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TURMA SEREI DELTA 4.0 
 
 
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MATERIAL DE APOIO ESQUEMATIZADO 
A finalidade deste material não é exaurir o conteúdo, mas trazer de forma complementar, direcionada e 
esquematizada, fazendo com que o aluno tenha contato com os temas de maior incidência nas provas 
de Delegado de Polícia, baseando-se em pesquisas e análise das provas. 
Além disso, utilizamos o processo de aprendizado avançado, explicitando informações na medida 
suficiente e necessária para que o aluno consiga estudar, revisar e memorizar com qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ............................................................................................................... 7 
1.1. Conceito da Administração Pública .................................................................................................... 7 
1.2. Princípios da Administração Pública ................................................................................................ 10 
1.3. Administração Pública: Direta X Indireta .......................................................................................... 13 
1.4. Órgão X Entidade ............................................................................................................................. 22 
1.5. Autarquia X Fundação Pública X Empresa Pública X Sociedade de Economia Mista ..................... 25 
1.6. Entidades Paraestatais: Sistema S X OS X OSCIP X Entidade de Apoio ........................................ 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NOVO EDITAL CODIFICADO – TURMA SEREI DELTA 4.0 
DISCIPLINA: DIREITO ADMINISTRATIVO 
TÓPICO Administração Pública 
SUBTÓPICO 
Conceito da Administração Pública 
Princípios da Administração Pública 
Administração Pública: Direta X Indireta 
Órgão X Entidade 
Autarquia X Fundação Pública X Empresa Pública X Sociedade de Economia Mista 
Entidades Paraestatais: Sistema S X OS X OSCIP X Entidade de Apoio 
MAPA 
Conceito da Administração Pública 
A Administração Pública pode ser conceituada: 
1) Sentido Objetivo; 
2) Sentido Subjetivo. 
O conceito abrange também: 
1) Sentido Amplo; 
2) Sentido Estrito. 
Princípios da Administração Pública 
Art. 37 da Constituição Federal de 1988: A administração pública direta, indireta ou 
fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência. 
Esses princípios acima são os princípios explícitos da Administração Pública. 
Existem também os princípios extraídos da interpretação do texto constitucional, são os 
princípios implícitos: 
1) Presunção de Legitimidade; 
2) Razoabilidade; 
3) Indisponibilidade do Interesse Público; 
4) Motivação; 
5) Continuidade dos Serviços Públicos; 
6) Especialidade; 
7) Supremacia do Interesse Pública; 
8) Autotutela. 
Administração Pública: Direta X Indireta 
Administração Pública Direta 
A Administração Direta tem como característica predominante a sua composição que 
é feita de Órgãos Públicos ligados ao Poder Executivo Federal, Estadual ou 
Municipal. Os órgãos são responsáveis diretos e imediatos pelas funções 
administrativas. Esses Órgãos integram a União, Estado, Distrito Federal e Municípios. 
As Pessoas Jurídicas Políticas não possuem personalidade jurídica própria, já que os 
orçamentos são subordinados às esferas das quais fazem parte. 
Administração Pública Indireta 
A Administração Indireta é caracterizada por entidades com personalidade jurídica 
própria, as quais, possuem patrimônio, autonomia, administrativa e orçamento para seus 
fins. 
Órgão X Entidade 
 
 
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É importante que você saiba para a sua prova, a diferença entre Órgão e Entidade. 
O que é Órgão? 
É a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da 
Administração indireta. 
Nasce pela Desconcentração. 
São centros de competência, sendo partes integrantes da União, do Distrito Federal, dos 
Estados, dos Municípios, das Autarquias ou das Fundações Públicas. 
O que é Entidade? 
É a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica. 
Nasce pela Descentralização. 
1) Entidades Políticas: União, Estados, Municípios e DF 
2) Entidades Administrativas: Autarquias, 
3) Empresas públicas, Sociedades de economia mista, Fundações não autárquicas - 
Pessoas jurídicas de direito privado (prestadoras de serviços públicos). 
Autarquia X Fundação Pública X Empresa Pública X Sociedade de Economia Mista 
Autarquias 
Quais as características das Autarquias? 
1) Pessoas jurídicas de direito público interno; 
2) Possuem patrimônio próprio; 
3) Criadas e extintas por lei específica; 
4) Possuem autonomia administrativa, econômica e financeira; 
5) Prestam um serviço público típico do Estado; 
6) Possuem capacidade processual; 
7) Responsabilidade civil objetiva; 
8) Seus bens são considerados públicos; 
9) Gozam de personalidade jurídica própria; 
10) Gozam de imunidade tributária recíproca em relação ao patrimônio, à renda e aos 
serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. 
Fundações Públicas 
Surgem quando um determinado patrimônio é destacado pelo fundador, ao qual é 
atribuído uma personalidade jurídica, visando ao atendimento de uma finalidade 
específica de intuito não-lucrativo. 
1) Fundação pública de direito público: Criada por lei, tem natureza de autarquia, 
aplicando-se as mesmas prerrogativas materiais e processuais conferidas às autarquias. 
2) Fundação pública de direito privado: Criação autorizada em lei, regulamentação 
híbrida, com incidência de normas de direito público e privado. 
Empresas Públicas (EP): 
1) Pessoas jurídicas de direito privado; 
2) Constituída com capital exclusivamente público; 
3) Criação é autorizada por lei, sob qualquer forma jurídica admitida; 
4) Objetivam a prestação de serviços públicos ou a exploração de atividade econômica. 
Sociedades de Economia Mista (SEM): 
1) São pessoas jurídicas de direito privado; 
2) Instituídas pelo Poder Público após autorização em lei específica; 
3) Sob a forma de sociedade anônima; 
 
 
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4) Com capitais públicos e privados (maioria pública); 
5) Visando à exploração de atividades de natureza econômica ou execução de serviços 
públicos. 
ATENÇÃO! 
A sua prova pode cobrar acerca dos Consórcios Públicos, então se atente. 
Qual a definição de Consórcios Públicos? 
É “pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, na forma da Lei nº 
11.107/05, para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de 
objetivos de interesse comum, constituída como associação pública, com a personalidade 
jurídica de direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito 
privado sem fins econômicos”. (Decreto nº 6.017/07) 
Entidades Paraestatais: Sistema S X OS X OSCIP X Entidade de Apoio 
O Estado, apesar de sua complexa estrutura, não possui condições de atender a todas 
as demandas sociais, desta forma, conta com o apoio de entidades de direito privado. 
Quais são as entidades paraestatais? 
Existem várias espécies de entidades paraestatais, sendo as mais relevantes: 
1) Os serviços sociais autônomos; 
2) As organizações sociais; 
3)As organizações da sociedade civil de interesse público; 
4) As fundações de apoio. 
ATENÇÃO! 
O terceiro setor são as organizações paraestatais, entidades não governamentais, sem 
fins lucrativos, privadas, que atuam por iniciativa própria prestando atividades de 
interesse público. 
DOUTRINA! 
Conforme destaca Rafael Carvalho1, é possível estabelecer uma organização 
administrativa dividida em três setores, que são responsáveis pelo atendimento do 
interesse público e que sofrem a incidência, em maior ou menor medida, do Direito 
Administrativo: 
1) 1º Setor: Estado (Administração Pública Direta e Administração Pública Indireta); 
2) 2º Setor: Mercado (concessionárias e permissionárias de serviços públicos); 
3) 3º Setor: Sociedade civil (Serviços Sociais Autônomos – Sistema “S”, Organizações 
Sociais – “OS”, Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público – “OSCIPs”, 
Organizações da Sociedade Civil – “OSCs” etc.). 
BIZU! 
1º Setor: Estado – Coletivo – Direito Público 
2º Setor: Iniciativa Privada – Individual – Direito Privado 
3º Setor: Privados sem fins lucrativos – Coletivo – Direito Privado 
4º Setor: Economia Informal – Individual – Atividades (ilícitas e irregulares) 
 
 
 
 
 
 
 
1 OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Administração Pública, concessões e terceiro setor. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 
2011 
 
 
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1) ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
1.1) Conceito da Administração Pública 
COMPLEMENTAÇÃO DO TEMA: 
DOUTRINA! 
Administração pública em sentido formal ou subjetivo é o conjunto de órgãos e pessoas jurídicas que 
o nosso ordenamento jurídico identifica como administração pública, não importa a atividade que 
exerçam. No Brasil, só é administração pública: (a) os órgãos integrantes da denominada administração 
direta (são os órgãos que, em uma pessoa política, exercem função administrativa); e (b) 
as entidades da administração indireta, que são, exclusivamente, as autarquias, as fundações 
públicas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista.2 
ATENÇÃO! 
Administração extroversa: Relação da Administração com os administrados (atividade fim, ou seja, 
interesse da coletividade). 
Administração introversa: Relação da Administração com seus próprios órgãos (atividade meio para 
gerir a estrutura administrativa). 
IMPORTANTE! 
No Brasil, a Administração Pública é composta por órgãos, em sentido amplo, que se dividem entre a 
administração direta e indireta. 
TEMA POTENCIAL! 
Sistemas Administrativos: 
1) Sistema Inglês: Unidade de Jurisdição. Fundamentado no artigo 35, XXXV da CR/88; quem define com 
autoridade de coisa julgada é só o Poder Judiciário. 
2) Sistema Francês: Contencioso Administrativo, baseado na dualidade de jurisdição. Há um órgão 
administrativo que julga questões de índole administrativa. 
No Brasil, por não existir o modelo da dualidade de jurisdição do sistema francês, há, contudo, uma 
hipótese de instância administrativa de curso forçado, qual seja, as causas submetidas à Justiça 
desportiva. 
PODE CAIR NA PROVA! 
1) Sentido Amplo: Abarca as funções Políticas e Administrativas. 
2) Sentido Estrito: Apenas funções Administrativas. 
3) Sentido Subjetivo diz respeito a "Quem" executa (Órgãos, Agentes, Entidades) 
4) Sentido Objetivo corresponde a identificação "Do que" é feito (Serviço Público, Intervenção, Polícia 
Adm, etc) 
QUADRO ESQUEMÁTICO! 
Veja de forma sintetizada sobre o conceito da Administração Pública: 
CONCEITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
CRITÉRIO 
FORMAL MATERIAL 
É Administração aquilo que a legislação diz que 
é Administração. 
A Administração é formada por quem exerce a 
função administrativa 
A Administração Pública é formada pela 
Administração direta e pelas entidades 
administrativas (Administração indireta) 
 
 
 
 
 
 
2 PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo Direito Constitucional Descomplicado. 15ª. edição. São Paulo: Método, 2016. p.344. 
 
 
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QUADRO ESQUEMÁTICO! 
Veja a diferença entre sentido amplo e estrito: 
SENTIDOS 
AMPLO ESTRITO 
Abarca as funções de planejamento, comando e 
direção da atividade administrativa, bem como a 
sua execução. 
Nesse sentido, a Administração pública, sob o 
aspecto subjetivo, abrange os órgãos de governo 
(independentes, constitucionais), competentes para 
traçar com larga discrição as diretrizes gerais da 
Administração e os órgãos administrativos 
propriamente ditos (subordinados, legais, em sua 
maioria), que executam as diretrizes 
governamentais. 
Em sentido estrito, a Administração Pública 
abarca, sob o aspecto subjetivo, apenas os 
órgãos administrativos e, sob o aspecto 
objetivo, apenas a função administrativa, 
excluindo-se os órgãos de governo, no primeiro 
caso, e no segundo, a função política. 
 
 
Também em sentido amplo, mas agora sob o 
prisma objetivo, a Administração Pública 
compreende a função política (fixação de diretrizes 
governamentais) e a função administrativa, que vai 
concretizá-las. 
Em outras palavras: falar-se em Administração 
Pública stricto sensu é considerar, seja subjetiva 
seja objetivamente, apenas aqueles órgãos que 
executam a atividade administrativa, visualizada 
como atividade de realização concreta e imediata 
dos interesses coletivos, bem como essa mesma 
atividade. 
QUADRO ESQUEMÁTICO! 
Veja a diferença entre sentido objetivo e subjetivo: 
SENTIDOS 
OBJETIVO SUBJETIVO 
É a própria atividade administrativa ou função 
administrativa. 
É o conjunto de pessoas jurídicas, órgãos e 
agentes aos quais o ordenamento jurídico atribui 
a função administrativa. 
BIZU! 
Macete: Conceito formal de Administração Pública 
FOS (Formal, Orgânico, Subjetivo) = OAB (Órgãos, Agentes, Bens) → 
Editado exclusivamente pelo Poder Executivo. → Sujeito (quem realiza a atividade, ou seja, as pessoas). 
 
VAMOS PRATICAR 
1. (CESPE - 2018 - Polícia Federal - Agente de Polícia Federal) Acerca da organização da administração 
pública brasileira, julgue o item subsequente. 
Sob a perspectiva do critério formal adotado pelo Brasil, somente é administração pública aquilo determinado 
como tal pelo ordenamento jurídico brasileiro, independentemente da atividade exercida. Assim, a 
administração pública é composta exclusivamente pelos órgãos integrantes da administração direta e pelas 
entidades da administração indireta. 
Certo ou Errado 
 
2. (VUNESP - 2018 - PC-SP - Delegado de Polícia) O conceito de Administração Pública possui vários 
sentidos, sendo correto afirmar que: 
a) sob o sentido formal, a Administração Pública deve ser entendida como o conjunto de funções 
administrativas exercidas pelo Estado. 
b) sob o sentido objetivo, entende-se como Administração Pública a estrutura orgânica do Estado, definidora 
do conjunto de estruturas de competências legalmente definidas. 
c) sob o sentido empreendedor, a Administração Pública é o conjunto de funções administrativas exercidas 
pelo Estado de forma empreendedora, visando o atingimento das suas finalidades. 
 
 
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d) sob o sentido material, a Administração Pública deve ser entendida como a atividade administrativa 
exercida pelo Estado. 
e) sob o sentido material, entende-se como Administração Pública o conjunto de órgãos do Estado, isto é, a 
estrutura estatal. 
 
3. (IBADE - 2017 - PC-AC - Escrivão de Polícia Civil) Quanto aos temas órgão público, Estado, Governo 
e Administração Pública, é correto afirmar que: 
a) governo democraticamente eleito e Estado são noções intercambiáveis para o Direito Administrativo. 
b) um órgão público estadual pode ser criado por meio de Decreto do Chefe do Poder Executivo Estadual 
ou por meio de Portaria de Secretário de Estado, desde que editada por delegação do Governador. 
c) fala-se em Administração Pública Extroversa para frisar a relação existente entre AdministraçãoPública 
e seu corpo de agentes públicos. 
d) a Administração Pública, sob o enfoque funcional, é representada pelos agentes públicos e seus bens. 
 
GABARITOS COMENTADOS 
1. COMENTÁRIO: Administração pública em sentido formal ou subjetivo é o conjunto de órgãos e pessoas 
jurídicas que o nosso ordenamento jurídico identifica como administração pública, não importa a 
atividade que exerçam. 
“No Brasil, só é administração pública: (a) os órgãos integrantes da denominada administração 
direta (são os órgãos que, em uma pessoa política, exercem função administrativa); e (b) 
as entidades da administração indireta, que são, exclusivamente, as autarquias, as fundações 
públicas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista”.3 
O item está certo. 
 
