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44 representa os mesmos indivíduos na tentativa de encerrarseus períodos probatórios. b) Sim, a apresentação de um pedido de cessação antecipadada liberdade condicional por bom comportamento não é a mesma questão que os crimes originais pelos quais ocondenado foi condenado. c) Não, o advogado pode ter informações confidenciaisinformações de sua posição anterior como juíza no casodos clientes que seriam prejudiciais à parte contrária nasaudiências de rescisão de liberdade condicional. d) Não, o advogado que exerceu a função de juiz não poderepresentar um cliente numa questão em que o advogado tenha tido participação pessoal e substancialenvolvimento. In re Moncus,733SE2d330(Gá. 2012) ex-juiz do assunto. Quando o advogado adversário finalmentepercebeu esse fato, o advogado imediatamente apresentou umamoção para desqualificar a Boutique Firm do recurso. A Boutique Firm respondeu que o advogado adversário já haviaconsentido com o conflito potencial quando não se opôs àmoção para substituir o advogado; além disso, não houveprejuízo demonstrado à parte contrária. Como o tribunal devedecidirsobreamoçãodedesqualificação? a) O tribunal deve negar a moção porque a parte requerente jáconsentiu com o conflito, optando por não se opor àmoção para substituir o advogado. b) O tribunal deveria negar o pedido porque o ex-juiz deapelação apenas confirmou algumas ordens dejulgamento na questão do inventário acessório, portantonão há prejuízo real para a parte requerente. 84. Um advogado atuou durante vários anos como juiz de umtribunal de apelação. A certa altura, o juiz fazia parte de umpainel que confirmou duas ordens de julgamento em umprocesso de inventário auxiliar. Logo em seguida, o advogadodeixou o tribunal de apelação e voltou a exercer a prática privadana Boutique Firm. A questão maior do inventário ainda estava searrastando, e os relatores interpuseram recurso de segurançadecorrente do mesmo processo acessório e contrataram aBoutique Firm para representá-los no recurso. Isso exigiu aapresentação de uma moção para substituir o advogado de uma empresa anterior que havia fornecido representação atéaquele momento. O advogado adversário não se opôs à moção, pois não sabia que a Boutique Firm haviacontratado um ex-juiz de apelação que havia assinado ordensanteriores no caso. Boutique Firm não selecionou o c) O tribunal deve conceder a moção porque as questõesestão relacionadas entre si e a parte requerente não recebeu notificação adequada sobre o conflito paradar consentimento informado. d) Otribunaldeveconcederamoçãoporqueosrelatoresnum recurso de mandamus podem facilmente encontraradvogadosubstituto. Em re deBrittingham,319SW3d 95(Tex. 2010) 45 OCLIENTE-ADVOGADO serviçosepotencialmentenãoentendemo significadodaisençãoderesponsabilidadeporescrito. d) Sim, esses litigantes pro se apresentarão a documentosemtribunal,emseupróprionome. Vejaabaixo3 86. Umaclientecontratouumdeterminadoadvogadopara representá-la em uma ação judicial por danos pessoais em que o cliente é o autor. Após uma consulta inicial e duas reuniões para analisar asprincipaisprovasdocasoediscutiranaturezadasações, o advogado redigiu as peças iniciais, notificou a parte contráriaeapresentouaspeçasnotribunalcompetente. No entanto, o advogado não permitiu que o cliente analisasseaspeçasprocessuaisantesdeapresentá-lase, posteriormente, a cliente expressa desapontamentopornãotertidoaoportunidade de analisar as peças processuais antecipadamente e fazersugestõesdealterações,vistoqueéocasodela e que o advogado está trabalhando para ela. Foiapropriadoqueoadvogadoredigisseaspeças processuais com base em conversas com o autor e arquivasse os documentos sem que o autor os revisasseprimeiro? a) Sim, porque um advogado pode assumir qualquer açõesqueoclienteautorizouimplicitamentecomo parte da representação. b) Sim, amenosqueoclientesejaumprofessordeinglêsouum editorprofissionalepossa,portanto,terexperiência especial na revisão de textos quanto a erros gramaticais