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Deficiências e 
Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e 
Linguagem
Sumário
 
CLIQUE NO CAPÍTULO PARA SER REDIRECIONADO
Deficiência lntelectual (DI) 
 Desenvolvimento 
 Características 
 Critérios Diagnósticos 
 Diagnóstico Diferencial e Comorbidades 
Transtorno do Espectro Autista (TEA) 
 Desenvolvimento 
 Características 
 Critérios Diagnósticos 
 Diagnóstico Diferencial e Comorbidades 
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
 Desenvolvimento 
 Características 
 Critérios Diagnósticos 
 Diagnóstico Diferencial e Comorbidades 
Transtornos da Comunicação (Linguagem)
 Desenvolvimento 
 Características 
 Critérios Diagnósticos 
 Diagnóstico Diferencial e Comorbidades 
Referências 
5
16
28
35
43
Objetivos Definição
Explicando Melhor Você Sabia?
Acesse Resumindo
Nota Importante
Saiba Mais Reflita
Atividades Testando
Para o início do 
desenvolvimento de uma 
nova competência;
Se houver necessidade 
de se apresentar um novo 
conceito;
Algo precisa ser melhor 
explicado ou detalhado;
Curiosidades indagações 
lúdicas sobre o tema em 
estudo, se form necessarias;
Se for preciso acesar um 
ou mais sites para fazer 
dowload, assistir videos, ler 
textos, ouvir podcast;
Quando for preciso se fazer 
um resumo acumulativo 
das últimas abordagens;
quando forem necessárias 
observações ou 
complementações para o
seu conhecimento;
As observações escritas 
tiveram que ser priorizadas 
para você;
Textos, referências 
bibliográficas e links para 
aprofundamento do seu 
conhecimento;
Se houver a necessidade 
de chamar a atenção 
sobre algo a ser refletido ou 
discutido sobre;
Quando alguma atividade 
de autoaprendizagem for 
aplicada;
Quando o desenvolvimento 
de uma competência for 
concluído e questões forem 
explicadas. 
@faculdadelibano_
1
Deficiência 
lntelectual (DI)
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Capítulo 1
Deficiência lntelectual (DI)
Objetivos
Ao término deste capítulo, você será capaz de compreender e de 
identificar os aspectos diagnósticos e as características da Deficiência 
Intelectual. Essa competência é fundamental para a realização de 
diagnósticos diferenciais e comorbidades. E então? Vamos começar?
Desenvolvimento
A Deficiência Intelectual pode ocorrer em todas as raças e culturas e é identificada 
no período do desenvolvimento. Em geral, indivíduos do sexo masculino têm mais 
propensão ao diagnóstico do que os do sexo feminino. Nos primeiros anos de vida, é 
possível identificar atrasos no neurodesenvolvimento que podem predizer a Deficiência 
Intelectual. 
Os marcos desenvolvimentais mais avaliados são os motores, a linguagem e os aspectos 
psicossociais. Entretanto, nem sempre os atrasos são identificados precocemente, já 
que a confirmação e a identificação do diagnóstico de Deficiência Intelectual ocorrem 
com a queixa de dificuldade escolar.
A Deficiência Intelectual não é progressiva, ou seja, não há piora do quadro com o passar 
dos anos, embora o transtorno dure a vida toda. No entanto, em algumas comorbidades 
como a Síndrome de Rett, podem ocorrer períodos de piora seguidos de estabilização 
do quadro (APA, 2022). 
A Deficiência Intelectual pode ter um diagnóstico isolado (sozinho) ou pode ter condições 
comórbidas, como Transtorno do Espectro Autista, Síndrome de Down, outras deficiências 
sensoriais, epilepsia, entre outros.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Deficiência lntelectual (DI) Capítulo 1
Por vezes, o curso da deficiência pode ser alterado quando diagnosticada precocemente 
e realizadas intervenções multiprofissionais.
Características
A Deficiência Intelectual é caracterizada como uma condição limitante que compromete 
o desempenho do indivíduo. A tríade característica da Deficiência Intelectual compreende 
o déficit nas habilidades intelectuais, o prejuízo na capacidade funcional e adaptativa e 
o período de desenvolvimento da deficiência, antes dos 18 anos de idade.
Importante
O conhecimento cultural e étnico é necessário para o diagnóstico de DI, 
pois o funcionamento adaptativo da criança ocorre de acordo com a 
cultura em que ela está inserida.
Nota
A criança com DI possui mais dificuldade para interpretar conceitos 
abstratos, por isso trabalhar com conteúdos concretos auxilia na 
aprendizagem.
De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID- 10), a Deficiência 
Intelectual apresenta um desenvolvimento incompleto do funcionamento intelectual. 
Compreende-se por funcionamento intelectual as capacidades ou as funções cognitivas. 
Dessa forma, a principal característica da Deficiência Intelectual é o prejuízo cognitivo 
significativo verificado por meio do funcionamento da inteligência global em testes 
neuropsicológicos. 
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Deficiência lntelectual (DI) Capítulo 1
Na Deficiência Intelectual, verificamos que o funcionamento cognitivo está deficitário e 
pode apresentar as seguintes características: raciocínio lógico restrito, baixa capacidade 
de planejamento, dificuldade em formar pensamentos abstratos, dificuldade em 
memorização e aprendizagem, limitação atencional, prejuízo em generalização, 
dificuldade na capacidade expressiva, prejuízo em resolução de problemas.
Além do prejuízo no funcionamento intelectual, a Deficiência Intelectual também 
apresenta como característica a baixa capacidade funcional e adaptativa. Isso significa 
que o indivíduo apresenta limitações em competências sociais, emocionais e práticas, 
como comunicação, habilidades acadêmicas, autocuidado, socialização, entre outros 
aspectos da vida diária.
A Deficiência Intelectual é uma condição heterogênea, ou seja, as características são 
diversificadas de acordo com cada quadro e história de vida do indivíduo. As crianças 
com Deficiência Intelectual podem apresentar quadros de dificuldades na regulação de 
emoções, na interpretação de pistas sociais e na avaliação de riscos. 
Essas características podem predispor a comportamentos agressivos ou disruptivos, 
incluindo a possibilidade de envolvimento em situações devido à ingenuidade e à 
tendência de fácil manipulação.
Explicando Melhor
A tríade diagnóstica da Deficiência Intelectual é composta pelas 
seguintes características: avaliação intelectual, avaliação funcional/
adaptativa e ocorrência no período do desenvolvimento.
