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Santo Antônio de Jesus 2022 NOME DA UNIVERSIDADE ANHANGUERA MARCOS VIANA FALCÃO DOS SANTOS CURSO DE FARMÁCIA RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Santo Antônio de Jesus 2022 RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Relatório do Estágio Supervisionado em Assistência Farmacêutica apresentado como requisito obrigatório para a obtenção da pontuação necessária na disciplina de Estágio Supervisionado em Assistência Farmacêutica.. Orientador: Prof. Rosane Silva Sampaio MARCOS VIANA FALCÃO DOS SANTOS SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO................................................................................................... .3 2 INTRODUÇÃO......................................................................................................... .4 3 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO.............................................................................. .5 4 TEORIA EM PRÁTICA – ESTUDOS DE CASOS................................................... .7 5 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO......................................................... .15 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... .16 REFERÊNCIAS..................................................................................... .17 1 APRESENTAÇÃO O Estágio supervisionado e a oportunidade que temos no curso de graduação que possibilita o aluno colocarem prática a teoria aprendida em sala de aula. Ele é importante para que haja uma vivência da profissão, aquisição de experiência e desenvolvimento de habilidades. A assistência farmacêutica é um conjunto de ações que estão voltadas ao acesso e uso racional dos medicamentos que está totalmente voltada com a atenção farmacêutica que é a relação direta entre farmacêutico e paciente onde visa promover o uso racional dos medicamentos e a manutenção da efetividade e segurança ao tratamento do indivíduo. Por meio deste, o seguinte relatório de Estágio Supervisionado tem por objetivo mostrar o papel do farmacêutico diante do sistema único de saúde, desde a parte burocrática e sistêmica da compra da medicação, gerencia, até o contato final com os pacientes para a dispensação. Tendo como objetivos aprimorar os conhecimentos da Assistência Farmacêutica do estudante de farmácia no setor de público, o Estágio Supervisionado em Assistência Farmacêutica foi realizado nas Unidades Básicas de Saúde e Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) da Secretária de Saúde – Santo Antônio de Jesus-BA no com carga horária de 80 horas em campo no período de 17/10/2022 à 04/11/2022. 3 2 INTRODUÇÃO A Assistência Farmacêutica é a área do Sistema Único de Saúde – SUS responsável por garantir à população o acesso a medicamentos considerados essenciais e promover o uso racional dos mesmos. Estes medicamentos devem ser seguros, eficazes e de qualidade. Existem no Brasil mais de 40 mil medicamentos registrados na Anvisa. O SUS seleciona os mais eficazes e seguros e elabora a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), indicados para a maior parte dos problemas de saúde que acometem a população. Os medicamentos que constam na Rename são distribuídos gratuitamente em farmácias das unidades básicas de saúde (postos de saúde), farmácias de serviços especializados ou são de uso exclusivamente hospitalar. Os médicos que trabalham no SUS devem sempre privilegiar os medicamentos que fazem parte dessa relação na escolha do tratamento, e são obrigados a prescrevê-los pelo nome genérico. Caso o médico prescreva um medicamento cujo nome não consta na mesma, é preciso verificar se não existe alternativa na própria Relação. Os termos assistência e atenção farmacêutica são conceitos frequentemente confundidos devido à semelhança dos nomes. Assistência farmacêutica é o conjunto de atividades relacionadas ao medicamento, onde o profissional atua em todas as etapas desde a pesquisa de um novo medicamento até sua chegada aos usuários, já a atenção farmacêutica é um conjunto de ações realizadas por farmacêuticos para orientar e acompanhar o paciente quanto ao uso adequado dos medicamentos, conciliação terapêutica, revisão da farmacoterapia, serviços de promoção da saúde e prevenção de doenças e que resulta em ações multiprofissionais (MAZINI et al, 2015; OMS, 1993;ARAÚJO et al., 2017). 