e problemas estilísticos. c) Não, porque o advogado obedecerá a uma decisões do cliente relativas aos objetivos de representaçãoeconsultaráoclientesobrecomo perseguir esses fins. d) Não,porqueoadvogadopodeterquegastartempo posteriormenterevisandoaspeçasprocessuais, o que poderia afetar os honorários advocatícios do caso,etaisrevisõespoderiamtersidodesnecessárias se outra pessoa tivesse revisado a minuta do advogado antes de apresentá-la. Regra1.2(a) 3OsfatosacimasãosemelhantesaosdescritosemumaopiniãoformaldaABA de2015(opiniõeséticasestaduais,comoaopiniãoética635do Texas,chegamaumaconclusãosemelhante).Oadvogadoestá,naprática, a prestar serviços jurídicos aos particulares, isto constitui o exercício daadvocacia, pelo que existe uma relação cliente-advogado, ainda que deâmbito limitado. O significado desta conclusão é que o advogado aindapodeestarsujeitoamedidasdisciplinaresporviolaçõeséticasrelacionada sao prestação destes serviços e, dependendo da situação, por vezes arepresentaçãolimitadaainda“conta”paraefeitosdeverificaçãodeconflitosde interesses, a menos que seja o tipo de situação descrita na RegraModelo 6.5. Às vezes é muito claro que não existe relação advogado-cliente, mas também há situações confusas, como quando um advogadofazumadeclaraçãoderesponsabilidadeoralouescritaafirmandoque nãoexiste tal relação, mas depois fornece representação legal de qualquermaneira. RELAÇÃO Regra1.2Escopode Representação e Alocaçãodeautoridadeentreclientee advogado 85. Umadvogadocresceunapobreza,mastrabalhou duro para superar obstáculos e alcançar o sucesso. Agora um profissional de sucesso, o advogado é idealistaeapaixonadoporajudarosmenosafortunados. Todosossábadosdemanhã,eleusaumapequena sala de conferências no YMCA local para ajudar litigantesproseemquestõesdedivórcioecustódia– o advogado os ajuda a preencher seus próprios formulários judiciais(arquivosjudiciais)porumataxanominal,dáalguns conselhos sobre sua situação individual e analisa osformuláriospreenchidosantesque os próprios indivíduos os arquivem. O advogado está preocupadocomofatodeesseslitigantesproseentenderem mal seu papel e acreditarem que ele é seu advogado, então o advogado exige que cada um assine um termo de responsabilidade impresso declarando que não existe relação advogado-cliente. Lê-se,naparterelevante,“Entendoqueesteadvogado não tem obrigação legal ou ética de me fornecer representaçãolegalnesteassunto”.Dadoqueolitigante pro se assinou um formulário reconhecendo que não haverá representação legal, o advogado está correto aoacreditarquenãoexisterelaçãoadvogado-clientenestas circunstâncias? a) Sim, o termo de responsabilidade expresso e por escrito assinadofunciona como um acordo contratual de que não existe relação advogado-cliente. b) Não, o advogado está a analisar peças judiciais e a prestaraconselhamentojurídicosobreprocessos judiciais pendentes, o que constitui o exercícioda advocacia do advogado, ainda que a representação tenha um âmbito limitado. c) Não,oslitigantesproseaquidescritos parecemserusuáriospoucosofisticadosderecursoslegais 87. Oclienteéolíderdeumgruporeligiosoradical queprotestanosfuneraisdesoldadosquemorreramtrágicas mortes em combate no exterior. Contudo, os protestos não são contra a guerra, mas sim contra a crescente tolerânciadasociedaderelativamenteàhomossexualidade e ao casamento gay. O cliente e os seus seguidores ficam do lado de fora dos funerais enquanto familiares emlutochegameseguramgrandescartazesdepiquete estampados com frases de ódio contra os homossexuais, algumas das quais usam linguagem chocante. Eles também seguram cartazes que indicam que estão felizes com o facto desoldados americanos morrerem frequentemente, porque acreditam que estas mortes validam o seu ponto de vista de que o país estánocaminhomoralmenteerradoesetornoumau por ser mais tolerante. O grupo incomoda os participantes dos funerais, mas depois se dispersa assim que acerimônia fúnebre começa. O grupo recebe cobertura regular da mídia nacional devido à natureza