2. COMENTÁRIO: Futuros Deltas, quanto ao conceito de Administração Pública, pode-se destacar dois 
principais sentidos explorados pela doutrina: o sentido subjetivo/formal/orgânico que define quem são 
os entes (pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos) que exercem a função administrativa. 
Consiste na própria estrutura da Administração Pública. Já o sentido objetivo/material/funcional: é a própria 
função administrativa, é a atividade administrativa que será exercida pelos entes públicos. 
Alternativa “d” está correta. 
a) A alternativa está errada. A assertiva trabalha o sentido material da Administração. 
b) A alternativa está errada. Aqui a descrição diz respeito ao sentido subjetivo explorado no conceito de 
Administração Pública. 
c) A alternativa está errada. A forma "empreendedora" pode se relacionar com a eficiência que o Estado 
deve ter no cumprimento das finalidades públicas. Ademais, pode-se entender que aqui é trazido o sentido 
material. 
e) A alternativa está errada. O sentido formal que se relaciona com a estrutura orgânica da Administração. 
 
3. COMENTÁRIO: Importa considerar que, os órgãos públicos não constituem pessoas jurídicas autônomas, 
mas são partes integrantes de pessoas jurídicas, cada qual pertencendo a uma delas. Dessa maneira, 
órgãos públicos não ostentam personalidade jurídica própria, consequentemente não têm aptidão para 
adquirir direitos e contraírem obrigações em nome próprio, bem como, não são sujeitos de direitos. 
Alternativa “e” está correta. 
 
3 PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo Direito Constitucional Descomplicado. 15ª. edição. São Paulo: Método, 2016. 
p.344. 
 
 
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a) A alternativa está errada. Estado, sinônimo de país/ nação, é pessoa jurídica formada pelos elementos 
povo, território e governo soberano. Ao passo que, o governo constitui um dos elementos do conceito de 
Estado, logo, é equivocado afirmar que haja uma relação intercambiável, ou seja, uma relação entre 
sinônimos, no tocante às expressões Estado e governo. Nas palavras de José dos Santos Carvalho Filho, 
"Estado é um ente personalizado, apresentando-se não apenas exteriormente, nas relações internacionais, 
como internamente, neste caso como pessoa jurídica de direito público, capaz de adquirir direitos e contrair 
obrigações."4 
b) A alternativa está errada. Os órgãos públicos só podem ser criados mediante lei, conforme exigência 
contida no texto constitucional. Neste sentido, tem-se os artigos 48, XI c/c 61, §1º, II, "e". O primeiro 
dispositivo estabelece a competência do Congresso Nacional para dispor sobre a criação de Ministérios e 
demais órgãos da Administração Pública. Já o segundo, define por compete o presidente da República para 
iniciar o processo legislativo atinente à criação dos Ministérios e demais órgãos públicos, via de regra. Dessa 
maneira, a matéria deve ser objeto de análise pelo Legislativo, não sendo possível a criação de órgãos 
públicos por via de decreto e portarias, pois ambos constituem atos normativos infra legais. 
c) A alternativa está errada. A concepção de Administração Pública extroversa está relacionada com o 
âmbito externo, isto é, que trava relações com os particulares, como, por exemplo, no exercício do poder de 
polícia, ao se fiscalizar uma dada atividade empresarial privada. Na realidade, a relação mantida entre a 
Administração Pública e os órgãos e agentes que a compõem é denominada de Administração Pública 
introversa. 
d) A alternativa está errada. A Administração Pública, em sentido objetivo, material ou funcional, significa o 
conjunto de atividades tradicionalmente consideradas como típicas da função administrativa. Por outro lado, 
os agentes públicos, por sua vez, estão abarcados pelo conceito de Administração Pública em sentido 
subjetivo, formal ou orgânico. Assim, sua definição está ligada ao conjunto de órgãos, pessoas jurídicas 
e agentes tidos pelo ordenamento como integrantes da Administração Pública. Logo, o pertinente aqui é 
definir quem exerce a atividade. 
1.2) Princípios da Administração Pública 
COMPLEMENTAÇÃO DO TEMA: 
ATENÇÃO! 
Os princípios implícitos são aqueles que, embora não encontrem disposição taxativa na respectiva lei, sua 
aplicação se dá em razão da uniformidade do ordenamento jurídico. 
IMPORTANTE! 
Princípios centrais que norteiam a atuação da administração: 
1) Supremacia do interesse público sobre o privado. 
2) Indisponibilidade do interesse público. 
TEMA POTENCIAL! 
A autopromoção viola diretamente o princípio da impessoalidade. Viola indiretamente o princípio da 
moralidade. 
Neste sentido, "A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá 
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou 
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos". (Artigo 37, §1° da 
CF/88). 
PODE CAIR NA PROVA! 
O princípio da legalidade não se confunde com o da reserva legal: O primeiro pressupõe a submissão 
e o respeito à lei; o segundo se traduz pela necessidade de a regulamentação de determinadas 
matérias ser feita necessariamente por lei formal. 
JURISPRUDÊNCIA! 
A nomeação de cônjuge da autoridade nomeante para o exercício de cargo em comissão ou de confiança 
na Administração Pública do Estado viola a Constituição Federal. 
STF. Súmula Vinculante nº 13 "a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral 
ou por afinidade, até o terceiro grau inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa 
jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em 
 
4 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2013, p. 2. 
 
 
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comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em 
qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste 
mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal." 
QUADRO ESQUEMÁTICO! 
Se atente para não esquecer: 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
EXPLÍCITOS IMPLÍCITOS 
Legalidade: Implica na subordinação da 
Administração Pública à lei 
Supremacia do poder público sobre o privado: 
Determina privilégios jurídicos, sobrepondo o 
interesse público ao particular 
Impessoalidade: Impede discriminações e 
privilégios indevidamente dispensados a 
particulares no exercício da função administrativa. 
Indisponibilidade do interesse público: Os 
interesses qualificados como próprios da 
coletividade, não se encontram à livre disposição 
de quem quer que seja. 
Moralidade: Evidencia-se que tanto os agentes 
quanto a Administração devem agir conforme 
os preceitos éticos, já que tal violação implicará 
em uma transgressão do próprio Direito, o que 
caracterizará um ato ilícito de modo a gerar a 
conduta viciada em uma conduta invalidada 
Outros princípios implícitos: 
1) Presunção de legitimidade ou de veracidade. 
2) Motivação. 
3) Razoabilidade e proporcionalidade. 
4) Contraditórioe ampla defesa. 
5) Autotutela 
6) Tutela 
7) Segurança jurídica 
8) Continuidade do serviço público 
9) Especialidade 
10) Hierarquia 
11) Precaução 
Publicidade: Os atos praticados pela 
Administração Pública devem ser publicados 
oficialmente, para conhecimento e controle da 
população 
Eficiência: O agente cumpre com suas 
competências, agindo com presteza, perfeição, 
buscando sempre o melhor resultado e com o 
menor custo possível, no sentido econômico-
jurídico 
QUADRO ESQUEMÁTICO! 
Veja alguns princípios importantes da Administração Pública: 
PRINCÍPIOS 
 
LEGALIDADE 
Cumprimento da Lei. 
A atividade de todos de todos os agentes públicos está submetida à obediência, 
cumprimento e prática das leis. 
 
 
 
IMPESSOALIDADE 
Tratamento igualitário. 
A Administração Pública deve tratar todos os cidadãos sem discriminações. 
É o que diz art. 5º da CF: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes.” 
 
MORALIDADE 
Princípios éticos estabelecidos por Lei. 
Os Agentes Públicos são obrigados a atuarem em conformidade com os 
princípios éticos. Os Agentes Públicos são obrigados a atuarem em conformidade 
com os princípios éticos. 
PUBLICIDADE Prestação de contas à população. 
Este princípio garante a transparência na Administração Pública. 
EFICIÊNCIA Boa gestão dos recursos e serviços públicos. 
O princípio se resume no conceito da boa administração. 
 
 
 
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BIZU! 
Mnemônico “LIMPE” traz os princípios administrativos dispostos no texto constitucional. Veja: 
Legalidade 
Impessoalidade 
Moralidade 
Publicidade 
Eficiência 
Princípios Implícitos 
MACETE: PRIMCESA 
Presunção de Legitimidade 
Razoabilidade 
Indisponibilidade do Interesse Público 
Motivação 
Continuidade dos Serviços Públicos 
Especialidade 
Supremacia do Interesse Público 
Autotutela 
TOME NOTA! 
Art. 37 da Constituição Federal: A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...]”. 
 
VAMOS PRATICAR 
4. (Instituto Acesso - 2019 - PC-ES - Delegado de Polícia) “O Direito Administrativo, como é entendido e 
praticado entre nós, rege efetivamente não só os atos do Executivo, mas também os do Legislativo e os do 
Judiciário, praticados como atividade paralela e instrumental das que lhe são específicas e predominantes, 
isto é, a de legislação e a de jurisdição. O conceito de Direito Administrativo Brasileiro, para nós, sintetiza-
se no conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas 
tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado.” (MEIRELLES, Hely 
Lopes. O Direito Administrativo Brasileiro. 29ª ed., São Paulo: Malheiros Editora, 2004.) 
Assinale a alternativa INCORRETA: 
a) Autorização, permissão e concessão são formas de o Estado autorizar, permitir e conceder aos 
particulares a exploração de bens e serviços públicos. 
b) A legalidade administrativa é diferente da legalidade civil, uma vez que aquela dita o limite da atuação do 
administrador público, conforme imposto pela lei e esta permite ao particular aquilo que a lei não proíbe. 
c) O poder de polícia decorre da capacidade administrativa e concede também a prerrogativa de função 
legislativa para a positivação de tipos penais em âmbito de direito penal aos agentes de estado que possuem 
esse poder. 
d) O princípio da supremacia do interesse público, não desconsidera os interesses particulares/individuais, 
não obstante informa ao agente administrativo que o interesse público prevalece sobre interesses privados. 
e) São princípios de direito administrativo a moralidade administrativa, a supremacia do interesse público, a 
motivação, a publicidade e transparência, a proporcionalidade e razoabilidade administrativas. 
 
5. (Instituto Acesso - 2019 - PC-ES - Delegado de Polícia) A administração pública, no Brasil, é regida 
por uma série de princípios. Tendo em vista a natureza jurídica destes princípios, leia as afirmativas a seguir. 
I - Legalidade, publicidade, impessoalidade, moralidade e eficiência são classificadas, pela doutrina, como 
princípios expressos da administração pública por possuírem previsão normativa inserta no texto da 
 
 
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Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 com aplicação direta ao campo do direito 
administrativo. 
II - O princípio da eficiência da administração se aplica ao servidor, para efeito de sua aptidão ao cargo, 
durante o estágio probatório e ao logo do exercício de sua vida funcional. 
III - Campanhas ou informes de órgãos públicos que apresentem slogans de promoção pessoal do agente 
público violam diretamente o princípio constitucional da moralidade administrativa. 
IV - A supremacia do interesse público é considerada, pela doutrina, como um princípio implícito da 
administração pública 
V - Um princípio é considerado implícito 
ao direito administrativo em razão de este ser aplicável ao campo da administração pública, ainda que tal 
princípio seja próprio a um outro campo do direito. 
Marque a alternativa correta: 
a) Todas as afirmativas estão corretas, à exceção da III. 
b) Todas as afirmativas estão corretas, à exceção da I. 
c) Todas as afirmativas estão corretas, à exceção da V. 
d) Todas as afirmativas estão corretas, à exceção da IV. 
e) Todas as afirmativas estão corretas, à exceção da II. 
 
6. (INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Perito Oficial Criminal - Área 8) Para o Direito Administrativo, o 
princípio que determina privilégios jurídicos, sobrepondo o interesse público ao particular, privilegiando a 
administração pública em face dos administrados e garantindo à Administração Pública prerrogativas e 
obrigações não extensíveis aos administrados, é denominado 
a) princípio da supremacia do interesse público. 
b) princípio da indisponibilidade do interesse público. 
c) princípio da legalidade. 
d) princípio da impessoalidade. 
e) princípio da moralidade. 
 
GABARITOS COMENTADOS 
4. COMENTÁRIO: Guerreiros, O poder de polícia decorre da capacidade administrativa e concede 
também a prerrogativa de função legislativa para a positivação de tipos penais em âmbito de direito penal 
aos agentes de estado que possuem esse poder. 
Poder de Polícia, sob a perspectiva do conceito amplo, abrange toda e qualquer atividade desempenhada 
pelo Estado e dirigida restringir as liberdades individuais. Alcança os Poderes Executivo e Legislativo. 
Não obstante, em relação ao conceito estrito, o poder de polícia é toda atividade administrativa exercida 
pelas entidades, órgãos e agentes da Administração Pública para limitar e condicionar o exercício das 
liberdades individuais e o uso, gozo e disposição da propriedade, visando adequá-los e conformá-los aos 
interesses públicos e bem estar geral da coletividade. 
Ademais, a Polícia Administrativa atua sob os ilícitos administrativos; resguardando bens, atividades, 
liberdades e direitos, em regra exerce função preventiva, podendo, conduto, atuar repressivamente. 
Por fim, a Polícia Judiciária, atua nos ilícitos penais, sobre pessoas, em regra exercendo função repressiva, 
mas pode atuar preventivamente. 
A alternativa “c” está incorreta. 
a) A alternativa está correta. Autorização, permissão e concessão são formas de o Estado autorizar, 
permitir e conceder aos particulares a exploração de bens e serviços públicos. 
 
 
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b) A alternativa está correta. Visto que o administrador público só poderá fazer o que a leideterminar, a 
atuação do estado deve ser pautada pela lei para evitar arbitrariedades. 
d) A alternativa está correta. O interesse público (entendido normalmente como o interesse da maioria) 
não é absoluto, mas orienta a atividade administrativa com vistas ao bem comum. Logo, é correto afirmar 
que não desconsidera o interesse particular, uma vez que, a lei resguarda os direitos das pessoas na 
relação com o Estado, ainda que privilegie o interesse comum. 
e) A alternativa está correta. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da 
legalidade, finalidade, motivação/transparência, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla 
defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
 
5. COMENTÁRIO: Vamos analisar item por item. 
I) Correta. Com base no art. 37 da CF/88 “a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”. 
II) Correta. O princípio da eficiência da administração se aplica ao servidor, para efeito de sua aptidão ao 
cargo, durante o estágio probatório e ao logo do exercício de sua vida funcional. 
III) Incorreta. A situação destacada neste item, diz respeito a violação do Princípio da 
Impessoalidade. Pois é dever da Administração Pública agir objetivamente em prol da coletividade, visto 
que, o exercício da atividade administrativa é atribuição da Administração e a ela são imputadas todas as 
condutas dos agentes públicos. Dessa forma, as publicidades da Administração não poderão conter nomes 
de administradores ou gestores. 
IV) Correta. O interesse público é, a grosso modo, a finalidade a qual se destina a atividade pública. Toda 
a estrutura pública é organizada para alcançar o bem comum. 
V) Correta. A classificação implícita decorre de não vir expresso na lei atinente a determinada matéria, 
mas seus reflexos serem aplicáveis pela própria lógica do ordenamento jurídico. 
A alternativa “a” está correta. 
 