Reflita
São sinais que podem indicar DI: falta de interesse pelas atividades dadas 
em sala de aula; pouca interação com os colegas e com a professora; 
dificuldade na coordenação motora (grossa e fina); dificuldade para 
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Deficiência lntelectual (DI) Capítulo 1
Crianças e adolescentes com diagnóstico de Deficiência Intelectual que apresentem 
comorbidade com outros transtornos mentais podem exibir comportamento de risco 
de suicídio. 
Em decorrência da falta de consciência de riscos e perigos, as tentativas de suicídio e as 
lesões são elevadas e precisam ser investigadas com maior rigor.
 
Critérios Diagnósticos
De acordo com os critérios diagnósticos do DSM-5 (APA, 2022), a Deficiência Intelectual 
tem início no período do desenvolvimento e inclui déficits intelectuais e adaptativos. 
Deve necessariamente obter os três critérios a seguir:
• Apresentar déficit intelectual comprovado por testes de inteligência
• padronizados e individualizados.
• Apresentar déficit na função adaptativa que limitam o funcionamento em uma 
ou mais atividades diárias (comunicação, socialização, autonomia) em múltiplos 
ambientes (escola, casa, trabalho, comunidade).
• Início de déficits intelectuais e adaptativos durante o período de desenvolvimento.
identificar letras, desenvolver a fala de maneira satisfatória; dificuldade 
em se adaptar aos mais variados ambientes; quando a criança perde 
ou esquece o que já havia aprendido.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Deficiência lntelectual (DI) Capítulo 1
A Deficiência intelectual é especificada por níveisde gravidade com base no 
funcionamento adaptativo do indivíduo: leve, moderado, grave e profunda. As medidas 
de QI não são verificadas na classificação de gravidade, pois não há alterações 
significativas na extremidade inferior desse coeficiente.
Você Sabia?
Quociente de Inteligência, o famoso QI, é uma medida obtida por meio 
de testes que mensuram a inteligência do indivíduo.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Deficiência lntelectual (DI) Capítulo 1
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Deficiência lntelectual (DI) Capítulo 1
Ainda, a inclusão é um instrumento importante na qualidade de vida da pessoa com 
Deficiência Intelectual, pois permite o acesso a todos os recursos da comunidade, que 
favorecerão o seu desenvolvimento global, sua autonomia e ajudarão a construir a sua 
cidadania.
Em nível leve, as crianças apresentam dificuldades em aprender conceitos de leitura, 
escrita, matemática, tempo e, geralmente, precisam de abordagens mais concretas 
para a resolução de problemas.
Mostram-se imaturas, com dificuldade de compreender pistas sociais e na regulação de 
emoções e comportamentos, são indivíduos facilmente manipulados, pois apresentam 
julgamento social alterado. No domínio prático, podem não apresentar dificuldades 
TABELA 1
Níveis de gravidade para transtorno do desenvolvimento intelectual 
(deficiência intelectual) 
FONTE
Tabela (APA 2022) 
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Deficiência lntelectual (DI) Capítulo 1
em cuidados básicos, como tomar banho, trocar de roupa, atender a um telefone, mas 
apresentam prejuízo em tarefas mais complexas.
Em nível moderada, as crianças apresentam atrasos consideráveis e significativos na 
aprendizagem com relação aos pares. O processo de aprendizagem da leitura, escrita, 
matemática e tempo é bem limitado e se desenvolve com maior lentidão. Os indivíduos se 
relacionam com pares (embora não consigam interpretar pistas sociais), as diferenças 
costumam limitar as relações e as crianças preferem brincar com amigos de menor 
idade. As atividades básicas como vestir, tomar banho e comer são realizadas por elas 
sozinhas, mas há necessidade de maior período para a aquisição dessas habilidades.
Em nível grave, as crianças possuem pouca compreensão da linguagem escrita e dos 
conceitos matemáticos/numéricos. A linguagem falada é limitada em vocabulário e 
gramática, e as crianças costumam usar discursos simples para se expressar. Precisam 
de apoio e supervisão nas atividades básicas, como se vestir, tomar banho e se alimentar, 
as crianças não conseguem tomar decisões sozinhas.
Em nível profundo, as crianças possuem mais contato e facilidade com o mundo físico 
do que o simbólico. Alguns conceitos e habilidades podem ser adquiridos, desde que 
trabalhados concretamente, como tarefas de combinar e classificar. Compreendem 
instruções e gestos simples, comunicam-se mais de modo não verbal e não simbólico. 
São indivíduos completamente dependentes nos aspectos de cuidados básicos. A 
ocorrência de prejuízos físicos e sensoriais pode impedir as atividades e a comunicação.
 
Diagnóstico Diferencial e Comorbidades
Diagnóstico diferencial se refere a todas as doenças que também podem explicar os sinais 
e sintomas do paciente. Portanto, é necessário restringir um grupo de possibilidades, que 
Importante
O uso de testes de Quociente de Inteligência (QI) é exclusivo do profissional 
psicólogo.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Deficiência lntelectual (DI) Capítulo 1
são semelhantes, e devem ser elencadas como prováveis diagnósticos. A realização do 
diagnóstico diferencial é feita por meio de testes, exames, sinais e sintomas específicos 
que permitem um diagnóstico final.
Na Deficiência Intelectual, o diagnóstico deve ser feito sempre que atendidos todos 
os três critérios já descritos anteriormente. Sempre que houver o diagnóstico de uma 
síndrome genética em um quadro de investigação de DI, esta deve ser registrada como 
comorbidade com a Deficiência Intelectual.
Vamos descrever os principais diagnósticos diferenciais com a Deficiência 
Intelectual. Primeiramente, é necessário diferenciar os transtornos neurocognitivos 
da Deficiência Intelectual. A Deficiência Intelectual é definida como um transtorno 
do neurodesenvolvimento, diferentemente dos transtornos neurocognitivos, que se 
caracterizam pela perda do funcionamento cognitivo. Ou seja, no primeiro caso, o 
indivíduo possui o diagnóstico desde a infância ou adolescência; no segundo caso, 
houve um desenvolvimento típico e por algum motivo ocorreu a perda das funções 
adquiridas.
Exemplo: Um indivíduo com Síndrome de Down que desenvolve doença de Alzheimer 
pode ser diagnosticado com Deficiência Intelectual e transtorno neurocognitivo.