intencionalmentesensacionalechocantedeseusprotestos. O cliente agora enfrenta um processo de responsabilidade civil movido pelo pai de um soldado falecido cujo funeral o grupo fez piquete; o autor alega inflição intencionalenegligentedesofrimentoemocional.Ocliente tem certeza de que seus direitos da Primeira Emenda superam essas reivindicações de danos subjetivos e tem um caso recente na Suprema Corte apoiando sua posição. O cliente pede a um advogado que o represente no assunto. O advogado relutantementeconcordaemaceitarocasoeotribunal de primeira instância dá um veredicto desfavorável contra o cliente. Após o caso, os repórteres entrevistam o advogado perguntando como elepoderia representar tal cliente e o advogado afirma duranteasentrevistasquenãonecessariamenteendossou as opiniões religiosas, sociais, morais ou políticas do cliente, mas estava apenas fornecendo representação.Asaçõesdoadvogadosãoadequadasneste caso? a) Sim,porqueoadvogadonãoganhouacausaem nomedestecliente,entãoajustiçaprevaleceu nofinal,poisesteclientedefendeaintolerânciaaos asopiniõesouatividadespolíticas,econômicas, sociais ou morais do cliente. Regra1.2(b) 88. Um certo arguido era indigente e recebeu um advogadodedefesanomeadopelotribunalnoseucaso defurto.Oarguidoinsistiuqueeracompletamenteinocente e que não aceitaria qualquer acordo de confissão, porque queria uma oportunidade de provar a sua inocência no julgamento. Quando o réu contou ao advogado suas expectativas,oadvogadoexplicouquehavia umtipoespecialdeapelodenominado“ApeloAlford”,no qual um réu pode concordar em aceitar umacondenação enquanto ainda contesta sua culpa ou mantém sua inocência. O réu recusou e disse ao advogado: “Nem sequer me contate com ofertas do promotor para uma confissão de culpa. Não vou me declarar culpado. Provarei minha inocência em um tribunal!”Opromotorrealmentefezdiversaspropostasde confissão, e cada vez o advogado apresentou a oferta ao réu, que a rejeitou e lembrouaoadvogadoquenãoqueriasaberdenenhuma oferta para “fazer um acordo”. A linha dura do arguido revelou-se eficaz como estratégia de negociação e,porfim,oprocuradortelefonouaoadvogadoparadizer que reduziria as acusações a contravenção e a pena a “tempocumprido”seoarguidosedeclarasseculpado.O advogado achou que se tratava de uma oferta ridiculamentegenerosa,massimplesmenterejeitou-a semconsultaroseucliente.Oclientefoiajulgamento e o júri o condenou, recebendo a pena máxima pelos crimes imputados. Foi apropriado que o advogado rejeitasseaofertafinaldeacordojudicialseminformaro cliente? a) Sim, porque os clientes têm o direito de ditar os objectivosglobaisdarepresentação,masoadvogado tem o direito de decidir os meios para atingir esseobjectivo. outrosnanossasociedade. b)Sim,porqueoclienteindicoupreviamentequea b) Não,porqueoprocuradortemobrigação asRegrasdeCondutaProfissionalpararecusara representaçãodeumclienteseelenãopuder endossar as opiniões políticas, sociais ou moraisdocliente,especialmenteaquelasque pregam a intolerância e o ódio. c) Não,porqueoadvogadoperdeuocasoedepoistentou justificar-se na mídia negando qualquer endosso às opiniões políticas, sociais e morais do cliente. d) Sim,porquearepresentaçãodeumclienteporum advogado não constitui endosso de propostaseriainaceitáveleautorizouo advogado a rejeitar a oferta. c) Não,porqueumadvogadoquerecebede O advogado adversário de um acordo de confissão oferecidoem um processo criminal deve informar imediatamente oclientesobreseuconteúdo. d) Não,porqueoresultadofinalfoium condenaçãoeumasentençaseveraparaoréu, queelepoderiaterevitadoaceitandoaofertade confissãofinal. Regra1.2Cmt3 46 89. Umcertoadvogadorepresentaumréunumcasodehomi cídio. No julgamento, o júri condenou o cliente esentenciou-o à morte, e os tribunais de recurso mantiveramacondenação,bemcomoasentença.Oadvogadoofer eceu-se agora para apresentar uma petição de habeascorpus no tribunal federal para recorrer do caso ao SupremoTribunal dos Estados Unidos, se necessário. O réu, porém,desenvolveucâncerterminalenãoesperavivermaisseis meses. O réu