6. COMENTÁRIO: "[...] o interesse público é supremo sobre o interesse particular. A administração goza de 
supremacia decorrente deste princípio, razão pela qual vige a presunção de legalidade dos atos praticados 
pela Administração, a possibilidade de desapropriação de bens privados, entre outras prerrogativas".5 
Alternativa “a” está correta. 
b) A alternativa está errada. Em decorrência do princípio da indisponibilidade do interesse público "no 
exercício da função administrativa os agentes públicos estão obrigados a atuar, não segundo sua própria 
vontade, mas do modo determinado pela legislação. Como decorrência dessa indisponibilidade, não se 
admite tampouco que os agentes renunciem aos poderes legalmente conferidos ou que transacionem em 
juízo".6 
c) A alternativa está errada. Pelo princípio da legalidade, "o administrador só pode atuar conforme 
determina a lei. Fala-se em princípio, da subordinação à lei. Não havendo previsão legal, está proibida a 
atuação do ente público".7 
d) A alternativa está errada. O princípio da impessoalidade compreende: " Reflete uma atuação que não 
discrimina as pessoas seja para benefício ou para prejuízo".8 
e) A alternativa está errada. O princípio da moralidade "diz respeito à lealdade de conduta do agente no 
exercício da função pública".9 
 
 
5 CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo. 2 ed. Salvador: JusPodivm, 2015. 
6 MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 13 ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 
7 CARVALHO, op., cit. 
8 Idem. 
9 Idem. 
 
 
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1.3) Administração Pública Direta X Indireta 
Administração Pública Direta 
A Administração Direta compreende as competências e serviços integrados na estrutura 
administrativa da Presidência da República e dos Ministérios, assim como os órgãos dos poderes 
Legislativo e Judiciário União, Estados, DF e Municípios. É composta pelos próprios órgãos dos poderes 
que desempenham as funções das pessoas jurídicas de Direito Público com capacidade política ou 
administrativa. 
Esses órgãos não possuem personalidade jurídica própria e pertencem ao ente público maior (União, 
Estados, Municípios). A Administração Pública Direta atua através de seus órgãos e agentes que 
expressam a vontade política da pessoa jurídica a que estão ligados. Os órgãos não têm capacidade jurídica, 
não constituem pessoa jurídica, apenas possuem competências: são centros de competências 
despersonalizados, cuja atuação, na pessoa de seus agentes, é imputada à entidade estatal a que 
pertencem. 
É importante destacar que os Conselhos também constituem órgãos públicos da Administração Direta, 
alguns têm origem constitucional, como o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, mas, 
em regra, são criados por lei e têm como atribuições o assessoramento, a orientação, a deliberação e a 
fiscalização na sua área de atuação. 
Ademais, muitos Conselhos, como os de educação, saúde, assistência social etc., exigem a paridade de 
membros, do setor público e privado, em sua composição. 
ATENÇÃO! 
1) Os Conselhos têm poderes próprios. Deliberar é um termo amplo, que inclui poderes para examinar, 
discutir e determinar uma questão. 
As ações da Administração Pública relacionadas à ordem social ocorrem mediante colaboração ou 
cooperação, materializadas através de convênios, termos de parceria e contratos de gestão. Quando 
as ações são de caráter econômico, as relações são contratuais, formalizadas por meio de concessão, 
autorização ou outra forma de contrato. 
2) As pessoas da Administração Pública Direta prestam serviços públicos de forma Centralizada a atividade 
exercida diretamente pelos entes estatais, ou seja, pela Administração Direita. 
IMPORTANTE! 
Órgãos públicos: Conjunto de competência; sem personalidade jurídica; resultado da técnica de 
organização administrativa conhecida como desconcentração; integrantes da estrutura de uma pessoa 
jurídica. 
TEMA POTENCIAL! 
Os órgãos têm capacidade processual? 
Em regra, não. Porém, existem exceções sobre os órgãos que são titulares de direitos subjetivos, o que 
lhes confere capacidade processual para a defesa de suas prerrogativas e competências. 
Duas, na verdade: 
1) Órgãos Independentes: Possuem capacidade processual (personalidade judiciária) na defesa de 
suas prerrogativas constitucionais/institucionais - agindo como sujeito ativo - órgãos titulares de direito 
subjetivo. 
2) Órgãos Autônomos: Possuem capacidade processual (personalidade judiciária) na defesa de suas 
prerrogativas constitucionais/institucionais - agindo como sujeito ativo - órgãos titulares de direito 
subjetivo. 
Desta feita, os citados órgãos podem atuar em juízo, mas apenas para defender os seus direitos 
institucionais, ou seja, aqueles relacionados ao funcionamento, autonomia e independência do órgão. 
Por fim, existem alguns sujeitos (órgãos) que embora não tenham personalidade jurídica (não são pessoas 
jurídicas), podem ser parte. Nesse caso, dizemos que gozam de personalidade judiciária. Exemplos: 
Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunais de Justiça, Tribunais de Contas, Procon, 
Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais, nascituro, massa falida, comunidade indígena. 
A Câmara de Vereadores, por ser um órgão, não possui personalidade jurídica (não é pessoa jurídica). 
Apesar de não ter personalidade jurídica (civil), a Câmara pode ser parte em algumas causas judiciais em 
virtude de gozar de personalidade judiciária. No entanto, essa personalidade judiciária não é ampla e ela 
 
 
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só pode demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais (aqueles relacionados ao 
funcionamento, autonomia e independência do órgão). 
JURISPRUDÊNCIA! 
Súmula 525-STJ: A Câmara de vereadores não possui personalidade jurídica,apenas personalidade 
judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais. 
O membro do Ministério Público que atua perante o Tribunal de Contas possui legitimidade e capacidade 
postulatória para impetrar mandado de segurança, em defesa de suas prerrogativas institucionais, contra 
acórdão prolatado pela respectiva Corte de Contas.10 
QUADRO ESQUEMÁTICO! 
Veja de forma sintetizada, acerca do assunto, para não esquecer: 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA 
UNIÃO ESTADO DF MUNICÍPIO 
Órgãos que integram os 
três poderes: 
Executivo, Legislativo, 
Judiciário 
Órgãos que integram os 
três poderes: 
Executivo, Legislativo, 
Judiciário 
Órgãos que integram os 
três poderes: Executivo 
e Legislativo 
Órgãos que integram os 
três poderes: Executivo 
e Legislativo 
Desempenham função 
de forma centralizada 
Desempenham função 
de forma centralizada 
Desempenham função 
de forma centralizada 
Desempenham função 
de forma centralizada 
Possui relação de 
subordinação 
Possui relação de 
subordinação 
Possui relação de 
subordinação 
Possui relação de 
subordinação 
Exemplo: STF, STJ, Exemplo: Secretaria 
Estadual de Educação 
Exemplo: Secretaria do 
GDF 
Exemplo: Prefeitura 
QUADRO ESQUEMÁTICO! 
Veja de forma sintetizada, a diferença entre Administração Direta e Indireta: 
ADMINISTRAÇÃO 
DIRETA INDIRETA 
O Estado presta as atividades diretamente pelos 
seus Órgãos. 
O Estado estará prestando as atividades por suas 
Entidades, seja uma Pessoa Jurídica criada pelo 
Estado por lei (autarquia e fundação pública) ou 
autorizadas por lei (fundação privada, empresas 
públicas, sociedade de economia mista) ou 
pessoa física. 
 
A Administração Direta está subordinada 
diretamente às pessoas jurídicas políticas (União, 
Estado, Distrito Federal e Municípios). 
Esses órgãos não possuem personalidade jurídica 
própria. 
Bom ressaltar que a prestação de serviços públicos 
ocorre diretamente pelo Estado e seus órgãos. 
BIZU! 
As pessoas da Administração Direta: 
MEDU 
Município 
Estado 
DF 
União 
TOME NOTA! 
 
10 STJ. 2ª Turma. RMS 52.741-GO, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 8/8/2017 (Info 611). 
 
 
 
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Art. 18 da Constituição Federal. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil 
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta 
Constituição. 
VAMOS PRATICAR 
7. (INSTITUTO AOCP- 2019- UFPB- Administrador) Assinale a alternativa que apresenta uma das 
características da administração pública indireta. 
a) Administrativamente dependente do governo. 
b) Administrativa e organizacionalmente vinculada. 
c) Administrada pelo chefe do executivo estatal. 
d) Administrativa e financeiramente autônoma. 
e) Administra serviços do estado para a comunidade. 
 
8. (INSTITUTO AOCP- 2019- PC-ES – Investigador) Assinale a alternativa que corresponda a um 
órgão/entidade que pertença à Administração Pública Direta. 
a) Agência Reguladora. 
b) Agência Executiva. 
c) Departamento de Estradas e Rodagens – DER. 
d) Secretaria do Tesouro Nacional. 
e) Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ. 
 
9. (FGV- 2018 MPE-AL Técnico do Ministério Público – Geral) O conceito de administração indireta está 
relacionado à criação de entidades administrativas que desempenham atividades de forma descentralizada. 
Essas entidades estão vinculadas 
a) a um partido político. 
b) a uma associação de classe. 
c) ao poder executivo. 
d) a uma organização internacional. 
e) a um instituto privado. 
 
 
10. (INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES - Perito Oficial Criminal - Área 8) Assinale a alternativa que 
corresponda a um órgão/entidade que pertença à Administração Pública Direta. 
a) Agência Reguladora. 
b) Agência Executiva. 
c) Departamento de Estradas e Rodagens – DER. 
d) Secretaria do Tesouro Nacional. 
e) Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ. 
 
11. (VUNESP - 2018 - PC-BA - Investigador de Polícia) O conjunto de órgãos que integram as pessoas 
federativas, aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de forma centralizada, das atividades 
administrativas do Estado denomina-se 
a) Administração Indireta. 
b) Administração Direta. 
c) Fundação Pública. 
 
 
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d) Sociedade de Economia Mista. 
e) Empresa Pública. 
 
12. (CESPE - 2016 - PC-GO - Agente de Polícia Substituto) A administração direta da União inclui 
a) a Casa Civil. 
b) o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). 
c) as agências executivas. 
d) o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). 
e) a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). 
 
GABARITOS COMENTADOS 
7. COMENTÁRIO: Guerreiros, lembrem-se a administração indireta é o conjunto de pessoas 
administrativas com personalidade de direito público ou privado, patrimônio próprio e autonomia 
administrativa, vinculadas à administração direta, criadas para o desempenho de determinada atividade 
administrativa. 
A alternativa “d” está correta. 
 
8. COMENTÁRIO: Guerreiros, a Secretaria do Tesouro Nacional está vinculada ao Ministério da Fazenda 
e integra a Administração Direta. 
A alternativa “d” está correta. 
a) A alternativa está errada. A agência reguladora é uma autarquia em regime especial e, como tal, 
pertence a Administração Indireta. 
b) A alternativa está errada. Agência executiva consiste na qualificação dada a autarquia ou fundação que 
celebre contrato de gestão com o órgão da Administração Direta a que se vincula. Portanto, o status de 
agência executiva está relacionado com a Administração Indireta. 
c) A alternativa está errada. O Departamento de Estradas e Rodagens - DER é uma autarquia e, portanto, 
pertence a Administração Indireta. 
e) A alternativa está errada. A Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ foi criada pelo Decreto nº 66.624, de 22 
de maio de 1970, possui personalidade jurídica de direito público e pertence a Administração Indireta. 
 
9. COMENTÁRIO: Guerreiros, na questão FGV pede que o candidato assinale a opção que a 
Administração Pública Indireta sofre uma supervisão ou tutela ministerial - já que não tem hierarquia 
entre a Administração Pública Indireta com a Adm. Pública Direta - da Adm. Direta. Nesse caso, essas 
entidades estão vinculadas ao poder executivo. 
A alternativa “c” está correta. 
 
10. COMENTÁRIO: Futuros Deltas, a secretaria é considerada órgão público. Nos ensinamentos de 
Alexandre Mazza: "órgão público é um núcleo de competências estatais sem personalidade jurídica 
própria".11 Ademais, a Secretaria do Tesouro Nacional foi criada em 10 de março de 1986 pelo Decreto nº 
92.452. 
Alternativa “d” está correta. 
a) A alternativa está errada. Agência Reguladora é autarquia em regime especial, ente da Administração 
Indireta. Nas palavras de Matheus Carvalho, a agência reguladora "trata-se de autarquia criada em regime 
 
11 MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 13 ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 
 
 
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especial para fiscalizar, regular, normatizar a prestação de serviços públicos por particulares, evitando, 
assim, a busca desenfreada pelo lucro dentro do serviço público".12 
b) A alternativa está errada. Tendo em vista que, a Agência Executiva é autarquia comum, ente da 
Administração Indireta. Segundo Alexandre Mazza, “as agências executivas existem apenas em âmbito 
federal.”13 
c) A alternativa está errada. O Departamento de Estradas e Rodagens - DER pode ser entendido como 
uma autarquia estadual responsável pela conservação, manutenção e administração de rodovias e estradas 
nos territórios dos Estados e Distrito Federal, com personalidade jurídica própria e autonomia administrativa 
e financeira. 
e) A alternativa está errada. Fundação é ente da AdministraçãoIndireta. 
 
11. COMENTÁRIO: Primeiramente é preciso registrar que a Administração Pública Direta é composta 
pelas pessoas políticas (União, Estado, Município e DF). A questão traz a seguinte disposição: “O conjunto 
de órgãos que integram as pessoas federativas, aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de 
forma centralizada, das atividades administrativas do Estado denomina-se.” 
Sabe-se que os órgãos, por não possuírem personalidade jurídica própria, pertencem à estrutura do ente a 
qual está relacionado, logo, pode-se considerar como verdadeira a afirmação contida no enunciado, por 
visualizar a estrutura administrativa como ela é organizada internamente, trazendo-a para o conceito que 
contempla a Administração Pública Direta. 
Alternativa “b” está correta. 
a) A alternativa está errada. Importa considerar que, a Administração Indireta compreende as entidades 
que exercem atividade administrativa descentralizada, como as autarquias, fundações públicas, empresas 
públicas e sociedades de economia mista. 
c) A alternativa está errada. As Fundações Públicas integram a Administração Pública Indireta. Exercem, 
pois, atividade administrativa descentralizada. 
d) A alternativa está errada. Assim como as fundações, as sociedades de economia mista fazem parte da 
estrutura da Administração Pública Indireta. 
e) A alternativa está errada. As empresas públicas também são pessoas da Administração Indireta. 
 
12. COMENTÁRIO: A Casa Civil é um órgão integrante da administração direta da União. 
Alternativa “a” está correta. 
b) A alternativa está errada. Uma vez que o DNIT é uma autarquia federal vinculada ao Ministério dos 
Transportes. 
c) A alternativa está errada. Agências executivas são autarquias sob regime especial que celebram 
contratos de gestão com o Poder Público, pertencem, portanto, à administração indireta. 
d) A alternativa está errada. O IBAMA é uma autarquia federal, logo pertence à administração indireta. 
e) A alternativa está errada. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) é uma agência reguladora, 
ou seja, autarquia sob regime especial. 
 
Administração Pública Indireta 
COMPLEMENTAÇÃO DO TEMA: 
ATENÇÃO! 
É aplicável o regime dos precatórios às sociedades de economia mista prestadoras de serviço público 
próprio do Estado e de natureza não concorrencial.14 
IMPORTANTE! 
 
12 CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo. 2 ed. Salvador: JusPodivm, 2015. 
13 MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 13 ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 
14 STF. Plenário. ADPF 387/PI, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 23/3/2017 (Info 858, STF). 
 
