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Luciano Figueiredo
Direito Civil
Sumário de 
Aula
- R e s p o n s a b i l i d a d e C i v i l
1. Breves Notas Introdutórias à Responsabilidade Civil.
“Toda manifestação humana traz em si o problema da
responsabilidade.” (José de Aguiar Dias).
Dentro da responsabilidade jurídica, fala-se em uma diferenciação
entre a responsabilidade civil e penal, diferenciada quanto aos efeitos
e bem da vida tutelado.
Sobre essa independência entre os campos civil e penal, interessante
verificar os artigos 200 e 935, ambos do Código Civil, bem como art.
65 do Código de Processo Penal:
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser
apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da
respectiva sentença definitiva.
Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal,
não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou
sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se
acharem decididas no juízo criminal.
CPP, Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que
reconhecer ter sido o ato praticado em estado de
necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de
dever legal ou no exercício regular de direito.
2. Conceito e Distinções Relevantes.
O que é a responsabilidade civil?
# Conceito reducionista.
# Conceito ampliado: responsabilidade como um mecanismo.
# Débito x Responsabilidade: O mecanismo da responsabilidade civil (Sérgio
Cavalieri).
# Há responsabilidade civil sem débito? E débito sem responsabilidade?
# Cuidado com a fiança na locação de imóveis:
Lei 8009/90, Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução
civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
[…]
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.
(Incluído pela Lei nº 8.245, de 1991)
STJ, S. 549. É válida a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de
locação.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8245.htm#art3vii
E se for locação comercial?
Notícias STF
Sexta-feira, 15 de junho de 2018
1ª Turma afasta penhorabilidade de bem de família do fiador na locação comercial
Em sessão realizada na terça-feira (12), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que não é possível
penhorar o bem de família do fiador na locação comercial. Por maioria dos votos, os ministros proveram o Recurso
Extraordinário (RE) 605709, no qual o recorrente alegava ser nula a arrematação de sua casa – localizada em Campo
Belo (SP) – em leilão ocorrido no ano de 2002.
Segundo o recorrente, o imóvel seria impenhorável por ser sua única propriedade, sendo ele o responsável pelo
sustento da família. Assim, alegou que, na hipótese, cabe a proteção do direito fundamental e social à moradia.
O julgamento teve início em outubro de 2014, quando o ministro Dias Toffoli (relator) – então componente da Primeira
Turma – votou pelo desprovimento do RE, entendendo que a penhorabilidade do bem de família é possível tanto na
locação residencial como na comercial> na ocasião, o julgamento foi suspenso pelo pedido de vista do ministro Luís
Roberto Barroso. Nesta terça-feira (12), ele apresentou voto acompanhando o relator. De acordo com Barroso, o
Supremo tem entendimento pacífico sobre a constitucionalidade da penhora do bem de família do fiador por débitos
decorrentes do contrato de locação residencial.
Para o ministro, a lógica do precedente é válida também para os contratos de locação comercial na medida em que,
embora não envolva direito à moradia dos locatários, compreende o seu direito à livre iniciativa que também tem
fundamento constitucional. Segundo ele, a possibilidade de penhora do bem de família do fiador que, voluntariamente
oferece seu patrimônio como garantia do débito, impulsiona o empreendedorismo ao viabilizar a celebração de
contratos de locação empresarial em termos mais favoráveis.
No entanto, a ministra Rosa Weber abriu divergência ao acolher o parecer do Ministério Público Federal (MPF), que se
manifestou pelo provimento do recurso extraordinário, entendimento seguido pela maioria dos ministros. A ministra fez
considerações no sentido de que não se pode penhorar o bem de família na locação comercial.
Do mesmo modo votou o ministro Marco Aurélio, segundo o qual deve haver manifestação de vontade do fiador na
locação residencial ou comercial, acrescentando que, quanto à impenhorabilidade, a lei não distingue o tipo de locação.
Para ele, não se pode potencializar a livre iniciativa em detrimento de um direito fundamental que é o direito à moradia,
tendo em vista que o afastamento da penhora visa a beneficiar a família. Também votou com a divergência o ministro
Luiz Fux, no sentido da impenhorabilidade.
