM), podem ser detectados quando há exantema. A 
infecção por sarampo pode ser confirmada quando se observa a soroconversão ou pelo aumento de até 
quatro vezes do título de anticorpos específicos para sarampo obtidos do soro entre a fase aguda e a fase 
convalescente. 
Definir de caso suspeito: 
- todo paciente que apresentar febre e exantema máculopapular acompanhados de um ou mais dos 
sintomas: coriza e/ou tosse e/ou conjuntivite, 
- independentemente da idade e situação vacinal, ou 
- todo indivíduo suspeito com história de viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou de contato, no mesmo 
período, com alguém que viajou ao exterior. 
 
 
 
 
 
Discutir a importância da carteira de vacinação estar 
completa e atualizada 
IMPORTANCIA DA CARTEIRA DE VACINACAO COMPLETA: 
→ Todo bebe, quando nasce recebe uma caderneta de vacinação criada pelo ministério da saúde, onde é 
possível ver quais vacinas já foram tomadas e quais ainda precisam ser. 
→ Nas primeiras semanas de vida o bebe deve tomar a vacina BCG e da hepatite B e ao longo dos primeiros 
anos de vida criança deve tomar outras vacinas importantes para o seu desenvolvimento saudável 
→ A manutenção e a atualização da carteirinha de vacinação são importantes, pois serão requisitados durante 
toda a vida em diversos setores 
→ Como a quantidade de vacinas é muito grande, e algumas precisam de reforço, é necessário um 
atendimento com um profissional da saúde para realizar essas vacinações corretamente, para que a formação 
dos anticorpos se dê no tempo necessário para que a imunidade aconteça de forma correta. 
VACINA DO SARAMPO: 
Criança: 
1ª dose- 12 meses de idade: devem receber a primeira dose da tríplice viral (caxumba, rubéola e sarampo) 
2ª dose- 15 meses de idade: devem receber a vacina tetra viral (segunda dose da tríplice + vacina contra 
varicela) 
→ Dose extra- A partir de 6 meses de idade até 11 meses e 29 dias: Em 2019, o Ministério da Saúde 
implementou a dose 0 da vacina do sarampo, devido ao aumento do número de casos. 
Adulto: 
→ Tomou apenas 1 dose até os 29 anos de idade, recomenda-se tomar a segunda dose. 
→ Não tomou nenhuma dose, perdeu a carteira de vacinação ou não se lembra: 
- De 1 a 29 anos: necessárias as 2 doses 
- De 30 a 59 anos: apenas 1 dose. 
Gravidas: 
→ É contraindicada a vacinação, já que ela é produzida com vírus vivo, apesar de atenuado. 
Citar as doenças virais de notificação compulsória 
· Rubéola 
· Sarampo 
· Hepatite B 
· Hepatite C 
· Poliomielite 
· Hantavirose 
· Febre Amarela· Raiva Humana 
· Paralisia Flácida Aguda 
· Síndrome da Rubéola Congênita 
· Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids) 
· Síndrome Respiratória Aguda Associada ao Corona Vírus 
Interpretar os exames sorológicos dos pacientes e associar 
os resultados com as produções e funções e dos anticorpos 
IgM e IgG 
→ O exame sorológico é baseado na sorologia, um conceito utilizado especialmente no campo da medicina 
que se refere a um exame de laboratório efetuado para comprovar a presença de anticorpos no sangue, ou 
seja, determinar concretamente sua presença. 
O exame sorológico também pode ser usado para identificar a presença (ou revela a ausência) de anticorpos 
relacionados a um patógeno no sangue do paciente e a presença do próprio patógeno (vírus, bactéria, 
protozoário, etc). 
O exame sorológico tem o objetivo de identificar dois tipos de moléculas: a IgM e a IgG. 
→ A IgM é a molécula que é formada rapidamente no corpo logo após o primeiro contato com uma infecção. 
É através dessa molécula, formada perfeitamente para aquela determinada infecção, que o corpo organiza o 
ataque inicial para combatê-la. Essa molécula tem como característica ter uma vida curta, assim não dura 
muito tempo no corpo. 
→ A IgG é uma molécula que demora mais tempo para ser formada, e ela é responsável pelo impedimento da 
reinfecção. Funciona como soldados especializados no reconhecimento e combate, dessa forma impedido que 
uma nova infecção, caso o agente causador entre em contato com o corpo. 
 
 M.S.V., com sinais e sintomas sugestivos de sarampo, não apresentou carteira de 
vacinação; IgM negativo e IgG positivo 
 
 A.S.M., com sinais e sintomas sugestivos de sarampo, apresentou carteira de vacinação completa; 
IgM positivo e IgG negativo 
 
 
 M.V.S: Essa pessoa teve produção de anticorpos com relação ao sarampo, ou já teve a doença, ou 
tomou vacina. NÃO está com sarampo. 
 
 A.S.M: Essa pessoa está com sarampo. 
 
Diagnostico laboratorial: Sorologia para anticorpos específicos (Elisa) em amostra coletada até 28 dias após o 
início do exantema. 
- O ELISA é um teste sorológico que indica se há a presença de imunoglobulina da classe M (igm) especifica 
para vírus no plasma. 
NA FASE AGUDA: 
A detecção de anticorpos da classe igM, pode ser feita por outras técnicas: Imunofluorescencia direta, 
Inibição da hemaglutinacao. 
- Os níveis de IgM decrescem durante o período de convalescença 
- Os níveis de IgG aumentam após a fase aguda. 
Em laboratório: Pode ser feita a análise das secreções nasofaríngeas, orofaríngeas e urina, sangue, líquido 
cefalorraquidiano e tecidos. 
- Através do PCR, reação em cadeias de poliremos, preferencialmente nos primeiros dias de sintomas 
DIFERENÇAS ENTRE IgM E IgG: 
A) FUNÇAO IgG e IgM: 
IgG: Recobrem os microrganismos e os tornam alvo para a fagocitose porque os fagócitos possuem 
receptores para partes das moléculas de IGg. 
- opsonização, cobrir microrganismos para que sejam mais facilmente reconhecidos por macrofagos. 
- Ativação do complemento, 
- Neutralização do antígeno 
- Atravessa a placenta 
IgM: Receptor de antígeno na célula B imatura (forma monomérica), ativação do complemento 
B) LOCAL DE PRODUÇÃO: 
IgG: Plasmócitos derivados de linfócitos B e células de memória 
IgM: plasmócitos derivados de linfócitos B. 
D) QUANDO OCORRE A TROCA DE CLASSE: 
- Celular B virgens presentes na medula vão para o tecido linfoide secundário e penetram no folículo linfoide 
secundário 
- Antígenos opsonizados são preservados pelo macrófago que apresenta o linfócito B, ativando-o

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