 
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Administração Indireta é o conjunto de pessoas jurídicas (desprovida de autonomia política) 
que, vinculadas à administração direta, têm competência para o exercício, de forma descentralizada, de 
atividades administrativas. 
TEMA POTENCIAL! 
"Agências Executivas são autarquias ou fundações públicas que, por iniciativa da Administração 
Direta, recebem status de agência, e, por estarem sempre ineficientes, celebram contrato de gestão com 
o Ministério supervisor. Ao celebrar o contrato de gestão, a autarquia comum ganha status de agência 
executiva, adquirindo vantagens especiais (concessão de mais independência e mais orçamento), mas, em 
troca, se compromete a cumprir um plano de reestruturação definido no próprio contrato de gestão para se 
tornar, mais eficiente, o que envolve reduzir custos e aperfeiçoar seus serviços."15 (Grifos nossos). 
PODE CAIR NA PROVA! 
Sem integrarem a administração direta e indireta colaboram com o estado no desempenho de atividades de 
interesse público, de natureza não lucrativa, as chamadas Entidades Paraestatais. 
TEMA POTENCIAL! 
Se atente, pois a banca pode cobrar na sua prova sobre os Consórcios Públicos. 
E qual a definição de Consórcios Públicos? 
De acordo com o conceito trazido pelo Decreto 6.017/07, Consórcio Público é “pessoa jurídica formada 
exclusivamente por entes da Federação, na forma da Lei nº 11.107/05, para estabelecer relações de 
cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum, constituída como associação 
pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de 
direito privado sem fins econômicos”. 
Os Consórcios somente podem ser integrados pelos entes federados, sendo certo que a União somente 
participará dos Consórcios Públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios 
estejam situados os Municípios consorciados. Noutro giro, Estados não poderão consorciar-se com 
Municípios que não estejam localizados em seu território. 
JURISPRUDÊNCIA! 
Os servidores concursados de empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de 
serviços públicos não gozam da estabilidade prevista no art. 41 da CF/88, salvo aqueles admitidos em 
período anterior ao advento da EC nº 19/1998. 
No entanto, em atenção aos princípios da impessoalidade e isonomia, a dispensa do empregado de 
empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços públicos deve ser 
motivada. 
A motivação do ato de dispensa tem por objetivo resguardar o empregado de uma possível quebra do 
postulado da impessoalidade por parte do agente estatal investido do poder de demitir.16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo. 2 ed. Salvador: JusPodivm, 2015. 
16 STF. Plenário. RE 589998/PI, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 20/3/2013 (repercussão geral) (Info 699). 
 
 
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QUADRO ESQUEMÁTICO! 
Veja de forma resumida: 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA 
AUTARQUIAS FUNDAÇÃO 
PÚBLICA 
EMPRESA PÚBLICA SOCIEDADE DE 
ECONOMIA MISTA 
Modo de Criação: 
Criadas Diretamente por 
lei específica 
Modo de Criação: 
Em regra é 
AUTORIZADA por 
lei. 
Modo de Criação: 
Autorizadas por lei 
específica 
Modo de Criação: 
Autorizadas por lei 
específica 
Natureza Jurídica: 
Pessoa Jurídica de 
direito público 
Natureza Jurídica: 
Pessoa Jurídica de 
direito privado. 
Natureza Jurídica: 
Pessoa Jurídica de 
direito privado 
Natureza Jurídica: Pessoa 
Jurídica de direito privado 
 
Atuação: Executa 
serviços do Estado 
Atuação: Executa 
serviços de interesse 
do Estado (âmbito 
social), de atividades 
que não exijam 
execução por 
órgãos ou 
entidades de direito 
público 
Atuação: Exerce 
atividade econômica ou 
de interesse do Estado, 
considerando-as 
convenientes à 
coletividade) 
Atuação: Exerce atividade 
econômica (de natureza 
industrial ou atividade 
econômica de produção ou 
comercialização de bens, 
suscetíveis de produzir 
renda e lucro, que o Estado 
reputa de relevante 
interesse coletivo ou 
indispensável à Segurança 
Nacional) 
Peculiaridades: Não 
exerce atividade 
econômica 
Peculiaridades: 
Não exerce atividade 
econômica 
Forma de 
Organização: 
Qualquer das formas 
admitidas em direito 
Forma de Organização: 
Apenas Sociedade 
Anônima (Capital aberto ou 
fechado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUADRO ESQUEMÁTICO! 
Veja as diferenças entre a Administração Pública Direta e Indireta: 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
DIRETA INDIRETA 
É o conjunto de pessoas jurídicas, órgãos e 
agentes públicos que exercem a função 
administrativa. 
É formada pelas entidades administrativas, 
criadas pelas pessoas políticas, como mecanismos 
de especialização, para que prestem determinada 
atividade específica, com maior autonomia em 
relação ao ente central. 
MEDU 
Municípios 
Estados membros 
Distrito federal 
União 
FASE 
Fundações públicas 
Autarquias 
Sociedade de economia mista 
Empresas públicas 
Prestação dos serviços públicos por meios 
próprios e diretamente pelo próprio Estado, 
seus órgãos e agentes. 
Prestaçãodos serviços públicos por pessoa 
jurídica criada pelo poder público para exercer tal 
atividade, como se Estado fosse. 
Centralizada a atividade exercida diretamente 
pelos entes estatais, ou seja, pela Administração 
Direita. 
Descentralizada a atividade delegada (por 
contrato), ou outorgada (por lei), para as entidades 
da Administração Indireta. 
Tem competência para legislar Não tem competência para legislar 
O Orçamento Geral dos entes federativos provém 
de repasses de dinheiro público provenientes de 
tributos recolhidos pela União, que são utilizados 
para custear todas suas despesas administrativas, 
seus investimentos e gastos com a dívida pública. 
Possuem patrimônio, autonomia administrativa e 
orçamento específico para seus fins e de 
responsabilidade de gestão. Os valores 
remanescentes dos recursos que a elas são 
distribuídos constituem superávit (e não lucro) e 
devem ser revertidos para os mesmos objetivos, 
visando a sua melhoria, aperfeiçoamento e maior 
extensão. 
Tem autonomia Política* Não tem autonomia Política 
BIZU! 
Mnemônico formado com as pessoas da Administração Indireta: FASE 
Fundação Pública 
Autarquia 
Sociedades de Economia Mista 
Empresa Pública 
VAMOS PRATICAR 
13. (VUNESP - 2018 - PC-SP - Delegado de Polícia) O regime jurídico constitucional das empresas estatais 
prevê que 
a) as empresas estatais não estão sujeitas à regra de concurso público para a seleção de seu quadro de 
pessoal. 
b) os empregados das empresas estatais não gozam de estabilidade, devendo, porém, sua demissão ser 
devidamente motivada. 
c) as empresas estatais prestadoras de serviço público deverão ser criadas por lei, sendo admitida a 
formação de consórcio. 
d) as empresas estatais gozarão do mesmo tratamento jurídico dispensado às autarquias em matéria de 
regime de pessoal. 
e) as obrigações não adimplidas de responsabilidade das empresas estatais deverão ser executadas 
mediante o regime constitucional de precatórios. 
 
 
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14. (VUNESP - 2018 - PC-SP - Escrivão de Polícia Civil) A Administração Indireta compreende as 
seguintes entidades, dotadas de personalidade jurídica própria 
a) autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. 
b) agências executivas, fundações de apoio e serviços sociais autônomos. 
c) autarquias, fundações, organizações sociais e empresas públicas. 
d) agências reguladoras, empresas públicas e Polícias Civil e Militar. 
e) autarquias, fundações e organizações sociais. 
 
15. (FUNCAB - 2016 - PC-PA - Investigador de Polícia Civil) “Por mais impopular que seja uma decisão, 
embasada por estudo técnico dos seus servidores, os dirigentes não poderão ser exonerados à vontade do 
Chefe do executivo” (PINHEIRO MADEIRA, José Maria. Administração Pública, Freitas Bastos, 12a. 
Ed.,2014, p. 929). Em relação às entidades que integram a Administração Pública Indireta, nessa citação 
acima, é correto afirmar que há referência à(ao): 
a) sociedade de economia mista. 
b) empresa pública. 
c) fundação 
d) órgão autônomo 
e) agência reguladora. 
GABARITOS COMENTADOS 
13. COMENTÁRIO: Guerreiros, a estabilidade constitui garantia aplicável ao regime estatutário, e não ao 
regime celetista, próprio das empresas estatais. 
Repercute aqui à necessidade de fundamentação da despedida de empregados públicos, cujo principal 
argumento é ponderar acerca da motivação dos atos administrativos, pautando-se principalmente pela 
salvaguarda da impessoalidade que deve nortear as atividades públicas. 
Alternativa “b” está correta. 
a) A alternativa está errada. O princípio do concurso público abrange toda a estrutura da Administração, 
ao contrário do aqui sustentado, no que se refere as empresas estatais. Dessa maneira, é norma destinada 
a cargos e empregos públicos, regime este aplicável tanto às empresas públicas quanto às sociedades de 
economia mista. 
c) A alternativa está errada. Empresas estatais são pessoas jurídicas de direito privado, não são criadas 
por lei, mas sim têm a sua criação apenas autorizada em lei, de maneira que a efetiva instituição se dá 
posteriormente, via inscrição dos atos constitutivos no cartório de registro público competente. Conforme 
teor do art. 37, XIX, da Constituição Federal. 
d) A alternativa está errada. O regime de pessoas aplicável às autarquias é o do cargo público estatutária. 
Ao passo que, no tocante às empresas estatais, aplica-se fundamentalmente o regime celetista, próprio das 
empresas privadas. 
e) A alternativa está errada. O regime constitucional de precatórios aplica-se tão somente à Fazenda 
Pública, conceito que abrange as pessoas jurídicas de direito público e, por extensão, de acordo com a 
jurisprudência do STF, também a ECT.17 Quanto às demais empresas estatais, em vista de sua 
personalidade jurídica de direito privado, revela-se inaplicável tal técnica de pagamento de dívidas 
judiciais. 
 
14. COMENTÁRIO: A lei oportunamente definiu as pessoas que integram a Administração Pública Indireta. 
Observe: 
Decreto Lei n. 200/67: “Art. 4° A Administração Federal compreende: [...] II - A Administração Indireta, que 
compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: a) 
 
17 RE n.º 220.906, Relator Ministro MAURÍCIO CORRÊA, Plenário, 17.11.2000. 
 
 
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Autarquias; b) Empresas Públicas; c) Sociedades de Economia Mista. d) fundações públicas”. (Grifos 
nossos). 
Alternativa “a” está correta. 
b) A alternativa está errada. As fundações de apoio e serviços sociais autônomos, são pessoas jurídicas 
criadas ou prevista por lei como entidade privada de serviço social. Assim, não fazem parte da estrutura 
orgânica da Administração Pública. 
c) A alternativa está errada. As organizações sociais são pessoas jurídicas que não integram a 
Administração, ainda que com ela coopere. 
d) A alternativa está errada. As instituições policiais não fazem parte da estrutura de pessoas definida 
como componentes da Administração Pública Indireta. 
e) A alternativa está errada. Conforme afirmado anteriormente as organizações sociais não integram a 
Administração Direta ou Indireta. 
 
15. COMENTÁRIO: As agências reguladoras são autarquias em regime especial, criadas para disciplinar e 
controlar atividades determinadas. Quanto a situação trazida no enunciado, trata-se do mandato fixo, 
situação em que, a nomeação é livre, todavia a exoneração não. Dessa maneira, os dirigentes tem que ter 
nível superior escolaridade e notória especialização na área a ser regulada, uma vez nomeados, exercem 
mandatos fixos. 
A alternativa “e” está correta. 
a) A alternativa está errada. Nas sociedades de economia mista os empregados não possuem 
estabilidade, pois esta, em regra é prerrogativa dos servidores públicos. 
b) A alternativa está errada. Empresa pública, tem regime celetista para seus empregados, ou seja, aplica-
se as disposições da CLT, inclusive acerca da estabilidade, que é própria dos servidores estatutários, não 
dos celetistas. 
c) A alternativa está errada. A fundação pública, tem empregados celetistas. 
d) A alternativa está errada. Órgão autônomo, são os subordinados diretamente à cúpula da Administração. 
Têm grande autonomia administrativa, financeira e técnica, caracterizando-se como órgãos diretivos, com 
funções de planejamento, supervisão, coordenação e controle das atividades que constituem sua área de 
competência. 
 
Controle Finalístico X Hierárquico 
O Poder Hierárquico, sob a ótica de coordenação e subordinação de atividades, é um poder exclusivo 
da função administrativa, não se admitindo a sua incidência no âmbito legislativo ou jurisdicional. 
Ou seja, só existe poder hierárquico dentro dos Poderes Judiciário e Legislativo na parte administrativa 
dos órgãos. 
A fiscalização hierárquica é a manifestação do controle hierárquico próprio. É ocontrole exercido por 
órgãos superiores sobre órgãos inferiores da mesma Administração. Conforme salienta Hely Lopes 
Meirelles: 
A fiscalização hierárquica é exercida pelos órgãos superiores sobre os inferiores da mesma Administração, 
visando ordenar, coordenar, orientar e corrigir suas atividades e agentes. 
É inerente ao poder hierárquico, em que se baseia a organização administrativa, e, por isso mesmo, há de 
estar presente em todos os órgãos do Executivo.18 
O órgão superior analisa a forma de elaboração de atos administrativos, todos os aspectos pertinentes à 
legalidade, além de avaliar o mérito administrativo. Analisa a observância a regulamentos próprios como 
estatutos ou regimentos internos da entidade, com uma maior precisão por ser integrante do mesmo sistema 
de regulação. 
 
 
18 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 32ed. São Paulo: Editora Malheiros, p. 670. 
 
 
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ATENÇÃO! 
A supervisão ministerial é um meio de controle administrativo exercido sobre as entidades integrantes da 
Administração Pública indireta em relação ao ministério a que estejam vinculadas. Insta salientar que esta 
vinculação não reflete subordinação hierárquica, dada à autonomia e independência das entidades da 
Administração Pública indireta. Trata-se de controle finalístico, controle quanto ao objetivo das atividades 
desenvolvidas, por parte da Administração que instituiu o ente da Administração Pública indireta. 
QUADRO ESQUEMÁTICO! 
Veja de forma resumida o disposto no tema potencial acima: 
CONTROLE 
FINALÍSTICO HIERÁRQUICO 
É o controle exercido pela Administração 
Direta sobre as pessoas jurídicas integrantes 
da Administração indireta. 
É aquele que resulta automaticamente do 
escalonamento vertical, em regra, dos órgãos 
do Poder Executivo, em que os inferiores estão 
subordinados aos superiores. 
Tutela: Controle externo da Adm. Direta em 
relação à Adm. Indireta 
Sinônimos: Controle Finalístico/ Tutela 
Administrativa/ Supervisão Ministerial 
Autotutela: Controle interno de anular ato ilegal e 
revogar ato inconveniente 
Depende de previsão legal Independe de previsão expressa 
Restrito, limitado (nos estritos limites da lei) e 
exercido externamente por relação de vinculação 
Amplo, ilimitado e exercido internamente 
Existe Vinculação Não existe Vinculação 
Não há subordinação e hierarquia Há subordinação e hierarquia 
Entes descentralizados são 
administrativamente autônomos e simplesmente 
vinculados a um órgão da entidade estatal que os 
criou. 
Órgãos centralizados são subordinados aos 
seus superiores 
 
Exemplo: As pessoas jurídicas da Administração 
Indireta (autarquias, fundações públicas, 
empresas públicas e sociedades de economia 
mista), são controladas finalisticamente pela 
Administração Direta, sem que haja qualquer 
hierarquia entre essa e aquelas. 
Exemplo: Dele decorrem as faculdades de 
supervisão, coordenação, orientação, fiscalização, 
aprovação, revisão e avocação das atividades 
administrativas. 
 