Os transtornos da comunicação e o transtorno específico da aprendizagem, que 
também são transtornos do neurodesenvolvimento, podem ser comórbidos com a DI. 
Mas é importante ressaltar que não devem ser confundidos, pois, nos primeiros casos, o 
indivíduo não apresenta déficits no funcionamento intelectual e adaptativo.
Você Sabia?
O diagnóstico precoce na DI é extremamente importante para o 
tratamento e a terapêutica. A neuroplasticidade infantil permite, muitas 
vezes, mudar a condição de DI de moderada para leve, por exemplo.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Deficiência lntelectual (DI) Capítulo 1
Outro diagnóstico diferencial é o Transtorno do Espectro Autista (TEA). É comum que 
crianças com TEA tenham como comorbidade a Deficiência Intelectual. A investigação 
do comportamento adaptativo deve ser minuciosa nesses casos, pois as crianças 
com TEA possuem déficits sociocomunicacionais e comportamentais inerentes ao 
transtorno, que interferem nas atividades de vida diária, bem como na compreensão 
e no engajamento dos testes. A investigação adequada da função intelectual no TEA 
é fundamental, principalmente com testes não verbais de inteligência. Os escores do 
QI no Transtorno do Espectro Autista podem ser instáveis, particularmente na primeira 
infância. Portanto, é prudente que sejam feitas mais de uma avaliação no decorrer do 
desenvolvimento.
Os transtornos mentais e do neurodesenvolvimento comórbidos mais comuns são 
transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, transtornos depressivo e bipolar, 
transtornos de ansiedade, transtorno do espectro autista, transtorno do movimento 
estereotipado (com ou sem comportamento autolesivo), transtornos do controle de 
impulsos e transtorno neurocognitivo maior.
Resumindo
E então? Vamos revisar e ter certeza de que você realmente entendeu 
o tema de estudo deste capítulo? Você deve ter aprendido que a 
Deficiência Intelectual é um transtorno que se inicia na infância e 
persiste por toda a vida. A Deficiência Intelectual não é progressiva, ou 
seja, não há piora do quadro com o passar dos anos. É caracterizada 
como uma condição limitante, que compromete o desempenho do 
indivíduo. A tríade característica da Deficiência Intelectual compreende 
o déficit nas habilidades intelectuais, o prejuízo na capacidade funcional 
e adaptativa e o período de desenvolvimento da deficiência, antes dos 
18 anos de idade. A DI possui uma apresentação heterogênea, ou seja, 
as características são diversificadas de acordo com cada quadro e a 
história de vida do indivíduo. É classificada em níveis de gravidade com 
base no funcionamento adaptativo do indivíduo: leve, moderada, grave 
e profunda. Os principais diagnósticos diferenciais são: transtornos 
neurocognitivos, Transtorno do Espectro Autista, Transtornos da 
comunicação e Transtorno específico da aprendizagem.
@faculdadelibano_
2
Transtorno do 
Espectro Autista 
(TEA)
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Capítulo 2
Transtorno do Espectro 
Autista (TEA)
Objetivos
Ao término deste capítulo, você será capaz de compreender e de 
identificar os aspectos diagnósticos e as características do Transtorno 
doEspectro Autista (TEA). Essa competência é fundamental para a 
realização de diagnósticos diferenciais e comorbidades. E então? Vamos 
começar?!
Desenvolvimento
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) possui um padrão de início muito precoce, 
observado geralmente nos primeiros anos de vida. Os sintomas costumam ser 
reconhecidos entre 12 a 24 meses de vida, embora algumas crianças apresentem os 
sintomas antes dos 12 meses de idade. 
O reconhecimento dos sintomas precocemente depende de sua gravidade. Crianças 
com sintomas leves podem demorar a apresentar atrasos e sinais. Existe também a 
possibilidade de a criança perder habilidades adquiridas. Nesse caso, há regressão do 
desenvolvimento após, pelo menos, dois anos de desenvolvimento típico. Os pais ou 
os cuidadores relatam história de deterioração gradual ou relativamente rápida em 
comportamentos sociais ou nas habilidades linguísticas.
Você Sabia?
Uma em cada 160 crianças tem Transtorno do Espectro Autista! Caso 
queira se aprofundar no assunto, acesse o site da Organização Pan-
Americana de Saúde.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtorno do Espectro Autista (TEA) Capítulo 2
Os primeiros sintomas do Transtorno do Espectro Autista frequentemente envolvem 
atraso no desenvolvimento da linguagem, acompanhado por ausência de interesse 
social ou de interações sociais incomuns. No desenvolvimento normal, as crianças 
pequenas possuem fortes preferências e gostam de repetição (por exemplo, ingerir os 
mesmos alimentos, assistir muitas vezes ao mesmo filme). 
Dessa forma, é difícil distinguir em pré-escolares o que pode ser um padrão restrito e 
repetitivo de comportamento para o diagnóstico do TEA, embora no segundo ano de 
vida os comportamentos estranhos e repetitivos, e a ausência de brincadeiras típicas 
se tornem mais evidentes em crianças com TEA. Os sintomas são notados com maior 
frequência na primeira infância e nos primeiros anos da vida escolar, pois, a partir dos 
ganhos no desenvolvimento infantil (por exemplo, o aumento no interesse por interações 
sociais), fica mais fácil distinguir os sinais e os sintomas do TEA.
O Transtorno do Espectro Autista não é um transtorno degenerativo. Dessa forma, a 
capacidade de aprendizagem e de compreensão perduram ao longo da vida. A chegada 
da adolescência pode alterar as habilidades comportamentais, em alguns ocorre a 
piora, em outros a melhora comportamental. Os adolescentes com diagnóstico leve 
apresentam maior funcionamento social e independência. Na fase adulta, os indivíduos 
que possuem TEA e trabalham de forma independente geralmente são diagnosticados 
como TEA de alto desempenho ou Asperger (abordaremos essas características adiante). 
Mesmo esses indivíduos podem continuar socialmente ingênuos e vulneráveis, com 
dificuldades para organizar as demandas práticas sem apoio, e ficarem mais propensos 
à ansiedade e depressão. A maioria desses adultos utiliza estratégias compensatórias e 
mecanismos de enfrentamento para mascarar suas dificuldades em público.
