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Distúrbio Ácido-Base 
→ pH sanguíneo normal: 7,35 a 7,45 
→ Manutenção: sistemas tampões (HCO3 -, 
fosfato, albumina, ossos, proteínas, 
hemoglobina), pulmão (eliminar CO2), rins 
(eliminar H+ / gerar HCO3 -) 
→ Um adulto produz 1200 a 1500 mmol de 
ácidos carbônicos (voláteis), eliminados 
pelos pulmões (ex: CO2) e produz 1 
mmol/kg/dia de ácidos não voláteis, 
eliminados pelo sistema renal 
→ Existem 3 métodos para interpretar a 
homeostase acido-básica: 
 Escola de Boston (equação de 
Handerson-Hasselbach) 
 Sistema de Copenhagen (baseado no 
SBE) 
 Método de Stewart (físicoquímico) 
 
Gasometria 
→ Exame laboratorial base para diagnóstico 
de distúrbios ácido-base 
→ Pode ser feito Point-Of-Care, ou seja, beira-
leito 
→ Permite a análise dos gases sanguíneos: 
PO2, PCO2, pH, cálculo de HCO3, BE e 
lactato 
→ Pode ser arterial, venosa, periférica ou 
central 
→ A principal gasometria para se avaliar um 
distúrbio ácido-base é a arterial periférica 
→ Exame rotineiro em UTI e PS 
 
Coleta da gasometria 
→ Artéria radial ou femoral 
→ Sempre realizar o teste de Allen antes para 
ter certeza de que a circulação da mão está 
completa 
 
→ Assepsia e punção com agulha fina 
→ Seringa heparinizada 
→ Levar imediatamente para análise, de 
preferência em baixa temperatura 
Fórmula de Handerson-Hasselbalch 
→ Para o cálculo do HCO3 
→ Dissociação do ácido carbônico em CO2 
e água em H+ e HCO3 – 
→ Baseado nessa equação é feita a 
interpretação dos distúrbios gasométricos 
→ Baseado nessa fórmula que é obtido o 
valor do bicarbonato, ele não é mensurado 
→ O pH do sangue vai de 7,35 até 7,45, daí 
abaixo de 7,35 temos as acidemias e acima 
de 7,45 temos as alcalemias. 
→ Valores de pH < 6,8 e > 7,95 culminam em 
morte celular 
 
 
→ Valores normais: 
 pH: 7,35 a 7,45 
 PO2: 83 a 100 mmHg 
 PCO2: 40 +- 5 mmHg 
 HCO3 -: 24 +- 2 mEq/L 
 BE: 0 +- 2,5 
 SatO2: 95 a 98% 
 Cloro: 95 a 105 mEq/L 
 Ânion-gap: 10 +- 2 mEq/L 
 Delta ânion-gap / delta HCO3 -: 1 a 1,6 
 Osmolalidade estimada 290 +- 5 
mOsm/kg de H2O 
 Gap osmolar: até 10 mOsm/kg 
 
 
 
→ Distúrbios primários: alterações da [CO2] 
ou da [HCO3-], que se não corrigidas 
levarão à alteração do pH 
 Quando os dois estão alterados, levar 
em consideração o que tiver mais 
alterado para determinar qual é o 
distúrbio primário 
→ Compensações ou distúrbios secundários: 
mecanismos compensatórios dos distúrbios 
primários (fisiológico) 
 
→ Distúrbios mistos: distúrbios primários 
concomitantes 
 
Distúrbios Respiratórios 
→ Erro do sistema respiratório 
→ Depende da PCO2 
→ Alcalose: PCO2 < 35 mmHg e pH > 7,45 
→ A alcalose respiratória é marcada pela 
diminuição do pCO2, eliminamos mais CO2, 
eliminamos mais ácido volátil, aí o pH sobe. 
 
→ Acidose: PCO2 > 45 mmHg e pH < 7,35 
→ A acidose respiratória é o excesso de 
pCO2, não estamos eliminando ácidos que 
deveríamos estar eliminando 
 
→ Compensação fisiológica renal para tentar 
manter o pH dentro da faixa normal 
→ A compensação renal demora, por isso, 
distúrbios agudos são muito pouco 
compensados 
→ A compensação de uma acidose 
respiratória é uma alcalose metabólica, 
então vai ser o sistema urinário corrigindo o 
erro do sistema respiratório. 
→ Acidose respiratória → alcalose 
metabólica 
→ Alcalose respiratória → acidose 
metabólica 
 
 
Distúrbios Metabólicos 
→ Erro do sistema renal 
→ Dependem do H+ e do HCO3 
→ Alcalose: HCO3 > 28 mM/L e pH > 7,45, o 
problema é o excesso de bicarbonato. 
 