VAMOS PRATICAR 
16. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO- CFO-DF-QUADRIX 2017) Quanto ao controle da Administração Pública, 
julgue o item subsequente. 
O Tribunal de Contas da União é órgão integrante do Poder Legislativo e, no desempenho de suas funções 
institucionais, atua sob o controle hierárquico do Congresso Nacional. 
Certo ou Errado 
 
17. (INSTITUTO AOCP- 2019- PC-ES - Assistente Social) Assinale a alternativa INCORRETA acerca do 
que preconiza o Direito Administrativo sobre a organização administrativa. 
a) Órgão Público pode ser definido como pessoa jurídica de natureza pública, com personalidade jurídica 
própria e com atribuições para atuar em prol do interesse público. 
b) As Secretarias de Estado são órgãos públicos que integram a administração direta. 
c) As áreas em que poderão atuar as fundações públicas são definidas e estabelecidas por lei complementar. 
d) As empresas públicas e as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Administra%C3%A7%C3%A3o_indireta
 
 
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e) Um ministério criado no âmbito da União é órgão sem personalidade jurídica própria, sendo componente 
da administração direta. 
 
18. (ADVOGADO - EBSERH - CESPE 2018) Julgue o seguinte item, a respeito dos poderes da 
administração pública. 
O poder hierárquico se manifesta no controle exercido pela administração pública direta sobre as empresas 
públicas. 
Certo ou Errado 
 
19. (TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - MPOG - CESPE 2015) A respeito da administração pública indireta, 
julgue o item a seguir. 
A administração pública indireta, na esfera federal, compreende as entidades dotadas de personalidade 
jurídica de direito público e privado, as quais mantêm relação de subordinação e controle hierárquico com 
os ministérios com os quais guardam pertinência. 
Certo ou Errado 
GABARITOS COMENTADOS 
16. COMENTÁRIO: O TCU é um órgão auxiliar do Congresso Nacional e não há hierarquia ou 
subordinação, mas sim vinculação. Ademais, ele não é integrado ao Congresso, e sim, externo. 
Neste sentido temos a CF: Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com 
o auxílio do Tribunal de Contas da União (...). 
O item está errado. 
DOUTRINA! 
Temos posicionamento doutrinário sobre o tema: 
Os tribunais de contas são órgãos vinculados ao Poder Legislativo, que o auxiliam no exercício do controle 
externo da administração pública, sobretudo o controle financeiro. Não existe hierarquia entre as cortes 
contas e o Poder Legislativo. 
Os tribunais de contas não praticam atos de natureza legislativa, mas tão somente atos de fiscalização e 
controle, de natureza administrativa.19 
 
17. COMENTÁRIO: Futuro delta, o comando da questão pede afirmativa incorreta, fique atento. Essa é para 
nunca mais esquecer: órgão público não tem personalidade jurídica. 
A Alternativa “a” está incorreta. 
 
18. COMENTÁRIO: Não existe hierarquia entre pessoas jurídicas diferentes (Administração Direta e 
Indireta), apenas na mesma estrutura orgânica. 
Mas como as entidades públicas não podem ficar sem controle, é assegurado o controle finalístico/ 
supervisão ministerial que consiste, no controle de legalidade da atuação administrativa. Visa 
assegurar que a entidade criada não passe a desempenhar funções que não estão previstas na sua lei de 
criação ou autorização. 
O item está errado. 
 
19. COMENTÁRIO: Não há o que falar em subordinação ou controle hierárquico em nenhuma forma de 
descentralização. Na relação entre a administração direta e indireta, diz-se que há apenas vinculação, ou 
seja, a primeira exerce apenas controle finalístico ou tutela administrativa ou supervisão. 
 
19 ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 24ª. edição. São Paulo: Método, 2016. p.936 
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2018-ebserh-advogado
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2015-mpog-tecnico-de-nivel-superior-cargo-22
 
 
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A doutrina20 define que tutela administrativa — materializada, na esfera federal, no instituto da supervisão 
ministerial — é a “atividade exercida pelo Estado, por intermédio dos órgãos encartados em sua 
Administração Direta, incidente sobre entidade da Administração Indireta, disciplinada pela lei e sujeita a 
regime de direito público, com o objetivo de controlar e fiscalizar sua atuação no tocante à consecução das 
finalidades públicas que justificaram sua criação”. 
O item está errado. 
 
1.4) Órgão X Entidade 
COMPLEMENTAÇÃO DO TEMA: 
Os órgãos têm capacidade processual? 
Em regra, não. Mas existem exceções sobre os órgãos que são titulares de direitos subjetivos, o que 
lhes confere capacidade processualpara a defesa de suas prerrogativas e competências. 
Duas, na verdade: 
1) Órgãos independentes: Possuem capacidade processual (personalidade judiciária) na defesa de suas 
prerrogativas constitucionais/institucionais - agindo como sujeito ativo - órgãos titulares de direito subjetivo. 
2) Órgãos Autônomos: Possuem capacidade processual (personalidade judiciária) na defesa de suas 
prerrogativas constitucionais/institucionais - agindo como sujeito ativo - órgãos titulares de direito subjetivo. 
Desta feita, os citados órgãos podem atuar em juízo, mas apenas para defender os seus direitos 
institucionais, ou seja, aqueles relacionados ao funcionamento, autonomia e independência do órgão. 
Existem alguns sujeitos (órgãos) que não têm personalidade jurídica (não são pessoas jurídicas), mas que 
podem ser parte. Nesse caso, dizemos que gozam de personalidade judiciária. 
Exemplos: Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunais de Justiça, Tribunais de Contas, Procon, 
Assembleias Legislativas, Câmaras Municipais, nascituro, massa falida, comunidade indígena. 
A Câmara de Vereadores, por ser um órgão, não possui personalidade jurídica (não é pessoa jurídica). 
Apesar de não ter personalidade jurídica (civil), a Câmara pode ser parte em algumas causas judiciais em 
virtude de gozar de personalidade judiciária. No entanto, essa personalidade judiciária não é ampla e ela 
só pode demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais (aqueles relacionados ao 
funcionamento, autonomia e independência do órgão). 
TEMA POTENCIAL! 
Quais teorias permeiam o Órgão? 
Teoria do mandato: O agente seria o mandatário. Estado e agente celebram um contrato de mandato. 
Crítica: o Estado, por si só, não pode manifestar vontade, inclusive a vontade para assinar esse contrato. 
Teoria da representação: É uma cópia da tutela e da curatela. Crítica: o Estado seria incapaz. O Estado é 
sujeito capaz, responde pelos seus atos. 
Teoria do órgão ou Teoria da imputação, defendida pelo jurista Otto Gierke: A atuação do agente e o 
poder que ele tem de manifestar a vontade do Estado decorre de imputação legal. 
É a lei que confere ao agente a possibilidade de agir em nome no Estado. Toda a atuação do agente deve 
decorrer de autorização legal. Se quero saber se a autoridade é ou não competente, devo me socorrer da 
lei. Imputação volitiva: As vontades do agente e do Estado se confundem, de maneira que a vontade do 
agente é identificada como a própria vontade do Estado, formando uma única vontade. 
Destaca-se que atualmente a Teoria do Órgão ou da Imputação é a adotada no Brasil. 
PODE CAIR NA PROVA! 
Vamos ver como o tema já foi cobrado em prova: A assembleia legislativa estadual, por se caracterizar 
como órgão público desprovido de personalidade jurídica, não pode ingressar em juízo em defesa 
de prerrogativas institucionais concernentes à sua organização e ao seu funcionamento. 
C ou E? 
 
20 MOTTA, Fabrício. Administração direta e indireta. In: DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella; MOTTA, Fabrício. Tratado de Direito 
Administrativo. Vol.2: Administração Pública e servidores públicos. São Paulo: Thomson Reuters, 2014. 
 
 
 
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O item está errado conforme explicado acima. 
JURISPRUDÊNCIA! 
1) Súmula 525-STJ: A Câmara de vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade 
judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais. 
2) O membro do Ministério Público que atua perante o Tribunal de Contas possui legitimidade e 
capacidade postulatória para impetrar mandado de segurança, em defesa de suas prerrogativas 
institucionais, contra acórdão prolatado pela respectiva Corte de Contas. 21 
QUADRO ESQUEMÁTICO! 
É importante que você saiba as diferenças entre Órgão e Entidade, veja de forma resumida: 
ÓRGÃO ENTIDADE 
É a unidade de atuação integrante da estrutura 
da Administração direta e da estrutura da 
Administração indireta 
É a unidade de atuação dotada de personalidade 
jurídica 
Lei 9.784/99, Art.1º, § 2º, I Lei 9.784/99, Art.1º, § 2º, II 
Nasce pela Desconcentração Nasce pela Descentralização 
São centros de competência, sendo partes 
integrantes da União, do Distrito Federal, dos 
Estados, dos Municípios, das Autarquias ou das 
Fundações Públicas. 
Entidades Políticas: União, Estados, Municípios e 
DF 
Entidades Administrativas: Autarquias, 
Empresas públicas, Sociedades de economia mista, 
Fundações não autárquicas - Pessoas jurídicas de 
direito privado (prestadoras de serviços públicos). 
Não possuem Personalidade Jurídica Possuem Personalidade Jurídica 
Não possuem capacidade processual Possuem capacidade processual 
Não gozam de autonomia. 
Expressam a vontade da entidade a que 
pertencem. 
São titulares de direitos e obrigações em nome 
próprio. 
Não tem patrimônio próprio Com patrimônio próprio 
BIZU! 
Quanto às funções que exercem: 
1) Os órgãos ativos são os que editam atos administrativos que dão executoriedade às atividades 
administrativas. 
2) Os órgãos consultivos são os que elaboram pareceres para subsidiar as decisões de outros órgãos. 
É o caso do Conselho de Defesa Nacional, órgãos consultivos da Presidência da República. 
3) Órgãos de controle são os que fiscalizam e controlam as atividades administrativas de outros órgãos, 
como os Tribunais de Contas. 
VAMOS PRATICAR 
20. (IBADE- 2018 -Câmara de Porto Velho – RO- Procurador) Em relação à organização administrativa, 
pode-se afirmar que: 
a) órgãos públicos por serem componentes descentralizados integram a administração pública indireta. 
b) órgãos públicos são resultantes de desconcentração e são pessoas despersonalizadas. 
c) desconcentração é a subdivisão interna de uma mesma pessoa jurídica, com a necessidade de se 
arquivar um “ato constitutivo” em qualquer espécie de registro público. 
d) os atos praticados por um órgão são inimputados diretamente à pessoa jurídica à qual estes pertencem. 
e) inadmissível que órgãos públicos tenham capacidade processual ou capacidade judiciária. 
 
 
21 STJ. 2ª Turma. RMS 52.741-GO, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 8/8/2017 (Info 611). 
 
 
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21. (CEBRASPE - 2019 - PGE-PE - Conhecimentos Básicos) Com relação à organização administrativa 
e à administração pública direta e indireta, julgue o item a seguir. 
Embora dotados de personalidade jurídica, os órgãos públicos não possuem capacidade processual para a 
defesa de suas prerrogativas e competências institucionais. 
Certo ou Errado 
 
22. (ATENA-2018- Prefeitura de Presidente Getúlio - SC – Advogado) Quanto à posição ocupada na 
escala governamental ou administrativa, os órgãos são classificados em independentes, autônomos, 
superiores e subalternos. É correto afirmar que os órgãos públicos: 
a) Independentes são originários da própria Constituição, assim como os órgãos autônomos, e 
representativos dos três Poderes. 
b) Superiores são os órgãos de direção, controle e comando em relação aos subalternos, mas que não 
possuem autonomia administrativa, nem financeira. 
c) Subalternos são aqueles a cargo de uma coletividade de pessoas físicas ordenadas verticalmente. 
d) Autônomos gozam de autonomia administrativa e financeira, mas não funcional, isto é, não possuem 
autonomia para cumprir suas funções sem subordinação. 
 
23. (CESPE - 2013 - DPF – Delegado) No que se refere à classificação do órgão público e à atuação do 
servidor, julgue o item seguinte. 
Os ministérios e as secretarias de Estado são considerados, quanto à estrutura, órgãos públicos compostos. 
Certo ou Errado 
 
GABARITOS COMENTADOS 
20. COMENTÁRIO: Futuros deltas, pode-se afirmar que órgãos são entes despersonalizados. A banca 
utilizou a expressão "pessoas despersonalizadas", sem se atentar que, no direito, o conceito de pessoa se 
liga justamente a ter personalidade, isto é, ser sujeitode direitos. Temos outros entes despersonalizados, 
como massa falida, que não são pessoas. 
A alternativa “b” está correta. 
a) A alternativa está errada. Cuidado, órgãos públicos se formam do processo de desconcentração. 
c) A alternativa está errada. Fique atento, a questão inicia bem, pois, de fato, no processo de 
desconcentração há divisão interna na mesma pessoa, criando órgãos. No entanto, não há que se falar na 
necessidade de arquivar ato constitutivo. 
d) A alternativa está errada. Os atos praticados pelo órgão são imputados à pessoa jurídica. 
e) A alternativa está errada. Em situações excepcionais, os órgãos públicos possuem capacidade 
processual ou judiciária, como na defesa de seus direitos. 
 
21. COMENTÁRIO: Excepcionalmente, os órgãos independentes e os autônomos são titulares de direitos 
subjetivos, o que lhes confere capacidade processual para a defesa de suas prerrogativas e 
competências (Ex.: Impetração de mandado de segurança), ou seja, não têm personalidade jurídica por 
serem órgãos (não são pessoas jurídicas), mas podem ser parte. Nesse caso, dizemos que gozam de 
personalidade judiciária. 
O item está errado. 
 
22. COMENTÁRIO: Os órgãos superiores são os órgãos de direção, controle e comando em relação aos 
subalternos, mas que não possuem autonomia administrativa, nem financeira. 
A alternativa “b” está correta. 
 
 
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a) A alternativa está errada. Cuidado, independentes e autônomos são diferentes. 
c) A alternativa está errada. Os órgãos subalternos não mandam em nada e respondem a todos. 
d) A alternativa está errada. Os órgãos autônomos são órgãos diretivos, dotados de autonomia 
administrativa e financeira, subordinam-se diretamente aos órgãos independentes. 
 
23. COMENTÁRIO: Quanto à estrutura, os órgãos podem ser: 
1) Simples ou unitários (constituídos por um único centro de atribuições, sem subdivisões internas, como 
ocorre com as seções integradas em órgãos maiores) 
2) Compostos (constituídos por vários outros órgãos, como acontece com os Ministérios, as Secretarias de 
Estado, que compreendem vários outros, até chegar aos órgãos unitários, em que não existem mais 
divisões). 
O item está certo. 
 