Importante
Não existe um gene do autismo. O que existe é uma combinação de 
variantes genéticas que produzem o autismo em certas combinações.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtorno do Espectro Autista (TEA) Capítulo 2
Existem ainda os adultos que não foram diagnosticados quando crianças e que 
apresentam sintomas e sinais autísticos. Nesses casos, é importante obter uma história 
detalhada do desenvolvimento, inclusive levar em conta as dificuldades autorrelatadas. 
Quando a observação clínica sugerir que os critérios são preenchidos no presente, pode 
ser diagnosticado o Transtorno do Espectro Autista, desde que não haja evidências de 
boas habilidades sociais e de comunicação na infância.
Características
O TEA recebe o nome de espectro porque envolve situações e apresentações 
heterogêneas, em uma gradação que vai da mais leve à mais grave. As características 
essenciais do TEA são: 
(1) prejuízo na comunicação social recíproca e na interação social; e 
(2) padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Esses 
sintomas precisam necessariamente estar presentes desde o início da infância e 
limitarem o funcionamento diário do indivíduo.
Nota
Vacinas não causam autismo! Um dos últimos estudos sobre o assunto, 
realizado na Dinamarca, não verificou diferenças entre crianças 
vacinadas e as que não eram vacinadas. A taxa de incidência do autismo 
é a mesma nas duas condições.
Importante
O TEA começa na infância e persiste na adolescência e na idade adulta.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtorno do Espectro Autista (TEA) Capítulo 2
As manifestações do transtorno variam muito dependendo do nivel da condição 
autista, o nível de desenvolvimento e da idade cronológica. De acordo com o DSM-5, o 
TEA engloba transtornos antes chamados de Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil, 
Autismo de Kanner, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico, Transtorno Global 
do Desenvolvimento sem outra especificação, Transtorno Desintegrativo da Infância e 
Transtorno de Asperger.
Para a investigação de características e de sinais do TEA, o uso de múltiplas fontes 
de informação torna o quadro mais confiável. Vamos especificar as características 
essenciais do transtorno?
O prejuízo na comunicação social recíproca e na interação social deve ser persistente e 
sustentado. O comprometimento da comunicação social verbal ou não verbal depende 
do nível intelectual, da história de vida, da estimulação e da rede de apoio existente. 
Esse comprometimento pode ocorrer como ausência total da fala, atraso na aquisição 
da linguagem, falha na compreensão, ecolalia e linguagem literal. Mesmo quando a 
criança possui habilidades linguísticas formais (gramática e vocabulário) adequadas, o 
uso da linguagem social é comprometido.
Nota
As evidências científicas sugerem que provavelmente haja muitos 
fatores que tornam uma criança mais propensa a ter TEA, incluindo os 
ambientais e os genéticos.
Reflita
O reconhecimento precoce do diagnóstico possibilita o início de 
intervenções que auxiliam na diminuição dos sintomas e do bem-estar 
da criança.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtorno do Espectro Autista (TEA) Capítulo 2
No aspecto socioemocional, a criança apresenta prejuízo na capacidade de envolvimento 
com o outro e a expressão de sentimentos. Quase não imita expressões ou atitudes, não 
existe o uso de brincadeiras imaginativas (faz de conta), o uso de sua linguagem se limita 
a solicitar coisas e não a comentar ou a promover interação. O uso de comunicação não 
verbal é restrito, com poucos gestos, expressões faciais, orientação corporal, entonação 
de fala ou contato visual. As crianças mais velhas possuem dificuldade na flexibilização 
de regras das brincadeiras. Em adolescentes, manifesta-se mais intensamente a 
dificuldade em compreender qual comportamento é apropriado para cada situação, 
e a compreensão de figuras de linguagem (metáforas, piadas, ironia) também é 
comprometida.
Em âmbito cognitivo, crianças autistas possuem baixo desempenho de atenção 
compartilhada e bom desempenho de atenção sustentada. Isso porque apresentam 
baixa manifestação do gesto de apontar, de mostrar ou de trazer objetos, e também 
dificuldade em seguir um gesto ou objeto.
Outra característica do Transtorno do Espectro Autista é definida por padrões restritos 
e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades que podem se manifestar 
diferentemente de acordo com a idade e a capacidade da criança.
Nota
O autismo é cinco vezes mais comum em meninos do que em meninas.
Você Sabia?
Não há diferenças entre a anatomia cerebral de pessoas com e sem 
autismo.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtorno do Espectro Autista (TEA) Capítulo 2
Os comportamentos estereotipados ou repetitivos podem se apresentar como 
estereotipias motoras simples (abanar as mãos), ou pelo usorepetitivo de objetos 
(enfileirar objetos) e pela fala repetitiva (repetição imediata de palavras ouvidas). 
Nesse sentido, a criança também pode manifestar resistência a mudanças, em 
qualquer aspecto, seja na rotina, seja na embalagem do alimento, ou no desenho que 
vai assistir. As restrições alimentares são manifestadas frequentemente no TEA, assim 
como manifestar padrões ritualizados de comportamento verbal ou não verbal, como 
perguntar coisas repetidas.
Os comportamentos estereotipados também podem ocorrer por meio da hiper ou 
hiporreatividade aos estímulos sensoriais. Isso significa que a criança pode ter respostas 
extremadas a sons e texturas, a cheirar ou a tocar objetos de forma excessiva e 
encantamento por luzes ou objetos giratórios.
O espectro autista enquadra características heterogêneas que eram definidas 
anteriormente pelo DSM-4 como Asperger. Crianças com as características clássicas do 
TEA, mas em uma medida reduzida, são enquadradas no que chamamos de Asperger. 
São indivíduos com inteligência verbal adequada, muitas vezes confundidos com gênios, 
pois possuem habilidades especializadas muito boas. Nesses casos, quanto menor a 
dificuldade de interação social, maior a chance de levar uma vida adaptativa normal.
Critérios Diagnósticos
De acordo com o DSM-5, a criança com diagnóstico de TEA deve, necessariamente, ter 
déficits persistentes na comunicação e na interação social em múltiplos contextos e 
Importante
O uso de medicações no autismo é importante, especialmente, para 
aqueles com severos comportamentos antissociais e agressivos, e que 
possam levar à epilepsia e a problemas de sono. Mas nem toda a criança 
com autismo precisa ser medicada e deve-se sempre avaliar caso a 
caso a necessidade de introduzir medicações.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtorno do Espectro Autista (TEA) Capítulo 2
apresentar padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. 
Os sintomas devem aparecer precocemente no período do desenvolvimento e causar 
prejuízos significativos no funcionamento adaptativo. Vamos especificar melhor os 
critérios!
