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NEUROANATOMIA DIVISÃO ANATÔMICA Por volta da 4ª semana gestacional, ocorre o dobramento do ectoderma, que dará origem ao tubo neural (responsável pela formação do SNC e SNP) Divisão Anatômica: SNC – Dentro do neurocrânio (paquímero neural – cavidade), formado pelo encéfalo e medula espinal SNP – Permite a comunicação com o meio externo. Composto por terminações nervosas + nervos (permite condutibilidade) e gânglios (aglomerados de corpos de neurônios) O tecido nervoso que forma o sistema nervoso é composto por substância cinzenta e substância branca. Substância Cinzenta: ++ corpos celulares Substância Branca: ++ axônios. A coloração se dá pala presença dos oligodendrócitos que formam a mielina. O fechamento do tubo neural se dá de medial para anterior e para posterior. Te tal forma que teremos duas aberturas até fechar o tubo completamente (NEUROPOROS). Em alguns casos, pode acontecer o não fechamento dos neuroporos, gerando patologias congênitas. CITOARQUITETURA Não há tecido conjuntivo no sistema nervoso, haja vista que a origem embrionária é proveniente do ectoderma. Núcleo da base (aglomerado de corpo de neurônio DENTRO do SNC) x Gânglios (aglomerado de corpos de neurônios FORA do SNC) Não apenas o crânio e a coluna vertebral protegem o encéfalo e a medula, o líquor e as meninges também fazem a proteção. Os ventrículos laterais têm origem da luz do tubo neural Como estão dispostas a substância cinzenta e branca no encéfalo e na medula espinal? MEDULA ESPINAL: substância cinzenta internamente formando o H medular e a substância branca por fora. ENCÉFALO: - CEREBELO: substância cinzenta em lâminas corticais cerebelares e núcleos cerebelares - CÉREBRO: substancia cinzenta no córtex cerebral, núcleos da base e núcleos talâmicos no diencéfalo - Tronco Encefálico: grande via de comunicação entre cerebelo, cérebro e medula espinal. No meio do tronco encefálico há interdigitações de substância cinzenta (núcleo do tronco encefálico) O encéfalo é dividido em: CÉREBRO, CEREBELO e TRONCO ENCEFÁLICO. O tronco encefálico é dividido em mesencéfalo, ponte e bulbo. Na imagem, podemos perceber o tronco encefálico, assim como o SNC como um todo, é como se fosse uma estrutura só, haja vista que possuem a mesma origem embrionária, não havendo, dessa forma, separação entre as estruturas. DIVISÕES EMBRIOLÓGICA E FUNCIONAL O SNC é proveniente das vesículas encefálicas primordiais (região do tubo neural) - intensa proliferação celular, de modo que aumenta o tamanho da região, formando o encéfalo primitivo. Lembrando: Astrócitos fazem a sustentação dos neurônios. Além disso, fazem a barreira hematoencefálica, protegendo o tecido nervoso de patógenos. Células ependimárias: revestem os ventrículos encefálicos e o canal central da medula. Curiosidade: o axônio dos neurônios do nervo ciático pode chegar a 1m em indivíduos longilíneos As vesículas encefálicas primordiais não só aumentam o tamanho lateralmente, mas também crescem longitudinalmente e se fletem também, formando os órgãos tal como conhecemos macroscopicamente. O prosencéfalo se diferencia e dá origem ao TELENCÉFALO e DIENCÉFALO (posteriormente, o telencéfalo e diencéfalo formarão o CÉREBRO) O mesencéfalo se diferencia e dá origem ao MESENCÉFALO O rombencéfalo se diferencia e dá origem ao METENCÉFALO (posteriormente, formará a PONTE + CEREBELO) e MIELENCÉFALO (posteriormente, formará o BULBO) O neurocele dará origem à medula espinal OBS.: nota-se que o mesencéfalo, ponte e bulbo têm origem embrionária de vesícula distintas. Isso explica por que o tronco encefálico tem maior relação tecidual com a ponte e o cerebelo (ambos derivam do metencéfalo). Não podemos imaginar que essas vesículas apenas aumentam de tamanho para formar as estruturas do encéfalo, mas elas também fletem, de modo a ganhar a forma do encéfalo tal como conhecemos. Divisão Funcional do SN: Somático (voluntário) Visceral (involuntário) DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO O SN é dividido em função sensorial, função integrativa* e função motora. *Função integrativa: compõe os mecanismos do sistema nervoso relacionados à análise, processamento, armazenamento e tomada de decisões. 1ª semana: desenvolvimento do zigoto. O zigoto se transformará em um blastocisto. 2ª semana: massa celular dividida em duas superfícies (camadas de célula) >> epiblasto + hipoblasto (disco bilaminar) 3º semana: embrião passa de um disco de massa celular para uma estrutura de 3 camadas principais >> GASTRULAÇÃO. Ou seja, a gastrulação promove a formação de 3 camadas germinativas primitivas: mesoderma, ectoderma e endoderma. Endoderma: formação de órgãos viscerais da cavidade torácica e cavidade abdominal. Ou seja, formação da camada mais interna do corpo. Mesoderma: origina o sistema esquelético, músculos e o tecido conjuntivo. Isto é, a formação da camada intermediária do corpo. Ectoderma: formação da camada mais externa do corpo, a que permite a relação entre o ambiente e o meio externo. Origina o sistema tegumentar e o sistema nervoso. Na 3ª semana gestacional, percebe-se a formação da NOTOCORDA (16º dia de DE), estrutura que delimita o EIXO CENTRAL do nosso corpo, de modo que os elementos vão se desenvolver a partir desse eixo central que futuramente, nesse mesmo ponto, vamos identificar a coluna vertebral. Com o passar dos dias, percebemos alterações no tecido que forma as camadas germinativas. Próximo aos 20 dias, percebemos o surgimento dos SOMITOS (elementos que vão formar o tubo neural a partir da placa neural), que vão se conectar. Ao mesmo tempo, teremos o espessamento do ectoderma, formando a PLACA NEURAL. Com o surgimento da placa neural, devido ao peso advindo do espessamento do ectoderma (placa neural), há a formação do SULCO NEURAL. Duas margens também se formam a partir da placa neural, que chamamos de PREGA NEURAL. 