1.5) Autarquia X Fundação Pública X Empresa Pública X Sociedade de Economia Mista 
COMPLEMENTAÇÃO DO TEMA: 
O objetivo central de tais entidades, integrantes das administrações indiretas da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, é o desenvolvimento de atividades de interesse social, evidentemente 
exercidas sem intuito de lucro, ou seja, não devem ser criadas para a exploração de atividade 
econômica em sentido estrito, tendo em vista que, para esse fim, deve o Estado instituir empresas 
públicas e sociedades de economia mista, conforme o disposto no artigo 173 da Constituição Federal. 
No que tange às fundações públicas, é importante ressaltar que o STF entende que é possível a sua 
criação como pessoas jurídicas de Direito Público ou como pessoas jurídicas de Direito Privado. 
No primeiro caso, teremos as denominadas Fundações Públicas de Direito Público, instituídas 
diretamente por lei específica, com regime jurídico em tudo assimilado ao das autarquias, a ponto de serem 
tidas, pelo STF, como “espécie do gênero autarquias”. 
No segundo caso, teremos as assim chamadas Fundações Públicas de Direito Privado, com regime 
jurídico assemelhado ao das empresas públicas prestadoras de serviços públicos. 
ATENÇÃO! 
Além disso, passarei a destacar alguns fragmentos da Lei 13.303/16 que dispõe sobre o estatuto jurídico da 
empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios. 
(...) 
Art. 2º A exploração de atividade econômica pelo Estado será exercida por meio de empresa pública, de 
sociedade de economia mista e de suas subsidiárias. 
Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação 
autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos 
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. 
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com 
criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em 
sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração 
indireta. 
O Decreto 8.945/16, que regulamenta no âmbito da União, a Lei nº 13.303/2016 (estatuto jurídico da 
empresa pública e sociedade de economia mista), estabelece em seu art. 11: “A empresa pública adotará, 
preferencialmente, a forma de sociedade anônima, que será obrigatória para as suas subsidiárias”. 
Cuidado, se no edital do seu concurso fizer menção a Lei nº 13.303/2016, podem ser cobradas algumas 
dessas passagens acima. 
 
 
 
 
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PODE CAIR NA PROVA! 
A sujeição das empresas públicas e das sociedades de economia mista ao regime jurídico próprio das 
empresas privadas, de acordo com a Constituição da República, abrange, expressamente, os direitos e 
obrigações civis e comerciais. 
É o que se extrai da norma do art. 173, §1º, II, da CRFB/88, que a seguir transcrevo: 
"Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica 
pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante 
interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas 
subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação 
de serviços, dispondo sobre: 
(...) 
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações 
civis, comerciais, trabalhistas e tributários;" 
JURISPRUDÊNCIA! 
Súmulas do STJ 333: Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por 
sociedade de economia mista ou empresa pública. 
QUADRO ESQUEMÁTICO! 
Vejamos de forma resumida: 
ENTIDADES ADMINISTRATIVAS 
 
AUTARQUIA 
Modo de Criação: Criadas diretamente por lei específica 
Natureza Jurídica: Pessoa Jurídica de direito público 
Atuação: Executa serviços do Estado 
Peculiaridades: Não exerce atividade econômica 
 
 
FUNDAÇÃO 
Modo de Criação: Criadas diretamente por lei específica 
Natureza Jurídica: Pessoa Jurídica de direito público 
Atuação: Executa serviços de interesse do Estado (âmbito social) 
desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou 
entidades de direito público 
Peculiaridades: Não exerce atividade econômica 
 
 
 
EMPRESA PÚBLICA 
Modo de Criação: Autorizadas por lei específica 
Natureza Jurídica: Pessoa Jurídica de direito privado 
Atuação: Exerce atividade econômica (industriais ou atividades econômicas de 
interesse do Estado ou que considere convenientes à coletividade) 
Peculiaridades: 
1) Forma de Organização: Qualquer das formas admitidas em direito; 
2) Constituição de Capital: Exclusivamente Público 
 
 
 
 
SOCIEDADE DE 
ECONOMIA MISTA 
Modo de Criação: Autorizadas por lei específica 
Natureza Jurídica: Pessoa Jurídica de direito privado 
Atuação: Exerce atividade econômica (de natureza industrial ou atividade 
econômica de produção ou comercialização de bens, suscetíveis de produzir 
renda e lucro, que o Estado reputa de relevante interesse coletivo ou 
indispensável à Segurança Nacional) 
Peculiaridades: 
1) Forma de Organização: Apenas Sociedade Anônima (Capital aberto ou 
fechado); 
2) Constituição de Capital: Público e Privado 
 
 
 
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QUADRO ESQUEMÁTICO! 
Vejamos de forma resumida: 
FUNDAÇÃO AUTARQUIA SOCIEDADE DE 
ECONOMIAMISTA 
EMPRESA PÚBLICA 
A entidade dotada de 
personalidade jurídica 
de direito privado, sem 
fins lucrativos, criada em 
virtude de autorização 
legislativa, para o 
desenvolvimento de 
atividades que não 
exijam execução por 
órgãos ou entidades de 
direito público, com 
autonomia 
administrativa, 
patrimônio próprio gerido 
pelos respectivos órgãos 
de direção, e 
funcionamento custeado 
por recursos da União e 
de outras fontes. 
O serviço autônomo, 
criado por lei, com 
personalidade jurídica 
de direito público, 
patrimônio e receita 
próprios, para executar 
atividades típicas da 
Administração Pública, 
que requeiram, para seu 
melhor funcionamento, 
gestão administrativa e 
financeira 
descentralizada. 
A entidade dotada de 
personalidade jurídica 
de direito privado, 
autorizada por lei para 
a exploração de 
atividade econômica, 
sob a forma de 
sociedade anônima, 
cujas ações com direito 
a voto pertençam em 
sua maioria à União ou 
a entidade da 
Administração Indireta. 
 
A entidade dotada de 
personalidade jurídica 
de direito privado, com 
patrimônio próprio e 
capital exclusivo da 
União, autorizada por 
lei para a exploração de 
atividade econômica 
que o Governo seja 
levado a exercer por 
força de contingência ou 
de conveniência 
administrativa. podendo 
revestir-se de qualquer 
das formas admitidas 
em direito 
 
ATENÇÃO! 
É indispensável a leitura do art. 37, XIX da CF/88: “somente por lei específica poderá ser criada 
autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, 
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”. 
BIZU! 
São entes da Administração Indireta: 
FASE 
Fundações 
Autarquias 
Sociedade de Economia Mista 
Empresas Públicas 
VAMOS PRATICAR 
24. (FGV- 2018- TJ-AL Técnico Judiciário - Área Judiciária) O Governador do Estado Alfa convocou 
reunião com os presidentes das autarquias, das sociedades de economia mista e das empresas públicas, 
bem como com representantes das Secretarias de Estado e as estruturas da Chefia de Gabinete da Casa 
Civil, e determinou, dentre outras coisas, que, a partir daquela data, os entes da Administração Pública 
indireta com personalidade jurídica de direito público deveriam apresentar dados quinzenais a respeito da 
atuação do respectivo ente. 
À luz da sistemática constitucional, dentre os participantes da reunião, somente são alcançadas pela 
determinação do Governador do Estado: 
a) as autarquias; 
b) as sociedades de economia mista e as empresas públicas; 
c) as Secretarias de Estado; 
d) as estruturas da Chefia de Gabinete da Casa Civil; 
e) as empresas públicas. 
 
 
 
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25. (FGV- 2018- AL-RO - Analista Legislativo – Administração) As agências reguladoras são entidades 
criadas pelo Estado com a finalidade de regular determinados setores da economia, visando assegurar o 
interesse público. 
Em relação aos dirigentes das Agências Reguladoras Federais, tem-se o entendimento de que 
a) são servidores efetivos em cargo de confiança. 
b) devem ser escolhidos pelo Presidente da República. 
c) são indicados pelo colegiado de servidores do órgão. 
d) podem ser exonerados ad nutun por ministros. 
e) adquirem vitaliciedade após dois anos de exercício. 
 
26. (PROCURADOR - RN - COMPERVE 2019) O texto constitucional de 1988 dedica um capítulo inteiro à 
administração pública brasileira. Tal fato faz da Constituição um documento jurídico de relevo para o direito 
administrativo nacional, especialmente ao se considerar a sua não codificação. Assim, de acordo com o 
texto constitucional, 
a) somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública e de 
sociedade de economia mista, cabendo à lei complementar criar fundações e, neste último caso, definir as 
áreas de sua atuação. 
b) é necessária a existência de autorização legislativa, em cada caso, para a criação de subsidiárias das 
empresas públicas e das sociedades de economia mista brasileiras assim como a participação de qualquer 
delas em empresa privada. 
c) as administrações tributárias dos municípios terão recursos prioritários para a realização de suas 
atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros, na forma da lei, 
sendo vedado convênio para tal fim. 
d) a autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta 
não deverá ser ampliada mediante contrato, sendo essencial a elaboração de lei para essa finalidade. 
 
27. (CESPE - 2008 - PC-TO - Delegado de Polícia) Julgue o seguinte item. 
Considerando a divisão da administração pública federal em direta e indireta, é correto afirmar que os 
correios fazem parte da administração direta, por se tratar de empresa pública, sob controle exclusivo da 
União. 
Certo ou Errado 
 
28. (FUMARC - 2018 - PC-MG - Delegado de Polícia Substituto - Adaptada) A Lei n. 13.303/2016, em 
seu artigo 3º, traz o seguinte conceito: “entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com 
criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, 
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios”. A entidade da administração indireta conceituada 
é uma: 
a) Autarquia. 
b) Empresa pública. 
c) Fundação pública. 
d) Sociedade de economia mista. 
GABARITOS COMENTADOS 
24. COMENTÁRIO: Guerreiros, em suma a questão quer saber é a qual das alternativas contém uma pessoa 
jurídica de direito público. Veja, como se sabe, as autarquias são pessoas jurídicas de direito público 
interno, pertencentes à Administração Pública Indireta, criadas por lei específica para o exercício de 
atividades típicas da Administração Pública. 
A alternativa “a” está correta. 
 
 
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25. COMENTÁRIO: Guerreiros, os dirigentes são nomeados pelo Presidente da República, após 
aprovação prévia pelo Senado Federal, art. 52, III, "f", CF/88, para cumprir mandato certo (definidio pela lei 
de criação); portanto, não há livre exoneração de seus dirigentes. 
A alternativa “b” está correta. 
 
26. COMENTÁRIO: Guerreiros, conforme a CF, art. 37, § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e 
financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante 
contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de 
metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: I - o prazo de duração do 
contrato; II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade 
dos dirigentes; III - a remuneração do pessoal. 
A alternativa “d” está correta. 
 
27. COMENTÁRIO: Essa questão é simples, haja vista que a pegadinha está em afirmar que os “correios” 
fazem parte da Administração Pública Direta, na verdade compõem a Indireta. 
A administração indireta é o conjunto das entidades que, vinculadas a um ministério, prestam serviços 
públicos ou de interesse público. Sua existência se baseia no princípio de descentralização ou distribuição 
de competências e atividades. Ou seja, quando não pretende executar certa atividade através de seus 
próprios órgãos, o poder público transfere a sua execução a outras entidades. 
Compõem a administração indireta as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas e 
sociedades de economia mista. 
Neste diapasão, as empresas públicas destinam-se à prestação de serviços industriais ou econômicos em 
que o Estado tenha interesse próprio ou considere conveniente à coletividade. Seu capital é exclusivamente 
público. São exemplos de empresas públicas a Caixa Econômica Federal (CEF), a Empresa Brasileira de 
Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e o Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômicoe Social (BNDES). 
O item está errado. 
 
28. COMENTÁRIO: Guerreiros, a entidade da administração indireta conceituada é uma empresa Pública: 
Entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com capital social exclusivamente público. 
A alternativa “b” está correta. 
BIZU! 
Lei 13.303/2016 - Das Empresas Estatais (Empresas Públicas e Sociedade de Economia Mista) 
Empresas públicas: 
1) Personalidade jurídica de direito privado 
2) Criação autorizada por lei 
3) Sem fins lucrativos 
4) Patrimônio próprio 
5) Capital exclusivamente público (100% público) 
6) Constituída em qualquer das modalidades empresariais 
Sociedade de economia mista: 
1) Personalidade jurídica de direito privado 
2) Criação autorizada por lei 
3) Visam lucros para competir com empresas da iniciativa privada 
4) Capital público e privado, mas a parte do capital público deve ser majoritária 
5) Constituída apenas na forma de S/A 
 
 
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Autarquias: Fundacional X Interfederativa X Territorial 
COMPLEMENTAÇÃO DO TEMA: 
Os consórcios públicos com personalidade jurídica de direito público integram a Administração Indireta 
de todos os Entes da Federação consorciados. 
Observe pontos importantes sobre “Consórcios Públicos”: 
Lei 11.107/2005, Art. 1º, §1º - O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de 
direito privado. 
Art. 6º - O consórcio público adquirirá personalidade jurídica: 
I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação 
do protocolo de intenções; 
II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil. 
§1º - O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de 
todos os entes da Federação consorciados. 
§ 2º - No caso de se revestir de personalidade jurídica de direito privado, o consórcio público observará as 
normas de direito público no que concerne à realização de licitação, celebração de contratos, prestação de 
contas e admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. 
 A Lei 11.101/2005 tem caráter nacional. Portanto, é uma lei de normas gerais e aplica-se a todos os entes 
da Federação. 
Lei 11.107/2005, Art. 1º, §1º - Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum 
e dá outras providências. 
Os consórcios públicos são celebrados entre entes da mesma natureza ou não. Não haverá, entretanto, 
consórcio público constituído unicamente pela União e municípios. 
Art. 1º, §2º - A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os 
Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados. 
Também não pode haver consórcio público celebrado entre um estado e um município de outro 
estado. Contudo, podem ser celebrados consórcios entre o Distrito Federal e municípios. 
Art. 4º, §1º, IV – (...) considera-se como área de atuação do consórcio público: dos Municípios e do Distrito 
Federal, quando o consórcio for constituído pelo Distrito Federal e os Municípios 
O consórcio público será constituído por contrato, cuja celebração dependerá de prévia subscrição 
de protocolo de intenções. 
Art. 5º - O contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação, mediante lei, do protocolo de 
intenções. 
A ratificação poderá ser feita com reserva, desde que os demais entes aceitem. Essa reserva poderá 
ser parcial ou condicional. 
Art. 5º, §2º - A ratificação pode ser realizada com reserva que, aceita pelos demais entes subscritores, 
implicará consorciamento parcial ou condicional. 
A ratificação só é dispensada, se o Ente da Federação, antes de subscrever o protocolo de intenções, 
disciplinar por lei a sua participação no consórcio. 
Art. 5º, §4º - É dispensado da ratificação prevista no caput deste artigo o ente da Federação que, antes de 
subscrever o protocolo de intenções, disciplinar por lei a sua participação no consórcio público. 
Percebe-se que, em todos os casos, o Legislativo deve participar para a criação do consórcio. 
Dec.6.017/2007, Art. 2º - protocolo de intenções: contrato preliminar que, ratificado pelos entes da 
Federação interessados, converte-se em contrato de consórcio público. 
IV - ratificação: aprovação pelo ente da Federação, mediante lei, do protocolo de intenções ou do ato de 
retirada do consórcio público; 
V - reserva: ato pelo qual ente da Federação não ratifica, ou condiciona a ratificação, de determinado 
dispositivo de protocolo de intenções; 
 