Os déficits na comunicação e na interação social podem se apresentar da seguinte 
forma:
• Déficits na reciprocidade socioemocional, ou seja, a criança possui dificuldade em 
estabelecer uma conversa normal, bem como iniciar ou responder a interações 
sociais.
• Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais. As crianças apresentam 
anormalidade em estabelecer contato visual e linguagem corporal. Podem não 
compreender e não apresentar reações faciais de emoções.
• Déficits para desenvolver, manter e compreender relacionamentos, incluindo 
dificuldade em adequar seu comportamento aos contextos sociais e participar de 
brincadeiras imaginativas.
Você Sabia?
A idade ao se tornar mãe pode influenciar o risco de o bebê ser uma 
criança com autismo. Ficar grávida acima dos 40 anos eleva muito o 
risco de se ter um filho autista.
Nota
Cerca de 5% dos autistas possuem superdotação, 40% apresentam 
inteligência média e são aptos à vida escolar e acadêmica, e 50% 
apresentam Deficiência Intelectual.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtorno do Espectro Autista (TEA) Capítulo 2
Já os prejuízos nos padrões restritos e repetitivos de comportamentos, de interesses e de 
atividades podem ser manifestados por ao menos duas das seguintes características:
• Movimentos motores, fala ou uso de objetos repetitivos ou estereotipados (enfileirar 
brinquedos, ecolalia, estereotipias motoras simples).
• Padrão inflexível em rituais, rotinas e comportamentos verbais ou não verbais (rituais 
de saudação, necessidade de realizar sempre o mesmo caminho, ingerir sempre os 
mesmos alimentos).
• Interesses fixos e restritos que são perseverativos (apego forte a um objeto).
• Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais (reação contrária ao som e a 
texturas, a cheirar ou a tocar objetos excessivamente, fascinação por luzes ou por 
movimentos).
Os níveis de gravidade do transtorno devem ser classificados de acordo com o prejuízo 
significativo no funcionamento adaptativo do indivíduo.
No nível 1, a criança necessita de suporte, ou seja, caso não receba o apoio adequado, 
pode apresentar dificuldade para iniciar e manter interações sociais; apresentar falhas 
na conversação; ter dificuldade em trocar de atividade; tentar fazer amigos de formas 
estranhas e malsucedidas. Além disso, ter dificuldade em organização e planejamento 
causa limitações na autonomia.
No nível 2, a criança necessita de suporte substancial e apresenta déficits graves nas 
habilidades de comunicação social verbal e não verbal; dificuldade em iniciar interações 
sociais; déficits consideráveis na conversação. Esses prejuízos ocorrem mesmo na 
presença de apoio. Pode ter dificuldade em lidar com mudanças. Os comportamentos 
restritos e repetitivos aparecem com maior frequência.
Importante
Indivíduos com diagnóstico do DSM-5 bem estabelecido de transtorno 
autista, de transtorno de Asperger ou de transtorno global do 
desenvolvimento sem outra especificação devem receber o diagnóstico 
de Transtorno do Espectro Autista.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtorno do Espectro Autista (TEA) Capítulo 2
No nível 3, a criança necessita de suporte muito substancial, os prejuízos na comunicação 
verbal e não verbal causam grandes comprometimentos no funcionamento social. A 
criança quase não inicia diálogos e interações sociais; fala com poucas palavras, muitas 
vezes ininteligíveis; somente reage a interações sociais muito diretas; apresenta muita 
dificuldade em lidar com mudanças, e seu comportamento restrito e repetitivo interfere 
no funcionamento de todas as esferas.
Diagnóstico Diferencial e Comorbidades
O diagnóstico diferencial deve sempre levar em consideração as principais características 
do TEA: déficits na comunicação e de interação social; e prejuízos nos padrões restritos 
e repetitivos de comportamentos. A seguir vamos identificar os principais diagnósticos 
diferenciais com TEA.
A Síndrome de Rett é caracterizada por uma ruptura da interação social no 
desenvolvimento infantil, em geral, entre 1 e 4 anos de idade. Depois desse período, 
no entanto, a maioria das crianças com Síndrome de Rett melhora as habilidades de 
comunicação social.
Nota
É por volta dos três anos de idade que as características do transtorno 
se tornam mais evidentes.
Você Sabia?
Apesar de não demonstrar afeto da mesma maneira que as outras 
crianças, isso não significa que o autista não ame ou não seja afetivo. 
Ele simplesmente se expressa de maneira diferente.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtorno do Espectro Autista (TEA) Capítulo 2
No mutismo seletivo, a criança normalmente exibe habilidades comunicacionais 
apropriadas em alguns contextos e locais. Mesmo nos contextos em que a criança 
é muda, a reciprocidade social e emocional não está prejudicada, bem como não 
apresenta padrões de comportamento restritivos ou repetitivos.
O Transtorno da linguagem e o Transtorno da Comunicação Social (pragmática) não 
estão relacionados à presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento, 
interesses ou atividades.
Em crianças com Deficiência Intelectual, pode ser difícil diferenciar o diagnóstico de TEA, 
pois o não desenvolvimento das habilidades linguísticas ou simbólicas pode levar aos 
comportamentos repetitivos. A comorbidade entre TEA e DI é grande.
As estereotipias motoras estão entre as características diagnósticas do Transtorno do 
Espectro Autista, mas no Transtorno do Movimento Estereotipado não há característica 
de prejuízo na interação social.
A esquizofrenia com início na infância costuma desenvolver-se após um período de 
desenvolvimento normal ou quase normal. O prejuízo social pode ser confundido com o 
encontrado no TEA, mas as alucinações e os delírios não são encontrados no TEA.
Importante
A “Teoria da mente” éempregada para atribuir estados mentais a 
outras pessoas e predizer o comportamento destas em função das 
atribuições. Em geral, os autistas possuem dificuldade nessa habilidade 
socioemocional.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtorno do Espectro Autista (TEA) Capítulo 2
Resumindo
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? 
Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema 
de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter 
aprendido que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) possui um padrão 
de início muito precoce, observado geralmente nos primeiros anos de 
vida. Não é um transtorno degenerativo, dessa forma, a capacidade 
de aprendizagem e de compreensão perduram ao longo da vida. As 
características essenciais do TEA são: 
(1) prejuízo na comunicação social recíproca e na interação social; e 
(2) padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou 
atividades. 