EC/CR
Processos relacionados
RE 605709
# Há responsabilidade civil por ato lícito?
Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou
porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho
a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
3. Funções e Objetivos da Responsabilidade Civil.
Qual a função da responsabilidade civil e O limite da reparação?
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos
devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que
razoavelmente deixou de lucrar.
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano,
poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
Enunc. 379, CJF. O art. 944, caput, do Código Civil não afasta a possibilidade de se
reconhecer a função punitiva ou pedagógica da responsabilidade civil.
# Reparação in natura x Compensação Financeira?
# Reparação integral e a teoria da diferença?
4. Elementos Gerais da Responsabilidade Civil
- Conduta Humana
- Nexo de Causalidade
- Dano ou Prejuízo
4.1 Conduta Humana
Ato, ação e comportamento humano, seja positivo ou negativo.
# Precisa ser voluntária?
# Ser voluntária é sinônimo de ser dolosa?
# Responsabilidade por omissão é apenas do garantidor?
4.2 Dano ou prejuízo:
Traduz a violação a um interesse jurídico patrimonial ou moral. O dano para ser
indenizável tem que ser certo, não podendo ser hipotético.
Quantificação do dano - Art 944 do CC e Enunciado 46 do CJF.
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e
o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
4.3 Nexo de Causalidade
É o liame (cano) que une o agente ao dano.
Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e 
danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela 
direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual. 
5. Espécies.
5.1 A depender da norma jurídica violada a responsabilidade civil poderá ser:
- Contratual x Extracontratual ou Aquiliana.
5.2 A depender da necessidade de culpa
Subjetiva x Objetiva
i. Responsabilidade civil subjetiva, decorrente de um ato ilícito culposo, havendo de
indenizar.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente 
moral, comete ato ilícito. 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a 
repará-lo. 
ii. Responsabilidade Civil Objetiva.
a) Por previsão em Lei Específica (art 927, p.u).
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de
culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos
de outrem.
- Responsabilidade civil do transportador (art. 734, CC)
- Responsabilidade civil do estado (art. 37, § 6º, CF)
- Responsabilidade Ambiental (Lei 6938/81, art. 14)
- Responsabilidade por Dano Nuclear (art.21, XXIII, CF)
- Responsabilidade Civil do Seguro Obrigatório (DPVAT)
Sobre DPVAT:
STJ, S. 246- O valor do seguro obrigatório deve ser deduzido da indenização.
b) Por Atividade de Risco (art. 927, p.u).
Enunciado 38 do CJF:
E. 38 – Art. 927: a responsabilidade fundada no risco da atividade, como prevista
na segunda parte do parágrafo único do art. 927 do novo Código Civil, configura-
se quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano causar a
pessoa determinada um ônus maior do que aos demais membros da
coletividade
Exemplo de atividade de risco que gera responsabilidade objetiva é aquela ligada ao dano
nuclear.
c) Por Abuso de Direito
Art 187 do CC e E. 37 do CJF:
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social,
pela boa-fé ou pelos bons costumes.
E. 37 – Art. 187: a responsabilidade civil decorrente do abuso do direito 
independe de culpa e fundamenta-se somente no critério objetivo-finalístico.
d) Responsabilidade Objetiva das Empresas e Empresários:
Art. 931. Ressalvados outros casos previstos em lei especial, os empresários
individuais e as empresas respondem independentemente de culpa pelos danos
causados pelos produtos postos em circulação.
e) Responsabilidade Civil Indireta.
É indireta quanto ao agente e objetiva quanto ao fundamento.
O que significa ser objetiva? Precisa dos elementos gerais de responsabilização?
i Responsabilidade civil pelo fato da coisa ou de animal
- A responsabilidade pelos animais (art. 936)
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado,
se não provar culpa da vítima ou força maior.
- A responsabilidade por ruína de edifício ou construção (Art. 937)
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que
resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade
fosse manifesta.