 
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PODE CAIR NA PROVA! 
O controle externo das agências reguladoras será exercido pelo Congresso Nacional, com auxílio do 
Tribunal de Contas da União. 
Quanto à controvérsia sobre ser considerada inconstitucional lei estadual que venha estabelecer que os 
dirigentes de agência reguladora estadual somente possam ser destituídos de seus cargos por decisão 
exclusiva da respectiva Assembleia Legislativa Estadual, sem qualquer participação do Governador desse 
Estado, foi analisada pelo STF, que entendeu que representaria interferência excessiva do Poder 
Legislativo, junto à Administração Pública, permitir-lhe a destituição, por iniciativa própria e decisão exclusiva 
de dirigentes de agências reguladoras. Eis o julgado: (...) O dispositivo impugnado prevê a destituição, 
no curso do mandato, de dirigentes da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos 
Delegados do Rio Grande do Sul - AGERGS por decisão exclusiva da assembleia legislativa. O 
Tribunal aduziu que o legislador infraconstitucional não poderia criar ou ampliar os campos de intersecção 
entre os Poderes estatais constituídos, sem autorização constitucional, como no caso em que extirpa a 
possibilidade de qualquer participação do governador na destituição de dirigente de agência 
reguladora e transfere de maneira ilegítima, a totalidade da atribuição ao Poder Legislativo local. 
(...)22 
QUADRO ESQUEMÁTICO! 
Veja de forma resumida, sobre as Autarquias: 
AUTARQUIAS 
Pertencem à Administração Pública INDIRETA 
FUNDACIONAL INTERFEDERATIVA TERRITORIAL 
É uma fundação pública 
instituída por lei específica, com 
personalidade jurídica de 
direito público. 
A Lei 11.107 /05 criou consórcio 
público e alterou o art. 41, IV, 
do CC para incluir 
expressamente entre pessoas 
jurídicas de direito público 
interno as associações 
públicas, acrescentando 
também, que essas associações 
públicas são autarquias. 
São os conhecidos territórios, 
inexistentes no Brasil. Tratam-
se muito mais de entes políticos 
do que autarquias, porém, se 
criados, não poderão ter 
natureza de ente político. Assim, 
o ente da administração que 
mais se assemelha à 
administração é a autarquia. 
 
Chamadas de autarquias 
fundacionais ou fundação 
autárquicas. 
São comprometidas com uma 
finalidade que beneficiará 
pessoas indeterminadas. 
A expressão "Autarquia 
Interfederativa" ou "Autarquia 
Multifederada" é usada para 
referir-se a essas autarquias 
que pertencem a mais de um 
ente federado. 
Essa falha não foi corrigida em 
razão da inexistência de 
territórios em nosso país 
atualmente. 
Exemplos: IBGE, FUNASA Exemplo: Banco Regional de 
Desenvolvimento do Extremo Sul 
(BRDE) 
Exemplo: Antes de pertencer ao 
Estado de Pernambuco, 
Fernando de Noronha era 
Território. 
 
VAMOS PRATICAR 
29. (NC-UFPR 2019 - TJ-PR - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS ) Segundo Romeu Felipe Bacellar Filho, 
“a Administração Pública indireta surge com o escopo de atender uma necessidade prática, verificada 
principalmente a partir do advento do Estado Social” (BACELLAR FILHO, 2008). Acerca do tema, assinale 
a alternativa correta. 
a) A Administração indireta equivale aos órgãos públicos integrantes das estruturasdos Poderes Executivo, 
Legislativo e Judiciário. 
 
22 ADI 1949/RS, rel. Min. Dias Toffoli, 17.9.2014. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/322918/lei-11017-05
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10728272/artigo-41-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10728096/inciso-iv-do-artigo-41-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
 
 
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b) A Administração direta do Poder Executivo é composta pelas Autarquias e Fundações Públicas, enquanto 
a indireta é composta pelas empresas públicas e sociedades de economia mista. 
c) Os consórcios públicos também são exemplos de entes que compõem a Administração indireta. 
d) Os serviços sociais autônomos são exemplos de entidades organicamente estatais, mas que compõem 
o terceiro setor. 
e) As organizações sociais são exemplos de entes que compõem a Administração indireta a partir do 
momento em que firmam o contrato de gestão. 
 
30. (FGV - 2019 - Prefeitura de Salvador - BA - Especialista em Políticas Públicas - Adaptada) No que 
concerne às Agências Reguladoras, importantes entidades criadas para fiscalizar e regular serviços de 
determinados setores econômicos, assinale a afirmativa incorreta. 
a) As agências devem ter necessariamente personalidade jurídica de direito público, dotadas de 
independência administrativa e autonomia financeira. 
b) Seus dirigentes devem possuir mandatos fixos, sendo estritamente vedada a possibilidade de exoneração 
ad nutum. 
c) As agências são autarquias ou fundações públicas que celebraram contrato de gestão com o Poder 
Público. 
d) Seus atos não podem ser revistos ou alterados pelo Poder Executivo, apenas pelo Judiciário, devendo, 
no entanto, agir conforme suas finalidades específicas. 
e) As agências podem existir tanto em âmbito federal quanto estadual e municipal, desde que criadas por 
lei. 
 
31. (VUNESP - 2019 - ANALISTA LEGISLATIVO - ADAPTADA) Personalidade de direito público: 
capacidade de autoadministração, porém sob o controle finalístico; atribuições tipicamente públicas, como 
a prestação de serviço público ou a atividade de polícia administrativa; e patrimônio próprio, sujeito à 
fiscalização do Estado. Estas são características das 
a) fundações públicas. 
b) sociedades de economia mista. 
c) empresas públicas. 
d) autarquias. 
e) permissionárias. 
 
GABARITOS COMENTADOS 
29. COMENTÁRIO: 28. COMENTÁRIO: Os consórcios públicos com personalidade jurídica de direito 
público integram a Administração Indireta de todos os entes da Federação consorciados. (CF, Art. 241 e 
Lei 11.107/05). 
A alternativa “c” está correta. 
a) A alternativa está errada. Cuidado, esta é a descrição de administração direta. 
b) A alternativa está errada. Muito cuidado, a administração direta é composta por órgãos públicos/entes 
federados, enquanto que a administração indireta é composta por autarquias fundações públicas, 
empresas públicas e sociedades de economia mista 
d) A alternativa está errada. OS serviços sociais autônomos - SESC, SENAI , não são entidade estatais 
e) A alternativa está errada. Organização social não compõe a administração pública, nenhum ente do 
terceiro setor faz parte da composição da administração. 
 
 
 
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30. COMENTÁRIO: Futuros Deltas, fiquem atentas o comando da questão pede a assertiva incorreta. Veja, 
agência reguladora já nasce como uma autarquia em regime especial, não precisa de contrato de gestão. 
A banca tentou confundir agência reguladora com agência executiva, esta última sim, é uma autarquia 
comum e celebra contrato de gestão, adquirindo o título de agência executiva. Atenção, se a autarquia em 
questão não cumprir as metas, poderá ser desqualificada. Não há que se falar em desqualificação de 
agência reguladora. 
A alternativa “c” está incorreta. 
a) A alternativa está correta. Agência reguladora é uma autarquia, sendo assim, obrigatoriamente de direito 
público e com independência administrativa/financeira. 
b) A alternativa está correta. Dirigentes possuem mandato fixo, sendo vedada a exoneração "ad nutum", 
ou seja, quando bem entenderem. 
d) A alternativa está correta. Das suas decisões não cabe recurso hierárquico impróprio para órgão revisor. 
e) A alternativa está correta. As agências desde que criadas por lei podem existir na esfera federal, 
estadual, municipal. 
 
31. COMENTÁRIO: Segundo o ilustre mestre Hely Lopes Meirelles “São entes autônomos, mas não são 
autonomias”. Inconfundível é autonomia com autarquia: aquela legisla para si; esta administra-se a si 
própria, segundo as leis editadas pela entidade que a criou. Em verdade, há capacidade de 
autoadministração, com diferenças acentuadas das pessoas jurídicas públicas políticas, como a União e os 
Estados, na medida em que estas têm o poder de criar o próprio direito dentro de um âmbito de ação fixado 
pela Constituição Federal.23 
A alternativa “d” está correta. 
 
1.6) Entidades Paraestatais: Sistema S X OS X OSCIP X Entidade de Apoio 
COMPLEMENTAÇÃO DO TEMA: 
No conceito de entidades paraestatais estão enquadrados o “Sistema S” (Serviços Sociais Autônomos); 
as Organizações Sociais - Lei Federal nº 9.637/98; as Organizações da Sociedade Civil de Interesse 
Público (OSCIP) – Lei Federal nº 9.790/99; e as Entidades de Apoio (Lei Federal nº 8.958/94). 
Se a entidade tiver fins lucrativos não será considerada pertencente ao Terceiro Setor, bem como se não 
receber fomento do Estado. O conceito mais restrito de Terceiro Setor não engloba o que se convencionou 
chamar de Organização Não-Governamental (ONG). 
Sobre Entidade de Apoio: 
De acordo com a doutrina24, o serviço é prestado por servidores públicos, na própria sede da entidade 
pública, com equipamentos pertencentes ao patrimônio desta última, só que quem arrecada a receita e 
administra é a entidade de apoio. E o faz sob as regras das entidades privadas, sem a observância das 
exigências de licitação (nem mesmo os princípios da licitação) e sem a realização de qualquer tipo de 
processo seletivo para a contratação de empregados. Essa é a grande vantagem dessas entidades; elas 
são a roupagem com que se reveste a entidade pública para escapar às normas do regime jurídico de direito 
público. 
Também chamada de Fundação de Apoio: São pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, 
instituídas na forma de fundações que exercem atividades sociais relacionadas à ciência, pesquisa, saúde 
e educação, normalmente, junto a hospitais públicos ou universidades públicas. As instituições federais 
contratantes poderão autorizar a participação de seus servidores federais nas atividades realizadas pela 
fundação de apoio, sem prejuízo de suas atribuições funcionais. Além disso, as entidades de apoio poderão 
utilizar bens e serviços da instituição federal, mediante ressarcimento. 
TEMA POTENCIAL! 
 
23 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 28ªed. São Paulo 2002, p.325. 
24 PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito administrativo. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
 
 
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Recurso Extraordinário (RE) 789874, com repercussão geral, o Supremo fixou o entendimento no 
sentido de que os serviços sociais autônomos possuem natureza jurídica de direito privado e não estão 
sujeitos à regra do artigo 37, inciso II, da Constituição Federal, que exige a realização de concurso público 
para contratação de pessoal. “Na oportunidade, ressaltou-se que as entidades do Sistema S desempenham 
atividades privadas de interesse coletivo, em regime de colaboração com o poder público, e possuem 
patrimônio e receitas próprias”, assinalou, lembrando que essas entidades são patrocinadas pelo setor 
produtivo beneficiado e têm autonomia administrativa, embora se submetamao controle finalístico do 
TCU. 
E, a despeito de não submetidos ao rigor da Lei de Licitações, devem respeitar a principiologia que rege 
a atuação da Administração Pública em seus processos de contratação, de forma que cabe às próprias 
entidades do Sistema S aprovar seus regulamentos, os quais devem ser elaborados em atenção aos 
princípios que orientam o exercício da função administrativa, em especial: Legalidade, 
impessoalidade, isonomia, moralidade, publicidade e eficiência. 
Sobre Organizações Sociais: 
As organizações sociais poderão receber os seguintes incentivos para cumprir o contrato de gestão: 
1) Recursos orçamentários: podem receber “dinheiro público”; 
2) Cessão de bens públicos, mediante permissão de uso, dispensada licitação: podem receber, sem 
licitação, bens públicos para serem usados em suas atividades; 
3) Cessão especial de servidor, com ônus para o órgão de origem do servidor cedido: servidores públicos 
podem ser colocados à disposição das organizações sociais para lá trabalharem, continuando recebendo 
sua remuneração dos cofres públicos; 
4) Contratadas sem licitação: as organizações sociais podem ser contratadas, com dispensa de licitação, 
para prestarem serviço a órgãos e entidades da Administração Pública, recebendo por isso (art. 24, XXIV, 
da Lei n. 8.666/93). 
Nos termos da Lei nº 8.666/93, em seu artigo 24, XXIV, é dispensável a licitação “para a celebração de 
contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas 
esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão”. 
Essa dispensa de licitação refere-se à contratação da organização social pela Administração Pública. 
A organização, por ser uma entidade privada, poderia, a princípio, contratar livremente qualquer empresa 
para lhe prestar serviços ou fornecer bens. Ademais, o artigo 17 da Lei nº 9.637/98 apenas dispõe que a 
organização social publicará “regulamento próprio contendo os procedimentos que adotará para a 
contratação de obras e serviços, bem como para compras com emprego de recursos provenientes do Poder 
Público”, o que não significa obrigatoriedade de observância das modalidades da Lei nº 8.666/93, mas 
sim dos princípios da Administração Pública. 
"As dispensas de licitação instituídas nos arts. 24, XXIV, da Lei nº 8.666/93 e no art. 12, §3º, da Lei nº 
9.637/98 têm a finalidade que a doutrina contemporânea denomina de função regulatória da licitação, 
através da qual a licitação passa a ser também vista como mecanismo de indução de determinadas práticas 
sociais benéficas, fomentando a atuação de organizações sociais que já ostentem, à época da contratação, 
o título de qualificação, e que por isso sejam reconhecidamente colaboradoras do Poder Público no 
desempenho dos deveres constitucionais no campo dos serviços sociais. O afastamento do certame 
licitatório não exime, porém, o administrador público da observância dos princípios constitucionais, de 
modo que a contratação direta deve observar critérios objetivos e impessoais, com publicidade de forma a 
permitir o acesso a todos os interessados" (ADIN nº 1.923/DF Relator Min. Ayres Britto) 
IMPORTANTE! 
Ademais, destacam-se outras decisões relevantes sobre a temática: 
As entidades paraestatais não gozam dos privilégios processuais concedidos à Fazenda Pública. STF. AI 
841548 RG, julgado em 09/06/2011. 
Em regra, a competência é da Justiça Comum Estadual. STF. RE 414375/SC, Rel. Min. Gilmar Mendes, 
julgado em 31/10/2006. Súmula 516-STF: O Serviço Social da Indústria (SESI) está sujeito à jurisdição da 
justiça estadual. 
O art. 150, VI, “c” da CF/88 prevê que as instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, 
gozam de imunidade tributária quanto aos impostos, desde que atendidos os requisitos previstos na lei. 
 