3º semana: pregas neurais se aproximam, de modo a se juntarem, formando o TUBO NEURAL. A conexão das pregas neurais formando o tubo neural começa a provocar uma separação da placa neural com o ectoderma. Esse processo de formação e deslocamento do tubo neural é chamado de NEURULAÇÃO. Ou seja, no final da 3ª semana gestacional, tem-se a formação do tubo neural, da crista neural (estrutura que dará origem ao SNP) e da cavidade do tubo neural (neurocele – dará origem ao canal central da medula espinal e da formação dos ventrículos). DESENVOLVIMENTO DA MEDULA ESPINAL Se estende do forame magno do osso occipital até a L II A medula espinal não se restringe às conexões de via aferente e eferente. Na medula espinal tem interneurônios capazes de gerar conexões a respeito de algum aspecto sensitivo que atinja a medula, como os arco reflexos. No H medular, no centro da substância cinzenta, encontra-se o canal medular: região que passa o LCR e é revestido pelas células ependimárias. SC – organiza-se em cornos. Os cornos estabelecem conexão com a parte motora (anteriormente) ou a parte sensitiva (posteriormente). A partir dos cornos dorsal e ventral forma-se raízes, que formam o caminho que as fibras motoras e as fibras sensitivas vão percorrer. Raiz dorsal: fibras nervosas sensoriais que se originam do corno dorsal + formação de gânglios sensoriais (corpos celulares formados por células pseudounipolares) Raiz ventral: fibras que se formam a partir do corno lateral ou ventral >> neurônios motores somáticos ou autonômicos. Quando o ramo ventral se conecta com o ramo dorsal forma-se o nervo espinal (31 pares de nervos espinais). A partir da 5ª semana gestacional forma-se a medula espinal. A medula espinal se origina na região caudal do tubo neural e o encéfalo se origina na região rostral do tubo neural. A partir da 7ª semana,a camada do manto passa a se desenvolver, tornando-se mais espessa e formando placas: placa alar, placa basal, dorsolateral e ventrolateral. Placa dorsolateral: região que vai formar o corno dorsal da substancia cinzenta da medula espinal Placa ventrolateral: região que vai formar o corno ventral da substancia cinzenta da medula espinal A crista neural passa a se deslocar lateralmente em relação ao tubo neural, de modo que formará as raízes posteriores da medula espinal (fibras nervosas sensitivas) e darão origem aos gânglios sensitivos. Além da formação da raiz dorsal e dos gânglios sensitivos, a crista neural forma as meninges (da medula e encefálicas) + externa: dura-máter intermediária: aracnoide + interna: pia-máter Ao passo que o tubo neural se fechou completamente ao longo de todo o seu prolongamento, na região caudal, acontece o processo de desenvolvimento dos gânglios autonômicos a partir das cristas neurais (se desenvolvem paralelamente à medula espinal) O crescimento dos gânglios e dos nervos espinais vão se dar nos plexos. A medula espinal se forma na região caudal do tubo neural Camada do manto dará origem ao H medular (substancia cinzenta) Camada marginal dará origem à substancia branca Cristas neurais darão origem às fibras sensitivas na raiz dorsal e aos gânglios sensitivos Placa ventrolateral que se originou a partir da camada do manto dará origem à raiz ventral, região que se encontra as fibras motores. DESENVOLVIMENTO E DIVISÃO DO ENCÉFALO O fechamento do tubo neural inicia-se na parte central e a parte caudal e rostral se fecham mais lentamente. A parte rostral dará origem ao encéfalo (neuróporo rostral) a partir de 3 vesículas encefálicas primitivas (prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo) – 4ª semana gestacional A parte caudal dará origem à medula espinal A partir da 5ª semana há o desenvolvimento de vesículas encefálicas secundárias: Prosencéfalo formará o telencéfalo e diencéfalo Mesencéfalo não se divide em outras vesículas, só se dilata. Rombencéfalo formará o metencéfalo e o mielencéfalo. A partir da 13ª semana, a vesícula telencefálica se projeta e se dilata lateralmente, formando os hemisférios cerebrais. Na região da vesícula encefálica do diencéfalo vemos a formação do tálamo, epitálamo e hipotálamo. OBS.: os giros e sulcos são extremamente importantes para aumentar a superfície de contato do encéfalo e para ter mais espaço para a formação e desenvolvimento dos neurônios. NEUROANATOMIA divisão anatômica CITOARQUITETURA divisões embriológica e funcional DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO DESENVOLVIMENTO DA MEDULA ESPINAL DESENVOLVIMENTO E DIVISÃO DO ENCÉFALO