4 3 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO O Estágio em Assistência Farmacêutica foi realizado nas Unidades de Básica de Saúde da Cidade de Santo Antônio de Jesus-BA foi visitado 5 Unidades de saúde nos Bairros do Andaia, Alto, Maria Preta, Amparo e São Benedito. Inicialmente até a adaptação e recebimento de todas as informações e orientações necessárias no local de estágio fiquei observado os procedimentos da farmácia básica da unidade de saúde. O Farmacêutico responsável pela Farmácia da Unidade de Saúde era também responsável por mas 4 unidades ocorrendo a dispensação feitas por estás unidades serem feitas por outros profissionais não tendo assim uma assistência farmacêutica que seria necessária no ato da dispensação e orientação ao paciente. Nas Unidades de saúde o farmacêutico fica responsável além da farmácia e realização de palestra e sala de espera, onde foi realizado uma sala de espera na unidade de saúde do Andaia com o Tema Proteções solar e cuidados com a pela onde há uma interação entre o paciente que aguarda o atendimento do médico e o profissional de saúde que orienta através de perguntas é reposta sobre o tema escolhido. Foi realizado na Unidade do São Benedito uma Feira de Saúde em buscar de aproximar a população com a USF foi realizado uma palesta sobre automedicação pelo grupo de estagiários de Farmácia, onde reunião a comunidade com prevalência entre mulheres para tirar dúvidas e conscientiza a população sobre o cuidado da automedicação Na farmácia das Unidades de Saúde foi realizado a dispensação de medicamento a população onde na receita e colocado a data da sua retirada para evitar que seja dispensado medicação além do necessário ao paciente para tratamento de 30 dias, orientação sobre o uso e horários determinados pelo médico , na farmacia é dispensado medicamento que consta da lista REMUME (relação municipal de medicamentos) para a atenção básica. O farmacêutico esse o papel de controle de estoque destas farmácias onde é realizado o pedido mensal para o abastecimento das mesmas. O estágio Assim que iniciamos os atendimentos foi proposto a orientação do uso correto do medicamento ao paciente, a que horas e como tomar o medicamento, horário da tomada do medicamento em relação ao horário das 5 refeições, tratamento não medicamentosos, cuidados gerais, advertência quando a dose máxima diária, as possíveis interações com outros medicamentos; orientações sobre o efeito do medicamento: objetivo do uso, inicio do efeito, o porquê da duração do tratamento; orientações sobre os efeitos adversos; quais esperar, quanto tempo duram, como controlá-los, o que fazer se ocorrerem. Dentre as atividades desenvolvidas foi realizado visita na Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) é o local que concentra todas as atividades relacionadas à seleção, programação, aquisição, armazenamento e distribuição de medicamentos e correlatos no município. Bem como planejar, coordenar, executar, acompanhar e avaliar as ações da Assistência Farmacêutica (AF) de Santo Antônio de Jesus-BA, adicionalmente à estrutura da CAF, embora se constitua de um serviço distinto, localiza-se a Secretária de Saúde de Santo Antônio de Jesus-BA, responsável pela dispensação de alguns medicamentos e insumos centralizados(medicamentos de controle especial, endemias focais e medicamentos do componente especializado – CEAF e da farmácia básica bem como pelo atendimento do profissional farmacêutico à população que tem a finalidade de promover o acesso da população aos medicamentos essenciais e seu uso racional. Está visita foi relevante para levamos em consideração a cadeia da assistência farmacêutica na cidade do centro de distribuição ate sua dispensação. 6 4 TEORIA EM PRÁTICA- ESTUDOS DE CASOS O ciclo de assistência farmacêutica tem como objetivo garantir aos cidadãos brasileiros à amplificação e a qualificação do acesso a medicamentos, por meio de suas fases como seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição, dispensação e utilização nos níveis de gestão do SUS. Dentro desse modelo, temos que o ciclo de assistência farmacêutica promove o acesso da população não só aos medicamentos, bem como garante seu uso racional e dessa forma promover a saúde e o bem-estar da população. Assim, dentro deste panorama temos diversos pontos de atuação, que garantem o acesso universal e permeia toda a rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). Estudo de Caso 1 - Ciclo de Assistência Farmacêutica Suponha que você é o farmacêutico responsável pela gestão do ciclo básico