conta o advogado a desistir dos recursos porque, mesmo queganhassem,oarguidonãoviveriaosuficienteparagozard a sua liberdade. Mesmo assim, o réu não extingue arepresentação,poisdesejaqueoadvogadocuidedesua Oplanejamentopatrimonialéimportanteenquantoeleestánocorre dor da morte e tem algumas queixas administrativas emandamentocontraaprisãoondereside. O advogado se opõe veementemente à pena de morte eacreditaqueseuclienteéinocente,entãoeleentracomopedido de habeas mesmo assim. Enquanto a petição de habeas tramita no processo de apelação federal, o réusucumbeàdoençaemorrenaprisão.Oadvogadoestásujeitoa medidas disciplinares por interpor o pedido de habeas,apesar das ressalvas do cliente? a) Sim,porqueosrecursossãoclaramenteumdesperdícioderecu rsos públicos num caso em que o arguido morrerádequalquerformaantesdeoprocessode recurso estar concluído. b) Não, porque a interposição de recursos é apenas umaquestãodeestratégiaemétodos,eosadvogadosnãot êm de ceder ao cliente sobre estratégia e métodos. c) Não,porqueoclientefaleceuantes do as ações do advogado produziram quaisquerresultadosreaisquepudessemafetaroclient e. d) Sim, porque o advogado obedecerá a umadecisões do cliente relativas aos objetivos derepresentaçãoeconsultaráoclientesobrecomo perseguir esses fins. overdosededrogas.Oex-empregadordoclienteacabouse cansando de fazer os pagamentos mensais dachantagemeprocurouapolíciaparatratardoassunto.O clienteagoraestápreocupadocomapossibilidadedeenfrentar acusaçõesdechantagem,oqueviolariasualiberdadecon dicionaleresultariaemumlongoencarceramento.O cliente ficou com as únicas cópias das fotografias, limitando-seamostrá-lasaoantigoempregadorháumanopara extorquir os pagamentos. Depois que o clienteexplicou tudo isso ao seu advogado, ele entregou os documentosaoadvogadoeinstruiu-oadestruí-losouescondê-los para que a polícia não os encontrasse. OadvogadocolocouasfotosemumapastamarcadaPRODUT O DE TRABALHO DE ADVOGADO - PRIVILEGIADOECONFIDENCIAL,eenviouapastapara um serviçosecretodearmazenamentodedocumentosno exterior,nasIlhasCayman.Apolíciaobteveummandadodeprisão para o cliente com base na declaração do ex- empregador e, no julgamento, o promotor obteve umacondenação com base no depoimento do empregador enos registros bancários que mostram as transferênciasmensais.Oadvogadoestásujeitoamedidasdis ciplinares? a) Sim, porque o advogado estava claramenteincompetenteounegligenteseperderojulg amentomesmo sem que o promotor tenha as fotografias ouodepoimentodaprostitutaparaadmitircomoprova. b) Sim, porque um advogado não pode assistir umcliente em conduta que o advogado sabe sercriminosa ou fraudulenta, como destruir provasquandoháumainvestigaçãocriminalpende nte. c) Não,porqueotribunalcondenouoclientedequalquermaneira,porta nto a fraca tentativa do advogado de ajudar o clientenão fez diferença no resultado. d) Não, porque uma vez que o cliente contou ao advogadosobre o assunto em particular e lhe entregou osdocumentos,elesficaramsobaproteçãodoprivilégioa dvogado-cliente. Regra1.2(d) 90. Umadvogadorepresentaréuscriminais. Umdia,umclienteapareceunoescritóriodoadvogadoe explicou que vinha chantageando seu antigo empregadorháumano.Oclientecontratouumaprostitutapara seduziroantigoempregadornumasalacomcâmarasescondidas, depois mostrou as fotografias embaraçosasao seu antigo empregador e exigiu pagamentos mensais de 500 dólares, que o empregador pagou,nãoquerendodestruiroseucasamento.Aprostit utaposteriormente morreu de um 91. Um cliente contratou um advogado para pesquisar alegalidade de um “mash-up” musical, uma gravaçãosonora que inclui breves clipes de som e amostras degravações comerciais de muitos outros artistas. Aabordagemúnicadoclientecoloca- onazonacinzentaemtorno do “uso justo” e das “obras de arte compostas”sobaleidedireitosautoraisvigente,e nenhumtribunalaindasepronunciousobreaquestãoprecisa,emb ora a questão tenha sido objeto de dezessete longasrevisões legais. artigos nos últimos dois anos, chegando auma série de conclusões diferentes. Nenhum litígio estápendente,