Os níveis do transtorno devem ser classificados de acordo com o prejuízo 
significativo no funcionamento adaptativo do indivíduo (Nível 1, 2, 3). 
Os principais diagnósticos diferenciais são: Síndrome de Rett, Mutismo 
seletivo, Transtorno da linguagem e Transtorno da Comunicação Social 
(pragmática), Esquizofrenia e DI.
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3
Transtorno do 
Déficit de Atenção 
e Hiperatividade 
(TDAH)
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Capítulo 3
Transtorno do Déficit de 
Atenção e Hiperatividade 
(TDAH) 
Objetivos
Ao término deste capítulo, você será capaz de compreender e identificar 
os aspectos diagnósticos e as características do Transtorno de Déficit 
de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Essa competência é fundamental 
para a realização de diagnósticos diferenciais e comorbidades. E então? 
Vamos começar?!.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) costuma ser identificado 
com maior frequência durante os anos escolares. Em pré- escolares, a hiperatividade 
é mais frequente, principalmente na agitação motora ao começar a andar e correr. O 
comportamento desatento é mais saliente durante o início da idade escolar.
No decorrer da adolescência, o transtorno fica mais estável, principalmente os sintomas 
de perfil hiperativo. Os sintomas desatentos podem permanecer durante a adolescência 
e vida adulta. Na vida adulta, os sintomas de falta de planejamento e a impulsividade 
podem ser mais salientes do que os sintomas desatentos.
Desenvolvimento
Nota
TDAH antigamente já foi chamado de Síndrome da Criança Hiperativa, 
Lesão Cerebral Mínima, Disfunção Cerebral Mínima, Transtorno 
Hipercinético, Transtorno Primário da Atenção.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) Capítulo 3
Características
As principais características do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade 
consistem em padrões persistentes de desatenção e/ou de hiperatividade/impulsividade 
que interferem no funcionamento ou desenvolvimento do indivíduo.
Vamos caracterizar os perfis do TDAH! O perfildesatento manifesta-se 
comportamentalmente como divagação em tarefas, falta de persistência, dificuldade 
de manter o foco e desorganização. Esse padrão não é visto como consequência de 
um desafio ou falta de compreensão. Já o perfil hiperativo demonstra atividade motora 
excessiva, como remexer, batucar e conversar excessivamente. Em geral, a criança não 
consegue se conter, mesmo em lugares não apropriados. 
A característica impulsiva refere-se a ações precipitadas, sem planejamento, que 
podem causar potencial dano à pessoa. Esse perfil apresenta o comportamento de 
obter recompensas imediatas, a pessoa pode interromper os outros em excesso e tomar 
decisões sem considerar as consequências. O perfil misto apresenta tanto características 
de desatenção como de hiperatividade/impulsividade.
Definição
O TDAH é um transtorno neurobiológico, com grande participação 
genética, que tem início na infância e compromete o funcionamento da 
pessoa em vários setores de sua vida.
Importante
A presença do TDAH pode contribuir para a baixa autoestima, 
relacionamentos problemáticos e dificuldade na escola ou no trabalho.
As manifestações do transtorno devem estar presentes em mais de um ambiente (casa, 
escola e trabalho). É importante que os informantes sejam precisos e assertivos quanto 
à detecção dos sintomas. É comum que os sintomas variem conforme o contexto em um 
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) Capítulo 3
determinado ambiente. Mas, se a criança só apresenta os sintomas em um ambiente, 
é possível que o manejo comportamental/ambiental não esteja sendo suficiente. Dessa 
forma, não é possível afirmar que a criança possui TDAH somente com manifestação 
em um ambiente.
Critérios Diagnósticos
Os critérios diagnósticos para TDAH seguem três padrões: desatento, hiperativo e misto.
No perfil desatento, é necessário que a criança apresente ao menos seis dos seguintes 
sintomas por seis meses com impacto negativo nas atividades funcionais:
• Frequentemente não presta atenção em detalhes ou comete erros por descuido em 
tarefas escolares, no trabalho ou durante outras atividades.
• Frequentemente tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades 
lúdicas.
• Frequentemente parece não escutar quando alguém lhe dirige a palavra diretamente.
• Frequentemente não segue instruções até o fim e não consegue terminar trabalhos 
escolares, tarefas ou deveres no local de trabalho.
• Frequentemente tem dificuldade para organizar tarefas e atividades.
• Frequentemente evita, não gosta ou reluta em se envolver em tarefas que exijam 
esforço mental prolongado.
Você Sabia?
O fator hereditário é muito considerado no diagnóstico do TDAH. Quando 
identificamos uma pessoa com TDAH, se pesquisarmos na mesma 
família, invariavelmente encontraremos outras pessoas com o mesmo 
problema.
Importante
A frequência do transtorno varia de 3 a 10 % na população infantil.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) Capítulo 3
• Frequentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades.
• Com frequência é facilmente distraído por estímulos externos.
• Com frequência é esquecido em relação às atividades cotidianas.
Já no perfil hiperativo é necessário que a criança apresente ao menos seis dos seguintes 
sintomas por seis meses com impacto negativo nas atividades funcionais:
• Frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na cadeira.
• Frequentemente levanta da cadeira em situações em que se espera que permaneça 
sentado.
• Frequentemente corre ou sobe nas coisas em situações em que isso é inapropriado.
• Com frequência é incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer 
calmamente.
• Com frequência “não para”, agindo como se estivesse “com o motor ligado”.
• Frequentemente fala demais.
• Frequentemente deixa escapar uma resposta antes que a pergunta tenha sido 
concluída.
• Frequentemente tem dificuldade para esperar a sua vez.
• Frequentemente interrompe ou se intromete.
Para completar o diagnóstico, os sintomas precisam estar presentes antes dos 12 anos de 
idade; devem estar presentes em dois ou mais lugares diferentes (por exemplo, escola e 
em casa); e interferirem no funcionamento adaptativo (social, acadêmico) da criança.
Importante
O uso de certos medicamentos e ter algumas doenças clínicas também 
podem provocar hiperatividade. É necessária uma investigação 
cautelosa sobre esses aspectos para o diagnóstico correto!
Importante
Os principais recursos no tratamento do TDAH são: informação e 
conhecimento, medicação e recursos psicoterápicos.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) Capítulo 3
Diagnóstico Diferencial e Comorbidades
Os principais diagnósticos diferenciaisa serem realizados no TDAH são: Transtorno de 
Oposição Desafiante (TOD), Transtorno de Aprendizagem, Transtorno de Ansiedade (TA) 
e Transtorno de Personalidade. Vamos especificar cada um!
