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O cenário macroeconômico brasileiro do segundo semestre de 2022 é afetado principalmente pelos efeitos do cenário pós-pandêmico e pelas consequências da guerra declarada entre Rússia e Ucrânia. De acordo com a Carta de Conjuntura elaborada pelo Instituto de Pesquisa em Economia Aplicada (IPEA), para o segundo semestre de 2022 espera-se uma desaceleração da atividade econômica, em função de fatores internos e externos. Entretanto, a projeção é que o PIB brasileiro feche 2022 com crescimento aproximadamente dois e meio por cento.
	O setor de serviços é quem deve liderar o crescimento econômico nacional, dado que a agropecuária e a indústria como um todo devem manter relativa estabilidade. Pelo lado da demanda, as sucessivas altas da taxa básica de juros da economia (SELIC) indicam uma tentativa governamental de conter a escalada inflacionária. Isso tem reflexo no consumo das famílias e na concretização de investimentos produtivos. O relatório FOCUS de 17/10/2022, elaborado pelo Banco Central do Brasil expressa que o mercado está prevendo uma inflação menor em 2022 se comparada ao ano anterior, justamente pelo aumento dos juros da economia (que tem o efeito de frear o consumo e investimentos em produção).
	Logo, a recuperação da economia brasileira está atrelada a queda no processo inflacionário – o que impacta a atividade econômica (oferta e demanda). A incerteza causada pelo cenário eleitoral também é um fato importante a ser considerado, pois dependendo da política econômica que for instaurada para o próximo ano, o mercado pode enxergar um afrouxamento da política monetária e fiscal ou o contrário – o que pode gerar especulação e inflação, dependendo da condução da política econômica como um todo. 
	Como assimetria, pode se destacar as incertezas geradas pela escalada no conflito entre Ucrânia e Rússia. Um possível aumento na intensidade da guerra pode gerar pressão sobre a oferta de energia para o leste europeu e encarecer os custos com frete (que estavam se estabilizando nos últimos meses)[footnoteRef:1]. Tais alterações refletem no aumento dos custos de produção da cadeia global de comércio como um todo e o Brasil pode ser afetado de forma negativa por isso. Somado a isso, o aperto monetário causado pelo FED (o banco central norte-americano) sinaliza que os EUA estão tendo dificuldade em conter a escalada inflacionária e, por isso, aumentam os juros. [1: Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/eua-estudam-respostas-a-uma-possivel-escalada-de-violencia-da-russia-na-ucrania/ Acesso em: 22 de out. de 2022. ] 
	O aumento dos juros pela autoridade monetária estadunidense tem como efeito valorizar o dólar frente as outras moedas e, com isso, o dólar acaba sendo mais atrativo como um investimento[footnoteRef:2]. Perante esse contexto, a questão cambial do resto do mundo é penalizada, com o encarecimento de importações e aumento do custo produtivo. Logo, esses dois fatores – Guerra entre Ucrânia e Rússia e contenção inflacionária a nível global – podem ter como reflexo a redução da atividade econômica e consequente queda no PIB do Brasil e do mundo, como um todo. [2: Fonte: https://www.seudinheiro.com/2022/economia/os-melhores-investimentos-de-setembro-de-2022-dolar-tem-a-maior-alta-do-mes-julw/ Acesso em: 22 de out. de 2022.] 
	Com tudo isso em ótica, salienta-se que para 2023 um investidor em potencial deve focar suas ações em produtos financeiros que gerem retorno positivo. Uma ótima opção é investir em ativos atrelados à taxa de juros básica da economia (a taxa SELIC). O Banco Central do Brasil já sinalizou que não pretende reduzir drasticamente a taxa de juros no curto prazo. Como o patamar hoje está em 13,75% e a tendência é que a inflação fique abaixo dos 7% no próximo ano, o investimento em ativos do Tesouro Direto atrelado a taxa SELIC se consolida como uma ótima opção no leque de produtos financeiros disponíveis aos investidores. 
	Nesse cenário que requer atenção e que os investidores tendem a ser mais conservadoristas, investir em títulos pós-fixados atrelados à SELIC garante ao investidor menos risco e maior retorno[footnoteRef:3], dadas tantas variáveis que podem ocasionar perdas no mercado financeiro. Sendo assim, dado tudo o que foi apresentado até aqui, apresenta-se o investimento em títulos vinculados a taxa SELIC como opções seguras de investimento, dadas as incertezas políticas, econômicas, cambiais e de mercado global que podem acometer a economia brasileira em 2023. [3: Fonte: https://www.moneytimes.com.br/selic-nao-cai-nem-tao-cedo-mas-renda-fixa-sofre-no-curto-prazo-saiba-como-investir/ Acesso em: 23 de out. de 2022. ]

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