- A responsabilidade por objetos lançados ou caídos (art 938).
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano
proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
ii. Responsabilidade Civil Por Ato De Terceiro (art. 932):
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua
companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas
mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos,
no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se
albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes,
moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a
concorrente quantia.
Observações quanto ao dispositivo:
# Responsabilidade Objetiva:
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja
culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.
# Responsabilidade Solidária:
Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos
à reparação do dano causado; e se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão
solidariamente pela ofensa.
Parágrafo Único. São solidariamente responsáveis com os autores os coautores e as pessoas
designadas no art. 932.
Cabe ação em regresso?
Art. 934. Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que
houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for
descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.
O incapaz pode ser civilmente responsabilizado?
- Art 928 do CC
Art. 928. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes.
Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser eqüitativa, não terá
lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.
E. 39 – Art. 928: a impossibilidade de privação do necessário à pessoa, prevista no art. 928,
traduz um dever de indenização equitativa, informado pelo princípio constitucional da
proteção à dignidade da pessoa humana. Como consequência, também os pais, tutores e
curadores serão beneficiados pelo limite humanitário do dever de indenizar, de modo que a
passagem ao patrimônio do incapaz se dará não quando esgotados todos os recursos do
responsável, mas se reduzidos estes ao montante necessário à manutenção de sua
dignidade.
O art. 116 do ECA disciplina que
Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá
determinar, se for o caso, que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do
dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo da vítima.
Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída por
outra adequada.
E. 40 – Art. 928: o incapaz responde pelos prejuízos que causar de maneira subsidiária ou
excepcionalmente como devedor principal, na hipótese do ressarcimento devido pelos
adolescentes que praticarem atos infracionais nos termos do art. 116 do Estatuto da Criança
e do Adolescente, no âmbito das medidas sócio-educativas ali previstas.
6. Causas Excludentes da Responsabilidade Civil.
# Porque excluem?
6.1 Caso Fortuito e Força Maior (art. 393 CC):
# Há diferença entre o fortuito e a força maior?
Art. 393. O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força 
maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. 
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos 
efeitos não era possível evitar ou impedir. 
# Fortuito e força maior sempre serão excludentes?
6.2 Estado de Necessidade e Legítima Defesa (art. 188 do CC)
Previsão:
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido; 
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover 
perigo iminente. 
# Atenção aos arts. 929 e 930 – agressivo x defensivo.
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não 
forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram. 
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra 
este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao 
lesado. 
6.3 Exercício Regular de Direito.
# E o estrito cumprimento do dever legal?
6.4 Culpa Exclusiva da Vítima
E se for culpa concorrente (causas concorrentes)?
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua
indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em
confronto com a do autor do dano.
# O que é a causalidade comum?
Art. 942: Se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente
pela reparação
6.5 Fato de Terceiro:
Art. 735. A responsabilidade contratual do transportador por acidente com o passageiro
não é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva.
Súmula 187, STF: A responsabilidade contratual do transportador, pelo acidente
com o passageiro, não é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação
regressiva.
# Cabe cláusula de não indenizar?
Em regra, não. Vide exemplo de contrato de transporte:
Art. 734. O transportador responde pelos danos causados às pessoas transportadas e suas
bagagens, salvo motivo de força maior, sendo nula qualquer cláusula excludente da
responsabilidade.
Parágrafo único. É lícito ao transportador exigir a declaração do valor da bagagem a fim de
fixar o limite da indenização.
S. 161, STF. Em contrato de transporte é inoperante a cláusula de não indenizar.
Exceção de cabimento: Condomínio.
Condomínio. Furto de veículo. Cláusula de não indenizar.
1. Estabelecendo a Convenção cláusula de não indenizar, não há como impor a
responsabilidade do condomínio, ainda que exista esquema desegurança e vigilância,
que não desqualifica a força da regra livremente pactuada pelos condôminos.2. Recurso
especial conhecido e provido.(STJ, REsp 168346 / SP ; RECURSO ESPECIAL 1998/0020650-
7, Rel.Ministro Waldemar Zveiter, Ministro Carlos Alberto Menezes Direito, T3 - Terceira
Turma, 20/05/1999).