No Transtorno de Oposição Desafiante, as crianças resistem a praticamente tudo: tarefas, 
profissionais, solicitações. Isso porque são crianças que não se conformam à exigência 
dos outros. O comportamento de crianças com TOD é caracterizado por negatividade, 
hostilidade e desafio. Essas características não são especificamente direcionadas a um 
ambiente ou a uma pessoa. Em crianças com TDAH, a aversão à escola ou às tarefas está 
relacionada à dificuldade em manter um esforço mental prolongado, no esquecimento 
das orientações iniciais e na impulsividade. É comum a comorbidade entre TOD e TDAH.
As crianças com transtorno específico da aprendizagem apresentam características 
desatentas devido à frustração, à falta de interesse ou à capacidade limitada. A 
desatenção em crianças com Transtornos de Aprendizagem desaparece fora do 
ambiente escolar, já em crianças com TDAH não.
Você Sabia?
Estima-se que até 70% das crianças com TDAH apresentam 
simultaneamente outros transtornos. 
Reflita
Muitos sintomas de TDAH são interpretados erroneamente: “só lembra 
o que interessa”, “não tem persistência em nada”, “não leva nada a 
sério”, “não se dedica”, “se realmente se importasse com os outros, teria 
lembrado”, “é vagabundo”.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) Capítulo 3
A desatenção também é uma característica compartilhada por crianças com transtornos 
de ansiedade. Em crianças com TDAH, a desatenção é causada por estímulos externos, 
novos, ou preferências específicas. Já no Transtorno de Ansiedade, a desatenção é 
causada pela preocupação e pela ruminação de situações ou acontecimentos.
Alguns transtornos de personalidade tornam-se difíceis de diferenciar do TDAH na 
adolescência e na vida adulta. Por exemplo, o transtorno de personalidade borderline 
pode compartilhar características de desorganização, intrusão social, desregulação 
emocional e desregulação cognitiva. Para realizar esse diagnóstico diferencial, é 
necessário observação prolongada e entrevista detalhada com informantes.
Resumindo
Agora que você aprendeu sobre a importância da anamnese infantil, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que o 
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) costuma 
ser identificado com maior frequência durante os anos escolares. Em 
pré- escolares, a característica de hiperatividade é encontrada mais 
do que o sintoma desantento, este visto com frequência em escolares. 
As principais características do Transtorno de Déficit de Atenção e da 
Hiperatividade consistem em padrões persistentes de desatenção e/ ou 
de hiperatividade/impulsividade que interferem no funcionamento ou no 
desenvolvimento do indivíduo. O TDAH pode apresentar três padrões de 
comportamentos: desatento, hiperativo/impulsivo ou misto. Os principais 
diagnósticos diferenciais a serem realizados no TDAH são: Transtorno 
de Oposição Desafiante, Transtorno de Aprendizagem, Transtorno de 
Ansiedade e Transtorno de Personalidade.
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4
Transtornos da 
Comunicação 
(Linguagem)
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Capítulo 4
Transtornos da 
Comunicação (Linguagem)
Objetivos
Ao término deste capítulo, você será capaz de compreender e identificar 
os aspectos diagnósticos e as características do Transtorno de 
Comunicação (Linguagem). Essa competência é fundamental para a 
realização de diagnósticos diferenciais e comorbidades. E então? Vamos 
começar?!.
Os Transtornos da Comunicação incluem os seguintes transtornos que apresentam 
déficits na linguagem, na fala e na comunicação: transtorno da linguagem, transtorno 
da fala, transtorno da fluência com início na infância (gagueira), transtorno da 
comunicação social (pragmática) e outro transtorno da comunicação especificado e 
não especificado. Vamos nos ater somente ao transtorno da linguagem, que é o mais 
frequente.
Neste capítulo, precisamos conceituar algumas informações antes de iniciar. Para isso, 
vamos começar diferenciando o que é comunicação, fala e linguagem. A comunicação 
inclui toda expressão verbal ou não verbal que influencia o comportamento e a atitude 
de um indivíduo. A fala consiste na produção expressiva de sons e inclui a articulação, a 
fluência, a voz e a qualidade da ressonância de um indivíduo. A linguagem compreende 
a forma, a função e o uso de um sistema convencional de símbolos, como palavras 
faladas, linguagem de sinais, palavras escritas e figuras, por meio de um conjunto de 
regras para a comunicação.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtornos da Comunicação (Linguagem) Capítulo 4
Desenvolvimento
Desenvolvimento e aquisição da linguagem não é um processo homogêneo e é 
marcado por mudanças desde a infância até a vida adulta. Essas mudanças surgem 
nas dimensões de linguagem, como sons, palavras, gramática, narrativas e habilidades 
de conversação e são diferentes de acordo com cada idade. Como um Transtorno do 
Neurodesenvolvimento, o transtorno da linguagem surge durante o início do período do 
desenvolvimento.
Características
As principais características do transtorno da linguagem incluem a aquisição e o uso da 
linguagem. A aprendizagem e o uso da linguagem dependem de habilidades receptivas 
e expressivas. Capacidade expressiva compreende a produção de sinais vocálicos, 
gestuais ou verbais, enquanto capacidade receptiva refere-se ao processo de receber 
e compreender mensagens linguísticas. Muitas vezes, os déficits na linguagem são 
causados por um comprometimento na compreensão ou produção de vocabulário, na 
estrutura das frases e no discurso. 
Esses déficits linguísticos ficam evidentes na comunicação falada, na escrita ou na 
Importante
Crianças com transtorno da linguagem precisam de terapia 
fonoaudiológica. Todas as informações a seguir referem-se ao Transtorno 
da Linguagem!
Nota
O fonoaudiólogo é o profissional habilitado para identificar, diagnosticar 
e tratar indivíduos com distúrbios da comunicação oral e escrita, voz e 
audição, embora outros profissionais possam fazer parte da avaliação 
diagnóstica.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtornos da Comunicação (Linguagem) Capítulo 4
No geral, as crianças com transtorno da linguagem apresentam atraso na expressão 
das primeiras palavras e, posteriormente, redução no vocabulário, uso de frases curtas, 
erros gramaticais e no discurso. Os déficits na compreensão da linguagem costumam 
ser mascarados, uma vez que as crianças podem utilizar o contexto para inferir sentido. 