da assistência farmacêutica do seu munícipio e dessa forma se torna corresponsável pela qualidade de vida do paciente. Baseado nisto, trace as estratégias que utilizaria na gestão da assistência farmacêutica do seu município por meio dos seguintes passos: a) Ao se definir a política de Assistência Farmacêutica e os medicamentos a serem disponibilizados nos diferentes programas de saúde, em qualquer uma das instâncias gestoras do SUS, deverão ser assegurados os recursos financeiros que viabilizem as ações e a sua continuidade. O que você precisaria saber sobre o financiamento da Assistência Farmacêutica para garantir os recursos necessários para viabilizar os insumos e medicamentos disponíveis nos programas de saúde? b) No Sistema Único de Saúde – SUS, a Assistência Farmacêutica é responsável por garantir à população o acesso a medicamentos eficazes, seguros e de qualidade considerados essenciais, e promover o seu uso racional. Explique a composição do bloco de financiamento da Assistência Farmacêutica. c) Defina um grupo específico de atuação da sua área, com base na prevalência de doenças do seu município, bairro ou região (Por exemplo: idosos, hipertensos, tabagistas, diabéticos, entre outros) e analise criticamente a Relação Municipal de Medicamentos (Remune) e relacione se esta relação garante o acesso 7 universal desse grupo de risco aos medicamentos necessários para garantir a sua saúde e bem-estar. d) Levante as possibilidades mais comuns de polifarmácia para o grupo populacional escolhido. a) resposta: Financiado pelas três esferas de gestão (financiamento tripartite) e gerenciado pela esfera municipal, este Componente destina-se à aquisição dos medicamentos no âmbito da atenção básica em saúde, com base em valores per capita. As Comissões Intergestores Bipartite (CIB) de cada estado estabelecem o mecanismo de operacionalização desta sistemática, respeitando a aplicação mínima dos seguintes valores monetários/habitante/ano: R$ 5,85 a R$ 6,05 pela União, de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM); R$ 2,36 pelos Estados e R$ 2,36 pelos Municípios. b) resposta: o bloco de financiamento para a Assistência Farmacêutica será constituído por três componentes: Componente Básico da Assistência Farmacêutica está voltado para a aquisição de medicamentos e insumos no âmbito da atenção básica em saúde. Tem como base de organização a RENAME em vigor, e envolve tanto o anexo I (medicamentos do CBAF) como o IV (insumos). Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica Os medicamentos elencados neste componente são financiados pelo Ministério da Saúde e destinados ao tratamento de doenças que, por sua natureza, possuam abordagem terapêutica estabelecida, com perfil endêmico, que tenham impacto socioeconômico e sejam consideradas problemas de saúde pública. Componente Especializado da Assistência Farmacêutica busca garantir a integralidade do tratamento medicamentoso, em nível ambulatorial, para algumas situações clínicas, principalmente, agravos crônicos, com custos de tratamento mais elevados ou de maior complexidade. C): resposta: A remume é um dos marcos da instituição do Sistema Municipal de Assistência Farmacêutica, que engloba ações desde a seleção de produtos farmacêuticos até o momento de sua utilização pelo usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) no município, e serve como base para orientar a aquisição de produtos eficazes e seguros, a prescrição e a dispensação, constituindo a melhor gerência para os recursos públicos que devem ser aplicados de modo equânime. 8 Com o grupo de idosos, a renume é analisada de forma apta a segura para que haja facilidade na entrega do medicamento e o acesso desses indivíduos a ela, graças a sua gestão que facilita esse trabalho. D): resposta: A polifarmácia é habitualmente definida como o uso de muitos medicamentos simultaneamente e, nos idosos, constitui uma situação habitual. É descrita como um fator preditor positivo em relação ao tempo de internação, reinternação e mortalidade. O conceito permanece controverso. Carlson1 utiliza como definição o uso de pelo menos uma medicação considerada como não necessária ou o aumento de medicações considerando para tal cinco ou mais associações. Estudo de Caso 2 – Dispensação, Uso Racional de Medicamentos e Polifarmácia O processo de dispensação de medicamentos, parte importantíssima do ciclo da assistência farmacêutica, permite dentre seus vários pontos um melhor controle do uso de