 
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PODE CAIR NA PROVA! 
Qual é a diferença entre OSC e OSCIP? 
A “organização da sociedade civil” (OSC) faz referência às entidades antes denominadas “organizações não 
governamentais” (ONG). Essas organizações constituem atores sociais e políticos cada vez mais presentes 
nas democracias contemporâneas. 
Enquanto OSCIP é uma qualificação jurídica atribuída a diferentes tipos de entidades privadas atuando 
em áreas típicas do setor público com interesse social, que podem ser financiadas pelo Estado ou pela 
iniciativa privada sem fins lucrativos. Ou seja, as entidades típicas do terceiro setor. Essas organizações 
da sociedade civil podem ser qualificadas como organizações da sociedade civil de interesse público 
(OSCIP), desde que cumpram certos requisitos estabelecidos conforme a Lei 9.790/1999. 
QUADRO ESQUEMÁTICO! 
Trouxemos aqui informações importantes acerca das Entidades Paraestatais: 
ENTIDADES PARAESTATAIS 
(Atuam ao lado do Estado) 
Serviços sociais 
autônomos 
(Sistema S) 
Organizações Sociais 
(OS) 
Organização da 
Sociedade Civil de 
Interesse Público 
(OSCIP) 
Entidades de Apoio 
(Sob a forma de fundação, 
associação ou cooperativa) 
Pessoas jurídicas 
de direito privado 
Pessoas jurídicas de 
direito privado 
Pessoa jurídica de 
direito privado 
Devem estar em 
funcionamento há 
pelo menos 3 anos 
Pessoas jurídicas de direito 
privado 
 
Áreas de atuação: 
1) Indústria 
2) Comércio 
3) Economia 
4) Várias outras 
áreas, como por 
exemplo 
capacitação e 
opções de 
entretenimento 
Áreas de atuação: 
1) Ensino; 
2) Pesquisa científica 
3) Proteção e 
preservação do Meio 
ambiente 
4) Tecnologia 
5) cultura 
6) Saúde 
Atua na Promoção de: 
1) Educação 
2) Saúde 
3) Cultura 
4) Assistência social 
5) Assistência jurídica 
complementar e outras 
Áreas de atuação: 
1) Saúde Pública 
2) Educação 
Logo, atuam ao lado de 
hospitais públicos e 
Universidades Públicas, 
auxiliando na execução das 
atividades destas entidades, 
por meio da realização de 
programas de pesquisa e 
extensão 
Presta serviços 
sociais não 
exclusivos do 
Estado. 
Presta serviços sociais 
não exclusivos do 
Estado. 
Presta serviços sociais 
não exclusivos do 
Estado. 
Presta serviços sociais, em 
caráter privado, não 
exclusivos do Estado. 
Não têm fins 
lucrativos 
Não têm fins lucrativos Não têm fins lucrativos Não têm fins lucrativos 
Não compõem a 
Administração 
Pública 
Não compõem a 
Administração Pública 
Não compõem a 
Administração Pública 
Não compõem a 
Administração Pública 
 
Não exerce 
atividade 
Delegada do 
Poder Público 
Não exerce atividade 
Delegada do Poder 
Público 
Não exerce atividade 
Delegada do Poder 
Público 
Não exerce atividade 
Delegada do Poder Público 
Seus empregados 
são celetistas 
Seus empregados são 
celetistas 
Seus empregados são 
celetistas 
 
Seus empregados 
(contratados) são celetistas 
 
 
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Celebram: 
Contrato de 
gestão 
Celebram: Contrato de 
gestão 
Celebram: Termo de 
parceria 
Celebram: Convênio 
 
Criação: Próprio 
setor, após 
autorização legal 
Criação: A qualificação 
como OS, depende de 
ato do Ministério a que 
está relacionado à área 
de atuação. 
Por ato discricionário 
do 
Presidente da 
República, via decreto 
concede tal 
qualificação. 
Criação: Por 
particulares, mediante 
habilitação perante o 
Ministério da Justiça, 
para obter a 
qualificação por 
Portaria Ministerial 
Criação: *Por servidores 
públicos (em nome próprio) 
de determinada entidade 
estatal, e não por iniciativa do 
Poder Público. Desse modo, 
os servidores usam seus 
próprios recursos 
 
Exemplos: Senai, 
Sebrae 
Exemplos: ABHU; 
AFIP etc. 
Exemplos: Arte e Vida 
– DF etc. 
Exemplos: FUNDEPES; 
FAPEX etc. 
QUADRO ESQUEMÁTICO! 
É importante saber sobre os três setores para a sua prova: 
ESTRUTURA ECONÔMICA EM SETORES 
 
PRIMEIRO 
Governo 
Questões sociais 
Dinheiro público para fins públicos. 
 
SEGUNDO 
Privado 
Questões individuais 
Dinheiro privadopara fins privados. 
 
TERCEIRO 
Sem fins lucrativos 
Organizações, fundações, entidades de assistência social e associações 
Dinheiro privado para fins públicos. 
BIZU! 
O STF, por maioria, acolheu, em parte, pedido formulado na ADI25 para conferir interpretação 
conforme a Constituição e deixar explícitas as seguintes conclusões: 
1) O procedimento de qualificação das organizações sociais deve ser conduzido de forma pública, objetiva 
e impessoal, com observância dos princípios do “caput” do art. 37 da CF, e de acordo com parâmetros 
fixados em abstrato segundo o disposto no art. 20 da Lei 9.637/98; 
2) A celebração do contrato de gestão deve ser conduzida de forma pública, objetiva e impessoal, com 
observância dos princípios do “caput” do art. 37 da CF; 
3) As hipóteses de dispensa de licitação para contratações (Lei 8.666/1993, art. 24, XXIV) e outorga de 
permissão de uso de bem público (Lei 9.637/1998, art. 12, § 3º) são válidas, mas devem ser conduzidas de 
forma pública, objetiva e impessoal, com observância dos princípios do “caput” do art. 37 da CF; 
4) Não se aplica às organizações sociais a exigência de concurso público (art. 37, II, da CF/88). No 
entanto, que o STF decidiu que as organizações sociais, quando forem contratar seus funcionários deverão 
fazer um procedimento objetivo e impessoal; 
5) Qualquer interpretação que restrinja o controle, pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas da 
União, da aplicação de verbas públicas deve ser afastada. 
BIZU! 
 
25 ADI 1923/DF, rel. orig. Min. Ayres Britto, red. p/ o acórdão Min. Luiz Fux, 15 e 16.4.2015. 
 
 
 
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A Lei n° 13.019, de 31 de julho de 2014 implementou Marco Regulatório das Organizações da Sociedade 
Civil para a União, estados e Distrito Federal. 
No geral, o que vem sendo cobrado bastante em provas são três instrumentos jurídicos de parceria próprios 
para as OSCs (Organizações das Sociedades Civis): 
1) Termo de Fomento: Proposto pela OSC (Há transferência de recursos) 
2)Termo de ColaboraÇÃO: Proposto pela AdministraÇÃO (Há transferência de recursos) 
3) Acordo de Cooperação: Não há transferência de recursos 
TOME NOTA! 
Na íntegra: Lei 13.019/2014, art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se: 
VII - termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela 
administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse 
público e recíproco propostas pela administração pública que envolvam a transferência de recursos 
financeiros; 
VIII - termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas pela 
administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de interesse 
público e recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil, que envolvam a transferência de 
recursos financeiros; (Inciso com redação dada pela Lei nº 13.204, de 14/12/2015) 
VIII-A - acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas 
pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finalidades de 
interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recursos financeiros; (Inciso acrescido 
pela Lei nº 13.204, de 14/12/2015) 
VAMOS PRATICAR 
32. (Quadrix - 2018 - CREF - 13ª Região (BA-SE) - Analista Advogado) No que concerne ao direito 
administrativo, julgue o item subsequente. 
Os serviços sociais autônomos são pessoas jurídicas de direito público, sem finalidade de lucro, que atuam 
na realização de atividade de interesse público não exclusiva do Estado. 
Certo ou Errado 
 
33. (CESPE - 2018 - STJ - Analista Judiciário – Judiciária) Acerca das organizações da sociedade civil 
de interesse público (OSCIP) e dos atos administrativos, julgue o item seguinte. 
Situação hipotética: Após celebrar termo de parceria com a União e receber recursos públicos, 
determinada OSCIP anunciou a contratação de terceiros para o fornecimento de material necessário à 
consecução dos objetivos do ajuste. 
Assertiva: Nessa situação, para efetivar a contratação de terceiros, a OSCIP deverá realizar licitação 
pública na modalidade concorrência. 
Certo ou Errado 
 
34. (VUNESP - 2019 - Câmara de Serrana - SP - Procurador Jurídico) A Lei nº 9.790/99, que dispõe sobre 
a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade 
Civil de Interesse Público, instituiu uma das principais inovações no Terceiro Setor. 
É correto afirmar que o enunciado se refere a um novo instrumento jurídico, denominado 
a) protocolo de intenções. 
b) acordo de leniência. 
c) termo de parceria. 
d) desapropriação indireta. 
e) contrato de consórcio. 
 
 
 
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35. (CESPE - 2013 - PC-BA - Delegado de Polícia) A respeito de administração pública, julgue o item 
seguinte. 
Entidades paraestatais são pessoas jurídicas privadas que colaboram com o Estado no desempenho de 
atividades não lucrativas, mas não integram a estrutura da administração pública. 
Certo ou Errado 
 
36. (VUNESP - 2015 - TJ-MS - Juiz Substituto - Adaptada) Considerando a recente decisão do Supremo 
Tribunal Federal em relação à Lei Federal no 9.637/98, que dispõe sobre a qualificação de entidades como 
organizações sociais e suas atividades, assinale a alternativa correta. 
a) A atribuição de título jurídico de legitimação da entidade como Organização Social, por meio da 
qualificação, configura hipótese de credenciamento, na qual deve incidir a licitação pela própria natureza 
jurídica do ato. 
b) Os contratos a serem celebrados pela Organização Social com terceiros, com recursos públicos, devem 
ser conduzidos de forma pública, objetiva e impessoal, com observância dos princípios do caput do art. 37 
da CF, e nos termos de regulamento próprio a ser editado por cada ente federativo contratante. 
c) O afastamento do certame licitatório não exime o administrador público da observância dos princípios 
constitucionais, de modo que a contratação direta das Organizações Sociais deve observar critérios 
objetivos e impessoais, com publicidade de forma a permitir o acesso a todos os interessados. 
d) As organizações sociais, por não integrarem o Terceiro Setor, fazem parte do conceito constitucional de 
Administração Pública, razão pela qual devem se submeter, em suas contratações com terceiros, ao dever 
de licitar. 
e) Os empregados das Organizações Sociais são equiparados a servidores públicos, por isso que sua 
remuneração deve ter base em lei, aplicando-se também às Organizações Sociais a exigência de concurso 
público. 
GABARITOS COMENTADOS 
32. COMENTÁRIO: Cuidado, a pegadinha mais usual das bancas é afirmar que “Serviços Sociais 
Autônomos são pessoas jurídicas de direito público”. Na verdade, são pessoas jurídicas de direito privado 
e que prestam serviços não exclusivos do Estado. 
Volte ao Quadro e veja as principais características. 
O item está errado. 
 
33. COMENTÁRIO: A celebração do Termo de Parceria não obriga a feitura de prévia licitação com base 
nas regras da Lei 8.666/1993 para contratar utilizando recursos advindos do Poder Público, bastando que 
sejam atendidos os princípios administrativos elencados no inciso I do art. 4º da Lei nº 9.790/99, assim 
como regulamentos próprios, conduzindo os certames de forma pública, objetiva e impessoal, com 
observância, também, aos princípios da Administração Pública. 
O art. 14 da Lei nº 9.790/99: “A organização parceira fará publicar, no prazo máximo de trinta dias, contado 
da assinatura do Termo de Parceria, regulamento próprio contendo os procedimentos que adotará para a 
contratação de obras e serviços, bem como para compras com emprego de recursos provenientes do Poder 
Público, observados os princípios estabelecidos no inciso Ido art. 4º desta Lei (I - a observância dos 
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência)." 
O item está errado. 
BIZU! 
OSCIP: 
1) Celebram Termo de Parceria 
2) Criação com a denominação de OSCIP vinculada pelo Ministro da Justiça 
3) Executam serviços sociais não exclusivos de estado 
4) Em funcionamento há pelo menos 3 anos 
 
 
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5) Não há previsão de dispensa de licitação na Lei 8.666/93 para as OSCIP (licitam quando recebem 
recursos públicos) 
6) Sem cessão de Servidores pela Administração Pública 
7) Há Conselho Fiscal 
OS: 
1) Celebram Contrato de Gestão 
2) Criação com a denominação como OS por ato discricionário feito por Ministro de Estado (ato de ministro) 
3) Executam serviços públicos não exclusivos de Estado 
4) Não há prazo mínimo de funcionamento 
5) Há previsão de dispensa de Licitação na 8.666/93 (art. 24, XXIV) 
6) Recebem bens e servidores da Administração Pública (art. 14 da Lei 9.637/98) 
7) Há Conselho de Administração. 
SSA: 
1) Celebram Contrato de Gestão 
2) Criação por Autorização legislativa 
3) Constituídas sob a forma de associação ou fundação ou ainda por meio de estruturas não previstas no 
Direito Civil e reguladas pela Lei específica da entidade. 
4) Realizam atividade de fomento, auxílio e capacitação de determinada categoria profissional (sistema S) 
5) Possuem a Parafiscalidade - Contribuições Compulsórias - Capacidade de Cobrar Tributos 
6) Não possuem Imunidade Tributária e devem licitar quando contratam sem observância das 
modalidades previstas na lei geral, obedecendo apenas aos princípios gerais de licitação (Lei 8.666/93) 
7) Contratam trabalhadores pela CLT 
 
34. COMENTÁRIO: Consta na Lei nº 9.790/99, art. 9: Fica instituído o Termo de Parceria, assim 
considerado o instrumento passível de ser firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como 
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público destinado à formação de vínculo de cooperação 
entre as partes, para o fomento e a execução das atividades de interesse público previstas no art. 3º desta 
Lei. 
A alternativa “c” está correta. 
BIZU! 
Instrumento passível de ser firmado: 
1) Serviço Social Autônomo: Contrato de Gestão 
2) Entidade de Apoio: Convênio 
3) Organizações Sociais: Contrato de Gestão 
4) OSCIP: Termo de Parceria 
 
35. COMENTÁRIO: Entidades paraestatais: São pessoas jurídicas privadas que não integram a 
estrutura da administração direta ou indireta, mas colaboram com o Estado no desempenho de 
atividades de interesse público, mas não exclusivas de Estado, de natureza não lucrativa. Portanto, 
seriam aquelas pessoas jurídicas que atuam ao lado do Estado, sem com ele se confundirem. 
Integram o chamado Terceiro Setor. 
O item está certo. 
 
36. COMENTÁRIO: Guerreiros, de acordo com o item 20 da ADI 1923/2015: Os contratos a serem 
celebrados pela Organização Social com terceiros, com recursos públicos, devem ser conduzidos de forma 
pública, objetiva e impessoal, com observância dos princípios do caput do art. 37 da CF, e nos termos do 
 
 
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regulamento próprio a ser editado por cada entidade (Organização Social). Observe que a pegadinha 
está na afirmação: “a ser editado por cada ente federativo (União, estados etc.) contratante.” 
A alternativa “c” está correta. 
a) Alternativa está errada. As organizações sociais não se submetem a licitação. 
b) Alternativa está errada. O regulamento não é editado pelo contratante, mas sim pela entidade (a própria 
OS). 
d) Alternativa está errada. As organizações sociais integram sim o Terceiro Setor, não fazendo parte do 
conceito constitucional de Administração Pública. Não se submete ao dever de licitar. 
e) Alternativa está errada. Os empregados das OS’s não são equiparados a servidores públicos. A 
remuneração deve ser definida pelo contrato de gestão. Não sendo aplicável às OS’s a exigência de 
concurso público.

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