As crianças também podem apresentar definições verbais pobres, incompreensão de 
sinônimos, dificuldade na recordação de palavras, baixa compreensão de instruções 
complexas e dificuldade para lembrar sequências sonoras novas. A narrativa de histórias 
pode ser empobrecida e isso se refere à baixa capacidade de discurso.
As dificuldades da criança precisam ser quantificadas na observação clínica e por 
meio de testes padronizados. As dificuldades resultam necessariamente em prejuízo 
adaptativo social, na comunicação, na vida escolar ou na vida profissional.
Nota
O Transtorno da Linguagem afeta habilidades de leitura e de escrita e 
está frequentemente relacionado à dislexia.
Importante
O Transtorno de Linguagem prejudica a capacidade de aprender, pois a 
aprendizagem acontece principalmente por meio da linguagem.
linguagem de sinais. Entendendo que a linguagem possui uma capacidade expressiva e 
outra receptiva, a avaliação e o diagnóstico do transtorno devem conter necessariamente 
a investigação das duas modalidades.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtornos da Comunicação (Linguagem) Capítulo 4
QUADRO 1
Desenvolvimento linguístico para cada idade
FONTE
Adaptado de Pratese Martins (2013).
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtornos da Comunicação (Linguagem) Capítulo 4
Critérios Diagnósticos
Os critérios diagnósticos do Transtorno da Linguagem são descritos como dificuldades 
persistentes na aquisição e no uso da linguagem em suas diversas modalidades 
(falada, escrita, linguagem de sinais ou outra) devido aos déficits na compreensão ou 
na produção da linguagem, que incluem:
• Vocabulário reduzido.
• Estrutura limitada de frases.
• Prejuízos no discurso.
As habilidades de linguagem precisam ser quantificadas e estarem abaixo do esperado 
para a idade. Além disso, a limitação na linguagem causa prejuízo na funcionalidade/
adaptabilidade do indivíduo em contextos diversos (social, escola, trabalho). Como todo 
transtorno do neurodesenvolvimento, o início dos sintomas ocorre precocemente no 
período do desenvolvimento.
As características e os sintomas do Transtorno da Linguagem não podem advir de 
prejuízos sensoriais ou de outras condições, como a Deficiência Intelectual.
Nota
Os primeiros anos de vida da criança são determinantes para o 
desenvolvimento adequado da linguagem. Em ambiente comunicativo 
e a partir da interação com a família, a criança adquire as bases para 
um desenvolvimento sadio da linguagem no que diz respeito à sua 
forma, conteúdo e de uso
Diagnóstico Diferencial e Comorbidades
Os principais diagnósticos diferenciais ao Transtorno de Linguagem são: as variações 
normais na linguagem, a deficiência auditiva, a deficiência intelectual, a regressão da 
linguagem, ao TEA e os distúrbios neurológicos.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtornos da Comunicação (Linguagem) Capítulo 4
É essencial que todo profissional tenha conhecimento sobre o desenvolvimento infantil 
típico, pois as variações normais do desenvolvimento não podem ser confundidas com 
o Transtorno da Linguagem. Além disso, as variações regionais, sociais ou culturais/ 
étnicas da linguagem (por exemplo, dialetos) devem ser consideradas ao avaliar a 
criança.
Deficiência auditiva ou outra deficiência sensorial? Deficiência auditiva deve ser excluída 
como a principal causa das dificuldades linguísticas. Os déficits de linguagem podem 
estar associados à deficiência auditiva, a outro déficit sensorial ou ao déficit motor da 
fala. Quando as deficiências linguísticas excedem às habitualmente associadas a esses 
problemas, um diagnóstico de transtorno da linguagem pode ser feito.
Na Deficiência Intelectual, é comum que a criança apresente atraso na aquisição da 
linguagem. Entretanto, o diagnóstico definitivo só pode ser dado quando forem realizadas 
as avaliações com testes padronizados. Distúrbios neurológicos como epilepsia podem 
ser adquiridos e associados ao Transtorno da Linguagem. Crianças podem apresentar 
sintomas de perda da linguagem por convulsões.
A regressão da linguagem é vista no processo diagnóstico de TEA e também em outros 
distúrbios como a Síndrome de Landau-Kleffner. Por isso, a atenção às diferenças nos 
critérios diagnósticos de cada transtorno é de extrema importância para o diagnóstico 
diferencial desses casos.
Nota
A aquisição normal da linguagem é dependente de uma série de 
fatores, como os contextos social, familiar e histórico pré, peri e pós-
natal do indivíduo, suas experiências, suas capacidades cognitivas e 
seus orgânico-funcionais.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Transtornos da Comunicação (Linguagem) Capítulo 4
Você Sabia?
O input linguístico que a criança recebe antes dos três anos de idade 
está fortemente relacionado com o subsequente desenvolvimento 
cognitivo e de linguagem.
Resumindo
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? 
Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema 
de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve 
ter aprendido que os Transtornos da Comunicação incluem os seguintes 
transtornos que apresentam déficits na linguagem, na fala e na 
comunicação: transtorno da linguagem, transtorno da fala, transtorno da 
fluência com início na infância (gagueira), transtorno da comunicação 
social (pragmática) e outro transtorno da comunicação especificado 
e não especificado. Neste capítulo, abordamos somente o Transtorno 
da Linguagem, que inclui a aquisição e o uso da linguagem. As crianças 
com Transtorno da Linguagem apresentam atraso na expressão das 
primeiras palavras, redução no vocabulário, uso de frases curtas, erros 
gramaticais e no discurso. Os critérios diagnósticos do Transtorno da 
Linguagem são descritos como dificuldades persistentes na aquisição 
e no uso da linguagem em suas diversas modalidades (falada, escrita, 
linguagem de sinais ou outra). Os principais diagnósticos diferenciais 
ao Transtorno de Linguagem são: as variações normais na linguagem, a 
deficiência auditiva, a deficiência intelectual, a regressão da linguagem, 
o TEA e os distúrbios neurológicos.
Deficiências e Transtornos: 
DI, TEA, TDAH e Linguagem
Referências
APA. Manual diagnóstico e estatístico de transtorno DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2022.
PRATES, L. P. C. S.; MARTINS, V. O. Distúrbios da fala e da linguagem na infância In: Revista 
Médica de Minas Gerais, 2011; 21(4 Supl. 1): S54-S60

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