→ Acidose: HCO3 < 22 mM/L e pH < 7,35 
 
→ Compensação fisiológica feita pelo 
sistema respiratório 
→ A compensação respiratória é mais 
rápida, por isso é fácil de compensar 
quadros agudos 
→ Acidose metabólica → alcalose 
respiratória 
→ Alcalose metabólica → acidose 
respiratória 
 
 
 
 
Ânion GAP 
→ Referente aos íons negativos (ânions) não 
mensuráveis, que são produtos do 
metabolismo celular 
→ Ajudam a garantir a eletroneutralidade do 
organismo 
→ Alguns distúrbios podem ser causados por 
mudanças no ânion gap 
→ AG = NA – (CL + HCO) 
→ Valor normal: 8-12 
→ Existem distúrbios ácido-base que são 
secundários ao ânion GAP 
 
Acidose metabólica de AG Normal 
→ Cloro sobe para compensar a diminuição 
de HCO3 -, configurando uma acidose 
metabólica hiperclorêmica ou de AG normal 
→ Principais causas: perdas urinárias ou GI de 
HCO3 -, hipo ou hiperpotassemia, induzidas 
por drogas, sobrecarga volêmica e resinas 
trocadoras 
 
Acidose metabólica de AG Elevado 
→ O HCO3 diminuído e o AG elevado 
→ Causado pela dissociação de um ácido 
em solução, o H+ se liga com o HCO3 -, 
liberando um ânion, que compõe o AG 
→ O que causa a acidose então é o 
aumento do AG e a necessidade de manter 
a eletroneutralidade, que ocorre por 
aumento dos cátions 
→ O aumento do AG tem que ser 
proporcional à diminuição do HCO3 - → 
nesses casos, tem acidose hipoclorêmica 
associada 
→ Causas: LRA/uremia, acidose láctica, 
cetoacidoses e intoxicações (metanol, 
etilenoglicol e salicilato) 
 
Fórmula de Winter 
→ Cálculo de PCO2 esperado na 
compensação da acidose metabólica 
→ Usado para saber se tem compensação 
ou não 
→ Se o CO2 ou o HCO3 não estiverem dentro 
do esperado pelo cálculo, significa que não 
há compensação, então ou não houve 
tempo de fazer ou tem um distúrbio misto 
→ Diferentes fórmulas para diferentes 
quadros de compensação de distúrbios 
ácido-base 
 
 
 
Cálculo do Delta/Delta 
→ Relação da variação do ânion GAP com 
a variação do bicarbonato. 
→ A proporção da variação do ânion GAP 
tem que ser igual à do bicarbonato, se o 
bicarbonato varia mais que o ânion GAP 
significa que temos outro distúrbio. 
→ Delta Anion Gap / Delta Bicarbonato 
 
→ Se a variação do AG for Menor que a 
Variação de bicarbonato: menos 
bicarbonato do que deveria ter: acidose 
metabólica hipercloremica 
→ Se variação do AG for Maior que a 
variação do bicarbonato: mais bicarbonato 
do que deveria ter: alcalose metabólica 
concomitante 
→ Como eu interpreto do Delta – Delta 
 Se Delta/Delta for < 1: Acidose 
Hipercloremica concomitante 
 Se Delta/Delta > 2: Sugere Alcalose 
Metabólica concomitante. 
Normograma de Davenport 
→ Usado para que não seja necessário o uso 
das fórmulas através do posicionamento dos 
valores obtidos no gráfico para obter os 
valores esperados na compensação 
 
 
Interpretação da 
gasometria 
1) Olhar para o pH 
→ Determinar se é uma acidemia ou uma 
alcalemia 
 
2) Determinar distúrbio primário 
→ Metabólico (HCO3 baixo) ou respiratório 
(PCO2 alto) 
 
3) Determinar compensação 
→ Através da fórmula de Winter 
 
4) Ânion GAP 
→ Sempre que tem acidose metabólica, 
calcular AG através da fórmula 
→ Sempre que o AG estiver elevado, 
determinar a causa 
 
Tratamento 
→ Alcalose respiratória, acidose respiratória e 
alcalose metabólica = tratar a causa base 
→ Acidose metabólica: se AG elevado = 
tratar causa base → se AG normal = HCO3

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