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media para o lado contra-lateral (lemnisco medial) -> informação do lado direito é processada pelo córtex esquerdo e vice versa. O neurônio de 2ª ordem vai para o tálamo (pré-processamento informação), no núcleo ventral posterior encontrar o neurônio de 3ª ordem, que se direciona para o córtex (córtex somato- sensorial primário – onde a gente sente de fato) – S1. • Vias paralelas: feixe da coluna dorsal -> cada neurônio de 1ª ordem tem seu neurônio de 2ª ordem (tudo de forma organizada) – vias paralelas de áreas diferentes e de mesma área (diferentes receptores) se projetando de forma paralela na coluna Nervo trigêmeo: informações táteis da face (entra a nível de bulbo, não de medula) Tálamo: é um núcleo de retransmissão. Tem uma circuitaria inibitória (inibição lateral) grande -> informação de entrada diferente da de saída (pré-processamento). Aumento do contraste do que é estimulo e o que não é -> chega no córtex um estimulo mais intenso (potencializado porque a vizinhança está inibida) = tudo questão de referencial. Organização somatotopica. • Córtex Somatossensorial Primário (S1) está localizado no giro pós-central do lobo parietal e compreende quatro regiões/campos distintos conhecidos como áreas de Brodmann 3a, 3b, 1 e 2. Cada uma dessas áreas corticais contem uma representação separada e completa do corpo. - Região S1 (1º giro do córtex após o sulco central) - S1 pode ser dividido em áreas 1, 2, 3a, 3b. - Tálamo se dirige para 3a e 3b (mais para 3b) - 3b recebe informação de textura(se projeta para 1) e forma (se projeta para 2) Neurônios nas áreas 3b e 1 : estímulos cutâneos Neurônios em 3a: estimulação de proprioceptores Neurônios da área 2: tanto estímulos táteis como proprioceptivos; Essas diferenças nas propriedades de resposta refletem, pelo menos em parte, conjuntos paralelos de sinais de entrada, originários de classes de neurônios funcionalmente distintas no complexo ventral posterior. - A área 3b recebe a maior parte dos sinais do complexo ventral posterior e fornece uma projeção particularmente densa para as áreas 1 e 2. - Hierarquia funcional: área 3b é um primeiro passo obrigatório no processo cortical da informação somatossensorial. - Lesões da área 3b em primatas não humanos causam profundos déficits em todas as formas de sensações táteis mediadas por mecanorreceptores cutâneos; - Lesões as áreas 1 ou 2 provocam déficits parciais e incapacidade de utilizar informação tátil para discriminar entre texturas de objetos (déficit de área 1) ou entre tamanho e forma de objetos (déficit de área 2). - Neurônios que respondem a mecanorreceptores de adaptação rápida e lenta estavam agrupados em zonas separadas dentro da representação de um único digito. Primeira representação do copo humano no córtex sensorial e motor primário: - Homúnculo definido no mapeamento apresentando face e a mão grandes em relação ao torso e aos membros proximais. Essas anomalias originaram-se porque para os humanos, a manipulação, a expressão facial e a fala são extraordinariamente importantes, necessitando grande ação circuitaria, tanto central quanto periférica, para governa-las. Em humanos, a parte cervical da medula espinhal apresenta-se aumentada para acomodar circuitos extra-relacionados à mão e aos membros superiores, e a densidade de receptores é maior em regiões como mão e lábios. • Giro pós-central S2 (córtex somatossensorial secundário) -> recebe neurônios de 4ª ordem. - Áreas de integração: unem os sentidos, muito mais complexos (S2 é mais complexo que S1). S2 codifica tato+visão, por exemplo. S2 se projeta para hipocampo (memória) e amígdala (emoção). - A informação sensorial somática é distribuída a partir do córtex somatossensorial primário para campos corticais de “ordem mais alta”. Um desses centros corticais de ordem mais alta, o córtex somatossensorial secundário (S2) situa-se a borda superior do sulco lateral. S2 recebe projeções convergentes oriundas de todas as subdivisões de S1, e essas aferências são necessárias para as funções de S3. A área S3, por sua vez, envia projeções para estruturas límbicas, como a amígdala e o hipocampo. Acredita-se que essa ultima via tenha um papel importante no aprendizado e na memória tátil. - Cada região do corpo está representada em pedacinhos no giro. S1 foi mapeada em cirurgias para lobotomia (homúnculo de Penfild). Organização segmentada (não é sequenciada como na coluna). O tamanho da parte é relacionada com a quantidade de neurônios que se destinam àquela parte. São organizados inclusive quanto ao tipo de adaptação do receptor. - Presença de projeções descendentes massivas. As projeções descendentes do córtex somatossensorial são mais numerosas do que as vias somatossensoriais ascendentes. Projeções descendentes modulam fluxo ascendente de informação sensorial no tálamo e no tronco encefálico. Organização segmentar da medula espinal e os dermátomos (trechos da superfície corporal destinados à um segmento especifico da medula). Organização semelhante a um mapa: Segmento torácico: abdômen Segmento cervical: braços Segmento sacral: parte posterior da perna Segmento lombar: parte anterior da perna • Intumescências cervical e lombar: dilatações na medula. Aonde chegam neurônios dos braços e das pernas tem muito mais neurônios, por isso a dilatação. Plasticidade do mapa cortical: Organização dos neurônios: ao remover o dedo 3 de um macaco, a área cortical de D3 passa a responder para D2 e D4 (D2 e D4 se expandiram). Uma estimulação excessiva de um dedo aumenta sua área cortical em detrimento das vizinhas. Potencial de reorganização dos circuitos corticais em adultos. O impacto de lesões periféricas (secção de um nervo que inerva a mão ou a amputação de um digito) sobre os mapas topográficos no córtex somatossensorial. “Remapeamento funcional”: esse tipo de ajusto no sistema somatossensorial pode contribuir para a sensação alterada de membros fantasma após uma amputação. Mudanças na circuitaria cortical ocorrem no encéfalo adulto. Essas mudanças parecem ser de valor limitado para a recuperação da função após uma lesão encefálica e podem levar a sintomas que pioram, em vez de melhorar, a qualidade de vida após dano neural.