7. Outras Responsabilidades.
Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações:
I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da
família;
II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a
duração provável da vida da vítima.
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das
despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de
algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício
ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das
despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão
correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que
ele sofreu.
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada
e paga de uma só vez.
Enunciado 48 do CJF sustenta que tal preceito normativo “institui direito potestativo do
lesado para exigir pagamento da indenização de uma só vez, mediante arbitramento do
valor pelo juiz, atendidos os arts. 944 e 945 e a possibilidade econômica do ofensor”.
No mesmo sentido percebe-se o Enunciado 381, segundo o qual o lesado poderá exigir
que a pensão seja arbitrada, e paga, de uma só vez, salvo impossibilidade econômica do
devedor, hipótese na qual o juiz pode fixar outra forma de pagamento de acordo com a
condição financeira do ofensor e os benefícios resultantes do pagamento antecipado.
Fiquem ligados: o art. 533 do NCPC (equivalente ao 475-Q do CPC/73) estabelece regras
para o cumprimento da sentença que fixou a indenização em prestações periódicas.
Art. 533. Quando a indenização por ato ilícito incluir prestação de alimentos, caberá ao
executado, a requerimento do exequente, constituir capital cuja renda assegure o
pagamento do valor mensal da pensão.
§ 1o O capital a que se refere o caput, representado por imóveis ou por direitos reais
sobre imóveis suscetíveis de alienação, títulos da dívida pública ou aplicações financeiras
em banco oficial, será inalienável e impenhorável enquanto durar a obrigação do
executado, além de constituir-se em patrimônio de afetação.
§ 2o O juiz poderá substituir a constituição do capital pela inclusão do exequente em folha
de pagamento de pessoa jurídica de notória capacidade econômica ou, a requerimento
do executado, por fiança bancária ou garantia real, em valor a ser arbitrado de imediato
pelo juiz.
§ 3o Se sobrevier modificação nas condições econômicas, poderá a parte requerer,
conforme as circunstâncias, redução ou aumento da prestação.
§ 4o A prestação alimentícia poderá ser fixada tomando por base o salário-mínimo.
§ 5o Finda a obrigação de prestar alimentos, o juiz mandará liberar o capital, cessar o
desconto em folha ou cancelar as garantias prestadas.
Súmula 313 do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA “Em ação de indenização, procedente o
pedido, é necessária a constituição de capital ou caução fidejussória para a garantia de
pagamento da pensão, independentemente da situação financeira do demandado”.
Súmula 490 do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL “A pensão correspondente à indenização
oriunda de responsabilidade civil deve ser calculada com base no salário mínimo vigente
ao tempo da sentença e ajustar-se-á às variações ulteriores”.
Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização
devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência,
imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe
lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho.
Art. 952. Havendo usurpação ou esbulho do alheio, além da restituição da coisa, a
indenização consistirá em pagar o valor das suas deteriorações e o devido a título de
lucros cessantes; faltando a coisa, dever-se-á reembolsar o seu equivalente ao
prejudicado.
Parágrafo único. Para se restituir o equivalente, quando não exista a própria coisa,
estimar-se-á ela pelo seu preço ordinário e pelo de afeição, contanto que este não se
avantaje àquele.
Art. 953. A indenização por injúria, difamação ou calúnia consistirá na reparação do dano
que delas resulte ao ofendido.
Parágrafo único. Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao juiz fixar,
eqüitativamente, o valor da indenização, na conformidade das circunstâncias do caso.
Art. 954. A indenização por ofensa à liberdade pessoal consistirá no pagamento das
perdas e danos que sobrevierem ao ofendido, e se este não puder provar prejuízo, tem
aplicação o disposto no parágrafo único do artigo antecedente.
Parágrafo único. Consideram-se ofensivos da liberdade pessoal:
I - o cárcere privado;
II - a prisão por queixa ou denúncia falsa e de má-fé;
III - a prisão ilegal.
Bons Estudos!
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