medicamentos, um maior acesso da população a medicamentos adequados, com base nos critérios clínicos e epidemiológicos, e o devido acompanhamento profissional de acordo com as necessidades clínicas do paciente. Sabemos que é parte do processo, trabalharmos com o uso racional de medicamentos, com vistas a garantir à população a ciência dos riscos causados pelos medicamentos, evitando assim problemas e agravos comuns quanto ao uso inadequado, como as intoxicações e as reações adversas. Uma das formas de atuação nesse cenário se dá por meio de programas de educação em saúde/orientações para sociedade, esclarecendo por exemplo os riscos de danos causados pelo uso inadequado de medicamentos e de polifarmácia. Essas orientações perpassam por cenários como a conscientização da população, problemas da automedicação, armazenamento e descartes corretos dos medicamentos, além é claro de permear maior adesão e eficiência dos tratamentos propostos. Essas formas de atuação baseadas na orientação devem atingir não somente os usuários do Sistema Único de Saúde, mas também os prescritores desses medicamentos. Assim como, devem contemplar os medicamentos, fitoterápicos, homeopáticos, e plantas medicinais. Você como profissional responsável pela atenção farmacêutica, com base 9 nos dados epidemiológicos da sua Regional de Saúde/Unidade de Saúde, elabore um (a): a) Proposta de monitoramento de medicamento pós-medicação; b) Protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas para o componente especializado da Assistência Farmacêutica; a): resposta: O objetivo de criação de um protocolo de monitoramento de medicamento pós-medicação promover práticas seguras no uso de medicamentos nos estabelecimentos de saúde na cidade de Santo Antônio de Jesus -Bahia. Oserros de medicação são ocorrências comuns que podem assumir dimensões clinicamente significativas e impor custos relevantes ao sistema de saúde, podendo ou não causar dano ao paciente. O erro pode estar relacionado à prática profissional, produtos usados na área de saúde, procedimentos, problemas de comunicação, incluindo prescrição, rótulos, embalagens, nomes, preparação, dispensação, distribuição, administração, educação, monitoramento e uso de medicamentos (ANACLETO et al, 2010). Os custos com tratamentos decorrentes de danos relacionados às falhas na prescrição, uso e administração de medicamentos são altos. Estudos mostram que estes incidentes são responsáveis pelo gasto de cerca de 3,5 bilhões de dólares ao ano. Pesquisas revelam os custos com erros relacionados a medicamentos, especificamente os de administração, estimou-se o gasto de 2 bilhões de dólares ao ano (COREN-SP, 2017). Os erros, quando causam danos, são chamados de eventos adversos, mesmo podendo ser evitáveis, todavia, quando detectados, podem classificar-se em: Quadro 1- Tipos de erro e suas definições Erro de medicação É qualquer evento evitável que, de fato ou potencialmente, possa levar ao uso inadequado de medicamento quando o medicamento se encontra sob o controle de profissionais de saúde, de paciente ou do consumidor, podendo ou não provocar dano ao paciente Erro de prescrição Erro de medicação que ocorre durante a prescrição de um medicamento, em 10 decorrência tanto de redação da prescrição, como do processo de decisão terapêutica. O erro de decisão terapêutica pode surgir de um desvio não intencional de padrões de referência, como: conhecimento científico atual, práticas normalmente reconhecidas, especificações técnicas dos medicamentos e legislação sanitária. Um erro de prescrição pode estar relacionado à seleção do medicamento (considerando-se as indicações, as contraindicações, as alergias, as características do paciente, as interações medicamentosas e outros fatores), a dose, a concentração, o esquema terapêutico, a forma farmacêutica, a via de administração, a duração do tratamento e orientações de utilização, assim como pela ausência de prescrição de um medicamento necessário para tratar uma doença já diagnosticada ou para impedir os incidentes com outros medicamentos Erros de dispensação Pode ser definido como um desvio na interpretação da prescrição, cometido pela equipe da farmácia quando da realização da dispensação de medicamentos para as unidades de internação ou na farmácia ambulatorial. Incluem também erros relacionados às normas e à legislação. Podem ser classificados em: erros de conteúdo, erros de rotulagem e erros de documentação Erros de administração Erro decorrente de qualquer desvio no preparo e administração de medicamentos de acordo com a prescrição médica, da não observância das recomendações ou guias do estabelecimento de saúde ou das instruções técnicas do fabricante do produto. Erro com medicamentos deteriorados Administração de medicamentos vencidos ou quando a integridade física ou química está afetada. Erro de omissão Não administração da dose prescrita. 11 Erro de horário Administração ao paciente de medicamento em horário diferente do prescrito ou predefinido (mais ou menos que uma hora de diferença). Erro de administração não autorizada de medicamento Administração de algum medicamento ao paciente que não foi prescrito pelo médico Erro de dose Administração de medicamentos em dose maior ou menor que a prescrita. Erro de apresentação Administração de uma apresentação diferente daquela prescrita. Erro de preparo Medicamento incorretamente formulado ou manipulado antes da administração ou uso de procedimentos inapropriados ou técnicas inadequadas na administração de um medicamento Erro de monitoração Falha em rever esquema prescrito (falhas em usar dados clínicos ou laboratoriais para avaliar a resposta do paciente ao medicamento prescrito). Fonte: COREN-SP, 2017 Monitoramento e indicadores para prescrição segura de medicamentos O processo da prescrição deve estar padronizado e com o respectivo procedimento operacional padrão escrito, atualizado, validado, divulgado e disponível em local de fácil acesso. As prescrições devem ser revisadas por farmacêutico antes de serem dispensadas. Os erros de prescrição devem ser notificados ao Núcleo de Segurança do Paciente PRÁTICAS SEGURAS NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS: A administração de medicamentos é um processo multi e interdisciplinar, que exige conhecimento técnico e prática. Para a administração segura, são necessários conhecimentos sobre Farmacologia, Anatomia, Fisiologia, Microbiologia e Bioquímica. 12 Ferramentas para Segurança do Paciente na sala de medicação Duas ferramentas são apresentadas a seguir, para garantir a qualidade na assistência e segurança do paciente e do profissional de saúde na administração de medicamentos: A ferramenta tem como objetivo melhorar a comunicação e educação ao paciente. É uma técnica para checar se o que profissional de saúde explicou foi claramente compreendido pelo paciente. Está técnica vai além de perguntas “você entendeu?” ou “está claro?”. O profissional desaúde deve pedir ao paciente para que ele explique ou demonstre, usando suas próprias palavras, o que acabou de ser discutido/orientado. É importante utilizar uma linguagem clara, empática e apropriada para cada paciente, para que as orientações sejam compreendidas. Após as orientações, peça para o paciente relatar o que entendeu, evite perguntas fechadas como: “você entendeu direitinho?”, ao contrário, utilize perguntas abertas, como: “Para eu ter certeza que não esqueci de nada, você poderia me explicar como você vai tomar realizar os cuidados pós vacinação?” ou “Para eu ter certeza que te passei as informações claras, por favor me mostre como você irá fazer a compressa?”. Depois de escutar atentamente o que o paciente relatar, reoriente somente o que ainda não foi compreendido pelo paciente. Monitoramento e indicador para a administração segura de medicamento Os eventos adversos relacionados à administração de medicamentos devem ser notificados ao Núcleo de Segurança do Paciente B): resposta: Os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) são documentos que estabelecem critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS. Devem ser baseados em evidência científica e considerar critérios de eficácia, segurança, efetividade e custo-efetividade das tecnologias recomendadas. As Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas (DDT) em Oncologia são 13 documentos baseados em evidência científica que visam nortear as melhores condutas na área da Oncologia. A principal diferença em relação aos PCDT é que, por conta do sistema diferenciado de financiamento dos procedimentos e tratamentos em oncologia, este documento não se restringe às tecnologias incorporadas no SUS, mas sim ao que pode ser oferecido a este paciente, considerando que o financiamento é repassado como procedimento para o atendimento aos centros de atenção e a autonomia destes na escolha da melhor opção para cada situação clínica. Os Protocolos de Uso são documentos normativos de escopo mais estrito,que estabelecem critérios, parâmetros e padrões para a utilização de uma tecnologia específica em determinada doença ou condição. Fazem parte do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), estratégia de acesso a medicamentos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), em nível ambulatorial, voltado para garantir o tratamento medicamentoso de forma integral ao paciente. A distribuição de medicamentos está definida em Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) publicados pelo Ministério da Saúde. O acesso aos medicamentos do Ceaf se dá através das Unidades de Dispensação credenciadas pelo gestor estadual. No caso da Bahia, são as Unidades de Referências em Salvador e os Núcleos Regionais de Saúde, no interior do Estado. Para cadastramento no Ceaf, o processo de solicitação dos medicamentos é iniciado por meio da apresentação dos documentos estabelecidos na Portaria Nº 13, de 6 de Janeiro de 2020, Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas e regulamentações estaduais. No âmbito do Ceaf, os medicamentos devem ser dispensados para os pacientes que se enquadrarem nos critérios estabelecidos no respectivo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Os PCDT têm o objetivo de estabelecer claramente os critérios de diagnóstico de cada doença, o algoritmo de tratamento das doenças com as respectivas doses adequadas e os mecanismos para o monitoramento clínico em relação à efetividade do tratamento e a supervisão de possíveis efeitos adversos. Observando ética e tecnicamente a prescrição médica, os PCDT, também, objetivam criar mecanismos para a garantia da prescrição segura e eficaz. 14 5 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO . 15 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao analisar a Assistência Farmacêutica como uma ação de Saúde pública, se deixa evidente a importância para o sistema de saúde do país. Diante dessa análise, fica explícito a falta de gestão e planejamento no uso de recursos públicos destinados ao setor e também a falta do acesso a informações para a população, sendo necessário uma reformulação nesse quesito. A estrutura de assistência farmacêutica é um dos grandes desafios dos gestores e profissionais do SUS, tanto em termos de recursos financeiros quanto pela necessidade de melhoria contínua para encontrar novas estratégias de gestão. A estrutura da Assistência Farmacêutica é um dos grandes desafios pela frente dos gestores e profissionais do SUS, sejam os recursos financeiros envolvidos, ou devido à necessidade de melhoria contínua em busca de novas estratégias gerenciais. As ações nessa área não devem se limitar a aquisições e distribuição. A implementação requer planejamento, programas e atividades específicos, baseados em competências estabelecidas em cada área do governo. Neste contexto, observou-se que ainda persistem situações que precisam de atenção e esforços para atingir todos os objetivos propostos. A distribuição dos profissionais farmacêuticos, o serviço de farmácia com estrutura inadequada e a falta de pessoal capacitado com dificuldade de priorizar a demanda da farmácia são situações presenciadas no âmbito do estágio. Entre os desafios, o alto número de pacientes influencia negativamente a mal orientação ao uso da medicação, interferindo no uso irracional dos medicamentos. Desta maneira, se faz necessário implantações de campanhas voltada para a Assistência Farmacêutica e maior envolvimento na promoção de saúde direcionada ao bem-estar dos pacientes, criando alternativas para melhor orientação e acompanhamento dos mesmos. 16 REFERÊNCIAS BERMUDEZ, Jorge Antônio Zepeda et al. Assistência Farmacêutica nos 30 anos do SUS na perspectiva da integralidade. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, p. 1937- 1949, 2018. COREN – SP. USO SEGURO DE MEDICAMENTOS: Guia de preparo, administração, monitoramento. Handout – guia de bolso. São Paulo, 2017. BRASIL, Ministério da Saúde. Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos. 2013. Portaria nº 2.095, de 24/09/2013. D.O.U. 25/9/2013. Disponível em: Acesso em: 08 Nov. 2022. http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/ seguranca-naprescricao-uso-e-administracao-demedicamentos Acesso em: 08 Nov. 2022. 17 SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO 2 INTRODUÇÃO 3 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO 4 Teoria em prática- estudos de casos 5 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS